55
7 APRESENTAÇÃO O governo do Estado do Espírito Santo vem empreendendo esforços no sentido de reduzir a pobreza e promover a melhoria das condições de vida de uma parcela significativa da população que se encontra em situação de extrema pobreza. Ademais, reconhece que ainda há muito por fazer em campos cruciais para o desenvolvimento sustentável e para os padrões contemporâneos de qualidade de vida e inclusão social com igualdade. Nesse sentido, se propõe a traçar e estruturar um Programa sólido e robusto, que integre diferentes áreas em prol de um objetivo comum, consubstanciando caminhos rumo à equidade e à justiça social. A meta que sintetiza as ações governamentais referente ao período 2011-2014 é a de contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população capixaba, com responsabilidade ambiental. Traduzindo-a para uma visão de futuro, o que se pretende é construir um Estado onde todos contribuam para um contexto mais próspero e seguro, priorizando o desenvolvimento sustentável. O grande e primeiro desafio que está posto é trabalhar para que as ações públicas aconteçam de forma cada vez mais articulada e conjugada entre a União, o Estado e os Municípios, e, que conduzam à prosperidade econômica sustentável em todas as regiões de nosso estado, incorporando parcelas progressivas da população ao trabalho e às condições condignas de existência. O Programa Capixaba de Redução da Pobreza, intitulado - Programa INCLUIR visa a realizar projetos e ações de forma sistematizada, no intuito de promover a inclusão social e a cidadania, através da utilização da estratégia de articulação das redes de proteção social, de maneira a beneficiar as famílias em situação de pobreza, com foco na erradicação da extrema pobreza no Espírito Santo.

PROGRAMA INCLUIR 10 - mpes.mp.br · O grande e primeiro desafio que está posto é trabalhar para que as ações públicas aconteçam de forma cada vez mais articulada e conjugada

  • Upload
    hahanh

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

7

APRESENTAÇÃO

O governo do Estado do Espírito Santo vem empreendendo esforços no sentido

de reduzir a pobreza e promover a melhoria das condições de vida de uma parcela

significativa da população que se encontra em situação de extrema pobreza.

Ademais, reconhece que ainda há muito por fazer em campos cruciais para o

desenvolvimento sustentável e para os padrões contemporâneos de qualidade de

vida e inclusão social com igualdade.

Nesse sentido, se propõe a traçar e estruturar um Programa sólido e robusto, que

integre diferentes áreas em prol de um objetivo comum, consubstanciando

caminhos rumo à equidade e à justiça social.

A meta que sintetiza as ações governamentais referente ao período 2011-2014 é a

de contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população capixaba, com

responsabilidade ambiental. Traduzindo-a para uma visão de futuro, o que se

pretende é construir um Estado onde todos contribuam para um contexto mais

próspero e seguro, priorizando o desenvolvimento sustentável.

O grande e primeiro desafio que está posto é trabalhar para que as ações públicas

aconteçam de forma cada vez mais articulada e conjugada entre a União, o

Estado e os Municípios, e, que conduzam à prosperidade econômica sustentável

em todas as regiões de nosso estado, incorporando parcelas progressivas da

população ao trabalho e às condições condignas de existência.

O Programa Capixaba de Redução da Pobreza, intitulado - Programa INCLUIR

visa a realizar projetos e ações de forma sistematizada, no intuito de promover a

inclusão social e a cidadania, através da utilização da estratégia de articulação

das redes de proteção social, de maneira a beneficiar as famílias em situação de

pobreza, com foco na erradicação da extrema pobreza no Espírito Santo.

8

O Programa justifica-se pela quantidade de famílias que ainda vivem em situação

de pobreza e extrema pobreza no Brasil, o que depõe contra as expectativas de

desenvolvimento do país. Diante dessa realidade, na última década muitos

esforços foram empregados para estabelecer mudanças neste quadro, resultando

em um diagnóstico promissor, encorajando mais e mais as autoridades Federais,

Estaduais e Municipais a investir no social com foco na redução da pobreza.

No ano de 2011, o Governo Federal teve a iniciativa de lançar o Plano Brasil sem

Miséria, nesta perspectiva , o Governo do Estado cria o Programa Capixaba de

Redução da Pobreza Programa Incluir. Ambos têm como escopo trabalhar

intensamente com famílias a partir de um recorte de renda per capita de até R$

70,00 (setenta reais) por pessoa , com base nos Censos (IBGE, 2006 e 2010),

bem como nos dados do CadÚnico.

O INCLUIR está baseado em 3 (três) dimensões, quais sejam: Acompanhamento

Familiar, Acesso a Serviços e Inclusão Produtiva e foi elaborado com base em

estudos existentes sobre as experiências anteriores – nacionais e internacionais,

com metodologias voltadas para a emancipação da família.

Aciona um conjunto de ações simultâneas, que envolvem a criação de novos

programas e a ampliação de iniciativas já existentes, em parceria com Estados,

Municípios, empresas públicas e privadas e organizações da sociedade civil,

buscando priorizar no conjunto de oportunidades geradas pelo forte crescimento

do Brasil, um espaço específico para os beneficiários do Incluir.

O Programa não tem como pretensão desenvolver ações e projetos isolados. A

estratégia consiste em realizar uma força tarefa que envolva as diversas políticas

setoriais, visando a um trabalho que seja realizado de forma articulada, reforçando

o acesso dos beneficiários aos direitos sociais básicos nas áreas de educação,

saúde, esporte, cultura, trabalho e outros, preservando a transversalidade com a

política de Assistência Social.

9

1 O CONCEITO DE POBREZA A definição conceitual da pobreza torna-se importante nos estudos e programas

que tratam dessa vertente da questão social por permitir uma visão mais clara e

analítica do objeto de estudo. Compreender a complexidade do fenômeno, seus

diferentes conceitos e formas de abordagem, possibilita conceber políticas

públicas que busquem trazer soluções mais eficazes para o problema (CRESPO;

GUROVITZ, 2002).

10

A conceituação de pobreza é algo extremamente complexo. Pode ser feita levando

em conta algum “juízo de valor”, ou pode ser conceituada em termos relativos ou

absolutos. Pode ser estudada apenas do ponto de vista econômico ou

incorporando aspectos não-econômicos à análise (CRESPO; GUROVITZ, 2002).

No entanto, o critério adotado pelo Incluir para a mensuração da pobreza, está

baseado na estimativa de custo de uma cesta de bens e serviços básicos

necessários à sobrevivência condigna em determinada sociedade, associada a um

valor monetário, pressuposto este utilizado pela PNAD/2001 a 2009 (IBGE-PNAD,

2010).

Com base nesse critério, estima-se que no Estado do Espírito Santo, 3,6% da

população seja extremamente pobre, sendo que 90,8% está localizada na zona

urbana e 9,2% na zona rural. Estima-se ainda que 31.614 famílias encontram-se

em situação de extrema pobreza no Estado, se considerado o número absoluto de

extremamente pobres apontado pelo Censo 2000 em relação à composição

familiar média do Estado.

Devido à complexidade que reveste o fenômeno da pobreza, o Programa INCLUIR

reconhece que retirar a população extremamente pobre de sua condição de

extrema vulnerabilidade socioeconômica representa um enorme desafio para a

sociedade brasileira, pois aquela encontra-se alijada dos processos decisórios

políticos e enfrenta dificuldades cotidianas para acessar as oportunidades e os

seus direitos.

11

2 PLANO BRASIL SEM MISÉRIA

O Plano Brasil Sem Miséria (BRASIL, 2011) tem por objetivo elevar a renda e as

condições de bem-estar da população. As famílias extremamente pobres que

ainda não são atendidas serão localizadas e incluídas de forma integrada nos

mais diversos programas de acordo com as suas necessidades.

O Plano é direcionado aos brasileiros que vivem em lares cuja renda familiar é de

até R$ 70,00 setenta reais) por pessoa. De acordo com o MDS, citando o Censo

2010 realizado pelo IBGE, 16,2 milhões de brasileiros estão nesta situação

(BRASIL, 2011).

Ele agrega transferência de renda ao acesso a serviços públicos nas áreas de

educação, saúde, assistência social, saneamento e energia elétrica e inclusão

12

produtiva. Com um conjunto de ações que envolvem a criação de novos

programas e a ampliação de iniciativas já existentes, em parceria com Estados,

Municípios, empresas públicas e privadas e organizações da sociedade civil, o

Governo Federal quer incluir a população mais pobre nas oportunidades geradas

pelo forte crescimento econômico brasileiro (BRASIL, 2011).

