PROJETO INSIDE AFRICA: Ações Pedagógicas no Ensino da ......PROJETO INSIDE AFRICA: Ações Pedagógicas no Ensino da Língua Inglesa e as Relações Étnico-raciais. EVANGELISTA,

PROJETO INSIDE AFRICA: Ações Pedagógicas no Ensino da Língua Inglesa e as Relações Étnico-raciais.

EVANGELISTA, Lázaro1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul

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SILVA, F. S.2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul

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RESUMO O presente artigo versa sobre os resultados obtidos e a relevância de promover ações pedagógicas contextualizadas na escola, através do ensino-aprendizagem da Língua Inglesa, com o objetivo de oportunizar aos estudantes da educação básica, uma experiência que vai além do caráter normativo do idioma, mas que o relaciona com a Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER). O projeto tem sido realizado na Escola Estadual Candido Portinari, nas turmas do ensino fundamental, 7º e 8º anos, no município de Porto Alegre – RS. O mesmo tem contribuído na visibilidade e na valorização dos povos negros, através da história e da cultura Afro-brasileira e Africana, como parte constituinte das identidades nacional. Com o título em inglês, INSIDE AFRICA (Por Dentro da África), o projeto desperta no estudante o desvelo em aprender mais sobre o continente Africano, que ainda - baseado pelo senso comum - tem sido visto como um lugar primitivo, alheio as tecnologias, aos conhecimentos e avanços sociais. Ao evidenciar o Brasil como um país que carrega também as influencias hereditárias e culturais deste continente, contribuímos efetivamente para o estabelecimento de relações mais equânimes, respeitosas e que, a partir de uma mudança de consciência, poderão reverberar para além dos muros escolares.

1 Lázaro de Oliveira Evangelista – Mestrando em Educação do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, bolsista CNPq. Especialista em Metodologia do Ensino da Língua Inglesa (FTC/Salvador). Graduado em Gestão de Negócios em Turismo (FACTUR/BA). Licenciado em Letras com Habilitação em Inglês (PUCRS). Professor do ensino médio e das séries iniciais da rede pública do Estado do Rio Grande do Sul. Diretor de teatro, Músico e Ator.

2 Fidelainy Sousa Silva - Doutoranda na linha de pesquisa em Teoria, Crítica e Comparatismo do Instituto de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestra pelo Programa de Pós-graduação em Estudos de Literatura, linha de Teoria, Crítica e Comparatismo, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2017). Especialista em Abordagens Culturalistas: Saberes, Identidades e Diferença Cultural na/da Amazônia, pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (2016). Graduada em Letras com Licenciatura em Língua Inglesa na Universidade Federal do Pará (2014).

Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as – ABPN Consócio Nacional de Núcleos de Estudos Afro-brasileiros – CONEABs Universidade Federal de Uberlândia – (UFU)

Palavras chaves: África, Escola, ‘Inside Africa’ Língua Inglesa, Relações Étnico-Raciais.

ABSTRACT This article deals with the results obtained and the relevance of promoting pedagogical actions contextualized in the school, through the teaching-learning of the English Language, with the objective of giving students of basic education an experience that goes beyond the normative character of the language, but that relates it to Education for Ethnic-Racial Relations (ERER). The project has been carried out in the Candido Portinari State School, in the elementary school classes, 7th and 8th degrees, in the city of Porto Alegre - RS. It has also contributed to the visibility and appreciation of black peoples through Afro Brazilian and African history and culture as a constituent part of national identities. With the title INSIDE AFRICA, the project awakens in the student the effort to learn more about the African continent, which - based on common sense - has been seen as a primitive place, alien to the technologies, knowledge and social progress. By highlighting Brazil as a country that also carries the hereditary and cultural influences of this continent, we effectively contribute to the establishment of more equanimous, respectful relations that, from a change of consciousness, may reverberate beyond the school walls.

Key Words: Africa, School, English Language, Ethnic-Racial Relations.

OBJETIVO:

Fomentar o debate e a reflexão, bem como dar visibilidade - através de ações pedagógicas multi/interdisciplinar nas aulas de Língua Inglesa, com articulações com outras disciplinas, como Arte, Geografia e História - sobre a participação dos povos negros (afro-brasileiros) na construção das identidades nacional, amparada pelas leis 10.639 de 9 de janeiro de 2003 e 11.645 de 10 de março de 2008, que versam sobre história da cultura afro-brasileira, africana e indígena.

SOBRE A ESCOLA:

Localizada na área urbana da cidade de Porto Alegre no estado do Rio Grande do Sul, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Cândido Portinari é uma dependência administrativa sob a reponsabilidade do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e tem como mantenedora a Secretaria Estadual da Educação.


