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COLÉGIO ESTADUAL SÃO PEDRO E SÃO PAULO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO CAMPO LARGO 2013

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Professora de Química Licenciatura em Química ... que moram na zona rural e utilizam o transporte escolar para virem estudar. ... balconistas, professoras,

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COLÉGIO ESTADUAL SÃO PEDRO E SÃO PAULO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

CAMPO LARGO

2013

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1. APRESENTAÇÃO

O projeto político-pedagógico é o fruto da interação entre os objetivos e prioridades

estabelecidas pela coletividade, que estabelece, através da reflexão, as ações

necessárias à construção de uma nova realidade. É, antes de tudo, um trabalho que exige

comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo: professores, equipe

técnica, educandos, seus pais e a comunidade como um todo.

Essa prática de construção de um projeto deve estar amparada por concepções

teóricas sólidas e supõe o aperfeiçoamento e a formação de seus agentes. Só assim

serão rompidas as resistências em relação à novas práticas educativas. Os agentes

educativos devem sentir-se atraídos por essa proposta, pois só assim terão uma postura

comprometida e responsável. Trata-se, portanto, da conquista coletiva de um espaço para

o exercício da autonomia.

Os inúmeros problemas educacionais e o verdadeiro papel da educação formal são

motivos de ampla discussão na sociedade moderna. Urge empreender um esforço

coletivo para vencer as barreiras e entraves que inviabilizam a construção de uma escola

pública que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania e seja instrumento real de

transformação social, espaço em que se aprenda a aprender, a conviver e a ser com e

para os outros, contrapondo-se ao atual modelo gerador de desigualdades e exclusão

social que impera nas políticas educacionais de inspiração neoliberal. Nesse sentido, a

construção de um projeto político pedagógico pode contribuir para estabelecer novos

paradigmas de gestão e de práticas pedagógicas que levem a instituição escolar a

transgredir a chamada "educação tradicional", cujo conteudismo de inspiração positivista

está longe de corresponder às necessidades e aos anseios de todos os que participam do

cotidiano escolar.

Nesse sentido, o presente projeto tem como objetivo principal direcionar o trabalho

pedagógico deste Estabelecimento de Ensino, a partir da realidade social em que está

inserido e dentro do processo de transformação que o mundo passa. Está voltado para

uma educação democrática e para a construção e o exercício da cidadania. Para sua

aplicação, é necessário que haja coerência entre o que é estabelecido e a ação

educativa. Se educandos, participativos, éticos, críticos, solidários, autônomos,

responsáveis e afetivos é o que se quer, deve-se agir da mesma forma.

Apresenta-se questões ligadas ao contexto sócio-econômico-cultural-históricos que

nele influenciam de um modo ou de outro até os dias atuais, discussões de questões

ligadas aos nossos objetivos técnico-pedagógicos, aspectos teóricos que permeiam nossa

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prática diária, enfim, uma explanação geral de todo nosso trabalho.

No momento em que se propõe a elaboração de um projeto como este, deve-se ter

como ponto de partida o envolvimento dos diversos setores que compõem a unidade

escolar a que, em conjunto, se possa estabelecer os rumos a serem seguidos.

A função deste instrumento é servir sempre como referencial para se analisar a

qualidade de ensino e propor transformações mais efetivas. Transformações estas que

propiciem um ensino mais real e de qualidade, sempre voltado aos interesses

significativos, preservando também a história e a cultura de cada indivíduo.

O projeto político-pedagógico busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sócio - político e com os interesses reais e coletivos da população majoritária.(...) Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de se definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade." (VEIGA, 1995)

IDENTIFICAÇÃO/ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

O Colégio Estadual São Pedro e São Paulo - Ensino Fundamental e Médio, código

1171, está localizado na Rua Marta Dering, nº 234 - Bairro Ferrari - CEP 83606-330, em

Campo Largo (0420), Paraná, fone/fax (041) 3292-2333, e-mail [email protected], e

atende cerca de 340 alunos (trezentos e quarenta), moradores dos bairros Ferrari, São

Francisco de Assis , Vila Cilka, Ouro Verde, Felpudo, Retiro, Salgadinho e Fazendinha.

Conforme a Resolução nº 6418/94 de 27/12/94 publicada no DOE 09/01/95 a

Escola Estadual São Pedro e São Paulo – Ensino Fundamental começou a funcionar no

período matutino.

Em 2003, de acordo com a Resolução 83/03 de 31/01/03, foi autorizado o

funcionamento do Ensino Médio, na Escola Estadual São Pedro e São Paulo, passando a

denominar-se Colégio Estadual São Pedro e São Paulo – Ensino Fundamental e Médio,

funcionando pela manhã, das 7h e 30min às 11h e 50min e à tarde das 13h às 17h e

20min.

Tem como entidade mantenedora o Governo do Estado do Paraná e pertence ao

Núcleo Regional Metropolitano da Área Sul, situado na Avenida Iguaçu, 420 - Bairro

Rebouças - Curitiba – Pr, a aproximadamente 25 km do Colégio.

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HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

A Escola Estadual São Pedro e São Paulo nasceu do anseio da comunidade local

em contar primeiramente com o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries. Em vista disso, a

Associação de Moradores São Pedro e São Paulo (AMOSP) em conjunto com a APMF e

direção da Escola Municipal Professora Rosália Andrade Remonato, mobilizaram-se nos

trabalhos junto à Secretaria Estadual de Educação para que este objetivo fosse

alcançado.

Atualmente, o Colégio atende 06 turmas pela manhã, sendo 03 do Ensino

Fundamental e 03 do Ensino Médio, à tarde, 06 turmas do Ensino Fundamental e uma

turma de CELEM, no intermediário IV, conforme quadro abaixo:

Série Alunos Turnos6º A 29 Tarde6º B 29 Tarde7º A 30 Manhã7º B 29 Tarde8º A 31 Manhã8º B 18 Tarde8º C 21 Tarde9º A 29 Manhã9º B 22 Tarde

1ª E.M. 34 Manhã2ª E.M. 32 Manhã3ª E.M. 26 ManhãCELEM 12 Intermediário

O corpo docente é composto por 37 professores e 08 funcionários do quadro

técnico administrativo abaixo relacionado:

NOME FUNÇÃO HABILITAÇÃOAdilson Costa Duarte Professor de Língua

Portuguesa Licenciatura em Letras – Português/EspanholEspecialização em Literatura Brasileira e A construção do texto

Aliadne Wosniack Professora de Arte Licenciatura em Artes Visuais Ana Paula Ganassoli Professora de

Matemática e da sala de apoio

Licenciatura em Matemática

Andressa Dallagrana Gonçalves Pinto

Professora de Educação Física

Licenciatura em Educação Física

Anelise Sant'Ana Professora de Ciências Licenciatura em Biologia

Angela Regina Nissio Professora de Arte Licenciatura em Artes VisuaisAntonio Carlos Macena Professor de Geografia Licenciatura em Geografia

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Especialização em Análise Ambiental

Candida Marina Sanches Hoffmann

Professora de Biologia Licenciatura em Biologia

Caroline Alves da Rocha Schimitt

Professora de Química Licenciatura em Química

Caue Matias Professor de Arte Licenciatura em TeatroClaudia T. Andreassa Professora de Língua

Portuguesa (PDE 2013)Licenciatura em Letras Português/Inglês e Especialização em Magistério da Educação Básica

Edgar José Portela Professor de Sociologia Bacharelado em Psicologia Especialização em Psicopedagogia

Everton Angelo Andreassa

Prof. de Sociologia Licenciatura em Filosofia

Gertrudes Maria Carlotto Kulka

Professora de Geografia Licenciatura em Estudos Sociais – GeografiaEspecialização em Gestão Escolar

Jacira Aparecida da Silva Magatão

Professora de Matemática

Licenciatura em Matemática e Especialização em Psicopedagogia

Jocimara de Oliveira Bonfim Rodrigues

Professora de Arte Licenciatura

Kátia Fernanda Bianco Professora de Matemática

Licenciatura em Matemática e especialização em Educação Matemática

Larisse Cristine Stoco Professora de Biologia Licenciatura em Ciências Biológicas

Leandro José Ferreira Professor de Física Licenciatura em FísicaLuciana Ferreira dos Anjos

Professora de Geografia Licenciatura em Estudos Sociais Especialização em Ensino da História

Lucimara Cirilo Skrepetz

Professora de Língua Estrangeira Moderna - Inglês

Licenciatura em Letras Português/Inglês Especialização em Educação de Jovens e Adultos

Luiza Joanita Zanlorenzi de Andrade

Professora de Geografia Licenciatura em Ciências Sociais/Especialização em Psicopedagogia

Marcia Eliane Kochinski Marchewski

Professora de Língua Portuguesa

Licenciatura em Letras Português/Inglês e Especialização em Literatura Brasileira e Construção do Texto

Márcia Eloisa Sphair Professora de Língua Estrangeira Moderna - Inglês

Licenciatura em Letras Português/ InglêsEspecialização em Interdisciplinaridade na Escola

Maria da Luz Klemes Fernandes

Professora de Língua Portuguesa em sala de apoio

Licenciatura em Letras PortuguêsEspecialização em Psicopedagogia Clínica

Maria de Fátima Hammerschmidt

Professora de Matemática

Licenciatura em Matemática e Especialização em Gestão Escolar

Mariana da Silva Sales Professora de Ciências Licenciatura em Ciências Biológicas

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Pereira Especialização em Química, práticas em Ciências.

Monica Terezinha Vieira Cecato

Professora de Ciências Licenciatura em Biologia

Norton Nori Pooter Professor de Educação Física do Ensino Fundamental

Licenciatura em Educação Física e Especialização em Interdisciplinaridade na Escola

Patrícia Novack Professora de História e Ensino Religioso

Licenciatura em História e Especialização em História do Brasil

Ramiro de Oliveira Júnior

Prof. de Filosofia e Ensino Religioso

Licenciatura em Filosofia

Regiane Maria Ferreira dos Anjos

Professora de Ciências Licenciatura em Biologia e Especialização em Oficinas Naturais

Regiane Maria Pereira Barszcz

Professora de Geografia Licenciatura em Geografia e Especialização em Meio Ambiente Sociedade e Sustentabilidade

Roseli Aparecida Fedechem

Professora de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental

Licenciatura em Letras Português/Inglês e Especialização em Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa e Literatura

Selma Luzia Barause Helscher

Professora de Língua Estrangeira Moderna – Espanhol - CELEM

Licenciatura em Letras Português/Espanhol

Thaís Juliane Ferreira Professora de Língua Estrangeira Moderna – Inglês

Licenciatura em Letras Português/Inglês e Especialização em Magistério da Educação Básica

Vera Lucia da Silveira Professora de Sala de recursos

Licenciatura em História e Especialização em Educação Especial.

TÉCNICO ADMINISTRATIVO:

NOME CARGO/FUNÇÃO ESCOLARIDADEAlice Regina Galvão Nunes de Moraes

Agente Educacional I Ensino Médio completo

Claudia Rosa Benatto Diretora Licenciatura em Educação ArtísticaEspecialização em Arte – Expressão Corporal

Edinete T. Mocellin Balsanelli

Pedagoga Licenciatura em Pedagogia e Especialização em Psicopedagogia, PDE (2012)

Elisabeth de Lima Haisi Pinheiro

Agente Educacional I Ensino Médio completo

Janete do Bonfim Bertoja

Agente Educacional I Ensino Médio completo, Profuncionário

Leni De Souza Leal Agente Educacional II Acadêmica do curso de Ciências Contábeis

Raquel Costa Paulart Agente Educacional II Normal Superior , ProfuncionárioRoberta do Rosário Fila Secretária Normal Superior, Profuncionário

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Este Estabelecimento de Ensino possui sede própria, com seis salas de aula, uma

sala destinada para os professores realizarem hora-atividade e lanche, uma sala para o

laboratório de informática, uma sala adaptada para a sala de apoio e de recursos, uma

sala para direção e pedagoga, uma sala dividida entre a secretaria e a biblioteca, dois

banheiros para uso dos alunos (um masculino e um feminino), um banheiro para os

professores e uma cozinha.

É uma construção em alvenaria medindo 518,60 m2 de área construída e 232,80 m2

de pátio coberto e o terreno mede um total de 3.046,75 m2.

Recebe recursos financeiros do Governo do Estado e como complementação,

verbas arrecadadas pela APMF em festival de prêmios e ação entre amigos.

Os educandos que frequentam o Colégio Estadual São Pedro e São Paulo - Ensino

Fundamental e Médio estão na faixa etária entre 10 e 17 anos, sendo que um número

significativo deles mora próximo à instituição escolar, mas temos também adolescentes

que moram na zona rural e utilizam o transporte escolar para virem estudar.

Quanto ao grau de instrução, um número significativo dos pais dos educandos

frequentou a escola até a 4ª série do Ensino Fundamental, depois esses números vão

diminuindo em relação aos outros níveis de estudo, embora a pesquisa realizada

constatou um baixo número de analfabetos.

Segundo levantamento de dados, os pais trabalham fora, muitos empregados em

indústrias e em comércios. Alguns são aposentados ou autônomos, muitos trabalham na

lavoura com a agricultura de subsistência e a maioria das mães são diaristas, domésticas,

balconistas, professoras, entre outras profissões. A renda média da família declarada, fica

entre 2 a 3 salários mínimos.

O perfil dos educandos da instituição é composto, primordialmente, de pré-

adolescentes e adolescentes das classes populares. De acordo com o resultado da

pesquisa constatou-se que as famílias desfrutam de um certo conforto nas suas

residências e a grande maioria utiliza os meios de transportes públicos.

Como forma de lazer, as famílias visitam amigos e parentes, frequentam pesque

pague, jogam ou assistem futebol, participam de festas religiosas e eventos. Um número

significativo das famílias têm o hábito de ler.

Os alunos ocupam o tempo livre assistindo TV, andando de bicicleta, ouvindo

música, brincando com os amigos, lendo, praticando esportes, estudando, fazendo

pequenas tarefas em casa.

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2. OBJETIVOS GERAIS

A escola tem por finalidade:

• Propor uma prática educativa, política e social onde o educando, considerado um

sujeito histórico, possa construir conhecimentos para conquista da cidadania;

• Constituir na mobilização de um conjunto de sujeitos em torno de um projeto

comum, com um processo de apropriação da cultura, e por meio dela se produzir os

conhecimentos e se construir a cidadania (Balsanelli, 2012, p.15) ;

• Desenvolver nos educandos o espírito da criticidade, da autonomia, da

responsabilidade e da ética;

• Oportunizar a todos os segmentos da escola a discussão e vivência da gestão

democrática enquanto categoria política capaz de ressignificar a participação e a

autonomia;

• Primar pela qualidade de ensino através de discussões sistemáticas, cursos de

aperfeiçoamento e capacitação em serviço do corpo docente, garantia da universalidade e

gratuidade do ensino, democratização das relações, respeito pela diversidade cultural e

compromisso ético e político no processo de construção do conhecimento e emancipação

da cidadania.

O papel político e pedagógico que a escola cumpre no interior de uma sociedade historicamente situada, dividida em classes sociais, num modo de produção capitalista, reconhece a educação como um ato político e possui uma intencionalidade. Em contraposição, contribui para reforçar o modelo de sociedade, sua ideologia, a cultura e os saberes considerados relevantes para as classes dominantes ou para desvelar a forma como a escola se articula com a sociedade, num espaço emancipatório, construindo uma contra-ideologia, onde a cultura e os saberes dos grupos sociais dominados, os quais têm sua história negada, silenciada, distorcida, em constante diálogo com os saberes historicamente acumulados e sistematizados pela humanidade (BALSANELLI, 2012, p. 15-16 ).

3. MARCO SITUACIONAL

ANÁLISE DOS DADOS ESTATÍSTICOS DA ESCOLA

Analisando os dados estatísticos da escola em relação à aprendizagem:

Ano Histórico Ensino Fundamental Ensino Médio

2010 Taxa de aprovação 82,27% 95,90%

Aprovado por Conselho de Classe

21,80% 32,80%

Taxa de retidos 15,50% 4,10%

Taxa de evadidos 2,27% 0,00%

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2011 Taxa de aprovação 54,41% 49,48%

Aprovado por Conselho de Classe

23,37% 31,96%

Taxa de retidos 7,61% 4,12%

Taxa de evadidos 3,06% 2,06%

2012 Taxa de aprovação 57,71% 62,76%

Aprovado por Conselho de Classe

22,92% 21,28%

Taxa de retidos 11,86% 8,51%

Taxa de evadidos 0,00% 1,06%

Em relação ao IDEB;

Ano Local referência Resultado alcançado Meta

2007 Brasil 3,8 3,5

Paraná 5,2 5,0

Município 4,3 4,3

CESPSP 4,6 3,7

2009 Brasil 4,0 3,7

Paraná 4,1 3,5

Município 4,5 4,5

CESPSP 5,1 3,9

2011 Brasil 4,1 3,9

Paraná 5,2 5,7

Município 4,6 4,7

CESPSP 5,5 4,1

Em relação ao Prova Brasil;

Ano Escolas Pontos da escalaLíngua Portuguesa

Pontos da escalaMatemática

2007 Escolas do Brasil 228,93 240,56

Escolas do Paraná 235,71 252,18

CESPSP 258,08 278,19

2009 Escolas do Brasil 239,74 242,87

Escolas do Paraná 246,28 250,78

CESPSP 271,79 281,30

2011 Escolas do Brasil 238,74 244,74

Escolas do Paraná 243,19 251,93

CESPSP 281,96 296,21

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Em relação ao SAEP;

Ano/Série Escolas Pontos da escala Língua Portuguesa

Pontos da escala Matemática

2011 9º ano Estaduais do Paraná 241,40 248,94

Estaduais do NRE 239,46 246,34

Estaduais de Campo Largo 245,48 251,46

2011 3ª série CESPSP 268,32 279,35

Estaduais do Paraná 261,75 271,33

Estaduais do NRE 258,90 269,54

Estaduais de Campo Largo 263,43 275,81

CESPSP 311,72 321,73

FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS

A formação de cada profissional da educação acontece no Ensino Médio e ou

Graduação de acordo com a respectiva função e posteriormente, em reuniões reflexivas

para conhecimento das questões que envolvem o Colégio.

Já a formação continuada ocorre em reuniões com reflexão de temas emergentes

em relação à melhoria do processo ensino-aprendizagem, em cursos ofertados pelas

editoras, nas oficinas ofertadas pela SEED, cursos EAD, reuniões pedagógicas, Grupos

de Trabalho em Rede, na Semana Pedagógica, Formação em Ação, em instituições

públicas e privadas, nas quais são buscados conhecimentos para a prática dos

educadores.

ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO

A unidade escolar, na área acadêmica, funciona em dois turnos diurnos (manhã e

tarde), oferecendo a carga horária (mínima) de 800 h/anuais, ministradas em (no mínimo)

200 dias de efetivo trabalho escolar. Atende ainda, no turno intermediário V, uma turma de

CELEM – Espanhol.

A instituição educacional oferta os dois últimos níveis da educação básica, sendo

que o Ensino Fundamental (7º ao 9º anos), funciona pela manhã com três turmas e à

tarde com seis (6º ao 9º anos), em regime de progressão regular por ano, com duração de

quatro anos e o Ensino Médio tem três turmas somente no turno da manhã, com regime

de progressão regular por série, com duração de três anos.

Oferta ainda, Sala de Recursos Multifuncionais no período da manhã e Salas de

Apoio de Língua Portuguesa e Matemática nos períodos da manhã e da tarde.

Não há infraestrutura para atender os alunos com deficiências.

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É impossível imaginar alguma mudança que não passe pela formação de professores. Não estou a falar de mais um “programa de formação” a juntar a tantos outros que todos os dias são lançados. Quero dizer, sim, da necessidade de uma outra concepção, que situe o desenvolvimento pessoal e profissional dos professores, ao longo dos diferentes ciclos da vida. Necessitamos de construir lógicas de formação que valorizem a experiência como aluno, como aluno-mestre, como estagiário, como professor principiante, como professor titular e, até, como professor reformado. (NÓVOA, 1999, p. 18).

EQUIPAMENTOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS

A escola dispõe de 01 mesa de leitura, 02 câmaras fotográficas, 01 filmadora, 1

forno de micro-ondas, 03 arquivos de aço, 13 prateleiras de aço, 01 caixa de som, 14

ventiladores, 02 aparelhos de DVD, 02 armários de madeira, 10 armários de aço sendo 3

armário de aço com 16 portas, 04 impressoras, 01 mesa de sala de apoio com 10

banquetas, 01 roçadeira, 01 quadro branco, 05 telas retráteis, 01 aparelho telefônico, 01

mesa de tênis, 08 mesas de refeitório com 8 lugares, 01 bebedouro, 01 microscópio

biológico, 01 microscópio estereoscópio, 01 câmera, 06 mesas de professor, 01 prateleira

na cozinha, 208 conjuntos de carteira/cadeira, 01 conjunto de termologia, 01 conjunto de

leis de hom, 01 conjunto de óticas e ondas, 01 torso humano, 01 receptor de sinais de TV

via satélite, 01 amplificador, 01 antena parabólica, 16 mesas para computadores, 18

cadeiras estofadas sendo 12 cadeiras estofada giratória, 04 CPU, 17 monitores para

microcomputador, 17 teclado para microcomputador, 06 TV's, 06 rack para TV, 01 Projetor

Interativo Multimídia Arthur, 02 micro system, 02 freezeres, 01 estadiômetro portátil, 01

balança plataforma digital, 01 processador de alimentos, 02 mesas escrivaninha, 01 mesa

de reunião com 10 cadeiras, 01 liquidificador, 01 fogão a gás, 01 batedeira, 01 geladeira,

14 micro câmeras, cerca de 190 fitas de DVD e aproximadamente 2900 exemplares

disponíveis na biblioteca.

PARTICIPAÇÃO DOS PAIS

A participação dos pais ocorre no acompanhamento diário das atividades e

informações constantes nas agendas, em reuniões e em atendimento individualizado pela

diretora, pedagoga e professores.

Também participam em eventos promovidos junto com a APMF e o Grêmio

Estudantil (festival de prêmios, ação entre amigos e outros).

Pretende-se em todos os momentos, deixarmos claro que a Escola é um espaço

democrático e está aberto para qualquer esclarecimento.

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Se a escola e a família buscam ações coordenadas, os problemas são enfrentados e resolvidos. Os professores devem entender que a família contemporânea está organizada diferentemente das tradicionais, qual o papel dela na educação, como a família compreende a missão e as propostas da escola e como contribuir com ela.A dinâmica familiar mudou muito, com mais espaço para a expressão pessoal e para a autonomia de cada membro, não sendo fato recorrente de pouco envolvimento em questões escolares.A família e a escola compartilham a responsabilidade de educar, mas com objetivos, conteúdos e métodos diferentes. A escola é responsável pelo núcleo formal científico, formalizando os conhecimentos, ampliando-os, sistematizando-os e tornando-os comuns a todos e a família é convocada a participar, pois o conteúdo escolar é uma tarefa docente (BALSANELLI, 2012, p.27 ).

CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE (DISTÂNCIA

ENTRE DISCURSO E A PRÁTICA)

Apesar das iniciativas de se organizar para que o professor se mantenha

atualizado em relação às mudanças do ensino-aprendizagem ele ainda não se sente

seguro nas formas de avaliação, pois usa esta como controle de disciplina, depositando

toda a culpa do fracasso escolar no educando, sem rever sua prática pedagógica.

Os cursos e textos teóricos sobre educação, que servem de subsídios para

mudança de postura do educador em relação às aulas, pouco efeito têm, pois, as aulas

continuam, na maior parte do tempo, expositivas com situações que pouco exigem do

educando .

CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TURMAS

A organização e distribuição das turmas do Ensino Médio, leva em consideração

que a maior parte dos educandos trabalha ou estagia no período da tarde, portanto,

necessita estudar pela manhã.

O Ensino Fundamental, no período da manhã, atende educandos oriundos de

locais onde o transporte escolar só funciona neste horário e as demais vagas por ordem

de chegada, na época das matrículas. Os educandos que não se enquadram nesses

critérios são matriculados no período da tarde, e casos especiais são resolvidos

utilizando-se o bom senso.

O nosso Colégio é considerado reserva técnica, a fim de receber alunos

transferidos de outros colégios, municípios ou estados durante o ano letivo.

ORGANIZAÇÃO DA HORA/ATIVIDADE: PROBLEMAS E POSSIBILIDADES

A hora-atividade é organizada com o objetivo de atender às necessidades do

coletivo da escola. Não conseguimos deixar o horário da hora-atividade, de acordo com

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as sugestões do NRE AM/SUL, porque a maioria exerce suas funções em várias escolas,

situação acentuada com professores de Ensino Médio, por possuirmos apenas três

turmas, impossibilitando um padrão com 14 horas/aula para a maioria das disciplinas.

Ainda temos dificuldades em sensibilizar alguns professores sobre a importância de

reflexões desenvolvidas neste tempo (estudo de textos) e, também sobre a importância

da conquista dos 20% da carga horária, espaço de tempo a ser utilizado para organizar e

elaborar metodologias de ensino diversificadas e instrumentos de avaliação mais eficazes

e condizentes com a proposta pedagógica da instituição.

A ESCOLA NO ATUAL CONTEXTO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO E DO

MUNICÍPIO: PROBLEMAS E NECESSIDADES

O Colégio, inserido no contexto nacional, estadual e municipal, passa por grandes

problemas e tem necessidades vitais.

Inicia-se pelo espaço físico, não se dispõe de laboratório de

Ciências/Biologia/Física/Química, nem de espaço adequado para biblioteca e nem de

quadra poliesportiva.

Os alunos, na maioria, vêm de famílias onde o conhecimento científico só é

proporcionado na escola. Muitos, não têm percepção deste fato e, às vezes, até se

acomodam com o senso comum.

Os profissionais da educação participam do processo de construção do

conhecimento, a partir das experiências vivenciadas pelos alunos, mediando cada etapa,

até conseguir um aprimoramento.

Os grandes problemas se enquadram nos dois parágrafos anteriores, alunos sem

perspectivas e professores que não são mediadores, além, é claro, de um sistema que

não prioriza a educação.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

“A cidadania democrática pressupõe a igualdade diante da lei, a igualdade da participação política e a igualdade de condições sócio-econômicas básicas para garantir a dignidade humana” (BENEVIDES, 2005).

Pensar em uma sociedade democrática implica repensar, também em uma

educação democrática onde todos sejam tratados como sujeitos de direitos, respeitados

pela sua condição humana, independente de idade, etnia, sexo, religião, classe social,

ideologia política ou sendo portador de necessidades especiais.

A sociedade inclusiva tem como principal objetivo oferecer oportunidades iguais

para cada pessoa, por isso, deve ser democrática, reconhecendo todos os seres

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humanos como livres e iguais e com o direito a exercer sua cidadania.

Mas, para que uma sociedade se torne inclusiva, é preciso cooperar no coletivo

dos sujeitos que dialogam em busca do respeito, da liberdade e da igualdade. Não existe

possibilidade de exigir que a educação seja inclusiva quando nos deparamos

cotidianamente com formas excludentes de vida, derivadas do preconceito, discriminação,

marginalização e negligência política. É preciso aprender a conviver em sociedade e,

nesse sentido, a educação desempenha uma tarefa primordial.

Não podemos acreditar quem em pleno século XXI, assistimos de um lado o

avanço tecnológico, as mudanças no setor produtivo, a globalização da economia e de

outro o acirramento da questão social que vem aumentando a distância entre excluídos e

incluídos, trazendo desafios cada vez maiores para as políticas sociais. A inclusão do

cidadão não é papel para uma única política, mas de toda a sociedade, incluindo Estado,

terceiro setor, instituições públicas e privadas.

Nessa perspectiva, os educadores devem compactuar com uma tarefa complexa,

no sentido e compreenderem a maneira como se dá a organização da sociedade bem

como as políticas públicas que são pensadas e geridas no interior da mesma (são

expressões dela) e revertidas no cotidiano da escola.

Se, desejamos uma educação inclusiva, a escola não pode estar voltada para a

reprodução da lógica excludente capitalista que massifica, oprime e doutrina. O aluno, o

professor, o pedagogo, o diretor, os pais devem ser vistos como sujeitos históricos,

inseridos numa realidade que é antagônica, contraditória, excludente na qual a

democracia precisa ser apreendida e conquistada coletivamente, enquanto um projeto de

humanidade porque o indivíduo não existe no singular, quando se parte da premissa de

que ele está em constante interação com o outro e depende dessa relação para sua

sobrevivência.

O modo de educar não pode, portanto, negar o seu fim maior que é humanizar o

homem, pois se isso acontecesse não estaria sendo educativo. A educação é mediação e,

através dela, também nos fazemos humanos.

Desse modo, como viabilizar uma educação democrática e inclusiva na qual a

práxis pedagógica seja vista como prática humana, criadora e não reiterativa? De que

maneira o educador, na sua prática pedagógica, pode contribuir para diminuir a distância

entre os grupos excluídos e incluídos?

Acreditamos, nesse sentido, que a inclusão na esfera educacional, não pode ser

concebida, como tem acontecido atualmente, apenas com a inclusão da pessoa portadora

de necessidades especiais porque não é só ela que sofre a exclusão. O aluno que é

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desprovido dos bens materiais (carência econômica) também é excluído porque é

proveniente da camada subalternizada. O aluno negro é minoria em qualquer grau de

ensino. O aluno que não tem vez e voz no processo pedagógico também é marginalizado.

Nesse contexto, a inclusão precisa ser pensada a partir de todos os seus

determinantes: econômicos, sociais, culturais e políticos se pretendemos, enquanto

educadores, que a educação possa contribuir na construção de novo projeto de

sociedade mais justa, solidária, igualitária e democrática.

Portanto, o Colégio São Pedro e São Paulo tem realizado alguns avanços em

relação à inclusão escolar, pois desde o ano de 2006, implantou a Sala de Apoio com o

objetivo de suprir a defasagem do ensino-aprendizagem de séries anteriores nas

disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática e a Sala de Recursos Multifuncionais com

o objetivo de atender os alunos com necessidades especiais e distúrbios/transtornos de

aprendizagem. Se pretende ampliar a oferta do atendimento educacional especializado

aos alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades

ou superdotação, matriculados na rede pública de ensino regular.

Oferece, também, recuperação paralela procurando respeitar o tempo de

aprendizagem do educando e dessa forma evitar a segregação entre os mais aptos e

menos aptos.

Quanto ao ensino de História e Cultura Afro-Brasileira na Educação Básica, desafio

que tem se posto diante da Lei Federal no. 10.639/2003 que estabeleceu a sua

obrigatoriedade. Essa intervenção almeja ser direcionada neste Projeto Político

Pedagógico, medidas de acompanhamento e avaliação das concepções, posturas e

práticas dos professores(as) e alunos(as), pois a educação constitui-se em um dos

principais ativos e mecanismos de transformação de um povo e é papel da escola, de

forma democrática e comprometida com a promoção do ser humano na sua integralidade,

estimular a formação de valores, hábitos e comportamentos que respeitem as diferenças

e as características próprias de grupos e minorias. Assim, a educação é essencial no

processo de formação de qualquer sociedade e abre caminhos para a preparação da

cidadania de um povo.

O acompanhamento para o cumprimento da Lei citada anteriormente, é feito pela

Equipe Multidisciplinar (atendendo ao CERDE), que é uma instância de organização do

trabalho escolar, coordenada por uma pedagoga, na qual participam um agente

educacional, um representante das instâncias colegiadas, um professor da área de

Humanas, um da área de Exatas e um da área Biológica. Tem como finalidade orientar e

auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais

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(ERER) e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena ao longo do

período letivo. Devem elaborar um Plano de Ação e incorporá-lo ao PPP e legitimá-lo pelo

Regimento Escolar.

4. MARCO CONCEITUAL

O desenvolvimento e a complexidade das relações sociais, econômicas, políticas e

culturais na atualidade, impõem à escola a função de propiciar o desenvolvimento integral

do educando, possibilitando que o mesmo seja autônomo, capaz de exercer sua

cidadania, compreender e intervir na realidade, visando o bem estar do homem, no plano

pessoal e coletivo, contribuindo para a construção de uma sociedade democrática, justa,

igualitária.

A sociedade como

Aquela que considera o homem na sua totalidade, vinculado como cidadão do universo, que promove o desenvolvimento da democracia e da liberdade humana, que repudie projetos políticos tiranos, que construa uma pedagogia crítica direcionada para a maioria, que permita desvendar a realidade social, que incorpore os avanços da ciência e da tecnologia a serviço desse homem, que democratize as relações no interior da escola, que resgate a dignidade do educador, que supere o caráter discriminatório e seletivo, que realize uma prática pedagógica escolar que articula a escola como lugar de saber e que garanta uma qualidade que permita ao homem ser mais homem (BALSANELLI, 2012, p. 14 ).

A educação deve ser considerada como processo para o desenvolvimento humano

integral, instrumento gerador das transformações sociais. É base para aquisição da

autonomia, fonte de visão prospectiva, fator de progresso econômico, político e social. É

elemento de integração e conquista do sentimento e da consciência de cidadania.

A escola, como instituição organizada no seio da comunidade social, deve ser

transformadora, emancipadora , espaço para socialização e construção do conhecimento,

exercício da cidadania, valorizando a cultura, o trabalho, o desenvolvimento e a pesquisa.

Isto coloca a instituição escolar à mercê de questionamentos profundos, apontando as

mudanças necessárias para atender aos desafios que se impõem.

A instituição escolar existe em uma sociedade concreta, situada historicamente e,

em face da existência objetiva do saber, tem como função a sua apropriação/transmissão,

caracterizando desta forma a sua especificidade, diferente das demais instituições. A ela

cabe a organização de atividades para lidar com o saber sistematizado que, como parte

da herança cultural, tem que ser adquirido de modo não espontaneísta, e transmitido de

forma o mais democrática possível.

A organização escolar e sua prática pedagógica deverão ter clareza sobre a

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realidade que permita a superação do senso comum para formulações mais elaboradas e

organizadas. O horizonte do trabalho escolar deve compreender os conteúdos básicos

que permitam assegurar a qualidade da prática educativa nas dimensões cultural, política

e social.

A tarefa da educação será a de viabilizar o acesso ao conhecimento sistematizado e

historicamente acumulado, esse bem cultural que, por sua vez, deve ser crítico,

construtivo , duradouro e peça-chave tanto para a formação do cidadão, quanto para sua

inserção no mercado de bens de consumo. Desse modo, o conhecimento não é neutro,

não é fragmentado e não pode ser separado do contexto social. Assim sendo, tem-se

claro o tipo de homem que queremos formar: indivíduo crítico , consciente e que seja

capaz de atuar na superação das desigualdades sociais e contribuir para uma sociedade

democrática, justa e igualitária.

A palavra infância é considerada por muitos dicionários de Língua Portuguesa,

como o período de crescimento que vai do nascimento até o ingresso na puberdade, por

volta dos doze anos de idade. A infância também pode ser compreendida como período

que se inicia logo após o nascimento e que é marcado pelo grande desenvolvimento físico

de altura e peso especialmente nos três primeiros anos de vida e que ocorre também

durante a puberdade. Neste período, o ser humano desenvolve-se psicologicamente,

envolvendo graduais mudanças de comportamento e bases para compor sua

personalidade. O Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) considera criança a

pessoa com até doze anos incompletos de idade; e adolescente entre os doze e dezoito

anos de idade.

Embora alguns historiadores considerem que a infância seja uma invenção da

sociedade, a exemplo do historiador francês Philippe Ariès(1978) que afirmou que a

infância foi uma invenção da modernidade, constituindo-se uma categoria social

construída recentemente na História da humanidade, pode-se considerar que a infância

muda com o tempo e com os diferentes contextos sociais , econômicos , geográficos, e

até mesmo com as peculiaridades individuais. Desta forma explica-se que as crianças de

hoje não são exatamente iguais as do passado e nem serão idênticas as do futuro,

necessitando de atendimento específico para as suas necessidades e anseios para

atender suas peculiaridades. Antes eram vistas como “tabula rasa”, “adulto em miniatura”,

“filhas do pecado”,entre outras, porém houve uma transformação, e a família tornou-se

lugar de afeição necessária entre os cônjuges e entre pais e filhos, o que antes não

existia. Passando assim a criança de um lugar sem importância para ser o centro da

família.

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Hoje a criança é vista como um sujeito que possui direitos, sendo respeitadas bio-

psico-socialmente em suas necessidades físicas, cognitivas, psicológicas, emocionais e

sociais de forma integral.

A adolescência é vista como fase do desenvolvimento humano que marca a

transição entre a infância e a idade adulta. Nesta fase percebe-se inúmeras alterações

(transformações) em diversos níveis: físico-mental e social, e representa para o indivíduo

um processo de distanciamento de comportamentos e privilégios típicos da infância e de

aquisição de características e competências que os ofereça condições de assumir os

deveres e papéis sociais do adulto. Tais alterações atingem no nível de relacionamento

interpessoal, familiar, escolar e social. Durante a adolescência é realizado um percurso

em busca de sua identidade, o qual é marcado por período de algumas dificuldades de

auto-conhecimento e contestação. Conflitos e significações são próprios desta idade.

Com a nova adequação das Escolas para o Ensino de nove anos, elas receberão

alunos mais novos, com particularidades construídas a partir de suas experiências com

mais um ano de escolarização e que necessitarão de encaminhamentos pedagógicos

coerentes com suas necessidades e possibilidades de aprendizagem.

Tais possibilidades e necessidades de aprendizagem são advindas do processo de

alfabetização e exigências do mundo contemporâneo, que é visto como constantes ao

longo da vida.

A alfabetização entendida como processo pelo qual se adquire o domínio de um

código e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja, o domínio da tecnologia,

do conjunto de técnicas para exercer a arte da escrita formal. Já o letramento

compreende apropriação do conjunto de técnicas para alfabetização quanto ao convívio e

ao hábito de utilização da leitura e de escrita para responder essas exigências que a

sociedade continuamente necessita.

A criança e o adolescente que tem contato com uma variedade de gêneros textuais

escrito, desenvolve um nível de letramento superior, cabendo assim a Escola oportunizar

uma diversidade textual diariamente para que este contato com o mundo letrado se

expanda, compondo o aluno de atributos necessários para formação de um cidadão

capaz de compor uma sociedade melhor, mais justa e harmoniosa.

O grande desafio que se coloca aos educadores é dar conta do ensino e eleger o

conhecimento essencial do acessório, visto que políticas educacionais brasileiras que

tornaram possível uma indiscutível ampliação numérica das oportunidades, não

garantiram, apesar do tom democratizante dos textos legais, a socialização do ensino que

se concretiza também pela qualidade da educação.

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A instituição escolar, com seus valores, seus métodos, seus critérios, sua didática e

sua organização podem concretizar uma prática progressista ou conservadora e, deste

modo, pode ou não tornar o ensino democratizante.

Isso significa enfrentar o desafio de derrubar a postura reprodutivista, marcada por

aulas repetitivas, perdidas na mera transmissão, nas aulas que ensinam a copiar, na

transmissão decorada dos cursinhos de vestibular e nos treinamentos que reduzem todos

a meros objetos de aprendizagem.

Hoje, a produção de conhecimentos constitui a mais decisiva oportunidade de

desenvolvimento, traduzida pelo capital intelectual. Porém, o desafio também é de

natureza pessoal. Ressalta-se o papel da cidadania, que significa a relevância do sujeito

como cidadão crítico e criativo. Assim, educação e conhecimento aparecem como

lacunas mestras do eixo transformação produtiva com equidade.

Trata-se, portanto, da necessidade de uma educação de qualidade que reconheça a

importância do conhecimento para a conquista da cidadania e também do esclarecimento

de que o manejo e produção são os instrumentos primordiais da cidadania que levam a

rever radicalmente, a proposta educacional vigente.

Segundo Demo (1994, p.13)

Como regra, pratica-se a didática marcada pelo mero ensino e pela mera aprendizagem. De um lado, aparece um pretenso sujeito, chamado professor, que apenas ensina, no sentido surrado de copiador de cópias, já que definido como ministrador de aulas, sem qualquer compromisso construtivo. (...). De outro lado, aparece um típico objeto de aprendizagem, o aluno cuja função é ser cópia da cópia. O sistema educacional permanece, em sua maior parte, um sistema de treinamento subalterno para gente subalterna, desvinculado do aprender a aprender e do saber pensar. Com isto, não emerge aí a qualidade buscada (DEMO, 1994, p.13).

Falar sobre atitudes perante o conhecimento significa considerar que essas serão

transferidas a outros contextos institucionais e sociais, visto que a escola representa a

primeira instituição formal e burocrática a que se incorporam os educandos, além da

família. As crenças, valores e preferências, com o tempo, são generalizadas a outras

áreas de vida.

A educação, num sentido amplo, desenvolve e cumpre uma função de socialização,

em particular a de humanização do homem. Pensando dessa maneira, entende-se que a

escola, enquanto instituição, não pode abrir mão ou se descomprometer com a

preparação e formação das novas gerações no que se refere a sua participação no mundo

do trabalho e sua intervenção na vida pública, apesar de não ser a única instituição

responsável por tal tarefa.

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No entanto, a preocupação está em analisar como essa função é desenvolvida,

quais os procedimentos e objetivos inerentes a esse processo de socialização.

Não se pode negar que a escola, durante muito tempo, exerceu uma função

reprodutora, introduzindo nos alunos, de maneira explícita ou não, ideias, conhecimentos,

concepções, valores que vêm legitimar e consolidar os ideais da classe hegemônica, ou

seja, a ordem neoliberal estabelecida. Dentro dessa lógica houve a primazia do

econômico e o mercado é quem determina o espaço legítimo do Estado.

Essas ideias são vinculadas à prática educativa através de princípios individualistas

e competitivistas, onde a falta de solidariedade e de igualdade de oportunidades vêm

reforçar a sociedade desigual e discriminatória dos tempos atuais, direcionando a forma

de ser, pensar e agir da humanidade.

Nesse sentido, os conhecimentos transmitidos pela escola reproduzem os valores,

crenças, as ideias, a cultura do mundo da classe capitalista, não havendo espaço para a

educação das classes trabalhadoras, pois estas não encontram na escola um saber que

seja pertinente com sua realidade e necessidade e, com isso, a linguagem burguesa da

escola reforça as desigualdades existentes, através do fracasso e da exclusão escolar dos

alunos da classe trabalhadora.

...de uma perspectiva idealista, habitualmente hegemônica na análise pedagógica do ensino, geralmente se descreveu a escola e suas funções sociais, o processo de socialização das gerações jovens, como um processo de inculcação e doutrinamento ideológico. Dentro desta interpretação idealista, a escola cumpre a função de impor a ideologia dominante na comunidade social mediante um processo mais ou menos aberto e explícito de transmissão de ideias e comunicação de mensagens, seleção e organização de conteúdos de aprendizagem. Dessa forma, os alunos/as, assimilando os conteúdos explícitos do currículo e interiorizando as mensagens dos processos de comunicação que se ativam na aula, vão configurando um corpo de ideias e representações subjetivas, conforme as exigências do status quo, a aceitação da ordem real como inevitável, natural e conveniente (GÓMEZ; SACRISTÁN, 1998, p.17).

Nesse contexto reprodutor, a formação humana dos educandos fica atrelada a uma

participação passiva, ingênua e alienadora. Entretanto, esse processo não ocorre

linearmente, uma vez que é marcado por contradições e resistência.

Assim, sua função educativa na sociedade pós-industrial contemporânea deve

provocar e facilitar a reconstrução do conhecimento e das atitudes, através de uma prática

diversificada, fazendo com que a formação dos educandos não se restrinja apenas aos

aspectos cognitivos, mas ao desenvolvimento das habilidades e competências, de

padrões de conduta e atitudes para que os mesmos possam refletir sobre as informações

recebidas na escola, na família, pelos meios de comunicação, reelaborando-as.

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Isso não ocorrerá somente através da transmissão e troca de ideias, mas mediante

relações sociais estabelecidas no ambiente escolar, na sala de aula, na sociedade, que

requeiram esses novos modos de pensar e agir, isto é, através da adoção de práticas e

atitudes que primem pela solidariedade, pelo respeito, pela colaboração, pelo diálogo.

“Apenas vivendo de forma democrática na escola, pode se aprender a viver e sentir democraticamente na sociedade, a construir e respeitar o delicado equilíbrio entre a esfera dos interesses e necessidades individuais e as exigências da coletividade.” (GÓMEZ; SACRISTÁN,1998,p.26).

A transformação das práticas pedagógicas e sociais na instituição escolar, bem como

das funções e formação dos educadores, é o ponto-chave para que este projeto se

efetive. Os professores são atores que enfrentam e sofrem as mudanças sociais que vêm

transformando o seu trabalho e causando, como diz Esteve, 1987, um mal-estar docente.

Apesar dos professores não serem responsáveis por essas mudanças, precisam

encontrar novas saídas, dar novas respostas às novas interrogações que se fazem

presentes no âmbito escolar, repensando o seu papel como professores.

“É preciso evitar o desajustamento e a desmoralização do professorado, bem como o crescente mal-estar docente, pois um ensino de qualidade torna-se cada vez mais imprescindível.” (NÓVOA, 1995, p.98)

Em grande parte, a realidade de nossas escolas continua dominada pela cultura

pedagógica tradicional, onde a preocupação docente está centrada nos conteúdos

disciplinares, em seus aspectos quantitativos, fragmentados e insignificantes e as

atividades são desenvolvidas de maneira mecânica, repetitiva e massificadora. O que

encontramos são alunos desmotivados, que não conseguem criar, mas apenas reproduzir

modelos apresentados, isto é, não aprendem a pensar por si mesmos, deixando de

apropriarem-se de suas próprias vivências e exercitarem sua autoria.

O descomprometimento do corpo docente, a ausência da participação de debates a

respeito das políticas públicas, a desqualificação profissional são, em geral, fatores que

contribuem para práticas excludentes e seletivas. Desse modo,“se a exclusão é realizada

pela escola, ela, certamente ocorre, em boa parte, através daquilo que os professores

fazem” (GENTILI,1999,p.29). Nesse sentido, entende-se que é necessário haver uma

mudança na educação dos alunos, em especial os da escola pública, temos que ver os

professores como agentes dessa mudança. Portanto, a competência técnica e o

compromisso político dos educadores é que vai produzir os resultados esperados,

“sem compreender o que se faz, a prática pedagógica é mera reprodução de hábitos existentes ou respostas que os docentes devem fornecer às demandas e

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ordens externas” (GÓMEZ; SACRISTÁN, 1998, p.90).

A instituição escolar precisa fortalecer sua estrutura entendendo sua ação como um

processo, uma prática coletiva, democrática, libertadora e crítica. Para que isso se realize

o primeiro caminho indispensável à solução de problemas que a educação brasileira

enfrenta, é a democratização da própria escola, entendida como uma mudança nas

relações estabelecidas, na sua estrutura interna, de maneira a possibilitar que todos os

envolvidos (professores, pais, alunos) possam ter uma participação ativa no planejamento,

na execução e na avaliação de suas propostas, contribuindo para a democratização da

sociedade.

Pensar em uma gestão democrática implica refletir sobre a importância de

ressignificar a expressão não como instrumento técnico e administrativo, mas enquanto

categoria política comprometida com uma relação horizontal entre todos os que ocupam o

espaço escolar, no sentido de defender uma forma coletiva de gestão em que as decisões

são partilhadas.

A gestão democrática é um processo político através do qual decisões são

tomadas no dia-a-dia da escola, encaminhamentos são definidos, ações são executadas,

acompanhadas, fiscalizadas e avaliadas de maneira coletiva, contando com todas as

pessoas que participam da vida escolar.

Deve ser entendida como processo de aprendizado e de luta política que não se

circunscreve aos limites da prática educativa, mas vislumbra, nas especificidades dessa

prática social e de sua relativa autonomia, a possibilidade de criação de canais de efetiva

participação e de aprendizado do jogo democrático e, consequentemente, do repensar

das estruturas de poder autoritário que permeiam as relações sociais e, no seio dessas,

as práticas educativas.

Os princípios que norteiam a gestão democrática são: autonomia, participação e

descentralização.

A autonomia não pode ser entendida apenas como autonomia financeira. Tem de

ser política, como condição democrática e fortalecimento do poder local e da

individualidade das escolas. Não podemos separar a ideia de autonomia de sua

significação política e econômica, isto é, capacidade de decidir, dirigir, controlar, de auto-

governar-se, de ser plenamente cidadão. A autonomia na escola só ganha relevância se

significar autonomia da tarefa educativa. É algo que se põe com relação à liberdade de

formular e executar um projeto educativo.

A participação não deve ser representativa. Participamos para mudar, para pode

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pertencer.

A participação nas decisões coletivas pressupõe a conquista da cidadania, onde os

sujeitos evoluem de uma condição de passividade para uma posição de construtores da

história. Portanto, a participação no âmbito educativo deve ser pensada enquanto

aprendizado, processo, construção coletiva. Os canais existentes dentro da escola que

viabilizam a participação da comunidade (pais, professores, alunos e funcionários) devem

buscar estabelecer relações de horizontalidade a fim de legitimar a verdadeira

democracia. Não deve ser instrumento de capitação e de arrecadação financeira. Como

parte da autonomia da escola, a comunidade escolar, em conformidade com a legislação

vigente, concorda com a realização de estágio para alunos do Ensino Médio cadastrados

junto à entidades que oferecem.

Descentralização é diferente de desconcentração.

“a desconcentração apenas muda o lugar da decisão centralizada, permitindo que ela seja tomada fora do centro, mas por este predeterminada. A descentração (descentralização) implica um deslocamento do “lócus” decisório, rompendo com a hierarquia existente (Pensar em uma gestão democrática implica refletir sobre a importância de ressignificar a expressão não como instrumento técnico e administrativo, mas enquanto categoria política comprometida com uma relação horizontal entre todos os que ocupam o espaço escolar, no sentido de defender uma forma coletiva de gestão em que as decisões são partilhadas (WITTMANN 2000, p.92).

A gestão democrática é um processo político através do qual decisões são

tomadas no dia a dia da escola, encaminhamentos são definidos, ações são executadas,

acompanhadas, fiscalizadas e avaliadas de maneira coletiva, contando com todas as

pessoas que participam da vida escolar.

Deve ser entendida como processo de aprendizado e de luta política que não se

circunscreve aos limites da prática educativa, mas vislumbra, nas especificidades dessa

prática social e de sua relativa autonomia, a possibilidade de criação de canais de efetiva

participação e de aprendizado do jogo democrático e, consequentemente, do repensar

das estruturas de poder autoritário que permeiam as relações sociais e, no seio dessas,

as práticas educativas.

Os princípios que norteiam a gestão democrática são: autonomia, participação e

descentralização.

A autonomia não pode ser entendida apenas como autonomia financeira. Tem de

ser política, como condição democrática e fortalecimento do poder local e da

individualidade das escolas. Não podemos separar a ideia de autonomia de sua

significação política e econômica, isto é, capacidade de decidir, dirigir, controlar, de auto-

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governar-se, de ser plenamente cidadão. A autonomia na escola só ganha relevância se

significar autonomia da tarefa educativa. É algo que se põe com relação à liberdade de

formular e executar um projeto educativo.

A participação não deve ser representativa. Participamos para mudar, para pode

pertencer.

A participação nas decisões coletivas pressupõe a conquista da cidadania, onde os

sujeitos evoluem de uma condição de passividade para uma posição de construtores da

história. Portanto, a participação no âmbito educativo deve ser pensada enquanto

aprendizado, processo, construção coletiva. Os canais existentes dentro da escola que

viabilizam a participação da comunidade (pais, professores, alunos e funcionários) devem

buscar estabelecer relações de horizontalidade a fim de legitimar a verdadeira

democracia. Não deve ser instrumento de capitação e de arrecadação financeira. Como

parte da autonomia da escola, a comunidade escolar, em conformidade com a legislação

vigente, concorda com a realização de estágio para alunos do Ensino Médio cadastrados

junto à entidades que oferecem.

Descentralização é diferente de desconcentração.

... a desconcentração apenas muda o lugar da decisão centralizada, permitindo que ela seja tomada fora do centro, mas por este predeterminada. A descentração (descentralização) implica um deslocamento do “lócus” decisório, rompendo com a hierarquia existente ( WITTMANN, 2000, p.92).

Deve ser entendida como uma efetiva partilha de poder entre Estado e as

coletividades locais e implica a autogestão local, ou seja, é a transferência de poder

central para outras instâncias de poder, constituindo um processo de reordenamento das

relações.

Deve ser entendida como uma efetiva partilha de poder entre Estado e as

coletividades locais e implica a autogestão local, ou seja, é a transferência de poder

central para outras instâncias de poder, constituindo um processo de reordenamento das

relações.

Segundo ANDRADE, 2004,p.17, a gestão representa uma mudança radical de

postura, um novo enfoque de organização, um novo paradigma de encaminhamento das

questões escolares, ancorados nos princípios de participação, de autonomia, de

autocontrole e de responsabilidade. A partir desta, surge um novo perfil de dirigente, com

formação e conhecimentos específicos para o cargo e a função de diretor-gestor, que

implica na efetivação de novos processos de organização baseados em uma dinâmica

que favoreça os processos coletivos e participativos de decisão.

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Paralelamente a essa questão, salienta-se a importância da escola rever sua

prática educativa no que diz respeito à maneira como está ensinando seus alunos a

pensar. As crianças necessitam de modelos tanto na racionalidade como no crescimento.