A expansão e a qualidade dos serviços públicos ofertados às pessoas em situação

de extrema pobreza norteiam o Brasil Sem Miséria. Para isso, prevê o aumento e

o aprimoramento dos serviços ofertados aliados à sensibilização, mobilização para

a geração de ocupação e renda e a melhoria da qualidade de vida (BRASIL,

2011). As ações incluirão os seguintes pontos:

• Documentação;

• Energia elétrica;

• Combate ao trabalho infantil;

• Segurança Alimentar e Nutricional: Cozinhas comunitárias e bancos de

alimentos;

• Apoio à população em situação de rua, para que saiam desta condição;

• Educação infantil;

• Saúde da Família;

• Rede Cegonha;

• Distribuição de medicamentos para hipertensos e diabéticos;

• Tratamento dentário;

• Exames de vista e óculos; e

• Assistência social, por meio dos CRAS e CREAS (BRASIL, 2011).

Os CRAS serão os pontos de atendimento dos programas englobados pelo Brasil

Sem Miséria. As sete mil unidades existentes no País funcionam em quase todos

os Municípios e outros pontos serão criados (BRASIL, 2011).

13

Na estratégia da busca ativa, as equipes de profissionais farão uma procura

minuciosa na sua área de atuação com o objetivo de localizar, cadastrar e incluir

nos programas as famílias em situação de pobreza extrema. Também vão

identificar os serviços existentes e a necessidade de criar novas ações para que

essa população possa acessar os seus direitos. Mutirões, campanhas, palestras,

atividades socioeducativas, visitas domiciliares e cruzamentos de bases cadastrais

serão utilizados neste trabalho. A qualificação dos gestores públicos no

atendimento à população extremamente pobre faz parte da estratégia (BRASIL,

2011).

14

3 PROGRAMA INCLUIR

No Espírito Santo, mais de 31 mil famílias encontram-se em condição de extrema

vulnerabilidade socioeconômica e exclusão social .

Para mudar esta situação, o Governo do Estado lançou o Programa Capixaba de

Redução da Pobreza – Programa INCLUIR, que visa promover a inclusão social, a

cidadania e a subseqüente emancipação das famílias, por meio da implementação

de projetos e ações sociais.

Trata-se de uma iniciativa que tem como principal objetivo reduzir a pobreza no

Estado do Espírito Santo, com foco na erradicação da extrema pobreza, para que

todos os cidadãos aqui residentes tenham acesso aos direitos consolidados na

Constituição Federal de 1988.

A nova política pública de Assistência Social fruto de um longo processo de

conquista e acúmulo crítico, particularmente a partir da Constituição Federal de

1988, exige dos gestores e dos trabalhadores da área um esforço ampliado no

sentido de compreender o significado do momento atual, como oportunidade

histórica de superar e romper com padrões tradicionais de subalternidade e

improvisação que marcaram, e em muitos casos ainda marcam, esse campo de

atenção às necessidades sociais dos segmentos populares.

O processo de reestruturação orgânica da política pública de assistência social na

direção do SUAS, ampliando e redirecionando o atual sistema descentralizado e

participativo, é retrato, portanto, do compromisso conjunto de gestores da política

de Assistência Social, à frente das Secretarias estaduais e municipais, bem como

da potencialização de todos os esforços políticos e administrativos necessários ao

enfrentamento das grandes e crescentes demandas sociais.

O Programa INCLUIR busca atender à PNAS no que tange à responsabilidade

política, objetivando tornar claras suas diretrizes na efetivação da Assistência

15

Social como direito do cidadão e responsabilidade do Estado, chamando a

atenção dos gestores públicos para as mudanças consubstanciadas pelo SUAS

no que tange à organização dos serviços assistenciais prestados à população.

O Programa Capixaba de Redução da Pobreza, pensado para além da

particularidade da política de Assistência Social, abarcará diversas políticas

públicas setoriais e diferentes atores sociais. Dessa forma, o sucesso do programa

demanda um esforço conjunto, não apenas das instituições que formam o

Governo do Estado, dos Municípios e das demais entidades, mas de toda

sociedade capixaba, através de parcerias com empresas privadas,

concessionárias e permissionárias de energia, saneamento e sociedade civil

organizada, para atingir aos seus objetivos.

3.1 ESTRUTURA DO PROGRAMA

3.1.1 Objetivo geral

Promover a redução da pobreza com foco na erradicação da extrema pobreza,

com vistas à inclusão social e a promoção da cidadania.

3.1.2 Objetivos específicos

� Construir uma rede de parcerias com as prefeituras e sociedade civil,

dentre outras, visando a implementação efetiva do Programa;

� Incluir/incentivar os cidadãos à formação continuada, tendo em vista

a construção da emancipação familiar;

� Ampliar o acesso dos cidadãos, em especial das famílias que se

encontram em situação de extrema pobreza às diversas políticas

públicas operacionalizadas pelo Estado;

16

� Propiciar o desenvolvimento e fortalecimento de ações intersetoriais,

promovendo a interlocução e a ação conjunta das diversas políticas

públicas, principalmente entre a assistência social, a saúde e a

educação, dentre outras áreas envolvidas no desenvolvimento social;

� Potencializar o atendimento e o acompanhamento familiar, de forma

sistemática e qualificada, por meio do estabelecimento de fluxos de

referência e contra-referência à rede socioassistencial existente; e

� Priorizar a socialização da informação no processo de

acompanhamento familiar, como componente fundamental para a

viabilização de direitos e o fortalecimento dos usuários.

3.1.3 Do Público alvo

Famílias em situação de extrema pobreza cadastradas no CadÚnico do Estado do

Espírito Santo, beneficiárias do PBF, com renda per capita igual ou inferior a R$

70,00 (setenta reais) que, mesmo recebendo o benefício do Bolsa Família

continuam em situação de extrema pobreza.

3.1.4 Das Dimensões do Programa O INCLUIR está estruturado em três dimensões, inter-relacionadas entre si,

abaixo especificadas:

1) Acompanhamento das famílias:

A política de Assistência Social vigente possui como público usuário os cidadãos e

grupos que se encontram em situações de vulnerabilidade e riscos, sendo um dos

seus objetivos assegurar que as ações tenham centralidade na família e que

garantam a convivência familiar e comunitária. Nesse sentido, o trabalho de

acompanhamento das famílias deve considerar novas referências para

17

compreensão dos diferentes arranjos familiares, bem como possibilitar, por meio

de ações continuadas, que essas famílias exerçam suas funções básicas, como

prover a proteção e a socialização dos seus membros, constituir-se como

referência de vínculos afetivos e sociais e de identidade grupal (BRASIL, 2004).

Por acompanhamento familiar entende-se o desenvolvimento de intervenções desenvolvidas em serviços continuados, com objetivos estabelecidos, que possibilita à família, acesso a um espaço onde possa refletir sobre sua realidade, construir novos projetos de vida e protagonizar mudanças e/ou desenvolvimento de suas relações, sejam elas familiares ou comunitárias (BRASIL, 2009, p. 20).

Pretende-se, ainda, reafirmar a matricialidade sociofamiliar, preconizada pela

PNAS/2004, na Proteção Social Básica, evidenciando a centralidade do

acompanhamento familiar.

2) Acesso aos serviços do Estado:

A política pública de Assistência Social (BRASIL, 2004) preconiza a importância e

a necessidade de que suas ações se articulem com os serviços de outras políticas

públicas setoriais. Assim, é preciso na atenção aos cidadãos que se encontram

em condições de vulnerabilidade social, a atuação dos diversos serviços públicos,

a fim de atender as variadas demandas dos usuários. As ações serão realizadas

na lógica da intersetorialidade.

Nesse sentido, o trabalho em rede viabiliza que as intervenções se dêem de

maneira integradas, em que os diferentes setores da sociedade/comunidade

participem do processo emancipatório, possibilitando que as famílias acessem os

diferentes serviços por elas demandados.

Portanto, as ações desenvolvidas deverão envolver além da assistência social, a

saúde, a educação, a habitação, a renda, dentre outras políticas públicas setoriais.

3) Inclusão produtiva:

18

A inclusão produtiva promove ações que possibilitam a inserção de indivíduos no

mercado de trabalho, contribuindo para o processo de emancipação social dos

indivíduos, diminuindo a dependência de programas e benefícios dos governos

federal, estadual e municipal, gerando trabalho e renda, potencializando a arte e o

saber-fazer local.

