Upload
haquynh
View
213
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIACENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS
CURSO DE AGRONOMIAÁREA DE CONCENTRAÇÃO: PRODUÇÃO VEGETAL
PROJETO DE PESQUISA: POPULAÇÃO DE PLANTAS NA CULTURA DO
FEIJOEIRO COMUM CULTIVADO NA SAFRINHA
Lucio Zabot
SANTA MARIA 3 de agosto de 2007.
1- INTRODUÇÃO:
O cultivo do feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.) no Rio
Grande do Sul é feito tradicionalmente em duas épocas: a primeira, chamada
de safra pelos agricultores, é a mais importante, entretanto a segunda
época, também chamada de safrinha, cada vez mais vem ganhando
importância, devido à necessidade dos agricultores em aumentar sua renda.
Neste aspecto, o feijão tem atraído a atenção de muitos produtores, em
virtude do seu valor comercial, tornando-se com isto uma alternativa rentável
em relação ao milho ou à própria soja. O feijão também tem importância
muito grande para os pequenos produtores, por ser produto de subsistência,
além de, muitas vezes, produzir excedente comercializável, aumentando
assim a renda destas famílias.
Há, contudo, algumas diferenças que devem ser levadas em conta
quando compara-se estas duas épocas de cultivo, principalmente nas
condições de clima, face as temperaturas mais altas da safrinha em relação
a safra, o que pode influenciar a disponibilidade de água às plantas devido a
um aumento na evaporação, além da influência direta sobre o
desenvolvimento vegetal e seus processos fisiológicos.
A pesquisa tem disponibilizado materiais com altos potenciais
produtivos, muito superiores às cultivares antigas, porém na prática estas
novas cultivares talvez não estejam expressando o seu potencial, e isto pode
ser explicado em parte pelo baixo uso de tecnologia, devido a estes novos
materiais necessitarem de condições de meio mais apropriada para
expressarem seu potencial. Dentre as condições pode ser citado, o arranjo
inadequado da população, principalmente na safrinha, onde até hoje não
foram feitos estudos mais detalhados para verificar se as populações
atualmente recomendadas são ideais, uma vez que tem-se, até então,
utilizado as mesmas populações recomendadas para a safra.
A modificação no arranjo de plantas pode ser uma alternativa para
aumentar o rendimento de grãos, contrastando com os que defendem
aumento no uso de produtos químicos, os quais podem não trazer os
resultados esperados, além de colocar em risco a saúde dos agricultores e
também terem impacto negativo sobre o meio ambiente. O arranjo
adequado de plantas e o uso de sementes de qualidade são duas medidas
capazes de produzir bons rendimentos.
Modificação no arranjo de plantas, contudo, traz mudanças, no
microclima, na disponibilidade de água, luz e nutrientes o que pode causar
mudanças nas características das plantas como resposta a estas alterações.
A literatura, apesar de vasta, encontra-se desatualizada, uma vez que
o maior volume de trabalhos data da década de 70, com alguma produção
nos anos 80, porém, é muito pequeno o número de trabalhos realizados
nesta década, além do que dos trabalhos realizados, a maioria foi feito para
as condições de safra, não havendo, praticamente, trabalhos realizados para
as condições da safrinha.
Em face a pouca disponibilidade de dados sobre o cultivo na
safrinha, pela importância que vem tomando esta época de cultivo, aliado ao
fato de novas cultivares lançadas pela pesquisa, há necessidade de se
realizar estudo mais completo sobre o assunto, visando avaliar o
comportamento destes novos materiais nas condições da safrinha e sua
adaptação a modificações no arranjo de plantas.
2- HIPÓTESE:
A atual recomendação de população de plantas para o cultivo
do feijoeiro na safrinha não é a ideal para as novas cultivares.
3- OBJETIVOS:
3.1- GERAIS:
Identificar as melhores condições de cultivo;
Revalidar as recomendações das práticas culturais.
3.2- ESPECÍFICOS:
Determinar a melhor população para os três tipos de plantas de feijoeiro
mais comumente usadas, para as condições de cultivo da safrinha.
4. REVISÃO DE LITERATURA:
4.1- FEIJÃO: PRODUÇÃO, PRODUTIVIDADE E PERSPECTIVAS.
A produção mundial média de feijão, no período de 1992/1996, ficou
em torno de 16,9 milhões de toneladas por ano, em uma área colhida de,
aproximadamente, 25,9 milhões de hectares, com rendimento médio de 650
kg/ha. A Índia, o Brasil, a China, os Estados Unidos e o México são os países
que mais se destacaram na produção, sendo responsáveis por cerca de 63%
do total produzido (Santos & Braga, 1998).
Segundo estes autores, a Índia destaca-se como principal país
produtor de feijão. No período 1992/1996, este país produziu 4 milhões de
toneladas, o que correspondeu a, aproximadamente, 23,9% da produção
mundial. O Brasil apresenta-se como o segundo maior produtor, com 2,7
milhões de toneladas, cerca de 16,9% do total produzido mundialmente.
O feijoeiro é uma leguminosa bastante difundida em todo território
nacional. É plantado, preferencialmente, como cultura de subsistência em
pequenas propriedades, muito embora tenha havido, nos últimos anos,
crescente interesse de grandes e médios produtores, em cujo sistema de
produção são adotadas tecnologias avançadas, incluindo a irrigação por
aspersão ( Agrianual, 1999).
Segundo Santos & Braga (1998), as principais modificações
tecnológicas estão ocorrendo no cultivo do feijão de cores. Dentre estas,
destacam-se a pesquisa genética e o uso da irrigação, refletindo,
substancialmente, na produtividade e na qualidade do produto. A irrigação
permitiu a desconcentração dos períodos de safra e a incorporação de novas
áreas de produção em todo território nacional; consequentemente,
reduziram-se a sazonalidade, a instabilidade dos preços e os problemas de
abastecimento. A maior regularidade da produção, por sua vez, estimulou a
entrada de produtores mais eficientes na atividade, fortalecendo a agricultura
empresarial.
Ao contrário do feijão de cores, o feijão preto não se incorporou ao
modelo da produção capitalista irrigada. Na realidade, o seu cultivo está
perdendo espaço nas regiões produtoras tradicionais, Agroanalysis (1997),
citado por Santos & Braga (1998).
A área cultivada com feijão vem sofrendo reduções em seu tamanho,
tendência que começou a acentuar-se nos últimos cinco anos. Em 1994, foi
semeada a maior área de feijão desta década no país, atingindo 5,6 milhões
de hectares colhidos. Aumento este devido às reduções ocorridas em 1992
e principalmente em 1993 quando atingiu-se a menor área colhida, 3,9
milhões de hectares. Nos anos agrícolas de 1995 e 1996, apesar dos
pequenos decréscimos, a área manteve-se na faixa dos 5,2 milhões de
hectares. Apartir de 1997 a área colhida começou novamente a diminuir,
atingindo 4,9 milhões de hectares e em 1998 teve-se uma área ainda menor
(3,9 milhões de hectares), muito semelhante portanto à de 1993 (Agrianual,
1999) .
A produção e a produtividade da cultura, entretanto, mesmo com a
diminuição da área, vem se mantendo mais ou menos estável. A produção
brasileira está em torno dos 2,8 milhões de toneladas, chegando aos 3,1
milhões de toneladas em 1993 e 2,2 milhões de toneladas em 1998,
correspondendo a maior e a menor produção desta década,
respectivamente. O Brasil tem um consumo que supera os 3 milhões de
toneladas, necessitando portanto da importação de produto de outros países
onde o feijão é considerado de importância secundária. Um complicador
adicional é a característica particular do feijão em perder rapidamente sua
qualidade, o que causa a desvalorização do produto, além do que,
impossibilita a formação de grandes estoques reguladores, o que somado a
inexistência de mercado internacional para absorver eventuais excessos de
produção ou mesmo suprir demandas insatisfeitas, contribuindo desta forma
para que qualquer contratempo no processo produtivo ou mesmo uma
expectativa de colheita maior que consumo se traduzam em violenta
oscilação dos preços (Agrianual, 1999).
A produtividade, tem apresentado uma certa estabilidade, situando-
se na faixa dos 548 kg/ha em média. Apesar desta constância, a
produtividade está bem aquém do potencial produtivo das novas cultivares e
bem abaixo dos índices conseguidos nos campos experimentais pela
pesquisa. As cultivares com potenciais de rendimento acima dos 3000 kg/ha
necessitam de um aporte maior de tecnologia como irrigação, melhor
controle de inços e moléstias, o que pode limitar o seu uso, restringido-as a
grandes produtores capitalizados e que podem dispor de tecnologia em suas
lavouras, porém estes produtores são minoria. A maior parte do feijão é
cultivada por pequenos agricultores, pois 51% da safra de 1985 foi obtida em
áreas entre 10 e 100 hectares, que não tem recursos para fazerem uso da
tecnologia disponível, além de utilizarem o sistema de plantio consorciado do
feijão, principalmente com o milho. Na safra de 1985, 62% da área total
cultivada, representando 47% da produção nacional, era proveniente do
sistema consorciado, com produtividade média de 284 kg/ha contra 586
kg/ha do sistema solteiro (Yokoyama, Banno & kluthcouski, 1994).
Dependendo da região, a semeadura do feijão pode ser feita em até
três épocas. A primeira, também conhecida como safra das águas ou
simplesmente safra, é feita entre agosto e dezembro e concentra-se mais
nos Estados da Região Sul; a segunda safra, ou da seca ou ainda chamada
de safrinha, abrange todos os estados brasileiros e seu plantio ocorre entre
janeiro e abril; a terceira safra, ou de inverno, concentra-se na região tropical
e é feita de maio até julho ou agosto dependendo da região.
Segundo Borém e Carneiro (1988), a cultura do feijão era explorada
quase exclusivamente por pequenos produtores. Diversos fatores podem ser
enumerados como desestimuladores da exploração do feijão por grandes
produtores. O risco parece ser um dos principais fatores desse desinteresse.
Aproximadamente 90% da produção brasileira é proveniente do cultivo das
“águas” e da “seca”, ambos de elevado risco. No primeiro caso, por coincidir
a colheita com o período chuvoso, e no segundo, por ser uma época em que
as chuvas são bastantes escassas, podendo ocorrer deficiência hídrica nas
fases críticas da cultura, isto é, floração e enchimento de grãos. Além disso,
o feijão é suscetível a numerosas doenças e pragas.
4.1.1- Região Sul:
A região Sul é a segunda maior produtora de feijão do país,
respondendo por 80% da produção nacional de feijão do tipo preto. Em
termos de produção, está somente atrás da região nordeste, fato este que
pode ser explicado pela importância desta leguminosa como fonte de
proteína para aquela população. A região Centro Oeste vem aumentando
sua participação na produção nacional, principalmente devido a entrada de
uma terceira safra, também chamada de safra de inverno, a qual despertou o
interesse de grandes produtores, capitalizados, que são usuários de
tecnologia em suas lavouras, o que permite a obtenção de altos rendimentos,
e que vem dando destaque àquela região no cenário nacional.
A produção da região Sul situa-se em torno dos 800 toneladas em uma área
colhida de aproximadamente 1,1 milhões de hectares, perfazendo uma
produtividade média de aproximadamente 727kg/ha. O Estado do Paraná
tem a maior produtividade média, 806 kg/ha em uma área de 575 000ha.
Santa Catarina tem uma produtividade bem próximo disto, em torno dos
750 kg/ha em uma área colhida de 263000ha. O Rio Grande do Sul é o
Estado que possui a menor produtividade, com média de 696kg/ha em uma
área de 212 000ha, apresentando algumas variações. Na safra 96/97
ocorreu o maior rendimento (888kg/ha) e na safra 95/96 o menor (379 kg/ha)
desta década em função da forte estiagem que atingiu esse Estado nesta
safra (Agrianual, 1999).
A safrinha de feijão pode ser um ótimo investimento para o produtor
que começa a colheita em março indo até meados de maio, sendo que,
neste período, os preços encontram-se em elevação, atingindo seu ponto
máximo em junho. Isto dá ao produtor excelentes condições de
comercialização, permitindo alcançar os melhores preços no mercado.
As perspectivas do mercado são amplamente favoráveis, com os
preços encontrando-se em elevação, devido em parte a pequena produção
obtida em 1998, quase igualando-se à de 1993. As possibilidades de lucro,
apesar do feijoeiro ser considerado como uma cultura de risco são muito
boas, porém, exigem do agricultor uso de maior tecnologia afim de garantir
boas produtividades, além de um produto de melhor qualidade, garantindo
assim colocação para seu produto no mercado, obtendo desta forma boa
rentabilidade.
De modo geral, pode-se dizer que os produtores com maior nível
tecnológico e eficiência na comercialização têm boa possibilidade de obter
uma maior rentabilidade, aproveitando-se dos picos de preço, enquanto os
pouco eficientes, conseguem, quando muito, manter-se na atividade.
4.2- Hábito de crescimento do feijoeiro comum:
O hábito de crescimento é considerado uma das características mais
importantes, pois ele é essencial na descrição das cultivares, na escolha do
mais adequado para o plantio nas mais variadas condições de cultivo, e
também na obtenção de novas cultivares pelo melhoramento (Santos &
Gavilanes, 1998).
Na classificação dos hábitos de crescimento do feijão, à
características mais importantes é o hábito de florescimento das plantas. A
quebra ou não da dominância apical separa as cultivares em tipo
determinado e indeterminado.
Segundo Vilhordo (1980), nas cultivares de hábito determinado, as
gemas apicais da haste principal e dos ramos laterais diferenciam-se quase
que simultaneamente em inflorescências ao entrarem na fase reprodutiva.
Portanto, a partir do momento que todas as gemas diferenciam-se em
racemos, as plantas não produzem mais folhas nem flores. O aparecimento
das flores dá-se do ápice para a base da planta. O período é curto e a
maturação uniforme.
Nos de hábito indeterminado, os racemos não se originam das gemas
apicais, mas sim de gemas situadas nas axilas das folhas. Portanto, as
plantas continuam a produzir folhas e flores por um período mais longo do
que as determinadas. O aparecimento das flores (abertura) dá-se da base
para o ápice das plantas.
Tomadas as características de crescimento determinado e
indeterminado e outras, como números de nós, comprimento da haste
principal, número e comprimento dos ramos laterais, habilidade para subir
em tutores, e tendência à prostrar, as cultivares de feijão podem ser
agrupados em tipos I, II, II e IV. O tipo IV é totalmente inexpressivo, pois
inexistem cultivares recomendadas desse grupo na região Sul, não sendo
referenciado.
Tipo I: são todas as cultivares de crescimento determinado. As
inflorescências originam-se das gemas apicais da haste principal e dos
ramos laterais. As plantas dessas cultivares atingem cerca de 60cm de
altura e apresentam período curto de floração, em torno de 14 dias. A
maturação é em geral uniforme. Normalmente, o ciclo de vida situa-se entre
60 e 80 dias algumas, porém, podem ir além dessa faixa.
