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Rua Professor Geraldo Longo s/nº - Jardim São Jorge - 87.710.010 Paranavaí - Paraná Telefone/fax: (44) 3424 6609 - e-mail: [email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
De tudo ficaram três coisas: a certeza de que estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo, fazer da queda, um passo de dança, do medo, uma escada, do sonho, uma ponte, da procura, um encontro.
Fernando Pessoa
Paranavaí – Paraná
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APRESENTAÇÃO
Todo jardim começa com um sonho de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada, ou qualquer lago seja construído, é preciso que as árvores e os lagos tenham nascido dentro da alma. Quem não tem jardins por dentro, não planta jardins por fora. E nem passeia por ele...
Rubem Alves
A comunidade educativa do Colégio Estadual Sílvio Vidal de Paranavaí,
sabedora da importância central do Projeto Político Pedagógico, como documento
norteador das atividades da Instituição e em concordância com a LDB, Lei
Nº 9.394/96, que prevê em seu art.12, inciso I, que “os estabelecimentos de ensino,
respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência
de elaborar e executar sua proposta pedagógica”, pautado nas reais necessidades
e anseios do educando, de uma forma tal que seja compreendido numa perspectiva
dinâmica, em constante reformulação.
Todo o trabalho tenta responder às necessidades de homens e mulheres
que lutam por uma educação básica de qualidade social, a ser consolidada por um
ensino comprometido com os sujeitos e aberta aos muitos outros, independente de
sua condição social, econômica, étnica, de gênero e cultural.
Cada pessoa e cada segmento escolar envolvido na construção deste
Projeto transformam as suas práticas, refletindo individual e coletivamente sobre
condições concretas em que o Colégio Sílvio Vidal, a sua comunidade e a sociedade
se encontram. Mudar é necessário para percebermos que somos seres inacabados,
visto que, o conhecimento não é estático e que a busca do conhecimento é perene.
Ressaltemos que o sentido de “mudar” não é responsabilidade específica da
escola, esse “mudar” deve atingir instâncias maiores, para que reflitam que
a educação tem um papel fundamental na construção de uma sociedade mais
humana.
Sistematizar o Projeto Político Pedagógico será um desafio para toda
comunidade escolar. No entanto, temos a certeza de que os diferentes segmentos
escolares têm experiências e funções particulares específicas que aqui serão
respeitadas, como nos diz Paulo Freire: “quem ensina aprende ao ensinar e quem
aprende ensina ao aprender” (2002, p. 25).
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INTRODUÇÃO
Compreendemos o Projeto Político Pedagógico como eixo norteador das
ações educativas no ambiente escolar. Ele apresenta uma visão macro do que
a instituição escola pretende ou idealiza fazer, seus objetivos, metas e estratégias,
tanto no que se refere às atividades pedagógicas, como às funções administrativas.
Portanto, o Projeto Político Pedagógico faz parte do planejamento e da
gestão escolar e sua importância reside no fato de que ele passa a ser uma direção,
um rumo para as ações da escola. É uma ação intencional que precisa ser definida
coletivamente, com consequente compromisso coletivo.
[...] O Projeto Político-Pedagógico vai além de um simples agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas. O projeto não é algo que é construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova do cumprimento de tarefas burocráticas. Ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola. [...] (VEIGA, 1995, p. 12)
O Projeto Político Pedagógico reflete as opções e escolhas de caminhos
e prioridades na formação do cidadão, como membro ativo e transformador da
sociedade em que vive, onde expressa as atividades pedagógicas e didáticas que
levam a escola a alcançar seus objetivos educacionais.
É importante que o projeto político pedagógico seja entendido na sua globalidade, isto é, naquilo que diretamente contribui para que os objetivos prioritários da escola, que são as atividades educacionais, e naquilo cuja contribuição é indireta, ou seja, as ações administrativas, também. Um instrumento que identifica a escola como uma instituição social, voltada para a educação, portanto, com objetivos específicos para esse fim (Veiga, 2002, p. 13-14).
Apesar das contradições e dificuldades inerentes aos sistemas da
sociedade atual, o que se espera é que a escola tenha uma gestão democrática,
sem relações autoritárias e com a preocupação com o coletivo, com
o desenvolvimento de seus profissionais, porém sem perder de vista a realização
de um trabalho de qualidade, que busque objetivos educacionais.
A organização do Projeto Político Pedagógico pressupõe a formação de um
cidadão criativo, responsável e participativo. Um sujeito histórico, capaz de
4
reinventar a autonomia do ser humano na construção de um mundo mais justo
e solidário.
[...] Um projeto político-pedagógico corretamente construído não garante à escola que a mesma se transforma magicamente em uma instituição de melhor qualidade, mas certamente permitirá que seus integrantes tenham consciência de seu caminhar, interfiram em seus limites, aproveitem melhor as potencialidades e equacionem de maneira coerente as dificuldades identificadas. Assim será possível pensar em um processo de ensino aprendizagem com melhor qualidade e aberto para uma sociedade em constante mudança; a escola terá aguçado seus sentidos para captar e interferir nessas mudanças (VEIGA, 2002, p.92).
O Projeto Político Pedagógico é o fruto da interação entre os objetivos
e prioridades estabelecidas pela coletividade. Essas prioridades, fruto da reflexão,
tornam-se fundamentais e necessárias à construção de uma nova realidade. É,
antes de tudo, um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no
processo educativo: gestores, professores, pedagogos, alunos, seus pais e a
comunidade como um todo.
Com a elaboração deste projeto, temos a possibilidade de efetivar
a intenção da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável,
comprometido, crítico e criativo. Para tanto, faz-se necessário resgatar a escola
como espaço público, lugar de debate, diálogo, fundado na reflexão coletiva e na
gestão democrática.
Desta forma o presente Projeto Político Pedagógico aponta um rumo, uma
direção, um sentido explícito para um compromisso estabelecido coletivamente.
Ao se constituir parte de um processo participativo nas decisões, procura
instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que desvele os conflitos
e as contradições, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas
e autoritárias, permitindo assim, relações horizontais no interior da escola, onde
todos são autores e responsáveis pelo processo educacional.
É por meio da participação efetiva, da compreensão da representatividade, do compromisso com o coletivo e do assumir a responsabilidade pelo bem comum – elementos que vão se constituindo ao longo da experiência – que os atores participantes vão se relacionando, informando e, consequentemente, se politizando (ABRANCHES, 2003, p. 91).
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IDENTIFICAÇÃO 1.1 – Denominação/código da instituição COLÉGIO ESTADUAL SÍLVIO VIDAL - EFM Código do estabelecimento: 00102 INEP: 41.002.636 1.2 – Endereço Rua Professor Geraldo Longo, s/nº 1.3 – Bairro/Distrito
Jardim São Jorge
1.4 – Município
Paranavaí
1.5 – NRE
Paranavaí
1.6 – CEP
87710 – 010
1.7. Caixa Postal
_._._._.
1.8 – DDD
44
1.9 – Telefone
3424-6609
1.10 – Fax
44-3424-6609
1.11 – E-mail
1.12 – Site www.pvasilviovidal.seed.pr.gov.br
1.13 – Entidade mantenedora
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
1.14 - CGC/MF
76.416.965/0001-21
1.15 – Local e data Paranavaí, março/2012
1.16 – Assinatura
---------------------------------------------- Assinatura do representante legal
6
Caracterização do Colégio
Aspectos históricos
O Colégio Estadual Sílvio Vidal - Ensino Fundamental e Médio
encontra-se localizado à Rua Professor Geraldo Longo, s/n, no Jardim São Jorge, na
cidade de Paranavaí/Paraná, atendendo a população do bairro e adjacências desde
1956. Teve ao longo do tempo alterações em sua denominação e na oferta quanto
à modalidade e cursos ofertados.
Entendendo o processo educacional como o mais eficiente meio para
o alcance da cidadania plena, o colégio prima pela qualidade do ensino ofertado
e desenvolve o seu trabalho voltado para a formação do cidadão crítico
e consciente, evidenciando a qualificação profissional do educando.
A integração escola/comunidade também se coloca como princípio
norteador do trabalho educativo tendo em vista que a escola hoje não pode se
alienar dos problemas sociais existentes. Ao contrário, deve ser ponto de partida
para a transformação e consequente igualdade social, tão necessária para
a melhoria da qualidade de vida do cidadão.
O Colégio segue as diretrizes curriculares emanadas da Secretaria de
Estado da Educação e tem como entidade mantenedora o Governo do Estado do
Paraná.
Atualmente, contando com uma média de um pouco mais de 1000 alunos
o Colégio Estadual Sílvio Vidal - E.F.M., já sofreu algumas alterações na sua
denominação. Oficialmente criado em 1967 pelo Decreto nº 4.111 de 15/02 de 1967
recebeu o nome de Ginásio Estadual de Paranavaí de acordo com a Portaria
nº 1.606/67.
Com a Lei nº 6.054 de 16/12 de 1969 o Ginásio Estadual de Paranavaí
passa a denominar-se "Ginásio Estadual Sílvio Vidal".
Pelo Decreto nº 3.920 de 16/07 de 1973, publicado no Diário Oficial de
18/07 de 1973 foi criado o Grupo Escolar São Jorge que funcionava desde o ano de
1956, com duas direções.
Com o Decreto nº 2.997 de 1977, publicado no Diário Oficial de 03/03/77
ficou estabelecida à reorganização e o Ginásio Estadual Sílvio Vidal e o Grupo
Escolar São Jorge passaram a constituir um único estabelecimento de ensino com
7
a denominação de Escola Sílvio Vidal - Ensino de 1º grau, com a devida autorização
de funcionamento estabelecida pelo mesmo decreto acima citado.
Da reorganização resultou a criação e autorização de funcionamento do
Complexo Escolar Cecília Meireles - Ensino de 1º Grau.
Pela Resolução nº 2.842 de 1981, publicado no Diário oficial de 30/12/81
fica estabelecido o Reconhecimento do Estabelecimento de Ensino e do Curso de
1º Grau Regular.
Pela Resolução 1.056 de 10/04/1982 e publicada no Diário Oficial de
25/05/82 fica autorizado o funcionamento do Ensino de 2º Grau com habilitação
Básica em Comércio e Magistério a partir do ano letivo de 1982, tendo o Parecer
nº 048/82 publicado no Diário Oficial de 12/04/82, aprovado o Plano de Implantação
das referidas habilitações. Em decorrência da Resolução nº 1.056/82, a Escola Sílvio
Vidal- Ensino de 1º Grau passa a denominar-se Colégio Sílvio Vidal - Ensino de 1º e
2º Graus e o Complexo Escolar Cecília Meireles- Ensino de 1º Grau recebe
a denominação de Complexo Escolar Cecília Meireles- Ensino de 1º e 2º Graus.
A Resolução nº 1.647/83 de 19/05/83 e publicada no Diário Oficial
nº 1.560 de 20/06/83, altera o nome do Complexo Escolar Cecília Meireles - Ensino
de 1º e 2º Graus e do Colégio Sílvio Vidal - Ensino de 1º e 2º Graus,
respectivamente, para Complexo Escolar Estadual Cecília Meireles - Ensino de 1º e
2º Graus e o Colégio Estadual Sílvio Vidal - Ensino de 1º e 2º Graus.
Em 1985 pela Resolução nº899 de 01/03/85 fica estabelecido o
reconhecimento das Habilitações Básicas em Comércio e Magistério.
No ano de 1990 tem início a proposta do Ciclo Básico de Alfabetização,
expandido para todos os estabelecimentos da Rede Estadual de Ensino, de acordo
com a resolução nº 3.641/89 de 22/12/89.
A autorização de funcionamento da Habilitação: Auxiliar de Contabilidade
com implantação gradativa ficou estabelecido pela Resolução nº 4.621/92 de
11/12/92.
A Resolução nº 2.621/93 de 12/05/93 cessa definitivamente o
funcionamento da Habilitação Básica em Comércio e gradativamente as atividades
escolares.
Pela Resolução nº 2.166/97 DOE de 25/07/97, fica reconhecido o Curso
de Auxiliar/Técnico em Contabilidade, com cessação gradativa a partir de 1997.
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Pela Resolução nº 2.387/97 - fica autorizado o funcionamento do curso de
2º Grau - Educação Geral, com implantação gradativa a partir de 1997.
A resolução nº 210/98 - concedeu a cessação voluntária das Atividades
Escolares em caráter definitivo, relativas ao ensino de 1ª à 4ª séries do 1º Grau, a
partir do ano letivo de 1998 (municipalização).
A Resolução nº 4.090/98 cessa definitivamente as atividades escolares da
habilitação Magistério no Colégio Estadual Sílvio Vidal - E.F.M., obedecendo ao
seguinte cronograma: em 1997 a 1ª série, em 1998 a 1ª e 2ª séries, em 1999 a 1ª, 2ª
e 3ª séries, e no ano 2000, de 1ª a 4ª séries.
A Resolução Nº 4.094/98 cessa definitivamente as atividades escolares
da habilitação: Auxiliar e Técnico em Contabilidade, no Colégio Estadual Sílvio Vidal
- E.F.M., obedecendo ao seguinte cronograma: em 1997 a 1ª série, em 1998 a 1ª e
2ª séries, em 1999 a 1ª, 2ª e 3ª séries, e no ano 2000 de 1ª à 4ª séries.
Pela Resolução nº 3.120/98 e Deliberação 03/98 que reformulam as
normas relativas à nomenclatura dos estabelecimentos de ensino deu-se a
substituição da expressão “Ensino de 1º e 2º Graus” para “Ensino Fundamental e
Médio”.
O Colégio Estadual Sílvio Vidal - Ensino Fundamental e Médio oferece à
sua clientela o curso Fundamental (5ª à 8ª séries) e Ensino Médio.
A Resolução n. 2673/2002, e parecer 342/2002 concederam a Renovação
do reconhecimento do Ensino Fundamental (5ª à 8ª Séries), pelo prazo de cinco
anos.
Pela resolução 1.024/03 de 03/04/2003, ficou reconhecido o Ensino Médio
pelo prazo de cinco anos. Teve a renovação de seu reconhecimento através da
Resolução 5022/2008 até (2013).
Pela resolução 3.734/07 de 29/08/2007, foi renovado o reconhecimento
do Ensino Fundamental pelo prazo de cinco anos (2012).
Para atender as finalidades da educação e proporcionar a todos o acesso
ao conhecimento universal, independente de raça, cor, sexo, situação econômica,
concepção religiosa e política, faz-se necessário a divulgação e cumprimento dos
documentos essenciais ao funcionamento de um estabelecimento de ensino: o
Projeto Político Pedagógico e seu Regimento Escolar.
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Oferta de Cursos e Modalidades
Autorizações/reconhecimentos/ renovações Resolução/DOE
1. Decreto de criação Decreto nº 4.111/67 de 15/02 de 1967
2. Autorização de funcionamento da Escola Estadual Sílvio Vidal – Ensino de 1º Grau (junção do Ginásio Sílvio Vidal e Grupo Escolar São Jorge)
Decreto 2997/97 DOE. 03/03/1997
2. Reconhecimento do Ensino Fundamental Res. nº 2.842 de 1981 DOE de 30/12/1981
3. Renovação do reconhecimento do Ensino Fundamental
Res. 3.734/07 DOE 17/10/2007
5. Autorização do Ensino Médio Resolução 1.056/82 de 10/04/1982 DOE. 12/04/82 DOE de ........ 6. Reconhecimento do Ensino Médio Res. 1.024/03 DOE 12/05/2003
7. Renovação do reconhecimento do Ensino Médio Res. nº5022/2008 DOE 22/01/2009
Matutino Vespertino Noturno
Cursos/modalidades Início: 7:30 h. Término: 11:50 h.
Início: 13:20 h. Término: 17:40 h.
Início: 19:00 h. Término: 23:00 h.
Ensino Fundamental 8º e 9º anos 6º e 7º anos _._._._ Ensino Médio 1ª, 2ª e 3ª séries _._._._ 1ª, 2ª e 3ª séries Ensino Extracurricular e Plurilinguista de Língua Estrangeira Moderna;
6º ao 9º ano e Ensino Médio
6º ao 9º ano e Ensino Médio
_._._._
Sala de Recursos Multifuncional
6º ao 9º anos 6º ao 9º anos _._._.
Sala de Apoio à aprendizagem
Matemática e Língua Portuguesa
6ºs anos
9ºs anos
_._._._
10
Alunos atendidos
O Colégio Estadual Sílvio Vidal – Ensino Fundamental e Médio atende neste
ano letivo de 2012 nos cursos e modalidades de ensino abaixo citadas, um total de
35 turmas (1033 alunos) assim distribuídas:
CURSO/MODALIDADE
TURNO Nº DE TURMAS TOTAL DE
ALUNOS
Ensino Fundamental 6º ao 9º ano.
Matutino
Vespertino
Noturno
9
13 --
287
345 --
Ensino Médio
Matutino
Noturno
7 3
234 108
Língua Espanhola CELEM
Matutino
Vespertino
1 2
28
32
Obs. Levantamento de dados em março de 2012. CURSO/MODALIDADE
TURNO Nº DE TURMAS TOTAL DE
ALUNOS
Sala de Recursos Multifuncional
Matutino
Vespertino
02 01
38
Sala de Apoio à aprendizagem
Matemática e Língua Portuguesa
Matutino
Vespertino
02 02
Obs. Levantamento de dados em março de 2012.
No período matutino estão matriculados 521 alunos, as aulas iniciam-se
às 7:30 h. e terminam às 11:50 h.. No período vespertino estão matriculados 345 alunos, as aulas iniciam-se às 13:20 h. e terminam às 17:40 h. No período noturno
estão matriculados 108 alunos, as aulas vão das 19:00 h. às 23:00 h.
O estabelecimento de ensino oferece duas Salas de Recursos
Multifuncional no período matutino e uma no período vespertino.
11
Duas Salas de Apoio à Aprendizagem nas áreas de Língua Portuguesa e
Matemática, no período matutino, para os alunos de 6ºs anos e duas no período
vespertino, para os alunos de 9º ano.
O Colégio oferta duas turmas de CELEM, uma turma de 1º ano no período
matutino e uma turma no período vespertino.
A Formação Continuada dos profissionais da Educação é ofertada pela
SEED através de Simpósios, cursos, grupos de estudo, reuniões pedagógicas,
como também através de Cursos de Capacitação à Distância ofertados por outras
Entidades Educacionais, cursos ofertados pela APP – Sindicato e outros que o
profissional da educação opta em fazer.
