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Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo Educador Rio Moji - Guaçu - ProFEA do CE Rio Moji - Guaçu -

Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

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Page 1: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo Educador Rio Moji - Guaçu

- ProFEA do CE Rio Moji - Guaçu -

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

formulação e enunciação, bases conceituais e políticas, diretrizes filosóficas e operacionalização da proposta educacional de CE Rio Moji - Guaçu

I. APRESENTAÇÃO

1. IDENTIFICAÇÃO: O Coletivo Educador Rio Moji-Guaçu é um grupo de educadoras/es de várias instituições e empresas parceiras que têm, em comum, uma história e/ou desejo de enfrentamento da problemática SOCI0AMBIENTAL, pesquisando e atuando nos campos da educação formal e informal, educação ambiental, educação na saúde e educação popular. Unem-se compartilhando recursos para potencializar suas ações. 2. RECORTE TERRITORIAL Inicialmente o território estabelecido abrange Mogi Guaçu e Estiva Gerbi. Pessoas e instituições de Mogi Mirim e Itapira já estão se agregando e a meta é formar núcleos Coletivos Educadores Ambientais do Rio Mojiguaçu em cada município que constitui a Bacia do Alto- Mogi, para que se articulem entre si, com os demais Coletivos Educadores do Estado de São Paulo e com os Coletivos dos outros estados brasileiros, por meio de Encontros presenciais e em redes (REPEA - Rede Paulista de Educação Ambiental e REBEA – Rede Brasileira de Educação Ambiental).

MAPA da Bacia – Bacia do Alto Mogi , Guaçu eEstiva em destaque

MAPA do BRASIL com os CEs fechando td o territorio ( utopia ) q que buscamos concretizar

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3. OBJETIVOS do CE Rio Mogi Guaçu

Promover a reflexão crítica sobre a realidade socioambiental e o aprofundamento conceitual de forma continuada, agregando recursos para potencializar iniciativas e ações educativas sócio-culturais, valorizando as competências e saberes LOCAIS, de acordo com o Programa Nacional de Educação Ambiental (proNEA), visando à sustentabilidade do território abastecido pela Bacia do Alto-Mogi para preservação da vida planetária.

Realiza a PNEA ( Política Nacional de Meio Ambiente ) por meio de um Programa de Formação de Educadores Ambientais Populares pautado neste presente Projeto Político Pedagógico, construído de maneira participativa e democrática por pessoas que caracterizam a diversidade do território estabelecido:

Quem são estas Pessoas que estão Aprendendo Participando – PAPs – na Pesquisa – Ação - Participante ?

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Teia

Engenheiros Catadores Músicos Biólogas/os Artistas plásticas Arquiteto

Fonoaudióloga Pedreiros Dentista Congadeiros Trabalhadores rurais Sindicalistas

Líderes comunitários Cientistas sociais Donas de casa Arqueólogo, etnólogo, museólogo Professores/as

Historiadoras/es Líderes de pastorais assistente soial funcionários públicos artesãos

marceneiro estudantes engenheiros agrônomos pedagogos/as Conselheiros municipais comerciarias/os empresários Tecnólogos em saneamento ambiental

Militantes de ONGs e entidades assistenciais Gerentes de secretarias municipais

Diretores de escolas da rede pública e privada

Bombeiros policiais jornalista publicitária

4. INSTITUIÇÃO ARTICULADORA PROPONTENTE

CADESS - Centro de Aprendizagem e Desenvolvimento Social Sustentável Comunidade Interativa – fundada em 2003 – qualificada como OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público ( Ministério da Justiça) em 2006; Registrada no CNEA – Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas – 2006

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O Projeto atende à Chamada Pública do Ministério do Meio Ambiente – MMA Nº 01/2006 “Mapeamento de Potenciais Coletivos Educadores para Territórios Sustentáveis” . Acordo de Cooperação Técnica com o MMA: 31/01/2008

5. INSTITUIÇÕES DO GRUPO ARTICULADOR OPERACIONAL – GAO

Responsável por: sistematização dos dados, instrumentalização para ações educativas e de formação do CE, planejamento da capilaridade, relatores desta 1ª versão do PPP - 2009

ONG Comunidade Interativa e Associação Cooper 3Rs: fga Maria Beatriz Vedovello Bimbati OCA – Organização Comunidade Ativa: arq. Clodoaldo Teixeira Associação TUPEC – Tudo pela Cultura: profª Rita Moreira Moreli e fga M. Beatriz Vedovello Bimbati ORÉ – Organização Regional Ecológica: biólogo Fábio Fraga Secretaria de Educação e Cultura de Mogi Guaçu: Divisão Ensino profª Andréia Maria Duda e Divisão Cultura: Profª Rita Moreira Moreli Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente de Mogi Guaçu: prof Márcio A. Ferreira Secretaria da Saúde: bióloga Cristiane Ferraz ; VISA - odontóloga Maria Aparecida Mendes; Tec saneamento ambiental Márcio Butrico; agente de saúde Ione Diretoria de Obras de Estiva – Gerbi: arq Clodoaldo Teixeira Escola Comunidade Interativa – Profª Maria Cláudia Vedovello Morari e fga M Beatriz V. Bimbati

6. INSTITUIÇÕES REPRESENTADAS POR ELOS NOS ENCONTROS PARA O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO PPP

Ongs: OCA - COOPER 3R - ORÉ - TUPEC - ICMG - APROMA; Escola Comunidade Interativa – CEGEP - Faculdade Franco Montoro – Faculdades Integradas Maria Imaculada; PREFEITURA de ESTIVA- GERBI : Diretoria de Obras e Meio Ambiente; PRONAVI (Projeto Natureza Viva); EMEF Evaldo José Zenari s/n; EE Capitão Agenor; PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI GUAÇU;SEC. Comunicação, Educação e Cultura, Promoção Social, Secretaria da Saúde ( Vigilância Sanitária e Controle Epidemiológico) ;SAMAE - SAAMA ; CATI ; DEPRN ; CETESB ; CBH MOGI ; UNIMED; CAMP; Fanfarra dos Ipês; Corporação Musical Marcos Vedovello; Congada São Benedito de Mogi Guaçu; Folia de Reis; Museu Histórico, Pedagógico, Arqueológico e Etnológico “Franco de Godoy”; Escoteiros

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Rio Gde das Cobras; Topema; Visa Fértil; Internacional Paper; Academia Guaçuana de Letras;Sindicato da Alimentação ; Sindicato dos Metalúrgicos Sindicato Rural; DRE Mogi Mirim; Pastoral da Ecologia da ; Paróquia Sta Teresa D’Ávila; Paróquia São Pedro Pescador; Escola de Pais; FEG; CAIC Dep Miguel Martini; EMEF s Maria Júlia, Maria Diva,Waldomio Calmazini; Márcia Falseti Risola; Antonio Giovani Lanzi; Milton Franco; Padre Longino; Luiz Martini; Marina Paschoalotti; EE Francisco Antonio Gonçalves; Conselhos Municipais de Mogi Guaçu: Conselho do Idoso, Conselho Meio Ambiente;da Criança,Saúde; Educação; Cultura; Segurança Polícia Militar; Corpo de Bombeiros; Comunidades: Associação Amigos da Praça; Associação dos Moradores do Zaniboni II Esperança; Amigos do Bairro Jd Esplanada e Avenida Suécia; Assoc Itamaraty Ass Bairros Pque Cidade Nova; MOGI MIRIM: Dir. de Meio Ambiente (Zoológico – Sala Verde) – Dir. Saúde– SAAE; ETEC Pedro Ferreira Alves; Dir Regional de Ensino- EE Altair Poletini ITAPIRA: Diretoria de Meio Ambiente; Diretoria de Saúde.

II - PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

“ Para nascer um novo Brasil, humano, solidário e democrático, é fundamental que uma nova cultura se estabeleça,

que uma nova economia se implante e que um novo poder expresse a sociedade democrática e a democracia no Estado.”

Hérbert de Souza, Betinho

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1. MARCO CONCEITUAL

1. 1. INTRODUÇÃO

A Eduação Ambiental no Brasil é regulada pela Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA -, instituída em abril de 1999 pela

lei nº 9795. Foi implementada pelo ProNEA ( Programa Nacional de Educação Ambiental), com a primeira edição em 2003, que definiu

os princípios básicos de democracia e participação, numa concepção totalizante de meio ambiente e que deve garantir a continuidade e

permanência do processo educativo. (ProFEA- 2006).

O Projeto Político Pedagógico do proFEA do CE Rio Moji – Guaçu referencia-se no proFEA – Programa Nacional de Formação de Educadores Ambientais ( DEA/ MMA) que, por sua vez, orienta-se no proNEA e na Carta da Terra e pelo Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global ( Rio 92).

A Carta da Terra é um conjunto de princípios e valores fundamentais que devem orientar pessoas, organizações, sociedades,

Estados e países no que se refere ao desenvolvimento sustentável. Trata-se de um Código de Ética planetário. Aprovada pelas Nações

Unidas em 2002, a Carta da Terra é equivalente à Declaração Universal dos Direitos Humanos no que concerne à sustentabilidade, à

eqüidade e à justiça social. É uma Carta dos DEVERES HUMANOS. Apoia-se na ecologia e em outras ciências contemporâneas,

trazendo as contribuições das tradições religiosas e filosóficas do mundo, da literatura sobre ética global e do meio ambiente

referenciando-se também na experiência de vida dos povos que vivem de maneira sustentada, nas declarações e nos tratados

intergovemamentais e não-governamentais construídos coletivamente. Deve ser periodicamente revista em amplas consultas globais.

É, pois, um documento vivo e de propriedade da sociedade planetária.

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O Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabiidade Global contém os princípios que

fundamentam uma Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e foi elaborado num amplo processo dialógico entre nações de

todo Mundo , durante preparação da Rio-92. Em junho de 1992, durante o Fórum Global da Sociedade Civil, paralelamente à

CNUMAD – Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, o Tratado foi aprovado.

A atual e primeira versão do PPP – Projeto Político Pedagógico foi construída no período de outubro de 2007 a abril de 2008, a partir

de três Encontros de Potenciais Formadores de Educadores Ambientais Populares - PAPs3, de forma democrática e participativa.

Reuniões semanais entre PAPS2 representantes de Instituições que formam o GAO – Grupo Articulador Operacional - planejaram

ações coordenadas de formação das pessoas pesquisadoras da realidade socioambiental do território alimentado pela Bacia do Alto-

Mogi.

FOTOS 1º ENCONTRO: DIA ............NO CEGEP MOGI GUAÇU

OBJETIVO ERA SABER: QUEM SÃO AS PESSOAS QUE APRENDEM PARTICIPANDO NO TERRITÓRIO DA

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MOGI GUAÇU ?

Encontramos a resposta: “somos nós, a DIVERSIDADE de saberes, seres e fazeres: somos catadores, congadeiros, biologos, engenheiros, musicos, historiadores, sindicalistas, policiais, bombeiros, professores ...”

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FOTOS 1. 2. 3. DIVERSIDADE

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FOTO 4. GAO – PAP2 , SANDRO TOSO DO COEDUCA E SEMIRAIS BIASOLI (PAP1 - DEA/MMA)

FOTO 5. GT: PROFESSORES, POLICIAL, LIDERES DE ASSOCIAÇÃO DE BAIRROS

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FOTOS 6 E 7. SEMIRAMIS BIASOLI ( DEA/ MMA) E MARCUS VICÍCIUS ( CBH MOGI)

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“PRATOS DA CASA” OFERECIDOS AOS PARTICIPANTES

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2º ENCONTRO - 05/ 12/ 2007 NA FIMI – FACULDADES INTEGRADAS MARIA IMACULADA

CIDA DA VISA– GAO

CRIS E IONE (SEC SAUDE) E SR JAIR DA CONGADA SÃO BENEDITO

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OBJETIVO: mapear nossos recursos coletivos: ações de enfrentamento de adversidades, iniciativas, projetos e programas existentes.

