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CEEBJA de Paranavaí Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos de Paranavaí Ensino Fundamental e Médio PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO PARANAVAÍ Dezembro - 2015

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CEEBJA de Paranavaí

Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e

Adultos de Paranavaí – Ensino Fundamental e Médio

PROJETO POLÍTICO-

PEDAGÓGICO

PARANAVAÍ

Dezembro - 2015

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I. APRESENTAÇÃO

Este Projeto Político-Pedagógico do Centro Estadual de Educação Básica

para Jovens e Adultos de Paranavaí – Ensino Fundamental e Médio, por meio dos

marcos situacional, conceitual e operacional, objetiva mostrar como se dará a

funcionalidade da escola a partir do ano letivo de 2016, respondendo às pergun-

tas a respeito do que a escola deseja alcançar, a que distância ela está deste ob-

jetivo e quais ações serão realizadas para diminuir a distância entre onde se está

e o que se quer de fato construir.

Neste contexto, esse Projeto Político-Pedagógico significa em sua constru-

ção, o repensar, o refletir e a incorporação de novas ideias e formas democráticas

que serão acrescidas à prática educativa numa perspectiva emancipatória e trans-

formadora da educação, o que exigirá compromisso político-pedagógico dos pro-

fissionais dessa escola pública.

Desta forma, as reflexões relatadas neste Projeto Político-Pedagógico são

frutos dos encontros e trocas de idéias entre professores, da colaboração das ins-

tâncias colegiadas, das formações continuadas realizados pela SEED, DEJA e

pela própria escola.

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II. INTRODUÇÃO

2.1 IDENTIFICAÇÃO

Identificação da instituição

1 – Denominação da instituição:

Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos de Paranavaí - Ensino

Fundamental e Médio.

2 – Endereço:

Rua Amador Aguiar, nº 939

3 – Bairro/Distrito

Jardim Ipê

4 – Município

Paranavaí

5 – NRE

Paranavaí

6 – CEP

87707-130

7 – Caixa Postal

-o-

8 – DDD

44

9 – Telefone

3422-7611

10 – Fax

3422-7611

11 – E-mail

[email protected]

12 – Site

www.pvaceebjaparanavai.seed.pr.gov.br

13 – Entidade mantenedora

Governo do Estado do Paraná

14 – CNPJ/MF

76.416.965/0001-21

15 – Autorização Estabelecimento: Res. 3865/92 – DOE 27/11/1992

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2.2 CARACTERIZAÇÃO GERAL

2.2.1 Histórico da Escola

O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos de Parana-

vaí – Ensino Fundamental e Médio, (antigo CES – CEAD), nasceu por iniciativa

da Secretaria Municipal de Educação de Paranavaí.

No dia 07/10/1991, protocolado sob nº 1.93.265-3, deu-se entrada no De-

partamento de Ensino Supletivo da Secretaria de Estado da Educação do Paraná,

o processo de solicitação de implantação do atual Centro Estadual de Educação

Básica para Jovens e Adultos de Paranavaí, Ensino Fundamental e Médio, objeti-

vando a expedição do ato de criação e autorização de funcionamento dos cursos

de 1º e 2º graus do Ensino Supletivo – Função Suplência de Educação Geral, a

ser implantado no Município de Paranavaí.

Encaminhado o processo para o Conselho Estadual de Educação, o mes-

mo emitiu o parecer nº 242/92, aprovado em 09/10/1992 que autorizava o funcio-

namento dos cursos reivindicados, tendo, na seqüência, o Secretário de Estado

da Educação, assinado a Resolução nº 3865/92 de 04/11/1992, publicada no

DOE nº 3898 de 27/11/92, que criava, na época, o CES - Centro de Estudos Su-

pletivos de Paranavaí.

A sede da escola foi instalada em prédio alugado pelo Município de Para-

navaí, localizado na Rua Antonio Felippe, 1280, sendo que ao Estado, órgão

mantenedor, coube os recursos humanos e à Prefeitura Municipal de Paranavaí,

os recursos físicos de toda ordem.

Em sua implantação, essa escola foi denominada de Centro de Estudos

Supletivos de Paranavaí (CES), e possuía como características essenciais: fre-

qüência livre, ensino personalizado, estudo modular, ritmo próprio do aluno, recu-

peração paralela, matrícula por disciplina e atendimento individual, provas pre-

senciais.

Através do parecer nº 526/93 de 27/07/93, se ampliou o atendimento para

alunos de 1ª a 4ª série com necessidades especiais, na deficiência mental e audi-

tiva.

Em 24/09/1993, o CES instituiu a sua Associação de Alunos e Professores,

denominada APAP – Associação de Professores e Alunos.

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Através do parecer nº 064/96 de 12.04.1996, o Conselho Estadual de Edu-

cação se posicionou favoravelmente ao reconhecimento dos cursos de 1º e 2º

graus ofertados e a Resolução nº 1874/96 de 30/04/1996 consolida tal atitude,

que foi publicada no DOE nº 4761/96 de 21/05/1996.

Em fevereiro de 1994 teve suas instalações ampliadas, sendo utilizada

uma residência anexa ao prédio onde já funcionava a escola, localizado à Rua

Antonio Felippe 1280.

Em julho de 1996, para um melhor atendimento de seu alunado, a escola

teve sua sede transferida para um novo prédio pertencente ao município de Para-

navaí, o qual foi cedido a esta escola, com 1050 m2, situado no Jardim São Jorge,

na Praça dos Expedicionários, s/n, em prédio Municipal.

Após quatro anos de existência, esse Centro se transformou em um dos

dez CES-PÓLOS do Paraná pela Resolução 3.635/96 de 16/09/1996, e através

da Resolução 691/98 de 16/03/1998, compôs o grupo de trinta CEAD-PÓLOS.

Em 1998, a escola teve seu nome alterado, passando agora a ser chamada

de CEAD – Centro de Educação Aberta, Continuada, a Distância de Paranavaí,

Ensino Fundamental e Médio, pela Resolução 3.120/98 de 11/09/1998.

No mês de setembro de 1988, anexo ao prédio onde funcionava a escola,

foi construído um auditório com capacidade para 100 pessoas e um Laboratório

de Informática, numa parceria entre a APAF e a Prefeitura do Município de Para-

navaí.

Em 1999, a escola novamente teve alteração no nome, passando agora a

denominar-se CEEBJA – Centro Estadual de Educação básica para jovens e A-

dultos de Paranavaí, Ensino Fundamental e Médio, através da Resolução nº

4561/99 de 15/12/1999.

No ano de 2001, este Centro teve sua Proposta Pedagógica modificada e

implantada a partir do ano de 2002, de acordo com o parecer favorável do Conse-

lho Estadual de Educação sob nº 357/01, passando a ofertar ensino semipresen-

cial.

Durante o período de julho de 1996 a junho de 2006, a escola funcionou no

Jardim São Jorge, nesta cidade de Paranavaí.

A partir de 01 de julho de 2006, a escola transferiu sua sede para a Rua

Amador Aguiar, nº 939, no Jardim Ipê, neste município de Paranavaí, em prédio

pertencente ao Governo do Estado do Paraná, com área construída de aproxima-

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damente 850 m2, e área útil de mais de 2.500 m2, continuando seu atendimento

aos alunos de Paranavaí e da região em sua sede, e também por meio de ações

pedagógicas descentralizadas.

Desde a sua implantação, a escola teve os seguintes diretores: professora

Cleusa Fátima Scaliante Wiese, no período de 27/11/1992 a 31/12/2001, e o pro-

fessor Celso Jorge Martins, de 01/01/2002 até a presente data.

Teve também os diversos professores que foram marcando a história deste

estabelecimento de ensino, bem como, os alunos, das mais diferentes idades,

que mediante oportunidades diversas oferecidas, contribuíram para que os mes-

mos saíssem de sua condição de semi-escolarizados, para um estágio mais ele-

vado, seja no campo intelectual, ampliando seus horizontes do conhecimento, se-

ja no campo profissional, pela apropriação de ferramentas capazes de lhes dar

condições de competências e desempenho.

Em 2009, foi implantado o Ensino Profissionalizante Integrado (PROEJA),

ofertando os cursos: Técnico em Secretariado e Técnico em Estética e Imagem

Pessoal.

Atualmente, a sede da escola atende aproximadamente 750 alunos nos

Ensinos Fundamental e Médio e as ações descentralizadas, atuando em 03 muni-

cípios do Núcleo Regional de Educação de Paranavaí, atende aproximadamente

250 alunos, num total aproximado de 1000 alunos.

2.2.2 Caracterização do Atendimento: Cursos Autorizados, Reconhecidos e

Funcionamento

2.2.2.1 Cursos Autorizados

Cursos autorizados Número das autorizações

Ensino Fundamental – EJA Res. 79/07 – DOE 09/02/2007

Ensino Médio – EJA Res. 79/07 – DOE 09/02/2007

2.2.2.2 Cursos Reconhecidos

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Cursos reconhecidos Número dos reconhecimentos

Ensino Fundamental – EJA Res. 5213/13 – DOE 14/11/2013

Ensino Médio – EJA Res. 5213/13 – DOE 14/11/2013

2.2.2.3 Cursos e atividades com possibilidades de oferta em contraturno

Cursos Turno

Atividades Complementares Curriculares em Contra

turno Periódicas: Mundo do Trabalho e Geração de

Rendas – Empreendedorismo. Imagem Pessoal

Vespertino e Noturno

CELEM Vespertino e Noturno

Sala de Recursos Multifuncional - Tipo I na Edu-

cação de Jovens e Adultos

Vespertino e Noturno

2.2.2.4 Turnos e Horários de Funcionamento

Turnos Horários

Manhã 08:00 às 11:35

Tarde 13:25 às 17:00

Noite 19:00 às 22:35

2.2.3 Organização Curricular da EJA

Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de

escolarização para jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus

estudos no Ensino Fundamental e Médio, assegurando-lhes oportunidades apro-

priadas, consideradas suas características, interesses, condições de vida e de

trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.

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Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de

modo a viabilizar processos pedagógicos, tais como:

- pesquisa e problematização na produção do conhecimento;

- desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;

- registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações,

fotografias, ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a

sistematização e socialização dos conhecimentos;

- práticas laboratoriais (laboratório de ciências naturais, e Informática) .

- utilização das tecnologias com recursos diferenciados (computadores,

TV pendrive, data show, e outras).

- vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos

educandos, bem como a reflexão sobre outras formas de expressão

cultural.

Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos pla-

nos de estudos e atividades, tanto no atendimento individual como no coletivo.

Nesse sentido, a escolarização, em todas as disciplinas, será organizada

de forma coletiva ou individual, ficando a critério do educando escolher a maneira

que melhor se adapte às suas condições e necessidades, ou mesmo mesclar es-

sas formas, ou seja, cursar algumas disciplinas organizadas coletivamente e ou-

tras individualmente.

2.2.3.1 Organização Coletiva

Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um

cronograma que estipula o período, dias e horários das aulas, com previsão de

início e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização

do currículo.

A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos con-

teúdos de forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando os sa-

beres adquiridos na história de vida de cada educando.

2.2.3.2 Organização Individual

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Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um

cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, contemplando mais

intensamente a relação pedagógica personalizada e o ritmo próprio do educando,

nas suas condições de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados.

A organização individual destina-se ao educando que não pode cumprir o

cronograma com dias e horários determinados para freqüentar as aulas, devidos

às condições de horários alternados de trabalho e para os que forem classificados

ou reclassificados ou desistentes quando não há, no momento, da matrícula, tur-

ma organizada coletivamente para a sua inserção. Na organização individual é

preciso estar atento para não incorrer em um processo de aligeiramento para a

certificação, não condizente com os pressupostos das Diretrizes Curriculares e

EJA.

2.2.3.3 Atividades Complementares Curriculares em Contraturno Periódi-

cas

O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno

Periódicas é um programa da Secretaria do Estado da Educação que deve ser

concebido como um projeto educativo, integrado com a ampliação de tempos, es-

paços e oportunidades educativas, visando a apropriação educacional de todos

os sujeitos envolvidos através do contato com os equipamentos sociais e culturais

existentes na escola ou no território em que esta situada. Assim, ao pretender re-

constituir a condição de ambiente de aprendizagem à comunidade, a escola esta-

rá contribuindo para uma cidade educadora, visualizando e ampliando as possibi-

lidades educativas fora do espaço escolar. Desta forma os espaços externos ao

ambiente escolar podem ser utilizados mediante o estabelecimento de parcerias

com órgãos e entidades locais, sempre de acordo com o Projeto Político Pedagó-

gico da Escola.

2.2.3.4 CELEM

A própria natureza da linguagem exige que se considere seu uso social, e

não apenas sua organização, quando o ensino se resume a vocabulário, gramáti-

ca, funções (cumprimentar, pedir informações) e questões ligadas ao conheci-

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mento sistêmico, a própria língua e sua estrutura passam a ser entendidas como

objeto de ensino.

Há a necessidade de se incorporar o contexto de produção dos discursos,

permitindo a compreensão do uso que as pessoas fazem do idioma ao agir na so-

ciedade, a língua portanto deverá ser tratada de forma dinâmica, por meio da lei-

tura, da oralidade e da escrita, não valendo a máxima de um em detrimento do

outro, pois todos são pressupostos reais para o aprendizado eficaz e transforma-

dor, abordando diferentes recursos para entender as práticas sociais de leitura e

escrita.

Ao estudar um outro idioma, o aluno usa conhecimentos prévios de leitura

e escrita e faz analogias com a língua materna.

2.2.3.5 Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I na Educação de Jovens e

Adultos

Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I na EJA é um atendimento educa-

cional especializado, de natureza pedagógica que complementa a escolarização

realizada em Escolas da EJA, nos CEEBJA, tanto nas turmas da sede destes es-

tabelecimentos de ensino, como nas descentralizações, que visa atender a alunos

oriundos de serviços da educação especial, regularmente matriculados na EJA.

Implementar e assessorar ações pedagógicas conjuntas com o professor

das disciplinas, direção, equipe pedagógica e demais funcionários, bem como,

atuar como agente mediador entre aluno/conhecimento, professor/aluno e alu-

no/aluno (Instrução Nº 014/2011 – SEED/SUED).

2.2.3.6 Matrícula

Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e

Adultos, será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela mantenedo-

ra e o Regimento Escolar da escola.

No ato da matrícula o educando será orientado por equipe de professor-

pedagogo sobre: a organização dos cursos, o funcionamento do estabelecimento,

horários, calendário, regimento escolar, a duração e a carga horária das discipli-

nas.

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No ato do primeiro atendimento de estudos, o educando será orientado pe-

los professores das diferentes disciplinas, que os receberão individualmente ou

em grupos agendados, efetuando as orientações metodológicas, bem como as

devidas explicações sobre o funcionamento da escola e da disciplina.

2.2.4 Estrutura Física

As instalações do CEEBJA de Paranavaí passaram por adequações bási-

cas voltadas ao atendimento de seu alunado com e sem necessidades educacio-

nais. A escola conta com rampas e banheiros adequados para e deficientes físi-

cos.

Quanto às salas de aulas e áreas temáticas de atendimento ao alunado,

bem como à Biblioteca, à cozinha, à lavanderia, ao refeitório, aos Laboratórios, ao

Auditório, à Secretaria, à Direção e aos demais espaços administrativos e peda-

gógicos, os mesmos estão disponibilizadas em número e tamanho adequados.

No entanto, já se faz necessário a construção de espaços físicos próprios

para atendimento de Laboratórios básicos diversos e Laboratórios específicos pa-

ra a formação profissional.

A escola também tem carência de Refeitório adequado para atendimento

de seu alunado, que atualmente faz do pátio o espaço de refeições.

É notável também a necessidade de uma construção de novos banheiros

para funcionários, com as devidas adaptações para deficientes físicos.

De forma geral, a escola apresenta condições básicas de funcionamento e

disponibiliza ambientes necessários para a execução da sua Proposta pedagógi-

ca.

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Ambientes Pedagógicos

Número de ambientes pedagógicos

- Salas de aula: 07

- Sala Vídeo/Auditório: 01

- Sala Ambiente p/Estudos: 01

- Direção: 01

- Equipe Pedagógica - 01

- Coordenação: 01

Área destinada a ambientes pedagógicos

556 m2

Outros Ambientes de Apoio Pedagógico

- Biblioteca 49 m2

- Laboratório de Ciências Naturais 49 m2

- Laboratório de Informática 49 m2

Ambientes Administrativos

Número de ambientes administrativos

- Secretaria: 01

- Almoxarifado: 01

- Arquivos: 01

Área destinada a ambientes administra-

tivos

92 m2

Outros Ambientes de Apoio Administrativo

- Cozinha 25 m2

- Sala dos Professores 24 m2

- Depósito 08 m2

- Lavanderia 08 m2

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Complexo higiênico-sanitário

Banheiro Sexo ao qual se destina N Pias N Vasos Sanitários

Banheiro

[X ] Masculino

[X ] Feminino 01 01

Banheiro

para cadeirante

[X ] Masculino

[X ] Feminino 01 01

Banheiro

n 01

[ ] Masculino

[ X ] Feminino 03 03

Banheiro

n 02

[ X ] Masculino

[ ] Feminino 03 03

Complexo do Pátio

Locais Área em m²

- Pátio Interno Coberto 115 m²

- Pátio Externo Livre 1.150 m²

- Estacionamento 850 m²

- Rampas de acesso a pátios para pessoas

com deficiência física.

01

2.3 Recursos Humanos

Considerando os recursos humanos, disponibilizados pela mantenedora, o

CEEBJA de Paranavaí possui, atualmente, demanda de professores, pedagogos

e agentes educacionais I e II em número satisfatório para o desenvolvimento da

sua Proposta Pedagógica.