Estas atividades contribuem para a ampliação dos trabalhos executados por

cooperativas, associações comunitárias e outros sistemas associativos, além da

abertura de frentes de trabalhos compatíveis com a vocação econômica do

Município, garantindo a convivência familiar e comunitária.

3.2 DA OPERACIONALIZAÇÃO DO PROGRAMA INCLUIR

3.2.1 Ampliação das equipes dos CRAS

O Estado disponibilizara até 187 (cento e oitenta sete) equipes complementares

distribuídas proporcionalmente entre seus municípios. Será garantida 01 (uma)

equipe para cada CRAS no estado, bem como será observada a

proporcionalidade do índice de famílias em situação de extrema pobreza (com

base no Censo de 2010, realizado pelo IBGE). Cada equipe complementar

acompanhará até 240 (duzentos e quarenta) famílias durante a execução do

Programa, conforme for ocorrendo a inserção gradativa de 60 (sessenta) famílias

por semestre no decorrer do período de dois anos.

No que se refere à composição das equipes, obrigatoriamente, serão compostas

por 01 Assistente Social e preferencialmente, por 01 Psicólogo de acordo com a

pactuação na CIB E CONEAS. O terceiro profissional poderá ser opcional de

acordo com a pactuação na CIB e no CONEAS, observada a necessidade de cada

fcazzotto
Realce
fcazzotto
Realce

19

Município, com escolaridade de nível médio ou formação superior conforme as

categorias profissionais propostas na Resolução nº 17, de 20 de junho de 2011,

do CNAS, que ratificou a equipe de referência definida pela NOB-RH/SUAS,

aprovada por meio da Resolução nº 269, de 13 de dezembro de 2006, do CNAS.

3.2.2 Capacitação

Segundo a NOB-RH/ SUAS (2006, p. 17),

a capacitação dos trabalhadores da área da Assistência Social deve ser promovida com a finalidade de produzir e difundir conhecimentos que devem ser direcionados ao desenvolvimento de habilidades e capacidades técnicas e gerenciais, ao efetivo exercício do controle social e ao empoderamento dos usuários para o aprimoramento da política pública.

Observando esse preceito, os profissionais que implementarão o PROGRAMA

INCLUIR serão orientados pelo Estado, sob a responsabilidade da SEASTDH, e a

capacitação será detalhada de acordo com o pacto de aprimoramento do SUAS

segundo especificação abaixo:

1º momento: Será feito um repasse de informações pelos técnicos da SEASTDH

sobre o Programa INCLUIR preferencialmente para os coordenadores dos CRAS

e demais profissionais que os Municípios considerarem necessários.

2º momento: Início da capacitação com as equipes contratadas, incluindo

gestores municipais da política de Assistência Social, coordenadores dos CRAS/

CREAS, cadastradores do CadÚnico/PBF e demais profissionais, de acordo com a

necessidade dos Municípios.

fcazzotto
Realce

20

3.2.3 Projeto Bolsa Capixaba (PBC)

Trata-se de um projeto do Programa INCLUIR, realizado através da transferência

de renda no valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais) por famílias identificadas que

atendam aos critérios do público alvo tratado no item 3.1.3.

As famílias que aderirem ao Programa INCLUIR, com o perfil para receberem a

Bolsa Capixaba terão seus cartões do PBF substituídos.

As famílias, ao serem beneficiárias do PBC, além de cumprirem as

condicionalidades do PBF, deverão participar na elaboração e execução do Plano

de Emancipação Familiar do Programa INCLUIR.

3.2.4 Sistema de Informação: GEPS MUNICIPAL

O Governo do Estado, por intermédio da SEASTDH, adquiriu a licença de uso por

tempo indeterminado do Software GEPS para 70 (setenta) Municípios do Espírito

Santo, incluindo as instalações do produto nas Prefeituras, o treinamento para os

servidores, a manutenção corretiva e o suporte de segundo nível para os usuários.

A SEASTDH e a empresa responsável pelo desenvolvimento do GEPS

organizarão a capacitação para os profissionais dos respectivos Municípios.

1. O software GEPS pode ser instalado em qualquer computador,

desde que as Prefeituras Municipais possuam rede.

2. Os próprios Municípios escolherão os profissionais para a

capacitação (equipes do CRAS e CREAS, do CadÚnico, do PBF e

de outras Secretarias, se assim julgarem necessário).

Ressalta-se que os Municípios da Grande Vitória e Nova Venécia já possuem o

GEPS, por isso, neste momento, não receberão treinamento.

21

3.2.5 Mapeamento e articulação da rede de serviços

socioassistenciais existentes nos Municípios (pública e privada)

O atendimento integrado e adequado a determinada realidade, significa

proporcionar às famílias serviços complementares, cujo impacto conjunto é

significativo. Portanto, para alcançar resultados sólidos, a efetiva promoção da

intersetorialidade entre as políticas sociais é a saída estratégica. Por exemplo, é

fundamental oferecer microcrédito e assistência técnica conjuntamente, pois

existem sinergias entre essas ações, de igual forma podem ser consideradas as

ações na área de educação, habitação, saúde, trabalho e renda. Garantir o

atendimento integrado a um cidadão implica em oferecer-lhe programas

complementares, já que o impacto de um determinado programa social tende a ser

maior na presença de outros programas.

Conhecer e articular os recursos existentes na comunidade, tanto os relativos à

rede de serviços quanto aqueles relacionados aos grupos e lideranças locais, é de

fundamental importância para identificar as vulnerabilidades e potencialidades da

região. Além disso, constitui-se como um mecanismo capaz de viabilizar a efetiva

inserção e acompanhamento das famílias nos serviços, através da organização de

fluxos, responsabilidades, procedimentos entre as unidades (públicas e privadas),

dentre outros.

Para o mapeamento e articulação da rede de serviços socioassistenciais podem

ser utilizadas as seguintes estratégias:

• Mobilização e realização de reuniões com moradores, lideranças

comunitárias e gestores locais para o mapeamento dos serviços existentes e

para fomentar a discussão de alternativas para questões da comunidade;

• Articulação com os conselhos municipais, fóruns, colegiados e outros

espaços de participação social, bem como com as demais secretarias

municipais e estaduais acionando os secretários das pastas quando

22

necessário;

• Visitas a serviços, programas e projetos desenvolvidos no território;

• Pesquisas em mídias diversas.

3.2.5.1 Inventário dos Programas Sociais

O Inventário dos Programas Sociais é uma das ações do Incluir, que consiste na

construção de uma rede de oportunidades para as pessoas em situação de

extrema pobreza, a partir da oferta integrada de serviços e benefícios. Nesse

sentido, o objetivo do Inventário é mapear programas, projetos e ações

executados tanto pelas esferas estaduais e municipais, quanto pelas entidades do

terceiro setor. O resultado visa a possibilitar o acesso a uma base informatizada

que localize no território todas as ações, serviços e benefícios sociais que poderão

compor o planejamento para a retirada das famílias da situação de extrema

pobreza, com vistas a realizar uma intervenção que potencialize as famílias, bem

como proporcionar maior aproveitamento das oportunidades que serão colocadas

para a superação da pobreza.

O link para o site ficará disponível no site do governo, SEASTDH e IJSN.

23

4 PROTOCOLO DE ATENDIMENTO

A NOB-RH/SUAS (2006) traz o entendimento de que protocolo refere-se à

normatização e regulamentação de padrões e rotinas para a atuação profissional.

Sendo que, “implementar normas e protocolos específicos, para garantir a

qualidade de vida e segurança aos trabalhadores do SUAS na prestação dos

serviços socioassistenciais” (BRASIL,2006, p.44) é responsabilidade dos entes

federados.

Nesse contexto, o Governo do Estado por intermédio da SEASTDH, em parceria

com o COGEMASES, o CONEAS e o IJSN, elaborou esse documento com o

intuito de disponibilizar aos técnicos de referência da proteção social, a síntese

dos procedimentos básicos a serem desenvolvidos junto às famílias em situação

de extrema pobreza no Estado.

O Protocolo de Atendimento do Programa INCLUIR visa a tornar mais eficaz a

ação desenvolvida no âmbito municipal junto às famílias e aos indivíduos. Nesse

sentido, o documento objetiva subsidiar a todos os gestores, coordenadores e

técnicos dos serviços, projetos e benefícios socioassistenciais no processo de

atuação em prol da inclusão social e produtiva das famílias.