Tipo II: são cultivares arbustivas, de crescimento indeterminado. As
inflorescências originam-se de gemas axilares. Mesmo na fase reprodutiva a
gema apical continua a desenvolver-se, formando uma guia que não
ultrapassa poucos centímetros. A altura total das plantas alcança
aproximadamente 70 cm. Os ramos laterais são poucos e curtos.
Apresentam um período de floração na faixa de 15 a 20 dias. A maturação
das vagens é bastante uniforme. O ciclo de vida das plantas, em geral,
situa-se na faixa de 80 a 90 dias.
Tipo III: são cultivares indeterminadas, mas com tendência a prostrar
ou a subir em tutores. Possuem ramos laterais bem desenvolvidos e
numerosos. A haste principal pode alcançar até 120 cm de comprimento. As
inflorescências originam-se nas axilas das folhas e ramos. O período de
floração geralmente situa-se na faixa de 20 a 25 dias. Em geral, a
maturação das vagens não é uniforme, pois enquanto as inferiores já
encontram-se amadurecidas, as superiores ainda estão verdes. Como
normalmente a maior parte das vagens está disposta na parte inferior da
planta, a colheita deve ser feita visando aproveitar estas vagens inferiores,
em detrimento das superiores. O ciclo de vida situa-se entre 85-90 dias.
4.3- Clima:
4.3.1- Condições Climáticas:
Apesar da ampla adaptação e distribuição geográfica do feijoeiro, ele
é muito pouco tolerante a fatores extremos do ambiente, sendo uma cultura
relativamente exigente no que diz respeito à maioria das condições
edafoclimáticas. Desta forma, algum conhecimento a respeito das exigências
e limitações do feijoeiro é de fundamental importância para a escolha de um
ambiente onde a cultura possa crescer, desenvolver e produzir bem,
aproveitando ao máximo o potencial da cultivar utilizada, as respostas a
adubação e o benefício das outras práticas ou tecnologias empregadas
(Andrade, 1998).
Quanto a temperatura, o feijoeiro apresenta-se muito exigente, sendo
considerada como ideal a temperatura média de 21oC para o ciclo todo. As
temperaturas inferiores a 15oC causam dificuldades na absorção de água e
severa redução na fotossíntese; a 10oC, o feijão revela baixa taxa de
absorção de CO2; (Jobim, 1990). As altas temperaturas talvez sejam o fator
climático que exerce maior influência sobre o aborto de flores, o vingamento
e a retenção final de vagens no feijoeiro, sendo também responsável pela
redução no número de sementes por vagem (Portes 1988). Comumente, a
taxa de abscisão dos órgãos reprodutivos no feijão atinge 50 a 70% do total
de flores abertas, mas pode aumentar em temperaturas superiores a 30ºC
durante o dia e 25ºC durante a noite (Kay, 1979, citado por Andrade, 1998).
Desta forma, vários trabalhos mostram os efeitos prejudiciais de altas
temperaturas sobre o florescimento e frutificação do feijoeiro, mais
especificamente sobre a fixação de flores e de legumes. A temperatura afeta
tanto a área foliar como a partição de matéria seca entre as folhas e o resto
da planta (Thomé, 1982).
Andrade (1998), cita que altas temperaturas também podem ser
decisivas na ocorrência de diversas enfermidades que ocorrem na cultura do
feijão, principalmente se associadas à alta umidade relativa do ar.
A temperatura também afeta o subperíodo da floração a colheita,
encurtando a sua duração com temperaturas mais elevadas ou alongando-o
com temperaturas mais baixas (Thomé, 1982).
O rendimento do feijoeiro é bastante afetado pela condição hídrica do
solo. Deficiências ou excessos de água, nas diferentes fases do ciclo da
cultura, causam diminuição na produtividade em diferentes proporções
(Silveira & Stone, 1998).
O consumo de água pela cultura é variável com o estádio de
desenvolvimento, a variedade, o local, as condições do solo e a época de
semeadura. Os requerimentos de água diários estão em torno de 3 mm/dia
da germinação ao início do florescimento e, em torno de 6 mm.dia-1 daí em
diante. Isto corresponde a um total de 300 a 500mm de água para o ciclo
(Jobim, 1990).
Com relação à variação do consumo de água da cultura nos diferentes
períodos fenológicos, Vargas & Obrecánné (1987) citados por Vieira et al
(1997), mostraram que o maior consumo ocorre antes do florescimento (60%
da água disponível ) e cai para 40% da água disponível após o florescimento.
O estresse hídrico afeta praticamente todos os aspectos do
crescimento da parte aérea e da raiz, causando redução na expansão
celular, condutância estomática, fotossíntese e consequentemente, na
acumulação de matéria seca (Hsiao, 1990, citado por Pimentel & Perez,
1999). Quando o déficit hídrico se instala no período compreendido entre a
semeadura e a emissão da Quarta folha trifoliada, há prejuízo na
germinação, na emergência e na sobrevivência de plantas, resultando em
baixo estande, o que irá se traduzir em redução no rendimento de grãos(
Macedo Junior et al, 1994).
Vários mecanismos permitem aos vegetais tolerar a falta de água em
maior ou menor intensidade, sendo a adaptação a seca uma função
multigênica, e portanto dependente de várias características fisiológicas e
morfológicas (Bray, 1993, citado por Pimentel & Perez, 1999). O feijoeiro
apresenta dois principais mecanismos de adaptação à seca, para
manutenção da hidratação da planta (Kramer & Boyer, 1995), que são: o
controle estomático, diminuindo as perdas de água, e o desenvolvimento do
sistema radicular, para maior captação de água. Estas características de
adaptação à deficiência hídrica favorece o desenvolvimento do sistema
radicular, em detrimento ao crescimento da parte aérea, sobretudo quando
submetidas à seca (Subbarao et al, 1995, citado por Pimentel & Perez,
1999).
Fiegenbaum et al (1986), utilizaram sementes de feijão das cultivares
Turrialba 4, Rio Tibagi e EMPASC 201-Chapecó, todas pertencentes ao
grupo de classificação "preto" com hábito de crescimento indeterminado tipo
II, aonde foi observado comportamento diferencial das cultivares Rio Tibagi
apresentando-se como resistente à falta de água no solo, Turrialba 4 como
moderadamente resistente, e EMPASC 201-Chapecó como susceptível.
O feijão é classificado como planta sensível ao estresse hídrico,
principalmente devido ao seu sistema radicular pouco desenvolvido e a sua
baixa capacidade de recuperação após o déficit hídrico. Por outro lado, o
feijoeiro não tolera excesso de água pois prejudica o desenvolvimento
vegetativo e a qualidade dos grãos produzidos, além de seus efeitos indiretos
pois favorece o aparecimento de moléstias.
Segundo Hsiao (1990), citado por Pimentel & Perez (1999), a redução
do potencial hídrico da folha durante o estresse hídrico, quando comparado
ao controle irrigado, pode ser correlacionado com a queda da produtividade.
Outro parâmetro correlacionado com a queda da produtividade é a
manutenção da área foliar e, consequentemente, a produção de
fotoassimilados, quando sob estresse hídrico, sobretudo no período crítico de
pré-floração.
Quanto às respostas a déficits hídricos em diferentes estádios, o
feijoeiro tem demonstrado ser altamente sensível durante a floração e o
início de formação da vagem, muito embora responda também durante o
enchimento do grão e, em menor escala, no crescimento vegetativo (Silveira
& Stone, 1998). Neste particular, Garrido et al (1979) citado por Silveira &
Stone (1998), ao avaliarem o efeito do déficit de umidade do solo em
determinados períodos do ciclo do feijoeiro, cultivar Goiano Precoce,
observaram haver relacionamento entre o nível de água do solo e o
rendimento. O período mais afetado pelo déficit de água foi o de formação e
crescimento das vagens, com redução de 58% na produção final. O
tratamento de déficit de água no final da floração causou redução de 42%.
Por outro lado Thomé (1982), determinou o estádio de
desenvolvimento mais sensível ao déficit hídrico é a floração e dentro desse
estádio, o período do início da floração à floração plena, tem se mostrado
mais crítico quanto ao déficit de água. Já para Kattan & Fleming (1956),
citado por Thomé (1982), o período crítico inclui também o desenvolvimento
do legume.
Fischer & Weaver (1974), citados por Jobim (1990), relatam a baixa
umidade do ar durante o período reprodutivo como fator de abortamento de
flores e redução na retenção de legumes. Baixa umidade relativa do ar
associada a altas temperaturas aumenta a demanda de água pela planta,
que passa a transpirar mais e apresenta elevada tensão hídrica, o que reduz
o pegamento e a retenção final de vagens. Este efeito é agravado pela
ocorrência de ventos (Portes, 1988, citado por Andrade, 1998).
Bergamaschi et al (1988) concluíram que , quando o déficit hídrico
ocorre no final do enchimento de grãos e na maturação fisiológica, não afeta
a duração do ciclo fenológico do feijoeiro. Entretanto, o estresse por
deficiência de água antecipa a maturação, quando ocorre após a emissão
dos primeiros legumes, e prolonga o ciclo do feijoeiro, quando se dá durante
a formação dos botões florais e a floração.
Quanto aos componentes de produção, Couto (1976) citado por
Silveira & Stone (1998), verificou que o estresse hídrico reduziu o peso dos
grãos, seguido do número de vagens por planta, sendo estes os fatores mais
afetados , ao contrário do número de grãos por vagem, que foi o menos
afetado.
Em relação ao fotoperíodo, o feijoeiro comum possui grande
variabilidade quanto à sua resposta. Porém há grande quantidade de
cultivares que respondem a dias curtos ou são fotoneutras, entretanto a
maioria dos genótipos apresenta insensibilidade ao fotoperíodo, fato este que
permitiu a disseminação da espécie em uma ampla faixa de latitudes (Jobim,
1990).
4.3.2- Condições climáticas: safra x safrinha.
O feijoeiro, apesar de ser cultivado na estação quente, requer para
seu desenvolvimento condições amenas de clima, principalmente em termos
de temperatura e disponibilidade hídrica, porém em condições normais de
cultivo nem sempre o clima comporta-se de forma a proporcionar o
desenvolvimento ideal da cultura.
Segundo Bisognin et al (1997), na fixação da época de semeadura,
diversos fatores do meio são definidos, entre eles a temperatura do ar. Sobre
este aspecto salienta que deve-se considerar quais são os limites que a
temperatura estabelece sobre o rendimento potencial da cultura, avaliando a
duração da limitação e sua influência sobre as diferentes etapas do
crescimento e desenvolvimento da cultura.
No estado do Rio Grande do Sul há dois períodos principais de cultivo
e que diferem muito entre si quanto aos parâmetros meteorológicos: o
período da safra, que compreende os meses de agosto a dezembro e a
safrinha que compreende os meses de janeiro até meados de abril. As
diferenças ocorrem principalmente quanto a temperatura, a qual mantém-se
na safra, para as condições de Santa Maria, na média dos 200C, sendo que
a média das máximas fica em torno dos 240C e a das mínimas em torno
dos 180C. Estas temperaturas estão bem próximas àquelas requeridas para
um ótimo desenvolvimento do feijoeiro. Na safrinha as temperaturas são
mais elevadas, principalmente nos meses de janeiro, fevereiro e março com
média das máximas em torno dos 300C e mínimas de 190C, a
temperatura média do ar nestes meses situa-se na faixa dos 240C, ou seja, a
temperatura média do ar nestes meses é próxima a média das máximas
ocorrentes na safra. Estas temperaturas, como foi visto anteriormente,
podem ter uma influência negativa sobre o desenvolvimento do feijoeiro.
Bisognin et al (1997), cita que o feijão em Santa Catarina, o cultivo de
safra normalmente compreende os meses de setembro a novembro e o
cultivo de safrinha, os meses de janeiro e fevereiro. Segundo o zoneamento
agroclimático da cultura para o Estado, no planalto catarinense não se
recomenda o cultivo de safrinha, devido a possibilidade de ocorrência de
baixas temperaturas no final do ciclo da cultura, os quais podem limitar o
rendimento de grãos.
Outro fator que pode influenciar sobremaneira o desenvolvimento da
cultura é a evaporação, a perda de água pela superfície do solo, que pode
limitar a disponibilidade de água para o feijoeiro especialmente em períodos
críticos do desenvolvimento da cultura. A evaporação aumenta a partir de
agosto no Rio Grande do Sul, certamente pelo aumento da temperatura,
atingindo o máximo no mês de dezembro, mantendo-se alta durante janeiro e
após esta vai diminuindo, acompanhando o decréscimo da temperatura.
Quanto a precipitação, não há grandes variações entre a safra e safrinha,
entretanto, fevereiro é o mês com menor precipitação, fato que tem de ser
levado em consideração visto que o período de floração é um estádio em
que o feijoeiro é extremamente sensível a deficiência hídrica e março é o
mês mais chuvoso podendo tornar-se problema dependendo do estádio de
desenvolvimento em que se encontre o feijoeiro, principalmente, estiver em
maturação de colheita.
4.4- Influência das condições sanitárias sobre o fei joeiro.
4.4.1- Efeito das plantas daninhas:
O feijoeiro se desenvolve melhor em temperaturas amenas (em tomo
de 210C) e apresenta baixo ponto de compensação luminoso, de 150 a 250
J.m2.S-1 (Laing et al, 1983, citado por Ferreira et al, 1998), valores
relativamente baixos, principalmente se comparados com os observados em
espécies consideradas eficientes, como milho e sorgo, que apresentam taxa
fotossintética máxima em níveis de luminosidade três vezes superiores aos
relatados para feijão (Portes, 1988). Esse conhecimento é de grande
importância para se planejar o manejo das plantas daninhas nessa cultura,
pois, nos plantios da “seca” e de outono-inverno no Centro-Sul, as
temperaturas são mais baixas e ocorre menor radiação solar. Estas
condições irão favorecer o desenvolvimento da cultura do feijão, permitindo a
rápida cobertura do solo e impedindo o desenvolvimento das espécies de
plantas daninhas que germinarem após a cultura. No plantio das “águas”,
altas temperaturas e intensa radiação solar favorecem o desenvolvimento de
diversas espécies de plantas daninhas, principalmente as gramíneas e
ciperáceas, em detrimento do feijoeiro, tornando-se obrigatório iniciar o
controle mais cedo, Ferreira et al (1998).
A associação de métodos de controle deve ser utilizada sempre que
possível. É conveniente que a estratégia de controle (melhor método, no
momento oportuno) esteja adaptada às condições locais de infra-estrutura,
como disponibilidade de mão-de-obra e de implementos, além da análise de
custos, (Gelmini & Roston, 1983, citados por Ferreira, 1998).
