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1 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS - DIOGO SOARES MOTA ROTINAS DO DEPARTAMENTO DE PESSOAL DE UM COMÉRCIO VAREJISTA DE FORTALEZA EM RELAÇÃO À LEGISLAÇÃO TRABALHISTA FORTALEZA - CE 2012

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ

FACULDADE CEARENSE

CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS

-

DIOGO SOARES MOTA

ROTINAS DO DEPARTAMENTO DE PESSOAL DE UM COMÉRCIO VAREJISTA

DE FORTALEZA EM RELAÇÃO À LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

FORTALEZA - CE

2012

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DIOGO SOARES MOTA

ROTINAS DO DEPARTAMENTO DE PESSOAL DE UM COMÉRCIO VAREJISTA

DE FORTALEZA EM RELAÇÃO À LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

Monografia apresentada à Faculdade Cearense, como

requisito obrigatório para a obtenção do título de

Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientadora: Profª. Msc. Liana Márcia Costa Vieira

Marinho.

FORTALEZA - CE

2012

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DIOGO SOARES MOTA

ROTINAS DO DEPARTAMENTO DE PESSOAL DE UM COMÉRCIO VAREJISTA

DE FORTALEZA EM RELAÇÃO À LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

Esta monografia foi submetida à Coordenação do Curso de Ciências Contábeis, como

parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis,

outorgado pela Faculdade Cearense - FAC e encontra-se à disposição dos interessados na

Biblioteca da referida Faculdade.

A citação de qualquer trecho desta monografia é permitida, desde que feita de acordo

com as normas de ética científica.

Aprovado em ____/____/____

__________________________________________________

Profª. Msc. Liana Márcia Costa Vieira Marinho

(orientadora)

_________________________________________________

Profº. Dr. Paulo Henrique Lima de Oliveira

__________________________________________________

Profª. Esp. Aline da Rocha Xavier Casseb

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Dedico este trabalho a um Grande Homem, que

com sua honestidade, coragem e determinação,

que para mim um exemplo de vida: João Batista

Sousa Mota, meu Pai.

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AGRADECIMENTO

A Deus, que me deu a vida, que está comigo em toda minha caminhada e

principalmente na realização deste trabalho, me iluminando com sabedoria para poder vencer

mais um desafio.

Aos meus pais, João Batista Sousa Mota, que infelizmente não pode acompanhar o

término do meu curso e Sandra Maria Soares Mota, pois com muito esforço fizeram com que

chegasse até aqui, sempre me dando força em todas as minhas conquistas.

A professora Liana Marinho, que abraçou este trabalho com muita determinação,

seriedade e profissionalismo.

Aos professores que farão parte da banca examinadora, que Deus possa iluminar a

todos na hora da avaliação, não só da avaliação do meu trabalho mais sim de todos que

passarem pela banca.

A Rosyane Pereira Torres Mota, minha esposa, pela compreensão e paciência prestada

no decorre deste trabalho.

Ao meu amigo Paulo Sérgio A. Moura, pela atenção e disponibilidade durante toda a

minha graduação.

Agradeço a Empresa citada no estudo de caso pelas informações prestadas para o

desenvolvimento deste trabalho.

E por fim a todos meus amigos que contribuíram de forma direta ou indiretamente

para a realização deste trabalho.

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“Se você quer ser bem sucedido, precisa ter

dedicação total, buscar seu último limite e dar o

melhor de si mesmo”.

Ayrton Senna da Silva

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RESUMO

Com o crescimento das organizações, se intensificou a necessidade do acompanhamento das

constantes mudanças ocorridas nas normas legais. Dentro das especialidades da profissão

contábil, o departamento de pessoal se destaca pela primazia das informações administrativas

e operacionais das entidades empresariais, e uma área indispensável para as entidades, pelo

fato, de ser uma ferramenta importante da administração para evitar falhas e prejuízos futuros.

Neste contexto, o estudo visa especificar as rotinas do departamento de pessoal, com foco

especifico em um comercio varejista de Fortaleza, com o objetivo geral de verificar se a

mesma está em conformidade com a Legislação Trabalhista. Portanto, utilizou pesquisa

descritiva e documental, com auxilio de instrumentos que viessem possibilitar alcançar os

objetivos. Conclui-se que procedimentos do setor estão parcialmente em conformidade com a

legislação vigente, sugerindo-se treinamentos e implantação de novos softwares.

Palavras-chave: Departamento de Pessoal, Legislação Trabalhista, Comércio Varejista.

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ABSTRACT

With the growth of organizations, has intensified the need for constant monitoring of changes

in the laws. Specialties within the accounting profession, the personnel department stands for

the primacy of administrative and operational information of the business entities, and an area

vital to the entities, because, to be an important tool of avoid future losses and failures. In this

context, the study aims to specify the routines of the personnel department focusing on a

specific trade retailer of Fortaleza, with the overall objective to verify that it complies with

Labor Legislation. Therefore, we used descriptive and documentary, with the aid of

instruments that would allow achieving the goals. It follows that procedures in the sector are

partially in accordance with current legislation, suggesting training and deployment of new

software.

Keywords: department personnel, labor laws, trade retailer.

.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 01: Gozo de Férias......................................................................................................31

Quadro 02: Prazo para Guarda de Documentos......................................................................45

Figura 1: Organograma da Empresa........................................................................................48

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Contribuição do Segurado Empregado, Empregado Doméstico e Trabalhador

Avulso.......................................................................................................................................35

Tabela 2: Imposto de Renda na Fonte.....................................................................................36

Tabela 3:Contribuição Sindical Patronal.................................................................................38

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LISTA DE SIGLAS

ASO – Atestado de Saúde Ocupacional

CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados

CF – Constituição Federal

CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas

CPF – Cadastro de Pessoa Física

CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social

FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

GFIP – Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à

Previdência Social

GPS – Guia da Previdência Social

INSS – Instituto Nacional do Seguro Social

IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte

MPS – Ministério da Previdência Social

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego

PIS – Programa de Integração Social

RAIS – Relação Anual das Informações Sociais

RAT – Risco de Acidente de Trabalho

RFB – Receita Federal do Brasil

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 14

1.1 Justificativa ..................................................................................................................... 14

1.2 Objetivo ........................................................................................................................... 15

1.3 Problema ......................................................................................................................... 15

1.4 Metodologia .................................................................................................................... 15

2 ROTINAS CLÁSSICAS DO DEPARTAMENTO PESSOAL..................................17

2.1 Departamento de Pessoal ................................................................................................ 17

2.2 Empregador ..................................................................................................................... 17

2.3 Empregado ...................................................................................................................... 18

2.4 Registro de Empregado ................................................................................................... 18

2.5 Documentos Admissionais .............................................................................................. 19

2.6 ASO – Atestado Médico Ocupacional ............................................................................ 20

2.7 Folha de Pagamento ........................................................................................................ 20

2.7.1 Salário e Remuneração .................................................................................................... 22

2.7.2 Adicionais Integrantes ao Salário.................................................................................... 23

2.7.3 Adicionais de Insalubridade, Periculosidade e Noturno. ................................................ 23

2.7.4 Horas-Extras .................................................................................................................... 25

2.7.5 Salário-Família ................................................................................................................ 25

2.7.6 Salário Maternidade ........................................................................................................ 26

2.8 Rescisão Contratual ......................................................................................................... 27

2.9 Aviso Prévio .................................................................................................................... 29

2.10 Férias ............................................................................................................................... 30

2.11 Décimo Terceiro Salário ................................................................................................. 32

2.12 FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço .......................................................... 33

2.12.1GFIP – Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e

Informações à Previdência Social............................................................................................. 34

2.13 Descontos Salariais ......................................................................................................... 34

2.13.1INSS – Instituto Nacional do Seguro Social .................................................................. 35

2.13.2IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte .................................................................... 36

2.13.3PIS sobre Folha Pagamento ............................................................................................ 37

2.13.4Contribuição Sindical Patronal e Laboral ....................................................................... 38

Page 13: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.br

13

2.13.5Vale Transporte .............................................................................................................. 39

3 INFORMAÇÕES AO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO ................. 40

3.1 Abono do PIS .................................................................................................................. 40

3.2 RAIS – Relação Anual das Informações Sociais ............................................................ 41

3.3 CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados ........................................ 41

3.4 Seguro-Desemprego ........................................................................................................ 42

4 LEGISLÇÃO TRABALHISTA ................................................................................... 44

4.1 Infrações à Legislação Trabalhista .................................................................................. 44

4.1.1 Multas Trabalhistas ......................................................................................................... 44

4.2 Guarda da Documentação ............................................................................................... 45

5 ANALISE DOS DADOS COLETADOS ..................................................................... 47

5.1 Histórico e Características da Empresa ........................................................................... 47

5.2 Análise das Rotinas do Departamento de Pessoal..........................................................48

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 52

7 REFERENCIAS ............................................................................................................ 54

8 APÊNDICE...................................................................................................................56

9 ANEXO........................................................................................................................58

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1. INTRODUÇÃO

As rotinas de departamento de pessoal é uma especialidade fundamental na profissão

contábil, motivo que a mesma, contem informações de grande valia, tanto para a gestão

administrativa, como para gestão financeira. Cuja proposta será verificar as rotinas do

departamento de pessoal com relação à legislação trabalhista, no caso prático de um comércio

varejista de Fortaleza.

Perante o assunto exposto, coloca-se o problema do estudo que servirá de base para a

elaboração da pesquisa, com objetivo geral e especifico do conhecimento e aprofundamento

do departamento de pessoal conforme a legislação trabalhista. Na justificativa, tendo como

meta explanar de forma clara e objetiva dos benefícios que a pratica e a teoria pode

proporciona no campo contábil e empresarial.

E finalmente enumerar a forma metodológica e técnica que serão colocadas neste

trabalho acadêmico, com intuito de aprofundar cada vez mais o conhecimento nesta

especialidade contábil.

1.1 Justificativa

As empresas necessitam produzir relatórios, planilhas e diversas outras ferramentas

para controlar suas atividades. O departamento de pessoal é uma ferramenta importante de

auxilio para a geração das informações, que será muito importante para os gestores e

principalmente o fisco.

Com as frequentes mudanças na legislação do trabalho e a complexidade das rotinas

que geram a necessidade de um acompanhamento regular dos procedimentos pertinentes ao

departamento de pessoal, serão colocadas rotinas operacionais clássicas do setor, onde ira

possibilitar uma administração eficaz, que é parte integrante da estrutura organizacional da

empresa.

Com relação ás rotinas clássicas do departamento de pessoal, temos toda

movimentação das informações trabalhistas, entre Empresa e seus colaboradores, com intuito

de que estas informações sejam benéficas para ambas às partes. Rotinas estas que fazem parte

do dia-a-dia do profissional que opera neste setor, como por exemplo: admissão, rescisões de

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contrato, cálculo de folha de pagamento, guias de INSS, FGTS, e também, as informações

acessórias ao MTE, como RAIS, CAGED, e outros.

Com a colaboração prtica deste estudo, pretende-se esclarecer aos profissionais do

setor pessoal, bem como verificar se os procedimentos trabalhistas estão sendo feitos

corretamente, no caso pratico de um comercio varejista de Fortaleza, com finalidade relatar a

relevância de se adotar medidas organizacionais que visem uma política prevenção e auxilio á

gestão para melhor tomada de decisão.

1.2 Objetivo

O objetivo Geral deste trabalho consiste em verificar se as rotinas do departamento

de pessoal estão em conformidade com a legislação trabalhista pertinente, de um comércio

varejista de Fortaleza.

Para atender o objetivo Geral, pretende-se atingir os seguintes objetivos específicos:

Descrever as rotinas clássicas do departamento de pessoal em um comércio

varejista em Fortaleza;

Relatar os fatos inerentes à Legislação Trabalhista;

Apresentar os procedimentos das informações ao Ministério do Trabalho;

Analisar os dados trabalhistas da empresa em estudo;

1.3 Problema

Quais os procedimentos pertinentes ao departamento de pessoal, de um comércio

varejista em Fortaleza, em relação à legislação trabalhista?

1.4 Metodologia

Neste capitulo descreve-se os procedimentos metodológicos e técnicos que serão

executados para elaboração deste trabalho de conclusão de curso, com objetivo de colaborar

com o aperfeiçoamento do departamento de pessoal.

Page 16: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.br

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A metodologia será feita uma pesquisa bibliográfica em livros, artigo, internet e

outros, bem como uma análise prática através de um estudo de caso em um comércio varejista

de Fortaleza, descrevendo todos os procedimentos pertinentes ao departamento de pessoal em

conformidade com a Legislação Trabalhista.

O trabalho está dividido em 05 (cinco) capítulos, onde a primeira é a introdução

abordando justificativa, objetivos, problema e metodologia. A segunda aborda as rotinas

clássicas do departamento de pessoal, como varias descrições e fundamentações do setor.

Na terceira temos as informações ao Ministério do Trabalho e Emprego, descrevendo

conceitos básicos com relação às informações acessórias pertinentes, e as caracterizas de cada

declaração. No quarto capítulo temos os conceitos básicos da Legislação Trabalhista, tendo

em vista a fundamentação das infrações e multas administrativas por não cumprimento à

Legislação Trabalhista.

O quinto capítulo descreve as características e o histórico da Empresa,

conjuntamente com a análise de todas as rotinas do departamento de pessoal executadas na

empresa durante o processo de pesquisa deste trabalho monográfico. E após a Conclusão, as

referencias bibliográfica e os anexos.

Por fim, a abordagem do problema exposto, será através de uma pesquisa

bibliográfica e descritiva objetiva, com a finalidade de relatar todos os procedimentos das

praticas do departamento de pessoal, da empresa em estudo, com relação à Legislação

Trabalhista.

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2. ROTINAS CLÁSSICAS DO DEPARTAMENTO DE PESSOAL

Com intuito de fundamentar o tema proposto, neste capitulo serão abordados todos

os procedimentos clássicos com relação à operacionalidade do departamento de pessoal da

empresa em estudo, com relação às Normas Trabalhistas.

Com o tema proposto, o aprofundamento do assunto será fundamentado na literatura

de conceituados autores da área contábil e administrativa, dando uma base teórica bastante

significante para o aperfeiçoamento da parte teórica, que é fundamental.

2.1 Departamento de Pessoal

O Departamento de Pessoal tem por objetivo efetivar todos os registros pertinentes a

administração de pessoal, conforme exigida pela legislação trabalhista, garantindo uma

integração entre empresa e empregado.

Conforme, Sena (2012, p. 19), cita a função do departamento de pessoal:

Administrar a movimentação de pessoal entre empregador e empregado, preparar

folha de pagamento, férias, 13º salário, rescisão de contrato de trabalho e

encargos sociais.

Desta forma, compreendemos que o departamento de pessoal tem que está de acordo

com a legislação trabalhista é e responsável por toda movimentação de folha de pagamento,

férias, rescisão, etc.

2.2 Empregador

Consiste naquele que é responsável administrativamente pela empresa, popularmente

conhecido por proprietário, é responsável pela atividade econômica desenvolvida naquele

ambiente de trabalho.

Segundo Sena (2012, p. 19) “Considera-se empregador a empresa, individual ou

coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a

prestação pessoal de serviços”.

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Empregador é aquele que assume os riscos da atividade econômica perante a

legislação trabalhista e a sociedade. Conforme Gonçalves (2012, p. 71) acorda que

“Equiparam-se a empregador, para os efeitos exclusivos de relação de emprego, os

profissionais liberais, as entidades de beneficência, as associações recreativas ou outras

instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados”.

Entende-se que empregador aquele que é responsável pela atividade econômica

executada naquele local, como objetivo também social como relação á oferta de emprego.

2.3 Empregado

Empregado tem um papel fundamental para o desenvolvimento da empresa,

tornando-se necessário descrever as características da relação de emprego deste sujeito.

Desta forma, Gonçalves (2012, p. 69) descreve empregado é “toda pessoa física que

presta serviços habitualmente a empregador, sob dependência deste e mediante salário é

empregado”.