Se os educadores desejam formar cidadãos críticos, não podem privar-se de uma ação

crítica e reflexiva. Como se pode desenvolver a criticidade, o diálogo, o questionamento, a

autonomia, se os educadores não tiverem essa prática diária? Como se pode exigir dos

alunos um pensamento investigativo, criativo, se não forem desenvolvidas estas

habilidades e competências? Como educar para a cidadania se os educadores estiverem

despreocupados em formar a pessoa com a mais ampla liberdade de escolha para

melhorar a si e a sociedade?

Outra tarefa desafiadora que se coloca à instituição escolar é fazer com que os

alunos possam, além de pensar por si mesmos, pensar coletivamente, respeitando os

diferentes pontos de vista, partilhando experiências e descobertas e construindo o

conhecimento de maneira interativa.

É o que Matthew Lipman chama de comunidade de investigação.

Podemos, portanto,falar em converter a sala de aula em uma comunidade de investigação, na qual os alunos dividem opiniões com respeito, desenvolvem questões a partir das idéias dos outros, desafiam-se entre si para fornecerem razões a opiniões até então não apoiadas, auxiliarem uns aos outros ao fazer inferências daquilo que foi afirmado e buscar identificar as suposições de cada um! (LIPMAN,1995,p.31).

Pensar a educação dessa maneira é entendê-la como prioridade no que se refere ao

preparo de uma nova cidadania, capaz de enfrentar as mudanças tecnológicas e

produtivas bem como suas consequências nos aspectos éticos, sociais e políticos.

Acredita-se, portanto, que a educação é política e, desta forma, é preciso ter clareza

do projeto político que ela defende.

“... antes de pensarmos em formar profissionais de ensino é preciso que saibamos que modelos sociais iremos transmitir, que conteúdos estamos veiculando, que classe estamos defendendo, de que ponto de vista estamos pensando a educação: do ponto de vista do povo ou do sistema?”(GADOTTI,1988, p.140).

Desse modo, para enfrentar essas novas necessidades e novas situações é

necessário rever o próprio sentido da educação, visando a formação de um professor

reflexivo que adote uma nova epistemologia, onde o conhecimento passa a ser visto

como resultado de uma ação carregada de uma teoria que o fundamente, com fruto de

interações e mediações. O conhecimento não é dado, repassado de forma estanque, mas

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é construído nas dinâmicas das relações sociais e educativas. Esse movimento, que prima

pelo professor intelectual, deve conduzir à autonomia emancipadora e à prática reflexiva.

“Toda práxis é atividade, mas nem toda atividade é práxis” (VÀZQUEZ,1977, p.185).

Esta tese afirma que a prática pedagógica pode assumir duas direções; uma a favor da

reprodução/alienação e a outra a favor da inovação, da transformação/libertação. Se a

primeira caracteriza-se pela ausência de atividade consciente, a segunda tem como

fundamento um alto grau de consciência da práxis. A prática pedagógica, portanto, pode

ser concebida como prática repetitiva ou prática pedagógica reflexiva.

A prática pedagógica repetitiva não estabelece relações entre teoria e prática, entre

sujeito e objeto e trabalha com modelos prontos. O conhecimento é fragmentado e as

possibilidades de se introduzir o novo são limitadas. O professor fica amarrado na

burocracia, na rigidez e no controle, tornando-se alienado em seu próprio trabalho por falta

de uma consciência clara do que faz.

Já na prática pedagógica reflexiva, há a relação dialética entre teoria e prática e o

conhecimento deixa de ser dicotomizado. O professor é consciente e é movido pela

inquietação, pela dúvida, pela descoberta. A prática reflexiva é crítica e produz

transformações na realidade. É uma opção madura à luz da reflexão-ação-reflexão

(SCHÖN, 1992). A prática pedagógica reflexiva caracteriza-se pelo seu caráter

emancipatório e como fonte geradora de conhecimento.

Assim, percebe-se que, na maioria das vezes, os professores têm desenvolvido uma

prática utilitária e repetitiva, cuja lógica racionalista impede aos mesmos de pensar

reflexivamente sua ação pedagógica.

Esse processo faz o profissional progredir na sua forma de conhecer, ajudando nas

ações futuras e na resolução de novos problemas.

Ao proporcionar aos educandos um espaço para investigar o saber, o agir e o

pensar, o professor possibilita a crítica da cultura em que vivemos e, por meio da

compreensão instiga o desenvolvimento do pensamento crítico.

Se faz, pois, imprescindível que a escola assuma seu papel nesse processo,

preparando educandos para o exercício consciente e responsável da vida democrática e

minorando os efeitos sociais do fato de toda uma geração ter sido educada para a

passividade e o embotamento do pensamento crítico, ético, cuidadoso e comprometido.

Portanto, o papel que o professor assume neste contexto de mudanças é ponto

nodal para o entendimento da urgência e necessidade de se refletir sobre a prática

pedagógica, buscando e traçando um novo perfil profissional, ou seja, um professor

reflexivo com competências e habilidades que venham instigar uma nova educação, onde

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o professor não domine somente a técnica, mas principalmente, tenha o compromisso

político e assuma seu papel de intelectual transformador.

A avaliação educacional é uma prática inerente ao processo pedagógico

constituindo-se em uma ferramenta imprescindível no processo de ensino-aprendizagem.

Avalia-se para detectar problemas e entraves e para definir prioridades. Avalia-se

para descobrir o que já foi feito e o que falta a fazer. Avalia-se para estabelecer novas

metas ou objetivos. Avalia-se para que o aluno possa aplicar os seus conhecimentos

disciplinares em situações reais.

Nesse sentido a avaliação educacional é um instrumento de análise permanente do

processo pedagógico que possibilita e indica ações e ajustes no encaminhamento do

trabalho, a fim de garantir o aprimoramento constante do processo ensino-aprendizagem.

Para que a avaliação realizada expresse os princípios filosóficos que sustentam o

plano curricular, é necessário o estabelecimento de critérios claros e decorrentes de

conteúdos significativos. Estes critérios fazem parte do planejamento de todos os

professores, independente da área de conhecimentos que atue. Assim, a avaliação nas

diferentes áreas do conhecimento tem a função de obter informações relevantes do

processo escolar, a fim de permitir que as ações educativas não se afastem do projeto

pedagógico a que o currículo se propõe.

A compreensão do desenvolvimento do aluno, nesta perspectiva, poderá sugerir

estratégias de recuperação muito mais ricas do que a mera repetição de conteúdos não

dominados, uma vez que permita planejar atividades interdisciplinares, considerando a

interseção entre as áreas do conhecimento.

É preciso, então, que todo processo avaliativo se transforme em exercício crítico

de reflexão e pesquisa em sala de aula, conscientemente vinculado à concepção de

ensino, que permeia a prática pedagógica e, consequentemente, ao conhecimento

metodológico.

A avaliação deve ser considerada sobre dois aspectos: o nível de

desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial do aluno.

O professor ciente destas dimensões no processo de avaliação pode interagir na

apropriação do conhecimento, pelo aluno, não se restringindo somente em identificar as

dificuldades ou os critérios de aquisição de conhecimento.

Constitui-se, portanto, em um processo e não em um produto com um fim em si

mesmo, contribui, numa perspectiva dialética, para a qualidade do ensino, para a

formação integral de aluno para que o mesmo possa fazer uso dos conhecimentos

construídos em sala de aula na resolução dos problemas cotidianos . Dessa forma, a

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avaliação assume características epistemológicas, ou seja, está calcada em uma

proposta de educação enquanto prática de liberdade, de emancipação, de autonomia e

não enquanto mera reprodução, cópia, transmissão de conhecimento através de práticas

avaliativas reiterativas e domesticadoras.

Uma avaliação emancipadora acredita no desenvolvimento máximo possível do

educando apostando na aprendizagem em detrimento da memorização, na compreensão

do conteúdo em detrimento de notas altas, no questionamento em detrimento da

obediência, na participação em detrimento da passividade.

Esse novo paradigma da avaliação educacional enseja que tanto o aluno quanto o

professor sejam educados a partir de uma nova racionalidade para que algumas questões

possam ser respondidas em relação à práticas avaliativas, realizadas nas salas de aula:

Os alunos desenvolvem-se ética e intelectualmente?

Estão ativos, curiosos, felizes nesse ambiente?

Quais são seus avanços e suas conquistas ?

Que oportunidades de refletir sobre a vida a escola lhe oferece?

Que projeto de vida eles enunciam?

Em que medida os seus projetos se tornam possíveis?

Esses questionamentos precisam estar presentes desde a elaboração dos

currículos, dos planos de ensino, dos planos de trabalho docente até o momento da

avaliação educacional para que práticas avaliativas opressoras, massificadoras e

alienantes sejam rechaçadas.

“Um educador, que se preocupe com que a sua prática educacional esteja voltada para a transformação, não poderá agir inconsciente e irrefletidamente. Cada passo de sua ação deverá estar marcado por uma decisão clara e explícita do que está fazendo e para onde possivelmente está encaminhando os resultados de sua ação. A avaliação, neste contexto, não poderá ser uma ação mecânica. Ao contrário, terá de ser uma atividade racionalmente definida, dentro de um encaminhamento político e decisório a favor da competência de todos para a participação democrática da vida social”. (LUCKESI,2005, p.46).

Desse modo, a avaliação escolar deve se constituir em um fator retroalimentador

do processo de ensino-aprendizagem onde o fracasso escolar e o erro do aluno sejam

vistos com um novo olhar porque os percursos dizem muito mais sobre o

desenvolvimento de habilidades e competências do que as respostas.

Assim, faz-se necessário uma avaliação mediadora que seja diagnóstica,

acompanhando todo o processo de construção de conhecimento, formativa, visando uma

ação educativa e contínua através de uma análise processual numa perspectiva de

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acumular informações. O diferencial está no tratamento com o conhecimento, pois ele

passa a ser dialogado, reflexivo, pesquisado e questionado.

Essas categorias fornecem à avaliação educacional a oportunidade de oferecer

informações fundamentais para o processo de tomada de decisões, melhorando o

processo de ensino-aprendizagem. Para que isso aconteça, segundo Luckesi (2001), é

importante ter claro três disposições:

a) Disposição de acolher: acolher a situação da forma como se apresenta, ou seja,

acolher o aluno no seu modo de ser.

b) Disposição de diagnosticar: constatação, qualificação do objeto da avaliação.

c) Disposição de decidir: o que fazer com os dados coletados? Como melhorar a

situação inicial apresentada?

Não se trata de reprovar ou aprovar o aluno, mas de orientar permanentemente o

seu desenvolvimento para que o mesmo possa superar suas dificuldades num ambiente

acolhedor onde o mesmo seja reconhecido enquanto sujeito do processo pedagógico.

Novas questões são apresentadas:

Como organizar a ação pedagógica para que:

- atenda à diversidade dos alunos?

- o conhecimento seja trabalhado de modo não fragmentado?

- o processo de aprendizagem ocorra sem interrupção?

− as avaliações tenham um sentido formativo?

Refletir sobre o currículo e o debate sobre as funções e as implicações culturais

das transmissões escolares é uma tarefa necessária, o que nos remete a uma análise das

estruturas, dos efeitos sociais da educação, dos conteúdos dos programas de ensino, dos

tipos de conhecimentos propagados, das significações e dos valores que constituem a

substância mesma do currículo.

A transmissão dos saberes escolares supõe reconhecer o currículo, a pedagogia e

a avaliação como sistemas de mensagens. No atual contexto o currículo deve ser

pensado e organizado atendendo à diversidade cultural para que não se reproduza uma

única maneira de ser, de pensar, tida com hegemônica.

A educação tem por meta essencial reforçar em cada indivíduo o ser social, visto

como membro de uma coletividade orientada por culturas específicas. O pluralismo

cultural não existe somente entre as nações, ele está no interior dela, das comunidades,

dos indivíduos.

Muitas práticas excludentes e de fracasso escolar realizadas na escola são frutos

do desrespeito ao multiculturalismo, uma vez que as práticas escolares atingiram apenas

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parte dos alunos, proporcionando uma desigual proximidade dos grupos diante às

práticas e normas escolares. A cultura da criança pobre não deve ter menor valor ou

legitimidade; é uma outra cultura diferente da dominante.

Em termos de conflito cultural ou de alienação, a noção de currículo comum torna-

se mais difícil de defender e pode ser tentado a reivindicar seja a desescolarização pura e

simples, seja a implantação de currículos diferenciados e separados. O ensino não

poderia negligenciar a aquisição pelos alunos de saberes e de competências

instrumentais de base.

A ideia de um currículo centrado na realidade da vida comunitária local propõe

coerência entre escola e o meio. Focalizar o trabalho pedagógico nas realidades da vida

social, nos problemas, nos conflitos, nas experiências características do meio urbano que

é aquele onde os educandos vivem e onde são levados a passar o resto de suas vidas

deve se constituir na grande tarefa do currículo escolar. O professor deve fazer com que

os educandos conheçam o melhor possível o contexto no qual vivem.

Isso não significa que não há necessidade de transmitir às crianças de um mesmo

país um mínimo de saberes comuns, de referências e de valores comuns. É politicamente

indispensável num contexto democrático. Não se pode privar das possibilidades de

ampliação de conhecimentos e de desenvolvimento intelectual que traz um ensino liberto

da tirania do contexto, pois seria uma discriminação no acesso ao saber.

Vale a pena ressaltar que:

O currículo não é um elemento inocente e neutro de transmissão desinteressada do conhecimento social. O currículo está implicado em relações de poder, o currículo transmite visões sociais particulares e interessadas, o currículo produz identidades individuais e sociais particulares. O currículo não é um elemento transcendente e atemporal – ele tem uma história, vinculada a formas específicas e contingentes de organização da sociedade e da educação (MOREIRA E SILVA, 2005, p.8).

Desse modo, necessita-se de igualdade de oportunidades. Não se exclui a

existência de diferenças no interior da sociedade, mas é justamente a partir dela que se

torna possível dimensioná-las, permitindo ao mesmo tempo o reconhecimento das

diferenças e o exercício da solidariedade.

O currículo é justificado não por ordem pragmática, mas por ordem fundamental,

ética, ligada a uma concepção de valor, o se afastem do projeto pedagógico a que o

currículo se propõe.

A compreensão do desenvolvimento do aluno, nesta perspectiva, poderá sugerir

estratégias de recuperação muito mais ricas do que a mera repetição de conteúdos não

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dominados, uma vez que permita planejar atividades interdisciplinares, considerando a

interseção entre as áreas do conhecimento.

5. MARCO OPERACIONAL

O Projeto Político Pedagógico garante a participação da comunidade na gestão da

escola através das instâncias colegiadas, vislumbrando um avanço em termos de

democratização da instituição educativa.

A equipe pedagógica, a administrativa e a estrutura social são formas

representativas e, às vezes, operativas na tomada de decisões onde todos se sentem

responsáveis pela unidade escolar sem deixar de delimitar o espaço de atuação das

instituições auxiliares.

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar,

de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e

realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em

conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a

Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político Pedagógico e o Regimento do Colégio,

para o cumprimento da função social e específica da escola.

O Conselho Escolar não tem finalidade e/ou vínculo político-partidário, religioso,

racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a não ser aquela que diz respeito

diretamente à atividade educativa da escola, prevista no seu Projeto Político Pedagógico.

É concebido, enquanto um instrumento de gestão colegiada e de participação da

comunidade escolar, numa perspectiva de democratização da escola pública,

constituindo-se como órgão máximo de direção do Estabelecimento de Ensino.

Foram propostas algumas necessidades e ações para o ano de 2013:

- Falta de quadra poliesportiva;

- Sala de professores com multi utilidades;

- Banheiros em espaço inadequado;

- Local apropriado para Secretaria, Laboratório, Biblioteca e Sala de Pedagoga;

- Local próprio para armazenamento da merenda, dos produtos de limpeza e higiene,

cozinha. Falta almoxarifado, lavanderia e depósito de alimentos.

Como propostas:

- Construção de uma quadra – SUDE;

- Solicitação e construção de novos espaços - ambiente – de acordo com a liberação de

verbas -DIREÇÃO;

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- Construção de banheiros em local adequado – de acordo com a liberação de verbas

SUDE.

Como necessidades para melhor atender o processo ensino aprendizagem, se faz

necessário uma análise reflexiva sobre:

- O grande percentual de alunos aprovados por Conselho de Classe;

- Muitas faltas por parte de alguns alunos, sem justificativa plausível;

- Falta de interesse do aluno e família;

- Falta de comprometimento maior de alguns professores ao planejar as aulas;

- Falta de conhecimento da realidade dos alunos por parte dos agentes educacionais;

- Construção de valores.

São propostas para a melhoria do processo ensino aprendizagem:

- Retomada de conteúdos por um período de tempo maior – CADA PROFISSIONAL DA

SUA DISCIPLINA;

- Conscientização dos pais com relação às faltas - DIREÇÃO E EQUIPE PEDAGÓGICA;

- Tentativa de uma conscientização para que ocorra a valorização da Escola – TODA A

COMUNIDADE ESCOLAR;

-Diálogo com os professores para que se evite o improviso – EQUIPE PEDAGÓGICA E

DIREÇÃO;

- Envolvimento maior com as famílias – EQUIPE PEDAGÓGICA;

-Convite a profissionais especializados para um trabalho com valores – DIREÇÃO E

EQUIPE PEDAGÓGICA.

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa

em assuntos didático-pedagógicos, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-

aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso.

Sendo o sistema de avaliação trimestral será feito um pré-conselho com os

professores de cada disciplina e a participação dos representantes de cada turma em

momentos diferentes.

O pré-conselho e o Conselho de Classe, propriamente ditos, serão agendados

previamente em reunião pedagógica realizada no início do período letivo ou, então,

extraordinariamente, sempre que um fato relevante assim o exigir.

O Grêmio é organização dos estudantes da Escola. Ele é formado apenas por

alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e esportivas,

produzindo jornal, organizando debates sobre assuntos de interesse dos estudantes, que

não fazem parte do Currículo Escolar, e também organizando reivindicações, tais como

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compra de livros para biblioteca, transporte gratuito para estudantes, etc.

É um órgão reconhecido de apoio à Direção Escolar.

Os representantes de turmas serão eleitos anualmente pelos estudantes de cada

turma com data fixada pelo Grêmio Estudantil e/ou equipe pedagógica.

A APMF é um órgão de representação dos pais, professores e funcionários da

escola, não tendo caráter político-partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não

sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros.

Os momentos de transformação e exigência pelos quais a educação vem passando

têm apontado a necessidade de uma renovação no exercício da docência, tanto em

relação à atualização dos conhecimentos específicos da disciplina quanto ao seu fazer

pedagógico.

Considerando esse momento histórico e a educação como prática social, é

indispensável a formação continuada dos professores visando a qualificação, a

capacitação, a melhoria de sua prática, com objetivo de superar problemas ou lacunas no

exercício da profissão, ou, ainda, atualização dos conhecimentos.

A escola atenta às grandes mudanças que vêm ocorrendo na educação, procura

dar continuidade à formação pedagógica dos professores (inicial), através de reuniões

planejadas, quando feito um diagnóstico em relação ao desempenho dos alunos ou se

houver necessidade de introdução de algumas inovações pedagógicas.

Entendemos também que independente do pertencimento racial o processo de

formação inicial e continuada de professores/as deve perceber na adoção de políticas

afirmativas em curso no Brasil, que esta decorre da necessidade de diminuir, em curto

prazo, as desigualdades sócio-raciais históricas existentes na sociedade. Evidentemente

que estas mudanças recentes nas políticas públicas brasileiras interferem nas práticas

didático-pedagógicas das agências de formação de professores induzindo a necessidade

de novas investigações científicas.

Também, na hora-atividade são usados textos que levam o professor a uma

reflexão da práxis, pois a formação acontece junto com a prática pedagógica.

A escola se serve de outros instrumentos para os profissionais se manterem

atualizados como palestras, seminários oferecidos por entidades públicas ou editoras de

livros, PDE, cursos ofertados pela SEED, Grupos de Trabalho em Rede(GTR) e Semana

Pedagógica.

Como diretrizes para a avaliação geral de desempenho dos profissionais da

educação compreende-se tanto a avaliação interna como também a externa.

Por avaliação interna temos:

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a) Avaliação dos professores em relação ao processo de ensino-aprendizagem dos

discentes, através do diagnóstico diário, mensal, bimestral e anual;

b) Avaliação dos discentes em relação ao desempenho dos docentes, através de

questionários aplicados;

c) Avaliação do corpo docente em relação à pedagoga, direção, equipe de

manutenção de infraestrutura escolar e preservação do meio ambiente,

alimentação escolar, interação com o educando e da administração escolar e

operação de multimeios escolares, através de questionários aplicados;

d) Avaliação da equipe pedagógica e direção em relação ao desempenho dos

docentes através de questionários aplicados.

A avaliação externa compreende:

a) Avaliação dos pais em relação ao papel desenvolvido pela escola e em relação ao

desempenho dos docentes.

O curso tem sua avaliação realizada nas reuniões de Conselho de Classe e

A.P.M.F de forma sistemática para que a mesma se constitua em um instrumento

retroalimentador do processo de ensino-aprendizagem favorecendo a todos os segmentos

a participação democrática, contribuindo para a melhoria da qualidade de ensino.

A recuperação tem como objetivo proporcionar aos alunos de baixo rendimento

escolar condições próprias que lhe possibilitem a apreensão dos conteúdos básicos,

atendendo a legislação vigente. Ela será desenvolvida paralelamente às atividades

regulares.

A recuperação de estudos está inserida no cômputo das 800 (oitocentas) horas

anuais, é planejada, constituindo-se num conjunto integrado ao processo de ensino, além

de se adequar às dificuldades dos alunos, atendendo a legislação em vigor.

A recuperação acontecerá sempre que forem constatadas dificuldades, falhas na

aprendizagem. Quando a somatória das aferições atingir 5 (cinco) pontos, realizar-se-á

uma prova de recuperação, sendo assim, no trimestre, haverá 2 (dois) registros de

recuperação, após a retomada de conteúdos. Mesmo que dentre esses 5 (cinco) pontos

seja realizada avaliação individual ou outra técnica de avaliação os conteúdos elencados

como mais significativos serão recuperados.

A construção do PPP do Colégio deixa claro a intenção de transformá-lo numa

escola democrática, com a participação de todos em busca de uma educação de

qualidade. Porém, é preciso superar algumas resistências na prática pedagógica e para

isso o professor deve se conscientizar de que o presente projeto foi construído a partir

das decisões do coletivo e que é o documento que norteia as ações dentro da escola,

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inclusive a prática pedagógica.

Baseando-se nessa lógica é de suma importância a colaboração de todos no

trabalho pedagógico para que este Colégio seja realmente democrático acolhendo a

comunidade escolar.

Portanto, pretende-se fazer alguns avanços quanto à prática avaliativa para que ela

realmente seja vista como mais um recurso para o educador ter claro o que precisa

mudar, quais conteúdos precisam ser retomados, enfim dar mais ênfase à avaliação

diagnóstica do que a classificatória.

Com isso a avaliação deixa de ser um instrumento nas mãos do professor para

selecionar, rotular, classificar, controlar e, consequentemente, aumentar as estatísticas de

reprovação e evasão, uma vez que temos como linha de ação diminuir o número de

alunos que permanecem na mesma série por vários anos e dos desistentes.

Os alunos que se enquadram nessa situação ficam fora da faixa etária dos demais,

o que acaba prejudicando o bom andamento da turma.

Para que o processo de avaliação deixe de lado essa concepção reducionista e

autoritária os professores terão assessoramento através de diferentes maneiras para que

tenham subsídios para mudar sua prática avaliativa.

Dando continuidade ao Conselho de Classe participativo, busca-se subsídios para

que essa instância seja realmente aproveitada para reflexões sobre os problemas de

ensino-aprendizagem e alternativas, deixando de ser um espaço específico de avaliação

que declara se aluno vai ser aprovado ou reprovado.

Além das atividades que constam no currículo, a escola desenvolve algumas

atividades de trabalho em torno de uma problemática de interesse de um grupo de alunos

ou da necessidade dos professores.

Essa prática pedagógica orientada possibilita a abordagem dos conteúdos numa

perspectiva interdisciplinar que favorece a compreensão da multiplicidade de aspectos

que compõem a realidade, uma vez que permite a articulação de contribuições de

diversos campos de conhecimento.

Esse tipo de organização permite que se dê relevância às grandes questões do

cotidiano como, biodiversidade, violência, drogatização, influência política e econômica,

qualidade de vida, enfim todos os Desafios Educacionais Contemporâneos, pois os

conteúdos podem se desenvolver em torno delas e serem direcionados para metas

objetivas, com a produção de algo que sirva como instrumento de intervenção nas

situações reais.

No que se refere às questões raciais e às questões de desigualdade a que estão

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submetidos pretos e pardos no Brasil, ainda é fundamental afirmarmos uma identidade

negra. Neste caso, cabe à equipe multidisciplinar refletir sobre os processos de exclusão,

racismo e preconceito vivenciados por negros/as, as/os indígenas, as/os quilombolas. E

ainda mais que isso, as ações pedagógicas da equipe, devem buscar possíveis soluções

para essas dinâmicas e conflitos relacionais que permeiam o cotidiano da escola e que

visem uma educação efetivamente democrática.

Temos, assim, entre outros, o grande desafio de ter que transitar entre as capturas

em torno dos espaços cristalizados e a processualidade e multiplicidade em torno das

diferenças, em decorrência disto temos por finalidade, inserir práticas educativas no

âmbito das diversidades e abrangências da história e cultura afro-brasileira, possibilitando

essa temática em projetos educacionais no processo de formação, familiar, na

convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos

sociais, nas organizações da sociedade civil, e nas manifestações culturais.

Como instrumentos e técnicas de avaliação, são utilizados testes de

aproveitamento orais e escritos, questionários com apoio em pesquisa, tarefas

específicas, trabalhos de criação, observações espontâneas ou dirigidas, relatórios,

observação direta do professor e outros que se recomendem. São utilizadas,

trimestralmente, avaliações com valor de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero)

realizadas em horário normal das aulas com critérios estipulados pelo professor de cada

disciplina com as devidas instruções.

As disciplinas com 2 horas aula semanal, com 3 horas aula semanal, com 4 horas

aula semanal ou ainda com 5 horas aula semanal, fecharão o trimestre com no mínimo 4

(quatro) avaliações sendo 2 (duas) por escrito, realizadas individualmente e 2 (duas) a

critério do professor.

O rendimento mínimo exigido é a nota 6,0 (seis vírgula zero) por área do

conhecimento.

As atividades extra-escolares visam um maior contato, assimilação e

interiorização dos conteúdos, que por razões pedagógicas, devem ter atenção e

cumprimento por parte do aluno, empenho da família, análise e observação do professor.

Essas atividades são constituídas por tarefas de casa, trabalhos de pesquisa, confecções

de materiais, entre outros e a família deve ser informada para acompanhamento.

A classificação é realizada por promoção, para alunos que cursaram com

aproveitamento a série anterior na própria Escola, por transferência para alunos

procedentes de outras escolas do país ou do exterior, considerando a classificação na

escola de origem e independente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela

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escola, que define o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permite sua

inscrição na série adequada.

Na promoção, o aluno é considerado aprovado com frequência superior a 75%

(setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período letivo e média igual ou

superior a 6,0 (seis vírgula zero) e é considerado reprovado com frequência inferior a 75%

(setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária do período letivo, com qualquer

média anual ou com frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) e

média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) depois de submetido ao Conselho de Classe.

O Colégio não oferta aos seus alunos matrícula com progressão parcial, mas ao se

receber alunos com dependência em até três disciplinas são aceitas e devem ser

cumpridas mediante plano especial de estudos elaborado pela equipe pedagógica e

equipe docente.

Para maiores esclarecimentos sobre quaisquer aspectos destas questões, pode-se

voltar a consultar o Regimento Escolar.

6. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

O projeto político pedagógico, uma vez aprovado pelo Conselho Escolar, se

configura em um instrumento de cunho social, político e pedagógico que irá nortear a

ação educativa a fim da realização da práxis pedagógica, constituindo-se como guia na

caminhada escolar.

Deverá ser constantemente submetido a uma rigorosa avaliação de sua prática,

com a finalidade de modificar o que se fizer necessário em termos dos interesses e

necessidades da comunidade escolar, contribuindo, nesse sentido, para a melhoria da

ação pedagógica e para a vivência de relações democráticas no espaço escolar.

7. REFERÊNCIAS

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas/SP: Autores Associados, 1997.

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares para a educação básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2006.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prática. Salvador/BA – Malabares Comunicação e eventos, 2003.

VEIGA, Ilma Passos A.(Org). Projeto Político-Pedagógico: uma construção possível. Campinas/SP - Papirus, 1995.

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8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

O Ensino Fundamental tem como objetivo a formação básica do cidadão. Portanto,

a escola se organiza através de suas disciplinas para propiciar a aquisição do

conhecimento científico, garantir a qualidade do ensino e estimular, através de regras bem

definidas, a permanência e o sucesso dos alunos na escola.

Assim, a sistematização do trabalho do educador torna-se fundamental, no sentido

de:

- proporcionar aos educando condições de aprendizagem, partindo da prática concreta

dos mesmos, onde junto reinterpretarão e compreenderão, de maneira lógica, os

conteúdos sistematizados, desenvolvendo suas capacidades;

- fornecer o domínio dos conhecimentos valorizados pela sociedade, desvendando as

relações de dominação e opressão, desenvolvendo sua identidade pessoal e a

socialização;

- permitir a aquisição de estratégias para que possam lutar no sentido de estabelecer

um novo projeto social, mais justo e humano, construindo valores.

Sendo o Ensino Médio a última etapa da Educação Básica, dá-se continuidade ao

processo de ensino-aprendizagem, priorizando três grandes áreas do conhecimento,

científico, artístico e filosófico numa organização curricular por disciplinas buscando a

história de cada uma, como se constituíram estes saberes e a contribuição de cada uma

frente a problematização de um tema, dentro de um trabalho interdisciplinar.

A escola procura contextualizar os conteúdos para torná-los significativos e

desenvolver um conhecimento crítico capacitando o aluno a analisar os discursos das

identidades hegemônicas.

Objetiva aprofundar os conhecimentos procurando uma aproximação entre a teoria

e a prática no cotidiano do currículo, preparar para o mercado de trabalho, para o

exercício da cidadania, incluindo a formação ética, autonomia moral e intelectual do

educando. Cabe ao educador buscar novos caminhos para uma educação voltada para a

construção de valores sólidos que o preparam para analisar e interpretar o mundo, a fim

de que possam definir o seu futuro, desmistificando e desvendando a ideologia presente

para torná-la um instrumento real de construção e transformação do indivíduo e da

sociedade.

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8.1. ARTE

8.1.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Arte tem como eixo condutor a associação entre a Arte e a Cultura,

culminando no embasamento para uma reflexão consciente sobre a diversidade cultural e

as produções/manifestações culturais que dela decorrem, proporcionando por meio da

experiência estética, um exercício constante do olhar em relação ao mundo, associando

também, as novas tecnologias da sociedade contemporânea às diferentes linguagens

artísticas:visual, musical, cênica, cibernética, e assim estabelecer relações de nossas

experiências, nossa cultura e vivência com a imagem, com os sons, com os gestos, com

os movimentos.

Ao traçar um panorama histórico da Educação Brasileira, percebe-se evidências de

que houve inúmeras mudanças dos conceitos que permearam o ensino de Arte no Brasil,

abrangendo desde um caráter religioso, com a catequização dos nativos, até o

estabelecimento de uma visão puramente tecnicista, na qual o educador de Arte foi

entendido como um profissional polivalente.

Mesmo com incentivo de D. João VI ao ensino da Arte no início do séc. XIX,

resultando na criação da Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro (1826), nas escolas,

o ensino ainda era influenciado pelo Iluminismo, priorizando a área científica. Essa visão

foi aprovada na 1ª Reforma Educacional do Brasil República em 1890, realizada por

Benjamin Constant, cujo objetivo ainda era valorizar a Ciência e a Geometria.

A partir de 1931, com a implantação do ensino da música por meio do Canto

Orfeônico, o ensino da Arte fez-se presente no primeiro projeto de educação pública de

massa. É importante frisar que a educação pública no Brasil até o início do séc. XX esteve

voltada para uma elite basicamente masculina.

No Paraná, em 1954, foi criada a Escola de Artes no Colégio Estadual do Paraná,

envolvendo Artes Plásticas, Teatro e Música.

E, somente em 1971, com a Lei 5692/71, o ensino da Arte passa a ser obrigatório

nas escolas brasileiras, porém com conteúdo reduzido a uma visão tecnicista, na qual o

educador de Artes é entendido como um profissional polivalente, devendo dominar os

conteúdos de Artes Plásticas e Música.

Em 1996, a Lei de Diretrizes de Base da Educação (n.º 9.394/96) ratifica a

obrigatoriedade do ensino da Arte na Educação Básica, porém, a Arte passa a compor a

área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, abrangendo Música, Artes Visuais,

Dança e Teatro.

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A Arte tem sido tomada, ora como conhecimento técnico, centralizada no científico

racional, ora como expressão espontânea, priorizando a sensibilidade individual. Assim,

perdeu-se de vista a sua totalidade.

Ao buscar a contextualização da Arte e do seu ensino, tenta-se compreender a

prática artística e suas relações com base na economia, nos aspectos culturais políticos,

sociais e seus reflexos nas produções, que variam determinando todo um sistema de

ideias e de representações.

Neste sentido, procura-se entender o processo histórico que levou o ensino de Arte

a se manter numa posição marginalizada dentro do sistema educacional e buscam-se

valores estéticos que possibilitem a democratização do saber artístico.

Atualmente, o trabalho na disciplina de Arte exige do educador reflexões constantes

e que contemplem a Arte efetivamente como área de conhecimento fundamental na

formação de todos os educandos, buscando sua inserção social, condições concretas

para a satisfação da necessidade humana de auto-afirmação, uma leitura de realidade,

comprometendo-se com a valorização da diversidade cultural, legitimando assim, sua

interação.

Uma das principais funções da escola é oportunizar aos estudantes o acesso ao

patrimônio cultural que a humanidade vem construindo ao longo dos séculos.

A Arte está presente em tudo o que nos cerca, e, não podemos viver sem ela que

sempre esteve ligada à história do homem, tornando possível o registro estético de

costumes, sentimentos e visões de mundo. Desvelando essa história e essa cultura, o

homem se torna conhecedor de si mesmo, de sua identidade cultural, pois todos somos

constituídos culturalmente. Faz-se necessário considerar que “a cultura é um fenômeno

plural, multiforme, heterogêneo, dinâmico” (CANDAU, 2002, p.72) e envolve tudo o que é

produzido pelo ser humano, o que portanto, produz sentidos e significados para o ensino

da Arte. Tendo referência neste conceito, o professor terá argumentos para justificar a

seleção e o tratamento dos conteúdos, impedindo que o currículo se torne mais um

elemento de exclusão.

A Arte, enquanto disciplina escolar, possibilita o ensino como instrumento para

apreensão do saber estético, formação dos sentidos humanos, conhecimento constituído

de saberes específicos, envolvendo as manifestações culturais locais, nacionais e globais.

No contexto histórico-social, o repertório de conhecimento do aluno deve ser legitimado

pela sua manifestação valorizada como produção cultural.

A sistematização do ensino da Arte na escola desempenha um papel social, na

medida que democratiza um conhecimento específico e interfere na formação do

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indivíduo enquanto fruidor de cultura e conhecedor da construção da sua própria nação

(BARBOSA, 2002, p.14). Assim sendo, as práticas educativas da disciplina, precisam

assumir um compromisso com a diversidade cultural.

Partindo da concepção de que a construção do conhecimento em Arte acontece por

meio da inter-relação de saberes, entende-se que, ao se apropriar de elementos que

compõem o conhecimento estético, seja pela experimentação, seja pela análise estética

das diferentes manifestações artísticas, o educando se torna consciente, informado e

reflexivo a respeito do processo de criação, ampliando assim, gradativamente sua

bagagem cultural.

As práticas que reforçam a disciplina de Arte como uma oportunidade de evidenciar

talentos, exibir trabalhos, privilegiando a arte europeia e seus códigos formais,

consideradas pelo senso comum a “verdadeira” arte, impossibilitam a análise e a

interpretação de outras culturas, precisam ser superadas, pois até então, vêm-se

reforçando o preconceito.

A complexidade do atual contexto, profundamente marcado pelo processo de

mundialização da cultura e da globalização, exige que a disciplina de Arte propicie aos

educandos oportunidades de leituras de diferentes culturas, superando preconceitos e

valorizando a riqueza da diversidade. Mais do que fundamentado teoricamente, o

professor necessita de relembrar diariamente da importância da interação entre professor,

aluno e conhecimento. Com isso, torna-se explícito o compromisso de favorecer a

democratização da produção cultural. Para muitos, a escola constitui-se no único espaço

educativo em que há oportunidade de conhecer e compreender os diferentes processos

que culminam nas manifestações estéticas.

Neste sentido, o valor educativo da Arte se destaca, na medida que reconhece este

componente curricular como imprescindível na formação do indivíduo e para o exercício

pleno da vida cidadã. Em sua especificidade, o objeto de estudos de Arte é o

conhecimento estético. Os saberes decorrentes, permitem que a Arte seja entendida

como um conjunto de linguagens, cada uma com seus elementos e códigos.

Cada linguagem artística possui um sistema organizado de signos que possibilita a

comunicação e a interação, estruturados segundo princípios que cada cultura constrói.

Desta forma, ensinar arte é muito mais do que simplesmente apresentar certos elementos

da linguagem visual, musical ou cênica. Para que a informação se transforme em

conhecimento, é necessário interpretar e questionar diferentes representações culturais,

analisando os processos de criação e execução destas produções, pois a aprendizagem

se nutre da investigação, do diálogo e do olhar do outro.

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Segundo Japiassu (2001, p.24), a necessidade de apropriação pelo aluno das

linguagens artísticas, são instrumentos poderosos de comunicação, leitura e

compreensão da realidade humana. De acordo com esta concepção, o objetivo das artes

não é a formação de artistas, mas o domínio, a fluência e a compreensão estética dessas

complexas formas humanas de expressão que dinamizam processos afetivos, cognitivos

e psicomotores.

O conhecimento será realmente significativo, se o fazer pedagógico do professor de

Arte, através dos conteúdos, possibilite aos alunos estabelecer as inter-relações entre os

conhecimentos adquiridos e a diversidade cultural, de forma que esses saberes sejam

valorizados e tornem-se cheios de sentido.

No entanto, pensando na eficácia dessa proposta pedagógica, e visando atender

ao aluno como um sujeito histórico e social, sistematizou-se três formas de interpretação

da Arte que deve ser aplicada na escola: a Arte como Ideologia, a Arte como

Conhecimento e a Arte como Trabalho Criador.

A Arte é uma das principais formas de organização social e expressão de oposição

às forças dominantes. No século XX a juventude brasileira apresentou várias

mobilizações ideológicas através da arte. Trabalhar a Arte como Ideologia nas escolas

faz com que nossos alunos se tornem membros atuantes e críticos da sociedade.

A Obra de Arte é a expressão da realidade ao mesmo tempo em que é criadora da

realidade. Assim, o Conhecimento estético é construído historicamente, e se expressa na

arte através de sua própria organização.

A característica essencial do ensino da Arte está no Trabalho Criador, pois é

através desse que o homem cria, transforma, atribui significados e emoções colocando na

obra o seu próprio existir. Criar é fazer algo novo, inédito, que reflete o sujeito criador

possibilitando-o ser agente social e histórico de uma nova realidade.

Essas três formas de interpretação da Arte aplicadas na escola visam construir um

ensino da arte voltado para um processo de humanização e sensibilização do ser

humano.

8.1.2. OBJETIVOS GERAIS

- Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística;

- Compreender e utilizar a arte como linguagem, mantendo uma atitude de busca pessoa;

e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a investigação, a

sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas;

- Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos diversos em

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arte (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), de modo que os utilize nos trabalhos

pessoais, identifique-os na interpretação, na apreciação e contextualize - os

culturalmente;

- Construir uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e

conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas, sabendo receber

e elaborar críticas;

- Observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo, investigando, indagando, com

interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e

apreciando arte de modo sensível;

- Identificar, relacionar e compreender diferentes funções da arte, do trabalho e da

produção dos artistas;

- Identificar, investigar e organizar informações sobre a arte, reconhecendo e

compreendendo a variedade dos produtos artísticos e concepções estéticas presentes na

história das diferentes culturas e etnias;

- Pesquisar e saber organizar informações sobre a arte em contato com artistas, obras de

arte, fontes de comunicação e informação.

- Analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas manifestações da arte em suas

múltiplas linguagens - utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo com o

patrimônio nacional e internacional, que se deve conhecer e compreender em sua

dimensão sócio-histórica.

- Realizar produções artísticas, individuais e/ou coletivas, nas linguagens da arte (música,

artes visuais, dança, teatro, artes áudio- visuais) analisando, refletindo e compreendendo

os diferentes processos produtivos, com seus diferentes instrumentos de ordem material e

ideal, como manifestações sócio-culturais e históricas;

- Apreciar produtos da arte em suas várias linguagens, desenvolvendo tanto a fruição

quanto à análise estética, conhecendo, analisando, refletindo e compreendendo critérios

culturalmente construídos e embasados em conhecimentos afins, de caráter filosófico,

histórico, sociológico, antropológico, psicológico, semiótico, científico e tecnológico, dentre

outros.

8.1.3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Em Música, Dança, Teatro e Artes Visuais os conteúdos estruturantes são;

elementos formais, composição, movimentos e períodos.

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8.1.4 - CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

ÁREA DE MÚSICA

Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade e densidade.

Composição: ritmo, melodia, escalas diatônica, pentatônica, cromática e

improvisação.

Movimentos e períodos: Greco-Romana, Oriental, Ocidental e Africana.

ÁREA ARTES VISUAIS

Elementos formais: ponto, linha, textura, forma, superfície, volume, cor e luz.

Composição: bidimensional, figurativa, geométrica, simetria, técnicas de pintura,

escultura, arquitetura..., gêneros, cenas da mitologia.

Movimentos e períodos: arte greco-romana, africana, oriental e pré-histórico.

ÁREA TEATRO

Elementos formais: personagem, expressões corporais, vocais, gestuais e faciais,

ação e espaço.

Composição: enredo, roteiro, espaço cênico, adereços, técnicas de jogos teatrais,

teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara..., gênero tragédia, comédia,

circo.

Movimentos e períodos: greco-romana, oriental, medieval e Renascimento.

ÁREA DANÇA

Elementos formais: movimento corporal, tempo e espaço.

Composição: Kinesfera, eixo, ponto de apoio, movimentos articulares, fluxo,

rápido e lento, formação, níveis e deslocamento, dimensões, técnica, improvisação,

gênero circular.

Movimentos e períodos: pré-história, greco-romana, Renascimento e dança

clássica.

7º ANO

ÁREA DE MÚSICA

Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade e densidade.

Composição: ritmo, melodia, escalas, gêneros folclórico, indígena, popular e étnico,

técnicas vocal, instrumental, mista e improvisação.

Movimentos e períodos: música popular e étnica (ocidental e oriental)

ÁREA ARTES VISUAIS

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Elementos formais: ponto, linha, textura, forma, superfície, volume, cor e luz.

Composição: proporção, tridimensional, figura e fundo, abstrata, perspectiva,

técnicas de pintura, escultura, modelagem, gravura ..., gêneros, paisagem, retrato,

natureza morta.

Movimentos e períodos: arte indígena, popular brasileira e paranaense,

Renascimento e Barroco.

ÁREA TEATRO

Elementos formais: personagem, expressões corporais, vocais, gestuais e

faciais, ação e espaço.

Composição: representação, leitura dramática, cenografia, técnicas de jogos

teatrais, mímica, improvisação,formas animadas..., gêneros rua, arena, caracterização.

Movimentos e períodos: Comédia dell' art, teatro popular brasileiro e paranaense,

teatro africano.

ÁREA DANÇA

Elementos formais: movimento corporal, tempo e espaço.

Composição: ponto de apoio, rotação, coreografia, salto e queda, peso, fluxo,

rápido e lento, níveis, formação, direção, gênero folclórica, popular, étnica.

Movimentos e períodos: dança popular brasileira, paranaense, africana e

indígena.

8º ANO

ÁREA DE MÚSICA

Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade e densidade.

Composição: ritmo, melodia, harmonia, total, modal e a fusão de ambos, técnicas

vocal, instrumental e mista.

Movimentos e períodos: indústria cultural, eletrônica, minimalista, rap, rock,

tecno...

ÁREA ARTES VISUAIS

Elementos formais: linha, textura, forma, superfície, volume, cor e luz.

Composição: semelhanças, contrastes, ritmo visual, estilização, deformação,

técnicas de desenho, fotografia, audio-visual, mista...

Movimentos e períodos: indústria cultural, arte no século XX e contemporânea.

ÁREA TEATRO

Elementos formais: personagem, expressões corporais, vocais, gestuais e faciais,

ação e espaço.

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Composição: representação no cinema e mídias, texto dramático, maquiagem,

sonoplastia, roteiro, técnicas de jogos teatrais, sombra, adaptação cênica ... .

Movimentos e períodos: indústria cultural, realismo, expressionismo, cinema

novo.

ÁREA DANÇA

Elementos formais: movimento corporal, tempo e espaço.

Composição: giro, rolamento, saltos, aceleração e desaceleração, direções,

improvisação, coreografia, sonoplastia, gênero indústria cultural e espetáculo.

Movimentos e períodos: Hip Hop, musicais, expressionismo, indústria cultural e

dança moderna.

9º ANO

ÁREA DE MÚSICA

Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade e densidade.

Composição: ritmo, melodia, técnicas vocal, instrumental , mista, gêneros popular,

folclórico e étnico.

Movimentos e períodos: música engajada, MPB e contemporânea.

ÁREA ARTES VISUAIS

Elementos formais: linha, textura, forma, superfície, volume, cor e luz.

Composição: bidimensional, tridimensional, figura fundo, ritmo visual, técnicas de

pintura, grafitte, performance..., gêneros, paisagem urbana, cenas do cotidiano...

Movimentos e períodos: realismo, vanguarda, muralismo, arte latino-americana e Hip

Hop.

ÁREA TEATRO

Elementos formais: personagem, expressões corporais, vocais, gestuais e faciais,

ação e espaço.

Composição: técnicas de monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, teatro-

fórum ..., dramaturgia, cenografia, sonoplastia, iluminação e figurino.

Movimentos e períodos: teatro engajado, teatro do oprimido, teatro pobre, teatro

do absurdo, vanguardas.

ÁREA DANÇA

Elementos formais: movimento corporal, tempo e espaço.

Composição: Kinesfera, ponto de apoio, peso, fluxo, quedas, saltos, giros,

rolamentos, extensão, coreografia, deslocamento, gênero performance, moderna.

Movimentos e períodos: vanguardas, dança moderna e contemporânea.

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ENSINO MÉDIO

ÁREA DE MÚSICA

Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade e densidade.

Composição: ritmo, melodia, harmonia, escalas modal, tonal e fusão de ambos,

técnicas vocal, instrumental , eletrônica, informática e mista, improvisação, gêneros

erudito, clássico, popular, folclórico, étnico, pop... .

Movimentos e períodos: música engajada, MPB, paranaense, popular, indústria

cultural, vanguarda, ocidental, oriental, africana e latino-americana.

ÁREA ARTES VISUAIS

Elementos formais: ponto, linha, textura, forma, superfície, volume, cor e luz.

Composição: bidimensional, tridimensional, figura fundo, figurativo, abstrato,

perspectiva, semelhanças, contrastes, ritmo visual, simetria, deformação, estilização,

técnicas de pintura, desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura,

escultura, arquitetura, história em quadrinhos..., gêneros, paisagem, natureza-morta,

cenas do cotidiano, histórica, religiosa, da mitologia...

Movimentos e períodos: Arte ocidental, oriental, africana, brasileira, paranaense,

popular, vanguarda, indústria cultural, arte contemporânea e latino-americana.

ÁREA TEATRO

Elementos formais: personagem, expressões corporais, vocais, gestuais e

faciais, ação e espaço.

Composição: técnicas, jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, direção,

ensaio, teatro-fórum, roteiro, encenação, leitura dramática ..., gêneros tragédia, comédia,

drama e épico, dramaturgia, representação nas mídias, caracterização, cenografia,

sonoplastia, iluminação , figurino, direção e produção.

Movimentos e períodos: teatro greco-romano, medieval, brasileiro, paranaense,

popular, indústria cultural, teatro engajado,dialético, essencial, do oprimido, pobre,

vanguarda, renascentista, latino-americano, realista e simbolista.

ÁREA DANÇA

Elementos formais: movimento corporal, tempo e espaço.

Composição: Kinesfera, peso, eixo, fluxo, quedas, salto e queda, giros,

rolamentos, movimentos articulares, lento, rápido e moderado, aceleração e

desaceleração, níveis, deslocamento, direções, planos, improvisação, coreografia,

gêneros espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares, salão.

Movimentos e períodos: pré-história, greco-romana, medieval, Renascimento,

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dança clássica, popular brasileira, paranaense, africana, indígena, Hip Hop, indústria

cultural, dança moderna, vanguardas, dança contemporânea.

8.1.5 – CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6º ANO

Imagem: forma, suporte, tamanho, espaço, materiais,espacialidade

(bi/tridimensional,ponto ,linha,figura,fundo,semelhança)

Textura tátil e gráfica

Movimento: ritmo,melodia

Luz-: percepção da cor, cor, sombra, decomposição da luz

Movimento espaço cênico, ação, dinâmica.

Som: ritmo,melodia, harmonia, intensidade,duração

Personagem: expressão gestual, vocal, característica do personagem, cenografia,

enredo.

Produções

Imagem bidimensional:desenho,pintura,colagem,recorte

Imagem: tridimensional, relevo, maquete, trançado

Movimentos:corporais com ritmo, coreografia

Improvisações musicais

Elementos contextualizadores

Arte no Brasil: Arte Indígena, Barroco, Semana de 22, artistas, gênero, estilos e

técnicas

História e cultura afro-brasileira e africana

7º ANO

Imagem: forma, suporte, tamanho, espaço, materiais, espacialidade

bi/tridimensional, ponto,linha,fundo, semelhança

Textura:tátil e gráfica

Movimento: ritmo e equilíbrio

Luz: percepção da cor, cor, decomposição da luz

Movimento (dança): ação, espaço, relacionamentos

Som (músicas): melodia, ritmo, harmonia, qualidades do som

Teatro: personagem, espaço cênico, ação cênica

Personagem: expressão corporal, vocal, facial

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Espaço cênico: cenografia, sonoplastia

Ação cênica, enredo

Produções: imagem (artes visuais)

Bidimensional: desenho, pintura,colagens,recortes.

Tridimensional: esculturas de papel

Movimentos (dança): Jogos corporais com ritmo, figurino e som

Som: jogos musicais com ritmo,harmonia, melodia, qualidades do som

Teatro- jogos dramáticos (personagens, espaço cênico e enredo)

Elemento contextualizado

Arte no Brasil, os pintores populares, Semana de 22, artistas, gêneros, estilos e

técnicas

História do Teatro I ( Origem)

História da Música I (Origem)

História da Dança ( Origem)

8º ANO

Imagem: forma, espaço,materiais, espacialidade

Bi/Tridimensional, linha,contraste e simetria

Textura: tátil e gráfica

Movimento: ritmo e equilíbrio

Luz: percepção da cor, cor, pigmento

Movimento (dança): ação, espaço

Som (músicas): qualidades do som.

Teatro: personagem, espaço cênico, ação cênica.

Personagem: expressão corporal, vocal, facial

Espaço cênico: cenografia, sonoplastia

Ação cênica: enredo

Produções

Bidimensional: desenho, pintura, colagens, recortes, fotografia.

Imagem (artes visuais)

Tridimensional: esculturas, desenho.

Movimento (dança): composições coreográficas.

Som (música): composições musicais, improvisações musicais

Teatro: representação teatral direta e indireta, improvisação cênica

Elementos contextualizadores

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História do teatro II

História da música/instrumento

História da dança II

9º ANO

Imagem: forma, suporte, espaço, materiais, espacialidade

Bi/tridimensional: linha, contrastes e simetria

Textura: gráfica

Movimento: ritmo e equilíbrio

Luz: percepção da cor, cor tons e matizes, sombras intensidades

Movimento (dança): ação, espaço, dinâmicas

Som ( músicas): estruturas musicais.

Teatro: personagem, espaço cênico, ação cênica.

Produções

Imagem: bidimensional, desenho, pintura, gravura

Imagem (artes visuais): tridimensional, esculturas, construções arquitetônicas,

maquete

Imagem virtual: vídeo-arte

Movimento (dança): composições coreográficas

Som(Música): interpretações musicais

Teatro: improvisação cênica

Elementos contextualizadores

História da Arte Regional (Curitiba, Morretes, Paranaguá, Antonina outros)

(artes visuais/música/dança/teatro) , artes, gêneros, estilos, técnicas

Técnicas e estilos: modernos

Artistas locais: bandas e músicas

Relações identitárias locais

1ª SÉRIE

MÚSICA

Iniciação à História da Música;

Sensibilização Musical;

Elementos musicais (som, ritmo, melodia, timbre, altura, intensidade,...).

Gêneros Musicais;

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Estilos Musicais;

Classificação dos Instrumentos: de sopro, de percussão, de cordas, de cordas

percutidas, de cordas arranhadas;

Composições individuais e/ou coletivas: arranjos, jingles e letras.

Classificação Vocal;

Empregar formas de registro gráfico – convencionais ou não na escrita e leitura

musical;

Interpretação de letras musicais – análise de músicas da MPB e das manifestações da

cultura popular.