Para a cultura do feijão ter vantagem competitiva em relação às
plantas daninhas, é importante utilizar espaçamento adequado. Em termos
práticos, o bom espaçamento é o que permite cobertura total do solo quando
a cultura atinge seu pleno desenvolvimento vegetativo, devendo ser
diferenciado de acordo com as variedades e condições edafoclimáticas. E
comum o uso de 0,5 metros entre linhas e 10 a 15 sementes por metro para
a maioria das variedades, enfrentando a variação do espaçamento entre
linhas ou da densidade de plantas na linha pode contribuir para a redução da
interferência das plantas daninhas sobre a cultura. A redução do
espaçamento entre linhas geralmente proporciona vantagem competitiva à
maioria das culturas sobre as plantas daninhas sensíveis ao sombreamento
(Lorenzi, 1994).
As variedades de hábito de crescimento dos tipos I e II (Goiano
Precoce, Gordo, Preto 60 Dias, Rico 23, Rio Tibagi) têm porte ereto e, devido
aos poucos ramos laterais, dificilmente cobrem totalmente o solo quando se
usam os espaçamentos convencionais, sendo recomendável a diminuição do
espaçamento. Já com as variedades de tipo III (Carioca, Bico-de-Ouro,
Ricopardo, Costa Rica), a cobertura do solo ocorre sem maiores problemas
nas lavouras bem conduzidas. As variedades do tipo IV (trepadoras que
exigem tutoramento) são poucos exploradas em monocultivo. A combinação
espaçamento-variedade visa, principalmente, proporcionar adequada
cobertura do solo para diminuir a interferência das plantas daninhas com a
cultura(Lorenzi, 1994).
O feijoeiro é uma planta extremamente sensível à competição imposta
pelas plantas daninhas, as quais podem reduzir não só a produção, mas
também a qualidade do produto final. A intensidade da competição entre as
invasoras e o feijoeiro está relacionada a fatores como as espécies que
compõe a comunidade daninha, a densidade populacional destas espécies,
a altura e o hábito de crescimento do feijoeiro (Vieira,1970). O efeito da
competição é mais sentido quando ocorre desde o início do ciclo, e a
competição é mais intensa em relação a água do que à luz e aos nutrientes,
podendo causar reduções entre 50-70% no rendimento (Vieira, 1970). Este
autor em trabalho sobre período crítico de competição demonstrou que o
período entre 10 e 30 dias após a emergência das plantas é o mais sensível,
quando a competição com invasoras ocasiona sérias perdas no rendimento.
Kramm et al (1990) citado por Arf et al (1999), reafirma o que foi
mencionado por Vieira(1970), ou seja, que é necessário manter a cultura do
feijoeiro livre de plantas daninhas durante 30 dias após a emergência, sendo
que o uso de adubos verdes possibilita diminuir o uso de herbicidas ou
capinas.
Em vista das perdas, o controle de plantas daninhas se torna de
fundamental importância para a obtenção de altos rendimentos. Para este
fim vários métodos foram desenvolvidos e uma destas estratégias é o
controle cultural, ou seja, o controle através de práticas que beneficiem a
cultura em detrimento das invasoras. Segundo Deuber (1992), o aumento da
densidade populacional é uma das maneiras de conseguir controle
adequado, sendo viável para muitas lavouras anuais, tais como soja, feijão,
amendoim entre outras cujos espaçamentos são dimensionados para a
passagem do trator com o implemento.
O fechamento da cultura exerce efeito competitivo sobre as plantas
invasoras principalmente por luz e espaço físico, resultando em um controle
muito eficiente. Dependendo das espécies daninhas existentes na área, esta
prática sozinha pode ser suficiente para alcançar um controle adequado. Um
trabalho conduzido pelo IPEANE (1974), mostrou que as maiores densidades
cobriram as entrelinhas 10 dias mais cedo do que as menores densidades.
Willians et al (1973) verificaram que as maiores densidades de semeadura
do feijoeiro resultaram em menores perdas pela competição e também
reduziram significativamente o peso fresco das invasoras por ocasião da
colheita da cultura.
A estatura de planta e também o hábito de crescimento do feijão
poderiam exercer papel importante na supressão do desenvolvimento de
espécies daninhas. Neste aspecto, as plantas com hábito indeterminado e
guias abertas tenderiam a serem mais efetivas do que, por exemplo, plantas
do tipo I (hábito determinado). Entretanto Wortmann (1993), trabalhando
com plantas de hábito determinado e indeterminado, demonstrou que a
habilidade do feijoeiro em suprimir o desenvolvimento de espécies daninhas
independe do seu hábito de crescimento.
4.4.2- Moléstias:
O Rio Grande do Sul apresenta características climáticas favoráveis
ao ataque e proliferação de diversas moléstias do feijoeiro, sendo que
algumas contribuem de forma significativa para os baixos rendimento da
cultura no Estado.
Com o uso de semeadura mais densas, seja pela diminuição do
espaçamento entrelinhas e/ou pelo aumento da população, haveria
tendência à um aumento na ocorrência de moléstias pela formação de um
microclima favorável ao desenvolvimento de fitopatógenos, especialmente
fungos. Ferraz & Filho (1998) observaram o efeito de arquitetura do dossel
e densidade de plantas sobre a antracnose (Colletotrichum lindemunthianum)
e verificaram que plantas de hábito semiprostrado apresentaram maior
incidência e severidade da moléstia do que plantas de hábito ereto,
aumentando com o aumento da densidade de plantas de 8 para 16
plantas.m-1 linear. Charchar et al (1991) verificaram maior incidência e
número de esclerócios.kg-1 de solo de Sclerotinia sclerotiorum, quando a
densidade passou de 12 para 24 plantas.m-1linear. No entanto, Shuch et al
(1993), em trabalho relacionando populações (100, 200, 350 e 500mil
plantas/ha-1) e espaçamentos (25, 50 e 75cm entrelinhas), não observou
efeito destes fatores sobre a antracnose e o crestamento bacteriano comun.
A antracnose é uma das principais doenças que afetam esta
leguminosa, especialmente em localidades com temperaturas moderadas e
alta umidade relativa do ar. Constitui motivo de grande preocupação, não
somente pelo seu efeito negativo no rendimento, mas também pela sua alta
transmissibilidade através da semente e pela variabilidade patogênica do
agente causal ( Costa et al 1993).
Kruger et al (1977) citado por Costa et al (1993), determinou que a
cultivar Cornell 49-245, originária da Venezuela, possui o gene dominante
ARE, o qual lhe conferia resistência a todas as raças conhecidas da época. A
partir de então, esta cultivar passou a ser utilizada como fonte de resistência
na maioria dos programas de melhoramento do feijoeiro visando resistência
à antracnose. Entretanto, já foram identificadas novas raças capazes de
"quebrar" a resistência do gene ARE, incluindo a alfa-Brasil e a capa .
Os genótipos de feijoeiro resistentes à antracnose podem ter também
o processo de fechamento estomático sensível tanto a elicitores produzidos
na infecção pelo fungo, quanto a elicitores produzidos pelo estresse hídrico.
Assim, o monitoramento de variáveis fisiológicas, indicadoras do controle da
abertura estomática, poderá também ser útil na detecção de resistência a
patógenos em plantas (Bray 1993 & Leite et al, 1997, citados por Pimentel &
Perez, 1999).
O rendimento da cultura do feijão está diretamente relacionado com a
área foliar das plantas (Carneiro et al., 1997; Canteri et al., 1998). Apesar da
importância apresentada na literatura, até recentemente, pouca atenção tem
sido dada ao estudo dos efeitos das moléstias sobre a área foliar da planta
hospedeira (Silva et al., 1998). Os efeitos dos patógenos sobre a área foliar
podem ser de três tipos: redução direta da área foliar, em função da lesão; a
aceleração da senescência natural das folhas, ou redução no crescimento da
planta. Canteri et al (1998) mostrou haver correlação entre rendimento,
duração de área foliar e absorção da área foliar sadia, comprovando haver
redução na eficiência fotossintética causada por mancha angular. Lopes et
al (1998), também encontraram redução na taxa fotossintética com aumento
da área foliar, danificada pelo patógeno Uromyces appendiculatus, causador
da ferrugem do feijoeiro.
4.5- Adubação no feijoeiro
4.5.1- Considerações gerais
O material produzido por uma cultura, durante seu desenvolvimento,
provém da fotossíntese. No entanto, a produção total depende do
suprimento mineral, embora o mesmo constitua apenas uma pequena
proporção do peso da matéria seca da planta, Milthorpe & Moorby (1974)
citado por Boaro et al (1997).
Urbem Filho & Vieira (1980), conduziram dois experimentos em
Viçosa, Minas Gerais, um na período das “águas” e outro na período da
“seca”, nos quais estudaram o efeito de doses de nitrogênio (0, 40, 80, 120 e
160 kg.ha-1 ) em quatro modos de aplicação, e verificaram que a produção
de sementes e de palha no período das águas aumentou com o incremento
das doses de N, mas em contrapartida doses crescentes de uréia
favoreceram o acamamento de plantas, consequência do aumento do peso
da parte aérea que resultou do maior desenvolvimento vegetativo dos
feijoeiros. No ensaio do período da “seca”, não houve diferença significativa
entre as produções provocadas pelas doses de 40 à 160 kg.ha-1, sendo
verificado que as maiores doses provocaram acamamento dos feijoeiros.
Independente do período as maiores doses de N influenciaram
negativamente o estande de plantas.
O número de trabalhos com adubação no feijoeiro é muito grande e,
apesar de algumas controvérsias os pesquisadores têm apontado o fósforo
(P) como o nutriente que tem apresentado o maior número de respostas
positivas seguido pelo nitrogênio (N) e por último pelo potássio (K). Malavolta
(1972), revisando 232 ensaios de adubação no feijoeiro conduzidos em oito
estados brasileiros, encontrou resposta positiva ao P em 103 ensaios
(44,4%), 67 (28,9%) com resposta positiva ao N e em apenas 15 (6,5%)
houve resposta positiva ao K.
O nitrogênio provoca incremento linear na produção, sendo o feijoeiro
capaz de responder a doses tão elevada quanto 160 kg.ha-1. O fósforo, por
outro lado, tem provocado grande número de respostas quadráticas em
relação ao rendimento, alcançando um máximo com cerca de 100 a
200kg.ha-1, entretanto há trabalhos mostrando respostas à aplicação de
doses de até 642kg.ha-1 (Oliveira et al., 1987). Quanto ao potássio, observa-
se pequeno número de trabalhos mostrando respostas positivas à sua
aplicação, sendo que em geral são atribuídas ao exaurimento do K do solo
pelo não uso ou uso em pequenas quantidades de fertilizante potássico, o
que teria causado então uma diminuição dos seus teores no solo. Não
obstante, é maior o número de ensaios em que foram relatadas respostas
negativas a sua aplicação.
Stone & Pereira (1993), observaram que a absorção dos
macronutrientes, especialmente do N, P e K, aumenta tanto com o aumento
da dose de adubação aplicada ao feijoeiro como da aplicada à cultura
anterior. A absorção dos micronutrientes também aumenta com a adubação
do feijoeiro, mas não com aplicada à cultura precedente. Entre as cultivares,
as precoces absorvem menos nutrientes. Para estas cultivares as quais
dispõem de menor espaço de tempo para a absorção de nutrientes, parece
ser necessário aumentar sua disponibilidade, o que pode ser conseguido
com maior dose de adubo.
Segundo Fageria (1983), a capacidade intrínseca de produção
agrícola dos solos está íntima e diretamente relacionada com os seus teores
de matéria orgânica e N. Por outro lado, é difícil manter um nível satisfatório
dos dois componentes na maioria dos solos cultivados. Assim, os métodos
de adição e de manutenção de matéria orgânica devem ser considerados
com antecipação em todos os programas de manejo dos solos cultivados.
Hernani et al (1995) citado por Arf et al, sugerem ser a matéria
orgânica capaz de influenciar de forma positiva a retenção de nutrientes de
plantas e diminuir as perdas por lixiviação; mas, segundo o autor, o efeito
mais importante da decomposição de restos de vegetais é a melhoria da
estrutura do solo, que, consequentemente, melhora a relação água/ar, além
de permitir aumentos de infiltração de água, da retenção de água e
nutrientes no solo, e desenvolvimento mais adequado das raízes.
Arf et al (1999), observou que quanto à produção de grãos, houve
efeito significativo da adubação em cobertura e também dos restos culturais.
Quanto à adubação nitrogenada, apesar de não ter sido observado efeito
sobre o número de vagens, grãos e grãos/vagens, o peso de 100 grãos foi
influenciado , ou seja, o fornecimento de N propiciou a obtenção de grãos
mais pesados, e, consequentemente maior produção de grãos, aonde a
aplicação de 45 kg. ha-1 de N aumentou em 17,8% a produtividade média do
feijoeiro.
Malavolta et al (1980), trabalhando com a cultivar Carioca em solução
nutritiva, demonstrou que a ausência magnésio (Mg) determinava, de modo
geral, diminuição da matéria seca de raiz, caule, folha e total da planta.
Mengel & Kirkby (1987) citados por Boaro et al (1997), referindo-se a
plantas de uma maneira geral, registraram que a carência de Mg determina,
com frequência, atraso da fase reprodutiva e Dantas et al (1979) relataram
que plantas de feijão macassar (Vigna sinensis (L.) Endl.), cultivadas em
solução nutritiva com ausência de Mg, floresceram, mas não ocorreu
formação de frutos, devido à queda dos botões florais.
Boaro et al (1997) observou que o nível de 2,4 ppm de Mg é o ideal ou
está próximo dele, para a produção de matéria seca raiz, caule, folha e
frutos, e a utilização de níveis elevados de Mg na solução nutritiva não
melhora a produção de matéria seca do vegetal.
Segundo Duarte & Zimmermann (1993), o comportamento da
produtividade de grãos de 76 genótipos de feijão mulatinho, em doze
ambientes nos anos agrícolas de84/85 e 85/86), concluíram que a maioria
dos genótipos mostraram tendência a tornarem-se menos responsivos na
medida em que as condições ambientais melhoraram, inclusive cultivares
extensivamente plantadas no Brasil, mesmo em condições de alta
tecnologia. Isto sugere que pode estar havendo um desperdício de insumos
com cultivares pouco responsivos.
Dynia & Moraes (1997), avaliando o efeito de tratamentos que
associaram cinco doses de calcário e duas doses de micronutrientes,
aplicados a um solo Gley pouco húmico, constatou que o feijoeiro não
respondeu à calagem. O elevado teor inicial de Ca2+ + Mg2+ no solo, ou os
problemas nutricionais que limitaram a produtividade do feijoeiro em níveis
muito inferiores ao potencial das cultivares usadas, podem ter sido a causa
da falta de resposta do feijoeiro aos tratamentos com calcário. Nos
tratamentos sem micronutrientes, a produtividade do feijoeiro foi
severamente reduzida, (menos de 200 kg.ha-1), as plantas apresentavam
folhas grossas, coriáceas, enrugadas e enroladas para baixo, com manchas
amarelas e necróticas. Tais sintomas são semelhantes aos de deficiência de
boro (Schwartz et al(1978), citado por Dynia & Moraes (1997).
