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Número 1203 • Quinta-feira, 20 de Outubro de 2011 O BES está a preparar um reforço de capital até 790,7 milhões de euros, com a conversão de obrigações per- pétuas em acções. Esta operação vai alargar a base accionista, mas os ac- cionistas de referência “estão pron- tos a actuar caso seja necessário”, disse Ricardo Salgado. A envolvente macro com forte in- definição levou a administração da instituição a avançar com a operação e a deixar o nível de “core capital” bastante confortável. Na AG de 11 de Novembro, os ac- cionistas vão deliberar o reforço que permite melhorar o “core capital” até 147 pontos de base. Actualmente o nível está nos 8,2%. Morais Pires, CFO da instituição, explicou a operação em encontro com jornalistas, focando as duas ope- rações para os particulares e a pro- posta para os institucionais. Na oferta ao retalho existem duas opções, sendo que a segunda passa pela troca a 80% do montante pro- posto e os restantes 20% serão repre- sentados por obrigações subordina- das a 10 anos. Esta opção deverá re- gistar maior atracção, já que existe o “plus” de uma renda. Adiantou que nas actuais obriga- ções perpétuas pagam o cupão a 8,5% e estão a propor a troca ao par, o que é interessante para o investi- dor e para o banco, já que o impacto na função financeira é positivo, diz Morais Pires. Esta operação no modelo 80%/20% terá um impacto de 39 pontos de ba- se no “core capital” podendo levar o preço da acção a cair 10%, embora as questões europeias acabem por se so- brepor às técnicas da acção. Está pre- vista uma diluição dos actuais accio- nistas em 20%, potenciando-se, no entanto, a recompra em mercado por parte destes. Uma segunda operação de oferta visa institucionais e “family offices”. Envolve a oferta de um prémio de 25% sobre o preço de mercado, o que significa a recompra abaixo do par a uma média de 1,8 euros por acção. Esta transacção terá impacto de 99 pontos de base no capital. O gestor acredita ainda que a regu- lamentação europeia se encaminhe no sentido de converter instrumen- tos híbridos em “core capital”. VER PÁG. 3 REFORÇO DE CAPITAL DO BES ALARGA BASE ACCIONISTA INTERMAIL TODAS AS DECISÕES NA SUA MÃO JOSÉ CRUZ GEOSOLVE “O SISTEMA JUDICIAL NÃO PERMITE COBRAR O QUE É DEVIDO” PROFISSIONAIS LIBERAIS SUPLEMENTO GESTÃO INDIVIDUAL DE CARREIRA PÁG. 9 NUTRIÇÃO Programa 100% ensina a comer P14 PUB Preço: 1cênt. • Director: Luís Pimenta O JORNAL ECONÓMICO RESIDENCIAL Palácio dos Condes de Murça P12 Intel prevê subida das receitas com laptops Pág. 7 UGT e CGTP convocam greve geral Pág. 8 Apple ganha mais 53,5% no quarto trimestre Pág. 6 SABMiller assume 24% da turca Anadolu Pág. 4 Diageo aumenta vendas com mercados emergentes Pág. 4 Tráfego de passageiros sobe 6% em Setembro Pág. 3 OE: EXERCÍCIO “DURÍSSIMO” O OE 2012 é um exercício “duríssimo” e que Ricardo Salgado espera que “não dure muito tempo, até porque tem fortes efeitos contraccionistas sobre a economia, gerando recessão”. O CEO do BES disse que existiu “cor- agem” neste Orçamento e que se está a procurar o “buraco da agulha” por onde o país possa entrar, com o objectivo de “voltar a ter credibi- lidade” nos mercados externos. Recorde-se que o mercado interna- cional está fechado para a banca nacional desde há dois anos e que o sector só voltará ao sistema depois de o Estado reiniciar o financiamento através dos mercados. Ricardo Salgado: Os accionistas de referência “estão prontos a actuar caso seja necessário” Ricardo Salgado Foto OJE/Victor Machado POR VÍTOR NORINHA BES

Programa 100% Palácio dos Condes ensina a comer de Murça … · 2011-10-20 · A Exxon Mobil, BP e Eni vão investir cerca de 100 mil milhões de dólares (72,5 mil milhões de

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Número 1203 • Quinta-feira, 20 de Outubro de 2011

O BES está a preparar um reforço decapital até 790,7 milhões de euros,com a conversão de obrigações per-pétuas em acções. Esta operação vaialargar a base accionista, mas os ac-cionistas de referência “estão pron-tos a actuar caso seja necessário”,disse Ricardo Salgado.

A envolvente macro com forte in-definição levou a administração da

instituição a avançar com a operaçãoe a deixar o nível de “core capital”bastante confortável.

Na AG de 11 de Novembro, os ac-cionistas vão deliberar o reforço quepermite melhorar o “core capital”até 147 pontos de base. Actualmenteo nível está nos 8,2%.

Morais Pires, CFO da instituição,explicou a operação em encontrocom jornalistas, focando as duas ope-rações para os particulares e a pro-posta para os institucionais.

Na oferta ao retalho existem duasopções, sendo que a segunda passapela troca a 80% do montante pro-posto e os restantes 20% serão repre-sentados por obrigações subordina-das a 10 anos. Esta opção deverá re-gistar maior atracção, já que existe o“plus” de uma renda.

Adiantou que nas actuais obriga-ções perpétuas pagam o cupão a8,5% e estão a propor a troca ao par,o que é interessante para o investi-

dor e para o banco, já que o impactona função financeira é positivo, dizMorais Pires.

Esta operação no modelo 80%/20%terá um impacto de 39 pontos de ba-se no “core capital” podendo levar opreço da acção a cair 10%, embora asquestões europeias acabem por se so-brepor às técnicas da acção. Está pre-vista uma diluição dos actuais accio-nistas em 20%, potenciando-se, noentanto, a recompra em mercadopor parte destes.

Uma segunda operação de ofertavisa institucionais e “family offices”.Envolve a oferta de um prémio de25% sobre o preço de mercado, o quesignifica a recompra abaixo do par auma média de 1,8 euros por acção.Esta transacção terá impacto de 99pontos de base no capital.

O gestor acredita ainda que a regu-lamentação europeia se encaminheno sentido de converter instrumen-tos híbridos em “core capital”.

VER PÁG. 3

REFORÇO DE CAPITAL DO BESALARGA BASE ACCIONISTA

INTERMAIL

TODAS AS DECISÕESNA SUA MÃO JOSÉ CRUZ

GEOSOLVE

“O SISTEMA JUDICIALNÃO PERMITE COBRAR O QUE É DEVIDO”

PROFISSIONAIS LIBERAIS SUPLEMENTO

GESTÃO INDIVIDUAL DE CARREIRA

PÁG. 9

NUTRIÇÃOPrograma 100%

ensina a comerP14

PUB

Preço: 1cênt. • Director: Luís PimentaO JORNAL ECONÓMICO

RESIDENCIALPalácio dos Condesde MurçaP12

Intel prevê subidadas receitas com laptops Pág. 7

UGT e CGTP convocam greve geral Pág. 8

Apple ganha mais53,5% no quartotrimestre Pág. 6

SABMiller assume24% da turcaAnadolu Pág. 4

Diageo aumenta vendas com mercadosemergentes Pág. 4

Tráfego de passageiros sobe 6% em Setembro Pág. 3

OE: EXERCÍCIO “DURÍSSIMO”

O OE 2012 é um exercício “duríssimo”e que Ricardo Salgado espera que“não dure muito tempo, até porquetem fortes efeitos contraccionistassobre a economia, gerando recessão”.O CEO do BES disse que existiu “cor-agem” neste Orçamento e que se estáa procurar o “buraco da agulha” poronde o país possa entrar, com oobjectivo de “voltar a ter credibi-lidade” nos mercados externos.Recorde-se que o mercado interna-cional está fechado para a bancanacional desde há dois anos e que osector só voltará ao sistema depoisde o Estado reiniciar o financiamentoatravés dos mercados.

Ricardo Salgado: Osaccionistas de referência“estão prontos a actuarcaso seja necessário”

Ricardo Salgado Foto OJE/Victor Machado

POR VÍTOR NORINHABES

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TURQUIACHINA

AÇORESPORTUGAL ESPANHA

www.oje.ptQUINTA-FEIRA20 de Outubro de 20112 RADAR

Alcatel vende Genesys à PermiraA empresa de equipamentos para tele-comunicações Alcatel-Lucent anunciouontem que vendeu o negócio de servi-ços para call-centers Genesys à privateequity Permira. O valor da operação foide 1,5 mil milhões de dólares (1,1 milmilhões de euros). Esse valor é o mes-mo pelo qual a companhia comprou es-te negócio em 2000.

Abbott divide-se em duas empresasA Abbott Laboratories vai separar-seem duas companhias. Uma das empre-sas irá vender medicamentos genéricose aparelhos médicos e a outra medica-mentos com base em pesquisas médi-cas. A unidade de genéricos e equipa-mentos deverá gerar 22 mil milhões dedólares (15,9 mil milhões de euros), deacordo com dados de 2011.

LinkedIn cria Talent PipelineA rede social LinkedIn desenvolveu oTalent Pipeline, uma ferramenta paraque os caça-talentos tenham informa-ção detalhada, agrupada e actualizadados perfis profissionais que lhes inte-ressam. Este serviço será gratuito edisponibilizado no primeiro semestre de2012, informou a companhia em comu-nicado.

CE multa empresas com 128 milhõesA Comissão Europeia multou em 128milhões de euros as empresas japone-sas Asahi Glass e Nippon Electric, bemcomo a alemã Schott por concertaçãode preços no mercado do vidro paratubos catódicos entre 1999 e 2004. ASamsung foi absolvida do processo porter sido a primeira a revelar a existên-cia de um cartel.

Petrolíferas investem no IraqueA Exxon Mobil, BP e Eni vão investircerca de 100 mil milhões de dólares(72,5 mil milhões de euros) para fazer oupgrade de três campos petrolíferos noIraque. Metade desse valor será inves-tido no campo West Qurna Phase 1, de-senvolvido pela Exxon, enquanto os res-tantes 50 mil milhões serão para oscampos Rumaila e Zubair.

Publicado em todos os dias úteisPROPRIEDADE Megafin SociedadeEditora S.A. – Registo na ERCS Nº 223731 – Nº de Depósito Legal: 245365/06SEDE Atrium Saldanha, Prç. Dq. de Saldanha, nº1, 3º andar,fracção F, 1050-094 LisboaTel.: 217 922 070 Fax: 217 922 099Email: [email protected]

DIRECTOR Luís PimentaEDITORA EXECUTIVA Helena RuaREDACÇÃO Ana Santos Gomes(colaboradora), Armanda Alexandre,Almerinda Romeira, Catarina Costa (revisão),Inês Andrade, Isabel Cabral, Mafalda SimõesMonteiro, Pedro Assis Conceição, Pedro Castro, Sandra Martins Pereira (colaboradora) eVítor Norinha

ARTE Carlos HipólitoFOTOGRAFIAVictor MachadoÁREA COMERCIALDIRECTOR João Pereira 217 922 088 – [email protected] DE CONTASAlexandra Pinto – 217 922 096

Isabel Silva – 217 922 094André Domingues – 217 922 073Miguel Dinis – 217 922 090PROJECTOS ESPECIAISPaulo Corrêa de Oliveira217 922 097DIRECTOR DE CIRCULAÇÃOJorge Tavares d’Almeida217 922 092 – [email protected]

PRODUÇÃOJoão Baptista, Rafael LeitãoÁREA FINANCEIRAFlorbela RodriguesCONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOJoão Lino de Castro (Presidente),GRISA – Gestão Imobiliária e Industrial S.A., Pedro Morais Leitão e Guilherme Borba – [email protected]

IMPRESSÃOSOGAPAL – Soc. Gráfica da Paiã, S.A.TIRAGEM 22 000

Nenhuma parte desta publicação, incluindo textos, fotografiase ilustrações, pode ser reproduzida por quaisquer meios semprévia autorização do editor.

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NOTA

A CRISE OU A LEI

As dúvidas de Cavaco Silva quanto àconstitucionalidade da suspensãodos subsídios de Natal e de Fériasna Função Pública caíram como uma“bomba” na actualidade informativade ontem. O Chefe de Estado foi as-sertivo na dúvida – passe a contra-dição – considerando que a ideia doGoverno inscrita na proposta de Or-çamento do Estado para 2012 podeferir o princípio da equidade fiscal.A solução para o problema pode sermultifacetada – desde a reconver-são da figura jurídica que contex-tualiza a medida, até à extensão dasupressão dos 13º e 14º meses aosector privado… e aí ficamos conver-sados quanto a equidade!Percebeu-se, aliás, ao longo do dia,que, do lado dos privados, houvequem tivesse aproveitado bem esta“deixa” do PR. No entanto, a questão que importaagora relevar – apenas por enquan-to – é precisamente a da existênciade dúvidas. Elas são fundamentaisnuma altura como esta, por muitopremente que seja a necessidade deretirar Portugal do buraco em quese encontra.O nosso país conquistou, apesar detudo, a noção fundamental de umEstado de Direito, com referênciasdemocráticas e cívicas claras.Branquear procedimentos e esque-cer princípios, em nome da crise, éalgo que não pode ser tolerado. Seisso acontecer, estaremos a abriruma caixa de Pandora. [LP]

www.cincodias.comwww.eleconomista.eswww.bloomberg.com www.wsj.comwww.ft.com

Tensão na fronteira turcaA Turquia poderá ser atacada “com mais força”caso desencadeie operações militares fora das suasfronteiras, declarou ontem Ahmed Dennis, porta-voz do Partido dos Trabalhadores do Curdistão(PKK), citado pela agência noticiosa AFP. “Oexército turco será atingido com mais força se ini-ciar operações militares no exterior das fronteirasturcas”, considerou, no rescaldo da morte de 24soldados turcos em múltiplos ataques dos rebeldescurdos junto à fronteira iraquiana.

Espanha investe em transportesEspanha vai investir 49 mil milhões de eurosentre 2014 e 2020 na realização de obras dadenominada Rede Básica da Rede Transeuro-peia de Transportes, depois da aprovação on-tem pela UE da inclusão de cinco corredoresespanhóis nessa rede. A esse investimento mé-dio anual de 7 mil milhões de euros, Espanhasomará entre 10 e 20% dos 31,7 mil milhõesde euros dos fundos europeus destinados,para toda a Europa, para projectos desta rede.

China debate atropelamentoUm “egoísmo sem escrúpulos” está aabalar a China, país onde até poucotempo o colectivismo era oficialmente“um pilar da educação socialista” e todosos cidadãos aprendiam a “servir o povo”,alertou ontem um jornal oficial. De acordocom o Global Times, “um egoísmo semescrúpulos está a crescer na China” e “ésuficientemente devastador para abalaros fundamentos da moralidade”, a pro-pósito da “apatia” das pessoas que viramuma criança de dois anos atropelada narua e não a ajudaram.

NATO reúne em OeirasO Comando da NATO em Oeiras vai aco-lher na próxima semana a conferênciajurídica anual da organização, que esteano tem como tema “Parcerias, Coopera-ção e Relações Externas” e conta com aparticipação de mais de 120 represen-tantes. Segundo um comunicado divulga-do pelo Comando de Forças Conjuntas deOeiras, neste evento, que decorre entresegunda e quinta-feira, é também espera-da a participação de oradores daComissão de Direitos Humanos dasNações Unidas, do Comité Internacionalda Cruz Vermelha e de outras organiza-ções internacionais como a UniãoAfricana.

GPS EuropeuA Estação da Agência Espacial Europeia(ESA) em Santa Maria, Açores, vai acom-panhar hoje o lançamento dos primeirosdois satélites do sistema europeu de na-vegação “Galileo”, integrando um grupode quatro estações a nível mundial. O“Galileo”, que incluirá 30 satélites e deveestar operacional em 2014, é o sistemade navegação por satélite da União Euro-peia, concebido para responder ao GPSnorte-americano e ao GLONASS russo,anunciando como principais vantagensmaior precisão e segurança.

Tenho dito O número

“Um político que se prezenão pensa, numa crisecomo esta, nas próximaseleições, tem de pensar nas próximas gerações”

Lula da Silva, ex-presidente do Brasil, criticando o facto de as medidas acordadas nas cimeiras do G20 desde 2008

continuarem sem ser implementadas, in Lusa

372 milhões de eurosO secretário de Estado doDesenvolvimento Regio-nal, Almeida Henriques,garantiu que serão dispo-nibilizados 372 milhõesde euros do Quadro Na-cional de Referência Es-tratégica (QREN) até fi-nal do ano para financiarprojectos em todo o País

RRADAR

Bolsa

PSI 20

MAIOR SUBIDA MAIOR DESCIDA

0,24%

3,03%

BCP

1,57%

Galp

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NEGÓCIOS www.oje.pt 3QUINTA-FEIRA20 de Outubro de 2011

O ESTADO como accionista dos ban-cos “não acrescenta valor, para alémdo próprio capital”, comentou ontemRicardo Salgado, CEO do BES, numencontro com jornalistas onde foiexplicado o impacto da operação dereforço dos fundos próprios. Disseque “o Estado a gerir bancos é umdesastre”, e deu o exemplo da inter-venção pública recente no Dexia e doCrédit Lyonnais, em França.

O exemplo do Dexia, que foi par-tido em três, foi ainda usado comoexemplo para a recusa de qualquer ti-po de operação no sentido da consol-idação da indústria. Disse que a di-mensão do mercado obriga ao actualnível de concorrência e a opção é ocrescimento orgânico e não outro.

Ricardo Salgado salientou que aoperação que vai ser aprovada em AGextraordinária de troca de dívida per-pétua por acções e que poderá levar àdiluição da posição dos activosaccionistas em cerca de 20%, visacolocar a utilização da linha públicade recapitalização dos bancos (que éda ordem dos 12 mil milhões deeuros) como “último recurso”, sub-linhando “nada ter contra a linha derecapitalização do Estado”.

O ataque aos políticos europeusnão se fez esperar, com RicardoSalgado a considerar que o problemaeuropeu e o impacto na desvaloriza-ção dos activos no mercado de capi-tais, tem a ver com “a falta de clarezapolítica” para a resolução da crise dasdívidas soberanas, a par da pressãopara a recapitalização dos bancos.Esta pressão é seguida de indefini-ções sobre condições, níveis e mesmoquanto à eventual antecipação dasexigências de Basileira III. Esta reca-pitalização, explicou, tem pressiona-do as cotações em baixa e daí o “pricebook value” (valor do patrimóniolíquido) estar num nível “como nun-ca vi”.

A cotação das acções, incluindo asdo BES, poderão inverter a qualquermomento, disse Ricardo Salgado, queenquadra esta opinião com a excessi-va queda do valor e com a soluçãopara a Grécia. Disse que logo que seencontre uma solução (para a Grécia),“a tendência será normalizada e coma recuperação das acções”. Sobre oBES disse não excluir uma nova desci-da, pois os títulos poderão ainda nãoter atingido o ponto mais baixo, mas“acredito que (a cotação) não desçamuito mais e recupere”.

Morais Pires admite que o reforçode capital possa ter alguma impli-

cação no valor da acção que poderáchegar aos 10%, enquanto Salgadoreforçou estar a viver-se “uma fasehistoricamente destruidora do valornos mercados”.

A cimeira do G20 em Novembropoderá ser o ponto de inversão.Sublinhou ainda que a crise da bancaé global e não é especificamente dePortugal.

O TRÁFEGO de passageiros nos aero-portos portugueses cresceu 6% emSetembro, face ao mesmo mês de2010, e já acumula uma subida de8,3% desde o início deste ano, segun-do dados divulgados pela ANA.

No total, em Setembro, passarampelos aeroportos portugueses 2,8 mi-lhões de passageiros, uma subida fa-ce aos 2,7 milhões registados em Se-tembro de 2010.

O maior crescimento foi registado

no aeroporto do Porto (10,6%), segui-do por Lisboa (6,4%) e por Faro(3,3%). Já os dos Açores registaram,em conjunto, uma queda de tráfegode 1,1% em Setembro. Nota ainda pa-ra o aeroporto de Beja, por onde pas-saram 181 passageiros em Setembroe 973 no acumulado de 2011.

“Em termos de mercados, desta-que para os crescimentos do ReinoUnido, Espanha e França”, afirma aANA, sublinhando também pela pos-itiva “os desempenhos da Ryanair eTAP Portugal”.

