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Rua Professor Geraldo Longo s/nº - Jardim São Jorge - 87.710.010 Paranavaí - Paraná Telefone/fax: (44) 3424 6609 - e-mail: [email protected] PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO De tudo ficaram três coisas: a certeza de que estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo, fazer da queda, um passo de dança, do medo, uma escada, do sonho, uma ponte, da procura, um encontro. Fernando Pessoa Paranavaí – Paraná

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - COLÉGIO ESTADUAL … · No ano de 1990 tem início a proposta do Ciclo Básico de Alfabetização, expandido para todos os estabelecimentos da Rede

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Rua Professor Geraldo Longo s/nº - Jardim São Jorge - 87.710.010 Paranavaí - Paraná Telefone/fax: (44) 3424 6609 - e-mail: [email protected]

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

De tudo ficaram três coisas: a certeza de que estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo, fazer da queda, um passo de dança, do medo, uma escada, do sonho, uma ponte, da procura, um encontro.

Fernando Pessoa

Paranavaí – Paraná

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APRESENTAÇÃO

Todo jardim começa com um sonho de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada, ou qualquer lago seja construído, é preciso que as árvores e os lagos tenham nascido dentro da alma. Quem não tem jardins por dentro, não planta jardins por fora. E nem passeia por ele...

Rubem Alves

A comunidade educativa do Colégio Estadual Sílvio Vidal de Paranavaí,

sabedora da importância central do Projeto Político Pedagógico, como documento

norteador das atividades da Instituição e em concordância com a LDB, Lei

Nº 9.394/96, que prevê em seu art.12, inciso I, que “os estabelecimentos de ensino,

respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência

de elaborar e executar sua proposta pedagógica”, pautado nas reais necessidades

e anseios do educando, de uma forma tal que seja compreendido numa perspectiva

dinâmica, em constante reformulação.

Todo o trabalho tenta responder às necessidades de homens e mulheres

que lutam por uma educação básica de qualidade social, a ser consolidada por um

ensino comprometido com os sujeitos e aberta aos muitos outros, independente de

sua condição social, econômica, étnica, de gênero e cultural.

Cada pessoa e cada segmento escolar envolvido na construção deste

Projeto transformam as suas práticas, refletindo individual e coletivamente sobre

condições concretas em que o Colégio Sílvio Vidal, a sua comunidade e a sociedade

se encontram. Mudar é necessário para percebermos que somos seres inacabados,

visto que, o conhecimento não é estático e que a busca do conhecimento é perene.

Ressaltemos que o sentido de “mudar” não é responsabilidade específica da

escola, esse “mudar” deve atingir instâncias maiores, para que reflitam que

a educação tem um papel fundamental na construção de uma sociedade mais

humana.

Sistematizar o Projeto Político Pedagógico será um desafio para toda

comunidade escolar. No entanto, temos a certeza de que os diferentes segmentos

escolares têm experiências e funções particulares específicas que aqui serão

respeitadas, como nos diz Paulo Freire: “quem ensina aprende ao ensinar e quem

aprende ensina ao aprender” (2002, p. 25).

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INTRODUÇÃO

Compreendemos o Projeto Político Pedagógico como eixo norteador das

ações educativas no ambiente escolar. Ele apresenta uma visão macro do que

a instituição escola pretende ou idealiza fazer, seus objetivos, metas e estratégias,

tanto no que se refere às atividades pedagógicas, como às funções administrativas.

Portanto, o Projeto Político Pedagógico faz parte do planejamento e da

gestão escolar e sua importância reside no fato de que ele passa a ser uma direção,

um rumo para as ações da escola. É uma ação intencional que precisa ser definida

coletivamente, com consequente compromisso coletivo.

[...] O Projeto Político-Pedagógico vai além de um simples agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas. O projeto não é algo que é construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova do cumprimento de tarefas burocráticas. Ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola. [...] (VEIGA, 1995, p. 12)

O Projeto Político Pedagógico reflete as opções e escolhas de caminhos

e prioridades na formação do cidadão, como membro ativo e transformador da

sociedade em que vive, onde expressa as atividades pedagógicas e didáticas que

levam a escola a alcançar seus objetivos educacionais.

É importante que o projeto político pedagógico seja entendido na sua globalidade, isto é, naquilo que diretamente contribui para que os objetivos prioritários da escola, que são as atividades educacionais, e naquilo cuja contribuição é indireta, ou seja, as ações administrativas, também. Um instrumento que identifica a escola como uma instituição social, voltada para a educação, portanto, com objetivos específicos para esse fim (Veiga, 2002, p. 13-14).

Apesar das contradições e dificuldades inerentes aos sistemas da

sociedade atual, o que se espera é que a escola tenha uma gestão democrática,

sem relações autoritárias e com a preocupação com o coletivo, com

o desenvolvimento de seus profissionais, porém sem perder de vista a realização

de um trabalho de qualidade, que busque objetivos educacionais.

A organização do Projeto Político Pedagógico pressupõe a formação de um

cidadão criativo, responsável e participativo. Um sujeito histórico, capaz de

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reinventar a autonomia do ser humano na construção de um mundo mais justo

e solidário.

[...] Um projeto político-pedagógico corretamente construído não garante à escola que a mesma se transforma magicamente em uma instituição de melhor qualidade, mas certamente permitirá que seus integrantes tenham consciência de seu caminhar, interfiram em seus limites, aproveitem melhor as potencialidades e equacionem de maneira coerente as dificuldades identificadas. Assim será possível pensar em um processo de ensino aprendizagem com melhor qualidade e aberto para uma sociedade em constante mudança; a escola terá aguçado seus sentidos para captar e interferir nessas mudanças (VEIGA, 2002, p.92).

O Projeto Político Pedagógico é o fruto da interação entre os objetivos

e prioridades estabelecidas pela coletividade. Essas prioridades, fruto da reflexão,

tornam-se fundamentais e necessárias à construção de uma nova realidade. É,

antes de tudo, um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no

processo educativo: gestores, professores, pedagogos, alunos, seus pais e a

comunidade como um todo.

Com a elaboração deste projeto, temos a possibilidade de efetivar

a intenção da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável,

comprometido, crítico e criativo. Para tanto, faz-se necessário resgatar a escola

como espaço público, lugar de debate, diálogo, fundado na reflexão coletiva e na

gestão democrática.

Desta forma o presente Projeto Político Pedagógico aponta um rumo, uma

direção, um sentido explícito para um compromisso estabelecido coletivamente.

Ao se constituir parte de um processo participativo nas decisões, procura

instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que desvele os conflitos

e as contradições, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas

e autoritárias, permitindo assim, relações horizontais no interior da escola, onde

todos são autores e responsáveis pelo processo educacional.

É por meio da participação efetiva, da compreensão da representatividade, do compromisso com o coletivo e do assumir a responsabilidade pelo bem comum – elementos que vão se constituindo ao longo da experiência – que os atores participantes vão se relacionando, informando e, consequentemente, se politizando (ABRANCHES, 2003, p. 91).

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IDENTIFICAÇÃO 1.1 – Denominação/código da instituição COLÉGIO ESTADUAL SÍLVIO VIDAL - EFM Código do estabelecimento: 00102 INEP: 41.002.636 1.2 – Endereço Rua Professor Geraldo Longo, s/nº 1.3 – Bairro/Distrito

Jardim São Jorge

1.4 – Município

Paranavaí

1.5 – NRE

Paranavaí

1.6 – CEP

87710 – 010

1.7. Caixa Postal

_._._._.

1.8 – DDD

44

1.9 – Telefone

3424-6609

1.10 – Fax

44-3424-6609

1.11 – E-mail

[email protected]

1.12 – Site www.pvasilviovidal.seed.pr.gov.br

1.13 – Entidade mantenedora

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

1.14 - CGC/MF

76.416.965/0001-21

1.15 – Local e data Paranavaí, março/2012

1.16 – Assinatura

---------------------------------------------- Assinatura do representante legal

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Caracterização do Colégio

Aspectos históricos

O Colégio Estadual Sílvio Vidal - Ensino Fundamental e Médio

encontra-se localizado à Rua Professor Geraldo Longo, s/n, no Jardim São Jorge, na

cidade de Paranavaí/Paraná, atendendo a população do bairro e adjacências desde

1956. Teve ao longo do tempo alterações em sua denominação e na oferta quanto

à modalidade e cursos ofertados.

Entendendo o processo educacional como o mais eficiente meio para

o alcance da cidadania plena, o colégio prima pela qualidade do ensino ofertado

e desenvolve o seu trabalho voltado para a formação do cidadão crítico

e consciente, evidenciando a qualificação profissional do educando.

A integração escola/comunidade também se coloca como princípio

norteador do trabalho educativo tendo em vista que a escola hoje não pode se

alienar dos problemas sociais existentes. Ao contrário, deve ser ponto de partida

para a transformação e consequente igualdade social, tão necessária para

a melhoria da qualidade de vida do cidadão.

O Colégio segue as diretrizes curriculares emanadas da Secretaria de

Estado da Educação e tem como entidade mantenedora o Governo do Estado do

Paraná.

Atualmente, contando com uma média de um pouco mais de 1000 alunos

o Colégio Estadual Sílvio Vidal - E.F.M., já sofreu algumas alterações na sua

denominação. Oficialmente criado em 1967 pelo Decreto nº 4.111 de 15/02 de 1967

recebeu o nome de Ginásio Estadual de Paranavaí de acordo com a Portaria

nº 1.606/67.

Com a Lei nº 6.054 de 16/12 de 1969 o Ginásio Estadual de Paranavaí

passa a denominar-se "Ginásio Estadual Sílvio Vidal".

Pelo Decreto nº 3.920 de 16/07 de 1973, publicado no Diário Oficial de

18/07 de 1973 foi criado o Grupo Escolar São Jorge que funcionava desde o ano de

1956, com duas direções.

Com o Decreto nº 2.997 de 1977, publicado no Diário Oficial de 03/03/77

ficou estabelecida à reorganização e o Ginásio Estadual Sílvio Vidal e o Grupo

Escolar São Jorge passaram a constituir um único estabelecimento de ensino com

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a denominação de Escola Sílvio Vidal - Ensino de 1º grau, com a devida autorização

de funcionamento estabelecida pelo mesmo decreto acima citado.

Da reorganização resultou a criação e autorização de funcionamento do

Complexo Escolar Cecília Meireles - Ensino de 1º Grau.

Pela Resolução nº 2.842 de 1981, publicado no Diário oficial de 30/12/81

fica estabelecido o Reconhecimento do Estabelecimento de Ensino e do Curso de

1º Grau Regular.

Pela Resolução 1.056 de 10/04/1982 e publicada no Diário Oficial de

25/05/82 fica autorizado o funcionamento do Ensino de 2º Grau com habilitação

Básica em Comércio e Magistério a partir do ano letivo de 1982, tendo o Parecer

nº 048/82 publicado no Diário Oficial de 12/04/82, aprovado o Plano de Implantação

das referidas habilitações. Em decorrência da Resolução nº 1.056/82, a Escola Sílvio

Vidal- Ensino de 1º Grau passa a denominar-se Colégio Sílvio Vidal - Ensino de 1º e

2º Graus e o Complexo Escolar Cecília Meireles- Ensino de 1º Grau recebe

a denominação de Complexo Escolar Cecília Meireles- Ensino de 1º e 2º Graus.

A Resolução nº 1.647/83 de 19/05/83 e publicada no Diário Oficial

nº 1.560 de 20/06/83, altera o nome do Complexo Escolar Cecília Meireles - Ensino

de 1º e 2º Graus e do Colégio Sílvio Vidal - Ensino de 1º e 2º Graus,

respectivamente, para Complexo Escolar Estadual Cecília Meireles - Ensino de 1º e

2º Graus e o Colégio Estadual Sílvio Vidal - Ensino de 1º e 2º Graus.

Em 1985 pela Resolução nº899 de 01/03/85 fica estabelecido o

reconhecimento das Habilitações Básicas em Comércio e Magistério.

No ano de 1990 tem início a proposta do Ciclo Básico de Alfabetização,

expandido para todos os estabelecimentos da Rede Estadual de Ensino, de acordo

com a resolução nº 3.641/89 de 22/12/89.

A autorização de funcionamento da Habilitação: Auxiliar de Contabilidade

com implantação gradativa ficou estabelecido pela Resolução nº 4.621/92 de

11/12/92.

A Resolução nº 2.621/93 de 12/05/93 cessa definitivamente o

funcionamento da Habilitação Básica em Comércio e gradativamente as atividades

escolares.

Pela Resolução nº 2.166/97 DOE de 25/07/97, fica reconhecido o Curso

de Auxiliar/Técnico em Contabilidade, com cessação gradativa a partir de 1997.

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Pela Resolução nº 2.387/97 - fica autorizado o funcionamento do curso de

2º Grau - Educação Geral, com implantação gradativa a partir de 1997.

A resolução nº 210/98 - concedeu a cessação voluntária das Atividades

Escolares em caráter definitivo, relativas ao ensino de 1ª à 4ª séries do 1º Grau, a

partir do ano letivo de 1998 (municipalização).

A Resolução nº 4.090/98 cessa definitivamente as atividades escolares da

habilitação Magistério no Colégio Estadual Sílvio Vidal - E.F.M., obedecendo ao

seguinte cronograma: em 1997 a 1ª série, em 1998 a 1ª e 2ª séries, em 1999 a 1ª, 2ª

e 3ª séries, e no ano 2000, de 1ª a 4ª séries.

A Resolução Nº 4.094/98 cessa definitivamente as atividades escolares

da habilitação: Auxiliar e Técnico em Contabilidade, no Colégio Estadual Sílvio Vidal

- E.F.M., obedecendo ao seguinte cronograma: em 1997 a 1ª série, em 1998 a 1ª e

2ª séries, em 1999 a 1ª, 2ª e 3ª séries, e no ano 2000 de 1ª à 4ª séries.

Pela Resolução nº 3.120/98 e Deliberação 03/98 que reformulam as

normas relativas à nomenclatura dos estabelecimentos de ensino deu-se a

substituição da expressão “Ensino de 1º e 2º Graus” para “Ensino Fundamental e

Médio”.

O Colégio Estadual Sílvio Vidal - Ensino Fundamental e Médio oferece à

sua clientela o curso Fundamental (5ª à 8ª séries) e Ensino Médio.

A Resolução n. 2673/2002, e parecer 342/2002 concederam a Renovação

do reconhecimento do Ensino Fundamental (5ª à 8ª Séries), pelo prazo de cinco

anos.

Pela resolução 1.024/03 de 03/04/2003, ficou reconhecido o Ensino Médio

pelo prazo de cinco anos. Teve a renovação de seu reconhecimento através da

Resolução 5022/2008 até (2013).

Pela resolução 3.734/07 de 29/08/2007, foi renovado o reconhecimento

do Ensino Fundamental pelo prazo de cinco anos (2012).

Para atender as finalidades da educação e proporcionar a todos o acesso

ao conhecimento universal, independente de raça, cor, sexo, situação econômica,

concepção religiosa e política, faz-se necessário a divulgação e cumprimento dos

documentos essenciais ao funcionamento de um estabelecimento de ensino: o

Projeto Político Pedagógico e seu Regimento Escolar.

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Oferta de Cursos e Modalidades

Autorizações/reconhecimentos/ renovações Resolução/DOE

1. Decreto de criação Decreto nº 4.111/67 de 15/02 de 1967

2. Autorização de funcionamento da Escola Estadual Sílvio Vidal – Ensino de 1º Grau (junção do Ginásio Sílvio Vidal e Grupo Escolar São Jorge)

Decreto 2997/97 DOE. 03/03/1997

2. Reconhecimento do Ensino Fundamental Res. nº 2.842 de 1981 DOE de 30/12/1981

3. Renovação do reconhecimento do Ensino Fundamental

Res. 3.734/07 DOE 17/10/2007

5. Autorização do Ensino Médio Resolução 1.056/82 de 10/04/1982 DOE. 12/04/82 DOE de ........ 6. Reconhecimento do Ensino Médio Res. 1.024/03 DOE 12/05/2003

7. Renovação do reconhecimento do Ensino Médio Res. nº5022/2008 DOE 22/01/2009

Matutino Vespertino Noturno

Cursos/modalidades Início: 7:30 h. Término: 11:50 h.

Início: 13:20 h. Término: 17:40 h.

Início: 19:00 h. Término: 23:00 h.

Ensino Fundamental 8º e 9º anos 6º e 7º anos _._._._ Ensino Médio 1ª, 2ª e 3ª séries _._._._ 1ª, 2ª e 3ª séries Ensino Extracurricular e Plurilinguista de Língua Estrangeira Moderna;

6º ao 9º ano e Ensino Médio

6º ao 9º ano e Ensino Médio

_._._._

Sala de Recursos Multifuncional

6º ao 9º anos 6º ao 9º anos _._._.

Sala de Apoio à aprendizagem

Matemática e Língua Portuguesa

6ºs anos

9ºs anos

_._._._

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Alunos atendidos

O Colégio Estadual Sílvio Vidal – Ensino Fundamental e Médio atende neste

ano letivo de 2012 nos cursos e modalidades de ensino abaixo citadas, um total de

35 turmas (1033 alunos) assim distribuídas:

CURSO/MODALIDADE

TURNO Nº DE TURMAS TOTAL DE

ALUNOS

Ensino Fundamental 6º ao 9º ano.

Matutino

Vespertino

Noturno

9

13 --

287

345 --

Ensino Médio

Matutino

Noturno

7 3

234 108

Língua Espanhola CELEM

Matutino

Vespertino

1 2

28

32

Obs. Levantamento de dados em março de 2012. CURSO/MODALIDADE

TURNO Nº DE TURMAS TOTAL DE

ALUNOS

Sala de Recursos Multifuncional

Matutino

Vespertino

02 01

38

Sala de Apoio à aprendizagem

Matemática e Língua Portuguesa

Matutino

Vespertino

02 02

Obs. Levantamento de dados em março de 2012.

No período matutino estão matriculados 521 alunos, as aulas iniciam-se

às 7:30 h. e terminam às 11:50 h.. No período vespertino estão matriculados 345 alunos, as aulas iniciam-se às 13:20 h. e terminam às 17:40 h. No período noturno

estão matriculados 108 alunos, as aulas vão das 19:00 h. às 23:00 h.

O estabelecimento de ensino oferece duas Salas de Recursos

Multifuncional no período matutino e uma no período vespertino.

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Duas Salas de Apoio à Aprendizagem nas áreas de Língua Portuguesa e

Matemática, no período matutino, para os alunos de 6ºs anos e duas no período

vespertino, para os alunos de 9º ano.

O Colégio oferta duas turmas de CELEM, uma turma de 1º ano no período

matutino e uma turma no período vespertino.

A Formação Continuada dos profissionais da Educação é ofertada pela

SEED através de Simpósios, cursos, grupos de estudo, reuniões pedagógicas,

como também através de Cursos de Capacitação à Distância ofertados por outras

Entidades Educacionais, cursos ofertados pela APP – Sindicato e outros que o

profissional da educação opta em fazer.