Santos et al (1979), trabalhando com dois solos de Viçosa e um de
Paula Cândido, Estado de Minas Gerais, inocularam com estirpes de
Rhizobium phaseoli e colocados em vasos. Aonde cada um desses solos
recebeu três doses de molibdênio (0, 8 e 16 g/ha-1 , combinadas com três
doses de cobalto (0, 0,2 e 0,4 g.ha-1 ) e dois níveis de nitrogênio(40 e 80
Kg.ha-1), verificaram que o molibdênio teve efeito sobre o peso seco dos
feijoeiros, causou aumento no teor de N na parte aérea das plantas. Quanto
à produção de grãos, no solo de Paula Cândido ela declinou linearmente
com a aplicação de Mo. No solo 2 (de Viçosa), a produção de feijão cresceu
linearmente com o aumento das doses de Mo. No solo 3 (de Viçosa) a
resposta foi quadrática, obtendo-se a maior produção com a dose de 12,3
g.ha-1 de Mo. Os tratamentos adicionais mostraram que, na média dos três
solos, a combinação de N com Mo e Co permitiu produção de sementes que
não diferem significativamente da obtida com a maior dose de N. O cobalto
não teve influência sobre nenhuma das características estudadas.
4.5.2- População de Plantas X Adubação:
Essa interação torna-se especialmente importante, pois com o uso de
maiores populações por área, aumenta a competição por fatores limitantes
do meio, principalmente água, luz e nutrientes. Os efeitos negativos da
competição intraespecífica podem ser reduzidos pelo uso de práticas como a
irrigação, assim como pelo aumento da adubação (Fronza, 1994).
O que tem sido observado é que, na maioria dos casos, a produção
não tem aumentado com acréscimo da adubação e da população de plantas,
porém na maioria dos trabalhos, calcula-se a quantidade de fertilizante em
termos de kg.ha-1, assim, com o aumento da densidade de plantas, o que
ocorre é uma diminuição na quantidade de fertilizante disponível para cada
planta, limitando o potencial de desenvolvimento. Cunha & Silva (1978),
trabalhando com doses de NPK (0; 20-40-10; 40-80-20; 60-120-30 e 80-60-
40kg.ha-1) em quatro densidades (10, 20, 30 e 40plantas/m-2),em dois tipos
de solo, um com alto teor de P, e outro de baixa fertilidade, observaram no
primeiro tipo de solo que o incremento nos níveis de adubação e a
diminuição da população de plantas causaram aumentos significativos na
produção e na altura das plantas. No solo de baixa fertilidade, foi verificado
efeito significativo apenas para níveis de adubação, os quais aumentaram a
produção de grãos e também a estatura de plantas.
Vidal citado por Fronza (1994), obteve curvas de resposta quadráticas
aos níveis de P (0, 100, 200 e 300kg.ha-1) e densidade de plantas (10, 15 e
20 plantas.m2) sobre o rendimento de grãos. Silva (1985), trabalhando com
fórmulas de adubação e 3 densidades de população (180, 260 e 340 mil
plantas.ha-1), verificou efeito de fórmulas de adubação sobre a produção,
estatura de plantas e para os teores foliares de N e K. De maneira geral,
todos estes tenderam a aumentar com o incremento de fertilizante, havendo
interação significativa entre níveis de adubação e densidades, apenas para
estatura de plantas. Comenta ainda que o aumento da população não afetou
a altura de plantas e a produção de grãos, provavelmente devido a menor
disponibilidade de nutrientes por planta em densidades maiores
4.6- População de Plantas:
4.6.1-Influência da população de plantas no rendim ento de grãos.
O efeito de populações de plantas sobre o rendimento de grãos tem
sido estudado por vários autores. Em geral, esses estudos tem indicado que
as cultivares de hábito indeterminado são tolerantes a determinadas
variações na população de plantas maiores, já cultivares de feijão com hábito
determinado parecem ter rendimentos associados ao uso de maiores
populações por hectare, no entanto, os rendimentos podem variar segundo
as disponibilidades ambientais.
Chung e Golden (1971), trabalhando com cultivares de hábito
determinado e indeterminado avaliaram o efeito do aumento da população
sobre o rendimento, demonstraram que a população de 43 plantas por m2 a
que proporcionou o maior rendimento, independentemente do hábito de
crescimento da planta. Crothers & Westermann, (1977) entretanto,
colocaram que o aumento da produção através da utilização de altas
populações pode ser conseguido nas cultivares de hábito determinado. Ainda
segundo estes autores, a expressão do potencial genético quanto à
produção de grãos das cultivares de hábito indeterminado estaria
estreitamente relacionado com menores populações. Este comportamento é
atribuído ao menor potencial de competição por fotoassimilados nas
cultivares de hábito determinado em relação às de hábito indeterminado.
Estes resultados concordam com os obtidos por Thomé (1982), que
trabalhou com a cultivar Iraí, de hábito determinado, e mostrou que as
maiores populações foram as que tiveram o maior rendimento. Mascarenhas
et al (1966) Leakey, (1972); Maulk et al (1973), citados por Thomé (1982),
também colocam que o uso de populações mais altas para cultivares de
hábito determinado, resultam em maiores produções. Brandes et al (1971),
trabalhando com densidades de 125 mil a um milhão de plantas com a
cultivar Rico 23 (hábito de crescimento indeterminado tipo II), em Minas
Gerais, verificou que no período das “águas” as populações utilizadas
praticamente não afetaram a produtividade da cultura, contudo, no período
da “seca”, apesar dos estandes terem ficado abaixo da população inicial,
ainda assim, houve diferença significativa entre as médias das densidades,
sendo a população final de 500 mil plantas, a que produziu o maior
rendimento. Vieira (1968) já havia mencionado que a cultivar Rico 23 é
pouco influenciada quando a densidade de semeadura variou entre os
limites de 200 mil a um milhão de sementes por hectare.
Westphalen et al (1974), com a cultivar Rico (hábito de crescimento
indeterminado tipo II), não obteve diferenças significativas sobre o
rendimento de grãos entre as populações de 120, 240 e 360 mil plantas.ha-1,
as quais diferiram significativamente da população de 480 mil plantas.ha-1,
sendo esta a que apresentou o menor rendimento. Bergamaschi et al.
(1975) repetiram o experimento com a cultivar Rio Tibagi (tipo II) e as
mesmas populações. Neste ano não foi observada diferença significativas
entre as populações, entretanto os pesquisadores comentaram a nítida
tendência de diminuição no rendimento quando a população aumentou de
360 para 480 mil plantas.h-1a. Bergamaschi et al (1976), trabalhando com a
cultivar Rio Tibagi, não obteve efeitos significativos de populações de forma
a influenciar o rendimento de grãos, o que veio a confirmar os resultados de
anos anteriores referentes a baixa resposta de rendimento do feijoeiro dentro
de uma faixa bastante ampla de variação na densidade de plantas. Como
conclusão, após os três anos de experimentação a variação na densidade de
120 a 480 mil plantas.ha-1 não afetou o rendimento de forma significativa.
Quintero (1986), trabalhando com cultivar do tipo III (hábito
indeterminado), mostrou que o rendimento de grãos correlacionou-se
positivamente com a densidade populacional, ocorrendo maior produção na
densidade de 50 plantas.m-2, apesar de não diferir significativamente da
densidade de 25 plantas.m-2. Peloso (1988), estudando o comportamento de
cultivares na safra de inverno, mostra que a população de 240 mil plantas.ha-
1 leva a produtividades semelhantes à de 400 mil plantas.ha-1, não havendo
diferenças significativas no rendimento entre as duas populações. Schuch et
al (1993), verificaram que a população de plantas por hectare (100, 200, 350
e 500 mil) não afetou o rendimento de grãos da cultivar Pampa. Arf et al
(1996) trabalharam com a cultivar Ouro (tipo II) em densidades mais baixas
(8, 12 e 16 plantas.m-1 linear), não observaram diferenças entre as
populações mais altas, entretanto, o rendimento da população de 16
plantas.m-1 linear foi significativamente maior do que a menor população.
Guidolin et al (1998), trabalhando com duas cultivares uma de hábito
de crescimento arbustivo tipo II (Barriga Verde) e a outra hábito de
crescimento prostrado tipo III (Carioca 80 SH), verificou que com o aumento
da população promoveu efeitos opostos para as duas cultivares, no
espaçamento de 0,25m entre linhas. A cultivar Barriga Verde apresentou um
aumento linear no rendimento de grãos, a medida que a população
aumentou de 200 para 400 mil plantas por hectare, enquanto a cultivar
Carioca 80 SH apresentou redução. No espaçamento de 0,50m entre linhas,
os rendimentos não variaram com o aumento da população.
Almeida & Sangoi (1994), trabalhando com variedade de hábito
determinado arbustivo (Iraí), indeterminado arbustivo (BR 6- Barriga Verde) e
indeterminado prostrado (Carioca), nas densidades de 100, 200 e 300 mil
plantas por Hectare, semeadas em outubro e dezembro, observaram
aumento do rendimento de grãos com aumento da população. Tais
aumentos foram significativos para a cultivar de hábito indeterminado
arbustivo, na época tardia e numa estação de crescimento com boa
distribuição pluviométrica.
Peloso (1990) em Goiânia , GO., obteve maiores produtividades para
feijão irrigado usando o espaçamento de 30cm entre linhas para a cultivar
EMGOPA 201-Ouro (Tipo II) e de 40cm para a Carioca (Tipo III), nas
densidade de 24 plantas.m². Silveira et al (1990), em Linhares, ES, citado por
Stone & Pereira (1993), obtiveram maiores produtividades com o
espaçamento de 40cm entre linhas para a cultivar Rio Doce (Tipo II),
havendo pouco efeito das densidades de semeadura testadas. Para a
cultivar Carioca as maiores produtividades foram obtidas nos espaçamentos
de 40 e 50cm com 6 a 9 plantas por metro linear.
Quando se tem baixa população de plantas (espaçamento entre linhas
mais amplos) a produção por planta é alta, embora por área seja baixa.
Aumentando-se a população (redução do espaçamento), a produção por
planta decresce, havendo, no entanto, aumento no rendimento. O
decréscimo na produção individual é compensado pelo aumento no número
de indivíduos por área. A curva de produção por unidade de área atinge um
máximo quando a população é ideal. A partir daí, o decréscimo na produção
individual não é compensado pelo aumento na população de plantas
(Pereira, 1989).
Apesar do grande volume de trabalhos nos quais foram verificados os
efeitos de população sobre o rendimento de grãos, cabe salientar que quase
todos estes trabalhos foram conduzidos na época de safra, mas ainda há
pouca pesquisa sobre o comportamento do feijoeiro na safrinha como por
exemplo Brander et al (1971) trabalhou com as duas épocas, além do que, é
importante também salientar o pequeno volume de informações na década
de 90, onde a cultura do feijoeiro vem ganhando importância, seja pelo seu
alto valor comercial, seja pelo uso de maior tecnologia por parte dos
produtores, alem do desenvolvimento de novos materiais com potenciais
muito superiores do que as cultivares antigas.
4.6.2- Influência da população de plantas sobre os c omponentes do
rendimento
Em relação aos componentes do rendimento a maioria dos autores
considera que o número de legumes por planta é o principal componente
morfológico a exercer efeito no rendimento final Chung & Golden,
1971.,Agudelo, 1972; Leakey, 1972. Agudelo (1972) ainda coloca que este
diminui com o aumento da população de plantas. Buttery (1969) citado por
Bennet (1977) encontrou, em soja, que os dois componentes de formação
de legumes (legumes por nó e ramificações por planta) foram
significativamente reduzidos pelo aumento da densidade de plantas, sendo
que o número total de legumes por ramo teve o maior decréscimo devido ao
aumento no número de ramificações que não possuíam legumes. Bennet
(1977), trabalhando com feijão da “seca”, observou variação no número de
legumes por planta pelo aumento da população devida a alterações quase
que recíprocas entre número de ramificações e número de racemos por nó.
Guidolin et al (1998) verificou que o número de vagens por planta
diminui com o aumento da população, independentemente do espaçamento
entre linhas. Por outro lado, o número de vagens por m² aumentou
linearmente com o aumento da população. Segundo o autor este fato pode
ser resultado do maior índice de área foliar obtido nas populações maiores.
Neste sentido, o índice de área foliar crítico é atingido mais rapidamente nas
maiores populações, proporcionando uma maior disponibilidade de
fotoassimilados no período de florescimento e formação das vagens.
Chung & Golden (1971) verificaram que o número de legumes por
planta foi positivamente correlacionado com o rendimento de grãos na
menor população (215.223plantas.ha-1), porém, na maior população
(430.446plantas.ha-1), o número de legumes por planta não influenciou o
rendimento de grãos sendo a maior contribuição dada pelo peso de 100
sementes. Estes resultados, parecem indicar que a competição por espaço
físico e nutrientes entre as plantas, nas maiores populações.
Lucas & Milbourn (1976) colocam que o número de legumes por
unidade de área foi o único componente do rendimento afetado
significativamente pela densidade de plantas, contudo chamam a atenção
para a baixa retenção de legumes em altas densidades, além disso, com
plantas mais espaçadas, estas produziriam legumes por um tempo mais
longo, resultando em valores de número de legumes por unidade de área
muito semelhantes dentro de uma ampla faixa de densidades. Sugerem
estes autores que as melhores densidades de semeadura para as cultivares
de hábito determinado estudadas estariam na faixa de 40 sementes.m-2 a 50
sem.m-2, densidades estas bem superiores às utilizadas nos dias de hoje
pelos nossos agricultores. Thomé (1982), trabalhando com a cultivar Iraí, de
hábito determinado, verificou interação entre espaçamento x densidade,
obtendo maior percentagem de legumes efetivos (legumes que possuíam
grãos) na densidade de 70 plantas.m-2, diferindo significativamente da
densidade de 50plantas.m-2. Salienta que o aumento da densidade
ocasionou uma redução no número de legumes infrutíferos por planta,
atribuindo este comportamento ao maior número de legumes abortados nas
densidades mais baixas, e conclui que as melhores densidades para a
cultivar Iraí estão na faixa de 30 a 50 plantas.m-2, pela maior eficiência de
utilização da radiação fotossinteticamente ativa.
