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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS TOLEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO TOLEDO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CEEBJA TOLEDO · 4.3.2 CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA 35 ... no Estado do Paraná, ... a implantar o estudo correspondente às quatro primeiras

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS TOLEDO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

TOLEDO

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2012

INDICE

APRESENTAÇÃO 041. HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 061.1 HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO 072. IDENTIFICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR 092.1 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS 122.2 ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR 132.3 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO 142.4 NIVEL DE ENSINO 14 2.4.1 ENSINO FUNDAMENTAL – FASE I 14

2.4.2 ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II 142.4.3 ENSINO MÉDIO 15

2.5 AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS 152.6 FREQÜÊNCIA 152.7 EXAMES SUPLETIVOS 19

2.8 QUADRO DOS PROFISSIONAIS 192.9 ATRIBUIÇÕES DOS RECURSOS HUMANOS 252.10 ORGANOGRAMA 272.11 OBJETIVO DA OFERTA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 283. REALIDADE SÓCIO CULTURAL DA INSTITUIÇÃO3.1 CARACTERIZAÇÃO SÓCIO, ECONÔMICO E CULTURAL DA COMUNIDADE ESCOLAR 283.2 PERFIL DO ALUNO 293.3 PERFIL DO PROFESSOR 304. PRINCÍPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS 304.1 FILOSOFIA 304.2 INCLUSÃO EDUCACIONAL 324.3 DIVERSIDADE 34 4.3.1 EDUCAÇÃO DO CAMPO 35 4.3.2 CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA 354.4 RECURSOS TECNOLÓGICOS 364.5 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO 374.6 PROGRAMA VIVA ESCOLA 374.7 PROGRAMA PRONTIDÃO ESCOLAR PREVENTIVA – PEP 385. INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS 385.1 MATRIZ CURRICULAR 39 5.1.1 ENSINO FUNDAMENTAL FASE I 39 5.1.2 ENSINO FUNDAMENTAL FASE II 40 5.1.3 ENSINO MÉDIO 416. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO 417. GESTÃO DEMOCRÁTICA E COLEGIADA DA ESCOLA 448. PLANO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO 479. PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE EJA 5310. PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO 5411. PLANO DE AÇÃO DO CEEBJA TOLEDO 5612. PROJETOS INTEGRADOS AO CURRÍCULO 6013. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 75

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

APRESENTAÇÃO

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FOTO

CUIDAR COM A PAGINAÇÃO

Este Projeto Político Pedagógico foi construído com a participação da

comunidade escolar, na perspectiva da formação do cidadão consciente, crítico e

participativo visando qualidade na educação e uma sociedade mais igualitária e mais

democrática.

Uma análise da situação real da escola foi feita com alunos, professores, e

agentes educacionais identificando as necessidades que merecem maior atenção,

garantindo, assim, aos educandos jovens, adultos e idosos o respeito e a valorização

dos conhecimentos já adquiridos.

Com base na Proposta Pedagógica Curricular, apresentamos também

programas de complementação curricular com o objetivo de oportunizar aos alunos seu

desenvolvimento Global, por meio de trabalho compartilhado pela Equipe Escolar, numa

contínua construção e reconstrução coletiva. Este Projeto Político Pedagógico estabelece

princípios, prioridades, define caminhos. É o eixo condutor do trabalho da Escola, dando-

lhe unidade ao processo de ensino e feição própria.

“é preciso que todos funcionem como uma orquestra: afinados em torno de uma

partitura e regidos pela batuta de um maestro que aponta como cada um entra

para obter um resultado harmônico. Esse maestro é o gestor. E a partitura, é o

projeto pedagógico da escola, um arranjo sob medida para os alunos e que é

referência para todos.

(VIERA, 2002. P.88)

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1. HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Na história da Educação de Jovens e Adultos, têm-se várias políticas focadas principalmente no processo de alfabetização, com o objetivo de combater o analfabetismo, sem compromisso com a formação cidadã, o que pode ser comprovado através do censo Nacional de 1980, conforme Paiva (1983), informando a existência de 85,21% de iletrados na população total brasileira, o que denota (resulta) o desenvolvimento de uma educação seletiva, discriminatória e excludente. Esta forma educacional foi realizada por meio de campanhas organizadas pelo Governo Federal.

Somente a partir da década de 50, com as idéias e experiências desenvolvidas por Paulo Freire, evidenciou-se uma educação voltada às demandas e necessidades das camadas populares, considerando sua história e sua realidade, como princípios de metodologia para educação de jovens e adultos. Essa nova proposta política ganha força com a participação de grupos como: Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Centros Populares de Cultura, desenvolvidos pela União Nacional do Estudante (UNE), dando início ao Plano Nacional de Alfabetização (PNA), em 1964, pelo Governo Federal, objetivando constituir uma política de Alfabetização de Jovens e Adultos em todo o País, coordenado por Paulo Freire. Porém, com o golpe militar de 1964, o governo criou o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), numa perspectiva centralizadora e domesticadora.

A Lei 5692/71, pelo Parecer 699/72, do Conselho Nacional de Educação regulamentou os cursos Supletivos Seriados e os Exames com certificação, cuja organização curricular e matriz seguiam a proposta do Ensino Regular de forma compactada. A princípio esta modalidade foi apresentada como temporária, de suplência, destinada ao educando para comprovação de escolaridade no trabalho e para os analfabetos. Contudo, com o aumento da demanda tornou-se permanente e necessária, ajustando-se às mudanças da realidade escolar.

Em 1986, o Ministério da Educação organizou uma comissão de elaboração das Diretrizes Curriculares Político-Pedagógicas da Fundação Educar, a qual fez recomendações relativas à criação de uma política nacional de educação de jovens, ao seu financiamento e à revisão crítica da legislação nesta área. Assim, houve a descentralização dos recursos e poder decisório, atribuindo aos estados o atendimento da modalidade de EJA.

Nesse sentido, no Estado do Paraná, criou-se o Ensino Supletivo seriado, ofertado a partir da década de 80, os Centros de Estudos Supletivos (CES), atualmente denominados Centros Estaduais de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJAs) e os Núcleos Avançados de Ensino Supletivo (NAES), descentralizando o atendimento de EJA nas diversas regiões do Estado. Outras formas de descentralização do atendimento à demanda de EJA são criadas como os Postos Avançados dos CEEBJAs – PACs e também os Termos de Cooperação Técnica – TCTs, convênio entre a SEED e empresas/entidades públicas e privadas que desejassem escolarizar seus funcionários. Criaram-se ainda os projetos de escolarização aos educandos com privação de liberdade nas unidades penitenciárias e nas unidades sociais, estabelecem-se convênios com organizações não governamentais, visando a oferta de alfabetização de Jovens e Adultos no meio urbano, rural e indígena.

Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a EJA passa a ser considerada uma modalidade da Educação Básica nas Etapas do Ensino Fundamental e Médio, usufruindo de uma especificidade própria, porém a Emenda Constitucional número 14 suprime a obrigatoriedade do poder público em oferecer o

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Ensino Fundamental para os que a ele não tiveram acesso na idade própria, suprimindo ainda o compromisso de eliminar o analfabetismo no prazo de dez anos, bem como a vinculação dos percentuais de recursos financeiros estabelecidos em Lei para este fim (FUNDEF), vetando desta forma, a contabilização das matrículas do Ensino Fundamental nos cursos de Educação de Jovens e Adultos para fins de repasse de recursos.

No ano de 2000, foram promulgadas as Diretrizes Nacionais para Educação de Jovens e Adultos (DNEJA), pelo Governo Federal, as quais superam a visão preconceituosa do analfabeto e ao iletrado como inculto ou “vocacionado” apenas para tarefas e funções “desqualificadas” nos segmentos do mercado, reconhecendo sua pluralidade e diversidade cultural e regional, presentes nos mais diferentes extratos sociais, os quais são portadores de uma rica cultura baseada na oralidade.

O documento explicita as especificidades de tempo e espaço dos Jovens e Adultos, o tratamento presencial dos conteúdos curriculares, a importância em se distinguir as duas faixas etárias (jovens e adultos), Consignadas nesta modalidade de educação, a formulação de projetos pedagógicos próprios e específicos dos cursos noturnos regulares e de EJA, integração entre a base “nacional comum” do Ensino fundamental e Médio com o que se pode denominar de “nacional diversificada”. O documento ressalta a EJA como direito, deslocando a idéia de compensação e substituindo-a pelas de reparação e equidade. Assim, normatiza a oferta para maiores de 15 anos para o Ensino Fundamental e maiores de 18 anos para o Ensino Médio para efeito de prestação de exames.

No Paraná, tendo em vista a necessidade de propor políticas públicas de qualidade para a Educação de Jovens e Adultos, vários segmentos sociais governamentais e não-governamentais têm organizado conferências, fóruns permanentes para melhor avaliar e qualificar as proposições, experiências, intercâmbios, desenvolvidas pelas organizações, articulando iniciativas e esforços para ampliação do direito à Educação Pública do Estado.

A SEED vem concentrando esforços para garantir acesso, permanência e a certificação dos processos de alfabetização e escolarização da população jovem, adulta e idosa paranaense, como forma de reverter a dura realidade do analfabetismo funcional e a falta de acesso ao conhecimento impresso, às novas habilidades tecnológicas e essenciais para uma parcela dessa população.

1.1. Histórico do Estabelecimento de Ensino

O Centro de Estudos Supletivos de Toledo foi autorizado pela Resolução nº 1405/88 de 11 de maio de 1988, 1º e 2º Graus, Função Suplência de Educação Geral, tendo sido reconhecido pela Resolução nº 4010/90 de 26 de dezembro de 1990, 1º e 2º graus Função Suplência de Educação Geral.

As atividades do CESTOL foram iniciadas para os professores em Junho de 1988, e para os alunos em Agosto, inicialmente no prédio do Colégio Estadual Olivo Beal, Ensino de 1º e 2º Graus, até meados de 1990, quando passou a funcionar na sede atual, à Rua Guarani, 2661, 3º andar. Para iniciar as atividades, todo o corpo docente proposto para o CES foi estagiar junto ao CES de Maringá durante três dias, em Julho de 1988.

Pela Resolução nº 3490/91 de 16.10.91, o CESTOL, foi autorizado retroativamente a 06.08.90, a implantar o estudo correspondente às quatro primeiras séries do 1º Grau. Já em 1992, por proposta do DESU/SEED atendendo projeto do CESTOL, pela Resolução nº 588/92 de 26/02/92, foi autorizado a Descentralização do Curso correspondente às quatro primeiras séries – Fase I do Ensino Fundamental,

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abrangendo 11 Municípios que aderiram ao Projeto, em 1992, Toledo, Tupãssi, Terra Roxa, São José das Palmeiras, Santa Helena, Palotina, Ouro Verde do Oeste, Marechal Cândido Rondon, Jesuítas, Guaíra e Assis Chateaubriand. A cessação deste projeto de descentralização aconteceu através da Resolução de nº 2174/02, devido a implantação do PEJA sob novo ato de autorização.

A proposta do CES nascia embasada na legislação pertinente, em especial a Deliberação nº 034/84, de 29.11.84, do CEE. Pr. do Parecer nº 003/86, de 14.09.86, do CEE. Pr. e da Deliberação nº 013/86 de 05.09.86, também do CEE.Pr.

Criado e localizado numa região com industrialização emergente atraiu grandes massas de trabalhadores, expelidos pelo movimento de modernização agrícola, rumo à periferia da cidade, em busca de empregos como operários nas indústrias, porém desqualificados, em sua maioria para serviços técnicos. A euforia vivida pelo Município na década de 1980 com a multiplicação das empresas industriais e comerciais fez aumentar o êxodo rural e a criação de bolsões de pobreza, desempregados, subempregados e bóias-frias que levaram precocemente seus filhos para o trabalho, tirando-os do usufruto do direito de frequentar uma escola regular em idade própria. O CES, com proposta de ensino modular, com atendimento individual e personalizado que buscava atender o ritmo próprio de cada aluno, dispensando a exigência da frequência diária, foi de fato a grande conquista para a comunidade regional de Toledo no final da década de 1980.

O Centro de Estudos Supletivo tinha então por finalidades: a) Proporcionar a escolarização para jovens e adultos que não a tinham obtido

em idade própria, respeitando as diferenças individuais.b) Possibilitar continuidade e aproveitamento de estudos para atender aos

anseios pessoais do aluno jovem e adulto. Em 1998, através da Resolução 3.120/98 os Centros de Estudos Supletivos (CES) passaram a ser denominados de CENTROS DE EDUCAÇÃO ABERTA, CONTINUADA, A DISTÂNCIA (CEAD), com o objetivo de ofertar além da escolarização, um número maior de possibilidades, atendendo melhor e mais adequadamente sua clientela, portanto, uma oferta aberta, contínua e a distância.

Em 1999, através do artigo 28 da Deliberação nº 012/99-CEE os Centros de Educação Aberta, Continuada, a Distância, mantidos pelo Governo do Estado do Paraná, passaram a denominar-se CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS (CEEBJA) por meio da Resolução 4561/99 de 15/12/99. A partir do ano de 2002, através da Resolução 2971/2001, o CENTRO ESTADUAL DE EUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS, passaram a trabalhar com uma proposta de ensino semipresencial. Os cursos semipresenciais eram ofertados, exclusivamente, pelos CEEBJA’s, no Ensino Fundamental Fase I e Fase II e do Ensino Médio, com matrícula por disciplina, organizados em momentos presenciais e não-presenciais, sendo 30% da carga horária total do curso na forma presencial e 70% não-presencial. A matriz curricular contemplava disciplinas da base nacional comum, com avaliações no processo e uma avaliação estadual final, conforme prevê a Resolução 001/2000, do CNE. Para atender a essa exigência legal, a SEED manteve um Banco Estadual de Itens, pelo sistema on-line, que deveria ser continuamente atualizado pelos professores da Rede Pública Estadual atuante nos cursos semipresenciais. Esta forma de organização curricular foi cessada no início do ano de 2006.

A proposta pedagógico-curricular de EJA, vigente a partir de 2006, contempla cem por cento da carga horária total na forma presencial (1200h ou 1440h/a), com avaliação no processo. A matrícula do educando é feita por disciplina e pode se dar na organização coletiva ou individual. A organização coletiva se destina, preferencialmente, aos que podem frequentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma pré-estabelecido. A organização individual destina-se, de preferência, aos que não podem

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frequentar com regularidade as aulas, como por exemplo, um caminhoneiro ou um trabalhador que troca de turno ou um trabalhador rural que precisa, para voltar a estudar, conciliar os ciclos de plantio e de colheita com a escolarização.

Considerando a continuidade do desenvolvimento desta região em 2005, e a necessidade do atendimento de uma escolarização de qualidade e diferenciada para jovens, adultos e idosos, acreditamos na importância do nosso trabalho e queremos que nossa escola não seja vista apenas como um mecanismo de aceleração de estudos ou de queima de etapas escolares, mas sim, como uma modalidade reguladora da escolarização ou recuperadora do processo educativo para aqueles que não conseguiram concluir seus estudos na escola regular em idade considerada própria.

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2. IDENTIFICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR

2.1 – Condições físicas e materiais

O Centro Estadual de Educação Básica para Jovem e Adulto Toledo – Ensino Fundamental e Médio está localizado à Rua Guarani 1640, Centro, em Toledo PR, criado e autorizado pela Res. 1405, SEED, publicado em diário oficial do Estado 11/05/88 e reconhecido pela Res. 4010 publicado em diário oficial do Estado em 26/12/90.

O CEEBJA funciona em Prédio Locado, com as condições físicas de salas de aula necessárias, menos acessibilidade a cadeirantes, laboratório de Ciências Físicas e Biológicas e quadra de esportes, tendo como Entidade Mantenedora a Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

Relação de Recursos Físicos1 – Número de ambientes pedagógicos

- Salas de aula: 15

- Direção: 1

- Equipe Pedagógica: 1

- Coordenação: 1

2 – Áreas destinadas a ambientes

pedagógicos (m²)

780

3 – Número de ambientes

administrativos

- Secretaria

- Outros

4 – Área destinada a ambientes

administrativos (m²)

260

5 – Relação dos ambientes administrativos

Ambiente Área (m²)

Sala de Direção 25m

Sala de Direção Auxiliar - Supervisão e Orientação

Educacional

40m

Secretária 75m

Coordenação Pedagógica

Sala de Materiais

Sala de Professores

40m

40m

40m

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6 – Área destinada à biblioteca (m²)

60m

7 - Área destinada ao laboratório

40m

8 – Complexo higiênico-sanitário

Banheiro Sexo ao qual se destina N° Pias N° Mictórios N° Vasos

Sanitários

Banheiro n°

16

[ 8 ] Masculino

[ 8 ] Feminino

08

08

0

0

08

08

9 – Utilização compartilhada de recursos físicos, quando for o caso:10 – Observações: Todos os ambientes Pedagógicos do Estabelecimento possuem

banheiros para o uso dos alunos.

MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO

São adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação de Jovens e Adultos – DEJA, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, como material básico.

Além desse material, os docentes, na sua prática pedagógica, poderão utilizar outros recursos didáticos.

BIBLIOTECA ESCOLAR

A biblioteca escolar é um instrumento de desenvolvimento de currículo e permite o fomento à leitura e à formação de uma atitude científica; constitui um elemento que oportuniza ao educando aprendizagem permanente; fomenta a criatividade, a comunicação, facilita a recreação, apóia os docentes na sua capacitação e oferece a informação necessária para a tomada de decisão em aula.

Para que a proposta da Educação de Jovens, Adultos e Idosos obtenha sucesso, é imprescindível que os elementos de sustentação e suporte estejam preparados, oferecendo diferentes modalidades de recursos culturais. “A biblioteca escolar é a base sobre a qual se edificam todas as outras bibliotecas gerais ou especializadas. Ela deve ser o cérebro da escola, ou seja, o local de onde partem os movimentos básicos em direção à recriação ou criação do conhecimento” É organizado para se integrar com a sala de aula no desenvolvimento do currículo escolar com os objetivos de:

- ampliar conhecimentos, visto ser uma fonte cultural; - colocar à disposição dos alunos um ambiente que favoreça a formação e

desenvolvimento de hábitos de leitura e pesquisa; - oferecer aos professores o material necessário à implementação de seus

trabalhos e ao enriquecimento de seus currículos escolares

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- colaborar no processo educativo, oferecendo modalidades de recursos, quanto à complementação do ensino-aprendizado, dentro dos princípios exigidos pela moderna pedagogia;

- proporcionar aos professores e alunos condições de constante atualização e de conhecimentos, em todas as áreas do saber;

- conscientizar os alunos de que a biblioteca é uma fonte segura e atualizada de informações;

- estimular nos alunos o hábito de frequência a outras bibliotecas em busca de informação e/ou lazer;

- integrar-se com outras bibliotecas, proporcionando: intercâmbios culturais, recreativos e de informações;

- atender aos interesses individuais do educando, permitindo-lhe aquisição personalizada de conhecimento.

- contribuir para uma melhor compreensão da ação educativa da escola e reduzir a distância cultural entre educando e seu meio social.

A biblioteca escolar da Educação de Jovens, Adultos e Idosos, dentro desta modalidade de trabalho, deve transformar-se num novo espaço, um espaço que privilegie a descoberta, o exercício da criatividade e o auto-aprendizado. Uma nova responsabilidade recai sobre a biblioteca, a de auxiliar e mesmo instigar mudanças nas concepções e práticas educacionais através da conscientização de seus usuários, não apenas o usuário estudante, mas sim, do usuário professor que a partir de um contato mais dinâmico e eficaz, possa interagir com essa e alterar se necessário for suas concepções e práticas, a fim de melhor atender seus alunos, a si próprio, como toda a comunidade escolar.

Os professores desse Estabelecimento de Ensino atuarão em conjunto com o dinamizador da biblioteca (bibliotecário):

- agilizando atividades que estimulem a cultura com o incremento da videoteca, da cinemateca, grupo de teatro, clube de leitores entre outros;

- constituindo um espaço de contato com a leitura e a pesquisa, além de local de acesso fácil à Comunidade;

- viabilizando o empréstimo de livros para os alunos através da criação de sistema integrado.

LABORATÓRIO

A mistificação da ciência como um procedimento infalível, extemporâneo, absoluto e padronizado, era considerada em sala de aula como o único caminho possível e eficaz para a produção de conhecimento científico. O simples fato de estudar ciência numa abordagem escolar tradicional não o ajuda a constituir o conjunto de habilidades para elaborar conhecimentos novos. Na tentativa de desmistificar a ciência e o método científico, podemos lançar mão de todos os recursos possíveis. A renovação dos conteúdos, e a busca de novas práticas de laboratório que possam auxiliar alunos e professores a compor massa crítica voltada à ciência, é um dos pontos de fundamental importância na tentativa de atualizar e alfabetizar cientificamente.

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A apropriação significativa do conhecimento científico, de modo a contribuir para a compreensão dos fenômenos do mundo natural em diferentes espaços e tempos do planeta como um todo dinâmico, com elementos em permanente interação do corpo humano e sua integridade, da saúde como dimensão pessoal e social, do desenvolvimento tecnológico e das transformações ambientais causados pelo ser humano, são os resultados esperados na área de Ciências, considerando como conceito básico ao uso do laboratório, enfatiza a valorização de uma abordagem prática para o ensino de conteúdos e a busca de observação fora da sala de aula, considerada um ambiente e um universo absolutamente distanciado do mundo físico real do aluno.

De acordo com o entendimento do Conselho Estadual, expresso no parecer nº 095/99 “... indubitavelmente, um conceito novo para o espaço denominado laboratório, acompanha uma educação científica nova, espaço que passará a incluir também o pátio da escola, a beira do mar, o bosque ou a praça pública...” explicitam não obrigatoriamente do espaço específico e materiais pré-determinados, para a concretização de experimentos nos Estabelecimentos de Ensino, reforçando o princípio pedagógico da contextualização, que se quer implementar neste Centro Estadual de Educação Básica para Jovens, Adultos e Idosos.

2.5 Organização e Funcionamento da Instituição Escolar

O CEEBJA funciona em três turnos: período matutino - início 7horas e 40 minutos e término 11horas e 15 minutos; período vespertino - início 13horas e 30 minutos e término 17horas e 05 minutos; período noturno – início 19horas e10 minutos e término 22 horas e 45 minutos, atendendo aproximadamente 1.167 alunos na educação de jovens, adultos e idosos (EJA) - Ensino Fundamental Fase I e II e Ensino Médio - na modalidade presencial.

As turmas são organizadas por disciplina, no atendimento coletivo com cronograma pré-determinado num total de 22 turmas no período matutino, vespertino e noturno. O atendimento individual é mais flexível, oportunizando assim ao educando o atendimento nos três turnos, sendo ofertado todas as disciplinas de uma a três vezes por semana em todos os períodos, conforme cronograma do CEEBJA e disponibilidade do educando, sendo que na sede, poderá cursar até quatro disciplinas concomitantemente, em dias alternados, no atendimento coletivo e/ou individual.

Também atende a 11 turmas nas ações descentralizadas, APEDs, em vários bairros e distritos do Município de Toledo, além de outros Municípios. Ademais, atende a APED Especial no Centro de Socioeducação, para alunos que se encontram em privação de liberdade, na Fase I e II do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

As movimentações escolares de matrículas nos três últimos anos por segmento foram:

CRONOGRAMA DE MATRÍCULA

Matrículas Fase I Fase II Ensino Médio2009 3 alunos 414 alunos 511 alunos2010 3 alunos 488 alunos 650 alunos2011 2 alunos 475 alunos 556 alunos

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2.6 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO

Este Estabelecimento de Ensino tem como uma das finalidades, a oferta de escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades apropriadas, consideradas suas características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.

Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos –na modalidade Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.

Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a viabilizar processos pedagógicos, tais como:

- Pesquisa e problematização na produção do conhecimento;- Desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;- Registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,

ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e socialização dos conhecimentos;

- Vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.

Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos planos de estudos e atividades.que serão repassados aos alunos em forma de um Guia de Estudos, tanto para o atendimento individual, como para o atendimento coletivo.

Nesse sentido, a escolarização, em todas as disciplinas, será organizada de forma coletiva e individual, ficando a critério do educando escolher a maneira que melhor se adapte as suas condições e necessidades, ou mesmo mesclar essas formas, ou seja, cursar algumas disciplinas organizadas coletivamente e outras individualmente.

Organização Coletiva

Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula o período, dias e horários das aulas, com previsão de início e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação professor/educandos e considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada educando.

Organização Individual

Será programado pela Escola e oferecido aos educandos por meio de um cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, contemplando mais intensamente a relação pedagógica personalizada e o ritmo próprio do educando, nas suas condições de vinculação à escolarização e aos saberes já apropriados.

2.6 NÍVEL DE ENSINO

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2.6.1 Ensino Fundamental – Fase I

A oferta de Ensino Fundamental – Fase I atende jovens que se encontram no CENSE em privação de liberdade, não alfabetizados e/ou aqueles que não concluíram as séries iniciais do Ensino Fundamental, com o objetivo de continuidade dos estudos e conclusão da educação básica.

A mediação pedagógica ocorrerá de maneira interdisciplinar, não havendo nenhuma separação entre alfabetização e outras possibilidades de intermediação, que possam constituir barreiras ao desenvolvimento educacional do educando. Este será matriculado em todas as áreas.

2.6.2 Ensino Fundamental – Fase II

Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este Estabelecimento Escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, que consideram os conteúdos como meios para que os educandos possam produzir bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.

Visa ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.

Ensino Médio

O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução nº. 02 de 07 de abril de 1998/CNE e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos.

2.7 AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS

Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas descentralizadas, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização para jovem, adulto e idoso, respeitada a proposta pedagógica e o regimento escolar, desde que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios estabelecidos pela mesma Secretaria em instrução própria.

2.8 FREQUÊNCIA

A frequência mínima é de 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária prevista para cada disciplina, na organização coletiva, e na organização individual é de 100% do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

2.9 EXAMES SUPLETIVOS

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Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao disposto na Lei n. 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de Estado da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento de Educação de Jovens e Adultos.

2.10 – QUADRO DE PROFISSIONAIS

2.10.1 – Direção

Direção Marli DatschDiretora Auxiliar Beatriz Rappa Kieling Scarpari

2.10.2 – Equipe Técnica Pedagógica

Nome do Funcionário Função/2011Maria Iaschombek Doege PedagogaMaria Sandra Lourenço da Cunha PedagogaSelma Soares Rech PedagogaVera Gladis Ruhoff Coordenadora Itinerante das APEDs

2.10.3 – Corpo Docente

O Corpo Docente do Centro Estadual de Educação para Jovens e Adultos é

composto por 53 professores, habilitados em cursos de graduação, atuando nas

disciplinas especificas de habilitação:

Professor DisciplinaAdejanira Santiago de Carvalho HistóriaAldilena Terezinha Pazuch InglêsAntonia Elizabeth de Lima InglêsAparecido Mendes Cardoso MatemáticaBenedita Maria Reis Arenhart BiologiaBenhur Wagner Taborda !ª a 4ª série Carmen Tereza Cardoso Costa HistóriaChristina Rodrigues dos Santos Matemática e CiênciasClair Teresinha Ames Schallenberger PortuguêsDorothea Fraucke Wieczorek ArteEdi Marlene Hopner Pereira PortuguêsElaine de Souza Hey MatemáticaElenice Fátima Menin Damião Português Gilberto Gomes Baltazar Educação EspecialGilmar Corrêa da Cunha GeografiaGiovani Antonio Galante História

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Hipolito Arno Busatta HistóriaInacio Finger HistóriaIvete Florêncio da Silva Educação FísicaIrmgard Heike Isernhagen Maciel Educação FísicaJairton Mauro Rech MatemáticaJosé Adalto da Silva MatemáticaJosé Roberto Mariano Biologia/QuímicaJosefina Joana Costa CiênciasJuliana de Lima Silva PortuguêsLaurentina Pavan BiologiaLazara Silva Francescon InglêsLuiza Helena Hilgert FilosofiaMaria Leonilda Miliorini Educação FísicaMárcia Regina Ciambroni PortuguêsMaria Salete Lenhard GeografiaMarisa de Fátima Borges Albano Daniel Educação EspecialMaximiliano Roncato Tomazin GeografiaRuth Muniz Silveira Educação EspecialSalete Terezinha Favero Educação FísicaSelvino Holzbach PortuguêsSheila Lucioni Francescon Wickert MatemáticaSilvana Aparecida Marques HistóriaSilvia Cella Finger Matemática Simone Brandão da Silva Mekelburg InglêsSolane Cristina Felicetti QuímicaSolange Thomé Kliemann InglêsSonia Maria Donin Educação EspecialSueli Costa MatemáticaSyonei Vidal Zanette FísicaTânia Maria Cardoso BiologiaTerezinha Francerner Lippert PortuguêsTraudi Frida Roehrs da Silva PortuguêsValderice Lima Cerem ArteValdeir Ramos Pereira Educação EspecialVera Gladis Ruhoff HistóriaWilson Eger SociologiaZenaide Soares dos Santos Gatti História

2.10.4 – Agentes de Apoio II

Nome do Funcionário Função/2011Neli Barilli SecretáriaAlex Donega SecretariaAlcione de Oliveira Queiróz SecretariaBernadete Scherer Dullius SecretariaCrescência Ana Seibert Bibliotecária Juliane de Oliveira Rodrigues Laboratório de InformáticaLucia Hochmann Laboratório de Informática/ Bibliotecária

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Maria Fátima Ramos da Cruz SecretariaNoeli Aparecida Conrat Secretaria

2.10.5 – Agentes de Apoio I

Nome do Funcionário Função/2010Geni Ferreira Tavares Serviços GeraisIraci Strapazzon Bloot Serviços GeraisJacinta Brand Horn Serviços GeraisMaria das Dores de Moura Serviços GeraisMilton Luiz Wolf Serviços GeraisSilvia Cristina Peruchi Miliorini Serviços Gerais

2.10.6 – Associação de Professores, Alunos e Funcionários.

Dados da APAFCNPJ: 00.769.051/0001-82

Nome: ACEEBJA – Associação do Centro Estadual de Educação para Jovens e Adultos

Dados do Dirigente e Componentes da APAFNome: Samuel Antunes de Oliveira

Cargo: PRESIDENTE

Nome: Luiz Sziminski

Cargo: Vice-presidente

Nome: Neury Marcos Thums

Cargo: Tesoureiro

Nome: Neuza Machado Steffen

Cargo: 2º Tesoureira

Nome: Beatriz Rappa Kieling Scarpari

Cargo: 1ª Secretária

Nome: Christina Rodrigues dos Santos

Cargo: 2ª Secretária

Nome: Salete Terezinha Fávero

Cargo: Diretora Sócia Cultural Espotiva

Nome: Marcio Takase

Cargo: Vice Diretor Sócio Cultural Espotivo

Nome: Marli Datsch

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Cargo: Assessora Técnica

Nome: Antonia Elizabete de Lima

Cargo: Assessora Técnica

Documentos ApresentadosCNPJ: Sim Data da Emissão: 20/01/2010Declaração Autoridades: Sim Ata de Eleição: SimLei da Utilidade Pública: Sim: Estatuto: SimRAIS: SimCert. Neg. INSS número: 08966/2010 – 14021010

Validade: 11/01/2011Cert. Lib. TC Cód. Controle: 0116-OPEE – 0915

Validade: 31/05/2011

Dados do MandatoMandato: 2 Ano(s) e 0 Mês(es)Data Início Mandato: 13/07/2010Data Fim Mandato: 13/07/2012

2.11. Atribuições dos Recursos Humanos

De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigir-se-á o profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e da função social da EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as legislações e suas regulamentações inerentes à Educação e, em especial, à Educação de Jovens e Adultos.

2.11.1 Direção

Para todos os profissionais que atuam na gestão de ensino e apoio pedagógico, é de suma importância que tenha um profundo conhecimento e estudo constante da LDB e na lei 9394/96, e das normalizações do Conselho Estadual de Educação do Paraná, e das conferências municipais sobre a EJA, promovidas pela UNESCO.

Ao diretor e demais cabe administrar o Centro Estadual de Educação Básica para jovens e adultos, junto ao Conselho Escolar, coordenando a execução de um plano de trabalho, construído coletivamente, no sentido de elevar os padrões de qualidade do estabelecimento Escolar.

O diretor trabalha com uma equipe constituída por vice-diretor, coordenadores, equipe de apoio pedagógico, professores e apoio administrativo.

É responsável por gerenciar todas as atividades pedagógicas e administrativas realizadas no CEEBJA.

O diretor deve ser um líder e agir como motivador responsável pela integração e articulação das diversas atividades internas e externas, para viabilização de uma política institucional em educação na forma presencial, assim como pela definição de

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apurações e tomadas de decisão, para que os objetivos fundamentais do curso sejam alcançados.

O diretor deve ser um articulador dos diferentes segmentos escolares em torno da Proposta Pedagógica que se quer desenvolver. Quanto maior for essa articulação, melhor poderão ser desempenhadas suas próprias tarefas, sejam no aspecto organizacional ou da comunidade em que a escola está inserida.

Com as atuais diretrizes o gestor deve ser um profissional apto a gerir com competência, todos os recursos pedagógicos, desta proposta e as atividades de aperfeiçoamento dos profissionais e funcionários junto com a SEED.

Espera-se que o diretor incentive o trabalho em equipe, de modo a mobilizar a comunidade escolar em torno de um compromisso com a qualidade do ensino público.