Oferta de cursos e modalidades
O Colégio Estadual Sílvio Vidal, oferta o Ensino Fundamental (6° ao 9° ano)
e Ensino Médio. O estabelecimento de ensino oferece a Educação Básica com base
nos seguintes princípios das Constituições Federal e Estadual:
I. Igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, vedada
qualquer forma de discriminação e segregação;
II. Gratuidade de ensino, com isenção de taxas e contribuições de qualquer natureza
vinculadas à matrícula, no entanto pode receber como contribuição social voluntária,
através da APMF, o valor máximo de 10% do salário mínimo vigente por família;
III. Garantia de uma Educação Básica igualitária e de qualidade.
Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental de 6º ao 9º anos
este estabelecimento de ensino tem como referência as Diretrizes Curriculares do
Estado do Paraná (DCE) que consideram os conteúdos como meios para que os
educandos possam produzir bens culturais sociais econômicos e deles usufruírem.
12
A organização curricular para o curso de Ensino Fundamental tem
estruturação por disciplinas, distribuídas em quatro anos, perfazendo um total de
3.200 horas obrigatórias, em no mínimo 200 dias letivos.
Na organização curricular para os anos finais do Ensino Fundamental
consta:
I. Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Arte, Ciências, Educação
Física, Ensino Religioso, Geografia, História, Matemática e Língua Portuguesa e de
uma Parte Diversificada, constituída por Língua Estrangeira Moderna Inglesa.
II. Ensino Religioso, como disciplina integrante da Matriz Curricular do
estabelecimento de ensino, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do
Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo;
III. História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, Prevenção ao Uso
Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e
Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, como conteúdos
trabalhados ao longo do ano letivo;
IV. Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História.
O Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, tem por objetivo a formação
básica do cidadão, mediante:
I. O desenvolvimento da cognição, tendo como meio básico o pleno domínio da
leitura, da escrita e do cálculo;
II. A compreensão do ambiente natural e sociocultural, dos espaços e das relações
sócio-econômicas e políticas, da tecnologia e seus usos, das artes e dos princípios
em que se fundamentam as sociedades;
III. O fortalecimento dos vínculos de família e da humanização das relações em que
se assenta a vida social;
IV. A valorização da cultura local/regional e suas múltiplas relações com os
contextos nacionais /global;
V. O respeito à diversidade étnica, de gênero e de orientação sexual, de credo, de
ideologia e de condição sócio-econômica.
13
Ensino Médio O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua
oferta os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná ( DCE).
A organização curricular para o curso de Ensino Médio tem sua estruturação
por disciplinas, organizadas no decorrer do ano letivo. Está organizado em três
séries anuais, com duração de 2.400 horas obrigatórias, no período noturno. E no
período matutino 2.500 horas obrigatórias, em no mínimo 200 dias letivos.
O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração mínima de
três anos, perfazendo um mínimo de 2.400 horas, tem como finalidade:
I. A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino
Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II. A formação que possibilite ao aluno, no final do curso, compreender o mundo em
que vive em sua complexidade, para que possa nele atuar com vistas à sua
transformação;
III. O aprimoramento do aluno como cidadão consciente, com formação ética,
autonomia intelectual e pensamento crítico;
IV. A compreensão do conhecimento historicamente construído, nas suas
dimensões filosóficas, artística e científica, em sua interdependência nas diferentes
disciplinas.
Na organização curricular do Ensino Médio consta:
I. Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Arte, Biologia, Química,
Física, História, Geografia, Educação Física, Filosofia, Sociologia, Língua
Portuguesa e Matemática e de uma Parte Diversificada constituída por Língua
Estrangeira Moderna Inglesa;
II. História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, Prevenção ao Uso Indevido
de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e
Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, como conteúdos
trabalhados ao longo do ano letivo, em todas as disciplinas;
III. Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História.
14
Ao final do Ensino Médio, o aluno deve demonstrar:
I. Domínio dos princípios científicos, tecnológicos e do legado filosófico e artístico da
sociedade, que possibilite a compreensão da complexidade histórico-social da
mesma;
II. Conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
III. Compreensão crítica das relações e da estrutura social, das desigualdades e dos
processos de mudança, da diversidade cultural e da ideologia frente aos intensos
processos de mundialização, desenvolvimento tecnológico e aprofundamento das
formas de exclusão;
IV. Percepção própria, como indivíduo e personagem social, com consciência,
reconhecimento da identidade social e uma compreensão crítica da relação homem
e mundo.
Em ambas as modalidades de oferta, Ensino Fundamental e Ensino Médio, as
matrizes curriculares são compostas por disciplinas da Base Nacional Comum
e Parte Diversificada exigidas pela LDB, para a oferta de Educação Básica,
distribuídas conforme a carga horária pertinente a cada uma delas.
Matriz Curricular
Município : PARANAVAI Estabelecimento : SILVIO VIDAL, C E - E FUND, MEDIO E PROF Período Letivo : 2012-1 Curso : ENSINO FUND.6/9 ANO-SERIE Turno : Manhã Código Matriz : 211845
Carga Horária Semanal das Seriações
Nº Nome da Disciplina (Código SAE) Composição Curricular
6 7 8 9
GrupoDisciplina O (*)
1 ARTE (704) BNC 2 2 2 2 S
2 CIENCIAS (301) BNC 3 3 4 4 S
3 EDUCACAO FISICA (601) BNC 3 3 2 2 S
4 ENSINO RELIGIOSO (7502) BNC 1 1 0 0 S
5 GEOGRAFIA (401) BNC 3 3 3 3 S
6 HISTORIA (501) BNC 3 3 3 3 S
7 LINGUA PORTUGUESA (106) BNC 4 4 4 4 S
8 MATEMATICA (201) BNC 4 4 4 4 S
9 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 3 3 S
Total C.H. Semanal 25 25 25 25
(*) Indicativo de Obrigatoriedade
15
Município : PARANAVAI Estabelecimento : SILVIO VIDAL, C E - E FUND, MEDIO E PROF Período Letivo : 2012-1 Curso : ENSINO FUND.6/9 ANO-SERIE Turno : Tarde Código Matriz : 211846
Carga Horária Semanal das Seriações
Nº Nome da Disciplina (Código SAE) Composição Curricular
6 7 8 9
GrupoDisciplina O (*)
1 ARTE (704) BNC 2 2 2 2 S
2 CIENCIAS (301) BNC 3 3 4 4 S
3 EDUCACAO FISICA (601) BNC 3 3 2 2 S
4 ENSINO RELIGIOSO (7502) BNC 1 1 0 0 S
5 GEOGRAFIA (401) BNC 3 3 3 3 S
6 HISTORIA (501) BNC 3 3 3 3 S
7 LINGUA PORTUGUESA (106) BNC 4 4 4 4 S
8 MATEMATICA (201) BNC 4 4 4 4 S
9 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 3 3 S
Total C.H. Semanal 25 25 25 25
(*) Indicativo de Obrigatoriedade Município : PARANAVAI Estabelecimento : SILVIO VIDAL, C E - E FUND, MEDIO E PROF Período Letivo : 2012-1 Curso : ENSINO MEDIO Turno : Manhã Código Matriz : 275800
Carga Horária Semanal das Seriações
Nº Nome da Disciplina (Código SAE) Composição Curricular
1 2 3
GrupoDisciplina O (*)
1 ARTE (704) BNC 2 0 0 S
2 BIOLOGIA (1001) BNC 2 3 2 S
3 EDUCACAO FISICA (601) BNC 2 2 2 S
4 FILOSOFIA (2201) BNC 2 2 2 S
5 FISICA (901) BNC 2 2 2 S
6 GEOGRAFIA (401) BNC 2 2 2 S
7 HISTORIA (501) BNC 2 2 2 S
8 LINGUA PORTUGUESA (106) BNC 2 3 4 S
9 MATEMATICA (201) BNC 3 3 3 S
10 QUIMICA (801) BNC 2 2 2 S
11 SOCIOLOGIA (2301) BNC 2 2 2 S
12 L.E.M.-ESPANHOL (1108) PD 4 4 4 Lingua Estrangeira Moderna
S
13 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 2 S
Total C.H. Semanal 29 29 29
(*) Indicativo de Obrigatoriedade
16
Município : PARANAVAI Estabelecimento : SILVIO VIDAL, C E - E FUND, MEDIO E PROF Período Letivo : 2012-1 Curso : ENSINO MEDIO Turno : Noite Código Matriz : 275802
Carga Horária Semanal das Seriações
Nº Nome da Disciplina (Código SAE) Composição Curricular
1 2 3
GrupoDisciplina O (*)
1 ARTE (704) BNC 2 0 0 S
2 BIOLOGIA (1001) BNC 2 3 2 S
3 EDUCACAO FISICA (601) BNC 2 2 2 S
4 FILOSOFIA (2201) BNC 2 2 2 S
5 FISICA (901) BNC 2 2 2 S
6 GEOGRAFIA (401) BNC 2 2 2 S
7 HISTORIA (501) BNC 2 2 2 S
8 LINGUA PORTUGUESA (106) BNC 2 3 4 S
9 MATEMATICA (201) BNC 3 3 3 S
10 QUIMICA (801) BNC 2 2 2 S
11 SOCIOLOGIA (2301) BNC 2 2 2 S
12 L.E.M.-ESPANHOL (1108) PD 4 4 4 Lingua Estrangeira Moderna
S
13 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 2 S
Total C.H. Semanal 29 29 29
(*) Indicativo de Obrigatoriedade
Sala de Apoio à Aprendizagem
A sala de Apoio a Aprendizagem tem como objetivo atender as dificuldades
específicas dos educandos nas áreas de Matemática e Língua Portuguesa.
Atualmente é destinada ao atendimento de alunos dos anos finais do Ensino
Fundamental.
Sala de Recursos Multifuncional
A Sala de Recursos Multifuncional é um espaço específico para atendimento
de alunos com dificuldades e distúrbios de aprendizagem. Os alunos que
a frequentam possuem avaliação pedagógica das dificuldades e encaminhamento
médico especificando suas necessidades educativas, as quais devem ser
trabalhadas valorizando o aspecto lúdico e considerando ainda a adaptação
curricular.
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CELEM – Espanhol
Hoje 400 milhões de pessoas falam espanhol no mundo. “É a língua da
Espanha, mas também das Ilhas Canárias, de todos os países da América Latina,
do México até a Terra do Fogo, com a exceção significativa do Brasil. Onde os
espanhóis dominaram como colonizadores, inclusive em quatro ilhas do Caribe, sua
língua permaneceu, e se nas Filipinas se verifica atualmente uma regressão,
registra-se um progresso na região de fala espanhola do norte do México,
ultrapassando as fronteiras dos Estados Unidos”, onde é falada por 30 milhões de
pessoas, é estudada por mais de 60% dos alunos de nível médio e, especialmente
no sul, é língua corrente como o inglês.
No Brasil é notável a presença, cada vez maior do interesse pela língua
espanhola. Sua crescente importância, devido ao MERCOSUL, tem determinado
sua inclusão nos currículos escolares, principalmente, nos Estados limítrofes com
países onde o espanhol é falado. A aprendizagem do espanhol, no Brasil, e do
português, nos países de língua espanhola na América, têm contribuído para o
fortalecimento das relações dos seus habitantes, pois há uma troca expressiva de
ordem cultural, social, econômica e política.
O Curso CELEM - Língua Espanhola é uma oferta extracurricular e gratuita
de ensino de línguas estrangeiras nas escolas públicas do Estado do Paraná.
Atende não só os alunos matriculados, como também a comunidade em geral.
A Resolução nº 3904/2008 da SEED-PR (de 27/08/2008) regulamenta e
relata como acontece a organização do CELEM e a Instrução Normativa nº 019/2008
da SUED/SEED-PR (de 31/10/2008) define os critérios para assegurar a
implantação e funcionamento dos Cursos do CELEM.
Seus Objetivos são:
Promover a aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna (LEM);
Desenvolver a compreensão de valores sociais;
Adquirir conhecimentos sobre outras culturas.
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Caracterização: Recursos Humanos, Físicos e Materiais.
A estrutura organizacional do estabelecimento tem a seguinte composição:
Conselho Escolar
Equipe de Direção
a) Direção;
b) Direção Auxiliar.
Equipe Pedagógica
a) Professor Pedagogo;
b) Corpo Docente.
Equipe Administrativa
a) Funcionários que atuam nas áreas de Administração Escolar e Operação de
Multimeios Escolares;
b) Funcionários que atuam nas áreas de Manutenção de Infraestrutura Escolar
e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação Escolar e Interação com o
Educando;
Conselho Escolar
A escola, como espaço social da educação de qualidade e inclusão social,
é um espaço privilegiado de formação humana. O Conselho Escolar, enquanto
órgão participativo da gestão escolar tem de modo particular, o direito e o dever de
zelar pela educação de qualidade socialmente referenciada com vistas à melhoria do
processo educativo escolar.
Conforme o estatuto que rege o funcionamento dos conselhos escolares das
escolas públicas paranaenses, o Conselho Escolar é um órgão colegiado,
representativo da Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva,
avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e
administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e diretrizes
educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político
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Pedagógico e o Regimento do estabelecimento de ensino, para o cumprimento da
função social e específica da escola.
O Conselho Escolar do Colégio Estadual Sílvio Vidal é regido por estatuto
próprio aprovado pelo NRE de Paranavaí.
Direção e Direção Auxiliar
Compete à Equipe de Direção, a gestão de serviços escolares no sentido de
garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino,
definidos no Projeto Político Pedagógico e demais atribuições relacionadas no
Artigo 18 do Regimento Escolar.
Equipe Pedagógica
A Equipe Pedagógica é formada por professoras pedagogas cujas
atribuições são a de coordenar, implantar e implementar as Diretrizes, emanadas da
Secretaria de Estado da Educação, visando a melhoria da qualidade de ensino na
escola, além das atribuições relacionadas no Artigo 34 do Regimento Escolar.
Equipe de Professores
É formada por todos os profissionais que atuam no Estabelecimento como
regentes, em sala de aula ou em outra função pedagógica. Além de participar
ativamente na elaboração do PPP, suas funções estão relacionadas no Artigo 36 do Regimento Escolar e no Estatuto do Magistério do Paraná. O Paraná realiza
a Avaliação de Desempenho do Professor do Quadro Próprio do Magistério
englobando critérios de produtividade, participação, assiduidade e pontualidade, que
foi concebido como uma forma de melhorar o desempenho dos docentes.
Agente educacional I
A equipe de Agentes Educacionais I tem como função o serviço de
manutenção, preservação, segurança e produção da merenda escolar, sendo
subordinada, coordenada e supervisionada pela Direção. As atribuições dessa
equipe encontram-se relacionadas nos Artigos 45 ao 49 do Regimento Escolar.
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Agente Educacional II
A Equipe de Agentes Educacionais II tem como atribuição suporte ao
funcionamento de todos os setores do Estabelecimento, proporcionando condições
para que os mesmos cumpram suas reais funções. As atribuições dessa Equipe
estão relacionadas nos Artigos de 37 à 44 do Regimento Escolar.
O Colégio Estadual Sílvio Vidal, tem em seu quadro de pessoal:
FUNÇÃO VÍNCULO EMPREGATÍCIO
01 Diretor QPM 01 Diretor Auxiliar QPM 01 Diretor Auxiliar QPM 04 Pedagogos QPM 02 Professores readaptados QPM 07 Agente Educacional II QFEB 01 Agente Educacional II QPPE 09 Agente Educacional I QFEB 01 Auxiliar de Serviços Gerais PEAD 02 Agentes de Apoio QPPE 42 Professores QPM 13 Professores PSS 04 Professores SCO2 Formação Acadêmica
FUNÇÃO FORMAÇÃO ACADÊMICA 01 Diretor Pós graduação/ PDE 01 Diretor Auxiliar Pós graduação/ PDE 01 Diretor Auxiliar Pós-graduação 03 Pedagogos Pós graduação 01 Pedagogo Pós-Graduação/PDE 01 Agente Educacional II Superior Completo 04 Agente Educacional II Pós Graduação 03 Agente Educacional II Ensino Médio 09 Agente Educacional I Ensino Médio 01 Auxiliar de Serviços Gerais Ens. Fundamental incompleto 01 Agentes de Apoio Ensino Médio 01 Agentes de Apoio Ens. Fundamental incompleto 07 Professores Pós Graduação/PDE 52 Professores Pós Graduação 02 Professores readaptados Pós graduação
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Organização do Espaço Físico
Pensar a organização do ambiente escolar requer a clareza de que este
deve obedecer à função primordial a que se destina: contribuir para as situações de
aprendizagem que nele venham se desenvolver. Assim, tanto o espaço físico quanto
os equipamentos nele disponibilizados devem cumprir sua função pedagógica,
tornando-se, desta forma, instrumentos no processo de ensino-aprendizagem.
O Colégio Estadual Sílvio Vidal – Ensino Fundamental e Médio conta com:
21 salas de aula,
01 sala de leitura e multimídias,
01 almoxarifado para arquivo morto,
01 sala de direção,
01 sala de direção auxiliar,
01 secretaria,
01 banheiro masculino e 01 banheiro feminino para uso dos professores,
01 laboratório de informática com 20 computadores do Paraná digital ( mais
quatro desses computadores na secretaria),
18 computadores do PROINFO (16 no laboratório de informática e 02 na sala
de hora-atividade),
01 sala para os professores,
01 sala para hora-atividade com armários de aço para os professores com
banheiro,
01 sala para a equipe pedagógica,
01 sala de recursos,
01 banheiro para cozinheiras,
02 saletas usadas como almoxarifado,
01 cozinha acoplada ao refeitório com palco,
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01 saleta ao lado do refeitório,
01 biblioteca,
01 laboratório de Ciências, Química, Física e Biologia,
01 quadra esportiva coberta onde há banheiro feminino, masculino,
01 palco para apresentações,
01 pátio coberto com bebedouro,
02 banheiros desativados que ficam próximos ao laboratório de Ciências,
vasta área livre descoberta entre os pavilhões de salas e as outras
dependências,
01 quadra esportiva sem cobertura,
banheiro masculino e banheiro feminino para alunos no pátio coberto ( 04 com
vasos sanitários e 01 com chuveiro ),
01 casa para caseiro,
A biblioteca tem em seu acervo enciclopédias, livros de literatura universal,
literatura infanto-juvenil, paradidáticos, livros da biblioteca do professor, livros
didáticos, revistas, mapas, dicionários, bibliografias, planetários.
Os laboratórios são requisitados pelos professores através de agendamento
prévio de acordo com os conteúdos e projetos desenvolvidos em sala de aula.
