Projeto de Um Túnel de Vento Subsônico

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    1/81

    PROJETO DE UM TNEL DE VENTO SUBSNICO DO TIPO SOPRADOR

    Felipe Rodrigues Coutinho

    RIO DE JANEIRO

    AGOSTO DE 2014

    Projeto de Graduao apresentado ao Curso de

    Engenharia Mecnica da Escola Politcnica,

    Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte

    dos requisitos necessrios obteno do ttulo de

    Engenheiro.

    Orientador: Gustavo Csar Rachid Bodstein, Ph.D.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    2/81

    UNI VERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRODepartamento de Engenharia Mecnica

    DEM/POLI/UFRJ

    PROJETO DE UM TNEL DE VENTO SUBSNICO DO TIPO SOPRADOR

    Felipe Rodrigues Coutinho

    PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO DEPARTAMENTODE ENGENHARIA MECNICA DA ESCOLA POLITCNICA DA

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS

    REQUISITOS NECESSRIOS PARA A OBTENO DO GRAU DE

    ENGENHEIRO MECNICO.

    Aprovado por:

    ________________________________________________Prof. Gustavo Csar Rachid Bodstein, Ph.D.

    ________________________________________________Prof. Albino Jos Kalab Leiroz, Ph.D.

    ________________________________________________Prof. Manuel Ernani de Carvalho Cruz, Ph.D.

    RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

    AGOSTO DE 2014

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    3/81

    Coutinho, Felipe RodriguesProjeto de um tnel aberto subsnico / Felipe Rodrigues

    CoutinhoRio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politcnica, 2014.

    XII, 70 p.: il.; 29,7 cm.

    Orientador: Gustavo Csar Rachid Bodstein, Ph.D.

    Projeto de Graduao UFRJ/ POLI/ Engenharia

    Mecnica, 2014.

    Referncias Bibliogrficas: p. 68-69.

    1. Mecnica dos Fluidos. 2. Ventiladores. 3. Presso. 4.

    Tnel de Vento. I. Bodstein, Gustavo Csar Rachid. II.

    Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Engenharia

    Mecnica. III. Projeto de um tnel aberto subsnico.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    4/81

    AGRADECIMENTOS

    Primeiramente a Deus, pois sem Ele nada seria possvel.

    A minha famlia, por me incentivar, apoiar e orientar em todas as etapas da

    minha vida.

    Aos meus avs, que sempre me apoiaram e me incentivaram.

    Ao professor Gustavo Csar Rachid Bodstein, pela pacincia, dedicao e

    experincia na orientao deste trabalho.

    Aos professores Manuel Ernani de Carvalho Cruz e Albino Jos Kalab Leiroz

    pela participao na Banca.

    Aos professores do Departamento de Engenharia Mecnica, pelos

    conhecimentos transmitidos.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    5/81

    Resumo do projeto de graduao apresentado ao DEM/UFRJ como parte dos requisitos

    necessrios para obteno do grau de Engenheiro Mecnico.

    PROJETO DE UM TNEL DE VENTO SUBSNICO DO TIPO SOPRADOR

    Felipe Rodrigues Coutinho

    Agosto/2014

    Orientador: Gustavo Csar Rachid Bodstein, Ph.D.

    Curso: Engenharia Mecnica

    Este trabalho descreve o projeto de um tnel de vento subsnico do tipo soprador,

    para fins acadmicos. Objetiva-se calcular para cada componente do tnel, a geometria,

    o coeficiente de perda de carga e a perda de presso, tendo como dados de projeto a

    velocidade e a rea da seo de teste pretendida, os dados do fabricante do ventilador

    centrfugo j existente no laboratrio (LabMFA- Laboratrio de Mecnica dos Fluidos

    e Aerodinmica- UFRJ), pode-se a partir desses clculos, verificar se o ventilador do

    laboratrio ir atender a demanda de carga do projeto, apresentar, caso exista, outra

    opo de um ventilador centrifugo que sirva ao propsito estabelecido e por fim, estimar

    o custo do projeto.

    Planilhas foram desenvolvidas no software Microsoft Office Excel para a realizao

    desses clculos. O Software AutoCad 2012foi utilizado para desenhar os componentesdo tnel de vento , o software Matlab R2012afoi utilizado para o clculo da curva do

    bocal e para a seleo de um outro ventilador centrfugo foi utilizado o software Vortex

    1.3- OTAM.

    Palavras- chaves: Mecnica dos fluidos, Tnel de vento.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    6/81

    Abstract of Undergraduate Project presented to DEM/UFRJ as a part of fulfillment of

    the requirements for the degree of Engineer.

    DESIGN OF A WIND TUNNEL SUBSONIC TYPE BLOWER

    Felipe Rodrigues Coutinho

    August / 2014

    Advisor: Gustavo Csar Rachid Bodstein, Ph.D.

    Course: Mechanical Engineering

    This paper describes the design of a subsonic wind tunnel blower type, for

    academic purposes. The objective is to calculate for each component of the tunnel, the

    geometry, the coefficient of load loss and the pressure loss, with the design data speed

    and the area of the intended test section, the data of the existing centrifugal fan

    manufacturer in the laboratory (LabMFA- laboratory of Fluid Mechanics and

    Aerodinmica- UFRJ), one can from these calculations, make sure the fan's lab will

    meet the demand load of the project, submit, if any, choice of centrifugal fan that serves

    the purpose established and finally, estimate the cost of the project.

    Spreadsheets were developed in Microsoft Office Excel software to perform

    these calculations. The AutoCad 2012 Software was used to design the components of

    the wind tunnel, Matlab R2012a software was used to calculate the curve of the nozzle

    and the selection of another centrifugal fan Vortex 1.3- OTAM software was used.

    Keywords: Fluid Mechanics, Wind Tunnel.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    7/81

    SUMRIO

    1-INTRODUO ....................................................................................................................... 11

    1.1- Motivao .................................................................................................................... 11

    1.2- Objetivos ..................................................................................................................... 12

    2- EQUAES NECESSRIAS PARA O PROJETO DE UM TNEL DE VENTO ............. 13

    2.1- Nmero de Mach ............................................................................................................. 13

    2.2- Nmero de Reynolds........................................................................................................ 13

    2.3- Presso dinmica e a velocidade do escoamento ............................................................. 14

    2.3Camada limite e a separao da camada limite .............................................................. 15

    2.4- Perdas de carga nos componentes do tnel de vento ....................................................... 16

    3- TNEL DE VENTO............................................................................................................... 17

    3.1- Tipos de tneis de vento .................................................................................................. 17

    4- COMPONENTES DE UM TUNEL DE VENTO ABERTO ................................................. 21

    4.1-Seo de teste .................................................................................................................... 21

    4.1.1- Geometria da seo de teste ...................................................................................... 22

    4.1.2- Coeficiente de perda de carga e perda de presso na seo de teste ......................... 22

    4.2- Difusores .......................................................................................................................... 22

    4.2.1- Geometria do difusor ................................................................................................ 23

    4.2.2- Coeficiente de perda de carga e perda de presso no difusor.................................... 24

    4.3-Telas .................................................................................................................................. 26

    4.3.1- Geometria das telas ................................................................................................... 264.3.2. Coeficiente de perda de carga e perda de presso nas telas ...................................... 27

    4.4- Difusor grande angular .................................................................................................... 28

    4.5- Colmeias .......................................................................................................................... 29

    4.5.1- Geometria da colmeia ............................................................................................... 30

    4.5.2- Coeficiente de perdas de carga e perda de presso na colmeia ................................. 31

    4.6-Cmara de estabilizao .................................................................................................... 32

    4.7-Cone ou bocal de contrao .............................................................................................. 32

    4.7.1- Dimensionamento do bocal ....................................................................................... 33

    4.7.2- Coeficiente de perda no bocal ................................................................................... 34

    5VENTILADOR ...................................................................................................................... 35

    5.1- Classificao dos ventiladores ......................................................................................... 35

    5.1.1- Tipos de ventiladores radias ou centrfugos .............................................................. 35

    5.2- Levantamento da curva caracterstica de ventiladores ..................................................... 36

    6-PROJETO DE UM TUNEL DE VENTO SUBSNICO DO TIPO SOPRADOR ................. 37

    6.1Tnel de vento subsnico do tipo soprador .................................................................... 37

    6.2- Ventilador centrfugo ....................................................................................................... 39

    6.3Dimensionamentos das partes do tnel de vento ............................................................ 406.3.1- Seo de teste ............................................................................................................ 40

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    8/81

    6.3.2- Bocal ........................................................................................................................ 42

    6.3.3- Colmeia ..................................................................................................................... 44

    6.3.4- Telas .......................................................................................................................... 46

    6.3.5- Cmara estabilizao ................................................................................................ 47

    6.3.6- Difusor grande angular ............................................................................................. 496.3.7- Difusor ...................................................................................................................... 51

    6.4- Contribuio de cada componente na perda de presso total ........................................... 53

    6.5- Curva caracterstica do sistema ........................................................................................ 54

    6.6- Clculo potncia necessria do motor ............................................................................. 54

    6.7- Concluso sobre a utilizao do ventilador do laboratrio .............................................. 55

    6.8Inversor de frequncia .................................................................................................... 56

    6.8.1- Seleo do inversor de frequncia para o ventilador do laboratrio ......................... 56

    6.9- Seleo de um ventilador centrfugo novo para o laboratrio ......................................... 58

    7-ORAMENTO DO PROJETO ............................................................................................... 60

    7.1- Difusor grande angular .................................................................................................... 60

    7.2- Cmara de estabilizao ................................................................................................... 61

    7.3- Bocal ................................................................................................................................ 62

    7.4- Seo de teste ................................................................................................................... 63

    7.5- Difusor ............................................................................................................................. 64

    7.7- Telas ................................................................................................................................. 65

    7.8- Inversor de frequncia...................................................................................................... 65

    7.9Resumo do oramento .................................................................................................... 667.10- Contatos dos estabelecimentos ...................................................................................... 66

    8CONCLUSES ..................................................................................................................... 67

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ........................................................................................ 68

    APNDICE A: Planta baixa do tnel de vento do LabMFAUFRJ. ......................................... 70

    APNDICE B: Esquema CFW 09Modelo Mecnica 1. ......................................................... 71

    APNDICE C: Dimenses do ventilador centrfugo RLS 1400 OTAM. ................................... 72

    APNDICE D: Curva do ventilador centrfugo RLS 1400 OTAM. ........................................... 73

    APNDICE E: Exemplo de catlogo de telas. ............................................................................ 74APNDICE F: Exemplo de catlogo de Honeycombs. .............................................................. 75