2.3.1 Equipe Gestora

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Funções Demanda em

horas

Formação

Direção 040 Pós-graduado: Mestrado / PDE

Direção-auxiliar 040 Pós-graduado: Mestrado / PDE

Professor Pedagogo 100 Pós-graduado: Mestrado / Especialista / PDE

Coordenações 020 Pós-graduado: Doutorado / Mestrado /PDE

2.3.2 Funcionários de Apoio Técnico-Administrativo

Funções Demanda em horas Formação

Secretário 040 Graduado e Especialista

Assist. Téc. Adminst. 240 Graduado e Especialista

2.3.3 Funcionários de Apoio Geral

Funções Demanda em horas Formação

Agente Educacional I 280 Graduação / Profuncionário / Ensi-

no Médio

2.3.4 Docentes – sede do CEEBJA

Funções Demanda em horas Formação

Professor – Ensino Funda-

mental - Fase II

320 Pós-graduado: Especialista, Mes-

trado, PDE e Doutorado.

Professor – Ensino Médio 280 Pós-graduado: Especialista, Mes-

trado, PDE e Doutorado.

2.3.5 Docentes – descentralizações do CEEBJA

Funções Demanda em horas Formação

Professor – Ensino Funda-

mental - Fase II

160 Pós-graduado: Especialista

Professor – Ensino Médio 160 Pós-graduado: Especialista

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2.4 Recursos Financeiros

Os recursos financeiros, com os quais o CEEBJA conta, são provenientes

do Fundo Rotativo (Consumo, Serviços, Merenda, etc), disponibilizado para a ins-

tituição pela mantenedora do Governo do Estado do Paraná, conforme calendário

próprio, e outras fontes de recursos públicos.

Esses recursos são geridos pela direção da escola, com planejamento or-

ganizado com a participação de toda a comunidade escolar, representada pelas

instâncias colegiadas.

2.4.1 Material Didático

O material didático, indicado pela mantenedora, constitui-se como um dos

recursos pedagógicos do Estabelecimento Escolar da Rede Pública do Estado do

Paraná de Educação de Jovens e Adultos.

Este material compõe-se Livros Didáticos Públicos do Estado do Paraná

para o Ensino Médio, Livros disponibilizados pelo MEC pelo PNLD e de Apostilas

por disciplinas mediante encaminhamentos internos, conforme grade curricular da

Proposta Pedagógica do Estabelecimento de Ensino, e será ofertado ao alunado

conforme instruções da mantenedora e mediante a legislação vigente.

2.5 Instâncias Colegiadas

2.5.1 APAMF – Associação de Pais, Alunos, Mestres e Funcionários

A APAMF – Associação de Pais, Alunos, Mestres e Funcionários: órgão de

representação do corpo docente e discente da escola, de utilidade pública, não

tendo caráter partidário, religioso, de raça, e nem de fins lucrativos, não sendo

remunerados seus dirigentes e conselheiros, tratando-se de trabalho voluntário.

Suas funções principais são:

Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao edu-

cando, de aprimoramento do ensino e integração família – escola –

comunidade, enviando sugestões, em consonância com a proposta

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pedagógica, para apreciação do Conselho Escolar e Assessoria

Técnica;

Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, as-

segurando-lhes melhores condições de eficiência escolar em conso-

nância com a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no

contexto escolar, discutindo a política educacional, visando sempre

a realidade dessa comunidade;

Proporcionar condições ao educando, para participar de todo pro-

cesso escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil,

com o apoio da APAMF do CEEBJA de Paranavaí e do Conselho

Escolar;

Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuin-

do, dessa forma, para melhoria da qualidade de ensino, visando

uma escola pública, gratuita e universal;

Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcio-

nários e toda a comunidade, através de atividades sócio-educativo-

cultural-desportivas, ouvido o Conselho Escolar e a Assessoria Téc-

nica;

Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes fo-

rem repassados através de convênios, de acordo com as prioridades

estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho Escolar;

Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e su-

as instalações, conscientizando sempre a comunidade para a impor-

tância desta ação.

A Diretoria APAMF do CEEBJA de Paranavaí cujo mandato é de 2 (dois)

anos, iniciado em 23 de abril de 2015, terá seu término em 23 de abril de 2017,

sendo sua composição formada por:

Presidente – Edson de Oliveira;

Vice-Presidente - Donida Oliveira Souza;

1ª Secretária – Helen Cristina de Oliveira;

2º Secretário – Aguinaldo Pastor Ferreira;

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1º Tesoureiro – Manoel Marques de Lima;

2º Tesoureiro – Samuel Weller Guillen Evangelista;

1º diretor sociocultural esportivo: Cleverson da Silva Lopes;

2ª diretora sociocultural esportiva: Adriana Gallego Martins.

Conselho deliberativo e fiscal: membros efetivos:

Daniel Rodrigues da Silva;

Cleide dos Santos;

Sandra Domingues Gomes Bertacchi;

Cristiane Belarmino de Souza.

2.5.2 Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade

Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a

organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição

escolar em conformidade com as políticas e diretrizes educativas da SEED, ob-

servando a Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político Pedagógico e o Regi-

mento Escolar, para o cumprimento da função social e específica da escola.

A função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes

e linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e financeiras quanto ao

direcionamento das políticas públicas desenvolvidas no âmbito escolar.

A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para dirimir dúvidas

e tomar decisões quanto às questões pedagógicas, administrativas e financeiras,

no âmbito de sua competência.

A função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações

educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de

problemas e alternativas para melhoria de seu desempenho, garantindo o cum-

primento das normas da escola e a qualidade social da instituição escolar.

A função fiscalizadora refere-se ao acompanhamento e fiscalização da ges-

tão pedagógica, administrativa e financeira da unidade escolar, garantindo a legi-

timidade de suas ações.

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O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão cole-

giada e de participação da comunidade escolar numa perspectiva de democrati-

zação da escola pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do Esta-

belecimento de Ensino, sendo constituído pela representatividade democrática,

legitimidade e coletividade, tendo suas ações, objetivos, constituição e represen-

tação, entre outros, descritos com detalhes em seu Estatuto.

O mandato do atual Conselho Escolar compreende o período de 23 de ou-

tubro de 2015 a 23 de outubro de 2017, sendo composto da seguinte forma:

Presidente do Conselho: Celso Jorge Martins

Representantes da Categoria Profissional da Escola:

Equipe pedagógica: Helen Cristina de Oliveira;

Professor do Ensino Fundamental: Claudireni Aparecida Barbon;

Professor do Ensino Médio: Marcela Vanessa Campos da Costa;

Agente Educacional I: Rute Alves Lobo;

Agente Educacional II: Cleverson da Silva Lopes;

Representantes da Categoria Comunidade Escolar:

Grêmio estudantil: Donida de Oliveira Souza;

APAMF: Edson de Oliveira;

Aluno do Ensino Fundamental: Nivaldo Nocetti;

Aluno do Ensino Médio: Daniel Rodrigues da Silva;

Representante dos Movimentos Sociais organizados da Comu-

nidade:

Movimento religioso/profissionais liberais: Evandro Carlos Cardoso

Vieira;

2.5.3 Conselho de Avaliação

O Conselho de Avaliação é um órgão Colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação dirigida a cada edu-

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cando do Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo de

ensino e de aprendizagem dos educandos.

Este Conselho é composto pela Equipe Diretiva, Equipe Pedagógica e E-

quipe Docente, reunindo-se sempre que necessário, em caráter extraordinário,

atuando nos encaminhamentos de apoio à aprendizagem dos alunos e suporte

pedagógico.

2.5.4 Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado deliberativo em assuntos di-

dático-pedagógicos, com responsabilidade de analisar as ações educacionais, in-

dicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino e a-

prendizagem.

Este Conselho é composto pela Equipe Diretiva, Equipe Pedagógica e E-

quipe Docente, podendo contar com a participação de alunos e pais de alunos,

sendo sua finalidade intervir em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem,

oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curri-

culares estabelecidos.

2.5.5 Equipe Multidisciplinar

A Equipe Multidisciplinar é uma instância de organização do trabalho esco-

lar, preferencialmente coordenada pela equipe pedagógica, e instituída por instru-

ção da SUED / SEED, de acordo com no disposto no art. 8° da Deliberação n° 04/

06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações

relativas à educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultu-

ra Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período letivo.

As equipes multidisciplinares se constituem por meio da articulação das

disciplinas da Base Nacional Comum, em consonância com as Diretrizes Curricu-

lares Estaduais da Educação Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais para E-

ducação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de Historia e Cultura Afro-

Brasileira e Africana, com vistas a tratar da Historia e Cultura da África, dos Afri-

canos, Afrodescentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de contribuir para que

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o aluno negro e indígena mire-se positivamente, pela valorização da historia de

seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a humanidade.

Atualmente, a Equipe Multidisciplinar é composta pelos seguintes mem-

bros:

Ivoneide Araujo Soares Bertuccini

Cristiane Belarmino de Souza

Adriana Galego Martins

Maria Silvinha Cararo Martins

Sandrely Gonçalves Ribeiro

Adriana de Souza

2.5.6 Grêmio Estudantil

É o órgão máximo de representação dos estudantes, que tem por objetivos:

representar condignamente o corpo discente; defender os interesses individuais e

coletivos dos alunos; incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus

membros; promover a cooperação entre administradores, funcionários, professo-

res e alunos no trabalho escolar buscando seus aprimoramentos; realizar inter-

cambio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras instituições de

caráter educacional, assim como afiliação às entidades gerais UMES (União Mu-

nicipal dos Estudantes Secundaristas) UPES ( União Paranaense dos Estudantes

Secundaristas) e UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas); lutar pe-

la democracia permanente na escola, através do direito de participação nos fó-

runs internos de deliberação da escola.

O mandato atual do Grêmio estudantil compreende o período de 04 de a-

gosto de 2015 a 04 de agosto de 2017, e é composto pela seguinte diretoria e

conselheiros:

Direção:

Presidente: Nair Fagundes

Vice-Presidente: Alisson Barbosa Tavares

Secretário-Geral: Eliane Omita de Souza

1°Secretário: Edione Oliveira Caetano

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Tesoureiro-Geral: Donida de Oliveira Souza

2º Tesoureiro: Vera Lúcia Felix Chiquito

Diretor Social: Rafael da Silva de Melo

Diretor de Imprensa: Marina Lucas da Silva de Brito

Diretor de Esportes: Wesley Santos

Diretor de Cultura: Washington Patrick dos Santos Gaspar

Diretor de Saúde e Meio Ambiente: Veridiana Fernandes Viana dos Santos

Conselho Fiscal:

Membro efetivo: Alan Fuquini dos Santos

Membro efetivo: Adriana da Silva Ricardo

Membro efetivo: Jocelino Oliveira de Amorim

2.6 Perfil da comunidade escolar

Para se traçar o perfil dos educandos da educação de Jovens e Adultos é

necessário conhecer a trajetória histórica da EJA, bem como a história de vida

desses sujeitos que são repletas de experiências diversificadas.

As causas do seu afastamento da escola ficam divididas entre questões

sociais, econômicas, culturais e, até, por experiências de fracasso escolar que

provocaram em muitos a repetência e a atitude de evadir-se da escola.

Desta forma, compõem o quadro de estudantes dessa escola, adolescen-

tes, jovens, alunos com necessidades educacionais especiais, pessoas mais ido-

sas, donas de casa, viajantes, trabalhadores (ou não), trabalhadores em condi-

ções precárias, desempregados que anseiam por um trabalho, jovens e adultos

com situação econômica estável, jovens e adultos que almejam a realização pro-

fissional, jovens e adultos carentes, pessoas da cidade, pessoas vindas da zona

rural, mães de família, pais de família, jovens e adultos privados de liberdade, a-

campados, vileiros rurais, e como bem afirma as Diretrizes Estaduais, “de diferen-

tes etnias, gerações, gêneros, crenças e de diferentes modos de trabalhar e de

viver, de se organizar, de resolver problemas, de lutar, de ver o mundo e de resis-

tir no campo”.

No atendimento aos educandos com necessidades educativas especiais,

considera-se a situação em que se encontram individualmente estes educandos,

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priorizando-se ações educacionais específicas e que oportunizem o acesso, a

permanência e o êxito destes no espaço escolar.

Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de

educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles

que, por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar,

a legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos e-

ducandos que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de de-

ficiências mental, física, neuromotora, visual e auditiva; condutas típicas de sín-

dromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos; e superdota-

ção/altas habilidades, sendo “importante destacar que ‘especiais’ devem ser con-

sideradas as alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir

para remover barreiras para a aprendizagem e participação de todos os alunos”

(CARVALHO, 2001).

Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o

enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem

características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências, mas tam-

bém, de condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles te-

rão direito a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela

educação escolar.

Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegu-

rando o direito à igualdade com eqüidade de oportunidades. Isso não significa o

modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços

especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.

Tudo isso torna o campo de atuação da Educação de Jovens e Adultos

bastante heterogêneo e complexo, o que exige muito esforço por parte dos que

integram a Instituição Escolar, para dar conta de oferecer a todos uma educação

adequada a esse perfil tão diferenciado, para garantir a permanência de todos na

escola.

Diante desse contexto, é importante ressaltar que atualmente o CEEBJA

atende aproximadamente 1.000 alunos, ofertando uma educação de qualidade,

voltando-se para a melhoria dos conhecimentos e da aprendizagem do seu alu-

nado, sempre mantendo o objetivo de elevar o grau de escolaridade dos jovens e

adultos de Paranavaí e região que buscam esta escola.

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III. OBJETIVOS GERAIS

Por meio do seu Projeto Político-Pedagógico, a Educação de Jovens e A-

dultos, enquanto modalidade educacional que atende principalmente a educan-

dos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso com a forma-

ção humana integral e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educan-

dos venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com com-

portamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da autono-

mia intelectual e moral.

A elaboração deste Projeto Político-Pedagógico volta-se ao cumprimento

da legislação vigente, que determina a todas as instituições escolares a elabora-

ção do seu PPP, bem como, a organização da ação pedagógica, superando as

práticas fragmentadas e visando garantir a aprendizagem de todos os alunos, ga-

rantindo também a participação de todos os segmentos da comunidade e instân-

cias colegiadas, numa gestão democrática.

Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e peda-

gógica verdadeiramente voltada à formação humana integral, é necessário que o

processo ensino-aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos, seja coerente

com o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que

os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural; propicie o e-

xercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo, crítico e

emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justi-

ça, e que se firme nos três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jo-

vens, adultos: cultura, trabalho e tempo.

É de responsabilidade da escola não permitir que o aluno permaneça no

mesmo nível de quando iniciou o processo escolarização, pois sua prática social

precisa ser compreendida e reelaborada pela via do conhecimento do real.

A escola tem a função social de levar o aluno para além do senso comum e

chegar ao conhecimento mais elaborado sobre a realidade com possibilidades de

intervenção na mesma.

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IV. MARCO SITUACIONAL

4.1 CONTEXTO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DO BRASIL, DO

ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA

A partir da colonização portuguesa, em toda história do Brasil, podemos

perceber que a oferta da Educação de Jovens e Adultos se restringiu ao processo

de alfabetização, sendo muito recente a conquista, reconhecimento e definição

desta modalidade enquanto política pública de acesso e continuidade da escolari-

zação básica.

Somente após a Segunda Guerra Mundial, a educação de adultos passa a

ser entendida como uma educação diferente do ensino regular. Esse período é

fortemente marcado por campanhas nacionais de alfabetização em massa, reali-

zadas pelo governo federal de forma centralizada, assistemática, descontínua e

assistencialista, visando atender prioritariamente a população rural.

No final da década 50 e início da década 60, constata-se a emergência de

uma nova perspectiva na educação brasileira fundamentada nas ideias e experi-

ências desenvolvidas por Paulo Freire, que idealizou e vivenciou a pedagogia li-

bertadora, voltada para as necessidades das camadas populares, pensando edu-

cação de adultos a partir de princípios e de metodologia emancipadora. Este foi

um momento brasileiro cercado de muitos movimentos sociais, políticos e cultu-

rais, que questionavam a ordem capitalista, fomentando a articulação das organi-

zações e movimentos sociais em torno das reformas de base, conduzidas pelo

então governo de João Goulart.

Entretanto, o golpe militar de abril de 1964 suprimiu a realização de muitas

experiências nesta perspectiva, sendo criado, três anos após, pelo próprio gover-

no militar, o MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização, através de uma

perspectiva centralizadora e domesticadora. Dentre os 15 anos de oferta, dos

quarenta milhões de pessoas que 24 vivenciam esse movimento, somente 10%

foram alfabetizados.

Com a LDB 5692/71 surge o ensino supletivo e o Parecer 699/72 do CNE,

a regulamentação dos cursos supletivos seriados e os exames com certificação.

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Com a Nova República, a partir do ano de 1985, o governo federal extin-

guiu o MOBRAL e cria a Fundação Educar (Fundação Nacional para Educação de

Jovens e Adultos), que foi extinta em 1990.

Com a promulgação da LDB 9394/96, deixa de existir o ensino supletivo e

surge a Educação de Jovens e Adultos, agora como modalidade da educação bá-

sica, ensino fundamental e médio, com especificidade própria, sendo ofertada por

meio de cursos e exames.

No Estado do Paraná, além do ensino supletivo oferecido na década de 80,

surge os Centros de Estudos Supletivos (CES), os Núcleos Avançados de Ensino

Supletivo (NAES), sendo que os CES atualmente são denominados de Centros

Estaduais de Educação Básica para Jovens e Adultos.

Com o passar dos anos, descentralizações foram criadas para o atendi-

mento a essa população que não estudou em tempos considerados mais ade-

quados: descentralizações de 1ª/4ª série do Ensino Fundamental e os PACs –

Postos Avançados dos CEEBJAS, os Termos de Cooperação Técnicas, convênio

entre a SEED e empresas privadas, o atendimento nas Penitenciárias e unidades

sociais oficiais, com oferta de estudos aos educandos com privação de liberdade.

Surgem também muitos projetos de escolarização informais como SENAR,

BRIGADAS DE TRABALHO, MST, entre outros.

A partir do ano de 2000 no Paraná, os cursos da EJA foram organizados de

forma presencial e semipresencial, para alunos no ensino fundamental fase I e II e

no ensino médio.

No ano de 2004 as Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adul-

tos no Estado do Paraná em sua versão preliminar é concluída, sendo publicada

em janeiro de 2005. Em seguida acontece a formulação de uma nova Proposta

Pedagógica com implantação a partir do ano letivo de 2006, reorganizando a for-

ma de atendimento da EJA no Estado do Paraná, extinguindo ambas as formas

de atendimento anterior, e unificando a oferta através dos cursos presenciais com

flexibilidade de organização da escola e do tempo de estudo.