Oferta de cursos e modalidades

O Colégio Estadual Sílvio Vidal, oferta o Ensino Fundamental (6° ao 9° ano)

e Ensino Médio. O estabelecimento de ensino oferece a Educação Básica com base

nos seguintes princípios das Constituições Federal e Estadual:

I. Igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, vedada

qualquer forma de discriminação e segregação;

II. Gratuidade de ensino, com isenção de taxas e contribuições de qualquer natureza

vinculadas à matrícula, no entanto pode receber como contribuição social voluntária,

através da APMF, o valor máximo de 10% do salário mínimo vigente por família;

III. Garantia de uma Educação Básica igualitária e de qualidade.

Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano

Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental de 6º ao 9º anos

este estabelecimento de ensino tem como referência as Diretrizes Curriculares do

Estado do Paraná (DCE) que consideram os conteúdos como meios para que os

educandos possam produzir bens culturais sociais econômicos e deles usufruírem.

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A organização curricular para o curso de Ensino Fundamental tem

estruturação por disciplinas, distribuídas em quatro anos, perfazendo um total de

3.200 horas obrigatórias, em no mínimo 200 dias letivos.

Na organização curricular para os anos finais do Ensino Fundamental

consta:

I. Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Arte, Ciências, Educação

Física, Ensino Religioso, Geografia, História, Matemática e Língua Portuguesa e de

uma Parte Diversificada, constituída por Língua Estrangeira Moderna Inglesa.

II. Ensino Religioso, como disciplina integrante da Matriz Curricular do

estabelecimento de ensino, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do

Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo;

III. História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, Prevenção ao Uso

Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e

Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, como conteúdos

trabalhados ao longo do ano letivo;

IV. Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História.

O Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, tem por objetivo a formação

básica do cidadão, mediante:

I. O desenvolvimento da cognição, tendo como meio básico o pleno domínio da

leitura, da escrita e do cálculo;

II. A compreensão do ambiente natural e sociocultural, dos espaços e das relações

sócio-econômicas e políticas, da tecnologia e seus usos, das artes e dos princípios

em que se fundamentam as sociedades;

III. O fortalecimento dos vínculos de família e da humanização das relações em que

se assenta a vida social;

IV. A valorização da cultura local/regional e suas múltiplas relações com os

contextos nacionais /global;

V. O respeito à diversidade étnica, de gênero e de orientação sexual, de credo, de

ideologia e de condição sócio-econômica.

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Ensino Médio O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua

oferta os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná ( DCE).

A organização curricular para o curso de Ensino Médio tem sua estruturação

por disciplinas, organizadas no decorrer do ano letivo. Está organizado em três

séries anuais, com duração de 2.400 horas obrigatórias, no período noturno. E no

período matutino 2.500 horas obrigatórias, em no mínimo 200 dias letivos.

O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração mínima de

três anos, perfazendo um mínimo de 2.400 horas, tem como finalidade:

I. A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino

Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II. A formação que possibilite ao aluno, no final do curso, compreender o mundo em

que vive em sua complexidade, para que possa nele atuar com vistas à sua

transformação;

III. O aprimoramento do aluno como cidadão consciente, com formação ética,

autonomia intelectual e pensamento crítico;

IV. A compreensão do conhecimento historicamente construído, nas suas

dimensões filosóficas, artística e científica, em sua interdependência nas diferentes

disciplinas.

Na organização curricular do Ensino Médio consta:

I. Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Arte, Biologia, Química,

Física, História, Geografia, Educação Física, Filosofia, Sociologia, Língua

Portuguesa e Matemática e de uma Parte Diversificada constituída por Língua

Estrangeira Moderna Inglesa;

II. História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, Prevenção ao Uso Indevido

de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e

Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, como conteúdos

trabalhados ao longo do ano letivo, em todas as disciplinas;

III. Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História.

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Ao final do Ensino Médio, o aluno deve demonstrar:

I. Domínio dos princípios científicos, tecnológicos e do legado filosófico e artístico da

sociedade, que possibilite a compreensão da complexidade histórico-social da

mesma;

II. Conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;

III. Compreensão crítica das relações e da estrutura social, das desigualdades e dos

processos de mudança, da diversidade cultural e da ideologia frente aos intensos

processos de mundialização, desenvolvimento tecnológico e aprofundamento das

formas de exclusão;

IV. Percepção própria, como indivíduo e personagem social, com consciência,

reconhecimento da identidade social e uma compreensão crítica da relação homem

e mundo.

Em ambas as modalidades de oferta, Ensino Fundamental e Ensino Médio, as

matrizes curriculares são compostas por disciplinas da Base Nacional Comum

e Parte Diversificada exigidas pela LDB, para a oferta de Educação Básica,

distribuídas conforme a carga horária pertinente a cada uma delas.

Matriz Curricular

Município : PARANAVAI Estabelecimento : SILVIO VIDAL, C E - E FUND, MEDIO E PROF Período Letivo : 2012-1 Curso : ENSINO FUND.6/9 ANO-SERIE Turno : Manhã Código Matriz : 211845

Carga Horária Semanal das Seriações

Nº Nome da Disciplina (Código SAE) Composição Curricular

6 7 8 9

GrupoDisciplina O (*)

1 ARTE (704) BNC 2 2 2 2 S

2 CIENCIAS (301) BNC 3 3 4 4 S

3 EDUCACAO FISICA (601) BNC 3 3 2 2 S

4 ENSINO RELIGIOSO (7502) BNC 1 1 0 0 S

5 GEOGRAFIA (401) BNC 3 3 3 3 S

6 HISTORIA (501) BNC 3 3 3 3 S

7 LINGUA PORTUGUESA (106) BNC 4 4 4 4 S

8 MATEMATICA (201) BNC 4 4 4 4 S

9 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 3 3 S

Total C.H. Semanal 25 25 25 25

(*) Indicativo de Obrigatoriedade

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Município : PARANAVAI Estabelecimento : SILVIO VIDAL, C E - E FUND, MEDIO E PROF Período Letivo : 2012-1 Curso : ENSINO FUND.6/9 ANO-SERIE Turno : Tarde Código Matriz : 211846

Carga Horária Semanal das Seriações

Nº Nome da Disciplina (Código SAE) Composição Curricular

6 7 8 9

GrupoDisciplina O (*)

1 ARTE (704) BNC 2 2 2 2 S

2 CIENCIAS (301) BNC 3 3 4 4 S

3 EDUCACAO FISICA (601) BNC 3 3 2 2 S

4 ENSINO RELIGIOSO (7502) BNC 1 1 0 0 S

5 GEOGRAFIA (401) BNC 3 3 3 3 S

6 HISTORIA (501) BNC 3 3 3 3 S

7 LINGUA PORTUGUESA (106) BNC 4 4 4 4 S

8 MATEMATICA (201) BNC 4 4 4 4 S

9 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 3 3 S

Total C.H. Semanal 25 25 25 25

(*) Indicativo de Obrigatoriedade Município : PARANAVAI Estabelecimento : SILVIO VIDAL, C E - E FUND, MEDIO E PROF Período Letivo : 2012-1 Curso : ENSINO MEDIO Turno : Manhã Código Matriz : 275800

Carga Horária Semanal das Seriações

Nº Nome da Disciplina (Código SAE) Composição Curricular

1 2 3

GrupoDisciplina O (*)

1 ARTE (704) BNC 2 0 0 S

2 BIOLOGIA (1001) BNC 2 3 2 S

3 EDUCACAO FISICA (601) BNC 2 2 2 S

4 FILOSOFIA (2201) BNC 2 2 2 S

5 FISICA (901) BNC 2 2 2 S

6 GEOGRAFIA (401) BNC 2 2 2 S

7 HISTORIA (501) BNC 2 2 2 S

8 LINGUA PORTUGUESA (106) BNC 2 3 4 S

9 MATEMATICA (201) BNC 3 3 3 S

10 QUIMICA (801) BNC 2 2 2 S

11 SOCIOLOGIA (2301) BNC 2 2 2 S

12 L.E.M.-ESPANHOL (1108) PD 4 4 4 Lingua Estrangeira Moderna

S

13 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 2 S

Total C.H. Semanal 29 29 29

(*) Indicativo de Obrigatoriedade

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Município : PARANAVAI Estabelecimento : SILVIO VIDAL, C E - E FUND, MEDIO E PROF Período Letivo : 2012-1 Curso : ENSINO MEDIO Turno : Noite Código Matriz : 275802

Carga Horária Semanal das Seriações

Nº Nome da Disciplina (Código SAE) Composição Curricular

1 2 3

GrupoDisciplina O (*)

1 ARTE (704) BNC 2 0 0 S

2 BIOLOGIA (1001) BNC 2 3 2 S

3 EDUCACAO FISICA (601) BNC 2 2 2 S

4 FILOSOFIA (2201) BNC 2 2 2 S

5 FISICA (901) BNC 2 2 2 S

6 GEOGRAFIA (401) BNC 2 2 2 S

7 HISTORIA (501) BNC 2 2 2 S

8 LINGUA PORTUGUESA (106) BNC 2 3 4 S

9 MATEMATICA (201) BNC 3 3 3 S

10 QUIMICA (801) BNC 2 2 2 S

11 SOCIOLOGIA (2301) BNC 2 2 2 S

12 L.E.M.-ESPANHOL (1108) PD 4 4 4 Lingua Estrangeira Moderna

S

13 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 2 S

Total C.H. Semanal 29 29 29

(*) Indicativo de Obrigatoriedade

Sala de Apoio à Aprendizagem

A sala de Apoio a Aprendizagem tem como objetivo atender as dificuldades

específicas dos educandos nas áreas de Matemática e Língua Portuguesa.

Atualmente é destinada ao atendimento de alunos dos anos finais do Ensino

Fundamental.

Sala de Recursos Multifuncional

A Sala de Recursos Multifuncional é um espaço específico para atendimento

de alunos com dificuldades e distúrbios de aprendizagem. Os alunos que

a frequentam possuem avaliação pedagógica das dificuldades e encaminhamento

médico especificando suas necessidades educativas, as quais devem ser

trabalhadas valorizando o aspecto lúdico e considerando ainda a adaptação

curricular.

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CELEM – Espanhol

Hoje 400 milhões de pessoas falam espanhol no mundo. “É a língua da

Espanha, mas também das Ilhas Canárias, de todos os países da América Latina,

do México até a Terra do Fogo, com a exceção significativa do Brasil. Onde os

espanhóis dominaram como colonizadores, inclusive em quatro ilhas do Caribe, sua

língua permaneceu, e se nas Filipinas se verifica atualmente uma regressão,

registra-se um progresso na região de fala espanhola do norte do México,

ultrapassando as fronteiras dos Estados Unidos”, onde é falada por 30 milhões de

pessoas, é estudada por mais de 60% dos alunos de nível médio e, especialmente

no sul, é língua corrente como o inglês.

No Brasil é notável a presença, cada vez maior do interesse pela língua

espanhola. Sua crescente importância, devido ao MERCOSUL, tem determinado

sua inclusão nos currículos escolares, principalmente, nos Estados limítrofes com

países onde o espanhol é falado. A aprendizagem do espanhol, no Brasil, e do

português, nos países de língua espanhola na América, têm contribuído para o

fortalecimento das relações dos seus habitantes, pois há uma troca expressiva de

ordem cultural, social, econômica e política.

O Curso CELEM - Língua Espanhola é uma oferta extracurricular e gratuita

de ensino de línguas estrangeiras nas escolas públicas do Estado do Paraná.

Atende não só os alunos matriculados, como também a comunidade em geral.

A Resolução nº 3904/2008 da SEED-PR (de 27/08/2008) regulamenta e

relata como acontece a organização do CELEM e a Instrução Normativa nº 019/2008

da SUED/SEED-PR (de 31/10/2008) define os critérios para assegurar a

implantação e funcionamento dos Cursos do CELEM.

Seus Objetivos são:

Promover a aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna (LEM);

Desenvolver a compreensão de valores sociais;

Adquirir conhecimentos sobre outras culturas.

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Caracterização: Recursos Humanos, Físicos e Materiais.

A estrutura organizacional do estabelecimento tem a seguinte composição:

Conselho Escolar

Equipe de Direção

a) Direção;

b) Direção Auxiliar.

Equipe Pedagógica

a) Professor Pedagogo;

b) Corpo Docente.

Equipe Administrativa

a) Funcionários que atuam nas áreas de Administração Escolar e Operação de

Multimeios Escolares;

b) Funcionários que atuam nas áreas de Manutenção de Infraestrutura Escolar

e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação Escolar e Interação com o

Educando;

Conselho Escolar

A escola, como espaço social da educação de qualidade e inclusão social,

é um espaço privilegiado de formação humana. O Conselho Escolar, enquanto

órgão participativo da gestão escolar tem de modo particular, o direito e o dever de

zelar pela educação de qualidade socialmente referenciada com vistas à melhoria do

processo educativo escolar.

Conforme o estatuto que rege o funcionamento dos conselhos escolares das

escolas públicas paranaenses, o Conselho Escolar é um órgão colegiado,

representativo da Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva,

avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e

administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e diretrizes

educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político

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Pedagógico e o Regimento do estabelecimento de ensino, para o cumprimento da

função social e específica da escola.

O Conselho Escolar do Colégio Estadual Sílvio Vidal é regido por estatuto

próprio aprovado pelo NRE de Paranavaí.

Direção e Direção Auxiliar

Compete à Equipe de Direção, a gestão de serviços escolares no sentido de

garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino,

definidos no Projeto Político Pedagógico e demais atribuições relacionadas no

Artigo 18 do Regimento Escolar.

Equipe Pedagógica

A Equipe Pedagógica é formada por professoras pedagogas cujas

atribuições são a de coordenar, implantar e implementar as Diretrizes, emanadas da

Secretaria de Estado da Educação, visando a melhoria da qualidade de ensino na

escola, além das atribuições relacionadas no Artigo 34 do Regimento Escolar.

Equipe de Professores

É formada por todos os profissionais que atuam no Estabelecimento como

regentes, em sala de aula ou em outra função pedagógica. Além de participar

ativamente na elaboração do PPP, suas funções estão relacionadas no Artigo 36 do Regimento Escolar e no Estatuto do Magistério do Paraná. O Paraná realiza

a Avaliação de Desempenho do Professor do Quadro Próprio do Magistério

englobando critérios de produtividade, participação, assiduidade e pontualidade, que

foi concebido como uma forma de melhorar o desempenho dos docentes.

Agente educacional I

A equipe de Agentes Educacionais I tem como função o serviço de

manutenção, preservação, segurança e produção da merenda escolar, sendo

subordinada, coordenada e supervisionada pela Direção. As atribuições dessa

equipe encontram-se relacionadas nos Artigos 45 ao 49 do Regimento Escolar.

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Agente Educacional II

A Equipe de Agentes Educacionais II tem como atribuição suporte ao

funcionamento de todos os setores do Estabelecimento, proporcionando condições

para que os mesmos cumpram suas reais funções. As atribuições dessa Equipe

estão relacionadas nos Artigos de 37 à 44 do Regimento Escolar.

O Colégio Estadual Sílvio Vidal, tem em seu quadro de pessoal:

FUNÇÃO VÍNCULO EMPREGATÍCIO

01 Diretor QPM 01 Diretor Auxiliar QPM 01 Diretor Auxiliar QPM 04 Pedagogos QPM 02 Professores readaptados QPM 07 Agente Educacional II QFEB 01 Agente Educacional II QPPE 09 Agente Educacional I QFEB 01 Auxiliar de Serviços Gerais PEAD 02 Agentes de Apoio QPPE 42 Professores QPM 13 Professores PSS 04 Professores SCO2 Formação Acadêmica

FUNÇÃO FORMAÇÃO ACADÊMICA 01 Diretor Pós graduação/ PDE 01 Diretor Auxiliar Pós graduação/ PDE 01 Diretor Auxiliar Pós-graduação 03 Pedagogos Pós graduação 01 Pedagogo Pós-Graduação/PDE 01 Agente Educacional II Superior Completo 04 Agente Educacional II Pós Graduação 03 Agente Educacional II Ensino Médio 09 Agente Educacional I Ensino Médio 01 Auxiliar de Serviços Gerais Ens. Fundamental incompleto 01 Agentes de Apoio Ensino Médio 01 Agentes de Apoio Ens. Fundamental incompleto 07 Professores Pós Graduação/PDE 52 Professores Pós Graduação 02 Professores readaptados Pós graduação

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Organização do Espaço Físico

Pensar a organização do ambiente escolar requer a clareza de que este

deve obedecer à função primordial a que se destina: contribuir para as situações de

aprendizagem que nele venham se desenvolver. Assim, tanto o espaço físico quanto

os equipamentos nele disponibilizados devem cumprir sua função pedagógica,

tornando-se, desta forma, instrumentos no processo de ensino-aprendizagem.

O Colégio Estadual Sílvio Vidal – Ensino Fundamental e Médio conta com:

21 salas de aula,

01 sala de leitura e multimídias,

01 almoxarifado para arquivo morto,

01 sala de direção,

01 sala de direção auxiliar,

01 secretaria,

01 banheiro masculino e 01 banheiro feminino para uso dos professores,

01 laboratório de informática com 20 computadores do Paraná digital ( mais

quatro desses computadores na secretaria),

18 computadores do PROINFO (16 no laboratório de informática e 02 na sala

de hora-atividade),

01 sala para os professores,

01 sala para hora-atividade com armários de aço para os professores com

banheiro,

01 sala para a equipe pedagógica,

01 sala de recursos,

01 banheiro para cozinheiras,

02 saletas usadas como almoxarifado,

01 cozinha acoplada ao refeitório com palco,

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01 saleta ao lado do refeitório,

01 biblioteca,

01 laboratório de Ciências, Química, Física e Biologia,

01 quadra esportiva coberta onde há banheiro feminino, masculino,

01 palco para apresentações,

01 pátio coberto com bebedouro,

02 banheiros desativados que ficam próximos ao laboratório de Ciências,

vasta área livre descoberta entre os pavilhões de salas e as outras

dependências,

01 quadra esportiva sem cobertura,

banheiro masculino e banheiro feminino para alunos no pátio coberto ( 04 com

vasos sanitários e 01 com chuveiro ),

01 casa para caseiro,

A biblioteca tem em seu acervo enciclopédias, livros de literatura universal,

literatura infanto-juvenil, paradidáticos, livros da biblioteca do professor, livros

didáticos, revistas, mapas, dicionários, bibliografias, planetários.

Os laboratórios são requisitados pelos professores através de agendamento

prévio de acordo com os conteúdos e projetos desenvolvidos em sala de aula.