Localizada no logradouro: Rua Múcio Teixeira, 252 - Menino Deus, CEP: 90050-360 - Porto Alegre/RS, a escola, atualmente, oferece em suas etapas de ensino, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) na modalidade de supletivo no ensino fundamental das séries finais, bem como o ensino fundamental regular nas séries iniciais e finais deste ciclo.

Em suas dependências e estrutura física, a escola dispõe de uma biblioteca, um laboratório de informática, um laboratório de ciências, uma quadra poliesportiva, uma sala de recursos multifuncionais para a realização do Atendimento Educacional Especializado (AEE), uma sala de exibição audiovisual, banheiros, uma sala dos professores, uma secretaria, uma sala da diretoria, um depósito para acondicionar os materiais de almoxarifado e 12 salas de aulas “convencionais” para a realização das aulas. A escola, também, disponibiliza o atendimento especial com a interlocução de uma profissional habilitada em realizar o atendimento aos estudantes que necessitam de acompanhamento e outras questões relativas ao aprendizado.

Considerando o corpo técnico da unidade escolar, entre funcionários e docentes, a instituição possui aproximadamente 49 profissionais que atuam entre os turnos matutino, vespertino e noturno. O envolvimento do corpo técnico escolar nas ações pedagógicas e no desenvolvimento do projeto INSIDE AFRICA, conta com as participações dos docentes das disciplinas de Arte, Geografia e História, bem como com a participação, incentivo e o apoio da equipe diretiva; diretora, vice-diretora e supervisora, do turno matutino.

Por estar localizada em uma zona central do município da capital do estado, a escola se insere em uma comunidade composta por condomínios residenciais, por um intenso fluxo comercial, bem como grandes empreendimentos em suas adjacências. Todavia, o público beneficiário que compõe a comunidade escolar é, majoritariamente, constituído por adolescentes e jovens oriundos dos mais diversas bairros e regiões da cidade, uma vez que a escola está imbricada em uma localização privilegiada e de fácil acesso aos transportes públicos.

JUSTIFICATIVA DA REALIZAÇÃO DO PROJETO:

É de todos sabido que, desde meados do século XVI, o Brasil foi um dos países, dentre muitos outros, que mais contribuiu com o processo sistêmico de escravização de seres humanos provenientes de diversas nações africanas. Porém, antes mesmo destes trágicos eventos que deixaram profundas marcas negativas na história da humanidade


acontecerem, países como Portugal, por meio do seu ideal de colonização, ambição em expandir seu território e “missão” de disseminar a sua fé, foram responsáveis por uma profunda onda de genocídio, epistemicídio, privação da liberdade e outros crimes contra os nativos da terra recém “descoberta” em 1500, gerando prejuízos imensuráveis em suas dinâmicas sociais.

Muitos indígenas e africanos que foram escravizados, tiveram suas identidades - diante da realidade colonial ao qual se encontravam - atravessadas por estes eventos criminosos. Porém, mesmo após sucessivos agravos sofridos ao longo dos séculos, que irrefutavelmente, intervieram nas suas identidades e modos de vida, não foram capazes de suster a importância social destes povos, bem como impedir suas subsistências e influencias no estabelecimento de novas identidades no Brasil.


Todos estes agravos promoveram efeitos que influenciaram suas vidas e reverberam nas vidas dos seus descendentes, visto que, as sociedades ao redor do mundo - em especial a brasileira – ainda se esforça no empreendimento de constituir a imagem do Negro como “uma espécie sub-humana” (MBEMBE, 2014), a partir de processos e mecanismos racistas que visam inviabilizar a participação do sujeito Negro nas sociedades, deslocando sua importância no contexto social. Ou seja, o Negro seria “[...] aquele que vemos quando nada se vê, quando nada compreendemos e, sobretudo, quando nada queremos compreender”. (MBEMBE, 2014, p.11).

Os efeitos do racismo e do racismo institucional desloca a população negra brasileira para os piores índices de desenvolvimento humano, a exemplo do genocídio, o epistemicídio, da sua não representatividade política e social. Logo, combater estas assimetrias através de ações pedagógicas nos âmbitos formais da educação, ancoradas pelas leis 10.639/03 e 11645/08, ajudaria efetivamente nos processos de alteração do quadro atual, uma vez que, segundo Du Bois (1905, p. 104) citado por Domingos (2017, p. 191),

Figura 1 - Trabalho de Arte – Tambor reprodução / Turma 7º ano e Prof. João Alberto Rodrigues. Acervo pessoal


Só podemos compreender o presente nos referindo ao passado estudando-o de forma continua, quando qualquer um dos fenômenos complicados de nossa vida cotidiana nos deixa perplexos: quando surgem problemas religiosos, políticos ou sociais precisamos sempre nos lembrar de que, embora esteja no presente, sua causa e explicação se encontram no passado.3

A partir destas reflexões, voltar o olhar para as realidades contemporâneas das mulheres e dos homens negros, afro-brasileiros e, portanto, “africanos descendentes” no Brasil, tem sido fundamental para haja um empenho em diversos âmbitos da sociedade, principalmente no âmbito educacional, na perspectiva de educar para as Relações Étnicos Raciais e para possibilitar a promoção de ações que contribuam em minimizar os efeitos da “fabulação”4 aludida aos povos negros desde a chegada europeia nas américas. Estas fabulações que tentaram constituir o sujeito Negro em figuras sub-humanas, já ultrapassaram os limites da razão desde quando seus efeitos geraram os processos sistemáticos de escravização e de controle destes seres humanos.