Para Sena (2012, p. 19), declara que “São características de relação de emprego: a

pessoalidade, a onerosidade, a subordinação e a habitualidade”.

Conclui-se que empregados são pessoas físicas que prestam serviços com

habitualidade ao empregador, tendo observado as características básicas como: a

pessoalidade, a onerosidade, a subordinação e a habitualidade.

2.4 Registro de Empregado

O registro de empregados e a forma resumida os dados dos empregados devidamente

cadastrados na empresa, um documento importantíssimo para os arquivos da empresa e na

apresentação ao agente fiscalizador.

Segundo Sena (2012) “Em todas as atividades será obrigatório para o empregador, o

registro dos respectivos trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistemas

eletrônicos, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho”.

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O registro de empregados é obrigatório ao empregador em qualquer atividade que

exerça, com a responsabilidade de adotar livros ou fichas eletrônicas, conforme como

estabelece o MTE.

Existem características inerentes aos registros dos empregados, conforme Gonçalves

(2012, p. 119), o livro ou ficha de empregados contem obrigatoriamente as seguintes

informações:

Identificação do empregado, com numero e serie da Carteira de Trabalho;

Data da admissão e demissão;

Cargo ou função;

Remuneração e forma de pagamento;

Local e horário de trabalho;

Concessão de férias;

Identificação da conta vinculada do FGTS e da conta do PIS/Pasep;

Acidente de trabalho ou doença profissional, quando tiverem ocorrido.

É imprescindível que a empresa formalize imediatamente o contrato de trabalho e

tenha sempre atualizado os registros de empregados, para evitar problemas com a fiscalização

do Ministério do Trabalho e Emprego.

2.5 Documentos Admissionais

Geralmente o empregado formaliza ao departamento de pessoal da empresa, toda a

sua documentação, para que sejam tomadas as medidas, pertinentes ao processo de registro do

funcionário no banco de dados da empresa.

Mas existe uma relação de documentos para ser analisados, pelo departamento de

pessoal. Segundo Zanóbia (2011, p. 12), Os documentos a serem apresentados são:

a) Carteira de Trabalho e Previdência Social – devolver em 48h (art. 29 CLT);

b) CPF;

c) Carteira de Identidade (se for exercer profissão regulamentada, deve apresentar a

identidade profissional);

d) Título de Eleitor

e) Certificado de Reservista

f) Comprovante do PIS ou anotações na CTPS;

g) Comprovante de escolaridade (se o cargo exigir);

h) Carteira de habilitação (se o cargo exigir);

i) Foto 3X4;

j) Certidão de Nascimento dos filhos menores de 14 anos ou inválidos de qualquer

idade;

k) Cartão de vacinas para crianças até 7 anos de idade;

l) Comprovante de frequência escolar para os filhos entre 7 e 14 anos;

m) Atestado de Saúde Ocupacional (ASO);

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20

n) Comprovante de pagamento da contribuição sindical;

Toda documentação utilizada no processo de cadastramento de funcionário, deverá

ser arquivada conjuntamente com o registro do mesmo, conforme Legislação vigente.

2.6 ASO – Atestado Médico Ocupacional

Conforme determina a legislação, o empregado é submetido a um exame médico

ocupacional admissional, realizado por um médico especialista em Medicina do Trabalho,

para verificar todos os procedimentos legais da saúde do trabalhador.

Segundo estabelece o Art. 168 da CLT (2011, p. 126):

Art. 168. Será obrigatório exame medico, por conta do empregador, nas

condições estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a

serem expedidas pelo Ministério do Trabalho;

I – a admissão;

II – na demissão;

III - periodicidade

Conforme Zanóbia (2011, p. 133), “A cada exame realizado, (admissional,

periódico, mudança de função, retorno ao trabalho e demissional), o médico emitirá o ASO

em duas vias. A primeira via ficará arquivada no local de trabalho, à disposição da

fiscalização do trabalho. A segunda via será obrigatoriamente entregue ao trabalhador

mediante recibo na primeira via”.

O atestado médico ocupacional é uma ferramenta de grande importância que dispõe a

empresa, para comprovar ou verificar a saúde do trabalhador anteriormente ou durante sua

atividade laboral.

2.6 Folha de Pagamento

A folha de pagamento tem um papel fundamental nos registros de todos os

rendimentos e descontos mensais, onde podemos vislumbrar todas as obrigações mensais

trabalhistas e previdenciárias.

Conforme Neves e Viceconti (2005, p. 523), “Onde são registrados os salários e

ordenados a pagar (comissões, horas extras, prêmios, 13º salário etc.); na folha de pagamento

Page 21: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.br

21

também são lançados os descontos dos salários (vale ou antecipação salarial, contribuição ao

INSS, Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF etc.)”.

Complementa Oliveira (2012, p. 7), a folha de pagamento divide-se em duas partes

distintas: proventos e descontos.

A parte de proventos engloba:

Salário

Horas extras

Adicionais de insalubridades

Adicionais de periculosidades

Adicional noturno

Salário-família

Diárias para viagem

Ajuda de custo

Outros proventos previstos em lei

A parte de descontos compreende:

Quota de previdência

Imposto de Renda

Contribuição sindical

Seguros

Adiantamentos

Faltas e atrasos

Vale-transporte

Outros descontos previstos em lei.

A folha de pagamento também terá que algumas características que identifique a

mesma, Segundo Gonçalves (2012), Tal obrigatoriedade esta prevista no art. 225 do Dec.

3.048/99, que ainda impõe que este documento devera:

a) Discriminar o nome dos segurados, indicando cargo, função ou serviços prestado;

b) Agrupar os segurados por categoria, assim entendido;

- segurado empregado

- trabalhador avulso;

- contribuinte individual

c) Destacar o nome das seguradas em gozo de salário-maternidade;

d) Destacar as parcelas integrantes e não integrantes da remuneração;

e) Descontos legais;

f) Indicar o numero de quotas de salário-família atribuídas a cada segurado ou trabalhador

avulso. GONÇALVES (2012, p. 92).

O prazo para o pagamento da folha de pagamento, previsto no art. 459. § 1º da CLT.

“Quando o pagamento, houver sido houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o

mais tardar, até quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.”

Page 22: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.br

22

Conclui-se que a folha de pagamento é uma das principais acessórios de execução no

setor de pessoal, com a função de relatar mensalmente todos os proventos e descontos dos

empregados devidamente cadastrados, e é uma prova documental de quitação dos salários dos

empregados pelos serviços prestados.

2.7.1 Salário e Remuneração

Salário e Remuneração são partes integrantes na composição da folha de pagamento

mensal, mesmo que as mesmas tenham diferenças distintas, o salário conforme Gonçalves

(2012 p. 124), “é a contraprestação dos serviços prestados pelo empregado, devida e paga

diretamente pelo empregador”.

Já a remuneração segundo Sena (2012, p. 77), “Compreendem-se na remuneração do

empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo

empregador, como contraprestação do serviço”.

Salário-base;

Adicional de insalubridade;

Adicional de periculosidade;

Adicional Noturno;

Adicional de transferência, nunca inferior a 25% do salário que o empregado

percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação;

Anuênios, biênios, triênios, quinquênios e decênios;

Comissões e gratificações;

Descanso semanal remunerado;

Diárias para viagens em valor superior a 50% (cinquenta por cento) do salário;

Horas extras, segundo sua habitualidade;

Prêmios, pagos em caráter de habitualidade;

Salário in natura (é aquele pago em utilidades, tais como transporte alimentos ou

habitação, e não em dinheiro).

Compreende o salário base e todos adicionais variáveis e fixos, que juntos compõe a

remuneração que servirá de base de cálculo para todos os proventos pertinentes a folha de

pagamento, férias, rescisão de contrato de trabalho.

2.7.2 Adicionais Integrantes ao Salário

Dependendo do contexto da função ou ambiente de trabalho, algumas atividades são

acrescidas como os adicionais, onde em seções posteriores iremos aprofundar melhor destes

adicionais.

Page 23: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.br

23

Também se incorporam no salário do empregado adicionas que o mesmo recebe por

força da convenção coletiva, como, por exemplo:

Adicional de produção;

Gratificações por função

Adicional de assiduidade;

Anuênio, biênio, triênio, quinquênio etc.(GONÇALVES, 2012, p.

18)

Vale resaltar um adicional especial com relação ao estudo de caso deste trabalho, que

é o adicional na função de caixa, que está previsto na Clausula Décima Primeira da

Convenção Coletiva do Trabalho do Sindicato dos empregados no Comércio de Fortaleza.

“Aos empregados na função de Operador de Caixa fica assegurado, a titulo de quebra de

caixa, a quantia mensal e equivalente a 10% (dez por cento) do salário normal”. ANEXO I

Entende-se dependendo função que exerce na empresa ou ambiente de trabalho, faz

jus os adicionais assegurados pelas Normas Trabalhistas.

2.7.3 Adicionais de Insalubridade, Periculosidade e Noturno.

Existem adicionais tradicionais que são definidos pela legislação trabalhista, pois tem

suas regras bem definidas, como o adicional de insalubridade, periculosidade e noturno,

de acordo com Oliveira (2012, p. 13);

“Serão Consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza,

condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde,

acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e

do tempo de exposição a seus efeitos”.

“Em consequência do exercício de trabalho em condições de insalubridade, acima

dos limites de tolerância estabelecidos pelo MTE, o empregado receberá, além do salário

normal, um adicional correspondente à insalubridade, calculado em 40%, 20% ou 10% sobre

o salário mínimo da região, conforme o grau de insalubridade, graus máximo, médio e

mínimo”. (ZANÓBIA, 2011, p. 371).

Page 24: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.br

24

Com as condições de insalubridade no exercício do trabalho, e estabelecido pelo

Ministério do Trabalho e Emprego, percentuais que será calculado sobre o salario normal,

conforme o grau de insalubridade do ambiente de trabalho.

O adicional de periculosidade, conforme o Art. 193 da CLT (2011, p. 128):

Art. 193.São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da

regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou

métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em

condições de risco acentuado.

O adicional de periculosidade, é reconhecido o direito através de perícia, como relata

Gonçalves (2012, p. 20), “Da mesma forma que a insalubridade, a periculosidade também e

caracterizada por meio de perícia, e o empregado que exerce atividades ou operações

perigosas, receberá um adicional correspondente a 30% sobre o seu salário sem os acréscimos

resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa”.

O adicional noturno também tem suas definições e particularidades, conforme

previsto no art. 73 da CLT (2011, p. 118),“Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal

ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à diurna e, para esse efeito, sua

remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna”.

Conforme Gonçalves (2012, p. 21), “Para efeito, considera-se noturno o trabalho

executado entre as 22 horas de um dia e às 5 horas do dia seguinte, para os empregados

urbanos, e as atividades rurais, considera-se noturno o Trabalho”:

das 21 horas de um dia às 5 horas do dia seguinte, na lavoura; e

das 20 horas de um dia às 4 horas do dia seguinte, na pecuária.

Sobre o trabalho noturno, é importante ressaltar:

uma hora noturna não equivale a 60 minutos e sim, a 52¨30”, salvo para os

rurais;

cada hora trabalhada durante o período noturno será paga com um acréscimo

de 20%

Os devidos adicionais são diretos garantidos ao trabalhador que esteja inserido neste

contexto, que estão previstos na CLT e nas Convenções Coletivas de Trabalho.

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25

2.7.4 Horas-Extras

As horas extras são aquelas que ultrapassam a jornada normal de trabalho, salvo em

acordo coletivo ou contrato de trabalho entre as partes.

Conforme Zanóbia (2011, p. 444), “Horas extras são aquelas que ultrapassam a

jornada normal fixada por lei, convenção coletiva, sentença normativa ou contrato de

trabalho”.

As horas extras é um direito devido ao trabalhador que ultrapassa a jornada normal

prevista na legislação, conferindo ao mesmo o pagamento das horas extras na folha de

pagamento mensal.

Segundo Oliveira (2012, p. 9), “A duração normal do trabalho poderá ser acrescida

de duas horas, mediante acordo escrito empregador e empregado, ou mediante acordo coletivo

ou contrato coletivo de trabalho, devendo obrigatoriamente os empregados pagar, pelo menos,

mais 50% sobre a hora normal”.

Ressalva-se que no estudo caso deste trabalho, à hora extra e 70% (setenta por cento)

da hora normal, como está prevista na Convenção Coletiva do Trabalho do Comércio de

Fortaleza, na Cláusula Décima Segunda – Horas Extras “As horas extras serão pagas com

adicional de 70% (setenta por cento)”. ANEXO I

Compreende a importância da observação da legislação trabalhista e a convenção

coletiva do trabalho da categoria em que pertence o empregado, com relação a parte teórica

perante ao adicional de horas-extras.

2.7.5 Salário-Família

É um provento pago mensalmente ao trabalhador, que possui filhos na idade de até

14 anos e enquadrada nos quesitos a seguir.

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Gonçalves (2012) relata que a cota do referido abono será devida:

O Salário família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, exceto o domestico

e ao trabalhador avulso, na proporção do receptivo numero de filhos ou equiparados,

observando que, como esse valor é alterado periodicamente, antes de se efetuar o

pagamento, o mesmo deve ser confirmado. GONÇALVES (2012, p. 125).

Segundo Sena (2012, p. 83), “Pode ser solicitado pelo empregado junto à empresa,

avulso junto ao sindicato ou órgão gestor de mão de obra e pelos aposentados nas agencias da

Previdência Social, quando do requerimento de benefícios, mediante a apresentação dos

seguintes documentos”.

Requerimento de Salário família;

Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS;

Certidão de nascimento do filho (original e copia);

Comprovação de invalidez, a cargo da pericia medica do INSS, para dependentes

maiores de 14 anos.

De acordo com a Portaria Interministerial nº 2, de 06 de janeiro de 2012, o valor do

salário família será de R$ 31,22, por filho de ate 14 anos incompletos ou inválidos, para quem

ganhar até 608,80. Para o trabalhador que receber de R$ 608, 81 até R$ 915,05, o valor do

salário família por filho de ate 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade será de R$

22,00.

Importante toda a documentação supracitada esta devidamente em ordem, por que

posteriormente poderá ser fiscalizado pelo Instituto Nacional da Previdência Social.

2.7.6 Salário Maternidade

O Salário Maternidade é devido exclusivamente à empregada gestante, onde cabe à

empresa pagar e repensada na geração da guia mensal da Previdência Social.

Conforme Zanóbia (2011, p. 903), “Cabe à empresa pagar o salário maternidade

devido à empregada gestante, efetivando-se a compensação, de acordo com o disposto no art.

248, da Constituição Federal”.

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Complementando Gonçalves (2012, p. 127), “Já os contribuintes individuais,

facultativos e especiais, exige-se uma carência de 10 contribuições mensais, e o beneficio

continua sendo pago pelo INSS mediante requerimento”.

Segundo Zanóbia (2011), “O salário família e devido a partir do oitavo mês de

gestação (comprovado por atestado medico) ou da data do parto (comprovando pela certidão

de nascimento)”.

O Salário Maternidade tem um papel fundamental na saúde e estabilidade da mulher,

por que garante maior segurança e saúde, para mulher e a criança.

2.8 Rescisão Contratual

A rescisão do contrato de trabalho é um acontecimento especifico quando se

extingue uma relação de empregado e empregador. Colocaremos neste capítulo alguns tipos

de rescisões comuns nas relações de trabalho.

Conforme Zanóbia (2012, p. 235), “Ao ser demitido sem justa causa, o empregador

deverá avisar o trabalhador com, no mínimo, 30 dias de antecedência [...] É o chamado aviso

prévio. Ao conceder esse aviso, o empregador poderá indenizá-lo, não exigindo que o

trabalhador cumpra o serviço nestes dias. [...] Caso queira que trabalhador cumpra o serviço

neste período, o empregado pode optar por reduzir em duas horas sua jornada de trabalho

diária ou ficar os últimos sete dias corridos sem trabalhar”.