WORK SHOP: Unimed, Pronavi - Estiva, Comunidade Interativa, Cooper 3rs, Colégio Seletivo, Pedro Ferreira Alves, Escola Altair de M Mirim, Secretaria da Saúde de Mogi Guaçu, Sec Mogi Guaçu ( painéis e apresentação oral)

3º ENCONTRO – TEATRO TUPEC E COMUNIDADE INTERATIVA

OBJETIVOS:

1. DEFINIÇÃO COLETIVA DO MARCO CONCEITUAL ( PRINCÍPIOS, VALORES E CONCEITOS) DO C.E. RIO MOJIGUAÇU

2. REALIZAÇÃO DE MAPA-DIAGNÓSTICO DO RECORTE TERRITORIAL PARA SISTEMATIZAÇÃO DO MARCO SITUACIONAL DO PPP PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO COLETIVO

3. DISCUSSÃO DO MARCO OPERACIONAL

ATIVIDADES: ASSISTIR “CARTA DA TERRA” NARRADA POR LEONARDO BOFF;

PESQUISA DO MEIO AMBIENTE: PAISAGEM URBANA, RURAL, NATURAL, INDUSTRIAL, HISTÓRIA DO TERRITÓRIO

GRUPOS DE TRABALHO: MAPA-DIAGNOSTICO DA PROBLEMÁTICA SOCIO AMBIENTAL E SOLUÇÕES DE ENFRENTAMENTO

OFICINA ÁRVORE DOS SONHOS: DELINEMENTO DOS PRINCIPIOS, VALORES E IOBJETIVOS DO C. E. RIO MOJIGUAÇU

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SISTEMATIZAÇÃO COLETIVA DOS DADOS: PAISAGEM RURAL, URBANA, INDUSTRIAL,

RESULTADOS:

.1 2. CONCEITOS compartilhados pelo Coletivo Educador Rio Moji-Guaçu:

Meio Ambiente, Sustentabilidade, Desenvolvimento, Saúde, Cultura e Educação Ambiental –

O que é Meio Ambiente? Na perspectiva da complexidade (Edgar MORIN), a concepção de meio ambiente está ampliada e contém as

faces social, política, econômica e cultural, indo além dos aspectos físicos da paisagem natural. O CE Rio Mojiguaçu considera como

reveladores da problemática socioambiental: o consumo insustentável; a discriminação; a desigualdade de oportunidades e do uso de

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bens naturais e bens construídos; a exclusão escolar, econômica, política e social; a perda de identidade cultural; a dengue; AIDS;

acidentes de trânsito; a fome; o analfabetismo; a violência; autoritarismo; corrupção. além das mudanças climáticas, contaminação da

água, poluição sonora, visual, do ar, degradação da cobertura vegetal, produção e destinação do lixo, agrotóxicos, etc. Ou seja, além da

Biosfera, o meio ambiente configura também a Sociosfera e a Tecnosfera.

O que é sustentabilidade? Sustentabidade é o modo com que se relacionam o homem, a vida e o mundo. Para ser sustentável, a

sociedade precisa ser equitativa, eficiente e democrática ( FERREIRA E VIOLA 1997). “ É o processo pelo qual as sociedades

administram as condições materiais da sua reprodução, redefinindo os princípios éticos e sócio-políticos que orientam a distribução dos

recursos ambientais”. A qualidade de vida (educação e saúde), o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano _ é um indicador de

sustentabilidade.

O que é desenvolvimento? De acordo com a OPAS (Organização Panamericana de Saúde), o conceito de desenvolvimento perpassa pelas metas para construção de sociedades sustentáveis, posto que diz respeito ao desenvolvimento “em torno das

pessoas e não das pessoas em torno do desenvolvimento”. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD),

elaborado no início da década de 90, abarca todas as potencialidades humanas em todas as sociedades e abrange o indivíduo em

todas suas etapas de desenvolvimento.

As finalidades do crescimento econômico e de seus meios (crescimento do PIB) deve passar pela ótica do desenvolvimento humano,

para o qual interessam tanto os ingressos econômicos quanto sua distribuição, tanto a satisfação das necessidades básicas do ser

humano como a realização das aspirações das pessoas de todos os países do mundo. O

IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é um indicador de desenvolvimento que se articula entre outros: esperança de vida,

educação e renda. O Coletivo Educador enfoca os problemas do desenvolvimento numa perspectiva mais humana, social e

sustentável. Tanto o desenvolvimento humano quanto o desenvolvimento dos países são afetados pelas mudanças ambientais que

estão ocorrendo em todo planeta, que influem sobre a saúde humana podendo causar graves consequências para a qualidade de vida.

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Estudos prospectivos demonstram que, devido à acelerada urbanização, a sustentabilidade das cidades será o maior desafio ambiental

a enfrentar no próximo século, o que deixará evidente as relações entre saúde da população e a qualidade ambiental do planeta.

O que é Saúde para o CE Rio Mojiguaçu? É interdependente e inseparável de qualidade ambiental. Nesta perspectiva, o conceito

de saúde é “o estado de mais completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência da enfermidade”. Vai além das

ações curativas, preventivas e do acesso democrático aos serviços de saúde. É um “dever do Estado e um direito do cidadão.” ( OMS,

1947). Portanto, uma utopia à qual buscamos e buscaremos sempre concretizar. Para a OPAS/OMS, a situação das condições do meio

ambiente físico- biológico e suas repercussões sobre a saúde humana é preocupante. Particularmente nas áreas de produção de

energia, de alimentos, de bens de consumo, as mudanças no meio ambiente produzem impactos negativos ou positivos sobre a saúde,

No entanto, a OMS também preconiza que “A Atenção Primária Ambiental é uma estratégia que valoriza os esforços de cidadania e os

orienta ao desenvolvimento de uma nova cultura que reconhece os direitos ambientais e as reivindicações sociais como necessários

para melhorar o bem estar da população” . “Portanto, ações de promoção de saúde estão relacionadas ao enfrentamento da

problemática socioambiental por uma população empoderada, ou seja, capacitada para analisar criticamente seu ambiente social,

político, econômico e cultural, e enfrentar a problemática que coloca em risco a saúde individual e coletiva. Desta forma, todo/a

cidadão/ã deve ser um educador/a ambiental, promotor de saúde. Na Constituição de 1988, que previu a implantação do SUS,

(Sistema único de Saúde) , consta que “ A saúde está estritamente atrelada à forma eficaz da sociedade garantir a implantação de

políticas públicas voltadas a qualidade de vida ”. Estão relacionados à saúde: qualidade das águas, do ar, condições de fabricação e

uso de equipamentos nucleares ou bélicos, consumismo desenfreado X miséria, degradação social e desnutrição, violência X Paz,

estilos de vida, equidade social. Todo lugar, território vivo, em que ocorrem relações dos homens e a natureza (sejam elas familiares,

de trabalho, lazer, educação), são ambientes que podem e devem ser favoráveis à saúde, onde, mais que “ensinar” saúde ( com

formas prescritivas), “educa-se para a saúde”, incentivando o ”empowerment” ( empoderamento ), ou seja, a capacitação das pessoas

para criar ambientes saudáveis e, no seu viver cotidiano, lidar com sua saúde e enfrentar seus momentos de adoecimento. Educar para

a saúde é, pois, tarefa do poder público, das instituições educacionais, profissionais e comerciais, de cada cidadão que precisa ser

“educador” em seu espaço, sempre considerado “espaço educativo”. O Coletivo Educador dialoga com os Princípios de

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Municípios/ Cidades Saudáveis originado no Canadá e disseminado na Europa e no Mundo com apoio da OMS, que incorporou este conceito. Cidade Saudável deve ter: comunidade forte, solidária, participação popular nas decisões do poder público, justiça social, ambiente físico , social e cultural favorável à qualidade de vida: limpo e seguro; satisfação das necessidades básicas: alimentação, moradia, trabalho, acesso a serviços de qualidade em saúde, educação, assistência social, vida cultural ativa, contato com a herança cultural, convivência na diversidade cultural, paz.

O que são Culturas? são respostas adaptativas dos seres, formas de vida aprendidas e desenvolvidas nas diferentes paisagens do

meio ambiente físico. Assim como a diversidade biológica é determinada pelo legado informativo e adaptativo das espécies ao seu

hábitat , como uma forma de aprendizagem durante anos e que se incorpora ao seu código genético, a diversidade cultural também é

uma resposta às formas de adaptação aos diferentes hábitats. Como a biodiversidade, a diversidade cultural é um valor moral e

ambiental em si mesmo. Diversidade biológica e a diversidade cultural estão relacionadas de forma tão intrínseca que alguns autores

sugerem que a bioconservação do planeta depende da preservação da diversidade cultural. “A solução para a crise ambiental não será possível

sem a aceitação das diferenças e, mais ainda: sem a consideração dessas diferenças como manifestações de nossa potencialidade como espécie”.. ( APARISIS

et al., 1993). Para MORIN ( 1999), cultura é um material genético de segundo grau. Não se impõe facilmente uma cultura.

O que é Educação ? : O CE Rio Mojiguaçu acredita, como Paulo Freire, que Educação vai além de in – formação. Educar é trans-formar a realidade. A intervenção educacional crítica e emancipatória é fundamental para a transformação da realidade socioambiental

visando à construção de sociedades sustentáveis, por pessoas saudáveis e felizes. Num processo dialético em que todos são pessoas

que aprendem participando ( PAPs ), ensinam-se e aprendem ensinando, ensinam aprendendo numa interação horizontal, no diálogo

entre os saberes científicos, acadêmicos e populares. O saber é mais que o acúmulo de conhecimentos; No Coletivo Educador Rio

Mojiguaçu, os saberes não estarão pré-definidos e os indivíduos e grupos definirão os saberes essenciais (MORIN) durante a práxis educativa . Também como Paulo Freire, acredita que ninguém sabe tudo; ninguém detém o saber, ninguém não sabe nada.

Assim como o conhecimento científico, devem ser socializados o conhecimento dos agricultores, das pessoas que trabalham com a

terra, o saber dos artistas, dos artesãos, dos povos indígenas, dos catadores e catadoras. A comunidade tem papel decisivo na

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construção do conhecimento, que é um processo sócio-histórico, ocorrendo no contato com as culturas humanas, num processo social,

nas relações dialógicas que acontecem num tempo e num espaço com a mediação e outros sujeitos. O sujeito que aprende não é só

receptivo. Nem somente ativo, sem controle de seus impulsos. “ Construir conhecimento é um processos discursivo sócio-histórico. É é

nesta perspectiva dialógica ( VIGOTSKY, WALLON, BAHKTIN), que a linguagem é concebida neste PPP. Portanto, a construção do

conhecimento, o aprofundamento e a incorporação de conceitos ocorre no “plural” e entre sujeitos pesquisadores.

Esse que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino, continuo buscando, reprocurando. Ensino por que busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar e,

constatando,intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar e anunciar a novidade. ( Paulo FREIRE, 1997, apud BANDÃO, 2003, p.71)

O que é a " educação ambiental” ? é um “processo de reconhecimento de valores e clarificações de conceitos, objetivando o

desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os

seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A educação ambiental também está relacionada com a prática das tomadas de

decisões e a ética que conduzem para melhorar a qualidade de vida", de acordo com a Conferência Intergovernamental de Tbilisi (1977). É o “processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso

à informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento

das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança

cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política." ( MOUSINO , P. In: TRIGUEIRO, A.)

A articulação das duas vertentes de conhecimento ( a de educadores que se reconhecem como tal e a de pessoas que não se

percebem como educadoras e que não reconhecem suas experiências de enfrentamento das problemáticas socioambeintais como

experiências educativas socioambientais) tem por objetivo “exorcizar toda prática prescritiva da educação ambiental ao permitir que os grupos e indivíduos da educação ambiental stricto sensu estabeleçam um diálogo qualitativo e horizontal com outros grupos e indivíduos que também estão em busca da transformação da realidade socioambiental.” (TASSARI). Esta proposta está

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de acordo com a concepção da Sociologia das Ausências proposta pelo Boaventura de Sousa Santos, que permite o “alargamento do

presente pelo conhecimento, tradução e valorização de todo o conjunto das experiências sociais disponíveis”.

1.3. PRINCÍPIOS e VALORES DO CE RIO MOJIGUAÇU

A enunciação do futuro desejado pelo grupo de PAPs em potencial deu-se a partir de uma “Oficina de Futuro” , utilizando-se a “Árvores dos Sonhos” como atividade coletiva.

Numa árvore com tronco e galhos desenhada no painel, os potenciais PAPs 3 relatavam seus “sonhos” de Mundo Ideal enquanto

construíam coletivamente a árvore, colocando papéis em forma de “folhas “ , nas quais escreveram:

“ Eu quero um mundo em que as pessoas vivam juntas e não em seus mundos individualistas. Que todos pensem e construam juntos , sempre pelo bem comum”

“ Um mundo mais acolhedor e formado por cidadãos que respeitem o próximo e o meio ambiente”

“ O mundo possível é um mundo de justiça social e solidário, fraterno e igualitário, onde homens e mulheres tenham igualdade de oportunidades”

“ Um mundo de comprometimento, busca pela igualdade, pela justiça e pela preservação”

“Ensinar ao jovem a amar a natureza. Este é o meu sonho.”