    APNDICE G: Resultados dos clculos usando o software Microsoft Excel. ........................... 77

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    9/81

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 2.1: Tubo de Pitot 1.......................................................................................................... 14Figura 2.2: Escoamento em um tnel de vento........................................................................... 15

    Figura 2.3: Esquema de um Tnel de Vento Circuito Fechado.................................................. 17Figura 2.4: Tnel de vento circuito fechado Red BullF1UK.............................................. 18Figura 2.5: Esquema de um tnel de vento circuito aberto de suco........................................ 18Figura 2.6: Tnel de vento circuito aberto de suco.................................................................. 19Figura 2.7: Tnel aberto ventilador centrfugo tipo soprador..................................................... 19Figura 2.8:Tnel de vento circuito aberto tipo soprador............................................................ 19Figura 4.1: Modelo avio KC-390 Embraer dentro da seo de teste de um tnel de vento...... 21Figura 4.2: Geometria de um Difusor......................................................................................... 23Figura 4.3: Geometria de uma tela.............................................................................................. 26Figura 4.4: Tela na Seo de Entrada.......................................................................................... 26Figura 4.5: Projeto do difusor grande angular com telas............................................................ 29

    Figura 4.6: Colmeia..................................................................................................................... 29Figura 4.7: Quatro tipos de colmeias.......................................................................................... 30Figura 4.8: Coeficiente de perdas de quatro tipos de colmeias................................................... 30Figura 4.9: Cmara de estabilizao........................................................................................... 32Figura 4.10: Foto tnel aberto e no detalhe o bocal.................................................................... 32Figura 4.11: Esquema contrao do bocal................................................................................... 33Figura 5.1: Esquema para levantar a curva caracterstica de um ventilador............................... 36Figura 5.2: Curva caracterstica de um ventilador...................................................................... 36Figura 6.1: Tnel de vento subsnico do tipo soprador.............................................................. 37Figura 6.2: Vista lateral tnel de vento subsnico do tipo soprador........................................... 38Figura 6.3: Detalhe ventilador radial........................................................................................... 39

    Figura 6.4: Vistas da seo de teste............................................................................................. 40Figura 6.5: Vistas flange da cmara de teste............................................................................... 41Figura 6.6: Vistas do bocal.......................................................................................................... 42Figura 6.7: Vistas flange bocal.................................................................................................... 43Figura 6.8: Vistas Colmeia.......................................................................................................... 44Figura 6.9: Honeycomb de canudo de plstico........................................................................... 45Figura 6.10: Tela e detalhe da malha.......................................................................................... 46Figura 6.11: Vistas cmara de estabilizao............................................................................... 47Figura 6.12: Vistas flange cmara estabilizao......................................................................... 48Figura 6.13: Vista difusor grande angular................................................................................... 49Figura 6.14: Vista flange difusor grande angular........................................................................ 50

    Figura 6.15: Vistas do difusor..................................................................................................... 51

    Figura 6.16: Vistas do flange difusor.......................................................................................... 52Figura 6.17: Inversor de frequncia CFW09............................................................................... 56Figura 6.18: Kit interface Serial Superdrive CFW09.................................................................. 57Figura 6.19: Software Vortex 1.8 - OTAM................................................................................. 58Figura 6.20: Curvas ventilador centrfugo RLS 1400................................................................. 59

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    10/81

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 6.1: Dados iniciais de projeto tnel de vento.................................................................. 38Tabela 6.2: Dados do ventilador centrfugo................................................................................ 39

    Tabela 6.3: Dados geometria do ventilador centrfugo............................................................... 39Tabela 6.4: Geometria da cmara de teste................................................................................... 41Tabela 6.5: Geometria do flange da cmara de teste................................................................... 41Tabela 6.6: Perdas na cmara de teste......................................................................................... 42Tabela 6.7: Geometria bocal....................................................................................................... 43Tabela 6.8: Geometria do flange do bocal.................................................................................. 43Tabela 6.9: Perdas no bocal......................................................................................................... 44Tabela 6.10: Geometria Colmeia................................................................................................ 45Tabela 6.11: Perdas Colmeia....................................................................................................... 45Tabela 6.12: Geometria telas....................................................................................................... 46Tabela 6.13: Perdas telas............................................................................................................. 46

    Tabela 6.14: Geometria cmara de estabilizao........................................................................ 47Tabela 6.15: Geometria flange difusor da cmara de estabilizao............................................ 48Tabela 6.16: Perdas na cmara de estabilizao.......................................................................... 48Tabela 6.17: Geometria difusor grande angular.......................................................................... 50Tabela 6.18: Geometria flange difusor grande angular............................................................... 50Tabela 6.19: Difusor Grande Angular......................................................................................... 51Tabela 6.20: Geometria difusor................................................................................................... 52Tabela 6.21: Geometria do flange do difusor.............................................................................. 52Tabela 6.22: Perdas no difusor.................................................................................................... 53Tabela 6.23: Resumo dos valores das perdas de presso em porcentagem................................. 53Tabela 6.24- Perdas de Presso................................................................................................... 54

    Tabela 6.25: Potncia requerida do motor do ventilador............................................................ 55Tabela 6.26: Especificaes dos inversores................................................................................ 57Tabela 7.1: Detalhas do valor estimado para construo difusor grande angular....................... 60Tabela 7.2: Detalhas do valor estimado para construo cmara de estabilizao..................... 61Tabela 7.3: Detalhes do valor estimado para construo do bocal.............................................. 62Tabela 7.4: Detalhas do valor estimado para construo seo de teste..................................... 63Tabela 7.5: Detalhas do valor estimado para construo difusor................................................ 64Tabela 7.6: Detalhas do valor estimado para colmeia................................................................. 64Tabela 7.7: Detalhas do valor estimado para construo das telas.............................................. 65Tabela 7.8: Detalhas do valor estimado do inversor................................................................... 65Tabela 7.9: Resumo do oramento do projeto............................................................................. 66

    Tabela 7.10: Lista de fabricantes................................................................................................. 66

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    11/81

    LISTA DE GRFICOS

    Grfico 6.1: Coeficiente de perda presso em porcentagem....................................................... 53

    Grfico 6.2: Curva caracterstica do sistema............................................................................... 54Grfico 6.3: Mnima vazo.......................................................................................................... 55

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    12/81

    11

    1-INTRODUO

    O tnel de vento tem por objetivo simular os efeitos do fluido ao redor ou sobre

    os objetos, fornecendo informaes importantes para soluo de problemas

    aerodinmicos. Os tneis de vento so chamados de subsnico quando a velocidade do

    vento menor que a velocidade do som e de supersnico quando a velocidade do ar

    superior a do som, alm desses, tambm existem os tneis hipersnicos onde a

    velocidade do vento de cinco vezes ou mais que a do som. Os tneis de vento se

    dividem em duas configuraes bsicas, a de circuito aberto e a de circuito fechado,

    sendo suas principais utilizaes nas reas de projeto de avies, automveis, construo

    civis e at para teste de queda para paraquedistas. Em alguns tneis so estipuladas

    temperaturas muito baixas a fim de simular condies de grande altitude e outros tneis

    a temperatura muito elevada para simular condies suportadas por um mssel em voo

    atravs da atmosfera. Existem tneis de vento que possui seo de teste grande o

    suficiente para acomodar em escala real pequenos avies e automveis e realizar testes

    de V/STOL (decolagem e aterrissagem verticalmente ou em pistas curtas). O tamanho

    de um tnel de vento determinado pelos objetivos a serem obtidos, levando em conta

    os indicativos econmicos.

    1.1- Motivao

    Esse projeto surgiu da necessidade de se ter mais um tnel de vento subsnico

    no LabMFA ( Laboratrio de Mecnica dos Fluidos e Aerodinmica UFRJ), mas com

    uma seo de teste maior que a do tnel j existente. A opo da escolha da

    configurao de um tnel de vento do tipo soprador, para esse projeto deve-se ao fato deque o laboratrio j possui um ventilador do tipo centrifugo que est desativado, desta

    forma, o custo de construo iria diminuir consideravelmente, adicionalmente, o

    laboratrio no teria espao suficiente para a instalao de um tnel de vento fechado,

    que seria uma primeira opo de escolha. Este equipamento compreende uma tima

    ferramenta para o desenvolvimento de aulas prticas, experimentos, simulaes e

    anlises em mecnica dos fluidos, possibilitando futuras pesquisas e projetos, alm de

    ser mais um complemento ao tnel j existente no laboratrio.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    13/81

    12

    1.2- Objetivos

    O objetivo deste trabalho projetar um tnel de vento subsnico do tipo

    soprador tendo como dados de projeto a velocidade que se quer obter na seo de teste,

    a rea de seo da mesma e os dados fornecidos pelo fabricante do ventilador j

    existente no LabMFA ( Laboratrio de Mecnica dos Fluidos e AerodinmicaUFRJ) .

    Existem duas configuraes bsicas para o tnel de vento, o de circuito fechado

    e de circuito aberto, que sero apresentadas neste trabalho.

    Apresentaremos os conceitos e equaes que serviro como base para esse

    trabalho. Cada componente do tnel de vento ser analisado separadamente, nessa

    anlise de cada componente do tnel de vento, sero calculadas, a geometria, as

    velocidades de entrada e sada, os coeficientes de perda de carga, e a perda de presso

    ao longo de todo tnel. Pode-se, a partir desses clculos, verificar se o ventilador do

    laboratrio atende a essa demanda.

    Como a velocidade do ventilador do laboratrio no varia, iremos selecionar um

    inversor de frequncia, a fim de ter uma variao da velocidade contnua.

    Iremos apresentar, se existir, outra opo de ventilador centrfugo, que sirva ao

    propsito estabelecido deste trabalho e, por fim,

    Por meio de tabelas, apresentaremos o oramento desse projeto, que depender

    de vrios fatores como, por exemplo, o dimensionamento de cada componente e o local

    da compra do material. Para esse oramento no sero includas despesas quanto mo

    de obra.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    14/81

    13

    2- EQUAES NECESSRIAS PARA O PROJETO DE UM TNEL DE

    VENTO

    Neste tpico sero apresentados equaes e conceitos que serviro de base para

    o desenvolvimento da teoria do projeto de um tnel de vento do tipo soprador.

    2.1- Nmero de Mach

    O nmero de Mach (M ) a razo entre a velocidade do escoamento (V ) e a

    velocidade local do som ( c ), que pode ser interpretado tambm como a razo entre as

    foras de inrcia e as foras devidas compressibilidade (Fox et al., 1999). Para o

    escoamento ser incompressvel, o nmero Mach deve ser menor que 0,3 e a

    transferncia de calor desprezvel, que definido pela equao

    c

    VM .