Equipamentos
Principais materiais didáticos e pedagógicos disponíveis:
• 03 aparelhos de multimídia;
• 01 mimeógrafo a álcool;
• 21 televisores pendrive;
• 03 televisores;
• 01 filmadora;
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• 02 vídeos cassetes;
• 12 aparelhos de DVDs;
• 08 micro system;
• 02 antenas parabólicas;
• Um acervo de aproximadamente onze mil livros;
• Biblioteca do professor com mais de cem títulos;
• 08 computadores para uso da secretaria e equipe administrativa;
• 05 impressoras;
• 01 máquina de escrever elétrica;
• Duas caixas amplificadoras de som e duas sem amplificador;
• 01 mesa de som com dois microfones;
• Diversos jogos pedagógicos para o ensino da leitura e de matemática;
• 24 computadores Positivo com acesso a internet via fibra ótica, sendo: 04 na
Secretaria e os demais no Laboratório de Informática;
• 01 Microcomputador e 01 impressora via ADSL na Biblioteca;
• 01 Notebook;
• 02 computadores na Sala de Recursos e 01 impressora;
• 02 telas de projeção;
Os materiais didáticos e pedagógicos disponíveis neste estabelecimento de
ensino têm listagem específica por área, e permanece à disposição da comunidade
escolar para consulta da mesma, facilitando o conhecimento da existência destes
materiais.
A importância de todo esse material é o cunho pedagógico, pois ele ajuda o
professor no desenvolvimento da atividade preparada, que deve ter o objetivo de
contribuir para o ensino e a aprendizagem. Visto que, toda aprendizagem decorre de
um processo de internalização de sinais e que devem ser processados pelos
indivíduos, no entanto, percebemos que a utilização de materiais didáticos facilita de
forma agradável o desenvolvimento educacional, possuindo a função de mediação,
de forma que facilite a construção dos conhecimentos escolares.
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Objetivos Gerais
O Colégio Estadual Sílvio Vidal tem como princípios a gestão democrática,
a ação educativa fundamentada na universalização de igualdade, de acesso,
permanência e promoção do aluno, na obrigatoriedade da Educação Básica e da
gratuidade escolar, como espaço de qualidade cultural, de socialização e
desenvolvimento do educando visando prepará-lo para o exercício da cidadania
consciente, através do cumprimento de direitos e deveres.
Para nortear estes princípios o Projeto Político Pedagógico tem os seguintes
objetivos:
Cumprir a legislação vigente que determina que todos os estabelecimentos
devem elaborar seu Projeto Político Pedagógico;
Zelar pelos princípios da gestão democrática com a finalidade de assegurar a
participação de todos os atores envolvidos no processo de composição do
Projeto Político Pedagógico;
Construir coletivamente a identidade da escola estabelecendo as diretrizes
básicas, de atuação dos profissionais da educação e da comunidade escolar
deste estabelecimento de ensino;
Refletir a realidade da escola classificando sua intencionalidade educativa e
caminhos de ação com um compromisso proposto pela coletividade escolar;
Articular o processo de trabalho no interior da escola vinculando a sua função
social, suas especificidades, sua valorização e a gestão democrática;
Princípios filosóficos do trabalho escolar
Entende-se que o trabalho escolar deve ser construído num princípio de
gestão democrática, onde todos os que compõem a comunidade escolar tenham o
direito de participar e opinar sobre a situação educacional da instituição. A busca de
todos deve ser no sentido de garantir a qualidade do ensino ofertado, sem qualquer
tipo de exclusão que possa impedir ou dificultar o acesso, permanência e promoção
de todos na escola, contribuindo assim para formar uma sociedade mais justa e
igualitária.
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O trabalho escolar deve necessariamente estar pautado nos princípios
fundamentais da Republica Federativa Brasileira regidos no artigo 3º da Constituição
Federal, os quais explicitam como dever:
I- construir uma sociedade livre, justa e solidária; II- garantir o desenvolvimento nacional; III- erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
A luta por uma escola para todos somente será efetivada quando a
instituição de ensino, além de ser um local de aprendizagem, for também um
ambiente onde se tome consciência de sua responsabilidade e aprenda a lutar
contra as desigualdades sociais, fazendo desta um lugar de conhecimento e de
formação de valores humanos. Tem-se como prioridade a valorização humana,
percebendo cada membro da comunidade escolar como um ser único o qual é
também parte imprescindível de um coletivo.
A educação básica, em específico, deve estar alicerçada nas múltiplas
necessidades humanas, as quais, para serem consolidadas, dependem de
articulações necessárias nas relações sociais, culturais e educacionais.
Acreditamos que a educação, sendo um compromisso político do Poder
Público para com a população, deve formar um cidadão crítico, participativo, capaz
de tomar decisões conscientes, pautadas em atitudes de respeito mútuo,
considerando os aspectos multiculturais e suas diversidades.
Considerando as lutas pela igualdade de gênero, étnico-racial e diversidade
sexual ocorridas durante todo o século XX e início do XXI, pela isenção de atitudes e
convenções sociais discriminatórias, bem como as questões de enfrentamento a
violência contra a Criança e Adolescente, conforme Lei Federal nº 11525/07, a
escola tem como responsabilidade implementar ações que acabem com a
reprodução de discriminações, bem como a violência homofóbica e escolar como um
todo, nos espaços da instituição de ensino.
No intuito de assegurar a todos os sujeitos da diversidade o direito à
Educação Básica e de Nível Médio, a escola busca trabalhar, em seus conteúdos o
Ensino da Cultura Afro-brasileira e Africana, atendendo a Lei nº 10.639, bem como a
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Lei 11.645/2008 que altera a Lei anterior e inclui o ensino da Cultura Indígena no
currículo escolar.
O direito a diversidade será observado considerando o Parecer 04/09 do
Ministério Público/Paraná e o Parecer CP/CEE nº 01/09 que dispõe sobre a
utilização do nome social a ser utilizado pelos (as) travestis e transexuais, nos
estabelecimentos de ensino.
O mundo atual exige que os cidadãos sejam conhecedores de sua história e
cultura e a comunidade escolar tem tratado destas questões orientadas pela Lei
nº 13.381/01 para abordar a História do Paraná; Lei nº 11.769/08 para a Música e
ainda preocupar-se com as questões ambientais tão discutidas na atualidade,
através da Lei 9.795/99 e decreto 4.201/02.
Pela divulgação e o fácil acesso às informações, a Comunidade Escolar tem
se preocupado com a prevenção ao uso indevido de drogas, bem como, a questão
da sexualidade humana, que hoje se torna tarefa quase que exclusiva da escola,
pois a maioria dos pais trabalha e não tem tempo de acompanhar seus filhos.
A educação fiscal e tributária será tratada visando à formação de futuros
cidadãos conscientes do seu dever no cumprimento das obrigações e do seu direito
ao exercício da cidadania mediante ao recolhimento e destinação correta dos
recursos tributários pertinentes ao Estado conforme Decreto nº 11.43/99, portaria
nº 413/02.
Entendemos que a cada dia, as sociedades estão em contínuo fluxo,
produzindo a cada geração novas idéias, estilos, identidades, valores e práticas
sociais. A escola, por estar inserida no ambiente social, deve estar atualizada e
pronta para trabalhar com os possíveis impasses que esse movimento possa trazer
para seu interior, mantendo-se livre de qualquer forma de preconceito
e discriminação.
Princípios norteadores da educação
Os princípios norteadores da educação são entendidos pelo Colégio
Estadual Sílvio Vidal a partir dos pressupostos que buscam construir uma escola
democrática, pública e gratuita. Nesse sentido, a educação somente se constitui
quando a escola, construindo sua autonomia efetiva, busca continuamente nortear
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suas ações, a partir da descentralização de poder e na tomada coletiva de decisões,
visando à instalação de um processo coletivo de avaliação do processo educativo.
É importante assinalar que para isto entende-se a educação nacional
a partir dos parâmetros legais como a Constituição Federal de 1988, onde o artigo
206 afirma que o ensino deverá ser ministrado nos seguintes princípios:
I – Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V – valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público e provas de títulos; VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII – garantia de padrão de qualidade.
Considerando que a educação tem dentre seus objetivos principais o ato de
produzir e socializar o conhecimento para que o educando possa compreender
a realidade socioeconômica, política e cultural, tornando-se capaz de participar do
processo de construção da sociedade, faz-se necessário enfatizar a concepção de
educação explícita na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96,
a qual afirma que:
Art.2 º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Entende-se então que os princípios norteadores da educação resumem-se
no ato de construir uma educação pública, gratuita e de qualidade a todos os
educandos que dela necessitarem, objetivando uma formação que focalize
a formação enquanto pessoa, cidadão e profissional capaz de participar e
transformar a realidade a qual faz parte.
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MARCO SITUACIONAL
Todo jardim começa com um sonho de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada, ou qualquer lago seja construído, é preciso que as árvores e os lagos tenham nascido dentro da alma. Quem não tem jardins por dentro, não planta jardins por fora. E nem passeia por ele... Rubem Alves
Situação Histórica da Realidade
As últimas décadas do século passado aprofundaram a crise de
pensamento no mundo. O conjunto de ideias dominantes foi suporte para todo o
desenvolvimento econômico, industrial e tecnológico do século XX e no qual
vivemos atualmente. Encontramo-nos frente a resultados e situações de opressão
com a desigualdade social agravada pela predominância mundial da ideologia de
mercado. Vivemos sob a hegemonia política e ideológica do neoliberalismo,
caracterizada pelo processo intercultural, qualidade total e outros paradigmas que
caracterizam esta época histórica. A humanidade reconhece que esgotara o modelo
gerado pelo antropocentrismo renascentista. O ideal do homem como centro do
universo perdera-se pelo egoísmo, domínio de uns sobre os outros, com
consequências trágicas como o processo de exclusão e de extermínio da natureza.
Temos uma sociedade historicamente organizada em camadas sociais, de
forma desigual, com diferenças socioeconômicas e culturais. A sociedade brasileira
está constituída por um grupo reduzido de pessoas que detém o poder, que usufrui
todos os benefícios produzidos coletivamente pela grande maioria de cidadãos
sobreviventes às margens dessa sociedade. A realidade social e educacional atual
de nosso país requer o enfrentamento e a superação da contradição da estrutura
que existe entre a declaração constitucional dos direitos sociais (dentre eles
a educação) e a negação da prática desses direitos. Essa crescente fragmentação
do social que potencializaram as políticas conservadoras foram, por sua vez,
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reforçadas pelo excepcional avanço tecnológico e científico e seu impacto sobre
o paradigma produtivo contemporâneo.
O capitalismo, responsável por inúmeras diferenças entre os homens,
desenvolveu a indústria de massa gerada de grande homogeneização, apagando
diferenças e padronizando estilos de vida. O Consumismo, a competição
permanente, o enriquecimento rápido, aparecem como os grandes objetivos do
presente. O Brasil não poderia ficar à margem da história mundial e das
consequências, nem sempre positivas, desse processo cujo modelo sócio
econômico é representado pelo crescente número de excluídos e pela contínua
concentração de renda.
Nos últimos anos o Paraná apresenta uma história de avanços
e retrocessos no trabalho de organização do currículo das escolas de sua rede.
Em 1990 foi elaborado o Currículo Básico – CB do estado do Paraná que,
após amplo processo de discussões e reflexões sobre as novas diretrizes que
conduziriam à educação no Estado organizou-se a construção do novo plano
curricular.
Esse documento formal aponta como base a concepção histórico crítica que
nasce na prática das escolas paranaenses.
Por entender que a autonomia é um processo de conquista que deve fluir da
prática responsável e comprometida e, por saber das carências ainda graves do
quadro educacional do estado que precisa de um investimento maciço na formação
continuada dos docentes e ainda, por entender o papel do estado como responsável
na condução da política educacional que norteia a formação dos alunos da rede
pública estadual, a Superintendência de Educação da SEED propõe uma
reformulação curricular, com base num processo coletivo de trabalho, permeado de
discussão e análise da prática educacional desenvolvida nas escolas.
Para assegurar a qualidade da Educação e a aprendizagem dos alunos,
o Governo do estado desenvolve alguns programas, entre eles:
Paraná Alfabetizado;
Formação continuada para os profissionais da educação;
FICA comigo;
Cursos profissionalizantes;
Avaliação Institucional;
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Educação Fiscal;
Jogos Estudantis.
O município de Paranavaí é sede do Núcleo Regional de Educação que
coordena as atividades escolares de vinte e um municípios.
A Rede Estadual de Ensino oferta o Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano,
o Ensino Médio, a Educação Profissionalizante e Educação de Jovens e Adultos. É
composta de 02 escolas, 09 colégios e 02 CEEBJAS.
Contamos com a Rede Particular, constituída de 09 Estabelecimentos de
Ensino e uma Escola de Educação Especial (APAE).
No Município há instituições de Ensino Superior: uma estadual (UNESPAR),
duas particulares (UNIPAR) e (FATECI) e uma Universidade Tecnológica Federal
(UTFPR).
Paranavaí é considerada a cidade pólo do extremo noroeste do Paraná. Tem
o segundo maior rebanho bovino do estado, a maior produção de mandioca e
é chamada de Capital da Laranja, devido à grande produção da fruta. A cidade
é reconhecida nacionalmente pela sua força agro-industrial, porque não só produz
matéria-prima, como também, vende produtos industrializados para todo o Brasil
e países do exterior. Por ser pólo de sua região, o comércio e a prestação de
serviços também ganham destaque.
O Bairro São Jorge, onde o Colégio está localizado, é um bairro de periferia,
ficando aproximadamente a cinco quilômetros do centro da cidade. Por isso
necessita do transporte coletivo. É um dos bairros mais populosos da cidade, sendo
que a maioria das ruas já é pavimentada e dispõe de infra-estrutura básica.
As nossas famílias, como a maioria do povo brasileiro, vivem em uma
sociedade desigual, injusta e violenta. A desestrutura familiar reflete no
comportamento do educando.
Os nossos alunos são oriundos do próprio bairro e da zona rural,
constituindo assim uma comunidade com pouca disparidade no nível
sócio-econômico e cultural.
Provêm de famílias assalariadas, carentes e quase sempre, de ambiente
familiar comprometido por desajustes nos seus relacionamentos. Em virtude desta
condição familiar, alguns dos alunos são carentes de conhecimento, e alguns
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envolvimentos com drogas e pequenos furtos, que gera preocupação e inquietação
para os pais e consequentemente, para todos os que estão nela inseridos.
No período noturno concentra-se o maior número de educandos que
trabalham durante o dia em estabelecimentos do bairro, ou do centro da cidade, ou
na zona rural.
A maioria dos pais não concluiu os seus estudos, inclusive há casos de pais
analfabetos, o que dificulta o acompanhamento escolar do filho.
A LDB determina que a educação dos alunos que apresentam necessidades
especiais deve ocorrer, preferencialmente, na rede regular de ensino. No Artigo 59,
inciso II, faz referência aos alunos com necessidades especiais, que apresentam
deficiência e aos superdotados.
Atendendo os princípios da escola inclusiva, o colégio oferta o atendimento
em Sala de Recursos para alunos do 6º ao 9º ano que apresentam necessidades
educacionais especiais e Sala de Apoio à aprendizagem, nas Disciplinas de
Matemática e Língua Portuguesa, para alunos de 6º e 9º ano, que apresentam
defasagem na aprendizagem dos conteúdos referentes a estas disciplinas.
Também cumprindo os dispositivos legais contemplados na Lei 10.639/2003,
que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira
e Africana e da Lei 11.645/08 da Cultura Afro e Indígena na Educação Básica
o Colégio vem desenvolvendo atividades dentro de cada disciplina voltadas para
o resgate à contribuição dos povos negros nas áreas sociais, econômicas e políticas
pertinentes, à História do Brasil.
Os problemas disciplinares ou de conduta e outros que surgirem, sempre
são analisados e discutidos em conjunto com os Professores, Equipe Pedagógica,
Direção e os Pais.
As medidas disciplinares a serem dispensadas aos alunos que infligirem às
normas constam no Regimento Escolar, Capítulo II, Artigos 169 e 170. O tratamento
a ser dispensado aos pais consta no Regimento escolar, Capítulo III, Artigos 173
e 174.
O gerenciamento dos recursos financeiros é feito pela Direção do Colégio,
APMF e Conselho Escolar, após análise e discussões em reuniões periódicas,
buscando sempre a sua melhor utilização, priorizando a promoção da aprendizagem
dos educandos e favorecendo o trabalho dos professores.
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O Colégio recebe estes recursos através:
Do Fundo Rotativo;
Do Programa PDE-Escola;
Do Programa Dinheiro Direto na Escola.
Fazendo parte desse cenário, este estabelecimento de ensino também vem
transformando sua dinâmica para atender as necessidades atuais geradas na
sociedade e que demandam uma nova formação do aluno enquanto cidadão.
Compreendendo a Função da Escola
A força do mercado nas relações econômico- sociais, a inversão de valores
que toma conta das sociedades ditas modernas, o problema da globalização e a
rapidez da evolução tecnológica, tem como ponto negativo a distância cada vez
maior entre pobres e ricos e como positivo a formação de uma consciência a nível
mundial para a humanização de todo este processo. As sociedades capitalistas são
as que mais produziram este quadro ou endeusaram o individualismo e o
consumismo.
O Colégio depara hoje com problemas comuns a todas as escolas, grande
rotatividade de professores, em alguns momentos, devido a grande demanda até
professores sem a formação concluída, falta de interesse e de comprometimento da
família e de alunos para com os estudos, pais ausentes, uso de drogas, problemas
de disciplina e até mesmo de violência verbal ou física entre os colegas e às vezes
contra os próprios professores.
Não podemos perder de vista o perfil do aluno que vem para a escola nos
dias de hoje, embora apresente aparente desinteresse pelos estudos, possui uma
gama de informações, é questionador, e em muitos casos não aceita manipulação
de ideias. Às vezes, desmotiva-se pela lentidão com que acontecem algumas
mudanças e até mesmo pela sua situação socioeconômica. O contexto
contemporâneo exige do aluno e da sociedade uma adaptação aos recursos que a
tecnologia oferece.
Para efetivar esta ação interventiva é que o Colégio se propõe, em
desenvolver atividades com a participação de toda a comunidade escolar,
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notadamente das Instâncias Colegiadas (APMF/ Conselho Escolar), parceiras com
Instituições de Ensino Superior, Projeto CONTRATURNO (SENAI, SESC),
atividades voltadas para a ocupação do tempo ocioso de alunos a partir de
atividades esportivas e culturais ofertadas em contraturno (Projeto de dança da
Fundação Cultural), Projeto de Futsal (SESI), Escolinha de xadrez, parceria com o
Clube de Xadrez de Paranavaí, Escolinha de Voleibol, parceria com a APAVOL,
além dos projetos e programas que visam o despertar da consciência ecológica.
Sala de Apoio a Aprendizagem de Português e Matemática para alunos dos
6ºs e 9º anos e Sala de Recursos.
No que se refere à melhoria das práticas pedagógicas, a Equipe Diretiva
e Pedagógica do Colégio tem se empenhado em promover grupos de estudos,
palestras, pesquisas, além de disponibilizar de recursos didáticos pedagógicos,
como Laboratório de Informática com acesso em rede a Internet, biblioteca, e
equipamentos tecnológicos modernos (data-show, televisão multimídia em cada sala
de aula, DVD, Projetores), laboratório de Ciências Biológicas, Física e Química.
