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1 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO GUARAPUAVA/PR 2012 COLÉGIO ESTADUAL CESAR STANGE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Desde 1955 ampliando horizontes Site: grpcesar.seed.pr.gov.br /e- mail:[email protected]

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

GUARAPUAVA/PR 2012

COLÉGIO ESTADUAL CESAR STANGE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Desde 1955 ampliando horizontes Site: grpcesar.seed.pr.gov.br /e-mail:[email protected]

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Enfrentemos os desafios, pois, sempre cientes dos limites de nossas ações, mas sem desconsiderar suas possibilidades, duvidando das certezas e investindo nas dúvidas, tecendo assim, redes de saberes e de fazeres cada vez mais produtivas[...]. (CANDAU, 2002, p. 190)

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO..................................... .......................................................

2 IDENTIFICAÇÃO.................................... ..........................................................

3 OBJETIVOS........................................ .............................................................

4 NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS...................................

5 DIAGNÓSTICO ….................................................................................... 5.1 Aspectos Físicos.................................................................................. 5.2 Aspectos Humanos.............................................................................. 5.3 Corpo Docente e Funcionários............................................................. 5.4 Turmas, turnos e horários..................................................................... 5.5 Indice Geral de Aprendizagem............................................................. 5.6 Formação em Ação..............................................................................

5.7 Hora Atividade.....................................................................................

6 FUNDAMENTAÇÃO.................................... ....................................................

6.1 Concepções de Infância e Adolescência.................................................. 6.1.1 Alfabetização e Letramento................................................................... 6.2 Avaliação e Recuperação......................................................................... 6.1.2 Avaliação e Legislação.......................................................................... 6.1.3 Regulamento sobre Avaliação e Exercícios Domiciliares...................... 6.2 Conselho de Classe................................................................................. 6.2.1 Pré-Conselho......................................................................................... 6.2.2 Conselho de Classe Participativo.......................................................... 6.2.3 Pós Conselho......................................................................................... 6.2.4 Conselho de Classe Final de Período.................................................... 6.3 Formação Continuada............................................................................... 6.4 Regimento Escolar.................................................................................... 6.5 Desafios Sócioeducacionais..................................................................... 6.5.1 Diversidade Cultural............................................................................... 6.5.2 Educação Ambiental.............................................................................. 6.5.3 Enfrentamento à Violência..................................................................... 6.5.4 História e Cultura Afro........................................................................... 6.5.5 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas................................................. 5.5.6 Sexualidade........................................................................................... 6.6 Equipe Multidisciplinar.............................................................................. 6.7 Sala de Recursos Multifuncional I............................................................ 6.8 Programa de Atividades de Complementação Curricular......................... 6.8.1 Xilogravura............................................................................................. 6.8.2 Horta na Escola – Mais Educação......................................................... 6.8.3.Iniciação ao futsal e Iniciação ao voleibol – Jogos............................... 6.8.4Letramento.............................................................................................. 6.8.5 Proposta para Complementação Curricular...........................................

05

06

07

08

09 09 10 11 13 14 15 16 17 18 27 29 31 32 33 33 34 34 35 35 36 36 37 38 38 38 38 39 39 44 48 49 49 49 50 50

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6.8.6 Programa Ensino Médio Inovador.......................................................... 6.8.7 Projeto de reestruturação Curricular...................................................... 6.9 Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM)..............................

6.9.1 Instrução Normativa Nº 019/2008 – SUED/SEED................................. 6.9.2 Oferta do Curso...................................................................................... 6.10 Escola Limpa e Organizada: Cidadania em Construção........................

7 PROPOSIÇÕES DE AÇÕES.........................................................................

7.1 A gestão democrática................................................................................ 7.1.2 Plano de Ação da Gestão...................................................................... 7.2 Instâncias Colegiadas...............................................................................

7.3 Plano de Ação da Equipe Pedagógica..................................................... 7.4 Organização do Trabalho Pedagógico..................................................... 7.5 Plano de Trabalho Docente...................................................................... 7.6 Plano de Ação dos Agentes Educacionais...............................................

7.7 Estagiários................................................................................................ 7..8 Proposta Pedagógica Curricular.............................................................. 7.9 Matriz Curricular........................................................................................ 7.10 Calendário Escolar Ano Letivo 2012.......................................................

8 REFERÊNCIAS..............................................................................................

ANEXOS........................................................................................................ • 1 - Projetos de Ampliação Curricular....................................................... • 2 – Proposta de Reestruturação Curricular – Ensino Médio................... • Parecer do Conselho Escolar..................................................................

51 52 53 53 55 55 56 56 57 59 62 65 67 69 71 71 72 74 76 78 79 85 91

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1 - APRESENTAÇÃO

A escola é local excelente do saber e da interpretação: do saber

necessário aos propósitos de planejamentos pessoais e coletivos dos alunos

e de sua comunidade e da interpretação da cultura e da realidade a fim de

melhorá-las. Para a viabilização de vivências mais significativas e para a

construção de realidades mais justas, são necessárias capacidades

suficientes para tanto. Fica claro que a participação da escola na formação

dos sujeitos deve ser marcada pela capacitação destes mesmos sujeitos para

resolverem conflitos e escolherem com segurança e propriedade entre

alternativas variadas e até contraditórias que são apresentadas pelas diversas

agências educativas formais e informais, desde a família até os meios de

comunicação social.

Como instituição formal de educação, o Colégio Cesar Stange procura

neste Projeto Político-Pedagógico (PPP) a orientação para os seus trabalhos

educativos a fim de oferecer aos educandos, desenvolvimento integral,

preparo para a cidadania. Este documento contempla com intencionalidade o

compromisso de efetiva presença e ação de todos os membros da

comunidade escolar: direção, equipe pedagógica, professores, funcionários e

alunos com seus pais/responsáveis.

Este PPP tem como referencial teórico a Pedagogia Histórico-Crítica e

observa diretrizes para ações administrativas e pedagógicas em interação

com a comunidade, considerando-se a perenidade de valores como a

tolerância, a respeitabilidade e a cooperação. São definidores primeiros deste

projeto, a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação da

Educação Nacional (LDB) número 9394/96, o Estatuto da Criança e do

Adolescente – lei 8.069/90, as Diretrizes Curriculares Nacionais para os

níveis fundamental e médio de ensino, a Lei 10639/2003 que altera a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Brasileira e estabelece a obrigatoriedade do

ensino de História e Cultura Afrobrasileiras e Africanas, Lei11.645/08

Educação das Relações Ètnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura

Afrobrasileira,Africana e Indígena, e a Instrução nº 008/2011-SUED/SEED

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que contempla a Resolução 07/2010 CNE/CEB, a Deliberaçãonº 03/2006 –

CEE/CEB; o Parecer nº 407/2011da CEE/CEB;e a Resolução nº2772/2011-

GES/SEED que estabelece a implantação do Ensino Fundamental de 9 anos

a partir de 2012 de forma simultânea e o estabelecido no plano de metas da

SEED, as orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação

(SEED), do Paraná. Todos estes referenciais são considerados tendo em

vista o estímulo da boa iniciativa, do diálogo, da participação responsável, da

criatividade e do espírito crítico em ações docentes e discentes.

Esta exposição remete ao que justifica a elaboração deste PPP: a

necessária e justa efetivação de um processo contínuo e dinâmico de

formação de identidades individuais e coletivas com a participação da escola

devidamente preparada para as funções de iniciação, desenvolvimento,

multiplicação e emprego do saber suficiente e contextualizado neste tempo

histórico.

2 -IDENTIFICAÇÃO

O Colégio Estadual Cesar Stange oferece educação de qualidade nos níveis

Fundamental e Médio de Ensino, com turmas a partir do 6º. Ano do ensino

fundamental. Situa-se à Rua Miguel Gelinski (CEP 85020-490), número 241,

no Bairro Boqueirão, em Guarapuava (PR). As suas atividades se iniciaram no

ano de 1955, como Casa Escolar Madeirit, para atender filhos dos

funcionários da empresa Madeirit S/A. Foram seus fundadores o casal Rubem

de Mello e Helena P. Mello. O nome do Colégio, Cesar Stange, é uma

homenagem ao diretor da empresa.

A criação da escola visava o ensino de 1ª a 4ª série; o ensino de 5ª á

8ª série foi oficializado em 22 de junho de 1979 através do Decreto Municipal

42/79, na gestão do prefeito Cândido Pacheco Bastos, e neste ato foi criada a

Escola Cesar Stange. Através da Resolução nº 492/85 ficou autorizado o

funcionamento de 5ª a 8ª séries, e no mesmo ano, pela Resolução nº 3259 de

01/07/85, foi transformada em Escola Estadual Cesar Stange.

Em 1999 foi criado o Colégio Estadual Cesar Stange – Ensino

Fundamental e Médio, através da Resolução nº 113/99 de 11/01/99, de

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acordo com as deliberações 09/96 e 03/98, e com o Parecer nº 739/99. Além

do ensino regular, e ainda com base nas deliberações 34/84 e 19/91 e no

Parecer nº 888/99, em parceria com o CEAD foi implantada a modalidade de

Ensino Supletivo Seriado, já extinta. A partir de 2012, o colégio oferecerá

educação nos níveis do Ensino Fundamental de 9 anos de acordo com a

Instrução n º007/2011 e Ensino Médio em Blocos regulamentada pela

Instrução nº 021/2008 SUED/SEED

3 OBJETIVOS

9 Preservar a melhor intencionalidade educativa contribuindo para a

formação pessoal e social dos educandos a fim de que desenvolvam

capacidades críticas e instrumentais para melhor qualidade de suas

vivências em um mundo de cultura em constante e crescente

transformação.

10 Prestar atendimento no Ensino Fundamental e Médio, respondendo as

necessidades prioritárias dos educandos, contribuindo para o

desenvolvimento da cidadania participativa e produtiva; respeitando o

desenvolvimento cognitivo dos alunos.

11 Facilitar o acesso à Escola, atendendo a demanda existente procurando

atingir todas as crianças e adolescentes da comunidade local e

circunvizinhas;

12 Garantir a permanência do aluno na Escola, através de um ensino voltado

a possibilitar contextos significativos de aprendizagem;

13 Proporcionar educação de qualidade que produza conhecimentos formais

e políticos, formando alunos com capacidades suficientes para que

possam galgar outros níveis de escolarização e aperfeiçoamento

profissional, estando preparados a vencer todos os desafios a serem

superados no mundo moderno;

14 Incentivar a participação de pais/responsáveis e de toda a comunidade em

eventos educativos e culturais;

15 Desenvolver consciência política e histórica que contemple a diversidade

étnico-racial valorizando a história dos povos africanos e da cultura afro-

brasileira na construção da sociedade e da identidade nacional;

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16 Estimular o aperfeiçoamento docente e do quadro de funcionários a fim de

que tenham acesso ao conhecimento e prática que elevem a qualidade

das relações e dos serviços prestados nos diversos tempos e espaços do

colégio.

4 – NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS

O Colégio Estadual César Stange atende nos períodos matutino,

vespertino e noturno, observando diariamente os seguintes horários:

Manhã Tarde Noite

Início das

aulas

7:30 horas 13 horas 19 horas

Intervalo

(15 minutos)

10 horas 15:30 horas 21:15 horas

Término das

aulas

12 horas 17:25 horas 23 horas

Para o ano letivo de 2012 o Colégio disponibiliza um total de 28 turmas

divididas entre os três turnos atendendo a demanda da comunidade local,

alunos estes oriundos das escolas vizinhas, alunos do próprio colégio e

promovidos de uma série para outra.

5- DIAGNÓSTICO

Conforme dados obtidos por instrumento de pesquisa direcionado às

famílias pode-se constatar que os alunos do Colégio Estadual César Stange

são residentes no Bairro Boqueirão e Vila Bela que abrangem: Vila Planalto,

Jardim Veneza, Núcleos Tancredo Neves, Ayrton Senna, Guaíra, Copersul,

Jardim Brasília, Jardim Pinheirinho, Jardim Dona Érica, Jardim Carvalho I e II ,

Manssueto, Lagoa Dourada, São Pedro e outros.

Constituem-se como corpo discente heterogêneo, oriundos da classe

trabalhadora de nível sócioeconômico médio- baixo cuja média salarial varia

de 01 a 03 salários mínimos, resultantes de trabalho com carteira assinada,

trabalhos temporários, autônomos e um índice muito grande de

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desempregados e aposentados com rendas mínimas, resultante de profissões

ligadas ao setor industrial como torneiro mecânico, auxiliar de produção,

operador de empilhadeira e torno; motoristas, pedreiros, comerciários e

outras; as profissões exercidas pelas mulheres são: do lar ,professoras,

empregadas domésticas, zeladoras, agente comunitário, e outras.