Salgado: “Estado a gerirbancos é um desastre”

Tráfego de passageirossobe 6% em Setembro

ALEMANHA: Feridos líbios chegam aos hospitais

UM dos cinco feridos que chegaram da Líbia é encaminhado para o Hospital das ForçasArmadas em Westerstede. Estes homens apresentam principalmente ferimentos por ar-ma de fogo e estilhaços. Foto EPA/Ingop Wagner

Estado sem dividendos daCGD e do BdP

O ESTADO não vai receber quaisquerdividendos no próximo ano quer daCaixa Geral de Depósitos (CGD) querdo Banco de Portugal, confirmou àagência Lusa o Ministério das Finan-ças.

Na proposta do Orçamento do Es-tado para 2012, que foi entregue naAssembleia da República na segun-da-feira, não constam quaisquer divi-dendos de sociedades financeiras,isto é, do Banco de Portugal e da Cai-xa Geral de Depósitos.

ANA

O GOVERNO está a preparar um ca-derno de amplas alterações legislati-vas com influência nas empresas. Oobjectivo, disse ontem o ministro daEconomia, Álvaro Santos Pereira, du-rante o 1º dia do Congresso dos Eco-nomistas, é criar condições a nível decompetitividade.

A insolvência das empresas não é ofim, mas pode ser “uma nova vidapara as empresas” e, por isso, haveráum novo Código de Insolvências, a

par de um plano extrajudicial de con-ciliação.

Está previsto a revisão do cente-nário Código Comercial com o objec-tivo de maior simplificação, enquan-to na agilização dos investimentosvão ser alteradas regras a nível delicenciamentos industriais.

O ministro afirmou que são “aspróprias entidades públicas a impe-dir a maior dinamização do investi-mento”. A nova Lei da Concorrênciaestá pronta e vai para consulta públi-ca.

Empresas com novoCódigo de Insolvências

LEGISLAÇÃO

O TESOURO colocou ontem 1503 mi-lhões de euros em dívida em duas li-nhas com maturidades a três e seismeses, com a taxa de juro a ficar pra-ticamente nos mesmos valores dosúltimos leilões com maturidades se-melhantes.

Na primeira operação após a apre-sentação da proposta de Orçamentodo Estado (OE) para 2012, Portugalcolocou 1071 milhões de euros na li-nha que vence a 20 de Janeiro do pró-ximo ano, tendo a taxa de juro média

ficado exactamente no mesmo valordo último leilão com prazo seme-lhante (4,972 %). A procura foi deduas vezes a oferta, com o Estado arecusar-se a colocar mais dívidaquando a taxa pedida atingiu os4,999%.

No prazo a seis meses, com matu-ridade a 20 de Abril, foram colocados432 milhões de euros, pagando umataxa de 5,25%, ligeiramente acimados 5,249% da última emissão. O ju-ro mais baixo pedido foi onde Portu-gal colocou os 432 milhões de euros,não tendo colocado mais dívida a

qualquer outra taxa. A procura foi de3,7 vezes a oferta.

O leilão de ontem tinha um limitemáximo indicativo de 1500 milhõesde euros para as duas linhas, com oEstado a colocar mais 3 milhões deeuros do que o previsto inicialmente.

Em comentário por escrito à ope-ração, citado pela agência Lusa, o di-rector de gestão de activos do BancoCarregosa, Filipe Silva, mostrou-sedesiludido com o resultado, realçan-do que até a Grécia colocou dívida atrês meses com juros mais baixos naterça-feira.

Tesouro coloca 1503 milhões e mantém taxa de juro

DÍVIDAFINANÇAS

CORE TIER 1 DE 9,67%

Na operação agora anunciada, o BESirá reforçar os capitais próprios noequivalente a 147 pontos de base, ca-so toda a operação se execute, fican-do – se a qualidade dos activos nãodegradar - com um “core tier1” de9,67%, bastante acima do exigidopela troika para este ano e que é de9%. Ricardo Salgado e Morais Piresestão convictos que na revisão dosstress tests serão beneficiados. Aliás,a última operação de Junho da EBAconsiderou uma exposição do grupo àdívida grega quando, na verdade, aoperação já tinha sido amortizada. Aexposição a dívida soberana reduz-sea Portugal e as menos-valias potenci-ais não vão além de 100 milhões deeuros, confirmou Morais Pires.

POR VÍTOR NORINHABANCA

QREN financiaprojectos com 372 milhões

O SECRETÁRIO de Estado do Desen-volvimento Regional, Almeida Henri-ques, garantiu ontem que até finaldo ano serão disponibilizados 372milhões de euros do Quadro Nacio-nal de Referência Estratégica (QREN)para financiar projectos em todo opaís.

Almeida Henriques falava na Co-vilhã, no encerramento de uma con-ferência subordinada ao tema “Fun-dos Comunitários e QREN – Balançose Perspectivas”, promovida pela Co-munidade Intermunicipal das Beiras- Comurbeiras.

Os 372 milhões de euros de apoiosfinanceiros vão ser atribuídos quan-do for aprovada a reprogramaçãotécnica do QREN feita pelo Governo eque está a ser avaliada pela União Eu-ropeia (UE).

Segundo Almeida Henriques, oprocesso de reprogramação deveráestar encerrado e aprovado pela UE“até ao início do mês, pelo que até fi-nal do ano o dinheiro seguramenteestará no terreno”.

A verba vai ajudar a pagar “obrasem curso de autarquias, instituiçõesparticulares de solidariedade social ealgumas corporações de bombeiros”.

O secretário de Estado sublinhouque “são obras que tinham umacomparticipação bastante menor eque será majorada”, garantindo queaté final do Quadro Comunitário deApoio “algumas das linhas de apoiopodem ser comparticipadas a 85%”.

DESENVOLVIMENTO

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www.oje.ptQUINTA-FEIRA20 de Outubro de 20114 NEGÓCIOS

A CERVEJEIRA norte-americana SAB-Miller assinou um acordo para esta-belecer uma aliança estratégica coma congénere turca Anadolu Efes, como objectivo de expandir as suas ope-rações nos mercados da Turquia,Rússia e Médio Oriente. A parceria,ontem anunciada, contempla a en-trada da segunda maior companhiado sector a nível mundial no capitalsocial da cervejeira turca, através deuma participação de 24%.

Acresce que, de acordo com os ter-mos do acordo estratégico, a Anado-lu Efes será o veículo para os investi-mentos de ambas as empresas nosmercados referidos, passando a inte-grar os activos da SABMiller na Rús-sia e na Ucrânia, avaliados em 1,9mil milhões de dólares (1,38 mil mi-lhões de euros). Em contrapartida, aempresa turca vai emitir cerca de142 milhões de novas acções, equiva-lentes a 24% do seu capital social,que entregará à SABMiller.

As duas partes acrescentaram que

mantêm negociações exclusivas eque esperam completar a transacçãoantes do final do presente exercício,esperando as devidas autorizaçõespor parte das autoridades de regula-ção, bem como a aprovação dos ac-cionistas da Anadolu Efes.

A SABMiller, que acordou, no mêspassado, a aquisição da Foster’sGroup por perto de 9,9 mil milhõesde dólares australianos (7,3 mil mi-lhões de euros) conta-se entre as em-presas de bens de consumo que pro-curam reforçar a sua presença emmercados emergentes como a Ásia eÁfrica, para impulsionar o cresci-mento das suas vendas numa alturaem que a estagnação económica afec-ta a receita nos EUA e na Europa.Neste quadro, a Anadolu Efes é amaior cervejeira do Médio Oriente,obtendo uma fatia de 31% das suasvendas no mercado da Turquia.

A companhia mantém ainda ope-rações na Rússia, Cazaquistão, Mol-dávia e Geórgia. A empresa alargadaserá a segunda maior produtora decerveja na Rússia.

SABMillerassume 24% da Anadolu

CERVEJA

A BRITÂNICA Diageo, a maior fabri-cante mundial de bebidas destiladas,anunciou um aumento nas receitasno primeiro trimestre do exercíciofiscal de 2012, impulsionado por ga-nhos na América Latina, Ásia e Áfri-ca. A companhia declarou em comu-nicado que as vendas orgânicas subi-ram 9% nos três meses terminados a30 de Setembro deste ano face aigual período de 2010, e o volumecresceu 5%.

Os activos líquidos ascenderam a6572 milhões de libras (7739 milhõesde euros) até ao final de Setembro,comparando com os 5985 milhões delibras (6859 milhões de euros) obti-dos no trimestre anterior, que termi-nou a 30 de Junho, acrescenta a nota.

“Estamos em modo de alerta paraqualquer impacto que a frágil econo-mia possa ter na actual tendência decomercialização”, afirmou o CEO,Paul Walsh. A detentora de marcascomo a Johnnie Walker ou a Smir-noff está entre as empresas de bens

de consumo que tentam fazer frenteao declínio nas vendas na Europa enos EUA, enquanto registam uma es-calada na procura em mercadosemergentes como a Ásia.

A Diageo adiantou que a receitaorgânica obtida na América Latina eCaraíbas ascendeu 30%, a regiãoÁsia-Pacífico teve um acréscimo de14%, e África subiu 9% no períodoem análise.

Na América do Norte, as vendasorgânicas cresceram 5% e na Europaaumentaram 6% no trimestre.

Diageo factura com emergentesBEBIDAS ALCOÓLICAS

EM DIA de greve geral, uma manifestação em massa convocada pelos sindicatos do sector público e privado acabou em violência. Osmanifestantes atiraram bombas artesanais para a polícia, que já os aguardava junto ao Parlamento. A população grega tenta a todo ocusto contestar as medidas de austeridade impostas pelo Governo de Papandreou. Foto EPA/Simela Pantzartzi

ATENAS: Greve geral paralisa a Grécia

A EUROTUNNEL, operadora do túneldo Canal da Mancha, declarou umasubida de 9,2% nas vendas do tercei-ro trimestre deste ano, para 231,7milhões de euros, face aos 212,1 mi-lhões do período homólogo de 2010.O grupo explica em comunicado queo resultado se deve ao aumento notransporte de carros e camiões no tú-nel ferroviário que liga a Grã-Breta-nha e França.

A empresa está “consciente dos si-nais de abrandamento económico” evai “continuar a optimizar a flexibi-lidade dos serviços”, refere a nota.

As receitas no período terminadoem Setembro do serviço de shuttle,que transporta veículos, cresceram6,9%, para 116,5 milhões de euros,adianta a companhia. A sua divisãode carga, a Europorte, registou umincremento de 28%, enquanto asvendas de outros operadores ferro-viários que utilizam a rede Eurotun-nel tiveram um acréscimo de 6%.

Já o número de passageiros que uti-lizaram os comboios da Eurostar caiu2% no trimestre, segundo a empresa,que adiantou ter havido uma “ligeiraqueda” no valor no final do período.

Em Julho, a Eurotunnel reviu emalta as receitas para o exercício fis-cal, após a recuperação no tráfego depassageiros e no serviço de carga terconduzido a um lucro recorde de 2milhões de euros na primeira me-tade do ano, comparativamente como prejuízo obtido em igual períodode 2010. A operadora disse que espe-rava um aumento no resultado brutode exploração (EBITDA) de 2011,após este ter escalado 37% na primei-ra metade do ano.

Eurotunnel lucracom tráfego de veículos

TRANSPORTE FERROVIÁRIO

A AMERICANA Groupon, a maiorempresa de cupões online, planeiacomeçar a divulgar aos investidores aintenção de entrar em Bolsa até ao fi-nal de Outubro, ou seja, já na próxi-ma semana, segundo fontes a par daoperação citadas pela Bloomberg.

A empresa espera obter até 750 mi-lhões de dólares (544 milhões de eu-ros) com a oferta pública inicial (IPO).

A companhia tinha adiado os pla-nos de contactar com os investidoresem Setembro, devido à incerteza nosmercados bolsistas, avançaram na al-tura fontes próximas do processo.

A Groupon também precisava demais tempo para lidar com questõesregulatórias, incluindo possíveis revi-sões de um método controverso decontabilidade utilizado na propostade entrada em Bolsa, acrescentaramas mesmas fontes.

Groupon quer lançarIPO para a semana

BOLSA

O PROVEDOR de serviços tecnológi-cos Amadeus colocou 6,84% do seucapital social em Bolsa, representati-vo de 30,62 milhões de acções, por385,84 milhões de euros.

A companhia vendeu este pacote aum preço de 12,6 euros por acção, oque representa um desconto de 4,1%face ao preço de encerramento da úl-tima terça-feira de 13,15 euros.

Foram colocadas 15,3 milhões deacções representativas de 3,42% docapital social da Amadecin e 15,3 mi-lhões de acções relativas a 3,4% da I-domeneo.

Ambas as sociedades venderam atotalidade das suas participações naholding.

O procedimento de “colocação ace-lerada” foi executado pelo BarclaysBank através da sua divisão de banca,o Barclays Capital.

Amadeus coloca 6,84%do capital em bolsa

TECNOLOGIA

A BAA Airports Limited, proprietáriado aeroporto de Heathrow, quer ven-der o aeroporto de Edimburgo numleilão que, segundo os analistas, po-derá angariar 500 milhões de euros,noticia a agência Bloomberg.

A companhia britânica tem duasalternativas segundo as normas daComissão de Concorrência do ReinoUnido: ou vende o aeroporto na capi-tal da Escócia ou o aeroporto pertode Glasgow.

O aeroporto de Edimburgo rece-beu 7,28 milhões de passageiros nosprimeiros nove meses do ano, o que

significa um aumento de 9,5% faceao período homólogo. Por essa razão,a BAA acredita que poderá ser maisfácil vender este terminal do queGlasgow, cujo número de passageiroscresceu apenas 5,7%, para um totalde 5,31 milhões de pessoas.

A companhia controlada pela ope-radora espanhola de infra-estrutu-ras, a Ferrovial, já tinha vendido oaeroporto de Gatwick, em Londres, eestá ainda a contestar uma decisãode que terá de vender o aeroporto deStansted.

A BAA espera concluir a venda doterminal de Edimburgo antes do Ve-rão de 2012.

BAA vende o aeroportode Edimburgo

GESTÃO AEROPORTUÁRIA

A MORGAN Stanley reportou ontemum disparo do seu lucro que superouas expectativas dos analistas, impul-sionada por um ganho contabilísticode 3,4 mil milhões de dólares (2,4 milmilhões de euros).

O resultado líquido da proprietáriada maior corretora mundial fixou-senos 2,2 mil milhões de dólares (1,6mil milhões de euros), ou 1,15 dóla-res por acção, no terceiro trimestre,em comparação com o lucro de 131milhões de dólares (95,3 milhões deeuros), ou um prejuízo de 7 centavospor título após dividendos, apuradoum ano antes. Desta forma, os resul-tados bateram os 30 centavos de dó-lar de projecção média do conjuntode 25 analistas auscultados pelaagência Bloomberg.

A Morgan Stanley obteve o maiorincremento anual na área de trading,excluindo ganhos contabilísticos, deentre os principais bancos norte-americanos. A equipa de gestão lide-rada pelo CEO James Gorman está atentar conter a desvalorização de39% das acções da empresa este ano,um declínio que levou os títulos daMorgan Stanley para mínimos de Ja-neiro de 2009, em plena crise finan-ceira.

A Morgan Stanley foi a terceiraprincipal consultora de fusões nosprimeiros nove meses deste ano,bem como a segunda no ranking desubscrição de ofertas de acções, se-gundo os dados da Bloomberg.

Morgan Stanleybate previsões de lucro

BANCA

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www.oje.ptQUINTA-FEIRA20 de Outubro de 20116 NEGÓCIOS

A APPLE fechou o quarto trimestredeste ano com um volume de vendasde 28,2 mil milhões de dólares (20,5mil milhões de euros) e um resultadolíquido de 6,62 mil milhões de dóla-res (4,82 mil milhões de euros), equi-valente a 7,05 dólares por acção.

A gigante do sector tecnológico ti-nha registado vendas de 20,34 milmilhões de dólares (14,81 mil mi-lhões de euros) e um lucro de 4,31mil milhões de dólares (3,13 mil mi-lhões de euros) no mesmo período doano passado. Segundo a empresa co-fundada por Steve Jobs, as subidas de38,6% e 53,5%, respectivamente, tra-duzem o melhor trimestre de Setem-bro em termos de facturação e lucroda sua história.

No entanto, este desempenho fi-cou aquém do esperado pelos analis-tas, que apontavam, em média, paraganhos de 7,31 dólares por título, aprimeira vez que a Apple desilude omercado em 26 trimestres. A mar-

gem bruta da multinacional norte-americana fixou-se nos 40,3%, emcomparação com os 36,9% do mes-mo trimestre do exercício fiscal pre-cedente.

“Estamos encantados com o vigorcom que encerrámos um fenomenalexercício fiscal de 2011, elevando areceita para 108 mil milhões de dóla-res (78,6 mil milhões de euros) e su-bindo o lucro para 26 mil milhões dedólares (19 mil milhões de euros)”,referiu o CEO da Apple, Tim Cook.

Apple ganhamais 53,5%no trimestre

TECNOLOGIA

A ESTATAL brasileira Petrobras des-cobriu petróleo e gás num poço off-shore no bloco C-M-95, na Bacia deSantos, no Brasil.

No entanto, a petrolífera aindanão declarou a descoberta no poço3BRSA960DRJS, que detém a 100%,comercialmente viável, segundo aAgência Nacional do Petróleo (ANP).

A Bacia de Santos produz actual-mente 110 mil barris de óleo por dia.A expectativa é fechar 2017 com 1,2milhões de barris diários.

GOOGLE e Samsung revelaram o seunovo sistema operativo móvel, apos-tando nos programas de reconheci-mento facial que melhoram a segu-rança e na catalogação de fotografiaspara desafiar o domínio do concor-rente Apple iPhone.

Em concreto, o novo smartphoneSamsung Galaxy Nexus corre o IceCream Sandwich, a última versão dosistema operativo Android da Goo-gle, revelou ontem aos jornalistasMatias Duarte, director sénior damultinacional norte-americana. Por

seu lado, a Samsung vai dar início àsvendas no próximo mês, não tendoavançado informações sobre preços.

Refira-se que o terminal da Sam-sung representa a última arma daGoogle na batalha pelo controlo domercado de telemóveis, avaliado pelaBloomberg em 207 mil milhões dedólares (150,7 mil milhões de euros).O rival iPhone 4S da Apple vendeuum recorde de mais de 4 milhões deunidades em apenas três dias, na se-mana passada, impulsionado pela in-trodução de funções de reconheci-mento de voz no sistema operativoiOS da empresa da maçã.

Google desafia Applecom detecção de faces

SMARTPHONES

A DTZ Holdings Plc, corretora britâ-nica de imóveis, colocou-se à vendadepois de ter atraído potenciais com-pradores, refere a agência de infor-mação Bloomberg.

“A DTZ vai implementar um pro-cesso de venda formal da compa-nhia, que irá conduzir à considera-ção de outras opções estratégicas”,indica o comunicado. A DTZ não adi-antou até à data quais as companhiasque já expressaram interesse no ne-gócio. A corretora está a reduzir oscustos com pessoal e a cortar outras

despesas, depois de ter apresentadoprejuízos nos últimos quatro anos.

A Saint George Participations SAS,que detém 54% da empresa, e o Ro-yal Bank of Scotland anunciaram, es-ta semana, que iam conceder umempréstimo de até 10 milhões de li-bras (11,4 milhões de euros).

John Forrester, CEO da corretora,alegou que a DTZ está focada em en-contrar opções estratégicas que asse-gurem o crescimento do negócio nolongo prazo, que reforcem a estrutu-ra de capital da empresa e que provi-denciem fundos para investimentosfuturos.

DTZ coloca-se à vendae já tem interessados

IMOBILIÁRIO

China Eastern cancela B787A segunda maior companhia aérea daChina anulou a encomenda de 24 avi-ões da série 787 Dreamliner à Boeing,por atrasos na entrega. A China Eas-tern vai receber em substituição 45 ae-ronaves do modelo 737-800, avança osite El Economista. O facto de a Boeingter comercializado o Dreamliner comtrês anos de atraso aliado à quebra daprocura por voos de longa distância, le-vou a companhia a tomar esta opção.A China Southern também equacionaanular a sua encomenda.

OHL recebe obras portuáriasA OHL venceu a adjudicação de umcontrato de obras de melhoria das ins-talações do Porto de Málaga, em con-sórcio, por 14,32 milhões de euros. Oprojecto consiste na habilitação e me-lhoria da bacia exterior e do revesti-mento exterior de San Andrés, refere aEuropa Press. A aliança foi estabeleci-da com a empresa Trabajos y Obras.