Nesse contexto, é importante ressaltar que em 2009 foi implantado o

PROEJA, cursos profissionalizantes integrados ao Ensino Médio com os cursos:

Técnico em Secretariado e Técnico em Imagem Pessoal.

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4.2 ANÁLISE CRÍTICA DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES

NA REALIDADE E SUAS RELAÇÕES COM A PRÁTICA EDUCATIVA

Quando se olha para o contexto histórico se percebe que durante quatro

séculos, prevaleceu o domínio da cultura branca, cristã, masculina e alfabetizada

sobre a cultura dos índios, negros, mulheres e analfabetos. Historicamente se

constata o desenrolar de uma educação seletiva, discriminatória e excludente. Em

se falando da Educação de Adulto isso fica ainda pior, pois a história demonstra

que não houve políticas públicas com ofertas consistentes de escolaridade para

esse público. Entre programas e campanhas, a educação de adultos era sempre

de segunda linha, realizada com professores leigos, sem prosseguimento de es-

tudo, se detendo no aprender a ler e escrever o nome, objetivando o ato de poder

votar. Por muito tempo, cidadão alfabetizado era aquele que sabia escrever o seu

nome.

Muitas contradições permeiam a oferta da EJA, pois quando o texto da

LDBEN 5692/71, não reconhece a dívida social que o país possuía com essa po-

pulação excluída, na medida em que era ofertado em caráter de suplência, esco-

laridade temporária, objetivando somente aperfeiçoar a mão de obra e os interes-

ses capitalistas.

Mesmo com a Constituição Federal de 1988, na qual a educação passa a

ser reconhecida enquanto modalidade específica no conjunto das políticas educa-

cionais brasileiras, inclusive aos que a ela não tiveram acesso em idade própria,

embora o texto tenha força de Lei, de fato, na prática isso ainda não se efetivou

totalmente.

Outro avanço restrito da EJA se deu com a nova LDBEN 9394/96, quando

afirma ser a mesma uma modalidade da educação básica, reconhecendo que

possui especificidade própria que é tão “regular” quanto o “ensino regular”. Mas

novo conflito se estabelece na medida em que a emenda Constitucional nº 14 su-

prime a obrigatoriedade do poder público em oferecer o Ensino Fundamental para

os que a ele não tiveram acesso na idade própria e, ainda, suprime também, o

compromisso de eliminar o analfabetismo no prazo de dez anos, bem como a vin-

culação dos percentuais de recursos financeiros estabelecidos em Lei para esse

fim. Além disso, a partir dessa emenda, cria-se o Fundo de Manutenção e De-

senvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério (FUNDEF),

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regulamentado pela Lei 9424/96, na qual é vetada a contabilização das matrículas

do ensino fundamental nos cursos de EJA, para fins de repasse de recursos.

No entanto, em 2006 foi instituído o Fundo de Manutenção e Desenvolvi-

mento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação –

FUNDEB regulamentado pela Lei Federal n° 11.494 de 20/06/2007, que a partir

de então contempla os alunos da EJA, nos níveis de Ensino Fundamental e Médio

com investimento de 15% do total dos recursos.

As contradições se fixam pelos índices de analfabetismo mundial, de mais

de 781 milhões (dados de 2015) de adultos analfabetos, dois terços dos quais são

mulheres, sendo o analfabetismo funcional um problema significativo em todos os

países em desenvolvimento.

4.3 ASPECTOS PEDAGÓGICOS

O CEEBJA de Paranavaí, ao implantar em 2006 uma nova Proposta Peda-

gógica, sentiu a necessidade de uma melhor vivência deste processo para situa-

cioná-lo de forma mais precisa.

No entanto, é possível observar que a matrícula para o aluno com a idade

de 18 anos completos no Ensino Fundamental – Fase II, tem como aspecto posi-

tivo o atendimento de um alunado mais amadurecido, sendo jovens e adultos que

ainda não concluíram a escolaridade da educação básica e que retornam à escola

com o objetivo da busca do sucesso na conclusão da escolaridade.

Porém, ficaram a margem da EJA aqueles que têm idade compreendida

dos 15 aos 17 anos, os quais não possuem uma história de sucesso escolar na

educação regular.

No ano de 2011, com a nova legislação e instruções é assegurado o aces-

so do aluno com 15 anos na EJA para cursar o Ensino Fundamental e mantendo

a necessidade de, no mínino, 18 anos para acesso ao Ensino Médio.

Outro aspecto pedagógico a ser observado refere-se à carga horária pre-

sencial bastante ampliada na nova proposta pedagógica, que exige maior perma-

nência do aluno na escola, dificultando aos que mais rapidamente se apropriam

dos conhecimentos, não necessitando de uma carga horária presencial tão nume-

rosa.

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4.3.1 Trabalho, Educação e Função Social da Escola

O trabalho é entendido como principio educativo, no qual produzimos nos-

sa sobrevivência e nossa própria existência. Diante disso o papel da escola é

transmitir conhecimentos escolares visando a formação de um homem integral,

crítico, que compreenda as contradições da sociedade capitalista, seus processos

de exclusão e exploração das relações de trabalho, possibilitando que o sujeito se

relacione de maneira consciente na sua prática social.

4.3.2 Organização do Trabalho Pedagógico

O processo de aprimoramento educacional, por meio de cursos ofertados

pela SEED, Hora atividade Coletiva mediada pela equipe pedagógica e direção,

ofertando assim espaços de discussão do próprio trabalho como forma de aper-

feiçoamento, o que tem proporcionado melhor desempenho profissional por parte

de todos os professores e agentes envolvidos no processo educacional.

4.3.3 Gestão Escolar Democrática

Dentro da Gestão Democrática o papel do diretor, professores, alunos, a-

gentes educacionais, equipe pedagógica, pais ou responsáveis é fortalecer o tra-

balho coletivo no intuito de organizar uma escola voltada ao processo de ensino e

aprendizagem e combater, a cada dia, dentro e fora da escola, a visão fragmen-

tada de escola e sociedade.

4.3.4 Processo de Ensino e Aprendizagem

O desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem leva em consi-

deração as formas diferenciadas de como o indivíduo aprende, isto não se trata

de negligenciar os conteúdos trabalhados, mas sim procurar encaminhamentos

diferenciados para tratar os assuntos propostos em sala de aula, com base nos

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três eixos articuladores contidas nas Diretrizes Curriculares a saber: Cultura, Tra-

balho e Tempo.

4.3.5 Inclusão Educacional

O processo de Inclusão Educacional acontece de maneira satisfatória, en-

volvendo tanto alunos como professores. O atendimento pedagógico para alunos

com necessidades especiais envolve vários grupos tais como: surdez, deficiência

visual, motora e alunos com dificuldade de aprendizagem. A escola sempre que

percebe a necessidade de melhor esclarecimento sobre o trabalho e encaminha-

mentos pedagógicos, procura a Coordenação de Educação Especial do Núcleo

Regional de Educação, que prontamente atende a solicitação.

4.3.6 Diversidade

O acesso e permanência na escola com qualidade no processo educacio-

nal é direito de todos. Entende-se como “todos”, as populações do campo, agricul-

tores familiares, trabalhadores rurais temporários, acampados, assentados, ne-

gras e negros, povos indígenas, pessoas lésbicas, gays, travestis e transexuais.

Nesse sentido, a escola trabalha na perspectiva de assegurar o atendimento sem

discriminação ou preconceito desta população, bem como sempre que possível

busca problematizar suas peculiaridades junto ao coletivo escolar.

É importante destacar que a partir de 2008 foi formada a Equipe Multidisci-

plinar, essa tem como objetivo principal, elaborar ações na perspectiva de contri-

buir para que o aluno negro e indígena mire-se positivamente pela valorização da

historia de seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a humanidade.

4.3.7 As tecnologias de informação e comunicação na escola

A utilização dos recursos tecnológicos presentes na escola devem se cons-

tituir como uma prática libertadora, uma vez que contribui para inclusão digital,

também busca levar os agentes do currículo a se apropriarem criticamente destas

tecnologias, de modo que descubram as possibilidades que elas oferecem no in-

cremento das práticas educacionais.

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A inserção dos novos recursos tecnológicos encurta as distâncias, promo-

vem novas práticas sociais, aproximam salas de aula, escolas, professores, alu-

nos, numa atividade de interação solidária com vistas tanto a apropriação do co-

nhecimento quanto a criação de novos saberes.

As tecnologias devem ser consideradas impulsionadoras e potencializado-

ras nas relações de conhecimento.

4.3.8 Desafios Educacionais Contemporâneos

A escola promove ações coletivas voltadas para a inclusão, a diversidade,

e o despertar das responsabilidades e valores sociais e fiscais, possibilitando as-

sim a formação de pessoas críticas capazes de mobilizarem-se na sociedade de

forma a garantir o reconhecimento de sua cidadania e formação para o mundo do

trabalho.

Nesta perspectiva a escola trabalha no sentido de buscar alternativas para

minimizar questões como a prevenção ao uso indevido de drogas e o bullying, vi-

abilizando a inclusão, a sustentabilidade, a preservação do meio ambiente, a ci-

dadania e a conscientização da responsabilidade fiscal, que tem como objetivo

contribuir para a melhoria da compreensão pública sobre tributação, responsabili-

dades do Estado e exercício da cidadania, aperfeiçoando, assim, a transparência

na gestão pública e na prática da responsabilidade fiscal.

No mesmo sentido a escola está atenta ao trabalho considerando outros fa-

tores de diversidade tais como: Sexualidade, Gênero e Diversidade Sexual; Edu-

cação para o Envelhecimento Digno e Saudável; Educação Ambiental; Saúde;

Trabalho e Consumo.

4.3.9 Estágio não obrigatório

Estágio é um ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambi-

ente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às exigências pedagó-

gicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de

modo a prevalecer sob o aspecto produtivo.

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31

Contribuir para a formação do aluno no desenvolvimento de atividades re-

lacionadas ao mundo do trabalho que oportunizem concebê-lo como ato educati-

vo.

O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, alem de integrar o iti-

nerário formativo do educando.

Visa o aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à

contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a

vida cidadã e para o trabalho.

Poderão ser estagiários os estudantes de: Educação Profissional, de Ensi-

no Médio; Educação de Jovens e Adultos; Educação Especial e anos finais do

Ensino Fundamental.

A Lei nº 11.788/08, que dispõe sobre o estágio obrigatório e não-obrigatório

de estudantes, e a Deliberação nº 02/09 do CEE, que estabelece normas para a

organização e a realização dos Estágios, definem, também, obrigações da Institu-

ição de Ensino para com os estágios não obrigatórios.

No Parágrafo único do Art. 7º da Lei 11.788/08: “ O plano de atividades do

estagiário, elaborado em acordo das 3(três) partes a que se refere o inciso II do

caput do art. 3º desta Lei, será incorporado ao termo de compromisso por meio de

aditivos à medida que for avaliado, progressivamente, o desempenho do estudan-

te.”

Na Deliberação 02/09 do Conselho Estadual de Educação, Art. 1º, Parágra-

fo 1º, incisos I e II:

“I – o estágio, obrigatório, e, não-obrigatório assumido pela instituição de

ensino, deverá estar previsto no Projeto Político-Pedagógico;

II – “o desenvolvimento do estágio deverá estar descrito no Plano de Está-

gio;”.

A Deliberação 02/09, Art. 4°, Incisos III - “Plano de Estágio, a ser apresen-

tado para análise juntamente com o Projeto Político-Pedagógico, ou em separado

no caso de estágio não obrigatório implantado posteriormente, visará assegurar a

importância da relação teoria-prática no desenvolvimento curricular, deverá ser

incorporado ao Termo de Compromisso e será adequado à medida da avaliação

de desempenho do aluno, por meio de aditivos”.

A inserção do estágio não obrigatório no Projeto Político-Pedagógico da

escola não pode contrapor-se à própria concepção de escola pública, ainda que o

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estágio seja uma atividade que vise à preparação para o trabalho produtivo, con-

forme Lei n° 11788/2008. A função social da escola vai para além do aprendizado

de competências próprias da atividade profissional e, nesta perspectiva, vai para

além da formação articulada às necessidades do mercado de trabalho.

Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios,

a partir das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições so-

ciais, as quais se explicam a partir das relações de trabalho. Isto implica em ofe-

recer instrumentos conceituais ao aluno para analisar as relações de produção,

de dominação, bem como as possibilidades de emancipação do sujeito a partir do

trabalho.

Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos conheci-

mentos produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de possibi-

litar ao futuro trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma conceitu-

al e operacional. Isto implica em ir para além de uma formação técnica que se-

cundariza o conhecimento, necessário para se compreender o processo de pro-

dução em sua totalidade.

Os conhecimentos escolares, portanto, são a via para se analisar esta di-

mensão contraditória do trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador

atuar no mundo do trabalho de forma mais autônoma, consciente e crítica.

Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno es-

tagiário, não somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua parti-

cipação nela, de forma plena, integrando as práticas aos conhecimentos teóricos

que as sustentam.

Nesta perspectiva, e de acordo com a Lei 11788/08, que trata sobre o es-

tágio não obrigatório do ensino médio, das séries finais do ensino fundamental, da

educação especial e da modalidade profissional, na educação de jovens e adul-

tos, o estágio pode e deve permitir ao estagiário que as ações desenvolvidas no

ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-versa, relacionando-as

aos conhecimentos universais necessários para compreendê-las a partir das rela-

ções de trabalho.

Assim, cabe ao pedagogo acompanhar as práticas de estágio desenvolvi-

das pelo aluno, bem como manter os professores informados sobre as atividades

desenvolvidas pelos alunos estagiários, de modo que estes possam contribuir pa-

ra esta relação prática.

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4.4 ARTICULAÇÃO ENTRE OS SEGMENTOS DA ESCOLA

De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico

neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos,

exigir-se-á o necessário conhecimento e estudo constante da fundamentação teó-

rica e da função social da EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e ido-

sos; das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as le-

gislações e suas regulamentações inerentes à Educação e, em especial, à Edu-

cação de Jovens e Adultos.

4.4.1 Atribuições do Diretor:

- conhecer a Proposta Pedagógica, o Regimento Escolar e o Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de Ensino;

- conhecer os demais documentos e legislação de organização e

sistematização do sistema escolar;

- convocar integrantes da comunidade escolar para a elaboração do

Plano Anual de Trabalho do estabelecimento, submetendo-o à

apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

- elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de

contas e submeter à apreciação do Conselho Escolar;

- elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar as diretrizes

específicas de administração deste estabelecimento, em consonância

com as normas e orientações gerais da Secretaria de Estado da

Educação;

- coordenar a implementação das Diretrizes Pedagógicas, aplicar

normas, procedimentos e medidas administrativas, de acordo com

instruções da Secretaria de Estado da Educação;

- supervisionar as atividades dos órgãos de apoio, administrativo e

pedagógico do estabelecimento;

- coordenar e supervisionar os serviços da secretaria escolar;

- deferir as matrículas, no prazo estipulado pela legislação;

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- abrir espaço para discussão, avaliação e intercâmbio, interno e externo

das práticas escolares;

- implementar uma gestão participativa, estimulando o desenvolvimento

das responsabilidades individuais e promovendo o trabalho coletivo do

Estabelecimento de Ensino;

- coordenar toda a equipe escolar, tendo em vista o cumprimento dos

objetivos propostos para a EJA.

- coordenar a equipe pedagógica (diretor auxiliar, coordenadores,

professores pedagogos e professores) para a elaboração e

implementação do plano de trabalho;

- administrar os serviços de apoio às atividades escolares, de modo a

estimular a participação desses serviços nos processos decisórios da

escola;

- negociar, com competência, para harmonizar interesses divergentes,

levando em conta as necessidades de todos os envolvidos direta ou

indiretamente;

- solicitar ao NRE, suprimento e cancelamento de demanda de

funcionários e professores do estabelecimento, observando a legislação

vigente;

- administrar os recursos financeiros;

- controlar a frequência de professores e funcionários;

- adquirir e controlar material de consumo e permanente;

- executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.

- Convocar o Conselho de Avaliação e o Conselho Escolar, Equipe

Multidisciplinar, Grêmio Estudantil, APAMF e outras instâncias

colegiadas sempre que necessário;

- Convocar o Conselho de Classe para reuniões ordinárias ou

extraordinárias.

- Organizar o Calendário Escolar de acordo com as orientações da

mantenedora;

- Assegurar o Cumprimento dos Dias Letivos e Horas-Aula

Estabelecidas;

- Organizar e implementar o grupo da brigada escolar;

- Velar pelo Cumprimento do Plano de Trabalho de cada Docente.

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- Prover Meios para a Recuperação dos Alunos de Menor Rendimento.

- Articular-se com as Famílias e a Comunidade, Criando Processos de

Integração da Sociedade com a Escola.

4.4.2 Atribuições do Professor Pedagogo:

- Conhecer a Proposta Pedagógica, o Regimento Escolar e o Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de Ensino;

- conhecer os demais documentos e legislação de organização e

sistematização do sistema escolar;

- discutir com toda equipe pedagógica alternativas de trabalho, que

motivem os educandos durante o seu processo escolar;

- planejar alternativas de trabalho a partir de indicadores educacionais

(evasão, repetência, transferências expedidas e recebidas e outros);

- subsidiar na elaboração de plano de trabalho docente, a partir de

diagnóstico estabelecido;

- acompanhar e avaliar a implementação das ações estabelecidas nos

planos de trabalho;

- buscar aprimoramento profissional constante, seja nas oportunidades

oferecidas pela mantenedora, pelo Estabelecimento ou por iniciativa

própria;

- coordenar estudos para definição de apoio aos educandos que

apresentem dificuldade de aprendizagem, para que a escola ofereça

todas as alternativas possíveis de atendimento;

- coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à

matrícula, inscrição e classificação para os cursos técnicos,

transferência, classificação e reclassificação, aproveitamento de

estudos e conclusão de cursos;

- participar de análise e discussão dos critérios de avaliação e suas

consequências no desempenho dos educandos;

- organizar as informações coletadas a serem analisadas no Conselho de

Classe;

- articular possíveis soluções e encaminhamentos pedagógicos juntos a

professores e alunos;

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- promover a participação do Estabelecimento de Ensino nas atividades

comunitárias;

- pesquisar e investigar a realidade concreta do educando historicamente

situado, oferecendo suporte ao trabalho permanente do currículo

escolar;

- integrar a presidência do Conselho Escolar, em caso da ausência do

Diretor, se não houver Diretor Auxiliar.