Compete ao diretor:

- Convocar integrantes da comunidade escolar para elaboração do plano anual, do regimento interno do Estabelecimento de Ensino, submetendo-os à apreciação do Conselho Escolar.

- Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de conta e submeter à apreciação e aprovação do conselho escolar.

- Coordenar a implementação das diretrizes pedagógicas, aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas de acordo com instruções da Secretaria de Estado da Educação.

- Supervisionar as atividades dos órgãos de apoio, administrativo e pedagógico do Estabelecimento.

- Coordenar e supervisionar os serviços da secretaria Escolar.- Abrir espaço para discussão, avaliação e intercâmbio, interno e

externo das experiências de sucesso.- Deferir as matrículas, no prazo estipulado pela legislação.- Programar uma gestão participativa, estimulando o desenvolvimento

das responsabilidades individuais e promovendo o trabalho coletivo.- Coordenar a equipe pedagógica (vice-diretor, coordenadores,

orientadores e professores) para coleta e análise dos indicadores educacionais, para elaboração e implementação de plano de trabalho.

- Abrir espaço para discussão, avaliação e intercâmbio, interno e externo das práticas escolares.

- Coordenar toda a equipe, tendo em vista o cumprimento dos objetivos propostos para a EJA.

- Solicitar ao NRE, suprimento e cancelamento da demanda de funcionários e professores do Estabelecimento, observando a legislação vigente.

- Administrar os recursos financeiros.- Controlar a frequência de professores e funcionários.- Adquirir e controlar material de consumo e permanente.- Acompanhar e validar a Avaliação de conteúdos por disciplina.

- Executar a avaliação institucional conforme orientação da mantenedora.

- Cabe ampliar e fazer cumprir o Regimento Escolar.

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- Negociar com competência, para harmonizar interesses divergentes e estabelecer relacionamentos nutrientes, levando em conta as necessidades de todos os envolvidos direta ou indiretamente.

O diretor exerce sempre a função de liderança na escola, mas uma liderança com o modelo participativo, capaz de dividir o poder de decisão dos assuntos escolares. Com toda a sua equipe criando e estimulando a participação de todos. A liderança como modelo participativo, requer um profissional que possui: comunicação, ética, informação, empreendedorismo, acessibilidade, construção de cadeias de relacionamento, motivação, compromisso, agilidade.

Portanto, deve agrupar as competências de: saber agir, mobilizar, transferir, engajar, ter visão estratégica e assumir responsabilidades.

2.11.2 Professor Pedagogo

Esses profissionais têm participação decisiva no contexto pedagógico que não são estáticas, mas que se transformam em função de interação com o todo da escola, no contexto pedagógico e também administrativo.

O trabalho coletivo é fundamental, com o envolvimento de toda a equipe para construção de estratégias de ação que favoreça a atuação em grupo para diagnosticar e propor encaminhamentos para melhoria de metodologias do processo ensino e aprendizagem.

Informações para compreensão da realidade social e cultural do educando atendido, possibilitando modificações, se necessárias, nas práticas pedagógicas de forma a beneficiar a aprendizagem do educando.

São atribuições do professor pedagogo:

- Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada disciplina;

- Organizar, acompanhar e validar a avaliação da apropriação de conteúdos por disciplina;

- Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora;- Promover e acompanhar reuniões de estudo e trabalho;- Propor a implementação de projetos que visem o enriquecimento

pedagógico nas diversas áreas do conhecimento;- Analisar e emitir parecer sobre aproveitamento de estudos, em casos de

recebimento de transferências, de acordo com a legislação vigente;- Subsidiar a elaboração de um plano de trabalho e ensino a partir de

diagnóstico estabelecido;- Organizar eventos pedagógicos;- Participar de eventos da SEED quando solicitados;- Transmitir orientações da SEED para os demais professores;- Avaliar e acompanhar o trabalho pedagógico dos professores;- Pesquisar, ler, estudar práticas pedagógicas contemporâneas teóricas de

aprendizagem;- Elaborar juntamente com toda a equipe da escola o Projeto Político

Pedagógico e o Regimento Escolar da EJA;- Tornar-se ciente das políticas educacionais para a EJA (acompanhar a

proposta pedagógica);- Avaliar pedagogicamente Estatísticas de evasão e repetência.

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Coordenar e acompanhar ações pedagógicas descentralizadas e exames supletivos quando, no estabelecimento, não houver coordenação (ões) específica(s) dessa(s) ação (ões).

2.11.3 Coordenações

As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas – Coordenação Geral e Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de Exames Supletivos, têm como finalidade a execução dessas ações pelo Estabelecimento Escolar, quando autorizadas e regulamentadas pela mantenedora.

Cabe ao(s) Coordenador (es) de Ações Pedagógicas Descentralizadas:

Coordenador Geral

- Receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas Descentralizadas.- Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo NRE.- Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação.- Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da direção do

Estabelecimento.- Acompanhar o funcionamento de todas as turmas de Ações Pedagógicas

Descentralizadas vinculadas ao Estabelecimento.- Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas no Sistema.- Organizar a documentação dos educandos para a matrícula.- Organizar as listas de frequência e de notas dos educandos.- Enviar material de apoio didático para as turmas das Ações Pedagógicas

Descentralizadas.- Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.- Organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas, garantindo o

atendimento aos educandos de todas as turmas.- Orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem executadas durante

as horas-atividade dos professores.- Realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o intercâmbio de

experiências pedagógicas e a avaliação do processo ensino-aprendizagem.- Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em comunidades

que necessitam de escolarização.- Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.- Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.- Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE, quando

solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da escolarização pelas Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua coordenação.

- Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.

Coordenador Itinerante

- Acompanhar o funcionamento in loco das Ações Pedagógicas Descentralizadas.- Atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos educandos.- Verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas.- Observar e registrar a presença dos professores.- Atender à comunidade nas solicitações de matrícula.

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- Solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico.- Solicitar e distribuir as listas de frequência e de nota dos educandos.- Encaminhar as notas e frequências dos educandos para digitação.- Acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação Geral

qualquer problema neste procedimento.- Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula.- Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as turmas das

Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua responsabilidade.- Participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade, juntamente com os

professores.- Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.

Coordenador de Exames Supletivos

- Tomar conhecimento do edital de exames.- Fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no edital.- Verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os exames possam ser

executados.- Digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos.- Conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por meio da emissão

de Relatório de Inscritos.- Solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário, para

execução dos exames.- Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as provas em Braille e

as ampliadas, das etapas a serem realizadas, quando for o caso.- Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o DEJA/SEED,

autorização para a realização de quaisquer bancas especiais.- Comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para realização dos Exames.- Receber os materiais dos Exames Supletivos nos NRES.- Capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a realização dos

Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos, em especial a organização e o preenchimento dos cartões-resposta.

- Acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com segurança e tranquilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes aos Exames.

- Divulgar as atas de resultado.

2.11.4 Docentes

O corpo docente da educação de EJA deve ser composto de profissionais habilitados.

Entender que os educandos de EJA, são jovens, adultos e idosos que possuem uma bagagem de conhecimento adquirido em suas vidas, necessitando de ações educativas inovadoras, que respondam às novas exigências de uma sociedade em transformação, requerendo assim, educadores que garantam a contextualização em suas disciplinas, a inter-relação personalizada e contínua da realidade de cada educando com o sistema de ensino.

O processo educativo deve estar compromissado em garantir a formação de identidade dos cidadãos, propondo coletivamente ações de interação, acompanhando e avaliando o trabalho a ser realizado pelo educando.

Cabe ao docente:

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- Organizar os conteúdos a serem abordados de forma interdisciplinar e contextualizados.

- Estabelecer um processo de avaliação a respeito do desempenho dos alunos, tendo como principio o acompanhamento contínuo da aprendizagem.

- Implementar projetos de recuperação de conteúdos, por meio de exposições dialogada com atividades significativas e novos instrumentos de avaliação para diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.

- Organizar, acompanhar e validar a avaliação da apropriação de conteúdos por disciplina.

- Executar a avaliação institucional conforme orientação da mantenedora.- Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das

Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta pedagógica deste Estabelecimento Escolar.

- Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos.- Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos

disponíveis, tornando-os meios para programar uma metodologia de ensino que respeite o processo de aquisição do conhecimento de cada educando jovem, adulto e idoso deste Estabelecimento.

Os docentes de EJA deverão apresentar perfil inovador e estar apto em enfrentar mudanças no dia-a-dia.

Ter compromisso com a proposta de EJA, com objetividade no trabalho realizado, com disponibilidade de horário que venha favorecer ao educando trabalhador, ser criativo e ter espírito coletivo.

O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e nas ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos Exames Supletivos. Deverá atuar em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais, coletivas e individuais.

2.11.5 Secretaria e Apoio Administrativo

A secretaria é o setor que tem sob sua responsabilidade todo registro de escrituração escolar e correspondência do Estabelecimento de Ensino. Este serviço é coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.

O cargo de secretário (a) é exercido por um profissional devidamente qualificado para o exercício desta função. Portanto, a organização, a minúcia, a seriedade daqueles que ocupam este ambiente têm, obrigatoriamente, que fazer parte de todas as suas ações.

Aos profissionais que executam esta função, cabe a tarefa de:

- Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando, considerando a organização da EJA prevista nesta proposta.

- Conhecer a Legislação que rege o registro de documentação de alunos, matrículas e todos os registros sobre o processo escolar em pastas individualizadas, expedindo toda documentação (declarações, certificados, transferências, relatórios, estatísticas e outros) sempre que necessário.

- Utilizar somente as matrizes autorizadas pelo órgão competente.

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- Participar de reuniões, encontros e / ou cursos sempre que convocados e por iniciativa própria com o intuito de aprimoramento profissional.

- Auxiliar em todas as atividades desenvolvidas pela escola.- Atender a solicitação do Diretor.

2.12 – ORGANOGRAMA

Organograma de Funcionamento

2.13 - OBJETIVO DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

A educação de jovens e adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que atende a educandos trabalhadores, tem como finalidades e objetivos o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, possibilitando ao educando a participação política nas relações sociais, com comportamento ético, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

Assim, o papel fundamental na formação dos educandos é subsidiá-los para que possam aprender permanentemente, refletir criticamente, agir com responsabilidade individual e coletivamente, acompanhar as mudanças sociais científicas e tecnológicas.

A lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN. Nº 9394/96, em seu artigo 37, prescreve que “a educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Médio na idade própria”. Esta modalidade de ensino se caracteriza pela diversidade do perfil dos educandos quanto à idade, escolarização, situação econômica e cultural.

Para tanto, considera-se o educando da EJA como sujeito sócio-histórico-cultural, com conhecimento e experiências acumuladas. Também possui um tempo próprio de formação e nesta perspectiva, cada um tem o tempo diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos, desse modo os limites e possibilidades

SEED N.R.E.

DIREÇÃO

CONSELHO ESCOLAR

APAF

CONSELHODE AVALIAÇÃO

Equipe pedagógica

Professores

Secretaria

Biblioteca

Agentes I e Agentes II

APEDsDescentra

lizadas

ALUNOSPROEDUSE-

APEDSEspecial FASE

I/II Ensino Fund. /Médio

Laboratório de

Informática

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de cada aluno devem ser respeitados, atendendo suas necessidades individuais com uma proposta que viabilize o acesso, permanência e o sucesso nos estudos.

A lei nº 9394/96 incorpora uma concepção de formação mais ampla para EJA enfatizando a pluralidade de vivências humanas. Conforme artigo 1º da lei vigente abaixo.

‘A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e manifestações culturais. A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social’.

Neste sentido, os saberes adquiridos e apropriados na educação escolar, as experiências sócio-culturais dos educando se constituem em instrumentos e suporte para o mundo do trabalho e para o exercício da cidadania. Nesta perspectiva, o currículo deve ser organizado de forma abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes, estejam articulados à realidade na qual o educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.

No processo educacional da EJA deve-se também evidenciar possíveis mudanças para uma nova relação entre ciências, trabalho e cultura, através de uma base sólida de formação científica e histórica possibilitando a transformação de sua realidade social.

O Ensino de EJA não prioriza o caráter enciclopédico do conteúdo, mas um processo de ensino que oportunize a atividade reflexiva, com a qual o educando conquiste a autonomia intelectual pela capacidade de ler, interpretar e reinventar a sua realidade social, ampliando seus conhecimentos e consequentemente a melhoria da qualidade de vida. A busca desta autonomia intelectual e moral deve ser um constante exercício com os educandos do EJA.

3. REALIDADE SÓCIO CULTURAL DA INSTITUIÇÃO

3.1 Caracterização sócio, econômico e cultural da comunidade escolar

O CEEBJA Toledo configura-se hoje como resultado da política educacional organizada pelo Departamento de Educação de Jovens e Adultos/SEED, desde 2003, após ampla discussão e estudo das proposições que nortearam a implantação do currículo das escolas de EJA.

Esse processo envolveu professores, coordenações dos Núcleos Regionais de educação e da Secretaria de Estado da Educação, direções, pedagogos e educandos da EJA de todo o Estado e dele resultou a redefinição da proposta pedagógico-curricular de EJA da Rede Estadual de Educação, mantendo-se as características de organização, permitindo aos educandos percorrerem trajetórias não padronizadas, respeitando o ritmo próprio (organização individual) e também a oferta do tempo escolar com aulas diárias, para os que podem frequentar com regularidade o calendário previsto semanal (organização coletiva).

Para reorganizar a oferta de cursos de EJA, no município de Toledo, foram adotados alguns critérios:

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• Crescimento e concentração populacional local;• Oferta de turmas do PR Alfabetizado, 1ª e 2º Segmentos do Ensino

Fundamental e Ensino Médio;• Local e número de turmas fora da sede da escola (APED);• Dados de matrículas nas escolas de EJA.

O CEEBJA Toledo atende a demanda existente nos períodos matutino, vespertino e noturno. Tem sob sua jurisdição as APEDs localizadas aquém da divisa do rio Toledo e nos municípios de São Pedro do Iguaçu, Ouro Verde do Oeste e outros bairros, distritos e municípios vizinhos que venham posteriormente, solicitar abertura de turmas. A escola conta atualmente com 1033 alunos, com 41 concluintes da Fase II e 67 do Ensino Médio. O resultado do CEEBJA no ENEM foi de 51.45, no ano de 2010.

A conjuntura atual demonstra que as dificuldades do ensino expressam a falta de escolas com condições ideais de funcionamento. A baixa qualidade do ensino público se traduz no descuido do sistema, no cumprimento das leis, pela falta de vontade política no âmbito educacional e pela ausência de responsabilidade e comprometimento com uma educação eficiente que justifique sua existência e lhe permita atingir satisfatoriamente os fins inerentes a sua função pedagógica de construção do conhecimento pelo aluno (OLIVEIRA, 2008).

Isto posto, o desafio para a equipe gestora, é suprir com sua atuação os vazios acima destacados, atendendo com o exercício de sua autoridade o meio administrativo, pedagógico, docente e discente, com postura irrepreensível perante a comunidade interna e externa da escola. A prática dessa autoridade legitimada, sem extrapolar o poder, nem impor atitudes unilaterais tem como uma de suas funções fundamentais a resolução de conflitos. Isto significa que se pode administrar por meio do diálogo e do envolvimento coletivo.

A direção atende com zelo as necessidades diárias, mas há situações que extrapolam o âmbito da gestão local, como os citados pelos professores durante a parada pedagógica: necessidade de um material unificado de EJA para o Estado, espaço próprio para desenvolver as práticas laboratoriais, espaço físico condizente com as necessidades e a política de acessibilidade.

A direção e vice-direção têm procurado fazer acontecer o proposto no Plano de melhorias na prática pedagógica, bem como o estudo, na íntegra, da Proposta Pedagógica de EJA por todos os funcionários, garantindo assim ao educando, o respeito a sua bagagem de conhecimentos adquiridos através do senso comum, oportunizando o acesso à cultura geral, do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral, de modo que os educandos venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso político em sua comunidade.

3.2 Perfil do Educando

A Educação de Jovens e Adultos (EJA), como modalidade educacional, atende a educandos trabalhadores oriundos de diversas culturas e saberes, com forte identificação com o mundo de trabalho, sujeito com diferentes experiências de vida e que em algum momento afastou-se da escolaridade devido a fatores sociais, econômicos, políticos e/ou culturais. Entre esses fatores, destaca-se o ingresso prematuro no mundo do trabalho, a evasão ou repetência escolar (DCE de EJA, p.29). A demanda que procura a EJA precisa da escolarização formal tanto por questões pessoais, quanto pelas exigências do mercado trabalho.

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O atendimento escolar do CEEBJA Toledo é feito para adolescentes, jovens adultos e idosos respeitando suas características etárias e também pela diversidade sócia cultural composta por populações urbanas, do campo, em privação de liberdade (PROEDUSE), e também em situação de liberdade assistida e com necessidades educativas especiais.