Incentivo à participação dos profissionais da educação em cursos de
aperfeiçoamento, visando à superação das dificuldades encontradas no dia-a-dia
das salas de aula.
Sabemos que a comunidade em que o Colégio está inserido, apesar dos
grandes problemas que enfrentam atualmente, deposita confiança, credibilidade,
respeito e seriedade no que diz respeito ao processo de ensino aprendizagem e na
construção de valores dos educandos que aqui estudam, pois, trabalhamos a partir
dos conhecimentos científicos, desenvolvemos a socialização, buscando sempre a
valorização pessoal de cada educando, concomitantemente com os conhecimentos
sistematizados, garantindo assim o acesso à educação.
Perfil da Comunidade
O Colégio Estadual Silvio Vidal está situado em uma das regiões de maior
densidade populacional do Município de Paranavaí, uma região periférica e grande
parte dos alunos são oriundas de famílias com baixo poder aquisitivo e com grande
desestrutura familiar. Também apresentam baixa auto-estima e demonstram conviver
34
com alta taxa de violência, pois se percebe esse fato em atitudes e palavras dos
mesmos.
A população conta com uma área comercial bastante variada e ativa para as
necessidades locais.
A escola, o Posto de Saúde e o CRAS são as instituições do poder público
no local. A comunidade conta apenas com a biblioteca da escola.
A Escola mantém um bom relacionamento com a comunidade; apesar
disso, não é grande a participação da mesma nas atividades da Escola,
restringindo-se a um número regular de pais, mas, conscientes e cooperativos.
A situação enfrentada na escola, com relação à drogadição e violência
tem sido contornada e reduzida, a partir do estabelecimento de medidas de
segurança como: instalação de sistema de monitoramento digital através de
câmeras. Uma câmera na entrada dos alunos e dos professores; 01 no refeitório;
01 no laboratório de Informática; 02 no pátio interno. O Projeto prevê a instalação de
mais 10 câmeras que serão instaladas até o final do ano letivo que são monitoradas
com gravação 24 horas. Essas medidas foram solicitadas em reuniões da
comunidade escolar e consolidaram-se através da APMF e com o repasse recebido
do Governo Federal, PDDE/FNDE.
A atual equipe diretiva, também conta com a colaboração dos funcionários
(Agentes I e II) que se dispõe a acompanhar e monitorar o momento de maior
concentração de alunos (recreio), ficando em locais estratégicos. Nos horários de
entrada e de saída, também há um funcionário no portão, o que diminuiu
significativamente a aproximação de estranhos, aglomerações e tumulto de alunos
que geravam agressões.
Quando acontece, contamos com o auxílio da Patrulha Escolar na
abordagem de estranhos, ou pessoas suspeitas, bem como para atender os casos
de ameaças.
Perfil do Alunado
No Ensino Fundamental apresentam-se alunos com faixa etária de
10 a 18 anos e no Ensino Médio Regular a idade varia de 14 a 25 anos.
35
Muitos dos nossos educandos apresentam defasagem na aprendizagem,
idade acima da série, desinteresse pelos estudos, grandes problemas familiares,
emocionais e necessidades especiais, o que causa grande preocupação a todos os
envolvidos no processo educacional, tanto a direção, quanto os professores e
equipe pedagógica.
A falta de motivação e perspectiva de vida e a falta de compromisso de
algumas famílias com a educação dos filhos, os problemas familiares, dificuldades
econômicas, falta de escolarização dos pais, desrespeito pelos outros e por si, entre
outros fatores estão presentes nos três períodos: matutino, vespertino e noturno.
Muitos alunos faltam às aulas sem justificativa e mesmo chamando os pais
e orientando-os quanto à responsabilidade deles pela frequência e
acompanhamento do rendimento escolar de seus filhos, a escola não consegue
reverter este quadro.
Em alguns casos, os que consideramos mais graves, é feito relatório e
encaminhamos para o Conselho Tutelar . Assim mesmo, continuam a faltar, o que
no final do ano letivo, fatalmente, são reprovados, aumentando com isso, o número
de alunos fora da idade/ano/série, o que gera um outro problema, a indisciplina em
sala de aula e brigas fora da escola.
Sentimos que os pais ou responsáveis pelos alunos querem que a escola
faça a mágica de resolver os problemas dos seus filhos, muitos chegam a dizer que
“não sabem mais o que fazer”, outros nem ao menos tentam fazer algo e quando
chamados à escola, não comparecem. Entendemos que a Educação sem a
colaboração e comprometimento da família, não se completa. Tudo isso interfere na
qualidade do ensino-aprendizagem e na motivação dos professores, que constatam
cada dia mais, dificuldades em transmitir conhecimentos cientificamente
elaborados.
A ausência de acompanhamento familiar em casa tem sido uma condição
que contribui com o descompromisso do aluno em relação às atividades escolares.
Em muitos casos, a mãe é quem cuida sozinha dos filhos, sem a figura
paterna, em outros, os filhos ficam sozinhos, muitas vezes os mais velhos cuidando
de irmãos mais novos, sem atenção, nem orientação para estudar e fazer as tarefas.
Muitas famílias vivem sem renda própria ou, no máximo, com um salário
mínimo. A questão financeira é apontada como a principal dificuldade para cuidar
dos filhos. Falta de esclarecimentos, não adequação de espaços e recursos
36
materiais e mesmo tecnológicos são os outros limitadores apresentados pelas
famílias.
O alunado do ensino noturno é formado por jovens onde a grande maioria
trabalha, exigindo propostas diferenciadas de ensino para atender suas
necessidades. Alguns alunos apresentam baixa auto-estima, sem muitas
perspectivas positivas para o futuro escolar e profissional, dada às condições
financeiras pessoais limitadas, a falta de ideal e a atual conjuntura sócio-econômica
do país. Temos alunos que já são pais ou mães, fruto de experiências sexuais
irresponsáveis, sem proteção, orientação ou cuidado dos pais.
A inclusão escolar de alunos com necessidade educacional especial, levou
a escola e professores a buscar recursos e práticas educacionais que pudessem
favorecer a participação ativa de alunos com deficiência nos desafios à
aprendizagem. Para essa efetivação, contamos com a parceria do NRE e SEED.
Atendemos alunos com Deficiência Intelectual comprovado e alunos com
Transtorno Funcional Específico que são atendidos na Sala de Recursos, a qual se
caracteriza como uma modalidade de Educação Especial, complementar ao ensino
regular.
Para a adaptação dos alunos de 6ºs anos que apresentam alguma
dificuldade de aprendizagem decorrente a atrasos pedagógicos no momento de
transição de escola, ofertamos o Programa de Apoio a Aprendizagem de Português
e Matemática, no contraturno (período matutino) e atendem uma média de 40 alunos
por disciplina.
Mesmo enfrentando toda gama de problemas, em 2005 nosso IDEB (Índice
de Desenvolvimento da Educação Básica) era de 3,1. Em 2007 atingimos 3,2,
superando a meta que era de 3,1. Em 2009 atingimos 3,9 superando mais uma vez
a meta que era de 3,3.
Ideb Observado
Metas Projetadas
Escola
2005
2007
2009
2007
2009
2011
2013
2015
2017
2019
2021
SILVIO VIDAL C E E FUND MEDIO
3.1 3.2 3.9 3.1 3.3 3.5 3.9 4.3 4.6 4.8 5.1
37
No Enem ( Exame Nacional de Ensino Médio) nosso desempenho em 2009
foi de 479,11 pontos, já em 2010 atingimos 513,68 pontos.
Pelos dados apresentados podemos constatar que os esforços
desprendidos por todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem tem
refletido nos resultados apresentados.
Diante desse contexto, a escola tem um papel fundamental na vida da
comunidade, pois é o caminho pelo qual seus filhos tem para a transformação desta
realidade. É dentro deste cenário que a escola precisa atuar.
Acreditamos que um dos maiores desafios enfrentados é o de formar um
aluno apto a refletir, pensar e entender o mundo à sua volta, e também, aplicar os
conhecimentos que adquiriu na escola, buscando transformar a realidade que
vivencia.
A organização do trabalho escolar é, por sua vez, mediação entre o trabalho
docente e a prática social global, pois o núcleo da democratização da Educação é a
democratização do saber e o núcleo do trabalho docente é o ensino-aprendizagem.
Aproveitamento escolar
Resultado final do Ensino Fundamental e Médio, do ano de 2011:
SÉRIE/ANO
APROVADOS
REPROVADOS
TRANSFERIDOS
DESISTENTES
TOTAL
5ªs /6ºs 147 37 20 3 208 6ªs/7ºs 151 34 19 4 208 7ªs/8ºs 174 31 19 1 224 8ªs/9ªs 123 34 6 -- 163
Fonte: Relatórios Finais – Colégio Estadual Sílvio Vidal
0
50
100
150
200
250
5ªs /6ºs 6ªs/7ºs 7ªs/8ºs 8ªs/9ªs
APROVADOSREPROVADOSTRANFERIDOSDESISTENTESTOTAL
38
SÉRIE/ANO
APROVADOS
REPROVADOS
TRANSFERIDOS
DESISTENTES
TOTAL
1º EM 83 53 13 20 169 2º EM 72 7 7 17 103 3º EM 64 17 4 11 92
Fonte: Relatórios Finais – Colégio Estadual Sílvio Vidal
020406080
100120140160180
1º EM 2º EM 3º EM
APROVADOSREPROVADOSTRANFERIDOSDESISTENTESTOTAL
Observa-se um número significativo de reprovados, no entanto, nossos
índices, tanto no IDEB como no ENEM, obtiveram uma significativa melhoria que
refletiu em nossa saída do Programa de Superação.
Distorção idade/ano/série - 2011
Série Aprovados Reprovados Evasão Distorção 6º 147 38 03 17 7º 151 34 04 21 8º 173 31 01 27 9º 123 34 - 13
1ª EM 83 53 20 16 2ª EM 72 07 17 11 3ª EM 64 13 11 22 Total 813 210 56 127
39
Possibilidades e necessidades de avanços da prática pedagógica
A história e a lógica nos ensinam que as desigualdades não desaparecerão
com o crescimento econômico, mas sim com a educação.
Apesar das tentativas em melhorar a qualidade do ensino no Brasil,
percebe-se que os resultados continuam insatisfatórios. Ainda vigora nas escolas
brasileiras, uma educação elitista, autoritária, que reproduz uma ordem injusta,
excludente e desumana. Alunos são adestrados para receber acriticamente, sem
reflexão, sem análise, uma série de informações parceladas da realidade (conteúdos
curriculares), impregnadas com a ideologia predominantemente capitalista. E, assim,
se reproduz continuamente a alienação e a socialização da ignorância.
Pensar em educar para os direitos humanos implica na construção de novos
paradigmas pelos professores. Buscar uma “educação voltada para todas e para
cada um” (Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.26, p.83 –104, jun. 2007),
requer pensar como podem todos os alunos chegar ao mesmo patamar de saberes
e quais as ações necessárias em sala de aula para esta conquista.
O professor é, sem dúvida, um dos principais protagonistas das mudanças
necessárias. Por isto, sua formação e sua prática tem sido motivo de estudos.
O avanço na prática pedagógica é, e sempre será, uma necessidade
constante. A teoria é imprescindível para o fazer pedagógico.
Neste momento, o corpo docente precisa melhor compreender a concepção
adotada pela SEED, ou seja, a Concepção Pedagógica Histórico-Cultural.
Algumas dificuldades são encontradas para estes estudos: grande
rotatividade de professores; preferência dos professores em participar da Semana
Pedagógica nos estabelecimentos mais próximos de suas residências, ou de lotação
do segundo padrão; ser a Reunião Pedagógica prevista em contra turno no
Calendário, o que torna praticamente impossível reunir os professores que ministram
aulas em outros estabelecimentos de ensino.
40
Acompanhamento das famílias
Há, evidentemente, baixo rendimento escolar por parte de alguns alunos. Ao
buscar as causas prováveis, foi possível observar que estes alunos normalmente
deixam de cumprir com as atividades escolares, resultando na impossibilidade de
serem avaliados pelos professores.
Determinadas famílias não tem tempo para acompanhar a vida escolar de
seus filhos, ou não compreendem isto como importante. Algumas sequer
comparecem para a assinatura de boletins. Isto requer que sejam pensadas ações
que viabilizem uma melhora neste sentido.
O Colégio encaminhou aos pais, um questionário com o intuito de avaliar a
opinião deles no que diz respeito à qualidade do serviço prestado à comunidade
escolar e o grau de satisfação quanto às expectativas dos mesmos, em relação à
educação de seus filhos.
Analisando as respostas dadas podemos dizer que a preocupação maior dos
pais gira em torno do problema disciplinar, segurança, drogas e violência. Com
incidência menor, constatamos também, o desejo da comunidade quanto à oferta de
Cursos Técnicos para que seus filhos saiam melhor preparados para o ingresso no
mercado de trabalho. Outros esperam que o Colégio adote atitudes mais rigorosas
na cobrança das atividades escolares, nas faltas de alguns docentes e no controle
de entrada e saída dos alunos no ambiente escolar. Em contrapartida, tivemos
também, muitos pais que se mostraram agradecidos pelo atendimento que recebem
e pela qualidade de ensino ofertada aos seus filhos.
Identificação dos problemas relativos à gestão escolar
A LDB, em seu artigo 15, assim determina: “Os sistemas de ensino
assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram
progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira
observada as normas gerais de direito financeiro público”.
Considerar as dificuldades encontradas na implementação da gestão
democrática requer compreender a falta de autonomia da escola nas questões
pedagógicas e administrativas que geralmente encontram-se engessadas, isto
41
é, são pré-determinadas tendo ou não condições para sua execução; sendo ou não
necessárias para aquele momento. Faltam recursos humanos, condições físicas,
profissionais especializados e adequados para atendimento dos graves problemas
que são enfrentados nos dias de hoje no ambiente escolar, etc. Entendemos que a
participação limitada dos envolvidos no ambiente escolar quase sempre é devido a
grande rotatividade de professores, gerando com isso um sentimento de não
pertença, de não envolvimento. Reunir os profissionais da educação para tratar de
assuntos específicos e de interesse do coletivo escolar é outro grande desafio por
atuarem em diversas escolas e outras situações tornam-se barreiras, inviabilizando
as melhores intenções de atuação, tanto do professor como do gestor.
A sobrecarga de trabalho, responsabilidades e problemas a serem
solucionados no ambiente escolar estão se ampliando e em contrapartida os meios,
os recursos físicos, materiais e humanos estão sendo enxugados, minimizados.
Não é entulhando determinados recursos (máquinas, móveis, livros, concreto) e
discursos..., que a problemática atual vai ser solucionada. Coloco aqui as sábias
palavras Charles Chaplin:
"O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém, desviamo-nos dele. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da produção veloz, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz em grande escala, tem provocado a escassez. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade; mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura! Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo estará perdido."
Não é suficiente permitir formalmente que a comunidade participe. É preciso
que haja condições que propiciem essa participação. Autonomia sem recursos,
sejam eles quais forem, não é autonomia, mas sim ditadura.
42
MARCO CONCEITUAL
Sonhamos com uma escola pública capaz, que se vá construindo aos poucos num espaço de criatividade. Uma escola democrática em que se pratique uma pedagogia da pergunta, em que se ensine e aprenda com seriedade, mas que a seriedade jamais vire sisudez. Uma escola em que, ao se ensinarem necessariamente os conteúdos, se ensine a pensar certo. Paulo Freire
Os princípios filosóficos que norteiam a construção da identidade do Colégio
Estadual Sílvio Vidal são sustentados pelas concepções que refletem a
intencionalidade da escola:
Mundo
Vivemos numa sociedade globalizada, num contexto de grandes
descobertas e avanços nas áreas científicas e tecnológicas, de outro lado, a área
social, o respeito à vida e à natureza, os valores éticos e morais estão ainda em
constante construção.
O ser humano existente hoje, muitas vezes comporta-se de maneira passiva
e submissa, deixando-se alienar pela ideologia da mídia, acaba muitas vezes
acomodando-se e desistindo dos seus sonhos.
Por outro lado temos um sistema econômico e políticos pautados num
ideário neoliberal, o qual explora e determina impondo diminuição do Estado no que
se refere aos direitos do cidadão.
Acreditamos que a educação seja uma das maneiras de reverter este
quadro. Queremos uma sociedade justa e igualitária, onde todos tenham sua
dignidade respeitada e que seus direitos sejam concedidos como determina a
constituição.
Queremos que o homem desperte para sua importância na sociedade como
um ser que seja capaz de interagir no mundo onde vive. Que possa ousar, buscar,
43
construir, modificar. Homens sensíveis e solidários às necessidades do seu próximo
e que possam ser construtores de sua própria história.
Para que isso ocorra é preciso que todos sejam defensores de uma
educação voltada para o “ser humano”, a qual seja efetivamente dinâmica, crítica,
libertadora, que resgate valores esquecidos no tempo e principalmente saiba
respeitar e valorizar a diversidade cultural, bem como, atenda nesses mesmos
princípios a todos os alunos portadores de necessidades especiais, para que
realmente a inclusão aconteça.
A escola deve trabalhar numa perspectiva de escola democrática e gratuita,
pois, é responsável pela forma da classe trabalhadora da sociedade. Deve ser
atendida pelas autoridades competentes nas suas reivindicações com suporte
administrativo e pedagógico, para que a educação seja de qualidade.
Sociedade
A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho
concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir social a
partir das contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.
Segundo Saviani, o entendimento do modo como funciona a sociedade não
pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que regem o
desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis naturais,
mas sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.
É possível perceber que nos dias atuais a sociedade mostra-se com
desigualdades sociais, políticas e econômicas que mantém estrutura do sistema
neoliberal, que impede a igualdade do ser humano na sua amplitude.
Especificamente nesta sociedade capitalista a tendência é tornar o saber produzido
histórica e socialmente propriedade exclusiva da classe dominante.
Desta forma o trabalhador adquire algum tipo de conhecimento para poder
produzir, mas não o suficiente para transformar a sociedade. De acordo com
Saviani, para tanto é preciso considerar que:
A produção do saber é social, se dá no interior das relações sociais. A elaboração do saber implica em expressar de forma elaborada o saber que surge da prática social. Essa expressão elaborada supõe o domínio dos instrumentos de elaboração e sistematização. (Saviani, 1997, p. 91)
44
A sociedade é o resultado de um processo histórico construído pelas
pessoas, a partir de ações que contribuem para o pleno desenvolvimento do
cidadão, possibilitando conhecimento da sua realidade, e a busca por oportunidades
de participação e efetivação dos indivíduos que a compõe.
Desta forma, faz-se necessário proporcionar atitudes que combatam o
individualismo, e que tragam no seu bojo atitudes da valorização do SER e não do
TER.
Portanto, é preciso conceber uma sociedade em que todos tenham direito
adquirido quanto à educação, saúde, lazer, segurança, trabalho, moradia, etc.