Neste caso, complementa Sena (2012, p. 235), Assegura ao empregado uma

indenização de 50% do FGTS (40% empregado + 10% contribuição social) que será

depositado na conta vinculada do empregado por meio da GRRF até o primeiro dia útil

imediato ao termino do contrato; ou até o décimo dia, corrido a contar do dia imediatamente

posterior ao desligamento.

A dispensa por justa causa, segundo Gonçalves (2012, p. 109), “Durante a vigência

do contrato, o empregado deverá cumprir suas atribuições de forma irrepreensível, ou seja,

nenhum dos seus atos dentro (e em alguns casos fora) do local de trabalho pode esbarrar

naquelas faltas elencadas pelo art. 482 da CLT, sob pena de ter o seu contrato rescindido por

justo motivo”.

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A seguir descrevem-se as infrações que constituem a justa causa, conforme a CLT.

Art. 482.

a) Ato de improbidade;

b) Incontinência de conduta ou mau procedimento;

c) Negociação habitual por conta própria ou alheia sem a permissão do empregador e

quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha ou for

prejudicial ao serviço;

d) Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido

suspensão da execução da pena;

e) Desídia no desempenho das respectivas funções;

f) Embriaguez habitual ou em serviço;

g) Violação do segredo da empresa;

h) Ato de indisciplina ou insubordinação;

i) Abandono de emprego;

j) Ato lesivo da honra ou boa fama, praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou

ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legitima defesa, própria ou

de outrem;

k) Ato lesivo da honra e boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e

superiores hierárquicos, salvo em caso de legitima defesa, própria ou de outrem;

O pedido de demissão “o empregado que não tem mais interesse em manter o

vinculo de emprego, poderá se desligar da empresa, pedindo demissão” (GONÇALVES, 2012

p. 117).

A rescisão por culpa recíproca, de acordo com Oliveira (2012, p. 322), “Com a

sentença irrecorrível na Justiça do Trabalho, havendo culpa recíproca, o Tribunal reduzirá a

indenização que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, à metade (art. 484

da CLT)”.

Outro tipo de rescisão é a rescisão por morte do empregado, segundo Gonçalves

(2012, p. 76), “A morte do empregado extingue a relação de emprego, e aos dependentes do

mesmo serão devidas as verbas rescisórias”.

As verbas rescisórias, neste caso, serão rateadas em partes iguais ao numero de

dependentes inscritos como tais junto ao INSS;

A quota destinada aos dependentes menores deverá ser depositada em caderneta de

poupança, que deverá ser aberta pelo empregador no nome de cada um (Decreto

85.845/81, art. 6º);

Quando o empregador não souber a quem pagar, poderá recorrer à Ação de Consignação

em Pagamento estudada.

A rescisão indireta, na visão de Saraiva (2008, p. 112), “A rescisão indireta, também

chamada de despedida indireta, ocorre quando a falta grave é cometida pelo empregador,

justificando a ruptura contratual brusca do liame empregatício”.

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Conforme a CLT (2011, p. 154), no art. 483, elenca as seguintes hipóteses de

rescisão indireta:

Forem exigidos serviços superiores às forças do obreiro, defesos por lei, contrários aos

bons costumes ou alheios ao contrato (alínea a);

For tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo

(alínea b);

Correr perigo manifesto de mal considerável (alínea c);

Não cumprir o empregador as obrigações do contrato (alínea d).

A Rescisão por termino do contrato por prazo determinado, segundo Zanóbia (2011,

p.331), “ocorre com os contratos de trabalho por determinado findo o seu prazo". Mas

também prever nestes casos o art. 479 e 480 da CLT (2011, p. 153),“dispõem sobre uma

indenização que será devida por quem tomou a iniciativa d romper antecipadamente o

acordo”.

Temos também a Rescisão por fechamento da empresa, de acordo com Gonçalves

(2012, p. 77), “quando a opção for pelo fechamento, é injusto que o empregado sofra qualquer

prejuízo, por isso o mesmo terá os mesmos direitos devido numa rescisão sem justa causa”.

Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Portaria 1.057/2012, instituiu que a

partir de 1º de Fevereiro de 2013, todas as rescisões de contrato de trabalho deverão utilizar o

novo modelo de Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT), junto como o novo

termo deverão ser utilizados os seguintes formulários: o Termo de Quitação para as rescisões

de contrato de trabalho com menos de um ano de serviço e o Termo de Homologação para as

rescisões com mais de um ano de serviço. ANEXO II

Podemos concluir que a extinção do contrato de trabalho é a cessação de todas as

obrigações contratuais e do vinculo empregatício, porem, vale ressaltar a atualização do novo

Termo de Contrato de Trabalho, instituído pela portaria 1.057/2012 do MTE, nos atos de

liberação de Seguro-Desemprego e da conta vinculada do Fundo de Garantia do Termo de

Serviço (FGTS), a Caixa Econômico Federal exigirá os novos termos.

2.9 Aviso Prévio

Neste tópico explana uma particularidade de um dos direitos trabalhistas que esta

diretamente ligada ao empregado no momento de sua rescisão de contrato de trabalho.

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O aviso prévio é característica predominante no contrato de trabalho indeterminado.

Segundo Costa (2011, pg. 13), “Instituto especifico de contrato indeterminado, o aviso prévio

é a modalidade existente para notificação pelo interessado, da rescisão eminente do contrato

de trabalho”.

O aviso prévio além de ter caráter predominante no contrato de trabalho

indeterminado, também, tem a função de comunicar as partes na decisão de rescindir o

contrato de trabalho.

Conforme Sena (2012, p. 227), “Aviso prévio é uma comunicação com a

antecedência de 30 dias que o empregado ou empregador faz à parte contrária, informando de

sua decisão para rescindir o contrato de trabalho”.

Na visão de Gonçalves (2012, p. 33), “O aviso prévio tem duas finalidades

essenciais, ou seja, de possibilitar que o empregado encontre outro emprego quando for

dispensado, e, possibilitar que a empresa encontre um substituto quando o empregado pede

demissão”.

Novas regras do aviso prévio, com a lei nº 12.506/2011, entrou em vigor em a partir

de 13 de outubro de 2011, Segundo Sena (2012, p. 227), “A nova lei determina que seja

mantido o prazo atual de 30 dias de aviso prévio, com o acréscimo de três dias por ano

trabalhado, podendo chegar ao limite de 90 dias (60 mais os 30 atuais)”. ANEXO III

Conclui-se que aviso prévio é uma formalidade entre as partes, que proporciona que

o empregado procure outro emprego e ao empregador a oportunidade de contratar outro

colaborador para o cargo. Com referencia as novas regras do aviso prévio da lei nº

12.506/2011, segue em anexo deste trabalho um quadro demonstrativo do tempo de serviço.

2.10 Férias

Férias é um assunto bastante relevante, porém, neste capítulo abordaremos sobre

férias, colocaremos sua definição e características sobre o assunto.

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Segundo Zanóbia (2011, p. 411), “Férias é o período de descanso anual, que deve ser

concedido ao empregado após o exercício de atividades por um ano”.

O art. 7º, XVII, da CF estabelece que, “gozo de férias anuais remuneradas com, pelo

menos, um terço a mais do que o salário normal”.

Na visão de Zanóbia (2011, p. 412), “Compreende–se como período aquisitivo

cada12 (doze) meses do contrato de trabalho, e como período concessivo ou de gozo os

12(doze) meses subsequentes ao período aquisitivo”.

Em relação aos dias de gozo, Sena (2012, p. 144), relata que “as férias dos

empregados em geral são gozadas em dias corridos, úteis e não úteis, sendo que a sua duração

depende da assiduidade do empregado, sofrendo diminuição na proporção das suas faltas

injustificadas (Art. 130, CLT)”.

Nº de faltas injustificadas no

período aquisitivo

Duração do período de férias

Até 5 30 dias corridos

De 6 a 14 24 dias corridos

De 15 a 23 18 dias corridos

De 24 a 32 12 dias corridos

Acima de 32 Nenhum dia de ferias Quadro 01 – Gozo de Férias

Fonte: Adaptado Sena (2012, p. 144).

Quando houver concessão das férias fora do período, faz jus o pagamento em dobro,

“sempre que as férias forem concedidas fora do prazo, isto é, após o período concessivo, o

empregador estará obrigado a pagá-las em dobro (CLT art. 137)”.

A concessão das férias deverá ser analisada continuamente ao seu período aquisitivo,

onde deverá ser gozadas em 30 (trinta) dias corridos salvo ás faltas injustificadas naquele

período aquisitivo, com tudo, a concessão das férias fora do período, o pagamento da mesma

será em dobro como determina a legislação.

Segundo Art. 137, § 1º da CLT (2011, p. 121), “Vencido o mencionado prazo sem

que o empregador tenha concedido às férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo

a fixação, por sentença, da época de gozo das mesmas”.

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Mas também o empregado poderá perder o direito as férias, conforme Oliveira

(2012, p. 77), não terá direito a férias o empregado quando, no curso do período aquisitivo,

conforme estabelece o art. 133 da CLT:

I – deixar o empregado e não for readmitido dentro dos 60 (sessenta) dias subsequentes à

sua saída;

II – permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias;

III – deixar de trabalha, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias em virtude

de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e

IV – tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-

doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos”.

Existem algumas particularidades com relação ao início do período gozo das férias,

segundo Sena (2012, p. 143), “O inicio das férias, coletivas ou individuais, não poderá

coincidir com sábado, domingo, feriado ou dia de compensação de repouso semanal”.

Ressaltamos que de extrema importância que o departamento de pessoal sempre no

começo do ano letivo tenha de posse um relatório do período aquisitivo de férias de todos os

colaboradores, evitando erros operacionais e acumulo de férias, gerando assim férias em

dobro.

2.11 Décimo Terceiro Salário

Conhecida também como gratificação natalina é uma remuneração complementar de

forma integral, sendo paga para funcionário no final do ano letivo, que será paga

proporcionalmente aos meses trabalhados naquele ano letivo.

No ponto de vista de Zanóbia (2011, p. 367), “O décimo terceiro salário é a

gratificação de Natal previsto na Lei nº 4.090, de 1962, devida ao trabalhador no mês de

dezembro de cada ano, independentemente da remuneração a que faz jus, corresponde a ½

(um doze avos) por mês ou fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho”.

A gratificação natalina deve ser paga em duas parcelas, conforme Oliveira (2012, p.

407), O 13º salário deve ser pago em duas parcelas. A primeira será paga entre os meses de

fevereiro e novembro de cada ano e a segunda até o dia 20 de dezembro. Seu valor

corresponderá a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano

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correspondente, sendo que a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será havida 13º

salário.

Na avaliação de Sena (2012, p. 118), “A Constituição Federal de 1988 assegura aos

empregados urbanos, rurais e domésticos o direito a 13º salário com base na remuneração

integral ou no valor da aposentadoria”.

Existe uma forma de tratamento especial nas regras na interrupção e suspensão do

contrato de trabalho, conforme Gonçalves (2012, p. 60), Aplicando as mesmas regras de

interrupção e suspensão, temos:

Serviço militar: Para apurar os avos de 13º salário do empregado que se afastou por

serviços militar, devemos computar até o ultimo dia trabalhado.

Auxílio - doença: Devemos considerar o período trabalhado, e mais os 15 primeiros dias

de afastamento.

Acidente de trabalho: Neste caso o raciocínio é um pouco diferente, pois devemos

calcular o 13º integral como se o empregado tivesse trabalhando os anos inteiros, deste

valor deveram deduzir o valor do Abono Anual pago pelo INSS.

Salário - maternidade: Os avos do 13º salário correspondentes ao período em que a

empregada esteve de licença-maternidade são custeados pelo INSS.

Podemos concluir que a gratificação natalina é obrigatória o seu pagamento no final

de cada ano letivo e também que será proporcional aos meses trabalhados.

2.12 FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

O FGTS foi criando como intuito de proteger o trabalhador demitido sem justa causa,

mediante a abertura de uma conta vinculada ao contrato de trabalho de trabalho.

Conforme Zanóbia (2011, p.340), “O empregador é obrigado a efetuar mensalmente

(até o dia 7 de cada mês) depósitos no valor de 8% dos salários que paga aos empregados, este

valor incide sobre todas os salários recebidos pelo empregado, incluindo o 13º, horas extras,

gratificações e prêmios, habituais ou não”.

Na visão de Gonçalves (2012), apesar do empregado não estar recebendo salário, o

empregador continua sendo obrigado a depositar mensalmente o FGTS nas seguintes

situações:

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Licença remunerada;

Serviço militar obrigatório;

Primeiros 15 dias de afastamento para tratamento de saúde;

Licença por acidente do trabalho, independentemente do período de

afastamento;

Licença-maternidade;

Licença - paternidade;

Gozo de férias;

Demais casos de ausências que persistir o pagamento de remuneração;

GONÇALVES (2012, p. 87).

O FGTS é um direito garantido ao trabalhador, onde é recolhido mensalmente, até

dia 7 (sete) do mês subsequente para conta vinculada na CEF, com percentual de 8% (oito por

cento) sobre a remuneração mensal.

2.12.1 GFIP – Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e

Informações à Previdência Social.

A GFIP é uma guia de recolhimento com data especifica em cada competência, e

também, uma importante ferramenta nas informações acessórias para Previdência Social.

Na visão de Sena (2012, p. 105), “É a guia de recolhimento do Fundo de Garantia do

Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social, por meio da qual o

empregador/contribuinte recolhe o FGTS e informa à Previdência Social, dados cadastrais,

todos os fatos geradores e outras informações de interesse da Previdência”.

Podemos concluir que a GFIP tem duas finalidades, desempenha a função de guia de

recolhimento mensal do FGTS e, também de prestar informações à Previdência Social e

Receita Federal do Brasil.

2.13 Descontos Salariais

A Remuneração do trabalhador mensal pode sofrer descontos previstos em Lei, como

o INSS, IRRF, Contribuição Sindical e outros, quando os mesmos são deduzidos em folha de

pagamento mensal é repassados os valores para órgãos competentes.

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Conforme o art. 462 da CLT (2011, p. 150) determina que “ao empregador é vedado

efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de

adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo”.

Com isso, o departamento de pessoal deve ter bastante cautela ao realizar os cálculos

da folha de pagamento e promover os descontos salariais, ressalvando que tais procedimentos

devem ser previsto em lei.

2.13.1 INSS – Instituto Nacional do Seguro Social

O INSS é um encargo de caráter social incidente sobre a remuneração dos

empregados, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos, descontados em percentuais

conforme previsto em lei.

É um encargo descontado em folha de pagamento e de recibos comprobatórios,

Oliveira (2012, p. 18), argumenta que “o INSS incide sobre o salário mais horas extra,

adicional de insalubridade, periculosidade, adicional noturno, diárias para viagens acima de

50% do salário percebido, 13º salário e outros valores admitidos em lei pela previdência

social”.

Conforme a Portaria Interministerial MPS/MF nº 02, de 01 de Janeiro de 2012, a

tabela de contribuição do segurado empregado, empregado domestico e trabalhador avulso,

para pagamento de remuneração à partir de 1º de Janeiro de 2012, na seguinte forma:

Tabela 1 - Contribuição do segurado empregado, empregado domestica e trabalhador

avulso.

SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO (R$) ALÍQUOTAS INSS

até 1.174,86 8,00 %

de 1.174,87 até 1.958,10 9,00 %

de 1.958,11 até 3.916,20 11,00 %

Fonte: Portaria Interministerial MPS/MF nº 2 (2012).

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A guia de pagamento do INSS é a GPS. Zanóbia (2012, p. 952), destaque que

“contribuinte que eventualmente possuir recolhimento inferior de R$ 29,00 deverá acumular

este valor com os próximos futuros até que a soma atinja este mínimo, para então proceder ao

recolhimento, utilizando a ultima competência como base de informação no campo 04

(quatro) da GPS”.

Vale ressaltar que a retenção do INSS da folha de pagamento ou de qualquer

documento comprobatório, traz a obrigação da empresa que reteve repassar os valores

deduzidos aos órgãos competentes, como está previsto na Legislação pertinente.