O documento apresentará um conjunto de orientações e processos para promover

o acompanhamento das famílias inseridas no Programa INCLUIR, por meio da

atuação das equipes dos CRAS.

O Protocolo enfatiza os aspectos operacionais, ou seja, estratégias,

procedimentos e instrumentos para ação. Caberá aos gestores e a suas equipes

optarem pelas mais adequadas para o atendimento das necessidades das

famílias.

Importa ressaltar que o Protocolo de Atendimento será apresentado considerando

o fluxo de atendimento/ acompanhamento a ser estabelecido junto às famílias.

fcazzotto
Realce

24

4.1 MANUAL OPERACIONAL DO PROTOCOLO

4.1.1 Identificação e seleção das famílias

A identificação e seleção das famílias a serem acompanhadas pelo Programa

INCLUIR serão feitas a partir de informações geradas pelo CadÚnico e da

articulação com a rede de serviços socioassistenciais. Sendo observado que esse

fluxo seguirá alguns critérios que vão desde o levantamento das informações

contidas no referido Cadastro, a realização da busca ativa e a validação das

informações pelos Municípios.

Para a SELEÇÃO das famílias e inserção no INCLUIR, observa-se o seguinte

perfil:

Famílias com renda per capita de até R$70,00/mês, que mesmo recebendo o

Bolsa Família, continuam em situação de extrema pobreza.

As famílias identificadas como em situação de extrema pobreza, por intermédio da

busca ativa, ainda não inseridas no CadÚnico, serão continuamente

encaminhadas para o Cadastro. Os Municípios, por sua vez, deverão certificar-se

da qualidade dos cadastros visando evitar possíveis inconsistências. Quando

estas se tornarem beneficiárias do PBF, poderão ser inseridas no Incluir e no

PBC.

Caso não haja a demanda espontânea das famílias com perfil INCLUIR ou

encaminhamento da rede socioassistencial, sugere-se, para IDENTIFICAÇÃO:

4.1.1.1 Análise do CadÚnico

A análise do CadÚnico consiste no estudo detalhado da situação das famílias

25

cadastradas, pelas equipes de referência do CRAS. Destaca-se o GEPS como

ferramenta importante para o levantamento dos pontos críticos dos cadastros já

existentes bem como para a identificação e seleção das famílias, tais como:

• Número de componentes da família; • Renda familiar; • Escolaridade; e • Situação habitacional (endereço, situação do imóvel, etc).

Uma vez identificada a situação de extrema pobreza e a família já for beneficiária

do PBF e demandar pela inserção no PBC, o Estado e os Municípios deverão

seguir o seguinte processo:

1. A SEASTDH encaminhará a todos os Municípios uma lista prévia em meio

digital e via ofício contendo o nome das famílias beneficiárias do PBF com

perfil PBC (com renda per capita de até R$ 70,00/mês):

a. A lista gerada pelo software GEPS ESTADUAL realizará o

levantamento dos dados do cadastro das famílias beneficiárias do PBF e

que ainda assim possuam renda per capita de até R$ 70,00;

b. A lista estará organizada das famílias de menor renda per capita para as

de maior renda per capita; e

c. Caso sejam identificadas famílias com as mesmas condições de renda,

serão adotados, de acordo com a ordem estabelecida, os seguintes

critérios para o desempate:

I. Maior número de crianças de 0 a 12 anos nas famílias;

II. Maior número de idosos nas famílias; e

III. Maior quantidade de pessoas com deficiência nas famílias.

26

2. Os técnicos municipais deverão validar se as famílias listadas realmente

atendem ao perfil do público-alvo para a inserção no PROGRAMA

INCLUIR;

3. Os Municípios deverão encaminhar mensalmente à SEASTDH a lista

validada, com a relação nominal das famílias incluídas no Programa

INCLUIR contendo o Código Familiar/NIS do Responsável/Nome do

responsável por cada unidade familiar, conforme modelo de instrumento

contido no Anexo B. Esta relação será o ponto de partida para a geração da

folha de pagamento da BOLSA CAPIXABA e deverá ser encaminhada

conforme cronograma apresentado no Anexo C.

Observação: A primeira identificação e seleção das famílias para adesão ao

Programa INCLUIR ocorrerá de forma diferenciada em relação à proposta de

busca ativa ampliada, sendo que a busca ficará restrita às famílias inscritas no

CadÚnico, já beneficiárias do PBF e referenciadas nos CRAS. As próximas

seleções ocorrerão semestralmente, de forma gradativa, de acordo com a

perspectiva do Programa, após a ampliação das equipes dos CRAS, obedecendo

aos critérios já estabelecidos anteriormente.

4.1.1.2 Busca Ativa Permanente

A Busca Ativa é uma das ações do PAIF/ CRAS, que além de complementar a

gestão territorial, contribui para o planejamento local e para a ação preventiva da

Proteção Básica, propiciando às equipes dos CRAS um adequado conhecimento

do território.

É realizada pela equipe de referência do CRAS e tem como objetivo identificar as situações de vulnerabilidade e risco social, ampliar o conhecimento e a compreensão da realidade social, para além dos estudos e estatísticas. Contribui para o conhecimento da dinâmica do cotidiano das populações (a realidade vivida pela família, sua cultura e

fcazzotto
Realce

27

valores, as relações que estabelece no território e fora dele); os apoios e recursos existentes e, seus vínculos sociais (BRASIL, 2009a, p. 29).

É uma atividade realizada no âmbito dos serviços socioassistenciais que levará

em consideração os seguintes propósitos:

1. Identificar as situações de vulnerabilidade e risco social do território e das

famílias referenciadas; e

2. Buscar potenciais usuários do SUAS cuja a demanda não é espontânea ou

encaminhada por outras instâncias.

Ressalta-se que a visita domiciliar apresenta-se como importante procedimento na

“busca ativa” de famílias, e é imprescindível que sejam levadas em consideração a

articulação da rede de serviços socioassistenciais e outras atividades realizadas

no território. Tais como:

• Dados do IBGE referente ao território; • Listagem do BPC; • Unidade Básica de Saúde; • Escolas; • Igrejas; • Associações de Moradores; • Lideranças Comunitárias; • Incaper; • Restaurantes Populares; • Sindicatos dos Trabalhadores Rurais; • Comunidades tradicionais; • Assentamentos; • Centros de Distribuição de Alimento; e • Dentre outros.

Conforme as Orientações Técnicas - CRAS (BRASIL, 2009a) são estratégias para

a busca ativa o deslocamento da equipe de referência para o conhecimento do

território, bem como a realização de campanhas de divulgação, distribuição de

panfletos e colagem de cartazes.

28

O modelo de instrumento para registro das informações obtidas no processo de

busca ativa encontra-se no Anexo A. O instrumental deverá conter as seguintes

informações: o nome da família, endereço/contato, nº de integrantes, renda

estimada e como foi realizada a identificação familiar.

Ressalta-se que caso os municípios não alcancem sua cota semestral de inclusão

de 60 (sessenta) famílias, esta deverá ser alcançada no prazo máximo de 90

(noventa) dias subseqüentes à data inicial dos respectivos semestres de inclusão

das famílias.

4.2 ACOLHIMENTO DAS FAMÍLIAS E PACTUAÇÃO

Conceitualmente entende-se que:

O “acolhimento” das famílias é estratégia fundamental para a criação e fortalecimento do vínculo entre o serviço, a família e a comunidade. As famílias devem identificar o CRAS como local de referência na busca de apoio e acesso aos serviços socioassistenciais e sua participação nas atividades grupais e comunitárias (BRASIL, 2006a, p.50).

Já de acordo com a Capacitação para implementação do SUAS e do PBF (2008,

p. 424):

A acolhida ou acolhimento é o processo de contato inicial com o usuário. Seu objetivo é a constituição de vínculos, o estabelecimento de relações iniciais de confiança, de segurança, de afeto e de reconhecimento da equipe de trabalho como pessoas confiáveis, ou seja, formar o vínculo inicial necessário para que possa ser dada continuidade ao trabalho.

Na etapa de acolhimento os técnicos tomarão as providências necessárias para a

pactuação com as famílias previamente selecionadas para o Programa INCLUIR.