- coordenar reuniões sistemáticas de estudos junto à equipe;

- orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos para cada

disciplina;

- subsidiar a Direção, com critérios, para definição do Calendário Escolar,

de acordo com as orientações do NRE;

- analisar e emitir parecer sobre aproveitamento de estudos, em casos de

recebimento de transferências, de acordo com a legislação vigente;

- participar, sempre que convocado, de cursos, seminários, encontros e

grupos de estudos;

- coordenar a elaboração e execução da Proposta Pedagógica da escola;

- acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos professores e

educandos, no sentido de analisar os resultados da aprendizagem e

traçar planos de recuperação;

- coordenar e acompanhar ações pedagógicas descentralizadas e

exames supletivos quando, no estabelecimento, não houver

coordenação(ões) específica(s) dessa(s) ação(ões);

- executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.

- participar das reuniões do Conselho de Avaliação;

- participar das reuniões dos Conselhos de Classe;

- analisar e rubricar as anotações contidas nos livros de registro de

classe.

- acompanhar as práticas de estágio não obrigatório desenvolvidas pelo

aluno, ainda que em via não presencial, para que este possa mediar a

natureza do estágio e as contribuições do aluno estagiário com o plano

de trabalho docente, de forma que os conhecimentos transmitidos

sejam instrumentos para se compreender de que forma tais relações se

estabelecem histórica, econômica, política, cultural e socialmente.

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- manter os professores das turmas, cujos alunos desenvolvem

atividades de estágio, informados sobre as atividades desenvolvidas, de

modo que estes possam contribuir para esta relação prática; exigindo

relatório periódico do estagiário e avaliando suas atividades, zelando

também pelo cumprimento do termo de compromisso firmado entre as

instituições.

4.4.3 Coordenações

As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas, Coordenação

Geral e Coordenação Itinerante, Coordenação de Cursos Técnicos, bem como a

Coordenação de Exames Supletivos têm como finalidade a execução dessas a-

ções pelo Estabelecimento Escolar, quando autorizadas e regulamentadas pela

mantenedora.

4.4.3.1 Atribuições do Coordenador Geral de Ações Pedagógicas:

- Conhecer a Proposta Pedagógica, o Regimento Escolar e o Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de Ensino;

- Conhecer os demais documentos e legislação de organização e

sistematização do sistema escolar;

- Receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas

Descentralizadas.

- Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo

NRE.

- Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação.

- Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da

direção do Estabelecimento.

- Acompanhar o funcionamento de todas turmas de Ações Pedagógicas

Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento.

- Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas no

Sistema.

- Organizar a documentação dos educandos para a matrícula.

- Organizar as listas de frequência e de notas dos educandos.

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- Enviar material de apoio didático para as turmas das Ações

Pedagógicas Descentralizadas.

- Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.

- Organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas, garantindo

o atendimento aos educandos de todas as turmas.

- Orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem

executadas durante as horas-atividade dos professores.

- Realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o intercâmbio de

experiências pedagógicas e a avaliação do processo ensino-

aprendizagem.

- Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em

comunidades que necessitam de escolarização.

- Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.

- Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.

- Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE,

quando solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da

escolarização pelas Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua

coordenação.

- Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da

mantenedora.

- Participar das reuniões do Conselho de Avaliação.

- Participar das reuniões dos Conselhos de Classe.

4.4.3.2 Atribuições do Coordenador Itinerante:

- Conhecer a Proposta Pedagógica, o Regimento Escolar e o Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de Ensino.

- Conhecer os demais documentos e legislação de organização e

sistematização do sistema escolar.

- Acompanhar o funcionamento “in loco” das Ações Pedagógicas

Descentralizadas.

- Atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos

educandos.

- Verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas.

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- Observar e registrar a presença dos professores.

- Atender à comunidade nas solicitações de matrícula.

- Solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico.

- Solicitar e distribuir as listas de frequência e de nota dos educandos.

- Encaminhar as notas e frequências dos educandos para digitação.

- Acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação

Geral qualquer problema neste procedimento.

- Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula.

- Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as

turmas das Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua

responsabilidade.

- Participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade, juntamente

com os professores.

- Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da

mantenedora.

- Participar das reuniões do Conselho de Avaliação.

- Participar das reuniões dos Conselhos de Classe.

4.4.3.3 Atribuições do Coordenador de Exames Supletivos:

- Conhecer a Proposta Pedagógica, o Regimento Escolar e o Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de Ensino.

- Conhecer os demais documentos e legislação de organização e

sistematização do sistema escolar.

- Tomar conhecimento do edital de exames.

- Fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no

edital.

- Verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os exames

possam ser executados.

- Digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos.

- Conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por meio

da emissão de Relatório de Inscritos.

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- Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as provas

em Braille e as ampliadas, das etapas à serem realizadas, quando for o

caso.

- Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o

DEJA/SEED, autorização para a realização de quaisquer bancas

especiais.

- Comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para realização

dos Exames.

- Receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs.

- Capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a

realização dos Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos

procedimentos, em especial a organização e o preenchimento dos

cartões-resposta.

- Acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com

segurança e tranquilidade, em conformidade com os procedimentos

inerentes aos Exames.

- Divulgar as atas de resultado.

4.4.4 Atribuições dos Docentes:

- Conhecer a Proposta Pedagógica, o Regimento Escolar e o Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de Ensino.

- Conhecer os demais documentos e legislação de organização e

sistematização do sistema escolar.

- definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das

Diretrizes Curriculares Nacionais da EJA, das Diretrizes Curriculares

Estaduais da EJA e da Proposta Pedagógica deste Estabelecimento de

Ensino;

- Conhecer o perfil dos educandos (idade, ocupação, nível sócio-

econômico, expectativas, hábitos de estudo);

- Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos

disponíveis, tornando-os meios para implementar uma metodologia de

ensino, que respeite o processo de ensino-aprendizagem de cada

jovem, adulto e idoso;

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- Organizar os conteúdos a serem abordados de forma interdisciplinar;

- Estabelecer um processo de avaliação, a respeito do desempenho dos

educandos, tendo como princípio o acompanhamento contínuo da

aprendizagem;

- Analisar sistematicamente o resultado do desempenho do educando,

obtido no processo de avaliação, para fins de planejamento;

- Realizar a recuperação de conteúdos concomitante ao processo ensino-

aprendizagem;

- utilizar as tecnologias de informação e comunicação disponíveis;

- Elaborar, junto com a equipe de professores pedagogos e de

coordenadores, a Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino,

em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais, as Diretrizes

Curriculares Estaduais e com a Proposta Pedagógica Curricular de EJA;

- Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com educandos, pais e com os diversos segmentos da

comunidade;

- Realizar processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da

escola, tendo em vista uma avaliação reflexiva sobre o processo ensino

e aprendizagem;

- Participar da realização de atividades extracurriculares do

estabelecimento de ensino;

- Utilizar técnicas e instrumentos diversificados de avaliação;

- Executar Avaliações Institucionais conforme orientação da

mantenedora.

- atender a convocação da direção para reuniões do Conselho de

Avaliação e Conselho de Classe.

- Entregar os Planos de Trabalho Docente em data previamente

estabelecida.

- Manter atualizado o livro de registro de classe, mantendo-a sempre no

espaço escolar e entregá-lo à secretaria em data previamente

estabelecida pela equipe administrativo-pedagógica da escola.

O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede

e nas ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos.

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Deverá atuar em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais co-

letivas e individuais.

4.4.5 Compete ao Secretário:

- Conhecer a Proposta Pedagógica, o Regimento Escolar e o Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de Ensino.

- Conhecer os demais documentos e legislação de organização e

sistematização do sistema escolar.

- fazer o suprimento, cancelamento e substituição dos professores e

funcionários.

- rever todo o expediente a ser submetido a despacho do diretor;

- executar os registros na documentação escolar referentes a matrícula,

transferência, classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos

e conclusão de cursos;

- manter organizado o arquivo ativo e inativo da vida escolar do

educando;

- Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando,

considerando a organização da EJA prevista nesta proposta;

- manter atualizados os registros escolares dos educandos no sistema

informatizado.

- cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da

Secretaria de Estado da Educação, que regem o registro escolar do

aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino;

- distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais

técnicos administrativos;

- receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;

- organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções,

instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;

- efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à

matrícula, transferência e conclusão de curso;

- elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem

encaminhados às autoridades competentes;

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- encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que

devem ser assinados;

- organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o

inativo, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da

identidade e da regularidade da vida escolar do aluno e da

autenticidade dos documentos escolares;

- responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar

do aluno, respondendo por qualquer irregularidade;

- manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema

informatizado;

- organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida

legal da escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;

- atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando

informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e

funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do

Regimento Escolar;

- zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos

da secretaria;

- orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de

Classe com os resultados da freqüência e do aproveitamento escolar

dos alunos;

- cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades

administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno

referente à documentação comprobatória, de adaptação,

aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação,

reclassificação e regularização de vida escolar;

- organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao

setor competente a sua freqüência, em formulário próprio;

- secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas

Atas;

- conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;

- comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha

ocorrer na secretaria da escola;

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- participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao

aprimoramento profissional de sua função;

- organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino

extracurricular e pluringuístico de Língua Estrangeira Moderna,

Atividades Complementares no Contraturno – CAICs, quando desta

oferta no estabelecimento de ensino;

- auxiliar a equipe pedagógica e direção para manter atualizados os

dados no Sistema de controle e Remanejamento dos Livros Didáticos;

- fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria

escolar, quando solicitado;

- participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria

do Estado da Educação;

- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da

comunidade escolar;

- participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer

as específicas da sua função.

4.4.6 Compete ao Secretário e aos Agentes Educacionais II:

- Conhecer a Proposta Pedagógica, o Regimento Escolar e o Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de Ensino.

- Conhecer os demais documentos e legislação de organização e

sistematização do sistema escolar.

- conhecer a proposta pedagógica, regimento escolar e a legislação que

rege o registro de documentação escolar do educando;

- efetuar os registros sobre o processo escolar e arquivar a

documentação em pastas individualizadas, expedindo toda a

documentação: declarações; fichas de controle de notas e freqüência

individual e coletivo; certificados; históricos escolares; transferências;

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relatórios finais; estatísticas; e outros documentos, sempre que

necessário;

- atender os educandos, professores e o público em geral informando

sobre o processo educativo, veiculado pelo Estabelecimento de Ensino;

- utilizar somente as matrizes curriculares autorizadas pelo órgão

competente;

- participar de reuniões, encontros e/ou cursos, sempre que convocados

e por iniciativa própria, com o intuito de aprimoramento profissional;

- auxiliar em todas atividades desenvolvidas pela escola;

- atender às solicitações do Diretor.

- providenciar o material utilizado nos recursos materiais (computadores,

impressoras, fotocopiadora, entre outros) e conservá-los em bom

estado;

- providenciar, quando necessário, serviços de artes gráficas, impressão

e reprodução de materiais, com a devida autorização da Direção;

- racionalizar os serviços sob sua responsabilidade para uma melhor

produtividade;

- não permitir o uso de material e/ou máquinas por pessoas estranhas a

esse setor;

- receber, estocar e controlar o material de consumo, de limpeza e

equipamento;

- solicitar à secretaria a reposição de material de consumo e de peças de

equipamentos;

- Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando,

considerando a organização da EJA prevista nesta proposta;

- auxiliar na administração do estabelecimento de ensino, atuando como

educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e

tecnologia;

- acompanhar os alunos sempre que solicitado, em atividades extra

classe ou extra curriculares;

- participar de reuniões escolares, sempre que necessário;

- zelar pela boa condição de uso de televisores e outros aparelhos

disponíveis em sala de aula, auxiliando em sua organização;

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- agir como educador, buscando a ampliação do conhecimento do

educando, mediando o uso dos recursos tecnológicos disponíveis na

escola;

4.4.7 Compete ao ADM Local ou Operadores e/ou Técnicos Administrati-

vos:

- Conhecer a Proposta Pedagógica, o Regimento Escolar e o Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de Ensino.

- registrar, tombar, codificar e classificar os equipamentos e materiais do

setor;

- manusear e operar os equipamentos e materiais da sala de Recursos

Audiovisuais;

- atender a educandos e interessados que ali se dirigem para receber

orientações;

- zelar pelo bom uso e manutenção dos equipamentos e materiais;

- controlar a produtividade do setor, freqüência, tempo e material;

- fazer previsão de estoque de peças de reposição;

- sugerir aquisição de outros equipamentos e de novos audiovisuais, bem

como, montar slides, executar gravações e outros;

- fornecer aos diversos setores do estabelecimento de ensino a relação

dos Recursos Audiovisuais existentes;

- manter intercâmbio, por meio da Direção, com entidades públicas e

particulares envolvidas com audiovisuais;

- elaborar relatório sobre as atividades do setor;

- operar os equipamentos da sala de projeção;

- auxiliar o professor no uso da TV Pendrive, data-show, sistema se som

e imagem em geral e demais tecnologias disponibilizadas pela escola;

- zelar pelo bom funcionamento do Laboratório de Informática e demais

recursoso tecnológicos da escola;

- sempre que solicitado criar login e senha do laboratório de informática;

- acompanhar e controlar cotas de uso dos recursos tecnológicos, tais

como: agendamentos, cotas de impressão, etc.

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4.4.8 Compete ao profissional dinamizador da Biblioteca:

- Conhecer a Proposta Pedagógica, o Regimento Escolar e o Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de Ensino.

- promover, em cooperação com o corpo docente, atividades que

estimulem a cultura com incremento da textoteca, videoteca,

cinemateca, grupo de teatro, clube de leitores, contação de histórias e

outras;

- constituir um espaço de contato com a leitura e a pesquisa para

professores e educandos, além de local de acesso fácil à comunidade;

- viabilizar o empréstimo de livros para os educandos por meio da criação

de sistema integrado;

- elaborar e executar a programação das atividades da Biblioteca,

mantendo-a articulada com o plano de trabalho da equipe técnica e

docente;

- assegurar a organização e funcionamento da Biblioteca;

- organizar uma listagem dos livros e materiais de pesquisa disponíveis

na Biblioteca;

- propor o enriquecimento do acervo, a partir das necessidades indicadas

pelo pessoal técnico e docente;

- consultar os professores sobre novas aquisições de livros e

publicações;

- manter intercâmbio com outras bibliotecas e centros de documentação;

- divulgar, periodicamente, no âmbito escolar, o acervo atualizado aos

usuários;

- manter o controle e avaliação das atividades realizadas, apresentando

um relatório anual à Direção;

- efetuar tombamento, classificação e codificação do acervo da

Biblioteca.

4.4.9 Compete aos Agentes Educacionais I:

- Conhecer a Proposta Pedagógica, o Regimento Escolar e o Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de Ensino.

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- efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares,

providenciando o material e produtos necessários;

- efetuar tarefas correlatas à sua função;

- cumprir as determinações de caráter regulamentar, transmitidas pelo

Diretor;

- aceitar e cumprir a escala de trabalho que lhe for apresentada pela

mantenedora;

- zelar pela conservação do prédio, pátio, jardins, mantendo-os em seu

perfeito estado e asseio;

- não permitir a entrada de pessoas estranhas ao ensino, nas

dependências da Escola, sem prévia permissão do Diretor;

- comparecer em atividades extras organizadas pelo estabelecimento,

prestando nessas ocasiões os serviços que lhe forem determinados;

- cuidar do material de uso, não esbanjando e mantendo-o em boas

condições para o trabalho;

- propor medidas para melhoria do setor;

- participar de cursos, capacitações, reuniões, seminários e outros

encontros correlatos à educação e as funções exercidas sempre que

convocados;

- agir como educador na construção de hábitos de preservação e

manutenção do ambiente físico, do meio ambiente e do patrimônio

escolar;

- preparar a alimentação escolar sólida e líquida observando os princípios

de higiene, valorizando a cultura alimentar local;

- atuar como educador na comunidade escolar mediando e dialogando

sobre questões de higiene, lixo e poluição, uso da água como recurso

esgotável de modo a contribuir com bons hábitos alimentares e

ambientais;

- orientar os alunos para que não haja desperdício de alimentos;

- acompanhar os alunos sempre que solicitados em atividades extra

classe ou extra curriculares;

- fazer relatórios da merenda escolar.

4.4.10 Atribuições dos Educandos:

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Além daqueles que lhes são outorgados por toda a legislação aplicável,

constituirão direitos e deveres do educando:

- tomar conhecimento, no ato da matrícula, assinando sua aquiescência,

quanto às disposições do Regimento Escolar;

- ter a garantia de que o Estabelecimento de Ensino cumpra sua função,

ou seja, que se efetive o processo de construção do conhecimento;

- comparecer às aulas e demais atividades escolares e os trabalhos

escolares, cumprindo os horários e calendário proposto em cada

disciplina;

- controlar sua freqüência para atingir, no mínimo, os 75% da freqüência

obrigatória na organização coletiva, e na educação profissional;

- participar de todas as atividades programadas pelo Estabelecimento de

Ensino;

- cooperar na manutenção da higiene e na conservação das instalações

escolares;

- cumprir as disposições do Regimento Escolar no que lhe couber;

- cumprir as disposições de outros Regimentos e Orientações internas,

previamente aprovadas pelo Conselho Escolar;

- cuidar e zelar dos recursos tecnológicos disponíveis na escola (TV

Pendrive, Laboratório de Informática, dentre outros).

4.5 OS ESPAÇOS EDUCATIVOS

4.5.1 Biblioteca Escolar

A biblioteca escolar é uma espaço de pesquisas, de leituras, de estudos

complementares, e portanto, é organizada para integrar com a sala de aula o de-

senvolvimento do currículo escolar.