2.13.2 IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte

É um tributo incidente sobre a remuneração bruta, com os devidos abatimentos e

consequentemente aplicada uma alíquota estipulada pela Receita Federal do Brasil, que

compete à empresa deduzir mensalmente de todos os vencimentos que enquadrasse na base de

cálculo do IRRF.

Conforme a Receita Federal (2011), o art. 2º da Instrução Normativa nº 1.142,

estabelece que o imposto sobre a renda a ser descontado na fonte sobre os rendimentos do

trabalho assalariado, inclusive a gratificação natalina (décimo terceiro salário), pagos por

pessoas físicas ou jurídicas, bem como sobre os demais rendimentos recebidos por pessoas

físicas que não estejam sujeitos à tributação exclusiva na fonte ou definitiva, pagos por

pessoas jurídicas, será calculado mediante a utilização das seguintes tabelas progressivas

mensais.

Tabela 2 - Imposto de Renda na Fonte

BASE DE CÁLCULO ALIQUOTA (%) PARCELA A DEDUZIR

Até 1.637,11 - -

De 1.637,12 até 2.453,50 7,5 112,43

De 2.453,51 até 3.271,38 15 306,80

De 3.271,39 até 4.087,65 22,5 552,15

Acima de 4.087,65 27,5 756,53

Fonte: Instrução Normativa da RFB nº 1.142 (2011).

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Em relação à incidência do IRRF, Oliveira (2012, p. 23) declara que:

A tributação do imposto da renda sobre os rendimentos do trabalho assalariado pago

incide sobre: salários, ordenados, soldos, soldadas, subsídios, honorários, adicionais,

vantagens, extraordinários, suplementação, abonos, bonificações, gorjetas, gratificações,

13º salário, participações, percentagens, prêmios, cotas-parte e multas ou receitas,

comissões, corretagens, vantagens por transferência de local de trabalho, verbas de

representações e outros rendimentos admitidos em lei pela Receita Federal.

Todos os rendimentos do trabalho assalariado de pessoa física ou jurídica estão

sujeitos à incidência do imposto de renda.

2.13.3 PIS sobre Folha Pagamento

Algumas entidades são obrigadas para recolher o PIS sobre a folha de Pagamento.

Segundo Sena (2012, p. 315), “entidades sem fins lucrativos, imunes ou isentas, definidas

como empregadoras pela legislação trabalhista e as fundações, com base na folha de

pagamento”.

Conforme o art. 13º da Medida Provisória nº 2.158-35, a contribuição para o

PIS/PASEP será determinada com base na folha de salários, à alíquota de um por cento, pelas

seguintes entidades:

I – templos de qualquer culto;

II – partidos políticos

III – instituições de educação e de assistência social a que se refere o art. 12 de Lei nº 12

da 9.532 de 10 de dezembro de 1997;

IV – instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, cientifico e as associações, a

que se refere o art. 15 da Lei nº 9.532 de 1997;

V – sindicatos, federações e confederações;

VI – serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;

VII – conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;

VIII – fundações de direito privado e fundações publicas instituídas ou mantidas pelo

poder Publico;

IX – condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou comerciais; e

X – a Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB e as Organizações Estaduais de

Cooperativas previstos no art. 105 e seu § 1º da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971.

Como determina a Legislação, as instituições acima citadas terá que descontar

mensalmente da folha de pagamento, o PIS sobre folha pagamento, que será repassado para o

Governo Federal para contribuição do PIS/PASEP, mediante Medida Provisória nº 2.158. Art.

13.

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38

2.13.4 Contribuição Sindical Patronal e Laboral

Os empregadores deveram recolher anualmente a contribuição sindical, a qual faz

jus, seja laboral ou patronal, ao sindicato da categoria. Segundo Oliveira (2012, p. 429), “os

empregadores ficam obrigadas no mês de janeiro de cada ano, ou para os que venham a

estabelecer-se após aquele mês, na ocasião em que requeiram às repartições o registro ou a

licença para o exercício da respectiva atividade a fazer por meio de guia própria a sua

contribuição sindical”.

Complementa o art. 580 CLT (2011, p. 166), a contribuição sindical será recolhida

de uma só vez, anualmente, e consistirá:

III – para os empregadores, numa importância proporcional ao capital social da firma,

registrada nas respectivas Juntas Comerciais ou órgãos equivalentes, mediante a aplicação

de alíquotas, conforme a seguinte tabela progressiva.

Tabela 3 - Contribuição Sindical Patronal

Classe Capital Alíquota

1. Até 150 vezes o maior valor de referencia 0,8%

2. Acima de 150 até 1.500 vezes o maior valor de referencia 0,2%

3. Acima de 1.500 até 150.000 vezes o maior valor referencia 0,1%

4. Acima de 1.500.000 até 8000.000 vezes o maior valor referencia 0,02% Fonte: art. 580 CLT (2011).

Temos também a contribuição Laboral, que é deduzido dos funcionários anualmente.

Conforme Gonçalves (2012, p. 56), “Os empregados em geral, deverão descontar de seus

empregados a contribuição sindical, no mês de março de cada ano, no valor correspondente à

remuneração de um dia de trabalho, qualquer que seja a forma de remuneração (CLT, art.

582)”.

Segundo o art. 583. CLT (2011, p. 167), “O recolhimento da contribuição sindical

referente aos empregados e trabalhadores avulsos será efetuado no mês de abril de cada ano, e

o relativo aos agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais realizar-se-á no mês

de fevereiro”.

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39

Temos também empregados que são admitidos no curso do ano, Segundo Gonçalves

(2012, p. 56) temos as seguintes situações:

a) Para os empregados admitidos nos meses de janeiro e fevereiro, o desconto da

contribuição sindical ocorrerá em março;

b) Para os admitidos em março, cabe à empresa verificar se o empregado já foi

descontado da contribuição sindical pela empresa anterior, observando que, caso não

tenha sido feito o desconto, cabe à nova empresa fazê-lo, no próprio mês de

admissão;

c) Para os admitidos após março, caberá à empresa verificar se o empregado não

contribuiu em emprego anterior. Caso tenha, contribuição anual, caso contrario,

competira à empresa efetuar o desconto no seu salário no mês de seguinte ao da

admissão, recolhendo a contribuição ao sindicato de classe no mês subsequente.

E importante o recolhimento da contribuição sindical anualmente, assim evitando o

pagamento de multas e juros decorrentes ao pagamento atrasado, ainda evitar multas

administrativas junto à fiscalização MTE.

2.13.5 Vale Transporte

O vale transporte garante o direto e livre intermédio entre empregado e emprego,

permitindo o trabalhador poder se deslocar da sua residência para empresa.

Conforme Sena (2012, p. 93), “A empresa que concede o vale-transporte está

autorizada a descontar mensalmente do empregado a parcela equivalente a até 6% (dos dias

trabalhados), do seu salário básico ou do vencimento fixo, excluídos qualquer vantagens ou

adicionais desde que o valor descontado do seu salário não ultrapasse o valor do vale-

transporte do mês (6% do salário base ou o valor dos vales, o que for menor)”. (Decreto

95247/87).

O departamento de pessoal deve estar bastante atento ao descontar o desconto dos

vales transportes, porque não pode ultrapassar o valor que foi repassado para o empregado

mensalmente.

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3. INFORMAÇÕES AO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

Neste capitulo será apresentado os principais procedimentos que Ministério do

Trabalho e Emprego disponibiliza para geração das informações pertinentes ao departamento

de pessoal, informações que são geradas através de programas como: CAGED, RAIS e

outros.

Todas estas informações servem de base para o Governo Federal, na elaboração de

projetos, pesquisas e programas relacionados ao mercado de trabalho.

3.1 Abono do PIS

Neste capítulo iremos conhecer os requisitos necessários para o recebimento do

abono anual do PIS, que anualmente é repassado para todos trabalhadores de carteira

assinada.

Conforme Zanóbia (2011, p. 66), “O programa do Abono Salarial é um beneficio no

valor de um salário mínimo anual, assegurando aos empregados que recebem ate dois salários

mínimos de remuneração mensal de empregadores que contribuem para o Programa de

Integração Social”.

Segundo Lei nº 7.998/90, art. 9º. É assegurado o recebimento de abono salarial no

valor de um salário mínimo vigente na data do respectivo pagamento, aos empregados, que:

I – tenham percebido, de empregadores que contribuem para o Programa de Integração

Social (PIS), ou para Programa de Integração Social (PIS) ou pra o Programa de

Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP), até 2 (dois) salários mínimos

médios de remuneração mensal no período trabalhado e que tenham exercido atividade

remunerada pelo menos de 30 (trinta) dias no ano-base.

II – estejam cadastrados há pelo menos 5(cinco) anos no Fundo de Participação do PIs-

Pasep ou Cadastro Nacional do trabalhador.

Para que seja realizado todo processo do direito ao abono do PIS, é fundamental que

as informações do Departamento de Pessoal estejam corretas.

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3.2 RAIS – Relação Anual das Informações Sociais

A RAIS é um conjunto de informações que proporciona coletas de dados, do

trabalhador que será enviada ao MTE que, por objetivo consolidar as diversas informações e

análises governamentais.

Segundo Decreto nº 76. 900/75, a RAIS tem por objetivo:

O suprimento às necessidades de controle de atividade trabalhista no País;

O provimento de dados para elaboração de estatísticas do trabalho;

A disponibilização de informações do mercado de trabalho às entidades

governamentais.

Conforme Sena (2012, p. 321), afirma que os dados coletados pela RAIS constituem

expressivos insumos para atendimento das necessidades:

Da legislação da nacionalização do trabalho;

De controle dos registros do FGTS;

Dos Sistemas de Arrecadação e de Concessão e benefícios Previdenciários;

De estudos técnicos de natureza estatística e atuarial;

De identificação do trabalhador com direito ao abono salarial PIS/PASEP.

É importante salientar que todas as informações prestadas pela RAIS devem estar

corretas, para que não possam ocorrer pendências ao recebimento do abono do PIS e Seguro

Desemprego, respectivamente.

3.3 CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados

A CAGED é uma obrigação acessória, onde a empresa deverá enviar todas as

informações referente a movimentação de empregados. Segundo Sena (2012, p. 28), explica

que a “CAGED foi criado pelo Governo Federal, através da Lei nº 4923/65, que instituiu o

registro o registro permanente de admissões e desligamentos de empregados sob o regime da

Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT”.

Conforme Gonçalves (2012) coloca em contexto geral, a principal finalidade da

entrega do CAGED:

Para fins de controle do abono do PIS e Seguro Desemprego, toda movimentação

de empregados ocorrida na empresa (admissão, demissão ou transferência) deve

ser comunicado ao Ministério do Trabalho, por meio eletrônico (internet e

disquete), até o dia 07 do mês subsequente ao da movimentação.

(GONÇALVES, 2012, p. 43).

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Com base nas informações geradas pela CAGED, é possível o governo federal

mensurar o nível do mercado de trabalho, e também, a empregabilidade existente do País,

servindo de base para elaboração de estudos, pesquisas e projetos ligados ao mercado de

trabalho.

3.4 Seguro-Desemprego

Este capítulo aborda sobre o seguro-desemprego, direito que compete aos

empregados despedidos sem justa causa, bem como as condições necessárias para a obtenção

do direito ao mesmo.

O seguro-desemprego conforme, Zanóbia (2011, p. 583), “é um beneficio integrante

da seguridade social, garantido pelo art. 7º dos Direitos Sociais da Constituição Federal e tem

por finalidade promover assistência financeira temporária ao trabalhador dispensado

involuntário”.

Terá direito ao seguro-desemprego, de acordo com Gonçalves (2012, p. 129), o

empregado sem justa causa que comprove:

I - ter recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, relativos a

cada um dos 6 meses imediatamente anteriores à data da dispensa;

II – ter sido empregado de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada ou ter

exercido atividade legalmente reconhecida como autônoma, durante pelo menos 15 meses

nos últimos 24 meses;

III – não estar em gozo de qualquer beneficio previdenciário de prestação continuada,

previsto no Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, excetuando o auxílio-

acidente e o auxílio suplementar previstos na Lei 6. 367/76, bem como o abono de

permanência em serviços previsto na Lei 5.890/73;

IV – não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua

família.

Segundo Sena (2012), a assistência financeira é concedida em no máximo cinco

parcelas, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de dezesseis meses,

conforme a seguinte relação:

03 (três) parcelas, se o trabalhador comprovar vinculo empregatício de no

mínimo seis meses e no máximo onze meses, nos últimos trinta e seis meses;

04 (quatro) parcelas, se o trabalhador comprovar vinculo empregatício de no

mínimo doze meses e no máximo 23 meses, nos últimos 36 meses;

05 (cinco) parcelas, se o trabalhador comprovar vinculo empregatício de no

mínimo 24 meses, nos últimos 36 meses. SENA (2012, p. 309).

Page 43: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.br

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O seguro-desemprego poderá também ser suspenso, conforme está previsto na Lei nº

7.998, de 11 de janeiro de 1990, da qual se extraiu trecho a seguir:

Art. 7º. O pagamento do beneficio do seguro desemprego será suspenso nas seguintes

situações:

I – admissão do trabalhador em novo emprego;

II – inicio de percepção de beneficio de prestação continuada da Previdência Social,

exceto o auxílio-acidente, o auxílio suplementar e o abono de permanência em serviço;

III – inicio de percepção de auxílio-desemprego.

Podemos concluir que o seguro-desemprego é um benéfico temporário aos

empregados que tiveram vinculo empregatício devidamente comprovados e que terá direito a

receber o referido beneficio é de no mínimo de 6 (seis) meses de serviços. Porem não poderá

gozar do beneficio paralelamente a outro tipo de renda. Seguro-desemprego auxilia

financeiramente o trabalhador no período de transição da rescisão de contrato de trabalho e a

disponibilidade de um novo emprego, lembrando, que quando o trabalhador tiver no novo

emprego o beneficio será cancelado.

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4. LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

No presente capitulo abordaremos tópicos que colocam situações nas quais as

empresas podem ser prejudicadas, por não cumprirem a Legislação pertinente, também, com o

objetivo de relatar procedimentos legais com intuito de prevenção a futuras infrações.

4.1 Infrações à Legislação Trabalhista

Para que possíveis infrações trabalhistas possam prejudicar a empresa, perante o

agente fiscalizador, a empresa deve se atualizar todos os documentos previstos em lei, e é

necessário que as organizações, tenham uma administração de pessoal organizada e eficiente,

que possibilite vislumbrar soluções para problemas futuros.

Conforme Zanóbia (2011), por meio da Portaria nº 546 do MTE, os procedimentos

cabíveis ao agente fiscalizador:

A fiscalização do trabalho visa garantir o cumprimento, por porte das empresas, da

legislação de proteção ao trabalhador, com o objetivo de combater a informalidade no

mercado de trabalho e garantir a observância da legislação trabalhista.

ZANÓBIA (2011, p. 786).

Para evitar infrações trabalhistas, o empregador deve ter um departamento de pessoal

organizado e eficiente, cumprir com as obrigações trabalhistas e tributos sociais, com isso,

evitando reclamações, fiscalizações ou autuações da Justiça do Trabalho.

4.1.1 Multas Trabalhistas

Havendo violação ou desobediência a legislação, compete ao agente fiscalizador, a

aplicação de penalidades por multas pecuniárias ao infrator.

Segundo o MTE (2012), as infrações à legislação trabalhista são punidas com multas

pecuniárias, fixas ou variáveis, cujos valores são previstos em lei de acordo com cada

infração.

Conforme Sena (2012, p. 289) “As infrações à Legislação trabalhista são punidas

com multas pecuniárias, fixas ou variáveis, cujos valores são previstos em lei de acordo com

cada infração” (ANEXO IV).

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Com a devida observação do departamento de pessoal com relativas multas,

permitirá que as organizações possam reduzir as consequências advindas da fiscalização do

Ministério do Trabalho e Emprego.