ARTES VISUAIS / AUDIOVISUAIS

História da Arte

Arte rupestre, grega, romana, medieval, barroca, rococó, neoclássica, romantismo,

realismo, impressionismo, pós- impressionismo, expressionismo.

Movimentos artísticos do século XX;

fauvismo, dadaísmo, cubismo, surrealismo, arte abstrata, futurismo, pintura

metafísica e pop-arte, arte decorativa e decompositiva.

Utilizar áudio, rádio, vídeo, tela informática e outros integrantes de mídias e artes

audiovisuais.

Realizar trabalhos artísticos: desenho, pinturas, gravuras, modelagem, esculturas,

fotografias, ambientes de vitrine, cenários, design, artes gráficas – folhetos,

cartazes, capas de discos, encartes, logotipos, dentre outros.

Analisar os sistemas de representação audiovisual e as possibilidades estéticas

bem como de comunicação presentes em seus trabalhos, de seus colegas e der

outras pessoas.

Investigar as articulações entre os componentes básicos das linguagens visuais,

audiovisuais e informatizados: linhas forma, cor, valor, luz, Textura, espaço,

superfície, movimento e tempo.

Perspectiva, ponto de fuga, linha de terra, segmento áureo, equilíbrio simétrico.

Linguagem visual: o ponto, a linha, luz e sombra contrastes e ritmos, textura,

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volumes, aproximação e afastamento, movimento, superfície aberta e fechada,

desdobramento de planos.

DANÇA

Improvisação em dança e composição coreográfica;

Início a História da Dança;

Expressão corporal;

Experimentar e investigar as improvisações em dança e composição inclusive em

artes audiovisuais a partir de diversas fontes culturais;

TEATRO

Criar possibilidades expressivas corporais, faciais, do movimento, da voz, do gesto;

Início História do Teatro;

Expressão corporal, dramatização de texto.

Improvisar, atuar e interpretar personagens, tipos, coisas, situações/atuar na

convenção palco-plateia e compreender essa relação;

Montagem de cenas, performances ou espetáculos, inclusive os referentes a artes

audiovisuais.

2ª SÉRIE

MÚSICA

História Universal da Música;

Percepção Musical / Solfejo;

Elementos Musicais: dinâmica

Gêneros Musicais;

Estilos Musicais;

Instrumentos musicais dos antigos aos contemporâneos:

Canto Coral;

A Orquestra Sinfônica;

Audições de Músicas popular e erudita;

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Composições de trilhas sonoras, paródias e outras;

ARTES VISUAIS/ AUDIOVISUAIS

A estética do Belo e do Feio

O Realismo : Obra : Gustave Coubert

O impressionismo : Renoir Monet

O Expressionismo

O Cubismo: Pablo Picasso, Braque e Vicente do Rego Monteiro; Instrumentos

musicais dos antigos aos contemporâneos:

Futurismo: Duchamp;

Publicidade/Propaganda: Ilustração de anúncio, de texto, de poesias, de contos, arte

final, campanha publicitária, logotipos, criação de capas de CDs, jornal escrito, criação

de uma filmagem, documentário ou performances em equipes.

Gravuras: história da gravura, técnicas de gravuras, xilogravura, gravura em vidro,

gravuras através de cópias heliográficas.

DANÇA

História Universal da dança;

Danças da cultura popular brasileira ( coco, maracatu, frevo);

Criar coreografias;

TEATRO

Pesquisar, analisar e adaptar textos dramáticos e não dramáticos;

Adaptação de textos da época.

Leitura de peças teatrais, produção de textos a partir de fatos reais ou imaginários,

salientando o fechamento de um texto teatral: nome, autor, personagem, cenário,

enredo e crítica.

8.1.6 METODOLOGIA

O método a ser aplicado, deve fundamentar todo o trabalho do professor de Arte,

pois, é este o elemento pedagógico que está mais intimamente ligado a prática em sala

de aula.

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Pode-se definir método como um modo planejado e determinado para se atingir

objetivos. Um procedimento racional para o conhecimento seguindo um percurso fixado,

tendo em vista: para quem, como, porque e o quê.

O trabalho em sala de aula deve-se pautar pela relação que o ser humano tem com

a arte: sua relação é de desenvolver um trabalho artístico, produzir arte e de sentir e

perceber os vários aspectos das obras de arte, contextualizando-se e inteirando-se com

os elementos das diferentes linguagens.

No espaço escolar o objeto de trabalho é o conhecimento, onde desta forma torna-

se necessário contemplar na metodologia do ensino da arte, estas três dimensões, ou

seja, estabelecer como eixos: o trabalho artístico, que é o fazer; o sentir e perceber,

que são formas de leitura e o conhecimento estético, que fundamenta e possibilita ao

aluno um sentir/perceber e um trabalho mais sistematizado, superando-se o senso

comum do conhecimento baseado só através da experiência.

Para que a informação se transforme em conhecimento, é necessário interpretar e

questionar as diferentes representações culturais, analisar os processos de criação e

execução das produções, nutrindo-se da investigação, da leitura e compreensão da

realidade humana e do diálogo que dinamiza os saberes, tornando-os realmente

significativos.

É importante compreender que os três eixos constituem uma totalidade e que o

trabalho em sala pode ser iniciado por qualquer um deles, ou pelos três simultaneamente.

Vale ressaltar que no final do processo de trabalho dos conteúdos, tenham sido tratados

os três eixos com os alunos.

Além dos recursos didáticos comuns, já padronizados no ensino da Arte, o uso das

tecnologias (TV pendrive, rádio, projetor interativo multimídia), deverá ser entendido como

instrumento de interação com o mundo artístico, pela reflexão e exploração das

possibilidades expressivas.

Os trabalhos devem ser propostos com conteúdos que incluam a cultura afro,

indígena e a arte paranaense. Também deverão ser incluídas as questões ambientais,

fazendo com que o aluno além de situar historicamente a produção artística, se interrogue

sendo levado a interpretar o mundo e a si mesmo, através da paisagem natural

substituída pelo cenário criado pelo homem.

Para que o processo de ensino e aprendizagem se efetive, o professor deverá

trabalhar com os conhecimentos de sua formação; que faça relações com os saberes das

outras linguagens/áreas de arte, e proporcione ao aluno uma perspectiva de abrangência

do conhecimento em arte produzido pela humanidade.

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- SENTIR E PERCEBER

Possibilitar aos alunos o acesso às obras artísticas para que possam familiarizar-se

com as diversas formas de produção da arte. Envolve também a leitura dos objetos, da

natureza e da cultura em uma dimensão estética.

Inicialmente, a leitura das obras artísticas se dá pelos sentidos. A percepção e a

fruição serão superficiais ou mais aprofundadas, de acordo com as experiências e

conhecimentos estéticos que o aluno tiver em sua vida.

O trabalho do professor é o de possibilitar o acesso e mediar esta leitura com o

conhecimento sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras de arte e a

realidade, transcendendo as aparências, apreendendo através da arte parte da totalidade

da realidade humano social.

A humanização dos objetos e dos sentidos, realiza-se tanto na apreciação livre dos

objetos, quanto na percepção mediada pelo conhecimento estético sistematizado.

- CONHECIMENTO ESTÉTICO

Este é o momento privilegiado da cognição, onde a racionalidade opera para

apreender o conhecimento historicamente produzido sobre arte.

A Arte é um campo do conhecimento humano, que é estruturado por um saber, que

tem uma origem, cada conteúdo tem sua história, que deve ser conhecida para melhor

compreensão por parte do aluno.

Este conhecimento transforma-se através do tempo em função dos modos de

produção social, o que implica para o aluno que conhecer como se organizam as várias

formas de produzir arte, é conhecer também como a sociedade estrutura-se

historicamente.

- TRABALHO ARTÍSTICO

O trabalho criador (prática) é a expressão do aluno sendo privilegiada. É o momento

do exercício da imaginação e da criação. Apesar das dificuldades de desenvolver estas

práticas nas escolas, é de fundamental importância, pois a arte não pode ser apreendida

de forma abstrata.

O processo de produção do aluno se dá quando ele interioriza e se familiariza com

os processos artísticos e humaniza os sentidos.

Estes três eixos metodológicos são importantes e essenciais no processo ensino-

aprendizagem em arte, são interdependentes e devem ser tratados de forma orgânica em

vários momentos..

Pode-se iniciar o encaminhamento do trabalho pelo trabalho artístico, mas em

todos os momentos é necessário tratar do conhecimento estético, onde o aluno faz,

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mas sabe o que e o porque está fazendo, construindo junto com o professor o

conhecimento, inclusive, que haja alguns momentos de aulas teóricas sobre o conteúdo e

os movimentos artísticos importantes na história.

Para complementar o eixo sentir e perceber, é fundamental que se possibilite aos

alunos, visitas à exposições, museus, que assistam peças teatrais, apresentações

musicais, dança, dentre outros, que facilitem a análise, a descrição do contexto e a

organização das diferentes formas de linguagem.

8.1.7 AVALIAÇÃO

Os critérios de avaliação em Arte decorrem dos conteúdos, consistem em uma

seleção de expectativas que evidenciam a apropriação destes conteúdos pelos alunos.

Não se propõe aqui avaliar a expressão, ou o trabalho do aluno, mas no seu

trabalho avaliar o domínio que este vai adquirindo dos modos de organização destes

conteúdos ou elementos formais na composição artística. Isto significa que há modos de

organizar, de expressar as qualidades estéticas dos objetos, dos sons da realidade, de

forma que a resolução de uma proposta de representação artística tem por base o

equilíbrio, a harmonia, a dinâmica, etc..

Estes aspectos são o conhecimento que possibilitam ao aluno:

* expressar sua leitura sobre a realidade humano-social no trabalho artístico;

* reconhecer e utilizar os diferentes sistemas de representação artística;

* fazer uma leitura da produção artística, a partir dos procedimentos que foram

usados;

* ultrapassar a cópia, a imitação e os estereótipos de representação;

* superar os hábitos de percepção impostos socialmente, que tendem a ver os

objetos somente sob seus aspectos prático-utilitários;

* construir, a partir da sensibilidade estética, da imaginação e do conhecimento

técnico, o trabalho artístico, permitindo que este venha a ser partilhado com os outros.

Estas questões pretendem evidenciar que o conhecimento é o mediador da relação

aluno-produção artística e a avaliação como parte deste processo, deve possibilitar ao

professor perceber em que medida houve a apropriação do conteúdo proposto.

No processo de avaliação do ensino da Arte, o professor precisa considerar a

história do processo pessoal de cada aluno e sua relação com as atividades

desenvolvidas na escola. O professor deve criar formas criativas de avaliação dos quais

os alunos possam participar, assim como promover situações de auto-avaliação para

desenvolver a reflexão do aluno sobre o seu trabalho artístico e dos demais colegas.

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A avaliação pode ser realizada durante a própria situação de aprendizagem,

quando o professor identifica como o aluno interage com os conteúdos, ou então, ao

término de um conjunto de atividades que compõem uma unidade didática para analisar

como a aprendizagem ocorreu.

A avaliação em arte é um processo contínuo, ao longo de todo o ano letivo,

práticas cotidianas dos alunos podem ser tomadas como forma de avaliação. A realização

de provas tradicionais e exames acabam por sair do cotidiano normal da aula de artes,

tornando o aluno menos sensível e espontâneo para uma avaliação em arte.

8.1.8 REFERÊNCIAS

BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.

BARBOSA, A. M. (org.) A imagem do ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva, 1996.

CANDAU, V. M. (org.) Sociedade, educação e cultura(s): questões e propostas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

DONDIS, D. Sintaxe da linguagem visual. Tradução de: Jéferson Luiz Camargo. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1993.

JAPIASSU, R. Metodologia do ensino do teatro. São Paulo: Papirus, 2001.

PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

OSINSKI, Dulce R. B. Ensino da Arte: os pioneiros e a influência estrangeira na arte-educação em Curitiba. Tese de Mestrado, universidade Federal do Paraná. 1998.

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná: Arte. Curitiba: SEED, 2008.

8.2. BIOLOGIA

8.2.1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA.

A História da Ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm sua origem

registrada desde a Antiguidade. As ideias deste período que contribuíram com o

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desenvolvimento da Biologia, tiveram como principais pensadores e estudiosos, os

filósofos Platão (428/27 a.C. - 347 a.C.) e Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.), que, deixaram

contribuições relevantes quanto à classificação dos seres vivos. As interpretações

filosóficas buscavam explicações para compreensão da natureza.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das diferentes

concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações para o ensino, buscou-se na

História da Ciência os contextos históricos nos quais pressões religiosas, econômicas,

políticas e sociais que impulsionaram mudanças conceituais no modo como o homem

passou a compreender a natureza.

Nesse período longo e conturbado, surgiram novas contribuições para as

Ciências Biológicas(ciência de referência), porém muitos naturalistas se mantêm sob a

influência do paradigma aristotélico. Carl von Linné (1707-1778), fundador do sistema

moderno de classificação científica dos organismos, em sua obra “Systema Naturae”

(1735), propõe a organização dos seres vivos a partir de características estruturais,

anatômicas e comportamentais, “mantendo a visão de mundo estático idêntico em sua

essência à criação perfeita do Criador” (FUTUYAMA, 1993, p. 2), classificando os seres

vivos, mas mantendo o princípio da criação divina.

Com Linné, o sistema descritivo possibilitou a organização da Biologia

considerando a comparação das espécies coletadas em diferentes locais. Esta tendência

reflete a atitude contemplativa interessada em retratar a beleza da natureza partindo da

exploração empírica do mundo natural pautado por um método baseado na observação e

descrição da natureza, caracterizando o pensamento biológico descritivo.

Neste contexto do pensamento descritivo, conceitua-se VIDA "como expressão da

NATUREZA idealizada pelo sujeito racional" (RUSS, 1994, p. 360-363).

Em meio a tantas mudanças, contributos foram dados pelo médico Willian Harvey

(1578-1657) com a proposição de um novo modelo referente à circulação do sangue. Este

modelo, não o método, foi acolhido por Descartes (1596-1650) como uma das bases mais

consistentes do pensamento biológico mecanicista.

Sob a influência do pensamento positivista reafirma-se o pensamento mecanicista.

Para entender o funcionamento da VIDA a Biologia fracionou os organismos vivos em

partes cada vez mais especializadas e menores procurando compreender as relações

causa e efeito no funcionamento de cada uma de suas partes. No século XX, a nova

geração de geneticistas confirmou os trabalhos de Mendel provocando uma revolução

conceitual da biologia. Esta concepção contribui para a construção de um modelo

explicativo dos mecanismos evolutivos vinculando-os ao material genético, marcando a

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influência do pensamento biológico evolutivo.

Um novo modelo explicativo passa a ser visto a partir do pensamento biológico

da manipulação genética, demarcando a condição do homem em compreender a

estrutura físico-química dos seres vivos e as consequentes alterações biológicas.

Os momentos históricos apontados têm como finalidade representar como se deu a

construção do pensamento biológico, identificando os recortes históricos importantes para

fundamentar a proposição dos conteúdos estruturantes de Biologia.

Entretanto, para a Ciência, e em especial para a BIOLOGIA, esta construção

ocorre a partir de movimentos não-lineares, com momentos de crise, de revoluções, de

mudanças de paradigmas, de questionamentos conflitantes, de busca constante por

explicações sobre o fenômeno VIDA.

Sendo assim, organizar os conhecimentos biológicos construídos ao longo da

história da humanidade e adequá-los ao sistema de ensino requer compreensão dos

contextos em que a disciplina de Biologia é contemplada nos currículos escolares.

Na realidade escolar brasileira, os procedimentos próprios do Ensino de Ciências

ficaram reduzidos a transmissão de um único método científico, consistente no conjunto

de passos perfeitamente definidos e aplicados de modo mecanicista, ensinando o aluno a

pensar e agir como cientistas, numa visão positivista de Ciência. Esta escola ainda estava

voltada para atender os filhos da elite cultural brasileira, iniciando o deslocamento do foco

da formação humanista para a científica.

ARROYO (1988, p. 5), afirma que

No final da década de sessenta e início da década de setenta, fez-se uma crítica rígida ao saber transmitido no sistema escolar brasileiro. Tratava-se com desprezo o chamado saber tradicional, visto como livresco, humanista, metafísico, apropriado a uma república de bacharéis diletantes e improdutivos. Propunha-se um saber moderno, técnico-científico, útil, prático, capaz de formar profissionais e trabalhadores eficientes para uma sociedade produtiva.

Sob o impacto da revolução científico-técnica, na década de 70, as questões

ambientais decorrentes da industrialização desencadearam uma nova concepção sobre o

Ensino de Ciências. Passou-se a discutir as implicações sociais do desenvolvimento

científico.

O sistema de ensino brasileiro sofreu mudanças significativas com a promulgação

da segunda LDB, Lei 5692/71, que fixava Diretrizes e Bases do Ensino de 1 º e 2 º graus.

Essa lei trazia alterações no sentido de conter os aspectos liberais constantes na lei

anterior, estabelecendo um ensino tecnicista para atender ao regime vigente voltado para

a ideologia do Nacionalismo Desenvolvimentista (AGOSTINI, 2000).

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O Ensino de Ciências é reorganizado. “A escola secundária deve servir agora não

mais à formação do futuro cientista ou profissional liberal, mas principalmente ao

trabalhador, peça essencial para responder às demandas do desenvolvimento”

(KRASILCHIK, 1987. p.18).

Em meio à crise dos anos 80 começaram a surgir várias críticas às concepções

que prevaleciam nos projetos inovadores para o Ensino de Ciências. O ponto central

desta revisão é a respeito da ideia de Ciência positivista e da utilização da metodologia

científica pelo aluno. Os projetos caracterizavam-se por uma concepção empírico-

indutivista para a Biologia, e visavam desenvolver essa concepção no ensino.

Os conteúdos de Biologia eram aprendidos com base na observação, a partir da

qual, os mesmos poderiam ser explicados por raciocínios lógicos comprovados pela

experimentação. A experimentação garantia também a descoberta de novos fatos, de

forma que o ciclo se fechava: voltava-se à observação, depois ao raciocínio, depois à

experimentação.

Surge no Brasil um novo campo de pesquisa sobre a aprendizagem dos conceitos

científicos, envolvendo a psicogênese dos conceitos e suas implicações na aprendizagem

das ciências. Decorrente dele, nos anos 80 surge no Brasil um novo, utilizando a análise

do processo de produção do conhecimento na ciência como fonte de inspiração para a

proposição de modelos de aprendizagem.

Em virtude das críticas ao contexto educacional, ao findar os anos 80 e iniciar os

anos 90, no Estado do Paraná, a Secretaria de Estado da Educação propõe o Programa

de Reestruturação do Ensino de 2.º Grau. A proposta, apresentada para o ensino teve

como referencial teórico à pedagogia histórico-crítica. Este novo programa analisava as

relações entre escola-trabalho-cidadania.

Para o ensino da Biologia, a proposta estabelece seis temas que envolviam as

diferentes ciências de referência desta disciplina e algumas noções do desenvolvimento

científico e tecnológico. Este documento tinha por finalidade a busca de uma alternativa

metodológica para o ensino de Biologia, oportunizando aos professores e alunos a uma

visão totalizante da Biologia.

Tal proposta, apesar da tentativa de superação do ensino tradicional e tecnicista

com a pedagogia histórico-crítica, apresentava os conteúdos ainda divididos por blocos

tradicionais do livro didático, reunidos em temas geradores. A visão de totalidade

caracterizava o "conteudismo" dos conhecimentos da biologia.

Em 1998 foram promulgadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino

Médio (DCNEM – Resolução CNE/CEB 03/98), para normatização da LDB 9394/96. O

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ensino passou a ser organizado por áreas de conhecimento, ficando a Biologia disposta

na área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias.

Os conhecimentos da Biologia expressos no PCN apontaram como objeto de

estudo da disciplina o fenômeno vida em toda sua "diversidade de manifestações", porém

os conceitos básicos da Biologia são apresentados de forma reducionista, com ênfase

nos resultados da Ciência e omissão do seu processo de produção, sem a abordagem

histórica, permitindo uma pedagogia de projetos para assuntos que não contemplam o

conjunto de conhecimentos historicamente construídos para a Biologia (MOREIRA, 1991;

BIZZO, 2000; NARDI, 2002).

Partindo-se da dimensão histórica da disciplina de Biologia, nas Diretrizes

Curriculares foram identificados os marcos conceituais da construção do pensamento

biológico. Estes marcos foram utilizados como critérios para escolha dos Conteúdos

Estruturantes e dos Encaminhamentos Metodológicos. Cabe ressaltar que a importância

desta compreensão histórica e filosófica da Ciência está em conformidade com o atual

contexto sócio-econômico e político, estabelecido a partir da compreensão da concepção

de Ciência enquanto construção humana.

8.2.2 OBJETIVOS GERAIS

Em um momento de transição paradigmática como o atual, a disciplina de Biologia

questiona exatamente aquilo que a fundamenta: a vida. Diante dos conceitos que tentam

definir este fenômeno,as teorias biológicas rendem-se diante da sua complexidade, ainda

não totalmente desvendada e mudam seu foco, que antes era a própria vida para agora

ser o estudo das mais variadas formas de vida. Desde as mais elementares até o

intrincado agrupamento de espécies num ecossistema.

Os processos mantenedores da vida são resultado de um entrelaçamento de relações

químicas e estruturais em constante fluidez,um equilíbrio dinâmico cujo único objetivo é

preservar e perpetuar as espécies paradigma isso, há uma sucessão de acontecimentos

que ocorrem concomitantemente e que já foram muito estudados, porém de forma

isolada, especializada.

Diante da complexidade do mundo, repleto de contradições em sociedades múltiplas e

heterogêneas, a Biologia revela mais uma incerteza: o próprio modelo vital, inconstante e

imprevisível

Sendo os elementos vitais os únicos capazes de utilizar a complexidade da vida para

mantê-la, por que não aprender com a natureza a fim de que se atingir a tão desejada

sustentabilidade? Afinal, a sustentação da vida é o objetivo de todo ser, inclusive da

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própria humanidade e nada adiantaria a aprendizagem se não houvesse a vida para

manter.

Para justificar e compreender o conjunto dos procedimentos envolvidos no fenômeno

vida, que necessita de uma abordagem capaz de reunir o máximo possível de elementos,

contextos, interações para criar uma trama. Esta abordagem visa atingir a reflexão e

compreensão do processo biológico como um todo, interdependente, onde a soma das

partes é maior que do o todo.

O ensino da biologia mais flexível com a possibilidade de análise e experimentação

permanentes, perpassando por diferentes momentos da construção do conhecimento

biológico.

Os alunos serão levados a produzir este conhecimento utilizando diferentes fontes de

pesquisa, da experimentação, da observação da natureza, desde suas formas mais

simples até as mais complexas, de análises, de forma que estes busquem respostas, para

os desafios formulados a recriação de conceitos e o questionamento dos já construídos. E

para que este saber tenha um significado pragmático, é preciso efetivar a teoria em

ações relevantes para a manutenção e qualidade da vida, e levar esse conhecimento

para subsidiar as práticas sociais com as soluções locais.

É desta forma que os conteúdos são trabalhados, com a compreensão dos elementos

e processos biológicos, desenvolvidos com os conceitos de ciências naturais

condensadas para explicar o fenômeno vida e seus processos evolutivos, bem como as

possibilidades de transformação de forma sustentável.

Cabe ao professor induzir a criação de tecnologias inspiradas nos agentes orgânicos

como modelos de sustentabilidade. O professor não é um agente determinante do

processo de comunicação e sim um facilitador e instigador deste processo de

conhecimento. Assim será possível subverter a lógica da exclusão através do

conhecimento aplicado na manutenção da vida com toda a sua exuberância. O trabalho

do professor será o de iluminar o caminho a ser percorrido através de questionamentos

desafiantes, que instiguem a curiosidade e a vontade de conhecer para criar.

Com esse processo surgem as hipóteses e as possibilidades de respostas a desafios

lançados que permitem o repensar e propiciam uma melhor qualidade de vida aos alunos

e à comunidade.

O respeito às diversidades cultural, social e biológica dão significado à transgressão da

lógica curricular: transformar a sociedade do consumo desenfreado em uma sociedade

pautada pela ética do cuidado com o outro. O conhecimento contextual e global sugerido

por esta abordagem, leva a soluções sistêmicas para os problemas gerados pela própria

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espécie humana,única capaz de transformar o ambiente. Somente esta espécie pode

reverter esta situação criada por ela mesma e esta reversão só poderá ser proporcionada

pelo conhecimento aplicado, dando real significado ao aprendizado. Caso o conhecimento

construído em sala de aula, revele a compreensão desse contexto atual e permita as

mudanças de atitude necessárias, o objetivo educacional estará cumprido: a preservação

da vida.

8.2.3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes são interdependentes e não devem ser seriados nem

hierarquizados, esses conteúdos estruturantes são: organização dos seres vivos,

mecanismos biológicos, biodiversidade e manipulação genética. Eles devem ser

abordados de forma integrada, com ênfase nos aspectos essenciais do objeto de estudo

da disciplina, relacionados a conceitos oriundos das diversas ciências de referência da

Biologia.

8.2.4. CONTEÚDOS BÁSICOS

Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.

Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.

Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos

Teorias evolutivas.

Transmissão das características hereditárias.

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos interdependência

com o ambiente.

Organismos geneticamente modificados.

8.2.5. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE- Características dos seres vivos

- Composição química e organização da matéria viva

- Metabolismo, homeostase, movimento, reação, crescimento, reprodução, adaptação

- Níveis de organização em biologia

- Breve histórico da Biologia

As origens da Biologia Biologia e as grandes questões atuais

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- A investigação científica

Método hipotético-dedutivo em ciência, teste de hipóteses através da experimentação

- As principais subdivisões da Biologia

- A origem da vida

Biogênese versus abiogênese: os experimentos de Redi; Pasteur e a derrubada da

abiogênese

A origem dos primeiros seres vivos

- Citologia: a descoberta da célula

Histórico e os primeiros citologistas

Noções de microscopia: microscópio óptico e eletrônico

Células eucariontes e procariontes

- Química da célula

Água: importância e propriedades

Sais minerais: importância, tipos e propriedades

Carboidratos: tipos e funções

Lipídios: tipos e funções, lipídios e membrana celular

Proteínas: tipos, funções, aminoácidos, função enzimática, enzimas (atuação,

fatores que afetam a atividade das enzimas). Proteínas simples e conjugadas

Ácidos nucléicos: tipos de ácidos nucléicos, DNA e RNA

Vitaminas: importância e fontes naturais

- Envoltórios e membranas celulares

- Glicocálix

- Parede celular

- Membrana plasmática

- Organização molecular da membrana plasmática: O MODELO MOSAICO-FLUIDO

- Permeabilidade da membrana plasmática: difusão, osmose, difusão facilitada e

transporte ativo

- Fagocitose e pinocitose

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- O citoplasma

- Citosol

- Retículo endoplasmático rugoso e liso

- Aparelho de Golgi

- Lisossomos

- Peroxissomos

- Mitocôndrias

- Plastos

- Citoesqueleto

- Centríolos, cílios e flagelos

- O núcleo

- Componentes do núcleo: membrana nuclear, cromatina, nucléolos;

- A estrutura do cromossomo

- Cromossomos homólogos

- Cromossomos gigantes

- Divisão celular

- Mitose: ciclo, fases

- Meiose: processo geral, primeira divisão, segunda divisão; formação de gametas

- Metabolismo energético

Fotossíntese

Quimiossíntese

Fermentação;

Respiração: aeróbica e metabolismo anaeróbico

- Diversidade celular nos animais: histologia (estudo dos tecidos)

- Como se formam os tecidos

- Tipos fundamentais de tecidos: epitelial, conjuntivo, muscular, nervoso.

- Reprodução

- Sexuada e assexuada

- Fecundação

- Embriologia

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- Ecologia

- A dinâmica dos ecossistemas

- Populações e comunidades

- Comunidades em desenvolvimento

- A biosfera e os biociclos

- Os seres vivos e suas relações

- Os ciclos biogeoquímicos

2ª SÉRIE

- A classificação biológica

Importância da classificação

Categorias taxonômicas

Nomenclatura binomial

Os reinos dos seres vivos

Classificação e parentesco evolutivo: filogenia e evolução

- Os vírus

Características gerais

Estrutura e diversidade

Reprodução

Doenças provocadas por vírus

- Reino Monera

Diversidade e classificação: arqueobactérias e eubactérias

Estrutura celular

Diversidade nutricional das eubactérias: respiração e fermentação

Reprodução

Importância ecológica e econômica

Doenças provocadas por bactérias (antibióticos)

- Reino Protista

- Características gerais e classificação

ALGAS: características, classificação, reprodução, importância ecológica e econômica

PROTOZOÁRIOS: características gerais e diversidade

- Classificação: principais FILOS e suas características

- Reprodução

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- Doenças causadas por protozoários

- Reino Fungi

• Características gerais e diversidade

• Estrutura e organização

• Classificação: principais classes

• Reprodução: assexuada e sexuada

• Importância ecológica e econômica

• Fungos e substâncias de uso farmacêutico

- Reino Plantae

- Origem e evolução das plantas

- Classificação A – criptógamas, B – fanerógamas

a) CRIPTÓGAMAS

- Avasculares:

- Briófitas: características gerais, diversidade, reprodução

- Vasculares- Pteridófilas: características gerais, diversidade, reprodução

b) FANERÓGAMAS

- Características gerais

- Origem e evolução, adaptações

- Gimnospermas: características gerais e reprodução

- Angiospermas: características gerais, estudo da raiz, caule, folha, flor, fruto e semente:

classificação: monocotiledôneas e dicotiledôneas; anatomia e fisiologia

- Reino Animal

- Origem e evolução

- Características gerais

- Classificação: vertebrados e invertebrados

- INVERTEBRADOS: características gerais, anatomia e fisiologia, reprodução de cada

um dos filos

- Filo dos poríferos

- Filo dos cnidários

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- Filo dos platelmintos

- Filo dos nematelmintos

- Filo dos moluscos

- Filo dos anelídeos

- Filo dos artrópodos

- Classes: insetos, aracnídeos, crustáceos, dipeópodos e quilópodos.

- Filo dos equinodermos

- VERTEBRADOS: características gerais, anatomia e fisiologia, reprodução para cada

uma das classes do filo dos cordados.

- Filo dos cordados

- Classes: agnatos, condrictes, osteíctes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos

3ª SÉRIE

- Genética

- Origem da ciência genética

- Reprodução e hereditariedade

- Base celular da hereditariedade

- A primeira Lei de Mendel – Monoibridismo

- A expansão do Mendelismo: os conceitos de fenótipo e genótipo

- A segunda Lei de Mendel – Diibridismo

- Noções de probabilidade aplicada à genética

- O retrocruzamento e os heredogramas

- A disjunção cromossômicas e o linkage

- Os alelos múltiplos

- Os grupos sanguíneos humanos

- Interação gênica

- Comportamentos gênicos especiais

- Vinculação ao sexo

- Determinismo do sexo

- Genética de populações

- Evolução- A origem da vida

- Teorias da evolução

- Irradiação adaptativa e convergência

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- As provas da evolução

- As divisões do tempo geológico

- Fisiologia Humana- Sistemas: digestório, circulatório, respiratório, excretor, endócrino, nervoso, locomotor,

sensorial e imunológico.

8.2.6. METODOLOGIA A metodologia de ensino da Biologia, envolve o conjunto de processos organizados e

integrados, quer no nível de célula, de indivíduo, de organismo no meio, na relação ser

humano e natureza e nas relações sociais, políticas, econômicas e culturais.

Nesse contexto, as aulas experimentais podem significar uma crítica ao ensino com

ênfase exclusiva na divulgação dos resultados do processo de produção do conhecimento

científico, e apontar soluções que permitam a construção racional do conhecimento cientí -

fico em sala de aula, sem dissociar as implicações deste conhecimento para o ser huma-

no.

Cabe ressaltar que a aula assim concebida deve introduzir momentos de reflexão

teórica com base na exposição dialogada, bem como a experimentação como possibilida-

de de superar o modelo tradicional das aulas práticas dissociadas das teóricas. As aulas

práticas passam a fazer parte de um processo de ensino pensado e estruturado pelo pro-

fessor, repensando-se inclusive, o local onde possam acontecer, não ficando restritas ao

espaço de laboratório.

As aulas, desta forma, não são apenas experimentais ou apenas teóricas, mas

pensadas de modo a assegurar a relação interativa entre o professor e o aluno, ambos

tendo espaço para expor suas explicações, refletir a respeito das implicações de seus

pressupostos e revê-los à luz das evidências científicas.

Assim, a experimentação deve ter como finalidade o uso de um método que privile-

gie a construção do conhecimento, em caráter de superação à condição de memorização

direta, comportamentalista. Parte-se do pressuposto que a adoção de uma prática peda-

gógica fundamentada nas teorias críticas deve assegurar ao professor e ao aluno a parti -

cipação ativa no processo pedagógico.

Desse modo, os conhecimentos biológicos, se compreendidos como produtos his-

tóricos indispensáveis à compreensão da prática social, podem contribuir para revelar a

realidade concreta de forma crítica e explicitar as possibilidades de atuação dos sujeitos

no processo de transformação desta realidade (LIBÂNEO,1983).

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Para o ensino de Biologia, compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade

de relações significa pensar em uma Ciência em transformação, cujo caráter provisório

garante a reavaliação dos seus resultados e possibilita o repensar e a mudança constante

de conceitos e teorias elaboradas em cada momento histórico, social, político, econômico

e cultural.

A proposta curricular para o ensino de Biologia firma-se na construção a partir da

práxis do professor. Objetiva-se, portanto, trazer os conteúdos de volta para os currículos

escolares, mas numa perspectiva diferenciada onde se retome a história da produção do

conhecimento científico e da disciplina escolar e seus determinantes políticos, sociais e

ideológicos.

A incursão pela Filosofia e História da Ciência permitiu identificar quatro

paradigmas metodológicos do conhecimento biológico: descritivo, mecanicista, evolutivo e

o da manipulação genética.

Cada paradigma representa um marco conceitual da construção do pensamento

biológico identificado historicamente. De cada marco define-se um Conteúdo Estruturante

e destacam-se metodologias de pesquisa utilizadas, à época, para a compreensão do

fenômeno VIDA, cuja preocupação está em estabelecer critérios para seleção de

conhecimentos desta disciplina à serem abordados no decorrer do Ensino Médio.

O desenvolvimento dos Conteúdos Estruturantes deve ocorrer de forma integrada.

Pretende-se compreender o processo de construção do pensamento biológico

presente na História da Ciência e reconhecer a Ciência como uma construção humana,

enquanto luta de ideias, solução de problemas e proposição de novos modelos

interpretativos, não atendendo somente para seus resultados.

Com a introdução de elementos da história torna-se possível compreender que há

uma ampla rede de relações entre a produção científica e os contextos social, econômico,

político e cultural, verificando-se que a formulação, a validade ou não das diferentes

teorias científicas está associada ao momento histórico em que foram propostas e aos

interesses dominantes do período.

Ao considerar o embate entre as diferentes concepções teóricas propostas para

compreender um fato científico ao longo da história, torna-se evidente a dificuldade de

consolidação de novas concepções em virtude das teorias anteriores, pois estas podem

agir como obstáculos epistemológicos.

Torna-se importante, então, considerar a necessidade de se conhecer e respeitar

a diversidade social, cultural e as ideias primeiras do aluno, como elementos que também

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podem constituir obstáculos à aprendizagem dos conceitos científicos que levam a

compreensão do conceito VIDA.

Como recurso para diagnosticar as ideias primeiras do aluno é recomendável

favorecer o debate em sala de aula. Este oportuniza a reflexão e contribui para a

formação de um sujeito investigativo, interessado, que busca conhecer e compreender a

realidade. Dizer que o aluno deve superar suas concepções anteriores implica em

promover ações pedagógicas que permitam tal superação.

O ensino dos conteúdos específicos de Biologia apontam para as seguintes

estratégias metodológicas de ensino: prática social, problematização, instrumentalização,

catarse e o retorno à prática social (GASPARIN, 2002; SAVIANI, 1997).

PRÁTICA SOCIAL: caracteriza-se por ser o ponto de partida onde

o objetivo é perceber denotar, dar significação às concepções

alternativas do aluno a partir de uma visão sincrética,

desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo à ser

trabalhado.

PROBLEMATIZAÇÃO: é o momento para detectar e apontar as

questões que precisam ser resolvidas no âmbito da prática social

e, em consequência, estabelecer que conhecimentos são

necessários para a resolução destas questões, e as exigências

sociais de aplicação desse conhecimento.

INSTRUMENTALIZAÇÃO: consiste em apresentar os conteúdos

sistematizados para que os alunos assimilem e os transformem

em instrumento de construção pessoal e profissional. Neste

contexto, que os alunos apropriem-se das ferramentas culturais

necessárias à luta social para superar a condição de exploração

em que vivem.

CATARSE: é a fase de aproximação entre o que o aluno adquiriu

de conhecimento e o problema em questão. A partir da

apropriação dos instrumentos culturais, transformados em

elementos ativos de transformação social, e assim sendo, o aluno

passa ao entendimento e elaboração de novas estruturas de

conhecimento, ou seja, passa da ação para a conscientização.

RETORNO À PRATICA SOCIAL: caracteriza-se pelo retorno à

prática social, com o saber concreto e pensado par atuar e

transformar as relações de produção que impedem a construção

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de uma sociedade mais igualitária. A situação de compreensão

sincrética apresentada pelo aluno no início do processo, passa de

um estágio de menor compreensão do conhecimento científico à

uma fase de maior clareza e compreensão, explicitada numa visão

sintética. Neste contexto, o processo educacional põe-se a serviço

da referida transformação das relações de produção.

Assim, ao utilizar-se desta estratégia metodológica e retomando as metodologias

que favoreceram a determinação dos marcos conceituais apresentados nestas Diretrizes

Curriculares para o ensino de Biologia, propõe-se a utilização das estratégias acima

apresentadas e considerar os princípios metodológicos utilizados naqueles momentos

históricos, porém, adequados ao ensino neste momento histórico.

Para cada Conteúdos Estruturantes, propõe-se:

a. Organização dos Seres Vivos:

A metodologia descritiva, utilizada no momento histórico em que esse Conteúdo

Estruturante foi sistematizado no pensamento biológico, propõe a observação e descrição

dos seres vivos. Nesta diretriz, busca-se partir desta metodologia ampliando a discussão

para a comparação das características estruturais anatômicas e comportamentais dos

seres, realizando discussões entre os critérios usados desde Linné até a atualidade com a

introdução da análise genômica, propiciando a compreensão sobre como o pensamento

humano, partindo da compreensão de mundo imutável, chegou ao modelo de mundo em

constante mudança.

b. Mecanismos Biológicos:

Este Conteúdo Estruturante fundamenta-se no paradigma mecanicista para

explicar os mecanismos biológicos. Por isso, baseava-se na análise dos conhecimentos

biológicos sob uma perspectiva fragmentada, conhecendo-se as partes, utilizando as

ideias do método científico propondo hipóteses que permitam analisar como os sistemas

biológicos funcionam. Nesta diretriz, considera-se que este conhecimento, isoladamente,

é insuficiente para permitir ao aluno compreender as relações que se estabelecem entre

os diversos mecanismos para manutenção da vida. É importante que o professor

considere o aprofundamento, a especialização, o conhecimento objetivo como ponto de

partida para que se possa compreender os sistemas vivos como fruto da interação entre

seus elementos constituintes e da interação deste sistema com os demais componentes

do seu meio;

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c. Biodiversidade:

Este Conteúdo Estruturante fundamenta-se no paradigma evolutivo. Sendo a

concepção de Ciência entendida como construção humana, a metodologia do ensino

neste Conteúdo Estruturante pretende caracterizar a diversidade da VIDA como um

conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um

indivíduo, ou, ainda, de organismos no seu meio. Nesta diretriz, pretende-se que as

reflexões propostas, neste Conteúdo Estruturante, partam das contribuições de Lamarck e

Darwin para superar as ideias fixistas, já superadas há muito pela ciência e supostamente

pela sociedade. Pretende-se a superação das concepções alternativas do aluno com a

aproximação das concepções científicas, procurando compreender os conceitos da

genética, da evolução e da ecologia, como forma de explicar a diversidade dos seres

vivos.

d. Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida:

Este Conteúdo Estruturante fundamenta-se no paradigma da manipulação

genética. Ao propor o paradigma da manipulação genética não significa que esteja sendo

proposto a manipulação do material genético nos laboratórios escolares. O que se

pretende, nesta diretriz, é garantir a reflexão sobre as implicações dos avanços biológicos

para o desenvolvimento da sociedade. Uma possibilidade metodológica a ser utilizada é

a problematização. Esta proposta metodológica parte do princípio da provocação e

mobilização do aluno na busca por conhecimentos necessários para resolução de

problemas. Estes problemas relacionam os conteúdos da Biologia ao cotidiano do aluno

para que ele busque compreender e atuar na sociedade de forma crítica.

Compreendendo-se a proposta dos Conteúdos Estruturantes, atenção especial

deve ser dada ao modo como os recursos pedagógicos serão utilizados e aos critérios

político-pedagógicos da seleção que podem contribuir para uma leitura crítica que

permitirá realizar os recortes necessários dos conteúdos específicos identificados como

significativos para o Ensino Médio.

Recursos a serem utilizados:

- Aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação, as analogias, entre tantos outros,

serão utilizados no sentido de possibilitarem a participação dos alunos, favorecendo a

expressão de seus pensamentos, suas percepções, significações, interpretações, uma

vez que aprender envolve a produção/criação de novos significados, tendo em vista que

esse processo acarreta o encontro e o confronto das diferentes ideias que circulam em

sala de aula.- Imagens como vídeo, transparências, fotos e as atividades experimentais,

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são recursos utilizados para uma problematização em torno da questão demonstração-

interpretação. Analisar quais os objetivos, expectativas a serem atingidas, além da

concepção de ciência que se agrega a estas atividades, pode contribuir para a

compreensão do papel do aluno frente a tais atividades.

- Aula experimental, seja ela de manipulação de material ou demonstrativa representa um

importante recurso de ensino.

- Aulas demonstrativas como um importante recurso, é preciso permitir a participação do

aluno e não apenas tê-lo como observador passivo. Algumas vezes a atividade prática

demonstrativa, implica na ideia da existência de verdades definidas e formuladas em leis

já comprovadas, isto é, de uma ciência de realidade imutável.

- Atividade prática, como resolução de problemas ou de hipóteses, ter uma concepção de

Ciência diferente, como interpretação da realidade, sendo as teorias e hipóteses,

consideradas explicações provisórias. Nesse caso, estabelece-se um maior contato do

aluno com o experimento, o que possibilita o diálogo com a atitude científica.

- Estudo do meio como parques, praças, terrenos baldios, praias, bosques, rios,

zoológicos, hortas, mercados, lixões, fábricas etc. Estas atividades, além de integrar

conhecimentos veicula uma concepção sobre a relação homem-ambiente e possibilita

novas elaborações por meio da pesquisa.

-Aulas práticas envolvendo citologia e fisiologia humana e utilização de materiais

disponíveis em laboratório:microscópio óptico, lâminas,corantes,painéis ilustrativos de

fisiologia humana(sistemas do corpo).

- O livro didático e atlas são recursos eficientes e devem ser utilizados no dia a dia para

pesquisas, análises, comparações,e organização de dados para apresentação de

trabalhos em equipe e individual.

- Os alunos serão orientados à confecção de modelos didáticos tridimensionais de

fisiologia humana e vegetal(em equipes).

- Elaboração e produção de cruzadinhas e caça-palavras sobre diversos assuntos como

forma de fixação do conteúdo.

- Produção de cartazes informativos e folders sobre doenças, educação ambiental,

gravidez, métodos contraceptivos, entre outros(escolha de alguns para impressão e

distribuição na escola e na comunidade).

- Debates envolvendo biotecnologia e bioética, bem como resolução de atividades sobre

genética, identificação de pessoas pelo DNA, montagem do cariítipo humano normal e

portador de síndromes.

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- Utilização de massa de modelar para representação das etapas da divisão celular

(mitose e meiose).

- Produção de mapas conceituais no quadro de giz.

- Utilização do laboratório de informática para pesquisas de diversos assuntos.

- A TV multimídia tornou-se recurso eficaz no processo de ensino-aprendizagem para

ilustração e complementação de ideias sobre conteúdos abordados.

- Escrita de textos dissertativos e artigos sobre temas contemporâneos, relacionando

teorias e práticas biológicas, a partir das leituras, análises e discussões realizadas,

construindo argumentos e posicionamento próprio.

- Biblioteca do colégio: diferentes referências para pesquisas, comparações, análises e

conclusões sobre diversos temas.

- Elaboração e ensaio de peças teatrais envolvendo educação ambiental(contemplação

da lei 9.795/99).

- As leis 10.639/03 História e Cultura Afro-Brasileira e indígena serão contemplados

dentro dos conteúdos de Genética e Evolução.

8.2.7. AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada através de situações que possibilitem condições para

reflexão e questionamentos acerca do aprendizado dos alunos.

- Conceber e utilizar a avaliação em Biologia, como instrumento de aprendizagem que

permita fornecer um feedback adequado para promover o avanço dos alunos;

- Ampliar o conceito e a prática da avaliação ao conjunto de saberes, destrezas e atitudes

que interesse contemplar na aprendizagem de conceitos biológicos, superando sua

habitual limitação à rememoração receptiva de conteúdos conceituais;

- Introduzir formas de avaliação da prática docente como instrumento de melhoria do

ensino.

É preciso compreender a avaliação como prática emancipadora. Deste modo, a

avaliação na disciplina de Biologia, passa a ser entendida como instrumento cuja

finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática

pedagógica para nela intervir e reformular os processos de aprendizagem.

Pressupõe-se uma tomada de decisão, onde o aluno toma conhecimento dos

resultados de sua aprendizagem e organiza-se para as mudanças necessárias.

Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações

pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo. Professores e

alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superar os

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obstáculos.

Espera-se que o aluno:

Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;

Estabeleça as características específicas dos microorganismos, dos organismos

vegetais e animais, e dos vírus;

Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular),

tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de

energia(autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);

Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e

molecular) dos seres vivos;

Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas

biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular,

esquelético, excretor, sensorial e nervoso);

Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;

Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que

ocorrem no interior das células;

Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão,

reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;

Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais

frequentes nos sistemas biológicos (histologia).

Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das

espécies;

Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade

diversidade dos seres vivos;

Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os

seres vivos;

Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do

equilíbrio dos ecossistemas;

Reconheça as alterações de interdependência entre os seres vivos e destes com o

meio em que vivem;

Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados

decorrentes de sua aplicação/utilização.

Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos

biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de

problemas sócio ambientais;

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Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem

na diversidade biológica;

Analise e discuta interesses econômicos,políticos, aspectos éticos e bioéticos da

pesquisa científica que envolvem a manipulação genética.

8.2.8. REFERÊNCIAS

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8.3. CIÊNCIAS

8.3 .1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O homem e demais animais relacionam-se com a Natureza para satisfazerem suas

necessidades. O que os diferencia é a forma de atuação. Enquanto os animais

apresentam uma atividade repetitiva, determinada biologicamente e têm que se adaptar

ao meio para garantir a sobrevivência da espécie, o homem exerce uma ação

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transformadora na Natureza, tornando-a humanizada e ao mesmo tempo alterando a si

próprio, através desta interação.

A ação humana sobre a Natureza visa a sobrevivência da espécie, todavia ela é

intencional e planejada, ultrapassando limites, uma vez que não produz somente para si,

como também não se restringe apenas à satisfação dessas necessidades imediatas.

O processo de produção da existência humana se dá pela interação homem-

natureza, homem-homem, que por sua vez é um processo de transformação mútua.

Desta interação surgem as ideias, dentre elas, uma parte constitui o conhecimento

humano nas suas diferentes formas (senso comum, científico, filosófico, etc.). Embora,

muitas vezes este conhecimento seja apresentado de modo fragmentado, contraditório,

composições divergentes expressam a realidade de um dado momento histórico.

Uma das formas de conhecimento produzido pelo homem no decorrer da sua

história é a ciência, “que se caracteriza por ser a tentativa do homem e entender e

explicar racionalmente a natureza buscando formular leis que em última instância

permitam a atuação humana”.

Por ser uma produção humana, a ciência é determinada por fatores sócio-

econômicos, político-culturais, ao mesmo tempo em que nelas interferem.

Se em outros estágios a ciência acreditava que alcançaria um conhecimento

absoluto e inquestionável, hoje, embora continue procurando a verdade da natureza,

admite a ideia de incerteza, de probabilidade, de estar em permanente transformação re-

examinando e reavaliando seus produtos.

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que

resulta da investigação da natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por natureza

o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda a sua

complexidade. Ao homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na

natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço,

matéria, movimento, força, campo, energia e vida. Nesta perspectiva, a proposta do

ensino de ciências tem por objetivo fornecer subsídios para que os alunos possam

compreender o mundo através do entendimento e da apropriação das leis e fenômenos

que o regem, sem perder a visão de totalidade, ou seja, sem deixar de explicitar as

necessidades que movem a produção humana.

A história e a filosofia da ciência mostram que a sistematização do conhecimento

científico evoluiu pela observação de regularidades percebidas na natureza, o que

permitiu sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos que nela ocorrem

Para que este ensino se concretize, é necessário que os conhecimentos científicos

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não sejam mais trabalhados por meio de monólogos, exposições repetitivas, ou de

simples repasse de fórmulas e conceitos descontextualizados. Esta forma de ensinar na

maioria das vezes leva o aluno a acreditar que tudo transcorre fora de sua realidade,

como se ele próprio não fizesse parte da dinâmica da natureza.

A história da ciência contribui para a melhoria do ensino de Ciências porque

propicia melhor integração dos conceitos científicos escolares sob duas perspectivas:

como conteúdo específico em si mesmo e como fonte de estudo que permite ao professor

compreender melhor os conceitos científicos.

A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico, mas

também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de

pesquisa que o produzem e as instituições que as apoiam (KNELLER,1980). Nesses

termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram, significa identificar

as diferentes formas de pensar sobre a natureza nos diversos momentos históricos.

O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se

estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à

educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e

recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas

sociedades contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (MARANDINO,

2005, p. 162).

Segundo Sevcenko (2001), mais de oitenta por cento dos avanços científicos e

inovações técnicas ocorreram nos últimos cem anos, destes, mais de dois terços após a

Segunda Guerra Mundial. Ainda, cerca de setenta por cento de todos os cientistas,

engenheiros, técnicos e pesquisadores formados desde o início do século XX ainda estão

vivos, continuam a contribuir com pesquisas e produzir conhecimento científico.

Diante disso, a reflexão crítica sobre o processo histórico-científico, onde ocorre a

elaboração e evolução dos conceitos, pelo homem, aliada à observação, à classificação

de fatos e fenômenos dentro do ensino de ciências, contribuem para que o aluno interaja

com o mundo que o cerca de forma a interpretá-lo, conhecê-lo e transformá-lo

racionalmente.

8.3.2. OBJETIVOS GERAIS

- Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante

e agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial com os demais

seres vivos e outros componentes do ambiente;

Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de

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vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica;

- Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de

elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e

atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria, transformação,

espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

- Saber combinar leituras, observações, experimentações, registros, formulação de

hipóteses e conclusões, para coleta, organização, comunicação e discussão de fatos e

informações;

- Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a

construção coletiva do conhecimento;

- Compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser promovido pela ação

coletiva;

- Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, distinguindo

usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem;

- Compreender a importância de atitudes individuais e coletivas para a preservação,

conservação e uso racional dos recursos do planeta;

- Disseminar o conhecimento adquirido na escola entre a comunidade.

8.3.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

A partir da historicidade dos conceitos científicos os conteúdos estruturantes visam

superar a fragmentação do currículo, além de estruturar a disciplina frente ao processo

acelerado de especialização do seu objeto de estudo e ensino. São eles:

Astronomia - ciência de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos

corpos celestes. Numa abordagem histórica traz as discussões sobre o geo e

heliocentrismo, pois os fenômenos celestes são de grande interesse dos estudantes

porque é por meio deles que se buscam explicações alternativas para acontecimentos

regulares da realidade.

Matéria – propõe-se a abordagem de conteúdos que privilegiam o estudo da

constituição dos corpos. Permite o entendimento não somente das coisas perceptíveis

como também de sua constituição, indo além daquilo que num primeiro momento vemos,

sentimos ou tocamos.

Sistemas biológicos – aborda a constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos,

bem como suas características especificas de funcionamento. Parte-se do entendimento

do organismo como um sistema integrado e amplia-se a discussão para uma visão

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evolutiva, permitindo a comparação entre os seres vivos, a fim de compreender o

funcionamento de cada sistema e das relações que formam o conjunto de sistemas que

integram o organismo vivo.

Energia – propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito de energia.

Assim tem-se o propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de

compreender o conceito energia no que se refere as suas várias manifestações, bem

como os mais variados tipos de conversão de uma forma de energia em outra

Biodiversidade – implica ampliar o entendimento de que a diversidade de espécies,

considerada em diferentes níveis de complexidade orgânica, habitando em diferentes

ambientes, mantendo suas inter-relações de dependência e inserida em um contexto

evolutivo.