Edje et al (1975), utilizando populações de 111, 222, 444 mil
plantas.ha-1, observaram que a produção e número de legumes por planta,
assim como grãos por legume, decresceram com o aumento da densidade e
atribuíram a maior produção por planta, nas menores densidades, a menor
competição intraespecífica, resultado do adequado suprimento dos fatores
de produção tais como água, luz e nutrientes. É, ainda, atribuído a
competição intraespecífica a diminuição no número de flores nas maiores
populações, influenciando assim a produção individual, haja visto as
reduções de 33% e 55% no número de legumes por planta nas maiores
densidades em relação a menor. Do exposto até agora por estes autores, as
cultivares de hábito indeterminado mantém seus rendimentos por área a
baixas populações devido ao aumento do número de grãos por legume, peso
de grãos e legumes por planta. Por sua vez, em cultivares de hábito
determinado o rendimento por área decresce com o uso de populações
abaixo de 300.000 plantas por hectare, uma vez que o número de grãos por
legume e peso de grãos permanecem relativamente constantes quando
modificam-se as densidades. Westphalen (1974) encontrou serem muito
significativos os efeitos da população sobre o número de legumes por planta
e significativo sobre grãos por legume. Bergamaschi & Westphalen (1975)
observaram efeito muito significativo o efeito da população sobre o número
de legumes por planta, atribuindo este comportamento ao maior
desenvolvimento, principalmente em ramificações, das plantas mais
espaçadas dentro da linha. Entretanto, quando foi calculado o número de
legumes por área, verificou-se tendência contrária, com o maior valor nas
maiores populações. O fator população teve efeito significativo para número
de grãos por legume, o qual diminuiu com o aumento da população. Ao final
de três anos de experimentação estes pesquisadores concluíram que o
número de legumes por planta e o número de grãos por legume diminuíram
com o aumento da população.
Guidolin et al (1998) verificaram que o número de grãos por m² foi
superior nas populações maiores (400 mil plantas por hectare), para a
cultivar Barriga Verde (hábito de crescimento arbustivo tipo II) no
espaçamento de 0,25m entre linhas. Para o peso de 100 grãos, apresentou
decréscimo linear a medida que a população aumentou, no espaçamento de
0,25m entre linhas, enquanto no espaçamento de 0,50m entre linhas não
houve efeito do aumento da população de plantas.
Trabalho de Crothers & Westermann (1976), com 2 cultivares de
hábito determinado e 2 de hábito indeterminado, dão suporte a estas
afirmações, colocando que o número de legumes por planta decresce
linearmente com o aumento da população, para todas as cultivares, e que
este tem uma grande influência sobre o rendimento por planta. O número de
grãos por legume e peso de grãos, em cultivares de hábito indeterminado
seguem esta tendência, porém esta característica permanece relativamente
constante para as cultivares de hábito determinado, resultado também obtido
por outros autores (Thomé, 1982; Chung & Golden, 1971; Lucas & Milbourn,
1976). Esses autores concluíram que o rendimento por área é relativamente
constante, sobre uma grande variação de populações de planta, em
cultivares indeterminados, já as cultivares de hábito determinado apresentam
decréscimos no rendimento nas menores populações. Isto também indica
que as cultivares de hábito determinado sofrem uma menor competição
intraespecífica do que as indeterminadas quando em altas populações,
apresentando, por isso um maior potencial para aumentos de rendimento
com altas populações.
Reis et al (1979), trabalhando com três cultivares de hábito de
crescimento determinado, precoce e de porte baixo, e semeadas nas
densidades de 12, 17 e 22 sementes por metro de fileira, semeadas no
período das “águas” e da “seca”, verificou que as densidades de semeadura,
nas ”águas”, não tiveram efeito significativo sobre a produção de sementes.
Nos experimentos da “seca”, entretanto, a menor densidade causou a
produção de menor número de vagens, o que foi parcialmente compensado
pela tendência dos feijoeiros apresentarem maior número de sementes por
vagem. A densidade de 12 sementes/m acarretou a menor produção de
sementes, sendo que para as cultivares de crescimento determinado, uma
densidade maior, próxima de 17 sementes/m, permitiria obtenção de
populações finais maiores.
Horn et al (1999), trabalhando com a cultivar Pampa, hábito de
crescimento indeterminado, tipo II, em três espaçamentos entre linhas (25,
50 e 75cm) e quatro população de plantas.ha-1 (100, 200, 350 e 500 mil),
observou que com o aumento da população de plantas provocou uma
redução linear na percentagem de plantas com vagens encostadas no solo.
Para a população de plantas não se observa um efeito consistente sobre a
altura da inserção da primeira vagem, apenas uma pequena tendência de
acréscimo. Também Moura et al (1977) e Medina (1992), citados por Horn et
al (1999), não encontraram efeito da variação na população de plantas sobre
a altura da inserção das vagens. No entanto, outros trabalhos têm
demonstrado tendência de acréscimo na altura da inserção das vagens, com
o aumento na população de plantas ( Alcantra et al, 1991).
Por outro lado, os componentes do rendimento são resultados da
resposta da planta ao seu ambiente, o qual pode ou não permitir a
expressão total de cada componente, uma vez que, em estudos não
competitivos não há praticamente correlação entre os componentes, levando
a crer que correlações entre eles seriam primeiramente induzidos pelas suas
relações com o ambiente (Marvel, 1992).
Outro fator a ser levado em consideração, que afeta os componentes
do rendimento, é o estresse hídrico. Segundo Pimentel & Perez (1999),
trabalhando com quinze genótipos de feijoeiro, sob dois regimes hídricos, em
três experimentos (primeiro conduzido em setembro e novembro 1992, o
segundo em março e maio de 1993 e o terceiro em setembro e novembro de
1993) observou que dos parâmetros morfológicos mais sensíveis à falta de
água foram a área foliar e o peso seco da parte aérea. O peso de
grãos/planta diminui significativamente com o estresse hídrico, nos três
experimentos. O número de vagens/legume foi maior nos genótipos Xodó e
CNF 0145, nos dois primeiros experimentos. O número de grãos/planta
sofreu redução no primeiro experimento, na cultivar Carioca, e no segundo
experimento, nos genótipos A 285, CNF 0145 e LM 3006. No terceiro
experimento houve menor produção de vagens e de grãos do que nos dois
outros, provavelmente devido ao efeito das alta temperaturas ambientais
(médias de 40ºC). Tais temperaturas ambientais são consideradas muito
altas para o feijoeiro, sobretudo quando ocorrem na pré-floração, causando
redução no número de vagens e grãos.
Comparações da acumulação de matéria seca nos componentes de
plantas de soja (Glycine max L.) mostraram que plantas de hábito
indeterminado produziram maior crescimento vegetativo durante o
florescimento e início da formação de legumes do que plantas de hábito
determinado. Este comportamento também ocorre nas espécies do gênero
Phaseolus, nos quais o potencial para competição entre demandas
vegetativas e reprodutivaNs por produtos da fotossíntese poderia ser maior
em plantas de hábito indeterminado do que em plantas de hábito
determinado. O incremento na população de plantas causa um aumento da
competição intraespecífica, o que poderá ocasionar também maior
competição intraplanta por assimilados. (Crothers & Westermann, 1977).
Guidolin et al (1998), trabalhando com duas cultivares uma de hábito
de crescimento arbustivo tipo II (Barriga Verde) e a outra hábito de
crescimento prostrado tipo III (Carioca 80 SH), verificou que a maior
produção de massa seca evidenciada pela cultivar Carioca 80 SH pode ser
atribuída ao crescimento indeterminado prostrado que apresenta, ao maior
número de ramos e às ramificações mais abertas. Tais características lhe
proporcionam uma cobertura mais rápida da área, quando em condições
hídricas adequadas.
Horn et al (1999) concluiram em seu trabalho que o aumento da
população de plantas não afeta a maioria das características agronômicas
das plantas, porém provoca redução na percentagem de plantas encostando
vagens no solo, não provocando modificações no rendimento de grãos.
4.6.3- Influência da População de Plantas nas Caract erísticas
Morfológicas:
Nienhuis & Sing (1985) observaram em plantas dos tipos I, II e III que
tanto o rendimento de grãos, como algumas características morfológicas
(número de ramificações por planta, número de nós por ramificação e
número nós por m-2) foram afetados significativamente pela densidade
populacional. O rendimento de grãos apresentou comportamento quadrático
com o aumento da população para os três tipos de plantas, tendendo a
decrescer na maior população ( 30 plantas. m-2). O número de nós.m-2
aumentou linearmente com o aumento da densidade de plantas, havendo
efeito quadrático da população sobre ramificações por planta e número de
nós por ramificação, os quais decresceram com o aumento da população,
comportamento este verificado nos três tipos de plantas. Estes autores
afirmam que para as densidades pesquisadas (5, 13, 22, 30 plantas.m-2) as
plantas do tipo I tendem a ter mais ramificações por planta, porém menor
número de nós por ramificação do que as dos tipos II e III .
Os diferentes modelos de resposta entre cultivares de hábito
determinado e indeterminado foram mais pronunciados sobre as
características do caule, sendo que o número de nós no caule principal
decresceu linearmente nos tipos II e III com o aumento da população de
plantas, porém manteve-se estável nas de tipo I. Entretanto, nestas, foi
observado aumento linear no tamanho dos entrenós com aumento da
população, o que não ocorreu nas cultivares de hábito indeterminado.
Bennet et al (1977), havia verificado em seu trabalho apenas redução
no número de ramificações por planta quando a densidade aumentou de 17
para 63 plantas.m-2, não verificando efeito da população sobre o número de
nós por ramificação.
Lucas & Milbourn (1976), realizaram dois experimentos sobre os
efeitos da densidade populacional em duas cultivares de feijão, uma de
hábito determinado e outra de hábito indeterminado. No primeiro
experimento utilizaram populações de 20, 30, 40, 50 e 80plantas.m-2 e no
segundo populações de 25, 50, 75 e 100 plantas.m-2, mostrando que o
aumento da densidade diminui o número de ramificações por planta com há
um aumento no número de ramificações por área.
No Rio Grande do Sul, Thomé (1982), trabalhando com a cultivar Iraí,
também observou aumento no número de ramificações por m-2 quando a
densidade aumentou de 30 para 70plantas.m-2, sendo que a população de
30plantas.m-2 não diferiu da de 50plantas.m-2. O número de ramificações por
planta comportou-se de maneira inversa, sendo os maiores valores
encontrados nas densidades mais baixas, fato esse, explicado pelo autor,
como sendo devido a menor competição por luz, água e nutrientes nas
menores densidades. Já o número de nós por planta se manteve inalterado
parecendo ser esta, uma característica estável das cultivares de hábito
determinado (tipo I) Ospina (s.d.) citado por Thomé (1982), coloca que o
número de nós do caule pode ser considerada como uma característica de
pouca variação para as plantas com o mesmo material genético, desde que
em condições similares de meio.
Trabalho de Costa et al (1983), mostrou que para cultivares de hábito
determinado o aumento da densidade de plantas por m2 (4 para 22plantas.m-
2) diminuiu o número total de ramos por planta, não diferindo nas maiores
densidades (16 e 22plantas.m-2). O número total de nós seguiu esta mesma
tendência, sendo estatisticamente superior somente na menor densidade (4
plantas.m-2). Quando o autor avaliou estas mesmas características nas
cultivares de hábito indeterminado, o número total de ramos por planta
também diminuiu com o aumento da densidade, porém esta característica foi
mais afetada em plantas do tipo trepador, do que naquelas de porte ereto e
hastes curtas.
Quanto a estatura de plantas, as pesquisas têm mostrado que esta
tende a aumentar com o aumento da população de plantas. Thomé (1982),
trabalhando com a cultivar Iraí, observou aumento da estatura com a
densidade de plantas, porém salienta que a mesma tende a diminuir com o
atraso na época de semeadura.
As modificações morfológicas também são acompanhadas de
alterações no ciclo da cultura. Crothers & Westermann (1976) determinaram
que a maturação das plantas avançou de 7 para 10 dias nas populações
mais altas, em todas as cultivares avaliadas. Edje et al (1975) também
constataram aumento da estatura nas populações mais altas assim como,
Bastidas & Camacho (1969).
Horn et al (1999) observou que nas populações mais baixas existem
diferenças nos índices de acamamento entre os espaçamentos, porém não
ocorreu nas populações mais altas, e ocorreu maior acamamento na
combinação do maior espaçamento com a menor população de plantas.
Quanto à altura das plantas, ocorreu aumento linear da altura das plantas
com o aumento do espaçamento. Já Moura et al (1977) constataram que o
espaçamento não afeta a altura de feijoeiro, enquanto Cunha & Oliveira
(1978) não encontraram efeito de população, citados por Horn et al (1999).
Lucas & Milbourn (1976) mostraram que a estatura de plantas
aumenta com o aumento da população. Esses pesquisadores atribuem esse
efeito ao fato de que há um aumento no comprimento dos entrenós e não ao
aumento no número de nós por planta, o que, segundo outros autores
(Thomé 1982, Edje et al 1975) não é influenciado pela densidade de plantas,
em cultivares de hábito determinado. Apesar da literatura e muitos
pesquisadores apontarem para este comportamento, em trabalho mais
recente, Schuch et al (1993) não verificaram efeito da população sobre a
estatura do caule, mas comentam que houve uma diminuição no diâmetro do
mesmo.
4.8 - Parâmetros Fisiológicos:
O feijoeiro é planta C3, portanto o seu mecanismo de carboxilação é
chamado de processo redutivo da pentose fosfato (ou ciclo de Calvin ou ciclo
de Benson-Calvin). É através deste mecanismo que os feijoeiros fixam CO2
atmosférico, metabolizando-o em compostos orgânicos que, em última
instância, vão formar a estrutura das plantas. Esta estrutura é formada em
mais de 90% por compostos de carbono e em menos de 10% por elementos
minerais (Portes, 1996).
A fotossíntese fornece 90 a 95% do peso seco da matéria seca.
Deste modo a fotossíntese líquida de toda a comunidade de plantas,
integrada numa estação de crescimento, pode bem determinar o peso seco
total, embora não esteja necessariamente correlacionado com o rendimento
de grãos (Bergamaschi, 1984). A fotossíntese pode ser influenciada por uma
série de fatores inerentes tanto à planta como ao seu ambiente. Dos fatores
ambientais, a luz é determinante do crescimento vegetal, em virtude da
fotossíntese só ocorrer em sua presença, deste modo, tem uma influência
significativa sobre o crescimento das plantas, dependente da intensidade,
qualidade espectral ou comprimento de onda e duração ou periodicidade. A
variação de qualquer destas características pode modificar o crescimento
tanto quantitativamente, quanto qualitativamente (Galvão, 1986).
A intensidade de luz afeta o crescimento por seus efeitos diretos sobre
a fotossíntese, abertura estomática e síntese de clorofila (Kramer &
Koslowski, 1972, citados por Galvão, 1986). De um modo geral, para a
maioria das espécies, intensidades relativamente altas de luz originam
entrenós mais curtos, plantas de menor porte e com folhas menores, porém
estas apresentam maior peso de matéria seca, um sistema radicular e uma
produção de flores e frutos maiores do que plantas cultivadas em
intensidades mais baixas.