4.2 Guarda da Documentação

Os documentos trabalhistas devem ser preservados e arquivados por um longo

período, pelo dado motivo, por possuir toda história trabalhista da empresa.

Mesmo durante todo histórico da empresa tiver empregados menores de 18 (dezoito

anos), Conforme Sena (2012, p. 369), “Nos termos do art. 440 da CLT, contra os menores de

18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de prescrição (...) os documentos relativos ao

empregado menor devem permanecer guardados pelos prazos acima mencionados a partir da

data em que o mesmo complementar 18 anos de idade”.

É importante para empresa o arquivamento e conservação de todos os documentos

trabalhistas prescritos na Legislação, observando os prazos prescricionais relatados no quadro

abaixo:

Quadro 02 – Prazo para guarda de documentos

DOCUMENTO PRAZO DE

GUARDA

Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT) 2 anos

Aviso Prévio 2 anos

Pedido de demissão 2 anos

Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), a contar

da data da entrega.

3 anos

Folha de votação de eleições da CIPA 5 anos

Acordo de compensação 5anos

Acordo de prorrogação de horas 5 anos

Atestado médico 5 anos

Autorização para descontos não previstos em lei 5 anos

Cartões, fichas e livros de ponto 5 anos

Comprovante de entrega da Comunicação de Dispensa (CD) 5 anos

Guias de recolhimento de contribuição sindical, assistencial e

confederativa.

5 anos

Contribuição sindical e assistencial descontada do empregado e não

recolhida ao sindicato

Sem prazo

determinado

Mapa anual de acidente do trabalho 5 anos

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Recibo de entrega do Requerimento do Seguro-Desemprego 5 anos

Recibo de abono de férias 5 anos

Recibo de adiantamento de salário 5 anos

Recibo de gozo de férias 5 anos

Recibo de pagamento 5 anos

Relação de Contribuição Sindical e Assistencial 5 anos

Solicitação de abono de férias 5 anos

Comprovante de entrega de vale-transporte 5 anos

Documentos sujeitos à fiscalização do INSS, tais como: folha de

pagamento, recibo e ficha de salário-família, atestados médicos

relativos a afastamento incapacidade ou salário-maternidade, guias de

recolhimento.

10 anos

PIS/PASEP ( a contar da data do vencimento) 10 anos

Salário-educação 10 anos

Dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clinica e

exames complementares, as conclusões e as medidas aplicadas,

registrados em prontuário clínico individual, sob a responsabilidade do

medico coordenador do PCMSO.

20 anos, contados

do desligamento do

empregado.

Documentos relativos ao FGTS 30 anos

Livro de atas de CIPA Indeterminado

Contrato de Trabalho Indeterminado

Livros de Inspeção do Trabalho Indeterminado

Livros ou fichas de registros de empregados Indeterminado

RAIS Indeterminado

Fonte: Sena (2012, p. 368).

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5. ANALISE DOS DADOS COLETADOS

Propõe-se descrever todos os procedimentos com relação ao departamento de

pessoal, e também, como intuito de descrever a história e características da empresa no estudo

de caso, com o objetivo de relatar todos os procedimentos pertinentes ao setor e integra-los

aos fatos ocorridos e observados na empresa em estudo.

5.1 Histórico e Características da Empresa

A empresa abordada pelo presente estudo é uma sociedade empresaria limitada, que

está localizada na cidade de Fortaleza, conserva um patrimônio avaliado em R$ 30.000,00,

subscrito por dois sócios, composto por veículos, moveis e utensílios.

O seu seguimento de atividade é o comércio varejista de medicamentos veterinários,

comercializa uma grande variedade de medicamentos, como o objetivo de atender uma grande

demanda de clientes no ramo da agropecuária e veterinária.

A sociedade iniciou-se sua atividade em 05 de março de 2007, tendo em vista

atendermos a grande demanda do setor agropecuário e veterinário, sentiram a necessidade de

ingressar neste setor, com objetivos conquistar o mercado e ampliar os negócios da

organização.

A organização permaneceu sem empregados por dois anos, ou seja, somente os

sócios desempenhavam as atividades da empresa, mas, à medida que o empreendimento

crescia, os sócios sentiram a necessidade de realizar contratos de trabalho, buscando

profissionais qualificados e com experiência nesta atividade, contando atualmente com 15

(quinze) empregados em seu quadro de pessoal.

Dentre os empregados contratados temos dois funcionários responsáveis pelo setor

financeiro que providencia todas as duplicatas a receber e a pagar, inventários e

procedimentos bancários; no setor contábil existem cinco funcionários, contador e seus

encarregados do setor contábil, fiscal, departamento de pessoal e auxiliar de pessoal. No setor

vendas existem oito funcionários, seis vendedores e dois motoristas.

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Na figura 1 demonstra-se através de organograma a estrutura atual da empresa:

Figura 1: Organograma da Empresa

Fonte: Elaborado pelo autor.

A empresa não possui uma planificação usual e precisa como um planejamento

estratégico, Mas, mensalmente são descritas metas onde os empregados tem objetivo de

alcançá-las, sendo remunerados quando as metas são alcançadas e também, com crescimento

das vendas participam de participações no lucro no final do ano letivo.

No setor de vendas são realizadas reuniões diárias com todos os vendedores, logo,

neste encontro é determinada a meta de vendas para o mês corrente, levando em consideração

os resultados das vendas dos meses anteriores, os procedimentos utilizados, a possibilidade de

utilização de novos métodos, e projeções de conquistas de novos clientes, etc.

De acordo com o diretor administrativo, a organização preocupa-se em buscar

constantemente um ambiente empresarial mais profissional e transparente, pois entende que

só assim será capaz de ter um espaço de trabalho agradável, e oferecer a seus clientes um

melhor atendimento. Com isso a empresa trabalha de maneira e afirma que tais procedimentos

e operações apresentaram bons resultados a médio ou longo prazo.

5.2 Analise das rotinas do Departamento de Pessoal

Foi realizada em loco uma entrevista com o chefe do departamento de pessoal da

empresa, solicitando que o mesmo descrevesse as rotinas de departamento de pessoal desde a

admissão até a demissão.

DIRETOR

ADMINISTRATIVO

SETOR

FINANCEIRO

SETOR CONTÁBIL

SETOR DE

VENDAS

VENDEDOR

DEPTO PESSOAL

AUXILIAR

MOTORISTA

AUXILIAR

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Os procedimentos de entrevista e seleção de empregados são realizados pela

contabilidade, em especial o chefe de departamento de pessoal, através de recomendações

pessoais, ou por divulgação em jornais de grande circularização.

Após a aprovação do novo colaborador pelos os sócios da empresa é encaminhado

até o departamento de pessoal onde o auxiliar de pessoal solicita alguns documentos

necessários por lei, para sua contratação:

CTPS;

CPF, Carteira de Identidade, Titulo de Eleitor e Certificado de Reservista;

Fotos 3x4;

Comprovante de Endereço;

Atestado Médico Ocupacional;

Certidão de casamento e de nascimento dos filhos menores de 14 anos;

Atestado de Antecedentes Criminais;

Com toda documentação conferida o auxiliar de pessoal irá juntar toda a

documentação para realizar o devido registro dos empregados no sistema informatizado, com

a remuneração especificada e o período de duração do contrato de experiência. O próximo

passo é a realização das anotações na carteira de trabalho como: o cargo, a data de admissão, a

remuneração especificada e o período de duração do contrato de experiência.

Agora tem - se o efetivo lançamento dos dados dos empregados, o departamento de

pessoal elabora a folha de pagamento, descriminando todos os proventos e descontos como

base na remuneração mensal dos empregados.

O próximo passo é a elaboração da guia de FGTS, que equivale a 8% sobre a

remuneração mensal de cada empregado, sendo recolhido até o sétimo dia de cada mês

subseqüente, logo, o programa da folha de pagamento faz a transmissão dos dados para o

aplicativo da caixa econômico federal chamado SEFIP, que na qual gera a guia de pagamento

chamada de GFIP e transmite toda movimentação da folha de pagamento, funcionando

também como um relatório acessório das informações pertinentes, e também é transmitido

informações para previdência social através do programa denominado de conectividade

social.

Page 50: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.br

50

Por ser uma organização tributada pelo lucro presumido, além de repassar o INSS

retido dos funcionários e da retirada de pró-labore dos sócios, a organização contribui com

20% (vinte por cento) da empresa; 2% (dois por cento) da alíquota RAT e 5,8% (cinco vírgula

oito por cento) de outras entidades, todos estes percentuais é sobre a remuneração bruta da

folha de pagamento, incluindo férias, rescisão e 13º salário.

O cálculo do sistema de folha de pagamento traz impresso um relatório com todos os

proventos e descontos auferidos na folha de pagamento como: salário base, horas extras,

comissões, DSR e salário família, da mesma forma os descontos como INSS, contribuição

sindical, faltas, vale-transporte e outros.

Após a impressão e recolhida todas as assinaturas dos empregados ate o 5º(quinto)

dia útil do mês subsequente, pagamento realizado na própria empresa pelo setor financeiro,

logo, toda documentação é arquivada no departamento para possíveis fiscalizações do MTE.

A empresa declara mensalmente o CAGED, quando a ocorrências de admissões e

demissões no mês anterior, onde todas as informações repassadas ao MTE através de um

aplicativo denominado de ACI Windows, que também são importados do sistema de folha de

pagamento, informados através da internet pelo CAGED Net, aplicativo de transmissão das

informações no próprio site do Ministério do Trabalho e Emprego.

As férias dos empregados são concedidas sempre no período aquisitivo auferido, por

exemplo, funcionário foi admitido em março, gozará suas férias no período fatal até aquele

mês, com tal regra comprida rigorosamente, com mentas de excelência para o funcionário e a

empresa.

Na ocorrência de rescisão de contrato de trabalho, o mais comum na empresa é a

demissão sem justa causa, onde o auxiliar de departamento de pessoal providencia toda a

documentação conforme está estabelecido pelo sindicato dos empregados no comércio de

Fortaleza, ora citados abaixo:

Rescisão de contrato de trabalho em 05 (cinco) vias;

CTPS atualizada;

Aviso Prévio em 03 (três) vias;

Extrato FGTS atualizado;

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Chave de conectividade social

Formulário de Seguro Desemprego

Comprovante da Multa Rescisória

Carta de recomendação;

Atesta Medico Demissional

Todos os documentos e relatórios pertinentes ao departamento de pessoal são

arquivados em grandes armários, logo, respeitando os prazos prescritos neste trabalho como

determina a lei vigente, na qual traz toda a história da empresa no que compete à

documentação trabalhista e previdenciária de todos os colaboradores atuais e que já passaram

pela organização.

Conclui-se que todos os procedimentos foram alcançados com relação ao estudo de

caso, observando os procedimentos do Departamento de Pessoal e a Legislação Trabalhista,

onde foram vislumbrados os dados coletados da empresa, com resultados positivos e fatos que

deverão ser devidamente solucionados com o estudo deste trabalho.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Realizou-se um bom relacionamento com os profissionais que executam esta área e

diversos aspectos que envolvem suas práticas e implicações, perante a uma fiscalização do

Ministério do Trabalho, com propósito de evitar penalidades e melhor aperfeiçoamento do

departamento de pessoal.

Foi observado com descrição das práticas executadas e a legislação vigente,

confrontando as definições apontadas na legislação com as práticas da Empresa, foram

observadas diversas irregularidades, onde algumas irregularidades não estavam em

conformidade com a legislação.

Desta maneira foram observadas, as penalidades expressas nas multas

administrativas estabelecidas pelo Ministério do Trabalho, com intuito não somente penalizar,

mas também, procurar conscientizar e orientar todos os envolvidos com relação às boas

práticas trabalhistas.

Conclui-se que os procedimentos do setor estão parcialmente em conformidade com

a legislação vigente, ou seja, algumas práticas legais são executadas e outra práticas pendentes

como a atualização dos dados pessoais dos trabalhadores, FGTS recolhidos em atraso,

CAGED enviadas fora do prazo previsto em Lei e informações divergentes encontradas na

folha de pagamento com relação às informações assessorias relatadas mensalmente.

Com isso, tornou-se necessário propor uma mudança na política dos métodos

desempenhados pela a organização, com intuito especifico de atender a necessidade e

realidades da Empresa.

Desta forma, foi requisitada a diretoria administrativa, que mensalmente tenha

treinamentos de atualização e adequação as práticas legais trabalhistas, conjuntamente com

assessoria jurídica especializada em direito do trabalho.

Também, tendo em vista uma melhor qualidade do serviço do departamento de

pessoal, foram solicitados junto à diretoria, softwares qualificados dado motivo de alguns

erros na geração dos arquivos da folha de pagamento e informações assessorias.

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Portanto, foi possível ajustar as rotinas do Departamento de Pessoal, com objetivo

especifico de melhorar a gestão de pessoal e minimizar os riscos inerentes ao setor,

proporcionando segurança jurídica e administrativa ao Departamento de Pessoal, onde foram

obtidos resultados eficientes e eficazes, para um melhor desempenho no trabalho, tanto para o

empregador, como para os seus colaboradores.

Mesmo com a complexidade do assunto deste trabalho acadêmico, foram obtidos

resultados consideráveis para melhorar aperfeiçoamento do Departamento de Pessoal, logo,

que o mesmo, tem papel fundamental na parte Trabalhista e Administrativa de qualquer

empresa, por isso, com o desenvolvimento deste trabalho, foi possível colocar em prática toda

a fundamentação teórica do estudo de caso e diretamente colaborar com a empresa nas

melhorias pendentes visualizados no desenvolvimento deste trabalho acadêmico.

Sugere novas pesquisas sejam aplicadas ao mesmo segmento de atividade da

empresa, e que a metodologia aplicada neste trabalho, sejam também desenvolvida em outras

empresas, outros segmentos de atividade, com objetivo de aprofundar cada vez mais, a

fundamentação e prática do departamento de pessoal.

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54

REFERENCIAS

CLT. Consolidação das Leis do Trabalho. 4. Ed. Rio de Janeiro. Método, 2011. 840 p.

COSTA, Rosânia de Lima. Rescisões trabalhistas: roteiro e cálculos. 2. Ed. São Paulo:

Cenofisco Editora, 2011, 213p.

GONÇALVES, Gilson. Rotinas trabalhistas de A a Z. 2. Ed. Curitiba: Juruá, 2012, 154 p.

GUIMARÃES, Flávio Romero. Como fazer? Diretrizes para a elaboração de trabalhos

monográficos. 4. Ed. Leme/SP: CL EDIJUR, 2010, 123 p.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Disponível em:

http://portal.mte.gov.br/ass_homolog/novo-termo-de-rescisao-do-contrato-de-trabalho.htm

Acesso em 02 nov. 2012, 14:59.

___________Portaria nº 290/97. Disponível em:

http://portal.mte.gov.br/legislacao/portaria-n-290-de-11-04-1997.htm

Acesso em 04 nov., 18:45.

___________Multas Trabalhistas. Disponível

em:http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812B34D4B0012B35825716021B/tabela_variav

el_2009.pdf

Acesso em 24 nov. 18:19.

___________Multas Trabalhistas. Disponível em:

http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812B34D4B0012B359287901BBD/tabela_fixa_200

9.pdf

Acesso em 24 nov. 18:22.

NEVES, Silvério das; VICECONTI, Paulo Eduardo V. Contabilidade avançada e análise das

demonstrações financeiras. 14. Ed. ver. e atual São Paulo: Frase Editora, 2005. 710 p.

OLIVEIRA, Aristeu de. Cálculos Trabalhistas. 24. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 462 p.

PORTARIA INTERMINISTERIAL MP. Nº 333. Disponível em:

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Acesso em 14 set. 2012,10:50.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CASA CIVIL. Lei nº 7.998/90. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7998.htm.

Acesso em 29 out. 2012, 22:46.

RECEITA FEDERAL.Instrução Normativa RFB nº 1.142/2011. Disponível em:

http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/Ins/2011/in11422011.htm.

Acesso em 22 set. 2012, 22h04min.