São famílias de escolaridade com Séries Inciciais do Ensino

Fundamental (50%), de Séries Finais Ensino Fundamental ( 30 %), Ensino

Médio (10% ), Ensino Superior e Ensino Fundamental e Ensino Médio

Incompletos outros não- alfabetizados (10 %). A maioria das famílias são da

religião católica seguida da religião evangélica. Moram em casas próprias e

alugadas, com saneamento básico, luz, água encanada, asfalto. Muitas

dessas famílias recebem contribuições do governo como: Bolsa Família,

Programa do leite e PETI. Possuem aparelhos eletro- domésticos e têm como

hábito de lazer assistir televisão, passear e praticar esportes como futebol e

pesca.

Em nossa pesquisa entre os alunos do período noturno concluimos

que é comum a participação em bailes, clubes e danceterias, grupos de

dança gaúcha e organizações religiosas, sociais ou políticas ( entre os alunos

do diurno é mais freqüente a participação em grupos de Catequese e de

jovens ).

Perguntado aos pais sobre seus planos em relação aos filhos e a

escola responderam que estão satisfeitos com a metodologia aplicada na

escola, querem uma educação voltada para a vida, muito empenho dos

professores, participação dos pais na comunidade escolar, mais diálogo,

exigência na disciplina e uso obrigatório do uniforme.

5.1 Aspectos físicos:

O Colégio Estadual Cesar Stange tem capacidade para atender a uma

demanda de mil alunos distribuídos nos três turnos. Conta com três pavilhões

em que se distribuem:

- sala da direção,

- secretaria,

- sala da equipe pedagógica,

- sala dos professores,

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-biblioteca,espaço conjugado com laboratório de informática ( E-proinfo)

-almoxarifado,

- cozinha,

- dispensa,

- saguão,

- dez salas de aula,

- banheiros.

- Um laboratório de Informática

- Uma sala pequena para atendimento sala de recursos.

O colégio tem ainda um pátio com cobertura asfáltica, um

estacionamento e um ginásio de esportes coberto.

O prédio escolar, bem como o pátio, necessitam de reformas e

ampliação, as quais foram solicitadas aos departamentos competentes da

administração estadual.

5.2 -Aspectos Humanos:

Atuam no Colégio Estadual Cesar Stange, nos três turnos, 52

professores e 18 funcionários. O Corpo Docente que atua no Ensino

Fundamental e Médio desse estabelecimento de ensino com formação de

Curso de Pós Graduação em nível de Mestrado e Doutorado e

Especialização, Curso Superior completo. Quanto aos funcionários possui

formação : Ensino Fundamental, Ensino Médio, Curso Superior Pós

Graduação em nível de Especialização .

A administração do Colégio é feita por 01 diretor, Professor Marlon

Douglas Pires, auxiliado por 01 diretora auxiliar, Professora Sandra Regina C.

Rezende, por 05 membros da Equipe pedagógica: Sheila Pereira I. Corrêa,

Suely Tisky ( turno da manhã ), Gilce Francisca Primak Niquetti e Suely Tisky

( turno da tarde) e Verônica Schroeder ( turno da noite ), por 04 membros

Agente Educacional II : Cleoni de Fátima Souza, Sandra Conrado, e

Edenilson Miguel Loures e a professora Eliane Lange (turno da manhã e

tarde), Joâo Carlos Ponchon e Maria Lucia Lopes ( turno da noite ), Maristela

Aparecida Nunes ( noite e tarde) da biblioteca: Evane Aparecida Freitas

(manhã e tarde), que ajuda os alunos nos trabalhos de pesquisa fornecendo

material adequado e disponível na Colégio para elaboração das atividades ,

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além disso, auxilia os professores na digitação e mecanografia dos

instrumentos de avaliação.

Para melhor disciplina contamos com 02 Agente Educacional I que

estão na função de Inspetora de ensino: Vera Lúcia Verneque e Ezilda

Ferreira Zancanaro , que estão diretamente ligadas à Direção e Equipe

Pedagógica, ofertando seus serviços para organização e manutenção da

ordem no Colégio, desde acompanhamento das entradas e saídas dos turnos,

uso de uniforme, atendimento aos alunos, entre outros cabíveis a sua função.

Para merenda, manutenção, limpeza e conservação do prédio, o

Colégio dispõe de 10 funcionários de Agente Educacional I: Evanira dos

Santos Pacheco, Ezilda Ferreira Zancanaro, Esolina Maria José Vicente,

Vera Lucia Verneque, Inês Moreira de Oliveira, Daniele de Oliveira Felez, ,

Rosi Terezinha Marques Oliveira Lemes, Neiva Langaro Araujo, Clara

Kaminski Primak, Maria Margarete Kloster Bueno, que se dividem nos três

turnos.

A merenda escolar é ofertada nos três turnos de funcionamento do

Colégio, com cardápio variado, sendo servida nas salas de aula e também é

ofertada aos alunos participantes dos Programas Mais Educação.

5.3-Corpo Docente e Funcionários–

PROFESSORES FORMAÇÃO PERÍODO

Alexandre A . C. Oliveira Geografia T Alexandre Vicentim Física N Ana Claudia Martins Ribas História T/N Ana Karina do Nascimento Arte T/N Ana Paula Jankowski Educação Física M/T/N Andrea Regina Gonçalves Espanhol N Carmem Lucia Verez da Luz Português T Cesar Barbosa de Souza Educação Física T Claudia Barbosa da Silva Santos Sala de Recursos T Cristiane Pawlowski Portugês M/T/N Deuscélia dos Santos Pacheco Ciências M Divanir de Fª de Camargo Strugal História M/T/N

M/T/N

Edenilse Gomes Biologia N Elaine Fontclava Inglês N Elenita Leda Segato Fabiane Sociologia N Eliane de Fatima Pasqualin Matemática READP./Se

cretaria

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Erica Borille Sala de Recurso M Gelson Miler Matemática M/T Gelson Luiz Roesler Geografia M Gilce Francisca Primak Niquetti Pedagoga T Hilda dos Santos Pacheco Ciências/Matemática M/T/N Irene dos Santos P. Olivetti Ciências/Matemática M/T Janete Teles de Souza Inglês M Joana D. V. Batista Português M/T João Alfredo Boska Matemática T José Carlos Luiz Ensino Religioso M/T José Ribeiro Junior Educação Física T Josi Aparecida Hohl Português/Inglês M/N Luciana Falcão Ed. Física M/T Luciane Karpinski dos Santos Inglês M/T Marcia Cristina Ribas Matemática M Marcio Alessandro Osinski da Silva

Educação Física M

Maria Carlinda dos S. Barbosa Arte M/T Maria Lucia Teixeira de Lima Inglês M/T Maria Zedinei Wolski História M Marici Fonseca Silveira Ensino Religioso T Marilda Carvalho Ciências M/T Mário Amorim Knuppel Geografia T/N Mauricio Maciel Geografia N Marlon Douglas Pires Educação Física M/T/N Odete Pereira História T Reinaldo Narlock Matemática T Rita de Cassia K. Jaerger Matemática M/T/N Roseli Vaz Falleiros Química N Rubia Mara F. Luz Educação Física

M

Sandra Regina C. Rezende Português M/T/N Scheila Cristina Andrade Geografia M/T Sheila P. Interaminense Corrêa Pedagoga M Sirlei de Fatima Deda Arte M/T Suely Tyski Pedagoga M/T Selma Ramalho Ensino Religioso M Suzane Caldas Palhuk História M Verônica Schroeder Pedagoga N Vitória Aparecida da Silva Português T/-READP

FUNCIONÁRIO(A) FUNÇÃO PERÍODO

Alba Aparecida da Silva Agente Educacional I T/N Clara Esolina K. Primak Agente Educacional I M/T Cleoni de Fátima Souza Silva Agente Educacional II M/T Daniele de Oliveira Felez Agente Educacional I M/T Edenilson Miguel Loures Agente Educacional II M/T

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Evane Aparecida Freitas Agente Educacional II M/T Evanira dos Santos Pacheco Agente Educacional I M/T Inez Moreira de Oliveira Agente Educacional I M/T Izilda Ferreira Zancanaro Agente Educacional I T/N João Carlos Ponchon Agente Educacional I M/N Maria José Vicente Agente Educacional I M/T Maria Lucia Lopes Agente Educacional II M/N Maristela Aparecida Nunes Agente Educacional II T/N Neiva Langaro Araujo Agente Educacional I M/T Rosi Terezinha M Oliveira Lemes Agente Educacional I T/N Sandra Conrado Agente Educacional II M/T Vera Lucia Verneque Agente Educacional I M/T

5.4 Turmas, turnos e horários

MANHÃ TARDE NOITE

6° Ano A 6° Ano C 1° Ano A Bloco 1

6° Ano B 6° Ano D 1° Ano B Bloco 2

7° Ano A 6° Ano E 2° Ano A Bloco 1

7° Ano B 7° Ano C 2° Ano B Bloco 2

8° Ano A 7° Ano D 3° Ano A Bloco 1

9° Ano A 7° Ano E 3° Ano B Bloco 2

9° Ano B 8° Ano B

9° Ano C 8° Ano C

9° Ano D 8° Ano D

9° Ano E 8° Ano E

As disciplinas ministradas tanto para o Ensino Fundamental como para

o Ensino Médio serão divididas em Base Nacional Comum na proporção de

75% e Parte Diversificada na proporção de 25%.

O Ensino Médio em blocos tem regulamentação especial, carga horária

diferenciada onde os conteúdos por série serão ministrados por semestre e ao

final do semestre, os alunos do bloco “A”, sendo aprovados, passarão para o

bloco “B” e os alunos retidos, ficarão para refazer o bloco junto com os alunos

aprovados do bloco contrário ao seu:

Bloco A aprovado vai para Bloco B;

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Bloco B aprovado vai para bloco A .

De acordo com a organização da entidade escolar as normas de

convivência estão dispostas no Regimento Escolar vigente no Colégio no que

diz respeito a normas, comportamento e tratamento a ser dispensado aos

educandos, educadores e a comunidade em geral.

A gestão é democrática, tendo como parceiros: APMF, Grêmio

Estudantil e Conselho Escolar.

A APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários), composta por

representantes dos três segmentos que compõem a comunidade escolar, cuja

escola e atribuições obedecem regimento próprio.

A partir do ano letivo de 2012 a instituição de ensino ofertará de

acordo com a Instrução nº 008/2011- SUED/SEED o Ensino Fundamental de

9 anos, obedecendo a correspondência das séries conforme quadro abaixo:

EF 8 anos de duração

séries finais

EF 9 anos de duração

anos finais

5ª série 6º ano

6ª série 7º ano

7ª série 8º ano

8ª série 9º ano

5.5 Indice Greal de Aprendizagem

O Colégio Estadual Cesar Stange elabora suas ações visando o

desenvolvimento pleno do aluno, conforme os resultados obtidos pela

avaliações externas e externas.

Para o ano letivo de 2012 deverão ser analisados os dados referentes

ao ano letivo de 2011, tais como evasão, repetência, distorção idade/série,

bem como conforme os resultados do ENEM e demais avaliações.

Quanto aos alunos aprovados em Conselho de Classe, serão

chamados juntamente com seus respectivos responsáveis para firmarem um

compromisso maior com a educação (tarefas, trabalhos e estudos). Os

professores farão avaliações diagnósticas para partir dos resultados o

desenvolvimento da aprendizagem.

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No que diz respeito à evasão, o trabalho será em parceria com as

famílias, fazendo reuniões periódicas e com o Conselho Tutelar.

Os alunos repetentes serão cautelosamente avaliados para buscar

subsídios a um novo direcionamento no ensino visando a apropriação desses

conhecimentos, fortalecendo ações efetivas que vislumbrem o aprendizado.

Para os alunos entrantes do 6° ano, haverá reuniões e palestras para

as famílias sobre as mudanças que ocorrem com esse aluno nessa faixa

etária, são mudanças significativas de ordem biológica, estão ainda na

infância mas já começam a conviver com adolescentes e estão na puberdade,

fase em que os hormônios estão agindo no corpo desse aluno de forma a

procurar novas descobertas. Juntamente com tantas mudanças biológicas

está a mudança escolar visto que saem de uma escola onde o regime é

totalmente diferente daquela que ora pertencem. Toda essa gama de

mudanças necessita de cuidados e por isso de maiores esclarecimentos aos

pais e também professores e funcionários, por isso, aos alunos dos 6° anos, o

plano de trabalho é focado para a aprendizagem e as dificuldades naturais

inerentes a esta etapa da vida.

Devido aos alunos com dificuldades, visando melhorar o índice de

aprendizagem o Colégio oferece cursos em contra-turno e para casos

especiais, aulas na sala de recursos.

5.6 Formação em Ação

Em consonância com a Secretaria de Estado da Educação do Paraná

(SEED/PR), que vem buscando ampliar sua política de desenvolvimento e

atualização dos profissionais da educação, encontramos na EaD um

dispositivo de formação continuada e permanente, com isso, incentivamos os

professores e funcionários para participarem dos cursos oferecidos pela

SEED. Há também grupos de estudos formados pelos professores que fazem

parte da Equipe Multidisciplinar que encontram-se com frequência para

estudar, debater e sugerir propostas metodológicas que valorizem os temas

abordados nestes estudos.