Equipamentos

Principais materiais didáticos e pedagógicos disponíveis:

• 03 aparelhos de multimídia;

• 01 mimeógrafo a álcool;

• 21 televisores pendrive;

• 03 televisores;

• 01 filmadora;

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• 02 vídeos cassetes;

• 12 aparelhos de DVDs;

• 08 micro system;

• 02 antenas parabólicas;

• Um acervo de aproximadamente onze mil livros;

• Biblioteca do professor com mais de cem títulos;

• 08 computadores para uso da secretaria e equipe administrativa;

• 05 impressoras;

• 01 máquina de escrever elétrica;

• Duas caixas amplificadoras de som e duas sem amplificador;

• 01 mesa de som com dois microfones;

• Diversos jogos pedagógicos para o ensino da leitura e de matemática;

• 24 computadores Positivo com acesso a internet via fibra ótica, sendo: 04 na

Secretaria e os demais no Laboratório de Informática;

• 01 Microcomputador e 01 impressora via ADSL na Biblioteca;

• 01 Notebook;

• 02 computadores na Sala de Recursos e 01 impressora;

• 02 telas de projeção;

Os materiais didáticos e pedagógicos disponíveis neste estabelecimento de

ensino têm listagem específica por área, e permanece à disposição da comunidade

escolar para consulta da mesma, facilitando o conhecimento da existência destes

materiais.

A importância de todo esse material é o cunho pedagógico, pois ele ajuda o

professor no desenvolvimento da atividade preparada, que deve ter o objetivo de

contribuir para o ensino e a aprendizagem. Visto que, toda aprendizagem decorre de

um processo de internalização de sinais e que devem ser processados pelos

indivíduos, no entanto, percebemos que a utilização de materiais didáticos facilita de

forma agradável o desenvolvimento educacional, possuindo a função de mediação,

de forma que facilite a construção dos conhecimentos escolares.

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Objetivos Gerais

O Colégio Estadual Sílvio Vidal tem como princípios a gestão democrática,

a ação educativa fundamentada na universalização de igualdade, de acesso,

permanência e promoção do aluno, na obrigatoriedade da Educação Básica e da

gratuidade escolar, como espaço de qualidade cultural, de socialização e

desenvolvimento do educando visando prepará-lo para o exercício da cidadania

consciente, através do cumprimento de direitos e deveres.

Para nortear estes princípios o Projeto Político Pedagógico tem os seguintes

objetivos:

Cumprir a legislação vigente que determina que todos os estabelecimentos

devem elaborar seu Projeto Político Pedagógico;

Zelar pelos princípios da gestão democrática com a finalidade de assegurar a

participação de todos os atores envolvidos no processo de composição do

Projeto Político Pedagógico;

Construir coletivamente a identidade da escola estabelecendo as diretrizes

básicas, de atuação dos profissionais da educação e da comunidade escolar

deste estabelecimento de ensino;

Refletir a realidade da escola classificando sua intencionalidade educativa e

caminhos de ação com um compromisso proposto pela coletividade escolar;

Articular o processo de trabalho no interior da escola vinculando a sua função

social, suas especificidades, sua valorização e a gestão democrática;

Princípios filosóficos do trabalho escolar

Entende-se que o trabalho escolar deve ser construído num princípio de

gestão democrática, onde todos os que compõem a comunidade escolar tenham o

direito de participar e opinar sobre a situação educacional da instituição. A busca de

todos deve ser no sentido de garantir a qualidade do ensino ofertado, sem qualquer

tipo de exclusão que possa impedir ou dificultar o acesso, permanência e promoção

de todos na escola, contribuindo assim para formar uma sociedade mais justa e

igualitária.

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O trabalho escolar deve necessariamente estar pautado nos princípios

fundamentais da Republica Federativa Brasileira regidos no artigo 3º da Constituição

Federal, os quais explicitam como dever:

I- construir uma sociedade livre, justa e solidária; II- garantir o desenvolvimento nacional; III- erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

A luta por uma escola para todos somente será efetivada quando a

instituição de ensino, além de ser um local de aprendizagem, for também um

ambiente onde se tome consciência de sua responsabilidade e aprenda a lutar

contra as desigualdades sociais, fazendo desta um lugar de conhecimento e de

formação de valores humanos. Tem-se como prioridade a valorização humana,

percebendo cada membro da comunidade escolar como um ser único o qual é

também parte imprescindível de um coletivo.

A educação básica, em específico, deve estar alicerçada nas múltiplas

necessidades humanas, as quais, para serem consolidadas, dependem de

articulações necessárias nas relações sociais, culturais e educacionais.

Acreditamos que a educação, sendo um compromisso político do Poder

Público para com a população, deve formar um cidadão crítico, participativo, capaz

de tomar decisões conscientes, pautadas em atitudes de respeito mútuo,

considerando os aspectos multiculturais e suas diversidades.

Considerando as lutas pela igualdade de gênero, étnico-racial e diversidade

sexual ocorridas durante todo o século XX e início do XXI, pela isenção de atitudes e

convenções sociais discriminatórias, bem como as questões de enfrentamento a

violência contra a Criança e Adolescente, conforme Lei Federal nº 11525/07, a

escola tem como responsabilidade implementar ações que acabem com a

reprodução de discriminações, bem como a violência homofóbica e escolar como um

todo, nos espaços da instituição de ensino.

No intuito de assegurar a todos os sujeitos da diversidade o direito à

Educação Básica e de Nível Médio, a escola busca trabalhar, em seus conteúdos o

Ensino da Cultura Afro-brasileira e Africana, atendendo a Lei nº 10.639, bem como a

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Lei 11.645/2008 que altera a Lei anterior e inclui o ensino da Cultura Indígena no

currículo escolar.

O direito a diversidade será observado considerando o Parecer 04/09 do

Ministério Público/Paraná e o Parecer CP/CEE nº 01/09 que dispõe sobre a

utilização do nome social a ser utilizado pelos (as) travestis e transexuais, nos

estabelecimentos de ensino.

O mundo atual exige que os cidadãos sejam conhecedores de sua história e

cultura e a comunidade escolar tem tratado destas questões orientadas pela Lei

nº 13.381/01 para abordar a História do Paraná; Lei nº 11.769/08 para a Música e

ainda preocupar-se com as questões ambientais tão discutidas na atualidade,

através da Lei 9.795/99 e decreto 4.201/02.

Pela divulgação e o fácil acesso às informações, a Comunidade Escolar tem

se preocupado com a prevenção ao uso indevido de drogas, bem como, a questão

da sexualidade humana, que hoje se torna tarefa quase que exclusiva da escola,

pois a maioria dos pais trabalha e não tem tempo de acompanhar seus filhos.

A educação fiscal e tributária será tratada visando à formação de futuros

cidadãos conscientes do seu dever no cumprimento das obrigações e do seu direito

ao exercício da cidadania mediante ao recolhimento e destinação correta dos

recursos tributários pertinentes ao Estado conforme Decreto nº 11.43/99, portaria

nº 413/02.

Entendemos que a cada dia, as sociedades estão em contínuo fluxo,

produzindo a cada geração novas idéias, estilos, identidades, valores e práticas

sociais. A escola, por estar inserida no ambiente social, deve estar atualizada e

pronta para trabalhar com os possíveis impasses que esse movimento possa trazer

para seu interior, mantendo-se livre de qualquer forma de preconceito

e discriminação.

Princípios norteadores da educação

Os princípios norteadores da educação são entendidos pelo Colégio

Estadual Sílvio Vidal a partir dos pressupostos que buscam construir uma escola

democrática, pública e gratuita. Nesse sentido, a educação somente se constitui

quando a escola, construindo sua autonomia efetiva, busca continuamente nortear

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suas ações, a partir da descentralização de poder e na tomada coletiva de decisões,

visando à instalação de um processo coletivo de avaliação do processo educativo.

É importante assinalar que para isto entende-se a educação nacional

a partir dos parâmetros legais como a Constituição Federal de 1988, onde o artigo

206 afirma que o ensino deverá ser ministrado nos seguintes princípios:

I – Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V – valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público e provas de títulos; VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII – garantia de padrão de qualidade.

Considerando que a educação tem dentre seus objetivos principais o ato de

produzir e socializar o conhecimento para que o educando possa compreender

a realidade socioeconômica, política e cultural, tornando-se capaz de participar do

processo de construção da sociedade, faz-se necessário enfatizar a concepção de

educação explícita na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96,

a qual afirma que:

Art.2 º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Entende-se então que os princípios norteadores da educação resumem-se

no ato de construir uma educação pública, gratuita e de qualidade a todos os

educandos que dela necessitarem, objetivando uma formação que focalize

a formação enquanto pessoa, cidadão e profissional capaz de participar e

transformar a realidade a qual faz parte.

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MARCO SITUACIONAL

Todo jardim começa com um sonho de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada, ou qualquer lago seja construído, é preciso que as árvores e os lagos tenham nascido dentro da alma. Quem não tem jardins por dentro, não planta jardins por fora. E nem passeia por ele... Rubem Alves

Situação Histórica da Realidade

As últimas décadas do século passado aprofundaram a crise de

pensamento no mundo. O conjunto de ideias dominantes foi suporte para todo o

desenvolvimento econômico, industrial e tecnológico do século XX e no qual

vivemos atualmente. Encontramo-nos frente a resultados e situações de opressão

com a desigualdade social agravada pela predominância mundial da ideologia de

mercado. Vivemos sob a hegemonia política e ideológica do neoliberalismo,

caracterizada pelo processo intercultural, qualidade total e outros paradigmas que

caracterizam esta época histórica. A humanidade reconhece que esgotara o modelo

gerado pelo antropocentrismo renascentista. O ideal do homem como centro do

universo perdera-se pelo egoísmo, domínio de uns sobre os outros, com

consequências trágicas como o processo de exclusão e de extermínio da natureza.

Temos uma sociedade historicamente organizada em camadas sociais, de

forma desigual, com diferenças socioeconômicas e culturais. A sociedade brasileira

está constituída por um grupo reduzido de pessoas que detém o poder, que usufrui

todos os benefícios produzidos coletivamente pela grande maioria de cidadãos

sobreviventes às margens dessa sociedade. A realidade social e educacional atual

de nosso país requer o enfrentamento e a superação da contradição da estrutura

que existe entre a declaração constitucional dos direitos sociais (dentre eles

a educação) e a negação da prática desses direitos. Essa crescente fragmentação

do social que potencializaram as políticas conservadoras foram, por sua vez,

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reforçadas pelo excepcional avanço tecnológico e científico e seu impacto sobre

o paradigma produtivo contemporâneo.

O capitalismo, responsável por inúmeras diferenças entre os homens,

desenvolveu a indústria de massa gerada de grande homogeneização, apagando

diferenças e padronizando estilos de vida. O Consumismo, a competição

permanente, o enriquecimento rápido, aparecem como os grandes objetivos do

presente. O Brasil não poderia ficar à margem da história mundial e das

consequências, nem sempre positivas, desse processo cujo modelo sócio

econômico é representado pelo crescente número de excluídos e pela contínua

concentração de renda.

Nos últimos anos o Paraná apresenta uma história de avanços

e retrocessos no trabalho de organização do currículo das escolas de sua rede.

Em 1990 foi elaborado o Currículo Básico – CB do estado do Paraná que,

após amplo processo de discussões e reflexões sobre as novas diretrizes que

conduziriam à educação no Estado organizou-se a construção do novo plano

curricular.

Esse documento formal aponta como base a concepção histórico crítica que

nasce na prática das escolas paranaenses.

Por entender que a autonomia é um processo de conquista que deve fluir da

prática responsável e comprometida e, por saber das carências ainda graves do

quadro educacional do estado que precisa de um investimento maciço na formação

continuada dos docentes e ainda, por entender o papel do estado como responsável

na condução da política educacional que norteia a formação dos alunos da rede

pública estadual, a Superintendência de Educação da SEED propõe uma

reformulação curricular, com base num processo coletivo de trabalho, permeado de

discussão e análise da prática educacional desenvolvida nas escolas.

Para assegurar a qualidade da Educação e a aprendizagem dos alunos,

o Governo do estado desenvolve alguns programas, entre eles:

Paraná Alfabetizado;

Formação continuada para os profissionais da educação;

FICA comigo;

Cursos profissionalizantes;

Avaliação Institucional;

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Educação Fiscal;

Jogos Estudantis.

O município de Paranavaí é sede do Núcleo Regional de Educação que

coordena as atividades escolares de vinte e um municípios.

A Rede Estadual de Ensino oferta o Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano,

o Ensino Médio, a Educação Profissionalizante e Educação de Jovens e Adultos. É

composta de 02 escolas, 09 colégios e 02 CEEBJAS.

Contamos com a Rede Particular, constituída de 09 Estabelecimentos de

Ensino e uma Escola de Educação Especial (APAE).

No Município há instituições de Ensino Superior: uma estadual (UNESPAR),

duas particulares (UNIPAR) e (FATECI) e uma Universidade Tecnológica Federal

(UTFPR).

Paranavaí é considerada a cidade pólo do extremo noroeste do Paraná. Tem

o segundo maior rebanho bovino do estado, a maior produção de mandioca e

é chamada de Capital da Laranja, devido à grande produção da fruta. A cidade

é reconhecida nacionalmente pela sua força agro-industrial, porque não só produz

matéria-prima, como também, vende produtos industrializados para todo o Brasil

e países do exterior. Por ser pólo de sua região, o comércio e a prestação de

serviços também ganham destaque.

O Bairro São Jorge, onde o Colégio está localizado, é um bairro de periferia,

ficando aproximadamente a cinco quilômetros do centro da cidade. Por isso

necessita do transporte coletivo. É um dos bairros mais populosos da cidade, sendo

que a maioria das ruas já é pavimentada e dispõe de infra-estrutura básica.

As nossas famílias, como a maioria do povo brasileiro, vivem em uma

sociedade desigual, injusta e violenta. A desestrutura familiar reflete no

comportamento do educando.

Os nossos alunos são oriundos do próprio bairro e da zona rural,

constituindo assim uma comunidade com pouca disparidade no nível

sócio-econômico e cultural.

Provêm de famílias assalariadas, carentes e quase sempre, de ambiente

familiar comprometido por desajustes nos seus relacionamentos. Em virtude desta

condição familiar, alguns dos alunos são carentes de conhecimento, e alguns

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envolvimentos com drogas e pequenos furtos, que gera preocupação e inquietação

para os pais e consequentemente, para todos os que estão nela inseridos.

No período noturno concentra-se o maior número de educandos que

trabalham durante o dia em estabelecimentos do bairro, ou do centro da cidade, ou

na zona rural.

A maioria dos pais não concluiu os seus estudos, inclusive há casos de pais

analfabetos, o que dificulta o acompanhamento escolar do filho.

A LDB determina que a educação dos alunos que apresentam necessidades

especiais deve ocorrer, preferencialmente, na rede regular de ensino. No Artigo 59,

inciso II, faz referência aos alunos com necessidades especiais, que apresentam

deficiência e aos superdotados.

Atendendo os princípios da escola inclusiva, o colégio oferta o atendimento

em Sala de Recursos para alunos do 6º ao 9º ano que apresentam necessidades

educacionais especiais e Sala de Apoio à aprendizagem, nas Disciplinas de

Matemática e Língua Portuguesa, para alunos de 6º e 9º ano, que apresentam

defasagem na aprendizagem dos conteúdos referentes a estas disciplinas.

Também cumprindo os dispositivos legais contemplados na Lei 10.639/2003,

que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira

e Africana e da Lei 11.645/08 da Cultura Afro e Indígena na Educação Básica

o Colégio vem desenvolvendo atividades dentro de cada disciplina voltadas para

o resgate à contribuição dos povos negros nas áreas sociais, econômicas e políticas

pertinentes, à História do Brasil.

Os problemas disciplinares ou de conduta e outros que surgirem, sempre

são analisados e discutidos em conjunto com os Professores, Equipe Pedagógica,

Direção e os Pais.

As medidas disciplinares a serem dispensadas aos alunos que infligirem às

normas constam no Regimento Escolar, Capítulo II, Artigos 169 e 170. O tratamento

a ser dispensado aos pais consta no Regimento escolar, Capítulo III, Artigos 173

e 174.

O gerenciamento dos recursos financeiros é feito pela Direção do Colégio,

APMF e Conselho Escolar, após análise e discussões em reuniões periódicas,

buscando sempre a sua melhor utilização, priorizando a promoção da aprendizagem

dos educandos e favorecendo o trabalho dos professores.

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O Colégio recebe estes recursos através:

Do Fundo Rotativo;

Do Programa PDE-Escola;

Do Programa Dinheiro Direto na Escola.

Fazendo parte desse cenário, este estabelecimento de ensino também vem

transformando sua dinâmica para atender as necessidades atuais geradas na

sociedade e que demandam uma nova formação do aluno enquanto cidadão.

Compreendendo a Função da Escola

A força do mercado nas relações econômico- sociais, a inversão de valores

que toma conta das sociedades ditas modernas, o problema da globalização e a

rapidez da evolução tecnológica, tem como ponto negativo a distância cada vez

maior entre pobres e ricos e como positivo a formação de uma consciência a nível

mundial para a humanização de todo este processo. As sociedades capitalistas são

as que mais produziram este quadro ou endeusaram o individualismo e o

consumismo.

O Colégio depara hoje com problemas comuns a todas as escolas, grande

rotatividade de professores, em alguns momentos, devido a grande demanda até

professores sem a formação concluída, falta de interesse e de comprometimento da

família e de alunos para com os estudos, pais ausentes, uso de drogas, problemas

de disciplina e até mesmo de violência verbal ou física entre os colegas e às vezes

contra os próprios professores.

Não podemos perder de vista o perfil do aluno que vem para a escola nos

dias de hoje, embora apresente aparente desinteresse pelos estudos, possui uma

gama de informações, é questionador, e em muitos casos não aceita manipulação

de ideias. Às vezes, desmotiva-se pela lentidão com que acontecem algumas

mudanças e até mesmo pela sua situação socioeconômica. O contexto

contemporâneo exige do aluno e da sociedade uma adaptação aos recursos que a

tecnologia oferece.

Para efetivar esta ação interventiva é que o Colégio se propõe, em

desenvolver atividades com a participação de toda a comunidade escolar,

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notadamente das Instâncias Colegiadas (APMF/ Conselho Escolar), parceiras com

Instituições de Ensino Superior, Projeto CONTRATURNO (SENAI, SESC),

atividades voltadas para a ocupação do tempo ocioso de alunos a partir de

atividades esportivas e culturais ofertadas em contraturno (Projeto de dança da

Fundação Cultural), Projeto de Futsal (SESI), Escolinha de xadrez, parceria com o

Clube de Xadrez de Paranavaí, Escolinha de Voleibol, parceria com a APAVOL,

além dos projetos e programas que visam o despertar da consciência ecológica.

Sala de Apoio a Aprendizagem de Português e Matemática para alunos dos

6ºs e 9º anos e Sala de Recursos.

No que se refere à melhoria das práticas pedagógicas, a Equipe Diretiva

e Pedagógica do Colégio tem se empenhado em promover grupos de estudos,

palestras, pesquisas, além de disponibilizar de recursos didáticos pedagógicos,

como Laboratório de Informática com acesso em rede a Internet, biblioteca, e

equipamentos tecnológicos modernos (data-show, televisão multimídia em cada sala

de aula, DVD, Projetores), laboratório de Ciências Biológicas, Física e Química.

Incentivo à participação dos profissionais da educação em cursos de

aperfeiçoamento, visando à superação das dificuldades encontradas no dia-a-dia

das salas de aula.