1º PASSO: Entrar em contato com as famílias em seus domicílios ou reuni-las em

grupo no CRAS;

2º PASSO: Apresentar detalhadamente o processo de acompanhamento e as

29

condicionalidades para participar efetivamente do Programa INCLUIR; e

3º PASSO: As famílias que concordarem em aderir ao Programa INCLUIR

assinarão ao “Termo de Compromisso” apresentado no Anexo D.

Para aquelas famílias que não pactuarem imediatamente, é recomendável que

sejam realizadas outras estratégias, definidas pelos próprios técnicos, de estímulo

para adesão das mesmas ao Programa INCLUIR.

Se, a qualquer momento, houver descumprimento das metas pactuadas no Plano

de Emancipação, a família será:

• Advertida;

• E se persistir com o descumprimento, terá o benefício bloqueado por 30

dias;

• Caso a família ainda continue descumprindo o compromisso, terá o

benefício suspenso por 60 dias; e

• Se com todas as possibilidades esgotadas e a família ainda continuar não

cumprindo o compromisso, a mesma será desligada do Bolsa Capixaba e o

Município deverá encaminhar a SEASTDH o nome do beneficiário, para

cancelamento do pagamento.

4.3 DO ACOMPANHAMENTO DAS FAMÍLIAS

Entende-se que o acompanhamento familiar está pautado em uma concepção de

processo de desenvolvimento familiar e que seu objetivo é fortalecer e apoiar a

família no enfrentamento de suas respectivas vulnerabilidades, na potencialização

de suas capacidades, no desenvolvimento de sua autonomia e visa a novos

30

patamares de sociabilidade (BRASIL, 2006a). Sendo assim, destaca-se essa

etapa como imprescindível para a operacionalização do PROGRAMA INCLUIR.

O acompanhamento familiar deve:

• Valorizar e fortalecer vínculos, sejam eles familiares e/ou comunitários, capacidades e potencialidades das famílias; • Favorecer a participação da família em proposta de seu processo de inclusão social e de mudança e melhorias esperadas, na transformação das relações intrafamiliares e sociais; • Construir, em conjunto com as famílias, a compreensão da realidade na qual está inserida e planos de emancipação que concretizem projetos de vida; e • Valorizar e fortalecer a cultura do diálogo e dos direitos, combatendo as formas de violência, discriminação e estigmação social (BRASIL, 2008, p. 392).

Para a efetividade do acompanhamento, é preciso levar em consideração os

objetivos do Programa INCLUIR, bem como o conjunto de indicadores, a dinâmica

de atendimento às famílias, a pactuação realizada com as mesmas e os

resultados esperados (BRASIL, 2008).

Os indicadores tratados neste protocolo estão contidos no Anexo E - Indicadores

para subsidiar a elaboração, acompanhamento e avaliação/desligamento das

famílias do Programa.

Para a efetividade do acompanhamento, a postura ética do profissional é

fundamental, conforme Capacitação para implementação do SUAS e do PBF

(2008, p. 352):

A postura ética do profissional, desprovida de crenças preconcebidas, julgamentos e culpabilização da família, bem como a garantia do sigilo no atendimento, são fundamentais para iniciar a compreensão da realidade da família.

No decorrer de cada semestre, as famílias inseridas no Programa INCLUIR

deixarão o acompanhamento sistemático e passarão a ser acompanhadas de

acordo a rotina dos CRAS.

31

PARA REFLETIR...

O PAPEL DO TÉCNICO SOCIAL AO ACOMPANHAR A FAMÍLIA:

O papel do Técnico Social que acompanhará a família é fundamental. Cabe ao

Técnico auxiliar as famílias a buscar formas de solucionar os seus problemas, de

uma forma dialógica respeitando seus membros enquanto sujeitos autônomos e

de direitos e deveres, bem como trazer elementos para que possam refletir acerca

de como os programas sociais oferecidos pelo Estado podem auxiliá-las nesse

processo.

Os Técnicos serão responsáveis pelo levantamento dos requisitos necessários à

seleção das famílias beneficiárias, pelo diagnóstico e construção, em conjunto

com a família, das estratégias de saída da situação de pobreza, bem como pelo

monitoramento do cumprimento das condicionalidades que venham a ser

atribuídas a cada participante, que as ações desenvolvidas possam contribuir para

o fortalecimento de processos emancipatórios, dentre os quais a formação de uma

consciência crítica dos sujeitos frente a vivência da realidade, sendo também,

facilitador de processos democráticos, garantidores da construção de relações

entre profissionais e usuários, em paralelo com a projeção de sua Emancipação e

a transformação social.

O Técnico também terá o papel de acompanhar o cumprimento das

responsabilidades assumidas pela família bem como o de perceber as mudanças

relativas às conquistas das famílias. Espera-se que ao longo do processo as

necessidades sejam supridas e estabelecidas novas expectativas, conforme

exemplificação, um usuário que necessite de alfabetização, passar a necessitar de

qualificação profissional, no seguinte passo de colocação no mercado de trabalho

32

ou microcrédito, etc. Os Técnicos devem estar sempre atentos a sinalizar as

demandas que surjam das famílias, de maneira a ofertar novos serviços, em

direção a conquista da autonomia e de seu desenvolvimento social (BERTOLANI;

SAMPAIO, 2011).

4.3.1 Do diagnóstico

).

Conceitualmente, o diagnóstico

representa uma leitura da realidade, ou seja, a compreensão e a sistematização dos problemas e necessidades das famílias, assim como o conhecimento de suas características culturais e socioeconômicas. Diagnosticar uma realidade requer o conhecimento das causas e conseqüências dos problemas vivenciados pelas famílias, e como estes influenciam e são influenciados por fatores econômicos, políticos e sociais (BRASIL, 2008, p.434).

Para a elaboração do diagnóstico da situação de vulnerabilidade da família, será

adotado como ponto de partida a análise dos dados da base principal do

CadÚnico e os registros de acompanhamento das famílias produzidos/utilizados

pelos CRAS. Destaca-se que as equipes técnicas deverão ter acesso às

informações do CadÚnico, por meio do software GEPS municipal.

Dado que nem todas as informações necessárias à elaboração do Plano de

Emancipação das Famílias estão contempladas no Cadastro, sugere-se que os

Municípios iniciem o processo de levantamento de informações complementares,

utilizando-se do formulário apresentado no Anexo F – Formulário Complementar

ao CadÚnico, técnicas de visitas domiciliares, escuta qualificada, atendimentos

individuais, dinâmicas grupais (inter e intra familiares), dentre outras que os

técnicos considerarem necessárias.

33

Esse diagnóstico deve traçar a situação atual de vulnerabilidade trazida pela família, considerando a fragilidade dos vínculos familiares, situações de violência, trabalho infantil, uso abusivo de droga e álcool, prostituição, desemprego, trabalho informal, ausência de qualificação profissional, pais em situação de reclusão, ameaça de morte, condições precárias de moradia, evasão escolar, baixa adesão a programas sociais, dificuldades de acesso as políticas públicas, dentre outros indicadores. Considerar ainda como a família se identifica em sua atual situação, se demonstra intenção de buscar soluções para suas pendências e quais situações vêm causando sofrimento nas relações familiares e sociais (PROTOCOLO de gestão dos Centros de Referência da Assistência Social de Curitiba, 2009, p.19).

O diagnóstico deve ser compreendido como processo a ser construído junto às

famílias de forma que as mesmas visualizem sua realidade, potencialidades e os

aspectos a serem melhorados, devendo ainda ser uma construção dinâmica, que

subsidiará a elaboração do Plano de Emancipação.

4.3.2 Da elaboração do Plano de Emancipação Familiar

O PROGRAMA INCLUIR prevê a elaboração do Plano de Emancipação das

Famílias, que consistirá em um compromisso das mesmas com as ações pré-

estabelecidas, sendo elas as corresponsáveis por todo o processo de sua

emancipação. Todavia, tendo como base o Protocolo de gestão dos CRAS de

Curitiba (2009, p. 19) deve-se considerar que:

corresponsabilizar a família não significa, em hipótese alguma, responsabilizá-la por sua condição de vulnerabilidade e pobreza. Significa respeitar a família como sujeito em todo o processo de mudança, devendo participar da definição das estratégias que visam a transformação de sua condição.