Os jovens adultos e idosos ingressos na EJA possuem uma bagagem de conhecimentos adquiridos em outras instâncias sociais, visto que a escola não é o único espaço de produção e socialização dos saberes. Os educandos trabalhadores procuram a EJA para resgatar as lacunas em sua formação, visando a manutenção ou inserção no mundo do trabalho em constante transformação.

As pessoas idosas atendidas pela EJA, buscam a escola para ampliar seus conhecimentos e ter outras oportunidades de convivência. Inclui-se aqui o convívio social e a realização pessoal. São pessoas que possuem temporalidade específica no processo de aprendizagem, devendo-se dispensar atenção especial no atendimento a essa população.

A presença da mulher atualmente na EJA, representa o resgate social da sua condição, pois durante anos sofreu e ainda hoje, sofre as consequências de uma sociedade discriminatória e desigual, que a impediu das práticas educativas em algum momento de sua história.

A EJA contempla ainda o atendimento a educandos com necessidades educacionais especiais, oportunizando o acesso, a permanência, a socialização e o progresso destes educandos no espaço escolar, para isso, conta com uma equipe de apoio (quatro profissionais) que atendem no momento, 32 alunos nos três períodos de funcionamento do CEEBJA Toledo.

Enquanto modalidade educacional, a EJA atende a uma demanda heterogênea, com o compromisso de formação humana, tornando sujeito autônomo, reflexivo, crítico capaz de acompanhar as mudanças sociais, exercendo a cidadania democrática. Essa demanda, também constituida de alunos evadidos do ensino regular pela repetência, deslocamento da faixa etária, ou dificuldade de aprendizagem, procura na educação de jovens e adultos um atendimento mais individualizado.

Nesse contexto é necessário oferecer uma educação que considere as necessidades das diferentes faixas etárias e diferentes perfis dos alunos.

Foi realizada uma pesquisa por amostragem e o resultado da mesma são indicadores mais pontuais da demanda que está em curso nesse ano de 2011: 82% dos educandos vivem no meio urbano, 37% vivem com uma renda familiar entre 01 a 03 salários mínimos, 53% estão entre 18 a 29 anos, com uma porcentagem mínima de adolescentes e idosos, 63% são solteiros. Quanto a escolaridade dos pais: 5% têm os pais analfabetos, 25% cursaram da 1ª a 4ª, e 7% deles concluíram o Ensino Fundamental e o Médio.

As ocupações profissionais exercidas pelos estudantes são serviços gerais, domésticas e construção civil (25%); comerciários, industriários (50%), contamos também com funcionários públicos, agricultores, aposentados, do lar e 25% registraram que são somente estudantes. Há uma pequena diferença entre alunos do sexo masculino (45 %) e feminino (55 %). Estão matriculados no Ensino Médio 60% dos alunos.

Os docentes, em resposta ao questionário aplicado quanto à participação dos alunos jovens e adultos no processo de ensino/aprendizagem observaram que os mesmos participam das aulas perguntando, esclarecendo dúvidas, são responsáveis, mas muitos vêm com falta de embasamento teórico para o nível de estudo em que estão matriculados, porém se observa que os alunos adolescentes em sua maioria demonstram pouco interesse, motivação e responsabilidade em relação a aprendizagem.

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3.3 Perfil do Professor

A característica principal do educador da EJA é reconhecer no educando o sujeito histórico-cultural, com conhecimentos e experiências acumuladas em situações socialmente diferenciadas e a partir daí considerar o diálogo entre as diversas culturas e saberes, exigindo maior desempenho do professor. Perceber também que trabalhar com essa modalidade de ensino requer flexibilização, levando-se em conta suas especificidades (DCE, 2006)

O CEEBJA Toledo conta com docentes com larga experiência em EJA, quadro de professores que tem se mantido por vários anos, o que é um benefício para a escola. Os professores iniciantes precisam se adequar a esta organização diferenciada.

4.Princípios Didático-Pedagógicos

4.1 FILOSOFIA

”A educação de jovens e adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos”. (SANTOS, 2004)

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual os educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos. (KUENZER, 2000, p. 40)

Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino-aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja compatível com:

a) O seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;

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b) O exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo, crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça;

c) Os três eixos articuladores do trabalho pedagógico, - cultura, trabalho e tempo;

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.

A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do trabalho e que através desta busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.

É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à diversidade de suas características.

E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná:

I. A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos, bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e condições de reinserção nos processos educativos formais;

II. O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do que na relação qualitativa com o conhecimento;

III.Os conteúdos específicos de cada disciplina deverão estar articulados à realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;

IV. A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade social;

V. O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes, estão articulados à realidade na qual o educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.

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Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante, incluirão o desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:

I. Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de formação e aprendizagem;

II. Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios educandos;

III. O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;

IV. Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da cidadania e do trabalho;

V. Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos, críticos e democráticos;

Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não se refere exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade com a diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre outros, por populações do campo, em privação de liberdade, com necessidades educativas especiais, indígenas, que demandam uma proposta pedagógico-curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desses grupos.

4.2 INCLUSÃO EDUCACIONAL

A EJA contempla também, o atendimento a educandos com necessidades educativas especiais. Considerando a situação em que se encontram individualmente estes educandos, e priorizando ações educacionais específicas e que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito destes no espaço escolar.

Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos, desde àqueles que apresentam deficiências permanentes até àqueles que, por razões diversas fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:

- Deficiência intelectual, física/neuromotora, visual e auditiva;- Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou

psiquiátricos; - Superdotação/altas habilidades.

É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e participação de todos os alunos. (CARVALHO, 2001.)

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Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências, mas também, de condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a receber apoio diferenciado daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.

Assim, cabe ao professor planejar e reajustar suas ações pedagógicas em função de parâmetros estabelecidos pelo ponto de partida do aluno e pelas peculiaridades que apresenta em seu processo de apreensão e construção do conhecimento. Considerando ainda:

• O direito de cada educando de realizar seus projetos de estudos, de trabalho e de inserção de vida social;

• A busca da identidade própria de cada educando, o reconhecimento e a valorização das suas diferenças e potencialidades, bem como de suas necessidades educacionais especiais no processo de ensino e aprendizagem, como base para constituição e ampliação de valores, atitudes, conhecimentos, habilidades e competências;

• O desenvolvimento para o exercício da cidadania, da capacidade de participação social, política e econômica e sua ampliação, mediante o cumprimento de seus deveres e uso fruto de seus direitos.

Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional assegure o direito à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.

Neste sentido, escola contempla um processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegura recursos e serviços educacionais especiais, para apoiar, complementar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica.Ações pedagógicas realizadas:

Atendimento Educação Especial com especialista em cada área.

Equipamentos específicos para o atendimento na área da baixa visão e total (está a contento, produção de materiais específicos também são feitos na escola) - transcrição para Braille e ampliação da fonte.

Na área da surdez há professores intérpretes num total de 80h/a semanais.

Comunidade escolar com boa receptividade (corpo docente, corpo discente e funcionários).

Materiais didáticos específicos elaborados de acordo com as necessidades de cada educando.

Atendimento para desenvolver habilidades específicas cognitivas, (atenção, memória, concentração).

Inclusão digital (educação especial).

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Na educação inclusiva, é considerada a temporalidade dos objetivos e conteúdos.

Modificação do nível de complexidade das atividades como ponto de partida.

Introdução de atividades alternativas e complementares.

Adequação das avaliações em relação a cada deficiência.

4.3 DIVERSIDADE

As diferenças que existem nas salas de aulas se manifestam nas diferentes culturas de nossos alunos, religiões, trajetórias de vida, especialidades vividas, concepções de mundo, etnias diferentes, entre outros. Toda essa diversidade exige práticas pedagógicas diferenciadas para alunos diferentes. Uma dessas práticas deve, necessariamente, considerar os saberes que esses alunos trazem em sua bagagem de vida. Outra prática deve ser a que enfatiza a escolarização em ações que dêem atenção à oralidade, num processo dialógico que valorize experiências de conhecimentos entre os alunos e entre professores e alunos. Outro aspecto importante é a forma diversificada de avaliação que deve estar presente nas práticas pedagógicas em nossas escolas.

O diálogo intelectual quase sempre é bastante utópico, uma vez que as políticas, as ações são iguais, embasadas no princípio da igualdade universal. Para que se vislumbrem relações interculturais positivas é essencial que as pessoas envolvidas com a educação tenham sensibilidade de acolhida do “outro”, que suas práticas sejam fundamentadas na alteridade, olhando o outro no seu próprio mundo de cultura e não querer vê-lo ou transportá-lo para outra situação sócio-cultural. Para isso, faz-se necessário reconhecer, em primeiro lugar, que sabemos pouco sobre as culturas com as quais lidamos no dia-a-dia. Em segundo lugar, é preciso que se pesquise sobre as diferentes interações culturais, pois quando se conhece é mais fácil reconhecer o “outro”.

Geralmente quando se fala em preconceito, pensa-se logo em cor, raça, etnia, condição social... Mas, na prática, essas são situações nem sempre tão frequentes em nossas salas de aulas quanto outras muitas vezes veladas e dissimuladas, que acontecem em situações na comunicação, quando, por exemplo, se rejeita uma fala que não se enquadra na que é privilegiada, quando há marcas de oralidade, regionalismos, ou marcas da fala rural, entre outras. Mais ainda acontecem preconceitos quando o discurso é considerado de senso comum ou frágil erudição. A vestimenta, o traje, é outro fator de discriminação. A roupa denota “quem” é o outro, o que mostra preconceito. Outro exemplo são os meios de transporte utilizados: anda de transporte coletivo, bicicleta, carro velho... Ou os acessórios, roupa de “grife” ou não que a pessoa esteja usando... O celular, de

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maior ou menor valor... Até o material escolar revela a condição do educando e que é fator de preconceito quando esses são valores considerados, não demonstrados.

Tendo em vista que esta diversidade se faz presente em nossa comunidade escolar, justifica-se a importância de um trabalho de conscientização e práticas diversas reforçando valores de relações humanas.

4.3.1. Educação do Campo

Um dos traços fundamentais que vêm desenhando a identidade do movimento por uma Educação no Campo é a luta do povo do campo por políticas públicas que garantam o seu direito a educação, e uma educação que seja no e do campo. No: o povo tem direito a ser educado no lugar em que vive; Do: o povo tem direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação, à sua cultura e as suas necessidades humanas e sociais.

Somos herdeiros e continuadores da luta histórica pela constituição da educação como direito universal: direito humano, de cada pessoa em vista de seu desenvolvimento mais pleno, e direito social, de cidadania ou de participação mais crítica e ativa de todos na dinâmica da sociedade. Como direito não pode ser tratada como serviço nem como política compensatória, muito menos como mercadoria.

A Educação do Campo vem se desenvolvendo em muitos lugares por meio de programas de prática comunitária. Mas é preciso ter clareza de que isto não basta. A educação somente se universaliza quando se torna um sistema, necessário e público. Por isso luta no campo ou na cidade deve ser de uma escala de qualidade para todos, por que esta é a única maneira de universalizar o acesso de todo o povo do campo à educação.

Tratar do direito universal a educação é mais do que tratar da presença de todas as pessoas na escola; é passar a olhar para o jeito de educar quem é sujeito deste direito, de modo a construir uma qualidade de educação que forma pessoas como sujeitos de direitos. Assim, a experiência dos movimentos sociais na formação da consciência do direito precisa ser recuperada e valorizada pela educação do campo.

4.3.2 Cultura Afro-Brasileira e Indígena

Segundo a lei nº 11.645 de 10 de março de 2008, nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, públicos e privados, torná-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.

§1º o conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional resgatando as contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes a história do Brasil.

§ 2º os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiras deve ser ministrado no âmbito de todo o currículo escolar, e em todas as disciplinas.

Desta forma devem se trabalhar estes conteúdos objetivando a importância sobre a imensa diversidade cultural que permeia a formação da nacionalidade brasileira, para que

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se perceba a originalidade de cada cultura, ou seja, não só respeitada, mas possa contribuir com o conjunto.

Se faz mister uma conscientização de que é preciso superar a realidade brasileira que continua injusta e discriminadora, pois enquanto esta realidade não for transformada, a lei que proíbe o racismo continuará sendo, na prática, desrespeitada.

4.4 RECURSOS TECNOLÓGICOS

O homem vem evoluindo socialmente e utilizando, recursos da natureza em

benefício próprio, transformando-os em ferramentas, as quais ajudam a criar “conjuntos de conhecimentos, formas e técnicas, costumes e hábitos sociais, sistemas de comunicação e crenças, transmitidas de geração em geração”. (Kenski Apud Fiorentim e Cariro, 2000).

Se observarmos a nossa volta, muitos objetos presentes no nosso cotidiano são ferramentas produzidas pelo homem a partir do conhecimento técnico e cientifico. O uso do conhecimento na produção de ferramentas que auxiliam, aceleram ou transformam situações do cotidiano, chamamos de tecnologia. Portanto, dentro de um determinado conteúdo, podemos considerar roupas, arados, quadro de giz, canetas, computador, telefone, câmera fotográfica, urnas eletrônicas, etc... como tecnologias.

As tecnologias usadas na área da comunicação são definidas como mídias tecnológicas, por exemplo, rádios, revistas, computadores conectados a internet, TV multimídia etc.

O cotidiano da sociedade como um todo está envolvido por um processo tecnológico que é produto do desenvolvimento e aperfeiçoamento cientifico e industrial, que por evolução tornou ou está tornando as pessoas totalmente dependentes dos mesmos, atualmente não se consegue imaginar a vida sem os meios de informação e comunicação.

Diversas manifestações tanto sociais quanto econômicas têm praticamente obrigado a sociedade a se opor à escola tradicional e disciplinar. Esta escola caracteriza-se pelo seu alicerce material: o papel e a caneta, o giz e o quadro-negro. As autoridades políticas, professores e pesquisadores têm considerado o uso de novas tecnologias na educação um movimento necessário na formação dos alunos, pois a tendência do mercado de trabalho, a máxima exigência do indivíduo é quanto às suas qualificações científicas e tecnológicas.

Estamos na era do que se costuma chamar a “sociedade do conhecimento”. A escola não se justifica pela apresentação do conhecimento obsoleto e ultrapassado e muitas vezes morto. Sobretudo ao se falar em ciência e tecnologia. Será essencial para a escola estimular a aquisição, a organização, a geração e a difusão do conhecimento vivo, integrado nos valores e expectativas da sociedade. Isso será impossível de se atingir sem ampla utilização da tecnologia na educação. (D’Ambrósio, 1986, pg. 80)

A Educação de Jovens, Adultos e Idosos, conhecedora da importância e da versatilidade dos recursos tecnológicos, utiliza-se destas mídias como ferramentas para dinamizar seu trabalho. Considera também que o estudo, a pesquisa e a investigação são recursos indispensáveis ao crescimento profissional, para complementar o conteúdo por meio de abordagens diferentes às desenvolvidas no processo pedagógico escolar e capacitar os educando a manusear os diferentes recursos existentes nas atividades escolares e cotidianas.

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Desse modo, faz-se necessário uma reflexão crítica do docente quanto ao uso de determinado recurso e planejamento na forma de incorporação em sua ação pedagógica, conforme a necessidade do conteúdo ministrado. O uso de alguns recursos implica selecionar, escolher e tomar decisões do que é relevante a fim de contribuir com o plano de trabalho docente, controlando o trabalho pedagógico de maneira consciente.

4.5 Estágio Não-Obrigatório

A inserção do estágio não obrigatório no Projeto Político Pedagógico da escola não pode

contrapor-se a própria concepção de escola pública, ainda que o estágio seja uma atividade que vise à preparação para o trabalho produtivo. Em consonância com as orientações da SEED, este Estabelecimento de Ensino, oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional, desenvolvido no ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008.

A função social da escola vai além do aprendizado de competências próprias da atividade profissional e, nesta perspectiva, vai além da formação articulada às necessidades do mercado de trabalho.

Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios, a partir das diferentes disciplinas, para se analisar as relações de produção, dominação, bem como as possibilidades de emancipação do sujeito pelo trabalho.

Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos conhecimentos produzidos historicamente pela humanidade, a fim de possibilitar ao futuro trabalhador apropriar-se das etapas do processo de forma conceitual, necessário para compreensão do processo de produção em sua totalidade.

Os conhecimentos escolares, portanto, se constituem em uma via para analisar esta dimensão contraditória – o trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador atuar no mundo do trabalho de forma mais autônoma consciente e crítica.

Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno estagiário, não somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua participação nela, de forma plena, integrando as práticas aos conhecimentos teóricos que as sustentam.

Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário que as ações desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-versa, relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para compreendê-las a partir das relações de trabalho.