8.3.4 CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

ASTRONOMIA

Universo

Sistema Solar

Movimentos terrestres

movimentos celestes

MATERIA

Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Níveis de organização celular

ENERGIA

Formas de energia

Conversão de energia

Transmissão de energia

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BIODIVERSIDADE

- Organização dos seres vivos

- Ecossitemas

- Evolução dos seres vivos

7º ANO

ASTRONOMIA

- Astros

- Movimentos terrestres

- Movimentos celestes

MATÉRIA

- Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

- Célula

- Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA

Formas de energia

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE

- Origem da vida

- Organização dos seres vivos

- Sistemática

8º ANO

ASTRONOMIA

- Origem e evolução do universo

MATÉRIA

- Constituição da matéria

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SISTEMAS BIOLÓGICOS

- Célula

- Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA

Formas de energia

BIODIVERSIDADE

Evolução dos seres vivos

9º ANO

ASTRONOMIA

Astros

Gravitação universal

MATÉRIA

- Constituição da matéria

Propriedades da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

-Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Mecanismos de herança genética

ENERGIA

• Formas de energia

- Conservação de energia

BIODIVERSIDADE

- Interações ecológicas

8.3.5. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6º ANO

Galáxias;

Idade do Universo;

Formação do Universo;

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Geocentrismo;

Heliocentrismo;

Formação do Sistema Solar;

Idade do Sistema Solar;

Localização do Sistema Solar em nossa Galáxia;

Composição do Sistema solar;

Astros do Sistema Solar;

Rotação;

Translação;

Estações do ano;

Eclipse do Sol;

Eclipse da Lua;

Fases da Lua;

Constelações;

Dias e noites;

Conceito de matéria;

A Terra antes do surgimento da vida;

Atmosfera terrestre primitiva;

Camadas atmosféricas;

Crosta terrestre;

Manto terrestre;

Núcleo terrestre;

Solos;

Rochas;

Minerais;

Água;

Organismo, sistemas, órgãos, tecidos, células, unicelular, pluricelular, procarionte,

eucarionte, autótrofo, heterótrofo;

Energia luminosa;

Energia elétrica;

Energia eólica;

Ciclos de matéria;

A interferência da energia luminosa nos seres vivos;

Fontes de energia;

Fontes de energia renováveis e não-renováveis;

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Sistemas de transmissão de energia;

Mudanças de estado físico;

Diversidade das espécies;

Deriva continental;

Extinção de espécies;

Comunidade;

População;

Conceito de biodiversidade;

Ecossistemas – dinâmica;

Ecossistemas – características;

Eras Geológicas;

Efeito Estufa;

A ciência Geologia;

Himalaia;

A formação dos fósseis;

7º ANO

Rotação;

Translação;

Estrelas;

Planetas;

Planetas Anões;

Satélites Naturais;

Anéis;

Meteoros;

Meteoritos;

Cometas;

Compostos orgânicos;

Composição do planeta Terra primitivo;

Estrutura química da célula;

Teoria celular;

Tipos celulares;

Mecanismos celulares ;

Estrutura Celular;

Respiração Celular;

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Fotossíntese;

Reserva energética;

Características gerais dos seres vivos;

Órgãos e sistemas animais e vegetais;

Energia luminosa;

Irradiação;

Sistemas de transmissão de energia;

Diversidade das espécies;

Extinção de espécies;

Comunidade;

População;

Classificação dos seres vivos;

Categorias taxonômicas;

Filogenia;

Populações;

Conceito de biodiversidade;

Biogênese;

Teorias sobre o surgimento da vida;

Geração espontânea.

8º ANO

Teorias sobre a origem do Universo (Teorias Cosmogônicas);

Reações químicas;

Funções químicas Inorgânicas;

Ácidos ;

Sais;

Bases;

Óxidos;

Teoria celular;

Tipos celulares ;

Mecanismos celulares ;

Estrutura Celular;

Respiração Celular;

Reserva energética;

Estrutura e funcionamento dos tecidos;

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Tipos de tecidos;

Sistema digestório;

Sistema cardiovascular;

Sistema respiratório;

Sistema sensorial;

Sistema excretor;

Sistema urinário;

Sistema reprodutor;

Sistema endócrino;

Sistema nervoso;

Energia mecânica;

Energia química;

História da vacina;

História da penicilina;

Revolta da vacina.

9º ANO

A Esfera Terrestre e seu Sistema de Coordenadas;

A Esfera Celeste e seu Sistema de Coordenadas;

Constituição físico-química dos Astros;

Átomos;

Modelos atômicos;

Elementos químicos;

Íons;

Ligações químicas;

Substâncias;

Composição (atômica) da água;

Massa;

Volume;

Densidade;

Compressibilidade;

Elasticidade;

Divisibilidade;

Indestrutibilidade;

Impenetrabilidade;

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Maleabilidade;

Ductibilidade;

Flexibilidade;

Permeabilidade;

Condutibilidade;

Dureza;

Tenacidade;

Cor, brilho, sabor,textura e odor;

Sistema reprodutor;

Cromossomos;

Gene;

DNA;

RNA;

Mitose;

Meiose;

Energia mecânica;

Energia térmica;

Energia nuclear;

Eletromagnetismo;

Conversão de energia potencial em cinética;

Movimentos;

Velocidade;

Aceleração;

Colisões;

Trabalho;

Potência;

Convenção;

Condução;

Leis de Newton;

Máquinas simples;

Sistemas mecânicos;

Equilíbrio de forças;

Unidades de Medida- comprimento, massa, volume,densidade,pressão;

Instrumentos musicais;

Códigos de Trânsito- acidentes de trânsito.

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8.3.6. METODOLOGIA

A proposta de Ciências tem como pressupostos teórico-metodológicos a intenção

de contribuir para a formação de indivíduos autônomos, com uma visão ampla de

mundo, capazes de nele intervir, na transformação de sua realidade como cidadãos

competentes, informados e críticos.

Segundo o Artigo 10 da Lei Federal no 9.795/1999, a Educação Ambiental deve

ser desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos

os níveis e modalidade do ensino formal. Nesse sentido, na disciplina de Ciências será

feita uma mobilização, incorporando as questões ambientais na vida cotidiana e atuando,

em luta política, na conquista de uma nova sociedade que valorize o equilíbrio (dinâmico)

com a natureza e a justiça social.

Como aspectos essenciais para o ensino de Ciências visando a formação do

professor e a atividade pedagógica se destacam: história da ciência, divulgação científica

e atividade experimental.

O trabalho com a história da ciência é importante e fundamental, uma vez que

esta propicia melhor integração entre os conceitos científicos escolares, complementando

as aulas com estudos, envolvendo os aspectos sociais, políticos, éticos, tecnológicos,

econômicos, humanos e culturais, dando maior motivação ao estudo.

A divulgação científica tem por finalidade cobrir a defasagem entre o conhecimento

científico e o conhecimento científico escolar, além de oportunizar o contato com o

conhecimento científico atualizado. O professor de Ciências deve optar pelo uso de

revistas, jornais, documentários, textos, visitas a museus e centros de ciência, imagens e

registros da história da ciência como recurso pedagógico, propiciando assim melhorias na

abordagem do conteúdo específico.

As atividades experimentais estão presentes desde a origem da disciplina e são

estratégias de ensino fundamentais, contribuindo para a superação de obstáculos na

aprendizagem de conceitos científicos pela natureza investigativa cujo objetivo inicial é a

observação seguida da demonstração ou da manipulação, utilizando-se de recursos.

As estratégias de ensino e os recursos pedagógico-tecnológicos e instrucionais são

fundamentais para a prática pedagógica e contribuem de forma significativa para a

aprendizagem dos alunos.

Desse modo alguns encaminhamentos metodológicos devem ser valorizados no

ensino de Ciências, dentre eles:

a problematização – como forma de instigar a curiosidade e a necessidade de

obter respostas.

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a contextualização – aproximar os conteúdos científicos das estruturas sociais,

políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras.

a interdisciplinaridade - deve-se tomar a abordagem interdisciplinar a fim de se

estabelecer relações entre conceitos, modelos ou práticas de uma dada disciplina,

incluindo no desenvolvimento do conteúdo de outra.

a pesquisa – estratégia de ensino que visa a construção do conhecimento iniciando

pela procura de material, passando pela interpretação do mesmo, chegando à

construção das atividades.

a leitura científica – permite a aproximação entre professor/aluno, propiciando o

trabalho interdisciplinar e proporcionando uma maior aprofundamento de conceitos.

a atividade em grupo - oportunidade de troca de experiências, apresentação de

proposições aos colegas, confronto de ideias, espírito de equipe e atitude

colaborativa.

a observação – capacidade de observar fenômenos em seus detalhes para

estabelecer relações mais amplas.

a atividade experimental – contribui para a compreensão de conteúdos através da

investigação.

os recursos instrucionais - fundamentam na aprendizagem significativa

subsidiando o professor em seu trabalho com o conteúdo científico escolar (mapas

conceituais, organogramas, mapas de relações, diagramas V, gráficos, tabelas,

infográficos, entre outros).

lúdico – forma de interação aluno/mundo promovendo a imaginação, a exploração,

a curiosidade e o interesse (jogos, brinquedos, modelos).

Os conteúdos escolares ganham força e sentido se o aluno os aprende de forma

significativa, relacionando-os com seus saberes prévios. A relação entre o conhecimento

escolar e os demais conhecimentos é indispensável. É importante que neste momento do

processo, ocorra o retorno à prática social. A partir disso, pode-se observar que tanto os

alunos quanto o professor assumem uma postura diferente frente ao problema inicial, pois

os conhecimentos científicos tratados desta forma, propiciam a eles modificações

intelectuais e qualitativas, referentes às concepções prévias sobre o conteúdo específico

estudado, passando de uma compreensão científica menos elaborada para uma mais

elaborada, determinando um novo posicionamento perante a prática social inicial.

Os conteúdos específicos podem ser tratados, ainda, por meio de atividades e

aulas práticas, deste que se considere a coerência entre a teoria e a prática e, o conteúdo

e a forma.

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As atividades práticas têm o seu conceito ampliado quando entendidas como

qualquer atividade pedagógica em que os alunos se envolvam diretamente, como, por

exemplo, na utilização do computador; leitura, análise e interpretação de dados, gráficos,

imagens, gravuras, tabelas e esquemas, resolução de problemas; elaboração de

modelos, estudos de caso, abordando problemas reais da sociedade, pesquisas

bibliográficas, entrevistas, dentro outros.

Desse modo, por meio das atividades práticas e das aulas práticas os alunos

passam a compreender a inter-relação entre os conhecimentos físicas, químicos e

biológicos envolvidos na explicação dos fenômenos naturais, bem como os processos e

extração e industrialização da matéria-prima, as impactos ambientais decorrentes desses

processos, os materiais utilizados, os procedimentos dessas atividades e o destino dos

resíduos, caracterizando uma abordagem ampla e articulada dos fenômenos estudados.

Através da análise da Lei 10639/03, que tornou obrigatório o ensino da História e

Cultura Afro-Brasileira em todos os estabelecimentos de ensino da educação básica, em

vigor desde 09 de janeiro de 2003, este trabalho traz uma reflexão sobre as contradições

presentes no debate das políticas de ações afirmativas para o negro brasileiro, bem como

tenta verificar em que medida essas políticas contribuem com a luta pela superação da

ordem econômica vigente, ou obstaculizam essa superação.

Diante dessa abordagem, será realizado um trabalho onde os alunos

desenvolverão uma pesquisa, obtendo informações sobre os inventores e pesquisadores

afros, bem como suas invenções e influências trazidas para a área da ciência.

8.3.7 AVALIAÇÃO

A avaliação é um elemento do processo de ensino e aprendizagem que deve ser

considerada em direta associação com os demais. A avaliação informa ao professor o que

foi aprendido pelo estudante; informa ao estudante quais são seus avanços, suas

dificuldades e possibilidades; encaminha o professor para a reflexão sobre a eficácia de

sua prática educativa e, desse modo, orienta o ajuste de sua intervenção pedagógica para

que o estudante aprenda. Possibilita também à equipe escolar definir prioridades em suas

ações educativas.

Longe de ser apenas em momento final do processo de ensino, a avaliação se

inicia quando os estudantes põem em jogo seus conhecimentos prévios e continua a se

evidenciar durante toda a situação escolar. Assim, o que constitui a avaliação ao final de

um período de trabalho é o resultado tanto de um acompanhamento contínuo e

sistemático pelo professor como de momentos específicos de “formalização”, ou seja, a

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demonstração de que as metas de formação de cada etapa foram alcançadas.

Coerentemente com a concepção de conteúdos e com os objetivos propostos, a

avaliação deve considerar o desenvolvimento das capacidades dos estudantes com

relação à aprendizagem não só de conceitos, mas também de procedimentos e de

atitudes. Dessa forma, é fundamental que se utilizem diversos instrumentos como: a

observação sistemática durante as aulas sobre as perguntas feitas pelos estudantes, as

respostas dadas, os registros de debates, de entrevistas, de pesquisas, de filmes, de

experimentos, os desenhos de observação, etc.; por outro lado, as atividades específicas

de avaliação, como comunicações de pesquisa, participação em debates, relatórios de

leitura, de experimentos e provas dissertativas ou de múltipla escolha contendo questões

diversificadas que considerem outras relações além daquelas trabalhadas em sala de

aula Para que a avaliação seja feita em clima afetivo e cognitivo propício para o processo

de ensino aprendizagem, os critérios de avaliação necessitam estar explícitos e claros

tanto para o professor como para os estudantes.

8.3.8. REFERÊNCIAS

BARROS, C. Coleção Ciências. São Paulo: Ática, 1998.

SAVIANI, D. Escola e Democracia. 29 ed. Campinas, SP: Autores Associados, 1195.

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná: Ciências . Curitiba: SEED, 2006 e 2008.

SÔNIA, S. Vivendo Ciências. São Paulo: FTD, 1999.

VALLE, C. Coleção Ciências. 1 ed. Curitiba: Nova Didática, 2004

Revistas Ciência Hoje e Ciência Hoje para as Crianças – Publicação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – Disponível em: www.sbpcnet.org.br .

8.4 EDUCAÇÃO FÍSICA

8.4.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física no Brasil começou dentro de uma Escola Militar, servindo aos

propósitos militarista de adestramento e preparação para a defesa da Pátria. A ginástica,

antigo nome da Educação Física, foi introduzida nos colégios brasileiros por volta de

1874.

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A organização social dominante neste período fazia e levava em conta a diferença

entre o trabalho intelectual e trabalho manual, última atribuição dos escravos e o primeiro

da elite dominante.

A classe dirigente ofereceu grande resistência à introdução da ginástica nas

escolas por esta assemelhar-se ao labor manual, isto é, por acharem-na desprovida de

valores intelectuais.

A partir de então, a Educação Física, tornou-se obrigatória nos primeiros anos

escolares e secundários, posteriormente em todos os outros níveis e graus de ensino. A

Educação Física deve buscar elementos das ciências da Motricidade Humana. Esta

ciência trata da compreensão e explicação do movimento humano e há dificuldade de

compreender e aprender os elementos buscados nesta ciência, na dinâmica da sociedade

capitalista, ela sempre esteve atrelada às relações capital x trabalho para a dominação

das classes trabalhadoras.

Na escola tradicional, a Educação Física se apresentou como militarista e

higienista. Visa a preparação do indivíduo para a defesa da Pátria.

Na Escola Nova, a Educação Física surge como uma disciplina educativa por

excelência, deixando-se os exercícios executados por obrigação, pelos exercícios

executados por prazer. O professor atuava como um facilitador.

Os conteúdos eram relacionados a partir dos interesses dos alunos com ênfase na

sua postura física e psíquica.

A avaliação se dava através da valorização dos aspectos afetivos, atitudes,

frequência e higiene.

Na Escola Tecnicista ou Competitivista tem-se o desporto como conteúdo na

escola, indicando a subordinação da Educação Física aos códigos da instituição

desportiva. Na Escola Tecnicista passou-se a visão do aluno-recruta e professor-instrutor

que se tinha na Escola Tradicional, para a visão do aluno-atleta e professor-técnico.

A avaliação era feita sobre os objetivos propostos: não atingindo, ressaltando a

rentabilidade esportiva do aluno.

Em cada momento histórico a sociedade produziu no seu bojo um conjunto de

saberes sobre o corpo.

A Educação Física brasileira passa por um momento de fundamental importância

em sua história, onde pretende-se questionar a visão de corpo-espécie humana.

Além de trabalhar com o aluno os elementos que compõem seu meio social e

cultural, é importante oportunizar-lhe condições para identificar o que existe, o que foi

transformado, como, por quê e quais os fatos que ocasionaram as transformações.

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A educação do corpo em movimento deverá propiciar ao educando uma tomada de

consciência e domínio de seu corpo e contribuir para o desenvolvimento de suas

possibilidades de aprendizagem. Desse modo, a Educação Física como disciplina

integrante do currículo, deve estar fundamentada na produção do conhecimento, tendo

consciência dos seus condicionantes histórico-sociais e sendo um instrumento de

apropriação do saber. Deve ter como princípio, a relação dialética de compreensão da

realidade social, calçada numa concepção histórico crítica de educação, que pressupõe o

entendimento do aluno nas diversas relações: respeitando seus interesses, sua

maturação e as experiências anteriores adquiridas.

O professor de Educação Física é aqui entendido como elemento chave para

operacionalizar os valores e resgatar o trabalho responsável pelo corpo dentro de uma

constante dialética do homem em relação com a natureza e com o próprio homem.

A Educação Física consciente é aquela que contribui para a educação do indivíduo

através do ato educativo, que é o resultado de um processo de ação dinâmica, onde os

envolvidos no processo de ensino-aprendizagem estão conscientes e exercitam sua

criticidade durante todo o processo.

8.4.2 OBJETIVOS GERAIS

- Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e

construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de

desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminar por características pessoais,

físicas, sexuais ou sociais;

- conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações de

cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo – as como recurso valioso para a

integração entre pessoas e entre diferentes grupos sociais e étnicos;

- reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos

saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os com os

efeitos sobre a própria saúde e de melhoria da saúde coletiva;

- solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos, regulando e

dosando o esforço em um nível compatível com as possibilidades, considerando que o

aperfeiçoamento e o desenvolvimento das competências corporais decorrem de

perseverança e regularidade em que devem ocorrer de modo saudável e equilibrado;

- reconhecer condições de trabalho que comprometam os processos de

crescimento e desenvolvimento, não as aceitando para si nem para os outros,

reivindicando condições de vida dignas;

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- conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e desempenho que

existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura

em que são produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela mídia e

evitando o consumismo e preconceito.

- Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como

reivindicar locais adequados para promover atividades corporais de lazer,

reconhecendo-as como uma necessidade do ser humano e um direito do cidadão, em

busca de uma melhor qualidade de vida.

8.4.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes devem ser abordados em complexidade crescente,

respeitando as múltiplas experiências dos alunos relativas ao conhecimento.

Cada um dos conteúdos estruturantes abaixo será tratado de forma que contemple

os fundamentos da disciplina, em articulação com aspectos políticos, históricos, sociais,

econômicos, culturais, bem como elementos da subjetividade representados na

valorização do trabalho coletivo, na convivência com as diferenças, na formação social

crítica e autônoma.

Esporte: Contemplar, além das técnicas, táticas e regras básicas das modalidades

esportivas, os aspectos sociais e históricos possibilitando ao aluno um

entendimento e uma análise crítica das mesmas e, como ferramenta de

aprendizado para o lazer e para o aprimoramento da saúde.

Jogos e brincadeiras:Conjunto de possibilidades que ampliam a percepção e a

interpretação da realidade, permitindo a flexibilização de regras e da organização

coletiva.

Ginástica: Reconhecimento das possibilidades do corpo como diferentes formas

de representação desenvolvendo o senso crítico perante a mídia no que se refere à

apologia do culto ao corpo.

Lutas: Formas de conhecimento da cultura humana, produzida historicamente e

com simbologias próprias identificando valores culturais.

Dança: Manifestação da cultura corporal que trata o corpo e suas diferentes

práticas desenvolvendo a criatividade, a sensilibilidade, a expressão corporal, a

cooperação, entre ouros aspectos.

8.4.4 CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte – Jogos e brincadeiras - Ginástica – Lutas - Dança

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8.4.5 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6º ANO

Esporte:

Coletivos: futebol, voleibol, basquetebol, handebol

Individuais: atletismo, tênis de mesa

Jogos e brincadeiras:

Jogos e brincadeiras populares: amarelinha,peteca, corrida de saco, queimada,

polícia-ladrão.

Brincadeiras e cantigas de roda: gato e rato, capelinha de melão, atirei um pau

no gato, escravos de jó, lenço atrás, dança da cadeira.

Jogos de tabuleiro: trilha, xadrez

Jogos dramáticos: imitação e mímica

Jogos cooperativos: voleibol, salve-se com um abraço, pula-sela

Dança:

Danças criativas:elementos de movimento( tempo e espaço), atividades de

expressão corporal.

Danças circulares: folclóricas.

Ginástica:

Ginástica de academia: alongamento, pular corda, ginástica aeróbica.

Lutas:

Lutas de aproximação:Judô

Capoeira

7º ANO

Esporte:

Coletivos: futebol, voleibol, basquetebol, handebol

Individuais: atletismo, tênis de mesa

Jogos e brincadeiras:

Jogos e brincadeiras populares: corrida de saco, queimada, elástico.

Brincadeiras e cantigas de roda: gato e rato, adoleta, roda gigante, escravos de

jó, lenço atrás, dança da cadeira.

Jogos de tabuleiro: trilha, xadrez

Jogos dramáticos: imitação e mímica

Jogos cooperativos: volençol, salve-se com um abraço, pula-sela, futpar.

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Dança:

Danças criativas:elementos de movimento( tempo e espaço), atividades de

expressão corporal.

Danças circulares: folclóricas.

Ginástica:

Ginástica de academia: alongamento, pular corda, ginástica aeróbica.

Lutas:

Lutas de aproximação:Judô

Lutas que mantêm a distância: Karatê

Capoeira

8º ANO

Esporte:

Coletivos: futebol, voleibol, basquetebol, handebol

Radicais: skate, surf. Rappel.

Jogos e brincadeiras:

Jogos e brincadeiras populares: bets, jogo dos paus,estafetas,peteca,

queimada.

Brincadeiras e cantigas de roda: gato e rato,adoletá, roda gigante, lenço atrás,

dança da cadeira.

Jogos de tabuleiro: trilha, xadrez

Jogos dramáticos: imitação e mímica

Jogos cooperativos: volençol, futpar.

Dança:

Danças criativas:elementos de movimento( tempo e espaço), atividades de

expressão corporal.

Danças circulares: folclóricas.

Ginástica:

Ginástica geral: alongamento, pular corda, ginástica aeróbica.

Ginástica rítmica ( histórico e características)

Ginástica circense ( histórico e características)

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Lutas:

Lutas com instrumento mediador: histórico e características – esgrima

Capoeira

9º ANO

Esporte:

Coletivos: futebol, voleibol, basquetebol, handebol

Radicais: rafting, bungee jumping

Jogos e brincadeiras:

Jogos dramáticos: imitação, mímica e improvisação.

Jogos de tabuleiro: trilha, xadrez

Jogos cooperativos: tato contato, futpar.

Dança:

Danças criativas:elementos de movimento( tempo e espaço), atividades de

expressão corporal.

Danças circulares: contemporâneas.

Ginástica:

Ginástica geral: alongamento, pular corda, ginástica aeróbica.

Ginástica rítmica (histórico e características)

Lutas:

Lutas com instrumento mediador: histórico e características – esgrima, kendô.

Capoeira

ENSINO MÉDIO

1ª e 2ª SÉRIES

Esporte

Coletivos: futebol, voleibol, basquetebol, handebol e futevolei;

Individuais: tênis de mesa, atletismo, xadrez;

Radicais: skate, rappel.

Jogos e brincadeiras

Jogos de tabuleiro: xadrez, trilha, dama;

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Jogos dramáticos: imitação e mímica;

Jogos cooperativos: dança das cadeiras cooperativas, tato contato.

Dança

Folclóricas: fandango, quadrilha e frevo;

Salão: valsa, tango, vanerão, forró;

Rua: break, hip hop, popping.

Criativas: atividades de expressão corporal, elementos de movimento

(tempo,espaço).

Circulares: contemporâneas, folclóricas.

Ginástica

Ginástica de academia: alongamentos, ginástica aeróbica, ginástica localizada.

Ginástica geral: movimentos gímnicos (balancinha,rolamentos, paradas).

Lutas

Lutas de aproximação: judô, luta olímpica, sumô.

Lutas que mantém a distância: karatê, boxe, taekwondo

Capoeira: regional

3ª SÉRIE

Esporte

Coletivos: futebol, voleibol, basquetebol, handebol e futevolei;

Individuais: tênis de mesa, atletismo, xadrez;

Radicais: rafting, bungee jumping, rappel.

Jogos e brincadeiras

Jogos de tabuleiro: xadrez, trilha, dama;

Jogos dramáticos: imitação e mímica;

Jogos cooperativos: dança das cadeiras cooperativas, tato contato.

Dança

Folclóricas: fandango, quadrilha e frevo;

Salão: valsa, tango, bolero, forró;

Rua: break, hip hop, popping.

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Criativas: atividades de expressão corporal, elementos de movimento

(tempo,espaço).

Circulares: contemporâneas, folclóricas.

Ginástica

Ginástica de academia: alongamentos, ginástica aeróbica, ginástica localizada.

Ginástica geral: movimentos gímnicos (balancinha,rolamentos, paradas).

Lutas

Lutas de aproximação: judô, luta olímpica, sumô.

Lutas que mantém a distância: karatê, boxe, taekwondo

Capoeira: regional

Lutas com instrumento mediador: esgrima, kendô.

8.4.6 METODOLOGIA

A metodologia permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da

corporal, superando a perspectiva anterior, pautando no tecnicismo e na esportivização

das práticas corporais.

Esta metodologia encontra sua referência na pedagogia histórica-crítica estando

centrada no princípio da igualdade entre os seres humanos, em termos reais e não reais.

Os conteúdos devem oportunizar o desenvolvimento de uma visão ampliada dos

conhecimentos a serem apreendidos pelo aluno.

A metodologia crítico-superadora aponta para as seguintes estratégias de ensino:

Prática social : é uma preparação, uma mobilização do aluno para a construção do

conhecimento escolar;

Problematização: trata-se de um desafio

Instrumentalização: é o caminho por meio do qual o conteúdo sistematizado é

posto à disposição dos alunos;

Catarse: fase que o educando sistematiza e manifesta o que assimilou;

Retorno à prática social: é o ponto de chegada do processo pedagógico na

perspectiva histórico-crítica.

A disciplina de Educação Física priorizará os temas das relações étnico-raciais,

histórias e cultura Afro- brasileira e indígena através do estudo das práticas corporais da

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cultura negra e indígena, em diferentes momentos históricos, das danças e sua

manifestações corporais na cultura afro-brasileira e indígena, da confecção de brinquedos

e realização de brincadeiras da cultura africana e sua ressignificação nas práticas

corporais afro-brasileiras, dos jogos praticados no Brasil pelos afro-descendentes e

africanos numa perspectiva histórica, bem como o trabalho com a capoeira no contexto

histórico-social, como elemento da cultura corporal. Por meio da capoeira torna-se

possível resgatar a historicidade do negro, desde o momento em que foi retirado do

continente africano. São exemplos significativos as suas danças de guerra, caça, festas,

como a da pluralidade e as grandes caminhadas pelas florestas. Tais elementos

representam subsídios na construção de propostas para o trabalho pedagógico nas

escolas. Já o trabalho com a Educação Ambiental na disciplina de Educação Física, será

priorizado por meio da construção de brinquedos confeccionados a partir de materiais

recicláveis, colaborando, assim, com a qualidade de vida dos educandos e o cuidado com

o meio ambiente.

Para a efetivação do processo ensino-aprendizagem caberá ao professor também,

fazer uso dos recursos tecnológicos ( tv pendrive) para exibição de vídeos relacionados

aos esportes,... bem como o uso do laboratório de informática, tanto para a preparação de

materiais pelo professor como pelo aluno nas pesquisas, ou numa partida de jogo como o

xadrez, por exemplo.

8.4.7 AVALIAÇÃO

Uma vez detectado o grau de conhecimentos e de dificuldades dos educandos, são

elaborados e sistematizados os conteúdos que são aplicados no decorrer das aulas,

mesmo que para isso, seja necessário retomar conteúdos anteriores. É a partir deste

primeiro momento de avaliação diagnóstica que desencadeia a avaliação dos conteúdos

propostos de 5ª a 8ª série e que são encaminhados da seguinte forma:

Na ginástica de solo o aluno será avaliado pelo seu grau de desenvolvimento em

sua consciência corporal. Na ginástica através de aulas teórico-práticas, serão analisados

e discutidos textos referentes a assuntos em pauta. Será avaliado se o aluno foi capaz de

entender o que foi proposto; os novos conceitos produzidos, sua participação efetiva na

reelaboração do seu saber. Na dança será avaliado no nível do envolvimento do aluno na

análise crítica das questões histórico-sociais sobre os movimentos folclóricos, danças

populares e danças em geral. Na expressão corporal o aluno será avaliado quanto ao

grau de superação de suas dificuldades de expressão, sendo observado se o seu corpo

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está consciente para expressar ideias, emoções, sentimentos, etc. na sugestão de

atividades que foram apresentadas como problemas a serem resolvidos. Para a

dramatização, a avaliação será feita no sentido de verificar o grau de apropriação do

conhecimento e sua atuação, enquanto corpo em movimento na representação. Nos

jogos recreativos o aluno será avaliado de acordo com sua participação e envolvimento

no processo educacional, a partir de ações planejadas que possam contribuir para a

compreensão das regras e normas de convivência social. Nos jogos desportivos deve-se

levar em consideração que aqui não estão sendo avaliados os gestos técnicos específicos

de cada modalidade esportiva. Nos esportes o aluno será avaliado de acordo com o grau

de apreensão, envolvimento e participação na ação educativa.

A avaliação se dá através da compreensão do aluno sobre o que foi proposto e seu

conceito produzido a partir das discussões desde as primeiras aulas.

O aluno tem o direito de aprender as diversas modalidades esportivas, só não é

avaliado por padrões técnicos considerados na formação de atleta.

8.4.8 REFERÊNCIAS

BRUHNS, H. T. O jogo nas diferentes perspectivas teóricas. In: Revista Motrivivência, Ano VIII, n 09, dezembro/96.

CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. 2 ed. Campinas: Papirus, 1991.

DARIDO, S. C. e RANGEL, I. C. A. Educação Física na Escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

ESCOBAR, M. O. Cultura corporal na escola: tarefas da educação física. In: Revista Motrivivência, nº 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995.

FOUCAULT, Michela. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. 30 ed. Trad. Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1987.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995.

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná: Educação Física. Curitiba: SEED, 2008

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8.5. ENSINO RELIGIOSO

8.5.1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

É no campo do imaginário, ponto de tensão entre as realidades vividas e

transcendentes que o ser humano é desafiado a buscar com maior profundidade o sentido

da vida e faz as experiências de infinito e de totalidade. E assim passa a viver a vida com

intensidade e desfrutá-la plenamente. Por outro lado, a falta de sentido de vida gera um

sentimento de vazio e inutilidade que possa acabar por se transformar em doença.

É inerente ao ser humano e desejo de ultrapassar seus limites, de experiência o

divino, o infinito, embora este desejo se manifeste diferencialmente em cada pessoa.

Como é função da escola a promoção de educação integral, o aspecto da

religiosidade não pode ser esquecido. Ele ajudará o educando a encontrar o sentido da

vida e a comprometer-se com a sociedade visando melhorá-la, sem alienar-se, a ter mais

relação com o outro, mais respeito com a diversidade étnico/religiosa/cultural, mais cultura

de paz e monos violência e mais compreensão da religião e da religiosidade.

O Ensino Religioso na escola se constituiu como disciplina e para tanto deve

superar o proselitismo. Essa área do conhecimento humano implica em uma concepção

que tem por base o multiculturalismo religioso. Nesse enfoque o sagrado e suas

diferentes manifestações religiosas, possibilitam a reflexão sobre a realidade, numa

perspectiva de compreensão sobre si e para o outro, na diversidade universal do

conhecimento religioso.

Para se assegurar o direito à igualdade de condições de vida e de cidadania, o

Ensino Religiosa contribui na perspectiva em que considera o igual direito às histórias e

culturas que compõem nosso mundo.

Também proporciona a oportunidade do educando se tornar capaz de entender os

movimento específicos das diversas culturas e sua a relação com o transcendente o que

o levará a ser um cidadão multiculturalista.

A valorização da diversidade, a fim de superar a desigualdade étnico-religiosa e o

direito Constitucional de liberdade de crença e expressão da mesma é facilitada a partir

do processo de ensino-aprendizagem na disciplina de Ensino Religioso.

Nesse sentido, para viver democraticamente em uma sociedade com diversas

culturas é preciso conhecer e respeitar suas inúmeras manifestações e grupos que a

constituem. Como a convivência entre grupos diferenciados é marcada pelo preconceito,

um dos grandes desafios da escola é conhecer e valorizar a trajetória particular dos

grupos que compõem a sociedade brasileira. Reconhecer que cada forma particular de

vida compõe um conjunto maior, que é a humanidade e que, nesta, cada especificidade é

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uma linguagem própria, por meio da qual as pessoas criaram códigos de expressão e

entendimento.

Portanto, é proposto ao aluno, nas aulas de Ensino Religioso, a oportunidade de

identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às

diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, favorecendo o respeito à

diversidade cultural religiosa em relações éticas diante da sociedade.

8.5.2 – OBJETIVOS GERAIS

− Colaborar com a formação da pessoa e;

− Promover a escolarização para que o educando se aproprie de saberes para entender

a relação do transcendente com cada civilização.

8.5.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Para a disciplina de Ensino Religioso, três são os conteúdos estruturantes, a

saber: Paisagem Religiosa, Universo Simbólico Religioso e Texto Sagrado.

8.5.4 CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

· Organizações Religiosas

· Lugares Sagrados

· Textos Sagrados orais ou escritos

· Símbolos Religiosos

7º ANO

. Temporalidade Sagrada

· Festas Religiosas

· Ritos

· Vida e Morte

8.5.5 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6º ANO

- Sagrado nas diferentes civilizações e religiões;

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- Lugares sagrados na natureza e na cultura das tradições religiosas;

- Textos sagrados orais e escritos;

- Símbolos Religiosos;

7º ANO

- Origem dos calendários no aspecto religioso;

- Mitos em relação a criação do mundo de acordo com as várias entidades religiosas;

- O tempo em suas variadas formas de pensamento religioso;

- Festas familiares e Festas nos templos;

- Datas comemorativas das várias religiões: Africanas, Budistas, Cristãs, Hindus,

Islâmicas, Judaicas, Taoístas, Xintoístas, etc.

- Temporalidade Sagrada;

- Os ritos de passagem, os mortuários, os propiciatórios, entre outros.

- O sentido da vida e da morte nas tradições e manifestações religiosas, a re-encarnação,

a ressurreição – ação de voltar a vida, ancestralidade, vida dos antepassados, espíritos

dos antepassados que se tornam presentes, e outras.

8.5.6. METODOLOGIA

O propósito da disciplina de Ensino Religioso é trabalhar as relações sociais

humanas de respeito às variadas formas de existir e os princípios significativos da

Declaração Universal dos Direitos Humanos: PESSOA – DIGNIDADE – PESSOA,

IGUALDADE E SOLIDARIEDADE.

O encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso, é mais do

que planejar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem adotados em sala de aula,

pressupõe um constante repensar das ações que subsidiam esse trabalho, pois, uma

abordagem nova de um conteúdo escolar leva, inevitavelmente, a novos métodos de

investigação, análise e ensino.

O trabalho pedagógico proposto nas diretrizes para a disciplina de Ensino Religioso

ancora-se na perspectiva da superação das práticas tradicionais que têm marcado o

ensino escolar. Propõe-se um encaminhamento metodológico baseado na aula dialogada,

isto é, partir da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios para, em

seguida, apresentar o conteúdo que será trabalhado.

Devido ao conhecimento prévio do aluno ser senso comum, o professor, por sua

vez, se posicionará de forma clara, objetiva e crítica quanto ao conhecimento sobre o

Sagrado e seu papel sócio-cultural. Assim, exercerá o papel de mediador entre os

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saberes que o aluno já possui e os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula.

Inicialmente o professor anuncia aos alunos o conteúdo que será trabalhado e

dialoga com eles para verificar o que conhecem sobre o assunto e que uso fazem desse

conhecimento em sua prática social cotidiana. O professor fará um levantamento de

questões ou problemas envolvendo essa temática para que os alunos identifiquem o

quanto já conhecem a respeito do conteúdo, ainda que de forma caótica, evidenciando,

assim, que qualquer assunto a ser desenvolvido em aula está, de alguma forma, presente

na prática social dos alunos. Num segundo momento didático fará a problematização do

conteúdo.

A abordagem teórica do conteúdo, por sua vez, pressupõe sua contextualização, pois

conhecimento só faz sentido quando associado ao contexto histórico, político e social. Ou

seja, se estabelecerá relações entre o que ocorre na sociedade, o objeto de estudo da

disciplina, nesse caso, o Sagrado, e os conteúdos estruturantes. A interdisciplinariedade é

fundamental para efetivar a contextualização do conteúdo, pois será articulado os

conhecimentos de diferentes disciplinas curriculares e, ao mesmo tempo, assegura-se a

especificidade dos campos de estudo do Ensino Religioso.

Para efetivar esse processo de ensino-aprendizagem com êxito abordar-se-á cada

expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não religioso.

Será estabelecida uma relação pedagógica frente ao universo das manifestações

religiosas, tomando-o como construção histórico-social e patrimônio cultural da

humanidade, sem quaisquer juízos de valor sobre esta ou aquela prática religiosa.

O professor dará prioridade às produções de pesquisadores da respectiva

manifestação do Sagrado em estudo para evitar fontes de informação comprometidas

com interesses de uma ou outra tradição religiosa, pois é preciso respeitar o direito à

liberdade de consciência e a opção religiosa do educando, razão pela qual a reflexão e a

análise dos conteúdos valorizarão aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo

do Sagrado e da diversidade sociocultural.

Interligadas com o conteúdo da disciplina de Ensino Religioso o professor irá

trabalhar as Leis 10639/03 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e 11645/08 que

trata da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

Portanto, para a efetividade do processo pedagógico na disciplina de Ensino

Religioso, será destacado o conhecimento das bases teóricas que compõem o universo

das diferentes culturas, nas quais se firmam o Sagrado e suas expressões coletivas.

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8.5.7. AVALIAÇÃO

A avaliação na disciplina de Ensino Religioso não ocorre como na maioria das

disciplinas. O Ensino Religioso não constitui objeto de aprovação ou reprovação nem terá

registro de notas ou conceitos na documentação escolar, por seu caráter facultativo de

matricula na disciplina. A avaliação não deixa de ser um elemento integrante do processo

educativo na disciplina do Ensino Religioso. O professor implementará práticas avaliativas

que permitam o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, cujo

parâmetro são os conteúdos tratados e seus objetivos. Para atender a esse propósito, o

professor contemplará sempre a auto-avaliação do educando, avaliação do educando

pelo educador, avaliação do educador pelo educando, auto - avaliação do próprio

educador e a hétero-avaliação do grupo (seus progressos, problemas, entraves).

Desta forma se permitirá, a educandos e educadores, a tomada de consciência de

seus limites, sentir necessidade de avançar no seu crescimento pessoal e comunitário,

para que o Ensino Religioso atinja as finalidades propostas.

Serão utilizadas algumas técnicas e procedimentos de avaliação como: entrevistas

individuais e coletivas, comunicação oral e escrita, observação dirigida e espontânea de

atitudes, participação em trabalhos de grupo, relatórios, exposições de trabalho, trabalhos

escritos ou orais, envolvendo pesquisas, levantamentos, análise de situações, reflexão e

interpretação de textos, relatos de experiências, produção de textos e outros.

8.5.8. REFERÊNCIAS

BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

CISALPIANO, M. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994.

COSTELLE, D; JUNQUEIRA, S. O Fundamento epistemológico do Ensino Religioso.

WAGNER, R (Orgs.) O Ensino Religioso no Brasil. Curitiba: 2004.

CUNHA, A. G. da. Dicionário etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

KOEZEL,S. (org.). Elementos de Epistemologia da Geografia Contemporânea. Curitiba: UFPR, 2002.

HEIDEGGER, M. Conferências e escritos filosóficos. São Paulo: Nova Cultural, 1989. (Coleção Os Pensadores).

JUNQUEIRA, S. R. A. (Orgs.) Conhecimento local e conhecimento universal: pesquisa, didática e ação docente. Curitiba, 2004.

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MACEDO, C. C. A imagem do eterno: religiões no Brasil. São Paulo: Moderna, 1989.

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da Educação doEstado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna – Curitiba: SEED, 2008.

8.6 FILOSOFIA

8.6.1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A partir do momento em que o homem deu-se conta de que era um ser capaz de

indagar e se auto explicar viu-se imerso em um novo mundo, onde questionava e era

questionado, e lá se vão mais de 2.600 anos de História.

“Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia, que tem a sua origem na Grécia antiga, traz consigo o problema de seu ensino a partir do embate entre o pensamento de Platão e as teorias dos sofistas. Naquele momento, tratava-se de compreender a relação entre o conhecimento e o papel da retórica no ensino.” (DCE Filosofia, 2008, p. 38).

Mas podemos dizer que antes dessa discussão entre Platão e os Sofistas a

Filosofia já nascia, entre os Séc. VI e V a.C., com os pensadores da Jônia, ou os

chamados “Filósofos da Natureza”, contradizendo os Mitos e as explicações mitológicas.

E a partir daí este senso crítico, tão característico a esta Filosofia, não deixou pedra sobre

pedras: contestou os mitos, formulou teorias morais e metafísicas que influenciaram e

influenciam gerações, deu subsídios para religiões e acima de tudo criticou. Criticou e

criticou-se.

Agora, neste momento histórico da educação nacional, este pensamento crítico e

contestador volta as salas de aula. Depois de ser “acusada de perigosa pelas ditaduras,

ou de inútil, pela tecnocracia.” (RIBEIRO, Renato J. Folha de S. Paulo, 26 Agosto 2003) a

Filosofia volta e em franca expansão. Basta uma rápida olhada pelas mídias falada e

escrita, ou os cursos universitários e poderá se constatar esta volta e como ela é vital

para a educação, pois se antes não era vantajoso para o governo ou para o mercado um

“sujeito pensante”, hoje se faz necessário e urgente tal indivíduo, pois jamais poderemos

esperar a construção de uma sociedade justa e igualitária se a educação não privilegiar a

formação de cidadãos autônomos, livres, críticos e conscientes do mundo e condições

sociais a sua volta, o que, como ferramenta de crítica e conhecimento, a Filosofia é capaz

de proporcionar.

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Agora cabe à Filosofia, como “ciência do conhecimento”, demonstrar sua rica contribuição no Ensino Médio, trabalhando com conteúdos de extrema importância para a formação de um ser crítico e emancipado, abordando conceitos e valores, girando sempre em torno de problemas que por sua vez irão gerar inúmeras discussões em sala de aula, pois “é no espaço escolar que a Filosofia busca demonstrar aquilo que lhe é próprio: o pensamento crítico, a resistência e a criação de conceitos. A Filosofia procura tornar vivo o espaço escolar, onde sujeitos exercitam a inteligência buscando no diálogo e no embate entre as diferenças a sua convivência e a construção da sua história.” (DCE Filosofia, 2008, p. 45).

Tendo como base inúmeras referências de grandes filósofos o professor tem total

condições de fornecer ao aluno aquilo que já era de lei, ou seja, “dominar os

conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania”. (LDB,

nº 9.394/96, no art. 36). Lógico que esta lei não contemplava o exercício da Filosofia na

sua totalidade e nem sua obrigatoriedade, mas hoje com a lei n. 15.228, aprovada em

julho de 2006, foi decretada sua obrigatoriedade nos currículos escolares e seu

reconhecimento legal se deu na correção da LDB em junho de 2008 pela lei 11.684.

8.6.2 OBJETIVOS

- Mostrar ao aluno a diferenciação entre o pensamento mítico, baseado em crendices e

irracional ao pensamento elaborado racionalmente, livre de fantasmagorias e misticismos,

e em que período histórico da civilização ocidental se deu essa passagem, caracterizando

a Filosofia.

- Conhecer e compreender a Filosofia como disciplina, que nos auxilia no cotidiano e

durante nossa vida, levando os indivíduos a uma maior reflexão sobre as diferenças

pessoais, sociais, políticas e comportamentais.

- Refletir com maior profundidade, livre em parte do senso comum, visto que a Filosofia

não pode ser dogmática, sobre as diferenças temáticas e através do conhecimento tentar

uma transformação individual e da sociedade a qual pertence.

- Contribuir para um maior entendimento de como o homem compreende sua vida e seu

mundo, seja ele particular ou coletivo, como indivíduo ou como sociedade.

8.6.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES e ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE

MITO E FILOSOFIA

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Saber mítico:

O Mito como meio explicativo e moralizante (Mitos Gregos,

indígenas e folclóricos)

Definição e importância do mito na sociedade (origem, genealogia,

lendas urbanas e folclóricas...)

Saber filosófico: A passagem do pensamento mítico para o pensamento filosófico Mito e razão filosófica

Relação Mito e Filosofia:

- O nascimento da Filosofia (Filósofos da Natureza: Tales, Anaximandro e Anaxímenes)

- O contexto histórico do surgimento da Filosofia (Filósofos Pré-Socráticos)

- Os diálogos platônicos ainda usando os mitos para se expressar

Atualidade do mito:

Mito hoje (cientificismo, progresso ilimitado, criacionismo e evolucionismo, lendas

folclóricas e urbanas)

O que é Filosofia?

O que é propriamente a Filosofia?

Filosofia como vivencia ou uma simples matéria escolar?

TEORIA DO CONHECIMENTO

Possibilidade do conhecimento:

- O que é conhecimento? Relação sujeito X objeto

- As Fontes do conhecimento (Platão e Aristóteles = Inatismo e Realismo)

- O problema do conhecimento para os gregos (Platão e o relativismo sofístico)

- Conhecimento: senso comum, filosófico e científico (Dóxa e Episteme Platônico)

As formas de conhecimento:

Racionalismo e Empirismo (Descartes, Spinoza, Locke, Hume e Kant)

Ceticismo e Dogmatismo (Descartes, Hume, Kant, Montaigne)

A solução kantiana ao problema Racionalismo X Empirismo

A questão do método:

O significado da palavra método

Os métodos para alcançar o conhecimento (Descartes)

O método cartesiano

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Conhecimento e lógica:

A relação entre Filosofia e matemática

A lógica aristotélica

2ª SÉRIE

ÉTICA

Ética e moral:

Distinção entre Ética e Moral. São as mesmas ontem e hoje?

Pluralidade ética:

Conceito de Ética (Aristóteles, Mill, Kant, Nietzsche, Sartre)

Ética e violência:

Ética e violência urbana e escolar – bullyng

Ética e preconceito racial

Razão, desejo e vontade:

A pólis e a felicidade

Como atingir a felicidade? (Aristóteles, Mill e Seneca)

Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas:

A liberdade X determinismo (Spinoza, Sartre, Camus)

Ser justo ou parecer ser justo? (Platão, Sponville)

FILOSOFIA POLÍTICA

Liberdade e igualdade política:

- Definição e origem da Política (Aristóteles, Platão)

- O preconceito contra a política e a política de fato

- A origem da democracia

- A importância da política

- A democracia na antiguidade grega e hoje

Relações entre comunidade e poder:

A política em Maquiavel

Política Contratualista (Hobbes, Locke e Rousseau)

Pensamento anárquico. O Estado é realmente necessário? (Locke, Rousseau, Onfray)

Política e Ideologia:

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- Política e violência (Hobbes e o Leviatã, Locke e o Estado liberal)

- O conceito de socialismo, liberalismo e capitalismo (Marx, Locke)

Esfera pública e privada:

- Política e cidadania (Rousseau e a Vontade Geral)

3ª SÉRIE

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

Concepções de ciência:

O que é ciência?

Filosofia e ciência

Senso comum e ciência

A questão do método científico:

Dedução e indução (Aristóteles, Bacon, Hume)

Contribuições e limites da ciência:

Experiências genéticas: bebê de proveta, clonagem, células-tronco... Até onde a ciência

pode ir para melhorar a vida humana?

Ciência e ideologia:

O mito do cientificismo (Comte)

O surgimento das ciências e a ciência moderna (Aristóteles, Galileu)

A ciência como melhora da vida humana ou salvadora?

Ciência e ética:

Bioética

ESTÉTICA

Natureza da arte:

Beleza (Sócrates, Platão, Aristóteles)

Filosofia e arte:

A beleza na Idade Média

A arte renascentista

O que é arte? (Nietzsche, Schopenhauer, Adorno)

Arte: uma necessidade ou um fim?

Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc:

Gosto se discute? (Hume, Kant)

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Gosto: questão cultural e histórica

Estética e sociedade:

A arte no cinema, publicidade, televisão e sociedade (Platão, Aristóteles, Nietzsche)

Indústria Cultural (Adorno e Horkheimer)

8.6.4.METODOLOGIA

Para trabalhar o ensino de Filosofia se faz necessário seguir quatro momentos. O

primeiro a mobilização, é quando o conteúdo filosófico a ser trabalhado é relacionado

com a música, texto de jornal, filme, ou seja, algo que relacione o conteúdo com a

atualidade e chame a atenção do aluno. Depois dessa primeira abordagem inicia-se o

processo de problematização por parte do professor, e investigação e criação de

conceitos juntamente com o aluno. No final desse processo o aluno poderá elaborar uma

dissertação onde sejam apresentadas as ideias envolvidas com os conceitos formulados.

Os recursos didáticos a serem utilizados variam desde o texto filosófico relacionado

ao tema, um recorte de jornal, revista, charge, música, peça teatral, filme que podem ser

vinculados junto ao conteúdo trabalhado. E também o uso de computadores para

pesquisas e a TV multimídia.

Portanto a base do ensino de Filosofia é manter uma ação consciente e reflexiva

fazendo com que os alunos em questão, com base em definições e textos filosóficos,

possam realmente pensar, analisar e discutir sobre os problemas, com reais significados

históricos e sociais. Construir constantemente espaços de problematização

compartilhados com os próprios alunos, organizando debates, sugerindo pesquisas,

direcionando à criações de conceitos e definições de ideias. A filosofia deve possibilitar ao

estudante desenvolver estilo próprio de pensamento, que pode ter como direção alguns

momentos como a sensibilização, a problematização, a investigação e a criação de

conceitos. Neste processo e com uma boa base literária, será fácil perceber os problemas

realmente significativos para os alunos e respectivamente para as aulas em si.

8.6.5 AVALIAÇÃO

Deve ter função extremamente diagnóstica, ou seja, não precisa apenas perceber

se o estudante assimilou o conteúdo estudado, mas sim, avaliá-lo em todo o percorrer do

processo de ensino aprendizagem, tendo respeito pelas posições do estudante, sua

formação de conceitos, a capacidade de construir e tomar posições, de detectar os

princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.

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Os recursos para avaliar os discentes serão por meio de musica, textos, charges,

filmes, reportagens da mídia falada ou escrita, ou seja, qualquer meio que se possa ligar

com o conteúdo em questão e que possa familiarizar o discente com seu próprio mundo,

não deslocando-o de seu tempo.

Com relação à música serão utilizados os seguintes critérios: música e sua

interpretação relacionando com o conteúdo trabalhado. Com os textos, fazer resenhas e

interpretações próprias (logicamente com posterior correção do professor, pois apesar da

“facilitação filosófica” que o professor deve promover não devemos deixar cair em uma

banalização ou vulgarização da Filosofia), pois assim o aluno além de assimilar o

conteúdo irá exercitar sua postura crítica com relação ao conteúdo trabalhado. Já com as

charges o aluno poderá interpretá-las e assim desvendar a mensagem que a charge

passa nas entrelinhas, os filmes (excelentes contribuições filosóficas!) poderão ser

“ligados” com uma idéia nuclear de um filósofo, assim como também alguma reportagem

colhida das diversas pesquisas do professor em seu dia a dia, visto que a Filosofia é uma

“vida” e não uma simples “matéria”. Outros instrumentos avaliativos são os seminários,

debates e atividades em sala de aula pertinente ao tema, juntamente com ao menos 01

(um) instrumento avaliativo escrito por etapa, cabendo ao PPP da escola definir o número

de atividades executadas pelo aluno.

8.6.6 REFERÊNCIAS

ABRÃO, Bernadette S. (Organização). História da Filosofia. São Paulo: Nova Cultural, 2004.

LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO DE FILOSOFIA – Vários autores – Curitiba: SEED-PR, 2006.

MENDONÇA, Eduardo P. O Mundo Precisa de Filosofia. Rio de Janeiro: Agir Editora, 1970.

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná: FILOSOFIA, Curitiba, 2008.

8.7. FÍSICA

8.7.1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O estudo de Física no Ensino Médio tem como finalidade o estudo do universo, da

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natureza e de suas complexidades, contribuindo para formação de uma cultura cientifica e

crítica, permitindo ao aluno a interpretação de fatos e processos naturais, resultados das

elaborações humanas.

Sendo uma ciência tanto teórica quanto experimental e de conhecimentos variados,

não cabe à disciplina Física ser uma cópia da ciência Física, pois ambas são diferentes,

enquanto a disciplina utiliza resultados da ciência para demonstrar conhecimentos

científicos aos alunos, a ciência parte para a descoberta de leis fundamentais que regem

o todo.

Como resultado de uma construção humana, o conhecimento físico está repleto de

relatos históricos que determinam o contexto em que cada personalidade viveu e que

paradigmas estavam na ativa em sua época de vida.