Em virtude disso, o seu espaço na unidade escolar precisa ser garantido,

bem como o seu acervo de qualidade, voltado para todas as áreas do conheci-

mento, para que o processo pedagógico seja dinâmico e envolvente. Em suas a-

ções, pode ser integrada a execução de atividades que busquem a identidade cul-

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tural da escola, priorizando ainda, aspectos significativos da estética, da sensibili-

dade e da ética, e da igualdade de cada aluno.

Este espaço pedagógico possui Regimento próprio a ser seguido por todos

aqueles que dele fizerem uso.

4.5.2 Laboratório de Ciências Naturais

Ciência e tecnologia são elementos essenciais para a transformação e o

desenvolvimento da sociedade atual. Esta por sua vez, tem exigido um volume de

informações muito maior do que em qualquer época do passado, quer seja para o

acesso ao mundo do trabalho, quer para o exercício consciente da cidadania e

para as atividades do cotidiano.

Considerando isto, é preciso que se avance na concepção do que é um la-

boratório escolar, e seguindo o que prevê o Parecer nº 095/99 do Conselho Esta-

dual de Educação onde pode se ler: “... indubitavelmente, um conceito novo para

o espaço denominado laboratório acompanha uma educação científica nova, es-

paço que passará a incluir também o pátio da escola, a beira do mar, o bosque ou

a praça pública....”, explicitam o alargamento do conceito de laboratório, anterior-

mente preso a um ambiente entre quatro paredes com materiais determinados.

Desta forma, fica reforçado o princípio pedagógico da contextualização no

conceito de laboratório, que vem reforçar a idéia de que o mundo, de certa forma,

é um laboratório permanente, basta que se saiba explora-lo aliado aos conteúdos

escolares que compete às escolas trabalharem na perspectiva da teoria-prática-

teoria.

4.5.3 Laboratório de Informática

Os Laboratórios de Informática dos Estabelecimentos Estaduais de Ensino

Público são de natureza pedagógica, destinando-se, prioritariamente, ao desen-

volvimento de atividades escolares pedagógicas e como forma de democratizar e

universalizar o acesso às tecnologias de informação e comunicação por meio da

incorporação, pelos sujeitos da educação e por toda a comunidade escolar, da

cultura do uso consciente e responsável desses recursos.

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Este laboratório possui normatização própria a ser seguidas por todos a-

queles que dele fizerem uso.

4.5.4 Recursos Audiovisuais e Tecnológicos

A informação pela informação hoje está disponível com muito mais facilida-

des do que em tempos atrás. Na escola, entretanto, a informação pela informação

acrescenta pouco da sua função pedagógica. Os conteúdos carecem de movi-

mentos, de vivacidade, de relações, de vinculação teoria e prática, e para que es-

sa dinâmica de fato ocorra nas instituições escolares, os recursos tecnológicos

contribuem com destaque, pois possibilitam ensinar de formas diferenciadas,

transformando a aula em investigação, facilitando a solução de problemas da rea-

lidade diária.

4.6 PROCESSO PEDAGÓGICO E ADMINISTRATIVO

4.6.1 Regime Escolar

As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão re-

gistradas no Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação

do Paraná.

O Relatório Final para registro de conclusão do Curso será emitido pelo es-

tabelecimento de ensino a partir da conclusão de todas as disciplinas constantes

na matriz curricular do Ensino Fundamental e Médio.

4.6.2 Avaliação

Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de

reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve

ser entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza

uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.

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A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orienta-

ções contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes prin-

cípios:

investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações

necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;

contínua: permite a observação permanente do processo ensino-

aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática

pedagógica;

sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando,

utilizando instrumentos diversos para o registro do processo;

abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-

escola do educando;

permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos

pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do

trabalho pedagógico da escola.

Procedimentos e Critérios de Avaliação

as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre

com finalidade educativa;

para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a

06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas

individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos

adotados, durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o

educando se submeterá na presença do professor, conforme descrito

no Regimento Escolar. Na disciplina de Ensino Religioso, as

avaliações realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem

não terão registro de nota para fins de promoção e certificação.

a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem,

sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez

vírgula zero);

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para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0

(seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º

3794/04 – SEED e freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por

cento) do total da carga horária de cada disciplina na organização

coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual;

o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero)

em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito

à recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será

ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos

conhecimentos;

para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina,

a média final corresponderá à média aritmética das avaliações

processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis

vírgula zero);

os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados

em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a

regularidade e autenticidade da vida escolar do educando;

o educando portador de necessidades educativas especiais, será

avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de

desenvolver.

na disciplina de Língua Espanhola, as avaliações serão realizadas no

decorrer do processo ensino-aprendizagem, sendo registradas 04

(quatro) notas para fins de cálculo da média final;

no Ensino Fundamental - Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será

avaliada no processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de

notas na documentação escolar, por não ser objeto de retenção.

4.6.3 Exames de EJA

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Os Exames de EJA são destinados às pessoas que se situam na faixa etá-

ria superior à considerada própria, no nível de conclusão do Ensino Fundamental

e Ensino Médio, de acordo com as normas da legislação em vigência.

A escola está credenciada para oferta e aplicação dos Exames de EJA,

podendo ser de forma presencial e/ou on-line, de acordo com Resoluções e Ins-

truções anuais emitidas pela mantenedora, sendo compostos pelas disciplinas da

Base Nacional Comum – BNC e da parte diversificada, constantes nas Diretrizes

Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica propostas para o Ensino

Fundamental e Ensino Médio.

4.6.4 Conselho de Classe

O conselho de classe na organização individual acontece de forma pontual,

conforme a necessidade de cada área de ensino, visando uma retomada de a-

ções coletivas no processo de ensino e aprendizagem.

Na organização coletiva, é realizado ao final da carga horária da disciplina

cursada, com o objetivo de analisar aspectos relevantes ao processo pedagógico,

tais como: desenvolvimento da proposta prevista ou planejada, proposta de traba-

lho para o aluno, resultados obtidos, envolvimento e assiduidade dos alunos.

4.6.5 Conselho de Avaliação

O Conselho de Avaliação reunindo-se sempre que necessário, de forma

extraordinária, compondo-se pelas equipes de pedagogos, diretores e docentes,

delibera sobre assuntos de natureza didático-pedagógicos, com atuação dirigida a

cada educando do Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar o pro-

cesso de ensino e de aprendizagem dos educandos.

4.6.6 Aproveitamento de Estudos, Classificação, Reclassificação

O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito,

amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Esco-

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lar, por meio de cursos ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial,

transferência e prosseguimento de estudos.

Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino uti-

lizará o previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento

Escolar.

4.6.7 Revalidação de Estudos e Equivalência

O estabelecimento de ensino procederá a equivalência de estudos in-

completos cursados no exterior e equivalentes ao Ensino Fundamental ou ao En-

sino Médio.

O estabelecimento de ensino procederá a equivalência e revalidação de

estudos completos realizados no exterior e correspondentes ao Ensino Funda-

mental, para os alunos que pretendam matricula no Ensino Médio.

O estabelecimento de ensino, para equivalência e revalidação de estudos

completos e incompletos, seguirá orientações emanadas da Secretária do Estado

da Educação, conforme regulamentado no Regimento Escolar.

4.6.8 Regularização da Vida Escolar

O processo de regularização de vida escolar é de responsabilidade do di-

retor do estabelecimento de ensino, sob a supervisão do Núcleo Regional de E-

ducação, conforme normas do Sistema Estadual de Ensino, conforme regulamen-

tado no Regimento Escolar.

4.6.9 Organização das Turmas

O Estabelecimento Escolar funcionará nos períodos da manhã, da tarde e

da noite, de acordo com a demanda de alunos do estabelecimento de ensino e

com autorização de funcionamento emitida pela mantenedora e pelos órgãos

competentes.

Tratando-se da organização de turmas, estas serão formadas de acordo

com a procura dos alunos, considerando a legislação vigente.

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As aulas deste estabelecimento de ensino são distribuídas conforme legis-

lação da SEED, nas datas previstas pelos órgãos competentes, podendo ser re-

distribuídas durante o ano letivo, conforme necessidade de atendimento ao alu-

nado.

4.6.10 Formação Continuada

O aprimoramento dos profissionais da educação deve ser uma constante

para que um ensino de qualidade se realize.

Para tanto, a formação continuada será realizada, por meio de diversas

formas de capacitação e aprimoramento, tais como: grupos de estudos, horas ati-

vidades por áreas de interesse, capacitações ofertadas pela mantenedora, parti-

cipação em eventos, cursos na modalidade a distância, grupos de implementação

na escola dos professores PDE (Programa de Desenvolvimento Educacio-

nal),dentre outras formas.

No caso da hora atividade o acompanhamento é realizado pela Equipe Pe-

dagógica, no desenvolvimento das atividades formativas didático-pedagógicas e

de aperfeiçoamento disciplinar.

4.6.11 Índices de Aproveitamento Escolar

No ano de 2013 o CEEBJA de Paranavaí obteve 43 conclusões no Ensino

Fundamental Fase II e 99 conclusões no Ensino Médio.

No mesmo sentido em 2014 computou-se 32 conclusões no Ensino Fun-

damental Fase II e 68 conclusões no Ensino Médio.

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5 MARCO CONCEITUAL

5.5 AS CONCEPÇÕES

5.5.1 Sociedade

Devido às grandes transformações econômicas, sociais, culturais e tecno-

lógicas das últimas décadas, a luta da sociedade para conquistar mundo do traba-

lho teve algumas conseqüências que ultrapassaram a mudança significativa nos

índices de inserção na atividade produtiva. Enquanto batalhavam por seus direi-

tos, homens e mulheres conseguiram uma renovação dos papéis tradicionais no

ambiente profissional.

A busca pela escolaridade, antes delegada a segundo plano trouxe um no-

vo alento ao ensino de EJA. O crescimento dessa modalidade de ensino foi con-

comitante com o aumento de pessoas que ao candidatar-se ao emprego depara-

vam-se com as novas exigências do mercado que pedia o mínimo de escolarida-

de, quando não a conclusão da educação básica.

Paralelo a isso, as relações sociais, familiares e dos governos foram desa-

fiados a participarem coletivamente do processo de transformação de conceitos

éticos e morais, visto que as mulheres, antes exercendo o papel exclusivo de do-

na de casa, a partir da década de 60, adentrou ao mercado de trabalho, e nos a-

nos 80 e 90 solidificou-se no ambiente profissional.

Os conflitos sociais, a evolução cultural e econômica provoca na sociedade

o desejo constante de uma prática coerente com os valores que ela desenvolve

para ganhar sua autonomia e prática consciente da cidadania. Mudanças sociais

são processos lentos e muitas vezes contraditórios. Mas, apesar de incompletas

as transformações por que passou, nossa sociedade segue o caminho dos so-

nhos de igualdade e democracia.

Visto que a educação é um processo social, e existem vários tipos de soci-

edade, o valor de uma vida social reside na ideia da socialização do indivíduo,

considerando que, por finalidade, os interesses de um grupo serão partilhados por

todos os seus membros, e a plenitude e liberdade de cada um seja respeitada e

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que possa interagir com outros indivíduos e grupos. Uma sociedade indesejada,

por outras palavras, é aquela que internamente e externamente estabelece barrei-

ras à livre relação e comunicação da experiência.

A sociedade que providencia a participação nos seus bens de todos os

membros em igualdade de circunstâncias e que assegura um reajuste flexível das

suas instituições através da interação das diferentes formas de vida associativa é

até aqui democrática. Tal sociedade deve ter um tipo de educação que dê aos in-

divíduos um interesse pessoal nas relações e controle sociais, e hábitos da mente

que assegurem alterações sociais sem introduzirem desordem.

5.5.2 Homem

O homem pode ser visto como um complexo agrupamento de matéria cria-

da com a mais perfeita tecnologia Divina. O funcionamento de seus órgãos não

pode ser comparado a uma máquina, pois supera em todos os sentidos.

Sua sobrevivência através dos tempos se deve a sua capacidade de adap-

tação e de adaptar o meio para melhor servi-lo, por meio do trabalho.

Dotado de inteligência invejável, busca constantemente a cura, o alívio, o

caminho para amenizar o sofrimento e atingir o prazer.

O homem constrói, destrói, constrói novamente, age no meio em que vive.

Transforma-o, e ao transformá-lo transforma a si mesmo.

Segundo Souza (1997), o homem não só é capaz de conhecer, de refletir e

de raciocinar sobre os demais seres vivos, mas, acima de tudo tem a capacidade

de conhecer e compreender a si mesmo.

O senso de constante formação também é peculiar ao homem, sendo este

enfoque uma constante no processo educacional, na busca da formação integral

e continua do ser.

5.5.3 Educação

A educação, por origem, essência e finalidade é uma ação comunitária. É o

diálogo, encontro e comunicação de um sujeito com outro, onde educador e edu-

cando se educam, sendo uma educação que valorize os conhecimentos prévios

do aluno e a realidade em que está inserido.

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À educação cabe preparar o indivíduo para compreender a si mesmo e ao

outro, através de um melhor conhecimento do mundo e das relações que se esta-

belecem entre os homens e entre estes e o meio ambiente físico e social.

Da educação espera-se um processo de mudança, onde o indivíduo inicie

sua jornada com um pensamento e ao final desta tenha amadurecido o suficiente

para ser um cidadão consciente de seus direitos e deveres, conhecedor da reali-

dade na qual está inserido, percebendo o poder que possuí enquanto membro

participativo e ativo da e na sociedade. Segundo Paulo Freire:

Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Se a nossa opção é progressista, se estamos a favor da vida e não da morte, da equidade e não da injustiça, do direito e não arbítrio, da convivência com o diferente e não de sua negação, não te-mos outro caminho se não viver a nossa opção. Encarná-la, diminuindo,

assim, a distância entre o que dizemos e o que fazemos. (FREIRE 2000, p. 67)

Assim, entendemos que a educação vai além de ser um processo de cons-

trução da capacidade cognitiva de um indivíduo, devendo estar comprometida

com a sua formação plena, promovendo o despertar de sua criatividade e sensibi-

lidade, o acesso à cultura e tecnologia, como também possibilitando a inserção ao

mundo do trabalho e a conservação do meio ambiente, para sua própria sobrevi-

vência.

Nesta perspectiva, a educação se compromete com a recuperação dos va-

lores morais, sociais, científicos e éticos, imprescindíveis para a viabilização des-

se processo de formação e transformação do homem, pois eles definem o seu ca-

ráter, estabelecendo, assim, a integração social e o espírito de cidadania.

5.5.4 Escola

A escola por sua característica essencial, é um espaço privilegiado de pro-

dução e articulação do conhecimento já adquirido. Promove o crescimento e de-

senvolvimento biopsíquico, cultural, social, intelectual e espiritual.

O desenvolvimento da consciência crítica e da responsabilidade, do com-

promisso com o bem comum, a troca de experiências vitais ao conhecimento, fa-

zem da escola um espaço otimizador do potencial humano.

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacio-

nal que atende a educandos-trabalhadores, a escola tem como finalidade e objeti-

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vos o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, rela-

ções sociais, com comportamento ético e compromisso político, através do de-

senvolvimento da autonomia intelectual e moral.

A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reco-nhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pau-tar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferiori-za e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pen-sar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de a-dultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reco-nhece ao longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004)

Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação

na qual os educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir

criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho

e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade

das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais

com agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de

conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos.

5.5.5 Educandos

Os educandos de EJA trazem consigo um legado cultural, conhecimentos

construídos a partir do senso comum. É um saber popular, não científico, consti-

tuído no cotidiano em suas relações com o outro e com o meio, os quais devem

ser considerados na dialogicidade das práticas educativas.

Portanto, o trabalho da escola deve contemplar ações pedagógicas que le-

vem em consideração toda a diversidade sócio-cultural de seu público, visto que é

composta pelo jovem (adolescente), adulto, o idoso, por populações do campo,

pela mulher que hoje rompe a barreira da tradição patriarcal, pessoas em priva-

ção de liberdade, com necessidades educacionais especiais que não tiveram o-

portunidade de escolarização ou não deram continuidade aos seus estudos por

fatores muitas vezes, alheios a sua vontade, por agricultores familiares, trabalha-

dores rurais temporários, por acampados, assentados, por negros e negras, por

indígenas e por pessoas lésbicas, gays, travestis e transexuais.

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Os jovens e adultos que procuram a EJA têm a necessidade da escolariza-

ção formal, seja pelas necessidades pessoais, seja pela exigências do mundo do

trabalho. A dinâmica desenvolvida nessa modalidade de ensino deve possibilitar a

flexibilização de horários e organização do tempo escolar desses educandos, via-

bilizando a conclusão dos seus estudos.

Por outro lado, os educandos que ingressam na EJA trazem modelos inter-

nalizados da escola durante suas vivências escolares ou por outras experiências.

O modelo predominante é o de uma escola com características tradicionais, onde

o educador exerce o papel de detentor de conhecimento, e o educando de recep-

tor passivo deste conhecimento. Com base nesses modelos, muitos depositam na

escola a responsabilidade pela sua aprendizagem. Há necessidade de romper

com esses modelos e motivar a autonomia intelectual, a fim de que se tornem su-

jeitos ativos no processo educacional.

Para garantir a permanência dos educandos da EJA na escola e atender as

suas necessidades, o Governo do Estado do Paraná deve ter como uma de suas

prioridades a manutenção da oferta do ensino da Educação de Jovens e Adultos

através de políticas públicas direcionadas especialmente a esse atendimento de

forma permanente e contínua, conforme garante a LDBEN.

5.5.6 Conhecimento

O conhecimento possui múltiplas naturezas que mesmo separadas por su-

as especialidades, na realidade são interligadas e pode também ser visto como o

acúmulo de saberes da humanidade, perpetuado pela transmissão e complemen-

tação de um fato.

O conhecimento pode ser a arma de luta de um povo. Quem o adquire dei-

xa a condição de ignorância passando a ser sujeito de sua própria vida. Possibilita

desenvolver-se de maneira critica e reflexiva, podendo agir e reagir intelectual e

moralmente, diante de diversas situações apresentadas em seu cotidiano.