4.6 Programa Atividades Complementares

O Programa de atividades complementares se constitui em atividades de complementação curricular. Isto significa dizer que, como o tempo de aprendizagem de tais conteúdos é diferente entre os alunos, haja vista o referencial conceitual real dos mesmos para aprender, bem como suas condições concretas - sejam elas subjetivas ou objetivas (sem jamais sonegar conhecimento em nome das dificuldades de aprendizagem) – a forma de se trabalhar um ou outro conteúdo das disciplinas pode variar em outro tempo ou outro espaço.

Segundo a Instrução n° 004/2011-SUED/SEED, o Programa Atividades Complementares Curriculares em Contraturno, assume como política pública as Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular, contempladas na Proposta Pedagógica Curricular (PPC) relativa aos possíveis recortes do conteúdo disciplinar. Isso implica numa seleção de atividades organizadas em macro campos, conhecimentos que venham ao encontro do Projeto Político-Pedagógico (PPP), com o objetivo de:

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a) dar condições para que os profissionais da educação, os alunos da Rede Pública Estadual e a comunidade escolar desenvolvam diferentes atividades pedagógicas no contra turno, no Estabelecimento de Ensino ao qual estão vinculados;

b) viabilizar o acesso, à permanência e à participação dos alunos da Rede Pública Estadual em atividades pedagógicas de seu interesse, oferecidas pelo Estabelecimento de Ensino onde estão vinculados;

c) possibilitar maior integração na comunidade escolar ao realizar Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular, de modo a promover a interação entre alunos, professores e comunidade.

Portanto, quando a escola opta em propor uma atividade de complementação curricular no contra turno, o faz tomando como referência o currículo, os conteúdos propostos para a disciplina, o plano de trabalho docente e uma avaliação sobre as necessidades de seus alunos.

Ao se analisar que conteúdos devem, ainda, ser trabalhados de forma mais ampliada e metodologicamente diferente, a escola pode então, propor atividades complementares com este fim por meio do Programa Atividades Complementares.

4.7 Programa Prontidão Escolar Preventiva - PEP

O Programa Prontidão Escolar Preventiva – PEP é um programa de natureza pedagógica que visa preparar os profissionais que atuam nas escolas e o corpo discente a executar ações de prevenção de incêndios, desastres naturais e situações de risco. É importante que docentes, discentes e toda comunidade escolar estejam preparadas para, de modo eficaz, enfrentar esses acontecimentos. Na eventualidade de um sinistro é de grande valia que todos saibam os primeiros passos de enfrentamento de princípios de incêndio, procedimentos de segurança pessoal, bem como noções de primeiros socorros a serem utilizados até que o socorro especializado chegue ao local.

Este programa fará parte das ações da escola e os temas serão integrados aos conteúdos específicos das disciplinas afins, conforme Instrução Nº 02/10 – DAE/SUDE que orienta sobre o Programa Prontidão Escolar Preventiva nos Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual. O programa será realizado em etapas: de conscientização, de mobilização e de operacionalização através das palestras sobre os temas: desastres naturais e segurança, incêndio e rotas de fuga, primeiros socorros, procedimentos em caso se sequestro e artefato explosivo. Após as orientações, serão realizados exercícios de alerta simulado.

Também se fez necessário a organização de uma Brigada composta por direção, equipe pedagógica, funcionários e alunos, tendo como atribuição principal as ações de prevenção e emergência em casos de sinistros, bem como, na efetivação de exercícios simulados.

5 – INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS

Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível do

Ensino Fundamental e do Médio a jovens, adultos e idosos que não tiveram o acesso ou

continuidade em seus estudos.

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5.1 – MATRIZ CURRICULAR

5.1.1 Ensino Fundamental – Fase I

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE IESTABELECIMENTO: Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos – ToledoENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: Toledo NRE: ToledoANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2010 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS

ÁREAS DO

CONHECIMENTO

Total deHoras

Total deHoras/aula

LÍNGUA PORTUGUESA

1200 1440MATEMÁTICA

ESTUDOS da SOCIEDADE e da NATUREZA

TOTAL 1200 1440

Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a

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5.1.2 Ensino Fundamental – Fase II

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE IIESTABELECIMENTO: Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: Toledo NRE: ToledoANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2011 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1920/1932 H/A ou 1600/1610 HORAS

DISCIPLINASTotal deHoras

Total dehoras/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 280 336

ARTE 94 112

LEM – INGLÊS 213 256

EDUCAÇÃO FÍSICA 94 112

MATEMÁTICA 280 336

CIÊNCIAS NATURAIS 213 256

HISTÓRIA 213 256

GEOGRAFIA 213 256

ENSINO RELIGIOSO * 10 12

TOTAL 1600/1610 horas 1920/1932h/a

* DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

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5.1.3 Ensino Médio

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO MÉDIOESTABELECIMENTO: Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: Toledo NRE: ToledoANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2010 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/ 1568 H/A ou 1200/ 1306 HORAS

DISCIPLINASTotal deHoras

Total dehoras/aula

L. PORTUGUESA ELITERATURA

174 208

LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64

FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208

QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 106 128LÍNGUA ESPANHOLA * 106 128

TOTAL 1200/ 1306 1440/ 1568

* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

6 – PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO.

6.1. Concepção de Avaliação

A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes

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valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica.

Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexivo frente à realidade concreta.

A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:

• investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;

• contínua: permite a observação permanente do processo ensino-aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;

• sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando instrumentos diversos para o registro do processo;

• abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do educando;

• permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da escola.

Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz curricular, sendo avaliados presencialmente ao longo do processo ensino-aprendizagem.

Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante o atual processo de escolarização.

A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos.

É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas será analisado pelo educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e necessidades, e as consequentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.

6.2. Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas

a) As avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade educativa;

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b) Para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme descrito no Regimento Escolar;

c) A avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);que deverá constar de trabalhos com valor 3,0( três vírgula zero) e avaliações com valor 7,0 (sete vírgula zero); para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual;

d) O educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação processual. Caso contrário terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;

e) Para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a média final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);

f) Os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do educando;

g) O educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver;

h) Na disciplina de Língua Espanhola, as avaliações serão realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem, sendo registradas 04 (quatro) notas para fins de calculo da média final;

i) No Ensino Fundamental – Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será avaliada no processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas na documentação escolar, por não ser objeto de retenção.

6.3. Recuperação de Estudos

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos.

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A recuperação será também individualizada, organizada com atividades significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.

6.4. Aproveitamento de Estudos

O educando oriundo de formas de organização de ensino diferentes da ofertada neste Estabelecimento, que não comprovar conclusão de disciplina(s), poderá ser matriculado para cursar 100% (cem por cento) da carga horária total da disciplina ou participar do processo de classificação ou ainda, da reclassificação após ter cumprido 25% ( vinte e cinco por cento ) da carga horária total da disciplina.Os jovens adultos e idosos, que não participaram do processo de escolarização formal/escolar;bem como o educando desistente do processo de escolarização formal/escolar, de outros anos letivos, cuja organização de ensino é diferente da ofertada neste estabelecimento,não comprovando conclusão da (s) disciplina (s), poderão ter seus conhecimentos aferidos por processo de classificação, definidos no Regimento Escolar.

O educando de organização de ensino por série/período/etapa/semestre concluída com êxito, poderá requerer na matricula inicial da disciplina, a partir de 01/01/2009 aproveitamento de estudos, mediante apresentação de comprovante de conclusão da mesma, de acordo com Deliberação 09/2001 e regulamentada pelo Regimento Escolar de EJA.

6.5. Classificação e Reclassificação

Para a classificação e reclassificação este Estabelecimento de Ensino utilizará o previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar.

7 – Gestão Democrática e Colegiada da Escola

A organização da Gestão democrática no âmbito escolar fundamenta-se no processo de participação e co-responsabilidade da comunidade escolar na tomada de decisões coletivas, para a elaboração, implementação e acompanhamento da Proposta Pedagógica. Esta comunidade escolar é o conjunto constituído pelos profissionais da educação, professores, alunos, e funcionários que participam da ação educativa da escola.

A Gestão Escolar, como decorrência do princípio constitucional da democracia, tem como órgão máximo a Direção e o Conselho Escolar, cuja presidência do mesmo deverá ser exercida pelo diretor da instituição.

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7.1 - PRINCÍPIOS DA GESTÃO COLEGIADA

Este Estabelecimento de Ensino garante o princípio democrático de igualdade de condições de acesso e de permanência na escola, de gratuidade para a rede pública, de uma Educação Básica com qualidade em seus diferentes níveis e modalidades de ensino, vedada qualquer forma de discriminação e segregação.

Assim sendo, a estrutura organizacional do Centro Estadual de Educação para Jovens e Adultos tem a seguinte composição:

I - CONSELHO ESCOLAR

II - EQUIPE DA DIREÇÃO

a) Direção

b) Direção Auxiliar

III - EQUIPE PEDAGÓGICA

a) Equipe Técnica Pedagógica

b) Corpo Docente

c) Conselho de Avaliação

IV - DA EQUIPE ADMINISTRATIVA

a) Agente Educacional II

b) Agente Educacional I

V - ÓRGÂOS COMPLEMENTARES

a) Associação de Professores, Alunos e Funcionários - APAF.

7.2 – INSTRUMENTOS DE AÇÃO COLEGIADA

7.2.1 Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, de natureza deliberativa, consultiva e fiscal, não tendo caráter político-partidário, religioso, racial e sem fins lucrativos. É constituído de acordo com o princípio da representatividade, devendo abranger toda a comunidade escolar, cujos representantes nele terão, necessariamente, voz e voto, podendo participar representantes dos movimentos sociais organizados, comprometidos com a Educação de Jovens, Adultos e Idosos ofertada pela Escola Pública Estadual.

Tem por finalidade efetivar a gestão escolar, promovendo a articulação entre os segmentos da comunidade escolar e os setores da escola, constituindo-se assim como

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órgão auxiliar da Direção do Estabelecimento de Ensino, posto que, a integração entre professores, funcionários, pais e alunos é necessária para que a escola seja autônoma, democrática e participativa.

Para tanto, nesse colegiado, representantes da comunidade, do corpo discente e docente, bem como da equipe administrativa opinam sobre questões pedagógicas, financeiras e administrativas, traçando de forma conjunta o futuro da escola, baseadas na Legislação em vigor e nas Diretrizes Pedagógico-administrativas, fixadas pela Secretaria de Estado da Educação.

O Conselho Escolar é o órgão responsável pelo estabelecimento da política educacional e administrativa da Escola, bem como pelo controle e avaliação do sistema escolar, tendo como principal atribuição estabelecer e garantir a implementação da Proposta Pedagógica da Instituição de Ensino, eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida conforme estabelecido no regimento escolar, tais como:

I. Tomar ciência e acompanhar a execução da Proposta Política Pedagógica para EJA no Estabelecimento de Ensino;

II. Acompanhar e avaliar o desempenho da escola face às diretrizes, prioridades e metas estabelecidas na Proposta Pedagógica;

III. Analisar projetos propostos por todas as categorias que compõem a comunidade escolar, no sentido de avaliar sua necessidade e viabilidade de implantação, e aprovar;

IV. Apreciar e julgar os casos dos alunos que não cumprirem seus deveres ou infringirem as normas expressas neste regimento;

V. Apreciar e emitir parecer sobre reivindicações e consultas da Comunidade Escolar sobre questões de seu interesse ou que digam respeito ao cumprimento do Regimento Escolar;

VI. Apreciar e aprovar o Plano de Aplicação e Prestação de Contas de Recursos Financeiros;

VII. Apreciar e emitir parecer sobre desligamento de um ou mais membros do Conselho Escolar, quando do não cumprimento das normas estabelecidas neste Regimento e/ou procedimento incompatível com a dignidade da função, encaminhando parecer para ao NRE;

VIII. Apreciar e emitir parecer sobre o desempenho profissional de professores, especialistas e funcionários que não cumprirem, a contento, as normas estabelecidas neste Regimento ou que venham apresentar um comportamento incompatível com a ética, encaminhando para as medidas cabíveis ao órgão competente.

IX. Deliberar sobre outros assuntos encaminhados pela comunidade escolar, pertinentes ao âmbito de ação da escola.

7.2.2 Conselho de Avaliação

O Conselho de Avaliação é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino e aprendizagem.

Tem por finalidade, analisar as informações e dados apresentados em reunião, para intervir em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos.

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É da responsabilidade da equipe pedagógica, organizar as informações e dados coletados a serem analisados no Conselho de Avaliação.

Ao Conselho de Avaliação, cabe verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógico-educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto Político Pedagógico do Estabelecimento de Ensino.

O Conselho de Avaliação constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.

O Conselho de Avaliação é constituído pelo (a) diretor (a) e/ou diretor (a) auxiliar, pela equipe pedagógica e por docentes.

A convocação para as reuniões ordinárias ou extraordinárias do Conselho de Avaliação é feita pela direção, deve ser divulgada em edital, com antecedência de 48 (quarenta e oito) horas.

O Conselho de Avaliação reunir-se-á ordinariamente em datas previstas em calendário escolar e extraordinariamente, sempre que se fizer necessário.

As reuniões do Conselho de Avaliação serão lavradas em Livro Ata, pelo (a) secretário (a) da escola, como forma de registro das decisões tomadas.

As atribuições do Conselho de Avaliação estão descritas no Regimento Escolar.

7.2.3 – Associação de Professores, alunos e Funcionários APAF.

A Associação de Professores, Alunos e Funcionários - APAF, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos Professores, Alunos e Funcionários deste Estabelecimento de Ensino, sem caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros, sendo constituída por prazo indeterminado.

A APAF é regida por Estatuto próprio, aprovado e homologado em Assembléia Geral, convocada especificamente para este fim.

8. PLANO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

8.1. Identificação da Instituição de Ensino:

Nome do estabelecimento: Centro Estadual de Educação Básica Para Jovens e Adultos

Toledo - Ensino Fundamental e Ensino Médio

Entidade mantenedora: Governo do Estado do ParanáEndereço (rua, n°., bairro): Rua Guarani, 2661.Município: ToledoNRE: Toledo

8.2. Identificação do curso:Curso: Educação de Jovens e AdultosCarga horária total:

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8.3. Nome do Professor Orientador de estágio:Professoras Pedagogas da Equipe Pedagógica

8.4. Justificativa

Segundo o Item 1 da Instrução Nº 006/2009 – SUED/SEED “o Estágio, é um ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades devem ser adequadas às exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de modo a prevalecer sobre o aspecto produtivo”.

Podem ser estagiários os estudantes devidamente matriculados e que estejam frequentando o ensino nas instituições de ensino que ofertem Cursos da Educação Profissional, do Ensino Médio, inclusive a modalidade de Educação de Jovens e Adultos, da educação Especial e dos anos finais do ensino Fundamental exclusivamente na modalidade da Educação de Jovens e Adultos.

Para a prática do estágio não-obrigatório é exigida a idade mínima de 16 (dezesseis) anos.

O Estágio se distingue das demais atividades educativas por ser o momento de inserção do aluno no mundo do trabalho, tem como objetivo contribuir para a formação do aluno na articulação entre a teoria e a prática.

O Estágio Profissional Supervisionado, de caráter não-obrigatório, previsto na legislação vigente, deve ser planejado, executado e avaliado de acordo com as atividades educativas previstas, considerando os dispositivos da legislação específica:

• a Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional;• a Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;• a Lei Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente,

em especial os artigos, 63, 67 e 69 entre outros, que estabelece os princípios de proteção ao educando;

• o Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho- CLT, que estabelece que as partes envolvida devem tomar os cuidados necessários para a promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes, considerando principalmente, os riscos decorrentes de fatos relacionados aos ambientes, condições e formas de organização do trabalho;

• a Deliberação N° 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação e• A Instrução Nº 006/2009 – SUED/SEED.

8.5. Objetivos do Estágio

Contribuir para a formação do aluno no desenvolvimento de atividades relacionadas ao mundo do trabalho que oportunizem concebê-lo como ato educativo.

8.6. Objetivos Específicos do Estágio

8.6.1 Proporcionar ao aluno o contato com o mundo do trabalho.8.6.2 Oportunizar experiência profissional diversificada no que diz respeito a formação integral do educando. 8.6.3 Relacionar conhecimentos teóricos com a prática profissional a partir das experiências realizadas.

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8.6.4 Garantir a contextualização entre os saberes e os fenômenos comuns, objeto de estudo de cada ciência ou área de conhecimento específico.

8.7. Local (ais) de realização do Estágio

O estágio poderá ser realizado desde que nos locais qualificados para este fim, conforme legislação vigente e depois de firmado os termos de convênio:

88. Distribuição da Carga Horária

A jornada de estágio deve ser compatibilizada com as atividades escolares sem ônus a ela.

A jornada de estágio terá, no máximo, a seguinte duração:d) Quatro (4) horas diárias e vinte (20) horas semanais, no caso de estudantes de

educação Especial e dos anos finais do Ensino Fundamental, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos;

e) Seis (6) horas diárias e trinta (30) horas semanais, no caso de estudantes de Educação Profissional Técnica de Nível Médio e do Ensino Médio, inclusive na modalidade de Educação de Jovens e Adultos:

f) A carga horária do estágio não pode comprometer a frequência às aulas e o cumprimento dos demais compromissos escolares.

g) A duração do estágio, contratado com a mesma instituição concedente, não poderá exceder 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário com deficiência.