A SEED/PR tem investido em tecnologias nas escolas estaduais com

conexão à Internet, Portal Dia-a-dia Educação, TV Paulo Freire, TV

Multimídia), buscando a integração das diferentes mídias, que se articulam

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com programas televisivos gravados e/ou transmitidos via satélite, ambientes

Virtuais de Aprendizagem, conteúdos digitais, materiais impressos, entre

outros, podendo dar suporte aos cursos ofertados na modalidade a distância,

como opção para atender à demanda de formação dos professores.

A Formação tem entre outros objetivos, propor novas metodologias e colocar os profissionais a par das discussões teóricas atuais, com a intenção de contribuir para as mudanças que se fazem necessárias para a melhoria da ação pedagógica na escola e consequentemente da educação. É certo que conhecer novas teorias, faz parte do processo de construção profissional, mas não bastam, se estas não possibilitam ao professor relacioná-las com seu conhecimento prático construído no seu dia-a-dia (Nóvoa, 1995a; Perrenoud, 2000).

Hoje, a (re)significação da atuação profissional em qualquer área, é

uma necessidade imposta pelas mudanças de paradigmas, no avanço

tecnológico, nas novas descobertas científicas e na evolução dos meios de

comunicação. As exigências, na área educacional, apesar da finalidade

diferenciada, são afirmadas pelas entidades e profissionais que buscam a

qualidade social entre ao quais nomeamos a Anfope, 1996; Brzezinski, 1999;

Gentille, 1996; Haddad, 1998; Kramer, 1994, 1996a, 1996b; Santos, 1995,

como também nos documentos oficiais que definem os encaminhamentos

para a educação.

5.7 Hora Atividade

A Hora Atividade é o tempo reservado ao Professor em exercício de

docência para estudos, avaliação e planejamento. Deve favorecer o trabalho

coletivo dos professores, conforme Instrução nº 02/04 – SUED que normatiza

a Hora Atividade a todo professor em efetiva regência de classe; e

observando o item 7 da mesma instrução, em que a H/A, deve ser distribuída

de forma a favorecer o trabalho coletivo dos professores que atuam na

mesma turma, série “... ou por área do conhecimento, ou ainda a formação de

grupos que favoreçam o trabalho interdisciplinar”;

Neste sentido, buscamos agrupar os professores por área de atuação,

mesmo assim ainda não conseguimos contemplar a todos.

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6 – FUNDAMENTAÇÃO

Neste PPP observa-se a orientação pela tendência educacional

histórico-crítica, adotada pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná, a

qual:

Postula para o ensino a tarefa de propiciar aos alunos o desenvolvimento de suas capacidades e habilidades intelectuais, mediante a transmissão e assimilação ativa dos conteúdos escolares, articulando, no mesmo processo, a aquisição de noções sistematizadas e as qualidades individuais dos alunos que lhes possibilitam a auto-atividade e a busca independente e criativa das noções . (LIBÂNEO, 1990, p. 70, com grifos do redator)

É preocupação da pedagogia histórico-crítica, representando os

elementos na estrutura da dialética materialista, tem-se como TESE o senso

comum, como ANTÍTESE o conhecimento científico e como SÍNTESE a

sabedoria, ou seja, o conhecimento científico com carga axiológica e utilidade

prática.

São características da dialética a contradição, a provisoriedade e a

continuidade processual. Assim, o movimento dialético é eterno e cada nova

síntese se converte em tese a ser confrontada. Uma educação dialética não

tem fim e seu horizonte é sempre a evolução.

Nesta perspectiva a função da escola é democratizar o conhecimento

universal acumulado e trabalhá-lo sem ignorar a orientação ideológica

necessária para a superação da estrutura de classes.

(LIBÂNEO, 1990, p. 70) afirma que as expressões “auto-atividade” e

“busca independente e criativa das noções” remetem às atuações docente e

discente coerentes com a proposta histórico-crítica de educação, sendo

cabível:

A orientação didático-pedagógica contribuem para a emancipação de

pensamento e de atitude dos alunos tendo como base e ponto de partida os

conhecimentos curriculares. Não há, de acordo com as atuais tendências

pedagógicas, outra forma de educação que possa garantir a democratização

do saber e o desenvolvimento da consciência crítica.

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Assim:

Ao colocar em prática os conhecimentos adquiridos, o sujeito modifica a sua realidade imediata. Logo, o conhecimento teórico perde seu caráter de ser apenas “uma compreensão do que acontece” para se tornar “um guia para ação” (CORAZZA, 1991, p. 90) O conhecimento teórico adquirido pelo educando retorna à prática social de onde partiu, visando agir sobre ela com entendimento mais crítico, elaborado e consistente, intervindo em sua transformação. (GASPARIN, 2002, p. 8)

O aluno é o sujeito ATIVO da aprendizagem e significação de

conteúdos, pois segundo a pedagogia histórico-crítica a aprendizagem não é

uma ação possível ao sujeito passivo. Em suma, a atividade de aprender

envolve esforço e responsabilidade que são considerados, neste caso, como

princípios educativos que devem ser desenvolvidos pelos alunos com

acompanhamento, no que diz respeito a conteúdos e hábitos de estudo, aos

professores, e com relação aos pais e/ou responsáveis.

6.1 Concepções de infância e adolescência:

Neste PPP, observamos a importância de conhecer as

concepções de infância e adolescência, tendo em vista que a partir do ano de

2012, estaremos implantando neste estabelecimento de ensino, o “Ensino

Fundamental de Nove Anos”. É sabido que há que se investir na

Alfabetização e Letramento destes alunos, assim, cabe um histórico sobre a

concepção de infância e adolescência.

Existem diferentes concepções de crianças e de adolescentes que se

fazem distintas a partir de diferentes pontos de vista teóricos e que acabam por

contribuir para formar múltiplos conceitos desses grupos referidos. Assim, é

necessário que pensemos como se construíram as diferentes concepções de

infância e de adolescência na nossa sociedade ocidental que nos apresentam

hoje.

Para isso nos indagamos: o que mesmo é a infância?

Scliar (1995, p. 4), apresenta que:

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Nem todas as crianças, contudo, podem viver no país da infância. Existem aquelas que, nascidas e criadas nos cinturões de miséria que hoje rodeiam as grandes cidades, descobrem muito cedo que seu chão é o asfalto hostil, onde são caçadas pelos automóveis e onde se iniciam na rotina a criminalidade.

Para estas crianças, a infância é um lugar mítico, que podem apenas

imaginar, quando olham as vitrinas das lojas de brinquedos, quando vêem TV

ou quando olham passar, nos carros dos pais, garotos da classe media.

Scliar (1995) discute a multiplicidade de infâncias na

contemporaneidade, deixando clara a construção histórica de tal categoria.

Para ele, aquela idéia tão difundida da infância como um tempo de felicidade

não pode ser garantida para todos. O mesmo parece fazer Calligaris (2000,p.

9), ao refletir sobre a adolescência: “Nossos adolescentes amam, estudam,

brigam, trabalham. “Batalham com seus corpos, que se esticam e se

transformam. Lidam com as dificuldades de crescer no quadro complicado da

família moderna”.

Para Calligaris (2000, p. 24): “a adolescência torna-se mítica quando

compreendida como um dado natural, prescrevendo normas de funcionamento

e regras de expressão”.

Desse modo, percebemos que, tanto a infância quanto a adolescência,

são hoje compreendidas como categorias construídas historicamente, tendo,

portanto, múltiplas emergências.

Essa idéia corrobora com os marcos da nossa contemporaneidade.

Para Dahlberg; Moss; Pence (2003, p. 46): “as novas concepções de

infância e de criança apontam para a aceitação de uma multiplicidade e um

devir que não se fecha em si mesmo”.

Segundo os autores, o projeto defendido e sustentado pela Modernidade

compreende o ser humano como, independente, autônomo, livre e racional. A

busca da razão constitui um caminho na procura da própria essência do

humano.

Assim, dentro destes caminhos da modernidade cujo progresso e tecnologia,

para nossos adolescentes e crianças, são o caminho que leva à felicidade.

Porém, com o atual contextos diverso e plural, desenvolveu-se uma crescente

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inquietação para compreender e acomodar a diversidade, a complexidade e a

contingência humanas e sua reação de tentar ordená-las a partir do que existe.

Na busca constante pela construção de significados, o conhecimento

não é único, e sim múltiplo, variável, fragmentado e mutável, inscrito nas

relações de poder, que lhes determinam o que é considerado como verdade ou

falsidade.

Como objeto de estudo e de trabalho, temos hoje em nossas escolas, a

criança e o adolescente, cujas distintas concepções, construídas a partir de

olhares em nada neutros. Os saberes vêm sendo produzidos a partir de

discursos dominantes, localizados nos limites do projeto da modernidade, por

nós incorporados, sem maiores críticas. Enquanto são incorporados, passam a

fazer parte da formação desse panorama em destaque, trazendo influências

sobre a compreensão teórica e sobre as práticas com esses grupos etários.

Torna-se necessário saber mais sobre esse panorama e saberes para

podermos compreendê-los de modo contextualizado, portanto, para a

necessidade de se entender a criança e a seu mundo a partir do seu próprio

ponto de vista.

Assim, afirma (COHN, 2005, p. 8): “precisamos nos desvencilhar das imagens

preconcebidas e abordar esse universo e essa realidade tentando entender o

que há neles, e não o que esperamos que nos ofereçam”. A infância, nessa

perspectiva, deve ser compreendida como um modo particular de se pensar a

criança, e não um estado universal, vivida por todos do mesmo modo.

Os dicionários da língua portuguesa registram a palavra infância como o

período de crescimento que vai do nascimento até o ingresso na puberdade,

por volta dos doze anos de idade. Segundo a Convenção sobre os Direitos da

Criança, aprovada pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em novembro

de 1989, "criança são todas as pessoas menores de dezoito anos de idade". Já

para o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), criança é considerada a

pessoa até os doze anos incompletos, enquanto entre os doze e dezoito anos,

idade da maioridade civil, encontra-se a adolescência.

Etimologicamente, a palavra infância vem do latim, infantia, e refere-se

ao indivíduo que ainda não é capaz de falar. Essa incapacidade, atribuída à

primeira infância, estende-se até os sete anos, que representaria a idade da

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razão. Percebe-se, no entanto, que a idade cronológica não é suficiente para

caracterizar a infância. É o que Khulmann Jr. (1998, p. 16) afirma:

Infância tem um significado genérico e, como qualquer outra fase da vida, esse significado é função das transformações sociais: toda sociedade tem seus sistemas de classes de idade e a cada uma delas é associado um sistema de status e de papel.

Philippe Ariès (1978), famoso historiador francês, afirmou que a infância

foi uma invenção da modernidade, constituindo-se numa categoria social

construída recentemente na história da humanidade. Para ele, a emergência do

sentimento de infância, como uma consciência da particularidade infantil, é

decorrente de um longo processo histórico, não sendo uma herança natural.

Essa sua afirmação trouxe grandes mudanças na compreensão da infância, já

que ela era pensada como uma fase da vida, como qualquer outra, mas que

revelada pelas “delícias de ser criança e de habitar no país da infância”, de um

modo idêntico a si mesmo.

Os séculos XVI e XVII, como bem demonstra Áriés, esboçam uma

concepção de infância centrada na inocência e na fragilidade infantil. O século

XVIII inaugurou a construção da infância moderna, assumindo o signo de

liberdade, autonomia e independência. Na verdade, o que Ariès quis dizer com

a sua afirmação de que a infância foi uma invenção da modernidade, é que a

infância que conhecemos hoje foi uma criação de um tempo histórico e de

condições socioculturais determinadas, sendo um erro querer analisar todas as

infâncias e todas as crianças com o mesmo referencial.

A partir disso, podemos considerar que a infância muda com o tempo e

com os diferentes contextos sociais, econômicos, geográficos, e até mesmo

com as peculiaridades individuais. Portanto, as crianças de hoje não são

exatamente iguais às do século passado, nem serão idênticas às que virão nos

próximos séculos.

Ariès defende duas teses principais: na primeira, afirma que a sociedade

tradicional da Idade Média não via a criança como ser distinto do adulto. Na

segunda, indica a transformação pela qual a criança e a família passam,

ocupando um lugar central na dinâmica social. Com essa transformação, a

família tornou-se o lugar de uma afeição necessária entre os cônjuges e entre

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pais e filhos, o que não existia antes. A criança passou de um lugar sem

importância a ser o centro da família. Cohn (2005, p. 22) ressalta que “é

importante partirmos da compreensão histórica da infância, uma vez que

contemporaneamente, “os direitos da criança e a própria idéia de menoridade,

não podem ser entendidos senão a partir dessa formação de um sentimento e

de uma concepção de infância”.