BlackRock lucra mais 8%O lucro do BlackRock ascendeu a 595milhões de dólares (430,8 milhões deeuros) no terceiro trimestre do ano,valor que compara com os 551 milhõesde dólares (399,3 milhões de euros)conseguidos no mesmo período de2010. As receitas da entidade bancáriasubiram 6%, para os 2230 milhões dedólares (1616 milhões de euros).

CE autoriza compra da MWMA Comissão Europeia autorizou, semcondições, a compra da fabricante ale-mã MWM pela norte-americana Cater-pillar. Depois de um exame detalhadodos mercados afectados, o executivocomunitário admite que a entidadeserá “uma força formidável a ter emconta e terá de enfrentar a concorrên-cia de várias empresas na Europa eoutras partes do mundo”.

BREVES Yahoo! reduz lucro em 26%no terceiro trimestre

Petrobras fazdescoberta naBacia de Santos

PETRÓLEO

A PEÇA “Fuga”, de Jórdi Galcerá, tem estreia marcada para dia 21 de Outubro, no Teatro Tivoli, e as sessões decorrerão de quarta-feiraa domingo. Maria Rueff e José Pedro Gomes (na imagem) actuam sob encenação de Fernando Gomes. Do elenco fazem ainda parteJorge Mourato, João Maria Pinto e Sónia Aragão. Foto LUSA/António Cotrim

LISBOA: “Fuga” estreia a 21 de Outubro no Teatro Tivoli

O YAHOO! apresentou um lucro lí-quido de 293,2 milhões de dólares(214 milhões de euros) no terceirotrimestre do ano, o que representauma quebra de 26% face ao mesmoperíodo do ano passado, avança o co-municado da empresa.

O volume de negócios do portalnorte-americano chegou aos 1,2 milmilhões de dólares (888 milhões deeuros), menos 24% do que no perío-do homólogo. O desempenho no es-trangeiro suportou as vendas. Na Á-

sia, as receitas aumentaram 20% to-talizando 221,6 milhões de dólares(160,1 milhões de euros), enquantono mercado americano deslizaram12%, para 753,7 milhões de dólares(544,5 milhões de euros).

Nos primeiros nove meses do ano,o Yahoo! teve ganhos de 753,2 mi-lhões de dólares (550 milhões de eu-ros), uma diminuição de 17,8% facea 2010, e facturou menos 23,7% para3660 milhões de dólares (2671 mi-lhões de euros).

O Yahoo, que tem enfrentado aconcorrência feroz da Google e do Fa-

cebook por utilizadores e anuncian-tes, beneficiou recentemente do au-mento da procura por anúncios onli-ne. A companhia tem revisto a suaestratégia e o Conselho de Adminis-tração já está a explorar um vastoconjunto de opções para o portal. OAlibaba Group, a Silver Lake e a Digi-tal Sky Technologies já revelaram in-teresse em adquirir o portal.

As receitas para o quarto trimestredo ano, excluindo as vendas passadasa sites parceiros, serão de entre 1,13mil milhões a 1,24 mil milhões dedólares (até 900 milhões de euros).

INTERNET

IPHONE E IPAD SOBEM VENDAS

A Apple vendeu 17,07 milhões deiPhone ao longo do quarto trimestre,o que representa um crescimento de21 pontos percentuais em número deunidades face ao período homólogo.A companhia comercializou ainda11,12 milhões de iPad nos três mesesaté Setembro, volume que representaum incremento de 166% sobre omesmo trimestre do ano anterior.

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NEGÓCIOS www.oje.pt 7QUINTA-FEIRA20 de Outubro de 2011

A AMERICANA Intel prevê que a re-ceita no quarto trimestre de 2011 as-cenda aos 14,7 mil milhões de dóla-res (10,6 mil milhões de euros), su-portada na forte procura de laptopsnos mercados emergentes.

A maior fabricante de semicondu-tores em termos mundiais afirmouem comunicado que a margem bru-ta, ou a percentagem de vendas apósa dedução dos custos de produção,no último trimestre deste ano seráde cerca de 65%.

A multinacional acrescentou queas vendas de notebooks estão a im-pulsionar os ganhos, contrariandoos vaticínios dos especialistas de queos consumidores estão a deixar oslaptops de lado e a apostar cada vezmais nos tablets e nos smartphones.

“À medida que a tecnologia quevendemos se torna mais acessívelem termos de preço, os mercadosemergentes vão gerando um cresci-mento significativo”, explicou oCFO, Stacy Smith.

Estas projecções surgem no segui-

mento da apresentação dos resulta-dos relativos ao terceiro trimestre de2011, em que a empresa obteve umlucro líquido de 3,47 mil milhões dedólares (2,5 mil milhões de euros),um acréscimo de 17,3% em relaçãoao período homólogo do ano tran-sacto, com um incremento de 28,2%nas vendas, para 14,2 mil milhões dedólares (10,3 mil milhões de euros).

A Intel “voltou a registar resulta-dos recorde no terceiro trimestre,superando pela primeira vez os 14mil milhões de dólares de factura-ção, graças ao crescimento nos lap-tops na ordem dos dois dígitos”, afir-mou o presidente da companhia,Paul Otellini.

Nos primeiros nove meses do ano,o lucro líquido ascendeu a 9,58 milmilhões de dólares (6,9 mil milhõesde euros), o que representou um au-mento de 15,6% face a igual períodode 2010, declarou a empresa.

O volume de negócios até Setem-bro atingiu os 40 mil milhões de dó-lares (29 mil milhões de euros), mais24,9%, após as vendas de micropro-cessadores para PC terem subido.

Intel prevêcrescer com os laptops

TECNOLOGIA

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ANGELA Merkel ao lado de Jean-Claude Trichet na sua despedida do Banco Central Eu-ropeu, na Antiga Casa da Ópera em Frankfurt. Os políticos europeus reuniram-se para oadeus a Trichet, que esteve na presidência por 8 anos. Foto EPA/Frank Rumpenhorst

ALEMANHA: Políticos despedem-se de Trichet BHP Billiton quer adquirir abrasileira Ferrous

A BHP Billiton, a maior empresa demineração do mundo, está em con-versações para adquirir a brasileiraFerrous Resources, produtora de mi-nério de ferro, segundo fontes próxi-mas das negociações, citadas pelaagência financeira Bloomberg.

A transacção – discutida nas últi-mas semanas em Melbourne, naAustrália, onde o grupo anglo--sul-africano está sediado – podeatingir os 2 mil milhões de libras (2,3mil milhões de euros).

A companhia está a analisar aconstrução de um projecto de miné-rio de ferro no valor de 3,7 mil mi-lhões de reais (1,5 mil milhões de eu-ros) no Brasil, o segundo maior ex-portador global do minério. Este pro-jecto pode complementar as opera-ções da Ferrous, referem as fontes.

A BHP e a rival Rio Tinto precisamde novos recursos em termos de pro-dução de forma a alimentarem acrescente procura dos países desen-volvidos, como a China, o maior con-sumidor de minério de ferro em ter-mos mundiais.

Em Março, de acordo com fontes apar do processo, a Ferrous esteve emcontacto com companhias de mine-ração e fabricantes de aço na China,Japão, Coreia e Brasil, no sentido deobter 4 mil milhões de dólares (2,9mil milhões de euros) para a sua ex-pansão.

MINERAÇÃO▲

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www.oje.ptQUINTA-FEIRA20 de Outubro de 20118 NACIONAL E INTERNACIONAL

A UGT anunciou ontem a realizaçãode uma greve geral a 24 de Novem-bro, que será conjunta com a CGTP,em protesto contra as novas medidasde austeridade incluídas na propostade Orçamento do Estado (OE) para2012.

A data foi avançada pelo secretá-rio-geral da UGT, João Proença, emconferência de imprensa realizadaapós a reunião do secretariado nacio-nal da central sindical, que aprovoupor unanimidade a acção de lutaagendada para o mesmo dia em quecomeçam as discussões na especiali-dade da proposta de OE, no Parla-mento. O anúncio surgiu ainda nomesmo dia em que a CGTP confir-mou a escolha de 24 de Novembropara a concretização da greve geralconjunta com a UGT.

Recorde-se que CGTP e UGT convo-caram pela primeira vez uma grevegeral conjunta em Outubro de 2010,

que se viria a concretizar a 24 de No-vembro. Desta forma, em apenas umano, as duas centrais sindicais jun-tam-se pelas únicas duas vezes nasua história.

UGT e CGTPconvocamgreve geral

Lula da Silva critica resposta políticaà crise económica e financeira global

O EX-PRESIDENTE brasileiro Lula daSilva teceu ontem duras críticas aofacto de as medidas acordadas nas ci-meiras do G20 desde 2008 continua-rem sem implementação.

“Muito pouco do programa foi exe-cutado. Evitada a catástrofe, a comu-nidade internacional acomodou-se.O resultado foi que a crise voltou arecrudescer, causando enormes pro-blemas”, declarou. Neste sentido, eantecipando quer a cimeira europeiade domingo, quer a reunião do G20

de Novembro, Lula da Silva exigiuresponsabilidade e liderança.

“Um político que se preze não pen-sa, numa crise como esta, nas próxi-mas eleições, tem que pensar naspróximas gerações. Tem que pensarnos outros e não nele, devendo apon-tar o caminho para o crescimentoeconómico, mais comércio, mais em-prego”, reforçou o ex-governante.

“Isso é que tem de ser discutido,não são só os ajustes fiscais, a auste-ridade ou a recapitalização dos ban-cos. Todos querem recapitalizar osbancos, mas ninguém quer recapita-

lizar quem perdeu a casa ou o empre-go”, acrescentou.

Considerando que os desequilí-brios fiscais são apenas parte do pro-blema, Lula referiu-se ao “problemamaior do endividamento excessivodas empresas, bancos e consumido-res, que foram forçados a acreditarnuma política de crédito”.

Lula da Silva proferiu estas decla-rações no Congresso Progresso Glo-bal, organizado pela Fundação Ideas,próxima do PSOE espanhol, e quereúne, em Madrid, líderes socialistasde diversos países.

A ALEMANHA está disposta a au-mentar o Fundo Europeu de Estabili-zação Financeira (FEEF) de 400 milmilhões para 1 bilião de euros, noti-ciou ontem o matutino alemão Fi-nancial Times Deutschland, citandofontes do grupo parlamentar demo-crata-cristão.

O número terá sido avançado peloministro das Finanças, WolfgangSchäuble num encontro que ocorreuna terça-feira destinado a informaros deputados conservadores sobre acimeira dos líderes da União Euro-peia e da Zona Euro, que decorre no

domingo, em Bruxelas.O referido aumento seria feito

através da concessão de um seguropara títulos da dívida pública parapaíses em dificuldades financeiras,noticiou o mesmo jornal.

O matutino britânico Guardian vaimais longe e adianta que Paris e Ber-lim querem aumentar o fundo deresgate para 2 biliões de euros, citan-do fontes diplomáticas.

O porta-voz da bancada da CDU,Ulrich Scharlack, disse no entantoque o ministro das Finanças não sereferiu a quaisquer números, limi-tando-se a adiantar que estão a seranalisados modelos na CE.

Um outro participante na reuniãoasseverou também ao site do DerSpiegel que Schäuble não falou emnúmeros.

Há algum tempo que correm ru-mores de que o volume do FEEF teráde ser aumentado para suportareventuais ajudas a Espanha ou a Itá-lia, grandes economias da Zona Euro.

Até agora, os países a recorrer a es-te Fundo foram a Irlanda, que obteveum empréstimo de 85 mil milhõesde euros, e Portugal, que receberá 78mil milhões de euros até 2013.

Está também em preparação umnovo resgate à Grécia da ordem dos109 mil milhões de euros.

Alemanha disposta a aumentarFEEF para 1 bilião de euros

OS PRIMEIROS satélites com o sistema de navegação Galileo – sistema independenteque quebra a hegemonia dos EUA com o GPS – vão ser lançados em Kourou. A AgênciaEspacial Europeia vai acompanhar o lançamento da sua base nos Açores. Foto EPA

GUIANA FRANCESA: Galileo é hoje lançado

OE 2012

ZONA EURO

CONJUNTURA

PAC analisado amanhãOs ministros da Agricultura da UEreúnem-se hoje e amanhã, noLuxemburgo, para fazer uma primeiraanálise da proposta de reforma dapolítica agrícola comum (PAC) e tam-bém com a ajuda aos carenciados emagenda. A Comissão Europeia apresen-tou no dia 12 a proposta de reforma daPAC pós 2013.

CE propõe 9 mil milhõesA Comissão Europeia propôs ontem uminvestimento de 9200 milhões de eurospara melhorar as redes de banda largae serviços, no quadro do “MecanismoInterligar a Europa” ontem apresenta-do pelo presidente do executivo comu-nitário, Durão Barroso. Este pacotepara melhorar as “redes” europeias nosdomínios dos transportes, energia etecnologias digitais tem um valor glo-bal de 50 mil milhões de euros.

Moody’s corta EspanhaA agência de notação financeiraMoody’s anunciou a redução da qualifi-cação da dívida espanhola de Aa2 paraA1 com perspectiva negativa. Segundoa Moody’s, a decisão deve-se, entreoutros motivos, à vulnerabilidade deEspanha perante a situação actual, àfalta de uma solução “credível” à criseda dívida, ao previsível travão nocrescimento da economia espanhola eao potencial incumprimento dos requi-sitos do défice.

Japão e Coreia do Sul aumentamO presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, e o primeiro-ministro nipónico,Yoshihiko Noda, acordaram ontem emSeul aumentar para 70 mil milhões dedólares (50,8 mil milhões de euros) oacordo de troca de divisas para fazerfrente às incertezas económicas. Oacordo “swap” será reforçado commais 13 mil milhões de dólares (9400milhões de euros).

BREVES

SED LEX

Foi ontem proferida pelo Tribunal deJustiça da União Europeia (“TJUE”) umadecisão muito importante no que respei-ta à delimitação do conceito de invençãopatenteável, nomeadamente, quandoestejam em causa patentes de invençõesque impliquem a utilização de célulasestaminais.A importância da referida decisão resideno facto de o TJUE ter entendido queuma invenção não poderá ser patentea-da sempre que a respectiva implemen-tação envolva a destruição de embriõeshumanos, ainda que tal destruição ape-nas se verifique numa fase preliminar dasua implementação e também que nareivindicação da patente (isto é, nadefinição técnica do seu objecto) nãoseja feita qualquer menção à destruiçãoou utilização de embriões humanos.Para o efeito, entendeu o TJUE que osprincípios da dignidade e da integridadehumanas se deveriam sobrepor ao direitode exclusivo que resultaria da concessãoda patente em apreço, assim obstando aque o interesse comercial protegido (epromovido) pelo direito de uso exclusivoprevalecesse.Refira-se que este entendimento já éseguido pelo Instituto Europeu dePatentes desde 2006, embora os institu-tos de propriedade industrial de cadaEstado-Membro mantivessem autonomiapara apreciar esta questão, o que levariaa que, em alguns países da UE, fosse pos-sível obter protecção para estasinvenções ao abrigo de uma patente, oque deixa de ser possível a partir deagora, por força desta decisão.Por último, queríamos ressalvar que, aocontrário do que foi veiculado na impren-sa portuguesa, o TJUE não proibiu ainvestigação científica com recurso acélulas estaminais, tendo apenas excluídoa possibilidade de qualquer entidadebeneficiar do direito de exclusivo sobreuma invenção que implique, nos termosacima referidos, a destruição deembriões humanos. Bem sabemos que não somos um paíscom tradição em matéria de patentes,mas o rigor é um valor do qual não deve-mos prescindir. Tal como fez a decisãoacima mencionada, é tudo uma questãode sabermos separar as águas...

SEPARAR AS ÁGUAS…

NUNO CADIMAOLIVEIRASócio F. CasteloBranco &Associados

CFP iniciafunções até 2012

A ENTIDADE independente que iráavaliar o cumprimento e sustentabil-idade da política orçamental, o Con-selho de Finanças Públicas, deve ini-ciar as suas funções até ao início de2012, tendo a nomeação dos primei-ros membros de acontecer ainda emDezembro. Os estatutos do Conselho– que resultou do acordo entre o PSDe o ex-Governo PS para viabilizar oOrçamento do Estado para 2011 –foram ontem publicados em Diárioda República e entram hoje em vigor.

POLÍTICA ORÇAMENTAL

CAVACO SILVA PEDE EQUIDADE

O Presidente da República defendeu,ontem, que a suspensão dos subsídiosde férias e de Natal na AdministraçãoPública e dos pensionistas constituiuma “violação de um princípio básicode equidade fiscal”. Questionado, àsaída da sessão de abertura do IVCongresso Nacional dos Economistas,sobre se a proposta de suspensão dopagamento dos subsídios aos fun-cionários públicos e pensionistas em2012 e 2013 é um “ataque” a umgrupo específico, Cavaco Silva recor-dou a posição idêntica que assumiuquando o anterior Governo, lideradopor José Sócrates, cortou os venci-mentos dos funcionários públicos.

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TODAS AS DECISÕES NA SUA MÃO!

AdvogadosBASTONÁRIO CRITICA MASSIFICAÇÃO PPáágg.. VV

SEGUROSResponsabilidade Civil e Acidentes de Trabalho são os mais procuradosPPáágg.. IIVV

SEG. SOCIALNovas regras para trabalhadores independentes e contratantesPPáágg.. VVII

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profissionais liberaisSUPLEMENTO COMERCIAL 20 DE OUTUBRO DE 2011

CONTABILIDADEEmpresário em nome individual ousociedade unipessoalpor quotas?PPáágg.. IIII

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No contexto de emergência das tecnolo-gias de informação e comunicação (TIC),como aspecto estruturante da sociedadee cada vez mais presente, reconhecemosque estas são hoje ferramentas indispen-sáveis às organizações, e naturalmentetambém aos profissionais liberais (PL)que se encontram num espaço paralelo,por vezes interagindo com o sistemaestruturado, outras vezes isolados.A consultoria informática desempenhaum papel fundamental no desenvolvi-mento das actividades económicas,

quando utilizada de maneira séria eética, proporcionando grandes benefí-cios, estabelecendo um controlo maisamplo dentro da organização, melhoriaao nível de processos operacionais, deperformance e optimização de custos,satisfação das necessidades de infor-mações atempadas e úteis, indo destemodo ao encontro das expectativas dosgestores/profissionais liberais, permitin-do-lhes atingir os seus objectivos, isto é,aumentar a competitividade, melhoraros resultados e vislumbrar perspectivaspara o futuro.O profissional liberal, sem subordinaçãoa qualquer patrão ou entidade decomando, é um profissional que precisaestar actualizado ao nível intelectual etécnico, para acompanhar as transfor-mações profissionais do universo global.O exercício da profissão depende do seuconhecimento e habilidade, para quepossa competir com os outros profis-

sionais da sua categoria no mercado detrabalho. Muitos ainda não conseguemvisualizar a essência do real objectivo daconsultoria informática, apesar de estagerar um elevado nível de melhorias. Apergunta para a qual é necessárioencontrar resposta, é sempre esta: será

que no momento em que eu precisar deajuda para resolver o meu problema, aonível dos sistemas de informação, vouencontrar alguém capacitado para meajudar a encontrar a melhor solução

adequada à minha realidade?A Consultoria Informática não pode servista através das exigências de resulta-dos satisfatórios, imediatos e milagrosospor parte destes profissionais, sem antesfazer uma verificação analítica da actua-ção e do seu comportamento organiza-cional, que na maioria das vezes é a basee a causa principal para a insatisfaçãodos resultados obtidos.A Consultoria Informática aplicada aosegmento dos profissionais liberais de-verá equacionar as especificidadesdeste sector, caracterizado por um con-junto alargado de actividades, sujeitos auma grande diversidade de horários, edeve ser vista como elemento de dife-renciação, porque o mercado é muitocompetitivo e quem sobrevive é quemprocura o conhecimento, a excelência, ainovação e o tal elemento diferenciador.

*[email protected]

QUINTA-FEIRA20 de Outubro de 2011II www.oje.ptprofissionais liberais

O ELEMENTO DIFERENCIADOR NO SEGMENTO DOS PROFISSIONAIS LIBERAIS

RUI DIAS

Director de Unidade de SistemasRFSDCSI*

EMPRESÁRIO EM NOME INDIVIDUAL OUSOCIEDADE UNIPESSOAL POR QUOTAS?