Sabemos que a comunidade em que o Colégio está inserido, apesar dos

grandes problemas que enfrentam atualmente, deposita confiança, credibilidade,

respeito e seriedade no que diz respeito ao processo de ensino aprendizagem e na

construção de valores dos educandos que aqui estudam, pois, trabalhamos a partir

dos conhecimentos científicos, desenvolvemos a socialização, buscando sempre a

valorização pessoal de cada educando, concomitantemente com os conhecimentos

sistematizados, garantindo assim o acesso à educação.

Perfil da Comunidade

O Colégio Estadual Silvio Vidal está situado em uma das regiões de maior

densidade populacional do Município de Paranavaí, uma região periférica e grande

parte dos alunos são oriundas de famílias com baixo poder aquisitivo e com grande

desestrutura familiar. Também apresentam baixa auto-estima e demonstram conviver

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com alta taxa de violência, pois se percebe esse fato em atitudes e palavras dos

mesmos.

A população conta com uma área comercial bastante variada e ativa para as

necessidades locais.

A escola, o Posto de Saúde e o CRAS são as instituições do poder público

no local. A comunidade conta apenas com a biblioteca da escola.

A Escola mantém um bom relacionamento com a comunidade; apesar

disso, não é grande a participação da mesma nas atividades da Escola,

restringindo-se a um número regular de pais, mas, conscientes e cooperativos.

A situação enfrentada na escola, com relação à drogadição e violência

tem sido contornada e reduzida, a partir do estabelecimento de medidas de

segurança como: instalação de sistema de monitoramento digital através de

câmeras. Uma câmera na entrada dos alunos e dos professores; 01 no refeitório;

01 no laboratório de Informática; 02 no pátio interno. O Projeto prevê a instalação de

mais 10 câmeras que serão instaladas até o final do ano letivo que são monitoradas

com gravação 24 horas. Essas medidas foram solicitadas em reuniões da

comunidade escolar e consolidaram-se através da APMF e com o repasse recebido

do Governo Federal, PDDE/FNDE.

A atual equipe diretiva, também conta com a colaboração dos funcionários

(Agentes I e II) que se dispõe a acompanhar e monitorar o momento de maior

concentração de alunos (recreio), ficando em locais estratégicos. Nos horários de

entrada e de saída, também há um funcionário no portão, o que diminuiu

significativamente a aproximação de estranhos, aglomerações e tumulto de alunos

que geravam agressões.

Quando acontece, contamos com o auxílio da Patrulha Escolar na

abordagem de estranhos, ou pessoas suspeitas, bem como para atender os casos

de ameaças.

Perfil do Alunado

No Ensino Fundamental apresentam-se alunos com faixa etária de

10 a 18 anos e no Ensino Médio Regular a idade varia de 14 a 25 anos.

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Muitos dos nossos educandos apresentam defasagem na aprendizagem,

idade acima da série, desinteresse pelos estudos, grandes problemas familiares,

emocionais e necessidades especiais, o que causa grande preocupação a todos os

envolvidos no processo educacional, tanto a direção, quanto os professores e

equipe pedagógica.

A falta de motivação e perspectiva de vida e a falta de compromisso de

algumas famílias com a educação dos filhos, os problemas familiares, dificuldades

econômicas, falta de escolarização dos pais, desrespeito pelos outros e por si, entre

outros fatores estão presentes nos três períodos: matutino, vespertino e noturno.

Muitos alunos faltam às aulas sem justificativa e mesmo chamando os pais

e orientando-os quanto à responsabilidade deles pela frequência e

acompanhamento do rendimento escolar de seus filhos, a escola não consegue

reverter este quadro.

Em alguns casos, os que consideramos mais graves, é feito relatório e

encaminhamos para o Conselho Tutelar . Assim mesmo, continuam a faltar, o que

no final do ano letivo, fatalmente, são reprovados, aumentando com isso, o número

de alunos fora da idade/ano/série, o que gera um outro problema, a indisciplina em

sala de aula e brigas fora da escola.

Sentimos que os pais ou responsáveis pelos alunos querem que a escola

faça a mágica de resolver os problemas dos seus filhos, muitos chegam a dizer que

“não sabem mais o que fazer”, outros nem ao menos tentam fazer algo e quando

chamados à escola, não comparecem. Entendemos que a Educação sem a

colaboração e comprometimento da família, não se completa. Tudo isso interfere na

qualidade do ensino-aprendizagem e na motivação dos professores, que constatam

cada dia mais, dificuldades em transmitir conhecimentos cientificamente

elaborados.

A ausência de acompanhamento familiar em casa tem sido uma condição

que contribui com o descompromisso do aluno em relação às atividades escolares.

Em muitos casos, a mãe é quem cuida sozinha dos filhos, sem a figura

paterna, em outros, os filhos ficam sozinhos, muitas vezes os mais velhos cuidando

de irmãos mais novos, sem atenção, nem orientação para estudar e fazer as tarefas.

Muitas famílias vivem sem renda própria ou, no máximo, com um salário

mínimo. A questão financeira é apontada como a principal dificuldade para cuidar

dos filhos. Falta de esclarecimentos, não adequação de espaços e recursos

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materiais e mesmo tecnológicos são os outros limitadores apresentados pelas

famílias.

O alunado do ensino noturno é formado por jovens onde a grande maioria

trabalha, exigindo propostas diferenciadas de ensino para atender suas

necessidades. Alguns alunos apresentam baixa auto-estima, sem muitas

perspectivas positivas para o futuro escolar e profissional, dada às condições

financeiras pessoais limitadas, a falta de ideal e a atual conjuntura sócio-econômica

do país. Temos alunos que já são pais ou mães, fruto de experiências sexuais

irresponsáveis, sem proteção, orientação ou cuidado dos pais.

A inclusão escolar de alunos com necessidade educacional especial, levou

a escola e professores a buscar recursos e práticas educacionais que pudessem

favorecer a participação ativa de alunos com deficiência nos desafios à

aprendizagem. Para essa efetivação, contamos com a parceria do NRE e SEED.

Atendemos alunos com Deficiência Intelectual comprovado e alunos com

Transtorno Funcional Específico que são atendidos na Sala de Recursos, a qual se

caracteriza como uma modalidade de Educação Especial, complementar ao ensino

regular.

Para a adaptação dos alunos de 6ºs anos que apresentam alguma

dificuldade de aprendizagem decorrente a atrasos pedagógicos no momento de

transição de escola, ofertamos o Programa de Apoio a Aprendizagem de Português

e Matemática, no contraturno (período matutino) e atendem uma média de 40 alunos

por disciplina.

Mesmo enfrentando toda gama de problemas, em 2005 nosso IDEB (Índice

de Desenvolvimento da Educação Básica) era de 3,1. Em 2007 atingimos 3,2,

superando a meta que era de 3,1. Em 2009 atingimos 3,9 superando mais uma vez

a meta que era de 3,3.

Ideb Observado

Metas Projetadas

Escola

2005

2007

2009

2007

2009

2011

2013

2015

2017

2019

2021

SILVIO VIDAL C E E FUND MEDIO

3.1 3.2 3.9 3.1 3.3 3.5 3.9 4.3 4.6 4.8 5.1

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No Enem ( Exame Nacional de Ensino Médio) nosso desempenho em 2009

foi de 479,11 pontos, já em 2010 atingimos 513,68 pontos.

Pelos dados apresentados podemos constatar que os esforços

desprendidos por todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem tem

refletido nos resultados apresentados.

Diante desse contexto, a escola tem um papel fundamental na vida da

comunidade, pois é o caminho pelo qual seus filhos tem para a transformação desta

realidade. É dentro deste cenário que a escola precisa atuar.

Acreditamos que um dos maiores desafios enfrentados é o de formar um

aluno apto a refletir, pensar e entender o mundo à sua volta, e também, aplicar os

conhecimentos que adquiriu na escola, buscando transformar a realidade que

vivencia.

A organização do trabalho escolar é, por sua vez, mediação entre o trabalho

docente e a prática social global, pois o núcleo da democratização da Educação é a

democratização do saber e o núcleo do trabalho docente é o ensino-aprendizagem.

Aproveitamento escolar

Resultado final do Ensino Fundamental e Médio, do ano de 2011:

SÉRIE/ANO

APROVADOS

REPROVADOS

TRANSFERIDOS

DESISTENTES

TOTAL

5ªs /6ºs 147 37 20 3 208 6ªs/7ºs 151 34 19 4 208 7ªs/8ºs 174 31 19 1 224 8ªs/9ªs 123 34 6 -- 163

Fonte: Relatórios Finais – Colégio Estadual Sílvio Vidal

0

50

100

150

200

250

5ªs /6ºs 6ªs/7ºs 7ªs/8ºs 8ªs/9ªs

APROVADOSREPROVADOSTRANFERIDOSDESISTENTESTOTAL

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SÉRIE/ANO

APROVADOS

REPROVADOS

TRANSFERIDOS

DESISTENTES

TOTAL

1º EM 83 53 13 20 169 2º EM 72 7 7 17 103 3º EM 64 17 4 11 92

Fonte: Relatórios Finais – Colégio Estadual Sílvio Vidal

020406080

100120140160180

1º EM 2º EM 3º EM

APROVADOSREPROVADOSTRANFERIDOSDESISTENTESTOTAL

Observa-se um número significativo de reprovados, no entanto, nossos

índices, tanto no IDEB como no ENEM, obtiveram uma significativa melhoria que

refletiu em nossa saída do Programa de Superação.

Distorção idade/ano/série - 2011

Série Aprovados Reprovados Evasão Distorção 6º 147 38 03 17 7º 151 34 04 21 8º 173 31 01 27 9º 123 34 - 13

1ª EM 83 53 20 16 2ª EM 72 07 17 11 3ª EM 64 13 11 22 Total 813 210 56 127

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Possibilidades e necessidades de avanços da prática pedagógica

A história e a lógica nos ensinam que as desigualdades não desaparecerão

com o crescimento econômico, mas sim com a educação.

Apesar das tentativas em melhorar a qualidade do ensino no Brasil,

percebe-se que os resultados continuam insatisfatórios. Ainda vigora nas escolas

brasileiras, uma educação elitista, autoritária, que reproduz uma ordem injusta,

excludente e desumana. Alunos são adestrados para receber acriticamente, sem

reflexão, sem análise, uma série de informações parceladas da realidade (conteúdos

curriculares), impregnadas com a ideologia predominantemente capitalista. E, assim,

se reproduz continuamente a alienação e a socialização da ignorância.

Pensar em educar para os direitos humanos implica na construção de novos

paradigmas pelos professores. Buscar uma “educação voltada para todas e para

cada um” (Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.26, p.83 –104, jun. 2007),

requer pensar como podem todos os alunos chegar ao mesmo patamar de saberes

e quais as ações necessárias em sala de aula para esta conquista.

O professor é, sem dúvida, um dos principais protagonistas das mudanças

necessárias. Por isto, sua formação e sua prática tem sido motivo de estudos.

O avanço na prática pedagógica é, e sempre será, uma necessidade

constante. A teoria é imprescindível para o fazer pedagógico.

Neste momento, o corpo docente precisa melhor compreender a concepção

adotada pela SEED, ou seja, a Concepção Pedagógica Histórico-Cultural.

Algumas dificuldades são encontradas para estes estudos: grande

rotatividade de professores; preferência dos professores em participar da Semana

Pedagógica nos estabelecimentos mais próximos de suas residências, ou de lotação

do segundo padrão; ser a Reunião Pedagógica prevista em contra turno no

Calendário, o que torna praticamente impossível reunir os professores que ministram

aulas em outros estabelecimentos de ensino.

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Acompanhamento das famílias

Há, evidentemente, baixo rendimento escolar por parte de alguns alunos. Ao

buscar as causas prováveis, foi possível observar que estes alunos normalmente

deixam de cumprir com as atividades escolares, resultando na impossibilidade de

serem avaliados pelos professores.

Determinadas famílias não tem tempo para acompanhar a vida escolar de

seus filhos, ou não compreendem isto como importante. Algumas sequer

comparecem para a assinatura de boletins. Isto requer que sejam pensadas ações

que viabilizem uma melhora neste sentido.

O Colégio encaminhou aos pais, um questionário com o intuito de avaliar a

opinião deles no que diz respeito à qualidade do serviço prestado à comunidade

escolar e o grau de satisfação quanto às expectativas dos mesmos, em relação à

educação de seus filhos.

Analisando as respostas dadas podemos dizer que a preocupação maior dos

pais gira em torno do problema disciplinar, segurança, drogas e violência. Com

incidência menor, constatamos também, o desejo da comunidade quanto à oferta de

Cursos Técnicos para que seus filhos saiam melhor preparados para o ingresso no

mercado de trabalho. Outros esperam que o Colégio adote atitudes mais rigorosas

na cobrança das atividades escolares, nas faltas de alguns docentes e no controle

de entrada e saída dos alunos no ambiente escolar. Em contrapartida, tivemos

também, muitos pais que se mostraram agradecidos pelo atendimento que recebem

e pela qualidade de ensino ofertada aos seus filhos.

Identificação dos problemas relativos à gestão escolar

A LDB, em seu artigo 15, assim determina: “Os sistemas de ensino

assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram

progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira

observada as normas gerais de direito financeiro público”.

Considerar as dificuldades encontradas na implementação da gestão

democrática requer compreender a falta de autonomia da escola nas questões

pedagógicas e administrativas que geralmente encontram-se engessadas, isto

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é, são pré-determinadas tendo ou não condições para sua execução; sendo ou não

necessárias para aquele momento. Faltam recursos humanos, condições físicas,

profissionais especializados e adequados para atendimento dos graves problemas

que são enfrentados nos dias de hoje no ambiente escolar, etc. Entendemos que a

participação limitada dos envolvidos no ambiente escolar quase sempre é devido a

grande rotatividade de professores, gerando com isso um sentimento de não

pertença, de não envolvimento. Reunir os profissionais da educação para tratar de

assuntos específicos e de interesse do coletivo escolar é outro grande desafio por

atuarem em diversas escolas e outras situações tornam-se barreiras, inviabilizando

as melhores intenções de atuação, tanto do professor como do gestor.

A sobrecarga de trabalho, responsabilidades e problemas a serem

solucionados no ambiente escolar estão se ampliando e em contrapartida os meios,

os recursos físicos, materiais e humanos estão sendo enxugados, minimizados.

Não é entulhando determinados recursos (máquinas, móveis, livros, concreto) e

discursos..., que a problemática atual vai ser solucionada. Coloco aqui as sábias

palavras Charles Chaplin:

"O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém, desviamo-nos dele. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da produção veloz, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz em grande escala, tem provocado a escassez. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade; mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura! Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo estará perdido."

Não é suficiente permitir formalmente que a comunidade participe. É preciso

que haja condições que propiciem essa participação. Autonomia sem recursos,

sejam eles quais forem, não é autonomia, mas sim ditadura.

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MARCO CONCEITUAL

Sonhamos com uma escola pública capaz, que se vá construindo aos poucos num espaço de criatividade. Uma escola democrática em que se pratique uma pedagogia da pergunta, em que se ensine e aprenda com seriedade, mas que a seriedade jamais vire sisudez. Uma escola em que, ao se ensinarem necessariamente os conteúdos, se ensine a pensar certo. Paulo Freire

Os princípios filosóficos que norteiam a construção da identidade do Colégio

Estadual Sílvio Vidal são sustentados pelas concepções que refletem a

intencionalidade da escola:

Mundo

Vivemos numa sociedade globalizada, num contexto de grandes

descobertas e avanços nas áreas científicas e tecnológicas, de outro lado, a área

social, o respeito à vida e à natureza, os valores éticos e morais estão ainda em

constante construção.

O ser humano existente hoje, muitas vezes comporta-se de maneira passiva

e submissa, deixando-se alienar pela ideologia da mídia, acaba muitas vezes

acomodando-se e desistindo dos seus sonhos.

Por outro lado temos um sistema econômico e políticos pautados num

ideário neoliberal, o qual explora e determina impondo diminuição do Estado no que

se refere aos direitos do cidadão.

Acreditamos que a educação seja uma das maneiras de reverter este

quadro. Queremos uma sociedade justa e igualitária, onde todos tenham sua

dignidade respeitada e que seus direitos sejam concedidos como determina a

constituição.

Queremos que o homem desperte para sua importância na sociedade como

um ser que seja capaz de interagir no mundo onde vive. Que possa ousar, buscar,

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construir, modificar. Homens sensíveis e solidários às necessidades do seu próximo

e que possam ser construtores de sua própria história.

Para que isso ocorra é preciso que todos sejam defensores de uma

educação voltada para o “ser humano”, a qual seja efetivamente dinâmica, crítica,

libertadora, que resgate valores esquecidos no tempo e principalmente saiba

respeitar e valorizar a diversidade cultural, bem como, atenda nesses mesmos

princípios a todos os alunos portadores de necessidades especiais, para que

realmente a inclusão aconteça.

A escola deve trabalhar numa perspectiva de escola democrática e gratuita,

pois, é responsável pela forma da classe trabalhadora da sociedade. Deve ser

atendida pelas autoridades competentes nas suas reivindicações com suporte

administrativo e pedagógico, para que a educação seja de qualidade.

Sociedade

A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho

concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir social a

partir das contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.

Segundo Saviani, o entendimento do modo como funciona a sociedade não

pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que regem o

desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis naturais,

mas sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.

É possível perceber que nos dias atuais a sociedade mostra-se com

desigualdades sociais, políticas e econômicas que mantém estrutura do sistema

neoliberal, que impede a igualdade do ser humano na sua amplitude.

Especificamente nesta sociedade capitalista a tendência é tornar o saber produzido

histórica e socialmente propriedade exclusiva da classe dominante.

Desta forma o trabalhador adquire algum tipo de conhecimento para poder

produzir, mas não o suficiente para transformar a sociedade. De acordo com

Saviani, para tanto é preciso considerar que:

A produção do saber é social, se dá no interior das relações sociais. A elaboração do saber implica em expressar de forma elaborada o saber que surge da prática social. Essa expressão elaborada supõe o domínio dos instrumentos de elaboração e sistematização. (Saviani, 1997, p. 91)

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A sociedade é o resultado de um processo histórico construído pelas

pessoas, a partir de ações que contribuem para o pleno desenvolvimento do

cidadão, possibilitando conhecimento da sua realidade, e a busca por oportunidades

de participação e efetivação dos indivíduos que a compõe.

Desta forma, faz-se necessário proporcionar atitudes que combatam o

individualismo, e que tragam no seu bojo atitudes da valorização do SER e não do

TER.

Portanto, é preciso conceber uma sociedade em que todos tenham direito

adquirido quanto à educação, saúde, lazer, segurança, trabalho, moradia, etc.

Constituindo desta forma a efetivação dos direitos e deveres de maneira

democrática, justa e igualitária.

Educação

A escola deve conceber a educação como processo para o

desenvolvimento integral do ser humano, sendo este instrumento gerador das

transformações sociais. Deve ser base para a aquisição da autonomia, fator de

progresso econômico, político e social.