A infância e a criança tornam-se objetos de estudos e saberes de

diferentes áreas, constituindo-se num campo temático de natureza

interdisciplinar. Independente da forma como era olhada, do posicionamento

teórico que se tivesse sobre ela, a infância tornou-se visível como um estatuto

teórico.

A infância, enquanto produção cultural da pós-modernidade, não pode

ser pensada como cristalizada ou acabada. Constitui-se mesmo num devir, que

incorpora a noção de transformação e dinamismo. Para Jardim (2003), “a idéia

do devir criança nos leva a pensar a subjetividade em territórios para além da

visibilidade superficial que nos leva ao tempo cronológico, uniforme e linear” (p.

28). Coloca-se, então, a necessária compreensão dos diversos sentidos e

significados de infância.

Para Pinheiro (2001, p. 35), “a história de crianças e adolescentes no

Brasil tem sua vida social marcada pela desigualdade, exclusão e dominação”.

Tais marcas acompanham a história do Brasil, atravessando a Colônia, Império

e Republica, conservando ainda hoje a visão da diferença pela desigualdade.

Assim, afirma a pesquisadora, “a desigualdade social assume, entre nós,

múltiplas expressões, quer se refiram à distribuição de terra, de renda, do

conhecimento, do saber e, mesmo, ao exercício da própria cidadania” (p. 30).

A partir destas reflexões sobre as concepções de infância e criança, surge

uma preocupação cada vez mais ampla e sistemática com o estudo e

compreensão da criança e de seu desenvolvimento, com suas maneiras de

aprender e com a necessidade de uma educação formal, para isso precisamos

entender o conhecimento e os diversos saberes de uma perspectiva que requer

de cada um de nós que abandonemos a ideia de infância generalizada e

comecemos a entendê-la com suas diferenças, suas peculiaridades, formadas

a partir da sociedade, dos grupos e culturas.

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As diferentes concepções existentes sobre a criança na

contemporaneidade ocidental, portanto, são peças imprescindíveis para

comporem um quadro geral sobre a infância atual e necessitam serem

conhecidas e compreendidas dentro do contexto no qual foram produzidas.

Tais saberes, de diferentes disciplinas e origens teóricas, devem ser

convidados ao diálogo, produzindo frutos que podem ser ricos e oferecerem

novos e variados elementos para ajudarem na compreensão da infância na

pós-modernidade.

Assim como a infância, a adolescência é também compreendida hoje

como uma categoria histórica, que recebe significações e significados que

estão longe de serem essencialistas. É como afirma Pitombeira (2005): a

naturalização da adolescência e sua homogeneização só podem ser

analisadas à luz da própria sociedade. Assim, as características “naturais” da

adolescência somente podem ser compreendidas quando inseridas na história

que a geraram.

Mas não foi sempre deste modo que se falou da adolescência.Para a

maior parte dos estudiosos do desenvolvimento humano, ser adolescente é

viver um período de mudanças físicas, cognitivas e sociais que, juntas, ajudam

a traçar o perfil desta população. Atualmente, fala-se da adolescência como

uma fase do desenvolvimento humano que faz uma ponte entre a infância e a

idade adulta. Nessa perspectiva de ligação, a adolescência é compreendida

como um período atravessado por crises, que encaminham o jovem na

construção de sua subjetividade. Porém, a adolescência não pode ser

compreendida somente como uma fase de transição. Na verdade, ela é bem

mais do que isso.

Adolescência, período da vida humana entre a puberdade e a adultície,

vem do latim adolescentia, adolescer. É comumente associada à puberdade,

palavra derivada do latim pubertas-atis, referindo-se ao conjunto de

transformações fisiológicas ligadas à maturação sexual, que traduzem a

passagem progressiva da infância à adolescência. Esta perspectiva prioriza o

aspecto fisiológico, quando consideramos que ele não é suficiente para se

pensar o que seja a adolescência.

Refletindo acerca dos limites identificatórios da adolescência, voltemo-

nos à história, buscando elementos que nos ajudem a pensar essas questões.

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Do mesmo modo que afirmou o caráter moderno da infância, Ariès

(1978, p. 46) acredita que a adolescência também nasceu sob o signo da

Modernidade, a partir do século XX. Quanto a isso, ele se expressa:

O primeiro adolescente moderno típico foi o Siegried de Wagner; a música de Siegried, pela primeira vez, exprimiu a mistura de pureza (provisória), de força física, de naturismo, de espontaneidade e de alegria de viver que faria do adolescente o herói do nosso século XX, o século da adolescência.

Para Ariès, somente após a implantação do sentimento de infância, no

século XIX, tornou-se possível a emergência da adolescência como uma fase

com características peculiares e únicas, distintas dos outros momentos

desenvolvimentais.

Não podemos compreender a adolescência simplesmente pondo-a em

evidência. É necessário buscar não uma definição válida para todos os

momentos históricos e sim tentar uma compreensão a partir de sua

historicidade. Desse modo, os limites fisiológicos e jurídicos são insuficientes

para compreender esse período. É possível sabê-lo melhor, sugerem Levi;

Schmidt.

A condição básica que favoreceu a “inauguração” da adolescência

ocidental do século XX foi, principalmente, a possibilidade de prescindir da

ajuda financeira dos jovens que agora podem se dedicar mais tempo à

formação profissional.

Enquanto construção da modernidade, a adolescência contemporânea

foi engendrada a partir de um contexto de crises e contestação social. Segundo

Abramo (1994), esse fenômeno facilitou que se plasmasse tal caracterização

como a característica própria dos jovens. É possível vermos que a virada para

o século XX traz consigo a invenção de uma adolescência representada como

uma fase de “tempestades e tormentas” e germe de transformações. O

movimento hippie, da década de 60, e o juvenil, de 1968, contribuíram para

formar um discurso sobre o que é ser adolescente, instituindo o modelo

masculino, da classe média, como o estalão privilegiado. Por toda a década de

70, o movimento de ampliação da contracultura juvenil continuou se

expandindo. Mas a história não pára e, na década de 80, acontece uma

fragmentação nos movimentos juvenis.

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Grandes mudanças surgem no plano político, o mesmo acontece no

espectro público da juventude brasileira. Parece ter acontecido com a

juventude brasileira algo como descreve

Abramo (1994, p. 55):

[...] o movimento estudantil perde expressividade e começa a ganhar visibilidade. Surge uma grande variedade de figuras juvenis cuja identidade se expressa, principalmente, através de sinais impressos sobre sua imagem e pelo consumo de determinados bens culturais oferecidos pelo mercado.

Ferreira (1992) vê grande diferença entre a juventude da década de 50 e

a contemporânea, denunciando a falta de sentido e inatividade que considera

ser o mais notável na juventude de então. Já Lindemberg (1993), assinala as

contradições e incertezas da juventude de baixa renda da periferia de São

Paulo, considerando serem essas características identificatórias dos

adolescentes pesquisados. Diógenes (1998) ressalta que os movimentos

juvenis despertaram visões diferenciadas na sociedade, tais como desordeiros

ou renovadores, enfatizando as diferentes representações sociais atribuídas a

esses movimentos. Assim é que a busca da diferença, o desejo de impactar, de

provocar contrastes, marcas definidoras da existência social [...] punk, dark,

funk, torcidas organizadas, os carecas do subúrbio, os skin heads, o hip hop

organizado, dentre outros, parecem mobilizar, de forma visível, a atenção e a

tensão juvenil dos anos 90 (p. 103).

Com a sociedade neoliberal, sob a ênfase do mercado e do consumo,

envolvida nas questões tecnológicas e nas mudanças do padrão social e

culturas das massas, a juventude vem sendo colocada em situação de grande

vulnerabilidade social. Nascimento (2002) considera que os jovens parecem se

encontrar encurralados dentro de condições sociais que aumentam em muito

sua vulnerabilidade. Afirma:

As representações sociais que se formam a partir das inúmeras informações, mediadas, sobretudo pela mídia, não fornecem condições para que o adolescente planeje e articule ações como uma forma de superação da condição ou situação vivida, uma vez que estas informações se destinam muito mais à construção de modelos estereotipados de comportamentos para atender as demandas de consumo (p. 71).

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Calligaris (2000) também tem refletido sobre a influência da pós-

modernidade e do neoliberalismo sobre a emergência da adolescência. Para

ele, a juventude tem sido investida de um imenso valor de consumo, sendo

eleita como ideal de vida. Assim, a indústria de consumo não só absorve como

investe em valores e estilos adolescentes, elastecendo mais e mais esta fase e

tornando cada vez mais difícil se afastar do desejo adulto da adolescência.

Existe atualmente uma clareza teórica de que a heterogeneidade de

realidades e situações impedem a vivência da adolescência do mesmo modo

para todos modo, num período de crises, tempestades e tormentas. E é desta

forma que ainda hoje muitos teóricos têm se detido a falar sobre a

adolescência: uma fase difícil, geradora de crises, um foco de patologias, um

poço de sofrimentos para os jovens e suas famílias.

Segundo Ozella (2003, p. 20), "é necessário superar as visões

naturalizantes presentes na Psicologia e entender a adolescência como um

processo de construção sob condições históricoculturais específicas".

Isso significa pensar que a adolescência deve ser vista e compreendida

como uma categoria construída socialmente, a partir das necessidades sociais

e econômicas dos grupos sociais, que lhe constituem como pessoas, enquanto

são constituídas por elas. Assim, é mais possível falar de adolescentes que

tenham um nome, pertençam a um grupo cultural e tenham uma vida vivida

concretamente, do que de uma adolescência de uma forma mais abrangente.

Adolescência, portanto, deve ser pensada para além da idade

cronológica, da puberdade e transformações físicas que ela acarreta, dos ritos

de passagem, ou de elementos determinados aprioristicamente ou de modo

natural. A adolescência deve ser pensada como uma categoria que se constrói,

se exercita e se re-constrói dentro de uma história e tempo específicos.

É no sentido de refletir sobre a adolescência construída historicamente

que Aguiar; Bock; Ozella (2002) apontam elementos fundamentais para a

compreensão da adolescência numa perspectiva sócio-histórica. Para eles é

necessário não perder de vista o vínculo entre a desenvolvimento do homem e

a sociedade. Além disso, existe uma emergência de se “despatologizar” a

noção do desenvolvimento humano, em especial a adolescência, re-

construindo a compreensão desta e sua expressão social. Por fim, sugerem um

avanço urgente para além de uma suposta realidade “natural” da adolescência.

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Desse modo, as peculiaridades e especificidades históricas, culturais e

sociais precisam ser levadas em conta nos estudos, pesquisas e atribuições de

sentido feitos às vivências dos adolescentes, para que possamos desenvolver

um projeto de escola e de educação que o compreenda como um todo e que

por isso sustente suas práticas pedagógicas na visão de totalidade na

diferença, na história da individualidade de cada adolescente.

6.1.1 Alfabetização e Letramento

Tendo em vista a compreensão sobre a concepção de infância e

adolescência, e sobre a nova organização do ensino fundamental de nove

anos, é imperativo uma reflexão sobre a organização da prática pedagógica e

os fundamentos teóricos e metodológicos quem norteiam esta nova visão

educacional.

Assim, se faz necessário esclarecer a dicotomia e respectiva importância

na formação do aluno no que se refere à Alfabetização e Letramento.

A idéia de alfabetização sempre vislumbrava o universo de público das

séries iniciais e particularmente das classes de alfabetização, então

denominadas de 1ª série. Nesta série o aluno seria alfabetizado e deveria

chegar às demais séries, sabendo ler, escrever, calcular e produzir textos. Hoje

sabemos que esta tarefa não cabe somente àquela determinada série mas sim,

faz parte da prática pedagógica que se iniciará no primeiro ano do ensino

fundamental e que prosseguirá até ao nono ano.

Aprender a ler e escrever vai além de apenas decodificar símbolos

escritos é preciso entender o contexto, os diferentes tipos de textos e sua

função na sociedade, bem como considerar a organização alfabética e seus

valores fonéticos, toda a estrutura da língua falada e escrita. Aprender a ler e

escrever demanda de duas aquisições, que têm a mesma importância e função

essenciais ao bom desenvolvimento e aprendizado, quais sejam: alfabetizar e

letrar.

O que é ser letrado e o que é alfabetizar. Em termos gerais, o letramento

estaria relacionado ao conjunto de práticas sociais orais e escritas de uma

sociedade e também, segundo Tfouni (1996, p. 44), à construção da autoria. O

termo letramento vem-se mostrando pertinente para os estudos sobre o

processo de ensino-aprendizagem da linguagem escrita, já que se observa no

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Brasil o termo alfabetização ainda muito relacionado a uma visão dessa

aprendizagem como um processo de codificação/decodificação de sons em

letras e vice-versa e foi considerada esta ação como desnecessária nas últimas

décadas. Porém o que vemos hoje, a grande falha no processo de

alfabetização, fazendo-nos rever a importância necessária à alfabetização.