CCoooorrddeennaaççããoo Paulo Corrêa d’Oliveira, [email protected] •• AArrttee Carlos Hipólito, [email protected] •• FFoottooggrraaffiiaa Victor Machado

ÁÁrreeaa CCoommeerrcciiaall Jorge Tavares d’Almeida – 217 922 092, [email protected]; Paulo Corrêa d’Oliveira – 217 922 097, [email protected]

A questão coloca-se, importasaber decidir. Existe umadiferença fundamental en-tre um empresário em no-

me individual, titular de rendimen-tos da categoria B e uma sociedadeunipessoal por quotas que é precisa-mente o facto de esta última ser do-tada de personalidade jurídica e fis-cal distinta da pessoa do seu sócioaplicando-se-lhes as normas do direi-to societário, nomeadamente o Códi-go das Sociedades Comerciais. Con-vém por isso enunciar as principaisdiferenças entre ambos:

EMPRESÁRIO EM NOME INDIVIDUAL:

• O código do Imposto sobre o Rendi-mento das Pessoas Singulares (IRS),consagra 2 regimes de tributação paraos rendimentos originados pelo exercí-cio independente de uma actividade,são eles o regime simplificado e oregime de contabilidade organizada.• O regime simplificado aplica-se arendimentos da actividade iguais ouinferiores a € 150.000,00, podendono entanto ser feita a opção pela apli-cação do regime de contabilidade or-ganizada. Esta opção é manifestadana declaração de início da actividadeou em Março do ano seguinte ao ter-mo do período mínimo de perma-nência, que é de 3 anos. Este períodomínimo de permanência aplica-seaos 2 regimes e é prorrogável poriguais períodos, excepto se for comu-nicado em Março do ano seguinte aotérmino dos 3 anos, a opção por ou-tro regime.• No regime simplificado, o apura-mento do rendimento colectável éfeito através da aplicação de coefi-cientes ao valor total dos rendimen-tos obtidos na actividade profissio-nal por conta própria, não sendo porisso exigida contabilidade organiza-da. O coeficiente para as prestaçõesde serviços é 0,70 e para a venda deprodutos é de 0,20. Isto significa queo IRS vai incidir sobre 70% do rendi-

mento obtido com prestações de ser-viços, não sendo consideradas quais-quer despesas efectuadas no exercí-cio da actividade. Para a venda deprodutos, o IRS vai incidir sobre 20%do total das vendas efectuadas, sematender a gastos tidos com a activi-dade.• No regime de contabilidade organi-zada, a tributação é feita sobre o lu-cro da actividade apurado com basena contabilidade e respeitando as re-gras impostas nos códigos fiscais.Aos rendimentos obtidos serão sub-traídas as despesas suportadas na ob-tenção desses rendimentos, apuran-do-se assim o lucro da actividade. • A Lei Geral Tributária determina,com o aditamento do artigo 63.º-C,que exista, pelo menos, uma contabancária exclusivamente afecta à ac-tividade, quando os sujeitos passivosque estão no regime geral de tributa-ção, de acordo com as regras da con-tabilidade organizada, sujeitos pas-sivos de IRS.• Na segurança social, o código con-tributivo da segurança social, no seuartigo 132.º, determina que sãoabrangidos pelo regime dos trabalha-dores independentes as pessoas sin-gulares que exerçam actividade pro-

fissional sem sujeição a contrato detrabalho ou a contrato legalmenteequiparado, ou se obriguem a pres-tar a outrem o resultado da sua acti-vidade, e não se encontrem por essaactividade abrangidos pelo regimegeral de segurança social dos traba-lhadores por conta de outrem.• A taxa contributiva é de 29,6% nageneralidade, e 28,6% para produto-res e comerciantes, produtores agrí-colas, proprietários de embarcaçõescujos rendimentos provenham únicae exclusivamente do exercício da ac-tividade da pesca local ou costeira eainda apanhadores de espécies mari-nhas e pescadores apeados, cujosrendimentos provenham única e ex-clusivamente do exercício da apanhade espécies marítimas.• A determinação do rendimento re-levante para a base de incidênciacontributiva é 70% do valor total deprestação de serviços e 20% dos ren-dimentos associados à produção evenda de bens no ano civil imediata-mente anterior, Constitui base de in-cidência contributiva o escalão de re-muneração determinado por refe-rência ao duodécimo do rendimentorelevante, convertido em percenta-gem do IAS (419,22 €), a que corres-

ponde o escalão de remuneraçãoconvencional cujo valor seja imedia-tamente inferior.• Os rendimentos referidos são apu-rados pela instituição da SegurançaSocial competente com base nos va-lores declarados para efeitos fiscais eenquadrados em escalões de remu-neração fixados anualmente em Ou-tubro, produzindo efeitos nos 12 me-ses seguintes.• Nos sujeitos passivos de IRS, titula-res de rendimentos da categoria B,não existe qualquer constrangimen-to legal ou fiscal para retiradas de di-nheiro das contas de disponibilida-des da actividade empresarial ouprofissional.

SOCIEDADE UNIPESSOAL POR QUOTAS:• O código do Imposto sobre o Ren-dimento das Pessoas Colectivas (IRC)consagra apenas um regime de tribu-tação para os rendimentos origina-dos pelo exercício de uma actividadeempresarial, o regime de contabili-dade organizada.• No regime de contabilidade organi-zada, a tributação é feita sobre o lu-cro da actividade apurado com basena contabilidade e respeitando as re-gras impostas nos códigos fiscais.Aos rendimentos obtidos serão sub-traídas as despesas suportadas na ob-tenção desses rendimentos, apuran-do-se assim o lucro da actividade. • Com a entrada em vigor no dia 6 deAbril do Decreto-Lei n.º 33/2011, pub-licado no “Diário da República”, 1ª sé-rie, n.º 46, do dia 7 de Março de 2011,o capital social passa a ser livrementefixado pelos sócios, subscrição a par-tir de 1 euro e realizado até ao finaldo primeiro exercício económico.• A Lei Geral Tributária determina,com o aditamento do artigo 63.º-C,que exista, pelo menos, uma contabancária exclusivamente afecta à ac-tividade, quando os sujeitos passivosque estão no regime geral de tribu-

tação, de acordo com as regras dacontabilidade organizada, sujeitospassivos de IRC.• Na segurança social, o código con-tributivo da segurança social, no seuartigo 27.º, determina que as pessoascolectivas que beneficiem da activi-dade dos trabalhadores Membros eórgãos estatutários são abrangidaspelo regime geral dos trabalhadorespor conta de outrem na qualidade deentidades empregadoras.• A taxa contributiva é de 29,6% pa-ra os membros e órgãos estatutários,Moe’s, e 34,75% para os restantestrabalhadores, sobre a remuneraçãodeterminada pelo sócio, sendo a basede incidência contributiva mínimapara os Moe’s equivalente ao IAS(419,22 €).• Toda e qualquer retirada de dinhei-ro da sociedade só pode ser entendi-da a título de distribuição de lucrosou adiantamento por conta de lu-cros. Eventualmente poderá existirum contrato de mútuo acordo entrea sociedade e a pessoa do seu sócio.

Atendendo às alterações com o no-vo capital nas sociedades por quotas eo novo regime contributivo dos traba-lhadores independentes, a opção paraexercer uma actividade profissionalou empresarial sob a forma de socie-dade por quotas está agora menosoneroso, pois os potenciais empresá-rios sem recursos e sem capacidadede dispor de um capital inicial tão ele-vado (mínimo de 5 mil euros), têmagora a possibilidade de o efectuarcom apenas 1 euro. Assim como a de-terminação do rendimento relevantepara a base de incidência da contri-buição para segurança social, nas so-ciedades é o Moe (sócio-gerente) quedetermina em assembleia-geral o va-lor de remuneração mensal.

Rui Pedro PaisOFFIOUT II – Consultoria, Gestão e

Serviços, [email protected]

profissionais liberais

CONSULTORIA INFORMÁTICA Desde cedo os profissionais liberaisperceberam que a autonomia da suaactividade os obrigava a aprender igual-mente a procurar sozinhos as melhoresferramentas para o seu trabalho. Eaprenderam a lidar com as suas vidaspessoais da mesma forma que lidamcom a sua actividade profissional, comoautênticos gestores habituados aacautelar os riscos inerentes ao dia deamanhã. Os profissionais liberais queprocuram estar atentos às novas regrascontabilísticas ou ao novo enquadramen-to fiscal da sua actividade são os mes-mos que recorrem ao aluguer opera-cional de veículos, que encomendamsoluções modulares de telecomuni-cações, que analisam diferentes pro-postas de mobiliário de escritório. Massão também os mesmos que acautelameventuais responsabilidades inerentes aoexercício da sua profissão e se preocu-pam em contratar produtos de capitali-zação, para garantir a própria reforma.Estão habituados a contar consigopróprios. O mercado descobriu-os e tam-bém já conta com o seu perfil de cliente.

ANÁLISE

O NOVO PERFIL DE CLIENTE

A Consultoria Informáticanão pode ser vista atravésdas exigências de resultados satisfatórios,imediatos e milagrosos

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www.oje.pt IIIQUINTA-FEIRA20 de Outubro de 2011PUBLICIDADE

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C omo trabalhador indepen-dente que é, cabe ao próprioprofissional liberal subscre-ver um seguro de Acidentes

de Trabalho que o proteja em caso desinistro decorrente da actividade la-boral. É esta apólice que cobre todosos acidentes ocorridos nos locais emque o profissional esteja a desempe-nhar o seu trabalho, mas também oseventuais acidentes ocorridos no tra-jecto de ida ou volta do local de traba-lho e nos trajectos percorridos entredois locais de trabalho, para os casosem que o profissional trabalha paramais do que uma entidade.

Mas há muito que os profissionaisliberais descobriram no mercado se-gurador uma oferta que contemplauma protecção que vai muito maisalém da cobertura obrigatória deAcidentes de Trabalho. Com efeito,“num segundo plano aparecem osseguros que, não sendo obrigatórios,respondem a preocupações destesprofissionais, como sejam o de Res-ponsabilidade Civil, quando aplicá-vel, e os de protecção das instalaçõesonde exercem a sua actividade”, ex-plica Rita Rosário, gestora de Produ-to na Liberty Seguros. A seguradoraoptou por não segmentar a sua ofer-ta especificamente para este conjun-to de profissionais, procurando an-tes agregar a sua oferta em váriossegmentos que justifiquem aborda-gens diferenciadas, pelas suas especi-ficidades e representatividade. “Oque fazemos é olhar para as necessi-dades das pessoas que se enquadramnesses segmentos, não apenas na suavertente profissional, mas tambémnaquilo que diz respeito às necessi-dades de protecção no contexto dafamília, nos momentos de lazer e aonível do seu património particular”,confirma a responsável da Liberty,que actualmente mantém em co-mercialização soluções específicaspara médicos, enfermeiros, advoga-dos, magistrados e professores.

RESPONSABILIDADE E DOENÇA

É crescente a procura de coberturasna área da Responsabilidade Civil nu-ma época em que a generalidade dosprofissionais está mais exposta à liti-giosidade desencadeada por reper-cussões dos seus actos. Eventuais pe-didos de indemnização por danosprovocados a terceiros são uma reali-dade cada vez mais frequente, a queo mercado segurador tem procuradodar resposta através da criação de so-luções de Responsabilidade Civil Pro-fissional, geralmente personalizadaspara determinados sectores de activi-dade.

Mas é a protecção do próprio pro-fissional que merece ainda especialrelevo na hora de contratar seguros,até pela crescente consciência dedesprotecção a que os profissionais

liberais estão sujeitos. Entre ofertasde seguros de Saúde e seguros de Aci-dentes Pessoais, o mercado segura-dor conseguiu criar soluções à medi-da de empresários em nome indivi-dual e de micro, pequenas e médiasempresas, protegendo os trabalhado-res e respectivos agregados familia-res não só na doença, mas tambémna eventualidade de um acidenteocorrido em momentos de lazer.

Mas o mercado segurador começatambém a criar ofertas para respon-der a necessidades muito específicasdeste segmento profissional e que seprendem com a sua exposição à inca-pacidade de assegurar o seu própriorendimento. É uma preocupaçãocrescente, sobretudo em tempos deagravamento das dificuldades econó-micas, em que um eventual acidenteou doença pode impedir um traba-lhador independente de manter oseu nível produtivo, podendo hipote-car toda a sua fonte de rendimento.Foi a pensar nestes casos que a Char-tis criou um seguro específico voca-cionado para profissionais liberais,garantindo o pagamento de uma in-demnização em caso de incapacida-de declarada para o exercício da acti-vidade profissional. “Esta incapaci-dade pode ser originada por doençaou acidente, podendo existir aindauma indemnização adicional no casode se verificar um internamentohospitalar”, explica Nuno Raposo,responsável do segmento individualda Chartis. Além destas garantias, oseguro prevê ainda coberturas emcaso de morte ou invalidez por aci-

dente e reembolso de despesas detratamento.

“Nos últimos anos, os profissio-nais liberais têm vindo a procurarcada vez mais as nossas soluções,fruto tanto da instabilidade econó-mica vivida, como pela restritiva leide segurança social existente, quena generalidade dos casos não res-ponde às reais necessidades de pro-tecção”, constata Nuno Raposo, ex-plicando que “como o negócio dosprofissionais liberais depende direc-tamente do seu desempenho e dadoque no mercado segurador as solu-ções são praticamente inexistentesface as reais necessidades dos traba-lhadores independentes, desenvol-vemos este produto”.

PENSAR NO FUTURO, APESAR DA CRISECépticos quanto às garantias que oEstado Social lhes pode dar para asua velhice, muitos Profissionais Li-berais tornaram-se num alvo privile-giado para as soluções de comple-mento individual de reforma quebancos e seguradoras passaram a co-mercializar em massa nas últimasduas décadas. É aqui que muitos pro-fissionais concentram parte das suaspoupanças individuais, contratandocom instituições financeiras umarenda vitalícia ou o pagamento inte-gral de capital e juros no momentoem que atingem os 65 anos. “A pre-ocupação com este tema tem vindo acrescer consistentemente, na mesmaproporção das incertezas quanto àcapacidade dos estados em propor-

cionar qualquer tipo de resposta noque concerne à reforma”, alega RitaRosário, que ressalva, no entanto,que “no imediato, não é líquido queisso se traduza numa maior procuraefectiva, uma vez que a capacidadede poupança da população em geral,que não difere, em termos de ten-dência, dos segmentos de profissio-nais liberais, está fortemente condi-cionada”.

Ainda assim, confirma também aresponsável da Liberty que a questãoda reforma é tema basilar nas preo-cupações de muitos profissionais li-berais. “Já é visível uma mudança dementalidades no que se refere à pre-paração do futuro, pelo que é de es-perar que isso se converta numamaior procura de produtos que ga-rantam alguma estabilidade finan-ceira no período que corresponderá àreforma”.

E mesmo no que toca à sua pro-tecção individual para o presente, acrise não é necessariamente sinóni-mo de corte nas subscrições de co-berturas de seguro. Nuno Raposo dizmesmo que “nas alturas de crise aspessoas encontram-se mais sensíveispara as questões relacionadas com aprotecção, sobretudo quando o queestá em causa é a manutenção de umnegócio ou a resposta às necessida-des das suas famílias. Certamenteque não atravessamos o melhor mo-mento da nossa história, mas é justa-mente por esse motivo que não pode-remos deixar que a nossa vida profis-sional ou familiar seja deixada amercê da boa ou má sorte”.

QUINTA-FEIRA20 de Outubro de 2011IV www.oje.pt

À PROCURA DE MAIS E MELHOR PROTECÇÃOAcautelar eventuais acidentes que possam ocorrer durante o exercício da profissão é o principal objectivo do seguro de Acidentes de Trabalho, uma apólice obrigatóriapara trabalhadores por conta de outrem. Mas o mercado segurador permite umasubscrição mais abrangente de múltiplas protecções, desenhadas à medida das necessidades dos profissionais liberais

profissionais liberais

O contexto económico que vivemos,adverso numa primeira perspectiva,abre, numa vertente mais profunda,portas para uma nova realidadeassente em princípios de sustentabili-dade económica individual. Agora sim,estamos a assistir a uma transferênciagradual da responsabilidade do Estadopara os indivíduos, das empresas paraas pessoas. Uma realidade, em que umamaior desprotecção adivinhada setransforma seguramente num recuper-ar das nossas competências. Neste enquadramento, o posicionamen-to que as empresas assumem é, semdúvida, decisivo para se colocarem

como apoiantes dos indivíduos nestemovimento e aproveitarem a oportu-nidade de aparecerem como parceirosestratégicos nesta nova realidade.Acreditamos no aumento do número deprofissionais liberais que aparecem comcompetências reforçadas e que natural-mente vão obrigar as empresas arepensarem a sua oferta para servirestas novas necessidades. Uma apostaem produtos flexíveis, com propostasespecíficas e de valor singular no mer-cado.É com esta missão que surge Empresase Negócios Seguros (ENS), a únicamarca de seguros exclusiva paraempresas e pequenos negócios, que falaa linguagem das empresas e dosempreendedores. ENS nasceu paraapoiar bons negócios e desenvolvesoluções efectivas destinadas aosempreendedores, com especialistaspara avaliar as necessidades do negócioe soluções exclusivas, customizadaspara uma máxima segurança e o mel-hor enquadramento fiscal.Entender o cliente faz-nos evoluir doque é o básico e obrigatório por lei, queprotege o negócio do cliente e queassegura a sua capacidade de trabalhoe a dos seus trabalhadores, para o queefectivamente acrescenta valor, o quegarante a sua estabilidade financeira, oque lhe confere vantagens fiscais, o quepode ser um instrumento de motivaçãoou, mesmo, o que garante o seuempreendedorismo e a sua responsabil-idade social. O que leva o cliente a escolher a nossaempresa e não outra. Para um bomfuturo de Portugal.

É PRECISOENTENDER O CLIENTE

RITASAMBADODirectora de Marketing daFidelidade Mundial e Império Bonança

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www.oje.pt VQUINTA-FEIRA20 de Outubro de 2011

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profissionais liberais

Já imaginou ter um negócio sem terinvestido 1€ em infra-estrutura infor-mática? Já imaginou ter um negócioonde a sua informação está disponívelem qualquer parte do planeta? Já ima-ginou se esta fosse a sua empresa? Acredito que qualquer negócio modernonecessite de utilizar ferramentas infor-máticas para ser produtiva. É um dadoadquirido e indiscutível. O que não é umdado adquirido é que estas ferramentaspossam perfeitamente existir on-line, nachamada Nuvem (Cloud), e serem con-sumidas num regime de Software as aService (SaaS). O regime SaaS tem várias vantagens. Osoftware que usamos é pago à medidaque necessitamos. Não há licenças desoftware dispendiosas. Os nossos dadosresidem em servidores remotos, nainternet. Não há investimentos em servi-dores ou infra-estrutura. Não necessitade se preocupar com backups e o acessoaos mesmos é seguro e imediato a partirde qualquer dispositivo com acesso àinternet.Para além destas vantagens, as ferra-mentas em regime SaaS ainda pro-movem a colaboração remota e sãoúteis para qualquer empresário emnome individual ou empresa de pequenae média dimensão. Mas que problemas posso resolver nomeu negócio com estas soluções?Damos alguns exemplos.Precisa de e-mail? A Google oferece-lhetoda a infra-estrutura de email, calendá-rio e documentos on-line através do pro-duto Google Apps(www.google.com/apps). É grátis para amaioria dos negócios! Gostava de centralizar todas as oportu-nidades e conversas com os seusclientes? Experimente o Highrise(www.highrisehq.com). É o CRM para opequeno empresário.Chegou a altura de facturar e não quer

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COMO REDUZIR CUSTOS COM SOFTWARE AS A SERVICE?

RUI ALVESCEO da Rupeal*

As ferramentas emregime SaaS são úteispara qualquer empresário em nome individual ou PME

BASTONÁRIO DA ORDEM DOS ADVOGADOS IDENTIFICA CONSTRANGIMENTOS DOS PROFISSIONAIS LIBERAIS

“MASSIFICAÇÃO DEGRADOU CONDIÇÕES ECONÓMICAS DA PROFISSÃO”NÃO DISPOR de rendimento fixo ga-rantido e não beneficiar de algumasregalias sociais, como subsídios deférias e de Natal e baixas por doençaconstituem o preço que os advoga-dos portugueses pagam por manteras virtudes inerentes ao facto deexercer a sua actividade em regimede profissionais liberais, reconheceAntónio Marinho Pinto. O bastoná-rio da Ordem dos Advogados garan-te, no entanto, que é este regime que“permite uma grande independênciapara actuar sem subordinação a or-dens, trabalhando de acordo com osprincípios éticos e deontológicos daprofissão”.