O elemento essencial para integração do sentimento e da consciência de

cidadania. Valorizar as origens do educando, suas experiências na família e na

comunidade onde vive.

A efetivação da educação possibilita assim ao educando perceber-se como

agente transformador numa atitude de liberdade, visão crítica e humanitária. “(...)

A educação, portanto, não transforma de modo direto e imediato e sim de modo

indireto e mediato, isto é, agindo sobre os sujeitos da prática”. (Saviani, 1995, p.85).

A educação deve agir sobre os sujeitos da prática com a finalidade de formar

cidadãos capazes de analisar, compreender e intervir na realidade, visando ao bem

estar do ser humano, no plano pessoal e coletivo.

Para tanto, este processo deve desenvolver a criatividade, o espírito crítico,

a capacidade de análise e síntese, e se dará por meio de uma educação intencional,

com objetivos claros visando construir uma sociedade justa e responsável.

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O processo educacional deve oportunizar aos educandos um conhecimento

científico e cultural, visando uma formação consciente dos direitos e deveres no

preparo da vida em sociedade, capacitando-os a interagir com o outro e com o meio

ambiente de forma equilibrada.

Escola

A escola é considerada um espaço privilegiado de ensino e aprendizagem,

lugar de efetivar o conhecimento sistematizado, oportunizando o espaço físico

adequado e contribuindo para que aconteça um ensino de forma prazerosa e

dinâmica, com possibilidade de crescimento humano nas relações interpessoais.

A escola, por ser um espaço educativo, concebe a educação como uma

construção coletiva, participativa, democrática e universal, que forme cidadãos

críticos e reflexivos, capazes de contribuir para a transformação da sociedade.

[...] a escola tem uma função específica educativa, propriamente pedagógica, ligada à questão do conhecimento; é preciso, pois, resgatar a importância da escola e reorganizar o trabalho educativo, levando em conta problema do saber sistematizado, a partir do qual se define a especificidade da educação escolar. (Saviani, 1997, p.114).

A escola deve objetivar a qualidade do ensino, ser espaço de formação

cultural, tecnológica e científica, efetivando-se enquanto parte do conhecimento

elaborado e sistematizado, instaurando-se como formadora de pessoas capazes de

atuar na construção histórica da sociedade em que estão inseridos.

A escola deve ser um espaço democrático de formação continuada e

desenvolvimento integral do ser humano, formando sujeitos históricos e sociais que

precisam estar em constante processo de reflexão de sua práxis, de crescimento

emocional e cognitivo.

Cidadania

Para alcançar o objetivo de construir uma escola democrática, igualitária,

participativa, formativa e crítica é necessária a concepção de uma cidadania plena e

consciente dos direitos e deveres atribuídos a todas as pessoas.

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A educação como um dos principais instrumentos de formação da

cidadania, deve ser entendida como a concretização dos direitos que permitem ao

indivíduo sua inserção na sociedade.

A atual realidade social e educacional de nosso país requer o enfrentamento

e a superação da contradição da estrutura que existe entre a declaração

constitucional dos direitos sociais (dentre eles a educação) e a negação da prática

desses direitos; da ideologia que associa a pobreza material à cultural; de recolocar-

se o problema da escola pública em termos de direito de todos, de acesso ao

conhecimento elaborado; recolocar a questão do trabalho como atividade de

produção/apropriação de conhecimento não apenas como mera operação mecânica,

em repensar a relação escola/trabalho.

Os indivíduos devem ter ciência da importância da pessoa humana como

um todo, assim como das instituições que contribuem para esse processo.

Cidadão que não aceite de forma passiva tudo o que é imposto pela

sociedade, mas que almeje a mudança, certo de que ela começa do interior para o

exterior, do individual para o coletivo.

A cidadania requer uma atitude de independência, que o indivíduo adquire

quando passa a pensar sobre a realidade em que se encontra. Nessa atividade do

pensar, a escola exerce um papel fundamental, bem como, todos os profissionais

que nela se encontram inserido.

Gestão Democrática

A gestão democrática é um princípio consagrado pela Constituição vigente e

abrange as dimensões pedagógicas, administrativas e financeiras. Ela visa romper

com a separação entre concepção e execução, entre o pensar e o fazer, entre a

teoria e a prática.

Entre os princípios que devem nortear a educação, a Constituição de 1988,

em seu artigo 206, assumidos no artigo 3º da Lei N.º 9394 / 96 ( LDBEN ) consta,

explicitamente, a “gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da

legislação dos sistemas de ensino” ( inciso VIII do art. 3º da LDB ).

É necessário que a escola garanta a qualidade, o acesso e a permanência

de forma gratuita para todos os alunos, independente da ideologia, cor, etnia,

religião ou grupo social, e para os alunos com deficiência.

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Cabe a escola buscar condições junto à Secretaria Estadual da Educação

para que isso ocorra com a qualidade que é garantida na Constituição Federal

como: capacitação e valorização de professores, adaptação de espaços físicos e

prestação assistência técnico financeira.

A gestão democrática é um princípio importante para que a escola seja um

espaço permanente de debate, diálogo e reflexão, buscando sempre a autonomia

didática pedagógica, administrativa e financeira, a liberdade de expressão, o acesso

à pesquisa, a arte e o saber.

Que ela possa contribuir efetivamente para o processo de construção de

uma cidadania emancipadora e posicionamentos críticos que possam combater a

idéia burocrática da hierarquia.

A gestão democrática é o processo que rege o funcionamento da escola,

compreendendo tomada de decisão conjunta no planejamento, execução,

acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas,

envolvendo a participação de toda a comunidade escolar.

Como decorrência do princípio fundamental da democracia e colegialidade,

a gestão democrática terá como órgão máximo de direção, o Conselho Escolar. De

acordo com a LDB, a gestão deve ser democrática, autônoma e contar com a

participação efetiva dos instrumentos de ação colegiada que são: o Conselho

Escolar, o Conselho de Classe, o Grêmio Estudantil, os Representantes de turma e

a APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários sendo que todos têm suas

funções regulamentadas em Estatuto próprio como previsto no Regimento Escolar

aprovado pelo Ato Administrativo nº 50/2008 e Parecer Conjunto n.º 95/2008 emitido

pelo NRE de Paranavaí.

A organização, redimensionamento e avaliação contínua dos mecanismos

de gestão democrática devem ser realizados pelo Conselho Escolar e APMF.

Projeto Político Pedagógico

O Projeto Político Pedagógico de uma escola é o instrumento representativo

dos interesses de uma comunidade escolar.

É projeto político porque deve expressar o compromisso com a formação

dos cidadãos (portanto com um tipo de sociedade). Resulta de articulação dos

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interesses reais e coletivos da população participante com seus compromissos

sociopolíticos.

É Pedagógico enquanto definição de ações educativas para o cumprimento

da intenção da coletividade consubstanciada nos parâmetros normativos

constitutivos do estado democrático de direito.

Assim, a dimensão pedagógica cumpre a efetivação da intencionalidade do

empreendimento educacional: formação do cidadão participativo, responsável,

compromissado, crítico, criativo, desenvolvido em todas suas dimensões, maduro e

pronto para ser feliz.

São indissociáveis os processos político e pedagógico, eles se fundem num

só. A educação não é proveniente de uma determinada técnica pedagógica aplicada

por um entendido, mas proveniente de uma vivência teórica e prática que educa e

forma, que se dá pela relação íntima e recíproca entre as dimensões política e

pedagógica. Com efeito, o projeto político-pedagógico se constitui em processo

democrático de decisões, onde o empreendimento educacional se constrói. Para

tanto, é necessário que o projeto se oriente para a superação dos conflitos,

minimizando a competitividade, o corporativismo e o autoritarismo. Que busque

ampliar as relações pessoais, racionalizando a burocracia e a fragmentação das

divisões de trabalho.

Realizando estas orientações se realiza o projeto, ao mesmo tempo em que

os partícipes se educam. Portanto não se fala de educação dos alunos, mas de

todos: administração, corpo docente, discente, pais e comunidade.

Constituir novas práticas, nova realidade, deve ser a intencionalidade do

coletivo. Isto só será possível pela vivência democrática de todos os membros da

comunidade educacional em exercício de cidadania.

Formação Continuada

A formação continuada de professores tem seu amparo legal na LDBEN

9394/96 (estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional Brasileira), ao

regulamentar o que já determinava a Constituição Federal de 1988, instituindo a

inclusão, nos estatutos e planos de carreira do magistério público, do

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aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive em serviço, na carga horária do

professor.

Esses horários segundo a normativa legal são reservados para estudos,

planejamento e avaliação, com o intuito de propiciar uma formação fundamentada

na “intima associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em

serviço”.

No Art.13º, inciso V se enuncia que os docentes incumbir-se-ão de ministrar

os dias letivos e horas-aulas estabelecidos, além de participar, integralmente, dos

períodos dedicados ao planejamento, a avaliação e ao desenvolvimento profissional.

A formação continuada como prática realizada na escola, tem como foco

garantir a qualidade do ensino-aprendizagem, assim como valorizar o trabalho

exercido pelos profissionais da escola. Há oferta constante de cursos de capacitação

de responsabilidade da mantenedora SEED/PR e também da escola em sua

organização interna.

O compromisso de participação passa a ser então do profissional que busca

atualizar-se constantemente para realizar seu trabalho com mais qualidade, e é claro

da escola como um todo, no sentido de estimular a todos os profissionais para que

estejam constantemente repensando, avaliando e reconstruindo sua prática.

Ser educador é educar-se permanentemente, pois o processo educativo não

se fecha, é contínuo. Portanto, dar continuidade à formação dos docentes nas

escolas, seu local de trabalho, implica um permanente acompanhamento destes,

para complementar, mudar e/ou melhorar a formação já obtida e também para o

aprofundamento de estudos da prática cotidiana do contexto real de desempenho

profissional, ou seja, a instituição escolar.

Currículo

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) 9394/96,

orienta para um currículo de base nacional comum para o ensino fundamental e

médio. As disposições sobre o currículo estão em três artigos da LDBEN.

Numa primeira referência mais geral, quando trata da Organização da

Educação Nacional, define-se a competência da União para “estabelecer, em

colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e

diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que

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nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação

básica comum” (Art. 9º, inciso IV).

Outras referências mais específicas estão no capítulo da Educação Básica,

quando se define que “os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma

base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e

estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características

regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela”. (Art. 26).

Para a Educação Profissional, o Art. 39 dispõe que: “a educação

profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à

tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida

produtiva”.

Finalmente, são estabelecidas as diretrizes que deverão orientar os

“conteúdos curriculares da educação básica”, que envolvem: valores, direitos e

deveres e orientação para o trabalho. (Art. 27 parágrafos 1º, 2º, 3º, 4º 5º).

A LDBEN sugere uma flexibilização dos currículos, na medida em que se

admite a incorporação de disciplinas que podem ser escolhidas levando em conta o

contexto local. (Art. 28, inciso I, II, III)

O currículo da escola pública deve ter como meta o desenvolvimento de

uma prática pedagógica que articule os conteúdos ao processo educativo. Isto vem

facilitar aprendizagem do aluno empregando desta forma recursos didáticos

pedagógicos diferenciados inseridos no contexto social.

O currículo deve ser construído coletivamente, visando à realidade para que

cumpra com sua função educacional, respeitando a identidade cultural e social do

aluno, promovendo também a participação do mesmo em projetos desenvolvidos

pela escola como a Agenda 21, Cultura Afro-brasileira e Indígena entre outros temas

contemporâneos.

Na construção do currículo devem ser levadas em consideração as

experiências que os alunos trazem de sua vida particular, ou seja, o conhecimento

informal para que a escola a partir dele, possa trabalhar os conteúdos acadêmicos

na sua totalidade de conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade,

considerando suas permanências e transformações.

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (2008, p. 20),

o currículo deve oferecer aos estudantes a formação necessária para o

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enfrentamento voltado à transformação da realidade social, econômica e política do

seu tempo.

O currículo deve ser baseado nas dimensões científica, artística e filosófica

do conhecimento que possibilite um trabalho pedagógico capaz de direcionar o

educando para a totalidade do conhecimento, e sua relação com o cotidiano.

Conhecimento

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações

entre os homens e a natureza. Assim sendo, o conhecimento é construído através

das relações sociais mediadas pelo trabalho dos seres humanos. Esse

conhecimento é influenciado pelo modo de produção, gerando uma concepção de

ser humano, ideologia, cultura e sociedade.

Na sociedade capitalista o conhecimento é detido por uma minoria

dominante que utiliza a seu favor, mantendo uma sociedade de classes.

À escola cabe socializar e, possibilitar a apropriação deste conhecimento

pelos educandos, permitindo aos mesmos reconhecer e defender seus interesses.

Neste sentido, queremos para nossa escola, um conhecimento histórico,

crítico e sistematizado que possibilite a troca de experiências, e busque transformar

a realidade em que estamos inseridos.

O conhecimento é percebido quando há manifestações de mudança de

atitude e comportamento, frente à situação vivida e a prática social. Portanto, o

conhecimento mediador, num processo ação-reflexão-ação simultaneamente,

possibilita a transformação social de um povo.

Cultura

A cultura é resultado de toda a produção humana e segundo Saviani,

Para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano, o mundo da cultura (1992, p, 19).

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Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa

completar várias dimensões da ação humana, entre eles a concepção de cultura.

Na escola, em sua prática há a necessidade da consciência de tais

diversidades culturais, especialmente da sua função de trabalhar as culturas

populares de forma a levá-los à produção de uma cultura erudita, como afirma

Saviani:

a mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular a cultura erudita; assume um papel político fundamental”. (Saviani, apud, Frigotto, 1994 p, 189).

Analisando a realidade na qual convivemos, consideramos que se faz

necessário uma concepção de cultura que identifique, conheça e vivencie o

multiculturalismo, que vise à transformação do ser humano, da sociedade e do

mundo.

Todo o conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de

significação é cultural.

Não existe uma cultura superior ou inferior à outra, o que temos é uma

diversidade cultural que precisa ser aceita valorizada, respeitada e reconhecida

como parte do ser humano.

Letramento

O sistema de escrita e as convenções para seu uso constituem uma

tecnologia inventada e aperfeiçoada pela humanidade ao longo de milênios, quando,

inicialmente se usava desenhos e símbolos para representar a fala.

O sistema alfabético, constituído por sinais gráficos, era reproduzido em

tabletes de barro, pedra, papiro, pergaminho e papel com objetivo de representar os

sons da fala.

A codificação dos sons em letras ou grafemas e a decodificação deles em

sons constituem um dos passaportes para a entrada no mundo da escrita. Essa

aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de escrita e das técnicas para seu

uso é chamada de alfabetização.

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Para que aconteça o desenvolvimento de competências para o uso da

leitura e da escrita nas práticas sociais faz-se necessário o uso da tecnologia da

escrita que se chama letramento.

Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um

contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do

educando.

O letramento designa práticas de leitura e escrita, sendo que a entrada da

pessoa neste mundo se dá pela aprendizagem de toda a complexa tecnologia

envolvida no aprendizado do ato de ler e escrever. Ou seja, para entrar nesse

universo do letramento, o indivíduo precisa apropriar-se do hábito de buscar um

jornal para ler, de frequentar revistarias, livrarias, e com esse convívio efetivo com a

leitura, apropriar-se do sistema de escrita.

É importante observar que o termo alfabetização, sempre entendido de uma

forma restrita como aprendizagem do sistema da escrita, foi ampliado, pois já não

basta aprender a ler e escrever, é necessário mais que isso para ir além da

alfabetização funcional.

Portanto, os professores que trabalham com alfabetização devem

alfabetizar letrando, tomando cuidado de não fugir à especificidade do processo de

alfabetização que é ensinar a criança e ela aprender.

Ensino-Aprendizagem

Aprender e ensinar são processos inseparáveis. Isto acontece porque o ato

de ensinar “é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo

singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos

homens” (SAVIANI, 1995, p. 17).

Este processo se efetiva quando o indivíduo se apropria dos elementos

culturais necessários a sua formação e a sua humanização.

Para que o ensino-aprendizagem possa acontecer, é necessário investir em

ações que potencializem a disponibilidade do aluno para a aprendizagem, o que se

traduz, por exemplo, no empenho em estabelecer relações entre seus

conhecimentos prévios e o que está sendo apreendido sistematicamente sobre ele

na escola.

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Essa disponibilidade exige ousadia para se buscar soluções e experimentar

novos caminhos visando transformar sua realidade, relacionando teoria à prática.

Para Vygotski (1995) “a aprendizagem é um processo histórico, fruto de uma relação

mediada e possibilita um processo interno, ativo e interpessoal.”

Os processos de ensino-aprendizagem adquirem um enfoque social e

chamam à discussão: o modo como devem ser entendidas as relações entre

desenvolvimento e aprendizagem, a importância da relação na qual vivem nossos

educandos, relação esta entre cultura e educação, o papel da ação educativa

ajustada às situações de aprendizagem e às características da atividade mental

construída pelo educando em cada momento da aprendizagem.

Esta defesa da dimensão política da educação, da indissociabilidade entre o

ensino e a aprendizagem, entre o fazer e o pensar, do movimento dialético de

apropriação do conhecimento que possibilite compreender o real em suas

contradições, são algumas das muitas defesas da abordagem histórico-cultural.

Avaliação da Aprendizagem

Visando a dimensão formadora da avaliação, que tem como finalidade

primordial a aprendizagem ou ainda, a verificação dela, permitindo uma reflexão

sobre a ação da prática pedagógica no processo educativo, a avaliação assume

uma postura como instrumento de investigação capaz de acompanhar o

desempenho do aluno, diagnosticando e orientando práticas pedagógicas

insuficientes, de modo a apontar novos caminhos para superar problemas e fazer

emergir novas práticas educativas.

A finalidade da avaliação não deve estar centrada no registro de uma nota,

mas objetivando uma dimensão formadora uma vez que o fim desse processo é

aprendizagem ou a verificação dela permitindo assim que haja uma reflexão sobre a

ação da prática pedagógica.

De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008), os processos avaliativos

não devem apenas constatar o que o aluno aprendeu ou não, fazendo com que se

torne refém das constatações realizadas pelo professor.

O processo avaliativo deve visar à formação do sujeito que se apropria do

conhecimento para compreender as relações humanas, bem como suas

contradições e conflitos.

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A ação pedagógica da sala de aula deve contribuir ativamente para essa

formação, proporcionando um movimento na direção da aprendizagem do

educando, da qualificação do educador e da escola.

A avaliação converte-se em ferramenta pedagógica, em um elemento que

melhora a aprendizagem do educando e a qualidade do ensino, assim ela deve ter

compromisso com a educação democrática, numa perspectiva de inclusão, a qual

deverá necessariamente ser diversificada, valorizando a individualidade de cada

aluno.

A legislação atual concede uma grande importância à avaliação,

assegurando que ela seja realizada de forma contínua, formativa e processual sendo

assim mais um elemento do processo ensino – aprendizagem.