O ensino de Física deve servir para gerar sujeitos críticos e analíticos,

completamente necessários em nossa sociedade, pois através de conhecimentos

diversos é que temos sede de novas aprendizagens. A trilha a ser seguida deve

demonstrar aos educandos um novo pensar, de um novo modelo e de uma perspectiva

realizável do saber científico. Há, portanto, uma necessidade de um compromisso

subjetivo entre educando/educador, para que possa ocorrer uma ruptura com o sistema

antigo de ensino e que as novas tecnologias permeiem a nova realidade educacional.

8.7.2 OBJETIVOS GERAIS

• Desenvolver um método de aquisição de conhecimentos gerados por outras

pessoas em diferentes pontos da história.

• Propiciar conhecimento sobre a natureza e o próprio universo em si.

• Identificar regularidades na natureza e representá-las usando o formalismo

matemático sempre que possível.

• Interpretar e identificar leis, teorias e princípios físicos.

• Compreender códigos e símbolos.

8.7.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Movimento;

• Termodinâmica;

• Eletromagnetismo.

8.7.4 CONTEÚDOS BÁSICOS

Momentum e inércia

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Conservação da quantidade de movimento

Variação da quantidade de movimento

2° Lei de Newton

3° Lei de Newton e condições de equilíbrio

Energia e o Princípio da Conservação de Energia

Gravitação

Leis da termodinâmica ( lei zero, 1° lei, 2° lei)

Carga, corrente, campo e ondas eletromagnéticas

Força eletromagnética

Equações de Maxwell

A natureza da luz e suas propriedades

8.7.5 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª 1ª SÉRIE

• Introdução à Física (SI, referencial, vetores)

• Cinemática (movimento e repouso, velocidade e aceleração, movimento uniforme e

uniformemente variado, queda livre e lançamento de projéteis, movimento circular

e associação de polias)

• Dinâmica de forças (leis de Newton, força elástica, força peso, força centrípeta,

força normal, força de atrito, plano inclinado, gravitação universal)

• Dinâmica energética ( trabalho de uma força, potência e rendimento, energia

cinética, energia potencial gravitacional e potencial elástica, energia mecânica,

teorema da energia cinética, conservação da energia mecânica e sistemas não

conservativos)

• Dinâmica impulsiva (momento linear, impulso, colisões, conservação do momento

linear)

• Hidrostática (densidade, pressão, fluidos, teorema de Stevin, teorema de

Arquimedes)

• Estática ( torque, equilíbrio)

2ª SÉRIE

• Calor e temperatura

• Termometria (escalas fixas e arbitrárias)

• Dilatação térmica (linear, superficial e volumétrica, dilatação anômala da água e

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lâminas bimetálicas)

• Trocas de calor (condução, convecção e irradiação)

• Calorimetria (mudança de fase, princípio da igualdade das trocas de calor)

• Termodinâmica (gases perfeitos, leis)

• Óptica (introdução, natureza da luz, cores, reflexão, espelhos, refração, lentes,

visão)

• Ondulatória

• Acústica

3ª SÉRIE

• Eletrostática (estrutura atômica, carga elétrica, processos de eletrização,

eletroscópios, força elétrica, campo elétrico, potencial elétrico, capacitores e

associação de capacitores)

• Eletrodinâmica (corrente elétrica, resistência elétrica, potência, energia elétrica e

consumo, resistores, associação de resistores, medidores elétricos, geradores e

receptores, leis de kirchhoff)

• Eletromagnetismo (campo magnético, força magnética, indução eletromagnética,

ondas eletromagnéticas)

8.7.6 METODOLOGIA

O ensino de Física sempre deve partir do conhecimento prévio do aluno,

priorizando assim seus conhecimentos prévios, respeitando dessa forma seu contexto

social e suas concepções espontâneas a respeito da ciência. A partir desse ponto,

poderemos coordenar os alunos para que adquiram conhecimentos compatíveis com a

realidade científica vigente, sem, obviamente, ignorar os saberes espontâneos do aluno,

garantindo assim uma aprendizagem significativa, que somente ocorrerá quando o novo

conhecimento fizer total sentido para o aluno, modificando e enriquecendo sua forma de

explicar satisfatoriamente um fenômeno físico.

Dependendo da forma do aluno encarar a sociedade, seus conceitos serão mais ou

menos agregados à sua biblioteca de informação, para serem utilizados sempre que o

aluno se deparar com uma situação limite.

Em algumas situações pode-se utilizar experimentos para a compreensão de

conceitos, em outros, pode-se perceber facilmente através de jogos ou mesmo de

debates, o importante é que a busca pedagógica e científica sempre tenha prelazia à

conhecimentos muito específicos.

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8.7.7 AVALIAÇÃO

Avaliar é considerar a apropriação dos objetos da Física pelos estudantes, logo,

pede-se que a avaliação tenha um caráter qualitativo e não quantitativo, pois espera-se

que o aluno obtenha novos conhecimentos científicos e não habilidade matemática ou

rapidez em cálculos.

Dando continuidade às próprias aulas, a avaliação deve representar um passo e

não um objetivo do processo ensino aprendizagem, simplesmente um processo que ajude

a interiorizar o aprendizado e que engrandeça o estudante.

8.7.8 REFERÊNCIAS

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes curriculares da educação do Estado do Paraná: Física. Curitiba, SEED, 2008.

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física, Editora LTD. 6° edição. Volume 1, 2, 3 e 4. São Paulo, 2006.

TIPLER, Paul . FÍSICA. Vol. I , II. Editora LTC, 1999.

8.8 – GEOGRAFIA

8.8.1.APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O estudo da Geografia está comprometido com a construção da identidade local,

oferecendo suporte para que o aluno, conhecendo o espaço geográfico no qual está

inserido, busque formas de superação da realidade em que vive, de forma participativa,

crítica, questionadora, aberta ao novo.

Por isso, o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, o qual é produzido e apropriado por toda sociedade, composto pela inter-relação entre sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996 in DCE'S, 2008).

Assim, o objeto – espaço geográfico – será trabalhado e compreendido como

interdependente do sujeito que o constrói, ou seja, o sujeito torna-se presente no discurso

geográfico (SILVA, 1995 in DCE'S, 2008).

Desde a antiguidade, os saberes geográficos fazem parte das estratégias de

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sobrevivência dos grupos humanos. Os movimentos da terra, as marés, as variações

climáticas, foram essenciais para a relação da sociedade com a natureza. Descrições das

áreas conquistadas bem como sua localização eram conhecimentos fundamentais para

suas organizações políticas e econômicas.

Nessa época desenvolveram-se conhecimentos como elaboração de mapas,

discussões sobre a forma e diâmetro do planeta, distribuição das terras e águas,

definições climáticas.

Já na Idade Média, as ideias e concepções geográficas estavam adaptadas aos

ensinamentos bíblicos, impostos pelo poder político então estabelecido.

As grandes navegações desencadearam a necessidade de se ter conhecimentos

sobre questões cartográficas, rotas marítimas, distribuição de terras e águas. A partir daí

as expedições terrestres passaram a descrever e representar detalhadamente o espaço –

rios, lagos, montanhas, desertos, planícies – e também as relações homem-natureza em

sociedades distintas e desconhecidas até então, levantando dados sobre seus territórios,

riquezas naturais e aspectos humanos.

Nesse processo histórico, os saberes geográficos passaram a ser evidenciados

nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam explicar questões

referentes ao espaço e à sociedade, como comércio, organização do estado, solo,

recursos minerais, população, entre outros. Porém, até o século XIX esses estudos

estavam dispersos em obras diversas.

No imperialismo do século XIX, foram criadas diversas sociedades geográficas,

que tinham apoio dos Estados colonizadores como Inglaterra, França e Prússia que, mais

tarde, viria a ser a atual Alemanha. Estas sociedades organizavam expedições científicas

para a África, Ásia e América do Sul, procurando conhecer as condições naturais destes

continentes, catalogando e inventariando criteriosamente sua riquezas, o que acabou

servindo aos interesses das classes dominantes. As pesquisas dessas sociedades

subsidiaram o surgimento das escolas nacionais de pensamento geográfico –

destacadamente a alemã e francesa.

O pensamento geográfico, da escola alemã, teve como precursores Humboldt

(1769-1859) e Ritter (1779-1859), mas coube a Ratzel (1844-1904) destaque como

fundador da Geografia sistematizada, institucionalizada e considerada científica. O

pensamento geográfico da escola francesa, por sua vez, teve como principal

representante Vidal de La Blache (1845-1918).

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Enquanto na Europa, principalmente na Alemanha e na França, a ciência

geográfica já se encontrava sistematizada e presente nas universidades desde o século

XIX, no Brasil, isso só aconteceu mais tarde.

A ciência geográfica foi inserida no currículo escolar brasileiro no século XIX,

aparecendo de forma indireta no ensino primário. Apenas na década de 1930, com a

criação do IBGE, da AGB e do primeiro curso de licenciatura em Geografia no Brasil.

Nesse contexto, as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o

ambiente físico nacional servindo os interesses políticos do Estado, na visão do

nacionalismo econômico – DCE, p.17, 6º parágrafo (exploração dos recursos minerais,

indústria de base, dados demográficos).

A Geografia tradicional, caracterizada pelo caráter decorativo/enciclopedista,

voltado para a descrição do espaço, perpetuou-se por boa parte do século XX.

Após a Segunda Guerra Mundial, as transformações históricas relacionadas aos

modos de produção, trouxeram mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais na

ordem mundial que interferiram no pensamento geográfico da época. Tais transformações

intensificaram-se no decorrer da segunda metade do século XX, dando novos enfoques

para a análise do espaço geográfico, além de reformulações no campo temático da

Geografia – DCE, 2006, p.18.

A internacionalização da economia e as multinacionais trouxeram para as

discussões geográficas, assuntos ligados à degradação da natureza, equilíbrio ambiental

do planeta, desigualdades sociais, questões culturais e demográficas.

No Brasil, o Golpe Militar de 1964 provocou mudanças substanciais em todos os

setores, inclusive no educacional, com a valorização da formação profissional, afetando

principalmente disciplinas relacionadas às ciências humanas, surgindo a disciplina de

Estudos Sociais, que envolvia Geografia e História, empobrecendo os estudos das

disciplinas envolvidas, no 1º grau. No 2º grau foram impostas as disciplinas de OSPB e

EMC, consideradas importantes para a formação técnica.

Nos anos 80 ocorreram movimentos visando o desmembramento da disciplina de

estudos sociais e o retorno da Geografia e da História. No nosso estado em 1983, o 1º

Encontro Paranaense de História e Geografia, originou um documento que posteriormente

permitiu que as escolas pudessem optar por ensinar Estudos Sociais ou as disciplinas de

Geografia e História separadamente. Porém, o desmembramento em disciplinas

autônomas ocorreu em 1986.

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A renovação do pensamento geográfico no pós-guerra, chegou com força ao

Brasil. A geografia Crítica, como linha teórico-metodológica do pensamento geográfico,

deu novas interpretações aos conceitos geográficos e ao objeto de estudo da Geografia,

trazendo questões econômicas sociais e políticas como fundamentais para a

compreensão do espaço geográfico.

Surge então uma nova Geografia, tendo como alicerce interpretativo o espaço

geográfico produzido, espaço este composto por objetos (naturais, culturais-técnicos) e

ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados.

O ensino da Geografia visa despertar e possibilitar ao aluno a construção de uma

consciência crítica, coletiva e articulada, buscando a totalidade do conhecimento acerca

do espaço geográfico, permitindo ao mesmo adquirir hábitos e construir valores

significativos da vida em sociedade.

8.8.2.OBJETIVOS GERAIS

- Compreender o homem como ser social, responsável pela produção histórica, espacial

e cultural da humanidade;

- Reconhecer o homem como principal “ator” e “autor” geográfico na relação com a

natureza, na medida em que se objetiva e apropria-se desta, através do trabalho;

- Perceber que o espaço se constitui em uma realidade objetiva, um produto social que

está em permanente transformação;

- Reconhecer o espaço geográfico como uma produção humana, que se manifesta

através de paisagens com maiores ou menores graus de humanização, fruto de

determinações históricas e das “necessidades” sociais;

- Entender a importância da dinâmica da natureza para o espaço geográfico;

- Ler, analisar e interpretar os códigos específicos da Geografia (mapas, gráficos,

tabelas etc.) considerando-os como elementos de representação de fatos e

fenômenos espaciais e/ou espacializados.

- Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográfica e geográfica como formas de

organizar e conhecer a localização, distribuição e frequência dos fenômenos naturais e

humanos.

- Reconhecer os fenômenos espaciais comparando e interpretando diferentes

paisagens e como se constroem.

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- Compreender que as diferenças sociais, ainda que injustas, ocorrem a nível mundial e

que todos têm direitos políticos, melhorar a condição de vida e acesso aos avanços

tecnológicos.

- Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa, compreendendo e identificando

o problema, suas relações com o meio e buscar meios para resolução do mesmo.

- Compreender seu entorno social, buscando converter os problemas em

oportunidades, solucionando-os através do diálogo, respeitando a diversidade cultural,

fazendo possíveis todos os direitos humanos.

- Entender os meios de comunicação, como meios para obter informações e novos

saberes, recebendo-os criticamente.

- Saber organizar-se em grupos de trabalho exercendo a democracia, planejando,

trabalhando e decidindo em grupo.

8.8.3.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

8.8.4.Conteúdos Básicos

6º ANO

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração

e produção;

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico;

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos

da população;

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A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade

cultural;

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

7º ANO

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

As diversas regionalizações do espaço brasileiro;

As manifestações socio-espaciais da diversidade cultural;

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos

da população;

Movimentos migratórios e suas motivações;

O espaço rural e a modernização da agricultura;

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização;

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico ;

A circulação de mão de obra, das mercadorias e das informações.

8º ANO

As diversas regionalizações do espaço geográfico;

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

continente americano;

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

O comércio e suas implicações socioespaciais;

A circulação de mão de obra, do capital, das mercadorias e das informações;

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico;

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

O espaço rural e a modernização da agricultura;

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos

da população;

Os movimentos migratórios e suas motivações;

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural ;

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Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

9º ANO

As diversas regionalizações do espaço geográfico;

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da

produção;

O comércio mundial e as implicações socio-espaciais;

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos

da população;

As manifestações socio-espaciais da diversidade cultural;

Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;

A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a

(re)organização do espaço geográfico;

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração

territorial.

ENSINO MÉDIO

1ª SÉRIE

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

A formação e transformação das paisagens.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem e

(re)organização do espaço geográfico

A formação, localização e exploração dos recursos naturais.

A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da

produção;

O espaço rural e a modernização da agricultura.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração

territorial.

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A circulação de mão de obra, do capital, das mercadorias e das informações

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente.

Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço.

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores

estatísticos.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

O comércio e as implicações socioespaciais.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

As implicações socioespaciais do processo de mundialização.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

3ª SÉRIE

Visões de mundo

Estrutura do mundo moderno

Subdesenvolvimento

Economia Mundial

Novos Países Industrializados

Comércio Mundial

Blocos Econômicos

Canadá, Estados Unidos, Islã, China

Economias Socialistas em Transição

América Latina

Continente Africano

Reino Unido

França, Itália, Alemanha

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Migrações internacionais

Xenofobia

Nacionalismo, separativismo e minorias étnicas

8.8.5. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6º ANO

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais

Conceito de Geografia (tempo e espaço)

Representação do espaço geográfico

Planeta Terra

A terra e o Universo

O endereço da Terra

A terra e o Sistema Solar

Idade da Terra

Movimentos da Terra

Solstícios e equinócios

A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da

paisagem, a reorganização do espaco geográfico, a evolução demográfica, a

distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos

Orientação e localização

Como se orientar na superfície terrestre

Como se localizar na superfície terrestre

Os mapas

A importância e a produção dos mapas

A linguagem dos mapas e dos gráficos

Convenções cartográficas e escala

A formação, localização e exploração dos recursos naturais e as diversas

regionalizações do espaço geográfico

Litosfera

O relevo e suas formas

Relevo continental

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Relevo submarino

Formação e transformação do relevo

Fatores internos

Fatores externos

Hidrosfera

Águas Continentais

Rios e lagos

Bacia hidrográfica

O aproveitamento das águas continentais.

Geleiras e poluição das águas continentais

Águas oceânicas

Oceanos e mares

Características - importância e poluição das águas oceânicas.

Natureza e sociedade.

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção

As atividades econômicas

O trabalho e as atividades econômicas

Agricultura - pecuária

Indústria: transformação das riquezas naturais

Atividade industrial no Brasil

Comércio e prestação de serviços

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista, a mobilidade

populacional e as manifestaões socioespaciais da diversidade cultural

A interdependência entre o campo e as cidades

6ª SÉRIE 7º ANO

Identidade brasileira

A construção e formação do território brasileiro (conceito de território)

Processo de colonização do espaço geográfico

Brasil no mundo

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Brasil – país subdesenvolvido

Dependência econômica brasileira

Desigualdades sociais e econômicas

Urbanização

As metrópoles como centro de gestão das inovações tecnológicas e gestão do

capital e suas repercussões no campo

Modernização e desemprego no campo e na cidade

Industrialização como fator de um espaço nacional integrado.

Crescimento da população e suas condições de vida

Regionalização

Divisão regional de acordo com o IBGE

Regiões geoeconômicas

Relação metrópole-colônia

Região Sul

Geografia do Paraná

Ocupação

Características naturais e humanas e suas interrelações

Dinâmica socioambiental

Atividades econômicas

Potencialidades

Região Sudeste

Região Centro – Oeste

Região Nordeste

Região Norte

8º ANO

Divisão da terra

Regionalização do espaço mundial contemporâneo

Como regionalizar o espaço geográfico mundial

Regionalizando os países do mundo

O mundo desenvolvido e o mundo subdesenvolvido

Aspectos econômicos - origens históricas do desenvolvimento e do

subdesenvolvimento

O continente americano

A América Latina

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A América Anglo-saxônica

Ocupação e povoamento da América Latina

Os povos pré-columbianos

A formação étnico-cultural na América Latina

A formação dos estados latino-americanos

O subdesenvolvimento da América Latina

A produção agrícola da América Latina

A urbanização na América Latina

A economia latino-americana

Influências externas e problemas de integração

Mercosul – Alca

América Desenvolvida

Estados Unidos e Canadá

Colonização e formação

Superpotência mundial

Raízes do crescimento econômico norte-americano

A influência dos Estados Unidos na economia, na cultura mundial

O espaço geográfico norte-americano

A atividade industrial dos Estados Unidos

Urbanização e dinâmica das cidades norte-americanas

Canadá: sociedade multicultural e potência econômica

O espaço econômico do Canadá

Uma qualidade de vida

Austrália e Nova Zelândia

As atividades econômicas

Turismo

Países de grande desenvolvimento social

As regiões polares

Exploração econômica e pesquisa

Meios polares: meios frágeis

África

A regionalização da África

As raízes do subdesenvolvimento africano

A apropriação dos recursos naturais - agropecuária - monocultura - os recursos

minerais e energéticos - a erosão dos solos

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A fome na África

9º ANO

Divisão da Terra em Hemisfério Norte e Hemisfério Sul - Ocidente e Oriente

Como funciona o capitalismo

Visão do mundo

A revolução tecnológica e a formação do espaço global

A tecnologia e a transformação do espaço

Globalização, desenvolvimento e subdesenvolvimento

A globalização e as disparidades econômicas

Domínio tecnológico

Europa desenvolvida

Questões populacionais na Europa desenvolvida

Uma região densamente povoada

Diferentes povos, a cultura e estrutura etária

Os imigrantes na Europa desenvolvida

Indústria e urbanização na Europa

O espaço agrário e os transportes

Centro e periferia

União Europeia

As instituições da União Europeia

Eurásia

Leste Europeu, CEI e Repúblicas Bálticas

Ásia

Colonização e descolonização da Ásia

O Oriente Médio

Religião – Questões territoriais

O petróleo e as desigualdades econômicas e sociais

Os Tigres Asiáticos

Fatores do desenvolvimento e prosperidade econômica

A Índia e a China

O hinduísmo

Demografia - desenvolvimento na Índia

A China : uma grande nação – o peso demográfico

A organização do espaço geográfico chinês

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Japão

A sociedade japonesa

O Japão e a dependência de recursos naturais estrangeiros

Japão: parque industrial e grande exportador mundial

País populoso

Agricultura e pescas intensivas

1ª SÉRIE

Conceito de Geografia;

Evolução do pensamento geográfico;

O espaço geográfico;

A paisagem;

Orientação no espaço astronômico;

As coordenadas geográficas: Latitude e longitude, Fusos horários, Cartografia,

Projeções cartográficas;

Geologia, estrutura, origem, formação da litosfera;

Movimentos da Terra e suas consequências;

A natureza e o trabalho humano;

Hidrografia – As águas da Terra as formas assumidas pela água na natureza, a

importância da água e os cuidados para sua preservação, oceanos, rios e mares, a

importância econômica para as sociedades;

A atmosfera e os climas, os elementos do clima e os fatores que interferem, as

paisagens e a degradação da biosfera;

A ação humana como modificadora e, por vezes devastadora da biosfera;

A importância da biosfera para o homem;

O relevo terrestre: as principais formas de relevo terrestre;

A ação do homem e a transformação da natureza;

Localização do Brasil no globo e no planisfério;

A formação e a expansão do território brasileiro;

Localização e Regionalização do Brasil: divisão do território brasileiro pelo IBGE e

regionalização geoeconômica;

A população brasileira;

Os movimentos migratórios;

A formação, localização e exploração dos recursos naturais;

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O espaço rural e a modernização da agricultura;

Urbanização.

3ª SÉRIE

O território brasileiro;

O Brasil e o espaço mundial;

Formação, localização e regionalização do território brasileiro;

Representações gráficas;

Mapas temáticos – políticos e físicos;

Brasil – aspectos físicos, econômicos e populacionais;

Estado, território,nação e fronteira;

Noções de fronteiras e territorialidade;

O capitalismo e a formação do espaço econômico mundial;

O socialismo;

Revolução técnica científica informacional;

Globalização;

Desenvolvimento e subdesenvolvimento e a regionalização do espaço mundial;

Subdesenvolvimento: origem;

NPI's – Novos países industrializados;

Comércio mundial;

Blocos econômicos;

Migrações internacionais;

Problemas ambientais globais.

8.8.6.METODOLOGIA

A metodologia permite que os alunos adquiram os principais conceitos geográficos,

os conteúdos estruturantes, básicos e específicos sejam trabalhados de forma crítica e

dinâmica, interligando teoria - prática – realidade, usando a cartografia como ferramenta

essencial, possibilitando trabalhar em diferentes escalas espaciais (local – regional –

global) e vice-versa. Além de outros recursos posteriormente abordados.

No 6º ano, o professor deve abordar conhecimentos necessários para o aluno

ampliar suas noções espaciais, como as inter-relações entre as paisagens naturais e

artificiais, mostrando como os fenômenos se relacionam no espaço.

No 7º ano, o professor deve levar o aluno, que já adquiriu novos conhecimentos

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nos anos anteriores, a analisar os fenômenos ocorridos na escala nacional (BR),

relacionando-os com a realidade mundial.

Quando compreendidas as noções sobre o território nacional, nos 8º e 9º anos, o

aluno ampliará e aprofundará suas análises espaciais sobre: América, Europa, África,

Ásia, Oceania e Regiões Polares, sempre orientado pelo professor para que reflita sobre

as especificidades naturais/sociais, as relações de poder político e econômico.

Dentro dos conteúdos estruturantes dimensão econômica do espaço geográfico,

dimensão política do espaço geográfico, dimensão cultural e demográfica do espaço

geográfico, dimensão socioambiental do espaço geográficos, serão trabalhados os temas

relacionados ao estado do Paraná, cultura afro-brasileira, indígena e educação ambiental

de acordo com os conteúdos específicos já delimitados para atender às leis: LEI

10.639/03 História e Cultura Afro-brasileira; LEI 13.381/01 História do Paraná e LEI

9.795/99 Educação Ambiental.

Quando necessário e possível, serão realizadas aulas de campo, para que os

alunos tenham maior compreensão do conteúdo, sendo que esta aula deve ser planejada

e contextualizada , fortalecendo a relação entre a teoria e a prática.

O uso da cartografia (mapas) deve ser uma prática em todos os anos/séries, desde

a forma rudimentar (o aluno representando seu espaço vivido) até a interpretação de

mapas que representem espaços e realidades que ele não conhece de forma mais

complexa.

Através de vídeos educativos (filmes, reportagens, imagens, em geral), pode auxiliar

o trabalho com a formação de conceitos geográficos, desenvolverem os conceitos da

região, território, lugar e ser o ponto de partida para atividades de observação, descrição,

comparação entre fenômenos diversos.

Vídeos, literatura, fotografias, maquetes, jornais e revistas devem ser materiais que

utilizados, aperfeiçoarão o processo de ensino-aprendizagem.

Pelas leituras e interpretação de textos e escritos, o aluno desenvolve sua

capacidade de comunicação e formação de opinião.

8.8.7.Avaliação

A avaliação vista como acompanhamento da aprendizagem deve ser diagnóstica e

contínua, uma espécie de mapeamento que vai identificando as conquistas e os

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problemas dos alunos em seu desenvolvimento. Dessa forma, tem caráter investigativo e

processual. Ao invés de estar a serviço da nota, ela passa a contribuir com a função

básica da escola, que é promover o acesso ao conhecimento; e, para o professor

transforma-se num recurso precioso de diagnóstico.

Por considerar a avaliação um momento fundamental e privilegiado do processo

ensino-aprendizagem, propõe-se atividades que proporcionem uma integração dos alunos

com os novos conhecimentos, fazendo-os organizar e integrar os conteúdos de ensino ao

repertório que já possuem.

Para que se efetive é necessário que se perceba em que tempo e forma nossos

alunos aprendem em suas diferenças individuais, para que possamos organizar

intervenções necessárias ao longo do ano.

A avaliação, para contemplar as diferenças entre as pessoas, deve prezar por

instrumentos avaliativos diversificados e utilizados em vários momentos e situações do

trabalho escolar de forma a oferecer condições coerentes para que o aprendizado se

efetive.

Serão utilizados os seguintes instrumentos de avaliação:

- Relatos escritos onde se observem: capacidade de compreensão, observação,

descrição, comparação, interpretação de dados, gráficos, tabelas, análises, síntese,

opinião, crítica...

- Produção e leitura de mapas, gráficos, tabelas, análise e interpretação de imagens,

compreensão de textos, construção de maquetes, aulas de campo, seminários.

8.8.8. REFERÊNCIAS

ANDRADE, M. C. de. Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.

CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1999.

SOUZA, M. J. L. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In: CASTRO, I. E. e outros (Orgs). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.

ALMEIDA, R. D. Do desenho ao mapa. São Paulo: Contexto, 2001.

BOLIGIAN, Levon; MARTINEZ, Rogério; GARCIA, Wanessa; ALVES, Andressa. Espaço e Vivência.

CIGOLINI, A; MELLO, L; LOPES, N. Geografia do Paraná: quadro natural, transformações territoriais e economia. 2. ed. São Paulo:Saraiva, 2001.

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SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Geografia do Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2008.

VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto, 1997.

VESENTINI, José William; VLACH, Vânia. Geografia Crítica.

8.9. HISTÓRIA

8.9.1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Somos elos de uma mesma corrente que começou há muito tempo e que não sabemos até quando continuará a ser construída. Portanto, História é buscar o significado da nossa participação nessa grande aventura da qual todo ser humano faz parte (Eduardo Aparício Boez Ojeda)

No mundo global em que vivemos hoje a História não é mais a ciência do passado

vinculada à Europa, interessa hoje buscar as inter-relações que nos articulam o presente

ao passado e vice-versa, abrangendo todos os ritmos do tempo e espaços. A História é

cotidiano, significa que todos os atos humanos são históricos e, portanto, podem ser

campo fértil para a investigação histórica. A História são as grandes mudanças de

pensamento que têm um tempo mais longo. A História são relações de trabalho e poder

onde dominante e dominados se articulam e resistem. A História pode ser tudo. Desde

histórias do dia a dia até as grandes sínteses mundiais.

Diante desse papel tão abrangente da História, o ensino da História deve estar em

constante construção, interagindo com o conhecimento do aluno para reconstruí-lo. Para

tanto os recortes históricos são necessários, pois não se tem como capturar toda a

diversidade histórica, mas esses recortes devem sempre remeter ao global para que o

aluno tenha uma visão geral do processo. Parte daí a articulação do professor que deve

estar sempre relacionando o específico ao global e o contrário também.

O conhecimento histórico levará o aluno a se perceber pertencente a um

determinado grupo, se identificar nas relações que perpassam por esse grupo e respeitar

outros grupos bem como entender que todos somos um único grupo, o grupo do Homo

sapiens sapiens e ainda mais, que estamos vinculados a um espaço que é um grupo

ainda maior, a Terra. Essas percepções levam ao respeito à vida e ao meio ambiente.

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Para que o respeito se faça presente a História privilegia a democracia através do

indivíduo politizado, aquele que participa da sua comunidade de forma positiva na

construção do bem-estar coletivo.

Dentre os resgates que a História deve fazer está a História dos povos afro

brasileiros e africanos, na sua grande dimensão temporal e não apenas relacionada com

a escravidão no Brasil, bem como conhecer a história dos povos indígenas antes e depois

da chegada dos europeus. Se torna vital esta contextualização para que a identidade do

povo brasileiro seja entendida e respeitada em sua totalidade, conforme orienta a Lei

11.645/08. Também a História dos povos da América Latina, não só relacionada com o

Sistema Colonial, mas em sua caminhada diversa do Brasil com forma de reforçar os

laços e dissipar preconceitos.

Na vasta diversidade dos conteúdos da História reafirmar a identidade regional

também é primordial. Assim, a História do Paraná deve sempre estar presente nas

abordagens dos conteúdos tradicionais da disciplina conforme a Lei 13.381/01. Mas, mais

do que estar presente, a História do Paraná e do Brasil, ou a história local, deve ser o

ponto de partida para a abordagem em sala de aula visto que é a partir do local, do

mundo que conhecemos, que conseguimos fazer relações com outros espaços e tempos.

Em síntese, o ensino da História possibilita uma reflexão sobre a caminhada

humana, sobre o indivíduo, sua sociedade, propicia perceber a diversidade e potencializa

o pensar e agir sobre o hoje.

8.9.2 OBJETIVOS GERAIS

- Pensar historicamente percebendo que o conhecimento histórico é construído pelos

seres humanos e por isso está condicionado as relações desses;

- identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na localidade, na região

e no país, e outras manifestações estabelecidas em outros tempos e espaços;

- situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade de tempos;

- reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento multidisciplinar;

- compreender que as histórias individuais são partes integrantes de histórias coletivas

e reconhecer-se pertencente a essa história, promovendo dessa forma a auto-estima

do aluno;

- conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diversos tempos e

espaços, em suas manifestações culturais, econômica-sociais e políticas, percebendo

semelhanças e diferenças entre eles, continuidades e descontinuidades, conflitos e

contradições;

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- questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis soluções, conhecendo

formas político - institucionais e organizações da sociedade civil que possibilitem

modos de atuação;

- dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto, aprendendo a

observar e colher informações de diferentes paisagens e registros escritos,

iconográficos, sonoros e materiais, construindo a narrativa histórica;

- valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade social;

- valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos como condição

de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo-se o respeito às diferenças e as

manifestações sociais em busca de direitos;

- perceber que existem projetos alternativos de organização da sociedade além do

vigente.

8.9.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Muitas são as formas de abordar a História, mas os enfoques privilegiados serão:

relações de trabalho;

relações de poder e

relações culturais.

Desde o aparecimento dos seres humanos as relações de trabalho estão

presentes, iniciando com a divisão entre homens e mulheres até as atuais divisões mais

complexas, nas quais a especificidade é determinada pelo capital e imposta pela

organização social da atualidade. Entender essas relações em diferentes tempos,

espaços e pontos de vista permite construir o conhecimento histórico.

As ideologias de dominação entre os indivíduos e suas práticas sociais, tais como

suas instituições (escola, hospitais, famílias, sindicatos, etc) são as relações de poder.

Analisar essas diferentes instâncias permite uma compreensão de mundo e de que forma

pode-se interferir nesse processo.

Conhecer e compreender o conjunto de significados que os seres humanos dão à

sua realidade o estudo das relações culturais ampliam horizontes bem como possibilitam

minimizar as intolerâncias com o diferente.

8.9.4 CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANOOs diversos sujeitos em diferentes espaços e tempos, suas culturas e suas

histórias.

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7º ANOA constituição histórica dos mundos rural e urbano e a formação da propriedade

em diferentes tempos e espaços.

8º ANOO mundo do trabalho e a luta pela cidadania.

9º ANORelações de dominação e resistência: A formação do Estado e das instituições

sociais em diferentes tempos e espaços.

ENSINO MÉDIO

1ª SÉRIETrabalho Escravo, servil, assalariado e o trabalho livre;

Urbanização e industrialização;

2ª SÉRIE

O Estado e as relações de poder;

Cultura e religiosidade;

3ª SÉRIE

Os sujeitos, as revoltas e as guerras;

Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções;

Em todas as séries, nos conteúdos relacionados, o enfoque predominante deve ser

menos a história política e mais as relações entre os seres humanos e seu meio, a saber:

aspectos geográficos;

formas de dominação e as leis;

trabalho;

classes sociais e suas interrelações;

papel da mulher e grupos oprimidos;

a educação;

vida cotidiana;

lutas sociais;

relacionamento com o sagrado;

representações artísticas.

8.9.5 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6º ANO1. A experiência humana no tempo – a memória local e memória da

humanidade; as temporalidades e periodizações; o processo histórico: as

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relações humanas no tempo;

2. Os sujeitos e suas relações sociais no tempo;

3. A cultura local e a cultura comum: os mitos, lendas, a cultura popular, festas e

religiosidades; as formas de se narrar a história.

7º ANO

1. As relações de propriedade: a propriedade coletiva, a propriedade pública, a

terra;

2. O mundo do campo e o mundo da cidade;

3. As relações entre o campo e a cidade;

Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade.

8º ANO

1. História das relações da humanidade com o trabalho;

2. O trabalho e a vida em sociedade;

3. O mundo do trabalho;

4. As resistências e as conquistas de direito.

9º ANO

1. A formação das instituições sociais: políticas/ econômicas/ religiosas/ culturais e

civis;

2. A formação do Estado;

3. Movimentos sociais/ guerras e revoluções.

ENSINO MÉDIO

2ª SÉRIE

Aparecimento do ser humano;

Primeiras sociedades;

Antiguidade na Crescente Fértil;

Antiguidade Clássica;

Sociedade medieval;

Renascimento e Humanismo;

O Estado Nacional;

Experiência ultramarina e o Novo Mundo;

Organização das sociedades coloniais na América;

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Iluminismo e o Mundo Moderno (Revolução Inglesa e Francesa);

3ª SÉRIE

Revolução Industrial;

Independência das colônias americanas;

Brasil Imperial;

Imperialismo;

Primeira Guerra Mundial;

Revolução Russa;

Segunda Guerra Mundial;

Descolonização da Ásia e África;

Brasil Republicano (República Velha , Era Vargas, Período Democrático, Ditadura

Militar, Nova República);

Mundo Globalizado

8.9.6 METODOLOGIA

Seguindo a tendência histórico-crítica, a disciplina de História deve estar sempre

em discussão permanente com a historiografia, com os debates pedagógicos e com as

problemáticas vividas pela comunidade escolar. O debate dos referenciais éticos da

sociedade deve ser constante para a construção da cidadania, assim como significar a

identidade nacional e regional, bem como resgatar os laços culturais com a África e a

América Latina. A disciplina deve articular o conhecimento sistematizado historicamente e

o saber vivenciado pelo aluno num intercâmbio entre conteúdos e atividades.

A opção de metodologia é a História Temática, tanto para o Ensino Fundamental

como para o Ensino Médio porque não é possível representar o passado em toda sua

complexidade. Esta metodologia requer encaminhamentos específico delimitando bem o

tema e seu espaço. A metologia deve levar em consideração as experiências vivenciadas

pelos alunos e a influência dos meios de comunicação. Partindo-se de uma

problematização, o professor media o conhecimento através de diferentes instrumentos

de pesquisa (livro didático, fontes históricas e referenciais bibliográficos) levando o aluno

a construir o seu próprio conhecimento como partícipe do processo histórico.

Pela abrangência da disciplina de História é importante também levar para o aluno

as mais diversas fontes documentais para desestigmatizar a fonte escrita, privilegiando a

pesquisa e a multidisciplinaridade. O trabalho com tempo e espaço também deve ser

constante com sucessão ou ordenação, duração, simultaneidade, semelhanças,

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diferenças, mudanças e permanências, podendo-se trabalhar com linha do tempo e

quadros sinóticos, construção de calendários, para aperfeiçoar essas noções de tempo e

espaço.

A disciplina de História usa muito a periodização, essa noção deve ser esclarecida

aos alunos como recurso metodológico e pode-se propor outras divisões de períodos para

desfazer esse conceito.

O uso do livro didático é um facilitador na disciplina de História visto que o

desdobramento dos conteúdos exige um suporte escrito. No entanto, cabe ao professor

diversificar a metodologia buscando outras fontes como as citadas acima.

Aos recursos didáticos tradicionais a disciplina tem facilidade, por suas próprias

temáticas. Para abranger outros recursos tecnológicos (tvpendrive para exibição de

músicas, vídeos,... e também o uso do laboratório de informática, tanto para a preparação

de materiais pelo professor como pelo aluno na pesquisa ou na organização de

materiais), exige-se uma predisposição do professor e domínio do conteúdo com tais

tecnologias.

Rompendo com a visão positivista, deve-se enfatizar que não existe uma verdade,

mas pontos de vista que mudam conforme ocorrem novas formas de relações humanas.

8.9.7 AVALIAÇÃO

A avaliação numa perspectiva diagnóstica e processual permite ao professor

perceber o nível de aprendizagem e, se necessário, redirecionar a prática. Desse modo o

papel do professor é o de mediador entre o sujeito que aprende e a realidade. É

fundamental enfatizar a relevância da relação conteúdo/forma na socialização do saber,

possibilitando ao aluno a reelaboração da sua visão de mundo, assegurando-lhe o

questionamento e o domínio da realidade contemporânea.

Para a avaliação se verificará a aprendizagem daquilo que é básico, fundamental,

para que ela se processe. Isto implica em definir o que é necessário para que o aluno

avance no caminho da aquisição do conhecimento e envolve a participação efetiva dos

professores na definição dos conteúdos básicos, a democratização da relação

professor/aluno, o processo de construção do conhecimento pelo aluno, uma nova

concepção de História e a definição de estratégias de ensino.

Para se alcançar esses objetivos, práticas diferenciadas de avaliação têm bons

resultados. Essas práticas podem ser desde explicitar cronologicamente determinados

recortes de conteúdos, observando como o aluno trabalha com as temporalidades, usar

diferentes documentos como fonte histórica, tais como documentos oficiais, vídeos, fotos,

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músicas, obras de arte, fontes literárias, fazendo o aluno perceber que a construção

histórica se dá de muitos pontos de vista; saber empregar conceitos históricos, fazer

comparações entre passado e presente percebendo continuidades ou mudanças, elaborar

entrevistas e analisar diferentes discursos, saber ler mapas históricos e discursos

midiáticos bem como produzir textos coerentes com o conteúdo, construindo a narrativa

histórica, usando linguagem adequada à série.

Outros instrumentos avaliativos, além de provas objetivas e dissertativas , como

apresentação de trabalhos e de resultados de pesquisa sobre determinado tema, debates

de ideias opostas, organização de murais temáticos, jornal histórico, peças teatrais

(esquetes) , panfletos temáticos, entre outros.

Ter claro a finalidade, objetivos, critérios e instrumentos avaliativos permite ao

professor construir o conhecimento histórico, junto com o aluno já que reelabora o

processo a todo momento.

8.9.8 REFERÊNCIAS

BOURDÉ, Guy; MARTIN, Hervé. As escolas históricas. Portugal: Publicações Europa-América.

BURKE, Peter (org.). A escrita da História: novas perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1992.

HISTÓRIA VIVA: TEMAS BRASILEIROS, Presença negra. São Paulo. Duetto, n.3 2006.

HOBSBAWN, Eric. A era dos extremos: o breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

HOBSBAWN, Eric. Sobre a história. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 4ª ed. São Paulo: Contexto, 2005.

NAZZARI, Rosana Kátia. Socialização política e construção da cidadania no Paraná. Cascavel: Edunioeste, 2002.

SCHIMIDT, Maria A.; CAINELLI, Marlene. Ensinar história. São Paulo: Scipione, 2004.

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da Educação do Estado do Paraná: História . Curitiba: SEED, 2008.

TRINDADE, Etelvina Maria de Casto; ANDREAZZA, Maria Luiza. Cultura e educação no Paraná. Curitiba: SEED, 2001.

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8.10. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

8.10.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Para atender as demandas sociais contemporâneas e propiciar às novas gerações

a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos, as propostas curriculares

e as metodologias de ensino foram instigadas a atender às expectativas. O cenário do

ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram

constantes mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao

longo da história.

Tendo em vista o objetivo de melhorar a instrução pública e de atender às

demandas advindas da abertura dos portos ao comércio, D. João VI, em 1809, assinou o

decreto de 22 de junho para criar as cadeiras de inglês e francês. A partir daí, o ensino

das línguas modernas começou a ser valorizado.

No ano de 1837, houve a fundação do Colégio Pedro II, que foi o primeiro colégio

em nível secundário do Brasil e referência curricular para outras instituições escolares por

quase um século. O colégio, inspirava seu currículo em moldes franceses e, em sua

grade constavam sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão, cadeira esta

criada em 1840.

No ensino de línguas modernas, o que prevaleceu no ensino, foi a abordagem

pedagógica tradicional de raízes europeias, também chamada de gramática-tradução,

adotada desde a educação jesuítica com o ensino dos idiomas clássicos: grego e latim.

Visando que o aluno tivesse melhor desempenho tanto na fala quanto na escrita, a língua

era concebida como um conjunto de regras e privilegiava a escrita e a gramática. Essa

metodologia vigorou até o princípio do século XX e tinha como um dos objetivos permitir o

acesso a textos literários e domínio da gramática normativa. As atividades tratavam das

regras gramaticais, tradução e ditados, sendo que a avaliação preocupava-se também

com o conhecimento gramatical.

A aprendizagem da Língua Estrangeira Moderna de acordo com as Diretrizes

Curriculares é superar uma visão de ensino de língua estrangeira apenas como meio para

se atingir fins comunicativos, dar espaço às experiências de identificação social e cultural

e possibilitar ao aluno uma autopercepção enquanto ser humano e cidadão. Ao ensinar

Língua Estrangeira deve ser levado em conta o aluno e seu objetivo em aprender, sua

classe social e suas relações sociais, enfim a comunidade onde vive, para desenvolver tal

trabalho. O professor dessa forma, centralizará no engajamento discursivo do aluno,

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praticando a abordagem comunicativa em sua capacidade de, através do discurso, agir no

mundo social, sendo que a função social desse conhecimento na sociedade brasileira é

de suma importância para sua plena realização. Para que essa natureza sócio-

interacional seja possível, o aluno utilizará de conhecimentos sistêmicos, de mundo e

sobre organização textual, além de aprender como usá-los na construção social do

significado via língua estrangeira.

Nessa disciplina, identificou-se que a abordagem comunicativa tem orientado o

trabalho em sala de aula. Esta opção favorece o uso da língua pelos alunos, mesmo que

de forma limitada, e evidencia uma perspectiva utilitarista de ensino, na qual a língua é

concebida como um sistema para a expressão do significado, num contexto interativo.

A Língua Estrangeira Moderna, como outras disciplinas, deve ter como ponto

principal do trabalho docente a formação do indivíduo como cidadão consciente, crítico e

participativo inserido na sociedade local e no panorama internacional.

As Diretrizes Curriculares asseguram ao aluno o embasamento necessário para

dar continuidade ao estudo da língua em séries posteriores, bem como ampliar sua visão

de mundo, tornando-os cidadãos mais críticos e reflexivos.

Assim, ao ensinar língua inglesa é necessário uma compreensão teórica do que é

linguagem, refinando a percepção de sua própria cultura por meio do conhecimento da

cultura de outros povos.

Os temas centrais nesta proposta são a cidadania e a consciência crítica de como

a linguagem é usada no mundo social, e os aspectos sócio-políticos da aprendizagem da

língua inglesa dentro do trabalho com a leitura, produção oral e escrita. Uma das

finalidades da Língua Estrangeira Moderna é que esta seja instrumento de acesso a

informação a outras culturas, associá-las aos conhecimentos científicos, as linguagens

que darão suporte para a resolução de problemas que se propõe adicionar.

A aprendizagem de Língua Estrangeira no Ensino Fundamental não é só um

exercício intelectual em aprendizagem de formas e estruturas linguísticas em um código

diferente, é sim, uma experiência de vida, pois amplia as possibilidades de se agir no

mundo. O papel educacional da Língua Estrangeira é importante desse modo para o

desenvolvimento integral do individuo, devendo seu ensino proporcionar ao aluno essa

nova experiência de vida. Assim, contribui-se para a construção, e para o cultivo pelo

aluno, de uma competência não só no uso de línguas estrangeiras, mas também na

compreensão de outras culturas.

Baseados na corrente sociológica e nas teorias do Círculo da Bakhtin, que

concebem a língua como discurso, a ênfase do ensino recai sobre a necessidade de os

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sujeitos interagirem ativamente pelo discurso, sendo capazes de comunicar-se de

diferentes formas materializadas em diferentes tipos de textos, considerando a imensa

quantidade de informações que circulam na sociedade.

A disciplina de Língua Estrangeira Moderna, priorizará os temas das relações

étnico-raciais, histórias e cultura Afro-brasileira e indígena, com o objetivo de mostrar a

influência dos negros na cultura norte-americana, e, consequentemente na formação da

cultura brasileira; textos relacionados com a preservação e conservação do Meio

Ambiente, em sala de aula, em conformidade com a Lei número 11.645 que prevê a

abordagem destes conteúdos no currículo escolar.

O acesso a essa língua representa para o aluno a possibilidade de se transformar

em cidadão ligado a comunidade global, ao mesmo tempo que se pode compreender,

com mais clareza, seu vínculo como cidadão em seu espaço social.

Pretende-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço para

que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se

envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em

relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados

são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na

prática social.

8.10.2 OBJETIVOS GERAIS

- Possibilitar a aprendizagem da língua como meio de conhecer diversas culturas.

- Oportunizar a participação do educando, a construção de significados ligados à situação

de uso da língua.

- Colaborar com a construção de identidades dos alunos como cidadãos participativos e

transformadores.

- Inserir a linguagem oral e escrita levando em consideração sua natureza sócio-

internacional.

- Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas, lhe possibilita o acesso a

culturas da humanidade, construídos em outras partes do mundo.

- Provocar uma reflexão sobre o uso de variados tipos de textos, considerando o contexto

de uso e os seus interlocutores.

- Comunicar-se de diferentes formas materializadas em diferentes tipos de textos.

- Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a como meio de

acesso ao mundo de trabalho e de estudos.- Valorizar o papel exercido pelas línguas

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estrangeiras, na sociedade brasileira e no panorama internacional.

8.10.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos

marcado por relações sociais, o conteúdo estruturante da língua é o discurso como

prática social, que a tratará de forma dinâmica, por meio das práticas de leitura, de

oralidade e de escrita.

8.10.4 CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

Gêneros discursivos

Relato de experiências vividas, relato histórico, letras de música, diálogos, tira, cartaz,

anúncio, publicidade comercial, fotos, bilhete.

Leitura

Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;

Interpretação textual observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade;

Inferências;

Linguagem não-verbal;

Marcas linguísticas;

Realização de leitura não linear dos diversos textos.

Oralidade

Variedades linguísticas;

Intencionalidade do texto;

Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países;

Finalidade do texto oral;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.

Escrita

Adequação ao gênero: elementos composicionais, formais e marcas linguísticas;

Paragrafação;

Clareza de ideias;

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Ortografia;

Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

Análise Linguística perpassando pela Leitura, Oralidade e Escrita

Coesão e coerência;

Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, preposições, advérbios, verbos,

palavras interrogativas, substantivos, substantivos contáveis e incontáveis, conjunções,

falsos cognatos, concordância verbal e nominal e outras categorias como elementos do

texto;

Vocabulário;

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

7º ANO

Gêneros discursivos

Classificados, carta pessoal, horóscopo, home page, relato histórico, e-mail, publicidade

comercial, letra de música, cartão-postal, diálogos.

Leitura

Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;

Interpretação textual observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade;

Inferências;

Linguagem não-verbal;

Marcas linguísticas;

Realização de leitura não linear dos diversos textos.

Oralidade

Variedades linguísticas;

Intencionalidade do texto;

Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países;

Finalidade do texto oral;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.

Escrita

Adequação ao gênero: elementos composicionais, formais e marcas linguísticas;

Paragrafação;

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Clareza de ideias;

Ortografia;

Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

Análise Linguística perpassando pela Leitura, Oralidade e Escrita

Coesão e coerência;

Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, preposições, advérbios, locuções

adverbiais, palavras interrogativas, substantivos, substantivos contáveis e incontáveis,

conjunções, question tag, falsos cognatos, tempos verbais, concordância verbal e nominal

e outras categorias como elementos do texto;

Vocabulário;

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

8º ANO

Gêneros discursivos

Diálogos, mapas, home page, relato histórico, biografia, gráfico, entrevista, cartão-postal,

carta pessoal, receita, publicidade comercial.

Leitura

Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;

Interpretação textual observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade;

Inferências;

Linguagem não-verbal;

Marcas Linguísticas;

Realização de leitura não linear dos diversos textos.

Oralidade

Variedades linguísticas;

Intencionalidade do texto;

Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países;

Finalidade do texto oral;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.

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Escrita

Adequação ao gênero: elementos composicionais, formais e marcas linguísticas;

Paragrafação;

Clareza de ideias;

Ortografia;

Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

Análise Linguística perpassando pela Leitura, Oralidade e Escrita

Coesão e coerência;

Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, preposições, advérbios, locuções

adverbiais, palavras interrogativas, substantivos, substantivos contáveis e incontáveis,

conjunções, question tag, falsos cognatos, tempos e modos verbais, concordância verbal

e nominal e outras categorias como elementos do texto;

Vocabulário;

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

9º ANO

Linguagem não-verbal;

Marcas linguísticas;

Realização de leitura não linear dos diversos textos.

Oralidade

Variedades linguísticas;

Intencionalidade do texto;

Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países;

Finalidade do texto oral;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.

Escrita

Adequação ao gênero: elementos composicionais, formais e marcas linguísticas;

Paragrafação;

Clareza de ideias;

Ortografia;

Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

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Análise Linguística perpassando pela Leitura, Oralidade e Escrita

Coesão e coerência;

Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, preposições, advérbios, locuções

adverbiais, palavras interrogativas, substantivos, substantivos contáveis e incontáveis,

conjunções, question tag, verbos modais, falsos cognatos, tempos e modos verbais,

concordância verbal e nominal e outras categorias como elementos do texto;

Vocabulário;

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

ENSINO MÉDIO

Leitura

Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;

Interpretação textual observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade;

Inferências;

Linguagem não-verbal;

Marcas linguísticas;

Realização de leitura não linear dos diversos textos;

As particularidades do texto em registro formal e informal;

Finalidades do texto;

Estética do texto;

Estética do texto literário.

Oralidade

Variedades linguísticas;

Intencionalidade do texto;

Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países;

Finalidade do texto oral;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.

Escrita

Adequação ao gênero: elementos composicionais, formais e marcas linguísticas;

Paragrafação;

Clareza de ideias;

Ortografia;

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Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

Análise linguística perpassando pela Leitura, Oralidade e Escrita

Coesão e coerência;

Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, preposições, advérbios, locuções

adverbiais, palavras interrogativas, substantivos, substantivos contáveis e incontáveis,

conjunções, question tag, verbos modais, falsos cognatos, tempos e modos verbais,

concordância verbal e nominal e outras categorias como elementos do texto;

Vocabulário;

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

8.10.5 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6º ANO

LEITURA

Leitura e compreensão de diferentes tipologias textuais observando as características da

tipologia e o vocabulário.

ORALIDADE

- Discussão dos assuntos lidos, dos acontecimentos, situações polêmicas,

noticias, relatos pessoais e outros envolvendo a língua inglesa.

ESCRITA

- Utilizar procedimentos diferenciados para a elaboração de textos (estabelecer o tema,

levantar as ideias e dados, planejamento, produção, reescrita com a intervenção do

professor)

- Produção de diferentes tipos de textos (produção escrita, orla, coletiva, individual).

- Temas propostos: A importância dos meios de comunicação para a inserção do

individuo na sociedade.

- A importância do respeito às diferenças culturais, étnico-raciais, afro-descendentes e

indígenas como comportamento ético e expressão de cidadania, usando a língua

como forma de conhecer essas culturas e visões de mundo.

- Vida em família e respeito.

- A preservação da natureza e as consequências do desequilíbrio no meio ambiente.

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ANÁLISE LINGUISTICA PERPASSANDO PELA LEITURA, ORALIDADE E ESCRITA

Greetings

Introductions

Personal Pronouns

The English Alphabet

Verb to Be

Article

Demonstrative Pronouns

Numbers (1 to 100)

Possessive Pronouns (my, your…)

Vocabulary ( family, countries and nationalities, colors, candies, school objects,

jobs, animals and means of transportation)

Questions (what, who, when…)

Prepositions

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto

Vocabulário

Coesão e coerência.

7º ANO

LEITURA

Leitura e compreensão de diferentes tipologias textuais observando as características

do texto e construção do vocabulário no contexto do texto.