Mas é o número excessivo de advo-gados a exercer profissão em Portu-gal que mais preocupado deixa Antó-

nio Marinho Pinto. “Estas dificulda-des da profissão são também o preçoda massificação criminosa da activi-dade, que em 20 anos viu ser multi-plicado por seis ou sete vezes o nú-mero de advogados. E essa massifica-ção degradou as condições económi-cas da profissão, degradou a digni-dade desta profissão”, lamenta o bas-tonário.

Com 40.000 advogados inscritosna respectiva Ordem, Portugal contaactualmente com 28.000 profissio-nais e exercer efectivamente esta ac-tividade, disputando de forma muitocompetitiva um mercado muito di-minuto para cada profissional. “Hojehá o triplo dos advogados necessári-os em Portugal”, afirma MarinhoPinto, sem hesitações, criticando a

postura dos seus antecessores no queà admissão de profissionais diz res-peito. “A Ordem do passado estevemais preocupada com os milhõesque recebia da formação dos advoga-dos. Não estava preocupada com o

facto de não haver mercado para ab-sorver tantos advogados. Temos uni-versidades a formar pessoas de acor-do com as suas necessidades de fi-nanciamento e não com as necessi-dades sociais desses formandos”,acusa Marinho Pinto.

Um seguro de ResponsabilidadeCivil Profissional é disponibilizadopela Ordem dos Advogados, desde2004, aos seus associados, asseguran-do-lhe protecção em caso de eventu-al responsabilização por danos pro-vocados a terceiros no âmbito do seudesempenho profissional. Para bene-fícios sociais, os advogados contamcom a Caixa de Previdência dos Ad-vogados e Solicitadores (CPAS), man-tida pelos dois grupos profissionais,que assegura alguma protecção na

doença, na maternidade e no paga-mento de funerais, além de garantiro pagamento de reformas, principalvocação da Caixa. “A CPAS é um ins-trumento importante para a inde-pendência dos advogados e da pró-pria Ordem. É também um factorimportante de coesão institucionalda advocacia. E ao contrário de ou-tras Caixas, aqui quem paga as suasreformas são os próprios advoga-dos”, realça o bastonário, que defen-de a alteração do regime tributário aque a CPAS está sujeita. “O Estado re-cebe os impostos da CPAS e não lhepaga nada. Deveria isentar a CPAScomo faz aos Fundos de Pensões. Erajusto ter, pelo menos, um regime tri-butário igual ao dos Fundos de Pen-sões”, alega António Marinho Pinto.

AntónioMarinho Pinto

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QUINTA-FEIRA20 de Outubro de 2011VI www.oje.pt

EMPRESAS ADAPTAM OFERTA A PROFISSIONAIS LIBERAIS

profissionais liberais

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Com a entrada em vigor do CódigoContributivo no dia 1 de Janeiro de 2011,as regras do regime dos trabalhadoresindependentes, no âmbito da SegurançaSocial (SS), foram profundamente alte-radas.A partir deste ano, as entidades con-tratantes passam a estar sujeitas a con-tribuições para a SS à taxa de 5% sobreo valor total da prestação de serviçosrealizada por trabalhadores indepen-dentes no ano civil anterior. Entenda-se como entidades contratantes(conceito alargado aos agrupamentosempresariais) todas aquelas que, inde-pendentemente da sua natureza e finali-dades prosseguidas, no mesmo ano civilbeneficiem de, pelo menos, 80% do valortotal da actividade do trabalhador inde-pendente. O conceito previsto na lei tem em vista amanutenção da relação laboral mantidaentre os trabalhadores independentes eas entidades contratantes, na medida emque a SS apura, oficiosamente, a per-centagem dos serviços prestados a umaúnica entidade e comunica às entidadesem causa a respectiva obrigação con-tributiva (medida que surtirá efeitos ape-nas em 2012), sendo estas ainda inspec-cionadas pela Autoridade para asCondições do Trabalho ou Fiscalizaçãoda SS.Na esfera dos trabalhadores indepen-dentes, as alterações ao regime contribu-tivo têm impacto directo no rendimentodisponível, uma vez que este será cada

vez menor face à nova taxa contributivade 29,6%. Os trabalhadores independentes passamainda a contribuir em função do escalãode remuneração relevante auferido (aoinvés da anterior possibilidade de esco-lha da base sobre a qual queriam con-tribuir), apurado oficiosamente emOutubro de cada ano, implicando umaumento progressivo da base de incidên-cia que poderá atingir o tecto máximomensal de doze IAS (Euros 5030,64). Contudo, os trabalhadores indepen-dentes inscritos na SS como tal, até 31de Dezembro de 2010, encontram-seprotegidos por um regime transitório acurto prazo, pois a base de incidência sópode ser ajustada numa base anual parao escalão imediatamente a seguir àqueleem que estavam anteriormenteenquadrados. Do mesmo modo, os trabalhadores inde-pendentes que desenvolvam ainda umaactividade profissional sujeita a umregime de protecção social obrigatórioestão isentos do pagamento de con-tribuições para a Segurança Social, bemcomo as suas entidades contratantes.Não obstante, a verdade é que a taxacontributiva de 29,6% incidirá sobre umabase cada vez mais alargada, originandoum aumento do valor das contribuições euma diminuição do rendimento disponível.Por último, salientamos que não se encon-tra prevista qualquer alteração relevantea este regime na Proposta de Lei doOrçamento do Estado para 2012, paraalém de um plano prestacional de paga-mento da dívida mais alargado. Todavia, a actividade de muitos traba-lhadores independentes com a presentecrise económica tenderá a não ser sem-pre certa e em muitos casos a diminuirdevido à situação da recessão, verifican-do-se o não acompanhamento do volumede negócios destes trabalhadores com aexigência contributiva da máquina social.

NOVAS REGRAS PARA TRABALHADORESINDEPENDENTES E ENTIDADESCONTRATANTES

ROSASOARESSócia da Divisão de Consultoria Fiscal da Deloitte

COMEÇOU a despontar timidamente,mas o mercado de bens e serviços pa-ra profissionais liberais é hoje umarealidade mais consolidada e sobretu-do diversificada, permitindo aos pro-fissionais de diferentes sectores de ac-tividade optar por soluções que quasesão desenhadas à medida das suas ne-cessidades. Quase, porque a generali-dade das empresas aposta na flexibili-zação dos produtos, atendendo a ne-cessidades específicas de trabalhado-res isolados, da mesma forma queatendem micro, pequenas ou médiasempresas. “Tal como os atletas de altacompetição, os profissionais liberaisnecessitam das mais avançadas ferra-mentas de trabalho, pois disso depen-de a sua produtividade. No entanto,também querem produtos e serviçossimples de utilizar, com “value-for-money”, mas que lhes permitam sertão produtivos e sofisticados como asgrandes empresas”, constata HugoEnes, director de Produto Empresarialda Zon, que criou uma linha específi-ca de produtos para este segmentoprofissional e que inclui acesso à in-ternet, uma linha de voz com cha-madas incluídas para rede fixa, móvele internacional e TV digital empresa-rial.

Tal como nas comunicações, tam-bém nos consumíveis, impressões,mobiliário ou aluguer de veículos fo-ram surgindo soluções modulares,que permitem ao profissional liberalaceder a um conjunto de bens ou ser-viços de valia semelhante à que teri-am numa grande empresa, mas coma facilidade de estarem customizadosà real necessidade do seu negócio.“Recorrendo ao Renting, os profissio-nais liberais beneficiam da previsibili-dade dos custos, da libertação de re-cursos financeiros, da poupança con-seguida através da alavancagem nego-cial das gestoras e da possibilidade dese poderem concentrar no essencial:no seu negócio”, exemplifica Guillau-me de Léobardy, director-geral daALD Automotive, que confirma o au-mento do recurso ao renting entre osprofissionais liberais.

“As novas medidas de austeridadeanunciadas em termos fiscais irãocolocar cada vez mais pressão sobreas PME, Profissionais Liberais ouempresários em nome individual, queface às dificuldades de acesso ao cré-dito cada vez maiores necessitam desoluções que requeiram menos inves-timento”, antevê o responsável daALD Automotive.

O QUE MUDA COM O CÓDIGO CONTRIBUTIVO

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www.oje.pt VIIQUINTA-FEIRA20 de Outubro de 2011profissionais liberais

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SOLICITADORES e advogados contri-buem para a mesma Caixa de Previ-dência dos Advogados e Solicitadores(CPAS), que lhes garante a reforma epresta algum apoio na maternida-de/paternidade e doença. “A CPAS temuma história rica. É uma caixa funda-mentalmente de pensões em que osadvogados e solicitadores contribuemao longo da sua vida profissional, como objectivo de lhes ser garantida umapensão com uma dignidade. Apostaessencialmente em tentar assegurar,àqueles que não têm, soluções relati-vamente equilibradas e interessantesem termos de reforma”, reconhece Jo-sé Carlos Resende, presidente da Câ-mara dos Solicitadores, em declara-ções ao OJE. “O subsistema própriofaz todo o sentido quando somos con-frontados com esta tradição, esta his-tória, pois consegue resolver as situa-ções de oscilação de rendimento – al-go comum no seio da classe. Seriamuito mais difícil gerir esta situaçãoperante uma caixa preparada para li-dar com casos em que a remuneraçãofosse constante. Esta é uma das razõesfundamentais que justifica o facto determos uma caixa autónoma”, justifi-ca José Carlos Resende, para quem“não seria concebível um solicitador,mandatário jurídico e de terceiro, nãose assumir como um profissional libe-ral. Não se poderia imaginar alguém a

trabalhar para de-fender os interes-ses de um clientesendo, ao mesmotempo, trabalha-dor por conta deoutrem ou umfuncionário do Es-tado, pois compro-meteria toda a suaindependência”.

No que diz res-peito aos agentes de execução, res-ponsáveis por executar as ordens detribunais no âmbito de acções execu-tivas, vários países mantêm estes pro-fissionais sob a alçada do Estado e emPortugal também já foi assim. Lem-bra, no entanto, José Carlos Resendeque “o que se tem visto, na Europa enão só, é que existe uma evolução aose tornar a função do Agente de Exe-cução numa função liberal. Isto por-que é necessária uma grande disponi-bilidade horária. E existe ainda umoutro aspecto que tem vindo a provarque essa mudança tende a significarmais eficiência e celeridade: a intro-dução de algum interesse na resolu-ção dos processos. Por exemplo, cáem Portugal, há adicionais em fun-ção do número de processos e da rapi-dez com que são resolvidos”, explici-ta o presidente da Câmara dos Solici-tadores.

“ADVOGADOS E SOLICITADORESDEVEM MANTER CAIXAAUTÓNOMA”

PRESIDENTE DA CÂMARA DOS SOLICITADORES EXPLICABENEFÍCIOS DA CAIXA DE PREVIDÊNCIA

JOÃO BELO RODEIA, presidente daOrdem dos Arquitectos, reconheceque as vantagens e as desvantagens dese trabalhar como profissional liberaldecorrem da sua natureza e das con-dições para o respectivo exercício.“Por um lado, muitos arquitectosexercem a profissão em regime de su-bordinação como trabalhadores porconta de outrem, de onde resulta a re-dução da autonomia tradicionalmen-te associada à actuação dos profissio-nais liberais, incluindo a técnica, ain-da que esta esteja particularmenteprotegida no Estatuto da Ordem. Poroutro lado, muitas das dificuldadessão agora ainda mais evidentes dadoque a profissão de arquitecto é hojeparticularmente sufocada pela faltade investimento público e privado, pe-la inerente falta de oportunidades ede trabalho e pela consequente inca-pacidade de manter e gerar empre-go”, lamenta.

Perante este cenário, o presidenteda Ordem dos Arquitectos consideraimprescindível “que o Estado inicie oplaneamento e programação do seuinvestimento futuro, gerando projec-tos, e que melhore as condições de en-comenda e contratação”. Belo Rodeiareivindica ainda “que os sectores daconstrução civil e do imobiliário te-nham disponibilidade de financia-mento junto do Estado e do sector

bancário, e que sejam equacionadosregimes de protecção social para osprofissionais liberais, dado que, porexemplo, quem exerce actividade porconta própria não tem direito a qual-quer tipo de subsídio de desemprego(ou análogo) em caso de necessidade,estando, por isso, particularmentedesprotegido”.

Pela parte da Ordem dos Arquitec-tos, Belo Rodeia garante que continu-ará a apostar na diversificação, naqualificação e na internacionalizaçãodos actos próprios da profissão de ar-quitecto e dos respectivos serviçosprestados. “Importa agora que o Esta-do cumpra o seu papel”, salienta.

No que diz respeito a benefícios so-ciais para os profissionais do sector, aOrdem dos Arquitectos tem vindo aestabelecer protocolos comerciais

com algumas entidades, garantindobenefícios para os associados no aces-so a bens e serviços. Recentemente, aOrdem implementou também umprotocolo de seguros para a vida pro-fissional, incluindo multirriscos paragabinetes de arquitectura, acidentesde trabalho e responsabilidade civilprofissional. “Porém, há muitíssimo afazer neste último capítulo”, salientaBelo Rodeia, segundo o qual “a ofertade seguros para arquitectos é muitoreduzida em Portugal, designada-mente quanto aos chamados segurosde responsabilidade profissional, poisem face de um quadro legislativo liga-do à edificação e construção poucoharmonizado, senão mesmo por ve-zes incompatível entre si, o risco asso-ciado ao projectar e ao projecto é con-siderado elevado e, em consequência,é pouco apetecível para as empresasseguradoras”. É esta constatação queleva a Ordem dos Arquitectos a defen-der publicamente a necessidade deelaboração de um Código de Edifica-ção e Construção “para harmonizar,clarificar e compatibilizar a legisla-ção, por forma a garantir melhor am-biente construído, a diminuir o riscode incumprimento involuntário doprojecto, a acautelar a inerente res-ponsabilidade profissional e a permi-tir dinamizar o mercado das segura-doras neste âmbito”.

“DEVEM SER EQUACIONADOS REGIMES DE PROTECÇÃO SOCIAL PARA PROFISSIONAISLIBERAIS”

PRESIDENTE DA ORDEM DOS ARQUITECTOS LAMENTA AUSÊNCIA DE SUBSÍDIO DE DESEMPREGO

Que factores influenciam a escolha deum escritório? A resposta é simples:todos aqueles que contribuam para onosso bem-estar e produtividade.Sabemos que o factor “preço” é cada vezmais decisivo, mas os profissionais e asempresas mais competitivas encaram oescritório como um investimento: o tra-balho que desenvolvem passa semprepelo escritório (quer seja físico ou virtu-al) e sabemos que despendemos a maiorparte do tempo das nossas vidas nolocal de trabalho.Comecemos pela localização. A situaçãoideal será instalar o nosso escritórioperto das nossas casas e ao mesmotempo perto dos nossos clientes. Apesardo desenvolvimento das tecnologias, ocontacto pessoal com os clientes e par-ceiros continua a ser fundamental emmuitas actividades, pelo que o tempogasto em deslocações é sempre impor-tante. A opção pelo arrendamentoparece a ser a mais acertada, face àconjuntura financeira actual e à flexibili-dade que este modelo oferece.Escritório Físico, Virtual ou Coworking?Depende dos objectivos concretos.Apesar do escritório convencional ser a

escolha mais habitual, há uma tendênciacrescente pela opção do EscritórioVirtual, não só pelo preço inerente (va-lores médios de 70€/80€ mês no nossomercado), mas também porque é a op-ção mais racional para quem não neces-sita de um escritório permanente e pre-tende utilizar pontualmente salas de tra-balho e reunião, bem como garantir umapoio de secretariado e atendimentotelefónico personalizado 24h/7 dias porsemana. Ao contrário do que se possapensar, não são só os profissionais libe-rais que optam pelo escritório virtual; asmultinacionais há muito que utilizameste modelo: conseguem instalar-se numpaís em menos de 24 horas garantindouma morada de prestígio para sediar aempresa (reforço da imagem e credibili-dade), secretariado profissional e salasde reunião com tecnologia de últimageração.Respondendo às novas tendências demercado, os Centros de Negócios têmapostado também no coworking, quepoderá também ser a escolha acertadapara muitos profissionais que trabalhamem casa ou no cliente. Este modelo con-siste em alugar um posto de trabalhonum open-space, numa base diária oumensal, com um serviço chave-na-mãoque pode incluir ligação à internet eacesso a salas de trabalho. Principal van-tagem? O ambiente colaborativo quepropicia o networking entre utilizadorese a possibilidade de usufruir de serviçosde secretariado prestado pelos BusinessCenters.

*[email protected]

QUAL A MELHOR OPÇÃO? ESCRITÓRIOFÍSICO, VIRTUAL OU COWORKING?

CARLOSGONCALVES

CEO dos Avila Business Centers*

João Belo Rodeia

JoséCarlosResende

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INTERMAIL www.oje.pt 9QUINTA-FEIRA20 de Outubro de 2011

V ocacionada para a EngenhariaCivil, Geotecnia, Topografia eAmbiente, a Geosolve formouos seus quadros para uma mul-

tidisciplinaridade de serviços. A empresaintervém em todas as fases do projecto,desde o estudo de viabilidade ao projectoem si, à obra, fiscalização e manutenção.Opera há já 12 anos em Portugal e inte-grou o grupo espanhol Inzamac, que pos-sui 65% do seu capital social desde2010. Foi nesta aliança - que permitiu apartilha de conhecimentos e potenciali-dades - que foram reunidas as capacida-des e nasceram as oportunidades paraapostar na internacionalização. Da suaestrutura de clientes fazem parte cons-trutoras, como a Odebrecht e a Opway,empresas públicas, como a Refer e a Es-tradas de Portugal, e ainda vários promo-tores privados. A Geosolve esteve portrás de grandes obras como a nova tra-vessia do Tejo, a construção de estádiosde futebol, a Via do Infante, o Túnel doMarão e realizou, ainda, estudos geotéc-nicos para as linhas de alta velocidade.

Como tem evoluído o desempenhoda Geosolve no que diz respeito aoresultado líquido e às receitas?A empresa tem tido sempre facturaçãocrescente e resultados positivos a partirdo seu segundo ano de existência. Fac-turou cerca de 2,78 milhões de eurosem 2010 e deverá ultrapassar esse va-lor em 2011. Este ano talvez atinja os 3milhões, tendo presente os 1,45 milhõesde euros facturados nos primeiros 6 me-ses. Estes números são resultado deuma carteira satisfatória, que vem des-de 2009 e que se manterá até ao finaldo 1º trimestre de 2012, e de algum de-sempenho aceitável no exterior do país.

De quanto é o CAPEX anual da em-presa?Para o presente ano quase todo o inves-timento estará concentrado nas necessi-dades ligadas à internacionalização eatingirão cerca de 200 mil euros, estan-do previsto igual valor para o ano de2012. Serão aplicados em máquinas desondagens e laboratórios de obra, bemcomo em equipamentos de ensaio deestacas. Também serão investidos cercade 25 mil euros em equipamentos liga-dos à área do Ambiente, para desen-volvimento do mercado em Portugal.

A Geosolve sentiu os efeitos da criseeconómica que o país atravessa?A Geosolve tem uma carteira actual sa-tisfatória até ao final do 1º semestre de2012, porém o ritmo de novas adjudica-ções mensais caiu cerca de 60% nos úl-timos 8 meses. Estes dois valores com-binados indiciam que o nível de factura-ção vai decrescer de cerca de 40% a50%, de 2011 para 2012.Não se trata apenas de uma diminuiçãodo valor dos trabalhos adjudicados, masde menos “valor” para estes novos tra-balhos. Temos adjudicações com meno-res margens brutas libertadas e adjudi-cações apenas em algumas áreas de ac-tividade. Os prazos de pagamento salta-

ram quase dois meses, em menos de umano, mas o pior é as insolvências. Deuma insolvência que sofremos as conse-quências em 2009, passámos a quatroem 2010 e já vamos em seis em 2011.Cada cliente é olhado com “amor” porser cliente e com “pavor” por ser poten-cial insolvente no futuro. Para além dis-so, existe uma agressividade exageradaao nível da concorrência, o que dá ori-gem a clientes poucos fiéis. Mais difícilque o generalizado ambiente de misera-bilismo vigente é o facto de não haverpolítica económica nacional que aponte

um caminho, seja ele qual for. A pers-pectiva para se trabalhar em Portugal é,consequentemente, muito limitada. Oparadigma da mudança do tipo de clien-te aponta para a existência de contratosde menor dimensão, em maior número eem diferentes áreas de trabalho. Apro-veitar-se-á a capacidade e experiênciada Geosolve em ter uma Engenharia di-versificada para responder de uma for-ma mais abrangente aos problemas enecessidades das empresas portugue-sas. É igualmente evidente que há umaviragem do cliente estatal para o priva-

do, que passará a ter mais importância.Contudo, a operação em Portugal temde ser, por si só, auto-sustentada e mini-mamente rentável, portanto há que mu-dar para poder sobreviver.