5.5.7 Ensino-aprendizagem

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A proposta metodológica da EJA foi construída em três eixos articuladores

propostos para as Diretrizes Curriculares: Cultura, Trabalho e Tempo, sempre

numa visão antropológica voltada aos diferentes grupos sociais .

Com estas diretrizes curriculares todo o processo ensino-aprendizagem da

EJA, seguiu um rumo norteador mais democrático e dinâmico, visto que, ao con-

ceber o currículo a partir da visão da antropologia, saímos do lugar comum onde

os temas tratados eram sempre voltados para o homem (sexo masculino), cristão,

branco, de classe social favorecida, etc. e construímos a aprendizagem com uma

visão emancipadora.

Segundo Freire (1996), a necessidade de uma Pedagogia Libertadora tem

a ver com a superação de uma tradição pedagógica mecanicista e apolítica sobre

o processo de conhecimento na escola, uma vez que percebe e valoriza as diver-

sidades culturais dos educandos como parte integrante do processo ensino-

aprendizagem.

Assim, a metodologia deve ser pensada e estabelecida a partir de reflexões

sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima da realidade e garantindo

sua função socializadora do acesso ao processo de ensino-aprendizagem que se-

ja capaz de ampliar o universo cultural do educando e sua função antropológica

que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.

A cultura: é o eixo principal que norteará a ação pedagógica, no

sentido de que se realizam reflexões sobre a gama de diversidade

cultural, valores, crenças e suas formas de interagir com o mundo

promovendo o conhecimento, para o entendimento de que todas as

diferenças e igualdades entre os povos são construídos no processo

de humanização do homem.

O trabalho: primeiro o professor deve entender e vivenciar o concei-

to de trabalho e qual a sua função na vida humana. Depois, compre-

ender que o educando de EJA relaciona-se com o mundo do traba-

lho e que através deste, busca melhorar sua qualidade de vida e te-

rá acesso aos bens produzidos pelo homem.

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Na organização curricular da EJA, ressaltar que o trabalho é fruto de

toda construção humana que desenvolveu-se e permeia a sociedade

até hoje.

O tempo: em relação ao tempo há de se respeitar os dois tempos: o

tempo escolar estabelecido pelo calendário mecânico onde impera a

hora relógio e o tempo pedagógico, que é a disponibilidade de tem-

po proposto pelo currículo que deve ser usado metodologicamente

como espaço de mediação do professor e educando no processo de

interação e compreensão de si mesmo e do mundo.

Desta forma o professor deve respeitar os diferentes tempos necessários a

aprendizagem do aluno de EJA. Buscando este equilíbrio, o currículo da EJA de-

verá conter uma metodologia integradora e emancipadora, que venha garantir o

atendimento aos interesses e necessidades de pessoas que já tenham um deter-

minado conhecimento socialmente construído, com tempos próprios de aprendi-

zagens e que participam do mundo do trabalho e, por isso, requerem metodologi-

as específicas para alcançar objetivos. A partir desse ponto o professor deve e-

lencar a cultura a ser escolarizada baseada no perfil do educando de EJA, que

observando o tempo vivido e as relações de trabalho que permeiam toda a cons-

trução desse sujeito, embasaram a metodologia da Educação de Jovens e Adul-

tos, que possui a identidade de Modalidade Própria, bem diferente do ensino re-

gular, que não é o barateamento do processo ensino-aprendizagem, mas sim,

transmissão de uma cultura de referência que permite a satisfação das necessi-

dades de aprendizagem nas suas especificidades.

Neste sentido, como primeiro critério para a seleção de conteúdos é a rele-

vância dos saberes escolares frente a experiência social, historicamente pergun-

tando a procedência desse conteúdo e o que ele vai possibilitar aprender após

esse processo, verificar se os saberes transpostos didaticamente para as situa-

ções escolares, exercem influência no convívio social do educando.

O segundo critério respalda-se entre os saberes docentes e discentes que

na busca de conteúdos significativos para o ensino-aprendizagem, desvendando

os conhecimentos reais que o aluno traz para a escola o professor enfatiza o que

é possível expandir, sempre de forma dialógica, promovendo o pensar.

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No terceiro critério, a organização do processo ensino-aprendizagem fun-

damenta-se em valores éticos e favorece o acesso às manifestações culturais,

integradas entre as disciplinas escolares para tornar mais significativos os conte-

údos selecionados.

Para aprender, no quarto critério de seleção de conteúdos, o professor de-

ve promover a articulação das partes do conhecimento com o todo, articulando-se

singularidades e totalidades, criando consciência de que o conhecimento tem uma

dinâmica histórica (passado e presente) e política, quando expande possibilidades

futuras se relacionando com o contexto social.

Ao selecionar os conteúdos observando os amplos aspectos da cultura e

sua diversidade, a escola entende que as metodologias são um meio e não um

fim para atingir todo o processo de conhecimento. Isto se dá porque as práticas

desenvolvidas pela EJA são flexíveis e adaptadas às especificidades da comuni-

dade escolar.

Pensar em Educação de Jovens e Adultos hoje, significa estar engajado

em ideias progressistas, que promovam o crescimento humano. Para que isso

ocorra, toda e qualquer ação docente deve ser pautada numa relação dialética,

onde o pensar seja o elemento norteador da construção da aprendizagem.

Que a busca da autonomia moral e intelectual deva ser constante exercício

com os educandos de EJA. Que a emancipação humana seja decorrência de

construção dessa autonomia com a qual contribui a educação escolar. O exercício

de uma cidadania democrática, pelos educandos da EJA, seja o reflexo de um

processo cognitivo, crítico e emancipatório, com base em valores com respeito

mutuo, solidariedade e justiça.

5.5.8 Avaliação

A avaliação escolar, também chamada avaliação do processo ensino-

aprendizagem ou avaliação do rendimento escolar, tem como dimensão de análi-

se o desempenho do aluno, do professor e de toda a situação de ensino que se

realiza no contexto escolar. Sua principal função é subsidiar o professor, a equipe

escolar e o próprio sistema no aperfeiçoamento do processo ensino-

aprendizagem.

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Utilizada com as cautelas previstas e já descritas em bibliografia especiali-

zada, fornece informações que possibilitam tomar decisões sobre quais encami-

nhamentos educacionais devem ser organizados quando se quer tomar o ensino

mais efetivo. É, portanto, uma prática valiosa, reconhecidamente educativa,

quando utilizada com o propósito de compreender o processo de aprendizagem

que o aluno está percorrendo em um dado curso.

Por meio da avaliação é possível uma interpretação do desempenho do

professor, bem como das estratégias adotadas no processo ensino-

aprendizagem, no intuito de se propor modificações visando o cumprimento dos

objetivos previstos e assumidos coletivamente na escola, sendo assim uma práti-

ca que alimenta e orienta as intervenções pedagógicas.

O processo avaliativo parte do pressuposto de que se defrontar com difi-

culdades é inerente ao ato de aprender. Assim, o diagnóstico de dificuldades e

facilidades deve ser compreendido não como um veredicto que irá culpar ou ab-

solver o aluno, mas sim como uma análise da situação escolar atual do aluno, em

função das condições de ensino que estão sendo oferecidas, para retomada do

processo ensino-aprendizagem, se necessário.

A avaliação não deve ser usada somente para diagnosticar as dificuldades

e facilidades do aluno, mas também para compreender o processo de aprendiza-

gem que ela está percorrendo. Assim, utilizada de forma transparente e participa-

tiva, permite também ao aluno reconhecer suas próprias necessidades, desenvol-

ver a consciência de sua situação escolar e orientar seus esforços na direção dos

critérios de exigência da Escola.

Desta forma, a avaliação pode ser utilizada com o apoio de múltiplos ins-

trumentos de coleta de informações, sempre de acordo com as características do

plano de ensino, isto é, dos objetivos que se está buscando junto ao aluno. Assim,

conforme o tipo de objetivo, após retomada dos conteúdos, podem ser emprega-

dos trabalhos em grupos e individuais, provas orais e escritas, seminários, obser-

vação de cadernos, realização de exercícios em classe ou em casa e observação

dos alunos em classe.

Assim compreendida, como uma prática que alimenta e orienta a interven-

ção pedagógica, a avaliação é um dos principais componentes do ensino, pelo

qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem, tendo a finalidade de a-

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companhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, e diagnos-

ticar os resultados atribuindo-lhes valor.

Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de

reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve

ser entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza

uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.

A avaliação escolar exige, sobretudo, que o professor tenha claro, antes de

sua utilização, o significado que ele atribui a sua ação educativa.

5.5.9 Conselho de Classe

O Conselho de Classe, segundo o Regimento Escolar, é órgão colegiado

de natureza deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com responsabilida-

de de analisar as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garan-

tir a efetivação do processo ensino e aprendizagem. Sua finalidade é a de intervir

em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno for-

mas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos.

5.5.10 Conselho de Avaliação

O Conselho de Avaliação é um órgão Colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação dirigida a cada edu-

cando do Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo de

ensino e de aprendizagem dos educandos.

Este Conselho é composto pela Equipe Diretiva, Equipe Pedagógica e E-

quipe Docente, reunindo-se sempre que necessário, em caráter extraordinário.

5.5.11 Exames de EJA

Os Exames de EJA são Exames Estaduais de Educação de Jovens e Adul-

tos destinados àqueles(as) que não tiveram acesso a Educação Básica na idade

própria, ou não deram continuidade aos estudos.

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O Exame poderá ser realizado para pleitear certificação no nível de conclu-

são do Ensino Fundamental para quem tem no mínimo 15 (quinze) anos comple-

tos e, para o nível do Ensino Médio, ter no mínimo 18 (dezoito) anos completos no

ato das inscrições para as provas, podendo ser aplicados por escolas credencia-

das, de acordo com as normas estabelecidas pela legislação em vigência.

5.5.12 Currículo

O currículo é o documento no qual constam todos os conteúdos a serem

ministrados durante as aulas bem como a metodologia.

Deve conter conteúdos significativos, respeitando o tempo pedagógico de

cada aluno e garantir acesso aos saberes em suas diferentes linguagens, sempre

voltados às suas necessidades, expectativas e trajetória de vida. Além disso, o

currículo deve valorizar a cultura de referencia do educando, acrescentando co-

nhecimentos novos a esse repertório cultural. O currículo deve também reforçar

suas relações sociais, familiares, culturais, vinculando-se ao mundo do trabalho e

a aplicabilidade a prática social.

O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional,

que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias escola-

res, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na qual os conteúdos

culturais relevantes, estão articulados à realidade na qual o educando se encon-

tra, viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da contri-

buição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre

cultura, conhecimento e currículo, oportunizam um Projeto Político-Pedagógico

pensado e estabelecido a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornan-

do-a mais próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promoto-

ra do acesso ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando

– e, sua função antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao

longo da história.

A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do

trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso

aos bens produzidos pelo ser humano, significa contemplar, na organização curri-

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cular, as reflexões sobre a função do trabalho na vida humana, compreendendo

assim o trabalho como principio educativo.

5.5.13 Princípios da Gestão Democrática Escolar

A autonomia da escola é, pois, um exemplo de democratização de um es-

paço público: é delegar ao diretor e aos demais agentes pedagógicos a possibili-

dade de dar respostas ao cidadão (aluno e responsável) a quem servem. A auto-

nomia coloca na escola a responsabilidade de prestar contas do que faz ou deixa

de fazer, sem repassar para outro setor essa tarefa e, ao aproximar a escola e

família, é capaz de permitir uma participação realmente efetiva da comunidade, o

que caracteriza como uma categoria eminentemente democrática.

Os Princípios Norteadores da Gestão democrática são estabelecidos cons-

titucionalmente e formam a identidade da escola:

- Igualdade: todos tem direito ao acesso e permanência na escola. To-

dos devem respeitar e ser respeitados nas suas diferenças de etnia e

diversidade cultural, orientação sexual, religião, condição sócio-

econômica, necessidades educacionais especiais , numa perspectiva

inclusiva. Para os alunos com necessidades educacionais especiais se-

rá ofertado apoio e serviço especializado, de acordo com o previsto pela

mantenedora.

- Qualidade: o ensino oferecido pela instituição deve ter como alicerce a

qualidade necessária para que o educando possa conquistar seu direito

e dever de ser cidadão.

- Valorização dos Trabalhadores em Educação: será dada através das

condições dignas de trabalho, salário, plano de carreira e cursos de

formação continuada ofertados pela mantenedora.

- Gestão Democrática: será garantida pela participação na construção

da gestão através de eleição direta para diretores e seus auxiliares, do

Conselho Escolar e de toda a comunidade escolar.

Vinculamos também a gestão democrática deste Estabelecimento de

ensino ao estabelecimento de mecanismos legais e institucionais (legis-

lação vigente) juntamente com a organização de ações que desenca-

deiem a participação social, tais como: na formulação de políticas edu-

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cacionais; no planejamento; na tomada de decisões; na definição do

uso de recursos e necessidades de investimento; na execução das deli-

berações coletivas; nos momentos de avaliação da escola e da política

educacional. Ações estas de cunho participativo por todas as instâncias

colegiadas vinculadas a esta Escola.

- Liberdade: todos exercerão o direito de aprender, ensinar, pesquisar,

divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber.

- Autonomia: a comunidade escolar usufruirá da autonomia que lhe for

garantida na forma da lei.

Nessa perspectiva, a autonomia apresenta-se como um norte a ser perse-

guido, no sentido de construir uma escola que esteja centrada numa postura de-

mocrática. Assim sendo, a figura de gestores que descentralizam as ações no

âmbito escolar, constitui o elemento que fará a diferença na construção de um

ensino competente e inovador. Em relação a essa questão é importante contem-

plar o que afirma Luck (2002) quando diz,

(...) Não se trata, apenas, de simples substituição terminológica, baseada em considerações semânticas. Trata-se sim, da proposição de um novo conceito de organização educacional. A gestão, ressalte-se, não se pro-põe a depreciar a administração, mas sim a superar suas limitações de enfoque dicotomizado, simplificado e reduzido, e a redimensioná-la, no contexto de uma concepção de mundo e de realidade pela visão da sua complexidade e dinamicidade, pela qual as diferentes dimensões e di-nâmicas são utilizadas como forças na construção da realidade e de sua superação.

5.5.14 Inclusão Educacional

A inclusão na nossa sociedade é um grande desafio. Esta sociedade pos-

sui entraves que dificulta e até mesmo exclui os alunos com necessidades espe-

ciais das escolas regulares, seja pela falta de estrutura física ou principalmente

pelo preconceito que ainda impera no interior das pessoas.

A inclusão é o ir além é trazer para perto a noção de acolhimento à diversi-

dade humana e da aceitação das diferenças individuais.

É imprescindível dominarmos bem os conceitos inclusivistas para que pos-

samos ser participantes ativos na construção de uma sociedade que seja real-

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mente para todos e todas, independente de sua cor, idade, gênero, tipo de neces-

sidade especial e qualquer outro atributo pessoal.

É um processo que contribui para a construção de um novo tipo de socie-

dade.

A inclusão possibilita o desenvolvimento da apreciação pela diversidade in-

dividual, reconhecendo uma gama de modelos de papeis sociais, atividades de

aprendizagens e redes sociais, com um aprendizado cooperativo.

A educação inclusiva traz algumas características, pois tem como meta a

participação plena para todos os estudantes.

Uma sociedade inclusiva garante seus espaços a todos, fortalecendo as a-

titudes de aceitação das diferenças individuais e de valorização da diversidade

humana enfatizando a importância do pertencer, da convivência, da cooperação e

da construção que todas pessoas podem dar para construírem algo mais justo e

humano, assim, a inclusão significa que a sociedade deve adaptar-se às necessi-

dades de pessoa com deficiência para que esta possa desenvolver-se em todos

aspectos da sua vida.

5.5.15 Diversidade

O trabalho com a diversidade envolve o atendimento a todos os sujeitos

que, historicamente, encontravam-se excluídos do processo de escolarização

e/ou da pauta das políticas educacionais, tais como: as populações do campo,

faxinalenses , agricultores familiares, trabalhadores rurais temporários, quilombo-

las, acampados, assentados, ribeirinhos, ilhéus, negros e negras, povos indíge-

nas, jovens, adultos e idosos não alfabetizados, pessoas lésbicas, gays, travestis

e transexuais.

Diante disto a escola pública do Paraná, assume o compromisso político e

social de garantir a todos e a todas o direito ao acesso à escolarização e ao saber

sistematizado historicamente.

Compreender esta dinâmica possibilita identificar e reconhecer os diferen-

tes sujeitos (educadores e educandos) e os condicionantes sociais que determi-

nam o sucesso ou o fracasso escolar, visando criar mecanismo de enfrentamento

aos diversos preconceitos existentes para que possa garantir o direito ao acesso

e a permanência com qualidade no processo educacional.

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5.5.16 Equipe Multidisciplinar

A Equipe Multidisciplinar é uma instância de organização do trabalho esco-

lar, preferencialmente coordenada pela equipe pedagógica, e instituída por instru-

ção da SUED / SEED, de acordo com no disposto no art. 8° da Deliberação n° 04/

06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações

relativas à educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultu-

ra Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período letivo.

5.5.17 As tecnologias de Informação e Comunicação na Escola

A sociedade atual vive em constantes transformações. A todo momento

surgem várias mudanças na forma como se elabora o conhecimento. A educação

inserida neste contexto não pode ficar alheia e necessita construir novas estraté-

gias pedagógicas.

No Brasil, um país de dimensões continentais, as tecnologias são funda-

mentais na troca de experiências, saberes e informações. É nesse contexto que

surge a necessidade da escola capacitar professores, funcionários e alunos, pois

a inserção das diferentes linguagens de mídias é um caminho para novas atitudes

e metodologias de trabalho. A apropriação de tecnologias e ferramentas de co-

municação contribuem para o desenvolvimento e a transformação do conheci-

mento, tornando alunos e professores mais críticos e reflexivos.