ORALIDADE

Discussão dos assuntos lidos, dos acontecimentos, situações polemicas, notícias,

relatos pessoais e outros envolvendo a língua inglesa.

Ler com fluência, ritmo e entonação percebendo o valor expressivo do texto e sua

relação com a pontuação.

ESCRITA

Utilizar procedimentos diferenciados para a elaboração de textos (estabelecer o tema,

levantar as ideias e dados, planejamento, produção, reescrita com a intervenção do

professor)

Produções de diferentes tipos de textos (produção escrita, oral, coletiva, individual).

Temas propostos: A pluralidade cultural representada pelos países que usam o inglês

como língua oficial.

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Correspondência em inglês com outros estudantes através da Internet.

A importância da prática de atividades físicas e destaques no esporte.

Respeito aos direitos e deveres de cada indivíduo.

As diferenças entre o sistema educacional brasileiro e americano.

- A importância do respeito às diferenças culturais, étnico-raciais, afro-descendentes e

indígenas como comportamento ético e expressão de cidadania, usando a língua

como forma de conhecer essas culturas e visões de mundo.

- A preservação da natureza e as consequências do desequilíbrio no meio ambiente.

ANÁLISE LINGUÍSTICA PERPASSANDO PELA LEITURA, ORALIDADE E ESCRITA

Personal information

Months of the year

Days of the week

Ordinal numbers

Dates

Application forms

Verb can

School subjects

Time

Interrogative pronouns

Verb have

Genitive case

Possessive pronouns

Simple Present X Present Continuous

Vocabulary about sports, clothes, shoes, accessories, house and furniture

Imperative

Prepositions (in, on, at)

Plural of nouns

- Verbs

- Vocabulary

- Pontuação e seus efeitos no texto

- Substantivos contáveis e incontáveis

- Concordância verbal e nominal

- Coesão e coerência

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8º ANO

LEITURA

Leitura e compreensão de diferentes tipologias textuais observando as características do

texto e a construção do vocabulário no contexto da textual.

ORALIDADE

Discussão dos assuntos lidos, dos acontecimentos, das situações polêmicas, das noticias,

dos relatos pessoais e outros envolvendo a língua inglesa.

Ler com fluência, ritmo e entonação percebendo o valor expressivo do texto e sua

relação com a pontuação.

ESCRITA

Utilizar procedimentos diferenciados para a elaboração de textos (estabelecer o tema,

levantar as ideias e dados, planejamento, produção, reescrita com a intervenção do

professor)

Produções de diferentes tipos de textos (produção escrita, oral, coletiva, individual).

A valorização de outras culturas, no aspecto da formação da cidadania.

A influência de outros povos na formação da cultura brasileira.

Os cuidados com a saúde e as consequências do uso de drogas.

As principais ações para preservar o equilíbrio ecológico.

- A importância do respeito às diferenças culturais, étnico-raciais, afro-descendentes e

indígenas como comportamento ético e expressão de cidadania, usando a língua

como forma de conhecer essas culturas e visões de mundo.

- A preservação da natureza e as consequências do desequilíbrio no meio ambiente.

ANÁLISE LINGUÍSTICA PERPASSANDO PELA LEITURA, ORALIDADE E

ESCRITA

Imperative form;

Verb there to be: Present Tense (affirmative, negative and Interrogative Form);

Vocabulary about services;

Simple present (affirmative, negative and interrogative form);

Vocabulary about physical description;

Simple past (affirmative, negative and interrogative form) regular and irregular verbs);

Vocabulary about healthy problems and parts of the body;

Future tense : future with will and be going to;

Plans for the future: agenda;

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Prepositions: in, on, at;

Adverbs (frequency);

Adjectives;

Coesão e coerência;

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Vocabulário geral;

Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições, conjunções,

falsos cognatos e outras categorias como elementos do texto;

9º ANO

LEITURA

Leitura e compreensão de diferentes tipologias textuais observando as características

do texto e construção do vocabulário no contexto do texto.

Ler com fluência, ritmo e entonação percebendo o valor expressivo do texto e sua

relação com a pontuação.

ORALIDADE

Discussão dos assuntos lidos, dos acontecimentos, situações polemicas, noticias,

relatos pessoais e outros envolvendo a língua inglesa.

Ler com fluência, ritmo e entonação percebendo o valor expressivo do texto e sua

relação com a pontuação.

ESCRITA

Utilizar procedimentos diferenciados para a elaboração de textos (estabelecer o tema,

levantar as ideias e dados, planejamento, produção, reescrita com a intervenção do

professor)

Produções de diferentes tipos de textos (produção escrita, oral, coletiva, individual).

Temas propostos: Pluralidade cultural para que se focalize a questão representada

pelos países que usam o inglês como língua oficial.

A importância da alimentação adequada / saudável.

Discutir a questão do meio, pela análise de dados levantados, nas regiões mais

industrializadas, observando a qualidade de vida e as diferentes condições de vida.

- A importância do respeito às diferenças culturais, étnico-raciais, afro-descendentes e

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indígenas como comportamento ético e expressão de cidadania, usando a língua

como forma de conhecer essas culturas e visões de mundo.

- A preservação da natureza e as consequências do desequilíbrio no meio ambiente.

ANÁLISE LINGUÍSTICA PERPASSANDO PELA LEITURA, ORALIDADE E ESCRITA

Modal verbs: can, could, would, may;

Vocabulary about fruit, vegetables, drink and food. (At the restaurant);

Review: simple past (affirmative, negative and interrogative);

Review: regular and irregular verbs;

Interrogative pronouns: who, what, how;

Comparative form: superiority, inferiority, equality;

The superlative

Vocabulary about adjectives

Adverbs: place, time, manner and frequency;

Relative pronouns;

Prepositions;

Present perfect : Question Tag;

Coesão e coerência;

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Vocabulário geral;

Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições,

advérbios, palavras interrogativas, substantivos contáveis e incontáveis, falsos

cognatos e outras categorias como elementos do texto.

ENSINO MÉDIO

1ª SÉRIE

LEITURA

- Leitura e compreensão de diferentes tipologias textuais observando as características

do texto e construção do vocabulário no contexto do texto.

- Ler com fluência, ritmo e entonação percebendo o valor expressivo do texto e sua

relação com a pontuação.

ORALIDADE

- Discussão dos assuntos lidos, dos acontecimentos, situações polemicas, noticias,

relatos pessoais e outros envolvendo a língua inglesa.

Page 158: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Professora de Química Licenciatura em Química ... que moram na zona rural e utilizam o transporte escolar para virem estudar. ... balconistas, professoras,

- Ler com fluência, ritmo e entonação percebendo o valor expressivo do texto e sua

relação com a pontuação.

ESCRITA

- Utilizar procedimentos diferenciados para a elaboração de textos (estabelecer o tema,

levantar as ideias e dados, planejamento, produção, reescrita com a intervenção do

professor)

- Produções de diferentes tipos de textos (produção escrita, oral, coletiva, individual).

- Temas propostos: Pluralidade cultural para que se focalize a questão representada

pelos países que usam o inglês como língua oficial.

- A importância da alimentação adequada / saudável.

- Discutir a questão do meio, pela análise de dados levantados, nas regiões mais

industrializadas, observando a qualidade de vida e as diferentes condições de vida.

- A importância do respeito às diferenças culturais, étnico-raciais e afro-

descendentes como comportamento ético e expressão de cidadania.

- A preservação da natureza e as consequências do desequilíbrio no meio ambiente.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Personal pronouns

Verb to be

Word order

Simple Present Tense : Interrogative and negative forms

-Who? Where? When? What ? Why ?

Personal pronouns : objective case

Simple Future

The Conditional ( Would)

The indefinite article

Reflexive pronouns

Opposites

Prepositions

The Imperative

Also too – either

Simple Past Tense : Interrogative and negative forms

Ordinal and cardinal numbers

There to be

Uses of some and any

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The use of special words

Short answers

The gerund

Present Continuous Tense

Irregular verbs

Regular verbs

Demonstrative pronouns and articles

Numbers, days and months

Object and subject pronouns

Many, much, a lot of, lots of, plenty of, a few, a litle, few, little.

Reading comprehension

Read and translate

Interrogative words

Present continuous – tense x simple present

The past continuous tense

Gender of nouns

The definitive article “the “

Plural of nouns

Possessive and adjective pronoun

Auxiliares in short answers

Question tags ( com verbos auxiliares )

The possessive case

- Coesão e coerência

- Pontuação e seus efeitos de sentido no texto

- Vocabulário geral

- Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições, advérbios,

palavras interrogativas, substantivos contáveis e incontáveis, falsos cognatos e outras

categorias como elementos do texto.

2ª SÉRIE

LEITURA

- Leitura e compreensão de diferentes tipologias textuais observando as características

do texto e construção do vocabulário no contexto do texto.

- Ler com fluência, ritmo e entonação percebendo o valor expressivo do texto e sua

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relação com a pontuação.

ORALIDADE

- Discussão dos assuntos lidos, dos acontecimentos, situações polemicas, noticias,

relatos pessoais e outros envolvendo a língua inglesa.

- Ler com fluência, ritmo e entonação percebendo o valor expressivo do texto e sua

relação com a pontuação.

ESCRITA

- Utilizar procedimentos diferenciados para a elaboração de textos (estabelecer o tema,

levantar as ideias e dados, planejamento, produção, reescrita com a intervenção do

professor)

- Produções de diferentes tipos de textos (produção escrita, oral, coletiva, individual).

- Temas propostos: Pluralidade cultural para que se focalize a questão representada

pelos países que usam o inglês como língua oficial.

- A importância da alimentação adequada / saudável.

- Discutir a questão do meio, pela análise de dados levantados, nas regiões mais

industrializadas, observando a qualidade de vida e as diferentes condições de vida.

- A importância do respeito às diferenças culturais, étnico-raciais e afro-

descendentes como comportamento ético e expressão de cidadania.

- A preservação da natureza e as consequências do desequilíbrio no meio ambiente.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Text

Present perfect

Present perfect X simple past

Compounds of some, any, no, every

Vocabulary ( new words )

The past perfect tense

The use of special verbs ( modals )

Reading and Comprehension

Prepositions

Interrogative words

Question tags

Composition

The genitive case

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The use of special words

Grau dos adjetivos

Futuro simples e contínuo

Pronomes relativos

- Coesão e coerência

- Pontuação e seus efeitos de sentido no texto

- Vocabulário geral

- Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições, advérbios,

palavras interrogativas, substantivos contáveis e incontáveis, falsos cognatos e outras

categorias como elementos do texto.

3ª SÉRIE

LEITURA

- Leitura e compreensão de diferentes tipologias textuais observando as características

do texto e construção do vocabulário no contexto do texto.

- Ler com fluência, ritmo e entonação percebendo o valor expressivo do texto e sua

relação com a pontuação.

ORALIDADE

- Discussão dos assuntos lidos, dos acontecimentos, situações polemicas, noticias,

relatos pessoais e outros envolvendo a língua inglesa.

- Ler com fluência, ritmo e entonação percebendo o valor expressivo do texto e sua

relação com a pontuação.

ESCRITA

- Utilizar procedimentos diferenciados para a elaboração de textos (estabelecer o tema,

levantar as ideias e dados, planejamento, produção, reescrita com a intervenção do

professor)

- Produções de diferentes tipos de textos (produção escrita, oral, coletiva, individual).

- Temas propostos: Pluralidade cultural para que se focalize a questão representada

pelos países que usam o inglês como língua oficial.

- A importância da alimentação adequada / saudável.

- Discutir a questão do meio, pela análise de dados levantados, nas regiões mais

industrializadas, observando a qualidade de vida e as diferentes condições de vida.

- A importância do respeito às diferenças culturais, étnico-raciais e afro-

descendentes como comportamento ético e expressão de cidadania.

- A preservação da natureza e as consequências do desequilíbrio no meio ambiente.

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ANÁLISE LINGUÍSTICA

Text

Pronomes relativos

Passado perfeito

Tempos condicionais

Verbos anômalos

Report speech

Imperativo (negativo e afirmativo)

Infinitivo e gerúndio

Question tag

Voz passiva e ativa

- Coesão e coerência

- Pontuação e seus efeitos de sentido no texto

- Vocabulário geral

- Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições, advérbios,

palavras interrogativas, substantivos contáveis e incontáveis, falsos cognatos e outras

categorias como elementos do texto.

METODOLOGIA

A Língua Estrangeira Moderna deve ser vista como uma possibilidade de conhecer,

expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados, partindo

do pressuposto que a aprendizagem acontece nas interações sociais,e tendo o discurso

como prática social, o trabalho será voltado para a participação dinâmica do aluno através

da abordagem de vários gêneros textuais (publicitários, jornalísticos, literários,

informativos, etc) e textos verbais e não -verbais, com atividades diversificadas que

envolverão as práticas de leitura, oralidade, escrita e análise linguística. Dessa forma, o

ensino de Língua Estrangeira se constitui um meio de compreensão da diversidade

linguística e cultural para que o aluno se envolva discursivamente e desenvolva as

práticas de leitura, escrita e oralidade levando em conta o seu conhecimento prévio.

Os gêneros estudados terão em vista a análise da função, da composição, das

informações contidas no texto, a intertextualidade, os recurso coesivos, a coerência e a

gramática em si, contextualizada.

É necessário que os alunos saibam identificar nos gêneros as diferenças

estruturais e funcionais, a autoria, o público a que se destinam, aproveitando o

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conhecimento já adquirido, mesmo que seja na língua materna.

As discussões sobre os temas abordados pode ser em língua materna, isso servirá

como subsídio para produção textual em língua estrangeira. Dentre os temas propostos

estão a história e cultura Afro-Brasileira e Indígena, como dispõe as leis 10.639/03 e

11.645/08. Tais discussões sobre devem enfatizar uma abordagem pelo viés da

resistência do negro em relação à sua luta, bem como priorizar a valorização de

diferentes culturas, como, usando a língua como forma de conhecer essas culturas e

visões de mundo.

De acordo com a lei 9.795/99, também deve-se abordar a Educação Ambiental

como uma das temáticas em aulas de Língua Estrangeira Moderna. Esse tema deve estar

presente sempre que possível através das diferentes atividades de leitura, oralidade e

escrita.

Os alunos devem perceber a heterogeneidade da língua através de estratégias

criadas pelo professor, que façam com que eles reconheçam as várias possibilidades de

leitura e de sentido preestabelecidas pelo autor.

Na leitura o trabalho deve ir além da materialidade do texto, permitindo estabelecer

as relações do texto com o conhecimento já adquirido, possibilitando, assim, a

reconstrução e argumentação. O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de

mundo que permita ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade.

O estudo da gramática, através da análise linguística, torna-se importante na

medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas

apresentadas. As reflexões linguísticas devem ser decorrentes das necessidades

específicas dos alunos para a construção de sentidos dos textos.

Cabe ao professor criar condições para que o aluno seja crítico e busque respostas

e soluções aos seus questionamentos e necessidades relativos à aprendizagem.

Na oralidade o objetivo é expor aos alunos textos orais pertencentes aos diferentes

discursos, lembrando que a oralidade é o uso funcional da língua.

Através dela serão expressas suas ideias, mesmo com algumas limitações, mas é

importante que o aluno vá se familiarizando e aprendendo o uso da língua estrangeira.

A escrita é uma atividade sociointeracional, significativa, relacionada a situações

reais, por isso o aluno deve sempre escrever para alguém, deixando clara a sua

intenção, fazendo uso do gênero adequado para produzir um texto coeso e coerente que

atinja seu objetivo.

Para a análise dos textos de literatura, deve-se propor atividades que façam com

que os alunos percebam o texto como prática social do momento e do contexto histórico a

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que ele se refere.

É importante ressaltar que a bagagem de conhecimento que o aluno traz deve ser

aproveitada e aprofundada, mesmo que os conteúdos não correspondam àquela série,

eles podem ser retomados a qualquer momento, porém em graus de profundidade

diferentes.

O professor terá como subsídios para o processo de aprendizagem: o livro didático,

dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVD, CD-ROM,TV pendrive, internet e outros

recurso disponíveis em sua escola.

Com o ensino de Língua Estrangeira Moderna, o professor poderá transmitir

conhecimentos diferentes, manter contatos e fazer interação com outras línguas,

conscientizando o aluno do lugar que ele ocupa no mundo e da importância do domínio

da língua.

8.10.7 AVALIAÇÃO

A avaliação não pode ser vista como um instrumento para medir a apreensão dos

conteúdos, pois ela visa, também, discutir as dificuldades e avanços dos alunos. É

através das práticas de construção do discurso que teremos base para avaliar a

aprendizagem.

O ato da avaliação não é um momento isolado, ele faz parte de um conjunto de

atividades entre o professor e os alunos; ou entre os alunos na turma, visando a produção

de sentidos na leitura dos textos, os conhecimentos prévios, no levantamento de

hipóteses, o respeito da organização textual e a percepção de sua intencionalidade.

A avaliação será processual, diagnóstica e formativa, de acordo com os objetivos

específicos e conteúdos de cada série.

Os momentos avaliativos se constituem pelas diversas propostas de trabalhos

encaminhados aos alunos através de trabalhos individuais ou em grupos, de atividades

escritas e orais como: diálogos, leituras diversificadas, painéis, jogos, produção textual,

maquetes, teatro, pesquisas, entre outras. Paralelamente à esses momentos, dar-se-á a

recuperação de estudos visando a superação de dificuldades e conteúdos não

apreendidos, sendo realizada, portanto, durante todo o tempo escolar. Após a

recuperação de estudos, propõe-se à reavaliação dos mesmos.

O aluno é construtor do conhecimento e está envolvido no processo de avaliação,

desse modo precisa ter seu esforço reconhecido pelo retorno de suas produções, com o

fornecimento do seu desempenho e entendimento do “erro” como parte integrante da

aprendizagem. Mediante essas constatações o professor poderá planejar e propor outros

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encaminhamentos que visem a efetivação da aprendizagem.

8.10.8 . REFERÊNCIAS

CASTRO, G. FARACO, C. A. Por uma teoria linguística que fundamente o ensino de língua materna (ou de apenas um pouquinho de gramática nem sempre é bom. In: Educar em Revista, Curitiba: UFPR, 1999.

JORDÃO, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba: Mimeo, 2004

LEFFA, V. J. Metodologias do ensino de línguas. In: BOHN, H. I.; VANDRESSEN, P. Tópicos em linguística aplicada: o ensino de línguas estrangeiras. Florianópolis: Ed. Da UFSC, 1988. P. 211-236.

LOPES, Luiz Paulo M. A nova ordem mundial, os parâmetros curriculares nacionais e o ensino de inglês no Brasil: a base intelectual para uma ação política. In: BARBARA & RAMOS (orgs). Reflexão e ações no ensino-aprendizagem de línguas. Campinas: Mercado de Letras, 2003.

PEREIRA, C. F. As várias faces do livro didático de língua estrangeira. In: SARMENTO S.; MÜLER, V. (orgs) O ensino do inglês como língua estrangeira: estudos e reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.

SARMENTO, S.; MULLER, V. (orgs). O ensino do inglês como língua estrangeira: estudo e reflexões. Porto alegre: APIRS, 2004.

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da Educação do Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna – Curitiba: SEED, 2006.

VOLPI, M. T. A formação de professores de língua estrangeira frente aos novos enfoques de sua ação docente. In: LEFFA, V. O professor de Línguas Estrangeiras. Construindo a Profissão. Pelotas: EDUCAT, 2001.

8.11. LÍNGUA PORTUGUESA

8.11.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de Língua Portuguesa, hoje deve abordar a leitura, a produção de texto

e os estudos gramaticais sob uma mesma perspectiva de língua como instrumento de

comunicação, de ação e de interação social. Na construção histórica desse conceito de

língua, houve muitas mudanças no enfoque.

No Brasil, o ensino de Língua Portuguesa iniciou-se com os jesuítas que tinham por

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finalidade “alfabetizar” e “catequizar” os indígenas. Pensava-se que a linguagem

reproduzia o modo de pensar. As práticas pedagógicas restringiam-se a alfabetização –

ler e escrever em Latim – com a intenção de expandir o catolicismo.

No período colonial, a língua da população era a tupi e a Língua Portuguesa era

utilizada para transações comerciais e documentos. Alguns colonizadores aprenderam o

Tupi para conhecer e ter mais domínio das novas terras.

A partir do século XVIII a Língua Portuguesa tornou-se idioma oficial do Brasil

através de um decreto expedido pelo Marquês de Pombal. Então, a educação brasileira

passou por mudanças estruturais.

Apareceram os cursos de Letras e Filosofia. As aulas eram ministradas por

profissionais de várias áreas e atendiam uma reduzida elite colonial que se preparava

para estudar na Europa.

Com a criação de impostos, o ensino público passa a ser financiado pela

Metrópole, a intenção era modernizar a educação, mas sempre tendo em vista os

interesses da Coroa Portuguesa.

A disciplina de Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares

somente nas últimas décadas do séc. XX e o ensino da língua era fragmentado em

gramática, retórica e poética. Ao final deste século houve uma ampliação do acesso ao

ensino e a exclusão da disciplina de retórica.

A escola, então, abre-se cada vez mais para a população para aquisição de uma

“boa língua”, mas a aprendizagem continuava hierarquizada e seletiva.

Em 1871, o conteúdo gramatical passa a ser chamado de Português e surge o

cargo de professor de Português, até meados do séc. XX a tradição do ensino de

gramática continua a mesma.

Na literatura havia necessidade do rompimento com os modelos portugueses e da

valorização do falar brasileiro. Então, em 1922, com o movimento modernista, ocorreu

uma grande contribuição para aproximar a língua escrita do falar cotidiano no Brasil.

O ensino de Língua Portuguesa recebeu várias denominações no decorrer dos

anos e a gramática era quase que o fundamento para o ensino da língua.

Na década de 70, começaram a ser debatidas outras teorias sobre o ensino da

língua, das quais resultou o questionamento sobre a eficácia do ensino de gramática. Os

livros didáticos continuavam com a concepção tradicional de gramática, inovando apenas

o trabalho de produção de texto.

Com o fim do regime militar, aumentaram os cursos de pós-graduação para a

formação de professores e pesquisadores, as discussões sobre o currículo escolar

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ganharam força em relação ao pensamento mais crítico da educação.

Nos anos 80, fortaleceu-se a pedagogia histórico-crítica, com a leitura das

primeiras obras de Bakhtin, que passaram a ser lidas nos meios acadêmicos.

O ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas, como contextualizações e o

valor do texto como unidade fundamental de análise.

No final da década de 90, os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais),

fundamentaram a concepção interacionista, levando em conta a linguagem oral e escrita,

porém os resultados não foram satisfatórios, pois a situação do analfabetismo funcional,

da leitura compreensiva e da produção de texto que ainda constituem a maior dificuldade

para os alunos do ensino fundamental e médio.

Atualmente, o ensino da Língua Portuguesa tem por finalidade instrumentalizar o

aluno, por meio do conhecimento da língua, para que ele seja capaz de relacionar-se

plenamente com o mundo que o cerca. Além disso, deve propiciar o acesso ao padrão

culto da língua, de forma que seja capaz de ler, entender e questionar as diferentes

linguagens ( verbal e não verbal).

A capacidade de o homem registrar seus pensamentos e suas descobertas tem

sido apontada como causa dos maiores avanços da Ciência, uma vez que propicia a

continuidade do trabalho desenvolvido e permite que o conhecimento seja adquirido por

todos.

A prática da produção de texto tem por finalidade desenvolver a capacidade de

comunicar-se, que é inerente ao ser humano, mediante o registro de suas ideias, de

forma clara, para que seja entendido por quantos o lerem.

Para tanto, o aluno deverá ser capaz de ordenar suas ideias e desenvolvê-las na

escrita, na oralidade, textos de diferentes gêneros adequados ao contexto de produção.

O objeto de estudo da disciplina de Língua Portuguesa é a própria língua em seus

diversos aspectos linguísticos e gramaticais, a saber: fonética, estilística, morfologia,

sintaxe e semântica.

O estudo da Língua Portuguesa deve ter em mente a formação do cidadão e sua

capacidade de relacionar-se com o mundo que o cerca. Para tanto, a abordagem dada ao

seu ensino deve privilegiar não só os conteúdos tradicionalmente estudados, mas

também relacioná-los com o cotidiano abordando temas sociais, de forma que o aluno

perceba a pertinência deste estudo.

Fundamental, também, é levar o aluno a perceber que a língua é dinâmica, está em

permanente transformação e que ela reflete a história do próprio homem.

Para tanto, serão usados textos de natureza e épocas diversas que propiciem o

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reconhecimento e entendimento dos conteúdos a serem desenvolvidos, além do caráter

diacrônico da língua.

Problemas do cotidiano serão levados para a sala de aula, de formas diversas,

como, por exemplo, por meio de reportagens de jornais e revistas ou comentários do

professor e/ou dos alunos sobre um fato noticiado, recentemente, pela mídia.

Também serão aproveitadas as situações que propiciem a discussão e motivem a

elaboração de texto, como, por exemplo, sobre uma determinada reportagem ou obra

analisada nas aulas de Literatura.

Cabe aqui registrar que as atividades não devem ser vistas isoladamente, mas

como parte de um todo, que visa a um único objetivo: a interação.

Houve um tempo em que o ensino da língua concentrava-se apenas na gramática,

com exercícios e estudos de regras e análises morfológicas e sintáticas. Sabemos que

essa forma de ensino reforçava a concepção tradicional de linguagem, não possibilitando

aos educandos o aprimoramento no uso da língua materna, pois o mesmo percebia uma

grande diferença entre a sua oralidade e sua realidade cotidiana, coberta por um universo

cultural que criava um abismo entre o estudante e a escola.

Não queremos excluir o ensino da gramática, porém o desenvolvimento da

linguística abriu novos caminhos e mostrou que a língua se constitui de diversos níveis e

que cada nível tem uma gramática própria, com suas regras e signos.

A escola deve garantir ao aluno o acesso à variante culta da língua, para que ele

esteja plenamente inteirado na sociedade.

No Ensino Fundamental, deve produzir textos de diferentes gêneros e interpretá-

los, no contexto histórico, social e humano, efetivando a construção do conhecimento. Na

língua portuguesa o aluno de Ensino Fundamental deverá traçar relações com o texto que

permitam produções e leitura de diferentes discursos.

O tratamento do texto literário oral ou escrito envolve o exercício de

reconhecimento de singularidades e propriedades que matizam um tipo particular de uso

da linguagem e contribuam para a formação de leitores capazes de reconhecer as

sutilezas, as particularidades, os sentidos, a extensão e a profundidade das construções

literárias.

Partindo-se de situações concretas de interação, os textos produzidos certamente

serão carregados de significação.

Adquirindo conhecimentos literários através da leitura de texto de natureza diversa

e de diferentes autores, o aluno identificará as ideologias contidas nestas produções e o

ensino da Literatura Brasileira tem por finalidade possibilitar o contato do aluno com a

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manifestação do pensamento do homem – principalmente brasileiro – nas diversas

épocas, registrando por meio da arte da palavra, ou seja, da Literatura.

Também, por meio deste ensino, o aluno terá conhecimento das várias

possibilidades de construção de um texto literário, aprimorando com isso sua capacidade

de pensamento crítico e desenvolvendo a sensibilidade estética, propiciando através da

Literatura a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do

trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

A partir dos anos 80, vem sendo feito um trabalho para que se operem

transformações na relação ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa. Os estudos

linguísticos centrados no texto e na interação social chegaram ao Brasil quando as

primeiras obras do Círculo de Bakhtin passaram a ser estudadas nos meios acadêmicos.

Surgiram produções teóricas que influenciaram mudanças no ensino da língua não mais

voltados a teorias gramaticais, mas que possibilitassem o domínio efetivo de falar, ler e

escrever.

Em decorrência dessas mudanças influenciadas por Bakhtin, o ensino de língua

materna “requer que se considerem os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está

inserido, bem como o contexto de produção do enunciado” (DCE, 2009, p.16). Nesse

sentido, o discurso oral ou escrito é fundamental para o processo de ensino-

aprendizagem da língua, porque é a partir dele que se concretizam experiências reais do

uso da língua, do uso da palavra em toda sua amplitude, enfim, o ensino pautado nessa

teoria considera que a aprendizagem não ocorre a partir de elementos linguísticos

isolados, ela se dá a partir do trabalho com o texto. No entanto, é preciso lembrar que

texto não se restringe à formalização do discurso oral ou escrito, isso porque ele abrange

um antes e um depois, portanto não pode ser pensado apenas em seus aspectos formais,

uma vez que é a linguagem em uso efetivo.

Para Bakhtin, os textos podem ser agrupados em gêneros discursivos, porém essa

definição não limita o texto a determinada propriedade formal, isso porque “antes de o

gênero constituir um conceito, é uma prática social e deve orientar a ação pedagógica

com a língua” (DCE, 2009, p.19). O trabalho pedagógico desenvolvido a partir dos

gêneros é importante uma vez que muitos deles já fazem parte do cotidiano dos alunos,

desenvolvendo assim sua prática pedagógica, a escola não priorizaria apenas textos

didatizados, mas levaria para sala textos presentes nas diversas esferas da sociedade,

possibilitando ao aluno a inserção social no sentido de poder formular seu próprio

discurso e interferir na sociedade da qual faz parte.

O trabalho com gêneros, sejam eles os mais diversificados possíveis, no entanto

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não exclui o ensino de gramática nem impede que o professor apresente regras

gramaticais aos seus alunos, contudo essas regras precisam reforçar a compreensão de

que como se estrutura um texto, como essas regras se juntam para produzirem

determinados efeitos de sentido, e não centrar-se apenas em suas nomenclaturas e

classificações.

Enfim, a partir dessas considerações, fica evidente que as DCEs (2009)

propõem o trabalho com uma língua “viva, dialógica, em constante movimentação,

permanentemente reflexiva e produtiva” (p. 48). Para isso, é importante que a escola

considere as práticas linguísticas que o aluno apresenta ao ingressar nela, para que daí

sejam trabalhados os saberes relativos ao uso da norma padrão e acesso aos

conhecimentos para a construção do multiletramento, possibilitando que os alunos se

utilizem da leitura, escrita e oralidade como forma de participação na sociedade letrada.

8.11.2 OBJETIVOS GERAIS

- Familiarizar-se com diferentes gêneros discursivos oriundos das mais variadas práticas

sociais (literatura, jornalismo, divulgação científica, publicidade...).

- Desenvolver uma atitude de leitor/a crítico/a, o que significa, entre outros aspectos,

perder a ingenuidade diante do texto dos outros, percebendo que atrás de cada texto há

um sujeito, com certa experiência histórica, com um determinado universo de valores,

com uma intenção.

- Compreender de forma integrada a linguagem verbal e as outras linguagens (as artes

visuais, a música, o cinema, a fotografia, a televisão, a publicidade, a charge, os

quadrinhos, a infografia) observando que todas são atividades sócio-internacionais entre

sujeitos históricos e suas especificidades.

- Criar uma rede para as múltiplas leituras do mundo para a compreensão e apreensão

do potencial expressivo da linguagem.

- Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto

oral.

- Amadurecer o falar com segurança e fluência em situações formais.

- Reconhecer a intenção do discurso do outro possibilitando uma escuta respeitosa, uma

enunciação clara e sustentada de opiniões e abertura para novos argumentos e pontos de

vista.

- Reconhecer as diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos

que tratam do mesmo tema, considerando as condições de produção e recepção.

- Desenvolver as habilidades de uso da língua escrita em situações discursivas realizadas

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por meio de práticas textuais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o

assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção-leitura.

- Refletir sobre os textos que leem, escrevem, falam ou ouvem, intuindo, de forma

contextualizada, as características de cada gênero e tipo de texto, assim como os

elementos gramaticais empregados na organização do discurso ou texto e a variedade

linguística.

- Desenvolver o interesse e autonomia na leitura e escrita como fontes de informação,

aprendizagem, lazer e arte.

- Realizar sempre uma ação reflexiva sobre a própria linguagem, integrando as práticas

sócio-verbais e o pensar sobre elas.

- Reconhecer as diferentes formas de dizer e que isso é uma representação da realidade

social e histórica, isto é , a variação sócio-linguística.

- Abordar os temas gramaticais por meio de diferentes trajetos, combinando percursos

mais intuitivos que estimulam a capacidade de observação dos fenômenos da língua e

percursos mais expositivos que estimulam a construção de um saber mais sistematizado

daqueles mesmos fenômenos.

- Perceber a dinâmica histórico- cultural do fazer literário, sua vinculação com sua

conjuntura, mas, acima de tudo, perceber que a literatura transcende os limites do seu

tempo.

- Propor atividades de revisão e reelaboração de textos.

8.11.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O conteúdo estruturante se relaciona com o momento histórico-social e assume a

concepção de linguagem como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais,

sendo assim, o Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é o

discurso como prática social. Este desdobra-se no trabalho didático-pedagógico com a

disciplina de Língua Portuguesa/Literatura.

8.11.4 CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

Gêneros discursivos a serem trabalhados : conto maravilhoso, história em

quadrinho, relato pessoal, diário, texto de opinião, adivinhas, lenda, fábula, exposição

oral, carta pessoal, e-mail, receita, verbetes, bilhete , anedotas e outros.

Leitura

- Tema do texto;

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Interlocutor;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem.

Oralidade

- Tema do texto;

- Finalidade;

- Argumentatividade;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos ...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições, recursos semânticos.

Escrita

- Tema do texto;

-Finalidade do texto;

-Argumentatividade;

-Informatividade;

-Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Divisão do texto em parágrafos;

-Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem;

-Acentuação gráfica;

-Ortografia;

-Concordância verbal e nominal.

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7º ANO

Gêneros discursivos a serem trabalhados: narrativa mítica, poema, campanha

comunitária, debate deliberativo, notícia, entrevista oral e escrita, quadrinhos, música,

tiras, exposição oral , literatura de cordel e outros.

Leitura

-Tema do texto;

-Interlocutor;

-Finalidade do texto

-Informatividade;

-Aceitabilidade;

-Situacionalidade;

-Intertextualidade;

-Informações explícitas e implícitas;

-Discurso direto e indireto;

-Elementos composicionais do gênero;

-Repetição proposital de palavras;

-Léxico;

-Ambiguidade;

-marcas linguísticas: coesão, coerência, funções da classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem.

Oralidade

-Tema do texto;

-Finalidade;

-Papel do locutor e interlocutor;

-Elementos extralinguístico: entonação, pausas, gestos,etc;

-Adequação do discurso ao gênero;

-Turnos da fala;

-Variações linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

-Semântica.

Escrita

-Tema do texto;

-Interlocutor;

-Finalidade do texto

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-Informatividade;

-Discurso direto e indireto;

-Processo de formação de palavras;

-Acentuação gráfica;

-Ortografia;

-Concordância verbal/nominal

-marcas linguísticas: coesão, coerência, funções da classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

8º ANO

Gêneros discursivos a serem trabalhados: textos de humor, texto teatral,

depoimentos, crítica social, crônica, anúncio publicitário, carta de leitor, carta denúncia,

divulgação científica, seminário, estatuto, haicai, charge e outros.

Leitura

-Interlocutor;

-Conteúdo temático;

-Intencionalidade do texto;

-Informatividade;

-Aceitabilidade;

-Situacionalidade;

-Intertextualidade;

-Vozes sociais presentes no texto;

-Elementos composicionais do gênero;

-Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

-Marcas linguísticas: coesão, coerência, funções da classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito);

-Semântica;

-Operadores argumentativos;

-Ambiguidade;

-Sentido denotativo e conotativo das palavras no texto;

-Expressões que denotam ironia e humor no texto.

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Oralidade

-Conteúdo temático;

-Finalidade;

-Aceitabilidade do texto;

-Informatividade;

-Papel do locutor e interlocutor;

-Elementos extralinguístico: entonação, expressão facial, corporal e gestual, etc;

-Adequação do discurso ao gênero;

-Turnos da fala;

-Variações linguísticas(lexicais, semânticas, prosódias,entre outras

-Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

-Elementos semânticos;

-Adequação da fala ao contexto( uso dos conectivos, gírias,repetições, etc);

-Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

Escrita

-Conteúdo temático;

-Interlocutor;

-Finalidade do texto

-Informatividade;

-Intertextualidade;

-Situacionalidade;

-Vozes sociais presentes no texto;

-Elementos composicionais do gênero;

-Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

-Concordância verbal/nominal;

-Marcas linguísticas: coesão, coerência, funções da classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito.

9º ANO

Gêneros discursivos a serem trabalhados: reportagem, editorial,conto, debate

regrado público, texto argumentativo, música, mesa-redonda, artigo de opinião, manifesto,

resenha crítica, romance e palestra.

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Leitura

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Intencionalidade do texto;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Temporalidade;

- Discurso ideológico presente no texto;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

- Partículas conectivas do texto;

- Progressão referencial no texto;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

- Semântica :

- operadores argumentativos;

- polissemia;

- sentido conotativo e denotativo;

− Expressões que denotam ironia e humor no texto

Oralidade

- Conteúdo temático;

- Finalidade;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal, gestual,

pausas...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições, conectivos.

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- Semântica;

- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

Escrita

-Conteúdo temático

- Interlocutor;

- Intencionalidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Temporalidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

- Partículas conectivas do texto;

- Progressão referencial no texto;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

- Sintaxe de concordância;

- Sintaxe da regência;

- Processo de formação das palavras;

- Vícios da linguagem;

- Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, polissemia.

ENSINO MÉDIO

Gêneros discursivos a serem trabalhados na:

1ª SÉRIE

- fábula;

- poema;

- texto teatral;

- carta pessoal;

- relato pessoal;

- texto de campanha comunitária;

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- relatório de experiência científica;

- seminário;

- debate regrado público;

- artigo de opinião;

- novela;

- resumo;

- resenha;

- palestra;

- cartum;

- charge;

- folders;

- fotos;

- pinturas;

- esculturas;

- outros.

2ª SÉRIE

- cartaz;

- mesa redonda;

- conto;

- notícia;

- entrevista;

- reportagem;

- anúncio publicitário;

- crítica;

- editorial;

- texto dramático;

- romance;

- novela;

- poema;

- resenha;

- palestra;

- cartum;

- fotos;

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- pinturas;

- esculturas;

- outros.

3ª SÉRIE

- crônica;

- carta de leitor e ao leitor

- cartas argumentativa de reclamação e solicitação;

- debate regrado público;

- texto argumentativo;

- romance;

- novela;

- poema;

- resenha;

- dissertação escolar;

- palestra;

- fotos;

- pinturas;

- esculturas;

- outros.

Leitura

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Intencionalidade;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Temporalidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Discurso ideológico presente no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

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- Contexto de produção da obra literária;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

- Progressão referencial;

- Partículas conectivas do texto;

- Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

- Semântica:

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

- figuras de linguagem;

- sentido conotativo e denotativo.

Oralidade

- Conteúdo temático;

- Finalidade;

- Intencionalidade;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Papel do locutor e interlocutor

- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos da fala;

- Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

- Elementos semânticos;

- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

Escrita

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Intencionalidade;

- Informatividade;

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- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Temporalidade;

- Referência textual;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Progressão referencial;

- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

- Semântica:

- operadores argumentativos, figuras de linguagem;

- Marcas linguísticas:

- coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação,

recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

- Vícios da linguagem;

- Sintaxe de concordância;

- Sintaxe de regência.

8.11.5 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6º ANO

Prática de Leitura

- Leitura de diferentes gêneros: conto maravilhoso, história em quadrinho, relato pessoal,

diário, texto de opinião, adivinhas, lenda, fábula, exposição oral, carta pessoal, e-mail,

receita, verbetes, bilhete , anedotas e outros.

- Interpretação dos gêneros citados, reconhecendo no texto suas especificidades:

* conteúdo temático, interlocutores, fonte, intencionalidade, ideologia, informatividade,

situacionalidade, marcas linguísticas;

* Inferências, as vozes sociais presentes no texto;

* As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro formal e

informal;

* Relações dialógicas entre textos;

* Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.

* Contexto de produção da obra literária;

* Diálogo da literatura com outras áreas;

- Leitura oral com fluência, entonação, ritmo, percebendo o valor expressivo dos diversos

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tipos de texto.

- Análise de filmes, peças teatrais e músicas, contextualizando-as.

- Manuseio de livros na biblioteca.

Prática da oralidade

- Produção oral dos gêneros estudados adequando elementos composicionais e marcas

linguísticas.

- Variedades linguísticas

- Intencionalidade do texto

- Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação, turnos de fala

- Particularidades de pronúncia de algumas palavras

- Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,

repetições, pausas...)

- Finalidade do texto oral

- Materialidade fônica dos textos poéticos.

- Clareza, sequência lógica, objetividade e adequação vocabular.

Prática da escrita

- Produção de textos dos gêneros estudados

- Utilização de procedimentos diferenciados para a elaboração do texto ( adequação ao

gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas)

- Argumentação

- Coesão e coerência textual

- Finalidade do texto

- Paragrafação

- Paráfrase de textos

- Resumos

- Diálogos textuais

- Reescrita textual

Prática da análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

- O código linguístico na construção do texto

- As variedades linguísticas na construção do texto

- A intencionalidade discursiva na construção do texto

- Expressividade do substantivo e sua função referencial no texto

- Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos

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do texto

- Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno

- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico...

- Acentuação gráfica

- Processo de formação das palavras

- Gírias

- Algumas figuras de pensamento (prosopopeia, ironia...)

- Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal

− Particularidades da grafia de algumas palavras

7º ANO

Prática da leitura

-Leitura de diferentes gêneros :narrativa mítica, poema, campanha comunitária,

debate deliberativo, notícia, entrevista oral e escrita, quadrinhos, música, tiras, exposição

oral ,literatura de cordel e outros.

-Análise e interpretação textual dos gêneros citados acima, observando: conteúdo

temático, interlocutores, fonte, ideologia, papéis sociais representados, intertextualidade,

informatividade, intencionalidade e marcas linguísticas;

-Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

-As particularidades ( lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e

informal ;

-Relações dialógicas entre os textos;

-Textos verbais, não-verbais e midiáticos;

-Análise de obras de arte, filmes, músicas e peças teatrais;

-Seleção, manuseio e empréstimos de livros na biblioteca.

Prática da oralidade

-Discussão sobre os textos dos gêneros lidos e analisados;

-Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais e marcas

linguísticas;

-Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,

repetições, pausas...);

-Variedades linguísticas;

-Intencionalidade do texto;

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-Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;

-Particularidades de pronúncia de algumas palavras.

Prática da escrita

-Produção de textos dos diferentes gêneros estudados;

-Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas

linguísticas;

-Utilização da linguagem formal/informal;

-Argumentação;

-Coerência e coesão textual;

-Organização das ideias/parágrafos;

-Finalidade do texto;

-Reescrita textual.

Prática da análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e

oralidade:

-A função do verbo na construção do texto;

-As regularidades e irregularidades da conjugação dos verbos no texto;

-As formas nominais do verbo no texto;

-O valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais na construção do texto;

-O advérbio na construção do texto;

-A função do adjetivo na construção do texto;

-O uso de pronomes pessoais, demonstrativos, possessivos, artigo, adjuntos e

outras categorias como referencial do texto;

-Os tipos de predicado na construção do texto;

-O predicativo do sujeito na formação do texto;

-A expressão do sujeito no texto: expressivo/ elíptico, determinado/ indeterminado,

ativo / passivo;

-A concordância do sujeito simples e composto na formação do texto;

-Os procedimentos de concordância entre o verbo e a expressão do sujeito na

frase;

-Acentuação gráfica: ditongos e hiatos no texto;

-O efeito do uso de sinais de pontuação e de outros recursos gráficos, como:

aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen;

-O neologismo na construção do texto;

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-Os efeitos do uso das figuras de pensamento (hipérbole, ironia, eufemismo e

antítese);

-As especificidades dos textos do espaço cibernético, como o e-mail,o site, o bate-

papo, etc;

-Particularidades de grafia das palavras:mal/mau, mais/mas.

8º ANO

Prática de leitura

-Leitura de diferentes gêneros discursivos : textos de humor, texto teatral,

depoimentos, crítica social, crônica, anúncio publicitário, carta de leitor, carta denúncia,

divulgação científica, seminário, estatuto, haicai, charge e outros.

-Interpretação textual, observando: conteúdo temático, interlocutores, fonte,

ideologia, intertextualidade, informatividade, intencionalidade e marcas linguísticas;

-Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

-As diferentes vozes sociais representadas no texto;

-Linguagem verbal, não-verbal, texto midiático, infográficos, etc;

-Relações dialógicas entre textos;

-Análise de obras de arte, filmes, músicas e peças teatrais;

-Seleção, manuseio e empréstimos de livros na biblioteca.

Prática da oralidade:

-Discussão sobre os textos dos gêneros lidos e analisados;

-Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais e marcas

linguísticas;

-Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,

repetições, gestos, pausas...);

-Variedades linguísticas;

-Intencionalidade do texto;

-Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;

-Coerência global do discurso oral;

-Variedades linguísticas;

-Papel do locutor e do interlocutor: participação, cooperação e turnos de fala;

-Particularidades dos textos orais;

-Finalidade do texto oral.

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Prática da escrita:

-Produção de textos dos gêneros estudados;

-Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas

linguísticas;

-Utilização da linguagem formal/informal;

-Argumentação, coerência e coesão textual;

-Organização das ideias/parágrafos;

-Finalidade do texto;

-Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas

linguísticas;

-Paráfrase de textos;

-Reescrita textual.

Prática da análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e

oralidade:

-O sujeito indeterminado na construção do texto;

-A oração sem sujeito e os verbos impessoais na formação do texto;

-As vozes verbais na construção do texto;

-As semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral;

-Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no

texto;

-Os efeitos da conotação e denotação na formação do texto;

-A função das conjunções na conexão de sentido do texto;

-O predicado verbo-nominal na formação do texto;

-O predicativo do objeto na construção do texto;

-A progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos, ...)

-A função do adjetivo, advérbio, pronomes, artigo e de outras categorias como

elementos do texto;

-A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

-Os recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico,etc;

-O efeito da acentuação gráfica na organização do texto;

-Os efeitos das figuras de linguagem na formação do texto,(comparação e

metáfora,metonímia, personificação,hipérbole e eufemismo).

-Os procedimentos de concordância verbal e nominal;

-A elipse na sequência do texto;

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-O efeito dos estrangeirismos na construção do texto;

-A classificação das conjunções na construção do texto;

-As conjunções coordenadas e subordinadas na construção do texto;

-O modo imperativo na construção do texto;

-A pontuação na construção do texto;

-O complemento nominal na formação do texto;

-O uso do aposto e vocativo na formação do texto;

-O período simples e composto na construção do texto.

9º ANO

Prática de Leitura

- Leitura de diferentes gêneros discursivos: reportagem, editorial, conto, debate

regrado público, texto argumentativo, música, mesa-redonda, artigo de opinião, manifesto,

resenha crítica, romance e palestra.

- Interpretação oral dos gêneros estudados reconhecendo no texto suas

especificidades:

* conteúdo temático, interlocutores, fonte, intencionalidade, ideologia, informatividade,

situacionalidade, marcas linguísticas;

* Inferências, as vozes sociais presentes no texto;

* As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro formal e

informal;

* Relações dialógicas entre textos;

* Texto verbais, não-verbais, midiáticos, etc.

* Contexto de produção da obra literária;

* Estética do texto literário;

* Diálogo da literatura com outras áreas;

- Leitura oral com fluência, entonação, ritmo, percebendo o valor expressivo dos

diversos tipos de texto.

- Análise de filmes, peças teatrais e músicas, contextualizando-as.

- Manuseio de livros na biblioteca.

Prática da oralidade

- Produção oral dos gêneros estudados adequando elementos composicionais e

marcas linguísticas.

-Variedades linguísticas

Intencionalidade do texto

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Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação, turnos de fala

Particularidades de pronúncia de algumas palavras

Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,

repetições, pausas...)

Finalidade do texto oral

Materialidade fônica dos textos poéticos.

Clareza, sequência lógica, objetividade e adequação vocabular.

Prática da escrita

- Produção de textos dos gêneros estudados;.

- Utilização de procedimentos diferenciados para a elaboração do texto ( adequação ao

gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas)

- Argumentação

- Coesão e coerência textual

- Finalidade do texto

- Paragrafação

- Paráfrase de textos

- Resumos

- Diálogos textuais

- Reescrita textual

Prática da análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

- As variedades linguísticas na construção do texto

- A intencionalidade discursiva na construção do texto

- Expressividade do substantivo e sua função referencial no texto

- Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos

do texto

- Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno

- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico...

- Acentuação gráfica

- Gírias

- Algumas figuras de sintaxe (zeugma, elipse, inversão...) na construção do texto

- Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal

- Particularidades da grafia de algumas palavras

- Semântica

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- Acentuação gráfica

- Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais

- A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto

- Coordenação e subordinação nas orações do texto.

- A regência na construção do texto

- Colocação pronominal na construção do texto.

1ª SÉRIE

Prática de Leitura

- Leitura de diferentes gêneros:

- fábula;

- poema;

- texto teatral;

- carta pessoal;

- relato pessoal;

- texto de campanha comunitária;

- relatório de experiência científica;

- seminário;

- debate regrado público;

- artigo de opinião;

- novela;

- resumo;

- resenha;

- palestra;

- cartum;

- charge;

- folders;

- fotos;

- pinturas;

- esculturas;

- outros.

- Interpretação dos gêneros citados acima reconhecendo no texto suas especificidades:

* conteúdo temático, interlocutores, fonte, intencionalidade, ideologia, informatividade,

situacionalidade, marcas linguísticas;

* Inferências, as vozes sociais presentes no texto;

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* As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro formal e

informal;

* Relações dialógicas entre textos;

* Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.

* Estética do texto literário;

* Contexto de produção da obra literária;

* Diálogo da literatura com outras áreas;

- Leitura oral com fluência, entonação, ritmo, percebendo o valor expressivo dos diversos

tipos de texto.

- Análise de filmes, peças teatrais e músicas, contextualizando-as.

Prática da oralidade

- Produção de diferentes gêneros.

- Variedades linguísticas

- Intencionalidade do texto

- Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação, turnos de fala

- Particularidades de pronúncia de algumas palavras

- Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação, repetições,

pausas...)

- Finalidade do texto oral

- Materialidade fônica dos textos poéticos.

- Clareza, sequência lógica, objetividade e adequação vocabular.

Prática da escrita

- Produção de textos de diferentes gêneros.

- Utilização de procedimentos diferenciados para a elaboração do texto ( adequação ao

gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas)

- Argumentação

- Coesão e coerência textual

- Finalidade do texto

- Paragrafação

- Paráfrase de textos

- Resumos

- Diálogos textuais

- Re-estruturação e re-escrita textual.

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Prática da análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

- As variedades linguísticas na construção do texto

- A natureza da linguagem literária

- Gênero textual e literário

- Conotação e denotação

- Figuras de pensamento e linguagem

- Textualidade, coerência e coesão

- a intertextualidade e a inter discursividade na construção do texto

- Introdução a semântica : sinonímia, antonímia, a ambiguidade na construção do texto...

- Sons e letras na construção do texto

- A ortografia na construção do texto (Particularidades de grafia de algumas palavras)

- A acentuação na construção do texto

- Os elementos mórficos na construção do texto

- Processos de formação de palavras na construção do texto

- Vícios de linguagem

- Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

- Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto

- Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos

do texto

- Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto

- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

- Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto

- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

- Procedimentos de concordância verbal e nominal

- Particularidades de grafia de algumas palavras

Literatura

Funções da Literatura;

Gêneros literários: narrativo, lírico e dramático;

Introdução da literatura no Brasil através da História;

Das origens ao Arcadismo: Percepção dos estilos;

História e Cultura Afro-Brasileira, Africana, Indígena e Paranaense.

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2ª. SÉRIE

Prática de Leitura

Leitura de diferentes gêneros:

cartaz;

mesa redonda;

conto;

notícia;

entrevista;

reportagem;

anúncio publicitário;

crítica;

editorial;

texto dramático;

romance;

novela;

poema;

resenha;

palestra;

cartum;

fotos;

pinturas;

esculturas;

outros.

- Interpretação dos gêneros citados acima reconhecendo no texto suas especificidades:

* conteúdo temático, interlocutores, fonte, intencionalidade, ideologia, informatividade,

situacionalidade, marcas linguísticas;

* Inferências, as vozes sociais presentes no texto;

* As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro formal e

informal;

* Relações dialógicas entre textos;

* Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.

* Estética do texto literário;

* Contexto de produção da obra literária;

* Diálogo da literatura com outras áreas;

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- Leitura oral com fluência, entonação, ritmo, percebendo o valor expressivo dos diversos

tipos de texto.

– Análise de filmes, peças teatrais e músicas, contextualizando-as.

Prática da oralidade

- Produção de diferentes gêneros.

- Variedades linguísticas

- Intencionalidade do texto

- Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação, turnos de fala

- Particularidades de pronúncia de algumas palavras

- Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,

repetições, pausas...)

- Finalidade do texto oral

- Materialidade fônica dos textos poéticos.

- Clareza, sequência lógica, objetividade e adequação vocabular.

Prática da escrita

- Produção de textos dos gêneros estudados.

- Utilização de procedimentos diferenciados para a elaboração do texto (adequação ao

gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas)

- Argumentação

- Coesão e coerência textual

- Finalidade do texto

- Paragrafação

- Paráfrase de textos

- Resumos

- Diálogos textuais

- Re-estruturação e re-escrita textual.