“Gostaria de termos uma cidade mais limpa e mais humanitária, que se comprometa a não jogar lixo no chão, e a ajudar aos que não sabem, a respeitar a nossa sociedade”

“ Um mundo onde existisse o respeito entre todos “

“ Um mundo sem desigualdade social , sem violência”

“ Pessoas conscientes, que não vejam apenas o seu umbigo, “ Gostaria muito que todos tivessem consciência e jamais jogar lixo no chão”

Page 32: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

“ Berço da Vida”

“ Um sonho e m que todos tivessem um mínimo de consciência ambiental sem poluição sonora e visual, sem degradação do meio ambiente”

“Com persistência, união, disseminando idéias e trabalhando, transformamos nosso meio ambiente”

“Futuro Consciente, compartilhado , confortável e feliz”

“ Poder popular, equilíbrio com a natureza, horizontalidade nas relações”

“ Um mundo de cooperação”

“ Paz, sabedoria, aprendizado”

“ Meu sonho: Mais reciclagem. Rio limpo. Despertar o amor”

“ Mundo consciente”

“ Mundo limpo, com clima agradável, uma sociedade mais justa com os trabalhadores rurais,sem a falta de água limpa ( essencial para a nossa sobrevivência), motivação da população em organizações que ajudem à conscientização das próximas gerações”

“ Conhecimento do mundo físico e humano de/ si”

“ Gostaria que toda a sociedade tomasse consciência do mal que está fazendo e se reflete a si mesmo”

“ Formação do sentimento de amor e valor à terra “

“ Um mundo mais consciente dos problemas que nos atinge como: poluição, violência . E valorizar a vida.

“Um mundo ideal será com pessoas conscientes, pensando no desenvolvimento sustentável e com mais amor ao próximo e à vida”

“ Um mundo vivendo a ética da igualdade social e principalmente a ética ambiental”

Page 33: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

“ Um mundo com a igualdade de oportunidade, Socialização dos bens naturais e construídos.”

“ Um mundo sem violência, poluição, e sim ar puro e paz.”

“ Sonho de um mundo mais fraterno”

“ Eu pelo para os moradores de Mogi Guaçu ajudar os catadores ajudando a separar o lixo dentro de casa”

“ Um mundo em que todo o bem social, econômico, político , religioso, tenha como destinatário o ser humano”

“ Será quando nossa sociedade verdadeiramente conscientizar que todo mal feito ao nosso planeta sempre refletirá em nós mesmos”

“ Consigamos manter a água para sempre e para todos”

“ Sustentabilidade Paz, Luz, amor, alegria, cidadania, fé, esperança”

“ Um mundo de seres sábios, cultivando e buscando a verdade, a justiça e o amor”

“ Respeito, Paz, Igualdade, amor, Leitura”

“ Amor ao próximo, se eu quero viver bem, tenho obrigação de saber que o mundo

“ Que o homem encontre o seu lugar , a sua identidade”

“ Pessoas felizes, empoderadas, emancipadas, solidárias, saudáveis, que saibam cuidar de si e dos outros”

“ Eu sonho com um dia em que todo esse nosso esforço seja realizado com muito amor e carinho”

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Ficaram evidentes, nestes discursos, os Valores e Princípios compartilhados pelo Grupo e que estão de acordo com a Carta da Terra e proNEA – Programa Nacional de Educação Ambiental:

• Respeito, cuidado e amor à Terra: aos outros e a sim mesmo• Valorização e preservação da biodiversidade e da diversidade cultural• Resgate da identidade do território• A pessoa humana acima do lucro • A proteção e a restauração da biodiversidade, da integridade e da beleza dos ecossistemas e das diversas culturas • A produção, o consumo e a reprodução sustentáveis. • Respeito aos direitos humanos, incluindo o direito a um meio ambiente propício à dignidade e ao bem-estar dos seres humanos. • A erradicação da pobreza. • Solução pacífica dos conflitos. • A distribuição eqüitativa dos recursos da Terra. • A participação democrática nos processos de decisão• Horizontalidade nas relações sociais • A igualdade de direitos: gênero, etnia, cultura, etc • A responsabilidade e a transparência nos processos administrativos. • A promoção e aplicação dos conhecimentos e tecnologias que facilitam o cuidado com a Terra. • Acesso irrestrito à educação formal e informal• Educação para o senso crítico, a responsabilidade, a solidariedade e a emancipação • Paz, justiça e eqüidade social• Resolução pacífica dos conflitos sociais • Cooperação, responsabilidade compartilhada pelo bem-estar da comunidade da Terra e das gerações futuras

Esta “Oficina” rememorou a forma com que foi realizada a Conferência RIO 92, quando uma grande árvore foi construída na praia de

Ipanema, construída com os sonhos de tantos participantes. Será sugerida para os PAPs 3 para a elaboração de vários outros PPPs de

Programas locais, Conferências e assembléias de Jovens e Comunidades – COM-VIDAS para a construção democrática das agendas

21 em escolas, empresas, etc. A adaptação sugerida para ser usada nos coletivos é da profª Dra EDA TASSARI , do Laboratório de

Pesquisa em Psicologia Social da USP.

Page 35: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

Fotos 1 e 2 PAPs em Oficina da Árvore

OBJETIVO DO CE Mojiguaçu: Os Sonhos de Futuro do grupo, objetivo deste PPP, foram definidos pelo grupo também por meio da Oficina de Futuro “A Árvore dos

Sonhos” , que serão buscados coletivamente:

Promover uma educação ambiental continuada, crítica e emancipatória para formar cada cidadão do recorte territorial

articulado a outros cidadãos do território brasileiro e do Planeta,sendo ele mesmo, um educador ambiental, construtor e

enraizador permanente de uma Cultura de Paz e de Cuidado com a Vida que garanta a existência de sociedades sustentáveis

formadas por pessoas saudáveis: solidárias, felizes, críticas e emancipadas.

Page 36: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

1.5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

A partir do mapa – diagnóstico da problemática socioambiental, construído no marco situacional, os PAPs propuseram ações de

enfrentamento à problemática socioambiental visando à conquista de seus sonhos de futuro:

1. Proporcionar aos PAPs a oportunidade para assumirem a postura de PESSOAS PESQUISADORAS que aprendem participando, de

acordo com a metodologia da PESQUISA – AÇÃO – PARTICIPANTE proposta pelos Coletivos Educadores;

2. De forma continuada, participativa, democrática e atingindo toda a tessitura do território, identificar / mapear coletivamente os

elementos que definem a problemática socioambiental do território, a partir da percepção de cada participante sobre as paisagens

contempladas e planejar também coletivamente as ações de enfrentamento

3. Realizar ações culturais e educativas de resgate à identidade dos municípios: maior envolvimento com a Educação; ações de

Preservação Cultural ; resgate da Ética, educação, cultura, memória, patrimônio e sensibilidade; diagnóstico das comunidades locais;

articulação local para aproximar comunidades e outros municípios, aos Programas do Coletivo Educador

4. Oferecer uma Educação Ambiental emancipatória, crítica em todos os espaços educativos, formais (transdisciplinar e como tema

transversal nas escolas) e nos espaços educativos informais, transformando nossas comunidades em COM- VIDAS - Comunidades de

Aprendizagem e Qualidade de Vida e criando outras.

5. Realizar uma Educação Ambiental Popular com vistas ao desenvolvimento e sociedade sustentáveis, unindo o saber popular local ao

saber científico para uma preservação ambiental efetiva; agricultura orgânica; educar para a valorização da própria terra e cultura

Page 37: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

( função social da terra !); acesso ao conhecimento científico, empoderamento das comunidades rurais; acesso e conhecimento da

legislação ambiental; ocupação do solo e uso sustetável; preservação das nascentes e mata ribeirinha, com a exigência de 20% de

reserva (previsto na Constituição).

6. Coletivo Educador articulador de Políticas Públicas: ( inserir na LOM Lei Orgânica do Município) – Construir de forma democrática e

participativa a PMEA – Política Municipal de Educação Ambiental e a PMRS Política Municipal de Resíduos Sólidos ; Educação

Ambiental empoderadora em todos os espaços educativos e coletivos, inclusive nas empresas e indústrias; articulação de Empresas

PAPs2 no Coletivo Educador e lideranças PAPs 3.

7. Articulação político-institucional contínua com a formação de núcleos Coletivos Educadores nos demais municípios da Bacia do Alto

Mogi

Page 38: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

2. MARCO SITUACIONAL

2.1. INTRODUÇÃO

O recorte territorial,definido no primeiro momento ( 2006) por Mogi Guaçu e Estiva Gerbi, se justifica pela história original dos Municípios

de Mogi Guaçu que, durante anos, abarcou o Distrito de Estiva-Gerbi, hoje município de Estiva Gerbi. O diálogo estreito, a história de

enfrentamento por meio da educação ambiental que já vinham sendo construídos pela ONG OCA ( de Estiva Gerbi) e as ONGs

guaçuanas de Mogi Guaçu, Comunidade Interativa, Cooper 3R, ORÉ, ICMG, TUPEC e APROMA. Este Coletivo de Instituições,

portanto, formalizou as parcerias ao assumirem juntas a articulação de outras instituições, do poder público e do empresariado local por

meio de elos educadores ambientais fundamentais neste processo formativo. Desta forma, o C.E. representando todas as instituições

integrantes, como proponente do programa, o CADESS – Centro de Aprendizagem e Desenvolvimento Social Sustentável “Comunidade

Interativa” assinou em 2007, termo de compromisso em formar núcleos coletivos em toda a Bacia Hidrográfica do Rio Mogi Guaçu

( Alto- Mogi: Itapira, Mogi Mirim, Conchal, Socorro e demais municípios drenados pela bacia hidrográfica do Mogi-Guaçu.

Além destes, outros municípios do Estado de São Paulo e Minas Gerais são banhados pelo Rio Mogi - Guaçu, considerado como um

sistema que nutre diversas atividades econômicas de todos estes territórios.

Page 39: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

Embora de extrema relevância para o desenvolvimento econômico e social destas regiões, as atividades antrópicas têm ocorrido sem

consideração às questões ambientais, e fora da perspectiva da sustentabilidade, o que compromete a saúde do ecossistema.

BRIGANTE e ESPÍNDOLA ( 2003) relatam os problemas ambientais encontrados durante suas pesquisas de limnologia fluvial: poluição

orgânica e inorgânica, desmatamento em regiões de nascente e cursos d água, erosão, assoreamento, enchentes e baixa qualidade

das águas e das águas de seus afluentes contribuem para este desequilíbrio. Citam também o lançamento de esgoto in natura, a

contaminação por pesticidas e fertilizantes utilizados na agricultura do tomate, laranja e cana - de – açúcar, o despejo de substâncias

químicas de várias indústrias da região, a exploração mineral na calha do rio em áreas de vulnerabilidade bastante suscetíveis à erosão

e poluição dos mananciais,

A mortandade dos peixes e as anormalidades observadas nos organismos deste hábitat apontam como uma das causas a presença

de praguicidas, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, dioxinas, altos níveis de metais, etc. Para os autores, a degradação poderá

levar à extinção gradual dos cursos dágua da região, pondo em risco as diretrizes e os princípios básicos para a sobrevivência das

espécies. Diante da importância do Rio Mogi Guaçu para a Biosfera e Sociosfera , é preciso avaliar e identificar as principais áreas de

degradação , desmatamento em região das nascentes, como também ao longo de todo o rio Mogi Guaçu.

As questões ambientais não podem ser analisadas de maneira dissociada do aspecto social, político e econômico. O empoderamento

da população faz-se condição primordial para o enfrentamento participativo desta problemática. Conforme Washington Novaes, é

impossível separar o econômico do social, do político e do cultural. É preciso contemplar a face social do meio ambiente, a Sociosfera, e

a educação ambiental torna-se imprescindível. Para isso, a educação ambiental torna-se o eixo de sustentabilidade em todos os

espaços coletivos. Na zona rural e na zona urbana, nas ruas, fábricas, comércio, e, principalmente as escolas, que são espaços ideais

para se promover a saúde ambiental coletiva.

Page 40: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

A situação ambiental requer uma população empoderada, que saiba enfrentar as adversidades, promovendo a própria saúde e a da

população. A interlocução entre população, profissionais, ambientalistas e MMA poderá oferecer diagnósticos ambientais com dados

constantemente atualizados para se traçar políticas públicas ambientais, calcular riscos ambientais, criar legislações relativas a

emissão de efluentes, vigilância ambiental, informações para a saúde pública, etc.