8.9. Atividades do Estágio

As atividades de estágio desenvolvidas pelos alunos são consideradas como parte do currículo, devendo ser assumidas pela instituição de ensino como ato educativo, previstas no Projeto Político Pedagógico e na Proposta Curricular dos cursos.

O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao estudante, vedadas atividades:

I. incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente;II. noturnas, compreendidas as realizadas no período entre vinte e duas horas de um

dia às cinco horas do outro dia;III. realizadas em locais que atentem contra sua formação física, psíquica e moral;IV. perigosas, insalubres e penosas.

As atividades que podem ser realizadas:• atividades de integração social;• o uso das novas tecnologias;• produção de textos;• aperfeiçoamento do domínio do cálculo;• aperfeiçoamento da oralidade;• compreensão das relações do mundo do trabalho, tais como: planejamento,

organização e realizações de atividades que envolvam rotina administrativa, documentação comercial e rotinas afins.

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8.10. Atribuições da Mantenedora / Estabelecimento de Ensino

O estágio deve ser desenvolvido com mediação da equipe pedagógica, a qual é responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades.

A professora pedagoga orientadora do estágio deverá aferir, mediante relatório, as condições para a realização do estágio firmadas no Plano de Estágio e no Termo de Convênio.

A instituição de ensino é responsável pelo desenvolvimento do estágio, observados:• Incluir o estágio não-obrigatório no PPP;• regimentar o estágio não-obrigatório;• indicar professor orientador responsável pelo acompanhamento e avaliação das

atividades de estágio;• zelar pelo cumprimento do Plano de Estágio;• celebrar Termo de Compromisso com Alunos e Parte concedente após firmado o

Termo de Convênio assinado.

8.11. Atribuições do Pedagogo responsável

Compete ao professor orientador:

8.11.1 Solicitar da parte concedente relatório, que integrará o Termo de Compromisso, sobre a avaliação dos riscos inerentes às atividades a serem desenvolvidas pelo estagiário, levando em conta: local do estágio; agentes físicos, biológicos e químicos; equipamentos de trabalho e sua utilização; os processos de trabalho; as operações e a organização do trabalho; a formação e a instrução para o desenvolvimento das atividades de estágio;8.11.2 Exigir do estudante a apresentação periódica de relatórios das atividades, em prazo não superior a 6 (seis) meses, no qual deverá constar todas as atividades desenvolvidas nesse período.8.11.3 Auxiliar o educando com deficiência, quando necessário, na elaboração de relatório de atividades.8.11.4 Elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de seus estudantes.8.11.5 Esclarecer à parte concedente do estágio o Plano de Estágio e o Calendário Escolar.8.11.6 Proceder avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de Compromisso, mediante relatório.8.11.7 Observar se o número de horas estabelecidas para o estágio compromete o rendimento escolar do estudante e, neste caso, propor uma revisão do Termo de Compromisso.8.11.8 Elaborar o plano de estágio e orientar sua execução.8.11.9 Esclarecer aos estagiários as determinações do Termo de cooperação técnica e Termo de Compromisso;8.11.10 Realizar visitas nas instituições concedentes para avaliar as condições de funcionamento do estágio;8.11.11 Manter permanente contato com os supervisores responsáveis pelo estágio na parte concedente;8.11.12 Explicitar a proposta pedagógica da Instituição de Ensino e do plano de estágio não-obrigatório a parte concedente;

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8.11.13. Planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma de atividade a serem realizadas pelo estagiário;8.11.14. Realizar avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de Compromisso, mediante relatório;8.11.15. Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;8.11.16. Orientar a parte concedente e o aluno sobre a finalidade do estágio;8.11.17. Orientar a parte concedente quanto à legislação educacional e às normas de realização do estágio;8.11.18. Solicitar relatórios de estágios da parte concedente e do aluno; 8.11.19. Realizar visitas nas instituições concedentes para avaliar as condições de funcionamento do estágio; 8.11.20. Orientar previamente o estagiário quanto:

a) às exigências da empresa;b) às normas de estágio;c) aos relatórios que fará durante o estágio;d) aos direitos e deveres do estagiário.

8.12. Atribuições do Órgão/instituição que concede o Estágio

Considerar-se-ão parte concedente de estágio, os dotados de personalidade jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional.

8.12.1 celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o estudante;8.12.2 celebração de Convênio com a entidade mantenedora da instituição de ensino;8.12.3 a oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;8.12.4 indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente no que diz respeito ao desenvolvimento das atividades de estágio;8.12.5 contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário, cuja apólice seja compatível com valores de mercado, devendo constar no Termo de Compromisso de Estágio.8.12.6 entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião do desligamento do estagiário, com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;8.12.7 relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo funcionário responsável pela orientação e supervisão de estágio, com prévia e obrigatória vista do estagiário e com periodicidade mínima de 6 (seis) meses;8.12.8 zelar pelo cumprimento do Termo de compromisso.8.12.9 manter contato com o Professor Orientador de estágio da escola;8.12.10 orientar e avaliar as atividades desenvolvidas pelos estagiários em consonância com o Plano de Estágio; 8.12.11 propiciar instalações e ambiente receptivo e favorável ao desenvolvimento do estágio.8.12.12 preencher os relatórios de estágio e encaminhar à instituição de ensino;8.12.13 encaminhar relatório de atividades, com prévia e obrigatória vista do estagiário, à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses.

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8.13. Atribuições do Estagiário

O estagiário deverá, considerando a concepção de estágio:8.13.1.ter assiduidade e pontualidade, tanto nas atividades desenvolvidas na parte concedente como a instituição de ensino;8.13.2.celebrar Termo de Compromisso com a parte concedente e com a instituição de ensino;8.13.3.respeitar as normas da parte concedente e da instituição de ensino;8.13.4. associar a prática de estágio com as atividades previstas no plano de estágio;8.13.5. realizar e relatar as atividades do plano de estágio e outras, executadas, mas não previstas no plano de estágio;8.13.6. entregar os relatórios de estágio no prazo previsto;8.13.7. zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e responder por eventuais danos pessoais e materiais causados se comprovado relapso deliberado.;

8.14. Forma de acompanhamento do Estágio

O aluno deverá ser acompanhado durante seu Estágio em Instituições Públicas e/ou Privadas, pela professora pedagoga;

1 – O profissional responsável no colégio pelo Estágio, será o elo de ligação entre a Escola e o local de realização do Estágio.

2 – O responsável pela supervisão do aluno na parte concedente deverá zelar para que as atividades de estágio estejam em consonância com o plano de Estágio;

As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade da situação do estágio. Podendo ser através de visitas, relatórios, contatos telefônicos, documentação de estágio exigida pela escola, de maneira a propiciar formas de integração e parceria entre as partes envolvidas. Oportunizando o aperfeiçoamento das relações técnicas-educativas a serem aplicadas no âmbito do trabalho.

8.15. Avaliação do Estágio

O orientador do estágio deverá analisar em que medida o Plano de Estágio está sendo cumprido.

a) No que se refere ao aluno: embora não tenha função de veto ao estágio, faz-se necessário avaliar em que medida está contribuindo ou não para o desempenho escolar do aluno;

• rendimento e aproveitamento escolar;• relatório de desempenho das atividades encaminhado pela parte concedente • relatório elaborado pelo aluno.

b) No que se refere à parte concedente: o orientador, mediante visitas às instituições e análise dos relatórios, tem a incumbência de avaliar as condições de funcionamento do estágio, recomendando ou não sua continuidade. Aspectos a serem observados: Cumprimento do Artigo 14 da Lei 11.788 e Artigos 63, 67 e 69 da Lei 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente.

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Caso o professor orientador do estágio constate descumprimento da legislação, deve comunicar a irregularidade à parte concedente para adequação imediata. Quando a parte concedente não cumprir a legislação, a instituição de ensino deve registrar em relatório, comunicar ao aluno e seu responsável e aconselhar o estagiário para procurar outro local de estágio. 8.16. Ficha de acompanhamento do alunoCEEBJA - TOLEDOACOMPANHAMENTO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIOALUNO:

Data de nascimento: CGM:EMPRESA: TELEFONE: Disciplinas Turno:Disciplinas Turno:ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA EMPRESA:

FREQUÊNCIA ESCOLAR:

DATA DE INÍCIO: Data de término:

Assinatura do aluno:

Assinatura do professor pedagogo orientador do estágio:

Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Toledo

Ensino Fundamental e Médio

9. PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA EJA

Os educadores da Educação de Jovens, Adultos e Idosos do Ensino Fundamental (FASE I e FASE II) e do Ensino Médio, têm como compromisso o aperfeiçoamento, a complementação de sua formação, visando, o melhor atendimento aos alunos da EJA, respeitando os direitos individuais do educando considerando as suas condições de tempo, de cultura, respeito à diversidade, as experiências culturais e sociais, mas com compromisso na formação de cidadão crítico, ético e preparação para o trabalho. Para isso, necessita de profissionais habilitados e preparados para o cumprimento de suas funções. A participação na formação continuada é imprescindível, que será através de cursos, simpósios, encontros de grupos de estudo, promovidos pela SEED ou cursos a critério do professor.

Para tanto, a Escola fará a intermediação e divulgação dos cronogramas dos eventos anualmente pré-definidos e promovidos pela SEED, informando carga horária e temas a serem trabalhados. O docente da EJA, portanto, deverá apresentar um perfil inovador e com disponibilidade para contínua capacitação.

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O professor que participar de todas as modalidades previstas no plano de formação continuada, terá certificação como forma de incentivo ao profissional para melhoria do seu plano de carreira.

10 – PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO

A concepção de avaliação institucional explicitada pela SEED/PR, afirma que esta “deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as qualidades e as fragilidades das instituições e do sistema, subsidiando as políticas educacionais comprometidas com a transformação social e o aperfeiçoamento da gestão escolar e da educação pública ofertada na Rede Estadual.” (SEED, 2004, p.11)

Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui também os gestores da SEED e dos Núcleos Regionais de Educação, ou seja, possibilitam a todos a identificação dos fatores que facilitam e que dificultam a oferta, o acesso e a permanência dos educandos numa educação pública de qualidade.

Aliado a identificação destes fatores deve estar, obrigatoriamente, o compromisso e a efetiva implementação das mudanças necessárias.

Assim, a avaliação das políticas e das práticas educacionais, enquanto responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das finalidades essenciais da educação, dos seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem como a reelaboração e a implementação de novos rumos que garantam suas finalidades e impactos positivos à população que demanda escolarização.

A avaliação institucional, vinculada a esta proposta pedagógico-curricular, abrange todas as escolas que ofertam a modalidade Educação de Jovens e Adultos, ou seja, tanto a construção dos instrumentos de avaliação quanto os indicadores dele resultantes, envolverão obrigatoriamente, porém de formas distintas, todos os sujeitos que fazem à educação na Rede Pública Estadual. Na escola – professores, educandos, direção, equipe pedagógica e administrativa, de serviços gerais e demais membros da comunidade escolar. Na SEED, de forma mais direta, a equipe do Departamento de Educação de Jovens e Adultos e dos respectivos NRE’s.

A mantenedora se apropriará dos resultados da implementação destes instrumentos para avaliar e reavaliar as políticas desenvolvidas, principalmente àquelas relacionadas à capacitação continuada dos profissionais da educação, bem como estabelecer o diálogo com as escolas no sentido de contribuir para a reflexão e as mudanças necessárias na prática pedagógica.

Considerando o que se afirma no Documento das Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA que “... o processo avaliativo é parte integrante da práxis pedagógica e deve estar voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.” (SEED, 2005, p.44), esta avaliação institucional da proposta pedagógico-curricular implementada, deverá servir para a reflexão permanente sobre a prática pedagógica e administrativa das escolas.

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Os instrumentos da avaliação institucional serão produzidos em regime de colaboração com as escolas de Educação de Jovens e Adultos, considerando as diferenças entre as diversas áreas de conteúdo que integram o currículo, bem como as especificidades regionais vinculadas basicamente ao perfil dos educandos da modalidade. Os instrumentos avaliativos a serem produzidos guardam alguma semelhança com a experiência acumulada pela EJA na produção e aplicação do Banco de Itens, porém sem o caráter de composição da nota do aluno para fins de conclusão. A normalização desta Avaliação Institucional da proposta pedagógico-curricular será efetuada por meio de instrução própria da SEED.

Como se afirma no Caderno Temático “Avaliação Institucional”,

“cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa, mas dinâmica, única, interdependente e inserida num sistema maior de educação. Todo o esforço de melhoria da qualidade da educação empreendido por cada escola deve estar conectado com o esforço empreendido pelo sistema ao qual pertence. (SEED, 2005, p.17)

Em síntese, repensar a práxis educativa da escola e da rede como um todo, especificamente na modalidade EJA, pressupõe responder à função social da Educação de Jovens e Adultos na oferta qualitativa da escolarização de jovens, adultos e idosos.

10.1 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NO CEEBJA

A Avaliação Institucional neste Estabelecimento de Ensino se dará conforme, critérios e determinação da mantenedora.

11. PLANO DE AÇÃO DO CEEBJA

11.1 PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO E DIREÇÃO-AUXILIAR.

I - Colégio/Escola: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS, ADULTOS E IDOSOS DE TOLEDO. Município: TOLEDO Núcleo: TOLEDO

GESTÃO 2009/2011

DIRETORA – MARLI DATSCH DIRETORA AUXILIAR – BEATRIZ RAPPA KIELING SCARPARI

II – OBJETIVOS GERAIS:

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- Realizar uma gestão democrática, participativa e colaborativa, entre todas as instâncias colegiadas, atendendo e preservando as normas que regem a instituição e que venham a fortalecer a Educação de Jovens, Adultos e Idosos, através do cumprimento das metodologias previstas na Proposta Pedagógica Curricular.

- Intensificar e preservar a inclusão de educandos com necessidades educacionais especiais (DM/DV/DA), garantindo sua inserção nos espaços escolares, com atendimento de qualidade, de acordo com suas especificidades.

- Apoiar e contribuir com toda Ação Pedagógica proposta pelos docentes que vise a melhoria de sua prática pedagógica.

- Buscar efetivar as necessidades e prioridades da Escola, no que se refere aos equipamentos e espaços escolares, a fim de proporcionar um ensino-aprendizagem dinâmico, com qualidade e satisfação.

- Continuar a buscar o estudo, o conhecimento e o pleno entendimento da Proposta Pedagógica de EJA.

- Manter as Ações Pedagógicas Descentralizadas com qualidade, respeitando as normas de funcionamento, também buscar novas parcerias nas comunidades de bairro para que se possam suprir as necessidades especificas da clientela de EJA (idosos, donas de casa)

- Continuar dando o apoio necessário ao Programa PROEDUSE.- Recorrer junto ao órgão responsável, recursos específicos para equipar,

aperfeiçoar e modernizar o espaço da cozinha para que possamos atender com eficiência a merenda escolar, assim como, buscar meios necessários para a implantação da cantina.

- Propor o projeto MINI RÁDIO, para comunicação interna e divulgação de eventos. - Manter o site da escola em constante atualização e incentivar professores, alunos

e funcionários, em constante pesquisa.

III – AÇÕES: Detalhamento das atividades relativas aos eixos organizadores do trabalho pedagógico escolar, articulando os níveis e modalidades de ensino, a luz dos fundamentos teórico-metodológicos da concepção de educação e do processo do planejamento. GESTÃO DEMOCRÁTICA

- Cumprir e fazer cumprir as normas da Proposta Pedagógica de EJA bem como as normas do Regimento Escolar desta instituição.

- Reunir sempre que necessário as diferentes instâncias colegiadas, para discutir questões específicas da Escola, com o intuito de inovar e melhorar o andamento da mesma e de suas ações.

- Ouvir o Conselho Escolar e Conselho de Avaliação, a fim de resolver problemas, prioridades, necessidades da Escola, bem como na construção da Proposta Pedagógica/Regimento Interno, elaboração de Projetos Culturais, entre outros.

PROPOSTA PEDAGÓGICA

- Continuar realizando de 2 em 2 anos, a Semana Cultural, no 2º Semestre, com oficinas das diferentes disciplinas e áreas do conhecimento.

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- Proporcionar aos funcionários (docentes, administrativos e equipe), grupos de estudos para a discussão, estudo, análise, avaliação e sugestões de melhorias no atendimento ao público e aos alunos, melhorias na prática pedagógica, bem como o estudo, na íntegra, da Proposta Pedagógica de EJA por todos os funcionários, garantindo assim ao educando, o respeito a sua bagagem de conhecimentos adquiridos através do senso comum, oportunizando o acesso à cultura geral, do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral, de modo que os educandos venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso político em sua comunidade.