Prática da análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

- Função do substantivo,adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio e de outras

categorias como elementos do texto

- O sujeito e o predicado na construção do texto

- Os termos ligados aos verbos (objeto direto, indireto, adjunto adverbial) na construção

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do texto

- O predicado na construção do texto

- Os tipos de sujeito na construção do texto

- O adjunto adnominal e o complemento nominal na construção do texto

- O aposto e o vocativo na construção do texto

- Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto

- Figuras de pensamento e linguagem

- Textualidade, coerência e coesão

- A intertextualidade e a inter discursividade na construção do texto

- A acentuação na construção do texto

- Os elementos mórficos na construção do texto

- Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

- Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto

- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

- Procedimentos de concordância verbal e nominal

- Particularidades de grafia de algumas palavras

Literatura

O ser humano é conduzido pelo sentimento no Romantismo;

Do Romantismo às melodias do Simbolismo no Brasil;

História e Cultura Afro-Brasileira, Africana, Indígena e Paranaense.

3ª SÉRIE

Prática de Leitura

• Leitura de diferentes gêneros:

- crônica;

- carta de leitor e ao leitor

- cartas argumentativa de reclamação e solicitação;

- debate regrado público;

- texto argumentativo;

- romance;

- novela;

- poema;

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- resenha;

- dissertação escolar;

- palestra;

- fotos;

- pinturas;

- esculturas;

- outros.

- Interpretação dos gêneros citados acima reconhecendo no texto suas especificidades:

* conteúdo temático, interlocutores, fonte, intencionalidade, ideologia, informatividade,

situacionalidade, marcas linguísticas;

* Inferências, as vozes sociais presentes no texto;

* As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro formal e

informal;

* Relações dialógicas entre textos;

* Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.

* Estética do texto literário;

* Contexto de produção da obra literária;

* Diálogo da literatura com outras áreas;

- Leitura oral com fluência, entonação, ritmo, percebendo o valor expressivo dos diversos

tipos de texto.

- Análise de filmes, peças teatrais e músicas, contextualizando-as.

Prática da oralidade

- Produção de textos orais dos diferentes gêneros estudados.

- Variedades linguísticas

- Intencionalidade do texto

- Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação, turnos de fala

- Particularidades de pronúncia de algumas palavras

- Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,

repetições, pausas...)

- Finalidade do texto oral

- Materialidade fônica dos textos poéticos.

- Clareza, sequência lógica, objetividade e adequação vocabular.

Prática da escrita

- Produção de textos dos diferentes gêneros estudados.

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- Utilização de procedimentos diferenciados para a elaboração do texto (adequação ao

gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas)

- Argumentação

- Coesão e coerência textual

- Finalidade do texto

- Paragrafação

- Paráfrase de textos

- Resumos

- Diálogos textuais

- Re-estruturação e re-escrita textual.

Prática da análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

- Orações substantivas na construção do texto

- Orações adjetivas na construção do texto

- Orações adverbiais na construção do texto

- Orações coordenadas na construção do texto

- Pontuação na construção do texto

- Concordância verbal e nominal na construção do texto

- Regência na construção do texto

- Colocação pronominal na construção do texto

- Conjunções e preposições na conexão das partes do texto

- Figuras de pensamento e linguagem

- Textualidade, coerência e coesão

- A intertextualidade e a inter discursividade na construção do texto

- A acentuação na construção do texto

- Os elementos mórficos na construção do texto

- Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

- Particularidades de grafia de algumas palavras

Literatura

- Do Pré-Modernismo aos dias atuais: A Revolução Cultural da linguagem

- História e Cultura Afro-Brasileira, Africana, Indígena e Paranaense.

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8.11.6 METODOLOGIA

A concepção de linguagem e os procedimentos metodológicos não são realidades

isoladas, isto é, o modo como concebemos a linguagem condiciona a metodologia.

Assim o ensino de Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de promover o

amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os

educandos compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios

pontos de vista, fazendo deslizar o signo-verdade-poder em direção a outras significações

que permitam, aos mesmos estudantes, a sua emancipação e a autonomia em relação ao

pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio social. Esse domínio

das práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão

de mundo e tenha voz, também no dialeto de prestígio social, para se fazer presente na

sociedade.

Na prática da oralidade as atividades proporcionarão ao aluno condições de falar

com fluência em situações formais, adequar a linguagem conforme as circunstâncias

(interlocutores, assunto, intenções), aproveitar os imensos recursos expressivos da língua

e, principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supõe o falar e o

ouvir.

O professor desenvolverá um trabalho com a oralidade que, gradativamente,

permitirá ao aluno conhecer, usar a variedade linguística padrão e entender a

necessidade desse uso em determinados contextos sociais.

Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, serão propostas atividades

diversificadas com os gêneros orais, como: apresentação de temas variados (histórias de

família, da comunidade, filmes, livros); depoimentos sobre situações significativas

vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu convívio; dramatização; debates, seminários,

juris-simulados e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação;

troca de opiniões; recado; elogio; explicação; contação de histórias; declamação de

poemas; etc.

No que concerne à literatura oral, valorizar-se-á a potência dos textos literários

como Arte, os quais produzem oportunidade de considerar seus estatutos, sua dimensão

estética e suas forças políticas particulares.

Esse trabalho não terá como objetivo simplesmente ensinar o aluno a falar, por

meio de emissão de opiniões ou conversas com os colegas de sua sala de aula. O

professor primeiramente selecionará os objetivos que pretende com o gênero oral como,

por exemplo, na participação de um debate, orientar sobre a adequação da linguagem ao

contexto, trabalhar com turnos de fala, com a intenção entre os participantes, observar a

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argumentação, etc; a mesma estratégia será utilizada com relação a uma dramatização,

a uma narração, a proposição de um seminário, ou seja, os objetivos serão adequados a

cada atividade oral trabalhada.

Outras atividades serão propostas como a análise da linguagem em uso em outras

esferas sociais, como: em programas televisivos (jornais, novelas, propagandas); em

programas radiofônicos; no discurso do poder em suas diferentes instâncias: público,

privado, enfim, nas mais diversas realizações do discurso oral.

Quando o professor propuser essas atividades também selecionará os conteúdos

que se pretende abordar.

Enfim, o trabalho com os gêneros orais visará o aprimoramento linguístico, bem

como a argumentação. Nas atividades orais propostas o aluno refletirá tanto a partir de

sua fala quanto da fala do outro.

Na prática da escrita o ato de escrever deverá ser visto como uma atividade socio-

interacional, ou seja, escreve-se para ser lido por alguém. O aluno reconhecerá que o

interlocutor é um dos condicionantes de seu texto e que a escrita cobra de cada um de

nós uma ação de contínua adequação de nosso dizer às circunstâncias de sua produção.

Por isso, quando for proposto atividades de escrita, o professor buscará sempre

contextualizá-las e ao mesmo tempo, fazer com que o aluno socialize o seu texto. É uma

das formas de contornar o artificialismo inerente à prática escolar de escrita,

transformando numa atividade geradora de sentidos.

Os textos produzidos serão socializados e o professor fará uso de diferentes

estratégias para isso, como, por exemplo, afixar os textos dos alunos no mural da escola,

por meio de rodízio, reunir os diversos textos em uma coletânea ou publicá-los no jornal

da escola, produzir livro artesanal, etc. . Essa prática orientará não apenas a produção de

textos significativos, como incentivará a prática de leitura.

Na escrita, o aluno precisa compreender o funcionamento de um texto se faz a

partir de elementos como organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções,

interlocutor(es), dentre outros. Além disso, “[…] a escrita apresenta elementos

significativos próprios, ausentes na fala, tais como o tamanho e tipo de letras, cores e

formatos, elementos pictóricos, que operam como gestos, mímica e prosódia

graficamente representados.” (MARCUSCHI, 2005, p. 17).

Também serão contemplada as três etapas interdependentes e inter

complementares: o planejamento tanto do professor quanto do que será produzido; em

seguida, a escrita da primeira versão sobre a proposta apresentada; depois, a revisão, a

reestruturação e a reescrita do texto, tendo em vista a intenção que se teve ao produzi-lo.

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Se for necessário, tais atividades devem ser retomadas, analisadas e avaliadas durante

esse trabalho.

O refazer textual ocorrerá de forma individual, coletiva ou em pequenos grupos

sendo uma atividade fundamentada na adequação do texto às exigências circunstanciais

de sua produção.

Em todo o processo, os educandos deverão ir percebendo, aos poucos, quanto a

prática significativa da escrita (isto é, a escrita como atividade sócio-interacional) é

desafiadora e cativante: envolve, entre outras ações, adequar-se ao gênero, planejar o

texto, organizar sua sequencia, articular suas partes, selecionar as variedades

linguísticas, dialogar com os discursos que circulam socialmente. Nesse momento o aluno

fará escolhas em vista das intenções, dos interlocutores ...

Esse amadurecimento requer leitura diversificada, crítica e responsiva, o que está

aliado ao desenvolvimento de uma oralidade mais sofisticada, o que exige uma reflexão

básica sobre o funcionamento estrutural e social da linguagem.

Ler pressupõe, em primeiro lugar, familiarizar-se com diferentes tipos de textos

oriundos das mais variadas práticas sociais (literatura, jornalismo, divulgação científica,

publicidade, artística, judiciária, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, etc.)

Portanto, como a prática da leitura pressupõe o desenvolvimento de uma atitude

de leitor crítico, o que significa, entre outros aspectos, perder a ingenuidade diante de

textos dos outros, percebendo que atrás de cada um há um sujeito , com uma certa

experiência histórica, com um determinado universo de valores, com uma intenção. Por

isso, o professor realizará atividades que propiciem a reflexão e a discussão do tema, do

conteúdo veiculado, da finalidade, dos possíveis interlocutores, das vozes presentes no

discurso e do papel social que elas representam, das ideologias apresentadas no texto,

da fonte, dos argumentos elaborados, da intertextualidade.

Além dessas observações, analisará também os recursos linguísticos e estilísticos

apresentados na construção do texto, como: as particularidades (lexicais, sintáticas e

textuais) do texto em registro formal e do texto em registro informal, a repetição de

palavras e o efeito produzido, o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento,

léxico, progressão referencial no texto, os elementos linguísticos que colaboram para a

coerência e coesão do texto: os conectivos, os operadores argumentativos, os

modalizadores (uso de certas expressões que revelam o ponto de vista do locutor em

relação ao que diz); entre outros.

Será importante contemplar, ainda, na formação do leitor, as linhas que tecem a

leitura, as quais Yunes (1995) aponta: a memória, a intersubjetividade, a interpretação, a

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fruição e a intertextualidade.

O objetivo será realizar um trabalho com a leitura de modo que o aluno seja capaz

de enxergar os implícitos e perceber as reais intenções que cada texto traz.

Obviamente, a disciplina de Língua Portuguesa não se concentrará apenas nas

atividades de leitura dos textos em linguagem verbal. Oferecerá aos estudantes uma

experiência de leitura de outras linguagens, considerando, de um lado, que somos seres

de múltiplas linguagens; e, de outro, que a sociedade contemporânea amplificou a

circulação de textos nas mais variadas linguagens, exigindo uma múltipla capacidade de

leitura de seus cidadãos e cidadãs. Por isso serão realizadas atividades que integram a

leitura do material verbal com a música, o cinema, a infografia, etc.

As atividades de interpretação de texto apresentarão questões que levarão os

educandos a construir sentido para o que lêm, que os façam retomar os textos, quantas

vezes houver necessidade, para uma leitura de fato compreensiva.

Na escolha dos textos será levado em consideração as experiências de leitura dos

alunos, os horizontes de expectativas deles e as sugestões sobre textos que gostariam

de ler, para, então, oferecer textos cada vez mais complexos, que possibilitem ampliar

suas leituras .

Quanto a leitura de textos em linguagem verbal, é importante deixar claro que,

jamais pode-se descuidar da relação dos alunos com o texto literário. Além de merecer

uma abordagem que de destaque às suas especificidades, os textos literários abrirão um

espaço para um trabalho integrado com textos verbais oriundos de outras esferas da

atividade humana como, por exemplo, o jornalismo ou a divulgação científica, criando

uma rede para múltiplas leituras do mundo e para compreensão e apreensão do potencial

expressivo da linguagem. Os textos literários também permitirão um trabalho integrado

com outras linguagens como artes plásticas, música, cinema, criando condições para a

percepção do fazer artístico geral, seja de suas especificidades, seja de suas dimensões

histórico-culturais.

O ensino da Literatura será embasado nos pressupostos teóricos da Estética da

Recepção1, ou seja, o objetivo é formar um aluno/leitor capaz de sentir e de expressar o

que sentiu, com condições de reconhecer nas aulas de literatura um envolvimento de

subjetividades que se expressam pela tríade obra/autor/leitor, por meio de uma interação

que está presente no ato de ler. De fato, trata-se da relação entre o leitor e a obra e nela a

representação de mundo do autor que se confronta com a representação de mundo do

leitor, no ato ao mesmo tempo solitário e dialógico da leitura. Com isso, pode-se dizer que

a obra também constitui-se no momento da recepção. Aquele que lê amplia seu universo,

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mas amplia também o universo da obra a partir da sua experiência cultural.

Ao iniciar o trabalho com a literatura, o professor tomará conhecimento da

realidade sócio-cultural dos educandos e, então, inicialmente, apresentará textos que

atendam a esse universo. Contudo, para que haja uma ruptura desse horizonte de

expectativas, o professor trabalhará com obras que se distanciem das experiências de

leitura dos alunos afim de que haja ampliação desse universo e, consequentemente, o

entendimento do evento estético. Um exemplo desse trabalho é a utilização, na sala de

aula, de livros infanto-juvenis, cuja temática é o mágico, o fantástico. Em seguida, o

professor apresentará textos em que o mágico não é apenas um mero recurso narrativo,

mas um elemento importante na composição estética da obra, um fantástico que amplia a

compreensão das relações humanas, como o mágico presente em Murilo Rubião, Gabriel

Garcia Márquez, José Saramago, J. J. Veiga, entre outros.

O trabalho referente as Leis: 11.645 “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”,

Lei 13.381/01 “História do Paraná” e Lei 9.795/99 “ Meio Ambiente” serão desenvolvidos

através de leituras de textos literários e não literários, bem como exibição de

documentários e filmes diversos.

O objetivo principal desse encaminhamento é a formação de leitores, por isso o

professor não escolherá apenas obras canônicas da literatura para o trabalho em sala de

aula, não ficando preso somente à linha do tempo da historiografia.

Zappone (2004, p. 140) referente à Estética da Recepção, diz que “o valor estético

de um texto é medido pela recepção in público que o compara com outras obras já lidas,

percebe-lhe as singularidades e adquire novo parâmetro para avaliação de obras futuras

(elabora um novo horizonte expectativas)”.

Utilizará, também, correntes da crítica literária mais apropriadas para o trato com a

literatura, tais como: os estudos filosóficos e sociológicos, a análise do discurso, a

psicanálise, os estudos culturais, entre tantos outros que podem enriquecer o

entendimento da obra literária. O objetivo é contribuir para que o educando perceba a

dinâmica histórico-cultural do fazer literário, sua vinculação com sua conjuntura e acima

de tudo que a boa literatura transcende os limites de seu tempo e aprendam a fruir a força

e a beleza do fazer literário.

O professor procurará trabalhar com a literatura utilizando-se de formas distintas de

enfocar, abordar e organizar os estudos de literatura: a perspectiva historiográfica, a

abordagem por temas, a abordagem por gêneros. Todas elas orientadas por uma visão

dialógica da literatura. Como exemplo, numa aula de literatura do Ensino Médio, o

professor selecionará trechos da Carta de Pero Vaz de Caminha, texto fundador da

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brasilidade, escrito em 1500 e o poema As Meninas da Gare (de Oswald de Andrade)

poeta do século XX que se empenhou em resgatar criticamente o passado primitivo e

colonial brasileiro, realizará um trabalho de interpretação com os alunos, verificando o

tema, o valor estético, o seu contexto de produção; em seguida, relacionará com canções

do Tropicalismo, movimento artístico que surgiu na década de 60 e se manifestou na

música, na literatura, no cinema, no teatro e nas artes plásticas. O professor poderá

trabalhar com uma perspectiva temática, incluindo textos que discutem o conceito de

nacionalidade, e não necessariamente com um ponto de vista semelhante ao de Oswald

de Andrade. Se tiver trabalhando pela perspectiva histórica poderá ampliar o leque de

leituras, incluindo textos do grupo modernista: o nacionalismo de Mário de Andrade ou do

grupo verde-amarelo, e assim por diante.

Qualquer que seja a opção, o texto será o objeto central das aulas de literatura e a

partir dele se articularão todas as outras atividades didáticas e produções discursivas.

Também será aberto um espaço para as relações discursivas propostas pelos alunos,

como notícias, músicas, filmes, outros poemas ou obras, fatos vividos, produções dos

próprios alunos, etc.

Assim, a aula partirá do(s) texto(s) selecionado(s) pelo professor que colocará o

aluno diante de obras literárias integrais em vez de resumos ou sinopses. Aceitará os

textos sugeridos pelos alunos para a leitura de outros, num contínuo texto-puxa-texto, que

leve à reflexão e a um aperfeiçoamento no manejo que ele terá de suas habilidades de

falante, leitor e escritor, bem como a compreensão do fenômeno estético.

A Literatura será um elemento fixo na composição com outros elementos móveis

que o professor determinará por si e pelas necessidades de perceber na interação dos

alunos com os textos literários. Numa relação exemplificativa, temos: Literatura e Arte;

Literatura e Biologia; Literatura e... (qualquer das áreas de conhecimento com tradição

curricular no Ensino Fundamental e Médio); Literatura e Antropologia; Literatura e

Religião; Literatura e Psicanálise; entre tantas.

O trabalho com a Literatura potencializará uma prática diferenciada com o

Conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa (o Discurso como prática social) e

constituirá forte influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber.

A análise linguística será uma prática complementar às práticas de leitura,

oralidade e escrita, visto que possibilitará “a reflexão consciente sobre fenômenos

gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos, seja no momento

de ler/escutar, de produzir textos ou de refletir sobre esses mesmos usos da língua.”

(MENDONÇA, 2006, p. 204).

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Essa prática abrirá espaço para as atividades de reflexão dos recursos linguísticos

e seus efeitos de sentido nos textos. Os conteúdos gramaticais serão estudados a partir

de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Por

isso, o professor levará em consideração não somente a gramática normativa, mas

também as outras, como a descritiva e a internalizada no processo de ensino da Língua

Portuguesa.

O professor instigará, no aluno, a compreensão das semelhanças e diferenças,

dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e

escritos, a percepção da multiplicidade de usos e funções da língua, o reconhecimento

das diferentes possibilidades de ligações e de construções textuais, a reflexão sobre

essas e outras particularidades linguísticas observadas no texto, conduzindo-o às

atividades epilinguísticas e metalinguísticas, à construção gradativa de um saber

linguístico mais elaborado, a um falar sobre a língua.

Para a realização desses trabalhos serão utilizados recursos tecnológicos como:

TV multimídia, pendrive, computador, internet, radio, CD , DVD...

É fundamental para a disciplina de Língua Portuguesa a utilização da abordagem

descrita para o sucesso das práticas pedagógicas em sala de aula.

8.11.7 AVALIAÇÃO

Sem fundamento firme de uma concepção de linguagem, não se constrói uma

prática pedagógica sólida no ensino de Língua Portuguesa.

A avaliação mais condizente com os fundamentos da presente proposta é aquela

que se dá contínua e cumulativamente, já que não se pode fragmentar o processo de

domínio das atividades verbais, o qual envolve tempo e diversidade de práticas para se

concretizar, além de nunca resultar da mera exposição do aluno a conteúdos.

Um aspecto da avaliação que não pode ser esquecido é que as atividades têm que

ser vistas como uma reflexão sobre o processo de ensino e seus resultados, não só para

verificar o desenvolvimento do aluno, m derem e o professor a rever a prática realizada,

de modo a ter parâmetros para redirecioná-la em função dos objetivos proposto.

Diferentemente do que ocorre no ensino tradicional, privilegia-se hoje a avaliação

do processo de aprendizagem como um todo, durante seu desenvolvimento. Em função

disso, ao propor determinada atividade o professor precisa ter muita clareza sobre suas

intencionalidades bem como sobre os critérios que utilizará para avaliar seus resultados.

Por essa razão, a avaliação deve assumir na prática escolar um significado diferente

daquele que historicamente tem sido atribuído às provas, ou seja, o sentido de punição,

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de pressão psicológica, de ameaça a até de “vingança” em relação à postura disciplinar

do aluno ou da classe.

A disciplina de Língua Portuguesa, pela riqueza de atividades que oferece, permite

uma variedade de instrumentos de avaliação.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente, em função da

adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num seminário,

num debate, numa troca informal de ideias, numa entrevista, numa contação de história,

as exigências de adequação da fala são diferentes, e isso deve ser considerado numa

análise da produção oral dos estudantes. Mas é necessário, também, que o aluno se

posicione como avaliador de textos orais com os quais convive( noticiários, discursos

políticos, programas televisivos, etc.) e de suas próprias falas, mais ou menos formais,

tendo em vista o resultado esperado.

A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os estudantes

empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido construído

para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto. Não é demais lembrar que essa

avaliação precisa considerar as diferenças de leituras de mundo e repertório de

experiências dos alunos.

Em relação à escrita o que determina a adequação do texto escrito são as

circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto será

avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais, levando em conta critérios diferentes,

específicos de cada gênero.

A avaliação dos textos produzidos deve se tornar um processo transparente, por

isso os critérios de avaliação devem ser explícitos e objetivos. Os textos produzidos serão

avaliados de acordo com a adequação à proposta; conteúdo do texto; adequação à

norma-padrão e coesão. Além desses critérios, tal como na oralidade, o aluno precisa,

também aqui, posicionar-se como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu

próprio texto.

A análise linguística será avaliada sob uma prática reflexiva e contextualizada

levando em conta os elementos linguísticos utilizados nos diferentes gêneros.

O professor será um constante observador dos problemas de maior incidência na

expressão linguística dos alunos e, com base nesses dados, estabelecerá novos objetivos

e estratégias para certo período, redefinido objetivos. Nessa observação feita

constantemente pelo professor, ele verificará o que o aluno aprendeu e se não, por que

ocorreu isso e que medidas devem ser tomadas para reverter a situação.

O professor avaliará o aluno no uso das diferentes linguagens, na ampliação

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lexical, no processo argumentativo, nas relações semânticas entre as partes do texto.

Para isso fará uso de instrumentos avaliativos diversificados, como por exemplo,

seminários, debates, trabalhos, discussões, provas orais e escritas, pesquisas e outros.

Quer seja na oralidade, na leitura, na escrita ou na análise linguística, os alunos

serão avaliados continuamente permitindo o aperfeiçoamento linguístico constante.

8.11.8 REFERÊNCIAS

CEREJA, William Roberto Cereja. Ensino de Literatura: Uma proposta dialógica para o trabalho com literatura. São Paulo: Atual, 2005.

ZAPPONE, Mirian Hisae Yaegashi. Estética da Recepção. In: BONNICI, Thomas; ZOLIN, Lúcia Osana (org). Teoria Literária: Abordagens históricas e tendências contemporâneas. Maringá: UEM, 2004.

MENDONÇA, Márcia; Análise linguística no ensino médio: um novo olhar, um outro objeto. IN: BUNZEN, Clécio. 2 ed. São Paulo: Parábola, 2006.

MENDONÇA, Márcia [orgs.]. Português no ensino médio e formação do professor. 2 ed. São Paulo: Parábola, 2006.

YUNES, Eliana. Pelo Avesso: a leitura e o leitor. Revista de Letras. Curitiba: Editora da UFPR, 1995, nº 44, p.185-196.

MARCUSCHI, Luis Antonio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. Cortez,2002.

ANTUNES, Irandé. Redimensionando a avaliação. In: Aula de Português: encontro & interação. São Paulo: Parábola editorial, 2003.

ANDREU, Sebastião. Aprendendo a ler e escrever textos - 5ª a 8ª séries. Manual do Professor. 1. ed. Curitiba: Nova Didática, 2004.

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de: Michele e Yara Vieira. 6. ed. São Paulo: Hucitec, 1992.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000.

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná: Língua Portuguesa, Curitiba: SEED, 2006. Disponível em: www.diaadiaeducação.pr.gov.br.

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8.12. MATEMÁTICA

8.12.1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Os conhecimentos matemáticos desenvolveram-se através dos tempos e hoje

fazem parte do cotidiano de todas as pessoas, sendo fundamentais para a convivência

em sociedade. A Matemática é uma ciência com características próprias, embasada em

conhecimentos sociais e historicamente construídos e de extrema importância para o

desenvolvimento científico e tecnológico.

As primeiras manifestações matemáticas surgiram ainda no período Paleolítico,

ligadas diretamente às necessidades práticas impostas pelo contexto social (Miorim,

1998). Nos séculos VI e V a.C. os gregos registraram regras e princípios lógicos. Entre os

séculos IV à II a.C o ensino de Matemática era fundamentado na memorização e na

repetição, reduzido a contar números naturais, cardinais e ordinais. No século I a.C a

disciplina se configurou como item básico na formação de pessoas, desdobrando-se em

aritmética, geometria, música e astronomia. Do século V d.C até o século VII, o ensino

teve caráter estritamente religioso. Entre os séculos VIII e IX houve o surgimento das

escolas e a organização dos sistemas de ensino, trazendo mudanças significativas,

ocorrendo então o surgimento das primeiras ideias que valorizavam o aspecto empírico

da Matemática.

Após o século XV, o avanço das navegações, a intensificação das atividades

comerciais e industriais viabilizaram novas descobertas na Matemática, direcionando o

conhecimento às atividades práticas. No século XVI esse conhecimento foi sistematizado.

No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas contribuíram para a introdução da

Matemática como disciplina nos currículos escolares. No século XVII, a Matemática

desempenhou papel fundamental para a comprovação e generalização de resultados,

caracterizando as bases da disciplina como se conhece hoje. No século XVIII, devido às

Revoluções Francesa e Industrial, a pesquisa Matemática voltou-se para as necessidades

do processo de industrialização. Do final do século XVI ao início do século XIX, o ensino

da Matemática contribuiu para formação de engenheiros, geógrafos, topógrafos e para

preparar jovens para a prática da guerra.

Em 1808 com a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, implementou-se um

ensino por meio de curso técnico-militares, nos quais ocorreu a separação dos conteúdos

em matemática elementar e matemática superior. No final do século XIX e início do século

XX foram elaboradas, em encontros internacionais, propostas pedagógicas que

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contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar.

Em 1929, foi oficializada a proposta do professor Euclides de Medeiros Guimarães

Roxo, fazendo a junção da aritmética, da álgebra, da geometria e da trigonometria numa

única disciplina: a Matemática. Até o final da década de 1950, prevaleceu no Brasil a

tendência formalista clássica, caracterizada pela sistematização lógica e pela visão

estática do conhecimento matemático, o professor apenas transmitia os conteúdos, era

priorizada a memorização e a repetição dos raciocínios. Após a década de 1950,

observou-se a tendência formalista moderna que valorizava a lógica estrutural das ideias

matemáticas, bem como o rigor e a precisão da linguagem matemática. O Movimento da

Matemática Moderna motivou o início de estudos e debates sobre a renovação

pedagógica da disciplina por meio de uma discussão aberta e organizada por alguns

grupos de estudos. Antes dessa proposta diferenciada ser colocada em prática a

tendência tecnicista obteve destaque, valorizando a memorização de princípios e

fórmulas, o desenvolvimento e as habilidades de manipulação de algoritmos e expressões

algébricas e de resolução de problemas. Devido a ineficiência do Movimento Modernista

surgiu a tendência socioetnocultural, considerando a Matemática como um saber

dinâmico, prático e relativo. Em meados de 1984, surgiu a tendência histórico-crítica, que

caracteriza a Matemática como um saber vivo, dinâmico, construído para atender às

necessidades sociais, econômicas e teóricas em um determinado período histórico.

Na década de 90, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (Lei nº9.394/96) e implementação dos Parâmetros Curriculares verificava-se a

necessidade de serem desenvolvidas competências e habilidades no conjunto de

disciplinas. Esperava-se que o ensino da Matemática pudesse contribuir para que os

alunos desenvolvessem habilidades relacionadas à representação, compreensão,

comunicação, investigação e, também, à contextualização sociocultural.

O Estado do Paraná no inicio do século XXI, repensando sua organização

curricular, juntamente com os professores passou a adotar as Diretrizes Curriculares da

Educação Básica voltada a cada disciplina pensando no aluno como sujeito crítico-

emancipatório.

O ensino da Matemática proposto nas diretrizes curriculares deve possibilitar aos

alunos a análise, a discussão, o estabelecimento de conjecturas, a apropriação de

conceitos e a formulação de ideias, permitindo a ampliação dos conhecimentos

matemáticos e possibilitando a contribuição para o desenvolvimento da sociedade.

O objetivo da educação Matemática é incentivar o aluno a constatar regularidades,

generalizações, descrição e interpretação de fenômenos matemáticos e de outras áreas

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do conhecimento. Para isso, faz-se necessário a presença um professor interessado em

desenvolver-se intelectual e profissionalmente e em refletir sobre sua prática para tornar-

se um educador matemático e um pesquisador em contínua formação.

Concluímos afirmando que a Matemática não pode ser concebida como algo pronto

e acabado, pois ela é fruto de um processo longo construído por vários povos e culturas

diferentes, portanto é necessário que o processo pedagógico da disciplina contribua para

que o estudante tenha condição de compreender o seu significado, atribuindo sentido as

ideias matemáticas, mesmo aos conceitos mais abstratos e, a partir delas, seja capaz de

pensar, estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar.

8.12.2. OBJETIVOS GERAIS

Desenvolver a capacidade de “fazer matemática” construindo conceitos e

procedimentos, formulando e resolvendo problemas por si mesmo e, assim,

aumentando sua auto-estima e perseverança na busca de soluções para um

problema;

Pensar logicamente, relacionando ideias, descobrindo regularidades e padrões e

estimulando a curiosidade e o espírito de investigação na solução de problemas;

Aplicar conhecimentos matemáticos para compreender, interpretar e resolver

situações-problema do cotidiano ou do mundo tecnológico e científico,

desenvolvendo várias formas de raciocínio, executando-os com procedimentos

adequados;

Elaborar planos e estratégias para a solução de situações-problema,

Integrar os vários eixos temáticos da Matemática entre si e com outras áreas do

conhecimento;

Comunicar-se de modo matemático, argumentando, escrevendo e representando

de várias maneiras as ideias matemáticas.

8.12.3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES, BÁSICOS E ESPECÍFICOS

6º ANO

Conteúdo Estruturante: NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdo Básico: Sistemas de Numeração

Conteúdos Específicos:

Sistema de numeração egípcio;

Sistema de numeração romano;

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Sistema de numeração e indo-arábico: características, valor posicional, leitura e escrita

dos números.

Conteúdo Básico: Números Naturais

Conteúdos Específicos:

O uso dos números;

Sequência dos números naturais;

Números naturais consecutivos;

Números naturais na reta numérica.

Adição de números naturais: ideias da adição, algoritmos e propriedades;

Subtração de números naturais: ideias da subtração, algoritmos e propriedade

fundamental;

Expressões numéricas envolvendo a adição e a subtração de números naturais;

Multiplicação de números naturais: ideias da multiplicação, algoritmos e propriedades;

Divisão de números naturais: ideias da divisão, algoritmos e propriedade fundamental.

Potenciação de números naturais e propriedades;

Raiz quadrada de números naturais;

Expressões numéricas.

Conteúdo Básico: Múltiplos e Divisores

Conteúdos Específicos:

- Divisibilidade;

- Múltiplos e divisores de um número natural;

- Números primos;

- Máximo divisor comum;

- Mínimo múltiplo comum.

Conteúdo Básico: Números Fracionários

Conteúdos Específicos:

Frações;

Tipos de fração;

Frações equivalentes;

Comparação de frações;

Adição, subtração, multiplicação e divisão com frações;

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Conteúdo Básico: Números Decimais

Conteúdos Específicos:

Frações decimais;

Números decimais e suas representações;

Leitura de um número na forma decimal;

Transformação de números racionais da forma decimal para a forma de fração;

Transformação de números racionais da forma de fração para a forma decimal;

Comparação de números na forma decimal;

Adição, subtração, multiplicação e divisão com números na forma decimal;

Conteúdo Estruturante: GRANDEZAS E MEDIDAS

Conteúdo Básico: Medidas de Tempo

Conteúdos Específicos:

Transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus múltiplos e

submúltiplos.

Conteúdo Básico: Medidas de Massa

Conteúdos Específicos:

Unidades de medida de massa;

Transformações de unidades de medida de massa envolvendo seus múltiplos e

submúltiplos.

Conteúdo Básico: Medidas de Comprimento

Conteúdos Específicos:

Unidades de medida de comprimento;

Transformações de unidades de comprimento de massa envolvendo seus múltiplos

e submúltiplos.

Conteúdo Básico: Medidas de Área

Conteúdos Específicos:

Unidades de medida de área

Cálculo de área e perímetro de figuras planas, usando unidades de medidas

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padronizadas.

Conteúdo Básico: Medidas de Volume

Conteúdos Específicos:

Unidades de medida de volume;

Cálculo do volume de alguns poliedros.

Conteúdo Básico: Medidas de Ângulos

Conteúdos Específicos:

- Ideia de ângulo;

- Representação de ângulos;

- Medida de um ângulo;

- Ângulo reto, ângulo agudo e ângulo obtuso.

Conteúdo Básico: Sistema Monetário

Conteúdos Específicos:

- Sistema monetário brasileiro;

- Conversão de moedas.

Conteúdo Estruturante: GEOMETRIAS

Conteúdo Básico: Geometria Plana

Conteúdos Específicos:

- Figuras geométricas planas;

- Ideia de ponto, reta e plano;

Conteúdo Básico: Geometria Espacial

Conteúdos Específicos:

Classificação dos sólidos geométricos e seus elementos;

Planificação dos sólidos geométricos.

Conteúdo Estruturante: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Conteúdo Básico: Porcentagem

Conteúdos Específicos:

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- Representação de frações em forma de porcentagem;

- Cálculo de porcentagem usando a forma decimal;

- Resolução de situações problema envolvendo porcentagem.

Conteúdo Básico: Dados, tabelas e gráficos

Conteúdos Específicos

- Leitura e interpretação de gráficos e tabelas.

7º ANO

Conteúdo Estruturante: NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdo Básico: Números Inteiros

Conteúdos Específicos

- Números positivos e números negativos;

- Representação na reta numérica;

- Módulo de um número inteiro;

- Números opostos;

- Comparação de números inteiros;

- Conjunto dos números inteiros;

- Adição com números inteiros;

- Propriedades da adição com inteiros;

- Subtração com números inteiros;

- Adição algébrica com números inteiros;

- Multiplicação com números inteiros;

- Propriedades da multiplicação;

- Divisão com números inteiros;

- Expressões numéricas (adição algébrica, multiplicação e divisão);

- Potenciação de números inteiros;

- Raiz quadrada;

- Expressões numéricas envolvendo as seis operações com números inteiros:

adição, subtração, multiplicação, divisão, potência e raiz.

Conteúdo Básico: Números Racionais

Conteúdos Específicos

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Conjunto dos números racionais;

Transformação de número racional na forma fracionária para a forma decimal e vice-

versa;

Localização dos números racionais na reta numérica;

Módulo dos números racionais;

Comparação de números racionais;

Adição com números racionais;

Propriedades da adição de números racionais;

Subtração com números racionais;

Adição algébrica com números racionais;

Multiplicação com números racionais;

Propriedades da multiplicação com números racionais;

Divisão com números racionais;

Potenciação com números racionais;

Propriedades da potenciação com números racionais;

Raiz quadrada com números racionais;

Expressões numéricas com números racionais;

Conteúdo Básico: Equações do 1° grau

Conteúdos Específicos

Tradução de problemas para linguagem algébrica e noção de incógnita.

Solução de uma equação;

Equações equivalentes;

Resolução de situações-problema envolvendo equações.

Conteúdo Básico: Inequação do 1º grau

Conteúdos Específicos

Desigualdade

Solução de uma inequação.

Conteúdo Básico: Razão e Proporção

Conteúdos Específicos• Grandezas;

• Razões;

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• Razões especiais: escala, densidade demográfica, velocidade média, densidade de

um corpo e porcentagem.

• Proporção: conceito e propriedade fundamental;

• Proporcionalidade: grandezas diretamente e inversamente proporcionais;

Conteúdo Básico: Regra de três simples

Conteúdos Específicos

• Regra de três simples envolvendo grandezas diretamente e inversamente proporci-

onais;

• Resolução de situações-problema aplicando regra de três simples.

Conteúdo Estruturante: GRANDEZAS E MEDIDAS

Conteúdo Básico: Medidas de ângulos

Conteúdos Específicos

- Conceito;

- Medida de ângulos com o uso do transferidor;

- Ângulos reto, agudo e obtuso;

- Ângulos congruentes;

- Construção de ângulos com o uso do transferidor;

- Bissetriz de um ângulo;

- Construção da bissetriz;

- Círculo e circunferência;

- Ângulo central;

- Operações com medidas de ângulos;

- Ângulos consecutivos e ângulos adjacentes;

- Ângulos opostos pelo vértice.

Conteúdo Estruturante: GEOMETRIAS

Conteúdo Básico: Geometria Plana

Conteúdos Específicos

- Decomposição e composição de figuras planas;

- Área e figuras equivalentes;

- Cálculo de áreas de figuras planas:

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- Área do retângulo;

- Área do quadrado;

- Área do paralelogramo;

- Área do trapézio;

- Área do losango;

- Área do triângulo.

- Cálculo do perímetro de figuras planas.

Conteúdo Básico: Geometria Espacial

Conteúdos Específicos

- Classificação e construção, a partir de figuras planas, dos sólidos geométricos.

Conteúdo Básico: Geometria não-euclidiana

Conteúdos Específicos

- Noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança,

conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.

Conteúdo Estruturante: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Conteúdo Básico: Porcentagem

Conteúdos Específicos

- Cálculo de porcentagem

Conteúdo Básico: Juro Simples

Conteúdos Específicos

- Resolução de problemas envolvendo o cálculo de juro simples

Conteúdo Básico: Pesquisa Estatística

Conteúdos Específicos

- Leitura, interpretação e representação de dados estatísticos em tabelas e gráficos;

- Construção de gráficos;

Conteúdo Básico: Média Aritmética. Moda e Mediana

Conteúdos Específicos

- Calculo da média aritmética, da moda e da mediana de dados estatísticos.

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8º ANO

Conteúdo Estruturante: NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdo Básico: Números Reais

Conteúdos Específicos

- Números naturais;

- Números inteiros;

- Números racionais;

- Números irracionais;

- Conjuntos numéricos.

- Potenciação de números irracionais;

- Raiz quadrada de um número racional;

- Notação científica;

Conteúdo Estruturante: GEOMETRIAS

Conteúdo Básico: Geometria plana

- Conteúdos Específicos

- Noções básicas de geometria;

- Ângulo (reto,agudo, obtuso, raso e nulo);

- Bissetriz de um ângulo;

- Ângulos adjacentes, complementares e suplementares;

- Posições relativas no plano;

Ângulos opostos pelo vértice;

Nome e elementos de um polígono;

Número de diagonais de um polígono convexo;

Soma das medidas dos ângulos internos e externos de um polígono.

Elementos de um triângulo;

Classificação de um triângulo;

Casos de congruência de triângulos.

Conteúdo Estruturante: GRANDEZAS E MEDIDAS

Conteúdos Básicos: Medidas de ângulos;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de comprimento.

Conteúdo Estruturante: NÚMEROS E ÁLGEBRA

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Conteúdo Básico: Monômios

Conteúdos Específicos

a) Expressões algébricas;

b) Monômios

c) Adição algébrica,

d) multiplicação, divisão e potenciação de monômios.

Conteúdo Estruturante: NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdo Básico: Polinômios

Conteúdos Específicos

- Expressões algébricas;

- Monômios

- Adição algébrica,multiplicação, divisão e potenciação.

- Polinômio reduzido.

- Grau de um polinômio;

- Adição algébrica de polinômios;

- Multiplicação de polinômios;

- Divisão de polinômios

- Produtos notáveis;

- Fatoração de polinômios;

- Equações do 1º grau com uma incógnita.

Conteúdo Estruturante: GEOMETRIAS

Conteúdo Básico: Geometria plana e espacial

Conteúdos Específicos:

- Figuras geométricas não-planas;

- Quadriláteros e seus elementos;

- Quadriláteros notáveis.

- Circunferência e círculo;

Conteúdo Estruturante: NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdo Básico: Números Reais

Conteúdos Específicos:

• Sistemas de equações e inequações

• Sistemas de duas equações do 1º grau com duas incógnitas pelo método da

substituição e pelo método da adição;

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Conteúdo Estruturante: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Conteúdos Básico: Gráfico e informação

Conteúdo Estruturante: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Conteúdos Básico: População e amostra

9º ANO

Conteúdo Estruturante: NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdo Básico: Números Reais

Conteúdos Específicos

Números naturais;

Números inteiros;

Números racionais;

Números irracionais.

Conteúdos Básico: PotênciaConteúdos Específicos

- Potência com expoente natural;

- Potência com expoente inteiro;

- Potência com expoente racional;

- Propriedades das potências;

- Notação científica.

Conteúdos Básicos: RadicaisConteúdos Específicos

- Raiz quadrada e raiz cúbica;

- Propriedades dos radicais;

- Adição e subtração com radicais;

- Multiplicação e divisão com radicais;

- Racionalização de denominadores.

Conteúdos Básicos: Equações Conteúdos Específicos

- Equações do 2º grau incompletas;

- Equações do 2º grau completas;

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- Raízes da equação do 2º grau;

- Equações biquadradas;

- Equações irracionais;

- Sistemas de equações do 2º grau.

Conteúdo Estruturante: GEOMETRIAS

Conteúdo Básico: Geometria plana

Conteúdos Específicos

Segmentos:razão e proporção;

Segmentos proporcionais;

Teorema de Tales;

Semelhanças de triângulos;

Conteúdo Estruturante: GRANDEZAS E MEDIDAS

Conteúdo Básico: Relações no triângulo retângulo

Conteúdos Específicos

Semelhança nos triângulos retângulos;

Relações métricas no triângulo retângulo;

Aplicações do Teorema de Pitágoras.

Conteúdo Básico: Razões trigonométricas no triângulos retângulo Conteúdos Específicos

Seno de um ângulo agudo;

Cosseno de um ângulo agudo;

Tangente de um ângulo agudo.

Conteúdo Estruturante: NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdos Básico

Regra de três composta

Conteúdo Estruturante: GEOMETRIAS

Conteúdos Básico: Geometria plana

Conteúdos Específicos

Área do retângulo;

Área do triângulo;

Área do paralelogramo;

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Área do trapézio;

Área do losango.

Conteúdo Estruturante: FUNÇÕES

Conteúdos Básico:Noção intuitiva de função

Conteúdos Específicos

Função Afim;

Função Quadrática.

Conteúdo Estruturante: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Conteúdos Básico:Noções de análise combinatória

Conteúdos Específicos

Conteúdo Estruturante: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Conteúdos Básico:Noções de probabilidade

Conteúdo Estruturante: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Conteúdos Básico:Estatística

Conteúdos Específicos:

Construção e análise de gráficos e tabelas

Conteúdo Estruturante: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Conteúdos Básico: Juro composto

ENSINO MÉDIO

1ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante: NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdo Básico: Conjuntos Numéricos

Conteúdos Específicos

- A noção de conjunto;

- Propriedades, condições e conjuntos;

- Igualdade de conjuntos;

- Conjunto vazio, unitário e universo;

- Subconjuntos;

- Conjunto das partes;

- Complementar de um conjunto;

- Operações entre conjuntos;

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- Conjuntos numéricos;

- Intervalos;

- Situações-problema envolvendo conjuntos.

Conteúdo Estruturante: FUNÇÕES

Conteúdo Básico: Funções

Conteúdos Específicos

- Noção de função;

- A noção de função por meio de conjuntos;

- Domínio, contradomínio e conjunto imagem;

- Funções definidas por fórmulas matemáticas;

- Estudo do domínio de uma função;

- Gráfico de uma função;

- Função injetiva, bijetiva e sobrejetiva;

- Função composta;

- Função inversa.

Conteúdo Básico: Função Afim

Conteúdos Específicos

- Definição de uma função afim;

- Casos particulares importantes da função afim;

- Valor de uma função afim;

- Determinação de uma função afim conhecendo-se seus valores em dois pontos

distintos;

- Taxa de variação da função afim;

- Gráfico da função afim;

- Função afim crescente e decrescente;

- Estudo do sinal da função afim;

- Zero da função afim;

- Aplicações e situações problema envolvendo a função afim;

Conteúdo Básico: Função Quadrática

Conteúdos Específicos

Definição de função quadrática;

Situações em que aparece a função quadrática;

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Zeros da função quadrática;

Gráfico de uma função quadrática;

Vértice da parábola, imagem e valor máximo ou mínimo da função quadrática;

Estudo do sinal da função quadrática;

Situações problema envolvendo a função quadrática.

Conteúdo Básico: Função Modular

Conteúdos Específicos

- Módulo de um número real;

- Distância entre dois pontos na reta real;

- Função modular;

- Equações modulares;

Conteúdo Básico: Função Exponencial

Conteúdos Específicos

- Revisão de potenciação;

- Simplificação de expressões;

- Função exponencial

- Equações exponenciais;

- Situações problema envolvendo a função exponencial.

Conteúdo Básico: Função Logarítmica

Conteúdos Específicos

• Logaritmo;

• Função Logarítmica;

• Equações logarítmicas;

• Situações problema envolvendo a função logarítmica.

Conteúdo Básico: Funções Trigonométricas

Conteúdos Específicos

Estudo da função seno;

Estudo da função cosseno;

Estudo da função tangente.

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Conteúdo Estruturante: GRANDEZAS E MEDIDAS

Conteúdo Básico: Trigonometria no triângulo retângulo

Conteúdos Específicos

- Razões trigonométricas no triângulo retângulo.

Conteúdo Básico: Resolução de triângulos quaisquer

Conteúdos Específicos:

- Lei dos senos;

- Lei dos cossenos.

Conteúdo Básico: Trigonometria no ciclo

Conteúdos Específicos: Arcos e ângulos

- Unidades para medir arcos de circunferência (ou ângulos);

- Circunferência unitária ou circunferência trigonométrica;

- Arcos côngruos;

- Seno, cosseno e tangente na circunferência trigonométrica;

- Relações e equações trigonométricas;

- Transformações trigonométricas: fórmulas da adição, fórmulas do arco duplo e do arco

metade, fórmulas de transformação em produto.

2ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante: FUNÇÕES

Conteúdo Básico: Progressão Aritmética

Conteúdos Específicos

Determinação dos termos de uma sequencia a partir da lei de formação;

Reconhecimento de uma progressão aritmética;

Cálculo do termo geral de uma progressão aritmética e da soma de seus termos;

Resolução de problemas envolvendo progressão aritmética.

Conteúdo Básico: Progressão Geométrica

Conteúdos Específicos

Reconhecimento de uma progressão geométrica;

Cálculo do termo geral de uma progressão geométrica e da soma de seus

termos;

Resolução de problemas envolvendo progressão geométrica.

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Conteúdo Estruturante: NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdo Básico: Matrizes

Conteúdos Específicos

Definição;

Representação genérica de uma matriz;

Matriz quadrada;

Matriz triangular;

Matriz diagonal;

Matriz identidade;

Matriz nula;

Igualdade de matrizes;

Adição de matrizes;

Subtração de matrizes;

Multiplicação de um número real por uma matriz;

Matriz transposta de uma matriz dada;

Multiplicação de matrizes;

Matriz inversa de uma matriz dada;

Equações matriciais.

Conteúdo Básico: Determinantes

Conteúdos Específicos

Determinante de matriz quadrada de ordem 1;

Determinante de matriz quadrada de ordem 2;

Determinante de matriz quadrada de ordem 3;

Propriedades dos determinantes;

Regra de Chio.

Conteúdo Básico: Sistemas Lineares

Conteúdos Específicos

Equações lineares;

Sistemas de equações lineares;

Sistemas lineares 2 X 2;

Sistemas lineares 3 X 3;

Escalonamento de sistemas lineares;

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Sistemas lineares equivalentes;

Discussão de um sistema linear;

Sistemas lineares homogêneos;

Aplicações de sistemas lineares.

Conteúdo Estruturante: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Conteúdo Básico: Análise Combinatória

Conteúdos Específicos

Princípio da multiplicação ou princípio fundamental da contagem;

Permutações simples e fatorial de um número;

Arranjos simples;

Combinações simples;

Permutações com repetição;

Problemas que envolvem os vários tipos de agrupamento;

Binômio de Newton;

O triângulo de Pascal.

Conteúdo Básico: Probabilidade

Conteúdos Específicos

Espaço amostral e evento;

Eventos certo, impossível e mutuamente exclusivos;

Cálculo de probabilidades;

Definição teórica de probabilidade e consequências;

Aplicações de probabilidade;

O método binomial.

Conteúdo Básico: Estatística

Conteúdos Específicos

Termos de uma pesquisa estatística;

Representação gráfica;

Medidas de tendência central;

Medidas de dispersão;

Estatística e probabilidade.

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3ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante: GEOMETRIAS

Conteúdo Básico: Geometria Espacial

Conteúdos Específicos

Posições relativas: ponto e reta; ponto e plano;

Posições relativas de pontos no espaço;

Posições relativas de duas retas no espaço;

Determinação de um plano;

Posições relativas de dois planos no espaço;

Posições relativas de uma reta e um plano;

Paralelismo no espaço;

Perpendicularidade no espaço;

Projeção ortogonal;

Distâncias.

Conteúdo Básico: Geometria Espacial

Conteúdos Específicos

A noção de poliedro;

Poliedro convexo e poliedro não-convexo;

A relação de Euler;

Poliedros regulares;

Revisão do cálculo de área das principais figuras planas;

Prismas: construção e definição de prismas, o paralelepípedo, prismas retos,

cálculo da diagonal de um paralelepípedo reto retângulo e de um cubo, área da

superfície de um prisma;

A ideia intuitiva de volume;

Princípio de Cavalieri;

Volume do prisma;

As pirâmides: construção e definição de pirâmide, pirâmide regular, área da su-

perfície de uma pirâmide, volume da pirâmide e tronco de pirâmide.

O cilindro: definição, área da superfície e volume.

O cone: definição, área da superfície e volume.

A esfera: definição, área da superfície e volume.

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Conteúdo Básico: Geometria Analítica

Conteúdos Específicos

Sistema cartesiano ortogonal;

Distância entre dois pontos;

Coordenadas do ponto médio de um segmento de reta;

Condição de alinhamento de três pontos;

Coeficiente angular de uma reta;

Equação da reta quando são conhecidos um ponto e a declividade da reta;

Formas da equação da reta;

Posições relativas de duas retas no plano;

Perpendicularidade de duas retas;

Distância entre ponto e reta;

Ângulo formado por duas retas;

Área de uma região triangular.

Conteúdo Básico: Geometria Analítica

Conteúdos Específicos

Definição e equação da circunferência.

Posições relativas entre reta e circunferência;

Problemas de tangência;

Posições relativas de duas circunferências.

Conteúdo Básico: Geometria Analítica

Conteúdos Específicos

Secções cônicas: parábola, elipse e hipérbole.

Conteúdo Estruturante: NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdo Básico: Números Complexos

Conteúdos Específicos

O conjunto dos números complexos;

Forma algébrica dos números complexos;

Adição, subtração, multiplicação e potenciação de números complexos na forma

algébrica;

Representação geométrica dos números complexos;

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Conjugado de um número complexo;

Divisão de números complexos;

Módulo de um número complexo;

Forma trigonométrica dos números complexos.

Conteúdo Básico: Polinômios

Conteúdos Específicos

Valor numérico de um polinômio;

Igualdade de polinômios;

Operações com polinômios;

Equações polinomiais ou algébricas: definição e elementos;

Teorema fundamental da Álgebra;

Decomposição em fatores de primeiro grau;

Relações de Girard;

Pesquisa de raízes racionais de uma equação algébrica de coeficientes inteiros;

Raízes complexas não reais em uma equação algébrica de coeficientes reais.

Conteúdo Estruturante: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Conteúdo Básico: Matemática Financeira

Conteúdos Específicos

Números proporcionais;

Porcentagem;

Termos importantes de Matemática Financeira;

Juros simples;

Juros compostos.

8.12.4. METODOLOGIA

O professor deve fornecer subsídios para que o aluno seja estimulado a pensar,

raciocinar, criar, elaborar, relacionar ideias e desenvolva autonomia, Na busca desses

objetivos, o encaminhamento metodológico deverá possibilitar a apropriação de

conhecimentos matemáticos promovendo a articulação entre os conteúdos específicos e

estruturantes, relacionando-os com seu cotidiano.

Os recursos didáticos a serem adotados para o desenvolvimento do trabalho

pedagógico incluem a utilização do livro didático, quadro negro, instrumentos de desenho

geométrico, recursos tecnológicos (calculadora, tv multimídia, softwares, internet) além de

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materiais diversificados (revistas, jornais,...).

Dentre as tendências em educação matemática será priorizada a resolução de

problemas, pois trata-se de uma metodologia pela qual o educando tem a oportunidade

de aplicar conhecimentos matemáticos já adquiridos em novas situações de modo a

resolver a questão proposta.

A Etno matemática supre a necessidade de atender e desenvolver a lei 11.645 “

História e Cultura Afro-brasileira e Indígena”, levando em consideração que não existe um

conhecimento único, mas vários e distintos conhecimentos e que nenhum é menos

importante que o outro.