O Marco Situacional do Projeto Político Pedagógico foi elaborado de forma participativa e democrática, a partir de inúmeras reuniões

semanais que ocorreram desde julho de 2007 entre estes PAPs2 institucionais, e nos três Encontros de Potenciais Educadores

Populares ( PAPS 3 ) ocorridos em 06 de novembro e 05 de dezembro de 2007 e o terceiro em 19 de janeiro de 2008.

Os dados sistematizados foram colhidos com a colaboração de pessoas e suas instituições: Secretaria da Comunicação de Mogi

Guaçu, Secretaria da Saúde, Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, pesquisa bibliográfica e documentária e a partir de processos

dialógicos durante encontros para a pesquisa-ação-participante destas pessoas que caracterizam a diversidade de nosso território:

professoras/es, catadors/es, músicos, artistas plásticos, engenheiros, biólogos, líderes sindicais, conselheiros municipais, donas de

casa, trabalhadores rurais, líderes comunitários, fonoaudióloga, historiadores, dentista, congadeiras/os, artesãos/ãs, tecnologos em

saneamento, técnicos de ONGs e secretarias municipais, operários, museólogo e arqueólogo, poetas e escritoras/es, etc. Participaram

dos Encontros, Instituições PAPs 2 e PAPs 3 de Mogi Mirim e de Itapira, sinalizando o início da formação de núcleos municipais do

Coletivo Educador do Rio Moji-Guaçu.

2.2. O TERRITÓRIO

O município de Mogi Guaçu localiza-se no estado de São Paulo, a uma latitude 22º22'20" sul e a uma longitude 46º56'32" oeste, a

uma altura de 591 metros. Possui uma área de 885,00 km², na qual se distribui uma população de ......habitantes, caracterizada por uma

diversidade étnica e culltural conquistada pelos movimentos migratórios e imigratórios.

Page 41: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

Estiva Gerbi localiza-se a uma latitude 22º16'17" sul e a uma longitude 46º56'41" oeste, estando a uma altitude de 590 metros. Possui

uma área de 73,7 km². Em 2004 sua população era estimada em 9.975 habitantes. Em 30 de dezembro de 1991 emancipou-se de Mogi

Guaçu e em 1º de janeiro de 1993 foi declarado município.

Ambos os municípios fazem parte da Bacia do Alto- Mogi, entre os quais estão:

2.3. HISTÓRIA DO “PEDAÇO”

Embora tenha sido criada uma lei municipal que oficializa a grafia da cidade com a letra “g”, pesquisadores e historiadores do local

propõem a preservação da forma original tupi-guarani, para que a palavra Moji-Guaçu seja grafada com a letra “j”.

Rio Mogi Guaçu, no dialeto indígena é "Rio Grande das Cobras" ( fato que abre a polêmica sobre a origem de nossos primeiros

habitantes serem da tribos tupi-guarani ou caiapós. Os bandeirantes que viajavam para o oeste de Minas Gerais e Goiás em busca de

ouro nas terras indígenas, chegaram às terras indígenas e então esta população que habitava as margens do Rio foi desaparecendo,

dando lugar a um povoado. A produção de café e a instalação do ramal ferroviário da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro (1875)

alavancaram o desenvolvimento econômico da região. Em 9 de abril de 1877 a Freguesia de Conceição do Campo tornou-se Mogi

Guaçu, passando a ser comarca em 30 de dezembro de 1966. A partir da abolição da escravatura, imigrantes italianos instalaram as

primeiras cerâmicas, dando início à fase industrial . Padre José Armani foi o pioneiro, instalando uma fábrica de telhas. As cerâmicas

Page 42: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

ainda fazem parte do cenário empresarial do município. Hoje, Mogi Guaçu tem um perfil diversificado, abrigando empresas do ramo de

papel e celulose, de alimentação, de metalurgia e de cosméticos, entre outras espalhadas nos cinco distritos industriais. Além da

diversificação industrial, uma características de poucos municípios, Mogi Guaçu também se destaca pela sua produção agrícola da

laranja (que ocupa o terceiro lugar na produção estadual) e do tomate (terceiro lugar na produção do estado).O comércio também

alcançou uma independência, atraindo consumidores de cidades vizinhas. O comércio cresceu em torno da igreja matriz Nossa Senhora

da Imaculada Conceição, que se tornou a padroeira do município, localizada na praça Rui Barbosa, que durante quase um século

preservou o Coreto onde se apresentava a Corporação Musical Marcos Vedovello. Hoje é denominada “Recanto”, tendo sido bastante

modificada em função da instalação do comércio.

3. MAPEAMENTO DAS EXPERIÊNCIAS SOCIOAMBIENTAIS E SOCIOEDUCACIONAIS DO TERRITÓRIO

O Coletivo Educador identificou várias experiências de enfrentamento da problemática socioambiental local e que há anos se

desenvolvem no município de Mogi Guaçu, embora muitas destas instituições e pessoas não se reconheçam como educadoras

ambientais.

São organizações não – governamentais de 3º setor de carácter ambientalista, social e assistencial, educacional e cultural, com a

finalidade de promover e garantir vida e qualidade de vida a bebês, crianças, adolescentes, idosos, pessoas com deficiência, pessoas

com risco social, presevação da cultura local, portadores de HIV, DST, promover saúde ambiental, geração de renda, etc

Uma variedade de projetos públicos e comunitários foi identificada. Algumas empresas têm se utilizado de alguns dos incentivos fiscais

para a operacionalização de projetos socioambientais das instituições locais.

O CMAS – Conselho Municipal de Assistêncial Social com 35 entidades registradas, sendo ainda há inúmeras instituições educadoras

ainda não registradas e não auto-reconhecidas como educadoras ambientais.

Page 43: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

Os movimentos culturais também caracterizam a face territorial. A Ong TUPEC gerencia o Centro Cultural TUPEC, em fase de término

de construção. O Teatro Municipal Tupec, hoje com capacidade para 450 lugares, tem sido local de fomento à produção artística e é

compartilhado por educadores, alunos, cientistas e empresários para processos de formação pessoal e institucional. Há 22 anos é

realizado o Feteg (Festival de Teatro do Estudante Guaçuano), e também o Festival de Video, Festival de MPB, VI Salão de Humor de

Mogi Guaçu, entre outras atividades. Há mais de duas décadas acontece o Encontro de Coros. O Centro Cultural TUPEC também

abriga a Escola Municipal de Iniciação Artística (Emia). Oferece aulas de capoeira, Feira de Artesanato "Arte e mãos", oficinas da EMIA

nas áreas de música, expressão corporal e artes plásticas.

A Congada São Benedito de Mogi guaçu e o Grupo Folia de Reis Estrela Guia, são grupos de Cultura Popular que resistem aos

impactos da globalização das artes e culturas descartáveis e relatam a história da migração local. Da mesma forma, a Corporação

Musical Marcos Vedovello gera a Banda Geraldo Vedovello, a Orquestra de Sopros, incentiva a formação de jovens na Fanfarra dos

Ipês que capilariza mais tantas outras fanfarras que foram fundadas no interior das Escolas. Mogi Guaçu guarda a MPB e o choro no

Quintal Brasileiro, a Orquestra de Violeiros, violeiros e repente. A Academia Guaçuana de Letras guarda a memória do local, assim

como o Preserguaçu.

O Município de Mogi Guaçu ainda tem uma identidade cultural a preservar, um Patrimônio Cultural Vivo: uma Memória Viva da História

Local ( Zé da Pesca, Arlindo Marchesi ...) , monumentos históricos ( Pontes de Ferro, Igreja Imaculada, Antiga Estação de Trem ).

No Museu Histórico "Hermínio Bueno" há documentos históricos que retratam as antigas ruas da boiada e da estação, o antigo

centro comercial, a cachoeira de cima e a capela de Nossa Senhora do Rosário. Funerárias utilizadas pelos indígenas relatam a história

do início das primeiras olarias e cerâmicas guaçuanas. O artista plástico Tóride Sebastião Celegatti reune "Cerâmicas indígena e

industrial em Moji Guaçu" - Mostra das urnas "Arte Sacra"- Mostra das peças doadas pela Matriz da Igreja Imaculada Conceição de

nossa cidade com destaque para a revitalização do relógio de 1922. Quadros de artistas guaçuanos que retratam paisagens urbanas e

naturais da cidade.

Page 44: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

O Museu Arqueológico Franco de Godoy guarda a história do “pedaço” e realiza ações culturais e educativas que abrangem palestras

no Navio-Museu, utilizando registros em vídeo do cotidiano de várias nações indígenas. O acervo compõe, entre outros elementos:

Kupixi wayana-aparaí; borduna Kayapó; aro emplumado oiapii : cerâmica wai-wai; rede yanomani; máscara mehinaku; baquite xavante;

bolsa de coité karajá; banco e tamokó waiana - aparaí; pente karajá. Além destes documentos há os sambaquis, fósseis de animais

pré-históricos, árvores petrificadas, réplicas de Múmias e pirâmide, apiário com abelhas sem ferrão, répteis, batráquios e quelônios.

Da mesma forma, a História local está registrada nas Edições de alguns livros: Mogi-Guaçu- 3 séculos de história- Ricardo

Artigiani (1º edição-1984) (2º edição - 1994); Mogi-Guaçu- Breve relato histórico - Augusto Cesar Bueno Legaspe (1º ed. 1970)(2º ed.

1975) (3º ed. 1989); O médico ...Também foi identificada uma tese sobre Rio Mogi Guaçu de Carlos Pinheiro.

Na área da Educação na Saúde, a Unimed , por meio do Programa VIVA BEM realiza Palestras, Oficinas, passeios e campanhas para

associados e também para a comunidade, com orientações em nutrição, psicologia, Educação Física, fisioterapia e prevenção de

doenças.

A Secretaria da Saúde realiza programas de educação para promoção de saúde, capacitando agentes para capacitarem a população

ao atuar em toda tessitura populacional, ou seja, num processo de capilaridade por meio de agentes de saúde que, atualmente, têm se

dedicado intensamente na Campanha de erradicação do Aedes Aegipt .

No esporte, um dos eventos mais tradicionais é a Maratona Esportiva Guaçuana, que é realizada há 32 anos. Estão disponíveis

escolinhas de futebol, basquete, voley e várias outras modalidades em vários Centros esportivos.

Entre as Instituições formadoras e processos formadores estão três Instituições do Ensino Superior (IES) - bacharelado e

licenciatura, com Cursos de graduação, especialização, Pós-graduação e Cursos de extensão na área de Engenharia Ambiental,

Administração de Empresas, Nutrição, Psicologia, Ciências Biológicas, História, Química, Enfermagem, além de vários cursos de

graduação e pós graduação à Distância.

Page 45: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

Há cursos Técnicos na área de Gestão Ambiental, Manutenção Elétrica, Computação, Magistério, Enfermagem.

O Sistema S ( SENAI, SESI, SENAC) tem participação importante na formação dos sujeitos. O CAMP – Centro de Aprendizagem

Metódica Profissionalizante , cuja finalidade primordial é a prática do Projeto "Patrulheirismo" para o atendimento de adolescentes de 16

a 17 anos sem distinção de raça, cor, credo político ou religioso pretende promover a inserção de jovens numa sociedade sadia, através

de sua tríplice filosofia:Educação Dirigida, Recreação Sadia e Aprendizagem Profissional Supervisionada.

Ainda na área de Profissionalização e capacitação para o Trabalho, a Promoção Social : GRATUITOS oferece aulas gratuitas de

bordado, crochê, pintura em tecido, cabeleireiro e manicure, tricô, corte e costura, oficina de costura, artesanato; iniciação profissional

na área de informática, digitação eletrônica, construção civil, eletricista instalador residencial, cálculo técnico, marcenaria confecção de

móveis - Cursos da área administrativa como organização de escritório, assistente financeiro, administração de empresas, contabilidade

e custos, recursos humanos, telemarketing, logística e matemática financeira.

O mapeamento territorial não está finalizado e, com a participação dos PAPs 3 e 4, serão identificadas outras ações ou atividades

educativas na área da agroecologia, em grupos ambientalistas, grupos de jovens, de mulheres, as receitas alternativas, as plantas

medicinais, os grupos de auto-construção, os mutirões; aquilo que parecia anacrônico, arcaico, como cozinhar com lenha, plantar feijão

e milho casado, o Cosme e Damião. ucação ambiental. Mapear tb as empresas que assumem responsabilidade socioambiental e que

têm ações de apoio a experiências de enfrentamento pelas instituições do recorte territorial.