Sentiu a pressão que se abateu so-bre o sector da construção, que temcada vez maior dificuldade em obtercrédito bancário?A banca já não financia a indústria daconstrução. Quando o faz aplica taxas dejuro muito superiores às de um anoatrás. Houve também a interrupção de

diversos contratos que estavam em cur-so como o Túnel do Marão e a Subcon-cessão do Baixo Tejo. Desapareceramvários investimentos públicos previstos -entre Subconcessões Rodoviárias, o pro-jecto de Alta Velocidade, a LinhaFerroviária Lisboa-Porto e a RedeHospitalar - e foram congelados diversosinvestimentos privados. A política decontenção do Governo retira a maiorparte do investimento previsto para opaís. Basta pensar nas obras acima e emtodos os investimentos que iriam teralgum suporte do QREN que não vãoacontecer. Percebe-se a contenção, nãoestá em causa o que deve ser feito. Nãose percebe é como é possível estar trintaanos a dizer às empresas da indústria daconstrução para se apetrecharem paraas obras que se vão fazer e que vãonecessitar de intervenientes fortes e bemestruturados e, de repente, tirar-lhes otapete. Mantiveram uma legislação anti-quada e desajustada a acertos de pes-soal efectivo, cargas fiscais que nãoparam de crescer, para além de um sis-tema judicial que não funciona e nãopermite cobrar rapidamente o que é de-vido. As consequências estão à vista, aindústria da construção está completa-mente destroçada e com pouca capaci-dade de resolução dos seus problemas.

Este ano apostaram na internaciona-lização. A aposta deveu-se à crise?A aposta nos mercados exteriores far--se-á a partir de quadros locais apoiadospela estrutura fixa de Portugal. Nessesmercados replicar-se-á a estrutura deserviços que proporcionamos em Portu-gal. Há cerca de dois anos que temostrabalhos em Moçambique e há quatroem Angola e Cabo Verde, integrandoparcerias com equipas de engenharia lo-cais e deslocando temporariamente pes-soas para esses países. A Geosolve ope-ra também, a partir de contratos pon-tuais, em S. Tomé e Príncipe. Em conjun-to com a sua associada Inzamac, a Geo-solve considera que o Atlântico Sulconstitui a área primordial de expansão.Este ano manter-se-á em cerca de 18%a 20% o total de facturados fora dePortugal.

Quais são as metas económicas daempresa para os próximos anos?A Geosolve antecipa que a sua evoluçãocomo empresa auto-sustentável passapor diminuir o seu volume de negócios eo seu tipo de clientes. A empresa esperauma operação de entre 1 milhão a 1,3milhões de euros em 2012. Já o grupoInzamac terá um volume de negócios naordem dos 26,5 milhões de euros em2012 e de 35 milhões em 2013.A partir do próximo ano, o grupo teráescritórios em dez países: Portugal, Es-panha, Polónia, Argélia, Moçambique,Angola, Chile, Peru, Bolívia e Brasil. Ain-da na expansão internacional, o planoestratégico do grupo prevê que a per-centagem da facturação da Geosolveproveniente do estrangeiro represente40% em 2012, 50% em 2013 e pata-mares acima dos 55% em 2014.

“O SISTEMA JUDICIAL NÃO PERMITECOBRAR O QUE É DEVIDO”

Com uma perspectiva futura de crescimento limitado para o sector da construção em Portugal, a Geosolve resolveu apostar na internacionalização e já retira cerca de 20% do total

de facturação das actividades no exterior. Por Inês Andrade

Foto: OJE/Victor Machado

JOSÉ MARQUES DA CRUZSócio-gerente, Geosolve

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10 MERCADOS Dados fornecidos por MNF Gestão de Activos

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Consumer Staples Preço € Variação % Variação anual % Max 52 sem. € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Cotação Dividendo Leverage ValorizaçãoDEFENSIVAS DE CONSUMO

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Defensivas de Consumo

MSCI EURO HEALTH CARE CONSUMER STAPLE

Health Care Preço € Variação % Variação anual % Max 52 sem. € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,5 . . . . . . . . . . . . .-7,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,7BAYER AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44,00 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,2 . . . . . . . . . . . .-20,4 . . . . . . . . . . . . . .59,44 . . . . . . . . . . . . . . . . .35,36 . . . . . . . . . . . . . . .3,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,9SANOFI-AVENTIS . . . . . . . . . . . . . .50,24 . . . . . . . . . . . . . . . .0,1 . . . . . . . . . . . . . .5,0 . . . . . . . . . . . . . .56,82 . . . . . . . . . . . . . . . . .42,85 . . . . . . . . . . . . . . .5,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,5

Consumer Discretionary Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-1,0 . . . . . . . . . . . .-22,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .167 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,7DAIMLER AG . . . . . . . . . . . . . . . . . .36,15 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,5 . . . . . . . . . . . .-28,7 . . . . . . . . . . . . . .59,09 . . . . . . . . . . . . . . . . .30,52 . . . . . . . . . . . . . . .5,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .169 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,3LVMH MOËT HENNES . . . . . . . . . .113,00 . . . . . . . . . . . . . . .-0,9 . . . . . . . . . . . . .-8,2 . . . . . . . . . . . . .132,65 . . . . . . . . . . . . . . . . .94,16 . . . . . . . . . . . . . . . .1,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .18,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,9ZZOONN MMUULLTTIIMMEEDDIIAA SS .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,3344 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--11,,00 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--3311,,00 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,1122 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,1166 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,88 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..442266 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,55 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1188,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,00

Cotação Dividendo Leverage ValorizaçãoCÍCLICAS DE CONSUMO

Telecommunication Services Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . .-12,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .125 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,9DEUTSCHE TELEKOM . . . . . . . . . . . .9,44 . . . . . . . . . . . . . . . .0,9 . . . . . . . . . . . . .-2,2 . . . . . . . . . . . . . . .11,38 . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,88 . . . . . . . . . . . . . . . .7,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .117 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,2FRANCE TÉLÉCOM . . . . . . . . . . . . .12,94 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . .-17,0 . . . . . . . . . . . . . . .17,45 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,12 . . . . . . . . . . . . . .10,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .121 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,0PPOORRTTUUGGAALL TTEELL--RREEGG .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,2255 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--00,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--3333,,22 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..99,,4488 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,1144 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1122,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..115566 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,55 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..99,,00 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1100,,11SSOONNAAEECCOOMM SSGGPPSS SSAA .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,3322 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--22,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,7722 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,0044 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,88 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..3377 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,88 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..99,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,22TELEFÓNI CA . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,10 . . . . . . . . . . . . . . . .0,5 . . . . . . . . . . . . .-11,0 . . . . . . . . . . . . . .19,69 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,50 . . . . . . . . . . . . . .10,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .193 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,3

Energy Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . . .-1,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,8ENI SPA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,72 . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . .-3,8 . . . . . . . . . . . . . . .18,66 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,83 . . . . . . . . . . . . . . .6,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,8GGAALLPP EENNEERRGGIIAA--BB .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1144,,4455 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--11,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,88 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1166,,9977 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1111,,6600 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..111122 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..3366,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1155,,66REP SOL YPF SA . . . . . . . . . . . . . . . .21,62 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,7 . . . . . . . . . . . . . . .24,90 . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,31 . . . . . . . . . . . . . . . .4,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .74 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,1TOTAL SA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37,51 . . . . . . . . . . . . . . . . .1,2 . . . . . . . . . . . . .-5,4 . . . . . . . . . . . . . .44,55 . . . . . . . . . . . . . . . . .29,40 . . . . . . . . . . . . . . .9,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,6

Cotação Dividendo Leverage ValorizaçãoCÍCLICAS INDUSTRIAIS

Industrials Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . .-28,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .118 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,6BBRRIISSAA .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,4444 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--11,,11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--5533,,22 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,6688 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,2255 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1122,,77 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..118888 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1100,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1100,,99 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1188,,55PHILIPS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,90 . . . . . . . . . . . . . . . .1,6 . . . . . . . . . . . .-35,0 . . . . . . . . . . . . . .25,45 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,01 . . . . . . . . . . . . . . . .5,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .18,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,7MMOOTTAA--EENNGGIILL SSGGPPSS .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,0044 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--4400,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,2211 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,9999 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1100,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..225533 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,55SAINT GOBAIN . . . . . . . . . . . . . . . .33,02 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,0 . . . . . . . . . . . .-14,2 . . . . . . . . . . . . . .47,64 . . . . . . . . . . . . . . . . . .26,07 . . . . . . . . . . . . . . .3,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,4SCHNEIDER ELECTR . . . . . . . . . . .44,62 . . . . . . . . . . . . . . .-0,6 . . . . . . . . . . . .-20,3 . . . . . . . . . . . . . . .61,83 . . . . . . . . . . . . . . . . .35,94 . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,2SIEMENS AG-REG . . . . . . . . . . . . . .73,54 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,4 . . . . . . . . . . . .-20,7 . . . . . . . . . . . . . .99,40 . . . . . . . . . . . . . . . . .62,13 . . . . . . . . . . . . . . . .3,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,0SSOONNAAEE .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,5533 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--00,,88 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--3322,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,8866 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,4477 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..116655 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,55 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..77,,99 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..99,,11VINCI SA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34,83 . . . . . . . . . . . . . . . .0,2 . . . . . . . . . . . .-14,4 . . . . . . . . . . . . . .45,48 . . . . . . . . . . . . . . . . .29,49 . . . . . . . . . . . . . . .4,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .153 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,9

Information Technology Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7 . . . . . . . . . . . .-16,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . .21,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,2NOKIA OYJ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,48 . . . . . . . . . . . . . . . .1,8 . . . . . . . . . . . .-42,1 . . . . . . . . . . . . . . . .8,49 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,33 . . . . . . . . . . . . . . . .8,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . .27,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,1SAP AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41,80 . . . . . . . . . . . . . . .-0,5 . . . . . . . . . . . . . .9,7 . . . . . . . . . . . . . .46,15 . . . . . . . . . . . . . . . . . .32,88 . . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,3

Materials Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,1 . . . . . . . . . . . .-24,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .111 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,9AALLTTRRII SSGGPPSS SSAA .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,2255 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,88 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--2266,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,0022 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,0000 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..227788 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,00 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,33ARCELORMITTAL . . . . . . . . . . . . . .13,58 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . .-49,6 . . . . . . . . . . . . . .28,55 . . . . . . . . . . . . . . . . .10,47 . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,3BASF SE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50,20 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,7 . . . . . . . . . . . .-15,9 . . . . . . . . . . . . . .70,22 . . . . . . . . . . . . . . . . .42,19 . . . . . . . . . . . . . . . .4,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,9CCIIMMPPOORR--CCIIMMEENNTTOOSS .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,9999 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--00,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--11,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,5555 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,2277 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..9988 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,55 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1122,,22 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..88,,22CRH PLC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,36 . . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . .-13,8 . . . . . . . . . . . . . . .17,40 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,28 . . . . . . . . . . . . . . .4,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,0PPOORRTTUUCCEELL EEMMPPRREESSAA .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,8866 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--00,,11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--1188,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,5577 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,6688 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..6633 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,99 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,99SSEEMMAAPPAA .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,4411 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--11,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--3344,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..99,,3388 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,9977 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,77 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..111133 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,22 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..SSOONNAAEE IINNDDÚÚSSTTRRIIAA .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,7788 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--11,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--5599,,22 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,2288 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,7788 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..221188 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..99,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1122,,99

BREVES

Fundimo com a quota mais altaEm Setembro, segundo os indicadores desíntese dos fundos de investimento imobi-liário, FEII e FGPI da Comissão do Merca-do de Valores Mobiliários (CMVM), as quo-tas de mercado mais elevadas pertenceramà Fundimo (14,5%), ESAF (10,8%) e Inter-fundos (9,6%). O valor do Fundimo, o fundoque detém o montante sob gestão maiselevado do mercado, caiu 0,7% face aAgosto, para 977,1 milhões de euros. EmSetembro, a gestão do fundo FEIF Golden

Eagle foi transferida da sociedade gestoraFundimo para a MNF – Gestão de Activos.

Brisa prossegue reforçoA Brisa - Auto-Estradas de Portugal infor-mou a CMVM que adquiriu em Bolsa, a 18de Outubro, 100 mil acções próprias, aopreço unitário médio de 2,478 euros, o quecorresponde a cerca de 0,0167% do seu ca-pital social. A concessionária passou assima deter 47 110 842 acções próprias, repre-sentando cerca de 7,85% do capital social.

ÍNDICES: PSI 20 E EUROSTOXX 50

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Ciclicas Industriais

MSCI EURO ENERGY INDUSTRIAL INFO TECHNOLOGY MATERIALS

GLOSSÁRIOEVEnterprise Value é uma medida de valorização de dada empresa usadacomo alternativa à capitalização de mercado. Trata-se da soma destaúltima com a dívida, os interessesminoritários e as acções preferenciaismenos as disponibilidades. É o valorjusto teórico da aquisição de umaempresa, já que aquele que comprapaga as responsabilidades da dívida e recebe o cash da empresa adquirida.

EV/EBITDACompara o valor do negócio contra os resultados antes do pagamento de juros, amortizações e impostos. Se uma empresa tem dívida, o seucomprador tem de tê-la em conta. Com a ajuda deste rácio, percebe-sequantos anos o negócio demora apagar o esforço de aquisição. A grandevantagem deste rácio (sobre o P/E,por exemplo) é não ser afectado pelaestrutura de capital de uma empresa,que distorce a análise do negócio.

TIER 1 É a principal medida de solidez financeira de uma instituição finan-ceira do ponto de vista do regulador.Inclui todo o capital atribuído aos accionistas e as reservas do banco,portanto, fundos que só o banco pode influenciar. É a métrica utilizadapara aferir a capacidade de um banco fazer face a perdas futuras.

QUINTA-FEIRA20 de Outubro de 2011

MMERCADOS

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Ciclicas de Consumo

MSCI EURO TELECOM SERVICE CONSUMER DISCRETIONARY

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7 . . . . . . . . . . . . .-5,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .78 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .16,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,5CARREFOUR SA . . . . . . . . . . . . . . . .17,02 . . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . .-36,8 . . . . . . . . . . . . . .34,30 . . . . . . . . . . . . . . . . .14,66 . . . . . . . . . . . . . . .6,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .124 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,7DANONE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .46,70 . . . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . . .-0,7 . . . . . . . . . . . . . . .53,16 . . . . . . . . . . . . . . . . . .41,92 . . . . . . . . . . . . . . .2,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .79 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,4JJEERRÓÓNNIIMMOO MMAARRTTIINNSS .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1122,,8822 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--00,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1122,,55 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1144,,8833 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..99,,7700 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,77 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..7755 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..2222,,22 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..L'ORÉAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .79,61 . . . . . . . . . . . . . . . . .1,2 . . . . . . . . . . . . .-4,2 . . . . . . . . . . . . . . .91,24 . . . . . . . . . . . . . . . . .68,83 . . . . . . . . . . . . . . .2,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . .18,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,1UNILEVER NV-CVA . . . . . . . . . . . . .24,34 . . . . . . . . . . . . . . . .0,1 . . . . . . . . . . . . . .4,4 . . . . . . . . . . . . . .24,90 . . . . . . . . . . . . . . . . .20,90 . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,9

Page 19: Programa 100% Palácio dos Condes ensina a comer de Murça … · 2011-10-20 · A Exxon Mobil, BP e Eni vão investir cerca de 100 mil milhões de dólares (72,5 mil milhões de

MERCADOS 11QUINTA-FEIRA20 de Outubro de 2011

6,0

7,0

8,0

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11,0

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14,0

Editado por: Armanda Alexandre [email protected]

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Sensiveis à Taxa de Juro

MSCI EURO FINANCIALS UTILITIES

ANÁLISE DO MERCADO DE TAXA DE JURO

EM PORTUGAL, e noutros países periféricos da Zona Euro, os juros da dívida têm estado a agravar-se, em antecipaçãoda cimeira europeia do próximo domingo. As yields da dívida portuguesa a 10 anos sobem assim pela 9.ª sessão conse-cutiva, aproximando-se dos 12%. Simultaneamente, a agência de notação financeira Moody’s cortou o rating de Es-panha em dois níveis.

Portugal: Taxa a 10 anos

FFoonnttee:: MMNNFF GGeessttããoo ddee AAccttiivvooss

Desde Março de 2011

Financials Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % ROE % Tier 1 P/E Price/Book

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,8 . . . . . . . . . . . .-38,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,4% . . . . . . . . . . . . . . . . .5,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,5BBPPII .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,6644 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--4499,,22 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,4499 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,5588 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..99,,11%% .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,99 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,55BBCCPP .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,1177 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,00 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--6688,,55 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,6633 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,1177 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,22BBEESS .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,7722 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--11,,55 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--4400,,11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,6677 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,7711 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..77,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..88,,88%% .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..77,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,33BBAANNIIFF .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,3377 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,22 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--5577,,11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,2222 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,3366 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..446699 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,00 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..B ANCO SANTANDER . . . . . . . . . . . .6,15 . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . .-22,4 . . . . . . . . . . . . . . . .9,82 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,15 . . . . . . . . . . . . . . . .8,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,0% . . . . . . . . . . . . . . . . .6,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7BBVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,45 . . . . . . . . . . . . . . . .2,3 . . . . . . . . . . . .-14,6 . . . . . . . . . . . . . . . .9,77 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,03 . . . . . . . . . . . . . . .4,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,5% . . . . . . . . . . . . . . . . .7,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,8BNP PARIBAS . . . . . . . . . . . . . . . . . .31,78 . . . . . . . . . . . . . . . .6,1 . . . . . . . . . . . .-33,3 . . . . . . . . . . . . . .59,93 . . . . . . . . . . . . . . . . . .22,72 . . . . . . . . . . . . . . .6,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,4% . . . . . . . . . . . . . . . . .4,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,6CRÉDIT AGRICOLE . . . . . . . . . . . . . .4,99 . . . . . . . . . . . . . . . .1,5 . . . . . . . . . . . .-47,5 . . . . . . . . . . . . . . .12,92 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,01 . . . . . . . . . . . . . . . .9,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,6% . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,3DEUTSCHE BANK-RG . . . . . . . . . . .27,44 . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . .-29,8 . . . . . . . . . . . . . .48,70 . . . . . . . . . . . . . . . . .20,79 . . . . . . . . . . . . . . .2,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,3% . . . . . . . . . . . . . . . . .5,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,5ING GROEP NV-CVA . . . . . . . . . . . . .6,24 . . . . . . . . . . . . . . . .4,1 . . . . . . . . . . . . .-14,4 . . . . . . . . . . . . . . . .9,50 . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,21 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,3% . . . . . . . . . . . . . . . . .4,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,5INTESA SANPAOLO . . . . . . . . . . . . . .1,34 . . . . . . . . . . . . . . . .7,3 . . . . . . . . . . . .-29,9 . . . . . . . . . . . . . . . .2,53 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,85 . . . . . . . . . . . . . . .5,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,4% . . . . . . . . . . . . . . . . .8,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,4SOC GÉNÉRALE . . . . . . . . . . . . . . . .19,45 . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . .-51,6 . . . . . . . . . . . . . .52,70 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,32 . . . . . . . . . . . . . . .9,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,6% . . . . . . . . . . . . . . . . .4,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,3UNICREDIT SPA . . . . . . . . . . . . . . . . .0,96 . . . . . . . . . . . . . . . .5,2 . . . . . . . . . . . .-37,9 . . . . . . . . . . . . . . . .2,03 . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,64 . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,5% . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,3

Cotação Dividendo Valorização

Cotação Dividendo Leverage Valorização

SENSÍVEIS À TAXA DE JURO

Utilities Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . .-15,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .116 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,6E.ON AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,40 . . . . . . . . . . . . . . . .1,5 . . . . . . . . . . . .-24,1 . . . . . . . . . . . . . . .33,16 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,50 . . . . . . . . . . . . . . .8,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .EEDDPP .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,4455 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,22 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--11,,77 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,9922 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,9988 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,99 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..116666 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..88,,22 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..88,,00EEDDPP RREENNOOVVÁÁVVEEIISS SS .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,2211 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--00,,55 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--22,,99 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,2277 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,6655 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..6666 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,99 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..2277,,00 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..99,,44ENEL SP A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,46 . . . . . . . . . . . . . . . .1,6 . . . . . . . . . . . . .-7,4 . . . . . . . . . . . . . . . .4,86 . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,81 . . . . . . . . . . . . . . .8,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .124 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,8GDF SUEZ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21,82 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . .-18,7 . . . . . . . . . . . . . .30,05 . . . . . . . . . . . . . . . . .18,32 . . . . . . . . . . . . . . .6,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,0IBERDROLA SA . . . . . . . . . . . . . . . . .5,23 . . . . . . . . . . . . . . . .0,8 . . . . . . . . . . . . .-9,3 . . . . . . . . . . . . . . . .6,50 . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,29 . . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .100 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,0RREENN--RREEDDEE EENNEERRGGÉÉTT .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,1133 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,77 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--1177,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,7733 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,9988 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..77,,99 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..222211 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,88 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..88,,88 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..88,,99RWE AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30,31 . . . . . . . . . . . . . . . .2,9 . . . . . . . . . . . .-39,2 . . . . . . . . . . . . . .55,90 . . . . . . . . . . . . . . . . .21,21 . . . . . . . . . . . . . . .11,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .114 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,1

BREVESPSI 20 encerra em quedaO principal índice da Bolsa de Lisboa encer-rou ontem em queda, contrariando o opti-mismo europeu, com Londres a subir 0,74%,Frankfurt 0,61%, Paris 0,52%, e Madrid0,43%. O PSI 20 fechou a cair 0,24%, para5981,50 pontos, pressionado pelos pesospesados Galp e BES, enquanto o BCP, Banife BPI registaram os maiores ganhos. Das20 cotadas, 12 fecharam em baixa enquan-

to as restantes ganharam valor. Foram ne-gociados 45 milhões de acções na NYSE Eu-ronext Lisbon, ou 56 milhões de euros. A li-derar as subidas estiveram o Millenniumbcp, que cresceu 3,03%, para 0,17 euros, e oBanif, que progrediu 2,19%, para 0,37 eu-ros. Ainda na banca, o BPI ganhou 1,43%,para 0,64 euros, enquanto o BES contrariouo sentimento do sector e cedeu 1,49%, para1,72 euros (a entidade presidida por RicardoSalgado anunciou que vai propor à Assem-bleia-Geral uma troca de obrigações parareforçar o rácio core-Tier I para até 9,7%,acima da meta de 9% imposta no bailout dePortugal que a banca nacional tem de cum-prir no fim deste ano). A Galp protagonizoua maior queda, ao recuar 1,57%, para 14,45euros. A EDP Renováveis também fechou aperder, cedendo 0,47%, para 4,21 euros, aopasso que a REN e a EDP registaram ga-nhos de 0,66%, para 2,13 euros, e de 1,20%,para 2,45 euros. Nas telecomunicações, aPT desceu 0,40%, para 5,25 euros, a ZONrecuou 0,97%, para 2,34 euros, enquanto aSonaecom avançou 1,38%, para 1,32 euros.