O Plano de Emancipação das Famílias será o instrumento utilizado para o

planejamento, a execução, o acompanhamento e a avaliação das ações que serão

desenvolvidas junto às mesmas, presente no Anexo G – Formulário do Plano de

Emancipação. Deve apresentar os objetivos, as estratégias e metas, bem como

considerar o perfil das famílias atendidas, as situações de vulnerabilidade e as

potencialidades presentes no diagnóstico, e incluir ainda, as necessidades por

34

serviços da rede socioassistencial (referência e contra referência) e por

orientações socioeducativas para o enfrentamento de suas dificuldades.

Segundo Lima as ações socioeducativas realizadas por assistentes sociais

alinhados ao atual projeto ético-político da profissão, podem:

Contribuir para o fortalecimento de processos emancipatórios, nos quais

há formação de uma consciência crítica dos sujeitos frente à apreensão e

a vivência da realidade, sendo ela, também facilitadora de processos

democráticos, garantidores de direitos e de relações horizontais entre

profissionais e usuários, ao mesmo tempo que projeta a sua

Emancipação e a transformação social (Lima, 2006, p.137).

A elaboração do Plano de Emancipação Familiar deverá observar os indicadores

constantes no Anexo E, haja vista que os mesmos fornecerão os parâmetros para

o monitoramento e avaliação do processo de acompanhamento das famílias pelo

Programa INCLUIR, bem como demonstrar se ocorreu a superação das condições

iniciais das mesmas.

O processo de elaboração do Plano deverá ser dinâmico e atender as

especificidades de cada família. Por isso, mesmo após a pactuação, o mesmo

deve ser objeto de constate análise por parte dos atores envolvidos, para que

possam efetuar os ajustes necessários e alcançar as metas pactuadas.

4.3.3 Do monitoramento e acompanhamento do Plano de

Emancipação Familiar

O monitoramento consistirá no acompanhamento contínuo das famílias por parte

das equipes técnicas e na observação do desenvolvimento do Plano de

Emancipação Familiar, em relação a seus objetivos e metas, permitindo o

provimento de informações sobre a evolução das famílias e a adoção de medidas

35

corretivas para melhor operacionalização do mesmo.

Para o monitoramento, acompanhamento e avaliação das ações desenvolvidas

junto às famílias, os técnicos deverão observar os preceitos do SUAS, além de

utilizar o diagnóstico realizado e o Plano de Emancipação Familiar, os modelos de

instrumentos sugeridos são apresentados nos Anexos H, I, J e L, bem como a

adoção dos seguintes procedimentos:

4.3.3.1 Visitas Domiciliares

Na perspectiva do Programa INCLUIR, a visita domiciliar será um importante

instrumento para o monitoramento do Plano de Emancipação Familiar. A visita

domiciliar deverá ser

desenvolvida a partir de um foco previamente definido e deve se pautar pelo respeito à privacidade da família, tanto no que diz respeito à receptividade para entrevista quanto à disponibilidade para responder a perguntas específicas. Será o procedimento escolhido sempre que: a) a entrevista no serviço não for possível; b) o contato com a família em seu domicílio se configurar como necessário para fazer o contato com as famílias em descumprimento de condicionalidades e/ou para o apoio e orientação da família; e/ou c) que a identificação de vulnerabilidades e potencialidades necessitar de avaliação in loco, contextualizada e orientada por um foco, como, por exemplo, compreender as razões para o descumprimento das condicionalidades (BRASIL, 2006a, p. 51-52).

Com base no Protocolo de gestão dos CRAS de Curitiba (2009), a visita é um

momento de observação técnica na unidade domiciliar, que visa a:

• Intensificar o vínculo entre as equipes e as respectivas famílias;

• Conhecer componentes familiares que ainda não são conhecidos pelas

equipes;

• Compreender, registrar e analisar os dados sobre a dinâmica da vida

familiar, suas vulnerabilidades e, especialmente, suas potencialidades;

36

• Prover estímulo e orientação à família na busca de soluções e na

construção de um projeto de superação de suas vulnerabilidades;

• Identificar as necessidades e realizar encaminhamentos para a rede de

atendimentos, realizando o acompanhamento dos mesmos; e

• Estimular e mobilizar a família para participação nos serviços

socioassistencias, em conformidade com as demandas apresentadas no

Plano de Emancipação Familiar.

Visando qualificar e sistematizar o acompanhamento das famílias, é proposta a

freqüência e ampliação do número de visitas domiciliares a serem realizadas,

conforme quadro abaixo:

Mês 01 02 03 04 05 06 07 a 12 13 a 24

Frequência Mensal Bimensal Trimestral Quadrimestral

Nº de visitas por Família

01 01 01 01 01 02 03

Etapas do Protocolo

ELABORAÇÃO DO PLANO DE EMANCIPAÇÃO E

ACOMPANHAMENTO

MONITORAMENTO MONITORAMENTO E DESLIGAMENTO

Quadro 1: proposta para a realização das visitas domiciliares

Independente da proposta apresentada, o número de visitas técnicas

especificadas no quadro acima poderá ser ampliado dependendo das situações

familiares identificadas pelos técnicos.

37

4.3.3.2 Ações Socioeducativas com grupos

As ações socioeducativas designam um campo de aprendizagem, visando a

assegurar a proteção social e oportunizar o desenvolvimento de interesses, com a

finalidade de possibilitar a convivência e a sociabilidade (BRASIL, 2008). São

abordagens utilizadas para a realização dessas ações:

• O desenvolvimento de relações de afetividade;

• A reparação de danos decorrentes de estigmas;

• A superação de discriminações e situações de violência;

• O convívio em grupo;

• O acesso a conhecimento, experimentação e meios que favoreçam a

autonomia e protagonismo social (BRASIL, 2008).

Dentre as abordagens acima mencionadas, destaca-se o convívio em grupos,

realizado através de trabalhos que deverão combinar várias modalidades dirigidas

a diferentes objetivos e políticas sociais, a fim de contribuir para: a circulação de

informação, a escuta e orientação mais apurada de pequenos grupos de famílias,

a promoção de reflexão sobre as relações familiares e comunitárias, o

desenvolvimento de capacidades das famílias e a mobilização da comunidade

(BRASIL, 2006a).

A Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais de 2009 deverá ser

utilizada como parâmetro para a realização desse trabalho.

38

5 PROCESSO DE DESLIGAMENTO DAS FAMÍLIAS DO

PROGRAMA INCLUIR E AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO DO

PROGRAMA

O desligamento deverá ocorrer de forma planejada e progressiva, baseado nos

dados quali-quantitativos acumulados durante todo o período do acompanhamento

familiar e no plano de emancipação construído com a família, para verificar a

permanência dos efeitos positivos das ações, sobre as demandas identificadas,

tendo como referência os resultados esperados, observando os seguintes

39

requisitos:

• A realização de visitas domiciliares;

• A realização de reuniões entre técnicos e famílias;

• A evolução das demandas diagnosticadas pela família e o pelo técnico; e

• Avaliação do diagnóstico socioeconômico inicial e em relação ao diagnóstico

atual da família.

O processo de desligamento deve ser iniciado no vigésimo mês de adesão ao

Programa INCLUIR, sendo que, os casos serão analisados individualmente pela

equipe técnica. Aquelas famílias que tenham alcançado no mínimo 50% das metas

estabelecidas no Plano de Emancipação, serão desligadas no prazo previsto de

execução do programa (no período de 24 meses) e do processo de

acompanhamento sistemático do mesmo, e continuarão participando das ações do

PAIF/CRAS sempre que necessitarem.

Algumas situações podem acontecer:

• A família pode ser desligada do Programa INCLUIR, mas continuar nos

atendimentos/acompanhamentos, nas ações e serviços públicos oferecidos

pelos Municípios;

• Algumas alterações na metodologia são passíveis de acontecer em virtude

do acompanhamento e monitoramento da equipe técnica ao longo do

processo;

Os técnicos podem avaliar se existe a necessidade da permanência de alguma

família por mais alguns meses com o benefício do Bolsa Capixaba (por até

mais 06 meses), baseados nos seguintes critérios:

1 - Se houve participação efetiva da família e mesmo assim, a meta alcançada

40

for inferior a 50%; e

2 - Calamidade Pública.

Para a execução da avaliação será efetuada uma análise dos impactos ou efeitos

do Programa junto às famílias. Os técnicos, através de um olhar atento sobre as

ações executadas no decorrer de vinte e quatro meses, deverão avaliar os

resultados práticos de curto e longo prazo, apresentando ao final da execução do

Programa, uma síntese das principais conclusões, resultados e recomendações

que deverão ser encaminhadas à SEASTDH, que procederá uma avaliação

quanto a efetividade da implementação do Programa Incluir no estado.