A população tem se organizado em Associações e Comunidades de Bairro, que já totalizam ...... Outros espaços de interação social

com potencial para ser espaço/momento da educação ambiental e merecedores da participação popular são: o CBH – Comitê da Bacia

do Alto Mogi, conselhos municipais, reuniões e assembléias de associações, cooperativas e pastorais religiosas.Estes coletivos ajudam

na gestão do território e podem apoiar a articulação para a sustentabilidade, identificando os sujeitos (PAPs 2,3,4) do programa de

formação de educadores ambientais.

Page 46: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

• ESTRUTURAS e ESPAÇOS EDUCATIVOS: viveiros; trilha interpretativa ecológica rural ou urbana; mostras fotográficas; uma

faixa de pedestres; um Centro de Educação Ambiental Parque Chico Mendes, Jardim dos Lagos, Zoológico de Mogi Mirim,

Bosque de Mogi Mirim, Sala Verde, Viveiros de Mudas da ETEC Pedro Ferreira Alves e da SAAMA em Mogi Guaçu

ESTRUTURAS EDUCATIVAS: Vários auditórios, teatros e outros espaços semelhantes poderão ser disponibilizados para os

processos educativos: Centro Cultural TUPEC, Associação Comercial e Industrial, Escola Luiz Martini, anfiteratro da FIMI, Comunidade

Interativa, salas do SENAC, Salão Paroquial da Capela do Rosário. São espaços potenciais para exposição: Saguão do Centro

Cultural ; ACE; Paço; Municipal; Café das Duas; Museu Hermínio Bueno; Sindicatos;

CANAIS DE COMUNICAÇÃO do território: Secretaria da Comunicação, Jornal Regional, A Gazeta Guaçuana, Jornal da UNIMED,

Jornal do Cerâmica Clube, Jornal das Igrejas, Cavacos da I Paper, Boletim Fractais; FM Mundo Melhor; Nova Onda; Rádio FM Martinho

Prado Informativo SEC; Folder mensal da TUPEC; Portal Mogi Guaçu; SEC TV; TV Net; Jornais das Igrejas: Associação Rosa Mística,

Paróquia Sta Tereza D’Ávila, Paróquia Nossa Sra da Luz.

2. MAPA – DIAGNÓSTICO DA PROBLEMÁTICA SOCIOAMBIENTAL

Desencadeando o olhar dos PAPs para a problemática socioambiental do seu entorno, a “Trilha perceptual e interpretativa” de ônibus,

percorreu um “recorte” das paisagens características do território estudado (Mogi Guaçu, Estiva Gerbi e demais municípios da Bacia do

Alto-Mogi ). Trajeto: Roseira ( Fazenda Nova Olinda), voltar passando pelos bairros da Nova Canaã, distrito industrial do Caruso e Ipês;

parada no Distrito Industrial II e retorno pela rodovia passando pela RPPN da International Paper, passando pelo centro da cidade e

finalizando na cobertura da Prefeitura Municipal.

2.1. Mapa da Problemática Socioambiental traçado pelos PAPs do III Encontro – 19 de janeiro de 2008

Page 47: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

I - Memória Viva – História do Municípios ( Guaçu/ Distrito de Estiva Gerbi era incorporado a Mogi Guaçu)

Identidade do Município de Mogi Guaçu/ Estiva em risco

Migração para o território – população atual formada em grande parte por migrantes

Pessoas sem vínculo com a história do município, inclusive os professores e professoras ( grande parte é migrante também)

Desinteresse e despreocupação com a preservação cultural local

Alterações na paisagem urbana onde se deu o início do povoamento: olarias, cerâmicas, indústrias multinacionais, comércio

Descaracterização da identidade local – Mogi Guaçu e da identidade das comunidades formadas por migrantes ( nordestinos e

outros que não encontraram aqui condições de preservar a própria identidade )

Pessoas não têm objetivos e perspectiva de futuro

Processo de modernidade e atividades humanas: olarias, indústria, comércio

Êxodo Rural: “arrendamentos”; encargos sociais;

Faltam incentivos governamentais e dificuldade de acesso aos financiamentos ao pequeno produtor / agricultor para a agricultura

de feijão e outros

Comércio em ascenção

II - Paisagem Urbana:

Aglomerado urbano

Intensa atividade do comércio: em expansão e em descentralização

Ocupação irregular

Localização em várzeas

Revitalização do Espaço

Vazios urbanos: antigas cerâmicas;

Page 48: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

Alagamento das vias: lixo local – resíduos orgânicos das lanchonetes misturados com resíduos recicláveis – coleta seletiva

informal e ineficaz

Conflito: falta de preocupação dos comerciantes para com seus resíduos

Alguns deixam na porta à espera do catador ou da Coleta Comum pela SSM. Catadores não conseguem a parceria da maioria

dos lojistas, que preferem colocar na rua.

Conflito: O catador não dá conta de recolher nos períodos estipulados/ autorizados pela SSM . Neste caso, muito material

separado vai para o aterro municipal ou o que a Cooperativa de Mogi Mirim ( que não atende aos catadores dos municípios, mas

somente aos seus cooperados) recolhe com veículos próprios – caminhões - quase todo o resíduo separado neste horário.

Lixeiras insuficientes e sem proposta educativa para a coleta seletiva

Bocas - de - Lobo

Segurança Pública

Arborização Insuficiente – calçadas estreitas

Calçadas estreitas e com obstáculos

Conflitos: SOV e população ( registrados em jornais): asfaltos “costurados”

Catadores de carrinhos, carroças e bicicleta disputam espaços com carros, caminhões

Não há ciclovias

Grande quantidade de trabalhadores ciclistas disputando espaço no trânsito

Acidentes com vítimas fatais são comuns, quase que diariamente

Caminhões com cargas pesadas utilizando a ponte de ferro desrespeitando os limites

Difícil acesso e mobilidade das pessoas com deficiências, cegos e pessoas idosas

Sinais de aumento da prostituição no centro da cidade de Mogi Guaçu ( av Bandeirantes )

Caminhões soltando fumaça preta;

alto nível de ruídos;

Page 49: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

Confitos: moradores do Centro queixam-se de excesso de ruídos e “rachas” pela madrugada;

Alto índice de mortes no trânsito

Alta concentração de jovens na Avenida 9 de abril nos finais de semana e noites

Alta presença de casas de bebidas ( beers) nas Avenidas: 9 de abril, Mogi Mirim Padre Jaime e Bandeirantes

Tráfico e consumo de drogas

Pichação e destruição de patrimônios públicos

Fraca participação de jovens em programas culturais (TUPEC); no entanto, muita participação nas festas populares com “rodeios”

(Expoguaçu)

Resíduos recicláveis nas casas e quintais dos catadores, que ainda estão desorganizados e sem condições estruturais

adequadas

Filhos e filhas de catadores disputando quintal e sala com material reciclável catado.

Conflitos pelo lixo: entre sucateiros, Cooperativa de Mogi Mirim, pastorais e associações filantrópicas e até escolas que coletam e

vendem material reciclado (especialmente material nobre e papelão) e catadores que se dizem excluídos dos programas de coleta

e reciclagem

parte da sociedade apóia os atravessadores, os chamados sucateiros, que se utilizam da mão de obra dos catadores e da boa

vontade de pastorais; população e lojistas vendem seus resíduos mais “valiosos” ( alumínio e papelão) para festas da própria loja.

Programas de coleta seletiva das paróquias e nas escolas excluem o trabalho dos catadores.

Lixo em terrenos baldios e esquinas

Lixo nas margens do Rio: Parque dos Ingás e sob a ponte de concreto

Alto índice de casos de Dengue na Zona Urbana

Falta saneamento básico em algumas regiões. Ex: Bairro Chaparral

Descaracterização do Centro antigo: Coreto, Praça Rui Barbosa transformada e Recanto; Jardim Velho e algumas construções

antigas foram demolidas

Page 50: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

Construção de posto de gasolina e condomínios apontam riscos para remanescentes e APPS/APAs em Zona Urbana

Falta participação social nas decisões de transformação urbana decorrente do uso e ocupação do solo

III - Paisagem Rural - problemática

Conflito: Grandes propriendades X pequenas propriedades

Conflitos: Participação nos Lucros ? Opressão! Exploração da mão de obra precarizada

Trabalhadores informais / trabalho escravo; péssimas condições de trabalho;

“Sufocamento” dos grandes produtores

Desvalorização do Saber Local: pessoas perdendo a identidade cultural

Transportes inadequados e inseguros

Lucro X Preservação

Desmatamento

Queimadas

Monocultura da cana se expandindo

Solo pobre

Incentivos do Governo Federal para a cultura da cana

Falta de incentivos – difícil acesso do pequeno agricultor a créditos bancários

Dificuldades em cumprir com altos encargos sociais

Desvalorização do trabalho: compradores “dão o preço”

Arrendamento das terras

Êxodo Rural

Agricultores sem acesso ao conhecimento, sem preocupação em proteger as matas ribeirinhas, minas/ olhos d’ água

APAS invadidas pela pecuária e monocultura da cana

Page 51: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

Produção da cana ( 1º), laranja ( 2º ) e tomate ( 3º ). Também tem batata.

Alto consumo de água na irrigação

Utilização de agrotóxicos

Riscos para saúde do trabalhador e saúde coletiva

Contaminação do solo e da água

Manejo inadequado de recursos hídricos e do uso e ocupação do solo

IV - Paisagem Industrial: problemática

Incentivo para proteção ambiental e responsabilidade social: ISOs

Conflito: lucro ( discurso do desenvolvimento econômico sustentável) bem maior que a preocupação com o ser humano ( discurso

para sociedades sustentáveis)

Conflito: lucro bem maior que a responsabilidade socioambiental

Doenças ocupacionais: LER ( lesão por exercícios repetitivos, stress, PAIR ( perdas auditivas por indução de ruído, etc.

Programas socio –culturais e ambientais privilegiam projetos de instituições e agências publicitárias das capitais, especialmente

de São Paulo, que desconhecem a problemática local, projetos construídos sem a participação da comunidade interessada e

beneficiada, que são entendidas como seu “público-alvo”.

A maioria das empresas ainda não considera nem apóia os projetos das Comunidades e ONGs ambientais e culturais locais.

Investimento insuficiente de recursos na comunidade e entidades locais a partir de incentivos fiscais ( Lei Rouanet, ECA,

Esportes, OSCIPs, etc)

Para garantir mercado de trabalho, programas municipais de incentivo às indústrias ( doação de terrenos, isenção de impostos e

outras responsabilidades) – hegemonia das empresas.

Cursos técnicos e de treinamento não contemplam o empoderamento, a formação pessoal, mas apenas a aprendizagem de

conhecimentos técnicos

Page 52: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

Embora as empresas preguem atitudes nos Programas de Educação Ambiental e Saúde para os funcionários, estes programas

não são emancipatórios, e portanto, ineficazes e ineficientes. Os funcionários não incorporam ações e valores ambientais: não há

permeabilidade nas comunidades locais.

Resíduos Orgânicos levados para aterro de Paulínia – e pagos para serem tratados

Para atender à legislação, não podem fazer doações para as comunidades e associações de bairro ( terras e outros resíduos

reaproveitáveis)

Perspectiva assistencialista e mercantilista da reciclagem por algumas empresas: às vezes vendem resíduos recicláveis e doam

em dinheiro para entidades assistenciais e filantrópicas.

Algumas empresas até a pouco tempo destinavam seus residuos ao aterro sanitário municipal, muitos deles recicláveis e outros

sem possibilidade de reciclagem.

Ruído Ambiental; tratamento de efluentes?;

Funcionários afastados

Licenciamento ambiental? Posto de Gasolina em APA?

V- Paisagem APAS – Áreas de Preservação Ambiental: problemática

Matas Ciliares invadidas pela monocultura da cana - de – açúcar e gado

Na zona urbana, APPS em risco: posto de gasolina e construções de condomínios;

Contaminação de água: minas e olhos d’água

OBS: Este mapeamento não se encerra aqui, mas será uma constante; as pessoas dialogarão para mapear problemas, conflitos e

suas organizações, sendo o principal meta do mapeamento realizar um retrato da realidade ambiental de cada município. Mais que os

problemas, o mapeamento contínuo deverá abarcar em especial as experiências de enfrentamento e as lideranças comunitárias

( PAS3) que serão os animadores de todo o processo.