    (2.1)

    Para valores do nmero de Mach menor que um, temos um escoamento

    subsnico.

    2.2- Nmero de Reynolds

    Um parmetro importante para o projeto de um tnel de vento o nmero de

    Reynolds (Re ), definido como a razo entre as foras de inrcia e as foras viscosas. O

    numero de Reynolds permite inferir as velocidades que podem ser alcanadas no tnel

    de vento.

    VLRe ,

    (2.2)

    onde massa especfica, V a velocidade escoamento, L um comprimento

    caracterstico e viscosidade do ar ambiente.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    15/81

    14

    2.3- Presso dinmica e a velocidade do escoamento

    Considerando o escoamento como sendo incompressvel, a equao da

    continuidade fica definida como o produto da velocidade do escoamento Vpela rea da

    seoA, sendo esse valor constante para as demais sees do tnel de vento, ou seja,

    .2211 cteVAAVAV (2.3)

    A presso dinmica q definida como sendo a diferena entre a presso total e

    a presso esttica, que so medidas pelo Tubo de Pitot esttico (Figura 2.1). A presso

    dinmica pode ser calculada diretamente com os valores da massa especifica e davelocidade do escoamento, pela equao

    q Presso TotalPresso Esttica = 22

    1V ,

    (2.4)

    2

    2

    1Vq .

    (2.5)

    Figura 2.1: Tubo de Pitot 1.Fonte: Tnel de vento subsnico- CTA- ITA.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    16/81

    15

    2.3Camada limite e a separao da camada limite

    A camada limite uma regio adjacente a uma superfcie slida na qual as

    foras viscosas so importantes. A espessura da camada limite usualmente definida

    como a distncia da superfcie ao ponto em que a velocidade 99% da velocidade de

    corrente livre (Fox et al., 1998).

    Figura 2.2: Escoamento em um tnel de vento.Fonte: White et al., 2002

    A Figura 2.2 exemplifica a mudana da espessura da camada limite ao longo dos

    componentes do tnel de vento e a mudana do perfil de velocidade em um escoamento

    subsnico. Na contrao existe uma reduo de rea da seo, reduzindo a presso e

    aumentando a velocidade mdia do fluido. Na garganta, a rea e a presso so mnimas,

    enquanto que a velocidade mxima. Por fim no difusor a rea incrementada e a

    velocidade reduzida, obtendo-se uma recuperao da presso. Observa-se tambm

    nesta figura um ponto de separao onde a tenso cisalhante do fludo zero. Nesta

    regio, devido baixa velocidade do escoamento, existe um fluxo contrrio. Quanto

    maior o ngulo de abertura do difusor maior a possibilidade de separao.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    17/81

    16

    2.4- Perdas de carga nos componentes do tnel de vento

    A perda de presso total ( totp ) calculada somando as perdas de presso de

    cada componente do tnel de vento. A perda de presso de cada componente obtida

    multiplicando o coeficiente de perda de carga local ( ik ) pela presso dinmica local

    ( iq ), onde o ndice i varia para cada componente do tnel de vento.

    n

    iiitot qkp

    1

    ,(2.6)

    onde coeficiente de perda de carga calculado pela Eq.( 2.7), sendo f o fator de

    atrito, L o comprimento do componente a ser analisado e hD o dimetro hidrulico

    associado ao comprimento do tnel.

    h

    iD

    Lfk

    (2.7)

    O fator de atrito obtido atravs de frmulas terico-experimentais ou grficos e

    uma funo do numero de Reynolds, uma expresso que pode ser utilizada para

    determinao de fvem da lei universal de Prandtl (Shames, 2002)

    8,0log21 10 fRf

    e .(2.8)

    A equao implcita (2.8) aproximada quase exatamente pela seguinte

    expresso explcita:

    210 8,0log2

    fRf e ,(2.9)

    onde o numero de Reynolds baseado no dimetro hidrulico.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    18/81

    17

    3- TNEL DE VENTO

    Tneis de vento so instrumentos de pesquisa utilizados com a finalidade de

    estudar o movimento do ar atravs de objetos slidos, onde seus componentes so

    arranjados de tal maneira a fornecer condies de escoamento com velocidade

    aproximadamente constante e com baixa turbulncia na seo de teste.

    As caractersticas do tnel de vento dependero da finalidade para qual o tnel

    ser solicitado. Barlow et al., (1999) cita diversos tipos de tneis de ventos com

    diferentes finalidades, como por exemplo, na rea aeronutica, automobilstica, acstica,

    construo civil.

    3.1- Tipos de tneis de vento

    Existem duas configuraes bsicas de tnel de vento: circuito fechado e circuito

    aberto.

    a)Tnel de vento de circuito fechado

    Um tnel de vento de circuito fechado (Fig. 2.3) aquele em que o fluido circula

    por uma passagem de retorno, que pode ser horizontal ou vertical, mas devido ao fcilacesso aos componentes, utilizado, normamente a horizontal (Barlow et al., 1999).

    Os tneis de vento fechado possuem uma grande vantagem em relao aos

    tneis de vento aberto, pois necessitam de uma energia menor para movimentar o fluido

    no circuito. Normalmente o tipo de ventilador utilizado para essa configurao o

    ventilado axial. A Figura 2.4 ilustra o tnel de vento de circuito fechado.

    Figura 2.3: Esquema de um Tnel de Vento Circuito Fechado.Fonte: Barlow et al., 1999.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    19/81

    18

    Figura 2.4: Tnel de vento circuito fechado Red BullF1UK.Fonte: Red BullF1.

    b)Tnel de vento circuito aberto de suco

    Um tnel de circuito aberto aquele em que o fluido no circula, ou seja, no

    possui passagem de retorno. Este tipo de tnel amplamente utilizado para fins de

    instruo e para investigaes de fenmenos de fluxo fundamentais

    (Barlow et al., 1999).

    Os tneis de vento de circuito aberto do tipo sugador (Fig. 2.5) possuem um

    custo de construo relativamente mais baixo. Para esses tipos de tneis, usa-se o

    ventilador do tipo axial na sada do difusor. A Figura 2.6 ilustra o tnel de vento do tipo

    suco.

    Figura 2.5: Esquema de um tnel de vento circuito aberto de suco.Fonte: Barlow et al., 1999.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    20/81

    19

    Figura 2.6: Tnel de vento circuito aberto de suco.Fonte: Armfield.

    c) Tnel de vento de circuito aberto do tipo soprado

    Um tnel de circuito aberto aquele em que o fluido no circula, ou seja, no

    possui passagem de retorno, so amplamente utilizados para fins de instruo e para

    calibrao de dispositivos de fluxo (Barlow et al., 1999).

    A vantagem desse tnel de vento (Fig. 2.7) em relao ao aberto de suco de

    ter a capacidade de trabalhar com maior demanda de carga do sistema, pois utiliza um

    ventilador centrifugo. A Figura 2.8 ilustra o tnel de vento do tipo soprador.

    Figura 2.7: Tnel aberto ventilador centrfugo tipo sopradorFonte: Barlow et al., 1999.

    Figura 2.8:Tnel de vento circuito aberto tipo soprador.Fonte: ITA.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    21/81

    20

    As Figuras 2.3, 2.5 e 2.7 ilustram exemplos dos tneis de vento de circuito

    fechado, circuito aberto de suco e do tipo aberto do tipo soprador, respectivamente,

    nessas figuras cada tnel possui diferentes sees, que esto enumeradas. A lista abaixo

    mostra o detalhe dessa enumerao:

    (a)a seo de teste pode ser aberta, fechada, parcialmente aberta ou conversvel;

    (b)o difusor possui rea transversal de no mnimo 3-4 vezes o tamanho da rea

    de seo de teste. Seu formato cnico, de ngulo variando de 2-3,5, com

    os menores ngulos desejveis, tpicas razes de reas esto na faixa de 2-3,

    sendo os menores valores desejveis;

    (c)primeira curva, incorporando as palhetas;

    (d)segunda curva que pode ser continuao do difusor ou com rea constante;

    (e) tela de segurana serve como proteo, caso pedaos ou objeto soltem do

    modelo, no atinjam o ventilador;

    (f) segunda curva, cpia da primeira;

    (g)transio da seo retangular para seo circular;

    (h)seo do ventilador;

    (i) retorno ou segundo difusor, similar ao primeiro;

    (j)

    terceira curva;

    (k)terceira curva pode ser de rea constante;

    (l) trocador de calor;

    (m)quarta curva, cpia da terceira curva;

    (n)difusor Grande Angular com telas de controle de separao. ngulos de

    cerca de 45 e razo de rea de 2-4;

    (o)cmara de Estabilizao;

    (p)

    Condicionadores de fluxos, normalmente incluindo um direcionador de fluxoe telas de controle de turbulncia;

    (q)Contrao ou bocal. Tpicas razes de rea na faixa 7-12, embora valores

    menores ou maiores sejam utilizados.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    22/81

    21

    4- COMPONENTES DE UM TUNEL DE VENTO ABERTO

    Segundo Wattendorf (1938) o tnel de vento deve ser analisado em partes,

    componente a componente, calculando sua geometria e suas perdas de presso. A

    preciso nesses clculos crucial para a construo de um tnel de vento preciso e

    eficaz que atenda os propsitos de projeto.

    4.1-Seo de teste

    A seo de teste a regio do tnel de vento onde os corpos a serem testados so

    posicionados para os experimentos. Suas paredes devem ser de tal forma que facilitem a

    visualizao do experimento e o manuseio, sem que haja interferncia, ou seja, que noperturbe o escoamento.

    A geometria da seo de teste pode variar conforme o propsito do projeto,

    sendo a mais comum quadrada, mas podem ter outras formas geomtricas como, por

    exemplo, a retangular, a hexagonal e a octogonal.

    Uma iluminao adequada deve ser instalada para o trabalho no modelo e fotos

    que por ventura ser tirada. A Figura 4.1 ilustra um exemplo de uma seo de teste.

    Figura 4.1: Modelo avio KC-390 Embraer dentro da seo de teste de um tnel de vento.Fonte: NLR e DNWAlemanha.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    23/81

    22

    4.1.1- Geometr ia da seo de teste

    O ar que percorre o tnel faz engrossar a camada limite. Essa ao faz com

    que diminua a rea efetiva da seo de teste. Para minimizar problemas dos fluxos

    secundrios nos cantos de contraes frequente a construo de adoamentos nos

    canto com filetes de forma que a seo tenha a forma octogonal. Esses adoamentos so

    feitos em muitos tuneis, para impedir o crescimento da camada limite nos cantos da

    seco de teste.