41

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O INCLUIR, Programa Capixaba de redução da pobreza, visa a promover a

inclusão social, a cidadania e a emancipação das famílias capixabas que se

encontram em condições de extrema vulnerabilidade socioeconômica.

Nesse sentido, o presente documento abrange um conjunto de condições que

precisam ser alcançadas no decorrer do processo emancipatório das famílias

atendidas e que tenham efetivos impactos sociais em suas condições de vida.

Resultados esses, que consubstanciarão o sucesso do Programa.

Emancipar as pessoas da condição de pobreza extrema é um dever do Estado

com vistas à construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Porém, um

desafio dessa dimensão deve ser enfrentado em parceria pelo Estado, municípios,

demais entidades e sociedade.

O Governo do Estado do Espírito Santo, através do Programa INCLUIR, tem por

expectativa, elevar a renda e as condições de bem-estar da população

extremamente pobre, contribuindo para o fortalecimento do processo

emancipatório das famílias atendidas, através de um trabalho intersetorial das

políticas públicas e com isso consolidar a Política de Assistência Social.

42

REFERENCIAS:

BERTOLANI, M.; SAMPAIO, A. P. S. Notas introdutórias sobre a elaboração de

uma Política de Combate à Pobreza no Espírito Santo. Instituto Jones dos Santos

Neves. Vitória: 2011. 44 p.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome: Secretaria

Extraordinária de Superação da Extrema pobreza. Plano Brasil sem Miséria,

Brasília: 2011.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome: Comissão

Intergestores Tripartite. Protocolo de gestão integrada de serviços, benefícios

e transferências de renda no âmbito do Sistema Único de Assistência Social

– SUAS, Brasília: 2009.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome: Sistema Único

de Assistência Social – Proteção Social Básica. Orientações Técnicas: Centro

de Referência de Assistência Social – CRAS. 1ª Ed. Brasília: 2009a.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Capacitação

para a implementação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS e do

Programa Bolsa Família – PBF. Coordenação Geral: Tereza Cristina Barwick

Baratta [et AL.]. Rio de Janeiro: IBAM/Unicarioca; Brasília: MDS, 2008.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome: Secretaria

Nacional de Assistência Social; Sistema Único de Assistência Social. Norma

Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de Assistência

Social NOB-RH/SUAS. Brasília: 2006.

43

______. Secretaria Nacional de Assistência Social; Secretaria Nacional de Renda

de Cidadania. Orientações para o acompanhamento das famílias beneficiárias

do Programa Bolsa Família no âmbito do Sistema Único de Assistência

Social (SUAS). Versão preliminar. Brasília: 2006a.

______: Secretaria Nacional de Assistência Social. Política Nacional de

Assistência Social. Brasília: 2004.

CRESPO, A.P.A; GUROVITZ, E. A pobreza como um fenômeno

multidimensional. RAE – eletrônica, v. 1. nº. 1, jul-dez. 2002, 12 p.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Pesquisa

Nacional por Amostra de Domicílios 2000. Rio de Janeiro: 2010.

LIMA, T. C. S. As ações sócio-educativas e o projeto ético-político do Serviço

Social: tendências da produção bibliográfica. 2006. Dissertação (Mestrado em

Serviço Social) – Programa de Pós-graduação em Serviço Social. Universidade

Federal de Santa Catarina, Florianópolis: 2006.

PROTOCOLO DE GESTÃO DOS CENTROS DE REFERÊNCIA DA

ASSISTÊNCIA SOCIAL DE CURITIBA. Coordenação Geral: Ana Luiza Suplicy

Gonçalves [ET AL.]. Curitiba: Prefeitura Municipal de Curitiba; FAS/Fundação de

Ação Social; Curitiba: 2009.

INTERNET: Disponível em: www.social.org.br/relatorio2004/relatorio018.htm

Revista Quadrimestral de Serviço Social. Serviço Social & Sociedade, SUAS e

SUS. São Paulo, ano 27, n. 87, set. 2006.

INTERNET: Disponível em: www.uff.br/publicacoes/revista-psi-artigos/2004-2-

cap3.pdf-similares

INTERNET: Disponível em: www.proex-unesp.com.br/5congresso

44

ANEXOS

45

ANEXO A - Registro da Busca Ativa

Registro de Busca Ativa

Nome Endereço Nº de membros na família

Renda familiar

Tipo de Busca Ativa

46

ANEXO B - Relação das famílias do Programa Incluir para a geração da folha de pagamento do Bolsa Capixaba

Código Familiar NIS Responsável Nome do responsável pela

unidade familiar

47

ANEXO C: Calendário Operacional 2012 – Bolsa Capixaba

Mês de referência para o pagamento

da Bolsa Capixaba

Data de envio pelo município do

Anexo C para a SEASTDH

1º Semestre – a partir do mês: 1º Semestre – até:

Janeiro 05/12/2011

Fevereiro 05/01/2011

Março 05/02/2012

2º Semestre- a partir do mês: 1º Semestre – Até:

Julho 05/06/2012

Agosto 05/07/2012

Setembro 05/08/2012

48

ANEXO D - TERMO DE COMPROMISSO

Eu (nome), com o nº de NIS (informar) manifesto interesse em aderir ao

PROGRAMA INCLUIR, me comprometendo, junto com a minha família, a elaborar

o Plano de Emancipação Familiar e a participar das ações ofertadas, de acordo

com as demandas da minha família, conforme previsto pelo PROGRAMA

INCLUIR.

Declaro ter ciência de que o descumprimento do compromisso acima resultará no

desligamento de minha família do PROGRAMA INCLUIR.

(localidade), (dia) de (mês) de (ano).

------------------------------------------ --------------------------------------------

Técnico Responsável Responsável pela unidade familiar

49

ANEXO E - Indicadores para subsidiar a elaboração, acompanhamento e avaliação/desligamento das famílias

Identificação Saúde Educação Dinâmica Familiar Habitabilidade Inclusão Produtiva Renda

1. Certidão de Nascimento/ RANI/casamento/óbito

2. RG

3. CPF

4. CTPS

5. Titulo de eleitor

6. Certificado de Reservista (Homens com idade igual ou superior a 18 anos)

7. Inscrição no CadÚnico (Situação cadastral)

8. Comprovante de residência

9. Acompanhamento na ESF

10. Acompanhamento de mulheres e homens que utilizam métodos contraceptivos

11. Idoso e pessoa com deficiência com controle médico sistemático

12. Controle de doenças crônicas

13. Acompanhamento de pessoas com deficiência que tenham possibilidade de reabilitação

14. Acompanhamento dos casos de dependência química

15. Acompanhamento de gestantes e nutrizes

16. Criança com cartão de vacina atualizado

17. Acompanhamento da saúde do homem e da mulher.

21. Adultos alfabetizados

22. Matrícula e freqüência escolar mensal mínima de 85% para crianças e adolescentes entre 06 e 15 anos

23. Matrícula e freqüência escolar mensal mínima de 75% para jovens de 16 e 17 anos

24. Acesso a Creche (atendimento 0 a 03 anos)

25. Acesso a educação infantil

26. Acesso das pessoas com deficiência na rede regular de ensino

28. Práticas familiares

cotidianas de

conversas sobre

hábitos, horários,

espaço e recreação

29. Conhecer a rede de serviços local

30. Visitas periódicas

às pessoas em serviço de acolhimento institucional e sistema privativo de liberdade;