Constituindo desta forma a efetivação dos direitos e deveres de maneira
democrática, justa e igualitária.
Educação
A escola deve conceber a educação como processo para o
desenvolvimento integral do ser humano, sendo este instrumento gerador das
transformações sociais. Deve ser base para a aquisição da autonomia, fator de
progresso econômico, político e social.
O elemento essencial para integração do sentimento e da consciência de
cidadania. Valorizar as origens do educando, suas experiências na família e na
comunidade onde vive.
A efetivação da educação possibilita assim ao educando perceber-se como
agente transformador numa atitude de liberdade, visão crítica e humanitária. “(...)
A educação, portanto, não transforma de modo direto e imediato e sim de modo
indireto e mediato, isto é, agindo sobre os sujeitos da prática”. (Saviani, 1995, p.85).
A educação deve agir sobre os sujeitos da prática com a finalidade de formar
cidadãos capazes de analisar, compreender e intervir na realidade, visando ao bem
estar do ser humano, no plano pessoal e coletivo.
Para tanto, este processo deve desenvolver a criatividade, o espírito crítico,
a capacidade de análise e síntese, e se dará por meio de uma educação intencional,
com objetivos claros visando construir uma sociedade justa e responsável.
45
O processo educacional deve oportunizar aos educandos um conhecimento
científico e cultural, visando uma formação consciente dos direitos e deveres no
preparo da vida em sociedade, capacitando-os a interagir com o outro e com o meio
ambiente de forma equilibrada.
Escola
A escola é considerada um espaço privilegiado de ensino e aprendizagem,
lugar de efetivar o conhecimento sistematizado, oportunizando o espaço físico
adequado e contribuindo para que aconteça um ensino de forma prazerosa e
dinâmica, com possibilidade de crescimento humano nas relações interpessoais.
A escola, por ser um espaço educativo, concebe a educação como uma
construção coletiva, participativa, democrática e universal, que forme cidadãos
críticos e reflexivos, capazes de contribuir para a transformação da sociedade.
[...] a escola tem uma função específica educativa, propriamente pedagógica, ligada à questão do conhecimento; é preciso, pois, resgatar a importância da escola e reorganizar o trabalho educativo, levando em conta problema do saber sistematizado, a partir do qual se define a especificidade da educação escolar. (Saviani, 1997, p.114).
A escola deve objetivar a qualidade do ensino, ser espaço de formação
cultural, tecnológica e científica, efetivando-se enquanto parte do conhecimento
elaborado e sistematizado, instaurando-se como formadora de pessoas capazes de
atuar na construção histórica da sociedade em que estão inseridos.
A escola deve ser um espaço democrático de formação continuada e
desenvolvimento integral do ser humano, formando sujeitos históricos e sociais que
precisam estar em constante processo de reflexão de sua práxis, de crescimento
emocional e cognitivo.
Cidadania
Para alcançar o objetivo de construir uma escola democrática, igualitária,
participativa, formativa e crítica é necessária a concepção de uma cidadania plena e
consciente dos direitos e deveres atribuídos a todas as pessoas.
46
A educação como um dos principais instrumentos de formação da
cidadania, deve ser entendida como a concretização dos direitos que permitem ao
indivíduo sua inserção na sociedade.
A atual realidade social e educacional de nosso país requer o enfrentamento
e a superação da contradição da estrutura que existe entre a declaração
constitucional dos direitos sociais (dentre eles a educação) e a negação da prática
desses direitos; da ideologia que associa a pobreza material à cultural; de recolocar-
se o problema da escola pública em termos de direito de todos, de acesso ao
conhecimento elaborado; recolocar a questão do trabalho como atividade de
produção/apropriação de conhecimento não apenas como mera operação mecânica,
em repensar a relação escola/trabalho.
Os indivíduos devem ter ciência da importância da pessoa humana como
um todo, assim como das instituições que contribuem para esse processo.
Cidadão que não aceite de forma passiva tudo o que é imposto pela
sociedade, mas que almeje a mudança, certo de que ela começa do interior para o
exterior, do individual para o coletivo.
A cidadania requer uma atitude de independência, que o indivíduo adquire
quando passa a pensar sobre a realidade em que se encontra. Nessa atividade do
pensar, a escola exerce um papel fundamental, bem como, todos os profissionais
que nela se encontram inserido.
Gestão Democrática
A gestão democrática é um princípio consagrado pela Constituição vigente e
abrange as dimensões pedagógicas, administrativas e financeiras. Ela visa romper
com a separação entre concepção e execução, entre o pensar e o fazer, entre a
teoria e a prática.
Entre os princípios que devem nortear a educação, a Constituição de 1988,
em seu artigo 206, assumidos no artigo 3º da Lei N.º 9394 / 96 ( LDBEN ) consta,
explicitamente, a “gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da
legislação dos sistemas de ensino” ( inciso VIII do art. 3º da LDB ).
É necessário que a escola garanta a qualidade, o acesso e a permanência
de forma gratuita para todos os alunos, independente da ideologia, cor, etnia,
religião ou grupo social, e para os alunos com deficiência.
47
Cabe a escola buscar condições junto à Secretaria Estadual da Educação
para que isso ocorra com a qualidade que é garantida na Constituição Federal
como: capacitação e valorização de professores, adaptação de espaços físicos e
prestação assistência técnico financeira.
A gestão democrática é um princípio importante para que a escola seja um
espaço permanente de debate, diálogo e reflexão, buscando sempre a autonomia
didática pedagógica, administrativa e financeira, a liberdade de expressão, o acesso
à pesquisa, a arte e o saber.
Que ela possa contribuir efetivamente para o processo de construção de
uma cidadania emancipadora e posicionamentos críticos que possam combater a
idéia burocrática da hierarquia.
A gestão democrática é o processo que rege o funcionamento da escola,
compreendendo tomada de decisão conjunta no planejamento, execução,
acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas,
envolvendo a participação de toda a comunidade escolar.
Como decorrência do princípio fundamental da democracia e colegialidade,
a gestão democrática terá como órgão máximo de direção, o Conselho Escolar. De
acordo com a LDB, a gestão deve ser democrática, autônoma e contar com a
participação efetiva dos instrumentos de ação colegiada que são: o Conselho
Escolar, o Conselho de Classe, o Grêmio Estudantil, os Representantes de turma e
a APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários sendo que todos têm suas
funções regulamentadas em Estatuto próprio como previsto no Regimento Escolar
aprovado pelo Ato Administrativo nº 50/2008 e Parecer Conjunto n.º 95/2008 emitido
pelo NRE de Paranavaí.
A organização, redimensionamento e avaliação contínua dos mecanismos
de gestão democrática devem ser realizados pelo Conselho Escolar e APMF.
Projeto Político Pedagógico
O Projeto Político Pedagógico de uma escola é o instrumento representativo
dos interesses de uma comunidade escolar.
É projeto político porque deve expressar o compromisso com a formação
dos cidadãos (portanto com um tipo de sociedade). Resulta de articulação dos
48
interesses reais e coletivos da população participante com seus compromissos
sociopolíticos.
É Pedagógico enquanto definição de ações educativas para o cumprimento
da intenção da coletividade consubstanciada nos parâmetros normativos
constitutivos do estado democrático de direito.
Assim, a dimensão pedagógica cumpre a efetivação da intencionalidade do
empreendimento educacional: formação do cidadão participativo, responsável,
compromissado, crítico, criativo, desenvolvido em todas suas dimensões, maduro e
pronto para ser feliz.
São indissociáveis os processos político e pedagógico, eles se fundem num
só. A educação não é proveniente de uma determinada técnica pedagógica aplicada
por um entendido, mas proveniente de uma vivência teórica e prática que educa e
forma, que se dá pela relação íntima e recíproca entre as dimensões política e
pedagógica. Com efeito, o projeto político-pedagógico se constitui em processo
democrático de decisões, onde o empreendimento educacional se constrói. Para
tanto, é necessário que o projeto se oriente para a superação dos conflitos,
minimizando a competitividade, o corporativismo e o autoritarismo. Que busque
ampliar as relações pessoais, racionalizando a burocracia e a fragmentação das
divisões de trabalho.
Realizando estas orientações se realiza o projeto, ao mesmo tempo em que
os partícipes se educam. Portanto não se fala de educação dos alunos, mas de
todos: administração, corpo docente, discente, pais e comunidade.
Constituir novas práticas, nova realidade, deve ser a intencionalidade do
coletivo. Isto só será possível pela vivência democrática de todos os membros da
comunidade educacional em exercício de cidadania.
Formação Continuada
A formação continuada de professores tem seu amparo legal na LDBEN
9394/96 (estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional Brasileira), ao
regulamentar o que já determinava a Constituição Federal de 1988, instituindo a
inclusão, nos estatutos e planos de carreira do magistério público, do
49
aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive em serviço, na carga horária do
professor.
Esses horários segundo a normativa legal são reservados para estudos,
planejamento e avaliação, com o intuito de propiciar uma formação fundamentada
na “intima associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em
serviço”.
No Art.13º, inciso V se enuncia que os docentes incumbir-se-ão de ministrar
os dias letivos e horas-aulas estabelecidos, além de participar, integralmente, dos
períodos dedicados ao planejamento, a avaliação e ao desenvolvimento profissional.
A formação continuada como prática realizada na escola, tem como foco
garantir a qualidade do ensino-aprendizagem, assim como valorizar o trabalho
exercido pelos profissionais da escola. Há oferta constante de cursos de capacitação
de responsabilidade da mantenedora SEED/PR e também da escola em sua
organização interna.
O compromisso de participação passa a ser então do profissional que busca
atualizar-se constantemente para realizar seu trabalho com mais qualidade, e é claro
da escola como um todo, no sentido de estimular a todos os profissionais para que
estejam constantemente repensando, avaliando e reconstruindo sua prática.
Ser educador é educar-se permanentemente, pois o processo educativo não
se fecha, é contínuo. Portanto, dar continuidade à formação dos docentes nas
escolas, seu local de trabalho, implica um permanente acompanhamento destes,
para complementar, mudar e/ou melhorar a formação já obtida e também para o
aprofundamento de estudos da prática cotidiana do contexto real de desempenho
profissional, ou seja, a instituição escolar.
Currículo
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) 9394/96,
orienta para um currículo de base nacional comum para o ensino fundamental e
médio. As disposições sobre o currículo estão em três artigos da LDBEN.
Numa primeira referência mais geral, quando trata da Organização da
Educação Nacional, define-se a competência da União para “estabelecer, em
colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e
diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que
50
nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação
básica comum” (Art. 9º, inciso IV).
Outras referências mais específicas estão no capítulo da Educação Básica,
quando se define que “os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma
base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela”. (Art. 26).
Para a Educação Profissional, o Art. 39 dispõe que: “a educação
profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à
tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida
produtiva”.
Finalmente, são estabelecidas as diretrizes que deverão orientar os
“conteúdos curriculares da educação básica”, que envolvem: valores, direitos e
deveres e orientação para o trabalho. (Art. 27 parágrafos 1º, 2º, 3º, 4º 5º).
A LDBEN sugere uma flexibilização dos currículos, na medida em que se
admite a incorporação de disciplinas que podem ser escolhidas levando em conta o
contexto local. (Art. 28, inciso I, II, III)
O currículo da escola pública deve ter como meta o desenvolvimento de
uma prática pedagógica que articule os conteúdos ao processo educativo. Isto vem
facilitar aprendizagem do aluno empregando desta forma recursos didáticos
pedagógicos diferenciados inseridos no contexto social.
O currículo deve ser construído coletivamente, visando à realidade para que
cumpra com sua função educacional, respeitando a identidade cultural e social do
aluno, promovendo também a participação do mesmo em projetos desenvolvidos
pela escola como a Agenda 21, Cultura Afro-brasileira e Indígena entre outros temas
contemporâneos.
Na construção do currículo devem ser levadas em consideração as
experiências que os alunos trazem de sua vida particular, ou seja, o conhecimento
informal para que a escola a partir dele, possa trabalhar os conteúdos acadêmicos
na sua totalidade de conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade,
considerando suas permanências e transformações.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (2008, p. 20),
o currículo deve oferecer aos estudantes a formação necessária para o
51
enfrentamento voltado à transformação da realidade social, econômica e política do
seu tempo.
O currículo deve ser baseado nas dimensões científica, artística e filosófica
do conhecimento que possibilite um trabalho pedagógico capaz de direcionar o
educando para a totalidade do conhecimento, e sua relação com o cotidiano.
Conhecimento
Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações
entre os homens e a natureza. Assim sendo, o conhecimento é construído através
das relações sociais mediadas pelo trabalho dos seres humanos. Esse
conhecimento é influenciado pelo modo de produção, gerando uma concepção de
ser humano, ideologia, cultura e sociedade.
Na sociedade capitalista o conhecimento é detido por uma minoria
dominante que utiliza a seu favor, mantendo uma sociedade de classes.
À escola cabe socializar e, possibilitar a apropriação deste conhecimento
pelos educandos, permitindo aos mesmos reconhecer e defender seus interesses.
Neste sentido, queremos para nossa escola, um conhecimento histórico,
crítico e sistematizado que possibilite a troca de experiências, e busque transformar
a realidade em que estamos inseridos.
O conhecimento é percebido quando há manifestações de mudança de
atitude e comportamento, frente à situação vivida e a prática social. Portanto, o
conhecimento mediador, num processo ação-reflexão-ação simultaneamente,
possibilita a transformação social de um povo.
Cultura
A cultura é resultado de toda a produção humana e segundo Saviani,
Para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano, o mundo da cultura (1992, p, 19).
52
Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa
completar várias dimensões da ação humana, entre eles a concepção de cultura.
Na escola, em sua prática há a necessidade da consciência de tais
diversidades culturais, especialmente da sua função de trabalhar as culturas
populares de forma a levá-los à produção de uma cultura erudita, como afirma
Saviani:
a mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular a cultura erudita; assume um papel político fundamental”. (Saviani, apud, Frigotto, 1994 p, 189).
Analisando a realidade na qual convivemos, consideramos que se faz
necessário uma concepção de cultura que identifique, conheça e vivencie o
multiculturalismo, que vise à transformação do ser humano, da sociedade e do
mundo.
Todo o conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de
significação é cultural.
Não existe uma cultura superior ou inferior à outra, o que temos é uma
diversidade cultural que precisa ser aceita valorizada, respeitada e reconhecida
como parte do ser humano.
Letramento
O sistema de escrita e as convenções para seu uso constituem uma
tecnologia inventada e aperfeiçoada pela humanidade ao longo de milênios, quando,
inicialmente se usava desenhos e símbolos para representar a fala.
O sistema alfabético, constituído por sinais gráficos, era reproduzido em
tabletes de barro, pedra, papiro, pergaminho e papel com objetivo de representar os
sons da fala.
A codificação dos sons em letras ou grafemas e a decodificação deles em
sons constituem um dos passaportes para a entrada no mundo da escrita. Essa
aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de escrita e das técnicas para seu
uso é chamada de alfabetização.
53
Para que aconteça o desenvolvimento de competências para o uso da
leitura e da escrita nas práticas sociais faz-se necessário o uso da tecnologia da
escrita que se chama letramento.
Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um
contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do
educando.
O letramento designa práticas de leitura e escrita, sendo que a entrada da
pessoa neste mundo se dá pela aprendizagem de toda a complexa tecnologia
envolvida no aprendizado do ato de ler e escrever. Ou seja, para entrar nesse
universo do letramento, o indivíduo precisa apropriar-se do hábito de buscar um
jornal para ler, de frequentar revistarias, livrarias, e com esse convívio efetivo com a
leitura, apropriar-se do sistema de escrita.
É importante observar que o termo alfabetização, sempre entendido de uma
forma restrita como aprendizagem do sistema da escrita, foi ampliado, pois já não
basta aprender a ler e escrever, é necessário mais que isso para ir além da
alfabetização funcional.
Portanto, os professores que trabalham com alfabetização devem
alfabetizar letrando, tomando cuidado de não fugir à especificidade do processo de
alfabetização que é ensinar a criança e ela aprender.
Ensino-Aprendizagem
Aprender e ensinar são processos inseparáveis. Isto acontece porque o ato
de ensinar “é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo
singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos
homens” (SAVIANI, 1995, p. 17).
Este processo se efetiva quando o indivíduo se apropria dos elementos
culturais necessários a sua formação e a sua humanização.
Para que o ensino-aprendizagem possa acontecer, é necessário investir em
ações que potencializem a disponibilidade do aluno para a aprendizagem, o que se
traduz, por exemplo, no empenho em estabelecer relações entre seus
conhecimentos prévios e o que está sendo apreendido sistematicamente sobre ele
na escola.
54
Essa disponibilidade exige ousadia para se buscar soluções e experimentar
novos caminhos visando transformar sua realidade, relacionando teoria à prática.
Para Vygotski (1995) “a aprendizagem é um processo histórico, fruto de uma relação
mediada e possibilita um processo interno, ativo e interpessoal.”
Os processos de ensino-aprendizagem adquirem um enfoque social e
chamam à discussão: o modo como devem ser entendidas as relações entre
desenvolvimento e aprendizagem, a importância da relação na qual vivem nossos
educandos, relação esta entre cultura e educação, o papel da ação educativa
ajustada às situações de aprendizagem e às características da atividade mental
construída pelo educando em cada momento da aprendizagem.
Esta defesa da dimensão política da educação, da indissociabilidade entre o
ensino e a aprendizagem, entre o fazer e o pensar, do movimento dialético de
apropriação do conhecimento que possibilite compreender o real em suas
contradições, são algumas das muitas defesas da abordagem histórico-cultural.
Avaliação da Aprendizagem
Visando a dimensão formadora da avaliação, que tem como finalidade
primordial a aprendizagem ou ainda, a verificação dela, permitindo uma reflexão
sobre a ação da prática pedagógica no processo educativo, a avaliação assume
uma postura como instrumento de investigação capaz de acompanhar o
desempenho do aluno, diagnosticando e orientando práticas pedagógicas
insuficientes, de modo a apontar novos caminhos para superar problemas e fazer
emergir novas práticas educativas.
A finalidade da avaliação não deve estar centrada no registro de uma nota,
mas objetivando uma dimensão formadora uma vez que o fim desse processo é
aprendizagem ou a verificação dela permitindo assim que haja uma reflexão sobre a
ação da prática pedagógica.
De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008), os processos avaliativos
não devem apenas constatar o que o aluno aprendeu ou não, fazendo com que se
torne refém das constatações realizadas pelo professor.
O processo avaliativo deve visar à formação do sujeito que se apropria do
conhecimento para compreender as relações humanas, bem como suas
contradições e conflitos.
55
A ação pedagógica da sala de aula deve contribuir ativamente para essa
formação, proporcionando um movimento na direção da aprendizagem do
educando, da qualificação do educador e da escola.