Page 53: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

2.2. DIAGNÓSTICO DA PROBLEMÁTICA SOCIOAMBIENTAL LOCAL

2.2.1 A análise crítica dos dados relacionados nos mapas das paisagens locais evidenciou as relações entre as paisagens

apresentadas, que caracterizam a história da ocupação territorial e dos impactos causados pelas atividades antrópicas. A pesrpectiva

complexa de meio ambiente apresentada pelos grupos apontou para uma educação ambiental continuada e emancipatória, que foi

tomada como objetivo do Programa de Formação de Educadores Populares do Coletivo Educador Rio Mojiguaçu.

Embora os participantes tenham elencado elementos de risco para a concretização de seus sonhos, conforme orienta o proNEA, o

Marco Situacional não caracterizou uma “coleção de negatividades” , ou um “conjunto de lamúrias” que imobiliza e e acomoda, nem

uma “lista de compras” oue “tarefas a realizar” no Marco Operacional”. Trata-se do diagnóstico pensado como ponto de partida para um

trabalho de promoção de qualidade de vida, e não de “curas” socioambientais. Diante da problemática, os participantes dialogam com

seu “ Sonho de Futuro” e saem juntos em busca de alcançá-lo. O “sonho” será mais forte que o problema. As experiências, as forças e

as competências disponíveis, a potência da ação para a trasnformação devem ser maiores que a problemática socioambiental.

2.2.2 Análise Diagnóstica

As transformações nas paisagens locais foram intensificadas a partir dos novos tempos modernos, em que as atividades antrópicas

(olarias, cerâmicas, agropecuária, indústrias, comércio ), embora importantes e necessárias, causaram impactos ambientais

descaracterizando as paisagens naturais de nosso território abastecido pelo rio Mogi Guaçu, causando, entre outros, os vazios

urbanos. No que se refere à disponibilidade hídrica superficial, a Bacia apresenta-se em situação crítica, devido ao setor

sucroalcooleiro, que, entre outros impactos, aumenta as demandas com a irrigação na lavoura. Risco de poluição nas áreas

subterrâneas ( aquífero Guarani). A maioria dos municípios não trata o esgoto.

O grupo observou que deve haver maior preocupação da população que, em sua maioria, desconhece a realidade socioambiental e a

necessidade da preservação ambiental e cultural. A população também precisa conhecer o valor dos bens culturais coletivos

Page 54: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

construídos através dos tempos. É preciso resgatar a identidade territorial, cuja perda pode ser entendida como decorrente do

movimento migratório, em que nordestinos, mineiros e populações vizinhas, inclusive muitos professores e professoras, profissionais

com formação acadêmica, políticos e formadores de opinião, foram ocupando o território e formando novas pessoas.

As escolas, que serviam às elites e ao sistema econômico vigente (1930, Escola Nova, nacionalismo), excluiu do sistema educacional e,

portanto do sistema econômico, grande parte das pessoas regionalmente e culturalmente diferentes quanto aos hábitos e variação

lingüística. Sem oportunidades e sem a valorização da própria cultura e do próprio saber, este pessoal migrante vem também perdendo

sua identidade cultural.

Das olarias, cerâmicas, à chegada das grandes empresas, o comércio vem se ampliando para dar conta da ocupação desta população

formada hoje por migrantes. Aliado a isso, a falta de incentivos aos trabalhadores do campo para a plantação de produtos como feijão,

milho, arroz, e o incentivo à monocultura da cana vem incentivando a “ evasão rural, arrendando suas terras e deixando lá também a

“cultura da terra”, para se inserirem na zona urbana, num espaço ainda excludente, em que têm sua cultura desvalorizada pela cultura

que ainda domina o sistema escolar vigente.

Muitas destas pessoas encontram na catação de materiais recicláveis produzidos em grande quantidade pela sociedade de consumo,

uma forma de sobrevivência.

A educação, ainda herdeira e reprodutora de um sistema político e econômico excludente e potencializado pela globalização, ainda se

pauta na in-formação, em detrimento da formação ou trans-formação pessoal. Embora disposta a trabalhar com a Educação Ambiental,

a escola contempla-a apenas no âmbito físico e das ciências biológicas, desconsiderando os aspectos culturais, sociais e econômicos a

formação de valores éticos ambientais. Desconsidera a importância de valorizar a cultura e o saber popular, de ensinar aprendendo

com as comunidades onde atua. Não apenas as escolas, mas de um modo geral, a educação ambiental não tem sido compreendida

como transformadora. Por outro lado, apenas as escolas e os professores têm sido solicitados nos programas , alguns e outros setores,

como o empresarial e de serviços públicos não têm alcance . O papel da Escola tem sido enfatizado, sendo compreendida como a

Page 55: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

grande responsável ( ênfase na educação formal), mas falta conhecimento, aprofundamento de conceitos e capacitação técnica,

formação de valores ambientais, etc. A EA não é compreendida de maneira transversal, na interdisciplinaridade, mas apresenta apenas

ações pontuais, como “separar lixo” ou “plantar árvores”, numa concepção que desconsidera a complexidade do meio ambiente,

desconsidera que as pessoas, os sistemas políticos, econômicos, sociais e culturais estão relacionados e inseridos no MA e dele fazem

parte (CULTURAS estão dentro do Meio Ambiente).

O mesmo mundo globalizado que incentiva o consumo e, portanto, o desperdício, descarta embalagens e também as pessoas e suas

culturas. Vem -se formando uma população de jovens consumistas e imediatistas, sem valores ambientais e culturais, sem chances de

sonhar ou pensar no próprio futuro e nos das próximas gerações. Sem identidade, sem valores ambientais e culturais, desvalorizam a

biodiversidade e desconhecem a diversidade cultural. Tem-se formado gerações e gerações de jovens não – participativos.

Alguns vitoriosos conseguem pagar um curso técnico, já que o mercado de trabalho pede pessoas qualificadas. Entretanto, tanto os

cursos de formação técnica-industrial como os cursos oferecidos pelas próprias empresas, têm como meta fornecer informações e

conhecimentos técnicos, não objetivando a formação, ou seja, a trans –formação dos funcionários colaboradores como pessoas

empoderadas, emancipadas, solidárias e felizes. Em que pesem os programas para gestão ou educação ambiental oferecidos pelas

empresas, os valores e princípios ambientais não são incorporados pelos colaboradores, que desta forma não a atingem a “meta” da

empresa, que é descrita como “formar multiplicadores”. A reciclagem vem sendo valorizada na perspectiva do lucro, e em detrimento

dos princípios dos 3Rs, em que o “reduzir o consumo” não está coerente com a necessidade de incentivo ao comércio e à industria.

Com a visão da reciclagem como “lucro” e “geradora de renda”, os programas de gestão de resíduos sólidos com destino à reciclagem,

mesmo os propostos por entidades sociais, têm desconsiderado os catadores excluindo-os da cadeia, à qual, históricamente, é o ator

principal.

Os problemas de saúde coletiva, entre eles a epidemia da Dengue, febre maculosa, intoxicações por uso de agrótoxicos, acidentes de

trânsito, DST ( Doenças Sexualmente Transmissíveis), as doenças ocupacionais, entre outros, estão estritamente relacionadas à

Page 56: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

problemática sócio-ambiental. A Dengue é o maior exemplo disso: Mogi Guaçu é, hoje, o 3º município do Estado de São Paulo com

maior índice de “ dengue”.

Fotos .

Page 57: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

3. MARCO OPERACIONAL ( Versão 2007 )

3. 1. ARQUITETURA DE CAPILARIDADE - PAP: Pessoas que Aprendem Participando

PAP 1 DEA/MMA ( Diretoria de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente) e CGEA/MEC

(Coordenadoria Geral de Educação Ambiental do Ministério da Educação)

PAP 2 : são as instituições Instituição Proponente, articuladora e responsável pelo projeto junto ao MMA: OSCIP Comunidade Cooper 3R Rio Mogi Guaçu

GAO: GRUPO Articulador Operacional-PAP2: Ongs OCA, TUPEC, ORÉ, Cooper 3R; Comunidade Interativa; SAMAE, SAAMA,

SEC e Sec Saúde e Comunicação de Mogi Guaçu; Diretoria de Obras de Estiva Gerbi Instituições, Empresas e outros setores: ; Museu Franco de Godoy, FIMI , CEGEP e UNIMED entre outras Várias parcerias

formalizadas (documento jurídico).

PAP 3São as 60 pessoas que participarão do Programa de Formação de Educadores Ambientais Populares e se comprometerão a

formar PAPs4 em sua área de atuação, com a tutoria dos PAPs 2 formadores e facilitadores. Caracterizam a diversidade territorial e

podem ser: líderes comunitários, sindicais, religiosos, conselhos, pastorais, professores e coordenadores de escolas, gerentes ou

agentes de saúde, técnicos e lideranças de cooperativas, associações/ONGs, empresas, músicos e artistas , supervisores de empresas,

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cujo perfil seja de liderança em sua área de trabalho e, de preferência, que tenham apoio de suas instituições / empresas ou história em projetos e ações comunitárias. PAP 4Pessoas formadas pelos PAPs3 com a tutoria dos PAPs2: professores, catadores, artesãos, pedreiros, estudantes, pescadores,

trabalhadores rurais, operários e colaboradores das empresas, donas de casa, comerciantes, etc.

PAP 5 Formados por PAPs 4: estudantes, comerciantes, donas de casa, população que formará Comunidades de Aprendizagem e Qualidade

de Vida. Dialeticamente, PAPs 5 educarão PAPs 1, 2 ,3, 4.

Page 59: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

A Arquitetura de Capilaridade característica do território aponta o seguinte cenário:

PAP2 PAP3 Instituições lideranças

PAP 4 Professores, catadores, alunos, trabalhadores rurais, donas de casa, músicos, artistas, pedreiros, garçons, vendedores,

ambulantes

O Grupo PAP 2 formador atuará na formação de um grupo PAP 3 animador mas também educará e se educará diretamente com os

PAPs 4, educadores ambientais populares enraizadores. Isto será possível pela grande quantidade de instituições envolvidas com

educação ambiental e educação popular no território. Em alguns processos, muitos PAPs 2 (representantes das instituições e

empresas) serão PAPs 3 e PAPs 4. Alguns PAPs 4 serão PAPs3. Por exemplo, ao apresentarem a Congada São Benedito como item

de carápio, congadeiros serão PAP 2 formando músicos, engenheiros , biólogos e professores PAPs 3. Da mesma forma, catadores ao

oferecerem como item de cardápio uma visita monitorada à Central de Triagem ou palestras nas escolas ( alunos PAPs 4) para estudo

Page 60: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

e pesquisa. Professores PAPs 4 serão formados por PAPs 2 e PAPs 3 em um mini – curso específico para Educação Ambiental na

Educação Formal. Esta característica territorial de diálogo direto entre PAP2 / PAP3 e PAP4 demandou um cardápio especial em mini-

cursos de formação de PAPs 4 já no início do Programa, favorecendo o processo de capilaridade junto à base territorial.

3.2. Metodologia 4-3-3

4 Processos Educacionais

1. Formação de Educadoras/es Ambientais ( PAPs 3)

Formação de Educadores Populares ( PAPs 3 ) que por sua vez formarão novos educadores ambientais populares (PAPs4) que atuarão cotidianamente na perspectiva complexa e sistêmica do Meio Ambiente, estabelecendo convergências entre as questões sociais e ambientais, locais e ambientais.

Os PAPs 3 serão formados por meio dos 3 eixos metodológicos ( Cardápios de Aprendizagem, Formação e participação em COM- VIDAS, Intervenções Educadoras para formarem PAPs 4 ).

Ao se formarem, os PAPs 3 poderão concretizar os 3 processos educacionais (educomunicação, educação em escolas e outros espaços, educação em foros e colegiados).

2. Educomunicação Ambiental

Os educadores ambientais PAPs 3 e 4 irão promover e participar de ações educativas usando os canais de comunicação. Por outro lado, PAPS 3 que profissionalmente são comunicadores (locutores ou jornalistas, entre outros), irão incorporar, em suas ações comunicativas cotidianas, os princípios da educação ambiental crítica e emancipatória ( não prescritiva) num caráter mobilizador e educativo.