DESENVOLVIMENTO E AÇÕES DO PROJETO: Algumas ações do 7º ano.

Em uma das primeiras ações, a turma do 7º ano foi desafiada a observarem em casa nos mais diversos meios de comunicações a presença de artistas e personagens negros que pudessem identificar. Os mesmos também, foram convidados a levarem para a escola, revistas e impressos para a realização de um trabalho.

3 DU BOIS, W. E. B. Voice of the Negro II (September 1905), p. 104. 4 Refere-se ao termo utilizado por Achille Mbembe para exemplificar o complexo psiconírico criado pelos escravocratas sobre o que seria a imagem do Negro, a partir da reflexão de Achille Mbembe no livro, A critica da Razão Negra (p, 26, 2014).


Ao analisar todo o material, bem como a narrativa da observação feita em casa, os mesmos refletiram a respeito da não representatividade e presença de personagens com fenótipos negros neste material coletado e observado. Evidenciou-se, então, que a quantidade desses sujeitos representavam minoria absoluta e, quando encontrados, estavam representados através de aletas de esportes coletivos. A partir desta percepção, os estudantes produziram personagens de heroínas e heróis negros que compuseram uma revista “editada” por eles.

A realidade observada pelos estudantes, não retratou o dado trazido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que apresenta, desde o ano de 2014, o número de cidadãos e cidadãs que se autodeclaram negros (pretos e pardos). Segundo o IBGE, a maioria populacional dos que se auto declaram negros no país, representa 53,6% da população.

Figura 2 - Trabalho sobre representatividade – Folder.

Turma 7º ano Acervo pessoal


Durante as aulas de Língua Inglesa, leituras de revistas em quadrinhos, como, exemplares da turma da Mônica “Monica’s Gang” do cartunista Maurício de Souza, foram propostas e, mais uma vez, os estudantes constataram essa ausência de protagonistas negros nas histórias. Deste modo, considerar as culturas existente em uma sociedade para conceituar a identidade nacional está diretamente associada a inclusão de todos os indivíduos e etnias existente naquele contexto, pois segundo Munanga (1994), a identidade

“(...) é uma realidade sempre presente em todas as sociedades humanas. Qualquer grupo humano, através do seu sistema axiológico sempre selecionou alguns aspectos pertinentes de sua cultura para definir-se em contraposição ao alheio. ” (MUNANGA, 1994:177-178)

Outra ação desenvolvida na aula de Língua Inglesa, os estudantes aprenderam sobre os nomes dos países africanos e de suas respectivas nacionalidades em Inglês. O livro didático disponibilizado pela escola para o uso nas aulas de Inglês, só trazia como ilustração apenas dois países (Nigéria e South Africa) em um universo de mais de cinquenta países que fazem parte do continente africano.

Figura 3 - Imagem analisada pelas turmas – ausência de representação negra nos quadrinhos. Site: http://nossocdl.blogspot.com/2012_10_01_archive.html


Os estudantes também perceberam que a quantidade de ilustrações de países do continente europeu eram substancialmente maior do que os outros continentes e produziram bandeiras e relógios com a temática de cada país. Os mesmos aprenderam de forma mais abrangentes os conteúdos dos countries and nationalities, bem como as horas em inglês nestes relógios produzidos por eles.

DESENVOLVIMENTO E AÇÕES DO PROJETO: Algumas ações do 8º ano No grupo dos estudantes de 8º ano, as ações pedagógicas, foram pautadas no reconhecimento de povos africanos nos seus espaços geográficos, nos referenciais de guerreiras e guerreiros e na realeza africana. Os estudantes realizaram pesquisas a respeito do Egito antigo, suas riquezas e palácios reais das famílias nobres e suas dinastias. Desmistificaram a figura do faraó, que através dos seus relatos espontâneos, teria sido uma pessoa má que enfrentou o povo da terra “prometida”.

Os estudantes realizaram trabalhos sobre intolerância religiosa, respeito aos negros no Brasil, diálogo inter-religioso, visitas técnicas ao museu do percurso do negro em Porto Alegre. Estas ações vêm ancoradas as diversas narrativas e estudos acerca do conceito de território como um lugar físico de ocupação social de um determinado grupo que

Figura 4 - Visita ao museu do percurso do negro.