    A seo de teste deve possibilitar que o escoamento se desenvolva e se

    comporte de maneira adequada ao experimento, sendo que sua seo ter dimenses

    iguais da garganta do bocal. Uma seo de teste projetada de acordo com as

    necessidades dos experimentos. As dimenses e formatos so projetados de maneira queas interferncias no corpo de prova sejam mnimas. Geralmente, o comprimento mnimo

    necessrio para suavizar o escoamento a nveis aceitveis deve equivaler a 0,5-3 vezes

    seu dimetro hidrulico, mas existem casos onde so utilizados mais do que trs vezes

    deste dimetro (Bradshaw e Mehta, 2008).

    4.1.2- Coeficiente de perda de carga e perda de presso na seo de teste

    As perdas de carga na seo de teste so considerveis, devido alta velocidade.

    A perda de presso na seo de teste calculada pela Eq. (2.6), com base no valor do

    coeficiente de perda de carga, que calculado pela Eq. (2.7).

    4.2- Difusores

    O propsito do difusor de reduzir a velocidade com perdas pequenas, tanto

    quanto possvel. A mnima perda de energia corresponde a mxima recuperao de

    presso. necessrio geralmente, reduzir a velocidade em uma curta distncia quanto

    possvel sem ocorrer separao. Difusores so sensveis aos erros de projeto que pode

    causar separao intermitente ou separao estvel da camada limite. Cada separao

    pode ser de difcil localizao, mas pode causar vibraes, oscilaes no carregamento

    do ventilador, oscilao na velocidade na seo de teste (chamada de surging) e

    aumento das perdas.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    24/81

    23

    4.2.1- Geometr ia do difusor

    Difusores so geralmente empregados com a funo oposta dos bocais, sendo

    chamado tambm de bocal divergente, pois convertem energia cintica em energia de

    presso. Segundo Bradshaw e Mehta (2008) uma das funes preconizadas para tneis

    de vento abertos que os difusores tambm servem para se evitar problemas de arrasto

    nos laboratrios por causa dos jatos de ar. Os principais parmetros para um difusor so

    o ngulo cnico equivalente ( e ) e a razo de rea (AR ). As razes de rea esto na

    faixa de 2-3 (Barlow et al, 1999), e geralmente, os ngulos cnicos utilizados

    encontram-se num intervalo de 3 a 7, onde possvel encontrar uma eficincia de

    90%. A tendncia atual empregar ngulos de cone de divergncia da ordem de 5

    (GROFF et al, 2000).

    Figura 4.2: Geometria de um Difusor.Fonte: Barlow et al, 1999.

    Consideremos um difusor cnico com raio 1R na entrada, 2R sada e

    comprimento L , como mostra a figura 4.2, onde 1R a metade do dimetro hidrulico

    1D , 2R metade dimetro hidrulico de sada 2D e a razo de rea AR definida como

    12 AA . Para esta geometria, podemos escrever que

    1

    12 1

    2

    1arctanarctan

    DL

    AR

    L

    RRe ,

    (4.1)

    e

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    25/81

    24

    e

    ARRL

    tan

    121

    1 .(4.2)

    O risco de separao dependente do ngulo do cone e razo de rea. Umacamada limite espessa na entrada do difusor ir aumentar o risco de separao.

    4.2.2- Coefi ciente de perda de carga e perda de presso no difusor

    O coeficiente de perda de carga do difusor ( dk ) pode ser decomposto como uma

    soma do coeficiente perda devido ao atrito ( fk ) e um coeficiente de perda devido

    expanso ( exk ).

    exfd kkk , (4.3)

    supondo que o coeficiente de atrito e a massa especfica so constantes ao longo do

    percurso. O fator de atrito calculado usando a Eq. (2.9). O valor do nmero de

    Reynolds baseado no dimetro hidrulico da entrada do difusor. Assim, o coeficiente

    de perda devido ao atrito dado por (Barlow et al., 1999)

    sen

    f

    Ak

    R

    f8

    11

    2

    .

    (4.4)

    A perda devido expanso mais difcil, e obtida por correlao experimental. O

    coeficiente de perda carga de expanso representado como um produto de dois fatores.

    Um fator uma funo de um ngulo cnico ( )(ek ) e o outro uma funo da razo

    de rea difusor. O coeficiente exk pode ser calculado de acordo com

    (Barlow et al., 1999)

    21

    )(

    AR

    ARKk eex .

    (4.5)

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    26/81

    25

    O fator )(eK depende significantemente da forma da seo transversal do

    difusor. O valor de )(eK baseado em dados experimentais de Eckert et a.l, (1976):

    0

    00654

    32

    0

    504672,009661,0

    55,100001345,000001331,0009076,0

    001078,003260,01170,01709,0

    5,10023890,01033,0

    circuloeK

    (4.6)

    0

    006

    54

    32

    0

    505866,001322,0

    55,100002337,0

    00002800,00006145,0

    0032690,002203,004590,01222,0

    5,10004152,009623,0

    quadradoeK

    (4.7)

    0

    2

    006

    54

    32

    0

    5)(198646,036146,1

    55,4)(0708483,0)(21832,172853,55,45,1)(70000038138,0

    )(0000206857,0)(0019863,0

    )(019909,0)(0497151,0)(0582939,0323334,0

    5,10)(005333333,01,0

    retnguloeK

    (4.8)

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    27/81

    26

    4.3-Telas

    As telas tem por objetivos fornecer a proteo necessria para o ventilador,

    controlar a separao do fluxo no difusor e tambm usada para controle de turbulncia

    (Figs. 4.3 e 4.4).

    Figura 4.3: Geometria de uma tela.Fonte: Catlogo telas novo horizonte.

    Figura 4.4: Tela na Seo de Entrada.Fonte: Tnel aberto - CTAITA.

    4.3.1- Geometr ia das telas

    Segundo Barlow et al., (1999) dois parmetros bsicos so usados para

    caracterizar uma tela, so eles, a porosidade ( S

    ) e o nmero de Reynolds

    ( /wew VdR ), que calculado com o valor do dimetro do arame da tela ( wd ) e as

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    28/81

    27

    propriedades do fluido do escoamento e . Um terceiro parmetro, o fator de malha

    ( meshK ) usado para diferenciar o arame da tela como sendo liso ou rugoso (ou

    qualquer outro material da tela que possa ser), segundo dados de Idelchik (1966) o

    fator de malha para um dimetro mdio de um arame de metal tem o valor de 1,3, essevalor ser usado nesse presente trabalho.

    A porosidade uma funo do dimetro do arame e da densidade do

    entrelaado. A densidade da malha definida como mm w1 , onde mw a largura

    de uma clula, e S pode ser calculado por

    21 mws d . (4.9)

    O complemento da porosidade a solidez, ss 1 . Valores tpicos das

    porosidades para as telas esto na faixa de 0,5-0,80.

    O valor do nmero de Reynolds das telas tipicamente muito baixo comparado

    com outros nmeros de Reynolds encontrados no trabalho do tnel de vento.

    4.3.2. Coeficiente de perda de carga e perda de presso nas telas

    O coeficiente de perda de carga da tela ( mk ) dependente do fator de malha, do

    fator ( RnK ), que tem seu valor baseado no valor do nmero de Reynolds, porosidade e

    a solidez, i.e.,

    2

    2

    s

    ssRnmeshm KKk

    .

    (4.10)

    Para valores de ,4000 ewR temos

    01,1354

    1785,0 ewRnR

    K ,(4.11)

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    29/81

    28

    para ,400ewR

    0,1RnK . (4.12)

    Para telas usadas como segurana, a porosidade bastante alta (a solidez

    correspondente baixa) o nmero de Reynolds baseado no arame ( ewR ) grande, e o

    coeficiente de arrasto quase o mesmo que de um cilindro isolado. Para as telas usadas

    para controle de turbulncia, os valores tpicos de ewR so baixos e as interaes entre

    os elementos da tela so muito grande. A perda de presso a soma de perda de cada

    tela individualmente. Barlow et al., (1999) recomenda que cada tela tenha um

    espaamento de 30 vezes o tamanhos do comprimento de malha ou 500 vezes o

    dimetro do arme da tela. De acordo com Bradshaw e Mehta (1979) a distncia entre a

    ltima tela e o incio da contrao da seco deve ser de pelo menos 0,2 vezes o

    dimetro hidrulico da cmara de estabilizao. Esta distncia permite ao escoamento

    estabilizar.

    4.4- Difusor grande angular

    Um difusor classificado como grande angular quando sua seo transversal

    aumenta rapidamente com a distncia axial. Devido rapidez no aumento da rea de

    seo transversal com a distncia axial h uma grande perda de presso e o risco de

    separao da camada limite, para evitar a separao usa-se telas de malhas finas.

    Bradshaw e Mehta (1979) tem dado tabelas (Fig. 4.5) para o projeto difusor grande

    angular em termos de quatro parmetros: razo de rea AR , ngulo de cone do difusor

    ( e2 ), numero de telas ( n ) e coeficiente de perda total ( sumK ). Segundo Barlow et al.,

    (1999) valores tpicos para o ngulo de cone e da razo rea so respectivamente 45 e

    esto na faixa de 2-4. O contorno dado pela equao

    14,1

    1AR

    Ksum (4.13)

    onde qpKsum

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    30/81

    29

    Figura 4.5: Projeto do difusor grande angular com telas.Fonte: Metha e Bradshaw.

    4.5- Colmeias

    Segundo Barlow et al., (1999) a colmeia um dispositivo de guia que atravs

    pelo qual os filamentos de ar individuais se tornam paralelos. Em outras palavras, a

    colmeia tem a funo de corrigir a direo de escoamento.A colmeia possui este nome devido a sua estrutura, pois todas as clulas so

    justapostas lado a lado com certo comprimento. Existem vrios tipos de geometria das

    clulas de uma colmeia, as mais comuns so as hexagonais, as quadradas, as circulares e

    as triangulares (Fig. 4.6).

    Figura 4.6: Colmeia.Fonte: Plascore.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    31/81

    30

    Apesar de fornecer um direcionamento no escoamento, a colmeia traz alguma

    turbulncia em suas proximidades, por isso, necessrio um comprimento maior da

    cmara de estabilizao, para suavizar o escoamento, que pode ser auxiliado por telas de

    controle de turbulncia, melhorando a qualidade do escoamento na seo de teste.