Trata-se de um processo de construção discursiva das PAPs, desde a criação, produção, recepção até a gestão da temática ambiental nos meios de comunicação. Isto se dará por meio de inserções educativas em noticiários locais; programas de rádio e TV; mídia impressa, músicas (jingles) , sistemas e informação ( SINIMA , SIBEA, banco de dados MES, etc), criação de sites e blogs, produção e difusão de matérias didáticos, cartilhas e folderes,

Page 61: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

3. Educação por meio da escola e outros espaços ou estruturas educadoras

TUPEC Sala Verde , Zoológico e Horto em Mogi Mirim Viveiro de Mudas na ETEC Pedro Ferreira Alves Faixas de pedestres Parque dos Ingás Parque Chico Mendes Jardim dos Lagos Praça do Recanto Ruas Rodovias Feiras Populares Supermercados Expoguaçu e Guaçufest Cinema Museu Franco de Godoy Museu Pedagógico de Mogi Guaçu Estação de Tratamento de Água Aterro Sanitário Museu de História Natural – Itapira Hotel Fazenda Esperança – Itapira Museu Municipal de Itapira Central de Triagem da Cooper 3Rs ( Mogi Guaçu) e da PRONAVI ( Estiva Gerbi) Câmara Municipal Hospitais Bancos Praças Jogos Regionais ; Jogos Esportivos Quadras Esportivas Espaço Cultural da ACIMG Biblioteca Muncipal Repartições Públicas Pesqueiros Margens do Rio

Page 62: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

Córregos e lagoas Avenida 9 de Abril Sítios e Fazendas Salões Paroquiais Igrejas Residências Trilhas interpretativas ecológicas rurais , urbanas, industriais Mostras Fotográficas Exposições de Artes Plásticas Shows Musicais Apresentação da Congada São Benedito Apresentação da Folia de Reis Estrela Guia Apresentação de Fanfarras do Ipê, Pe Armani e outras Apresentação da Corporação Marcos Vedovello Festivais : MPB, de Vídeo, FETEG, Festival da 3ª Idade, Festival de Cartoon; Tela Viva e Cinema na Praça: ( projeto TUPEC)

OBS: Estes espaços só são considerados EDUCADORES se forem planejados pelos PAPs e desde que as pessoas participantes tenham claro a intencionalidade da atividade.

4. Educação em Foros e Colegiados

Os Foros e Colegiados são, por si só, espaços de encontros humanos e educativos. Para serem espaços educadores, serão planejados para que os participantes desenvolvam práticas solidárias, democráticas e transformadoras, num marco de “descentralização”. Diante do poder de decisão atribuído a alguns destes Conselhos e colegiados, a educação ambiental inserida nesses espaços tem potencial transformador da realidade socioambiental.

A articulação política e cidadã das PAPs educadoras/es ambientais deverá levar à sua participação, e na de seus PAPs4, em foros e colegiados ( Conselho da Educação, Conselho de Meio Ambiente, Conselho de Segurança, Conselho da Criança, do Idoso, Conselho de Saúde, Comitê da Bacia, etc). Desta forma, esta participação pode se tornar um processo educador.

Page 63: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

3 eixos metodológicos

1. Cardápio de Aprendizagem: possibilitará o acesso dos PAP 3 formadores aos conteúdos de aprendizagem. Há um cardápio nacional, disponibilizado pelo DEA/ MMA no SIBEA, ao qual os PAPs 3 do CE Rio Moji- Guaçu poderão acessar, e o qual também deverão alimentar com processos educativos e materiais criados durante suas intervenções educativas com os PAPs 4. Há um Cardápio Básico ao qual serão dedicados um total de 100 horas, e cujos itens serão provados por todos os PAPs3 animadores.

Num total de 60 horas, serão ofertados aos PAPs 4 mini- cursos com itens básicos nos cardápios, perfazendo uma carga horária de 30 horas, sendo que as outras 30 horas com itens sugeridos na práxis pedagógica, durante a intervenção dos PAPs 3 em formação destes PAPs 4. Conforme seus desejos ( prazer) ou necessidades ( fome), ou sugestão de deus animadores PAPs3 , os PAPs 4 poderão participar dos itens de cardápio oferecidos aos PAPs 3 formadores.

2. Estabelecimento de Comunidades Interpretativas e de Aprendizagem ou COM- VIDAS Comunidades de Aprendizagem e Qualidade de Vida

As Comunidades são espaços de emancipação individual e coletiva. São grupos dialógicos que buscam interpretar a realidade de forma crítica e a partir da história local. O Coletivo pretende constituir, participar e fazer proliferar estas comunidades porque elas são a força que transforma a sociedade. Todos os grupos de Pesquisa – Ação – Participante, o Coletivo, seus núcleos em potencial e as COM – VIDAS ( Comunidades de Aprendizagem e Qualidade de Vida) deverão percorrer este eixo.

3. A práxis das Intervenções socioeducadoras: elaboração, implementação e avaliação

Todos os grupos de pesquisa-ação-participante deverão utilizar este eixo: elaborar, implementar e avaliar suas intervenções ( PAPs 2 na formação de PAs3 e PAPs4, PAPS 3 na animação dos PAPs 4 educadores ambientais populares e estes na formação das suas comunidades, buscando soluções para seus problemas concretos). A práxis pedagógica, a ação – reflexão – ação deverá embasar todo o eixo das intervenções educadoras. É da práxis pedagógica que emanam e se definem os itens de cardápio e as pautas das Comunidades Interpretativas.

Page 64: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

3 modalidades de Ensino/ Aprendizagem

Educação Presencial: Viabiliza o contato olho-olho, possibilita o fortalecimento dos laços, permite a “pesquisa mais profunda das utopias e dos obstáculos à sua realização” ( proFEA 2002). Ocorrerá em todos os processos de formação.

Educação à Distância: promove a sustentabilidade dos processos de formação de educadores ambientais. Muitas vezes necessária e fundamental, permitindo . Também favorece a ruptura com as práticas da educação “vertical”. Serão propostos cursos semi-presenciais e à distância de pós graduação em Educação Ambiental e Educação Inclusiva em cardápios especiais para PAPs com graduação. A formação à distância também envolve as redes de computadores – especialmente REBEA e REPEA, grupos de discussão na Internet, SIBEA, materiais disponibilizados pelo MMA, etc. Educação Difusa: Esta modalidade deverá ser planejada e implementada em cada contexto. Viabilizada pela Educomunicação Socioambiental, em que não se sabe quantas pessoas são ouvintes e receptivas. Educação Ambiental por meio de Jornais, Rádio, TV

3.4. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS PAPs 3

1. Poderão participar como PAPs 3 pessoas “ com perfil de LIDERANÇA”, de qualquer nível escolar, alfabetizadas ou não, moradoras no território definido e desde que caracterizem a diversidade cultural e social do “pedaço”. 2. De preferência, ter participado dos Encontros de construção do PPP3. De preferência, ter o apoio institucional (na forma de dispensa se for horário de trabalho, período no qual se realizarão as atividades de formação. A dispensa deverá uma forma de reconhecimento da Instituição de que a formação de seu funcionário vai melhorar o desenvolvimento das ações da própria instituição.

4. Ter participado ou estar participando de atividades socioambientais educativas ou projetos sociais 5. Assinar a carta de intenção e compromisso na formação de PAPs 4 6. Perfil de liderança e participação na Comunidade ( ter PAPs 4 a formar) 7. Favorecer a permeabilidade e a totalidade territorial 8. Assumir com responsabilidade o compromisso de sua própria formação e a de PAPs 4

Page 65: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

CARGA HORÁRIA: em cursos horas presencias

Programa de Formação: 100 horas de cursos e 50 horas de mini-cursos, oficinas, vivências, etc. Bimestralmente, Encontros de PAPs 3 para Partilha e Avaliação ( 6 encontros de 3 horas ) – 18 horas 6 horas mensais de formação de PAPs 4 – 96 hs 5 horas mensais de tutoria por PAPs 2 – 80 hs Horas de participação em Conselhos, Foros e Colegiados – 9 hs Horas de cardápio opcional - 20 hs

OBS: O Cronograma será construído a partir da pesquisa – ação- participante dos PAPs 3 que fizerem a ficha de inscrição ( disponibilidade de horário).

Cardápio Regional de Aprendizagem – maio 2008/ out 2009

Temas Regionais Principais e Básicos

Item de cardápioBÁSICO

Processos educativos junh Julho Ag Set Out Nov Dez jan fev mar ab mai jun jul ag set out CargaHora

InstituiçãoQue fornece o cardápio

Marcos Históricos da EA

Palestra; video; X 4 H SAAMA; MMA OK

Coletivos Educadores

Aprofundamento Conceitual; palestra, vídeo; Oficinas; Partilha

X x x x x x X X 10 H GAOMMA

Sociedade, Palestra ? X 3H 2:30H Mohammed ?

Page 66: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

CulturaE Meio Ambiente

WorkShop TUPECApresentaçãoCDs aos participantes ?

TUPEC okCongada S. Benedito ok

Legislação Ambiental

8 H IBAMA ?Polícia ? AmbientalPolicia Militar ?FMFA Luis Carlos Acetti OK

MunicípiosSaudáveis, Sustentáveis, Verdes

10 H D Saúde Estiva GerbiOMSMS; SAAMA;SEMA;

Consumo PalestraVídeoOficinas de Arte-Educação

8 H André Trigueiro (O Globo)? Instituto Polis ? 9H oficina Nilse, Herrera

EducomunicaçãoAmbiental

PalestraWork ShopOficina

6 H MMATUPEC Comunidade Interativa

Ética e Cidadania

PalestraOficina

8 H OABFIMI

A Bacia do Rio Mogi Guaçu

PalestrasWork ShopsVisita monitorada (Museu Franco de Godoy, ETA);

20 H CBH Alto MOGiDEPRN ?CATI ?CORN ?SASAMAE/ ETAMUSEU Franco de Godoy OKAES Tietê

Itens de Cardápio: Opcional

mai jun julh ag set Out nov jan Fev Mar ab mai Jun

jul ag set out nov

Trilha interpretativa

Serra DouradaChico Mendes

Fazenda Campininha

Page 67: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

Martinho Prado

Visita MonitoradaMuseu Franco de

GodoyMuseu

Pedagógico de Mogi Guaçu

Museu Municipal de Itapira

Museu M MirimHorto Mogi

Zôo Mogi – Sala Verde

Parque Juca Mulato

Hotel Fazenda Esperança –

Itapira Central de

Triagem 3Rs e Pronavi

ETA Mogi GuaçuAterro Sanitário

Mogi GuaçuParque Chico

MendesJardim dos Lagos

OficinasArtesanato com

reaproveitamento de papel

Artesanato de Bambu

Page 68: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

Arte –educação ambiental

BioconstruçãoArtesanato com Reaprovetament

o de pneusHorta MandalaConfecção de cavaquinhos

Viveiro de MudasBonecas de Pano

Cozinha com reaproveitamento

MarchetariaBijuteria

ecológicaBolsas com Retalhos de

couro, plástico, papelão, etc.

Plantio e poda de árvores

Crochê em lacres de metal

TELA VIVA Narradores de

JavéAs Borboletas de

ZagorskyMentes que

BrilhamNell

O garoto Selvagem

Page 69: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

Quase Dois Irmãos

Curtas: Brasil Alternativo

O Sonho de RoseBalada de Narayama

Deus e o Diabo na Terra do SolIlha das Flores

Outros da Biblioteca do

CEAMOlga

Seminário de trabalhos de

pesquisaFIMI , FMFM, ETEC Pedro

Ferreira Alves

II Fórum de Educação Ambiental

Apresentações Musicais e de

Cultura PopularCorporação

Musical Marcos

Page 70: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

VedovelloQuintal Brasileiro

Congada São Benedito

Folia de ReisFanfarra dos IpêsFestival de MPB

Palestras

Page 71: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

Cardápios Específicos para formação de PAPs 4:1. Mini – Curso para formação de professores educadores ambientais populares

Sugestão de Temas por PAPs3/ PAPs 2 e que serão complementados/ enriquecidos por sugestões dos PAPs 4 educadores ambientais Conforme suas lacunas ( fome) ou desejo ( prazer)Item de cardápio Processo formativo PAPs 2/3 animadores;

( $) – formador “de fora” do território Data situação

Educação Ambiental como projeto

Palestras com especialistasOficinas work Shops de experiências de professores; rodas de partilha

Dra Maria Augusta Oliveira( Mackenzie)

Adriana Klysis ( Avisalá)Educação Ambiental na Interdisciplinaridade e como Tema Transversal

Idem Maria Augusta Oliveira – Adriana Klysis (Avisalá)

Formando COM- VIDAS e agenda 21 na Escola

PalsetrasOficinas

Cláudia / Andréa Duda/ Márcio Ferreira/ Bia / Cláudia (SEC, SAAMA e Comunidade Interativa, TUPEC),

Educação para a Paz Quilombola na Escola: a Lei

Congada São Benedito e Cooper 3RsONG TUPEC

Cláudia, Jair Miguel, Bia, Duda

Música na Escola Corporação Musical Marcos Vedovello ;TUPEC

Paulo CorreiaRita Moreli

Escolas Promotoras de Saúde (desdobrando Municípios Saudáveis)

Sec SaúdeFga Regina Zanella Penteado ($)

Oficinas de Arte-Educação

TUPEC – OCA - Márcio Butrico; Clodoaldo Teixeira; Bia; Nilse; Herrera;

Destinação de resíduos da escola

SAAMA; Cooper 3Rs; OCAOficinas e palestras

Márcio Ferreira, Bia, Duda, Clodoaldo,

Ecologia para Professores de

E Padre Armani ?Palestras e Oficinas

Profª Eliana Franco ?