CMVM multa em 40 mil eurosEntre Julho e Setembro deste ano, a Co-missão do Mercado de Valores Mobiliários(CMVM) aplicou coimas no valor de 40 mileuros, informou ontem o regulador domercado de capitais. “Das decisões toma-das entre Julho e Setembro, duas são con-tra-ordenações muito graves e uma é gra-ve, tendo sido aplicadas coimas no total de40 mil euros e uma admoestação”, indicouo organismo liderado por Carlos Tavares. Aentidade acrescentou que o valor revertepara o Sistema de Indemnização aos In-vestidores. Ainda no terceiro trimestre, aCMVM instaurou dois processos de con-tra-ordenação, “um relativo à actividadede intermediação financeira e o outro res-peitante à actividade dos organismos deinvestimento colectivo”. No mesmo perío-do, adiantou o regulador, os tribunais deci-diram dois processos por violação dos de-veres de informação. Ao todo, nos primei-ros nove meses de 2011, foram decididoscinco processos pelos tribunais. Quantoaos de contra-ordenação, entre Janeiro eSetembro, a CMVM instaurou 24 proces-sos e proferiu decisões em 21 casos. Demomento estão em curso nos tribunais 20processos de impugnação de decisões daCMVM, 12 dos quais sobre violação de de-veres de informação. Já na CMVM decor-riam em Setembro último 101 processosde contra-ordenação.

Portugal lidera ordensPortugal recebeu 51,2% do valor das or-dens no primeiro trimestre de 2011, deacordo com os dados de recepção de or-dens por conta de outrem que constam norelatório trimestral de intermediação fi-nanceira da CMVM. Seguiram-se os EUA,com 11,9%, e a França, com 11,6%. O regu-lador acrescenta que o investimento naAlemanha foi o que mais subiu no períodoconsiderado, com 40,2%, prosseguindo atendência observada em 2010, seguido deEspanha, com 32,3%.

NO DIA em que a agência Moody’s fez o downgrade do rating de Espanha, o Ibex, o princi-pal índice de referência da Bolsa espanhola, encerrou a ganhar ligeiramente, 0,43%, para8849,50 pontos, acompanhando a maioria das praças europeias. Foto EPA/Angel Diaz

MADRID: Ibex fecha no verde, em linha com a Europa

ANÁLISE MERCADOSEm colaboração com:

A SESSÃO terminou com os princi-pais índices globalmente positivos,estando as atenções focadas numdesfecho positivo na reunião doConselho Europeu no próximo fim--de-semana.

O aumento da dotação do FundoEuropeu de Estabilização Financeira(FEEF) é o passo esperado, após oalargamento de competências ter si-do já ratificado pelos 17 Estados--membros da Zona Euro. São váriasas alternativas veiculadas pela co-municação social e pelas várias casasde investimento, e a actuação dos(vários!) responsáveis políticos pare-ce-se cada vez mais com uma tenta-tiva de refrear os ânimos e baixar asexpectativas quanto ao novo valorglobal do FEEF. Se ao aumento doFEEF se juntar a necessidade cadavez mais evidente de um hair cut àdívida grega superior aos 21% acor-dados com o sector privado e conse-quente carência de recapitalizaçãodos bancos, então ter-se-á uma me-lhor noção da dimensão hercúleadesta tarefa.

Prevalece então um contexto eleva-do de incerteza, com o sector finan-ceiro no epicentro da volatilidade.

Por cá, o PSI 20 contrariou a ten-dência na Europa, com os pesos pe-sados em queda, apesar de o BPI e oBCP se terem valorizado mais de 1%.

Por Duarte Leite de Castro, analista

AAggeennddaa ddoo ddiiaa

0099hh3300 Vendas no retalho no ReinoUnido em Setembro.

1133hh3300 Pedidos de subsídio de desemprego no EUA.

1155hh0000 Confiança do consumidor na Zona Euro.

1155hh0000 Indicadores económicos-cha-ve e vendas de casas usadas nos EUAem Setembro. Filadélfia Fed Survey.

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O Palácio dos Condes de Mur-ça, na rua de Santos-o-Ve-lho, junto à Lapa, em Lis-boa, está a ser transforma-

do num condomínio de luxo com 24apartamentos e jardins privativos. Acomercialização arrancou dia 14 eestá a cargo das consultoras CB Ri-chard Ellis e Abacus Savills.

A obra de reabilitação vai repre-sentar um investimento global de 18milhões de euros, embora ainda fal-tem fechar algumas empreitadas fi-nais. Os primeiros apartamentos es-tarão prontos para entrega dentro de11 meses, disse Diogo Jardim, dagestora imobiliária Artepura. As ex-pectativas apontam para a colocaçãona totalidade “tão rápido quandopossível”.

O preço dos apartamentos começanos 3500 euros por metro quadradode Área Bruta Privativa (ABP), embo-ra o valor final seja muito variado,porque as características dos própri-os apartamentos são muito diversifi-cadas, num empreendimento que“une o histórico e o moderno”, expli-caram os responsáveis.

O imóvel está a ser alvo de umatransformação pelos arquitectos Ma-nuel Aires Mateus e Frederico Valsas-sina.

O condomínio será composto por

24 apartamentos com “identidadeprópria” e tipologias entre T1 e T6.Dezanove dos apartamento estarãolocalizados no edifício do jardim ecinco no interior do palácio. Segun-do explicam as consultoras em co-municado, “os apartamentos fun-dem o património histórico da cida-de com o desenho contemporâneoda conhecida dupla de arquitectos,que se baseou num equilíbrio perfei-to entre a história de Lisboa e o con-forto da modernidade, enquadradocom jardins privativos”.

Francisco Sottomayor, director dePromoção da CBRE, refere que “atransformação do Palácio é umaobra notável, que tira o melhor pro-veito da história que define o edifícioe da sua localização privilegiada, nu-ma zona nobre da cidade. As tipolo-gias de T1 até T6, com apartamentosmodernos e confortáveis, permitemgrande flexibilidade na escolha doapartamento. Alguns dos aparta-mentos que resultam da reabilitaçãodo Palacete são peças absolutamenteúnicas e que estamos certos vão des-pertar grande interesse”.

Frederico Mendoça, director doDepartamento Residencial da Aba-cus Savills, assinala que “estamosperante um excelente exemplo, noque à reabilitação urbana diz respei-

to. Este projecto concilia todos osargumentos necessários para serum sucesso, uma arquitectura notá-vel, numa localização destinada aquem gosta de Lisboa, e um registode qualidade ímpar, aliado a umuniverso de tipologias muito díspa-res, com a presença de jardins, queconferem ao projecto muita origina-lidade.”

Finalmente, Diogo Jardim, da Ar-tepura, conclui: “A intervenção nopalácio conferiu-lhe o conforto e co-modidade necessários para ser, segu-ramente, um dos melhores locais pa-ra se viver nesta zona da cidade. Éum edifício histórico, paredes meiascom outros palácios, conventos eigrejas, o que foi para toda a equipaum grande desafio, apresentar apar-tamentos modernos sem negligen-ciar a história, e o excelente resulta-do está à vista.”

A renovação do Palácio dos Condesde Murça, promovida pela ESRU II ea Lisbon Urban, envolveu várias enti-dades, como a ESAF, na Gestão dosFundos Imobiliários, a FVA, a AiresMateus e a AFA Consulta, no decor-rer projeto.

A Fiscalização esteve a cargo da

Kerpro, e a Gestão Imobiliária com aArtepura. Já a Corpgest, esteve na co-ordenação e, finalmente, a ConcretoPlano, como Gestor Empreiteiro.

www.oje.ptQUINTA-FEIRA20 de Outubro de 2011x RESIDENCIAL 12

Taxa de absorção em Lisboarecua nos fogos e usadosA taxa de absorção na ÁreaMetropolitana de Lisboa (AMLisboa)decresceu quer na habitação novaquer na usada no segundo trimestrede 2011, segundo as estatísticasConfidencial Imobiliário (Ci)|LardoceLar.com. A taxa de absorçãocompara o volume de fogos que saiuda base de dados com o volume defogos em stock. Nos fogos novos, ataxa de absorção neste período foi de9%, abaixo dos 10% registados notrimestre anterior. No caso dos aloja-mentos usados, a taxa de absorção,que no primeiro trimestre do ano secifrava em 14%, baixou agora para os12%. Estas quedas são bastante maisacentuadas se compararmos com asmédias registadas em 2010, em quea taxa de absorção média dahabitação nova na AM Lisboa foi de14% e da habitação usada foi de15%, reflectindo, por isso, quedas decinco e de três pontos percentuais,respectivamente, avança a mesmafonte. O tempo de absorção, ou seja,o período em que o imóvel per-manece na base de dados até aban-donar o circuito de oferta, aumentouapenas no mercado de habitaçãonova (de 15 para 17 meses), já que nomercado de usados se tem mantidoestável ao longo do ano (nos 14meses). O preço médio da oferta foisemelhante ao preço pelo qual ocor-reram os movimentos de saída dabase de dados, isto é, à volta dos1930 euros/m2. Verificou-se a mesmatendência no mercado de usados,embora com níveis de valor em tornodos 1570 euros/m2.

BREVES

PALÁCIO DOS CONDES DE MURÇA COMERCIALIZADO PELA CBRE E PELA ABACUS SAVILLS

CONDOMÍNIO

PAU DE FILEIRA NO EDIFÍCIO JARDIM

O edifício Jardim, a estrutura novado empreendimento, foi o espaçoescolhido para a festa “Pau deFileira”, onde foram apresentadosos mais recentes pormenores doprojecto. Para além das entidadesdirectamente envolvidas na requa-lificação do imóvel, estiveramainda presentes colaboradores,construtores, clientes e toda aequipa de vendas. A tradição Paude Fileira consiste na colocaçãodas traves do telhado de umaconstrução nova. O dia foi assina-lado com um almoço em que par-ticiparam todos os envolvidos noprojecto. Uma oportunidade paravisitar os espaços onde vãolocalizar-se os novos apartamen-tos do palácio.

RRESIDENCIAL& LAZER

Muito se tem falado nas últimas sema-nas sobre a factura de electricidade. Estefalatório prende-se com a subida do pesoque esta factura vai passar a representartanto nos custos para o consumidor par-ticular, empresas como entidades públi-

cas. E o que originou esta subida? Paraos particulares e para as entidades públi-cas foi, sem dúvida, o aumento da cargafiscal com a subida do IVA . Por outro, eagora também sentido pelas empresas,temos o aumento intrínseco da própriaenergia para 2012 que se aguarda queseja anunciada em breve.Mas qual é o verdadeiro impacto dasrenováveis no total da factura? O pre-conceito que foi criado, sobretudo pelacomplexidade por detrás do cálculo dovalor da factura eléctrica e pela desin-formação e quantidade de númerosque são divulgados e citados é que oimpacto é grande. Mas recentemente a APREN publicouum estudo em colaboração com a

Roland Berger que conclui que cadaconsumidor pagou, na sua factura eléc-trica, uma média de 1,9 euros mensaispara apoiar as energias renováveis.Contas feitas, o estudo conclui aindaque a produção de origem renovávelem regime especial teve um peso de4% no custo total de geração de elec-tricidade, entre 2005 e 2010, e não de11% como tem sido avançadoO estudo justifica esta diferença,sobretudo por um conjunto de benefí-cios que não são contabilizados nascontas das renováveis tais como: asrendas pagas aos municípios pelas cen-trais eólicas, o impacto positivo dasperdas de energia que se evitam notransporte de energia renovável

através da rede, na redução da impor-tação de energia de fontes tradicionais,as contrapartidas que foram pagaspelos produtores ao Estado, nos últi-mos concursos de atribuição de potên-cia e o emprego que é criado no desen-volvimento deste sector.Em resumo, o estudo conclui que opeso das renováveis no custo da gera-ção de electricidade foi de 4% entre2005 e 2010, contra os 11% anuncia-dos e que as poupanças conseguidaspela redução das importações de com-bustíveis fósseis e de licenças de CO2foi de 407 milhões de euros por ano. Assim sendo, não façam das renováveiso bode expiatório deste aumento nafactura de electricidade.

QUANTO PESAM AS RENOVÁVEIS NA FACTURA DE ELECTRICIDADE?PENSAR ENERGIADUARTESOUSADirector-geral Hemera Energy [email protected]

A reabilitação do Palácios dos Condes de Murça em Lisboa vai custar 18 milhões deeuros. A comercialização do empreendimento de luxo está a cargo das consultorasCBRE e Abacus Savills. As vendas já começaram

Galp e Corinthia criam HotelEnergeticamente EficienteA Galp Energia, o ISQ e a CorinthiaHotels vão implementar um projectoque tornará o Corinthia Hotel Lisbonnum “Hotel EnergeticamenteEficiente”. Esta medida prevê que sepossa ultrapassar os 20% ao nível dobalanço energético daquele que, com518 quartos, é o maior hotel de cincoestrelas de Portugal. O conceito de“Hotel Energeticamente Eficiente”reflecte o compromisso da unidadeem assegurar a optimização do seuconsumo de energia e reduzir a suapegada de CO2.

ERA França partilha experiências em PortugalCinquenta franquiados da rede imo-biliária ERA França estão hoje, emAlbufeira, no Algarve para trocarexperiências com a ERA Portugal.Miguel Poisson, director-geral da imobiliária em Portugal, irá dar uma formação teórica na parte da manhã e, na parte da tarde, os agentes imobiliários franceses vão acompanhar o trabalhodas lojas de Tavira e Vila Real deSanto António de modo a obser-varem e a levarem para o seu país, as boas práticas, refere nota da ERA.

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A LOTE DOIS – Empreendimentos,empresa participada e gerida pela Es-part do Grupo Espírito Santo, inau-gurou a semana passada o EdifícioFoz Diogo Botelho, um projecto resi-dencial “de alta qualidade” represen-tou um investimento de 19 milhõesde euros.

O andar-modelo – com decoraçãode Maria Barros – tinha sido apresen-tado há seis meses e o edifício estáagora pronto a receber os primeirosmoradores.

O projecto dirige-se a um segmen-to exigente que procura “boa locali-zação, prestígio, qualidade e bomgosto, condições que a zona da Fozreúne em harmonia com uma vistadeslumbrante para o rio Douro”.

O edifício, localizado na Rua doCarvalho à Rua Diogo Botelho, estáintegrado numa zona residencialconsolidada, próxima de universida-des e estabelecimentos de ensino dereferência, nomeadamente a Univer-sidade Católica, Colégio Inglês e osmelhores jardins-de-infância.

O edifício é composto por um es-paço principal, de cariz residencial, eainda por um espaço destinado a es-critórios e loja. O empreendimentotem quatro frentes e sete pisos eleva-dos, envolvidos por um jardim mura-do e arborizado, com 2200 m2.

O empreendimento, concebido pe-lo arquitecto Arnaldo Brito, que temdesenvolvido diversos projectos na

zona da Foz, é composto por 36 apar-tamentos, distribuídos por oito anda-res (rés-do-chão e sete pisos), com ti-pologias T1 a T4. Estão disponíveis28 apartamentos T3 e T4, seis aparta-mentos T1 e dois T2.

Este é um projecto de característi-cas premium, onde se destaca a cozi-nha totalmente equipada com mó-veis de design italiano, casa de banhoem mármore branco, chão em ma-

deira afizélia, sala com lareira comrecuperador de calor, aspiração cen-tral e pré-instalação de ar condicio-nado nas salas e nos quartos.

Para Aniceto Viegas, administra-dor da Espart, o Edifício Foz DiogoBotelho “é um projecto único, quealia as melhores e mais modernas so-luções de construção a uma localiza-ção sublime, num local mágico comoé a Foz”.

RESIDENCIAL www.oje.pt 13QUINTA-FEIRA20 de Outubro de 2011

EDIFÍCIO FOZ DIOGO BOTELHO OFERECEVISTA SUBLIME PARA O RIO DOURO

PROJECTO

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O tema da reabilitação urbana está(novamente) na ordem do dia. A recenteapresentação do JESSICA (JointEuropean Support for SustainableInvestment in City Areas) e assinatura,no passado dia 11 de Outubro, dos acor-dos operacionais entre o Banco Europeude Investimento (BEI) e as entidadesseleccionadas no âmbito do concursolançado para o efeito, concretizaram acriação e entrada em funcionamento deum fundo de investimento que visa pro-mover e dinamizar projectos na área dareabilitação urbana. Com um valor inicial de mil milhões deeuros, este fundo vai colocar à dis-posição de promotores e outros agentesde reabilitação e desenvolvimentourbano, linhas de crédito e acesso acapital, essencial ao financiamento deprojectos nestes domínios, numa pers-pectiva de auto-sustentabilidade eretorno. Sem dúvida uma excelentenotícia, esperando-se que seja feito bomuso destes recursos. Há, porém, bastante mais a fazer. Tantoou mais importante que a disponibiliza-ção de fundos, haverá que criarcondições para um rápido e eficienteprocesso de licenciamento e de execuçãodos processos de reabilitação urbana.