    4.5.1- Geometr ia da colmeia

    Segundo Barlow et al., (1999) o comprimento da colmeia deve ser de seis a

    oito vezes o dimetro mdio da clula. Segundo Groff (2000) a espessura da parede das

    clulas devem estar entre 0,5 e 2,0 mm.

    As figuras 4.7 e 4.8 mostram os resultados do estudo de Scheiman et al., (1981),

    eles sugerem que o valor do comprimento da colmeia, seja seis vezes o dimetro

    hidrulico da clula, e observaram que forma a hexagonal possui o menor coeficiente

    de perda de carga.

    Figura 4.7: Quatro tipos de colmeias.Fonte: Barlow, Jewel B. et al., 1999.

    Figura 4.8: Coeficiente de perdas de quatro tipos de colmeias.Fonte: Barlow, Jewel B. et al., 1999.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    32/81

    31

    4.5.2- Coefi ciente de perdas de carga e perda de presso na colmeia

    Uma expresso para o clculo do coeficiente perda ( hk ) atravs da colmeia

    dada por (Eckert et al., 1976)

    22

    111

    3

    hhh

    hhhD

    Lk

    ,

    (4.14)

    onde h um parmetro baseado no material da colmeia, dado por

    275214,0

    275375,0

    4,0

    1,0

    4,0

    e

    h

    ee

    h

    h

    RD

    RRD

    .

    (4.15)

    Segundo Barlow et al., (1999) os valores da razo, comprimento da clula ( hL )

    pelo dimetro da clula ( hD ), est na faixa de 6-8 e o valor de 0,8 para porosidade do

    favo de mel ( h ).

    Os parmetros usados nas Eq. (4.14) e (4.15) so o dimetro hidrulico da clula

    da colmeia ( hD ), o nmero de Reynolds baseado na rugosidade do material ( eR ),

    a rugosidade do material da colmeia ( ), a porosidade do favo de mel ( h ) e a largura

    da colmeia na direo fluxo, ( hL ).

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    33/81

    32

    4.6-Cmara de estabilizao

    A cmara de estabilizao composta pela colmeia seguida da(s) tela(s) de

    controle de turbulncia (Fig. 4.9).

    Figura 4.9: Cmara de estabilizao.Fonte: GRC.NASA.

    A geometria da cmara de estabilizao baseada no comprimento da colmeia, e

    no nmero de telas que sero usadas.

    4.7-Cone ou bocal de contrao

    Cone ou bocal de contrao converte o fluxo a partir da cmara de estabilizao

    para seo de teste enquanto aumenta a velocidade mdia por fator at 20 ou mais,

    embora valores tpicos sejam na faixa de 6 -10 (Barlow et al., 1999).

    Figura 4.10: Foto tnel aberto e no detalhe o bocal.Fonte: CTAITA.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    34/81

    33

    4.7.1- D imensionamento do bocal

    Segundo Groff (2000) o principal parmetro de um bocal a razo de contrao

    entre a entrada e a garganta (seo de rea mnima). Nos tneis modernos varia entre 2 a

    25. Outro parmetro de vital importncia para o bocal o seu formato, para que ocorra

    uma contrao com um mnimo de perdas em funo de choques nas paredes do bocal.

    Bell e Mehta (1988) realizaram trabalhos sobre as contraes nos bocais,

    utilizando equaes do terceiro, quinto e stimo grau. Foi a equao do quinto grau que

    apresentou o resultado mais satisfatrio (Fig. 4.11)

    345 )(10)(15)(6)()( XXXHHHXY eii . (4.16)

    Figura 4.11: Esquema contrao do bocal.Fonte: Autoria prpria.

    Sendo iy e ey as alturas da contrao da entrada e da sada respectivamente,

    medindo a partir do plano de simetria conforme Figura (4.11) X a distncia no eixo

    Xpartindo na entrada da contrao at sua sada, sendo um nmero adimensional e

    )(Y a coordenada do eixo Yem funo deX`.

    Outras regras de projeto aconselhadas so uma razo entre reas de 6 a 10 e para

    o comprimento total deveria se utilizar uma razo de 0yL por volta de 0.89 (Bell e

    Mehta, 1988).

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    35/81

    34

    4.7.2- Coef iciente de perda no bocal

    As perdas no bocal so consideradas serem somente devido ao atrito. Uma

    aproximao razovel para coeficientes de perdas dos bocais que foi originalmente dado

    por Wattendorf (1938), i.e.,

    ts

    navntD

    LfK 32,0 ,

    (4.17)

    onde avf o coeficiente mdio de atrito do bocal, tsD o dimetro de sada bocal, nL o

    comprimento do bocal. As perdas nos bocais so tipicamente na ordem de 3% das

    perdas totais no circuito.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    36/81

    35

    5VENTILADOR

    5.1- Classificao dos ventiladores

    O ventilador um componente importante no projeto do tunel de vento, ele deve

    atender a demanda do sistema, superar as perdas geradas em cada componente e, assim,

    fornecer a vazo esperada. Existem dois tipos de ventiladores que so utilizados nos

    tneis de vento, do tipo centrfugo e do tipo axial. Muitos ventiladores ainda so

    acionados por acoplamentos de polias e correia. Com o desenvolvimento e a reduo de

    custo dos controladores eletrnicos de rotao de motores eltricos de induo, os

    inversores de frequncia, cada vez mais usual encontrar sistemas de ventilao onde a

    rotao dos ventiladores controlada por estes dispositivos.

    5.1.1- Tipos de vent i ladores radias ou centrfugos

    O ventilador centrfugo de ps retas um tipo comum, geralmente de custo mais

    baixo. Desenvolve presses razoavelmente elevadas e opera em altas temperatuturas, e

    tem capacidade de exaurir ou insuflar material com particulado slido (o canal reto

    entre aletas facilita o escoamento e a separao dos solidos.O ventilador centrfugo de ps ou aletas curvadas para trs o mais eficiente entre

    os centrfugos. Como a velocidade do escoamento a menor, e o canal formado pelas

    aletas tem a forma apropriada para o escoamento do gs atravs do rotor, o que produz

    rudo menos intenso.

    O ventilador centrfugo de aletas curvadas para a frente utilizado com gases

    isentos de particulado slido. Uma das particularidades de sua curva caracterstica

    uma extensa faixa de presso quase constante, o que o torna particularmente adequado

    para aplicaao em sistemas onde se deseja minimizar a influncia de alteraes de

    dispositivos, como os dampers de controle de vazo; outra particularidade o ramo

    instvel da curva caracterstica, na faixa das baixas vazes. A figura 4.4 abaixo mostra

    um esquema de tal ventilador, visto do lado da boca de sucao.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    37/81

    36

    5.2- Levantamento da curva caracterstica de ventiladores

    Segundo Clezar et al., (1999) o levantamento da curva do ventilador consiste em

    condicionar o ventilador num sistema acoplado a um duto o qual possui um

    homogeneizador (colmeia, por exemplo) de escoamento e no seu extremo uma vlvula

    ou registro tipo cnico. No esquema mostrado na figura 5.1, onde d o dimetro

    hidrulico. Com uso de um tubo de Pitot pode-se determinar a presso total no

    ventilador. Com o registro totalmente fechado (shutoff) a vazo igual a zero e se

    obtm a presso mxima que o ventilador pode liberar. Com o registro totalmente

    aberto (free delivery) a vazo ser mxima e a presso mnima. Para levantar a curva

    so levantados pontos intermedirios entre a presso mxima e a presso mnima (Fig.

    5.2).

    Figura 5.1: Esquema para levantar a curva caracterstica de um ventilador.Fonte: clezar et al., 1999.

    Figura 5.2: Curva caracterstica de um ventilador.Fonte: Clezar et al., 1999.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    38/81

    37

    6-PROJETO DE UM TUNEL DE VENTO SUBSNICO DO TIPO SOPRADOR

    Dentre os diversos tipos de tneis de vento subsnicos, foi escolhido para esse

    projeto o do tipo soprador, devido j existir um ventilador centrfugo no laboratrio, e

    devido o laboratrio no ter espao fsico suficiente para um tnel de circuito fechado.

    Nesse tpico iremos calcular para cada componente do tnel de vento, a geometria, a

    perda de presso, o coeficiente de perda carga, e por fim a perda de presso total, tendo

    como ponto de partida as condies que queremos obter na seo de teste, levando em

    conta o espao fsico do laboratrio e observar tambm, a presso esttica mxima

    especificada no ventilador centrfugo do laboratrio, caso a presso total do sistema

    ultrapasse essa presso mxima, recalcular esses valores. Devido a natureza iterativa

    desse procedimento de clculo e muitas possibilidades de variaes dos valores dos

    parmetros de cada componente, foram desenvolvidas planilhas de clculo no software

    Microsoft Office Excel, no Apndice G mostram os valores calculados.

    6.1Tnel de vento subsnico do tipo soprador

    As Figuras 6.1 e 6.2 mostram a forma de como deve ser o tnel de vento. O

    comprimento total do tnel de vento deve ter no mximo 11m devido ao espao fsico

    no laboratrio, para no atrapalhar a passagem das pessoas no laboratrio. O Apndice

    A mostra a planta baixa do tnel de vento no laboratrio.

    Figura 6.1: Tnel de vento subsnico do tipo soprador.Fonte: Autoria prpria.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    39/81

    38

    Figura 6.2: Vista lateral tnel de vento subsnico do tipo soprador.Fonte: Autoria prpria

    Os componentes do tnel de vento mostrado na Figura 6.2 so:

    1- Ventilador Centrfugo

    2- Difusor Grande Angular (Com duas telas de controle de separao)

    3- Cmara de Estabilizao (Colmeia e quatro telas)

    4- Bocal

    5- Seo de Teste

    6- Difusor

    A Tabela 6.1 mostra os dados de projeto. Os valores da velocidade, da rea

    seo de teste e da vazo volumtrica so os valores que queremos obter na seo de

    teste do tnel. Os demais valores so das propriedades fsicas do ar ambiente.

    Tabela 6.1: Dados iniciais de projeto tnel de vento.Fonte: Autoria prpria.