Segundo Vieira (1989), o feijão é uma espécie que se adapta muito
bem ao consórcio com outras espécies, em razão, principalmente, de seu
baixo ponto de saturação luminosa, que é de aproximadamente 1/3 da luz
solar máxima (30 a 40 Klux).
Segundo Bisognin et al (1997), a prática do atraso da semeadura
deveria ser acompanhado do aumento da densidade e adequação do arranjo
de plantas. O aumento de densidade, bem como uma melhor distribuição
das plantas, intensifica a competição intraespecífica, favorecendo a rápida
cobertura do solo, com incremento da estatura e, como consequência, o
melhor aproveitamento da radiação. Nesta condição, o carbono utilizado para
o crescimento do caule, em resposta a maior competição, não é retirado do
crescimento de outros órgãos, mas sim resultante da maior fotossíntese
liquida (Ballaré et al, 1991, citado por Bisognin et al 1997).
Além da luminosidade, outro fator com grande influência, não só sobre
a fotossíntese, mas sobre a maioria dos processos fisiológicos, é a
temperatura. Em temperaturas baixas, a atividade molecular é lenta e a
energia disponível quase sempre inadequada, além do que reduzem a
permeabilidade das membranas e a viscosidade protoplasmática, porém,
quando as temperaturas tornam-se excessivamente altas reduzem a taxa de
crescimento, provavelmente devido a transpiração excessiva e elevadas
taxas de respiração. Na fotossíntese, altas temperaturas causam um
decréscimo na fotossíntese líquida justamente pelo aumento na taxa
respiratória (Kramer & Koslowski, 1972, citados por Galvão, 1986).
Alvim et al (1969) encontraram, em feijoeiro, aumento da eficiência
fotossintética, ou seja, a porcentagem de energia luminosa aproveitada pela
cultura, relacionando-se de forma direta à densidade de plantio, variando de
0,6% a 2,4%, para a menor e para a maior população respectivamente.
Esses autores verificaram também que tanto o peso seco como a área foliar
por planta diminuíram com o aumento da densidade de semeadura. Apesar
desse resultado a maioria dos estudos mostram redução na fotossíntese,
principalmente em densidades elevadas, devido a redução na qualidade e na
quantidade da luz recebida pela superfície das folhas internas. Trabalhos em
casa de vegetação, conduzidos por Greer (1998), correspondendo a uma
foto recepção diária de 17 e 48 mol.m-2. Observaram que plantas cultivadas
em regime de baixa luminosidade, tinham menor taxa de crescimento do que
aquelas plantas cultivadas sobre maior período de luminosidade, entretanto
salientam que não foram observadas diferenças quanto a taxa de
assimilação líquida, ou seja, sobre a fotossíntese. Enyi (1973) verificou em
soja que a redução na intensidade luminosa, devido ao aumento da
população de plantas, causou redução no número de ramificações e no total
de matéria seca acumulada por planta. Marvel et al (1992) coloca que
apesar de haver redução na fotossíntese líquida da soja em torno de 28%, a
área foliar não foi afetada pela competição entre plantas até o estádio R2,
entretanto, após R4, plantas submetidas a competição tiveram redução de
49% na área foliar. Resultado semelhante foi obtido por Hefna (1984), onde
a área foliar foi reduzida pelo aumento da população de plantas.
Crookston et al (1975) mostraram que em condições de
sombreamento o número de folhas por planta diminuiu, além de possuírem
menor tamanho, serem menos espessas e com menor número de estômatos
por área foliar, além de reduzir o número de ramos axiliares.
Outro fator que influencia sobremaneira a fotossíntese é a duração
da área foliar. Neste aspecto Linch ,et al (1994) demonstraram a associação
entre a duração da área foliar e a fotossíntese no dossel, não encontru
efeitos significativos da arquitetura de plantas sobre a assimilação de CO2
pelas folhas. A associação entre área foliar e fotossíntese pode não ser
válida para períodos específicos do crescimento vegetativo, quando a
fotossíntese pode ser limitada pela radiação e déficit hídrico, entre outros.
Em trabalho conduzido por Montojo & Magalhães (1971), em feijoeiro,
foi demonstrado os efeitos da radiação solar sobre as plantas. Nesse, uma
cultivar de hábito de crescimento indeterminado, submetida a dois ambientes
de radiação solar, mostrou efeito positivo da alta radiação sobre a produção
de matéria seca e IAF, apesar do aumento no IAF causar auto
sombreamento e conseqüente senescência das folhas, determinando um
decréscimo na capacidade fotossintética das mesmas. Essa mesma cultivar,
quando colocada sobre baixas condições de luminosidade, não desenvolveu
área foliar suficiente para a cobertura da superfície do solo, apresentando
folhas pequenas e estiolamento do caule.
Vieira et al (1998), trabalhando com duas cultivares de hábito de
crescimento indeterminado em dez épocas de semeadura espaçadas 20
dias, observou que possuir área foliar nos estádios fenológicos iniciais pode
não refletir em uma maior produtividade.
Uma das formas de se medir a eficiência fotossintética é através da
produção de matéria seca. Brandes et al (1971), trabalhando com a cultivar
Rico 23 (tipo II), nas densidades de 125.000, 250.000, 500.000 e 100000 de
plantas.ha-1 na época das “águas” e da “seca”, verificaram que as taxas
máximas de produção de matéria seca aumentavam com a densidades.
Esse resultado é semelhante ao encontrado por Lucas & Milbourn (1976),
onde a produção de matéria seca aumentou com a densidade de plantas,
sendo máxima aos 90 dias após a semeadura, entretanto salientam que, na
amostragem final não houve diferenças significativas entre as densidades
estudadas (20 e 80 sementes.m-1 linear). Em um segundo experimento,
trabalhando com densidades de 25 a 100 sementes.m-2, a menor produção
de matéria seca ficou a cargo da menor densidade, sendo que este
comportamento se manteve inalterado até a última amostragem, apesar da
maior produção de tecido vegetal ter ocorrido na maior densidade, a mais
lenta senescência das folhas nas menores densidades asseguraram a
presença de tecido fotossinteticamente ativo durante todo o período de
enchimento de grãos, o que pode explicar o fato de não serem encontradas
diferenças significativas entre densidades quanto a produção vegetativa.
Agudelo et al (1974) verificaram que as cultivares indeterminadas produziram
menor quantidade de matéria seca em relação às de hábito determinado no
período vegetativo, porém, na fase de floração completa e no início da
formação de legumes, estas foram equivalentes. Nos estádios seguintes, as
cultivares de hábito indeterminado superaram nitidamente às de hábito
determinado, devido provavelmente à sua característica de crescimento após
a floração. Costa et al (1983) concluíram que cultivares de hábito
determinado e as cultivares de hábito indeterminado tipo ereto com hastes
curtas apresentaram menor redução no peso, por planta, das folhas e ramos
secos, pericarpo e grãos secos, com o aumento da densidade do que as
cultivares de hábito indeterminado tipo trepador, indicando uma maior
plasticidade das últimas sobre as primeiras. Arf et al (1996) trabalhando com
cultivar do tipo II, verificaram redução significativa na produção de matéria
seca por planta, com o aumento da densidade populacional de 8 para 16
plantas.m-2, atribuindo este comportamento à maior competição entre plantas
pelos fatores de produção (água, luz, nutrientes e espaço físico).
É bem conhecido que a interceptação de luz pelas plantas aumenta
com o aumento do IAF até certos limites, ou seja, a fotossíntese e o
crescimento são proporcionais a quantidade de luz interceptada pela
comunidade e, portanto, ao IAF. Para Jones (1971) o rendimento depende
do IAF no florescimento. Portes (1996) também cita que o IAF aumenta com
a densidade de semeadura, esperando-se portanto maior produtividades em
densidades maiores. Outros autores (Hicks, 1969, Alvim et al 1969) também
mencionam o aumento do IAF com aumento da densidade de semeadura.
Modelos de estudo tem mostrado que para altos IAF, a eficiência
fotossintética é maior quanto mais eretas forem as folhas. Duncam (1971)
determinou que para valores de IAF acima de 2,0 a máxima fotossíntese
pode ser obtida escolhendo-se plantas que possuem as folhas superiores
eretas e as inferiores mais horizontais, ainda que, quanto maior for o IAF,
maior é o número de folhas eretas requeridas para obtenção de máximas
taxas fotossintéticas.
Outro fator importante é a duração da área foliar, a qual tende a
aumentar com a densidade de semeadura, fato esse que gera controvérsias
entre os pesquisadores e também no sentido de plantas do tipo I para o tipo
IV. Portes et al (1983) trabalharam com cultivares de diferentes hábitos e
observaram que as cultivares arbustivas alcançavam máximo IAF antes das
cultivares de hábito trepador, além do que as cultivares de crescimento
indeterminado e hastes eretas tinham uma maior eficiência fotossintética
quando comparadas às de hábito trepador. Concluíram que nem sempre os
genótipos que produzem mais folhas produzem proporcionalmente maiores
rendimentos.
A transpiração das plantas envolve a evaporação da água a partir de
sítios dentro das folhas ou outros tecidos e o seu subsequente transporte
como vapor d’água por difusão até o ar externo. Na maioria das espécies
vegetais superiores, a maior proporção do fluxo total ocorre pelos estômatos,
incluindo também o fluxo de CO2 atmosférico. Uma pequena parte este fluxo
ocorre pela cutícula, porém esta é de 10 a 100 vezes inferior ao fluxo pelos
estômatos (Begamaschi 1984). Portanto, o movimento de água é controlado
primeiramente pela transpiração e é pela transpiração que as folhas captam
o CO2 atmosférico, logo o controle da abertura estomática é uma das
funções vitais no desenvolvimento da planta. Neste aspecto, o controle da
resistência estomática, e portanto da transpiração e assimilação do CO2, em
resposta ao gradiente de vapor folha-ar é de particular interesse e em certos
casos tem importância ecológica direta, uma vez que pesquisas tem
demonstrado uma relação inversa entre fotossíntese líquida e resistência
estomática.
A abertura dos estômatos é função de fatores internos e externos à
folha. Entre os fatores internos, a luz e o potencial de água na folha
parecem influenciar sobremaneira a abertura ou fechamento dos estômatos.
Resultados de experimentos a campo e em câmara de crescimento, com
feijoeiro, mostraram que os estômatos fecharam rapidamente a partir de um
nível crítico destes dois fatores, também acusando diferenças quanto a
sensibilidade entre as faces inferior e superior da folha.
Tomar & O’toole (1982) observaram em arroz resistência estomática
mínima com o aumento da radiação solar e baixa umidade relativa do ar,
mesmo com baixo potencial de água na folha. Gates (1980) obteve relação
hiperbólica entre resistência estomática e a intensidade luminosa, havendo
diminuição da resistência estomática com o aumento da intensidade
luminosa, em soja. Sivakumar et al (1979) observaram que a condutância
estomática caiu rapidamente após às 16 h, e atribui esta queda ao
decréscimo na radiação solar. Jones et al (1982), trabalhando com soja a
campo, verificaram variações diurnas na transpiração essencialmente
simétricas e estreitamente associadas às variações do fluxo de radiação
solar.
Para Bergamashi (1984), a abertura estomática depende de
processos fotoquímicos, sendo função da densidade de fluxo quântico, da
diferença de pressão de vapor folha-ar, da temperatura da folha, nível de
CO2, velocidade do vento e do estado hídrico da folha.
Millar e Gardner (1972) em experimento a campo com o feijoeiro,
mostraram que a taxa de crescimento é mais afetada do que a transpiração.
Com o fechamento dos estômatos, ocorre um aumento da temperatura foliar.
O trabalho de Wilbert & Henderson (1978) confirme a esta afirmação, pois
estes autores afirmam que o aumento na resistência da folha à difusão de
vapor, entenda-se aumento da resistência estomática, resulta na elevação
de sua temperatura, já que o fluxo de calor latente é reduzido e o calor
sensível é aumentado. Van Bavel, citado por Begamashi (1984) em trabalho
com sorgo irrigado, coloca que em condições de ar quente e seco do meio
dia, a temperatura da folha esteve vários centígrados abaixo da temperatura
do ar, devido ao bom conteúdo de água folha.
Sale (1975) demonstrou a influência da temperatura sobre a
fotossíntese e, consequentemente, sobre a produção de matéria seca.
Segundo o autor, a taxa de respiração no escuro aumentou
exponencialmente com a temperatura, além de ser mais elevada durante o
dia para um mesmo valor de temperatura.
5-MATERIAL E MÉTODOS:
O experimento será conduzido na área experimental pertencente ao
Departamento de Fitotecnia na Universidade Federal de Santa Maria,
campus de Camobi, município de Santa Maria, região climática da
Depressão Central, a uma altitude de 95 m, latitude 290 42’ S e longitude 530
49’ W.
O clima da região, segundo a classificação de Köeppen (1948) é do
tipo Cfa – temperado chuvoso, com chuvas bem distribuídas ao longo do ano
e subtropical do ponto de vista térmico, a temperatura média normal do mês
mais quente ocorre em janeiro (24,60C) e a do mês mais frio em junho
(12,90C). Quanto a média normal das máximas, esta é de 30,4 0C (janeiro) e
de 19,20C em junho. A média das temperaturas mínimas do mês mais
quente é 18,7 0C em dezembro e 9,30C a do mês mais frio em junho
(Brasil, 1992).
A radiação solar acompanha a variação do comprimento do dia,
variando de 199 cal.cm-2..dia no mês de julho à 518 cal.cm-2.dia no mês de
dezembro. A umidade relativa do ar oscila de maneira inversa com a
temperatura do ar e radiação solar, sendo máxima nos meses de inverno,
chegando a 83,8% no mês de julho.
O solo pertence a Unidade de Mapeamento São Pedro sendo
classificado no sistema brasileiro como Argissolo Vermelho distrófico
Arênico. São solos que se caracterizam por possuírem horizonte
medianamente espesso, textura média a argilosa, substrato arenito, profundo
e bem drenado, textura superficial arenosa, apresentando ainda horizonte B-
textural de coloração vermelho amarelo, normalmente com transição abrupta
ou clara entre os horizontes A e B. É ácido, com saturação de bases baixa a
média, pobre em matéria orgânica e na maioria dos nutrientes (Lemos e
Santos, 1984).
Serão avaliadas três cultivares de feijoeiro comum (Phaseolus
vulgaris L.) e quatro densidades de semeadura para cada cultivar. As
cultivares utilizadas serão Iraí, Pérola e BR-IPAGRO 44-Guapo Brilhante,
respectivamente de tipo I (hábito de crescimento determinado), tipo II
(indeterminado, com ramificação ereta e fechada) e tipo III ( indeterminado
com ramificação aberta). As densidades de semeadura utilizadas serão de
200.000, 300.000, 400.000 e 500.000 plantas.ha-1 espaçadas de 0,40m entre
linhas.