Essa visão está de um modo geral ligada à suposição de que a

linguagem escrita é a fala por escrito. Nesse sentido, os sistemas escritos

teriam sido inventados para representar a fala. Os autores que defendem essa

idéia, em geral, entendem também que “a história da escrita seja a evolução

progressiva que culmina no alfabeto” (Olson, 1998, p. 93). Essa concepção da

história da escrita tem sido considerada etnocêntrica por alguns autores

(Coulmas, 1989; Defrancis, 1989, citado por Olson, 1998; Michalowski, 1994).

A escrita, segundo Michalowski (1994, p. 60), foi uma nova forma de

comunicação que trouxe à tona uma nova semiótica e novas formas de

discurso. Olson (1998) defende que a escrita não é uma transcrição do oral,

mas a elaboração de um modelo conceitual para o discurso, por permitir

detectar não só os elementos lingüísticos, mas também as estruturas

lingüísticas em que esses elementos se inserem. Muitos estudos, em

contrapartida, vêm investigando mudanças históricas da língua escrita

(Morrison, 1995), o que nos leva a refletir sobre transformações históricas

também nas atividades de ler e de escrever, assim como na de falar.

Essas questões têm-nos levado a problematizar a noção de letramento,

as práticas pedagógicas de trabalho com a linguagem na escola,

especialmente as práticas de alfabetização como tecnologia, ou seja como

ferramenta para que isso aconteça.

Construir o currículo tendo como base essa fundamentação irá

certamente requerer do professor nova postura, novos saberes, novos

objetivos, novos conteúdos, novas estratégias e novas formas de avaliação e

de recuperação. Será necessário que o docente se disponha e se capacite a

reformular a Proposta Pedagógica da sua Disciplina (PPC), o seu Plano de

Trabalho Docente e a prática pedagógica com base nas respectivas

necessidades e identidades destes alunos na produção da leitura e da escrita.

6.1.2 Avaliação e Recuperação

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Ao tratar das regras comuns para organização dos níveis fundamental

e médio de ensino, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)

número 9394, de 20 de dezembro de 1996, prevê em seu Artigo número 24,

item V, que a verificação do rendimento escolar observará, entre outros

critérios, a “obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência ao

período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar”.

O que se constitui como obrigatoriedade para as instituições de ensino

se configura como direito para os alunos, conforme consta da lei número

8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), Artigo

53, que prevê o “direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às

instâncias escolares superiores”; no Parágrafo Único do mesmo artigo se

observa que “É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo

pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais”.

Considerando os dispositivos legais mencionados acima, e ainda, o

que consta do Artigo número 205 da Constituição Federal vigente, que

evidencia a contrapartida familiar do direito à educação de crianças e

adolescentes, ao afirmar que “É dever da família, da sociedade e do Estado

assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à

saúde, à alimentação, à educação[...]” , conclui-se pela possibilidade e

necessidade de trabalho conjunto entre a família e o colégio (como instituição

estatal) visando a melhor aprendizagem e desenvolvimento dos alunos.

Para exposição de possíveis ações a cada agente envolvido em tal

parceria é necessário, antes, considerar com luz teórica pertinente e atual,

aspectos acadêmicos e instrumentais que caracterizam os sujeitos

PROFESSOR e ALUNO, bem como a relação pedagógica entre ambos.

A educação possibilita a compreensão da realidade histórico-social e

explicita o papel do sujeito construtor/transformador dessa mesma realidade.

Dessa forma, a avaliação tem no processo educativo a função diagnóstica (permanente e contínua): configura-se como um meio de obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica ;Intervenção/reformulação da prática pedagógica e dos processos de aprendizagem. aprendizagem é um processo democrático, ativo, contínuo, permanente, instável, global e integrado. O maior objetivo do professor não deve ser o de saber o quanto o aluno

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30

sabe, mas sim o de garantir a aprendizagem de todos. (VASCONCELOS,1989).

Avaliação diagnóstica formativa deverá estar consonância no Plano de

Trabalho docente sendo observado as DCE’s e respaldada pelo PPP,

Regimento escolar e PPC. O professor deve considerar avaliação como parte

inerente ao processo educativo e a mesma realizada em função dos

conteúdos, coerente com a metodologia da disciplina. Utilizar-se de métodos

e instrumentos de acordo com a necessidade do aluno.

Adequação curricular para alunos inclusos. Instrumentos de avaliação

coerente ao conteúdo.

Avaliar é uma ação intencional, requer planejamento que se evidencie

os critérios de acordo com conteúdos:

> A recuperação de estudos, é concomitante.

> A aprendizagem é um processo democrático, ativo, contínuo,

permanente, instável, global e integrado.

> A retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos

instrumentos de avaliação.

> A reavaliação do conteúdo já retomado em sala. “Um não nega o

outro”.

> A recuperação não recupera os instrumentos e sim os conteúdos.

Diante da avaliação, devemos ter uma postura que considere os

caminhos percorridos pelos alunos, as suas tentativas de solucionar os

problemas que lhes são propostos e a partir do diagnóstico de suas

deficiências, procurar ampliar a sua visão, o seu saber sobre o conteúdo em

estudo, portanto, não basta constatar os erros, é preciso explorar as

possibilidades advindas desse erro, corrigi-lo, mostrar que o aluno aprendeu e

não só o que errou, valorizando as tentativas feitas.

Ao tratar das regras comuns para organização dos níveis fundamental

e médio de ensino, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)

número 9394, de 20 de dezembro de 1996, Artigo número 24, item V, que a

verificação do rendimento escolar observará, entre outros critérios, a

“obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao

período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar”.

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31

O que se constitui como obrigatoriedade para as instituições de ensino

se configura como direito para os alunos, conforme consta da lei número

8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), Artigo

53, que prevê o “direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às

instâncias escolares superiores”; no Parágrafo Único do mesmo artigo se

observa que “É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo

pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais”.

De acordo com a legislação vigente Art. 24 da LDB/9394/96, deve

prevalecer os aspectos qualitativos em detrimento ao quantitativo.” A

avaliação exercerá adequadamente o seu papel na medida em que ela esteja

articulada com o conteúdo proposto para a educação. “Ela deve possibilitar

verificar se esse conteúdo está sendo cumprido adequadamente.”

(LUCKESI,1991, p. 34).

Na Recuperação, o professor após avaliação corretamente elaborada e

seguindo critérios formativos, acentua explicações individuais e coletivas de

conteúdos em que se diagnosticou maior dificuldade dos alunos.

Recuperação /concomitante.

6.1.3 Avaliação e Legislação:

LDB 9394/96

17 Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:

18 (...) III - zelar pela aprendizagem dos alunos.

19 IV- estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor

rendimento.

Deliberação 007/99 CEE –PR

Cap.10 Art.10 e13

20 Art.10. O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter a

aprovação mediante recuperação de estudos, proporcionados

obrigatoriamente pelo estabelecimento.

21 Paragrafo Único- A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a

área de estudos e os conteúdos da disciplina em que o aproveitamento

dos alunos foi considerado insuficiente.

Recuperação de Estudos consiste na retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os alunos tenham

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32

oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio de metodologias diversificadas e participativas.( Vasconcelos,2003, p. 45).

6.1.4 Regulamento sobre Avaliação e Exercícios D omiciliares

No que diz respeito à avaliação ou recuperação que o aluno perdeu por

faltar no dia correspondente à mesma, deverá solicitar aos professores

mediante justificativa de faltas que apresentará na aula subsequente à sua

falta, e segundo a instrução 07/10 (SEED)quando motivada por Atestado

Médico, os professores deverão registrar:

* no campo Frequência: f ou F (falta);

* no campo Observações: Falta justificada por atestado médico e

data;

* na coluna Faltas (do canhoto/picote) as faltas devem ser computadas e

lançadas normalmente;

a) > quando legalmente amparadas:

> em razão de doença infecto-contagiosa ou impeditiva de frequência

às aulas (Lei Federal nº 1044/69);

> em razão de licença-gestação (Lei Federal nº 6202/75);

> em razão de serviço militar (Dec.-Lei Federal nº 715/69);

b) Nas três situações deve-se registrar:

> no campo Frequência: f ou F(falta);

> no campo Observações: número do aluno, falta abonada, data,

amparo legal;

> ao final do período não computar estas faltas no canhoto;

c) por motivo de consciência religiosa:

22 no campo Frequência: f ou F (falta);

23 ao final do período computar estas faltas no canhoto, de acordo com

o Parecer nº 15/1999 – CNE.

Se a falta do aluno for por outro motivo, justificar junto à equipe

Pedagógica e requerer suas avaliações.

Os Exercícios Domiciliares estão de acordo com a Instrução nº 07/10 –

(SEED/DAE/CDE) e os professores deverão registrar no campo de

observações número do aluno, falta abonada,data,amparo legal, ao final do

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33

período não computar as faltas no canhoto. Amparo legal Lei Federal nº

1.044/1969.

6.2 -Conselho de Classe

O Conselho de classe deve propiciar o debate sobre o processo de

ensino e de aprendizagem e favorecer a integração e seqüência dos

conteúdos curriculares de cada série, tornando-se um importante momento de

aprimorar as ações da escola.

Tendo como base os progressos que supõe análise pedagógica,

supondo uma atuação profissionalmente ética. Dividido em três momentos

Pré-Conselho, Conselho de Classe e Pós – conselho.

Com muita clareza a Lei define que a avaliação não pode ser aceita como um simples instrumento classificatório, mas de acompanhamento da construção da aprendizagem, indicando um processo contínuo e cumulativo, que venha a incorporar todos os resultados obtidos durante o período. [...] O conselho de classe quando instituído na escola, tem o sentido de acompanhamento de todos os componentes da aprendizagem dos alunos. Como instrumento democrático na instituição escolar, o conselho de classe garante o aperfeiçoamento do processo de avaliação, tanto em seus resultados sociais como pedagógicos.( 001/99-CEE/PR anexa a Deliberação 007/99).

6.2.1 Pré – Conselho

Participantes: Professores, Pedagogos ,Alunos, e Pais.

Período: Antes do fechamento de notas.(bimestral)

Intencionalidade: Ensino e Aprendizagem.

24 Registro em fichas, dificuldades de aprendizagem, alunos faltosos.

25 Levantamento de informações a respeito da turma.

26 Facilitar orientações pedagógicas, retomada do PTD e encaminhamentos

necessários.

27 Reunião de pais em pequenos grupos ou individual, para acompanhar o

aproveitamento escolar do filho e auxiliar no hábito de estudos.

6.2.2 Conselho de Classe Participativo

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Participantes: Direção , pedagogos, Professores,aluno representante

de turma e pais.

Organização: Democrática e ponderada, momentos de discussões

coletivas e sugestões.

Casos específicos análise dos profissionais da educação.

6.2.3 Pós –Conselho

Quem participa:

Direção, Professores , Pedagogos , alunos e pais.

Analisar, gráficos de rendimento escolar, planilhas e situações peculiares de

problemas identificados durante o conselho de classe que, será realizado em

reunião com pais e alunos em sala de aula e na hora atividade.

Intencionalidade: Ação ponto de partida para o próximo bimestre.

Fica Evidente neste PPP que a representatividade da ação atuante do

Conselho de Classe em todas as suas fases (pré-conselho, conselho e pós

conselho), configura-se em uma nova forma pedagógica de exigir que se

privilegiem a contradição, a dúvida, os questionamentos; que se valorizem a

diversidade e a divergência; que se interroguem as certezas e as incertezas,

despojando os conteúdos de sua forma naturalizada, pronta, imutável. Tem-

se desta forma a opção pela prática dialética que fundamenta nossas ações

na filosofia dialética cultural.

Dentro desta premissa, Gasparin (2003, p. 3) confirma este

posicionamento ora adotado: “Se cada conteúdo deve ser analisado,

compreendido e apreendido dentro de uma totalidade dinâmica, faz-se

necessário instituir uma nova forma de trabalho pedagógico que dê conta

desse novo desafio para a escola”.

Sendo assim,

O conhecimento se origina na prática social dos homens e nos processos de transformação da natureza por eles forjados. [...] Agindo sobre a realidade os homens a modificam, mas numa relação dialética, esta prática produz efeitos sobre os homens, mudando tanto seu pensamento, como sua prática. (CORAZZA, 1991, p.84. Apud. GASPARIN, 2003, p. 4).

6.2.4 Conselho de Classe Final de período

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35

O Conselho de classe é orientado pela equipe pedagógica e conta com

a participação dos professores das disciplinas e das turmas a que estarão se

referindo e de funcionário da secretaria das escolas que registra em ata

própria. Cujo objetivo é de discutir todo o processo de ensino aprendizagem,

das dificuldades encontradas ao longo deste processo, bem como do

currículo, do trabalho do professor e da escola, fazendo análise destes dados

e observando o que o aluno conseguiu avançar (ou não). Segundo

orientações da Seed: “O conselho é um momento de culminância, mas

envolve um processo”.