Centro de Porto Alegre / Tambor - Turma 8ª ano. Acervo pessoal


constituem laços e raízes de sua identidade. As dimensões territoriais podem limitar-se do ponto de vista físico, mas a identidade territorial está presente há muito tempo, não podendo separar o espaço físico da identidade de um grupo social, segundo a firmação de Milton Santos, dizendo que:

o território não é apenas o conjunto dos sistemas naturais e de sistemas de coisas superpostas. O território tem que ser entendido como território usado, não o território em si. O território usado é o chão mais a identidade. A identidade é o sentimento de pertencer aquilo que nos pertence. O território é o fundamento do trabalho, o lugar da residência, das trocas materiais e espirituais e do exercício da vida (SANTOS, 2002: 10).

A turma de 8º ano, realizou trabalhos com base nas ações afirmativas para o povo negro, representatividade do negro na mídia e nas artes cênicas e nos espaços sociais de destaque. Os estudantes concluíram que sem a devida oportunidade, o cidadão não terá a possibilidade de prosperar e nem de transformar o seu meio social. Constataram também que a maioria das personagens interpretadas por atrizes e atores negros em sua maioria está ligado a papel menores, de subserviência, violência ou ao humor deliberado. Assim, vale destacar as palavras do jornalista e escritor de teledramaturgia Nelson Rodrigues, que ajuda a ratificar esta constatação dizendo que:

“É preciso uma ingenuidade perfeitamente obtusa ou uma má fé cínica para se negar a existência do preconceito racial nos palcos brasileiros. Os artistas de cor, ou fazem moleques gaiatos, ou carregam bandejas ou, por último, ficam de fora.” (Nelson Rodrigues, 1948, p.1).

CONCLUSÃO. Para (não) concluir, outras ações pedagógicas relativas a temática da Educação para as relações Étnico Raciais vem sendo realizadas. Trabalhos na disciplina de Arte, por exemplo, relativo a influência africana e afro-brasileira na arte sacra, bem como na arte de forma mais abrangente do Brasil. Produções de vídeos em Inglês pelos estudantes em parceria com os conteúdos das disciplinas de História e Geografia sobre intolerância religiosa, aspectos históricos da revolução Farroupilha a presença dos Lanceiros Negros, os quilombos rurais e urbanos existentes no Brasil e, principalmente, no estado do Rio Grande do Sul e entre outros acrescentam o repertório de ações realizadas.


Aproximadamente, cerca de 300 estudantes já participaram dessas ações desde 2016 até o primeiro semestre de 2018. Cerca de 90% destes estudantes trazem relatos das famílias quanto a relevância destes temas, conjecturando-se um alcance satisfatório, capaz de contagiar e visibilizar as demandas dos povos negros no Brasil. Conjuntamente, uma melhor avaliação quanto a aprendizagem no idioma, tem sido percebida nos estudantes, do ponto de vista do interesse na disciplina da língua Inglesa, na assiduidade nas aulas e no desempenho qualitativo e quantificado (notas).

REFERÊNCIAS:

DELGADO, Heloísa. O Ensino da Cultura como Propulsor da Abertura de

Possibilidades na Aprendizagem de Língua Estrangeira. In: SARMENTO, Simone;

MÜLLER, Vera. (Orgs.) O ensino de inglês como língua estrangeira: estudos e

reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.

Figura 5 - Visita ao museu do percurso do negro. Centro de Porto Alegre - Pegada Africana- Turma 8ª ano. Acervo pessoal.


DOMINGOS, L. T. Entre estigmas e traumas de violência de colonização e escravidão: afirmação de identidade afro descendência. São Leopoldo, v.22, n. 2, p. 190-208, 2017. DURAND, Gilbert. O imaginário: Ensaio acerca das ciências e da filosofia da

imagem. Rio de Janeiro: Difel, 2001.

MBEMBE, Achille. A Crítica da Razão Negra. Lisboa: Editora Antigona, 2014.

MUNANGA, Kabengele. Um branco pode ser negro. Não é uma questão biológica, mas

política In: Desconfiando: Porque o mundo é maior do que imaginamos. 2009.

SANTOS, M. et al (orgs.). Território, globalização e fragmentação. São Paulo:

HUCITEC, 1996, pp. 169-181.

SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves. Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil. Educação. Porto Alegre/RS, ano XXX, n. 3 (63), p. 489-506, set./dez. 2007. SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Identidade e diferença. A perspectiva dos Estudos Culturais. Petrópolis; Vozes, 2000. http://ideb.inep.gov.br/resultado/resultado/resultado.seam?cid=1234551 (acessado em: 19 de set. de 2018)

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