Page 72: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

Educação Infantil e Ensino Fundamental

Oficinas

Saberes Necessários à Educação do Futuro

Estudos para aprofundamento das idéias de Edgar Morin

Ecopedagogia Estudos Para aprofundamento das Idéias De Gutierrez e Moacir Gadoti

Alfabetização e Letramento: exclusão escolar, exclusão social

PalestrasOficinas

Profª Isaura SEC; Profª Maria Aparecida Vedovello Sarraf ( $);

Preservação do Patrimônio e criminalidade Infantil

Palestra; mesa redonda; PAPs 3 do COEDUCAConselho da Criança Preserguaçu; Polícia Militar; Polícia Ambiental

Jogos: preservação cultural dos Jogos de Rua; de Regra, jogos Competitivos, individualismoe Violência nas Escolas

Palestras, Roda de Partilha, Oficinas

SEC Esportes

Fases da Vida: Infância, Adolescência, Idade Adulta, 3ª Idade

Page 73: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

2. Mini-Curso para Formação de PAPs 4 - trabalhadores rurais educadores ambientais populares

Item de CardápioSaúde no campo SeC Saúde; CATIAgrotóxicos X agricultura alternativa

CATI – Luís da IP

Proteção de nascentes DEPRN / CATIDestinação de resíduos (e embalagens de agrotóxicos)

CORN

Bacias de Captação de EnxurradasFossa SépticaDireitos e Deveres do Produto RuralLicenciamento AmbientalRecursos Hídricos CBH MOGIManejo Integrado da Bacia Hidrográfica ( como utilizar adequadamente o solo )Agricultura FamiliarTransgênicos

Page 74: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

3. Mini-Curso para formação de catadores e catadoras educadores ambientais

Item de cardápio Processos Formativos

Carga horária53 H

Quando Situação

Origem e Transformações da Matéria

Vídeos CEMPRE Márcio Ferreira SAAMA; FIMI prof Química; Elvis Cooper 3Rs; Clodoaldo

3 H

Coleta Seletiva Reciclagem

Márcio Ferreira SAAMA 3H

Viabilidade Econômica da Reciclagem

Prof Dr Márcio Magera ( $)

2H

Catador Educador e promotor de Saúde

Bia Elvis 4H

Cooperativismo e Associonismo

Takashi ( $); UNIMED ( Dr. Oscar Faria)

3H

Aterro Sanitário e lixões

Visita in locu SAAMA e Cooper 3Rs: Márcio e Elvis 4H

Aprimoramento da triagem

Bueno SucatasElvis

2H

Biodecompositor Doméstico

APROMA 2H

Oficina de Reaproveitamento de Resíduos: jornal, papelão, lata, etc

Nilse, Herrera, Eliana e Lourdes. Marilu Fogo, Bia 10H

Saúde do Catador: luvas;

SEC Saúde Mogi Guaçu; UNIMED; FIMI; 10H

Partilha de Experiências

Rodas de Conversa/ Cooper 3Rs e PRONAVI 12 H

Confecção de 6 H

Page 75: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

carrinhos e ergonomia

4. Mini-curso para formação de arte-educadores ambientais populares: cardápio a ser definido com os PAS 3 e 4

5. Mini-curso para formação de trabalhadores da construção civil educadores populares ( cardápio a ser definido)

6. Mini-curso para agentes de saúde ( a ser definido com os PAPs)

7.Mini -Curso para funcionários da Saúde: enfermeiros/ farmacêuticos/ consultórios: gestão de resíduos patológicos e coleta seletiva

8.Mini-Curso para vendedores ambulantes: SAAMA e ACIMG ( em andamento)

9.Palestra para comerciantes e empresários: Gestão de Resíduos: SAAMA 10. Palestra para Funcionários Públicos: AA3P

OBS:- As atividades dos mini-cursos serão divulgadas e abertas à participação de todos os PAPs 4, desde que haja interesse ( vontade), necessidade ( fome), o desejo ( prazer)- Com apoio de PAPs 2 tutores (GAO), para cada curso os PAP3 animarão os educadores populares para construção de um PPP específico que direcione.- Estarão à disposição destes PAPs3 e 4 todos os recursos e espaços educativos mapeados pelo CE.

11. Cursos de Pós Graduação à DistânciaEducação Ambiental – Educação Inclusiva – projeto Comunidade Cooper 3Rs / UNICID - necessita financiamento / apoio financeiro – para PAPs graduados 11. Cursos Gestão: de 3º Setor, Gestores de Responsabilidade Sócio Ambiental das Empresas ( pelo SIAI) – em divulgação e em captação de recursos para ser realizado

Page 76: Programa de Formação de Educadoras (es) Ambientais do Coletivo

FORMAÇÃO DOS FORMADORES (PAP2) Reuniões Semanais presenciais de 3 horas; Formação à distância ( SIBEA, REPEA, REBEA, etc) Tutoria dos PAPs 3 e formação de PAPs 4 Participação no proFEA como PAPs 3 e 4 Encontros Municipais de PAPs 3, Estaduais e Nacionais Formação de núcleos nos demais municípios

TUTORIA (DEFINIR)A tutoria pelos formadores PAPs 2: trata-se da orientação e acompanhamento dos PAP3 quanto À animação dos PAPs 4 Será constituída por 1 encontro presencial mensal (4 horas) e outras atividades (2h) a serem definidas em conjunto entre tutores e PAPs3.

3.4. PARCEIROS 1. Parceiros de Formação: Oferecendo processos formativos (“Itens de Cardápio”): palestras,mini-cursos, apresentações teatrais, shows, projetos que já executa, etc. Oferecimento de Espaços ou Estruturas Educadoras para a formação dos educadores PAP3. Cedendo colaboradores de sua Instituição, comprometidos com ações de Educação Ambiental, por 8h semanais, durante 18 meses, para participar do processo de formação oferecido pelo Coletivo Educador.

2. Parceiros de Apoio Apoio logístico às atividades do Programa de Formação: transporte, locais para reuniões, coffee-break, etc. Apoio financeiro para ações educativas, eventos e elaboração de material didático do Coletivo, como, por exemplo, publicações , cartilhas, folderes, CDs, etc,); Apoio financeiro e/ou logístico para operacionalizar Encontros locais, intermunicipais, interestaduais, Eventos e Oficinas, etc. OBS: Neste tipo de parceria, o Coletivo oferece a contrapartida da divulgação do parceiro nos eventos e materiais produzidos.

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FORMALIZAÇÃO DAS PARCERIAS (ARTICULAR O FECHAMENTO)

Certificação (Constituir as bases jurídicas para a certificação FIMI e FMFM – FMFM já confirmou dertificação)

Plano de DIVULGAÇÃO DO COLETIVO EDUCADOR RIO MOJIGUAÇU

LOGOTIPO construído coletivamente, comunicando o significado de “coletivo” , “ cardume”, “criação”, “piracema” , “peixe”, “mandi” , “contra-corrente “quebra de paradigmas ” para “trans-formar” – Clodoaldo, Bia, Rita, Cláudia, Fábio Fraga, Márcio Ferreira, Márcio Butrico, Cida Mendes, Cristiana Ferraz traços: Prof Márcio Antonio FerreiraOrkut: Duas comunidades jornais: articular parceria com Jornais da Cidade para conquistar espaço semanal ( Gazeta Guaçuana, Jornal da Estiva, A Comarca, UNIMED, UNISER, igrejas e outros ) site – espera patrocínio Blog está sendo elaborado por Tainá Vedovello Bimbatifolderes patrocínio TUPEC informativos Sec Comunicação: Ok , está veiculandomensais da TUPEC: ok, está veiculando jornal da ACIMG: confirmado espaço para divulgação do CEcanecas para Redução do consumo de OS: ver patrocíniocamisetas para PAPs : ver patrocínioadesivos para carro: ver patrocínio canetas/ pastas/ blocos? ver patrocínio

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Instituições do Grupo Coordenador:Cooper 3R; OCA; TUPEC; ORÉ; SEC; SAAMA;

Sec Saúde; Comunidade Interativa

CONTATOS:[email protected] Bia: 81124824 - Cooper 3R Rita: 38311844 - TUPECCláudia: 38610282 – Comunidade InterativaClodoaldo: 97679812 – ONG OCAMárcio Ferreira: 38617901 - SAAMAAparecida Mendes: 38611256 _ S SaúdeAndréia Duda: 38319766 - SECCristiane Ferraz: 38611256 – S SaúdeMárcio Butrico; 38611256 – S SaúdeFábio: ORÉ 38319888

reuniões semanais do GAO: 4ª feira, 9:30 LOCAL: Tupec ( abertas a participação)

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ANEXO

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Ficha de inscrição – PAPs 3

Interessados em Participar do Programa de Formação de Educadores Ambientais Populares para ser PAPs3 – Formadores de Educadores Ambientais Populares PAPs4 Programa de Formação: 100 horas de cursos e 50 horas de mini-cursos, oficinas, etc. Bimestralmente, Encontros de PAPs 3 para Partilha e Avaliação ( 6 encontros de 3 horas ) – 18 horas 6 horas mensais de formação de PAPs 4 – 96 hs 5 horas mensais de tutoria por PAPs 2 – 80 hs Horas de participação em Conselhos, Foros e Colegiados – 9 hs Horas de cardápio opcional - 20 hs

1. Nome: __________________________________________________________________________ 2. Endereço: _____________________________________fones para contato:_____________ e-mail:_______________________________________________________________________3. Profissão:__________________________________________________________________Outras atividades:_____________________________________________________________Formação/ Escolaridade: _______________________________________________________Local de Trabalho:_____________________________________________________________Área de atuação:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________4. Cite todas as áreas ou espaços em que você atua e faça uma estimativa de quantas pessoas convivem/ trabalham ou atuam com vc neste local __________________________________________________________________________

(Comunidades, Bairros, Igrejas, Catequeses, Pastorais, Conselhos Municipais, Escolas ( professores e/ ou alunos com quem convive); Amigos, Clubes, etc.

5. Projetos ou atividades em que já participou ou participa:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6. Você terá apoio de sua empresa/ instituição para atuar no Coletivo Educador como hora de trabalho?

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( ) ( )

7.Em quantos e quais Encontros do Coletivo Educador você já participou?

( ) 1 ( ) 2 ( )3 ( ) 4 Quais?( ) I ( ) II ( ) III ( ) IV

8) Quais os melhores horários para participar do ProFEA?

Em que horários e dias você NÃO poderá participar? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

9) Endereço: ________________________________________ fones_______________

e-mail: ________________________________________________________________

10) Sua instituição ou você poderá enriquecer o cardápio regional? _______________

11) O que poderá oferecer? ( recursos, saberes, receitas, oficinas, etc) ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 12) Sugira outros itens de cardápio que você gostaria de “provar” ( vontade, prazer )____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

14) Sugira outros itens de cardápio do qual você precisa se alimentar ou saber mais. ( fome)

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________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

13) Escreva aqui os projetos, instituições ou pessoas que trabalham para melhorar o Mundo e que poderiam participar do Coletivo.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Carta de Compromisso de Pessoa Que Aprende Participando – PAP 3

Eu, ...................................................................................,CIC......................... RG................................., nascida/o em ..........................................., município

de .............................................. residente à .............................................................................., município de ................................................,

profissão .............................................., declaro que participarei do Programa de Formação de Educadores Ambientais de 373 horas durante 18 meses,

aprofundando e ampliando processos educacionais, comprometendo-me a formar outros educadores PAPS 4 e apoiando a educação por meio de Foros e

Colegiados, em Estruturas Educadoras e Educomunicação Socioambiental.

.............................................................................................................................................

Nome: ______________________________________________

Assinatura: __________________________________________

Data: _______________________________________________

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IV Encontro de Potenciais Formadores de Educadores Ambientais Populares

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Apresentação do PPP – Projeto Político Pedagógico do proFEAP do

Coletivo Educador Rio Mojiguaçu

Local: Câmara Municipal de Mogi Guaçu, 29 de abril de 2008

Ata de PresençaNome Instituições/ Empresa E-mail Fone123456789101112