Dessa forma, pensando na organização do trabalho pedagógico do

ensino fundamental e do ensino médio, realizamos dois Conselhos Finais: do

ensino fundamental, no final do ano letivo e do ensino médio por blocos de

disciplinas, realizamos no final de cada semestre.

Sob esta premissa, apontamos os dados do IDEB:

> 2005: 3,3 > 2007: 3,5 > 2009: 4,4

6.3 Formação Continuada

A Formação Continuada deve constituir-se um espaço de produção de

novos conhecimentos, de troca de diferentes saberes, de repensar e refazer a

prática do professor, da construção de competências do educador.

Considerando o conhecimento como uma construção social, a linguagem tem

um importante papel no aspecto da interação e mediação na formação do

professor (Vygotsty, 1994, 1998). O que geralmente acontece neste espaço

“[...] como espaços de produção coletiva: neles a linguagem é propriedade de

uns e deve ser comprada por outros [...] nos cursos de formação de

professores a linguagem é pedaço...é eco“ (Kramer, 1995a, p. 85).

A palavra tomada como movimento, que constrói e se constrói, não

pode ser encarcerada em significados estanques e contraditórios.

Compreender e captar o significado em cada uma das enunciações, em

sentido mais estrito, o "contexto imediato" (Orlandi, 1999) somente é possível,

se levarmos em conta o "contexto amplo" (Orlandi, 1999), que é, o momento

histórico, o contexto social, e a ideologia que perpassa todo o discurso.

Também Bakhtin considera a palavra como "fenômeno ideológico por

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36

excelência" (Bakhtin, 1992, p. 36), e que ao ser separada do contexto sócio-

histórico, pode assumir o discurso de qualquer ideologia, por isso há

necessidade de reunir os professores por área para realizar a hora atividade.

6.4 Regimento Escolar

Descreve sua organização didático-pedagógica, administrativa e

disciplinar. Baseado na legislação educacional vigente, de apoio

administrativo ao PPP e a PPC, com ampla divulgação para conhecimento de

toda comunidade escolar e deve ser cumprido integralmente.

Contemplando os adendos que regulamentam a organização do aluno

que faz estágio não obrigatório, da implantação do Curso de Lingua

Espanhola (CELEM), da permanência do aluno nas dependências do Colégio

quando chegar depois do horário e agora será elaborado outro adendo que

contemplará a Instruçãso Normativa do Ensino Fundamental de Nove Anos

para ser implantado a partir do ano letivo de 2012.

6.5 Desafios Socioeducacionais:

Os desafios socioeducacionais, serão abordados pelos professores em

sala de aula com ênfase naqueles conteúdos que de certa forma estejam

ligados aos desafios, (que deverão constar nos planos de trabalho docente)

quais sejam:

28 os Desafios Socioeducacionais: Educação Ambiental, Prevenção ao uso

indevido de drogas , Relações Étnico-Raciais, Sexualidade e Violência na

escola os quais deverão estar previstos em calendário de eventos culturais,

bem como desenvolver os demais conteúdos:

29 História do Paraná (Lei n° 13381/01);

30 História e cultura afro-brasileira, africana e indígena (Lei n° 11645/08);

31 Música dentro da Arte (Lei 11.645/08);

32 Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação

ambiental, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o

adolescente. Direitos das crianças e Adolescentes L.F. N° 11.525/07,

(chamados temas socioeducacionais);

33 Educação Tributária Dec. n° 1143/99, Portaria n° 413/02;

34 Educação Ambiental L.F. n° 9795/99, Dec. n° 4201/02

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37

6.5.1 Diversidade Cultural

Observa-se que a Educação das Relações Étnico-Raciais tem se

colocado nos últimos anos como um grande desafio para os educadores e a

sociedade como um todo. Ao mesmo tempo em que essas discussões

fomentam o processo de implementação da lei 10.639/03 no espaço escolar.

No Paraná com a Deliberação 04/06 do Conselho Estadual de Educação,

somado na perspectiva do cumprimento da legislação que determina a

obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro_Brasileira e Africana nas

escolas do Paraná constituíram de forma autônoma um grupo de discussão, de

reflexão, de estudo sobre a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Dessa

forma, é imprescindível organizar momentos de estudos sobre a Educação das

Relações étnico-raciais e ao ensino de História e Cultura Afro-Brasileira,

Africana e Indígena, durante todo o período letivo, com todo o segmento

escolar, o que referenda a implementação da Lei nº 10.639/03 e lei nº

11.645/08.

Diante disso, é fundamental desconstruir as imagens, atitudes e

comportamentos instituídos em relação à história e à cultura das classes

populares, em especial à do negro. Busca-se a qualificação das relações

étnico-raciais nas Escolas, de maneira a combater o preconceito e qualquer

forma de discriminação, divulgar os processos históricos de resistência negra

desencadeados pelos africanos escravizados no Brasil e descendentes na

contemporaneidade.

Assim sendo, implementar no processo educativo, visando

reconhecimento e valorização da identidade, da cultura e da história dos

negros brasileiros, atitudes que corrobore na construção de uma identidade

étnico-racial positiva, que valorize a presença e a influência da cultura negra

na sociedade brasileira. Sendo imprescindível a continuidade deste trabalho

durante todo o ano letivo.

6.5.2 Educação Ambiental

O trabalho desenvolvido com a questão ambiental, visa implementar a

Lei 9795/99 e promover o desenvolvimento da Educação Ambiental em um

processo permanente de formação e de busca de informação voltada para a

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38

preservação do equilíbrio ambiental, para a qualidade de vida e para a

compreensão das relações entre o homem e o meio bio-físico, bem como

para os problemas relacionados a estes fatores.

6.5.3 Enfrentamento a Violência

Ao trabalhar esse desafio, buscar-se-á a ampliação da compreensão e

formar uma consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a

escola em espaço onde o conhecimento toma o lugar da força.

6.5.4 História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena

Este trabalho de acordo com a Lei 10.639/03 e para a consolidação

das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-

Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana,

acrescida da Deliberação Estadual nº 04/06 do CEE, é um desafio tem como

intuito promover o reconhecimento da identidade, da história e da cultura da

população negra paranaense, assegurando a igualdade e valorização das

raízes africanas ao lado das indígenas, européias e asiáticas a partir do

ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

6.5.5 Prevenção ao uso indevido de Drogas

A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador, que

requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de

pesquisa, desprovido de valores e crenças pessoais. Por meio da busca do

conhecimento, educadores e educandos são instigados a conhecer a

legislação que reporta direta ou indiretamente a esse desafio educacional

contemporâneo, bem como a debater assuntos presentes em nosso cotidiano

como: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de

drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros.

6.5.6Sexualidade

O trabalho educativo com a Sexualidade, por meio dos conteúdos

elencados nas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica

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do Estado do Paraná, deve considerar os referenciais de gênero, diversidade

sexual, classe e raça/etnia.

6.6 Equipe Multidisciplinar

Integrantes da Equipe :

Pedagoga :GILCE FRANCISCA PRIMAK NIQUETTI

Agente Educacional: MARIA JOSÉ VICENTE

Representante das Instâncias Colegiadas: PROFª. JOANA D’ARC VARGAS

BATISTA

Professor/ a da área de Humanas: MARIA CARLINDA DOS SANTOS

BARBOSA, MYYRIAN CUBIÇA, ANA CLAUDIA MARTINS RIBAS, CESAR

BARBOSA DE SOUZA.

Professor/a da área de exatas: GELSON MILER, ROSELI VAZ FALLEIROS.

Professor/ a da área de Biológicas: MARILDA CARVALHO

Professores convidados: CÍNTIA BITENCOURT CICCOTI, IRENE DOS

SANTOS P. OLIVETTI, LUCIANE KARPINSKI DOS SANTOS, MARIA LÚCIA

TEIXEIRA DE LIMA, VITÓRIA APARECIDA DA SILVA, DIVANIR DE FÁTIMA

DE C. STRUGAL.

- PLANO DE AÇÃO: Equipe Multidisciplinar da ERER – Ensino de História e

Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena .

“Transformar as coisas não é fazer nada de novo; é tomar as mesmas coisas e organizá-las de outra forma. A mudança surge quando decidimos organizar as velhas coisas de outra maneira, com outras finalidades, outros propósitos.” Pof.ª Ms .Maria Antonia Marçal / SEED/PR

- OBJETIVO GERAL:

35 Organizar momentos de estudos sobre a Educação das Relações Étnico-

Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena

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40

, durante todo período letivo, com todo o segmento escolar, o que referenda

a implementação da Lei nº.10.639/03 e Lei nº.11.645/08.

- Objetivos Específicos:

36 Promover encontros com a Equipe Multidisciplinar para subsidiar momentos

de formação com profissionais da educação, referente a ERER e o Ensino

de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena.;

37 Sensibilizar a comunidade escolar sobre as questões relativas ao diferentes

aspectos de preconceito: racial, status social, diversidade sexual

salientando as questões o pluralismo racial e cultural em nosso país.

38 Promover eventos Culturais, durante o ano letivo e culminando com o Dia

da Consciência Negra do mês de novembro de 2011, Assim, fomentar

estudos e produção de materiais pedagógicos, sobre os temas abordados.

-JUSTIFICATIVA:

Observa-se que a Educação das Relações Ètnico-Raciais tem se

colocado nos últimos anos como um grande desafio para os educadores e a

sociedade como um todo. Ao mesmo tempo em que essas discussões

fomentam o processo de implementação da lei 10.639/03 no espaço escolar.

No Paraná com a deliberação 04/06 do Conselho Estadual da Educação,

somado na perspectiva do cumprimento da legislação que determina a

obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana nas

escolas do Paraná constituíram de forma autônoma um grupo de discussão, de

reflexão, de estudo sobre a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Diante disso, fundamental desconstruir as imagens, atitudes e

comportamentos instituídos em relação à história e à cultura das classes

populares, em especial a do negro. Busca-se a qualificação das relações

étnico-raciais na Escola, de maneira a combater o preconceito e qualquer

forma de discriminação, divulgar os processos históricos de resistência negra

desencadeados pelos africanos escravizados no Brasil e descendentes na

contemporaneidade.

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41

Assim sendo, implementar no processo educativo, visando

reconhecimento e valorização da identidade, da cultura e da história dos

negros brasileiros, bem como a cultura indígena e as questões de gênero,

diversidade sexual atitudes que corrobore na construção de uma identidade

étnico-racial positiva, que valorize a presença e a influência da cultura negra e

indígena na sociedade brasileira. Sendo, imprescindível a continuidade deste

trabalho durante todo o ano letivo. Assim, contemplar os conteúdos

sócioeducacionais não só em datas comemorativas, mas como produção de

conhecimento e construção da cidadania.

-AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS

- Diagnóstico Etnicorracial da Escola

Através do trabalho de sensibilização nas questões étnico-raciais,

visando qualquer tipo de preconceito na sala de aula efetuado pelos

integrantes da Equipe Multidisciplinar, pode-se perceber a participação dos

alunos, principalmente dos negros e pardos com evidencia e superação por

alguns alunos com complexo de inferioridade, falando com orgulho sobre a

história do povo negro com uma melhora na auto estima. Sendo que, através

dos trabalhos realizados observou-se que alguns alunos não se declaravam

pretos e pardos. Diante disso, se faz relevante um trabalho amplo, sobre as

questões de preconceito: racial, diversidade sexual, gênero,classe social,

bullyng, que favorecem a violência e discriminação na escola.

– Formação continuada

Aprofundar a práxis dos integrantes da Equipe Multidisciplinar no

formato de oficina para os demais profissionais da educação nas reuniões

pedagógicas. Dessa forma, para que as Leis nº 10.639/03 e Lei n.º

11.645/2008 sejam implementadas de acordo com a LDB é prioridade formar

grupo de estudos permanente, para conhecer a História e Cultura Africana e

dos Afrodescendentes e Indígena e as questões que envolvam os tema de

preconceito, racismo, diversidade sexual e gênero. Assim, também requer

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produção de materiais pedagógicos pelos professores de todas disciplinas, que

oriente sua prática no processo educativo.

- Análise do Projeto Político Pedagógico, Proposta Pedagógica Curricular,

e Plano Trabalho Docente

Assim, como uma das características da organização do trabalho

pedagógico , faz-se necessário os momentos de reflexão mais aprofundados

sobre as questões elencadas para que a implementação da Lei 10.639/2003,

que estabelece o ensino da História e da Cultura da África e da Cultura

Afrobrasileira nos sistemas de ensino. Da mesma forma, a Lei 11.645/2008 que

da a mesma orientação quanto á temática indígena. Este trabalho contempla

várias indagações que faz parte do cotidiano escolar e será uma fonte de

estudos à medida que procura esclarecê-las.