31. Violência Doméstica superada

32. Trabalho infantil superado

33. Preconceitos (raça, gênero, orientação sexual) intra-familiares

34. Situação de propriedade ou posse claramente definida

35. Proprietário do imóvel foi contemplado nos Programas Habitacionais de interesse social

36. Saneamento básico adequado

37. Estrutura física da moradia e área adequada e com acessíbilidade

38. Banheiros dentro da casa

39. Condição de habitabilidade adequado

40. Adulto que trabalhe de forma formal ou informal, de forma regular

41. Desempregados inscritos no

SINE e Agencia do Trabalhador

42. Participação

em cursos de qualificação e formação profissional

43. Inserção dos egressos do sistema prisional no mercado de trabalho.

44. Superação da linha de extrema pobreza

45. BPC adquirido

46. Aposentadoria adquirida

50

18. Disponibilidade de alimentos

19. Acesso a alimentação adequada;

20. Uso de filtros de água

27. Relação idade e escolaridade

superados

51

ANEXO F – Formulário complementar ao CadÚnico

IDENTIFICAÇÃO Nome do Responsável: Código familiar: NIS (Responsável): CONVIVÊNCIA COMUNITÁRIA: ( ) CRAS ( ) Associação de moradores ( ) Igrejas ( ) ONG’s ( ) Outros SITUAÇÃO DA FAMÍLIA: Algum componente da família encontra-se em acompanhamento/tratamento: ( ) Estratégia de Saúde da Família ( ) Mulheres e homens que utilizam métodos contraceptivos ( ) Idoso e pessoa com deficiência com controle médico sistemático ( ) Controle de doenças crônicas ( ) Casos de dependência química ( ) Gestantes e nutrizes ( ) Criança com cartão de vacina atualizado ( ) Saúde do homem ( ) Pessoas com deficiência que tenham possibilidade de reabilitação ( ) CRAS ( ) CREAS/ PAEFI/ LA/ PSC ( ) CENTRO POP ( ) Acolhimento Institucional/ Familiar . ( ) Outros: ________________________________________________________________________ Se tiver assinalado acolhimento institucional informar Qual componente familiar?__________________________________________________________ Onde (instituição):__________________________________________________________________ Tem contato freqüente? ( ) Sim ( ) Não, por que? ________________________________________ CONDIÇÃO DE ALIMENTAÇÃO: Disponibilidade de alimentação conforme a percepção da família : ( ) Regular ( ) Irregular ( ) Suficiente ( ) Insuficiente ( ) Outros ____________________________________ Acesso a alimentação adequada: ( ) Sim ( ) Não PRINCIPAIS VULNERABILIDADES: [ ] Residem em área de ocupação irregular [ ] Existência de deficientes na família

52

[ ] Crianças que ficam sozinhas em casa [ ] Baixa renda [ ] Existência de idosos dependentes na família [ ] Conflitos familiares [ ] Desemprego [ ] Reclusão penitenciária [ ] Problemas graves de saúde [ ] Violência Doméstica [ ] Trabalho infantil [ ] Familiares em situação de rua [ ] Adolescente em medida sócio educativa [ ] Violência contra mulher [ ] Preconceito de raça, gênero, orientação sexual (intra-familiares) [ ] Violência contra pessoa com deficiência [ ] Negligencia familiar [ ] Violência contra idoso [ ] Violência contra criança/adolescente [ ] Outros:_________________________________

SITUAÇÃO DE MORADIA Área de risco: [ ] Sim [ ] Não. Se sim, qual tipo de risco: [ ] Encosta [ ] Margens de rio [ ] Ocupação desordenada [ ] Outros __________________________ Situação da Moradia: [ ] Própria [ ] Alugada [ ] Cedida [ ] Outra forma:____________________ Há quanto tempo:________________ Proprietário do imóvel foi contemplado nos Programas Habitacionais de interesse social? [ ] Sim [ ] Não Perspectivas de regulamentação: [ ] Sim [ ] Não. Se sim, quando:____ Perspectivas de mudança: [ ] Sim [ ] Não Se sim, quando:____ Residência em local acessível: [ ] Sim [ ] Não Quais os principais problemas da localidade onde mora? SITUAÇÃO DE DESEMPREGO Quantos:________ Nome:____________________________________________________________________________________________Há quanto tempo: ___________________ Último emprego: ____________________________________Escolaridade:__________________ Profissão: __________________ Qualificação:__________________________________________________ Nome:____________________________________________________________________________________________Há quanto tempo: ___________________ Último emprego:________________________________________________________________Escolaridade:__________________ Profissão: __________________ Qualificação:__________________________________________________ Nome:____________________________________________________________________________________Há quanto tempo: ___________________ Último emprego: _______________________________________________________________Escolaridade:__________________ Profissão: _________________ Qualificação:______________________________________________________________________________________Desempregados inscritos na Agência do Trabalhador ou outro órgão/agencia de recrutamento/seleção: ( ) Sim ( ) Não

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Já participou participação em cursos de qualificação e formação profissional [ ] Sim [ ] Não. Quando: ________________________________________________________

53

Onde:________________________________________________________________________ Está participando em cursos de qualificação e formação profissional [ ] Sim [ ] Não. Onde:________________________________________________________________________ PROBLEMAS GRAVES DE SAÚDE Quantos:________ Nome:_______________________________________________________________________________________Idade: _________________ Qual Diagnóstico: _________________________________________________Está em acompanhamento médico? [ ] Sim [ ] Não. Onde:_________________________________________________

CONVIVÊNCIA FAMILIAR

Há ocorrência de conflitos familiares: ( ) Sim ( ) Não. Se sim, quais os principais motivos: Motivo: [ ] Alcoolismo [ ] Uso de outras drogas [ ] Financeiro [ ] Fragilidade de vínculos [ ] Desemprego [ ] Outros:___________________________ Grau de parentesco:____________________________ OBS:___________________________________________________________________________________________

Há práticas familiares cotidianas de conversas sobre hábitos, horários, espaço e recreação?

[ ] Sim [ ] Não ____________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

RECLUSÃO PENITENCIÁRIA

Há familiares egressos do sistema prisional: [ ] Sim [ ] Não. Se sim, foi (re) inserido no mercado de trabalho:

[ ] Sim [ ] Não

Nome:_____________________________________________________________________________ Local:_____________________________________________________________________________

Grau de parentesco ________________________Há quanto tempo ___________________________

Previsão de saída:____________________ Auxilio reclusão: [ ] Sim [ ] Não Faz visitas regularmente? Quem? _______________________________________________________________

54

DESPESAS

Aluguel: Telefone: Medicamento:

Água: Gás: Outras:

Luz: Alimentação: Total de despesas:

RENDA ATUAL

Renda Familiar: Renda Per Capita: Bolsa Família:

BPC adquirido: ( ) Sim ( ) Não Aposentadoria: adquirido: ( ) Sim ( ) Não OBSERVAÇÕES: Verificar se os componentes familiares do sexo masculino possuem Certificado de Reservista.

_______________________________ _________________________________

Assinatura do Técnico / Carimbo Assinatura do Responsável Familiar

55

ANEXO G: Formulário do Plano de Emancipação

56

ANEXO H: Prontuário de acompanhamento das famílias

Prontuário de Acompanhamento

Demanda:

Sistematização de Informações:

Encaminhamentos:

Data: ______de ______________ de ___________

_____________________________________________ Técnico responsável (Assinatura e Carimbo)

57

Anexo I: Registro das ações desenvolvidas junto às famílias

Ação desenvolvida Objetivo

58

ANEXO J: Encaminhamento para a rede socioassistencial

Encaminhamento

Identificação do usuário:

Nome:______________________________________________________________________

Endereço: Rua/Av.:______________________________________nº____________________

Bairro: _____________________________________Cidade/UF:_______________________

Ponto de referência:___________________________________________________________

Telefone:_________________________Recado (número e nome):_____________________

___________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Encaminhado por:

Nome do Serviço/órgão que encaminhou:__________________________________________

Endereço:___________________________________________________________________

Telefone:_____________________________E-mail:_________________________________

Técnico de referência (nome e cargo):_____________________________________________

Obs.:________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Encaminhado para:

Nome do Serviço/órgão a que se destina o encaminhamento:__________________________

___________________________________________________________________________

Endereço:___________________________________________________________________

Telefone:_____________________________E-mail:_________________________________

Técnico de referência (nome e cargo):_____________________________________________

Obs.:________________________________________________________________________

59

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Demanda/Objetivo do encaminhamento:

Observações:

Data:_______de_________________de___________ _________________________________________ Técnico Responsável (Assinatura e Carimbo)

60

ANEXO L: Relatório para avaliação do acompanhamento/metas familiares

Avaliação do acompanhamento/metas familiares

Demanda/Meta estabelecida Resultados Obtidos Avaliação pela

família (pontuar dificuldades e pontos

positivos)

Avaliação pelo ténico (pontuar dificuldades e

pontos positivos)

Observações

Local,_______________________________ Data: ___/____/____

___________________________________________ ________________________________________ Técnico Responsável (Assinatura e carimbo) Responsável Familiar

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

SECRETARIA DE ESTADO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO E DIREITOS HUMANOS Gerência da Proteção Social Básica