É necessário articular o processo de avaliação com a finalidade do objeto

avaliado: contribuindo para o desenvolvimento das capacidades dos alunos, a

avaliação converte-se em ferramenta pedagógica, em um elemento que melhora a

aprendizagem do aluno e a qualidade do ensino.

A avaliação deve ter compromisso com a educação democrática, numa

perspectiva de inclusão, a qual deverá necessariamente ser diversificada,

valorizando a individualidade de cada aluno.

Tecnologia

A LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº9.394/96 ao propor

a formação tecnológica como eixo do currículo assume, segundo KUENZER (2000),

a concepção que a aponta como a síntese, entre o conhecimento geral e o

específico, determinando novas formas de selecionar, organizar e tratar

metodologicamente os conteúdos.

O uso de tecnologias como apoio ao ensino e à aprendizagem vem

evoluindo vertiginosamente nos últimos anos, podendo trazer efetivas contribuições

à educação.

Entretanto, para evitar ou superar o uso ingênuo dessas tecnologias, é

fundamental conhecer as novas formas de aprender e de ensinar, bem como de

produzir, comunicar e representar conhecimento, possibilitadas por esses recursos,

que favoreçam a democracia e a integração social.

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Dessa forma, a tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta

sofisticada e alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para

o aumento das desigualdades ou para a inserção social se vista como uma forma de

estabelecer mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas.

É preciso implementar no Sistema Educacional, uma pedagogia mediante a

qual não apenas, se reforme o ensinamento, mas que também se facilite a

aprendizagem.

Que a tecnologia seja o material de apoio ao processo ensino-

aprendizagem, cujo mediador seja o professor, o aluno seja o aprendiz de um

pensar novo que leve a descobertas do mundo a sua volta, sendo um meio de

estabelecer relações entre o conhecimento científico, tecnológico e sócio-histórico,

possibilitando articular ação, teoria e prática.

Inclusão

O processo de educação inclusiva passa pela capacidade de entender e

reconhecer o outro como diferente, respeitando essas diferenças e sabendo atuar

com a diversidade, visando à inclusão educacional e social de cada individuo

enquanto sujeito, tendo o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas

diferentes. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção.

É para o estudante com deficiência física, para os que têm

comprometimento mental, para as surdas, cegas, todas as que pertencem a

minorias étnicas, credos, raças, cor diferente da maioria, para as que apresentam

déficit de aprendizagem ou de atenção.

A Constituição Brasileira de 1988 garante o acesso ao Ensino Fundamental

regular a todas as crianças e adolescentes, sem exceção. Assim deixa claro que a

criança com necessidade educacional especial deve receber atendimento

especializado. A inclusão ganhou reforços com a LDB de 1996 e com a Convenção

da Guatemala, de 2001.

As necessidades educacionais especiais são definidas pelos problemas de

desenvolvimento da aprendizagem apresentados pelo aluno, em caráter temporário

ou permanente, bem como, pelos recursos e apoios que a escola deverá

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proporcionar, objetivando a remoção das barreiras para a aprendizagem e que

compreendem:

I) Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de

desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, não

vinculadas a uma causa orgânica específica ou relacionadas a distúrbios, limitações

ou deficiência;

II) Dificuldades de comunicação e sinalização, demandando a utilização de

outras línguas, linguagens e códigos aplicáveis;

III) Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou

psiquiátricos;

IV) Superdotação/Altas Habilidades; Os principais dispositivos legais, políticos

e filosóficos que possibilitam estabelecer os horizontes das políticas educacionais

asseguram o atendimento educacional especializado, com oferta preferencial na

rede regular de ensino, de modo a promover a igualdade de oportunidade e a

valorização da diversidade no processo educativo.

A oferta de atendimento educacional aos educandos com necessidades

educacionais especiais no Estado vem sendo orientada de acordo com a legislação

vigente com destaque aos documentos:

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96-Capítulo 5, art.58,59

e 60;

Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica-Parecer

nº 17/01-CNEnº 02/01;

Deliberação nº 02/03-CEE.

Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos inclusivos .

Ser Humano

O Ser Humano deve ser atendido em toda a sua dimensão e deve dispor de

recursos que satisfaçam as suas necessidades, para que analise, compreenda e

intervenha na realidade, buscando transformá-la para o bem comum.

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[...] isto porque o homem não se faz homem naturalmente; ele não nasce sabendo ser homem, vale dizer, ele não nasce sabendo sentir, pensar, avaliar, agir. Para saber pensar e sentir; para saber querer, agir ou avaliar, é preciso aprender, o que implica o trabalho educativo. (Saviani, 1997, p.11).

Partindo do pressuposto de que o indivíduo é um ser histórico, pode este

escrever a sua história de maneira crítica e construtiva, traçando metas e buscando

alcançá-las.

Ter consciência do desenvolvimento, buscando-o com consciência crítica

reflexiva, participativa e transformadora. É necessário para tanto o domínio do

conhecimento, o respeito mútuo, a aceitação das diferenças, para a conquista da

sua autonomia como Ser Humano e antes de tudo, um ser de vontade e que se

pronuncia sobre sua realidade.

Trabalho

O trabalho é uma atividade, inerente e imprescindível à vida do ser

humano, sendo à base de todas as relações humanas. É (...) uma atividade humana

intencional que envolve forma de organização, objetivando a produção dos bens

necessários à vida. (Andery, 1998, p.13).

O sucesso relativo da espécie humana está na sua capacidade de criar e

agir sobre a natureza usando instrumentos que livrem o corpo da dor, dos

sofrimentos para a conclusão das tarefas necessárias à vida. Criando o meio de

trabalho, o homem cria também o seu próprio movimento até criar a máquina que

modifica os meios de trabalho de onde surgem as sociedades de classe e o

desenvolvimento das forças produtivas. Surge à contradição homem/máquina e o

corpo humano perde o caráter e se transforma em força do trabalho. É a classe das

máquinas humanas que busca o desenvolvimento das forças produtivas. Vivemos

hoje, sob determinação de um novo grau de desenvolvimento das forças produtivas

que é denominado revolução tecnológica.

Conforme a legislação, na sociedade contemporânea, todos,

independentemente de sua origem ou destino sócio - profissional, devem ser

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educados na perspectiva do trabalho, sendo ele uma das principais atividades

humanas, um campo de preparação para escolhas profissionais futuras, um

processo de produção de bens materiais (bens produzidos para posterior consumo,

gerando o comércio), bens não materiais (bens em que a produção e o consumo

acontecem simultaneamente), e de serviços e conhecimentos com tarefas laborais

que lhe são próprias, ou um espaço de exercício de cidadania.

Desta forma, o trabalho educativo é uma atividade intencional que

envolve formas de organização, necessárias para a formação do ser humano.

O conhecimento resulta de uma construção histórica, portanto, é a

matéria-prima com a qual o professor e o aluno trabalham e a partir deste trabalho

constroem novos conhecimentos e propõem modificações à sociedade em que

vivem, propiciando “ao cidadão-produtor chegar ao domínio intelectual do técnico e

das formas de organização social, sendo, portanto, capaz de criar soluções originais

para problemas novos que exigem criatividade, a partir do domínio do

conhecimento” (Kuenzer, 1985, p.33 e 35).

Infância

A concepção de infância e as maneiras de se pensar o que é ser criança,

teve modificações ao longo da história, variando de época para época com

características diferentes de compreensões e principalmente no final do século

passado quando as teorias sobre o desenvolvimento tiveram um grande avanço pela

contribuição dos estudos de educadores e psicólogos.

Ressaltando esta afirmação, Felipe (2001, p.27), escreve que “o avanço de

determinadas áreas do conhecimento como a medicina, a biologia, a psicologia, bem

como a vasta produção das ciências sociais nas últimas décadas [...] produziram

importantes modificações na forma de pensar e agir em relação à criança pequena”.

No mesmo artigo a autora destaca a influência da política, da economia e da

cultura sobre a produção das teorias científicas, que podem sofrer alterações com o

passar do tempo e que é importante “não entendê-las como verdades definitivas,

pois teorias que se pretendem científicas devem ser passíveis de questionamentos,

sujeitas, portanto, a transformações (p.28)”.

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O “pensar” sobre a criança é uma invenção dos tempos modernos, pois

pouco se sabe a respeito do trato com as mesmas nas sociedades antigas e parca

bibliografia se encontra a este respeito.

No Brasil, a preocupação em relação ao atendimento à criança, teve maior

atenção a partir da década de 80 através dos Planos Nacionais de Desenvolvimento.

Porém, é a partir da Lei Nº 9394/96 e do Plano Nacional de Educação,

reconhecendo-as como sujeitos de direitos com absoluta prioridade e contando com

o respaldo da Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 208, inciso IV, artigo 214

e 277, que o progresso em relação às políticas públicas de atendimento em relação

à criança teve maior significado.

Na contemporaneidade há preocupação em aumentar a consciência social

em relação a esta fase de vida. Muitos estudiosos têm colaborado através de suas

teorias e obras no entendimento da criança como ser social nas dimensões do

desenvolvimento, aprendizagem e ensino.

Conceber a criança como ser social que ela é, significa: considerar que ela tem uma história pertence a uma classe social determinada, que estabelece relações definidas segundo seu contexto de origem, que apresenta uma linguagem decorrente dessas relações sociais e culturais estabelecidas, que ocupa um espaço que não é só geográfico, mas que também é de valor, ou seja, ela é valorizada de acordo com os padrões de seu contexto familiar e de acordo com sua própria inserção nesse contexto (KRAMER, 1986, p.79).

A atuação do educador junto à criança depende de sua concepção a

respeito desta fase de vida. A Secretaria do Estado do Paraná (2010), no documento

Ensino Fundamental de nove anos, orientações pedagógicas para os anos iniciais,

defende que entre as singularidades desta fase de vida, as crianças se desenvolvem

na interação social, aprendendo a relacionar-se com o mundo e nessa interação

necessita de proteção e cuidado do adulto.

Pode-se afirmar que tem ocorrido avanços nos estudos sobre a infância à medida que se destaca esta etapa da vida humana como uma construção social, o que supera as compreensões de caráter inatista, pois se compreende que a aprendizagem se dá na interação social, não estando condicionada pela maturação biológica (GUSSO, 2010, p.11).

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No documento, fica explícito que a criança incorpora as formas de

comportamento já consolidada pela experiência humana a partir desta interação com

outros seres humanos, no contexto cultural ao qual está inserida. Portanto, sendo a

criança um sujeito de direito, tendo seu desenvolvimento pautado no histórico, no

social e inserida num contexto cultural e virtual, necessita da atenção do adulto para

viver, conhecer, desenvolver-se e satisfazer suas necessidades, ressaltando a

colocação de Gusso (2010, p.11) “Nesse sentido, cabe à escola, reconhecer estes

sujeitos como capazes de aprender os diferentes conhecimentos acumulados pela

humanidade e sistematizados como conteúdos pela escola, respeitando a

singularidade da infância”.

Os conflitos da sociedade contemporânea e os avanços tecnológicos,

nos reporta a refletir que não nos cabe apenas a pensar e conceituar a infância, mas

construí-la e defendê-la através de políticas públicas adequadas, propósitos

educacionais consistentes para uma educação de qualidade e proteção à família,

reconhecendo a importância desta primeira fase de vida para a formação do ser

humano.

Adolescência

Adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta,

caracterizado pelos impulsos do desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e

social e pelos esforços do indivíduo em alcançar os objetivos relacionados às

expectativas culturais da sociedade em que vive.

A adolescência se inicia com as mudanças corporais da puberdade e

termina quando o indivíduo consolida seu crescimento e sua personalidade, obtendo

progressivamente sua independência econômica, além da integração em seu grupo

social.

Na maioria dos países, o conceito de maioridade do ponto de vista legal

é estabelecido aos 18 anos, mas outros critérios existem e permanecem flexíveis e

confusos, de acordo com os costumes e culturas locais.

No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069,

de 1990, considera criança a pessoa até 12 anos de idade incompletos e define a

adolescência como a faixa etária de 12 a 18 anos de idade (artigo 2o), e, em casos

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excepcionais e quando disposto na lei, o estatuto é aplicável até os 21 anos de

idade (artigos 121 e 142).

O adolescente pode ter o voto opcional como eleitor e cidadão a partir dos

16 anos. O conceito de menor fica subentendido para os menores de 18 anos. É

importante enfatizar que, devido às características de variabilidade e diversidade dos

parâmetros biológicos e psicossociais que ocorrem nesta época, e denominadas de

assincronia de maturação, a idade cronológica, apesar de ser o quesito mais usado,

muitas vezes não é o melhor critério descritivo em estudos clínicos, antropológicos e

comunitários ou populacionais.

É importante observar que ocorre uma enorme variabilidade no tempo de

início, duração e progressão do desenvolvimento puberal, com marcantes diferenças

entre os sexos e entre os diversos grupos étnicos e sociais de uma população,

inclusive de acordo com estado nutricional e fatores familiares, ambientais e

contextuais.

Na atualidade, é difícil para o jovem construir uma identidade positiva em

vista às condições de violência, marginalidade social, exclusão do trabalho e

conflitos familiares a que convivem. Esta situação tem provocado, também nos pais,

dificuldade de ser um suporte para seus filhos porque se sentem fragilizados diante

desta realidade social precária e contraditória, efeito também de composições

familiares diversas. Devido a estes fatores, o adolescente procura afirmar sua

identidade no grupo de iguais que norteará a sua conduta.

Quanto mais o mundo adulto preconiza o isolamento, a otimização, a banalização dos vínculos e a falta de solidariedade, que são problemas do nosso tempo, mais o adolescente se refugia com certo êxito em seu grupo em função de possuir disponibilidade afetiva suficiente para manter o respeito, a tolerância e a fidelidade que caracterizam suas relações de iguais. Adolescente e grupo são indissociáveis, eles se pertencem: são por excelência, seres sociais, gregários, atípicos, que precisam do grupo para sobreviver, para se auto-preservar e buscar prazer (LIMA, 2002, p.35).

No mesmo artigo, o autor ressalta que a tentativa em superar este

distanciamento do adolescente para com o mundo adulto implica a necessidade de

que o mundo adulto volte a agrupar-se, preconizando que o adulto ao invés de se

julgar como o dono da verdade e de discutir a onipotência do adolescente como algo

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indolente, precisa recuperar a convivência afetiva com os adolescentes e entender

que “patrimônio do adolescente é o grupo, pois é nesse espaço que ele desenvolve

sua espontaneidade (p.35)”, sendo importante rever conceitos a respeito da

adolescência e definir sua “própria identidade e responsabilidade social para

relacionar e compreender o adolescente. Só depois poderá trabalhar com ele em

seu mundo (p.36)”.

Portanto, um comportamento parental de orientação democrática contribui

para atenuar os conflitos mais graves evitando que a etapa adolescente não se

caracterize por atitudes de hostilidade em relação ao adulto e a família e que possa

estar ligado à interiorização dos valores, do desenvolvimento da consciência e do

raciocínio moral.

A verdadeira adaptação à sociedade vai-se fazer automaticamente, quando o adolescente de reformador se transformar em realizador. Da mesma maneira que a experiência reconcilia o pensamento formal com a realidade das coisas, o trabalho efetivo e constante, desde que empreendido em situação concreta e bem definida, cura todos os devaneios. Não é preciso inquietar-se com as extravagâncias e com os desequilíbrios dos melhores entre os adolescentes. Se os estudos especializados não são sempre suficientes, o trabalho profissional, uma vez superadas as últimas crises de adaptação, restabelece seguramente o equilíbrio e marca, assim, o acesso à idade adulta em definitivo (PIAGET, 1984, p.69).

O adolescente, graças à sua personalidade em formação reconstrói o

mundo através de construções sucessivas e como a tendência de toda atividade

humana é a marcha para o equilíbrio, o comportamento dos adolescentes sacrifica

seus antigos sonhos utópicos a novos interesses adultos na vida afetiva e no

desenvolvimento mental.

Uma profunda reflexão sobre o compromisso de políticas públicas de

inclusão social e profissional e compromisso político-pedagógico se faz necessária

no interior da escola em relação à formação desses sujeitos críticos para que

através da aquisição do conhecimento sistematizado e como pessoas conscientes

de seu papel, contribuam para a construção de uma sociedade mais justa e

igualitária.

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MARCO OPERACIONAL

É preciso que todos funcionem como uma orquestra: afinados em torno de uma partitura e regidos pela batuta de um maestro que aponta como cada um entra para obter um resultado harmônico. Esse maestro é o gestor. E a partitura, o projeto pedagógico da escola, um arranjo sob medida para os alunos e que é referência para todos (VIEIRA, 2002, p.88).

A Escola que queremos

A Educação é um fenômeno que ocorre intencionalmente, visando à

formação de indivíduos críticos, que se tornem atuantes transformando sociedade

em que estão inseridos. Desta forma, é preciso dar um novo significado a ação

educativa, direcionando o ato de ensinar para uma prática-reflexiva, onde todos os

sujeitos desse processo sejam reconhecidos como construtores do conhecimento e

da história que se faz a partir de suas atitudes.

Para que isso ocorra verifica-se a importância de se ter autonomia na

gestão, assim como na prática pedagógica dos docentes os quais devem assumir o

compromisso de promover intelectualmente seus alunos por meio da articulação do

currículo, utilizando-se de instrumentos e critérios específicos para efetivar a

avaliação diagnóstica, como forma de intervir no processo ensino aprendizagem.

A participação ativa dos pais e/ou responsáveis será parte fundamental

desse processo fazendo-se valer o direito da criança e do jovem a uma educação de

qualidade.

A prática educativa deverá favorecer a transformação da realidade por meio

da transmissão de conhecimentos, regras, valores sociais, respeito às diferenças

individuais e da participação ativa na busca da criação de espaço para efetivação da

expressão social.

O papel específico de cada segmento da comunidade escolar

Enquanto espaço originário da atuação dos educadores, a escola mantém

uma relação dialética com a sociedade: ela reproduz e transforma a sociedade e a

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cultura. Os movimentos de reprodução e transformação são simultâneos. Os

trabalhos dos educadores, que ocorrem na escola, também se apresentam dialéticos

e muitas vezes até complexos por reproduzir a dinâmica da sociedade.

A Equipe de Direção como articuladora

Ao Diretor cabe papel de articulador institucional, que lhe garante o direito

de tomar medidas para o bem estar de todos. Além do aspecto político e pedagógico

do processo, deve estar atento também ao aspecto legal. Faz-se necessário então,

que esteja consciente das relações que perpassam o cotidiano, e exerça o papel de

articular a organização da escola, sendo agente mediador entre escola e

comunidade.

A direção assume ações de natureza pedagógica e técnico-administrativa

diante da legislação escolar e das normas administrativas, dos recursos físicos,

materiais e didáticos, financeiros, das rotinas administrativas, da secretaria escolar,

assim como ações de natureza pedagógico-curricular que são as ações voltadas

para a formulação e gestão do Projeto Político Pedagógico, do currículo, do ensino,

do desenvolvimento profissional e da avaliação, ou seja, das ações que constituem a

atividade escolar.