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55

REGULAMENTO DA PREVIDENCIA SOCIAL, 1999. Disponível em:

http://www.dji.com.br/decretos/1999-003048/283_a_289.htm RPS. Art. 283.

Acesso em 11 nov. 09:57

SARAIVA, Renato. Como se preparar para o exame de ordem. 5. Ed. São Paulo: Editora

Método, 2008. 286 p.

SENA, Randal. Práticas trabalhistas e previdenciárias: férias, folha de pagamento, décimo

terceiro salário, rescisão do contrato de trabalho. 8. Ed. Fortaleza: Revisada e ampliada, 2012.

405 p.

ZANÓBIA, Ademir Donizete. Manual Prático de Rotinas Trabalhistas e Previdenciárias. 2º

ed. Anhanguera Editora Jurídica. Leme/SP, 2011, 1.024p.

Page 56: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.br

56

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO APLICADO NA PESQUISA DE CAMPO

1. Quais os documentos solicitados pelo departamento de pessoal no momento da admissão?

CTPS;

CPF, Carteira de Identidade, Titulo de Eleitor e Certificado de Reservista;

Fotos 3x4;

Comprovante de Endereço;

Atestado Médico Ocupacional;

Certidão de casamento e de nascimento dos filhos menores de 14 anos;

Atestado de Antecedentes Criminais;

2. Qual o motivo de rescisão que ocorre com mais frequência na empresa? E quais as verbas

rescisórias neste tipo de rescisão?

O tipo de rescisão mais frequente é a sem justa causa por iniciativa do empregador.

As verbas rescisórias são saldo de salário; férias vencidas e proporcionais e 1/3 de férias;

aviso prévio indenizado; 13º salário.

3. Quais os documentos exigidos pelo sindicato do comércio?

CTPS atualizado;

Rescisão de contrato de trabalho 03 vias;

Aviso prévio 03 vias

Carta de Recomendação;

Extrato FGTS

Chave liberação FGTS

Atestado médico demissional;

Multa Rescisória 50%,

Registro de empregados

4. O décimo terceiro salário é pago em duas parcelas?

Sim, a primeira até o dia 30 de Novembro e segunda até o dia 20 de dezembro.

5. Como é o controle das férias para não ocorrer o pagamento de feris em dobro?

As férias são concedidas sempre no mês em que o mesmo foi admitido.

6. Quais os descontos previstos por Lei na folha de pagamento?

INSS; IRRF; Vale-Transporte; Contribuição Sindical Laboral; Aviso Prévio.

7. Na entrega da CTPS e fornecido um recibo de entrega de CTPS?

Sim, Logo após 24 horas.

8. Quais os documentos solicitados ao empregado para a concessão do salário-família?

Certidão de Nascimento dos filhos de até 14 anos de idade.

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9. Quais os atestados de saúde utilizados com maior frequência?

Atestado médico Admissional; Demissional; Transferência e Periódico.

10. Os atestados médicos para admissão e demissão, são concedidos por um médico

especializado em saúde de trabalho?

Sim.

11. Os empregados domésticos têm direito ao Seguro-Desemprego?

Não, Salvo se o empregado tiver recolhimento de FGTS.

12. Entrega as declarações acessórias como CAGED; RAIS, sempre no prazo?

Sim, A RAIS e uma declaração anual; Já o CAGED é sempre entregue no dia 7 do mês

subsequente.

13. Os tributos incidentes na folha de pagamento estão sendo recolhidos?

Sim, rigorosamente em dias.

14. Quais são os percentuais incidentes no INSS patronal?

São 20% da empresa; 2% do RAT e 5,8% de Outras Entidades.

15. A empresa utiliza livro de registro de empregados?

Não, utiliza livro de registro de empregados eletrônico.

16. É descontado dos empregados faltas injustificadas?

Sim, as faltas sem justificativa com atestado médico, e descontado na folha de

pagamento.

17. A folha de pagamento é pago em dias?

Sim, até o quinto dia útil do mês subsequente.

18. A empresa já teve algum tipo de rescisão que não seja sem justa causa?

Pedido de demissão e com justa causa.

19. Existe outro tipo de livro pertinente ao departamento de pessoal?

Sim, Livro de Inspeção do Trabalho.

20. Com funciona a guarda dos documentos trabalhistas na empresa?

Toda documentação dos empregados, é guardado rigorosamente nos arquivos da

empresa, e obedecendo aos prazos prescricionais.

21. Existe sistema informatizado de folha de pagamento?

Sim, Programas Fortes Informática.

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ANEXOS

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ANEXO I C. C. T – SINDICATO DO COMÉRCIO DE FORTALEZA

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2012/2012

NÚMERO DE REGISTRO NO MTE: CE000048/2012

DATA DE REGISTRO NO MTE: 17/01/2012

NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR000931/2012

NÚMERO DO PROCESSO: 46205.000660/2012-37

DATA DO PROTOCOLO: 17/01/2012

SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO DE FORTALEZA, CNPJ n. 07.343.452/0001-15, neste ato representado(a) por seu Membro de Diretoria Colegiada, Sr(a). ROMILDO MIRANDA GARCEZ; E FEDERACAO DO COMERCIO DO ESTADO DO CEARA, CNPJ n. 07.267.479/0001-76, neste ato representado(a) por seu Vice-Presidente, Sr(a). RANIERI PALMEIRA LEITAO; SINDICATO DO COMERCIO VAREJISTA E LOJISTA DE FORTALEZA, CNPJ n. 07.341.373/0001-75, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). JOSE CID SOUSA ALVES DO NASCIMENTO; SIND DO COMERCIO VAREJ DE MAQ FER E TINTAS DE FORTALEZA, CNPJ n. 07.340.821/0001-16, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). JOSE CID SOUSA ALVES DO NASCIMENTO; SINDICATO DO COMERCIO ATACADISTA DE MEDICAMENTOS, PERFUMARIAS, COSMETICOS, HIGIENE PESSOAL E CORRELATOS DO ESTADO DO CEARA - SINCAMECE, CNPJ n. 07.342.975/0001-47, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). JOAO FELIX DE MAJELA FILHO; SIND COM ATAC DE MATERIAIS CONST CARV VEG LEN FORTALEZA, CNPJ n. 07.342.991/0001-30, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). EXPEDITO EDILSON MOTA BORGES; SIND DO COM VAREJ DE PROD FARM DO ESTADO DO CEARA, CNPJ n. 07.342.199/0001-85, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). ANTONIO FELIX DA SILVA; SIND DO COM VAREJ DE LIVROS DO ESTADO DO CEARA, CNPJ n. 07.340.813/0001-70, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). SERGIO BRAGA BARBOSA; SINDICATO DO COMERCIO VAREJISTA DE MATERIAL OTICO FOTOGRAFICO E CINEMATOGRAFICO DO ESTADO DO CEARA, CNPJ n. 08.971.408/0001-12, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). JOSE BEZERRA DE SOUSA; SIND DO COM VAREJ DE CARNES FRESCAS DE FORTALEZA, CNPJ n. 07.342.207/0001-93, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). FRANCISCO EVERTON DA SILVA; SIND COM ATAC DE CANES FRESCAS E CONGELADAS DE FORTALE, CNPJ n. 07.342.983/0001-93, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). PAULO HENRIQUE COSTA SILVA; celebram a presente CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, estipulando as condições de trabalho previstas nas cláusulas seguintes:

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CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 1º de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2012 e a data-base da categoria em 1º de janeiro. CLÁUSULA SEGUNDA – ABRANGÊNCIA A presente Convenção Coletiva de Trabalho abrangerá a(s) categoria(s) EMPREGADOS NO COMÉRCIO VAREJISTA E LOJISTA, COMÉRCIO VAREJISTA DE MAQUINISMO, FERRAGENS E TINTAS, COMÉRCIO ATACADISTA DE DROGAS E MEDICAMENTOS, COMÉRCIO ATACADISTA DE CARNES FRESCAS E CONGELADAS, COMÉRCIO ATACADISTA DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO, CARVÃO VEJETAL E LENHA, COMÉRCIO VAREJISTA DE CARNES FRESCAS, COMÉRCIO ATACADISTA DE CARNES FRESCAS, COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS, COMÉRCIO VAREJISTA DE LIVROS, COMÉRCIO VAREJISTA DE MATERIAL ÓPTICO FOTOGRÁFICO E CINEMATOGRÁFICO, com abrangência territorial em Fortaleza/CE.

Salários, Reajustes e Pagamento

Piso Salarial

CLÁUSULA TERCEIRA - PISO SALARIAL

Ficam estabelecidos, após o 3º (terceiro) mês de contratação, a partir de 1º de janeiro de 2012, os seguintes PISOS SALARIAIS mensais:

a. R$ 650,50 (seiscentos e cinquenta reais e cinquenta centavos) para trabalhadores(as) de empresas com até 10 (DEZ) empregados(as).

b. R$ 682,50 (seiscentos e oitenta e dois reais e cinquenta centavos) para trabalhadores(as) de Empresa com mais de dez empregados(as).

Reajustes/Correções Salariais

CLÁUSULA QUARTA - REAJUSTE SALARIAL

Os salários fixos ou parte fixa dos salários mistos dos empregados(as) no

comércio da cidade de Fortaleza serão reajustados em 8,58 % (oito vírgula cinquenta e oito por cento), em 1º de Janeiro de 2012, devendo o

percentual incidir sobre o salário base de 1º de janeiro de 2011, incluído no percentual supra a correção salarial, aumento de produtividade e qualquer verba seja a que título for que tenha efeito de reajustamento salarial.

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Parágrafo único - No reajustamento previsto nesta cláusula serão

compensados, automaticamente, todos os aumentos, antecipações e abonos, espontâneos ou compulsórios, concedidos pela empresa no período compreendido, excetuando-se os previstos na Instrução n° 1 do TST, respeitada a irredutibilidade salarial.

Pagamento de Salário – Formas e Prazos CLÁUSULA QUINTA - ADIANTAMENTO DE SALÁRIOS A título de simples recomendação, orienta-se que as empresas, verificando suas possibilidades, concedam adiantamento quinzenal de salário. CLÁUSULA SEXTA - PAGAMENTO DE SALÁRIO

O pagamento a todos os empregados será feito dentro do horário de expediente dos mesmos.

CLÁUSULA SÉTIMA - ANTECIPAÇÃO DE PAGAMENTO DE SALÁRIO Quando os dias de pagamento coincidir com sábados, domingos feriados, o pagamento será efetuado no dia útil imediatamente , anterior aos respectivos dias. CLÁUSULA OITAVA - ATRASO NO PAGAMENTO DE SALÁRIOS (MORA SALARIAL) No caso de não pagamento do salário até o 5º (quinto) dia útil do mês subseqüente ao vencimento, a empresa pagará 2% (dois por cento) a título de mora, diretamente ao empregado, sob o total da remuneração devida, sem prejuízo do que dispõe a legislação em vigor. CLÁUSULA NONA - COMPROVANTES DE PAGAMENTO As empresas fornecerão mensalmente aos seus empregados, contra cheques, envelopes autenticados ou documento similar com timbre ou carimbo, no qual constem discriminadamente todos os valores pagos, bem como os descontos

efetuados e os depósitos de FGTS Isonomia Salarial CLÁUSULA DÉCIMA - SALÁRIO SUBSTITUIÇÃO

Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, o

empregado substituto fará jus ao salário do substituído, conforme enunciado 159

do TST.

Gratificações, Adicionais, Auxílios e Outros

Gratificação de Função

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CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - FUNÇÃO DE CAIXA Aos empregados na função de "Operador de Caixa" fica assegurada, a título de quebra de caixa, a quantia mensal e equivalente a 10% (dez por cento) do salário nominal.

Parágrafo único - A "quebra de caixa" não será devida aos empregados que, por liberalidade dos empregadores não indenizam as eventuais diferenças verificadas, devendo o empregador comunicar sua decisão ao Sindicato Profissional.

Adicional de Hora-Extra

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - HORAS EXTRAS

As horas extras serão pagas com adicional de 70% (setenta por cento).

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA - FREQÜÊNCIA ÀS REUNIÕES E CURSOS

As reuniões de trabalho, de comparecimento obrigatório, deverão ser realizadas durante o expediente dos empregados, entretanto se ultrapassarem a jornada normal de trabalho, serão remuneradas as horas excedentes como horas extraordinárias, por representarem tempo à disposição da empresa.

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - HORA EXTRA DO COMISSIONISTA

Fica assegurado o pagamento de adicional de 70% (setenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor das comissões referentes a

essas horas, conforme disposto no Enunciado 56 do TST.

Parágrafo Único– O cálculo da hora laborada para ser encontrado o

valor da hora extra do comissionista deverá ser realizado pela média salarial mensal dos oito melhores meses compreendidos entre os doze meses que antecedem ao pagamento da referida hora extra.

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - AOS COMISSIONISTAS

Desde que sua remuneração não atinja o valor do PISO estabelecido nesta cláusula, será concedida complementação que Ihes assegure, como GARANTIA

MÍNIMA, o PISO SALARIAL, após o 3º (terceiro) mês de contratação.

Comissões

CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA - ANOTAÇÃO NA CTPS DO COMISSIONISTA

Será anotado obrigatoriamente pelo empregador na CTPS dos empregados

comissionistas o percentual ajustado entre as partes por ocasião do acerto

contratual, seguido da expressão + R.S.R. (Repouso Semanal

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Remunerado).

CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA - REMUNERAÇÃO DO COMISSIONISTA

Remuneração do Comissionista – Fica assegurado que a remuneração do vendedor Comissionista será calculada sobre o valor total das vendas, efetuadas à vista ou à prazo, fazendo jus ainda ao repouso remunerado, calculado sobre o total das vendas no mês.

CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA - CÁLCULO DOS DIREITOS DO COMISSIONISTA

O cálculo de todos os direitos do empregado comissionista, inclusive verbas rescisórias, levará em conta a média das 08 (oito) melhores comissões mensais, escolhidas entre os doze meses que antecedem a data do pagamento do beneficio. CLÁUSULA DÉCIMA NONA - EMPREGADO COMISSIONISTA/ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

O empregado comissionista fica isento de qualquer responsabilidade pelo inadimplemento nas vendas à prazo, não podendo perder as comissões ou ser efetuado o estorno das mesmas, desde que as referidas vendas tenham sido efetuadas no estrito cumprimento das normas da empresa.

CLÁUSULA VIGÉSIMA – COMISSÕES

Desde que idênticas as funções, observado o disposto no Art. 461 da CLT, fica

proibida a fixação de percentuais de comissões diferenciadas para um único setor de vendas, com mesmas mercadorias e condições de pagamento, num mesmo estabelecimento.

Auxílio Alimentação

CLÁUSULA VIGÉSIMA PRIMEIRA - FORNECIMENTO DE LANCHES

As empresas ficam obrigadas a fornecer gratuitamente lanche aos empregados, quando em regime de trabalho extraordinário, após a 1ª hora trabalhada.

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEGUNDA - DO INCENTIVO AO FORNECIMENTO DE ALIMENTAÇÃO

Do incentivo ao fornecimento de alimentação - Tendo em vista a importância de se proporcionar alimentação aos empregados abrangidos pela presente convenção, a título de orientação, faz-se o presente incentivo para que as empresas forneçam almoço aos empregados que laboram dois turnos.

Parágrafo Primeiro: O empregador que fornecer alimentação a seus empregados, mediante comprovação junto ao sindicato laboral, está

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desobrigado de fornecer o vale transporte referente ao horário de almoço. Parágrafo Segundo: A alimentação fornecida não possui, seja qual for a forma de sua concessão, natureza salarial.

Auxílio Morte/Funeral

CLÁUSULA VIGÉSIMA TERCEIRA - DO AUXÍLIO FUNERAL No caso de falecimento do empregado, a empresa pagará diretamente à família, contra recibo, mediante apresentação da Certidão de Óbito, quantia equivalente a Um Piso Salarial e meio da Categoria, a título de auxílio funeral.