- Participar do processo de planejamento do Plano de Ação da Equipe Pedagógica da Escola e acompanhar o desenvolvimento do mesmo.

- Convocar, sempre que necessário, professores, funcionários e equipe para reuniões com cunho pedagógico e / ou administrativo a fim de manter uma gestão democrática, explicitando todas as ações desta direção.

- Apoiar e dar total suporte aos projetos desenvolvidos pelos professores na escola e incentivar a concretização dos projetos VIVA ESCOLA nos próximos anos.

- Equipar os espaços escolares com aparelhagem de som e montar uma MINI RÁDIO, que servirá para a divulgação de eventos, comunicados em geral e um projeto de comunicação interna de mini jornalismo.

- Reprimir veementemente qualquer atitude de discriminação em nosso ambiente escolar.

FORMAÇÃO CONTINUADA- Facilitar sempre que possível aos educadores, qualquer curso de extensão, curso

de formação continuada, troca de experiências.- Continuar incentivando o trabalho dos professores e alunos no Laboratório de

Informática, a fim de que todos possam realizar suas pesquisas, assim como visitar sites informativos e interessantes que possam vir a acrescentar na educação dos alunos jovens, adultos e idosos.

QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS

- Oferecer aos educandos um ambiente tranqüilo, acolhedor, limpo e com o objetivo de lhes proporcionar condições físicas de receber uma educação de qualidade.

- Melhorar, sempre que possível, as salas de aula, com conjuntos escolares adequados, quadro branco de qualidade, cortinas, ventiladores/ ar condicionado, manutenção das TVs pen drive.

- Fazer manutenção periódica dos computadores do Laboratório de Informática do Paraná Digital, conservar com qualidade os DVDS, TVs, aparelhos de som, multimídia e todos os demais aparelhos que compõem o acervo desta Escola.

- Substituir os bebedouros de água por purificadores, oferecendo água de qualidade.

- Usar adequadamente, e sempre para a melhoria da Escola, os recursos repassados da Secretaria de Estado da Educação.

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- Adquirir, sempre que houver recursos disponíveis, livros para o acervo da Biblioteca da Escola, bem como, atender solicitações de aquisição de material didático e referências bibliográficas, sugerido pelos educadores.

- Solicitar aos órgãos competentes um laboratorista qualificado para auxiliar os educadores e também os educandos no laboratório de informática.

ESPECIFICIDADES LOCAIS- Proporcionar sempre que possível aos professores/funcionários, atividades de

lazer e descontração em momentos extra classe.- Promover no final de cada semestre, uma mostra (exposição) de trabalhos

artísticos, científicos e literários realizados pelos alunos.- Promover no final do primeiro semestre o segundo JANTAR COM BINGO, e

assim nos anos subsequentes, com o objetivo de confraternização.

IV – RESPONSÁVEL:EQUIPE DE DIREÇÃO – MARLI DATSCH- Diretora BEATRIZ RAPPA KIELING SCARPARI - Diretora Auxiliar

V – CRONOGRAMA: Estas Ações serão desenvolvidas e intensificadas a partir do ano de 2009,

acrescentando anualmente novas atividades de acordo com as necessidades, condições e encaminhamentos realizados no transcorrer das mesmas.

VI – AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO: - A avaliação acontecerá de forma natural, através da satisfação ou insatisfação do

corpo funcional envolvido nesta Ação, oportunizando mudanças e/ou ajustes necessários com base nas sugestões propostas, análise dos resultados e também da viabilização de operacionalidade.

11.2 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

Orientação Pedagógica:

• Fazer orientação pedagógico-educacional quanto ao funcionamento da EJA em todos os aspectos, a todos os educandos antes de efetuarem sua matrícula.

• Participar na organização da Semana Pedagógica e Capacitação encaminhada

pela SEED.

• Organizar reuniões (encontros com professores).

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• Fazer o Aproveitamento de Estudos de acordo com a Deliberação 09/2001 e Regimento Escolar da EJA, mediante apresentação do original do Histórico Escolar.

• Acompanhar alunos com necessidades especiais e dificuldades de aprendizagem.

• Orientação aos professores sobre alunos inclusos e suas necessidades especiais, e disponibilizar informações referentes aos diversos distúrbios funcionais como: Desvalia, desortografia, discalculia, etc.

• Orientar e acompanhar os alunos faltosos, fazer encaminhamento para o individual se necessário.

• Orientar professores docentes no preenchimento do Livro de Registro de Classe e Fichas Individuais.

• Orientar os docentes na modalidade coletiva e individual na construção do Plano de Trabalho Docente, garantindo a presença de conteúdos, de acordo com as DCE, PPC e PPP da EJA.

• Orientar os alunos sobre a importância da presença nas aulas na organização coletiva, demonstrando a importância da aquisição do conhecimento.

• Averiguar junto aos docentes, o trabalho feito sobre a Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena.

• Participar ativamente da semana cultural, dando apoio para professores e alunos no evento.

• Organizar e orientar professores e alunos em eventos e ações promovidos pela SEED, MEC, e outras instituições governamentais.

Participar da Organização, desenvolvimento e efetivação de projetos especiais como:

• Semana da Pátria.

• Prontidão Escolar Preventiva - PEP

• Meio Ambiente: O Consumo Consciente da Água. (Visita e Palestra na SANEPAR).

• Projeto de Leitura

• Proposta Pedagógica de Atividades Complementares

• Semana Cultural – Projeto Oficinas

• Projeto Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena.

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12. PROJETOS INTEGRADOS AO CURRÍCULO

PROJETO SEMANA DA PÁTRIA

Professores: DOROTHEA / GIOVANI / DISCIPLINA: ARTE

JUSTIFICATIVA: Orientar nossos alunos a pensarem, discutirem, lerem sobre a história política no país. Os problemas, dificuldades, mistérios acontecidos desde o seu descobrimento, a não verdadeira democracia tão desejada por todos até os dias de hoje. Rever a história do período do militarismo e as iniciativas dos artistas, em nosso caso, centrados nos cantores do período do Tropicalismo e em especial a música de “Geraldo Vandré”. Prá não dizer que não falei das flores. Assim como, relacionar, questionar e criar uma imagem plástica na visão do aluno do ontem e do hoje.

OBJETIVO: Proporcionar ao educando a compreensão da política para que ele não se deixe iludir ou que seja manipulado pelo nosso sistema. Saber ouvir as mensagens que são enviadas de diferentes maneiras, a mensagem musical, é a que mais rapidamente nos transmitem idéias. Desenvolver o senso crítico e ficar mais atentos ao meio. Transformar a mensagem musical em forma plástica (desenho, pintura, escultura, etc...).

METODOLOGIA:

Informar sobre as fases da política brasileira focando principalmente o período do militarismo, leitura, filme e debate. Observar como os artistas do tropicalismo foram importantes com suas manifestações musicais neste período. Transformar as idéias transmitidas, em grupos, através da música de Geraldo Vandré “Pra não dizer que não falei das flores”, em imagens plásticas, cada grupo pode usar a sua criatividade utilizando o desenho, pintura, recorte e colagem, etc. Fazer comparação entre o militarismo, capitalismo e o neoliberalismo, que hoje está muito presente, representado pela plástica. Apresentar as atividades em forma de exposição.

AVALIAÇÃO: A avaliação será realizada, considerando o conhecimento adquirido e apresentação de cada aluno, através de auto-avaliação por escrito. ·.

Semana Cultural - Projeto “Oficinas”

Este projeto será desenvolvido a cada 02 anos, através de oficinas, durante a Semana Cultural.

O tema gerador das oficinas será escolhido de acordo com a importância e necessidade da escola, visando à qualidade no processo de Ensino aprendizagem.

Assim, no ano de 2010 o tema a ser trabalhado é “Ambiente Limpo, Planeta Limpo”.

Projeto: “Ambiente Limpo, Planeta Limpo”.

IDENTIFICAÇÃO - Trabalhando com oficinas.

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LEMA - "Ambiente limpo não é o que mais se limpa e sim o que menos se suja“

JUSTIFICATIVA - O ser humano é um indivíduo integral e integrado num universo que interage com diversos elementos que compõe esse universo. Vive numa era de drásticas e profundas mudanças nos diversos ecossistemas que formam esse universo. Atua, interage e convive com as mais diversas situações, que alteram sua qualidade de vida e o equilíbrio da natureza. Poluição ambiental, desastres naturais, mudanças climáticas, descaso, desperdícios, doenças e muitas outras calamidades. Assim, com este projeto, queremos buscar uma reflexão que nos direcione às novas tomadas de atitudes que possam contribuir para a melhoria da qualidade de vida e do meio ambientes.

OBJETIVO GERAL – Apropriar-se de conceitos fundamentais sobre o meio ambiente e desenvolver em toda a comunidade escolar a consciência ecológica, mostrando que o respeito à natureza é de vital importância para a sobrevivência do planeta.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Sensibilizar os educandos para que participem efetivamente das oficinas.

- O professor deve estar sempre alerta com as questões ambientais para que dentro de sua disciplina, busque inserir reflexões pertinentes.

- Pensar e tomar atitudes criativas e concretas, são ações que podemos ter para minimizar os problemas com o lixo. Confirmando que consciência ecológica é respeito à natureza e de vital importância para a melhor qualidade de vida e sobrevivência do planeta.

- Expor a produção dos trabalhos realizados à comunidade escolar, e comprometer-se em adotar uma mudança de comportamento permanente.

DESENVOLVIMENTO - O projeto terá seu desenvolvimento na Semana Cultural e deverá envolver todos os alunos de todas as disciplinas.

O tema “Ambiente limpo, planeta limpo” deverá ser trabalhado na forma de oficinas. Cada disciplina ou departamento deverá elaborar um projeto, contemplando as reflexões a ação concreta a ser desenvolvida pelo grupo, a carga horária (08h/a, 12h/a ou 16h/a), dias da semana e os períodos. Sugestões de oficinas: CONFECÇÃO DE PUFF com garrafa PET; COMPOSTAGEM ORGÂNICA – transformar em adubo o lixo produzido em sua casa; SACOLAS PLÁSTICAS – confeccionar sacolas ecológicas utilizando as próprias sacolas plásticas de mercado e saquinho de leite, em crochê, para o uso na feira ou no mercado; PAPEL RECICLADO para depois confeccionar cartões, caixas de presentes, folhas para a colagem de poesias, textos; MAQUETE de uma Usina eólica, trabalhando fontes de energia limpa.

AVALIAÇÃO - Cada oficina deverá apresentar um trabalho final, mostrando os resultados obtidos durante a Semana Cultural.

- A turma deverá propor e comprometer-se em adotar uma mudança de comportamento, de atitude permanente visando à melhoria da qualidade de vida, que deverá ser vivenciada ao longo do ano letivo.

ORGANIZAÇÃO - Caberá aos professores responsáveis por cada oficina a divulgação, a organização, o desenvolvimento, a participação e a avaliação dos alunos.

- A carga horária de oferta das disciplinas acontecerá de acordo com a carga horária ofertada e a demanda de professores, podendo os departamentos, programarem oficinas de 8h/a, 12h/a ou 16h/a.

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- As oficinas acontecerão nos horários normais de aula e nos três períodos, sendo que no período vespertino, por ter uma demanda menor de alunos e professores, estes poderão trabalhar em conjunto na oferta das oficinas, estabelecendo 2 ou 3 opções.

REGULAMENTAÇÃO - O aluno (coletivo ou individual) poderá escolher em qual ou quais oficinas quer participar, porém, deverá fazer um mínimo de 8 horas.

O aluno deverá se inscrever nas oficinas observando a carga horária que cumpre na semana.

* Se o aluno vem para a escola 5 períodos na semana, deverá cumprir 16h de oficinas.

* 4 períodos – 16h de oficinas. * 3 períodos - 12h de oficinas.

*2 períodos – 8h de oficinas. *1 período - 4h de oficina.

- Cada aluno no ato da inscrição, terá sua inscrição feita na lista de participantes, nos dias das oficinas o professor colocará a presença, esta lista de presença, ao final da semana cultural, será entregue à coordenação do evento, garantindo assim, a presença do aluno na(s) disciplina(s) de curso.

- Os resultados de cada oficina, na semana de 22 a 29 de novembro, serão expostos no SAGUÃO DO TEATRO MUNICIPAL, para apreciação da comunidade em geral, poderão também, serem apresentados ao longo do ano letivo, com datas e locais a combinar.

PROJETO HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA

Problema:

Como a cultura africana é representada na atualidade?

O estudo de História tem como finalidade de ampliar os horizontes dos nossos alunos, de suas capacidades da explicação histórica e de suas atitudes de respeito cultural das sociedades e da sociedade brasileira em particular, para a formação da cidadania e da identidade social dos alunos.

A História também tem como finalidade expressar e compreender o conhecimento histórico, criticando e analisando fontes, documentos, reconhecendo o papel das diferentes linguagens, produzindo textos analíticos e interpretativos sobre o discurso historiográfico, construindo a identidade pessoal e social na dimensão histórica, reconhecendo a diversidade social, as relações de poder, trabalho e cultura, assim levando o aluno a comparar os problemas atuais e outros momentos históricos, tendo posicionamento crítico e de cidadão.

O olhar da História para outras ciências tem trazido significativas contribuições para a compreensão de como as sociedades se constituem em determinado tempo e lugar, não de forma fragmentada, mas com recortes que valorizam sujeitos, permitindo relações interdisciplinares com outras áreas do conhecimento.

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Esta abordagem deverá primar pela investigação histórica considerando que os documentos/fontes não falam por si só e devem ser interrogados no sentido de dar voz aos diferentes grupos sociais no seu tempo e espaço.

Neste sentido se torna imprescindível abordar os conteúdos a partir de uma perspectiva que privilegie as relações de trabalho, de poder e de cultura, articuladas às categorias de tempo e espaço.

Esta abordagem permite aos professores desenvolver seus trabalhos em sala de aula a partir de problemáticas contemporâneas, enfatizando História do Paraná e Cultura Afro-brasileira.

“Abordar conteúdos que trazem para a sala de aula a história da África e do Brasil africano é fazer cumprir nossos grandes objetivos como educadores: levar à reflexão sobre a discriminação racial, valorizar a diversidade étnica, gerar debate, estimular valores e comportamentos de respeito, solidariedade e tolerância. E é também a oportunidade de levantar a bandeira de combate ao racismo e às discriminações que atingem em particular a população negra, afro-brasileira ou afro-descendente.Discutir esse tema junto de nossos alunos é o primeiro passo na trilha da reconstrução de uma face de nosso passado que ainda precisa ser entendida.” (Souza, 2006, p.07).

Trabalhar esse conteúdo objetivando a importância sobre a imensa diversidade cultural que permeia a formação da nacionalidade brasileira, para que se perceba a originalidade de cada cultura seja não só respeitada, mas possa contribuir com o conjunto. A variedade cultural dos brasileiros está na flor da pele. Graças à mistura de raças foi possível obter uma população heterogênea, rica e bastante própria em nosso país. Mesmo assim, a história comprova que nem sempre reconhecemos a sua importância social. Para completar, a cada dia somos bombardeados com mensagens da mídia, distribuindo estereótipos que são absorvidos passivamente.

Precisamos nos conscientizar de que é preciso superar a realidade brasileira que continua injusta e discriminadora, pois enquanto esta realidade não for transformada, a lei que proíbe o racismo continuará, sendo, na prática, desrespeitada.

Fundamentação Teórica

Mesmo que estamos passando por um momento histórico de profundas e rápidas transformações, onde a educação é exigida a responder efetivamente a este mundo de mudanças, mesmo já existindo a Lei 10.639/03, sabemos que, muitas vezes esta acaba sendo desrespeitada. Então cabe não só a nós educadores, mas também a sociedade como um todo a

“Combater o racismo é responsabilidade da sociedade como

um todo e não deve ser compreendida enquanto tarefa

exclusiva da escola. Trabalhar pelo fim da desigualdade racial

e social, as quais permeiam todos os setores da sociedade,

permitindo o nascer de uma realidade social humanizada,

compete a todos, inclusive à escola. Por ela passaram os

equívocos sobre as civilizações africanas, o silêncio a respeito

das produções e elaborações teóricas, filosóficas e científicas,

artísticas, políticas realizadas pelo povo negro. A

complexidade existente na formatação da identidade negra no

Brasil não pode desconsiderara o processo de desvalorização

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da cultura matriz africana, da imposição dos padrões estéticos

europeus, da ideologia do branqueamento ditando as normas

de superioridade, à valorização das pessoas de brandos sobre

negros. A reversão deste processo está vinculada ao

reconhecimento da diversidade, à valorização das pessoas

negras e sua visão de mundo, à crença na importância de

uma educação que não negue sua participação histórica para

o renascer de uma outra sociedade.” (Cadernos temáticos,

2006, p. 69).