(…) A direção da escola tem a atribuições pedagógicas e administrativas próprias, entre as mais importantes estão à organização, administração e gestão do processo de tomada de decisões por meio de práticas participativas e a execução das decisões tomadas. Em geral ele atua mais diretamente nos aspectos administrativos, delegando aos aspectos pedagógico-curriculares à coordenação pedagógica (ou outra designação equivalente do trabalho de pedagogo escolar). (Libâneo, 2004, p.270)

O diretor do Colégio Estadual Sílvio Vidal deverá direcionar a organização

do trabalho escolar, de forma criativa, democrática e participativa articulando as

ações e relações que envolvem toda a instituição e comunidade escolar.

A composição, função e competências da equipe de direção encontram-se

regimentadas nos artigos 16, 17, 18 e 19 do Regimento Escolar deste

estabelecimento de ensino.

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O Professor Pedagogo como mediador e coordenador da ação pedagógica

O trabalho do pedagogo no cotidiano escolar tem como princípio básico o

compromisso de orientar e promover um ensino de qualidade para a comunidade

escolar.

A função do pedagogo é de assistir os alunos, professores, famílias e

comunidade envolvidas no processo de ensino e aprendizagem, propondo

alternativas que visem o desenvolvimento intelectual, a redução da evasão escolar e

o acesso de todos à escola, tornando-a igualitária e democrática.

Para que o pedagogo desempenhe sua função com qualidade é necessário

que ele tenha condições adequadas de trabalho, observando o número de alunos

que o pedagogo pode atender sem comprometer a qualidade do processo.

O trabalho pedagógico deverá ser realizado de forma coletiva, articulando

as atividades pedagógico-curriculares, no sentido de construção de uma prática

transformadora.

Quanto às responsabilidades e competências da Equipe Pedagógica

estão regimentadas nos artigos 32, 33 e 34 do Regimento Escolar deste

estabelecimento de ensino.

O aluno Conhecedor Crítico-Reflexivo

O aluno é sujeito para o qual todo o trabalho pedagógico se organiza. A

escola deve pautar seu trabalho educativo no sentido de desenvolver no educando o

senso crítico reflexivo, transformando seu conhecimento empírico em saber erudito,

pois somente o conhecimento liberta o homem da alienação tornando-o capaz de

alcançar a consciência plena de seu papel na relação entre seres humanos e estes

com a natureza.

Para consolidação do ensino e aprendizagem de qualidade é fundamental o

cumprimento de normas e regras construídas no coletivo elencadas no Regimento

Escolar.

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O estudante como sujeito do processo de ensino e aprendizagem

possibilitará ao professor refletir e avaliar com freqüência seu plano de trabalho e

redirecioná-lo se necessário.

Com isto, este aluno terá possibilidades de cultivar sonhos e ideais

individuais e coletivos, na construção de uma sociedade da qual ele é parte

fundamental com direitos e deveres.

Os direitos, deveres, proibições e ações educativas pedagógicas e disciplinares dos alunos encontram-se regimentadas nos artigos 166, 167, 168 e 169 do Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino.

O Funcionário enquanto educador

Na organização do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Sílvio

Vidal, contamos com a participação dos funcionários nas discussões realizadas nas

semanas pedagógicas, pois eles são integrantes e essenciais no contexto escolar.

A gestão democrática possibilita aos funcionários serem agentes do

processo educativo nos diferentes tempos e espaços como nas reuniões

pedagógicas, Conselho de Classe e nas demais ações e decisões que envolvem o

coletivo escolar.

Os momentos de estudos e reflexão têm possibilitado aos funcionários e

demais profissionais da educação o entendimento de que cada função é de suma

importância e esta contribuirá para que a educação se efetive com amplitude.

As atribuições e competências encontram-se regimentadas nos

artigos do 37 ao 39 do Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino.

Papel das Instâncias Colegiadas Conselho Escolar

O Conselho Escolar, órgão colegiado que reúne representantes dos

diferentes setores da comunidade escolar e sociedade civil organizada, de natureza

consultiva, deliberativa, fiscal e avaliativa, tem a finalidade de promover a articulação

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entre os vários segmentos organizados e os setores da escola, conforme Estatuto

próprio.

Fazendo valer os princípios da gestão democrática participativa, a direção

convocará todas as Instâncias Colegiadas para reuniões periódicas ou sempre que

necessário a fim de deliberar sobre os desafios surgidos no cotidiano do colégio,

buscando sugestões e soluções para melhorar a qualidade da educação.

Atribuições, formação e competências encontram-se regimentadas

nos artigos do 9º ao 15 do Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino.

Conselho de Classe

É um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos

didático – pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do estabelecimento de

ensino, tendo por objetivo em reuniões periódicas chegar a um conhecimento mais

sistemático da turma e dos alunos individualmente.

Avaliar o processo ensino e aprendizagem na relação professor – aluno e os

procedimentos adequados a cada caso. O Conselho de Classe é formado pelo

Diretor, Professores Pedagogos, Coordenadores de Curso e todos os professores

que atuam numa mesma classe.

Diante dos principais objetivos do Conselho de Classe é importante citar:

• Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho do

professor, na direção do processo ensino e aprendizagem, proposto pelo plano

curricular;

• Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos; evitando

comparação de alunos entre si.

• Analisar os resultados da aprendizagem com a organização dos conteúdos e o

encaminhamento metodológico;

• Reconstruir a prática pedagógica redimensionando as ações com direção a sanar

as problemáticas levantadas e assim efetivar uma prática pedagógica de mais

qualidade.

O funcionamento do Conselho de Classe tem as suas atribuições determinadas no artigo 31 do Regimento Escolar deste estabelecimento de

ensino.

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No Colégio Estadual Sílvio Vidal, o Conselho de Classe realizado

trimestralmente discute o rendimento escolar dos alunos e possíveis medidas para

solucionar os problemas que interferiram na aprendizagem durante o período e

é precedido pelo pré-conselho, onde a Equipe Pedagógica, juntamente aos

professores fazem um diagnóstico das situações de aprendizagem de cada turma,

levantando os principais problemas.

Após o Conselho realizamos reuniões de pais ou responsáveis para que

haja uma reflexão das práticas escolares, divulgação do aproveitamento escolar

e maior comprometimento da comunidade com a escola.

O registro dos resultados é feito em livro próprio e em boletins trimestrais

entregue aos pais nas reuniões.

A equipe pedagógica realiza conversas coletivas e individuais sobre

o desempenho escolar, conscientizando o aluno.

Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF

A Associação de pais, Mestres e Funcionários é uma entidade de

representação, que reúne pais, professores e funcionários do estabelecimento, não

tendo caráter político, religioso, racial e nem fins lucrativos. Não sendo remunerados

seus dirigentes e conselheiros, tem por finalidade colaborar na assistência ao

educando, no aprimoramento do ensino e na integração família/escola/comunidade,

mediante ação integrada ao Conselho Escolar.

Os objetivos da APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários):

• Desenvolver todas as funções previstas no estatuto, pelos diferentes

departamentos (esporte, cultura, meio ambiente etc.);

• Participar efetivamente da resolução dos problemas cotidianos;

• Promover reuniões de pais, visando uma maior integração e participação da família

na vida escolar, motivando-os e orientando-os através de palestras, seminários, etc.

A avaliação da APMF será realizada por meio de reuniões da Diretoria com

a Direção da escola onde serão analisados os resultados alcançados.

A APMF é regida por Estatuto próprio, aprovado e homologado em

Assembléia Geral, convocada especificamente para este fim.

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Grêmio Estudantil

Este Estabelecimento de Ensino possui algumas lideranças estudantis, mas

até o presente momento não instituiu de forma legal o Grêmio Estudantil com suas

especificidades próprias lavradas em estatuto.

Organização Pedagógica da Escola

Critérios para Organização do Calendário Escolar

O calendário escolar é construído em consonância com a LDBEN,

obedecendo às 800 horas, distribuídas em 200 dias letivos, cabendo a Direção,

Equipe Pedagógica e corpo docente da escola direcionarem os dias de reuniões

pedagógicas, conselhos de classe, feriados municipais e demais datas a serem

observadas no calendário escolar.

Critérios para Organizações das turmas

O critério para divisão das turmas do Ensino Fundamental e Médio, a

princípio, acontece naturalmente na medida em que as matrículas são efetivadas e

as turmas vão sendo preenchidas. Num segundo momento é feita uma revisão.

Toma-se o cuidado em dividir de forma equilibrada verificando origem do aluno

(anos iniciais do Ensino Fundamental), faixa etária, ressalvas do Conselho de

Classe final do ano anterior, observações e análise dos professores e pedagogos,

número de retenções, educando de inclusão e demais especificidades e

individualidades de cada aluno.

Sistema de avaliação do estabelecimento de ensino

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno.

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A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir

o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste

no conjunto dos componentes curriculares cursados.

A avaliação deverá obedecer à ordenação e a sequência do ensino e da

aprendizagem, bem como à orientação das Diretrizes Curriculares e a Proposta

Pedagógica Curricular. Na avaliação do aproveitamento escolar, deverão

preponderar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos da aprendizagem.

Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração

pessoal, sobre a memorização.

A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho

do aluno em diferentes experiências de aprendizagem, dos componentes

curriculares, independente do respectivo tratamento metodológico. É vedada

a avaliação em que os alunos são submetidos a uma só oportunidade de aferição.

A avaliação será trimestral, sendo composta pela somatória das notas

obtidas pelo aluno em cada conteúdo específico e/ ou bloco de conteúdos afins,

previstas para o trimestre no Plano de Trabalho Docente atendendo as

especificidades de cada disciplina.

Cada disciplina, obrigatoriamente deverá ter no decorrer do trimestre, no

mínimo 02 (duas) avaliações para cada conteúdo específico ou bloco de conteúdos

afins e suas respectivas recuperações de estudos organizadas com atividades

significativas, por meio de procedimentos didáticos, metodológicos diversificados.

Ao final de cada trimestre será registrada a média que representará

o aproveitamento escolar do aluno, obtida pela somatória dos melhores resultados

das diferentes avaliações realizadas para cada conteúdo específico e/ou blocos de

conteúdos afins, em cada disciplina.

A avaliação deve utilizar procedimentos que leve em conta os avanços que

o aluno obtenha em relação a si mesmo e não em relação aos demais alunos da

sala.

O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam

a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa

reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período

letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades

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detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas onde caberá ao

professor:

Definir, no Plano de Trabalho Docente, os conteúdos a serem trabalhados

a cada trimestre, atribuindo-lhes valor para o processo de avaliação, que somados

chegar-se-á ao total máximo de 10,0.

Estabelecer a metodologia, os procedimentos e critérios de avaliação

utilizando instrumentos diferenciados (prova escrita, seminários, pesquisas, trabalho

em grupo, prova oral, relatórios, etc.), para cada conteúdo previsto no trimestre.

Cada intervenção realizada pelo professor, a fim de promover

à aprendizagem do aluno, deverá ser registrada fidedignamente no Livro de Registro

de Classe.

Caberá ao Conselho de Classe o acompanhamento do processo de

avaliação das séries, a cada trimestre, devendo analisar e deliberar sobre os dados

intervenientes na aprendizagem.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível

de apropriação dos conhecimentos básicos, dar-se-á de forma permanente

e concomitante ao processo ensino-aprendizagem.

A recuperação de estudos adequada às dificuldades dos alunos deverá

constituir um conjunto integrado ao processo de ensino-aprendizagem, ocorrendo ao

longo de cada trimestre simultaneamente às atividades previstas para o período,

a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.

A promoção do aluno deverá ser o resultado do aproveitamento escolar,

expresso na forma de notas adotadas pelo estabelecimento, e da apuração da

assiduidade, incluída a recuperação de estudos, conforme critério e forma

determinada pelo Regimento Escolar.

Serão considerados aprovados no final do ano letivo os alunos que

apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual

igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.

Serão considerados retidos ao final do ano letivo os alunos que

apresentarem:

Frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do

aproveitamento escolar.

Frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior

a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.

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Para fins de promoção as médias serão obtidas através do seguinte cálculo:

MA= 1º trim. + 2º trim. + 3º trim.

3

FREQUÊNCIA RENDIMENTO RESULTADO 75 % ou mais 6,0 ou mais Aprovado

Menos de 75% qualquer Reprovado 75% ou mais Menos de 6,0 Reprovado

A disciplina de Ensino religioso não se constitui em objeto de retenção do

aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar, sendo optativo para

o aluno.

Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão

devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição

de documentação escolar, expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez

vírgula zero).

A avaliação deve expressar através de instruções e critérios bem definidos,

guiada pela coerência entre a concepção de avaliação expressa no Projeto

Político-Pedagógico, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei

9.394/96 no Regimento Escolar sendo necessária a definição de sua forma no Plano

de Trabalho docente.

A avaliação entendida como um processo intencional e planejado é um

conjunto de atuações que tem a função de sustentar e orientar a intervenção

pedagógica, sendo contínua, cumulativa e sistemática da interpretação qualitativa do

conhecimento construído no processo ensino aprendizagem.

O desenvolvimento global do aluno é refletido, considerando as

características individuais com preponderância dos aspectos qualitativos, realizando

ajustes necessários para que o aluno obtenha êxito, evitando a comparação dos

alunos entre si.

A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos

e instrumentos diversificados, com relevância à atividade crítica, a capacidade de

síntese e elaboração pessoal sobre a memorização.

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São propostas reuniões periódicas para analisar os resultados das

avaliações e quais instrumentos avaliativos que melhor qualificam os resultados

obtidos pelos alunos, mensalmente organizadas de acordo com a hora-atividade.

A implantação do sistema de avaliação trimestral tem o objetivo de

flexibilizar o processo avaliativo, disponibilizando ao aluno a recuperação de

conteúdos automática, qualificando seus resultados.

Analisando o domínio dos conhecimentos pelos alunos, quando necessário

há o encaminhamento e acompanhamento dos mesmos para a sala de apoio e sala

de recursos.

A recuperação de estudos é oportunizada ao aluno independente do nível de

apropriação dos conhecimentos básicos, organizada com atividades significativas

e procedimentos didático-metodológicos diversificados.

Os resultados das atividades avaliativas são analisados durante o ano letivo

pelo aluno e professor, observando os avanços e necessidades detectadas para

estabelecer novas ações pedagógicas e adaptações curriculares para alunos de

Sala de Recursos Multifuncional.

A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que

o estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos

compatíveis com a idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios

formais ou informais, podendo ser realizada:

I. Por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase

anterior, na própria escola;

II. Por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do

exterior, considerando a classificação da escola de origem;

III. Independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para

posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de

desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige

as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos

profissionais:

I. Organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para

efetivar o processo;

II. Proceder à avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

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III. Comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para

obter o respectivo consentimento;

IV. Arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

V. Registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.

É vedada a classificação para ingresso no ano inicial do Ensino

Fundamental.

A reclassificação é um processo pedagógico pelo qual o estabelecimento de

ensino avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no

início do ano, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-

lo à etapa de estudos compatíveis com sua experiência e desenvolvimento,

independentemente do que registre o seu Histórico Escolar.

O processo de reclassificação poderá ser aplicado como verificação da

possibilidade de avanço em qualquer ano/carga horária da (as) disciplina (s) do nível

da Educação Básica , quando devidamente demonstrado pelo aluno, sendo vedada

a reclassificação para conclusão do Ensino Médio.

O estabelecimento de ensino, quando constatar possibilidade de avanço de

aprendizagem , apresentado por aluno devidamente matriculado e com frequência

no ano/disciplina (s), deverá notificar o NRE para que este proceda à orientação

e acompanhamento quanto aos preceitos legais, éticos e das normas que

o fundamentam.

Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar

reclassificação, facultando à escola aprová-lo.

Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,

anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados,

para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.

O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,

durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.

O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e

integrará a Pasta Individual do aluno.

O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo

estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado a

SEED.

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O estabelecimento de ensino não oferta aos alunos matrícula com

Progressão Parcial.

As transferências recebidas de alunos com dependência em até três

disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de

estudos.

A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica

desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica

Curricular, para que o aluno possa seguir o novo currículo. Os procedimentos

referentes à adaptação estão regimentados na Seção XII, artigos: 130 à 132 do Regimento Escolar. Organização da hora atividade

O ambiente deve ser adequado ao bom desenvolvimento das atividades do

professor com equipamentos para uso exclusivo do docente (computadores,

aparelhos de TV, DVD, CD, etc).

A hora atividade é destinada à organização do trabalho pedagógicos do

professor, bem como o seu aperfeiçoamento intelectual. É necessário também que

a hora atividade seja organizada de modo que, professores de áreas afins( quando

for possível) possam se encontrar para troca de experiências. Além disso, seria

interessante que as mesmas fossem condensadas.

O uso das Tecnologias Educacionais

O uso de tecnologias na educação se tornou uma ferramenta relevante para

o processo de ensino e aprendizagem, visto que, pode-se considerar tecnologia,

todo instrumento ou equipamento criado para facilitar a vida do ser humano ou

melhorar o seu desempenho.

Podemos citar então que lousa, giz, canetas e lápis foram tecnologias

criadas para ensinar e aprender melhor. A partir destas ao longo dos anos

criaram-se tecnologias variadas nas áreas de comunicação e ainda que, inicialmente

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não tenham sido criadas com o objetivo específico de educar, foram sendo

absorvidas como ferramentas educativas.

Hoje as escolas podem fazer uso de computadores para utilização de

editores de textos, planilhas eletrônicas, programas que permitem desenhar, criar

apresentações de slides, utilizar-se de softwares educativos e Internet. Somam-se

a isso o uso de projetor de slides, televisão, vídeos e/ou DVDs, CDs, aparelhos de

CD.

Todas essas ferramentas são importantes para melhoria do aproveitamento

escolar, depende do uso que a escola fizer delas. É necessário ter claro que

as tecnologias devem estar inseridas no Plano de Trabalho Docente, visando

o crescimento e melhoria da aprendizagem por parte dos alunos.

Estágio não obrigatório

No Colégio Estadual Sílvio Vidal o Estágio não obrigatório para os

estudantes passou a vigorar de acordo com a Lei nº 11.788/08, de 25 de setembro

de 2008.

A Lei nº 11.788/08, dispõe sobre o estágio obrigatório e não-obrigatório de

estudantes, e a Deliberação nº 02/09 do CEE estabelece normas para a organização

e a realização dos Estágios, e definem, também, obrigações da Instituição de Ensino

para com os estágios não obrigatórios.

No Parágrafo único do Art. 7º da Lei 11.788/08: “O plano de atividades do

estagiário, elaborado em acordo das 3(três) partes a que se refere o inciso II do

caput do art. 3º desta Lei, será incorporado ao termo de compromisso por meio de

aditivos à medida que for avaliado, progressivamente, o desempenho do estudante.”

Na Deliberação 02/09 do CEE, Art. 1º, Parágrafo 1º, incisos I e II:

I – o estágio, obrigatório, e, não-obrigatório assumido pela instituição de ensino, deverá estar previsto no Projeto Político Pedagógico; II – o desenvolvimento do estágio deverá estar descrito no Plano de Estágio.