O delineamento experimental será o de blocos ao acaso com parcelas
subdivididas e quatro repetições, sendo cultivares a parcela principal e
densidade de plantas a subparcela. As subparcelas terão comprimento de
8,0m por 3,2m de largura (25,6m2), perfazendo uma área semeada de
307,2m2 por bloco resultando em 1229m2 de área total do experimento.
A correção do solo e a adubação da área será feita de acordo com os
resultados da análise de solo, em concordância com as recomendações da
ROLAS(1998) para a cultura do feijoeiro.
Antes da semeadura, as sementes serão analisadas quanto a
germinação, pureza, vigor e patologia, conforme as técnicas preconizadas
por Brasil (1992).
Para a semeadura será feita a contagem manual das sementes para
cada linha com sua respectiva densidade de semeadura corrigida para o
poder germinativo de 100% mais 5%, para que tenhamos a densidade
desejada. Posteriormente serão semeadas manualmente.
Serão executadas todas as práticas culturais recomendadas para
obtenção do máximo controle de insetos, moléstias e plantas daninhas,
garantindo que o experimento ocorra sem nenhuma interferência desses
fatores, a fim de se conseguir o máximo rendimento das cultivares.
O acompanhamento do ciclo, será feito através de observações
fenológicas seguindo a escala proposta por CIAT (1983).
A taxa de cobertura do solo será avaliada através do método do ponto.
A partir do início da emergência, semanalmente, será avaliada a cobertura
do solo, utilizando-se uma grade de 1,0m X 1,0m com 100 células, formadas
pelo cruzamento de 10 fios de nylon no sentido horizontal e 10 fios no
sentido vertical. Em cada subparcela, a grade será disposta paralela ao
plano da área e em cada interseção de fios será observada a sua projeção
sobre o solo, com o auxílio de um prumo distendido, e em cada ponto que o
prumo tocar uma planta de feijão será considerado como solo coberto.
Serão feitas 100 medições por subparcela por semana até a cobertura de
95% do solo. Esse parâmetro será analisado através de análise da
regressão.
Para a obtenção Índice de Área Foliar (IAF) da cultura, serão
amostradas 0,40 m linear de planta, aos 45, 60, 75 e 90 dias após a
emergência, e então destacados todos os seus folíolos. De 50 folíolos serão
retirados discos de 0,8 cm2, um por folíolo, perfazendo um total de 50 discos
os quais serão secos até peso constante, assim como o restante do material
foliar obtido. O IAF será calculado pela proporção entre a área dos discos, o
peso dos discos e o peso do material foliar, dividindo-se o resultado pela
área de solo ocupada.
Com auxílio de um aparelho analisador de fotossíntese, marca LI-
COR, modelo Li-6200 (Lincoln, Nebraska, USA), serão determinados os
parâmetros fisiológicos, como a fotossíntese líquida em mmol. m-2. s-1, a
condutância estomática, mmol. m-2. s-1, e a transpiração também em mmol.
m-2.s-1, além da radiação solar em mmol. m-2. s-1. As temperaturas do ar na
câmara foliar e da temperatura da folha, ambas em graus Celcius, serão
medidas através de um sensor colocado no folíolo central da 40 folha adulta
formada em uma planta escolhida ao acaso por subparcela . As medições
serão feitas às 9, 12 e 15 horas durante o período de desenvolvimento da
cultura, nas mesmas datas de avaliação do IAF.
Será executada análise de crescimento com a coleta de amostras de
plantas adjacentes em 0,40 m lineares em cada subparcela aos 15, 30, 45,
60, 75, e 90 dias após a emergência. Serão separadas da amostra folhas,
hastes e legumes(quando houver), e das folhas serão separadas 50, para
serem vazadas para obtenção de 50 discos com área conhecida. O material
será seco em estufa até peso constante. A Área Foliar será obtida pela
relação entre a área dos discos, o peso dos discos, e o peso total das folhas.
Serão calculados os parâmetros: Índice da Área Foliar (IAF), Taxa de
Crescimento da Cultura (TCC), Taxa de Crescimento Relativo (TCR), Taxa
de Assimilação Líquida (TAL), Taxa de Assimilação Aparente(TAA).
Em cada subparcela, por ocasião da maturação fisiológica, serão
amostradas 10 plantas consecutivas da área útil para a medição de estatura
de planta, número de ramos/planta e número de nós/planta.
Para análise do rendimento, as plantas da área útil serão arrancadas e
posteriormente trilhadas em trilhadeira estacionária, os grãos limpos serão
pesados e será feita a determinação do teor de umidade, após então será
calculado o rendimento em kg.ha-1 com correção do peso para a umidade de
13%. De cada subparcela, de cada cultivar, serão amostradas as sementes
para análise de germinação, pureza, vigor e patologia de sementes,
conforme as técnicas preconizadas para cada análise.
A análise estatística dos dados, será feita através de análise da
variância e teste de hipóteses para verificar a significância da interação e dos
efeitos principais (Storck, 1998).
Os dados serão comparados pela regressão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AGUDELO, D.O; HERNANDEZ L.A.; BASTIDAS, R.G. Efecto de la densidade de plobacion en el rendimiento y otras caracteristicas agronomicas del frijol (Phaseolus vulgaris L.). de crescimiento voluble y arbustivo. Acta agronomica, Palmira, v.22, p. 39-50. 1972.
AGUILAR, I., FISCHER, R.A., KOHASHI, J. Effects of plant density and thinning on high-yelding dry beans (Phaseolus vulgaris) in México. Expl. Agric, Great Britain, n.3, v.1 p.325-335, 1977.
ALMEIDA, M.L. de.; SANGOI, L. Manejo de cultivares de feijão de diferentes Habitos de crescimento no planalto catarinense. I Rendimento de grãos. Revista do Centro de Ciências Rurais, Santa Maria, v.24, n.3, p.513-517, 1994.
ALVIM, R.; ALVIM, P de T. Efeito da densidade de plantio no aproveitamento da energia luminosa pelo milho (Zea mays) e pelo feijão (Phaseolus vulgaris), em culturas exclusivas e consorciadas. Turrialba : v. 19, n.3, p. 389-393, julho-setembro. 1969
ACÂNTRA, J.P.; RAMALHO, M.A.P.; ABREU, A; SANTOS, J.B. Avaliação de cultivares de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) em diferentes densidades de semeadura e condições de ambiente. Ciência e Prática , Lavras, v. 15, p.331-428,1991.
ANDRADE, M.J.B.de. Clima e Solo. In. VIEIRA, C.; JÚNIOR, T.J.P.; BORÉM, A., Feijão: aspectos gerais e cultura no Estado de Mina s.-Viçosa : UFV, 1998. p. 83-97.
ARAÚJO, R.S. Cultura do feijoeiro comum no Brasil. Piracicaba: Potafós, 1986. 769 p.
ARF, O., SILVA. L. S. da. Efeito da rotação de culturas, adubação verde e nitrogenada sobre o rendimento do feijão. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.34, n.11, p.2029-2036, nov.1999.
BENNETT, J.P., ADAMS, N.W., BURGA, C. Pod yeld component variation and intercorrelation in Phaseolus vulgaris L. as affected by planting density. Crop Science, v. 17, janeiro-fevereiro, p. 73-75. 1977.
BERGAMASCHI, H. Perda de água e desenvolvimento do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) sob diferentes condições de disponibilidade hídrica no solo e da atmosfera. Piracicaba: USP, 1984. 204p. Tese (Doutorado em Agronomia) – Curso de pós graduação me Agronomia, ESALQ, Universidade de São Paulo, 1985.
BERGAMASCHI, H.; WESTPHALEN, S.L. Efeitos de regimes de umidade do solo e diferentes estádios de desenvolvimentoe populações no rendimento do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.). In: XIII REUNIÃO TÉCNICA ANUAL DO FEIJÃO, Porto Alegre, 1976. Ata... Porto alegre, IPAGRO. p. 36-50.
BERGAMASCHI, H.; WESTPHALEN,S.L.; MATZENAUER, R. Efeitos de regimes de umidade do solo em diferentes estádios de desenvolvimento e populações no rendimento do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.). In: XIV REUNIÃO TÉCNICA ANUAL DO FEIJÃO, 1977, Porto Alegre, RS. Ata... , Porto Alegre, IPAGRO. p. 22-28.
BERGAMASCHI, H.; WESTPHALEN, S.L. Efeitos de regimes da umidade do solo em diferentes estádios de desenvolvimento e populações no rendimento do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.). In: XII REUNIÃO TÉCNICA ANUAL DO FEIJÃO, Porto Alegre, 1975. Ata... Porto Alegre, IPAGRO. p.24-55.
BERGAMASCHI, H.; VIEIRA, H.J.; OMETTO, J.C. ANGELOCCI, L.R. & LIBARDI, P.L. 1988. Deficiência hídrica em feijoeiro.I. Análise de crescimento e fenologia. . Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.23:733-743.
BISOGNIN, D.A.; ALMEIDA, M.L.de.; GUIDOLIN, A.F.; NASCIMENTO, J. A.do. Desempenho de cultivares de feijão em semeadura tardia no planalto catarinense. Revista do Centro de Ciências Rurais, Santa Maria, v.27, n.2, p.193-199, 1997.
BLANCO, H.G., OLIVEIRA, D.de A., ARAÚJO, J.B.M. Competição de plantas daninhas com a cultura do feijoeiro Phaseolus vulgaris L. O Biológico , Campinas, v.35, n.12, p. 304-308. 1969.
BOARO, C.L.F., RODRIGUES, J.D., PEDRAS, J.F., RODRIGUES, S.D., DELACHIAVE, M.E.A., ONO, E. O. Produção de matéria seca de feijoeiros submetidos a diferentes níveis de magnésio em solução nutritiva. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.32, n.9, p.965-970, set.1997.
BORÉM,A.; CARNEIRO, J.E.S. A cultura. In. VIEIRA, C.; JÚNIOR, T.J.P.; BORÉM, A., Feijão: aspectos gerais e cultura no Estado de Mina s.-Viçosa: UFV, 1998. p. 13-17.
BRANDES, D.; MAESTRI, M.; VIERIA, C.; GOMES, F.R. Efeito da população de plantas e da época de plantio no crescimento do feijoeiro (Phaseolus vulgaris). I. Mudanças morfológicas e produção de matéia seca. Experientiae, Viçosa, v.14, n.1, p.1-49. 1972.
BRANDES, D.; MAESTRI, M.; VIERIA, C.; GOMES, F.R. Efeito da população de plantas e da época de plantio no crescimento do feijoeiro (Phaseolus vulgaris). II. Análise de crescimento. Experientiae, Viçosa, v.13, n.1, p.3-21. 1971.
BRASIL. Ministério da Agricultura. Dep. Nac. Pesq. Agropec./ Div. Pes. Pedol. Levantamento de reconhecimento de solos do Estado do Rio Grande do Sul. Recife, 431 p. 1973. (Boletim Técnico, 30).
BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Instituto Nacional de Meteorologia – INMET. Oitavo Distrito de Meteorologia – 80 DISME. Normais Climatológicas obtidas com dados do período 1961-1990. Brasília – 1992.
CANDAL-NETO, J.F.; VIEIRA,C. Comportamento de cultivares de feijão (Phaseolus vulgaris L.) no sul do Estado do Espírito Santo. Revista Ceres, Viçosa, v. 26, n. 144, p. 189-204. 1979.
CANTERI, M.G.; PRIA, L.M.; SCHIEBELBEIN, L.M; AMORIM, L.; FILHO, A.B.; Redução da eficiência fotossintética provocada por Phaseiosaiopsis griseola em plantas de feijoeiro sob condições de campo, UEPG. In XXI Congresso Paulista de Fitopatologia, 1998. Botucatu, SP. Anais ... Campinas, Fundação Cargill, 1998, N0 211, 140p. p 114.
CASTRO, T. de A.P. Efeito do déficit hídrico sobre a fotossíntese e a respiração, em Phaseolus vulgaris L. e Phaseolus bracteolatus D.C. Viçosa: UFV, 1977. 93 p. Tese (Mestrado em Agronomia) – Curso de Pós graduação em Agronomia, UFV, 1977.
CHARCHAR, M.J.D’A.; NASSER, L.C.B.; NASSER, A.J.; BARRETO L.; VIVALDI, L.J. Efeito de diferentes práticas culturais no controle do mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum) do feijoeiro irrigado. Fitopatologia Brasileira , v. 16 n. 2, junho de 1991.
CIAT. Etapas de desarollo de la planta de frijol común. FERNÀNDEZ. F.; GEPTS, P.; LÓPES, M. (Eds.). Cali: CIAT, 1983, 26p.
COSTA, J.G.C. da, SHIBATA, J.K., COLIN,S.M. Plasticidade no feijoeiro comum. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.18, n.2, p.159-167, fev.1983.
COSTA, J.G.C. da.; RAVA, C.A.; SARTORATO, A. obtenção de linhagens de feijoeiro comum com tipo de grão preto, resistente à antracnose e com boas características agronômicas. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.29, n.4, p.617-624, ABR.1994.
CROOKSTON, R.K.; THEHARNE, K.J.; LUDFORD, P.; OZBUN, J.L. Response of beans to shading. Crop Science, Madison, v. 15, p. 412-416. 1975.
CROTHERS, S.E.; WESTERMANN, D.T. Plant population effects on the seed yeld of Phaseolus vulgaris L., Agronomy Journal, v. 68, novembro-dezembro, p. 958-960. 1976.
CUNHA, J.M.; SILVA, C.C. Estudo sobre a fertilidade e densidade de semeio de feijão (Phaseolus vulgaris L.). In: EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DE MINAS GERAIS. Projeto feijão – Relatório 75/76. Belo Horizonte, 1978. P. 16-9.
DARIVA, T.; JOBIM,J.D.C.; SILVA, M.I.da.Efeito do espaçamento e da densidade de plantio sobre o rendimento de grãos na cultura do feijão (Phaseolus vulgaris L.), Revista do Centro de Ciências Rurais, Santa Maria, v.5, n.4, p.259-263.
DENIS, J.C.; ADAMS,M.W. A factor analysis of plant variables related to yeld in dry beans. Crop Science, Madison v.18, p.74-78. 1978.
DYNIA, J.F.; MORAES, J.F.V. Calagem, adubação com micronutrientes e produção de arroz irrigado e feijoeiro em solo de várzea. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.33, n.6, p.831-838, jun.1998
DUARTE, J.B.; ZIMMERMANN,M.J.O. adaptabilidade e estabilidade de rendimento de genótipos de feijoeiro comum. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.29, n.1, p.25-32, JAN.1994.
DUNCAN, W.G. Leaf angles, leaf area, and canopy fotosynthesis. Crop Science, Madison, v. 11, p.482-485. 1971.
EDJE, O.T.; MUGHOGHO, L.K.; AYONOADU, U.W.U. Bean yield components as affected by fertilizer and plant population. Turrialba, São José, v. 25, p.79-84. 1975.