    Valores Unidades

    Velocidade 15 s/m Presso dinmica 137,81 Pa

    Massa especfica do ar 1,225 3m/kg

    Viscosidade dinmica 1,79x 510 s.Pa

    Vazo volumtrica 15 s/m3

    rea seo de teste 1 2m

    Presso atmosfrica 101,325 KPa

    Temperatura 20 Celsius

    1 2 3 4 5 6

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    40/81

    39

    6.2- Ventilador centrfugo

    O ventilador disponvel no LabMFA (Fig. 6.3) foi fabricado pela Sociedade de

    Engenharia e Indstria. Os dados do fabricante (Tabelas 6.2 e 6.3) mostram a presso

    esttica mxima, quando o ventilador est todo fechado, vazo igual a zero e a vazo

    mxima quando o ventilador est todo aberto, carga zero. Como no temos as curvas

    desse ventilador, podemos ter uma estimativa para vazo do sistema observando esses

    valores mximos. Uma boa estimativa seria que a presso do sistema no ultrapasse a

    metade presso esttica mxima especificada no ventilador, pois valores prximos a

    presso esttica mxima do ventilador correspondem a vazo muito baixa.

    Figura 6.3: Detalhe ventilador radial.Fonte: LabMFAUFRJ.

    Tabela 6.2: Dados do ventilador centrfugo.Fonte: Ventilador centrfugo SEI.

    Tipo Ventilador 110 ST -

    Vazo 1025 minm3

    Presso 45 OmmH2

    Motor 3 HP

    Tenso Trifsico -

    Tabela 6.3: Dados geometria do ventilador centrfugo.

    Fonte: Ventilador centrfugo SEI.

    Sada(Descarga) 1,095x0,865 m

    rea 0,947 2m

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    41/81

    40

    6.3Dimensionamentos das partes do tnel de vento

    Com base nas teorias descritas nos tpicos anteriores, sobre cada componente do

    tnel de vento, iremos dimensionar cada componente do tnel de vento do tipo

    soprador, tendo com dados de projeto os valores das Tabelas (6.1, 6.2, 6.3).

    6.3.1- Seo de teste

    A seo de teste o primeiro componente a ser dimensionado nesse projeto. Os

    dados que foram utilizados foram tirados da Tabela (6.1). Segundo Bradshaw e Metha

    (1979), os valores utilizados para o comprimento do tnel esto na faixa de 0,5-3 vezes

    o dimetro hidrulico da seo de teste. Foi utilizado para esse projeto o valor de trs

    vezes o dimetro hidrulico da seo de teste (Fig. 6.4), a Tabela (6.4) mostra os valores

    da geometria para a seo de teste e a Tabela (6.5), a geometria do flange (Fig. 6.5), que

    serve para unir os componentes do tnel de vento. Os valores da presso dinmica e

    perda de carga esto na Tabela (6.6), as equaes que foram usadas esto descriminadas

    ao lado de cada valor obtido.

    As partes superior e inferior da cmara de teste sero feitas de compensado

    naval, por ter maior durabilidade, e as laterais de acrlico para a visualizao dos

    experimentos.

    Figura 6.4: Vistas da seo de teste.Fonte: Autoria prpria.

    Entrada e Sada Lateral

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    42/81

    41

    Tabela 6.4: Geometria da cmara de teste.Fonte: Autoria prpria.

    COTA VALOR UNIDADE

    Alargura 1,00 m

    BAltura 1,00 m

    E- Espessura 0,15 m

    L - Comprimento 3,00 m

    rea Entrada 1,00 2m

    rea Sada 1,00 2m

    Material Compensado/Acrlico -

    Figura 6.5: Vistas flange da cmara de teste.Fonte: Autoria prpria.

    Tabela 6.5: Geometria do flange da cmara de teste.Fonte: Autoria prpria.

    COTA VALOR UNIDADE

    ALargura do flange 2,20 m

    BAltura 2,00 m

    CDistncia entre furo e flange 0,55 m

    DLargura 2,00 m

    EAltura flange 2,20 m

    H- Espessura flange 0,8 m

    GDistncia entre furo e flange 0,05 m

    FDistncia entre furo e flange 0,55 m

    - Dimetro furo 0,05 m

    Material Madeira -

    Entrada Sada Lateral

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    43/81

    42

    Tabela 6.6: Perdas na cmara de teste.Fonte: Autoria prpria.Presso Dinmica entrada 137,81 Pa Eq. (2.4)

    Presso Dinmica sada 137,81 Pa Eq. (2.4)

    Coeficiente de perda 0,0355 - Eq. (2.7)

    Perda carga 4,905 Pa Eq. (2.6)

    6.3.2- Bocal

    Com os valores obtidos da entrada da seo de teste (Tabelas 6.4 e 6.6) foi

    dimensionado o bocal (Fig. 6.6). Foi fixado um valor de CR= 4, que seria um valor

    mximo para esse projeto, devido ao espao fsico no laboratrio, esse valor estaria

    dentro da faixa de CR, que de 2-25, segundo Groff (2000), um comprimento total dobocal o valor de 2m, que estaria prximo que Bell e Mehta (1988) aconselha, 0yL por

    volta de 0.89. A Tabela (6.7) mostra os valores da geometria do bocal e a Tabela (6.8), a

    geometria do flange (Fig. 6.7), que serve para unir os componentes do tnel de vento. A

    forma da curva do bocal dada pele Eq. (4.16). Os valores da presso dinmica e perda

    de carga esto na Tabela (6.9), as equaes que foram usadas esto descriminadas ao

    lado de cada valor obtido.

    Figura 6.6: Vistas do bocal.Fonte: Autoria prpria.

    Entrada

    Sada Lateral

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    44/81

    43

    Tabela 6.7: Geometria bocal.Fonte: Autoria prpria.

    COTA VALOR UNIDADE

    ALargura 2,00 m

    BAltura 2,00 m

    CLargura 1,00 m

    DAltura 1,00 m

    EEspessura 0,15 m

    L - Comprimento 2,00 m

    rea Entrada 4,00 2m

    rea Sada 1,00 2m

    CRRazo de contrao 4 -

    Material Compensado Naval -

    Figura 6.7: Vistas flange bocal.Fonte: Autoria prpria.

    Tabela 6.8: Geometria do flange do bocal.Fonte: Autoria prpria.

    COTA VALOR UNIDADE

    ALargura do flange 2,20 m

    BAltura 2,00 m

    CDistncia entre furo e flange 0,55 mD - Largura 1,00 m

    EAltura flange 1,20 m

    HEspessura flange 0,8 m

    GDistncia entre furo e flange 0,05 m

    FDistncia entre furo e flange 0,3 m

    - Dimetro flange 0,05 m

    Material Madeira -

    Entrada

    Sada Lateral

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    45/81

    44

    Tabela 6.9: Perdas no bocal.Fonte: Autoria prpria.Presso Dinmica Entrada 8,61 Pa Eq. (2.5)

    Presso Dinmica Sada 137,81 Pa Eq. (2.5)

    Coeficiente de Perda 0,0070 - Eq. (4.17)

    Perda de carga 0,0611 Pa Eq. (2.6)

    6.3.3- Colmeia

    Com os valores obtidos na entrada do bocal (Tabelas 6.7 e 6.9) foi dimensionada

    a colmeia (Fig. 6.8). Esses clculos foram baseados nos dados do catlogo do

    fabricante, que esto que esto no Apndice F, a colmeia selecionada para esse projeto

    feita em alumnio, mas existem colmeias de outros tipos de materias, a opo do

    alumnio a durabilidade. Segundo os estudos de Scheiman et al., (1981), eles sugerem

    que o valor do comprimento da colmeia, seja seis vezes o dimetro hidrulico da clula,

    e observaram que forma a hexagonal possui o menor coeficiente de perda de carga.

    Segundo Barlow et al., (1999) o valor para a porosidade de 0,8. Os resultados esto na

    Tabela (6.10). Outra opo construir a colmeia, fazendo um caixote e colocando os

    canudos justapostos, conforme Figura (6.9), isso acarretaria uma diminuio do custo

    final do projeto. Os valores da presso dinmica e perda de carga esto na Tabela (6.11),

    as equaes que foram usadas esto descriminadas ao lado de cada valor obtido.

    Figura 6.8: Vistas Colmeia.Fonte: Autoria prpria.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    46/81

    45

    Tabela 6.10: Geometria Colmeia.Fonte: Autoria prpria.

    COTA VALOR UNIDADE

    ALargura 2,00 m

    B - Altura 2,00 m

    EEspessura (Borda) 0,15 m

    L - Comprimento 0,032 m

    Forma Hexagonal -

    Dimetro Hidrulico da Clula 0,004 m

    Porosidade 0,8 -

    Rugosidade 0,000005 -

    Material Alumnio -

    Tabela 6.11: Perdas Colmeia.Fonte: Autoria prpria.Presso Dinmica 8,613 Pa Eq. (2.5)

    Coeficiente de perda 0,279 Pa Eq. (4.14)

    Perda de carga 2,41 Pa Eq. (2.6)

    Figura 6.9: Honeycomb de canudo de plstico.

    Fonte: BengolbergWind tunnel.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    47/81

    46

    6.3.4- Telas

    Com os valores obtidos na entrada do bocal (Tabelas 6.7 e 6.9) foi dimensionada

    a tela (Fig. 6.10). Esses clculos foram baseados nos dados do catlogo do fabricante,

    que esto no Apndice E, Foram selecionadas quatro telas de 20x30 BWG ( d = 0,30mm e l = 0,99 mm. Os resultados esto na Tabela (6.12). Os valores da presso

    dinmica e perda de carga esto na Tabela (6.13) as equaes que foram usadas esto

    descriminadas ao lado de cada valor obtido.

    igura: Esquema de uma clula da tela

    Figura 6.10: Tela e detalhe da malha.Fonte: Autoria prpria.

    Tabela 6.12: Geometria telas.

    Fonte: Autoria prpria.COTA VALOR UNIDADE

    ALargura 2,00 m

    BAltura 2,00 m

    EEspessura moldura 0,15 m

    Forma Quadrada -

    d- Dimetro do arame 20x30 BWG 0,00030 m

    MComprimento da malha 20x30 BWG 0,00099 m

    Porosidade 20x30 BWG 0,8 -

    Solidez 20x30 BWG 0,2 -

    Nmero de telas 4 -

    Material Ao -

    Tabela 6.13: Perdas telas.Fonte: Autoria prpria.Presso Dinmica 8,61 Pa Eq. (2.5)

    Coeficiente de perda de carga 1,93 - Eq. (4.10)

    Perda de carga 16,70 Pa Eq. (2.6)

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    48/81

    47

    6.3.5- Cmara estabi l izao

    Com os valores obtidos na entrada do bocal foi dimensionada a cmara de

    estabilizao (Fig. 6.11). O comprimento da cmara de estabilizao baseado na soma

    do comprimento da colmeia, e das distncias entre as telas e mais a distncia de 0,2

    vezes o dimetro hidrulico da entrada do bocal (Barlow et al., 1999). A Tabela (6.14)

    mostra a geometria da cmara de estabilizao e a do flange (Fig. 6.12) na Tabela

    (6.15). Os valores da presso dinmica e perda de carga esto na Tabela (6.16) as

    equaes que foram usadas esto descriminadas ao lado dos de cada valor obtido.