O ensino de História, aqui no Brasil, sofreu alterações significativas ao longo das duas décadas seguindo tendências macro como a influência do marxismo, Escola de Annales, Nouvelle Histoire do neomarxismo inglês.

As novas reflexões proporcionaram um novo olhar sobre temas antes desconsiderados. A dialética marxista ou materialismo histórico propõe um desvelar histórico cujo cerne é o homem como aquele que faz a história, mas não como quer. Tal pressuposto carrega em si desmembramentos tais como: a história devir e processo. Logo o ensino de História passa a privilegiar categorias explicativas até então colocadas à margem. A centralidade da discussão está no trabalho derivado da categoria necessidade, ou seja, o trabalho é central porque faz parte da existência humana e é por meio deste que os homens produzem, suprem e criam novas necessidades.

O materialismo histórico contribui ainda no sentido de repensar as relações de poder e novamente Marx aponta que o motor da história são as lutas de classe. Esta dada reflexão inaugura um novo pensar: toda história das lutas de classe, ou seja, uma disputa interessante entre dominador e dominado, o primeiro para manter a dominação e o seguindo para libertar-se dela.

A partir dos anos 30 do século XX a Escola de Annales e seus desdobramentos com a Nouvelle Historie nos anos 80 novos temas, novos problemas e novas abordagens surgem. Notadamente entre tantas possibilidades a principal contribuição foi a questão da cultura. A valorização das manifestações culturais evidenciadas em tudo aquilo que resultou da produção humana material e imaterial resultou em múltiplas vertentes de pensamento e possibilidades: imaginário, mentalidade, cotidiano.

Temas anteriormente desprezados tornam-se o centro das discussões: os excluídos da história (mulheres, prisioneiros, operários, homossexuais e outros), história do pão, do vinho, da moda, dos camponeses, da bruxaria, passam a revelar uma multiplicidade narrativa quase infinita, mas não livre de críticas advindas da própria academia, ou seja, o entusiasmo estava longe de ser uníssono.

A preocupação central, segundo os membros do movimento, era revelar a historicidade anteriormente negada tanto pelo positivismo quanto pelo materialismo histórico que desconsiderava certos aspectos fugidios de explicações meramente políticas e economicistas colocando a cultura no centro das investigações.

Muitos são os estudos e as obras resultantes, contudo algumas passaram a ser referência tornando-se clássicos indispensáveis na formação do professor de História.

A partir de teóricos como: Mihhail Bakhtin (1895-1975), Norbert Elias (1897-1990) Michel Foucault (1926-1984) e Pierre Bordieu (1930-2002) surgiram novas perspectivas para os historiadores culturais, onde o povo passa a ser visto como diferenciado e não mais uma massa amorfa.

Edward Thompson considerado pensador da nova esquerda inglesa discute a formação da classe operária a partir de Marx, contudo avança significativamente afirmando que classe se faz.

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Para Roger Chartier “a cultura não é situado nem acima nem abaixo das relações econômicas e sociais.” (Diretrizes, 2006, p. 25). Ou seja, na perspectiva de Chartier todas as práticas são praticas culturais, a construção do conceito de cultura, se dá por meio das representações, imagens, símbolos.

O conceito de circularidade cultural de Carlo Guinzburg coloca em cheque a visão de cultura popular e cultura erudita como dominada e dominante.

Metodologia

Conforme o planejamento, estudou-se a História e a cultura da África, enfatizando as manifestações culturais afro-brasileiras, fazendo recortes na música (canto, dança e/ou jogos), na influência da culinária e outras expressões culturais, resgatando assim um pouco do passado e o contexto histórico, culminando com a influência da cultura africana na formação do povo brasileiro. A influência da cultura africana no Brasil é tão intensa que, muitas vezes, até sem perceber, utilizamos expressões, ouvimos músicas, dançamos sem saber que na origem do que fazemos estão os africanos mais antigos, homens e mulheres que ajudaram a construir o Brasil. Os africanos estão na base da maioria de nossas manifestações culturais populares, seja nas festividades tradicionais, na culinária, em alguns ritos religiosos e até em nosso modo de vestir.

Esse projeto foi desenvolvido em três dias de quatro horas/aulas diárias, juntamente com a disciplina de Geografia, envolvendo em torno de 30 alunos no período matutino e 30 alunos no período noturno, lembrando que a escola ( CEEBJA _ Educação de Jovens e Adultos) as aulas são por disciplina, sendo assim ficou estabelecido que:

PRIMEIRO DIA:Apresentação do projeto para os alunos de História e Geografia do Ensino

Fundamental e Médio do CEEBJA de Toledo-Pr.Aula expositiva resgatando a História e a cultura da África.Apresentação de um clip de imagens, fotos do continente africano ( sobre a natureza,

relevo, vegetação, seca, animais, arte, religião, música, culinária, a miséria). Trabalho em grupos com mapas e Atlas geográfico: confecção do mapa do continente

africano e do Brasil, localizando os principais grupos africanos trazidos para o Brasil, onde se fixaram primeiramente e também as rotas marítimas realizadas.

SEGUNDO DIA:• Ensaio e apresentação de um canto africano.• História sobre a dança e/ou da capoeira e do maculelê, ensaio de alguns passos,

dança e formação da roda, tanto na capoeira como no maculelê.

TERCEIRO DIA:• Apresentação da história da culinária africana.• Foram feitos quatros pratos da culinária africana: acarajé; vatapá; canjica baiana e

bolo de milho.• Depois dos pratos prontos, foram servidos para a degustação.• Ao final comentários sobre os resultados obtidos dessa atividade.

RESULTADOS

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Os resultados obtidos com esse projeto atingiram nossas expectativas, houve uma melhor compreensão sobre a riqueza e importância da cultura africana na formação do povo, tanto pela parte dos alunos como pela parte dos professores.Interesse de alguns alunos em participar das atividades de capoeira (numa academia local).Interesse dos professores e alunos na continuação desse projeto.

Referências Bibliográficas

SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2006.

História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais / Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR, 2006.(Cadernos Temáticos).

Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná, 2006.

LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Unicamp, 1992.

Texto auxiliarSCHMIDT, M.A.M.S.; CAINELLI, M. Ensinar história. São Paulo: Scipione, 2004.

Prof.ª Vera Gladis RuhoffCEEBJA TOLEDO – PR.

Projeto

FORMAÇÃO DE PROFESSORAS/ES EM GÊNERO, SEXUALIDADE, ORIENTAÇÃO SEXUAL E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAISCURSO GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA

Diagnóstico da Realidade:

A escola é um lugar de construção da cidadania; além da promoção e valorização do conhecimento historicamente acumulado, a escola vem assumindo uma função social muito importante. Uma dessas funções agregadas à escola, é a alfabetização e o ingresso no processo escolar de alunos fora da faixa etária. Como é o caso dos Ceebja's, isto é, Centro Estadual de Educação e Jovens e Adultos. Entretanto, percebemos que há uma parcela dos alunos da nossa escola, o Ceebja de Toledo, que se sentem inferiorizados por estudarem numa escola para jovens e adultos. Devido à proposta inicial da EJA que era à distância, na modalidade supletiva, construída há mais de vinte anos, mas que passou por severas alterações, sendo, agora, totalmente presencial e com qualidade de ensino.

Para efetivar a ideia de uma escola pública, gratuita e para todos, com qualidade de ensino, vê-se a necessidade de fazer este projeto voltado para a quebra deste preconceito com relação a nossa escola.

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“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo” (FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17 ed. RJ: Paz e Terra, 1987. p. 13).

TÍTULO: CEEBJA: UMA ESCOLA PARA A VIDA

NOME: LUIZA HELENA HILGERT E VERA GLADIS RUHOFF

Escola em que trabalha e na qual será desenvolvido o Plano de Ação: CEEBJAMunicípio: Toledo

NOME DA/DO PROFESSORA/R TUTORA/R ON-LINE: CLAUDIA CRISTINA HOFFMANN

OBJETIVOS PRETENDIDOS COM A ATIVIDADE PROPOSTA:

• DESCONSTRUIR A IMAGEM PRECONCEITUOSA CONTRA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS;

• VALORIZAR O ENSINO DE QUALIDADE DA PROPOSTA PRESENCIAL DA EJA;

RESGATAR A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO, INDEPENDENTEMENTE DA FAIXA ETÁRIA E CONDIÇÃO SOCIAL DO EDUCANDO;

PROMOVER A AUTOESTIMA DOS ESTUDANTES E, AO MESMO TEMPO, A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA.

Justificativa e referencial teórico:

O preconceito está presente em praticamente todos os âmbitos e setores da sociedade. Percebemos em nossa escola muitos estudantes que se sentem inferiorizados e até mesmo discriminados por estudarem numa escola cuja proposta seja atender alunos trabalhadores, jovens, adultos e idosos. Acreditamos que a origem deste preconceito e dessa sensação de diminuído que muitos alunos sentem, especialmente os jovens, esteja na história da educação para jovens e adultos. A proposta inicial dos centros educacionais (antigos CE's) era o atendimento individual, cuja maioria das atividades eram realizadas em casa e o estudante vinha para a escola “tirar dúvidas” e realizar as avaliações. Dada a proposta inicial, criou-se uma espécie de senso comum que pré-julgava o ensino da EJA como sendo de má qualidade. Tanto é que algumas empresas descartavam os candidatos à vagas de trabalho cuja escolarização tivesse sido feita na EJA. Conforme os dados encontrados no sitio do CEEBJA Toledo: em uma segunda fase, as aulas passaram a ser semi-presenciais, com exigência de 30% presencial e 70% a distância. Atualmente, os cerca de 1200 alunos acompanham as aulas 100% presencial. Nestes 20 anos de efetivo trabalho com a educação, um total de 31.852 pessoas já estudaram nesta Instituição e a família que hoje compõe esta Escola, entre direção, professores, equipe pedagógica, funcionários, alunos, membros da APAF, Grêmio e Conselho Escolar têm enorme prazer em estar neste Estabelecimento. de Ensino.(http://www.tooceebjatoledo.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=15 Acessado em 24/02/2010).

DESSE MODO, ENTENDEMOS A ESCOLA COMO PARTE IMPORTANTE NO PROCESSO DE EMANCIPAÇÃO E CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA, SENDO ASSIM, CONCORDAMOS COM FUCK QUANDO AFIRMA QUE:

“Que a educação seja o processo através do qual o indivíduo toma a história em suas próprias mãos, a fim de mudar o rumo da mesma. Como? Acreditando no educando, na sua capacidade de aprender, descobrir, criar soluções, desafiar, enfrentar, propor, escolher e assumir as conseqüências de sua escolha. Mas isso não será possível se continuarmos bitolando os alfabetizandos com desenhos pré-formulados para colorir, com textos criados por outros

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para copiarem, com caminhos pontilhados para seguir, com histórias que alienam, com métodos que não levam em conta a lógica de quem aprende.”(FUCK, Terezinha. Alfabetização de Adultos. Relato de uma experiência construtivista. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 14 - 15)

Descrição da atividade (metodologia):

Sensibilizar por meio de música, poema, charge, trecho de filme, etc. todos os estudantes sobre a importância do estudo e do conhecimento.

Ação 1- Exibição e análise do filme “Vida Maria”, comparação com recortes de notícias que envolvam a questão do trabalho infantil, analfabetismo, evasão escolar e falta de planejamento familiar.

Ação 2- Análise da música “Cidadão” de Chico Buarque de Holanda e comparação com o curta-metragem “Vida Maria” e recortes de notícias que envolvam o trabalho.

Ação 3- Exibição e análise de trechos do filme “Das Ruas para a Universidade” e comparação com relatos de pessoas e notícias que evidenciam a importância do estudo e do conhecimento para uma transformação pessoal.Produção pessoal sobre as diversas situações que trouxeram cada aluno para o CEEBJA, sua concepção acerca da função, da importância e as impressões que tem sobre a escola.

Ação 4- Produção individual sobre as diversas situações que trouxeram cada aluno para o CEEBJA, em forma de relato.

Ação 5- Produção pessoal sobre a concepção que o aluno tem do papel social do CEEBJA, enfatizando sua importância, função e as impressões que ele tem sobre a escola como um todo.Pesquisar, debater, analisar textos previamente selecionados sobre a história da escola para jovens, adultos e trabalhadores.

Ação 6- Leitura, interpretação e discussão de textos que tratam da história da educação de jovens, adultos e trabalhadores.

Ação 7- Leitura, interpretação e discussão de textos que tratam da história da educação de jovens, adultos e trabalhadores.

Ação 8- Leitura, interpretação e discussão de textos que tratam da história da educação de jovens, adultos e trabalhadores.

Ação 9- Confecção de um mural com trechos da produção dos alunos.Entrevistas com alunos e ex-alunos que possam servir de exemplos e referenciais para os atuais e futuros estudantes.

Ação 10- Os alunos serão convidados a responder um questionário elaborado pela coordenação do projeto.

Ação 11- Entrevista com ex-alunos.

Ação 12- Montagem de um quadro de resposta, análise dos dados obtidos com as entrevistas.

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Mesa-redonda, ou ciclo de palestras e debates com ex-alunos que, de alguma forma, tiveram uma importante mudança de vida após sua frequência e permanência na escola.

Ação 13- Ex-alunos serão convidados a participar de uma mesa-redonda sobre a importância da volta à escola na sua vida profissional e/ou pessoal.

Obs.: Essa ação ocorrerá ao longo do ano letivo, concomitantemente às outras atividades..

Ação 14- Elaboração, montagem e criação de um documentário em vídeo com essas entrevistas e demais materiais a serem pesquisados e produzidos, que servirá de material didático pedagógico.

Ação 15- Apresentação do documentário.

Avaliações do projeto e dos participantes.

Ação 16- Auto-avaliação do projeto.

Espaço físico onde deve ou pode ser realizada a atividade: A escola como um todo.

Material necessário: Textos foto copiados, papel, canetas, lápis, cartolina, pincel atômico, cola, tesoura, filmadora.

Meio de comunicação a ser utilizado, caso necessário: mural, jornal, TV, DVD, projetor, computador, filmadora.

Tempo necessário à realização da atividade:

a) Para planejamento:8 horas-aula mensais, ao longo do ano letivo de 2010,

b) Para execução (cronograma):

Março

Dia 22: Ação 1

Dia 23: Ação 2

AbrilDia 13: Ação 3Dia 16: Ação 13Dia 28: Ação 4

MaioDia 13: Ação 5Dia 20: Ação 13Dia 28: Ação 6

JunhoDia 14: Ação 7Dia 23: Ação 13Dia 29: Ação 8

Julho – Agosto: Férias

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SetembroDia 15: Ação 9Dia 21: Ação 13Dia 30: Ação 10

OutubroDia 15: Ação 11Dia 18: Ação 13Dia 25: Ação 12

NovembroDia 9: Ação 14Dia 19: Ação 13Dia 24: Ação 15

DezembroDia 10: Ação 16

Número ideal de participantes: Será realizado com todos os alunos que estão frequentando as aulas.

Descrição das/dos participantes/parcerias: Todos os alunos, do ensino fundamental e médio. Professores, direção, equipe pedagógica e funcionários e convidados externos (ex-alunos).

Avaliação:

Será elaborada uma planilha e todos os participantes e envolvidos responderão de acordo com a sua colaboração na realização do projeto, inclusive sobre a relevância e a importância do projeto em si.

Outras informações pertinentes:

13 - Avaliação do Projeto Político Pedagógico.

A avaliação desse PPP acontecerá de forma natural e a qualquer momento de acordo com a necessidade de efetivação. Com a participação do corpo funcional envolvido nesta Ação, oportunizando mudanças e/ou ajustes necessários com base nas sugestões propostas, análise dos resultados e também da viabilização de operacionalidade.

14 – Referências Bibliográficas

- ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.

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- BRZEZINSKI Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo: Cortez, 1997.

- CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.

- CARVALHO, Elma Júlia Gonçalves de. Gestão escolar. Maringá, 2008.- (5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA).- Conselho Estadual de Educação - PR

- Deliberação 011/99 – CEE.- Deliberação 014/99 – CEE.- Deliberação 005/98 - CEE.- Deliberação 008/00 – CEE.- Indicação 004/96 – CEE.- Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios).

- Conselho Nacional de Educação- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.

Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.

- Parecer 015/98 - Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.- Resolução 03/98 – CEB.

- Constituição Brasileira – Artigo 205.

- DELORS, J. Educação: Um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: MEC: UNESCO, 1998.

- DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP: Papirus, 1997.

- DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros. Nível de Escolarização da População. Mimeog.

- DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. Mimeog.

- DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação e a Educação de Jovens e Adultos. Mimeog.

- Decreto 2494/98 da Presidência da República.- Decreto 2494/98 da Presidência da República.

- FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

- LDBEN nº 9394/96.

- OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos Temáticos). Curitiba: SEED – PR, 2004.

- Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental.- Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental.- Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio.

- Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos.

- SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN.

- SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.