Pode-se utilizar a modelagem matemática sendo ela um caminho para despertar no

educando o interesse por tópicos matemáticos que ainda não conhece, por meio da

pesquisa, desenvolvendo assim o seu conhecimento critico sobre o conteúdo pesquisado.

Com a crescente globalização torna-se necessário a utilização da mídias

tecnológicas como ferramentas educacionais, levando o educando a ampliar suas

possibilidades de observação e investigação. Os recursos tecnológicos ofertados na

escola, dentre eles: TV-Multimídia, laboratório de informática, calculadora, que

possibilitam a interpretação e visualização de um mesmo conteúdo de diversas maneiras,

aprimorando a prática docente.

Através da História da Matemática pode-se incentivar o aluno a compreender a

evolução dos conceitos,além de analisar e discutir razões para aceitação de

determinados fatos, raciocínios e procedimentos.

As atividades referentes a lei 9795/99, que trata de assuntos referentes ao “Meio

Ambiente”, serão contempladas em situações do cotidiano.

8.12.5. AVALIAÇÃO

A avaliação escolar busca orientar a ação do professor e do aluno durante todo o

processo de ensino e aprendizagem. Para MARTINS(1997), a avaliação deve ser

encarada como um processo de coleta de informações, que se utiliza de observações,

entrevistas, situações problemáticas, relatórios e ensaios escritos, assim como, de testes

escritos de diversos tipos. Neste caso ela assume a função reguladora durante todo o

processo de ensino e aprendizagem.

Nesta perspectiva, a avaliação surge como meio educativo, como instrumento que

visa orientar a atividade pedagógica para promover o sucesso dos alunos. Assim, a

avaliação deverá ser constante no cotidiano da aula de forma a orientar e ajustar o

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processo de ensino e aprendizagem, proporcionando ao professor a possibilidade de

melhorar a sua prática pedagógica e, ao aluno, envolver-se no próprio processo.

A avaliação não é nem o objetivo, nem o fim de um processo; ela tem, como tarefa,

gerar novas oportunidades de aprendizagem e fornecer dados essenciais para o

professor e para o aluno.

LACUEVA (1997) propõe que “a avaliação se centre em ser uma ajuda para que os

alunos continuem aprendendo mais. Que a escola seja um mundo cultural rico, que

ofereça aos alunos múltiplas experiências formativas e os avalie em contextos naturais

como apoio para a aventura de aprender. A avaliação deve contribuir para que os alunos

tomem consciência de seus êxitos, do que sabem, do que dominam, base fundamental

para seus futuros esforços. Ela também deve conscientizar os alunos de suas lacunas,

erros, e insuficiências, porém considerando esse fato normal, esperado e natural, de

alunos em aprendizagem”.

Para melhor compreender os erros cometidos nas aulas de Matemática é

importante que o professor ofereça aos seus alunos tipos diferentes de atividades e que

também ao avaliá-los utilize-se dos mais diversos tipos de instrumentos ou recursos.

Os instrumentos avaliativos utilizados são diversificados e incluem provas

individuais e em duplas, atividades em grupo, resolução de exercícios com

acompanhamento do professor, trabalhos realizados em sala e em casa, pesquisas,

construções de tabelas e gráficos e apresentações de trabalhos.

Os critérios avaliativos levarão o aluno a ampliar as possibilidades de

representações por meio da linguagem matemática, exercitando a construção de

esquemas, tabelas e gráficos; argumentações lógicas; o uso de expressões algébricas.

Espera-se que o aluno consiga estabelecer relações entre o conhecimento matemático e

as experiências da vida pessoal, social e produtiva e obtenha um embasamento científico

para a tomada de decisões, através de análise de dados. É importante que o aluno

perceba e compreenda a necessidade das geometrias realizando leituras que exijam a

percepção, a linguagem e raciocínio geométricos.

Avalia -se levando em consideração o processo realizado pelo educando e o

avanço obtido por ele em cada instrumento avaliativo.

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do

Paraná:

No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades

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devem incluir manifestação escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e calculadora.

A retomada dos conteúdos é realizada num primeiro momento por meio de uma

conversa do professor com o aluno sobre os seus erros e acertos e contribui para a

conscientização dos pontos fortes e fracos, contribuindo também para a aprendizagem e

superação de erros. Este diálogo propicia, ao aluno, a familiaridade com as formas de

avaliar, com os critérios de avaliação, contribuindo por sua vez para que ele se torne mais

independente do professor e responsável pela sua própria aprendizagem. Assim,

orientado pelo professor, cada vez mais o aluno passa a ser o proponente das medidas

de intervenção.

8.12.6. REFERÊNCIAS

DUARTE, N. A relação entre o lógico e o histórico no ensino da matemática elementar. São Carlos, 1987, 185p. Dissertação Mestrado em Educação. UFSC.

LACUEVA,Aurora. La evaluácion en Ia escuela: una ayuda para seguir aprendiendo. Revista da Faculdade de Educação, São Paulo, v. 23 n. 1/2, jan.ldez. 1997.

MARTINS, Maria da Paz. Avaliação das aprendizagens em matemática: concepção dos professores. Lisboa, 1996. Tese (Mestrado), Faculdade Católica Portuguesa Lisboa.

MIORIM, M. A. Introdução à História da Educação Matemática. São Paulo: Atual, 1998.

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Departamento de Ensino Fundamental e Médio. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – 2009.

8.13. QUÍMICA

8.13.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A ciência, como um conjunto organizado de conhecimento, apresenta-se dividida

em várias disciplinas, entre ela a química. O processo de aquisição do conhecimento

científico é frequentemente atribuído ao método científico. A química como ciência,

representa uma significativa evolução humana. As ciências naturais incluem disciplinas

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que procuram mostrar um estudo sistemático da natureza.

A química ganhou não apenas uma linguagem universal quanto a nomenclatura,

mas também, quanto aos seus conceitos fundamentais. A química estuda a natureza, as

propriedades a composição e as transformações da matéria. O campo de interesse e

aplicação da química é tão amplo que envolve quase todas as outras ciências.

Há muitas razões que explicam o porque do estudo da química, do ponto de vista

prático, a química ajuda a adquirir um útil discernimento dos problemas da sociedade,

com aspectos científicos e técnicos. Atuando como um instrumento prático para o

conhecimento e a resolução de problemas em muitas áreas de atuação da vida.

Os conhecimentos químicos nem sempre estiveram atrelados à religião e à

alquimia. a teorização sobre a composição da matéria, por exemplo, surgiu na Grécia

antiga e a ideia de átomo com os filósofos gregos Leucipo e Demócrito, que lançaram

algumas bases para o atomismo do século XVII e XVIII com Boyle, Dalton e outros. A

teoria atômica foi uma questão amplamente discutidas pelos químicos do século XIX, que

a tomaram como central para o desenvolvimento da química como ciência.

Dentre as descobertas e avanços científicos, nas últimas quatros décadas do

seculo XX passou-se a conviver com a crescente miniaturização dos sistemas de

computação, com aumento da sua eficiência e ampliação do seu uso, o que constitui uma

era de transformação nas ciências que vêm modificando a maneira de se viver. Esse

período, marcado pelas descobertas de novos materiais, engenharia genética, exploração

da biodiversidade, obtenção de diferentes combustíveis, pelos estudos espaciais e pela

farmacologia; marca o processo de consolidação científica, com destaque à química, que

participa das diferentes áreas das ciências e colabora no estabelecimento de uma cultura

científica, cada vez mais arraigada no capitalismo e presente na sociedade, e, por

conseguinte, na escola. Na química, por exemplo, priorizou o estudo de fatos cotidianos,

ambientais e industriais, sem, contudo, maiores aprofundamentos teóricos que utilizassem

a próprio saber químico.

O aprendizado deve ser relevante para a vida em sociedade do aluno, de forma a

permitir que ele se torne um cidadão mais consciente de suas obrigações e seus direitos;

mais apto a participar do mercado de trabalho e a assimilar as grandes mudanças

tecnológicas, sociais e éticas. Desta forma, o aluno aproxima-se cada vez mais

qualitativamente do conceito desejado. Há a necessidade de compreensão precisa de

conceitos e do entendimento de suas relações com os diversos campos do conhecimento.

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8.13.2 OBJETIVOS GERAIS

- Desenvolver pensamentos lógicos para estabelecer as relações lógico-empirica e lógico-

formais.

- Utilizar o domínio da linguagem própria na química. Ferramenta para interpretar e utilizar

o mundo físico. Visão integrada dos processos na natureza.

- conteúdos que proporcionem amplo entendimento da transformação química e suas

inter-relações com a massa, energia e tempo.

- Apresentar de fato concretos, observáveis e mensuráveis, levando em conta, o

conhecimento prévio do aluno.

- Compreender a química como disciplina ligada à sobrevivência e ao desenvolvimento

sócio-científico.

- A historia da química deve permear todo o ensino, possibilitando ao aluno a

compreensão do processo de elaboração desse conhecimento, com seus avanços, erros

e conflitos.

- selecionar temas a partir de atividades do cotidiano para motivar e construir o

conhecimento científico.

- Explicar como os saberes científicos e tecnológicos contribuiu para a sobrevivência do

ser humano.

8.13.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes são: matéria e sua natureza, biogeoquímica e

química sintética.

8.13.4 CONTEÚDOS BÁSICOS

Matéria;

Solução;

Velocidade das relações;

Equilíbrio químico;

Ligação química;

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Reações químicas;

Radioatividade;

Gases;

Funções químicas.

8.13.5 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIEIntrodução ao estudo da química

Ciências – definições e históricos;

A química na abordagem do cotidiano;

Aspecto da química;

Propriedade da matéria

Constituição da matéria;

Estados de agregação;

Natureza elétrica da matéria;

Mudanças de estado físico;

Transformação da matéria;

Fenômeno físico e químico;

Densidade da matéria;

Substancias puras;

Substancia simples e compostas;

Alotropia;

Misturas – tipos;

Sistemas;

Processos de separação

Analise imediata;

Separação de componentes de mistura homogênea e heterogênea;

Alguns aparelhos utilizados em laboratório e suas aplicações;

Composição da matéria

Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...)

Partículas fundamentais;

Caracterização do átomo;

Comparação entre os átomos;

Íons;

Distribuição eletrônica – Linus Pauling;

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Classificaçao Periódica dos Elementos

Tabela periódica;

Introdução – bases da tabela periódica;

Tabela atual – organização em grupos e séries;

Localização dos elementos;

Propriedades periódicas e aperiódicas;

Ligações Químicas

Ligação iônica;

Composto iônico – fórmulas e características;

Ligação covalente – fórmula e característica;

Geometria molecular;

Forças intermoleculares;

Ligação metálica;

Química Inorgânica

Substâncias inorgânicas – nomenclaturas, classificação, formulação,

aplicação;

Ácidos;

Bases;

Sais;

Óxidos;

Gases

Estados físicos da matéria;

Propriedades dos gases ;

Modelo de partículas para os materiais gasosos;

Misturas gasosas;

Diferença entre gás e vapor;

Leis dos gases;

2ª SÉRIE

Solução

Substância: simples e composta;

Misturas;

Métodos de separação;

Solubilidade;

Concentração;

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Forças intermoleculares;

Temperatura e pressão;

Densidade;

Dispersão e suspensão;

Tabela Periódica;

Velocidade das reações

Reações químicas;

Lei das reações químicas;

Representação das reações químicas;

Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas;

Fatores que interferem na velocidade das reações;

Lei da velocidade das reações químicas;

Inibidores das reações químicas;

Tabela Periódica;

Equilíbrio Químico

Reações químicas reversíveis;

Concentração;

Relações matemáticas e o equilíbrio químico;

Deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Chatelier);

Reações Químicas

Princípios da termodinâmica;

Calorias;

Reações exotérmicas e endotérmicas;

Variação de entalpia;

Equações termoquímicas;

Lei de Hess;

Entropia e energia livre;

Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas;

Calorimetria;

Tabela Periódica;

Radioatividade

Modelos Atômicos (Rutherford);

Elementos químicos (radioativos);

Tabela Periódica;

Reações Químicas;

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Velocidade das reações;

Emissões radioativas;

Leis da radioatividade;

Cinética das reações químicas;

Fenômenos radioativos (fusão e fissão nuclear).

Óxido-Redução

Estudo dos metais (tabela periódica, propriedades...);

Ligações metálicas (elétrons semi-livres);

Reações Químicas;

Número de oxidação;

Balanceamento de reações de óxido-redução;

Reações de óxido-redução;

Bafômetro de dicromato, fotografia em preto e branco (redução da prata e

oxidação do ânion presente);

3ª SÉRIE

Compostos orgânicos

Definições;

Históricos;

Características dos compostos orgânicos;

Características dos átomos de carbono;

Funções orgânicas

Nomenclatura;

Hidrocarbonetos;

Funções oxigenadas;

Compostos halogenados;

Funções sulfuradas;

Compostos organometálico;

Compostos de funções mistas;

Comparação entre compostos orgânicos

Séries orgânicas;

Propriedades físicas;

Reações orgânicas

Reação de adição;

Reação de subtração;

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Reação de eliminação;

Reação de oxidação;

Reação de redução;

Isomeria

Isomeria plena;

Isomeria espacial;

Polímeros

Classificação;

Principais polímeros;

Obtenção e aplicação;

Obtenção e aplicação;

Introdução a bioquímica

Substâncias bioquímicas;

Química descritiva

Abordagem dos principais temas do cotidiano;

Poluição e reciclagem;

Fertilizantes;

Agrotóxicos;

Tóxicos;

8.13.6 METODOLOGIA

É importante que o processo pedagógico parta do conhecimento prévio dos

estudantes, no qual se incluem as ideias pré-concebidas sobre o conhecimento da

química, ou as concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito

científico.

É preciso ter claro que ensinar para a cidadania significa adotar uma nova maneira

de encarar a educação, pois os novos paradigmas vem alterando significativamente o

ensino atual, propondo novos conteúdos, metodologias, organização do processo de

ensino-aprendizagem e métodos de avaliação. A escola é, por excelência, o lugar onde se

lida com o conhecimento científico historicamente produzido.

Para que isso ocorra, torna-se imprescindível o comprometimento dos professores

no sentido de recuperar a verdadeira função da educação, buscando por meio de uma

nova postura frente ao aluno, contribuir de fato para a construção de uma sociedade

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democrática, cujos membros sejam cidadãos conscientes e comprometidos a própria

transformação dessa sociedade.

A experimentação desempenha função essencial no ensino de Química. Seu papel

investigativo auxilia o aluno na elaboração dos conceitos, não sendo necessários

laboratórios sofisticados, pois o experimento faz parte do contexto normal de sala de aula,

e, o uso do livro didático. Para que isso aconteça a linguagem/discurso exerce um papel

fundamental nesse movimento, pois depende da forma como os significados e os

entendimentos são desenvolvidos no contexto social da sala de aula.

Para os conteúdos estruturantes biogeoquímica e a química sinética, a significação

dos conceitos ocorrerá por meio das abordagens históricas, sociológica, ambiental,

representacional e experimental a partir dos conteúdos químicos. Para o conteúdo

estruturante matéria e sua natureza, tais abordagens são limitadas; Os fenômenos

químicos, na perspectiva desse conteúdo estruturante, podem ser amplamente

explorados por meio das suas representações, como as fórmulas químicas e modelos.

8.13.7 AVALIAÇÃO

Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos.

O processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos”

(MALDANER, 2003, p.144) se dá a partir de uma ação pedagógica em que a partir de

conhecimentos anteriores dos alunos seja permitido aos mesmos o entendimento e a

interação com a dinâmica dos fenômenos naturais por meio de conceitos químicos. Os

critérios e formas de avaliação devem ficar bem claros para os alunos, como direito que

têm de acompanhar todo o processo.

Espera-se que o aluno:

- Entenda e questione a ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na

área de química;

- Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;

- Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela

produção do conhecimento químico;

- Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos

dobre modelos atômicos, estados de agregação a natureza elétrica da matéria;

- Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxidos em relação a

outra espécie com a qual estabelece interação;

- Entenda as reações químicas como transformações da matéria. Sua

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velocidade, e equilíbrio químico.

Na disciplina de Química, as avaliações não se limitam a provas, serão usados

instrumentos variados que contemplem várias formas de expressão como: leitura,

produção e interpretação de textos, pesquisas bibliográficas, apresentação de seminários,

relatório de aulas em laboratório, exercícios proposto, prova escrita e recuperação

paralela, utilizando os mesmo critérios da prova escritas.

8.13.8 REFERÊNCIAS

BAIRD, C. Química Ambiental. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.

CHASSOT, A. Educação consciência. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003.

HALL, NINA. Neoquímica. A química moderna e suas aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2004.

MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de Química: professor/pesquisador. 2ª ed. Ijuí: Editora Inijuí, 2003.

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Química do Ensino Média. Curitiba: SEED, 2006.

VANIN, J. A. Alquimistas e químicos: o passado, o presente e o futuro. São Paulo: Moderna, 2002.

8.14. SOCIOLOGIA

8.14.1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino da Sociologia no Brasil tem uma caminhada histórica centenária com

muitas lutas, com idas e vindas na matriz curricular do Ensino Médio, o que demonstra a

dificuldade em firmar-se como área do conhecimento fundamental para a formação

humana, como forma de interpretação da realidade e, em outros momentos, sua ligação a

interesses e vontades políticas.

A primeira iniciativa da implantação da disciplina nas escolas deu-se com o advento

da República sob a influência de Augusto Comte, considerado o fundador da ciência, o

qual usou o termo Sociologia para relacionar com a ciência da sociedade. Inicialmente a

disciplina estava vinculada a valores morais.

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Nos anos 30, com a criação dos Cursos Superiores de Ciências Sociais na Escola

Livre e Universidade de São Paulo houve o desenvolvimento da pesquisa sociológica

dando um caráter científico, abandonando a tradição ensaísta, o que possibilitou a

formação de quadros intelectuais para pensar o país e técnicos para dar suporte às

políticas públicas. Possibilitou, também, a formação de professores para o Ensino Médio,

consolidando dessa forma a Sociologia como disciplina.

No entanto, ela não se manteve no cenário educacional, porque esteve sujeita aos

interesses políticos, pois tratam de questões polêmicas como os processos econômico,

político e sócio-cultural.

Portanto, essa disciplina desde a sua sistematização tem contribuído para a

ampliação do conhecimento dos homens sobre sua própria condição de vida e

fundamentalmente para a análise das sociedades, ao compor, consolidar e alargar um

saber especializado pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos dos

problemas da vida social.

Seu objeto é o conhecimento e a explicação da sociedade através da compreensão

das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, das relações que se

estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos, e as consequências dessas

relações para indivíduos e coletividades.

A Sociologia como saber científico firmou-se no contexto do desenvolvimento e

consolidação do capitalismo, sendo assim, traz a especificidade de fazer parte e procurar

explicar a sociedade capitalista como forma de organização social. Essa explicação

sociológica da realidade não é linear, porque depende de posicionamentos políticos

diferentes, confirmando o princípio de que não existe neutralidade científica referente às

análises sociais.

Temos três grandes paradigmas fundantes no campo de conhecimento sociológico

representados por Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim, que apresentaram estudos

sobre a sociedade capitalista e o papel da educação inserida nesse contexto, sendo que

este último teve um papel importantíssimo, pois formulou as primeiras orientações para a

Sociologia e demonstrou que os fatos sociais têm características próprias, que os

distinguem dos que são estudados pelas outras ciências.

Outros pensadores contemporâneos deram sua contribuição no que se refere à

fundamentação e concepção sociológicas – Antonio Gramsci, Pierre Bordieu, Florestan

Fernandes – cada uma com sua linha teórica concernentes ao contexto teórico.

Portanto, a Sociologia como disciplina escolar tem que destacar esses teóricos ao

tratar dos conteúdos pertinentes à disciplina fundamentando-se e sustentando-se em

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teorias de diferentes tradições sociológicas, cada uma com sua explicação, ressaltando

que a reflexão sobre a realidade vai além do senso comum, porque as questões

sociológicas são construídas em termos de explicação, pela mediação teórico-

metodológica de natureza própria, por ser um tipo de conhecimento sistematizado da

realidade social. Procurar analisar essas particularidades e ao mesmo tempo recusar

qualquer espécie de síntese teórica e encaminhamentos pedagógicos sem método ou

rigor.

A proposta das Diretrizes Curriculares é de uma Sociologia Crítica, caracterizada

pelo questionamento do real e do pensado e da relação entre ambos, questionamento

que vai além do que está dado como estabelecido e explicado, questionamento que

descortine as desigualdades, as diversidades e os antagonismos presentes no movimento

histórico nos quais alunos e professores estão inseridos.

O pensamento sociológico na escola é consolidado a partir da articulação de

experiências e conhecimentos apreendidos como fragmentados, parciais e ideologizados,

a experiências e conhecimentos apreendidos como totalidades complexas, procurando

dar um tratamento teórico aos problemas postos pela prática social capitalista, como as

desigualdades sociais e econômicas, a exclusão imposta pelas mudanças no mundo do

trabalho, as conflituosas relações sociedade-natureza, a negação da diversidade cultural,

de gênero e étnico-racial. Trata-se, em síntese, de reconstruir dialeticamente o

conhecimento que o aluno do Ensino Médio já dispõe, uma vez que está imerso numa

prática social, num outro nível de compreensão: da consciência das determinações

históricas nas quais ele existe e, mais do que isso, da capacidade de intervenção e

transformação dessa prática social. É o desenvolvimento, através da apreensão e

compreensão crítica do saber sistematizado, da trama das relações sociais da classe,

gênero e etnia, na qual os sujeitos da sociedade capitalista neoliberal estão inseridos.

À Sociologia moderna coube debruçar-se sobre todos os agentes sociais que

provocam profundas modificações na sociedade. Assim foi consolidando o seu papel, a

medida que definiu sua forma de pesquisa, análise e interpretação dos fenômenos

sociais.

8.14.2 OBJETIVOS GERAIS

- Operacionalizar meios que levem o aluno a desenvolver um espírito crítico face aos

fenômenos sociais, proporcionando-lhe uma cosmovisão capacitadora para questionar

mudanças na sociedade.

- Fornecer ao aluno elementos necessários para a formação de um cidadão consciente

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de sua realidade social, econômica, política, de suas potencialidades, capaz de agir e

reagir à essas mesma realidade.

- Despertar o interesse e a curiosidade do aluno pela análise objetiva da sociedade que

o cerca e despertar o sentimento de cidadania.

- Proporcionar reflexão sobre as relações de poder e ampliar a noção política, enquanto

processo de tomada de decisões que afetam a coletividade.

8.14.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes são: o surgimento da Sociologia e teorias sociológicas,

instituições sociais, cultura e indústria cultural, trabalho, produção e classes sociais,

poder, política e ideologia, direito, cidadania e movimentos sociais.

8.14.4. CONTEÚDOS BÁSICOS

1ª SÉRIE

O desenvolvimento social e a formação e consolidação da sociedade capitalista;

O pensamento científico e senso comum;

Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber;

O desenvolvimento da sociologia no Brasil;

Processo de socialização;

Grupos sociais;

Instituições sociais: familiares, escolares, religiosas;

Instituições de ressocialização;

2ª SÉRIE

O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

Desigualdades sociais:estamentos, castas, classes sociais;

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contribuições;

Globalização e Neoliberalismo;

Relações de trabalho;

Trabalho no Brasil.

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3ª SÉRIE

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

Conceitos de poder, ideologia, dominação e legitimidade;

As expressões da violência nas sociedades contemporâneas;

Direitos: civis, políticos e sociais;

Direitos humanos;

Conceito de cidadania;

Movimentos sociais;

Movimentos sociais no Brasil;

A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

A questão das ONG's.

8.14.5 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE

O que são as Ciências Sociais;

Objeto e divisão das Ciências Sociais;

O surgimento da Sociologia;

As teorias sociológicas clássicas: Augusto Conte, Max Weber, Karl Marx, Émile

Durkheim, Gilberto Freire, Florestan Fernandes, ...;

As principais contribuições dos fundadores da Sociologia;

Os desafios para a Sociologia;

Sociabilidade e socialização;

Contatos sociais;

Convívio social;

Comunicação;

Interação social;

Processos sociais;

Grupo social;

Agregados sociais;

Mecanismos de sustentação dos grupos sociais;

Estrutura e organização social;

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Estratificação social e seus tipos;

Mobilidade social e seus tipos;

Divisão da sociedade em camadas.

2ª SÉRIE

Trabalho nas diferentes sociedades;

Relações de trabalho;

Economia e relações de mercado.

Cultura e educação;

Identidade e diversidade cultural;

Os elementos da cultura;

Aculturação, contato e mudança cultural;

Meios de comunicação de massa;

Indústria cultural;

Preconceito e

Cultura afro-brasileira, africana e indígena.

3ª SÉRIE

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno e suas características;

Conceito de: poder, ideologia, dominação e legitimidade;

A violência nas sociedades contemporâneas;

Direitos civis, políticos, sociais e humanos;

Cidadania e movimentos sociais e

Todos os conteúdos abordados levarão em consideração as teorias sociológicas

clássicas: Augusto Conte, Max Weber, Karl Marx, Émile Durkheim, Gilberto Freire,

Florestan Fernandes, ...

8.14.6. METODOLOGIA

Pretende-se com os conteúdos estruturantes de Sociologia que se tenha a clareza

da necessidade do redimensionamento de aspectos da realidade para uma análise

didática e crítica das problemáticas sociais.

Serão utilizados vários instrumentos metodológicos para desenvolver esses

conteúdos como a leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e da lógica dos

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textos (teóricos, temáticos, literários), a análise, a discussão, a pesquisa de campo, todos

em busca da formação do ser crítico com conteúdos sempre problematizados com a

realidade do aluno, enfatizando assuntos do seu conhecimento.

Inicialmente será feita a introdução contextualizada com a construção da Sociologia

e das teorias sociológicas fundamentais fazendo a relação do passado com a atualidade

numa perspectiva crítica, no sentido de fundamentar teoricamente as várias

possibilidades de explicação sociológica feita nos recortes dos conteúdos específicos.

Na medida do possível levar-se-á em consideração as peculiaridades da região em

que a escola está inserida e a origem social do aluno, para que os conteúdos e a

metodologia utilizada possa responder a necessidades desse grupo social, colocando-o

como sujeito de seu aprendizado e que a todo momento é instigado a fazer relações da

teoria com o vivido, rever conhecimentos e reconstruir coletivamente novos saberes.

Para que haja uma reflexão mais profunda e ampliação de conceitos sobre a

construção do conhecimento sociológico vários instrumentos metodológicos estão

disponíveis para auxiliar a prática pedagógica como a leitura e interpretação de gráficos,

confecção de tabelas, filmes adequados a faixa etária e o repertório cultural do aluno,

relacionado ao conteúdo; discussão e articulação das temáticas contempladas com a

teoria sociológica; produção de texto; análise e discussão de textos literários e letra de

músicas e debates.

8.14.7. AVALIAÇÃO

Os estudos dos conteúdos de Sociologia passam obrigatoriamente por avaliações

a fim de acompanhar os avanços dos alunos em relação ao que foi trabalhado, portanto o

professor poderá fazer avaliações através de produções de texto ou filmes onde poderá

perceber a capacidade de articulação entre teoria e prática, síntese de temas referentes

ao conteúdo para ver o que o aluno interpretou como importante, debates para avaliar a

reflexão crítica, análise de coletânea de dados, trabalhos individuais e em grupo, testes

escritos, trabalhos em confecção de cartazes.

8.14.8. REFERÊNCIAS

CARVALHO, L. M. G. de. (org) Sociologia e ensino em debate: experiências e discussão de sociologia no ensino médio. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004.

GIDDENS, Anthony. Sociologia. 6.ed. – Porto Alegre: Artmed, 2005.

OLIVEIRA, P. S. de. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ed. Ática, 2003.

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SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Sociologia do Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006.

9. PROGRAMA CELEM

O Colégio oferece em horário intermediário tarde para alunos, professores,

funcionários e comunidade o curso de Espanhol do CELEM (Centro de Excelência de

Línguas Estrangeiras Modernas) . Das vagas ofertadas, num total de 10% sobre o número

máximo de alunos por turma pode ser preenchida por funcionários e professores que

estejam no efetivo exercício de suas funções em estabelecimento de ensino da Rede

Pública Estadual de Educação Básica, SEED e NRE e a comunidade pode usufruir num

total de até 30% das vagas, desde que comprovada a conclusão dos anos iniciais do

Ensino Fundamental. O curso básico tem duração de dois anos, com carga horária anual

de 160 (cento e sessenta) horas/aulas, perfazendo um total de 320 horas/aulas. A carga

horária semanal dos cursos do CELEM é de 04(quatro) horas/aula de 50 (cinquenta)

minutos, distribuídas em até 02(dois) dias, preferencialmente não consecutivos.

É obrigatória ao aluno de CELEM, a frequência mínima de 75% do total da carga

horária do período letivo, para fins de promoção. É considerado desistente, para efeito de

registro do resultado final, o aluno que se ausentar por mais de 40 aulas consecutivas, ou

seja, 25% da carga horária do período letivo, podendo efetuar a rematrícula no curso sem

aproveitamento da carga horária cursada e dos registros de notas obtidos, somente

quando existirem vagas remanescentes.

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala

de 0,0(zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

Os resultados das avaliações dos alunos deverão ser registrados em campo

próprio no SERE/WEB, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade

de sua vida escolar. A promoção do aluno será a cada final de ano letivo.

As turmas dos cursos básicos serão formadas com um mínimo de 20(vinte) e

máximo de 30 (trinta) alunos.

O ingresso de novos alunos em turma(s) já iniciadas do CELEM, pode ocorrer

quando o número de aulas dadas não tiver ultrapassado o limite de 10% (dez por cento)a

contar do início do período letivo. As matrículas nos cursos são anuais.

Fica garantido ao aluno que se desvincular da Rede Pública Estadual, o término do

curso iniciado no CELEM.

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9.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A aprendizagem da Língua Estrangeira é uma possibilidade de aumentar a auto

percepção do aluno como ser humano e como cidadão.

Para atender as demandas sociais contemporâneas e propiciar às novas gerações

a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos, as propostas curriculares

e as metodologias de ensino foram instigadas a atender às expectativas. O cenário do

ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram

constantes mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao

longo da história.

Tendo em vista o objetivo de melhorar a instrução pública e de atender às

demandas advindas da abertura dos portos ao comércio, D. João VI, em 1809, assinou o

decreto de 22 de junho para criar as cadeiras de inglês e francês. A partir daí, o ensino

das línguas modernas começou a ser valorizado.

No ano de 1837, houve a fundação do Colégio Pedro II, que foi o primeiro colégio

em nível secundário do Brasil e referência curricular para outras instituições escolares por

quase um século. O colégio, inspirava seu currículo em moldes franceses e, em sua

grade constavam sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão, cadeira esta

criada em 1840.

No ensino de línguas modernas, o que prevaleceu no ensino, foi a abordagem

pedagógica tradicional de raízes europeias, também chamada de gramática-tradução,

adotada desde a educação jesuítica com o ensino dos idiomas clássicos: grego e latim.

Visando que o aluno tivesse melhor desempenho tanto na fala quanto na escrita, a língua

era concebida como um conjunto de regras e privilegiava a escrita e a gramática. Essa

metodologia vigorou até o princípio do século XX e tinha como um dos objetivos permitir o

acesso a textos literários e domínio da gramática normativa. As atividades tratavam das

regras gramaticais, tradução e ditados, sendo que a avaliação preocupava-se também

com o conhecimento gramatical.

A aprendizagem da Língua Estrangeira Moderna de acordo com as Diretrizes

Curriculares é superar uma visão de ensino de língua estrangeira apenas como meio para

se atingir fins comunicativos, dar espaço às experiências de identificação social e cultural

e possibilitar ao aluno uma auto-percepção enquanto ser humano e cidadão. Ao ensinar

Língua Estrangeira deve ser levado em conta o aluno e seu objetivo em aprender, sua

classe social e suas relações sociais, enfim a comunidade onde vive, para desenvolver tal

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trabalho. O professor dessa forma, centralizará no engajamento discursivo do aluno,

praticando a abordagem comunicativa em sua capacidade de, através do discurso, agir no

mundo social, sendo que a função social desse conhecimento na sociedade brasileira é

de suma importância para sua plena realização. Para que essa natureza sócio-

interacional seja possível, o aluno utilizará de conhecimentos sistêmicos, de mundo e

sobre organização textual, além de aprender como usá-los na construção social do

significado via língua estrangeira.

Nessa disciplina, identificou-se que a abordagem comunicativa tem orientado o

trabalho em sala de aula. Esta opção favorece o uso da língua pelos alunos, mesmo que

de forma limitada, e evidencia uma perspectiva utilitarista de ensino, na qual a língua é

concebida como um sistema para a expressão do significado, num contexto interativo.

A Língua Estrangeira Moderna, como outras disciplinas, deve ter como ponto principal do

trabalho docente a formação do indivíduo como cidadão consciente, crítico e participativo

inserido na sociedade local e no panorama internacional.

As Diretrizes Curriculares devem assegurar ao aluno o embasamento necessário para dar

continuidade ao estudo da língua em séries posteriores, bem como ampliar sua visão de

mundo, tornando-os cidadãos mais críticos e reflexivos.

Assim, ao ensinar língua inglesa é necessário uma compreensão teórica do que é

linguagem, refinando a percepção de sua própria cultura por meio do conhecimento da

cultura de outros povos.

Os temas centrais nesta proposta são a cidadania e a consciência crítica de como a

linguagem é usada no mundo social, e os aspectos sócio-políticos da aprendizagem da

língua inglesa dentro do trabalho com a leitura, produção oral e escrita. Uma das

finalidades da Língua Estrangeira Moderna é que esta seja instrumento de acesso a

informação a outras culturas, associá-las aos conhecimentos científicos, as linguagens

que darão suporte para a resolução de problemas que se propõe adicionar.

A aprendizagem de Língua Estrangeira no Ensino Fundamental não é só um

exercício intelectual em aprendizagem de formas e estruturas linguísticas em um código

diferente, é sim, uma experiência de vida, pois amplia as possibilidades de se agir no

mundo. O papel educacional da Língua Estrangeira é importante desse modo para o

desenvolvimento integral do individuo, devendo seu ensino proporcionar ao aluno essa

nova experiência de vida. Assim, contribui-se para a construção, e para o cultivo pelo

aluno, de uma competência não só no uso de línguas estrangeiras, mas também na

compreensão de outras culturas.

Baseados na corrente sociológica e nas teorias do Círculo da Bakhtin, que

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concebem a língua como discurso, a ênfase do ensino recai sobre a necessidade de os

sujeitos interagirem ativamente pelo discurso, sendo capazes de comunicar-se de

diferentes formas materializadas em diferentes tipos de textos, considerando a imensa

quantidade de informações que circulam na sociedade.

A disciplina de Língua Estrangeira Moderna, priorizará os temas das relações

étnico-raciais, histórias e cultura Afro-brasileira e indígena, com o objetivo de mostrar a

influência dos negros na cultura norte-americana, e, consequentemente na formação da

cultura brasileira; textos relacionados com a preservação e conservação do Meio

Ambiente, em sala de aula, em conformidade com a Lei número 11.645 que prevê a

abordagem destes conteúdos no currículo escolar.

O acesso a essa língua representa para o aluno a possibilidade de se transformar em

cidadão ligado a comunidade global, ao mesmo tempo que se pode compreender, com

mais clareza, seu vínculo como cidadão em seu espaço social.

Pretende-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço para que o

aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se

envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em

relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados

são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na

prática social.

Justificativa: A aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna atualmente

desempenha um importante papel social visto que vivemos em um mundo cada vez mais

globalizado. Em especial a língua espanhola, na região onde vivemos mostra-se cada vez

mais emergente, devido às fortes relações comerciais com os países vizinhos ao Brasil.

Ressaltando que somos o único país da América do Sul que não fala espanhol, daí a

importância da inclusão do espanhol nas escolas.

Objetivo: Fazer o uso da língua que estão aprendendo em situações significativas.

Trata-se da inclusão social do aluno numa sociedade cada vez mais diversa

oportunizando ao aluno a possibilidade de compreender e expressar-se observando os

princípios da gramática e dos elementos culturais.

9.2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

A disciplina de Língua Estrangeira Moderna concebe como conteúdo estruturante o

discurso como prática social e ao mesmo tempo caracteriza os gêneros textuais como

conteúdos básicos abordados dentro das práticas discursivas.

O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna fundamenta-se na diversidade de

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gêneros textuais e busca alargar a compreensão dos diversos usos da linguagem, bem

como a ativação de procedimentos interpretativos alternativos no processo de construção

de significados possíveis pelo leitor; ao contrário de uma concepção de linguagem que

centraliza o ensino na gramática tradicional, o discurso tem como foco o trabalho com os

enunciados (orais e escritos).

O uso da língua efetua-se em formas de enunciados, uma vez que o discurso

também só exista na forma de enunciados (RODRIGUES, 2005). O discurso é produzido

por um “eu”, um sujeito que é responsável por aquilo que fala e/ ou escreve. A localização

geográfica temporal e etária também são elementos essenciais na constituição dos

discursos.

Consequentemente, o professor criará oportunidades para que os alunos percebam

a interdiscursividade, as condições de produção dos diferentes discursos, das vozes que

permeiam as relações sociais e de poder, é preciso que os níveis de organização

linguística sirvam ao uso da linguagem na compreensão e na produção verbal e não

verbal.

Para tal, o professor levará em conta que o objeto de estudo da Língua Estrangeira

Moderna, a língua, pela sua complexidade e riqueza, permite o trabalho em sala de aula

com os mais variados textos de diferentes gêneros.

Nesta perspectiva a proposta de construção de significados por meio do

engajamento discursivo e não pela mera prática de estruturas linguísticas estará

contemplada.

Com o foco na abordagem crítica de leitura, a ênfase do trabalho pedagógico é a

interação ativa dos sujeitos com o discurso, que dará, ao aluno, condições de construir

sentidos para textos. O professor deve considerar a diversidade de gêneros existentes e a

especificidade do tratamento da Língua Estrangeira na prática pedagógica, a fim de

estabelecer critérios para definir os conteúdos específicos para o ensino.

Os conteúdos específicos contemplam diversos gêneros discursivos, além de

elementos linguístico-discursivos, tais como: unidades linguísticas que se configuram

como as unidades de linguagem, derivadas da posição que o locutor exerce no

enunciado; temáticas que se referem ao objeto ou finalidade discursiva, ou seja, ao que

pode tornar-se dizível por meio de um gênero: composicionais, compreendidas como a

estrutura específica dos textos pertencentes a um gênero (BAKHTIN, 1992)

Reitera-se a necessidade de explorar as práticas da oralidade, leitura e escrita a

partir da seleção dos gêneros textuais.

O trabalho com a oralidade nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, tem como

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objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos (...) é

aprender a expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo que com limitações (DCE,

2008, p. 66).

Com respeito à prática da leitura, observa-se que o papel primordial da utilização

dos gêneros textuais na aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna, torna a aquisição

do conhecimento mais significativa e mais próxima das práticas sociais das quais o aluno

interage.

Com relação às práticas da escrita, “não se pode esquecer que ela deve ser vista

como uma atividade sócio-interacional, ou seja, significativa” (DCE, 2008, p.66).

Propõe-se que nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o professor aborde os

vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero

estudado, sua composição, distribuição de informações, o grau de informação presente

ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso,

a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar

com o texto sem, no entanto, abandoná-la.

Cabe lembrar que disponibilizar textos aos alunos não é o bastante. É necessário

provocar uma reflexão maior sobre o uso de cada um deles e considerar o contexto de

uso e os seus interlocutores. (DCE, 2008)

CONTEÚDOS BÁSICOS – P1

Gêneros textuais das esferas cotidiana, artística, publicitária, escolar, de produção,

literária, jornalística e midiática de circulação.

Prática Discursiva: Oralidade

Fatores de textualidade centradas no leitor:

• Tema do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Finalidade do texto;

• Informatividade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Situacionalidade do texto;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Conhecimento de mundo;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

• Adequação do discurso ao gênero;

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• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

Fatores de textualidade centradas no texto:

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como

conectivos, gírias, expressões, repetições);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

CONTEÚDOS BÁSICOS – P2

Gêneros textuais das esferas cotidiana, publicitária, escolar, de produção, jurídica,

literária, jornalística e midiática de circulação.

PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade

Fatores de textualidade centradas no leitor:

• Tema do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Finalidade do texto;

• Informatividade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Situacionalidade do texto;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Conhecimento de mundo;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas.

Fatores de textualidade centradas no texto:

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos,

gírias, expressões, repetições);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

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9.3 METODOLOGIA

O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula a partir do entendimento do

papel das línguas na sociedade é mais que mero instrumento de acesso à informação.

O aprendizado de Língua Estrangeira é uma possibilidade de conhecer, expressar e

transformar modos de entender o mundo e construir significados.

Dessa forma, que o ensino de Língua Estrangeira se constitua por meio da

compreensão da diversidade linguística e cultural para que o aluno se envolva

discursivamente e desenvolva as práticas de leitura, escrita e oralidade levando em conta

o seu conhecimento prévio.

A utilização de diferentes gêneros textuais para que o aluno identifique as

diferenças estruturais e funcionais, a autoria e a que público se destinam. As estratégias

metodológicas para que o aluno conheça novas culturas e que não há uma cultura melhor

que a outra, mas sim diferentes.

Marcuschi afirma, “ é impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum

gênero, assim como é impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum texto”.

Portanto, a principal ferramenta de ensino é justamente a funcionalidade da língua

de estudo na qual o aluno é conduzido a vivenciar situações orais e escritas e

desempenhar funções linguísticas a partir do uso de textos.

O pressuposto metodológico abordará o enfoque comunicativo da língua, levando

para o aluno diferentes textos com temas atuais e relacionados a experiência do mesmo

enquanto ser e em relação às outras disciplinas. Através disso serão trabalhados os três

eixos da língua:

Leitura:

Textos com interpretação e análise linguística (discussão do tema, conteúdo,

vocabulário, questionamentos, problemas do nosso dia a dia, etc)

Oralidade:

Apresentar atividades de compreensão oral e expressão para o aluno interagir com

a língua elaborando hipóteses.

Escrita:

Para compreender a língua e produzir textos significativos, serão trabalhadas

atividades reflexivas sobre o assunto estudado. Com relação à escrita, esta deve ser vista

como uma atividade sócio-interacional, ou seja, significativa, pois, em situações reais de

uso, escreve-se sempre para alguém.

Ao propor uma tarefa de escrita aos alunos é importante que o professor

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proporcione elementos necessários para que consigam expressar-se, e dos quais não

dispõe, tais elementos discursivos, linguísticos, sócio-pragmáticos e culturais.

As atividades deverão se caracterizar como uma sequência didática a qual é

definida como, “um conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática,

em torno de um gênero textual oral ou escrito”(DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004,

p. 97).

Todas as atividades serão reflexivas e o estudo através do texto torna-se mais

interativo, pois as atividades criadas através deles envolvem a comunicação que é um

dos objetivos do ensino de Língua Estrangeira Moderna. Como estratégias é possível:

• Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;

• Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;

• Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;

• Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade

em seu uso formal e informal;

• Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os

diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como:

entonação, expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e outros;

Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de

desenhos, programas infanto juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de

circulação;

• Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;

• Desenvolver atividades de leitura em três etapas:

- pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a temática,

construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura);

- leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas);

- pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita

objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto).

• Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;

• Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como:

gráficos, fotos, imagens, mapas;

• Socializar as ideias dos alunos sobre o texto;

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• Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de

diferentes gêneros:

- temáticas (o que é dito nesses gêneros);

- estilísticas (o registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos linguísticos);

- composicionais (a organização, as características e a sequência tipológica).

• Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do

gênero, da finalidade;

• Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

• Acompanhar a produção do texto;

• Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (ideias),

dos elementos que compõem o gênero;

• Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática,

à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;

• Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

• Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a

referência textual;

• Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;

• Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados;

• Realizar leitura compreensiva do texto;

• Identificar o conteúdo temático;

• Identificar a ideia principal do texto;

• Deduzir os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;

• Perceber o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;

• Compreender as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no

sentido conotativo e denotativo;

• Analisar as intenções do autor;

• Identificar e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;

• Fazer o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a

referência textual;

• Ampliar seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais)

e elementos culturais.

• Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;

• Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;

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• Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;

• Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em

seu uso formal e informal;

• Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os

diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como:

entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

• Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:

cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

9.4 AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem necessita para cumprir seu verdadeiro significado,

assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida.

Desprende-se, portanto que a avaliação da aprendizagem da Língua Estrangeira

precisa superar a concepção do mero instrumento de mediação da apreensão de

conteúdos, visto que ela se configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar

discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções, no

processo de ensino aprendizagem.

Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos alunos na construção do significado

nas práticas discursivas será a base para o planejamento das avaliações ao longo do

processo de aprendizagem. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica, somativa e

cumulativa.

A avaliação da aprendizagem será um processo constante tendo como medida de

observação o desempenho nas atividades propostas que serão analisadas e

consideradas como subsídios.

Levar-se-á em conta diversas formas de avaliação tais como, trabalhos escritos e/ou

orais desenvolvidos individualmente ou em grupos, trabalhos de pesquisa e exercícios

práticos.

Avaliação de Aprendizagem escrita: saber aplicar os conhecimentos adquiridos

produzindo na Língua Estrangeira em questão com clareza e coerência.

Avaliação da aprendizagem oral: conhecimento e diferenciação das variantes

linguísticas. Saber aplicá-las corretamente nas diferentes situações.

Ao final das avaliações de aprendizagem (escrita e oral), bem como das atividades

avaliativas do semestre, será atribuída uma média semestral e posteriormente uma

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média anual a cada aluno.

Espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);

• Apresente suas ideias com clareza, coerência;

• Utilize adequadamente entonação, pausa, gestos;

• Organize a sequência de sua fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;

• Exponha seus argumentos;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em

língua materna);

• Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas

exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Identifique o conteúdo temático;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;

• Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no

sentido conotativo e denotativo;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;

• Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência

textual;

• Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e

elementos culturais;

• Expresse as ideias com clareza;

• Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:

às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);

- à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;

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• Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,

pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,

em conformidade com o gênero proposto;

• Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos

atrelados aos gêneros trabalhados;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.

9.5 REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec,1988. Estética da criação verbal. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1992.

DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento . In: SCHNEUWLY, B.e DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. São Paulo: Mercado de Letras, 2004.

FUTUYMA,D.J. Biologia Evolutiva. Ribeirão Preto, Sociedade Brasileira de Genética. 2ed. 1993.

GIMENEZ, T. Inovação educacional e o ensino de línguas estrangeiras modernas: o caso do Paraná. Signum, v. 2, 1999.

MARCUSCHI, L.A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Instrução Normativa n° 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas. Curitiba, 2008.

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua Estrangeira Moderna. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

RUSS, J. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Scipione,1994.

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ANEXOS

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 03 - Área Metropolitana Sul MUNICÍPIO: 420 - Campo Largo

ESTABELECIMENTO: 01171 – Colégio Estadual São Pedro e São Paulo EFM

ENDEREÇO: Rua Marta Dering, nº234, Ferrari, Campo Largo - Paraná

TELEFONE:(41)3292-2333

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º Ano

TURNO: Manhã MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 3 3

Educação Física 2 2 2 2

Ensino Religioso * 1 1 0 0

Geografia 2 3 3 3

História 3 2 3 3

Língua Portuguesa 5 5 5 5

Matemática 5 5 5 5

Sub-total 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFI-CADA

LEM Inglês2 2 2 2

Sub-total 2 2 2 2

Total Geral 25 25 25 25

Matriz de acordo com a LDBEN 9394/96* Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 03 - Área Metropolitana Sul MUNICÍPIO: 420 - Campo Largo

ESTABELECIMENTO: 01171 – Colégio Estadual São Pedro e São Paulo EFM

ENDEREÇO: Rua Marta Dering, nº234, Ferrari, Campo Largo - Paraná

TELEFONE:(41)3292-2333

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º Ano

TURNO: Tarde MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 3 3

Educação Física 2 2 2 2

Ensino Religioso * 1 1 0 0

Geografia 2 3 3 3

História 3 2 3 3

Língua Portuguesa 5 5 5 5

Matemática 5 5 5 5

Sub-total 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFI-CADA

LEM Inglês2 2 2 2

Sub-total 2 2 2 2

Total Geral 25 25 25 25

Matriz de acordo com a LDBEN 9394/96* Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.

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MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO

NRE: 03 - Área Metropolitana Sul MUNICÍPIO: 0420 - Campo Largo

ESTABELECIMENTO: 01171 – Col. Est. São Pedro e São Paulo Ens. Fund. e Médio

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIOANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 - Simultânea

TURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 semanas

BNC

DISCIPLINASSÉRIES

1ª 2ª 3ª

ARTE 2 - -

BIOLOGIA 2 2 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FÍSICA 2 2 2

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTÓRIA 2 2 2

LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4

MATEMÁTICA 3 3 3

QUÍMICA 2 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

SUB-TOTAL 25 23 23

PD LEM ESPANHOL * - 2 2

SUB-TOTAL - 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25Nota: Matriz de acordo com a LDBEN 9394/96

Campo Largo, 01 de outubro de 2010.

Page 264: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Professora de Química Licenciatura em Química ... que moram na zona rural e utilizam o transporte escolar para virem estudar. ... balconistas, professoras,

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

COLÉGIO ESTADUAL SÃO PEDRO E SÃO PAULO ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Marta Dering, 234, Ferrari, Campo Largo, CEP: 83.603-200 [email protected]ÁRIO ESCOLAR 2013

Janeiro Fevereiro Março

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2

1 2 3 4 5 3 4 5 6 7 8 9 16 3 4 5 6 7 8 9 19

6 7 8 9 10 11 12 10 11 12 13 14 15 16 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias

13 14 15 16 17 18 19 17 18 19 20 21 22 23 17 18 19 20 21 22 23

20 21 22 23 24 25 26 24 25 26 27 28 24 25 26 27 28 29 30

27 28 29 30 31 31

Abril Maio Junho

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 1

7 8 9 10 11 12 13 22 5 6 7 8 9 10 11 20 2 3 4 5 6 7 8 20

14 15 16 17 18 19 20 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias

21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22

28 29 30 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29

30

Julho Agosto Setembro

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 8 1 2 3

7 8 9 10 11 12 13 dias 4 5 6 7 8 9 10 21 1 2 3 4 5 6 7 21

14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 17 dias 8 9 10 11 12 13 14 dias

21 22 23 24 25 26 27 5 18 19 20 21 22 23 24 15 16 17 18 19 20 21

28 29 30 31 dias 25 26 27 28 29 30 31 22 23 24 25 26 27 28

29 3007 Dia do Funcionário de Escola

Outubro Novembro Dezembro

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 1 2

6 7 8 9 10 11 12 20 3 4 5 6 7 8 9 20 1 2 3 4 5 6 7 13

13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias 8 9 10 11 12 13 14 dias

20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23 15 16 17 18 19 20 21

27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30 22 23 24 25 26 27 28

29 30 31

19 Emancipação Política do PR

Férias Discentes Férias/Recesso/DocentesJaneiro 31 janeiro/férias 30

fevereiro 13 janeiro/julho/recesso 15

julho 18 dez/recesso 13

dezembro 13 outros recessos 4

Total 75 Total 62

1 Dia Mundial da Paz 11 a 13 Carnaval 29 Paixão

21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho

30 Corpus Christi

7 Independência

12 N. S. Aparecida 2 Finados

15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal

20 Dia Nacional da Consciência Negra

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COLÉGIO ESTADUAL SÃO PEDRO E SÃO PAULO ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Marta Dering, 234, Ferrari, Campo Largo, CEP: 83.603-200 [email protected]ÁRIO ESCOLAR 2013 CELEM

Janeiro Fevereiro Março

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2

1 2 3 4 5 3 4 5 6 7 8 9 16 3 4 5 6 7 8 9 19

6 7 8 9 10 11 12 10 11 12 13 14 15 16 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias

13 14 15 16 17 18 19 17 18 19 20 21 22 23 17 18 19 20 21 22 23

20 21 22 23 24 25 26 24 25 26 27 28 24 25 26 27 28 29 30

27 28 29 30 31 31

Abril Maio Junho

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 1

7 8 9 10 11 12 13 22 5 6 7 8 9 10 11 20 2 3 4 5 6 7 8 20

14 15 16 17 18 19 20 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias

21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22

28 29 30 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29

30

Julho Agosto Setembro

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 8 1 2 3

7 8 9 10 11 12 13 dias 4 5 6 7 8 9 10 21 1 2 3 4 5 6 7 21

14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 17 dias 8 9 10 11 12 13 14 dias

21 22 23 24 25 26 27 5 18 19 20 21 22 23 24 15 16 17 18 19 20 21

28 29 30 31 dias 25 26 27 28 29 30 31 22 23 24 25 26 27 28

29 3007 Dia do Funcionário de Escola

Outubro Novembro Dezembro

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 1 2

6 7 8 9 10 11 12 20 3 4 5 6 7 8 9 20 1 2 3 4 5 6 7 13

13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias 8 9 10 11 12 13 14 dias

20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23 15 16 17 18 19 20 21

27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30 22 23 24 25 26 27 28

29 30 31

19 Emancipação Política do PR

Férias Discentes Férias/Recesso/DocentesJaneiro 31 janeiro/férias 30

fevereiro 13 janeiro/julho/recesso 15

julho 18 dez/recesso 13

dezembro 13 outros recessos 4

Total 75 Total 62

1 Dia Mundial da Paz 11 a 13 Carnaval 29 Paixão

21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho

30 Corpus Christi

7 Independência

12 N. S. Aparecida 2 Finados

15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal

20 Dia Nacional da Consciência Negra

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