Seguro de Vida

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUARTA - SEGURO DE VIDA

A título de recomendação, orienta-se que as empresas realizem seguro de vida de seus empregados com coberturas para os casos de morte, natural ou acidental, e invalidez permanente, total ou parcial.

Contrato de Trabalho Admissão, Demissão, Modalidades

Normas para Admissão/Contratação

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUINTA - CONFERÊNCIA DOS VALORES EM CAIXA

A conferência dos valores em caixa será realizada na presença do operador responsável e, quando for impedido pelo empregador de acompanhar a conferência, ficará isento de responsabilidade por eventuais erros verificados.

Desligamento/Demissão

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEXTA - PRAZO PARA HOMOLOGAÇÃO Nas rescisões de contrato de trabalho, o empregador fica obrigado a providenciar a

homologação, atendendo o Art. 477, §1° da CLT, dentro dos prazos legais

(Lei 7.855, art.477 § 6°), sob pena de pagar multa estabelecida na citada Lei,

ressalvadas as seguintes hipóteses: a. Recusar-se o empregado a assinar a comunicação prévia da data, hora e

local da homologação; b. Assinando, deixar de comparecer ao ato; c. Comparecendo, suscitar dúvidas que impeçam a sua realização, hipótese

em que a empresa reapresentará os novos cálculos, se for o caso, no dia útil imediato;

d. Em outros casos, quando comprovadamente não existir culpa da empresa; Parágrafo primeiro - Em ocorrendo quaisquer motivos apresentados nas alíneas, o Sindicato Profissional, quando for o caso, se compromete a atestar a presença da empresa para cumprimento do ato, desde que a

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Empresa apresente documento hábil demonstrando que o empregado foi devidamente notificado do dia, hora e local em que se processaria a homologação. Parágrafo segundo - O depósito da verba rescisória na conta corrente do empregado não possui caráter liberatório quanto ao ato de homologar a respectiva rescisão no Sindicato Laboral na forma da legislação pertinente a matéria.

CLÁUSULA VIGÉSIMA SÉTIMA - HOMOLOGAÇÃO DA RESCISÃO As empresas enviarão para o Sindicato dos Empregados no Comércio de Fortaleza, a documentação da homologação de rescisão de contrato de trabalho do empregado com mais de 01 (um) ano de serviço, podendo, todavia, solicitar homologação na SRT, no caso de recusa de homologação por parte do Sindicato, originada de divergência de interpretação ou qualquer outro motivo, revelado ou não, bem como demora advinda de eventuais aumentos de fluxo das atividades do Sindicato relativas a este objetivo.

Parágrafo Primeiro – Fica orientado a todas as empresas albergadas por esta Convenção Coletiva de Trabalho, por uma questão de segurança, que as verbas rescisórias devem ser depositadas na conta do empregado demitido. ParágrafoSegundo – No ato da homologação será obrigatório a apresentação, pela empresa, do comprovante de pagamento da Contribuição Sindical Patronal e laboral do exercício em vigência.

CLÁUSULA VIGÉSIMA OITAVA - CARTA DE REFERÊNCIA

As empresas se obrigam, por ocasião da rescisão de contrato de seus empregados, a fornecerem uma carta de referência, exceto se o empregado for demitido por justa causa, constando tempo de serviço, funções desempenhadas e salários.

Aviso Prévio

CLÁUSULA VIGÉSIMA NONA - DISPENSA DO AVISO PRÉVIO O empregado fica dispensado do cumprimento do prazo de aviso prévio, recebido ou concedido, desde que obtenha novo emprego, devidamente comprovado, recebendo este tão somente os dias trabalhados.

Parágrafo Primeiro – Caso o empregador se negue a receber e recibar a comunicação de novo emprego, o empregado poderá demonstrar o cumprimento da obrigação em realizar a comunicação de fazer a comunicação através de carta registrada. ParágrafoSegundo – A dispensa do aviso não se aplicará quando o número de pessoas ultrapassarem a 50% (cinqüenta por cento) do total de empregados que ocupem a função ou, face a especialização técnica do serviço prestado, a substituição inviabilize o funcionamento do setor.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA - ANOTAÇÃO DA DISPENSA DO AVISO PRÉVIO

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Havendo dispensa do cumprimento do aviso prévio, esta ocorrência deverá ser encaminhada por escrito.

Relações de Trabalho – Condições de Trabalho, Normas de Pessoal e Estabilidades

Qualificação/Formação Profissional

CLÁUSULA TRIGÉSIMA PRIMEIRA - ATENDIMENTO SESC/SENAC As partes convencionam que os trabalhadores abrangidos por esta

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO serão tratados e atendidos com

igualdade pelo Sistema SESC/SENAC, não se admitindo tratamento diferenciado em razão da adesão da empresa empregadora ao Sistema Tributário denominado

SIMPLES.

Parágrafo Único - Para assegurar os direitos estabelecidos no "caput"

desta cláusula, as empresas optantes pelo SIMPLES ficam obrigadas a

realizarem os recolhimentos devidos ao Sistema SESC/SENAC.

Atribuições da Função/Desvio de Função

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEGUNDA - DESVIO DE FUNÇÃO

Não será permitida a utilização do empregado para o exercício de atividades distintas das quais tenha sido contratado, excetuando-se quando se tratar de substituição eventual ou de exercício de funções similares.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA TERCEIRA - ANOTAÇÃO DE FUNÇÃO

As empresas anotarão nas CTPS dos seus empregados as funções por estes

exercidas.

Normas Disciplinares

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUARTA - REVISTA DOS EMPREGADOS

As empresas que adotam o sistema de revista ao empregado, o farão em local adequado e por pessoa do mesmo sexo do revistado, evitando-se eventuais constrangimentos.

Assédio Moral

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUINTA - ASSÉDIO MORAL/SEXUAL

Em decorrência da relevância deste assunto, as empresas e as partes que assinam este instrumento buscarão desenvolver programas educativos para coibir o assedio moral e sexual.

Igualdade de Oportunidades

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CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEXTA - ISONOMIA ENTRE HOMENS E MULHERES As empresas, no estrito cumprimento das normas que regulamentam a matéria, praticarão isonomia de tratamento e igualdade remuneratória entre a mão-de-obra masculina e feminina.

Estabilidade Mãe

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SÉTIMA - ESTABILIDADE DA GESTANTE Fica garantida a estabilidade da gestante na forma da Lei, sendo orientado que a empresa procure, verificando necessidade de saúde, transferi-Ia para outro setor. CLÁUSULA TRIGÉSIMA OITAVA - ESTABILIDADE DA EMPREGADA GESTANTE

Fica garantido estabilidade do emprego à empregada gestante desde a concepção ate 45 dias apos a licença previdenciária.

Estabilidade Portadores Doença Não Profissional

CLÁUSULA TRIGÉSIMA NONA - GARANTIA DE EMPREGADO DOENTE Ao empregado afastado do trabalho por motivo de doença, é garantido o emprego por 45 (quarenta e cinco dias), contados a partir da alta médica, quando o afastamento ocorrer por período igual ou superior a 30 (trinta) dias ininterruptos.

Parágrafo único - Excetuam-se da garantia expressa no "caput" desta cláusula as hipótese de justa causa ou acordo entre às partes, sendo esta última devidamente assistida pelo Sindicato Profissional.

Estabilidade Aposentadoria

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA - PROIBIÇÃO DE DISPENSA DO EMPREGADO Fica proibida a dispensa, por qualquer motivo, do empregado, salvo culpa do

mesmo, nos 24 (vinte e quatro) meses anteriores à implementação dos

requisitos para usufruir a modalidade ordinária de aposentadoria do INSS que

primeiro for alcançada, quer seja por tempo integral ou proporcional de serviço, quer seja por idade.

Outras normas referentes a condições para o exercício do trabalho

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA PRIMEIRA - CHEQUES DEVOLVIDOS Fica proibido descontar da remuneração dos empregados valores de cheques devolvidos por insuficiência de fundos ou irregularidades, exceto nos casos em que não tenham sido obedecidas as normas da empresa.

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Outras normas de pessoal

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SEGUNDA - DO ACESSO AOS EMPRÉSTIMOS INCENTIVADOS PELO GOVERNO As partes que pactuam o presente acordo, sejam sindicatos patronais ou laborais, buscarão incentivar às empresa albergadas pelo mesmo a facilitarem e colaborarem com os empregados que desejam tomar empréstimos através da linhas de crédito criadas pelo Governo Federal.

Jornada de Trabalho – Duração, Distribuição, Controle, Faltas

Duração e Horário

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA TERCEIRA - ATRASO NA ENTRADA O empregado terá direito, em seu primeiro turno de trabalho, a uma tolerância por

atraso de até 45 minutos em cada mês, entretanto, se o empregado, após

extrapolar este prazo, chegar atrasado e o empregador permitir sua entrada, não poderá efetuar qualquer desconto relativo ao referido dia, bem como do repouso semanal remunerado e ao feriado correspondente, se existir.

Parágrafo único - Se o empregado se utilizar do beneficio desta cláusula

por 3 (três) meses consecutivos, perderá tal direito.

Prorrogação/Redução de Jornada

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA QUARTA - DIAS DE BALANÇO Quando da necessidade de realização de balanço e/ou inventário físico em feriados, as horas extras serão pagas em dobro, devendo a empresa fornecer a refeição correspondente ao horário trabalhado pelo empregado.

Parágrafo único - No caso dos comissionistas, caso os balanços se realizem em domingos ou feriados, os mesmos terão direito a um repouso semanal remunerado a mais por dia efetivamente trabalhado.

Compensação de Jornada

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA QUINTA - DO BANCO DE HORAS

As empresas que desejarem estabelecer o regime de compensação de horas através da criação do Banco de Horas, deverão solicitar negociação específica ao Sindicato Laboral, que deverá ser iniciada no prazo máximo de dez dias após o pedido formal, mediante acompanhamento dos representantes da categoria patronal.

Descanso Semanal

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SEXTA - REPOUSO SEMANAL REMUNERADO DO COMISSIONISTA

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Os comissionistas terão direito ao Repouso Semanal Remunerado de acordo com os critérios da lei vigente.

Controle da Jornada

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SÉTIMA - CONTROLE DO HORÁRIO DE TRABALHO

É obrigatória a utilização de livros de ponto ou cartão mecanizado para o efetivo controle do horário de trabalho nas empresas com mais de 10 empregados, para que se possibilite o real pagamento das horas extraordinárias.

Faltas

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA OITAVA - FALTA DO COMISSIONISTA

Não poderá ser descontada a falta do empregado comissionista, na parte relativa às comissões, ficando, entretanto, facultado o desconto do seu repouso semanal remunerado.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA NONA - ABONO DE FALTA DO COMERCIÁRIO

Será abonada a falta da mãe ou do pai comerciário no caso de necessidade de consulta médica a filhos de até 12 (doze) anos de idade ou inválidos, mediante comprovação médica, devendo, entretanto, ser essa comprovação, caso a empresa disponha de Convênio Médico para seus empregados, passada pelos médicos por ela credenciados.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA - ABONO DE FALTA DO ESTUDANTE

Abono de Falta do Estudante – Fica assegurado o abono de falta do empregado estudante, nos períodos de prestação de exames vestibulares ou supletivos oficiais que coincidam com o seu horário de trabalho, desde que haja comunicação prévia ao empregador com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas e posterior comprovação em 5 (cinco) dias.

Jornadas Especiais (mulheres, menores, estudantes)

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA PRIMEIRA - JORNADA DO ESTUDANTE

Fica vedada a prorrogação do horário de trabalho do empregado estudante ou mudança de turno que venha prejudicar-lhe a freqüência nas aulas.

Outras disposições sobre jornada

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA SEGUNDA - CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO Os cursos de aperfeiçoamento, desde que haja aquiescência do empregado, poderão ser realizados fora de seu expediente normal de trabalho, ficando a

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69

empresa isenta do pagamento de horas extras. Parágrafo Único –Não é considerado curso de aperfeiçoamento na forma do caput” desta cláusula o trabalho do empregado em dias de balanço, arrumação de loja e estabelecimento de metas de trabalho.

Férias e Licenças

Duração e Concessão de Férias

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA TERCEIRA - FÉRIAS DO EMPREGADO ESTUDANTE As empresas facilitarão a seus empregados estudantes para que estes possam gozar suas férias anuais da empresa, em período que coincida com o das férias escolares.

Saúde e Segurança do Trabalhador

Condições de Ambiente de Trabalho

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA QUARTA - ÁGUA POTÁVEL

Será fornecida aos empregados água potável, em condições de higiene, por meio de copos individuais ou bebedouros de jatos inclinados.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA QUINTA - ASSENTOS NO LOCAL DE TRABALHO

As empresas manterão assentos para seus empregados em local em que os mesmos possam ser utilizados por aqueles que tenham por atribuição atendimento

ao público, em pé, nos termos da NR 17.3.5.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA SEXTA - POLUIÇÃO SONORA

Fica proibido a utilização nas empresas, de equipamento sonoro ou qualquer outro tipo de perturbação sonora causadora de ruídos ou barulhos acima dos limites

estabelecidos pela NR (Norma Regulamentadora) n° 15 da Portaria 3.214 de 1978.

Uniforme

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA SÉTIMA - UNIFORMES Quando o uso de uniformes, sapatos e meias for exigido pelas empresas, ficam estas obrigadas a fornecer gratuitamente aos empregados 2 (duas) unidades de roupa de 6 (seis) em 6 (seis) meses, respondendo o empregado pelas reposições.

ParágrafoPrimeiro – Considera-se fardamento adotado pela empresa,

tanto as peças exigidas por esta, quanto aquelas que, apenas sugeridas, obedeçam a qualquer critério de padronização.

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70

ParágrafoSegundo –As empresas, salvo anuência do empregado, não

podem exigir a utilização de quaisquer acessórios, apetrechos e/ou fantasias que o coloquem em situação de constrangimento.

Aceitação de Atestados Médicos

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA OITAVA - ATESTADOS MÉDICOS Os atestados médicos fornecidos por profissionais do Sindicato dos Empregados

signatário, havendo convênio com o INSS, serão aceitos pela empresa, para

todos os fins legais, ressalvado os casos em que esta mantenha Convênio Médico para seus empregados e dependentes, legalmente declarados, quando somente serão aceitos os atestados emitidos pelos médicos por elas credenciados.

Parágrafo Único: No caso de a empresa possuir médico próprio ou conveniado, em caso de urgência hospitalar com a posterior comprovação perante o médico da empresa ou por ela conveniado, será aceito atestado emitido por profissional médico do sindicato laboral.

Profissionais de Saúde e Segurança

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA NONA - ASSISTÊNCIA JURÍDICA E MÉDICA HOSPITALAR AOS EMPREGADOS GUARDAS NOTURNO, VIGIAS As empresas obrigam-se a prestar assistência jurídica aos seus empregados, guardas-noturnos, vigias e plantonistas de farmácias, quando os mesmos, no exercício de suas funções, agindo em defesa dos legítimos interesses e dos direitos dos empregadores, no recinto da empresa, incidirem em prática de atos que os levem a responder ação penal.

Parágrafo Primeiro - No caso de o empregado sofrer danos em sua saúde, no exercício de suas funções, defendendo o patrimônio da empresa, terá direito a um auxílio saúde, cuja prestação única, limitada ao montante equivalente ao seu salário mensal não será superior aos gastos efetivamente realizados. Parágrafo Segundo - Ficam dispensadas da obrigação do parágrafo anterior as empresas que tenham assistência médico-hospitalar.

Primeiros Socorros

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA - PRIMEIROS SOCORROS

As empresas manterão à disposição dos empregados Caixa de Primeiros Socorros para pequenas necessidades dos empregados.

Campanhas Educativas sobre Saúde

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA PRIMEIRA - DA SAÚDE DO EMPREGADO

As partes convenentes buscarão realizar ampla divulgação dos aspectos

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71

relevantes a saúde do empregado, sempre com o objetivo de demonstrar a

necessidade do integral cumprimento da NR 17 e demais legislação referente a

prevenção de doenças laborais.