A avaliação converte-se em ferramenta pedagógica, em um elemento que
melhora a aprendizagem do educando e a qualidade do ensino, assim ela deve ter
compromisso com a educação democrática, numa perspectiva de inclusão, a qual
deverá necessariamente ser diversificada, valorizando a individualidade de cada
aluno.
A legislação atual concede uma grande importância à avaliação,
assegurando que ela seja realizada de forma contínua, formativa e processual sendo
assim mais um elemento do processo ensino – aprendizagem.
É necessário articular o processo de avaliação com a finalidade do objeto
avaliado: contribuindo para o desenvolvimento das capacidades dos alunos, a
avaliação converte-se em ferramenta pedagógica, em um elemento que melhora a
aprendizagem do aluno e a qualidade do ensino.
A avaliação deve ter compromisso com a educação democrática, numa
perspectiva de inclusão, a qual deverá necessariamente ser diversificada,
valorizando a individualidade de cada aluno.
Tecnologia
A LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº9.394/96 ao propor
a formação tecnológica como eixo do currículo assume, segundo KUENZER (2000),
a concepção que a aponta como a síntese, entre o conhecimento geral e o
específico, determinando novas formas de selecionar, organizar e tratar
metodologicamente os conteúdos.
O uso de tecnologias como apoio ao ensino e à aprendizagem vem
evoluindo vertiginosamente nos últimos anos, podendo trazer efetivas contribuições
à educação.
Entretanto, para evitar ou superar o uso ingênuo dessas tecnologias, é
fundamental conhecer as novas formas de aprender e de ensinar, bem como de
produzir, comunicar e representar conhecimento, possibilitadas por esses recursos,
que favoreçam a democracia e a integração social.
56
Dessa forma, a tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta
sofisticada e alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para
o aumento das desigualdades ou para a inserção social se vista como uma forma de
estabelecer mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas.
É preciso implementar no Sistema Educacional, uma pedagogia mediante a
qual não apenas, se reforme o ensinamento, mas que também se facilite a
aprendizagem.
Que a tecnologia seja o material de apoio ao processo ensino-
aprendizagem, cujo mediador seja o professor, o aluno seja o aprendiz de um
pensar novo que leve a descobertas do mundo a sua volta, sendo um meio de
estabelecer relações entre o conhecimento científico, tecnológico e sócio-histórico,
possibilitando articular ação, teoria e prática.
Inclusão
O processo de educação inclusiva passa pela capacidade de entender e
reconhecer o outro como diferente, respeitando essas diferenças e sabendo atuar
com a diversidade, visando à inclusão educacional e social de cada individuo
enquanto sujeito, tendo o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas
diferentes. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção.
É para o estudante com deficiência física, para os que têm
comprometimento mental, para as surdas, cegas, todas as que pertencem a
minorias étnicas, credos, raças, cor diferente da maioria, para as que apresentam
déficit de aprendizagem ou de atenção.
A Constituição Brasileira de 1988 garante o acesso ao Ensino Fundamental
regular a todas as crianças e adolescentes, sem exceção. Assim deixa claro que a
criança com necessidade educacional especial deve receber atendimento
especializado. A inclusão ganhou reforços com a LDB de 1996 e com a Convenção
da Guatemala, de 2001.
As necessidades educacionais especiais são definidas pelos problemas de
desenvolvimento da aprendizagem apresentados pelo aluno, em caráter temporário
ou permanente, bem como, pelos recursos e apoios que a escola deverá
57
proporcionar, objetivando a remoção das barreiras para a aprendizagem e que
compreendem:
I) Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de
desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, não
vinculadas a uma causa orgânica específica ou relacionadas a distúrbios, limitações
ou deficiência;
II) Dificuldades de comunicação e sinalização, demandando a utilização de
outras línguas, linguagens e códigos aplicáveis;
III) Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos;
IV) Superdotação/Altas Habilidades; Os principais dispositivos legais, políticos
e filosóficos que possibilitam estabelecer os horizontes das políticas educacionais
asseguram o atendimento educacional especializado, com oferta preferencial na
rede regular de ensino, de modo a promover a igualdade de oportunidade e a
valorização da diversidade no processo educativo.
A oferta de atendimento educacional aos educandos com necessidades
educacionais especiais no Estado vem sendo orientada de acordo com a legislação
vigente com destaque aos documentos:
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96-Capítulo 5, art.58,59
e 60;
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica-Parecer
nº 17/01-CNEnº 02/01;
Deliberação nº 02/03-CEE.
Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos inclusivos .
Ser Humano
O Ser Humano deve ser atendido em toda a sua dimensão e deve dispor de
recursos que satisfaçam as suas necessidades, para que analise, compreenda e
intervenha na realidade, buscando transformá-la para o bem comum.
58
[...] isto porque o homem não se faz homem naturalmente; ele não nasce sabendo ser homem, vale dizer, ele não nasce sabendo sentir, pensar, avaliar, agir. Para saber pensar e sentir; para saber querer, agir ou avaliar, é preciso aprender, o que implica o trabalho educativo. (Saviani, 1997, p.11).
Partindo do pressuposto de que o indivíduo é um ser histórico, pode este
escrever a sua história de maneira crítica e construtiva, traçando metas e buscando
alcançá-las.
Ter consciência do desenvolvimento, buscando-o com consciência crítica
reflexiva, participativa e transformadora. É necessário para tanto o domínio do
conhecimento, o respeito mútuo, a aceitação das diferenças, para a conquista da
sua autonomia como Ser Humano e antes de tudo, um ser de vontade e que se
pronuncia sobre sua realidade.
Trabalho
O trabalho é uma atividade, inerente e imprescindível à vida do ser
humano, sendo à base de todas as relações humanas. É (...) uma atividade humana
intencional que envolve forma de organização, objetivando a produção dos bens
necessários à vida. (Andery, 1998, p.13).
O sucesso relativo da espécie humana está na sua capacidade de criar e
agir sobre a natureza usando instrumentos que livrem o corpo da dor, dos
sofrimentos para a conclusão das tarefas necessárias à vida. Criando o meio de
trabalho, o homem cria também o seu próprio movimento até criar a máquina que
modifica os meios de trabalho de onde surgem as sociedades de classe e o
desenvolvimento das forças produtivas. Surge à contradição homem/máquina e o
corpo humano perde o caráter e se transforma em força do trabalho. É a classe das
máquinas humanas que busca o desenvolvimento das forças produtivas. Vivemos
hoje, sob determinação de um novo grau de desenvolvimento das forças produtivas
que é denominado revolução tecnológica.
Conforme a legislação, na sociedade contemporânea, todos,
independentemente de sua origem ou destino sócio - profissional, devem ser
59
educados na perspectiva do trabalho, sendo ele uma das principais atividades
humanas, um campo de preparação para escolhas profissionais futuras, um
processo de produção de bens materiais (bens produzidos para posterior consumo,
gerando o comércio), bens não materiais (bens em que a produção e o consumo
acontecem simultaneamente), e de serviços e conhecimentos com tarefas laborais
que lhe são próprias, ou um espaço de exercício de cidadania.
Desta forma, o trabalho educativo é uma atividade intencional que
envolve formas de organização, necessárias para a formação do ser humano.
O conhecimento resulta de uma construção histórica, portanto, é a
matéria-prima com a qual o professor e o aluno trabalham e a partir deste trabalho
constroem novos conhecimentos e propõem modificações à sociedade em que
vivem, propiciando “ao cidadão-produtor chegar ao domínio intelectual do técnico e
das formas de organização social, sendo, portanto, capaz de criar soluções originais
para problemas novos que exigem criatividade, a partir do domínio do
conhecimento” (Kuenzer, 1985, p.33 e 35).
Infância
A concepção de infância e as maneiras de se pensar o que é ser criança,
teve modificações ao longo da história, variando de época para época com
características diferentes de compreensões e principalmente no final do século
passado quando as teorias sobre o desenvolvimento tiveram um grande avanço pela
contribuição dos estudos de educadores e psicólogos.
Ressaltando esta afirmação, Felipe (2001, p.27), escreve que “o avanço de
determinadas áreas do conhecimento como a medicina, a biologia, a psicologia, bem
como a vasta produção das ciências sociais nas últimas décadas [...] produziram
importantes modificações na forma de pensar e agir em relação à criança pequena”.
No mesmo artigo a autora destaca a influência da política, da economia e da
cultura sobre a produção das teorias científicas, que podem sofrer alterações com o
passar do tempo e que é importante “não entendê-las como verdades definitivas,
pois teorias que se pretendem científicas devem ser passíveis de questionamentos,
sujeitas, portanto, a transformações (p.28)”.
60
O “pensar” sobre a criança é uma invenção dos tempos modernos, pois
pouco se sabe a respeito do trato com as mesmas nas sociedades antigas e parca
bibliografia se encontra a este respeito.
No Brasil, a preocupação em relação ao atendimento à criança, teve maior
atenção a partir da década de 80 através dos Planos Nacionais de Desenvolvimento.
Porém, é a partir da Lei Nº 9394/96 e do Plano Nacional de Educação,
reconhecendo-as como sujeitos de direitos com absoluta prioridade e contando com
o respaldo da Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 208, inciso IV, artigo 214
e 277, que o progresso em relação às políticas públicas de atendimento em relação
à criança teve maior significado.
Na contemporaneidade há preocupação em aumentar a consciência social
em relação a esta fase de vida. Muitos estudiosos têm colaborado através de suas
teorias e obras no entendimento da criança como ser social nas dimensões do
desenvolvimento, aprendizagem e ensino.
Conceber a criança como ser social que ela é, significa: considerar que ela tem uma história pertence a uma classe social determinada, que estabelece relações definidas segundo seu contexto de origem, que apresenta uma linguagem decorrente dessas relações sociais e culturais estabelecidas, que ocupa um espaço que não é só geográfico, mas que também é de valor, ou seja, ela é valorizada de acordo com os padrões de seu contexto familiar e de acordo com sua própria inserção nesse contexto (KRAMER, 1986, p.79).
A atuação do educador junto à criança depende de sua concepção a
respeito desta fase de vida. A Secretaria do Estado do Paraná (2010), no documento
Ensino Fundamental de nove anos, orientações pedagógicas para os anos iniciais,
defende que entre as singularidades desta fase de vida, as crianças se desenvolvem
na interação social, aprendendo a relacionar-se com o mundo e nessa interação
necessita de proteção e cuidado do adulto.
Pode-se afirmar que tem ocorrido avanços nos estudos sobre a infância à medida que se destaca esta etapa da vida humana como uma construção social, o que supera as compreensões de caráter inatista, pois se compreende que a aprendizagem se dá na interação social, não estando condicionada pela maturação biológica (GUSSO, 2010, p.11).
61
No documento, fica explícito que a criança incorpora as formas de
comportamento já consolidada pela experiência humana a partir desta interação com
outros seres humanos, no contexto cultural ao qual está inserida. Portanto, sendo a
criança um sujeito de direito, tendo seu desenvolvimento pautado no histórico, no
social e inserida num contexto cultural e virtual, necessita da atenção do adulto para
viver, conhecer, desenvolver-se e satisfazer suas necessidades, ressaltando a
colocação de Gusso (2010, p.11) “Nesse sentido, cabe à escola, reconhecer estes
sujeitos como capazes de aprender os diferentes conhecimentos acumulados pela
humanidade e sistematizados como conteúdos pela escola, respeitando a
singularidade da infância”.
Os conflitos da sociedade contemporânea e os avanços tecnológicos,
nos reporta a refletir que não nos cabe apenas a pensar e conceituar a infância, mas
construí-la e defendê-la através de políticas públicas adequadas, propósitos
educacionais consistentes para uma educação de qualidade e proteção à família,
reconhecendo a importância desta primeira fase de vida para a formação do ser
humano.
Adolescência
Adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta,
caracterizado pelos impulsos do desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e
social e pelos esforços do indivíduo em alcançar os objetivos relacionados às
expectativas culturais da sociedade em que vive.
A adolescência se inicia com as mudanças corporais da puberdade e
termina quando o indivíduo consolida seu crescimento e sua personalidade, obtendo
progressivamente sua independência econômica, além da integração em seu grupo
social.
Na maioria dos países, o conceito de maioridade do ponto de vista legal
é estabelecido aos 18 anos, mas outros critérios existem e permanecem flexíveis e
confusos, de acordo com os costumes e culturas locais.
No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069,
de 1990, considera criança a pessoa até 12 anos de idade incompletos e define a
adolescência como a faixa etária de 12 a 18 anos de idade (artigo 2o), e, em casos
62
excepcionais e quando disposto na lei, o estatuto é aplicável até os 21 anos de
idade (artigos 121 e 142).
O adolescente pode ter o voto opcional como eleitor e cidadão a partir dos
16 anos. O conceito de menor fica subentendido para os menores de 18 anos. É
importante enfatizar que, devido às características de variabilidade e diversidade dos
parâmetros biológicos e psicossociais que ocorrem nesta época, e denominadas de
assincronia de maturação, a idade cronológica, apesar de ser o quesito mais usado,
muitas vezes não é o melhor critério descritivo em estudos clínicos, antropológicos e
comunitários ou populacionais.
É importante observar que ocorre uma enorme variabilidade no tempo de
início, duração e progressão do desenvolvimento puberal, com marcantes diferenças
entre os sexos e entre os diversos grupos étnicos e sociais de uma população,
inclusive de acordo com estado nutricional e fatores familiares, ambientais e
contextuais.
Na atualidade, é difícil para o jovem construir uma identidade positiva em
vista às condições de violência, marginalidade social, exclusão do trabalho e
conflitos familiares a que convivem. Esta situação tem provocado, também nos pais,
dificuldade de ser um suporte para seus filhos porque se sentem fragilizados diante
desta realidade social precária e contraditória, efeito também de composições
familiares diversas. Devido a estes fatores, o adolescente procura afirmar sua
identidade no grupo de iguais que norteará a sua conduta.
Quanto mais o mundo adulto preconiza o isolamento, a otimização, a banalização dos vínculos e a falta de solidariedade, que são problemas do nosso tempo, mais o adolescente se refugia com certo êxito em seu grupo em função de possuir disponibilidade afetiva suficiente para manter o respeito, a tolerância e a fidelidade que caracterizam suas relações de iguais. Adolescente e grupo são indissociáveis, eles se pertencem: são por excelência, seres sociais, gregários, atípicos, que precisam do grupo para sobreviver, para se auto-preservar e buscar prazer (LIMA, 2002, p.35).
No mesmo artigo, o autor ressalta que a tentativa em superar este
distanciamento do adolescente para com o mundo adulto implica a necessidade de
que o mundo adulto volte a agrupar-se, preconizando que o adulto ao invés de se
julgar como o dono da verdade e de discutir a onipotência do adolescente como algo
63
indolente, precisa recuperar a convivência afetiva com os adolescentes e entender
que “patrimônio do adolescente é o grupo, pois é nesse espaço que ele desenvolve
sua espontaneidade (p.35)”, sendo importante rever conceitos a respeito da
adolescência e definir sua “própria identidade e responsabilidade social para
relacionar e compreender o adolescente. Só depois poderá trabalhar com ele em
seu mundo (p.36)”.
Portanto, um comportamento parental de orientação democrática contribui
para atenuar os conflitos mais graves evitando que a etapa adolescente não se
caracterize por atitudes de hostilidade em relação ao adulto e a família e que possa
estar ligado à interiorização dos valores, do desenvolvimento da consciência e do
raciocínio moral.
A verdadeira adaptação à sociedade vai-se fazer automaticamente, quando o adolescente de reformador se transformar em realizador. Da mesma maneira que a experiência reconcilia o pensamento formal com a realidade das coisas, o trabalho efetivo e constante, desde que empreendido em situação concreta e bem definida, cura todos os devaneios. Não é preciso inquietar-se com as extravagâncias e com os desequilíbrios dos melhores entre os adolescentes. Se os estudos especializados não são sempre suficientes, o trabalho profissional, uma vez superadas as últimas crises de adaptação, restabelece seguramente o equilíbrio e marca, assim, o acesso à idade adulta em definitivo (PIAGET, 1984, p.69).
O adolescente, graças à sua personalidade em formação reconstrói o
mundo através de construções sucessivas e como a tendência de toda atividade
humana é a marcha para o equilíbrio, o comportamento dos adolescentes sacrifica
seus antigos sonhos utópicos a novos interesses adultos na vida afetiva e no
desenvolvimento mental.
Uma profunda reflexão sobre o compromisso de políticas públicas de
inclusão social e profissional e compromisso político-pedagógico se faz necessária
no interior da escola em relação à formação desses sujeitos críticos para que
através da aquisição do conhecimento sistematizado e como pessoas conscientes
de seu papel, contribuam para a construção de uma sociedade mais justa e
igualitária.
64
MARCO OPERACIONAL
É preciso que todos funcionem como uma orquestra: afinados em torno de uma partitura e regidos pela batuta de um maestro que aponta como cada um entra para obter um resultado harmônico. Esse maestro é o gestor. E a partitura, o projeto pedagógico da escola, um arranjo sob medida para os alunos e que é referência para todos (VIEIRA, 2002, p.88).
A Escola que queremos
A Educação é um fenômeno que ocorre intencionalmente, visando à
formação de indivíduos críticos, que se tornem atuantes transformando sociedade
em que estão inseridos. Desta forma, é preciso dar um novo significado a ação
educativa, direcionando o ato de ensinar para uma prática-reflexiva, onde todos os
sujeitos desse processo sejam reconhecidos como construtores do conhecimento e
da história que se faz a partir de suas atitudes.
Para que isso ocorra verifica-se a importância de se ter autonomia na
gestão, assim como na prática pedagógica dos docentes os quais devem assumir o
compromisso de promover intelectualmente seus alunos por meio da articulação do
currículo, utilizando-se de instrumentos e critérios específicos para efetivar a
avaliação diagnóstica, como forma de intervir no processo ensino aprendizagem.
A participação ativa dos pais e/ou responsáveis será parte fundamental
desse processo fazendo-se valer o direito da criança e do jovem a uma educação de
qualidade.
A prática educativa deverá favorecer a transformação da realidade por meio
da transmissão de conhecimentos, regras, valores sociais, respeito às diferenças
individuais e da participação ativa na busca da criação de espaço para efetivação da
expressão social.
O papel específico de cada segmento da comunidade escolar
Enquanto espaço originário da atuação dos educadores, a escola mantém
uma relação dialética com a sociedade: ela reproduz e transforma a sociedade e a
65
cultura. Os movimentos de reprodução e transformação são simultâneos. Os
trabalhos dos educadores, que ocorrem na escola, também se apresentam dialéticos
e muitas vezes até complexos por reproduzir a dinâmica da sociedade.
A Equipe de Direção como articuladora
Ao Diretor cabe papel de articulador institucional, que lhe garante o direito
de tomar medidas para o bem estar de todos. Além do aspecto político e pedagógico
do processo, deve estar atento também ao aspecto legal. Faz-se necessário então,
que esteja consciente das relações que perpassam o cotidiano, e exerça o papel de
articular a organização da escola, sendo agente mediador entre escola e
comunidade.