    Figura 6.11: Vistas cmara de estabilizao.Fonte: Autoria prpria.

    Tabela 6.14: Geometria cmara de estabilizao.Fonte: Autoria prpria.

    COTA VALOR UNIDADE

    ALargura 2,00 m

    BAltura 2,00 m

    EEspessura 0,15 m

    L - Comprimento 1,00 m

    rea Entrada 4,00 2m

    rea Sada 4,00 2m

    Material Compensado Naval -

    Lateral Entrada e Sada

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    49/81

    48

    Figura 6.12: Vistas flange cmara estabilizao.Fonte: Autoria prpria.

    Tabela 6.15: Geometria flange difusor da cmara de estabilizao.Fonte: Autoria prpria.

    COTA VALOR UNIDADE

    ALargura do flange 2,20 m

    BAltura 2,00 m

    CDistncia entre furo e flange 0,55 m

    DLargura 2,00 m

    EAltura do flange 2,20 m

    HEspessura flange 0,8 m

    GDistncia entre furo e flange 0,05 m

    FDistncia entre furo e flange 0,55 m

    - Dimetro do furo 0,05 m

    Material Madeira -

    Tabela 6.16: Perdas na cmara de estabilizao.Fonte: Autoria prpria.Presso Dinmica Entrada 8,61 Pa Eq. (2.5)

    Presso Dinmica Sada 8,61 Pa Eq. (2.5)

    Coeficiente de perda 0,0073 - Eq. (2.7)

    Perda de carga 0,063 Pa Eq. (2.6)

    Entrada Sada Lateral

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    50/81

    49

    6.3.6- Dif usor grande angular

    Com os valores obtidos na entrada da cmara de estabilizao (Tabelas 6.14 e

    6.16) foi dimensionado o difusor grande angular (Fig. 6.13), nesse caso foi fixado, alm

    da geometria da sada, a geometria da entrada, devido ser a dimenso da boca de

    descarga do ventilador do laboratrio, que nos deu um CR= 4,1. Foram selecionadas

    para o difusor grande angular, duas telas conforme orientao da Figura (3.5), para um

    ngulo de 45. A finalidade dessas telas de evitar a separao da camada limite antes

    da entrada da cmara de estabilizao, pois a expanso muito grande para um

    comprimento curto. As telas selecionadas so de 20x30 BWG ( d = 0,30 mm e l = 0,99

    mm), a Tabela (6.17) mostra o resultado. Ver tpico 6.3.4 para mais detalhes sobre as

    telas. Os valores da geometria do flange (Fig. 6.14) est na Tabela (6.18). Os valores dapresso dinmica e perda de carga esto na Tabela (6.19) as equaes que foram usadas

    esto descriminadas ao lado de cada valor obtido.

    Figura 6.13: Vista difusor grande angular.Fonte: Autoria prpria.

    Telas para controlede separao

    Entrada SadaLateral

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    51/81

    50

    Tabela 6.17: Geometria difusor grande angular.Fonte: Autoria prpria.

    COTA VALOR UNIDADE

    ALargura 0,865 m

    BAltura 1,095 mCLargura 2,00 m

    DAltura 2,00 m

    EEspessura 0,15 m

    L - Comprimento 1,09 m

    rea Entrada 0,9472 2m

    rea Sada 4,00 2m

    - ngulo Cnico 45 graus

    Material Compensado Naval -

    Figura 6.14: Vista flange difusor grande angular.Fonte: Autoria prpria.

    Tabela 6.18: Geometria flange difusor grande angular.Fonte: Autoria prpria.

    COTA VALOR UNIDADE

    ALargura do flange 1,065 mBAltura 1,095 m

    CDistncia entre furo e flange 0,27 m

    DLargura 2,00 m

    EAltura flange 2,20 m

    HEspessura 0,03 m

    GDistncia entre furo e flange 0,05 m

    FDistncia entre furo e flange 0,55 m

    - Dimetro do furo 0,05 m

    Material Madeira -

    Entrada

    Sada Lateral

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    52/81

    51

    Tabela 6.19: Difusor Grande Angular.Fonte: Autoria prpria.Presso Dinmica Entrada 153,61 Pa Eq. (2.5)

    Presso dinmica sada 8,61 Pa Eq. (2.5)

    Coeficiente de perda 0,02 - Eq. (4.3)

    Coeficiente de perda tela 0,69 - Eq. (4.10)

    Perda de carga 93,08 Pa Eq. (2.6)

    6.3.7- Dif usor

    Com os valores obtidos na sada da seo de teste (Tabelas 6.4 e 6.6), foi

    dimensionado o difusor (Fig. 6.15). Foi fixado o ngulo equivalente de cone em 5,

    segundo Groff et al., (2000) e obtemos um AR = 2,25, para um comprimento de 3m dodifusor. A funo desse difusor nesse projeto seria para diminuir o jato ar na sada

    cmara de teste. Os valores da geometria do difusor esto na Tabela (6.20) e do flange

    (Fig. 6.16) na Tabela (6.21) respectivamente. Os valores da presso dinmica e perda de

    carga esto na Tabela (6.22) as equaes que foram usadas esto descriminadas ao lado

    dos de cada valor obtido.

    Figura 6.15: Vistas do difusor.Fonte: Autoria prpria.

    Entrada

    Sadalateral

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    53/81

    52

    Tabela 6.20: Geometria difusor.Fonte: Autoria prpria.

    COTA VALOR UNIDADE

    ALargura 1,5 2m

    BAltura 1,5 2m

    CAltura 1,00 2m

    D - Largura 1,00 2m

    E - Espessura 0,15 2m

    LComprimento 3,00 2m

    rea Entrada 1,00 2m

    rea Sada 2,25 2m

    - ngulo cnico equivalente 5 Graus

    ARRazo de rea 2,25 -

    Material Compensado Naval -

    Figura 6.16: Vistas do flange difusor.Fonte: Autoria prpria.

    Tabela 6.21: Geometria do flange do difusor.Fonte: Autoria prpria.

    COTA VALOR UNIDADE

    ALargura do flange 1,20 mBAltura 1,00 m

    CDistncia entre furo e flange 0,3 m

    DLargura 1,70 m

    EAltura do flange 1,90 m

    HEspessura 0,3 m

    GDistncia entre furo e flange 0,05 m

    FDistncia entre furo e flange 0,475 m

    - Dimetro do furo 0,05 m

    Material Madeira -

    Entrada Sada Lateral

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    54/81

    53

    Tabela 6.22: Perdas no difusor.Fonte: Autoria prpria.Presso dinmica entrada 137,81 Pa Eq. (2.5)

    Presso dinmica sada 27,22 Pa Eq. (2.5)

    Coeficiente de perda 0,037 - Eq. (4.3)

    Perda de carga 5,11 Pa Eq. (2.6)

    6.4- Contribuio de cada componente na perda de presso total

    O valor da perda de presso total ( totp ) de 14,00 OmmH2 , esse valor foi

    obtido pela Eq. (2.6). Cada componente do tnel tem sua participao na perda de

    presso total. A Tabela (6.23) mostra os valores das perdas de presso em porcentagem

    de cada componente do tnel de vento, o Grfico (6.1) ilustra tambm esse resultado.

    O valor maior de perda foi no difusor angular devido ter duas telas para controle de

    separao da camada limite.

    Tabela 6.23: Resumo dos valores das perdas de presso em porcentagem.Fonte: Autoria prpria.

    SEO %

    1 Difusor grande angular 78,52

    2 Colmeia 1,763 Telas 12,24

    4 Cmara estabilizao 0,04

    5 Bocal 0,04

    6 Seo de teste 3,62

    7 Difusor 3,74

    Grfico 6.1: Coeficiente de perda presso em porcentagem.

    Fonte: Autoria prpria.

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    Difusor

    Angular

    Favo de Mel Tela Cmara

    Estabilizao

    Bocal Cmara

    Teste

    Difusor

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    55/81

    54

    6.5- Curva caracterstica do sistema

    A curva do sistema foi levantada variando a vazo pretendida, trs ponto acima

    e trs pontos abaixo (De Falco et al., 1998). A perda de presso total do sistema (

    sistematotp , ) a soma da perda de presso devido a variao de presso da sada do

    difusor, presso de recuperao ( recp ), somada a perda de presso total

    ( totp ), mostradas na Tabela 6.24. O ponto amarelo mostrado no Grfico (6.2) indica a

    condio de projeto com vazo de 15 sm /3 e sistematotp , =16,77 OmmH2 .

    Tabela 6.24- Perdas de PressoFonte: Autoria Prpria.

    Pa OmmH2

    Perda de Presso componente do tnel - totp 137,320 14,003

    Recuperao de Presso - recp 27,222 2,776

    Recuperao de Presso Real - sistematotp , 164,542 16,77

    Grfico 6.2: Curva caracterstica do sistema.

    Fonte: Autoria prpria.

    6.6- Clculo potncia necessria do motor

    A potncia do motor foi calculada multiplicando a perda de presso total do

    sistema ( sistematotp , ) pela vazo pretendida na cmara de teste. Para a vazo de 15 s/m3

    , que a vazo do projeto, necessitamos de um motor que fornea 2,76 HP (Tabela

    6.25), pois um valor menor no consegue atingir essa vazo pretendida na seo de

    teste.

    0

    20

    40

    60

    80

    0 5 10 15 20 25 30 35

    mmH2O

    Vazo m3/s

    Curva Caracteristica do Sistema

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    56/81

    55

    Tabela 6.25: Potncia requerida do motor do ventilador.Fonte: Autoria prpria.

    Vazo )/( 3 sm 5 10 15 20 25 30

    Potncia (HP) 0,132 0,786 2,76 5,59 12,09 20,78

    6.7- Concluso sobre a utilizao do ventilador do laboratrio

    Os nicos dados que temos do ventilador centrfugo do laboratrio esto nas

    Tabelas (6.2) e (6.3), que so as especificaes do fabricante, que mostra a presso

    esttica mxima com vazo nula e vazo mxima com presso (manomtrica) nula.

    Com base nos valores calculados para esse projeto, temos um tnel de vento com

    10,09m de comprimento e que necessita de uma presso de 16,77 OmmH 2 e uma

    potncia de 2,76 HP para que consiga manter uma vazo de 15 s/m3 em relao seo

    de teste.