FAGERIA, N.K. Manejo químico do solo. In: FERREIRA, M.E.; YAMADA, T.; MALAVOLTA, E. (Eds.). Cultura do arroz de sequeiro : fatores afetando a produtividade. Piracicaba: Instituto da Potassa e do Fosfato- Instituto Internacional da Potassa, 1983. p.239-260.
FERRAZ, L.C.L.; FILHO, A.C.C. Efeito de arquitetura do dossel da planta e densidade de plantio na incidência e severidade de antracnose do feijoeiro. Fitopatologia Brasileira, v. 20 (suplemento), 1995.
FERREIRA, F.A.; SILVA, .A.A.da; COBUCCI,T.; FERREIRA, R. Manejo de plantas daninhas. In. VIEIRA, C.; JÚNIOR, T.J.P.; BORÉM, A., Feijão: aspectos gerais e cultura no Estado de Minas.- Viçosa: UFV, 1998. p. 325-356.
FIEGENBAUM, V., SANTOS, D.S.B.dos., MELLO, V.D.C., FILHO, B.G.S., TILLMANN, M.A.A., DILVA, J.B.da. Influência do déficit hídrico sobre os componentes de rendimento de três cultivares de feijão. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.26, n.2, p.275-280, FEV.1991.
FRONZA, V. Resposta de cultivares de feijão ( Phaseolus vulgaris L.) de porte ereto a espaçamentos entre linhas e níveis de adubação. Viçosa – MG. 103 p. Tese (Mestrado em Agronomia) - Curso de fitotecnia, Universidade Federal de Viçosa, 1994.
GALVÃO F. Variação sazonal da fotossíntese líquida e respiraç ão de Cabralea canjerana (Vell.) Mart., Ilex paraguariensis St. Hil. e Podocarpus lambertii Kl. em função da intensidade luminosa e temperatura. Curitiba: UFPR, 1986. 116 p. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal) – Curso de Engenharia Florestal, UFPR, 1986.
GATES, D.M. Biophysical Ecology. N. York (USA), Springer Verlag. 1980. 611p.
GREER, D.H. Photoinhibition of photosynthesis in dwarf bean (Phaseolus vulgaris L.) leaves: Effect of sink limitations induced by changes in daly photon. Planta, v. 205, n. 2, p. 189-196. 1998.
GUIDOLIN, A.F.; JUNIOR, A.M.; ENDER, M.; SANGOI, L.; DUARTE, I.A.; Efeito do arranjo e da população de plantas sobre o crescimento do feijão em semeadura tardia. Revista do Centro de Ciências Rurais, Santa Maria, v.28, n.4, p.547-551, 1998.
HORN, F.L.; SCHUCH, L.O.B.; SILVEIRA, E.P.; ANTUNES, I.F.; VIEIRA, J.C. MARCHIORO, G.; MEDEIROS, D.F.; SCHWENGBRE, J.E. Avaliação de espaçamento e populações de plantas de feijão visando à colheita mecanizada direta. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 35, n. 1, p. 41-46, jan. 2000.
JONES, H.G.; HIGGS, K.H. Plant resistence to water flow in field soybeans: I non limiting soil moisture. Agronomy Journal, Madison, v. 74: 92-105. 1982
JONES, L.H. Adaptative response to temperature in dwarf french beans, Phaseolus vulgaris L. Annals of botanny, London, v.35, p. 581-96. 1971.
KRAMER, P.J.; BOYER, J.S. Evolution and agriculture. In: KRAMER, P.J. BOYER, J.S. (Eds.) Water relations of plants and soils . San Diego: Academic, 1995. P.377-404.
LEMOS, R.C., SANTOS, R.D. Manual de Descrição e Coleta de Solo no campo. Campinas: SBCS e SNLCS , 1984. 46P.
LOPES, D.B.; DAVOLI, T.A; BERGER, R.D. Photosynthesis and color determination of bean plants with rust, Univ. of Flórida, USA. In: XXI Congresso Paulista de Fitopatologia, 1998. Botucatu, SP. Anais ...Campinas, Fundação Cargill, 1998, N0 211, 140p. p 53.
LORENZI, H. Manual de identificação e controle de plantas daninhas: plantio direto e convencional. Nova Odessa, Ed. Plantarum, 1994. p.336.
LUCAS, E.O.; MILBOURN, G.M. The effect of density of planting on the growth of two Phaseolus vulgaris varieties in England. J. Agric. Sci., Cambridge, 81: 89-99.
LYNCH, J.; RODRIGUEZ, N.S.H. Photosyntetic Nitrogen-use efficiency in relarion to leaf longevity in common bean. Crop Science, Madison, v.34, p. 1284-1290. 1994.
MACEDO JÚNIOR, E.K.; FARIA, M.A. & SOARES, A.M. 1994. Produção de
feijoeiro submetido a cinco n´veis de tensão matricial da água no solo. Ciênc. Prát . 18:438-443.
MAGALHÃES, A.C.; MONTOJOS,J.C. Effect of solar radiation on the growth parameters ans yeld of two varieties of common beans (Phaseolus vulgaris L.). Turrialba, v.21, p.165-168. 1971.
MALAVOLTA, E. Nutrição e adubação. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE FEIJÃO, 1, Campinas 1971. Anais ... Viçosa, MG, UFV, 1972, p 211-42.
MALAVOLTA, E.; DAMIÃO FILHO, C.F.; VOLPE, C.A.; MACHADO JUNIOR, G.R.; VELHO, L.M.S.; ROSA, P.R.F.; LAURENTIZ, S. Deficiências e execessos minerais no feijoeiro (Phaseolus vulgaris L., cv. Carioca). Anais da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, v.37, p.701-718, 1980.
MARVEL, J.N.; BEYROUTY, C.A.; GBUR, E.E. Response of soybean growth to root and canopy competition, Crop science, Madison, v. 32, p. 797-801. 1992.
MILLAR, R.A.; GARDNER, W.R. Effect of the soil and plant potentials on the dry matter production of snap beans. Agronomy Journal, Madison, v. 64, p.559-562. 1972.
MORENO, J.A. Clima do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Secretaria de Agricultura. Diretoria de terras e colonização, secção de geogra fia , 1961. 43p.
NIENHUIS, J.; SINGH, S.P. Effects of plant density on yeld and architectural traits in dry beans. Crop Science, Madison, v.25, n.4, p. 579-584. Julho-agosto 1985.
OLIVEIRA, I.P.; THUNG, M.; KLUTHCOUSKI, J.; AIDAR, J.K.H.; CARVALHO, J.R.P. Avaliação de cultivares de feijão quanto a eficiência no uso do fósforo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 22, n.1, p 39-45. 1987.
PELOSO, M.J. Del. Estudo de população de plantas na cultura do feijoeiro deinverno no Estado de Goiás. In: I REUNIÃO SOBRE FEIJÃO IRRIGADO (GO, DF, MG, ES, SP, RJ), 1., 1988, Goiânia. Anais... Goiânia: EMBRAPA/CNPAF, 1990. 207 p. p. 85-86.
PIMENTEL, C., PEREZ, A.J.C. estabelecimento de parâmetros para avaliação de tolerância à seca, em genótipos de feijoeiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.35, n.1, p.31-39, jan.2000.
PEREIRA, A.R. Competição intra-específica entre plantas cultivadas. O Agronômico, Campinas, v.41. n.1,p.5-11,1989.
PORTES, T.de A.; CARVALHO, J.R.P.de. Área foliar, radiação solar, temperatura do ar e rendimentos em consorciação e monocultivo de diferentes cultivares de milho e feijão. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 18, n. 7, p. 755-762, jul. 1983.
PORTES, T. de A. Ecofisiologia In: ZIMMERMANN, M.J.º; ROCHA, M.& YAMADA, T. (Eds.). Cultura do feijoeiro: fatores que afetam a produtividade. Piracicaba: POTAFÓS, 1988. p. 125-156.
PORTES, T. de A. Ecofisiologia In: Cultura do feijoeiro comum no Brasil . Ed. ARAÚJO, R. S. Piracicaba: POTAFÓS, 1996. Seção II. p. 101-131.
REIS, M.S.; VIEIRA, C.; BOLSANELLO, J. Efeito de população de plantas sobre cultivares de feijão (Phaseolus vulgaris L.) de crescimento determinado. Revista Ceres, Viçosa, v. 26, n. 147, p. 474-480. 1979.
SALE, P.J.M. Productivity of vegetable crops in a region of high solar imput. IV Field chamber measurament of fresh beans (Phaseolus vulgaris L.)
and cabbages (Brassica oleraceae L.). Aust. J. Plant Physiol. v. 2, p. 461-470. 1975.
SANTOS, A.B. dos.; VIEIRA, C.; LOURES, E.G.; BRAGA, J.M.; THIÈBAUT, J.T.L. Resposta do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.)ao molibdênio e ao cobalto em solos de Viçosa e Paula Cândido, Minas Gerais. Revista Ceres, Viçosa, v. 26, n. 143, p. 92-101. 1979.
SANTOS, J.B.dos.; GAVILANES, M.L. Botânica. In. VIEIRA, C.; JÚNIOR, T.J.P.; BORÉM, A., Feijão: aspectos gerais e cultura no Estado de Minas.-Viçosa : UFV, 1998. p. 55-81.
SANTOS, M. L. dos.; BRAGA, M.J. Aspectos Econômicos. In. VIEIRA, C.; JÚNIOR, T.J.P.; BORÉM, A., Feijão: aspectos gerais e cultura no Estado de Minas .-Viçosa: UFV, 1998. p. 19-53.
SCHUCH, L.Q.B.; ANTUNES, I.F.; SILVEIRA, E.P.; VIEIRA, J.C. Resposta do feijoeiro a variação no espaçmento e população de plantas. In: IV REUNIÃO NACIONAL DE PESQUISA DE FEIJÃO, 4., 1993, Londrina PR. Resumos..., Londrina: IAPAR, 1993. 200p. p. 67.
SILVA, M.B.; VALE, F.X.R.; ZAMBOLIM, L.; HAU, B. Efeitos da ferrugem, da natracnose e da mancha-angular na área foliar de plantas de feijoeiro em condições de campo. Fitopatologia Brasileira, v. 23, n.4, dezembro de 1998.
SILVEIRA, P.M. da.; STONE, L.F.Irrigação. In. VIEIRA, C.; JÚNIOR, T.J.P.; BORÉM, A., Feijão: aspectos gerais e cultura no Estado de Mina s.-Viçosa : UFV, 1998. p. 181-220.
SIVAKUMAR, M.V.; SHAW R.H. Stomatal condutance and leaf-water potential of soybeans under moisture stress. Iowa State Journal of research , v.54, n.1, p. 17-27. 1979.
STONE, L.F.; PEREIRA, A.L. Sucessão arroz-feijão irrigados por aspersõa efeito de espaçamento entre linhas, adulação e cultivar na produtividade e nutrição do feijoeiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 29, n.4, p. 521-533, abr. 1994.
STORCK, L.; LOPES, S.J. Experimentação II . Santa Maria: UFSM, CCR, Departamento de Fitotecnia, 1998, 2. ed. 205p.
THOMÉ, V.M.R. Crescimento, desenvolvimento e rendimento de grãos de uma cultivar de feijoeiro de hábito de crescimen to arbustivo determinado, em função da época de semeadura, espaç amento entre linhas e densidade de plantas. Porto Alegre – RS. 139 p. Tese (Mestrado em Agronomia) – Curso de pós graduação em Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1982.
TOMAR, V.S.; D’TOOLE, J.C. Afield study on leaf water potential, transpiration and plant resistence to water flow in rice. Crop science, Madison, v. 22, n. 1, p. 5-10. 1982.
URBEM FILHO, G.; CARDOSO, A.A.; VIEIRA, C.; FONTES, L. A.N.; THIÉBAUT, J.T.L. Doses e modos de aplicação do adubo nitrogenado na cultura do feijão (Phaseolus vulgaris L.). Revista Ceres, Viçosa, v. 27, n.151, p. 302-312. 1979.
VAN BAVEL, C.H.M.; EHRLER, W.L. Water loss from a sorghum field and estomatal control. Agronomy Journal, Madison, v.60, p. 84-86. 1968.
VIEIRA, C. Períodos críticos de competição entre ervas daninhas e a cultura do feijão (Phaseolus vulgaris L.). Revista Ceres, Viçosa, v. 17, n. 94, p. 354-357. 1970.
VIEIRA, C. O feijão em cultivo consorciado Viçosa: Universidade Federal
de Viçosa, 1989. 134p. VIEIRA, R.F.; VIEIRA,C. Comportamento de feijões dos gêneros Vigna e
Phaseolus no consórcio com milho plantado simultaneamente. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 31, n.11, p. 781-787, nov. 1996.
VIEIRA, A.R.R.; SCHNEIDER, L.; JÚNIOR, S.M.; JUSTINO, R.G.B.; ZUCCALMAGLIO, G.V.; SILVA, J.G. da. Características térmicas e hídricas da cultura do feijão-de-vagem na região da grande Florianópolis. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 33, n.6, p. 929-936, jun. 1998.
VILHORDO, B.W.; MÜLLER, L.; EWALD L.F.; LEÃO, M.L. Hábito de crescimento em feijão (Phaseolus vulgaris L.). Agronomia Sulriograndense , Porto Alegre v. 16(1): 79-98. 1980.
WESTERMANN, D.T., CROTHERS, S.E. Plant population effects on the seed yeld components of beans. Crop Science, Madison, v. 17, p.493-496.1977.
WIEBELT, J.A.; FIELD, C. Theoretical thermal modeling of a leaf with esperimental verfication. Agric. Meteorol., v.19, p. 101-111. 1982.
WILLIANS, C.F.; CRABTREE, G.; MACK, H.J. & LAWS, W.D. Effect of spacing on weed competition in sweet corn, snap beans and onions. J. of Am. Soc. for Hortic. Science. V.98, n.6, p. 526-529. 1973.
YOKOYAMA, L.P.; BANNO, K.; KLUTHOUSKI, J. In: Cultura do feijoeiro comum no Brasil. Ed. ARAÚJO, R.S. Piracicaba: POTAFÓS, 1996. Seção I. Aspectos socioeconômicos da cultura. P.1-20.
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO:
Cronograma de trabalho:
ATIVIDADES ÉPOCA DE REALIZAÇÃOPreparo da área e adubação 08/2002 à 10/2002Demarcação, aplicação dos herbicidas 12/2002Implantação 01/2003 à 02/2003Condução do experimento 01/2003 à 04/2003
Coleta de dados 01/2003 à 04/2003Colheita 04/2003Análises finais 05/2003 à 06/2003Análise estatística 07/2003Elaboração do trabalho 08/2003 à 10/2003
ERROR: syntaxerrorOFFENDING COMMAND: --nostringval--
STACK:
/Title ()/Subject (D:20080826163935-03’00’)/ModDate ()/Keywords (PDFCreator Version 0.9.5)/Creator (D:20080826163935-03’00’)/CreationDate (User)/Author -mark-