A direção assume ações de natureza pedagógica e técnico-administrativa
diante da legislação escolar e das normas administrativas, dos recursos físicos,
materiais e didáticos, financeiros, das rotinas administrativas, da secretaria escolar,
assim como ações de natureza pedagógico-curricular que são as ações voltadas
para a formulação e gestão do Projeto Político Pedagógico, do currículo, do ensino,
do desenvolvimento profissional e da avaliação, ou seja, das ações que constituem a
atividade escolar.
(…) A direção da escola tem a atribuições pedagógicas e administrativas próprias, entre as mais importantes estão à organização, administração e gestão do processo de tomada de decisões por meio de práticas participativas e a execução das decisões tomadas. Em geral ele atua mais diretamente nos aspectos administrativos, delegando aos aspectos pedagógico-curriculares à coordenação pedagógica (ou outra designação equivalente do trabalho de pedagogo escolar). (Libâneo, 2004, p.270)
O diretor do Colégio Estadual Sílvio Vidal deverá direcionar a organização
do trabalho escolar, de forma criativa, democrática e participativa articulando as
ações e relações que envolvem toda a instituição e comunidade escolar.
A composição, função e competências da equipe de direção encontram-se
regimentadas nos artigos 16, 17, 18 e 19 do Regimento Escolar deste
estabelecimento de ensino.
66
O Professor Pedagogo como mediador e coordenador da ação pedagógica
O trabalho do pedagogo no cotidiano escolar tem como princípio básico o
compromisso de orientar e promover um ensino de qualidade para a comunidade
escolar.
A função do pedagogo é de assistir os alunos, professores, famílias e
comunidade envolvidas no processo de ensino e aprendizagem, propondo
alternativas que visem o desenvolvimento intelectual, a redução da evasão escolar e
o acesso de todos à escola, tornando-a igualitária e democrática.
Para que o pedagogo desempenhe sua função com qualidade é necessário
que ele tenha condições adequadas de trabalho, observando o número de alunos
que o pedagogo pode atender sem comprometer a qualidade do processo.
O trabalho pedagógico deverá ser realizado de forma coletiva, articulando
as atividades pedagógico-curriculares, no sentido de construção de uma prática
transformadora.
Quanto às responsabilidades e competências da Equipe Pedagógica
estão regimentadas nos artigos 32, 33 e 34 do Regimento Escolar deste
estabelecimento de ensino.
O aluno Conhecedor Crítico-Reflexivo
O aluno é sujeito para o qual todo o trabalho pedagógico se organiza. A
escola deve pautar seu trabalho educativo no sentido de desenvolver no educando o
senso crítico reflexivo, transformando seu conhecimento empírico em saber erudito,
pois somente o conhecimento liberta o homem da alienação tornando-o capaz de
alcançar a consciência plena de seu papel na relação entre seres humanos e estes
com a natureza.
Para consolidação do ensino e aprendizagem de qualidade é fundamental o
cumprimento de normas e regras construídas no coletivo elencadas no Regimento
Escolar.
67
O estudante como sujeito do processo de ensino e aprendizagem
possibilitará ao professor refletir e avaliar com freqüência seu plano de trabalho e
redirecioná-lo se necessário.
Com isto, este aluno terá possibilidades de cultivar sonhos e ideais
individuais e coletivos, na construção de uma sociedade da qual ele é parte
fundamental com direitos e deveres.
Os direitos, deveres, proibições e ações educativas pedagógicas e disciplinares dos alunos encontram-se regimentadas nos artigos 166, 167, 168 e 169 do Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino.
O Funcionário enquanto educador
Na organização do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Sílvio
Vidal, contamos com a participação dos funcionários nas discussões realizadas nas
semanas pedagógicas, pois eles são integrantes e essenciais no contexto escolar.
A gestão democrática possibilita aos funcionários serem agentes do
processo educativo nos diferentes tempos e espaços como nas reuniões
pedagógicas, Conselho de Classe e nas demais ações e decisões que envolvem o
coletivo escolar.
Os momentos de estudos e reflexão têm possibilitado aos funcionários e
demais profissionais da educação o entendimento de que cada função é de suma
importância e esta contribuirá para que a educação se efetive com amplitude.
As atribuições e competências encontram-se regimentadas nos
artigos do 37 ao 39 do Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino.
Papel das Instâncias Colegiadas Conselho Escolar
O Conselho Escolar, órgão colegiado que reúne representantes dos
diferentes setores da comunidade escolar e sociedade civil organizada, de natureza
consultiva, deliberativa, fiscal e avaliativa, tem a finalidade de promover a articulação
68
entre os vários segmentos organizados e os setores da escola, conforme Estatuto
próprio.
Fazendo valer os princípios da gestão democrática participativa, a direção
convocará todas as Instâncias Colegiadas para reuniões periódicas ou sempre que
necessário a fim de deliberar sobre os desafios surgidos no cotidiano do colégio,
buscando sugestões e soluções para melhorar a qualidade da educação.
Atribuições, formação e competências encontram-se regimentadas
nos artigos do 9º ao 15 do Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino.
Conselho de Classe
É um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos
didático – pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do estabelecimento de
ensino, tendo por objetivo em reuniões periódicas chegar a um conhecimento mais
sistemático da turma e dos alunos individualmente.
Avaliar o processo ensino e aprendizagem na relação professor – aluno e os
procedimentos adequados a cada caso. O Conselho de Classe é formado pelo
Diretor, Professores Pedagogos, Coordenadores de Curso e todos os professores
que atuam numa mesma classe.
Diante dos principais objetivos do Conselho de Classe é importante citar:
• Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho do
professor, na direção do processo ensino e aprendizagem, proposto pelo plano
curricular;
• Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos; evitando
comparação de alunos entre si.
• Analisar os resultados da aprendizagem com a organização dos conteúdos e o
encaminhamento metodológico;
• Reconstruir a prática pedagógica redimensionando as ações com direção a sanar
as problemáticas levantadas e assim efetivar uma prática pedagógica de mais
qualidade.
O funcionamento do Conselho de Classe tem as suas atribuições determinadas no artigo 31 do Regimento Escolar deste estabelecimento de
ensino.
69
No Colégio Estadual Sílvio Vidal, o Conselho de Classe realizado
trimestralmente discute o rendimento escolar dos alunos e possíveis medidas para
solucionar os problemas que interferiram na aprendizagem durante o período e
é precedido pelo pré-conselho, onde a Equipe Pedagógica, juntamente aos
professores fazem um diagnóstico das situações de aprendizagem de cada turma,
levantando os principais problemas.
Após o Conselho realizamos reuniões de pais ou responsáveis para que
haja uma reflexão das práticas escolares, divulgação do aproveitamento escolar
e maior comprometimento da comunidade com a escola.
O registro dos resultados é feito em livro próprio e em boletins trimestrais
entregue aos pais nas reuniões.
A equipe pedagógica realiza conversas coletivas e individuais sobre
o desempenho escolar, conscientizando o aluno.
Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF
A Associação de pais, Mestres e Funcionários é uma entidade de
representação, que reúne pais, professores e funcionários do estabelecimento, não
tendo caráter político, religioso, racial e nem fins lucrativos. Não sendo remunerados
seus dirigentes e conselheiros, tem por finalidade colaborar na assistência ao
educando, no aprimoramento do ensino e na integração família/escola/comunidade,
mediante ação integrada ao Conselho Escolar.
Os objetivos da APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários):
• Desenvolver todas as funções previstas no estatuto, pelos diferentes
departamentos (esporte, cultura, meio ambiente etc.);
• Participar efetivamente da resolução dos problemas cotidianos;
• Promover reuniões de pais, visando uma maior integração e participação da família
na vida escolar, motivando-os e orientando-os através de palestras, seminários, etc.
A avaliação da APMF será realizada por meio de reuniões da Diretoria com
a Direção da escola onde serão analisados os resultados alcançados.
A APMF é regida por Estatuto próprio, aprovado e homologado em
Assembléia Geral, convocada especificamente para este fim.
70
Grêmio Estudantil
Este Estabelecimento de Ensino possui algumas lideranças estudantis, mas
até o presente momento não instituiu de forma legal o Grêmio Estudantil com suas
especificidades próprias lavradas em estatuto.
Organização Pedagógica da Escola
Critérios para Organização do Calendário Escolar
O calendário escolar é construído em consonância com a LDBEN,
obedecendo às 800 horas, distribuídas em 200 dias letivos, cabendo a Direção,
Equipe Pedagógica e corpo docente da escola direcionarem os dias de reuniões
pedagógicas, conselhos de classe, feriados municipais e demais datas a serem
observadas no calendário escolar.
Critérios para Organizações das turmas
O critério para divisão das turmas do Ensino Fundamental e Médio, a
princípio, acontece naturalmente na medida em que as matrículas são efetivadas e
as turmas vão sendo preenchidas. Num segundo momento é feita uma revisão.
Toma-se o cuidado em dividir de forma equilibrada verificando origem do aluno
(anos iniciais do Ensino Fundamental), faixa etária, ressalvas do Conselho de
Classe final do ano anterior, observações e análise dos professores e pedagogos,
número de retenções, educando de inclusão e demais especificidades e
individualidades de cada aluno.
Sistema de avaliação do estabelecimento de ensino
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno.
71
A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir
o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados.
A avaliação deverá obedecer à ordenação e a sequência do ensino e da
aprendizagem, bem como à orientação das Diretrizes Curriculares e a Proposta
Pedagógica Curricular. Na avaliação do aproveitamento escolar, deverão
preponderar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos da aprendizagem.
Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração
pessoal, sobre a memorização.
A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho
do aluno em diferentes experiências de aprendizagem, dos componentes
curriculares, independente do respectivo tratamento metodológico. É vedada
a avaliação em que os alunos são submetidos a uma só oportunidade de aferição.
A avaliação será trimestral, sendo composta pela somatória das notas
obtidas pelo aluno em cada conteúdo específico e/ ou bloco de conteúdos afins,
previstas para o trimestre no Plano de Trabalho Docente atendendo as
especificidades de cada disciplina.
Cada disciplina, obrigatoriamente deverá ter no decorrer do trimestre, no
mínimo 02 (duas) avaliações para cada conteúdo específico ou bloco de conteúdos
afins e suas respectivas recuperações de estudos organizadas com atividades
significativas, por meio de procedimentos didáticos, metodológicos diversificados.
Ao final de cada trimestre será registrada a média que representará
o aproveitamento escolar do aluno, obtida pela somatória dos melhores resultados
das diferentes avaliações realizadas para cada conteúdo específico e/ou blocos de
conteúdos afins, em cada disciplina.
A avaliação deve utilizar procedimentos que leve em conta os avanços que
o aluno obtenha em relação a si mesmo e não em relação aos demais alunos da
sala.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam
a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa
reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
72
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas onde caberá ao
professor:
Definir, no Plano de Trabalho Docente, os conteúdos a serem trabalhados
a cada trimestre, atribuindo-lhes valor para o processo de avaliação, que somados
chegar-se-á ao total máximo de 10,0.
Estabelecer a metodologia, os procedimentos e critérios de avaliação
utilizando instrumentos diferenciados (prova escrita, seminários, pesquisas, trabalho
em grupo, prova oral, relatórios, etc.), para cada conteúdo previsto no trimestre.
Cada intervenção realizada pelo professor, a fim de promover
à aprendizagem do aluno, deverá ser registrada fidedignamente no Livro de Registro
de Classe.
Caberá ao Conselho de Classe o acompanhamento do processo de
avaliação das séries, a cada trimestre, devendo analisar e deliberar sobre os dados
intervenientes na aprendizagem.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos, dar-se-á de forma permanente
e concomitante ao processo ensino-aprendizagem.
A recuperação de estudos adequada às dificuldades dos alunos deverá
constituir um conjunto integrado ao processo de ensino-aprendizagem, ocorrendo ao
longo de cada trimestre simultaneamente às atividades previstas para o período,
a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
A promoção do aluno deverá ser o resultado do aproveitamento escolar,
expresso na forma de notas adotadas pelo estabelecimento, e da apuração da
assiduidade, incluída a recuperação de estudos, conforme critério e forma
determinada pelo Regimento Escolar.
Serão considerados aprovados no final do ano letivo os alunos que
apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual
igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.
Serão considerados retidos ao final do ano letivo os alunos que
apresentarem:
Frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do
aproveitamento escolar.
Frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior
a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.
73
Para fins de promoção as médias serão obtidas através do seguinte cálculo:
MA= 1º trim. + 2º trim. + 3º trim.
3
FREQUÊNCIA RENDIMENTO RESULTADO 75 % ou mais 6,0 ou mais Aprovado
Menos de 75% qualquer Reprovado 75% ou mais Menos de 6,0 Reprovado
A disciplina de Ensino religioso não se constitui em objeto de retenção do
aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar, sendo optativo para
o aluno.
Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão
devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição
de documentação escolar, expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez
vírgula zero).
A avaliação deve expressar através de instruções e critérios bem definidos,
guiada pela coerência entre a concepção de avaliação expressa no Projeto
Político-Pedagógico, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei
9.394/96 no Regimento Escolar sendo necessária a definição de sua forma no Plano
de Trabalho docente.
A avaliação entendida como um processo intencional e planejado é um
conjunto de atuações que tem a função de sustentar e orientar a intervenção
pedagógica, sendo contínua, cumulativa e sistemática da interpretação qualitativa do
conhecimento construído no processo ensino aprendizagem.
O desenvolvimento global do aluno é refletido, considerando as
características individuais com preponderância dos aspectos qualitativos, realizando
ajustes necessários para que o aluno obtenha êxito, evitando a comparação dos
alunos entre si.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos
e instrumentos diversificados, com relevância à atividade crítica, a capacidade de
síntese e elaboração pessoal sobre a memorização.
74
São propostas reuniões periódicas para analisar os resultados das
avaliações e quais instrumentos avaliativos que melhor qualificam os resultados
obtidos pelos alunos, mensalmente organizadas de acordo com a hora-atividade.
A implantação do sistema de avaliação trimestral tem o objetivo de
flexibilizar o processo avaliativo, disponibilizando ao aluno a recuperação de
conteúdos automática, qualificando seus resultados.
Analisando o domínio dos conhecimentos pelos alunos, quando necessário
há o encaminhamento e acompanhamento dos mesmos para a sala de apoio e sala
de recursos.
A recuperação de estudos é oportunizada ao aluno independente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos, organizada com atividades significativas
e procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Os resultados das atividades avaliativas são analisados durante o ano letivo
pelo aluno e professor, observando os avanços e necessidades detectadas para
estabelecer novas ações pedagógicas e adaptações curriculares para alunos de
Sala de Recursos Multifuncional.
A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que
o estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos
compatíveis com a idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios
formais ou informais, podendo ser realizada:
I. Por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase
anterior, na própria escola;
II. Por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do
exterior, considerando a classificação da escola de origem;
III. Independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para
posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de
desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige
as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos
profissionais:
I. Organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para
efetivar o processo;
II. Proceder à avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
75
III. Comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para
obter o respectivo consentimento;
IV. Arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
V. Registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
É vedada a classificação para ingresso no ano inicial do Ensino
Fundamental.
A reclassificação é um processo pedagógico pelo qual o estabelecimento de
ensino avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no
início do ano, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-
lo à etapa de estudos compatíveis com sua experiência e desenvolvimento,
independentemente do que registre o seu Histórico Escolar.
O processo de reclassificação poderá ser aplicado como verificação da
possibilidade de avanço em qualquer ano/carga horária da (as) disciplina (s) do nível
da Educação Básica , quando devidamente demonstrado pelo aluno, sendo vedada
a reclassificação para conclusão do Ensino Médio.
O estabelecimento de ensino, quando constatar possibilidade de avanço de
aprendizagem , apresentado por aluno devidamente matriculado e com frequência
no ano/disciplina (s), deverá notificar o NRE para que este proceda à orientação
e acompanhamento quanto aos preceitos legais, éticos e das normas que
o fundamentam.
Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar
reclassificação, facultando à escola aprová-lo.
Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,
anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados,
para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.
O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,
durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.
O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e
integrará a Pasta Individual do aluno.
O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo
estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado a
SEED.
76
O estabelecimento de ensino não oferta aos alunos matrícula com
Progressão Parcial.
As transferências recebidas de alunos com dependência em até três
disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de
estudos.
A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica
desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica
Curricular, para que o aluno possa seguir o novo currículo. Os procedimentos
referentes à adaptação estão regimentados na Seção XII, artigos: 130 à 132 do Regimento Escolar. Organização da hora atividade
O ambiente deve ser adequado ao bom desenvolvimento das atividades do
professor com equipamentos para uso exclusivo do docente (computadores,
aparelhos de TV, DVD, CD, etc).
A hora atividade é destinada à organização do trabalho pedagógicos do
professor, bem como o seu aperfeiçoamento intelectual. É necessário também que
a hora atividade seja organizada de modo que, professores de áreas afins( quando
for possível) possam se encontrar para troca de experiências. Além disso, seria
interessante que as mesmas fossem condensadas.
O uso das Tecnologias Educacionais
O uso de tecnologias na educação se tornou uma ferramenta relevante para
o processo de ensino e aprendizagem, visto que, pode-se considerar tecnologia,
todo instrumento ou equipamento criado para facilitar a vida do ser humano ou
melhorar o seu desempenho.
Podemos citar então que lousa, giz, canetas e lápis foram tecnologias
criadas para ensinar e aprender melhor. A partir destas ao longo dos anos
criaram-se tecnologias variadas nas áreas de comunicação e ainda que, inicialmente
77
não tenham sido criadas com o objetivo específico de educar, foram sendo
absorvidas como ferramentas educativas.
Hoje as escolas podem fazer uso de computadores para utilização de
editores de textos, planilhas eletrônicas, programas que permitem desenhar, criar
apresentações de slides, utilizar-se de softwares educativos e Internet. Somam-se
a isso o uso de projetor de slides, televisão, vídeos e/ou DVDs, CDs, aparelhos de
CD.
Todas essas ferramentas são importantes para melhoria do aproveitamento
escolar, depende do uso que a escola fizer delas. É necessário ter claro que
as tecnologias devem estar inseridas no Plano de Trabalho Docente, visando
o crescimento e melhoria da aprendizagem por parte dos alunos.
Estágio não obrigatório
No Colégio Estadual Sílvio Vidal o Estágio não obrigatório para os
estudantes passou a vigorar de acordo com a Lei nº 11.788/08, de 25 de setembro
de 2008.
A Lei nº 11.788/08, dispõe sobre o estágio obrigatório e não-obrigatório de
estudantes, e a Deliberação nº 02/09 do CEE estabelece normas para a organização
e a realização dos Estágios, e definem, também, obrigações da Instituição de Ensino
para com os estágios não obrigatórios.