Outras Normas de Prevenção de Acidentes e Doenças Profissionais

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA SEGUNDA – PCMSO Fica acordado que os estabelecimentos comerciais com grau de risco 1 ou 2, com

mais de 25 (vinte e cinco) e até 50 (cinqüenta) empregados, conforme o Quadro I da Norma Regulamentadora N° 4, estão dispensados de indicar médico

coordenador do PCMSO. Estas empresas também estão desobrigadas da

realização de exame médico demissional se o empregado tiver sido submetido a

qualquer exame médico ocupacional em um período de até 270 (duzentos e

setenta) dias anteriores à data de homologação de sua rescisão contratual de

trabalho, conforme dispõe os itens 7.3.1.1.1 e 7.4.3.5.1 da Portaria n°08/96

da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho e Parecer de profissional em Segurança e Saúde no Trabalho.

Relações Sindicais

Acesso do Sindicato ao Local de Trabalho

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA TERCEIRA - QUADRO DE AVISOS

Fica assegurado pelas empresas a afixação de editais, avisos e notícias sindicais, de responsabilidade da entidade sindical profissional, desde que não contenham matéria política, nem ofensiva a honra dos representantes governamentais e aos dirigentes da empresa e, que sejam de interesse geral dos empregados, em seus quadros de avisos.

Contribuições Sindicais

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA QUARTA - DESCONTO DE MENSALIDADES

As mensalidades e outras verbas descontadas dos empregados e destinadas ao Sindicato Profissional deverão ser recolhidas até o 7º (sétimo) dia após o desconto, com o preenchimento da relação dos empregados no verso da guia de contribuição, sob pena de multa e correção estabelecidas na

CláusulaSEXAGÉSIMA SEXTA.

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA QUINTA - CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL PATRONAL

Todas as empresas albergadas por esta Convenção Coletiva de Trabalho pagarão às suas respectivas entidades sindicais, no mês de maio de 2012, Contribuição Assistencial Patronal no valor unitário de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais).

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72

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA SEXTA - CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL DOS EMPREGADOS As empresas se obrigam, salvo oposição do empregado, a descontar do salário de janeiro de 2012, de seus empregados que recebam salário fixo e/ou por, comissão, sindicalizados ou não, o percentual de 3% (três por cento), limitado o desconto até o teto de R$ R$ 36,00 (trinta e seis reais), devendo referida importância ser recolhida aos cofres do Sindicato dos Empregados dela beneficiado, até o 7° (sétimo) dia do mês subseqüente ao desconto, sob pena de multa de 2% (dois por cento), sobre o montante a ser recolhido pela empresa a contar do dia imediato após o término do prazo para o recolhimento.

Direito de Oposição ao Desconto de Contribuições Sindicais

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA SÉTIMA - DIREITO DE OPOSIÇÃO AO DESCONTO ASSISTENCIAL DOS EMPREGADOS O empregado que desejar opor-se ao desconto previsto no caput desta cláusula deverá fazê-Io através de carta e remetê-Ia, via postal, ao sindicato laboral até o décimo dia antes do referido desconto, sendo este período compreendido entre o

dia catorze até o dia 21 de janeiro de 2012.Parágrafo Único - Sendo-lhe

destinada a CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL, o sindicato obreiro assume

integralmente a responsabilidade por demandas promovidas, em sede judicial ou administrativa, inclusive junto a Ministério Público do Trabalho, no que se refere

aos descontos que venham a ser procedidos em estrita obediência ao Caput e Paragrafo Único da presente cláusula.

Disposições Gerais

Outras Disposições

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA OITAVA - PENALIDADES

Na hipótese de violação de qualquer cláusula desta Convenção, os que derem diretamente causa à infração, acordantes – empresas ou empregados –

comprovada a sua culpa ficam sujeitos a multa equivalente a UM PISO SALARIAL DA CATEGORIA, em favor da parte atingida pela violação.

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA NONA - DESCONTO DE MERCADORIAS Fica proibido às empresas abrangidas por esta Convenção Coletiva de Trabalho efetuar desconto nos salários de seus empregados em decorrência da existência de mercadorias avariadas ou vencidas, salvo comprovação de culpa ou dolo do empregado.

ROMILDO MIRANDA GARCEZ

Membro de Diretoria Colegiada

SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO DE FORTALEZA

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73

RANIERI PALMEIRA LEITAO

Vice-Presidente

FEDERACAO DO COMERCIO DO ESTADO DO CEARA

JOSE CID SOUSA ALVES DO NASCIMENTO

Presidente

SINDICATO DO COMERCIO VAREJISTA E LOJISTA DE FORTALEZA

JOSE CID SOUSA ALVES DO NASCIMENTO

Presidente

SIND DO COMERCIO VAREJ DE MAQ FER E TINTAS DE FORTALEZA

JOAO FELIX DE MAJELA FILHO

Presidente

SINDICATO DO COMERCIO ATACADISTA DE MEDICAMENTOS,

PERFUMARIAS, COSMETICOS, HIGIENE PESSOAL E CORRELATOS DO ESTADO

DO CEARA - SINCAMECE

EXPEDITO EDILSON MOTA BORGES

Presidente

SIND COM ATAC DE MATERIAIS CONST CARV VEG LEN FORTALEZA

ANTONIO FELIX DA SILVA

Presidente

SIND DO COM VAREJ DE PROD FARM DO ESTADO DO CEARA

SERGIO BRAGA BARBOSA

Presidente

SIND DO COM VAREJ DE LIVROS DO ESTADO DO CEARA

JOSE BEZERRA DE SOUSA

Presidente

SINDICATO DO COMERCIO VAREJISTA DE MATERIAL OTICO FOTOGRAFICO E

CINEMATOGRAFICO DO ESTADO DO CEARA

FRANCISCO EVERTON DA SILVA

Presidente

SIND DO COM VAREJ DE CARNES FRESCAS DE FORTALEZA

PAULO HENRIQUE COSTA SILVA

Presidente

SIND COM ATAC DE CANES FRESCAS E CONGELADAS DE FORTALE

A autenticidade deste documento poderá ser confirmada na página do Ministério do

Trabalho e Emprego na Internet, no endereço http://www.mte.gov.br .

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74

ANEXO II – NOVOS MODELOS DE RESCISÃO DE TRABALHO

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75

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76

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77

ANEXO III – AVISO PRÉVIO

Nota Técnica nº 184/2012/CGRT/SRT/MTE

Da aplicação da proporcionalidade do aviso prévio em prol exclusivamente do

trabalhador. Com base na art. 7º, XXI, da Constituição Federal, entendemos que o aviso

proporcional é aplicado somente em benefício do empregado.

O aviso prévio proporcional terá uma variação de 30 a 90 dias, conforme o tempo de

serviço na empresa. Dessa forma, todos os empregados terão no mínimo 30 dias durante o

primeiro ano de trabalho, somando a cada ano mais três dias, devendo ser considerado a

projeção do aviso prévio para todos os efeitos. Assim, o acrescimento de que trata o parágrafo

único da lei 12.506/2011, somente será computado a partir do momento em que se configure

uma relação contratual que supere um ano na mesma empresa.

Tempo de Serviço

(anos completos)

Aviso prévio Proporcional ao

tempo de Serviços (nº de dias)

0 30

01 33

02 36

03 39

04 42

05 45

06 48

07 51

08 54

09 57

10 60

11 63

12 66

13 69

14 72

15 75

16 78

17 81

18 84

19 87

20 90

Atualização da página 229 do Livro Práticas Trabalhistas e Previdenciárias 8ª edição

de autoria de Randal Sena.

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ANEXO IV – TABELA DE MULTAS E INFRAÇÕES NA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

Tabelas das Multas Administrativas de Valor Variável (em Reais)

NATUREZA

INFRAÇÃO

BASE

LEGAL

QUANTIDADE

OBSERVAÇÕES MÍNIMO MÁXIMO

Artista

Lei 6533/78

Lei

6533/78

art. 33

114,04

1139,84

53,5869 por

empregado.

Valor máximo na

reincidência,

embaraçado,

resistência, artifício

ou

simulação

Atuários

Decreto-Lei

806/69

Art. 10 -

Decreto-

Lei nº

806/69

20,13

201,27

Contribuição

sindical

CLT art.

578/610

CLT art.

598

8,05 8050,66

Duração do

trabalho

CLT art.

57/74

CLT art.

75

40,25

4025,33

Dobrado na

reincidência

oposição ou desacato

Duração e

Condições

Especiais do

Trabalho

CLT art.

224/350

CLT art.

351

40,25

4025,33

Dobrado na

reincidência,

oposição ou desacato

FGTS: deixar

de computar

parcela de

remuneração

Lei 8036/90

art.

23, IV

Lei

8036/90

art. 23 §

2º,

"b"

10,64

106,41

Por empregado,

dobrado na

reincidência, fraude,

simulação, artifício,

ardil, resistência,

embaraço ou desacato

FGTS: Falta de

depósito

Lei 8036/90

art.

23, I

Lei

8036/90

art. 23, §

"b"

10,64

106,41

Por empregado,

dobrado

na reincidência,

fraude,

simulação, artifício,

ardil,

resistência,

embaraçado

ou desacato

FGTS: omitir

Informações

sobre a conta

Lei 8036/90

art.

Lei

8036/90

2,13 5,32 Por empregado,

dobrado

na reincidência,

fraude,

simulação, artifício,

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79

vinculada

do trabalhador

23, II art. 23, §

2º,

"a"

ardil,

resistência,

embaraçado

ou desacato

Fiscalização

CLT art.

626/642

CLT art.

630 §

201,27 2012,66

Jornalista Decreto-Lei

972/69

Dec. Lei

972/69

57,02 570,22

Medicina do

Trabalho

CLT art.

154/200

CLT art.

201

402,53

4025,33

Vr. Máximo

reincidência

embaraço,

reincidência,

artifício, simulação

Nacionalização

do

Trabalho

CLT art.

352/371

CLT art.

364

80,51 8050,66

Pessoas Com

Deficiência

Art. 93 – Lei

8213/91

Art. 133

Lei nº

8213/91

1.329,18 132.916,84

Portuários

Art. 22, 25 e

28

Lei nº

8.036/93

Art. 10

Lei nº

9719/98

345,00 3450,00 Por trabalhador

prejudicado

Portuários

Art.26 e 45

Lei nº

8.036/93

Art. 10

Lei nº

9719/98

345,00 3450,00 Por trabalhador

prejudicado

Portuários

Art. 7º caput

Lei

nº 9719/98

Art. 10

Lei nº

9719/98

173,00 1730,00

Portuários Art. 7º §

único de

demais da

Lei nº

9719/98

Art. 10

Lei nº

9719/98

345,00 3450,00 Por trabalhador

prejudicado

Publicitário Lei 4680/65 Lei

4680/65

art. 16

4,03 402,53 Valores sem

expressão na

moeda atual, por falta

de

base legal para

atualização

ou majoração até

Set/89.

Radialista

Lei 6615/78

Lei

6615/78

art. 27

114,04

1140,44

53,5869 por

empregado.

Valor máximo na

reincidência,

embaraçado,

resistência, artifício

ou

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80

simulação

RAIS: não

entregar no

prazo previsto,

entregar

com erro,

omissão ou

declaração

falsa

Dec.

76900/75

art. 7º c/ Lei

7998/90 art.

24

Lei

7998/90

art.25

425,64

42564,00

Dobrado na

reincidência,

oposição ou desacato

Gradação conforme

Port.

Mtb. Nº 319, de

26.02.93

(art. 6º) e 1.127, de

22.11.96

Repouso

semanal

remunerado

Lei 605/49

Lei

605/49

art.12

0,00

0,05

Valores sem

expressão na

moeda atual, por falta

de

base legal para

atualização

ou majoração até

Set/89.

Salário Mínimo CLT art.

76/126

CLT art.

120

40,25 1227,06 Dobrado na

reincidência

Segurança do

trabalho

CLT art.

154/200

CLT art.

201

670,89

6708,59

Vr. Máximo

reincidência

embaraço,

reincidência,

artifício, simulação

Seguro-

desemprego

Lei 7998/90

art.

24

Lei

7998/90

art. 25

425,64 42564,00 Dobrado na

reincidência,

oposição ou desacato

Trabalho da

Mulher

CLT art.

372/400

CLT art.

401

80,51 805,09 Vr. Máximo na

reincidência

artifício, simulação ou

fraude

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81

Tabelas das Multas Administrativas de Valor Fixo (em Reais)

NATUREZA INFRAÇÃO BASE

LEGAL

QUANTIDADE OBSERVAÇÕES

13º Salário

Lei 4090/62

Lei 7855/89

art. 3º

170,26

Por empregado,

dobrado na

reincidência

Aeronauta

Lei 7183/84

Lei 7855/89

art. 3º

170,26

Por empregado,

dobrado na

reincidência

Anotação

indevida

CTPS

CLT art. 435

CLT art. 435

402,53

Atividade

petrolífera

Lei 5811/72 Lei 7855/89

art. 3º

170,26 Por empregado,

dobrado na

reincidência

Atraso

Pagamento

de Salário

CLT art. 459 §

art. 4º Lei

7855/89

170,26 Por empregado

prejudicado

Cobrança CTPS

pelo

Sindicato

CLT art. 56 CLT art.56 1207,60

Contrato

individual

de Trabalho

CLT art.

442/508

CLT art. 510 402,53 Dobrado na

reincidência

Contribuição

Social

Art. 1º e 2º da

Lei

Complementar

110/2001

Art. 7º da Lei

Complementar

nº 110/2001

75% do valor do

débito

Discriminação Lei nº 9.029/95 Art. 3º I Lei nº

9.029/95

10 vezes o

maior

salário

Acrescido de 50%

em caso de

reincidência

Entrega de

CAGED c/

atraso até 30 dias

Lei 4923/65 Lei 4923/65

art. 10, § U

4,47 Por empregado

Entrega de

CAGED c/

atraso até 31 dias

a

60 dias

Lei 4923/65 Lei 4923/65

art. 10, § U

6,70 Por empregado

Extravio ou inutilização

CTPS

CLT art. 52 CLT art. 52 201,27

Falta anotação da

CTPS

CLT art. 29 CLT art. 54 296,12

Falta de

atualização

LRE/FRE

CLT art. 41 §

único

CLT art. 47

§ único

201,27 Dobrado na

reincidência

Page 83: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.br

82

Falta de

autenticação

LRE/FRE

CLT art. 41 §

único

CLT art. 47

§ único

201,27 Dobrado na

reincidência

Falta de

autenticação

LRE/FRE

CLT art. 42 CLT art. 47

§ único

201,27 Dobrado na

reincidência

Falta de

CAGED/entrega

c/

atraso acima de

60

dias

Lei 4923/65 Lei 4923/65

art. 10

13,41 Por empregado

Falta registro de

emprego

CLT art. 41 CLT art. 47 402,53 Por empregado,

dobrado na

reincidência

Férias CLT art.

129/152

CLT art. 153 170,26 Por empregado, na

reincidência,

embaraçado ou

resistência

Não

comparecimento

audiência p/

Anotação CTPS

CLT art. 54 CLT art. 54 402,53

Não Pagamento

de

Verbas

Rescisórias

Prazo Previsto

CLT art. 477 §

CLT art. 477

§ 8º

170,26

Por empregado

prejudicado

+ multa 1 (um)

salário,

corrigido, para o

empregado

Obrigatoriedade

da

CTPS

CLT art. 13

CLT art. 55

402,53

Retenção da

CTPS

CLT art. 53 CLT art. 53 201,27

Trabalhador

Rural

Lei nº 5.889/73 Art. 18 Lei nº

5.889/73

380,00 Por empregador

prejudicado

Trabalho do

menor

(Criança e

Adolescente)

CLT

art.402/441

CLT art. 434

402,53

Por menor

irregularaté o

máximo de

1.891,4236 qdo

infrator primário.

Dobrado esse máximo na

reincidência

Trabalho

temporário

Lei 6019/74 Lei 7855/89

art. 3°

170,26 Por empregado,

dobrado na

reincidência