As tecnologias trazem benefícios para estrutura escolar, aliando-se, muitas

vezes, ao livro didático em sites e atividades que trazem um aprendizado signifi-

cativo. O professor não perde a sua função de mediador, mas para tanto é preciso

pensar em novas metodologias que ampliem seus horizontes com novas possibi-

lidades pedagógicas.

As tecnologias de informação e comunicação representam não somente

meios que contribuem com a democratização do conhecimento na escola, como

também instrumentos de informação que ampliam o acesso às políticas e pro-

gramas, junto à comunidade escolar. As tecnologias disponíveis nos espaços es-

colares em ambientes educativos, no laboratório de Ciências e de Informática,

nas salas de aula, possibilitam, além da formação docente,na perspectiva do su-

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jeito epistêmico, que produz o conhecimento no âmbito das práticas pedagógicas,

também o aprimoramento da prática docente. Revelam-se, aqui, os necessários

materiais pedagógicos e recursos didáticos encaminhados para as escolas, a fim

de restabelecer propostas de aprendizagem. É o caso dos conteúdos digitais, das

televisões multimídias, dos livros didáticos e paradidáticos, dos computadores e

de estações de trabalho, dos jogos e materiais didáticos para uso nas atividades

formativas da escola.

5.5.18 Desafios Educacionais Contemporâneos

Alguns Desafios Educacionais Contemporâneos inseridos na escola e nas

políticas educacionais, hoje são marcos legais, que tem seus princípios e história

determinada pela cobrança da sociedade civil organizada e, mais pontualmente,

dos movimentos sociais. Sendo assim, tais leis e lutas históricas e coletivas da

humanidade não serão negadas pela escola, mas são chamadas ao currículo

quando fazem parte da totalidade de um conteúdo nele presente, portanto, fazen-

do parte do recorte do conteúdo e como necessidade para explicação de fatos

sociais, seja por questões da violência, das relações étnico-raciais, da educação

ambiental, do uso indevido de drogas ou dos direitos humanos, bullying e educa-

ção fiscal.

5.5.19 Atividades integradoras do Currículo

O conteúdo é a via de acesso ao conhecimento e se organiza a partir de

suas áreas de referência que sistematizam os conteúdos históricos, científicos,

culturais, filosóficos, artísticos, ou seja, conteúdos universais que devem ser soci-

alizados para todos através do currículo escolar.

As atividades integradoras do conteúdo compreendem todo trabalho extra-

classe, de cunho pedagógico, realizado por docentes e pela equipe administrati-

vo-pedagógica, envolvendo os alunos. Citamos como exemplo: Mostra Cultural,

Feiras e Festivais, Participação em Eventos Científico-culturais, Jogos, dentre ou-

tros. Estas atividades objetivam a aquisição dos conteúdos curriculares como

possibilidade de emancipação humana, observa-se a necessidade da organiza-

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ção de atividades que possibilitam a integração das disciplinas que compõem este

currículo, viabilizando a apropriação do conhecimento.

5.5.20 Organização do trabalho Pedagógico

A partir do desejo e necessidade de entender o processo educacional faz-

se necessário analisar a complexidade da organização do trabalho pedagógico,

repensando o mesmo com possibilidade de uma educação emancipatória.

O professor necessita de ter um amplo conhecimento a respeito dessa or-

ganização, pois quando há envolvimento no preparo ocorre a influência direta no

resultado.

O trabalho docente é composto de atividades planejadas que visam atingir

objetivos de aprendizagem com alternativas metodológicas que caminhem para

esse objetivo.

A organização do trabalho pedagógico na escola pública envolve, então, a

elaboração do projeto político pedagógico, do qual decorrem a proposta pedagó-

gica curricular, o plano de trabalho docente e o plano de ação da escola, todos

regulamentados pelo Regimento escolar.

Assim a organização se dá através de ações onde são definidas e sistema-

tizadas os meios para o que se quer alcançar.

A organização torna o trabalho transparente e agrega compromisso e res-

ponsabilidade na execução dos objetivos propostos.

O pedagogo responde pela mediação, organização, integração e articula-

ção do trabalho pedagógico. A equipe pedagógica deve garantir a efetivação de

um projeto de escola que cumpra com a sua função política, pedagógica e social,

portanto, o pedagogo deverá dar suporte técnico-metodológico ao trabalho docen-

te com relação aos aspectos da prática pedagógica que ocorre nos estabeleci-

mentos de ensino.

5.5.21 Trabalho, Educação e Função Social da Escola

O processo de desenvolvimento social humano está baseado no domínio e

apropriação da natureza que nos cerca, apropriação realizada por meio do traba-

lho. Foi pelo trabalho que os homens puderam satisfazer suas necessidades cor-

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porais (alimentação, abrigo e reprodução) e posteriormente, avançar para a satis-

fação das necessidades espirituais.

A categoria trabalho, portanto, deve ser compreendida como o principio do

trabalho educativo por excelência, haja vista ser por meio do trabalho que: com-

preendemos a função social da escola, nos mantemos vivos, produzimos a rique-

za e a nossa própria existência.

Nesta perspectiva o papel da escola não é adaptar o sujeito às novas de-

mandas da sociedade atual e sim, por meio do conhecimento histórico, científico,

artístico e filosófico, possibilitar que o aluno tenha condições de analisar a socie-

dade atual em suas contradições, instrumentalizando-o para transformar sua prá-

tica social e não adaptar-se a este mundo tão excludente, preconceituoso e meri-

tocrático.

O trabalho pedagógico deve fundamentar-se no compromisso de que a es-

cola deve levar seus alunos além do senso comum e chegar ao conhecimento

mais elaborado sobre a realidade. Isso é garantir o acesso ao conhecimento.

5.5.22 Letramento

Letramento é uma tradução para o português da palavra inglesa “literacy”

que pode ser traduzida como a condição de ser letrado. Entende-se como letrado:

“o indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e

escrever, mas que usa socialmente a leitura e escrita, responde adequadamente

as demandas sociais da leitura e escrita”, (SOARES, 2004, p. 40).

O processo de Letramento deve ser imprescindível para a inserção dos jo-

vens e adultos frente aos desafios encontrados na atual sociedade letrada. A al-

fabetização como ação de saber ler e escrever nem sempre possibilita essa in-

serção de modo significativo. O Letramento leva a pensar de forma diferente, mo-

difica o estado da pessoa em muitos sentidos e além da aprendizagem da leitura

e escrita o sujeito faz uso dessas habilidades transformando-o e levando-o a “um

outro estado ou condição sob vários aspectos: social, cognitivo, linguístico, entre

outros”, (SOARES,2004 , P. 38).

5.5.23 Atividades Complementares Curriculares em Contraturno Periódicas

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O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno é

um programa da Secretaria do Estado da Educação que deve ser concebido co-

mo um Projeto Educativo integrado com a ampliação de tempos, espaços e opor-

tunidades educativas, visando ampliar a formação do aluno.

Tem como finalidades:

a) promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de

tempos, espaços, e oportunidades educativas realizadas na escola ou no território

em que está situada, em contraturno, a fim de atender as necessidades sócio-

educacionais dos alunos;

b) ofertar atividades complementares ao currículo escolar em contra turno

vinculadas ao Projeto Político-Pedagógico da Escola, respondendo as demandas

educacionais e aos anseios da comunidade;

c) possibilitar maior integração entre alunos, escola e comunidade, demo-

cratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.

5.5.24 CELEM

A própria natureza da linguagem exige que se considere seu uso social, e

não apenas sua organização, quando o ensino se resume a vocabulário, gramáti-

ca, funções (cumprimentar, pedir informações) e questões ligadas ao conheci-

mento sistêmico, a própria língua e sua estrutura passam a ser entendidas como

objeto de ensino.

Há a necessidade de se incorporar o contexto de produção dos discursos,

permitindo a compreensão do uso que as pessoas fazem do idioma ao agir na so-

ciedade, a língua portanto deverá ser tratada de forma dinâmica, por meio da lei-

tura, da oralidade e da escrita, não valendo a máxima de um em detrimento do

outro, pois todos são pressupostos reais para o aprendizado eficaz e transforma-

dor, abordando diferentes recursos para entender as práticas sociais de leitura e

escrita.

Ao estudar um outro idioma, o aluno usa conhecimentos prévios de leitura

e escrita e faz analogias com a língua materna.

5.5.25 Sala de Recursos – Ensino Fundamental e Ensino Médio

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A Sala de Recursos – Ensino Fundamental e Ensino Médio é um serviço

especializado de natureza pedagógica que apoia e complementa o atendimento

educacional realizado em classes comuns, que visa atender alunos oriundos de

serviço da educação especial, regularmente matriculados na Rede Pública de En-

sino.

5.5.26 Estágio não obrigatório

Estágio é um ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambi-

ente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às exigências pedagó-

gicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de

modo a prevalecer sob o aspecto produtivo.

Contribuir para a formação do aluno no desenvolvimento de atividades re-

lacionadas ao mundo do trabalho que oportunizem concebê-lo como ato educati-

vo.

O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, alem de integrar o iti-

nerário formativo do educando.

Visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à

contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a

vida cidadã e para o trabalho.

5.5.27 Concepção de mundo

O Mundo representa o espaço geopolítico no qual se constrói a existência

humana sob determinadas possibilidades e potencialidades,construídas histori-

camente pelos seres humanos face às suas relações com as condições naturais

desse espaço e pelas relações pessoais e sociais.

Neste espaço ocorrem as interações do homem com o meio ambiente, com

a sociedade e com o conhecimento, caracterizadas pelas diversas culturas e de-

senvolvimento científico e tecnológico, resultando na construção de um mundo

de desigualdades.

Diante da avidez na produção de conhecimentos e disseminação das in-

formações e da globalização do acesso aos bens materiais e imateriais, faz-se

necessário proporcionar ao homem o alcance dos objetivos materiais, políticos,

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culturais e espirituais para que sejam superadas as injustiças, diferenças, distin-

ções e divisões na tentativa de se construir um mundo mais igualitário e justo.

Por assim ser, o mundo deve cultivar uma justiça nas relações de igualda-

de e equidade; de ética que favoreça as condições de uma vida desejável para

todos, pautada na possibilidade de realização individual e coletiva ao mesmo

tempo; e de estética que valorize e preserve as belezas naturais, criando ambien-

tes acolhedores, organizados e harmoniosos, valorizando assim as produções ar-

tísticas em suas diferentes modalidades, entendendo que a sensibilidade com-

plementa a racionalidade, o bem estar e a qualidade de vida. O mundo deve ain-

da manter a liberdade como pressuposto do desenvolvimento humano, relacio-

nando- a à responsabilidade; a democracia para que haja compatibilidade entre

as liberdades individuais e a organização social pautada no bem comum; e a paz

entendendo que os conflitos são inerentes ao desenvolvimento humano e à vida

social e são fontes de crescimento, mas que as diferenças não devem ser resolvi-

das com a violência, mas com respeito, tolerância, diálogo e ações coerentes e

eficazes à solução dos conflitos.

5.5.28 Cidadania

Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (2013),

uma das noções de cidadania disseminadas no cotidiano social consiste em pro-

porcionar “acesso dos indivíduos aos bens e serviços de uma sociedade moder-

na”. Esse discurso marcou uma época em que os inúmeros movimentos sociais

brasileiros lutavam, essencialmente, para obter do Estado condições de existên-

cia mais digna, do ponto de vista dominantemente material.

Mesmo quando esse discurso se modificou num sentido mais “político” e

menos “social”, quer dizer, uma cidadania agora compreendida como a participa-

ção ativa dos indivíduos nas decisões pertinentes à sua vida cotidiana, esta não

deixou de ser uma reivindicação que situava o político na precedência do social:

participar de decisões públicas significa obter direitos e assumir deveres, solicitar

ou assegurar certas condições de vida minimamente civilizadas.

Em um contexto marcado pelo desenvolvimento de formas de exclusão ca-

da vez mais sutis e humilhantes, a cidadania aparece hoje como uma promessa

de sociabilidade, em que a escola precisa ampliar parte de suas funções, solici-

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tando de seus agentes a função de mantenedores da paz nas relações sociais,

diante das formas cada vez mais amplas e destrutivas de violência.

Nessa perspectiva, pela gestão democrática, educa-se para a conquista da

cidadania plena, mediante a compreensão do significado social das relações de

poder que se reproduzem no cotidiano da escola, nas relações entre os profissio-

nais da educação, o conhecimento, as famílias e os estudantes.

5.5.29 Cultura

As Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos do Estado do

Paraná (2006), trás o conceito de cultura fundamentado nos escritos de Willians

(1992), que consiste em concebe - lá como a forma de produção da vida material

e imaterial e compõe um sistema de significações envolvido em todas as formas

de atividade social.

Desse modo, as DCEJA (2006) compreendem que a cultura, por ser produ-

to da atividade humana, não se pode ignorar sua dimensão histórica. Assim, no

terreno da formação humana, a cultura é o elemento de mediação entre o indiví-

duo e a sociedade e, nesse sentido, tem duplo caráter: remete o indivíduo à soci-

edade e é, também, o intermediário entre a sociedade e a formação do indivíduo.

A cultura compreende, portanto, desde a mais sublime música ou obra lite-

rária, até as formas de destruir-se a si mesmo e as técnicas de tortura, a arte, a

ciência, a linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as ins-

tituições sociais, as crenças, as formas de trabalhar (SACRISTÀN, 2001, p.105).

5.5.30 Tempo

Segundo as DCEJA (2006) o tempo diferenciado do currículo da EJA em

relação ao tempo do currículo na escola regular não significa tratar os conteúdos

escolares de forma precarizada ou aligeirada. Ao contrário, devem ser abordados

integralmente, considerando os saberes adquiridos pelos educandos ao longo de

sua história de vida. De fato, os adultos não são crianças grandes e, portanto, têm

clareza do porquê e para que estudar.

O tempo que um educando participa da EJA tem valor próprio e significati-

vo e, portanto, a escola deve superar o ensino de caráter enciclopédico, centrado

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mais na quantidade de informações do que na relação qualitativa com o conheci-

mento. Quanto aos conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar arti-

culados à realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, articulada ao

mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros.

Na dimensão escolar, o tempo dos educandos da EJA é definido pelo perí-

odo de escolarização e por um tempo singular de aprendizagem, bem diversifica-

do, tendo em vista a especificidade dessa modalidade de ensino que considera a

disponibilidade de cada um para a dedicação aos estudos.

O tempo e o espaço são aspectos da cultura escolar. Portanto, fazem parte

da ação pedagógica, regulam e disciplinam educandos e educadores de diversas

formas, conforme a escola ou mesmo conforme cada sistema educacional.

A organização do tempo escolar compreende três dimensões: o tempo físi-

co, o tempo vivido e o tempo pedagógico. O primeiro está relacionado ao calendá-

rio escolar organizado em dias letivos, horas/aula, bimestres que organizam e

controlam o tempo da ação pedagógica. O segundo diz respeito ao tempo vivido

pelo professor nas suas experiências pedagógicas, nos cursos de formação, na

ação docente propriamente dita, bem como o tempo vivido pelos educandos nas

experiências sociais e escolares. O último compreende o tempo que a organiza-

ção escolar destina para a escolarização e socialização do conhecimento. Ainda,

há o tempo que o aluno dispõe para se dedicar aos afazeres escolares internos e

externos exigidos pelo processo educativo.

Na escola, a organização dos tempos está articulada aos espaços escola-

res preenchidos pelos educandos em toda ação educativa. A organização desses

tempos e espaços compreende características que devem ser entendidas como

discursos que revelam, por exemplo, um espaço autoritário ou um espaço demo-

crático. Cabe destacar que a organização dos tempos e dos espaços escolares

interfere na formação dos educandos, seja para conformar ou para produzir ou-

tras práticas de significação.

5.5.31 Espaço Pedagógico

Na escola, a organização dos tempos está articulada aos espaços escola-

res preenchidos pelos educandos em toda ação educativa. A organização desses

tempos e espaços compreende características que devem ser entendidas como

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discursos que revelam, por exemplo, um espaço autoritário ou um espaço demo-

crático. Cabe destacar que a organização dos tempos e dos espaços escolares

interfere na formação dos educandos, seja para conformar ou para produzir ou-

tras práticas de significação DCEJA (2006).

5.5.32 Formação Humana Integral

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica

(2013), uma formação humana integral possibilita não somente o acesso a co-

nhecimentos científicos, mas também promove a reflexão crítica sobre os padrões

culturais que se constituem normas de conduta de um grupo social, assim como a

apropriação de referências e tendências que se manifestam em tempos e espa-

ços históricos, os quais expressam concepções, problemas, crises e potenciais de

uma sociedade, que se vê traduzida e/ou questionada nas suas manifestações.

As mesmas diretrizes enfatizam a unicidade entre as dimensões científico-

tecnológico-cultural se dá a partir da compreensão do trabalho em seu sentido on-

tológico. O princípio da unidade entre pensamento e ação é correlato à busca in-

tencional da convergência entre teoria e prática na ação humana. A relação entre

teoria e prática se impõe, assim, não apenas como princípio metodológico ineren-

te ao ato de planejar as ações, mas, fundamentalmente, como princípio epistemo-

lógico, isto é, princípio orientador do modo como se compreende a ação humana

de conhecer uma determinada realidade e intervir sobre ela no sentido de trans-

formá-la.

A unidade entre pensamento e ação está na base da capacidade humana

de produzir sua existência. É na atividade orientada pela mediação entre pensa-

mento e ação que se produzem as mais diversas práticas que compõem a produ-

ção de nossa vida material e imaterial: o trabalho, a ciência, a tecnologia e a cul-

tura.

5.5.33 Formação Continuada

O PDE do Paraná se configura como um programa de formação continua-

da atento às reais necessidades de enfrentamento de problemas ainda presentes

na educação básica, superando o modelo de formação continuada concebido de

forma homogênea e descontínua. Trata-se de um programa integrado com as ins-

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tituições de ensino superior e ainda, com possibilidades de criação de condições

efetivas, no interior da escola, para debate e promoção de espaços para a cons-

trução coletiva do saber.