No Parágrafo único do Art. 7º da Lei 11.788/08: “O plano de atividades do
estagiário, elaborado em acordo das 3(três) partes a que se refere o inciso II do
caput do art. 3º desta Lei, será incorporado ao termo de compromisso por meio de
aditivos à medida que for avaliado, progressivamente, o desempenho do estudante.”
Na Deliberação 02/09 do CEE, Art. 1º, Parágrafo 1º, incisos I e II:
I – o estágio, obrigatório, e, não-obrigatório assumido pela instituição de ensino, deverá estar previsto no Projeto Político Pedagógico; II – o desenvolvimento do estágio deverá estar descrito no Plano de Estágio.
A Deliberação 02/09, Art. 4°, Incisos III:
78
Plano de Estágio, a ser apresentado para análise juntamente com o Projeto Político Pedagógico, ou em separado no caso de estágio não obrigatório implantado posteriormente, visará assegurar a importância da relação teoria-prática no desenvolvimento curricular, deverá ser incorporado ao Termo de Compromisso e será adequado à medida da avaliação de desempenho do aluno, por meio de aditivos.
Desta forma o estágio não obrigatório é garantido como um direito do aluno
maior de dezesseis anos considerando que o Ensino Médio articula a formação
cientifica e sócio-histórica à formação para o mundo do trabalho de forma
a oportunizar a produção cultural e material para todos.
Como princípio educativo, o conhecimento escolar oferece subsídios para
que o estudante conheça, discuta, questione e analise as relações trabalho, de
produção, de denominação e as possibilidades de emancipação do sujeito a partir
do mesmo.
ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO Agenda 21
O Fórum da Agenda 21 promovido pela SEED no Paraná no ano de 2005 foi
o instrumento que faltava para darmos início à construção da nossa Agenda 21
Escolar que tem como compromisso até 2015, construir uma sociedade mais justa,
mais humana e com melhor qualidade de vida, trabalhando a Educação Ambiental
na escola.
Educação Fiscal
A Educação Fiscal é um trabalho de sensibilização da sociedade para
a função Socioeconômica do tributo voltada para o desenvolvimento de hábitos,
atitudes e valores, como o de percepção do tributo, necessário ao desenvolvimento
econômico e social. O tema Educação Fiscal será trabalhado em todas
as disciplinas sempre que o conteúdo permitir.
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Cultura Afro-brasileira e Africana / História e Cultura Indígena
A cultura e as práticas culturais são elaboradas cotidianamente,
transformando o conhecimento em experiência de aprendizagem, do mesmo
modo que a própria experiência vivida se transforma em conhecimento.
Aprende-se por meio da socialização. Em todos os momentos da existência, na
relação com o outro e nas ações vividas é que nos constituímos.
Então, a partir da obrigatoriedade do ensino da História e Cultura
Afro-brasileira e Africana através da Lei n° 10.639/03 que altera a Lei n° 9.394 de
20 de novembro de 1996 (LDB) Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Em
complementação, há ainda, a Resolução nº 01/2004 do Conselho Nacional de
Educação (CNE) que aprova o parecer CNE/CP 3/2004 o qual “Institui Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico Raciais e para
o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana” (BRASIL, 2004), bem
como a Lei 11.645/2008 referente a História e Cultura Indígena, a prática
pedagógica deste colégio, nas suas diferentes disciplinas, por meio de seus
instrumentos, poderá favorecer as intenções e possibilidades de reconhecimento
de identidades positivas, ao fornecer, por exemplo, modelos positivos às crianças
e aos jovens de descendência Afro-brasileira e Indígena.
A criança e o jovem negro ou indígena tem o direito constitucional de
se virem representados e referidos enquanto indivíduo e grupo social. Assim,
povoar o imaginário de nossos alunos com histórias que os remetam a valores
partilhados pela humanidade, vividos por personagens negros e indígenas,
alimentará todos os discentes do sentimento de igualdade e ao estudante negro
e indígena, em especial, oferecerá parâmetros positivos de identidade e de
autoestima. Essa é uma prática pedagógica da maior importância na constituição
de sujeitos que a escola ajuda a construir.
Um dos princípios que deve orientar os temas, os projetos e as atividades
pedagógicas em relação à questão do negro ou do indígena na escola é
a desconstrução do preconceito racial e a reafirmação de uma autoestima positiva
dessas populações.
80
Ensinar e aprender sobre e na diversidade, propor situações de
aprendizagem que sejam desafiadoras e que tragam novos conhecimentos são
cuidados que se devem ter quando o que se estuda vem carregado de imagens
e crenças baseadas no preconceito e na discriminação. A construção da
identidade da criança e do jovem precisa do apoio de imagens confirmadoras
positivas.
A escola pode ser um lugar facilitador desse encontro com imagens
e referências identitárias positivas para as crianças e jovens negros ou indígenas.
Estar atento ao que se oferece como material para os alunos, quais modelos de
vida e de beleza que as imagens afirmam é uma tarefa diária de planejamento de
aula. “Para planejar uma aula, organizar um programa ou projeto de estudo,
é preciso contar com a intenção firme de democratizar a imagem e os exemplos
positivos e reais da presença da população negra e mestiça na nossa história
e no nosso cotidiano “(LOPES, 2006b).
Festival de Talentos
Nos últimos anos tem se realizado o Festival de Talentos, que já é uma
tradição no Colégio. Dentre os principais objetivos, destacamos a oportunidade que
o aluno tem de mostrar suas habilidades e criatividade no campo artístico,
desenvolver a interdisciplinaridade, a troca de experiências, promover a socialização
da comunidade escolar e a mudança de atitudes visando a formação do cidadão
pleno.
Jogos Inter-classes
Os jogos são realizados nas dependências da escola com a participação
dos alunos nos jogos, na arbitragem, preenchimento de súmulas e tomada de
decisões.
Os jogos possuem regulamento próprio e seguem normas internacionais. O
principal objetivo é a integração entre os alunos.
81
Caberá aos professores de Educação Física organizá-los.
Mostra Científico-Cultural
Visa à exposição de trabalhos feitos pelos alunos no decorrer do ano letivo.
São trabalhos escritos, confeccionados e explicados pelos alunos com
a intenção de serem avaliados nas respectivas disciplinas.
O objetivo principal é transformar a teoria da sala de aula em prática
e divulgar a criatividade junto à comunidade escolar.
Poesia é Show
Específico da disciplina de Língua Portuguesa, entretanto abre espaço para
o trabalho de outras disciplinas, tem por objetivo incentivar e valorizar a produção de
poesias dos alunos.
Poesias são expostas em forma de varal no pátio do colégio no sentido de
enaltecer as criações e abrilhantar a arte da escrita enquanto produção artística
e apresentada a comunidade por meio de recitação.
Atividades complementares curriculares
O Colégio Estadual Sílvio Vidal tem como objetivo expandir as atividades
pedagógicas realizadas na escola como complementação curricular. Este programa
está vinculado ao Projeto Político Pedagógico, a fim de atender às especificidades
da formação do aluno e de sua realidade.
Por meio das atividades complementares curriculares os professores,
alunos e comunidade desenvolvem atividades pedagógicas vinculadas ao currículo
em contraturno viabilizando assim, a maior integração do aluno na escola em
atividades do seu interesse.
Para o ano de 2012 o Colégio Estadual Sílvio Vidal oferece atividades de
complementação curricular por meio das seguintes atividades:
82
Projeto CONTRATURNO (SENAI, SESC), atividades voltadas para a
ocupação do tempo ocioso de alunos a partir de atividades esportivas e culturais
ofertadas em contraturno (Projeto de dança da Fundação Cultural), Projeto de Futsal
(SESI), Escolinha de xadrez, parceria com o Clube de Xadrez de Paranavaí,
Escolinha de Voleibol, parceria com a APAVOL, além dos projetos e programas que
visam o despertar da consciência ecológica. Sala de Apoio a Aprendizagem de
Português e Matemática para alunos dos 6ºs e 9º anos e Sala de Recursos.
PDE
O Colégio Estadual Sílvio Vidal oportuniza que os educadores estejam em
contínua formação. Através do Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE)
todos os anos um determinado número de professores se afasta das atividades
pedagógicas escolares para permanecer em formação continuada interagindo com
um conjunto de atividades definidas a partir das necessidades da Educação Básica,
buscando produzir melhorias na qualidade da educação e, ainda progressões na
carreira dos professores.
O PDE foi idealizado durante a elaboração do Plano de Carreira do
Magistério, Lei Complementar n. 103, de 15 de março de 2004. Este programa de
estudos tem duração de dois anos: no primeiro ano, o professor PDE se afasta de
suas atividades em 100% e, no segundo ano, retorna com 75% de sua carga horária
sendo que os 25% restante da carga horária é utilizada para implementação da
pesquisa produzida para professores e alunos do colégio e outras escolas que
estejam interessadas.
O Colégio Estadual Sílvio Vidal apoia e participa dos projetos realizados
pelos professores durante o Programa de Desenvolvimento Educacional e as
atividades implementadas por eles no Colégio.
Princípios norteadores do Ensino de nove anos
O processo educacional deve oportunizar aos educando um conhecimento
científico e cultural, visando uma formação consciente dos direitos e deveres no
83
preparo da vida em sociedade, capacitando-os a interagir com o outro e com o meio
ambiente de forma equilibrada.
Conforme a Lei Federal nº. 9394/96, que instituí as Diretrizes Básicas da
Educação Nacional, as resoluções números 7/2010 - CNE/CEB, que fixa as
Diretrizes curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9(nove) anos, a
instrução nº. 008/2011 - SUED/SEED que regulamenta a obrigatoriedade nas
instituições de ensino da rede pública estadual, a oferta simultânea do 6º ao 9º anos,
o Colégio Estadual Sílvio Vidal, prevê que no ano de 2012, irá atender os alunos que
estão vindo da 4ª série ( anos iniciais) do ensino fundamental e que foram
conduzidos para o 6º ano por meio de aprovação automática.
A mudança na estrutura do Ensino Fundamental não deve se restringir ao
que fazer exclusivamente nos primeiros anos, pois este é o momento para repensar
todo o Ensino Fundamental, para sua implantação temos que ter a oportunidade de
rever currículos, conteúdos, práticas pedagógicas, concepção de alfabetização e
letramento, proposta de organização de tempo e espaço, articulação entre as
modalidades de ensino.
A criança inserida neste processo precisa ser atendida em todos os
objetivos legais e pedagógicos estabelecidos para essa etapa de ensino, desta
forma a escola propõe como ações:
• Encaminhar os alunos com dificuldade de aprendizagem à Sala de Apoio, e os
alunos com necessidades educacionais especiais à Sala de Recursos;
• Desenvolver um plano de formação continuada na escola aos profissionais de
educação, assegurando o atendimento dos objetivos do Ensino Fundamental de
nove anos, bem como as especificidades dos alunos;
• Proporcionar meios de adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais com o
espaço escolar e a organização do trabalho pedagógico.
84
Plano de Ação do Colégio Estadual Sílvio Vidal
Tópicos discutidos
Problemas levantados
Ações do Colégio Período Responsável
PPP
Atualização do Projeto Político Pedagógico; Apresentação à comunidade Escolar para análise e aprovação do PPP do Colégio.
Alterações necessárias conforme legislação e diretrizes curriculares; Reunião com a comunidade escolar.
Ano letivo
Direção; -Equipe Pedagógica; Professores;; -Funcionários; -Instâncias Colegiadas.
Regimento Escolar
Necessidade de conhecer o Regimento Escolar.
Divulgar e esclarecer a importância do Regimento Escolar no ambiente escolar. Consulta ao Regimento Escolar nas horas atividades e outras reuniões. Zelar pelo cumprimento do mesmo.
Ano letivo
-Direção; -Equipe Pedagógica; -Professores; -Funcionários. -
Instâncias Colegiadas
Dificuldade em trazer os pais para articiparem da APMF e do Conselho Escolar; Organizar Grêmio Estudantil.
Promover atividades que envolvam os pais (comemorações dia das mães e dia dos pais), como também, encontros de formação e de organização dos alunos para compor o do Grêmio Estudantil.
Ano letivo de 2012
Direção, Equipe Pedagógica, professores e alunos.
Evasão
Faltas; Desinteresse; Desistência.
- Metodologias diferenciadas para estimular o interesse dos alunos; - Conhecimento da falta do aluno pelo professor e passar para a equipe pedagógica; - Comunicado aos pais sobre as faltas; - Ficha FICA;
Ano letivo de 2012
Professores; Equipe Pedagógica; Direção.
Repetência
Índice de repetência
- Metodologias diferenciadas para atender as necessidades dos educandos; - Recuperação de estudos com atividades diferenciadas; - Recuperação paralela das avaliações realizadas; − Cooperação da família, no sentido de acompanhamento, para maior resultado.
Durante o ano
Direção; Professores; Equipe Pedagógica.
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Formação continuada (professores, pedagogos, diretor, funcionários)
Necessidade de ampliar e atualizar os conhecimentos.
- Promover leitura e discussões que levem o professor e funcionário a ter conhecimento de legislação, resoluções, instruções, que levem a compreensão de direitos e deveres, bem como, demais normas legais; - Proporcionar a todos esses segmentos a participação efetiva nos cursos oferecidos pela SEED e NRE.
Durante o ano
Direção; Equipe Pedagógica; Professores.
Profissionais da Educação
Estresse no ambiente de trabalho.
- Promover na escola projetos que trabalhem a motivação do profissional da educação, visando à melhoria das necessidades pessoais e a qualidade de vida, refletindo o bem estar no trabalho escolar.
Durante o no letivo
Direção Equipe Pedagógica
Entidades Externas
Promover melhorias na parceria com Posto de Saúde, Associação de Moradores, Conselho Tutelar, e outros.
Entrar em contato com as entidades externas visando ações integradoras com a escola.
Ano letivo de 2012
Direção e Equipe Pedagógica.
Educação das Relações Étnico- Raciais e Ensino da Cultura Afro- Brasileira e Africana e História (Lei nº 10.639/2003 ); História e Cultura dos Povos Indígenas (Lei 11645/08); Política Nacional de Educação
Necessidade de ampliar os conhecimentos para melhor compreender e respeitar os problemas atuais.
Será desenvolvido um trabalho interdisciplinar, informando e esclarecendo aos educandos sobre as leis; -Proporcionar aos educandos abordagens positivas, na perspectiva de contribuir para que o aluno afro-descendente mire-se positivamente, pela valorização de seu povo e possa ser visto como membro de uma sociedade democrática. - Desenvolver ações com atividades variadas, envolvendo todos os segmentos da escola; -Culminância das atividades desenvolvidas durante o ano no dia 20 de novembro, como Dia Nacional da Consciência Negra.
Ano letivo
Direção; Equipe Pedagógica Professores Alunos
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Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, e Prevenção ao uso indevido de Drogas
- Todas as atividades que serão desenvolvidas estão enseridas nas PPCs e PTD de cada disciplina, assim como no Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar.
Avaliação
Necessidade de estudo e discussão sobre a Avaliação prevista no PPP e Regimento Escolar.
Estudo na Semana Pedagógica; Estudos nas reuniões pedagógicas; Reunião de pais para informá-los sobre o sistema de avaliação do Colégio e acompanhamento dos resultados.
Ano Letivo de 2012
Direção; Equipe Pedagógica Professores Pais.
Espaço físico
Necessidade de manutenção e melhorias no espaço físico.
- Viabilizar condições adequadas ao trabalho, materiais necessários, desenvolvimento profissional e pessoal do professor; - Promoção de ações que favoreçam a conservação de higiene, limpeza, manutenção e preservação do patrimônio escolar.
Ano letivo
- Equipe Pedagógica; - Direção; -Professores
Organização do Trabalho da Direção e Equipe Pedagógica
Encontros da direção e equipe pedagógica para fazer acompanhamentos das ações, avaliações e replanejamento das mesmas.
Reunião mensal ou sempre que se fizer necessário, para que medidas sejam tomadas diante dos problemas levantados.
Ano letivo de 2012
Direção; Equipe Pedagógica.
Avaliação do Plano de Ação
A avaliação do Plano de Ação do Colégio Estadual Sílvio Vidal será realizada
anualmente, com todos os envolvidos no processo, para tanto, utilizaremos das
reuniões pedagógicas, instrumentos de pesquisa, questionários para os envolvidos
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da comunidade escolar antes do término do ano letivo, verificando as possíveis
alterações e sugestões para o próximo ano.
Acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Sílvio Vidal é um
documento que explicita a identidade e organiza o trabalho pedagógico da escola.
Ele deverá ser reconstruído sempre que necessário e vivenciado na prática
cotidiana por todos os envolvidos com o processo educativo do estabelecimento.
A avaliação é vista como ação fundamental para garantia do êxito do
projeto, na medida em que é condição imprescindível para as decisões a serem
tomadas.
A avaliação interna e sistemática é essencial para definição, correção e
aprimoramento de rumos. Seu caráter evolutivo de novas práticas será de
responsabilidade daqueles que são, efetivamente, os responsáveis pela sua
existência.
Portanto, o processo de avaliação do projeto deve ser contínuo, através de
encontros para reflexões coletivas do que foi realizado ou daquilo que necessita ser
revisto no seu processo de operacionalização, com todos os profissionais da
educação, Instâncias Colegiadas e comunidade escolar.
No entender de Veiga (1995, p. 32):
[...] A avaliação do Projeto Político Pedagógico, numa visão critica, parte da necessidade de se conhecer a realidade escolar, busca explicar e compreender criticamente as causas da existência de problemas, bem como suas relações, suas mudanças e se esforça para propor ações alternativas (criação coletiva). Esse caráter criador é conferido pela autocrítica.
O processo de avaliação do Projeto Político Pedagógico deve ocorrer
sistematicamente em períodos pré-determinados, envolvendo a participação coletiva
da comunidade escolar, que ao analisar a problemática exposta, organiza ações
para compreendê-las, como também, busca alternativas para solucioná-las.
Nesse sentido, a construção e avaliação do Projeto Político Pedagógico é
contínua, descentralizada e coletiva.
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Lei nº11.645/08 da Cultura Afro e Indígena na Educação Básica.
Lei nº 10.639/2003 e das Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Etnicoraciais estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana.
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Lei nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, em especial os artigos, 63, 67e 69 entre outros, que estabelece os princípios de proteção ao educando;
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_____. Ensino Fundamental de 9 anos.: orientações pedagógicas para os anos iniciais. Curitiba: SEED, 2010.
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______ Lei nº13.381/01 para abordar a História do Paraná.
_____ Lei nº 11.788/08, dispõe sobre o estágio obrigatório e não-obrigatório de
estudantes de 25 de setembro de 2008.
______ Deliberação nº 02/09 do CEE estabelece normas para a organização e a realização dos Estágios.
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