A Deliberação 02/09, Art. 4°, Incisos III:

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Plano de Estágio, a ser apresentado para análise juntamente com o Projeto Político Pedagógico, ou em separado no caso de estágio não obrigatório implantado posteriormente, visará assegurar a importância da relação teoria-prática no desenvolvimento curricular, deverá ser incorporado ao Termo de Compromisso e será adequado à medida da avaliação de desempenho do aluno, por meio de aditivos.

Desta forma o estágio não obrigatório é garantido como um direito do aluno

maior de dezesseis anos considerando que o Ensino Médio articula a formação

cientifica e sócio-histórica à formação para o mundo do trabalho de forma

a oportunizar a produção cultural e material para todos.

Como princípio educativo, o conhecimento escolar oferece subsídios para

que o estudante conheça, discuta, questione e analise as relações trabalho, de

produção, de denominação e as possibilidades de emancipação do sujeito a partir

do mesmo.

ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO Agenda 21

O Fórum da Agenda 21 promovido pela SEED no Paraná no ano de 2005 foi

o instrumento que faltava para darmos início à construção da nossa Agenda 21

Escolar que tem como compromisso até 2015, construir uma sociedade mais justa,

mais humana e com melhor qualidade de vida, trabalhando a Educação Ambiental

na escola.

Educação Fiscal

A Educação Fiscal é um trabalho de sensibilização da sociedade para

a função Socioeconômica do tributo voltada para o desenvolvimento de hábitos,

atitudes e valores, como o de percepção do tributo, necessário ao desenvolvimento

econômico e social. O tema Educação Fiscal será trabalhado em todas

as disciplinas sempre que o conteúdo permitir.

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Cultura Afro-brasileira e Africana / História e Cultura Indígena

A cultura e as práticas culturais são elaboradas cotidianamente,

transformando o conhecimento em experiência de aprendizagem, do mesmo

modo que a própria experiência vivida se transforma em conhecimento.

Aprende-se por meio da socialização. Em todos os momentos da existência, na

relação com o outro e nas ações vividas é que nos constituímos.

Então, a partir da obrigatoriedade do ensino da História e Cultura

Afro-brasileira e Africana através da Lei n° 10.639/03 que altera a Lei n° 9.394 de

20 de novembro de 1996 (LDB) Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Em

complementação, há ainda, a Resolução nº 01/2004 do Conselho Nacional de

Educação (CNE) que aprova o parecer CNE/CP 3/2004 o qual “Institui Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico Raciais e para

o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana” (BRASIL, 2004), bem

como a Lei 11.645/2008 referente a História e Cultura Indígena, a prática

pedagógica deste colégio, nas suas diferentes disciplinas, por meio de seus

instrumentos, poderá favorecer as intenções e possibilidades de reconhecimento

de identidades positivas, ao fornecer, por exemplo, modelos positivos às crianças

e aos jovens de descendência Afro-brasileira e Indígena.

A criança e o jovem negro ou indígena tem o direito constitucional de

se virem representados e referidos enquanto indivíduo e grupo social. Assim,

povoar o imaginário de nossos alunos com histórias que os remetam a valores

partilhados pela humanidade, vividos por personagens negros e indígenas,

alimentará todos os discentes do sentimento de igualdade e ao estudante negro

e indígena, em especial, oferecerá parâmetros positivos de identidade e de

autoestima. Essa é uma prática pedagógica da maior importância na constituição

de sujeitos que a escola ajuda a construir.

Um dos princípios que deve orientar os temas, os projetos e as atividades

pedagógicas em relação à questão do negro ou do indígena na escola é

a desconstrução do preconceito racial e a reafirmação de uma autoestima positiva

dessas populações.

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Ensinar e aprender sobre e na diversidade, propor situações de

aprendizagem que sejam desafiadoras e que tragam novos conhecimentos são

cuidados que se devem ter quando o que se estuda vem carregado de imagens

e crenças baseadas no preconceito e na discriminação. A construção da

identidade da criança e do jovem precisa do apoio de imagens confirmadoras

positivas.

A escola pode ser um lugar facilitador desse encontro com imagens

e referências identitárias positivas para as crianças e jovens negros ou indígenas.

Estar atento ao que se oferece como material para os alunos, quais modelos de

vida e de beleza que as imagens afirmam é uma tarefa diária de planejamento de

aula. “Para planejar uma aula, organizar um programa ou projeto de estudo,

é preciso contar com a intenção firme de democratizar a imagem e os exemplos

positivos e reais da presença da população negra e mestiça na nossa história

e no nosso cotidiano “(LOPES, 2006b).

Festival de Talentos

Nos últimos anos tem se realizado o Festival de Talentos, que já é uma

tradição no Colégio. Dentre os principais objetivos, destacamos a oportunidade que

o aluno tem de mostrar suas habilidades e criatividade no campo artístico,

desenvolver a interdisciplinaridade, a troca de experiências, promover a socialização

da comunidade escolar e a mudança de atitudes visando a formação do cidadão

pleno.

Jogos Inter-classes

Os jogos são realizados nas dependências da escola com a participação

dos alunos nos jogos, na arbitragem, preenchimento de súmulas e tomada de

decisões.

Os jogos possuem regulamento próprio e seguem normas internacionais. O

principal objetivo é a integração entre os alunos.

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Caberá aos professores de Educação Física organizá-los.

Mostra Científico-Cultural

Visa à exposição de trabalhos feitos pelos alunos no decorrer do ano letivo.

São trabalhos escritos, confeccionados e explicados pelos alunos com

a intenção de serem avaliados nas respectivas disciplinas.

O objetivo principal é transformar a teoria da sala de aula em prática

e divulgar a criatividade junto à comunidade escolar.

Poesia é Show

Específico da disciplina de Língua Portuguesa, entretanto abre espaço para

o trabalho de outras disciplinas, tem por objetivo incentivar e valorizar a produção de

poesias dos alunos.

Poesias são expostas em forma de varal no pátio do colégio no sentido de

enaltecer as criações e abrilhantar a arte da escrita enquanto produção artística

e apresentada a comunidade por meio de recitação.

Atividades complementares curriculares

O Colégio Estadual Sílvio Vidal tem como objetivo expandir as atividades

pedagógicas realizadas na escola como complementação curricular. Este programa

está vinculado ao Projeto Político Pedagógico, a fim de atender às especificidades

da formação do aluno e de sua realidade.

Por meio das atividades complementares curriculares os professores,

alunos e comunidade desenvolvem atividades pedagógicas vinculadas ao currículo

em contraturno viabilizando assim, a maior integração do aluno na escola em

atividades do seu interesse.

Para o ano de 2012 o Colégio Estadual Sílvio Vidal oferece atividades de

complementação curricular por meio das seguintes atividades:

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Projeto CONTRATURNO (SENAI, SESC), atividades voltadas para a

ocupação do tempo ocioso de alunos a partir de atividades esportivas e culturais

ofertadas em contraturno (Projeto de dança da Fundação Cultural), Projeto de Futsal

(SESI), Escolinha de xadrez, parceria com o Clube de Xadrez de Paranavaí,

Escolinha de Voleibol, parceria com a APAVOL, além dos projetos e programas que

visam o despertar da consciência ecológica. Sala de Apoio a Aprendizagem de

Português e Matemática para alunos dos 6ºs e 9º anos e Sala de Recursos.

PDE

O Colégio Estadual Sílvio Vidal oportuniza que os educadores estejam em

contínua formação. Através do Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE)

todos os anos um determinado número de professores se afasta das atividades

pedagógicas escolares para permanecer em formação continuada interagindo com

um conjunto de atividades definidas a partir das necessidades da Educação Básica,

buscando produzir melhorias na qualidade da educação e, ainda progressões na

carreira dos professores.

O PDE foi idealizado durante a elaboração do Plano de Carreira do

Magistério, Lei Complementar n. 103, de 15 de março de 2004. Este programa de

estudos tem duração de dois anos: no primeiro ano, o professor PDE se afasta de

suas atividades em 100% e, no segundo ano, retorna com 75% de sua carga horária

sendo que os 25% restante da carga horária é utilizada para implementação da

pesquisa produzida para professores e alunos do colégio e outras escolas que

estejam interessadas.

O Colégio Estadual Sílvio Vidal apoia e participa dos projetos realizados

pelos professores durante o Programa de Desenvolvimento Educacional e as

atividades implementadas por eles no Colégio.

Princípios norteadores do Ensino de nove anos

O processo educacional deve oportunizar aos educando um conhecimento

científico e cultural, visando uma formação consciente dos direitos e deveres no

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preparo da vida em sociedade, capacitando-os a interagir com o outro e com o meio

ambiente de forma equilibrada.

Conforme a Lei Federal nº. 9394/96, que instituí as Diretrizes Básicas da

Educação Nacional, as resoluções números 7/2010 - CNE/CEB, que fixa as

Diretrizes curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9(nove) anos, a

instrução nº. 008/2011 - SUED/SEED que regulamenta a obrigatoriedade nas

instituições de ensino da rede pública estadual, a oferta simultânea do 6º ao 9º anos,

o Colégio Estadual Sílvio Vidal, prevê que no ano de 2012, irá atender os alunos que

estão vindo da 4ª série ( anos iniciais) do ensino fundamental e que foram

conduzidos para o 6º ano por meio de aprovação automática.

A mudança na estrutura do Ensino Fundamental não deve se restringir ao

que fazer exclusivamente nos primeiros anos, pois este é o momento para repensar

todo o Ensino Fundamental, para sua implantação temos que ter a oportunidade de

rever currículos, conteúdos, práticas pedagógicas, concepção de alfabetização e

letramento, proposta de organização de tempo e espaço, articulação entre as

modalidades de ensino.

A criança inserida neste processo precisa ser atendida em todos os

objetivos legais e pedagógicos estabelecidos para essa etapa de ensino, desta

forma a escola propõe como ações:

• Encaminhar os alunos com dificuldade de aprendizagem à Sala de Apoio, e os

alunos com necessidades educacionais especiais à Sala de Recursos;

• Desenvolver um plano de formação continuada na escola aos profissionais de

educação, assegurando o atendimento dos objetivos do Ensino Fundamental de

nove anos, bem como as especificidades dos alunos;

• Proporcionar meios de adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais com o

espaço escolar e a organização do trabalho pedagógico.

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Plano de Ação do Colégio Estadual Sílvio Vidal

Tópicos discutidos

Problemas levantados

Ações do Colégio Período Responsável

PPP

Atualização do Projeto Político Pedagógico; Apresentação à comunidade Escolar para análise e aprovação do PPP do Colégio.

Alterações necessárias conforme legislação e diretrizes curriculares; Reunião com a comunidade escolar.

Ano letivo

Direção; -Equipe Pedagógica; Professores;; -Funcionários; -Instâncias Colegiadas.

Regimento Escolar

Necessidade de conhecer o Regimento Escolar.

Divulgar e esclarecer a importância do Regimento Escolar no ambiente escolar. Consulta ao Regimento Escolar nas horas atividades e outras reuniões. Zelar pelo cumprimento do mesmo.

Ano letivo

-Direção; -Equipe Pedagógica; -Professores; -Funcionários. -

Instâncias Colegiadas

Dificuldade em trazer os pais para articiparem da APMF e do Conselho Escolar; Organizar Grêmio Estudantil.

Promover atividades que envolvam os pais (comemorações dia das mães e dia dos pais), como também, encontros de formação e de organização dos alunos para compor o do Grêmio Estudantil.

Ano letivo de 2012

Direção, Equipe Pedagógica, professores e alunos.

Evasão

Faltas; Desinteresse; Desistência.

- Metodologias diferenciadas para estimular o interesse dos alunos; - Conhecimento da falta do aluno pelo professor e passar para a equipe pedagógica; - Comunicado aos pais sobre as faltas; - Ficha FICA;

Ano letivo de 2012

Professores; Equipe Pedagógica; Direção.

Repetência

Índice de repetência

- Metodologias diferenciadas para atender as necessidades dos educandos; - Recuperação de estudos com atividades diferenciadas; - Recuperação paralela das avaliações realizadas; − Cooperação da família, no sentido de acompanhamento, para maior resultado.

Durante o ano

Direção; Professores; Equipe Pedagógica.

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Formação continuada (professores, pedagogos, diretor, funcionários)

Necessidade de ampliar e atualizar os conhecimentos.

- Promover leitura e discussões que levem o professor e funcionário a ter conhecimento de legislação, resoluções, instruções, que levem a compreensão de direitos e deveres, bem como, demais normas legais; - Proporcionar a todos esses segmentos a participação efetiva nos cursos oferecidos pela SEED e NRE.

Durante o ano

Direção; Equipe Pedagógica; Professores.

Profissionais da Educação

Estresse no ambiente de trabalho.

- Promover na escola projetos que trabalhem a motivação do profissional da educação, visando à melhoria das necessidades pessoais e a qualidade de vida, refletindo o bem estar no trabalho escolar.

Durante o no letivo

Direção Equipe Pedagógica

Entidades Externas

Promover melhorias na parceria com Posto de Saúde, Associação de Moradores, Conselho Tutelar, e outros.

Entrar em contato com as entidades externas visando ações integradoras com a escola.

Ano letivo de 2012

Direção e Equipe Pedagógica.

Educação das Relações Étnico- Raciais e Ensino da Cultura Afro- Brasileira e Africana e História (Lei nº 10.639/2003 ); História e Cultura dos Povos Indígenas (Lei 11645/08); Política Nacional de Educação

Necessidade de ampliar os conhecimentos para melhor compreender e respeitar os problemas atuais.

Será desenvolvido um trabalho interdisciplinar, informando e esclarecendo aos educandos sobre as leis; -Proporcionar aos educandos abordagens positivas, na perspectiva de contribuir para que o aluno afro-descendente mire-se positivamente, pela valorização de seu povo e possa ser visto como membro de uma sociedade democrática. - Desenvolver ações com atividades variadas, envolvendo todos os segmentos da escola; -Culminância das atividades desenvolvidas durante o ano no dia 20 de novembro, como Dia Nacional da Consciência Negra.

Ano letivo

Direção; Equipe Pedagógica Professores Alunos

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Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, e Prevenção ao uso indevido de Drogas

- Todas as atividades que serão desenvolvidas estão enseridas nas PPCs e PTD de cada disciplina, assim como no Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar.

Avaliação

Necessidade de estudo e discussão sobre a Avaliação prevista no PPP e Regimento Escolar.

Estudo na Semana Pedagógica; Estudos nas reuniões pedagógicas; Reunião de pais para informá-los sobre o sistema de avaliação do Colégio e acompanhamento dos resultados.

Ano Letivo de 2012

Direção; Equipe Pedagógica Professores Pais.

Espaço físico

Necessidade de manutenção e melhorias no espaço físico.

- Viabilizar condições adequadas ao trabalho, materiais necessários, desenvolvimento profissional e pessoal do professor; - Promoção de ações que favoreçam a conservação de higiene, limpeza, manutenção e preservação do patrimônio escolar.

Ano letivo

- Equipe Pedagógica; - Direção; -Professores

Organização do Trabalho da Direção e Equipe Pedagógica

Encontros da direção e equipe pedagógica para fazer acompanhamentos das ações, avaliações e replanejamento das mesmas.

Reunião mensal ou sempre que se fizer necessário, para que medidas sejam tomadas diante dos problemas levantados.

Ano letivo de 2012

Direção; Equipe Pedagógica.

Avaliação do Plano de Ação

A avaliação do Plano de Ação do Colégio Estadual Sílvio Vidal será realizada

anualmente, com todos os envolvidos no processo, para tanto, utilizaremos das

reuniões pedagógicas, instrumentos de pesquisa, questionários para os envolvidos

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da comunidade escolar antes do término do ano letivo, verificando as possíveis

alterações e sugestões para o próximo ano.

Acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Sílvio Vidal é um

documento que explicita a identidade e organiza o trabalho pedagógico da escola.

Ele deverá ser reconstruído sempre que necessário e vivenciado na prática

cotidiana por todos os envolvidos com o processo educativo do estabelecimento.

A avaliação é vista como ação fundamental para garantia do êxito do

projeto, na medida em que é condição imprescindível para as decisões a serem

tomadas.

A avaliação interna e sistemática é essencial para definição, correção e

aprimoramento de rumos. Seu caráter evolutivo de novas práticas será de

responsabilidade daqueles que são, efetivamente, os responsáveis pela sua

existência.

Portanto, o processo de avaliação do projeto deve ser contínuo, através de

encontros para reflexões coletivas do que foi realizado ou daquilo que necessita ser

revisto no seu processo de operacionalização, com todos os profissionais da

educação, Instâncias Colegiadas e comunidade escolar.

No entender de Veiga (1995, p. 32):

[...] A avaliação do Projeto Político Pedagógico, numa visão critica, parte da necessidade de se conhecer a realidade escolar, busca explicar e compreender criticamente as causas da existência de problemas, bem como suas relações, suas mudanças e se esforça para propor ações alternativas (criação coletiva). Esse caráter criador é conferido pela autocrítica.

O processo de avaliação do Projeto Político Pedagógico deve ocorrer

sistematicamente em períodos pré-determinados, envolvendo a participação coletiva

da comunidade escolar, que ao analisar a problemática exposta, organiza ações

para compreendê-las, como também, busca alternativas para solucioná-las.

Nesse sentido, a construção e avaliação do Projeto Político Pedagógico é

contínua, descentralizada e coletiva.

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Lei nº 10.639/2003 e das Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Etnicoraciais estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana.

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Lei nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, em especial os artigos, 63, 67e 69 entre outros, que estabelece os princípios de proteção ao educando;

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da escola: teoria e prática. 5.a edição revista e ampliada. Goiânia: Editora Alternativa, 2004. LIMA, Antônio Carlos de. In: Revista de filosofia e ciências humanas. Passo Fundo, RS: Universidade de Passo Fundo, 2002. PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba, 2008. ______. Secretaria de Estado da Educação, Departamento de Educação. Currículo básico para a escola pública do Estado do Paraná. Curitiba. SEED/SUED/DEE: 1992. ______. Secretaria de Estado da Educação, Departamento da Educação Especial. Diretrizes curriculares da educação especial para a construção de currículos inclusivos. Curitiba. SEED/SUED/DEE: 2006. ______. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental. Julho, 2.006. ______Superintendência da Educação - Identidade do Ensino Médio SEED/Pr. Versão Preliminar – Julho 2006. ______Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio. Julho, 2.006. ______Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnico- raciais e para o Ensino de Historia da Cultura Afro-Brasileira e Africana – Lei 10639/03. Cadernos Temáticos. SEED, PR. ______. O Projeto Político Pedagógico e eleição de diretores de escola: limites e possibilidades da gestão democrática. In. Secretaria de Educação de Maringá. CADERNO. Temático. I. 2003, p. 32 – 37. ______. Instrução nº. 008/2011 - SUED/SEED que regulamenta a obrigatoriedade nas instituições de ensino da rede pública estadual, a oferta simultânea do 6º ao 9º anos.

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______ Lei nº13.381/01 para abordar a História do Paraná.

_____ Lei nº 11.788/08, dispõe sobre o estágio obrigatório e não-obrigatório de

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