Neste âmbito, ajudaria, por exemplo, acentralização dos processos numa únicaentidade, sobretudo quando se trata decentros urbanos e zonas históricas. A complexidade e a morosidade são umdesincentivo às iniciativas. Mas não só.Há, também, que promover o interessedos próprios proprietários na reabili-tação dos seus imóveis. O que não serátarefa fácil, reconhece-se, não só pelaescassez de recursos financeiros actual-mente disponíveis, mas, também (etalvez sobretudo), pelas más perspecti-vas de retorno que essas despesas apre-sentam. Basta lembrar a experiência doNovo Regime do Arrendamento Urbano(NRAU) – foi insignificante a percen-tagem de proprietários que promoverama reabilitação dos seus prédios. Pudera:era fácil perceber que os aumentostabelados das rendas, conjugado com osaumentos de impostos associados (pre-via-se a reavaliação dos imóveis, paraefeitos fiscais), não compensariam, detodo, o investimento a fazer. Muitos de-sistiram à partida. Noutros casos, asposses administrativas promovidas pelasCâmaras Municipais para a realizaçãodas obras passaram para estas os ónusda realização das mesmas e os respec-tivos custos. A questão da reabilitação anda, hoje, apar com o tema do arrendamento. Fala-se em reabilitar para arrendar; mas podee deve-se, também, criar condições parareabilitar imóveis já arrendados. Nummercado adormecido, a perspectiva seriaanimadora.

*Departamento de Direito Imobiliário e Urbanismo

Miranda Correia Amendoeira & Associados

REABILITAÇÃO E ARRENDAMENTOLEGAL RITA LUFINHABORGES*

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Um dos factores que mais con-tribui para esta realidade sãoas alterações dos hábitos ali-mentares dos jovens, em que

se destacam um consumo cada vezmaior de energia, açúcares, gordurase também de sal, enquanto, porexemplo, o consumo de hortaliçastem vindo a cair. Promover a educa-ção alimentar em família, bem comona escola, é fundamental. Os pais e asescolas precisam actuar em conjuntoe apostar em alimentos e refeiçõesque promovam o equilíbrio nutricio-nal. Será certamente um dos cami-nhos que devem ser seguidos para

inverter os números da obesidade emPortugal. Todos temos consciência danecessidade de investir numa alimen-tação saudável. Recentemente foi lan-çado a nível nacional o “Programa100%”. Este programa é destinadoaos jovens e tem como principal ob-jectivo melhorar a sua alimentaçãoatravés das cantinas escolares. Assim,foi desenvolvido a pensar nas necessi-dades e limitações das escolas, de for-ma a comunicar todos os benefíciosde uma alimentação variada, equili-brada e saborosa, mas também econó-mica. Este programa teve o apoio doMinistério da Educação e da Saúde via

Plataforma Contra a Obesidade, tendocomo parceiro a Associação de ChefsProfissionais de Portugal. Esta associa-ção desenvolveu um leque de receitasatractivas e saudáveis para os jovens,onde de uma forma divertida e dife-rente incorporou alimentos que nemsempre são do agrado dos mesmos, co-mo o peixe ou os legumes e hortícolas.Teve também em consideração hábi-tos alimentares e ingredientes maisusuais em cada região do país, comu-nicando sempre a avaliação nutricio-nal em cada receita. Aposta-se em au-mentar o consumo de alimentos maissaudáveis e diminuir o consumo deoutros apresentando estas alternati-vas, tendo em atenção o gosto dos jo-vens. Do ponto de vista nutricional, to-das as receitas foram supervisionadaspor nutricionistas.

As escolas que aderem ao “Progra-ma 100%” têm gratuitamente acçõesde formação dadas a todas as cozi-nheiras/os das cantinas escolares quesão feitas por chefs e nutricionistas.A informação nutricional de cada re-ceita é afixada diariamente no espa-

ço de refeições da escola. Queremosque as crianças e jovens estejammais envolvidos nestas mudanças efiquem cientes dos benefícios queuma alimentação saudável têm aopromover a saúde e a boa forma físi-ca. Nas escolas aderentes pode-se en-contrar nas cantinas uma maior var-iedade nos menus semanais, sabor eequilíbrio nutricional.

Queremos também mostrar aospais que este programa de alimenta-ção feito nas escolas tem qualidade eé nutricionalmente equilibrado. Asreceitas estão também disponíveis on-line, em http://www.programa100-porcento.com/, acessíveis aos pais,tentando criar dinamismo em tornodas mesmas e levando esta alimenta-ção saudável para fora da escola.

Cerca de 270 escolas já aderiram aoprojecto e cerca de 56 mil mil alunosforam impactados com este Progra-ma, que visa mudar a percepção acer-ca da alimentação nas cantinas esco-lares, aumentar a sua frequência dacantina e a curto prazo mudar os há-bitos alimentares dos jovens no país.

QUINTA-FEIRA20 de Outubro de 201114 LIFESTYLE

Jameson Urban Routesarranca hoje no Musicbox

Tem hoje início no Musicbox, emLisboa, o Festival Jameson UrbanRoutes que este ano celebra a sua5.ª edição. Mantendo-se fiel à suapremissa, o festival reúne ao longode 5 dias (20, 21, 22, 28 e 29)nomes relevantes da música defusão/urbana, como os The VeryBest (dia 29), Tom Vek (dia 28) eHealth (dia 22), num cartaz onde sedestacam também alguns dos maisentusiasmantes projectos daactualidade: Owiny Sigoma Band(29), Sun Airway (21) e FloatingPoints (22). À semelhança dasedições anteriores, a entrada é livreno primeiro dia. Para os restantesdias, o bilhete custa 12€ com ofertade um Jameson.

FESTIVAL

“PROGRAMA 100%” ENSINA A COMERLLIFESTYLE

Editado por Sandra Martins Pereira [email protected]

NUTRIÇÃO Por Helena CidNutricionista

SEGUIDA por um número significa-tivo e, aparentemente, crescente depessoas, a alimentação vegetariana éuma opção tendencialmente saudá-vel, que a ser feita tem de ter um cor-recto planeamento e conhecimentodos valores nutricionais dos vegetais,por forma a não ocorrerem carênciasem alguns elementos essenciais.

Importa antes de mais destrinçarentre os vários tipos de vegetarianis-mo. Assim, os lacto-vegetarianos co-mem lacticínios, mas não comem car-ne ou peixe.

Os ovo-lacto-vegetarianos, por seuturno, comem lacticínios e ovos masno caso dos vegans não ingeremqualquer tipo de produtos de origemanimal.

Quais as principais vantagens?A alimentação vegetariana apresentacomo principais vantagens contermenos gordura e colesterol e maiorteor em fibra alimentar, que explicaa menor incidência de colesterol to-tal e o chamado LDL (o “mau” coles-terol) e menores taxas de problemascardiovasculares como sejam a pres-são arterial, obesidade, diabetes e ca-sos de neoplasia (cancro), nomeada-

mente de zonas do tracto digestivo,como o do cólon.

Existem outros benefícios?No entanto, por si só, estes aspectospodem não ser as únicas causas debenefícios para a saúde. É que exis-tem outros factores associados amuitas destas pessoas que têm comoprincípio uma alimentação saudável,e que são uma maior predisposição eperiodicidade da prática de exercíciofísico, a abstinência de fumar e beberálcool, entre outras, o que, conve-nhamos, é uma grande vantagem!

E desvantagens?Mas também existem algumas con-sequências, nomeadamente umamenor ingestão de vitaminas e mine-rais (ex. vitamina B12 e ferro), umavez que se encontram em maior pro-

porção nos alimentos animais. Assim, valerá a pena deixarmos al-

gumas sugestões, como sejam:- Ingira uma ou duas doses diárias

de uma fonte de ferro, como os ovosou feijão vermelho.

- Consuma cereais integrais ou en-riquecidos com vitaminas e mine-rais.

- Evite o consumo de queijo ou ou-tros lacticínios, pois são ricos em gor-dura saturada, optando, se os comer,pela qualidade meio-gordo ou magro.

- Ingira alimentos que contenhamvitamina C, às refeições, para melho-rar a absorção de ferro.

Para comentar este artigo ou sugerirtemas contacte o autor por

hipolito.aguiar @iol.pt ou consulte o sitewww.mais-saude.com.pt.

MAIS SAÚDE

ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA

ANTÓNIOHIPÓLITO DE AGUIARFarmacêutico;DocenteUniversitário

O excesso de peso e a obesidade têmvindo a aumentar drasticamente emPortugal, afectando especialmente as nossas crianças e adolescentes.Portugal é um dos países da Europaonde a prevalência da obesidade entre as crianças é mais elevada

Liga Portuguesa Contra a Sida celebra 21 anos

A Liga Portuguesa Contra a Sida ce-lebra, este mês, o seu 21.º aniversárioe desta vez com o apoio daCompanhia Nacional de Bailado. Atédia 21 de Outubro, ao fazer um dona-tivo no valor de 15 € à Liga, recebeum convite para assistir ao EnsaioGeral do bailado “Du don de soi”, quese realiza dia 26 de Outubro, pelas 21horas, no Teatro Camões, em Lisboa.O valor angariado destina-se à com-pra de uma unidade móvel de saúde,que permita “continuar o trabalho daLiga junto da comunidade”, explica apresidente, Maria Eugénia Saraiva. Oespectáculo “Du don de soi”, queconta com a parceria artística doCentro Cultural de Belém, insere-seno Festival Temps d’Images e é inspi-rado numa obra do universo cine-matográfico de Andrei Tarkovsk. Osdonativos a favor da Liga podem serefectuados por transferênciabancária (Banco Totta e Açores, NIB:001800003547540700182; CaixaGeral de Depósitos, NIB:003500010001191843185), directa-mente na Liga Portuguesa Contra aSida (Rua do Crucifixo nº 40 - 4º esq,1100 183 Lisboa) ou telefonicamente(213479376).

SOLIDARIEDADE

Page 23: Programa 100% Palácio dos Condes ensina a comer de Murça … · 2011-10-20 · A Exxon Mobil, BP e Eni vão investir cerca de 100 mil milhões de dólares (72,5 mil milhões de

LIFESTYLE www.oje.pt 15QUINTA-FEIRA20 de Outubro de 2011

Japão ressuscitado

TERESA e Tanopartem para o Ja-pão, onde estamulher, moldadana política, dura,fria, cerebral, al-go cínica até, vaitentar encontraro filho, Bernardo.Morto ou não,

nem ele mesmo sabe bem. O mais re-cente romance de Rui Zink utiliza ummestre de karate, mais lisboeta quenipónico (as raízes são como a âncora,prendem-nos onde as largamos), masque serve à trama para introduzir ospreceitos dessa arte e do seu simbolis-mo em termos de atitude perante avida.

Mas, se nem tudo o que parece é,começamos a desconfiar que a narra-tiva é mais ambiciosa – com alusões

ao mundo virtual; à loucura dos com-putadores em paralelo com a ances-tral assegurada pelas crenças; brechasabertas para explorar as fragilidadesdas relações de paternidade e váriosoutros ângulos de ataque.

A linguagem continua a fazer usoda ironia (“puxar-lhe pela língua? Issosó serviria para lhe magoar a língua”;pág. 38), com neologismos criados pe-lo uso quotidiano dos vocábulos (co-mo o bem conhecido “emprestada-do”). Mas há também opções adequa-das ao tom da história, como a intro-dução do código binário.

A coroar a trama, uma organizaçãopotente e misteriosa, que decide qua-se tudo e vanguardiza a tecnologia, apar dos avanços morais do seu uso.Actual e actualizado, Zink semelhan-te a si mesmo.

O BRILHO OFUSCA

HÁ VÁRIOS anos que o jornalista Rafael Marques ini-ciou a denúncia de atrocidades relacionadas com o ga-rimpo e tráfico de diamantes em Angola. A extrema vi-olência e o envolvimento das forças armadas em acti-vidades ignoradas pelo poder governamental são a facevisível desta teia de personalidades, instituições e em-presas enumeradas num livro corajoso.

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ESTRADA PERDIDA

UM ROAD book passado entre Paris e Barcelona. Lucie,detective particular pouco ortodoxa, é contratada pelaavó de Valentine Galtan, uma adolescente difícil, desa-parecida no metropolitano de Paris. A trama serve defundo a uma crítica ácida, onde entram a burguesiafrancesa, os radicais de esquerda e direita ou o sub-mundo lésbico.

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NÃO SE DEIXE INTOXICAR

ACTUALMENTE existem dois tipos de pessoas que tem acerteza que irá encontrar no seu local de trabalho: asque jogam Farmville e as que lhe infernizam o dia-a-dia.Marsha Petrie Sue decidiu escrever sobre as segundas,que designa como “pessoas tóxicas”. O livro é o maissimples e prático possível escrito com algum humor,com casos reais e recomendações muito concretas.

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INSPIRADO na vida de Carolina Loff da Fonseca, este ro-mance conta a história de uma militante comunista quese apaixona por um inspector da PIDE. Nascida em CaboVerde de família branca e abastada, Carol nunca se resig-nou à miséria das ilhas. E, movida pelo sonho de constru-ir uma sociedade mais justa, ingressou no Partido Comu-nista. Não se importando de usar a beleza como arma ide-ológica, abraçou a luta revolucionária, apaixonou-se porum camarada e ficou grávida antes de ser presa. Foi a suamãe quem tratou de Helena nos primeiros tempos, mas,depois de libertada, Carol levou-a para Moscovo, onde tra-balhou nas mais altas esferas. Mãe e filha reencontram-se em Berlim 21 anos depois. A frieza e o ressentimentode Helena farão com que, na viagem de regresso a Lisboa,Carol decida escrever um romance autobiográfico paraque a filha compreenda algumas das suas atitudes.

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Lièvremont sem dúvidasno XV francês para a final

O SPORTING corre hoje para a oitavavitória consecutiva em partidas ofi-ciais, quando receber em Alvalade osromenos do Vaslui, na terceira jorna-da do Grupo D da Liga Europa em fu-tebol.

Garantido o apuramento para aquarta eliminatória da Taça de Por-tugal, o onze de Domingos Paciênciaregressa à Europa com fortes aspira-ções de dar um passo quase decisivorumo aos dezasseis avos de final.

Os leões lideram o agrupamentocom seis pontos, face aos triunfos emZurique e na recepção à Lazio, mais

quatro do que o próximo adversário,num grupo em que helvéticos e ita-lianos, que se defrontam na Suíça,contam apenas um. Caso o Sportingconfirme o favoritismo na recepçãoao Vaslui e se registe um empate nooutro encontro, aos leões entram nasegunda metade da fase de gruposcom uma folga de sete pontos paraos seus três concorrentes.

Depois da amarga derrota sofrida,já nos descontos, na recepção aos bel-gas do Club Brugge, líderes do GrupoH, o Sporting de Braga viaja, por seulado, à Eslovénia para defrontar olanterna vermelha Maribor, que sótem derrotas. Face ao triunfo em Bir-

mingham, na estreia, o Sporting deBraga segue no segundo posto e po-de-o reforçar, já que os secundáriosingleses viajam ao reduto dos belgas.

No que respeita aos outros agrupa-mentos, apenas mais três conjuntosrepartem, com Sporting e ClubeBrugge, o estatuto de 100 % vitorio-sos: o PSV Eindhoven (Grupo C), oAthletic Bilbao (F) e o Anderlecht (L).

Hoje, no Estádio de Alvalade, oSporting recebe o Vaslui às 20h05(SIC), em partida arbitrada pelo fran-cês Clément Turpin. Horas antes, às18 (SporTV1), o Sp. Braga joga com oMaribor no Estádio Ljudski, sob arbi-tragem do suíço Stephan Studer.

Leões e arsenalistasfavoritos à vitória

AO ESCOLHER o mesmo quinze quealinhou nos quartos e nas meias-fi-nais, o seleccionador francês, MarcLièvremont, não vacilou na escolhados jogadores que vão defrontar aNova Zelândia na final do Mundial2011, no próximo domingo.

Depois de meses de combinações eincertezas, o seleccionador gaulês es-perou pelos seus três últimos jogos àfrente dos bleus para alinhar com amesma equipa.“Não houve hesita-ção, era claro”, afirmou Lièvremontà imprensa. “E o XV anunciado esta-rá no pontapé inicial”, acrescentou.

A facilitar as decisões do técnicogaulês estiveram as recuperações doterceira linha Julien Bonnaire, docentro Aurélien Rougerie, dos mé-dios Morgan Parra e Dimitri Yachvili,assim como do talonador WilliamServat, que tiveram problemas físi-cos, mas foram dados como aptos nosúltimos treinos.

O XV dos blues anunciado para afinal é composto por: 15-Maxime Mé-dard, 14-Vincent Clerc, 13-AurélienRougerie, 12-Maxime Mermoz, 11-A-lexis Palisson, 10-Morgan Parra, 9-Di-mitri Yachvili, 8-Imanol Harinordo-quy, 7-Julien Bonnaire, 6-Thierry Du-sautoir (capitão), 5-Lionel Nallet, 4-Pascal Papé, 3-Nicolas Mas, 2-Wil-liam Servat e 1-Jean-Baptiste Poux.

QUINTA-FEIRA20 de Outubro de 201116

DDESPORTO

WWW.OJOGO.PTNa actualiza-ção do rankingmundial de fu-tebol da FIFA,e na sequênciada derrotafrente à Dina-marca no apuramento para o Euro2012, Portugal caiu três lugares naclassificação, descendo até à oitavaposição da tabela, curiosamenteem igualdade pontual com a Gré-cia, que é treinada pelo portuguêsFernando Santos.

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LIGA EUROPA

MUNDIAL DE RÂGUEBI

DOMINGOS à beira do 8.ª triunfo seguido.

WWW.ABOLA.PTDuas das favo-ritas à vitóriafinal tiveramsortes diferen-tes no torneiode Moscovo. Arussa Zvonare-va segue em frente, mas o mesmonão sucede com a italiana Schia-vone. Zvonareva, primeira cabeça-de-série, derrotou a sérvia Jovano-vski por duplo 6/1 e 6/1., e enquan-to Schiavone, quarta favorita, foipela estónia Kanepi pelos parciaisde 6/4, 5/7 e 7/6.

LEX SPORTIVA

“Much Ado About Nothing”, de Shakes-peare, é uma história de insinuaçõesque se revelam vazias. Danny Mwangaé, para alguns, o novo “Bosman”, umareferência pungente ao nome quemudou o paradigma do trabalho des-portivo profissional. Muito barulho pornada, como na peça.Danny, de 20 anos, mudou-se aos 14para os EUA, oriundo da RD Congo. Foiem 2010 a grande estrela e primeirodesignado do Superdraft, tendo sidoescolhido pelos Philadelphia Union. Porquê Danny? Em Dezembro de 2009,antes do draft, Danny assinou contratoprofissional com a Major LeagueSoccer (MLS). Manda a FIFA que osclubes que treinam os jogadoresenquanto jovens têm direito a umacompensação financeira aquando dacelebração do respectivo primeiro con-trato profissional. As regras FIFA apli-cam-se às situações transnacionais, i.e.que envolvam intervenientes de federa-ções nacionais distintas.Foi por isso sem surpresa que o FCGedeon veio reclamar a tal compen-sação por formação, orçada em 105mil euros, alegando que Danny repre-sentou o clube antes da mudança paraos EUA. Porém, a MLS recusa pagarqualquer valor, resguardando-se nosseus regulamentos internos, que nãoprevêem tal obrigação.Confirmando-se que Danny representouo FC Gedeon, restará à FIFA aplicar oseu regulamento e ordenar a MLS aopagamento da compensação financeiradevida. Aceitando-se uma isençãobaseada num regulamento interno, quedisciplina a participação na MLS,seguir-se-ão tantas “isenções” quantoscampeonatos profissionais, abrindo-seuma brecha irreparável num sistemacriticável, por funcionar como barreiramuitas vezes definitiva à profissionali-zação de jovens futebolistas.

[email protected]

UM BOSMANSHAKESPEAREANO

LUÍS CASSIANONEVES

Advogado

Hélder Rodriguesdesce ao 5.º lugarem Marrocos

O MOTARD português Hélder Rodri-gues (Yamaha) desceu ontem da lide-rança do Rali de Marrocos para oquinto posto, enquanto, nos carros, oseu compatriota Ricardo Leal dosSantos (Mini) desistiu, devido a pro-blemas mecânicos, na terceira etapa.

Num total de 396 quilómetros, 388dos quais cronometrados, o outromotard português presente, PauloGonçalves (Husqvarna), aproveitoupara ascender da quinta à segundaposição, graças a uma jornada naqual foi o segundo melhor, escassos26 segundos atrás do espanhol JoanBarreda (Husqvarna).

Barreda lidera agora a classifica-ção geral das duas rodas, com 2.21minutos de vantagem sobre Gonçal-ves, ao passo que Rodrigues, recente-mente sagrado campeão mundial detodo-o-terreno, segue no quinto lu-gar, a 12.19 minutos do topo.

TODO-O-TERRENO

Foto

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SA/J

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LIÈVREMONT recuperou cinco lesionados.

Foto

EPA

/Kim

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