É sabido que, como política pública de educação, a formação continuada

de professores tem seu amparo legal na Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional Brasileira – LDB nº 9394/96, ao regulamentar o que já havia sido deter-

minado pela Constituição Federal de 1988, instituindo a inclusão, nos estatutos e

planos de carreira do magistério público, o aperfeiçoamento profissional continua-

do, inclusive em serviço na própria carga horária do professor.

A formação continuada, voltada ao desenvolvimento profissional, compre-

ende estudos, planejamento, avaliação e interação entre os pares, objetivando

propiciar uma formação fundamentada na íntima associação entre teorias e práti-

cas.

Assim, a formação continuada é uma forma de reflexão, pesquisa, ação,

descoberta, organização, fundamentação, revisão e construção teórica voltada às

práticas pedagógicas, ao currículo disciplinar e da escola, e as questões que ul-

trapassam as paredes da sala de aula, voltando-se para as relações de constru-

ção da cidadania e do bem estar social.

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6 MARCO OPERACIONAL

6.1 LINHAS DE AÇÕES

No entendimento de que desenvolver a formação humana integral é mobili-

zar conhecimentos, capacidades, informações, regras e valores, de forma correta

e no momento certo, e de que essa aprendizagem decorre da experiência reflexi-

va, da tomada de decisões e da resolução de problemas, um Plano de Ação pode

criar várias oportunidades de ação no coletivo: escolher, decidir, planejar, parti-

lhar, cooperar, buscar recursos e realizar.

Estes procedimentos permitem a apropriação de conhecimentos, da auto-

nomia, da solidariedade e da liderança, a serviço de um bem comum. Levando o

educando a um processo de aquisição mediado pelo conhecimento. Pois, segun-

do Freire (1995, p. 62) “o educando que exercita sua liberdade torna-se tão mais

livre e autônomo quanto mais eticamente vai assumindo a responsabilidade por

suas ações”.

As linhas de ações aqui propostas priorizam a gestão democrática escolar,

a formação continuada dos professores e funcionários da educação, a dinamiza-

ção da proposta pedagógica, uma otimização do tempo/espaço escolar, bem co-

mo as especificidades próprias do contexto escolar deste estabelecimento de en-

sino, visando à construção autônoma do educando e sua inserção, cada vez mais

ativa, na sociedade.

E, para tal, propomos ações que, primeiramente, perpassem pela busca:

- da compreensão, pelos educadores, educandos e funcionários, dos ob-

jetivos da instituição e da política educacional do Estado;

- da identificação de possibilidades e dificuldades na efetivação do Proje-

to Pedagógico da escola;

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- da utilização das forças de representações comunitárias, no intuito de

colaborar com ideias e encaminhamentos para a realização dos objeti-

vos educacionais propostos;

- da formulação de novos objetivos específicos, a partir da realidade es-

colar e do objetivo geral;

- da definição de medidas concretas, realizadas numa organização cole-

tiva do trabalho;

- da prática, propriamente dita, dos objetivos educacionais propostos,

sem perder de vista o objetivo magno que é a construção da autonomia

intelectual e moral dos alunos, para a progressiva emancipação huma-

na, que favoreça a cidadania democrática;

- da análise dos resultados alcançados, numa avaliação realizada por to-

dos os Conselhos organizados da escola.

Também propomos ações organizacionais, quanto à práxis pedagógica e

quanto à funcionalidade estrutural do ambiente escolar, com possibilidades de:

- Organizar e executar ações de Apoio Educacional e de Integração da

Escola com a Comunidade, com os objetivos de reduzir a evasão e o

fracasso escolar, bem como de interagir mais intensamente na socieda-

de a que os docentes e discentes estão inseridos;

- Organizar um acompanhamento pontual das faltas dos educados, a fim

de diagnosticar e reverter possíveis casos de evasão ou abandono;

- Atender ao Programa de Abandono do Prédio Público – Programa de

Brigada Escolar;

- Promover festivais, mostras, exposições, e outras formas de divulgação

da produção artístico-intelectual dos educandos;

- Implementar propostas de trabalho para os alunos, voltados à Educa-

ção Fiscal e a Formação da Cidadania;

- Organizar grupos de estudos em hora atividade coletiva com professo-

res e funcionários, voltados à melhor compreensão do processo educa-

cional, tais como: Proposta Pedagógica da EJA; Avaliação e Conselho

de Classe na EJA; Educação e trabalho; Formação humana; Perfil do

aluno da EJA; e outros mais;

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- Re-elaborar o questionário sócio econômico e aplicá-lo em parte dos a-

lunos incluído as APEDs, a fim de atualizar dados sobre o perfil do alu-

nado atendido, sistematizando o questionário através de gráficos, para

posterior estudo do mesmo;

- Divulgar para comunidade escolar, os cursos universitários existentes

em Paranavaí inclusive na modalidade a distância;

- Viabilizar informações sobre o que é o ENEM, financiamento da educa-

ção superior e sistema de cotas e bolsas (PROUNI);

- Promover visitas dos alunos a mostras universitárias e meios acadêmi-

cos;

- Reposição de aulas com complementação de carga horária aos profes-

sores e alunos, envolvendo atividades pedagógicas;

- Oportunizar estágio não obrigatório, como atividade opcional desenvol-

vido no ambiente de trabalho;

- Desenvolver ações do Programa de Estadual de Prevenção a incêndios

e sinistros na escola;

- Promover ações de valorização da cultura Indígena, Africana e Afro-

brasileira;

- Articular com os docentes e discentes encaminhamentos para o desen-

volvimento de atividades a respeito dos desafios educacionais contem-

porâneos, tais como: relações étnico-raciais, uso indevido de drogas,

meio ambiente, violência, educação ambiental e direitos humanos;

- Organizar ações que assegure o atendimento sem discriminação ou

preconceito a diversidade, promovendo a discussão sobre o assunto a-

través de palestras, debates, trabalhos em grupos, filmes;

- Fortalecer a integração da comunidade escolar nas decisões adminis-

trativas e pedagógicas, numa perspectiva de gestão democrática;

- Buscar sempre que necessário esclarecimentos e possíveis encami-

nhamentos metodológicos sobre o trabalho na educação especial, junto

à equipe pedagógica no NRE de Paranavaí, responsável por está área;

- Fortalecer as atitudes de aceitação das diferenças individuais e de valo-

rização da diversidade humana enfatizando a importância do pertencer,

da convivência, da cooperação, visando uma inclusão de fato;

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- Desenvolver atividades pedagógicas utilizando o laboratório de informá-

tica que envolva o atendimento na organização individual e coletiva;

- Divulgar acontecimentos no site da escola, bem como atualizá-lo perio-

dicamente;

- Preservar a estrutura tecnológica da escola (TV Pendrive, Data show,

notebook, Computadores, impressoras, Sistema de som);

- Pleitear junto ao NRE de Paranavaí, curso de informática e Libras para

os agentes educacionais I e II.

- À Equipe Multidisciplinar poderá apresentar proposta de ações para im-

plementação da Educação das Relações Étnico-Raciais ou História e

Cultura Afro-Brasileira, Africana e/ou Indígena;

- Que a escola mantenha, com apoio da SEED/NRE de Paranavaí o su-

primento de demanda suficiente de Agentes Educacionais para pleno

funcionamento da sua Proposta Pedagógica;

- Que a escola mantenha reinvindicação de reparos e melhorias, junto à

SEED e órgãos competentes, com o objetivo de manutenção e adequa-

ção do seu espaço físico de acordo com suas necessidades.

- Que a escola incentive, oportunize e acompanhe estágios não obrigató-

rio, efetivados pelos alunos e desenvolvidos em ambiente de trabalho,

que vise à preparação para o trabalho produtivo de educandos que es-

tejam freqüentando regularmente a escola, de acordo com a legislação

em vigência.

- Que a escola oferte, Sala de Recursos, Atividades Complementar Curri-

cular em Contraturno e CELEM que venham favorecer e complementar

o desenvolvimento da aprendizagem do educando.

- Identificar a demanda de alunos com necessidade de escolarização da

modalidade EJA.

- Efetivar o chamamento de alunos para matrículas, inclusive por meio de

parcerias entre a sociedade civil e a escola, agencias públicas, como

por exemplo a Agencia do Trabalhador de Paranavaí.

- Fomentar a continuidade das atividades posteriores à implementação

pedagógica dos professores PDE na escola.

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O CEEBJA de Paranavaí continuamente tem reelaborado e publicado no

site da escola o plano de ação anual. O plano em questão versa sobre objetivos

de ações em diversas Dimensões da Educação, dentre elas, a Gestão democráti-

ca; Prática pedagógica; Acesso, permanência e Sucesso na Escola; Formação

dos Profissionais da Escola (Professores e Agentes I e II). Nesse sentido, busca

desenvolver no decorrer do ano letivo propostas de trabalhos interno de acordo

com os anseios, expectativas e necessidades do seu alunado, e também partici-

pará de atividades desenvolvidos pela comunidade, sempre visando a aplicação e

o desenvolvimento da sua Proposta Pedagógica.

6.1.1 Responsáveis

Para que se conquiste os objetivos e para que se efetive as ações

propostas neste Projeto Político Pedagógico, propõe-se responsabilidades

coletivas.

Essas responsabilidades coletivas terão, legalmente, como responsável

primeiro a Direção da escola e a Equipe Administrativo-pedagógica, composta

pelos pedagogos e coordenadores de ações pedagógicas, os quais responderão

pela execução, acompanhamento, avaliação e reformulação das ações aqui

propostas.

Nesse sentido, estará se efetivando a organização coletiva do trabalho

também em nível de responsabilidade, não somente de execução, mas também

de resultados, o que condiz com uma proposta voltada a uma gestão democrática

de uma instituição escolar.

6.1.2 Calendário Escolar

Mediante instruções da mantenedora (SEED), o calendário escolar será e-

laborado, anualmente, por este Estabelecimento de Ensino, apreciado e aprovado

pelo Conselho Escolar e após, enviado ao órgão competente para análise e ho-

mologação, ao final de cada ano letivo, anterior à sua vigência.

Atenderá ao disposto na legislação vigente, funcionando no mínimo 200

(duzentos) dias letivos, fixando:

- início e término das atividades docentes;

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- planejamento/replanejamento

- reuniões pedagógicas e/ou administrativas;

- semana pedagógica

- formação continuada

- exercício de plano de abandono (brigada escolar)

- feriados;

- recessos escolares;

- capacitação;

- período de férias;

- atividades culturais;

- conselho de classe;

- semana integração escola comunidade.

As alterações do Calendário Escolar, determinadas por motivos relevan-

tes, serão comunicadas à autoridade competente, em tempo hábil, para as provi-

dências cabíveis.

Os dias letivos também poderão ser compostos por atividades pedagógicas

realizadas fora do espaço escolar, com a presença de alunos e professores, tais

como:

Visitas e interações em órgãos públicos, entidades filantrópicas ou

assistencialistas e privadas;

Participação em eventos que incentivem o exercício da cidadania em

espaços públicos ou privados;

Participação em eventos esportivos, sociais, artísticas, culturais e de

recreação;

Participação em palestras, seminários, congressos, simpósios, se-

manas temáticas, dentre outros eventos científicos e tecnológicos.

6.1.3 Ações Didático-Pedagógicas

Este Estabelecimento Escolar executará Exames de Suplência, para fins

de aferimento de conhecimentos dos alunos inscritos no referido exame, confor-

me legislação em vigência, e também executará ações pedagógicas descentrali-

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zadas para atendimento de demandas específicas, mediante autorização da Se-

cretaria de Estado da Educação, em locais onde existir a necessidade de atendi-

mento de Jovens e Adultos.

O CEEBJA também proporá e/ou desenvolverá, durante o ano letivo, ativi-

dades internos, participação em eventos e ações pedagógicas de outras institui-

ções, integração com a comunidade, de acordo com o anseio, expectativas e ne-

cessidades de todos os envolvidos no processo educativo, considerando seu alu-

nado, seus funcionários e professores, bem como a comunidade de uma forma

geral.

6.1.4 Flexibilização do Currículo

Para adaptar o tempo escolar às necessidades dos educandos, o currículo

deve ser organizado de forma que lhes possibilite transitar pela estrutura curricu-

lar, de acordo com o seu tempo próprio de construção da aprendizagem.

A interação entre os conhecimentos apreendidos deve torná-los significati-

vos às práticas diárias dos educandos e permitir que os conteúdos constituam

uma rede integradora entre os conceitos trabalhados nas diferentes áreas do co-

nhecimento e as estratégias de investigação da realidade, considerando o tempo,

espaço e cultura.

6.1.4.1 Matriz Curricular – Ensino Fundamental Fase II

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2011 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1600/1610 H/A ou 1920/1932 HORAS

DISCIPLINAS Total de Horas

Total de horas/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 280 336

ARTES 94 112

LEM - INGLÊS 213 256

EDUCAÇÃO FÍSICA 94 112

MATEMÁTICA 280 336

CIÊNCIAS NATURAIS 213 256

HISTÓRIA 213 256

GEOGRAFIA 213 256

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ENSINO RELIGIOSO* 10 12

Total de Carga Horária do Curso 1600/1610 horas ou 1920/1932 h/a

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MA-TRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

6.1.4.2 Matriz Curricular – Ensino Médio

ENSINO MÉDIO

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2010 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS

DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 174 208

LEM – INGLÊS 106 128

ARTE 54 64

FILOSOFIA 54 64

SOCIOLOGIA 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 174 208

QUÍMICA 106 128

FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128

HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 106 128

LÍNGUA ESPANHOLA * 106 128

TOTAL 1200/1306 1440/1568

* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

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90

7 Avaliação do Projeto Político-Pedagógico

A avaliação deste Projeto Político-Pedagógico será realizada pela direção,

equipe pedagógica, professores, agentes educacionais I e II e alunado da escola,

a cada semestre, por meio de reuniões com toda a comunidade escolar, de forma

geral ou setorizada, visando à identificação das qualidades e fragilidades do

mesmo.

A reformulação deste Projeto Político-Pedagógico se dará diante da

necessidade de mudanças e re-encaminhamentos, e será realizada na

coletividade da instituição da mesma forma em que foi construído.

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Resolução nº 1874/96 – CEE

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Resolução nº 3865/92 – CEE

Resolução nº 1639/10 – CEE

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Resolução nº 79/07 – CEE

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WILLIANS, Raymond. Cultura. Trad. de Lólio Lourenço de Oliveira. Rio de Janei-

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Paranavaí, 15/12/2015

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Celso Jorge Martins

Diretor do CEEBJA

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ANEXOS

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PLANO DE AÇÃO

BRIGADAS ESCOLARES – DEFESA CIVIL NA ESCOLA

JUSTIFICATIVA DO PROGRAMA

Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após

terem vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente,

o Programa opta em trabalhar no ambiente escolar, onde se espera mitigar os im-

pactos, promovendo mudanças de comportamento, visto que crianças e adoles-

centes são mais receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural e

potencialmente capazes de influenciar pessoas, atuando como multiplicadores

das medidas preventivas.

Ainda mais, a opção de se trabalhar com as escolas da rede estadual de

educação tem a ver com a necessidade de adequá-las internamente para atender

as disposições legais de prevenção de toda a espécie de riscos, sejam eles de

cunho natural ou de outra espécie como acidentes pessoais e incêndios, entre ou-

tros.

OBJETIVO GERAL

Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do Es-

tado do Paraná para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos,

naturais ou humanos, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no

interior das escolas para garantir a segurança dessa população e possibilitar, em

um segundo momento, que tais temas cheguem a um grande contingente da po-

pulação civil do Estado do Paraná.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• levar os Estabelecimentos de Ensino Estadual do Paraná a construírem

uma cultura de prevenção a partir do ambiente escolar;

• proporcionar aos alunos da Rede Estadual de Ensino condições mínimas

para enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas, as-

sim como conhecimentos para se conduzirem frente a desastres;

• promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente

escolar, com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas

nas vistorias do Corpo de Bombeiros;

• preparar os profissionais da rede estadual de ensino para a execução de

ações de Defesa Civil, a fim de promover ações concretas no ambiente es-

colar com vistas a prevenção de riscos de desastres e preparação para o

socorro, destacando-se ações voltadas ao suporte básico de vida e comba-

te a princípios de incêndio;

• articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do

Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e

dos Núcleos de Educação;

• adequar as edificações escolares estaduais às normas mais recentes de

prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Mili-

tar do Paraná, acompanhando os avanços legais e tecnológicos para pre-

servação da vida dos ocupantes desses locais.

ESTRATÉGIAS

Ocorrerão capacitações contemplando públicos diferentes, com objetivos

específicos, englobando uma capacitação para os gestores regionais e locais, ou-

tra para a Brigada Escolar.

O Coordenador Local do Programa será o Diretor do estabelecimento de

ensino.

Ao diretor do estabelecimento escolar caberá a responsabilidade de criar

formalmente a Brigada Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do es-

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tabelecimento que atuarão em situações emergenciais, além de desenvolverem

ações no sentido de:

• identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade

escolar;

• garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retira-

da, de forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações

escolares, por meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um

por semestre, a ser registrado em calendário escolar;

• promover revisões periódicas do Plano de Abandono;

• apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na

conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de

Abandono;

• promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar pa-

ra discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de

ensino, com registro em livro ata específico ao Programa;

• verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em bus-

ca de situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as

providências necessárias.

Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de

Bombeiros Militar na modalidade de ensino a distância - EaD e PRESEN-

CIAL.

ATIVIDADES PERMANENTES:

O Diretor terá como responsabilidade, desenvolver o trabalho de implanta-

ção e implementação do Plano de Abandono.

Esse Plano de Abandono consiste na retirada de forma segura de alunos,

professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução de

exercícios simulados e em tempo razoável.

Exercícios simulados deverão ser realizados no mínimo 01 (um) por se-

mestre, e as datas deverão estar registradas em Calendário Escolar.

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Público envolvido:

Alunos;

Professores;

Agentes Educacionais I;

Agentes Educacionais II;

Equipe Pedagógica;

Direção.

Cronograma de Desenvolvimento:

Exercícios simulados deverão ser realizados no mínimo 01 (um) por semestre, e

as datas deverão estar registradas em Calendário Escolar.

Paranavaí, 15/12/2015

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Celso Jorge Martins

Diretor do CEEBJA