Dessa forma, observa-se a necessidade de aprofundar o embasamento

teórico na construção da Proposta Curricular e do Plano de Trabalho e

Docente contemplar não só o papel burocrático mas evidenciar o plano em

ação.

Vale ressaltar a importância da fundamentação teórica da História da Cultura

Africana e Afrobrasileira e da Relações Étnicorraciais que contribua com o

trabalho político pedagógico nas ações do processo educativo no cotidiano

escolar, para a superação do preconceito racial que ainda permeiam a

sociedade brasileira

- Análise e orientações as possíveis situações de d iscriminação étnico-

racial.

Analisar com a Equipe Multidisciplinar, Pedagógica e Equipe Diretiva

qualquer fato que demonstre atitudes de discriminação étnico racial e registrar

em documento específico, colher informações sobre o fato e confrontar dados

com agressor e vítima e encaminhar se for verídico as autoridades

competentes.

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- Análise dos materiais didáticos utilizados pela e scola.

No Portal Dia-a-dia Educação. Aos professores são oferecidas inúmeras

opções, vídeos,artigos,sinopse de filmes, resenhas etc. onde são encontrados

materiais selecionados referentes ao tema o que possibilita aos educadores

enriquecer sua prática pedagógica.

Da mesma forma, os cadernos temáticos oferecem ampla discussão sobre

o bem com sugestões de filmes,músicas,livros sites.

-CRONOGRAMA

Dessa forma , propomos que no 1º semestre de 2011 estudos da legislação

em vigor e elaboração de materiais para que se trabalhe conteúdos referente a

cultura indígena, gênero e diversidade sexual, meio ambiente, culminando com

uma semana de eventos no mês, abordando estes temas e com objetivo da

participação dos alunos na paródia e canção ecológica e de sensibilização da

violência na escola. Assim, no 2º semestre estudos referente a legislação e

elaboração de materiais por áreas a fim, da História e Cultura Afro-Brasileira,

Paranaense e Africana. e das Relações Ètnico-Raciais culminando com evento

cultural no Dia da Consciência Negra.

- Avaliações das ações realizadas pela equipe

Através de reuniões verificar os avanços obtidos, o que já observamos na

participação dos professores e agentes educacionais que compareceram na

reunião da Equipe Multidisciplinar e na preparação dos eventos do dia do Índio

e das mães, também obteve a participação dos alunos nos ensaios, pesquisa

,elaboração de material e exposição de maquetes, ,mascaras africanas na

apresentações de danças,teatro, mural cartazes, informações com slides sobre

a influência Africana e Indígena na culinária brasileira, na preparação de

práticos típicos que se tornou uma tradição no meses de abril, maio e

novembro. Vale destacar a turma do CELEM elaborou cartazes em espanhol

valorizando a cultura indígena e contamos com a participação de todos os

segmentos escolar.

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44

- Avaliação do trabalho da equipe:

No final do semestre será aplicado um questionário em todo segmento

escolar onde bucar-se-à as possíveis falhas e aprimorar o trabalho da equipe e

fazer uma auto avaliação sobre seu desempenho profissional e discutir novas

Assim sendo, as atividades serão avaliadas ao longo do seu desenvolvimento,

observando-se a participação e envolvimento do coletivo da escola e uma

possível mudança nas posturas ligadas às questões étnico-raciais.

6.7 Salas de Recursos Multifuncional I

A partir da implantação da LDB 9394/96 percebe-se uma

ressignificacão da Educação Especial que passa a abranger desde a

Educação Infantil até o Ensino Superior e seu público – alvo alunos com

necessidades educacionais especiais.

Segundo Mazzotta (2005, p.15):

A defesa da cidadania e do direito à educação das pessoas com deficiência é atitude muito recente em nossa sociedade. Manifestando-se através de medidas isoladas, de indivíduos ou grupos, a conquista e o reconhecimento de alguns direitos dos portadores de deficiência podem ser identificados como elementos integrantes de políticas sociais, a partir de meados deste século.

A partir da idade contemporânea há uma nova forma de se conceber a

pessoa com deficiência, constatando-se suas possibilidades de aprendizagem

e desenvolvendo-se alternativas para seu atendimento educacional no

sistema regular de ensino, em função de suas necessidades especiais. Essa

pessoa, antes vista apenas como limitada, agora deve ser vista como alguém

com potencialidades, com capacidades que devem ser desenvolvidas, com

condições de viver em ambientes menos restritos, menos segregativos.

O século XXI traz consigo a proposta de superar as situações de

exclusão, reconhecendo os direitos da chamada diversidade e estimulando

sua participação social plena na sociedade. Hoje muito se tem falado,

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45

principalmente no Estado do Paraná, em uma inclusão responsável

envolvendo todos os setores da sociedade, principalmente no âmbito escolar.

A proposta da inclusão é a de enfrentar e superar as situações de exclusão,

reconhecendo os direitos da diversidade do alunado e estimulando sua plena

participação social.

O estado do Paraná, a partir da Deliberação 02/03 (CEE - Conselho

Estadual de 19 Educação) cria novas normas para a Educação Especial,

modalidade da Educação Básica para alunos com deficiência/necessidades

educacionais especiais no Sistema de Ensino.

A partir de 2004, o Paraná, fundamentado na Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional nº 9394/96, nas Diretrizes Nacionais para a Educação

Especial na Educação Básica, Resolução nº 02/01, em seu Parecer nº

17/2001- CNE (Conselho Nacional de Educação) e na referida Deliberação

nº 02/2003/CEE, implanta também as Salas de Recursos da rede estadual de

5ª a 8ª séries, cujo objetivo essencial é trabalhar com alunos que apresentam

deficiência mental/intelectual, altas habilidades/superdotação, transtornos

globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos, de forma a

apoiar, complementar ou suplementar o processo de apropriação de

conhecimentos das salas comuns/regulares.

Segundo a Instrução nº.013/08 (Paraná, 2008), no Paraná, no segundo

segmento do Ensino Fundamental, 6° ao 9° ano, são atendidos em Sala de

Recursos alunos egressos de outros programas de Educação Especial como

classes especiais e sala de recursos das séries iniciais ou aqueles que

apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem com atraso acadêmico

significativo, decorrentes de Deficiência Mental/Intelectual e /ou Transtornos

Funcionais Específicos. A referida Instrução nº013/2008 traça as diretrizes

necessárias para o funcionamento das Salas de Recursos, desde sua

definição, população elegível a ser atendida, como se dá sua identificação

ainda na sala comum, trabalho pedagógico especializado a ser desenvolvido,

formas de organização do trabalho na sala de recursos até o desligamento do

aluno dessa sala.

Assim, a população de alunos atendidos pelas Salas de Recursos no

Paraná é a que apresenta:

� Deficiência Mental/Intelectual

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� Transtornos Funcionais Específicos:

- DDA - Distúrbio do Déficit de Atenção

- TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade

- Distúrbios de Aprendizagem (dislexia, discalculia, disgrafia, e

disortografia).

As definições desses transtornos e distúrbios encontram-se em

documentos da SEED/DEEIN, fundamentados em diferentes autores.

O ingresso do aluno na Sala de Recursos dar-se-á a partir de avaliação

no contexto escolar. Segundo a Instrução nº 013/08,:

O processo de avaliação no contexto escolar, para identificação de alunos com indicativos de Transtornos Funcionais Específicos deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção textual, cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outras, acrescido de parecer psiquiátrico e/ou neurológico e complementada com parecer psicológico (PARANÁ, 2008, p.2).

Ainda segundo a referida Instrução:

Os resultados pertinentes à avaliação realizada no contexto escolar deverão ser registrados em Relatório, com indicação dos procedimentos de intervenção para o plano de trabalho individualizado e/ou coletivo, bem como demais encaminhamentos que se fizerem necessário, devidamente datado e assinado por todos os profissionais que participarem do processo. (PARANÁ, 2008, p.2).

O trabalho pedagógico especializado na Sala de Recurso deve

constituir um conjunto de procedimentos específicos, de forma a desenvolver

os processos cognitivos, motores e sócio-afetivo-emocionais do aluno. O

professor deve elaborar o planejamento pedagógico individual, com

metodologia e estratégias diferenciadas para atender as necessidades de

cada aluno. O trabalho na Sala de Recursos Multifuncional deverá ser

complementado ainda com orientação aos professores do Ensino Regular

juntamente com a equipe pedagógica, nas adaptações curriculares,

avaliações e metodologias que serão utilizadas pelos professores. O

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professor da Sala de Recursos Multifuncional deve atender de forma

individual o aluno com Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos

Funcionais Específicos, com ênfase à complementação do trabalho do

professor das disciplinas e deve realizar a avaliação do aluno que apresenta

necessidades especiais no contexto escolar (PARANÁ, 2008, p. 3).

Segundo documento do Ministério da Educação/Secretaria de

Educação Especial (BRASIL, 2006, p. 13):

As Salas de Recursos Multifuncionais são espaços da escola onde se realiza o atendimento educacional especializado para alunos com necessidades educacionais especiais, por meio do desenvolvimento de estratégias de aprendizagem, centradas em um novo fazer pedagógico que favoreça a construção de conhecimentos pelos alunos, subsidiando-os para que desenvolvam o currículo e participem da vida escolar (p.13). A denominação Sala de Recursos Multifuncionais se refere ao entendimento de que esse espaço pode ser utilizado para o atendimento às diversas necessidades educacionais especiais e para desenvolvimento das diferentes complementações ou suplementações curriculares. Uma mesma sala de recursos, organizada com diferentes equipamentos e materiais, pode atender, conforme cronograma e horários, alunos com deficiência, alta habilidades/superdotação, dislexia, hiperatividade, déficit de atenção ou outras necessidades educacionais especiais. Para atender alunos cegos, por exemplo, deve dispor de professores com formação e recursos necessários para seu atendimento educacional especializado. Para atender alunos surdos, deve se estruturar com profissionais e materiais bilíngües. Portanto, essa sala de recursos é multifuncional em virtude de a sua constituição ser flexível para promover os diversos tipos de acessibilidade ao currículo, de acordo com as necessidades de cada um.

As famílias responsáveis pelos alunos que deverão participar da sala

de recursos multifuncional, sempre são convocadas para reunião com o

professor para estar ciente do processo educativo e os alunos também são

atendidos uma vez na semana por uma profissional da saúde, isto é

psicóloga no Posto de Saúde Tancredo Neves Bairro Boqueirão a qual

também trabalha com a família em consonância com o Colégio.

6.8 Programas de Atividades de Complementação Curri cular

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Esse é um programa que visa implementar a educação de tempo integral.

O Ministério da Educação viabiliza recursos para as escolas por meio do

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) o qual prevê

investimentos de recursos na ampliação do tempo escolar. No Paraná, essa

experiência está vinculada às especificidades do currículo escolar,

materializada nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica e no projeto

político-pedagógico de cada escola.

O programa oferecerá aos alunos atividades didáticas, esportivas e

culturais em horários de contraturno aos de aula.

De acordo com a realidade escolar e, muitas vezes o único espaço

disponível para o acréscimo na formação pessoal do estudante da escola

pública é a própria escola, a participação em atividades complementares à

escolarização enriquece o processo de formação da cidadania.

Nesse sentido a comunidade escolar oportunizar aos alunos um

espaço para ampliar seus conhecimentos, ampliando assim sua jornada

escolar.

Assim, contamos com cinco projetos do Programa Mais Educação que

abrangem diferentes núcleos de conhecimento:

39 Científico-Cultural: artes visuais: Oficina de Xilogravura com a Professora

Maria Carlinda;

40 Horta na Escola – Investigação Científica, Professora Ana Paula

Jankowski;

41 Iniciação ao futsal Expressivo Corporal – Jogos, Professor Cesar Barbosa

de Souza;

42 Iniciação ao Voleibol- Expressivo Corporal – Jogos, Professora Ana Paula

Jankowski;

43 Letramento com a professora Josi Hohl.

6.8.1 Xilogravura

Com este trabalho pretende-se levar o conhecimento aos alunos em

relação a Xilogravura, dando a eles a oportunidade de entrar em contato com

a contextualização histórica da gravura, obras de arte, gravadores, técnicas

por eles utilizadas e, mais importante, experimentar o fazer artístico,com a

preocupação de equilibrar a liberdade do olhar com a análise crítica,

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49

ampliando a experiência sócio-cultural dos alunos, valorizando sua cultura,

tendo como referência a educação pelas artes.

6.8.2 Horta na Escola - Mais Educação - INVESTIGAÇÃ O CIENTÍFICA

Para que se possa alcançar um mundo mais cidadão, a Educação entra como

principal arma nessa transformação. Ela é base necessária para a vida, ponto

de apoio para aprendermos a lidar com a diversidade humana, Diante disso

foi observado que um número cada vez maior de crianças e adolescentes tem

se tornado obesos, pela má alimentação e falta de atividade física no seu dia

a dia.