    Grfico 6.3: Mnima vazo.Fonte: Autoria prpria.

    Para termos uma estimativa se esse ventilador atenderia demanda, traamos

    uma reta que passa pelos pontos mximos especificados pelo fabricante, simbolizando acurva do ventilador, e uma reta horizontal, indicando demanda de carga do sistema, que

    seria de 16,77 OmmH 2 . Observamos no Grfico (6.4), as curvas se cruzam no ponto

    650 min/m3 e 16,77 OmmH2 . Logo esse tnel teria uma vazo de no mnimo de 650

    min/m3 (velocidade na seo de teste de aproximadamente 11m/s). Com base nesses

    valores conclumos que o ventilador ir atender demanda desse projeto, embora a

    vazo real possa ser um pouco menor ou maior da que foi projetada. Com a utilizao

    desse ventilador iramos economiza no custo total do projeto.

    (650,17)

    0

    20

    40

    60

    0 500 1000 1500

    PressoEstticammH2O

    Vazo m3/min

    Mnima Vazo

    Reta

    ventilador

    Presso

    requerida

    (sistema)

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    57/81

    56

    6.8Inversor de frequncia

    Um inversor de frequncia um equipamento eletrnico capaz de variar

    a velocidade de giro de motores eltricos. O nome inversor de frequncia dado pela

    sua forma de atuao, pois apenas imita a frequncia da rede onde est ligadoe, desta

    forma, podemos facilmente alterar a velocidade de rotao do motor de modo muito

    eficiente.

    Esses controles proporcionam total flexibilidade de controle de velocidade sem

    grande perda de torque do motor, alm de uma acelerao suave atravs da

    programao, uma frenagem direta no motor sem a necessidade de freios mecnicos, e

    oferece ainda diversas formas de controles preferenciais e controles externos que podem

    ser at por meio de redes de comunicao. Tudo isso com excelente preciso demovimentos.

    Alm destas vantagens, os inversores ainda possuem excelente custo-benefcio,

    pois proporcionam economia de energia eltrica, maior durabilidade de engrenagens,

    polias e outras transmisses mecnicas por acelerar suavemente a velocidade.

    6.8.1- Seleo do inversor de frequncia para o venti lador do laboratri o

    Com base nas informaes do motor do ventilador (Tabela 6.2) selecionamos

    para esse projeto o modelo CFW09-0005 T3848 P S da WEG (Tabela 6.26). A Figura

    (6.17) ilustra esse modelo. O Apndice B mostra o esquema de instalao desse modelo.

    Figura 6.17: Inversor de frequncia CFW09.

    Fonte: Catlogo da WEG.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    58/81

    57

    Tabela 6.26: Especificaes dos inversores.

    Fonte: Catlogo da WEG.

    O inversor selecionado tem a possibilidade de se conectar a um computador por

    meio do Kit Interface Serial, para uso do software SUPERDRIVE de programao e

    monitorao do inversor. Essa conexo feita por cabo HMI, RS232 ou RS485.

    Figura 6.18: Kit interface Serial Superdrive CFW09.

    Fonte: WEG.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    59/81

    58

    6.9- Seleo de um ventilador centrfugo novo para o laboratrio

    Essa opo seria para o caso de no utilizar o ventilador j existente ou caso se

    queira adquirir um ventilador novo para esse projeto. O valor desse ventilador no ser

    incluso no custo final do projeto.

    Utilizamos o software VORTEX 1.3, que est disponvel na pagina do fabricante

    (http://www.solerpalau.com.br/)para os ventiladores da OTAM. Inserimos como dados

    de entrada 20 C para a temperatura ambiente, 760 mmHg para a presso atmosfrica,

    para o sistema, uma vazo de 54000 h/m3 e presso esttica de 16,77 OmmH 2 .

    O software VORTEX 1.3 selecionou um ventilador centrifugo com simples

    aspirao RLS 1400, ver figura 6.19. No Apndice D as curvas caractersticas desse

    ventilador e no Apndice C a geometria. Caso for usar esse ventilador ter que ser feita

    uma pequena modificao somente na entrada e no flange do difusor grande angular

    conforme a geometria desse modelo.

    Figura 6.19: Software Vortex 1.8 - OTAM

    Fonte: Software Vortex 1.3- OTAM

    http://www.solerpalau.com.br/http://www.solerpalau.com.br/
  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    60/81

    59

    Figura 6.20: Curvas ventilador centrfugo RLS 1400.

    Fonte: Software Vortex 1.3 - OTAM

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    61/81

    60

    7-ORAMENTO DO PROJETO

    O oramento total do projeto foi calculado separadamente para cada

    componente, todos esses valores iro depender da poca da realizao do projeto, do

    fabricante e do local de compra. No ser especificada nesse projeto a mo de obra para

    a construo do tnel, instalaes eltricas e obras de alvenaria.

    7.1- Difusor grande angular

    Os valores listados na Tabela (7.1) foram consultados em lojas especficas para cada

    material, s lojas esto especificadas na Tabela (7.10).

    Tabela 7.1: Detalhas do valor estimado para construo difusor grande angular.Fonte: Autoria prpria.

    MATERIAL FORMA

    VENDA

    QUANTIDADE

    CONSTRUO

    VALOR UNIDADE

    (R$)

    VALOR TOTAL

    (R$)

    Compensado Chapa

    (2,2x1,6)m de

    15mm

    3 2m 90,00 90,00

    Madeira Ripa ( 3x10)

    cm

    De 6 m

    12 m 20,00 40,00

    Ao

    20x30 BWG

    (1,0x1,0)m 8 m 100,00 800,00

    Pregos Caixa 500

    unid.

    20 unid. 10,00 1,00

    Parafusos Caixa 500

    unid.

    20 unid. 20,00 2,00

    Porcas Caixa 500

    unid.

    20 unid. 20,00 2,00

    Cola de Madeira Galo 5 litros 500 ml 50,00 5,00

    Valor total para estimado para a construo do difusor grande angular R$

    940,00.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    62/81

    61

    7.2- Cmara de estabilizao

    Os valores listados na Tabela (7.2) foram consultados em lojas especficas para cada

    material, que esto especificadas na Tabela (7.10).

    Tabela 7.2: Detalhas do valor estimado para construo cmara de estabilizao.Fonte: Autoria prpria.

    MATERIAL FORMA

    VENDA

    QUANTIDADE

    CONSTRUO

    VALOR UNIDADE

    (R$)

    VALOR TOTAL

    (R$)

    Compensado Chapa

    (2,2x1,6)m de

    15mm

    9,00 2m 90,00 270,00

    Madeira Ripa (3x10) cm

    De 6 m

    18 m 20,00 60,00

    Pregos Caixa 500 unid. 20 unid. 10,00 1,00

    Parafusos Caixa 500 unid. 20 unid. 20,00 2,00

    Porcas Caixa 500 unid. 20 unid. 20,00 2,00

    Cola de Madeira Galo 5 litros. 500 ml 50,00 5,00

    Valor total estimado para a construo da cmara de estabilizao R$ 340,00.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    63/81

    62

    7.3- Bocal

    Os valores listados na Tabela (7.2) foram consultados em lojas especficas para cada

    material, s lojas esto especificadas na Tabela (7.10).

    Tabela 7.3: Detalhes do valor estimado para construo do bocal.Fonte: Autoria prpria.

    MATERIAL FORMA

    VENDA

    QUANTIDADE

    CONSTRUO

    VALOR UNIDADE

    (R$)

    VALOR TOTAL

    (R$)

    Compensado Chapa

    (2,2x1,6)m de

    15mm

    12 2m 90,00 360,00

    Madeira Ripa (3x10) cm

    De 6 m

    12 m 20,00 40,00

    Pregos Caixa 500

    unid.

    20 unid. 10,00 1,00

    Parafusos Caixa 500

    unid.

    20 unid. 20,00 2,00

    Porcas Caixa 500

    unid.

    20 unid. 20,00 2,00

    Cola de Madeira Galo 5 litros 500 ml 50,00 5,00

    Valor total estimado para a construo do bocal R$ 410,00.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    64/81

    63

    7.4- Seo de teste

    Os valores listados na Tabela (7.2) foram consultados em lojas especficas para cada

    material, s lojas esto especificadas na Tabela (7.10).

    Tabela 7.4: Detalhas do valor estimado para construo seo de teste.Fonte: Autoria prpria.

    MATERIAL FORMA

    VENDA

    QUANTIDADE

    CONSTRUO

    VALOR UNIDADE

    (R$)

    VALOR TOTAL

    (R$)

    Compensado Chapa

    (2,2x1,6)m de

    15mm

    12 2m 90,00 360,00

    Madeira Ripa(3x10) cm

    De 6 m

    12 m 20,00 40,00

    Acrlico Chapa (1x1)m

    de 15mm

    4 2m 500,00 2.000,00

    Parafusos Caixa 500 unid 20 unid. 20,00 2,50

    Porcas Caixa 500 unid 20 unid. 20,00 2,50

    Valor total estimado para a construo da seo de teste R$ 2.410,00.

  • 7/26/2019 Projeto de Um Tnel de Vento Subsnico

    65/81

    64

    7.5- Difusor

    Os valores listados na Tabela (7.2) foram consultados em lojas especficas para cada

    material, s lojas esto especificadas na Tabela (7.10).

    Tabela 7.5: Detalhas do valor estimado para construo difusor.Fonte: Autoria prpria.

    MATERIAL FORMA

    VENDA

    QUANTIDADE

    CONSTRUO

    VALOR

    UNIDADE(R$)

    VALOR

    TOTAL(R$)

    Compensado Chapa

    (2,2x1,6)m de

    15mm

    15 2m 90,00 450,00

    Madeira Ripa (3x10) cm

    De 6 m

    12 m 20,00 40,00

    Pregos Caixa 500 unid 20 unid. 10,00 1,00

    Parafusos Caixa 500 unid 20 unid. 20,00 2,00

    Porcas Caixa 500 unid 20 unid. 20,00 2,00

    Cola Madeira Galo 5 litros 500 ml 50,00 5,00

    Valor total estimado para a construo do difusor R$ 500,00.

    7.6- Colmeia

    Os valores listados na Tabela (7.2) foram consultados em lojas especficas para cada

    material, s lojas esto especificadas na Tabela (7.10).

    Tabela 7.6: Detalhas do valor estimado para colmeia.

    Fonte: Autoria prpria.

    MATERIAL FORMA VENDA QUANTIDADE

    CONST