6.8.3 Iniciação ao Futsal e Iniciação ao Voleibol - Expressivo Corporal –

Jogos

Devido a grande demanda de interessados pelo esporte, a mudança de

comportamentos, a integração, a motivação e resultados alcançados no Viva

Escola de 2009, é que se faz necessário a continuação no ano letivo de 2010.

Vale ressaltar que, o esporte tem importante papel nas aulas de Educação

Física, despertando paixões, emoções e interesses diversos, e é nesta

dimensão educacional que deverá ser trabalhado os valores humanos.

6.8.4 Letramento

Os estudos do letramento preocupam-se com usos e funções sociais

da leitura e da escrita. Com estes, o enfoque da pesquisa em língua materna

deixa de preocupar-se apenas com as questões sobre ensino-aprendizagem

no contexto escolar, e vai para além dos muros da escola, para a sociedade,

onde as pessoas precisam desenvolver os conhecimentos adquiridos na

instituição escolar em seus relacionamentos pessoais. Como todo processo,

esse novo enfoque nos usos e funções sociais da escrita, bem como do papel

do código escrito na formação do cidadão, requer tempo para começar a fazer

parte das práticas envolvidas no ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa.

Devemos, contudo, repensar, enquanto educadores, o respeito a outros

saberes, para que não participemos da exclusão social de indivíduos que, à

sua maneira, têm a contribuir para a nossa coletividade, mesmo à margem do

mundo letrado.

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50

Atende aos dispositivos legais da LDB n.º 9.394, de 20 de dezembro de

1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em

especial o art. 34:

Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola. § 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das formas alternativas de organização autorizadas nesta Lei. § 2º O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino.

E,. atende aos amparos da Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990, que

dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente.

6.8.5 Projetos para Complementação Curricular

Além das atividades estabelecidas nos projetos do programa Mais

educação, o Colégio conta também com outros projetos para ampliação

curricular:

44 Curso Língua Portuguesa – preparatório para p vestibular, direcionado aos

alunos do Ensino Médio, em horário diferenciado (intermediário), com a

professora Carmem Luz;

45 Desenvolvendo aprendizagens esportivas Futsal, com o professor Marcio;

46 Desenvolvendo aprendizagens esportivas Futsal, com o professor Marcio;

47 Capoeira com um profissional da comunidade.

48

6.8.6 Programa Ensino Médio Inovador

O Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI) estabelece em seu

Documento Base3 um referencial de tratamento curricular, indicando as

condições básicas para a elaboração dos Projetos de Reestruturação

Curricular (PRC), as quais estão sujeitas à adequação dos respectivos

ambientes escolares, quais sejam: (Documento Base do Programa Ensino

Médio Inovador (ProEMI) disponível em www.mec.gov.br ):

a) Carga horária mínima de 3.000 (três mil horas), entendendo-se 2.400

horas

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51

b) obrigatórias, acrescidas de 600 horas a serem implantadas de forma

gradativa; b) Foco na leitura como elemento de interpretação e de

ampliação da visão de mundo, basilar para todas as áreas do

conhecimento;

c) Atividades teórico-práticas apoiadas em laboratórios de ciências,

matemática e outros espaços ou atividades que potencializem

aprendizagens nas diferentes áreas do conhecimento;

d) Fomento às atividades de produção artística que promovam a

ampliação do universo cultural do estudante;

e) Fomento as atividades esportivas e corporais que promovam o

desenvolvimento dos estudantes;

f) Fomento às atividades que envolvam comunicação e uso de mídias e

cultura digital, em todas as áreas do conhecimento;

g) Oferta de atividades optativas (de acordo com os macrocampos), que

poderão estar estruturadas em disciplinas, ou em outras práticas

pedagógicas multi ou interdisciplinares;

h) Estímulo à atividade docente em dedicação integral à escola, com

tempo efetivo para atividades de planejamento pedagógico, individuais e

coletivas;

6.8.7 Projetos de Reestruturação Curricular para al unos do Ensino Médio

Para iniciar neste ano de 2012, estão inscritos dois PRC no Programa

Ensino Médio Inovador:

1*

49 Acompanhamento Pedagógico: Arte, Cultura, Teatro e Dança na Escola.

Este PRC está programado para horário intermediário, das 17:30h às

18:50h, em dois dias semanais.

Professora: Ana Karina.

Este PRC deverá desenvolver atividades articuladas aos componentes

curriculares, tendo como referência os objetivos constantes no Projeto Político

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Pedagógico, elaborado a partir do diagnóstico realizado pela escola. O

macrocampo Acompanhamento Pedagógico poderá contemplar uma ou mais

áreas de conhecimento, disciplinas ou conjunto de componentes curriculares,

podendo focar em temáticas de interesse geral e conteúdos. As ações de

acompanhamento pedagógico poderão envolver turmas completas ou grupos

de estudantes em função da proposta apresentada. As atividades

desenvolvidas neste macrocampo poderão estar articuladas a outros

macrocampos e ações interdisciplinares da escola, ou ainda, com outros

programas e projetos tendo em vista as expectativas dos estudantes em

relação à sua trajetória de formação e as dimensões do trabalho, da ciência, da

tecnologia e da cultura.

50 Iniciação Científica e Pesquisa : Cidadania entre o real e o virtual

51 Este PRC está programado para horário intermediário, das 17:30h às

18:50h, em dois dias semanais.

52 Professora: Marilda Carvalho

Deverá desenvolver atividades que integram teoria e prática,

compreendendo a organização e o desenvolvimento de conhecimentos

científicos nas áreas das ciências exatas, da natureza e humanas. As

atividades relacionadas à Iniciação Científica deverão ser desenvolvidas

utilizando laboratórios e outros espaços, por meio projetos de estudo e de

pesquisas de campo envolvendo conteúdos de uma ou mais áreas de

conhecimento, com vistas ao aprofundamento e à investigação organizada

sobre fatos, fenômenos e procedimentos. Deverão contemplar o

desenvolvimento de metodologias para a sistematização do conhecimento, por

meio da experimentação, da vivência e da observação dos fatos e fenômenos,

da coleta e análise de dados e informações e a reflexão sobre os resultados

alcançados. As atividades de cunho científico deverão permitir a interface com

o mundo do trabalho na sociedade contemporânea, com as tecnologias sociais

e sustentáveis, com a economia solidária e criativa, o meio ambiente e outras

temáticas presentes no contexto do estudante. As atividades desenvolvidas

neste macrocampo poderão estar articuladas a outros macrocampos e ações

interdisciplinares da escola.

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53

6.9 Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM )

Tendo em vista a Lei Federal 11.161/2005 que dispõe sobre a

obrigatoriedade da oferta de Língua Espanhola nos estabelecimentos de

Ensino Médio e a Instrução nº 011/2009-SUED/SEED, a qual trata da

elaboração da Matriz Curricular para o ano de 2010,

Dentre as várias línguas faladas, o espanhol se destaca, é a segunda

língua nativa mais falada no mundo e a primeira mais falada nas Américas.

Dessa forma, segue-se um trecho da instrução que normativa a implantação

da disciplina e na abertura da primeira turma da Língua Espanhola no Colégio

para conhecimento de todos os segmentos escolar.

6.9.1 Instrução que normatiza o CELEM

INSTRUÇÃO N° 019/2008 - SUED/SEED

A Superintendência da Educação, no uso de suas atribuições e

considerando:

a) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96;

b) Resolução Secretaria nº 3904/2008, que regulamenta a oferta de cursos

nos Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM);

c) a necessidade de definir critérios para implantação e funcionamento dos

Cursos Básico e de Aprimoramento de Línguas Estrangeiras Modernas

(LEM) ofertados pelos CELEM;

d) a necessidade de definir atribuições aqueles que atuam nos referidos

Centros;

e) a necessidade de sistematizar em um único documento todos os

critérios e orientações referentes ao CELEM, expede a seguinte instrução:

1. DOS CURSOS E LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNAS DO CELEM

1.1 O CELEM ofertará Cursos Básico e de Aprimoramento para

Línguas: Alemã, Espanhola, Francesa, Inglesa, Italiana, Japonesa,

Mandarim, Polonesa e Ucraniana.

1.2 Não será admitida a cobrança de quaisquer taxas ou mensalidades

nos cursos do CELEM.

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1.3 As atividades do CELEM deverão estar integradas às demais

atividades do estabelecimento onde está sediado, subordinando-se a

todas as suas instâncias pedagógicas e administrativas.

1.4 Os cursos do CELEM poderão funcionar nos estabelecimentos da Rede

Estadual de Educação Básica.

1.5 O CELEM deverá atender a todas as disposições da Resolução nº

3904/2008, e da presente Instrução, bem como, às orientações do

CELEM/DEB/SEED.

1.6 Os Cursos Básico e de Aprimoramento serão anuais, distribuídos nos

turnos regular /ou intermediários, de acordo com a opção do estabelecimento

de ensino e de maneira a proporcionar o melhor atendimento aos

interessados.

53 Nos cursos do CELEM o início das aulas deverá ser concomitante ao início

do período letivo das aulas da Matriz Curricular.

6.9.2 Oferta do curso

Oferecemos duas turmas do CELEM – Espanhol no seguinte horário:

Segunda-feira e quarta-feira – turma 1 das 19:00h às 21:00h

Terça-feira e quinta-feira _ turma 2 das 19:00h às 21:00h

6.10 Escola Limpa e Organizada:Cidadania em Constr ução

Este projeto foi elaborado pelos funcionários deste colégio (Agente I) por

ocasião do curso Pró funcionário da turma do ano de 2009, permanecendo até

hoje devido a grande aceitação por todos: professores, alunos, pais e

funcionários.

Após a implantação deste projeto, a rotina dos alunos mudou no que diz

respeito aos cuidados com o ambiente escolar: não jogam lixo no pátio e

colocam nas lixeiras coloridas que foram adquiridas por incentivo das

funcionárias que acompanham e organizam este projeto.

Objetivos:

> Conscientizar todo os segmento escolar de atitudes e hábitos para

manter o ambiente escolar organizado e limpo;

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> Desenvolver o senso de cidadania e respeito com o ambiente;

> Manter a organização pessoal e cuidar do material escolar;

> Desenvolver atitudes de responsabilidade e senso de

sustentabilidade.

Desenvolvimento :

Os agentes educacionais sensibilizam os alunos sobre os cuidados

com o Meio Ambiente. Durante a distribuição do lanche e no recreio

conversam sobre a importância de cuidar do ambiente escolar; jogar o lixo na

lixeira, não riscar carteiras ; cortinas; paredes; não jogar lixo no pátio, manter

torneira fechadas. Trabalho colocado em prática na também cozinha e nas

dependências do colégio com a separação do lixo.

Assim sendo, na saída dos alunos a sala será observada por uma

funcionária quanto a limpeza e organização que anotará os dados na planilha

o desempenho de cada turma. Dessa forma, a turma vencedora a cada

quinze dias será homenageada com um mural com fotos e ao final do

bimestre será premiada com uma tarde especial.

Avaliação :

No final do semestre o grupo de funcionários fará uma reunião para

fazer uma auto avaliação sobre seu desempenho profissional e discutir novas

metas.

7- PROPOSIÇÕES E AÇÕES

7.1 A Gestão Democrática

Parte-se da idéia de que a democracia é a melhor base para a gestão

da coisa pública, e ainda, que as formas de ação democrática podem variar

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desde que se observem a evolução qualitativa de sua efetivação e a

manutenção de seus valores fundamentais.

A ação para manutenção e aprimoramento da gestão democrática no

colégio observará três aspectos, a saber: a) o planejamento, b) a efetivação e

c) a avaliação, considerados os prazos curto, médio e longo.

Todos os aspectos da ação requerem o aprimoramento das formas de

educação de todos os envolvidos para a prática da gestão democrática e a

melhor forma de registro para garantia de uma burocracia eficiente, sem faltas

ou excessos que possam prejudicar o fluxo do trabalho.

A periodicidade de eventos formativos e de discussão do planejamento, da

efetivação e da avaliação dos processos escolares se dará em acordo com as

ocorrências do calendário escolar e com necessidades surgidas ao longo do

período.

As condições para as ações da gestão democrática se prendem a

aspectos de tempo e de espaço disponíveis e possíveis à escola e aos seus

membros. Todavia, os recursos humanos disponíveis na instituição podem ser

auxiliados, tendo a sua ação formativa ampliada através de convênios com

instituições, com estudantes e pesquisadores e com profissionais liberais

atuantes na cidade.

As intenções mais específicas são as de:

a) promover o conhecimento técnico dos passos e dos aspectos basilares

do planejamento, da efetivação e da avaliação das ações necessárias e

cabíveis aos cotidianos escolares;

b) ampliar as possibilidades de formação e a qualidade da educação com o

estabelecimento de convênios com outras instituições públicas e privadas.

A gestão democrática compreende a participação de todos os

envolvidos no processo educativo, nas tomadas de decisões e construção do

projeto Político pedagógico da escola.

7.1.2 Plano de Ação da Gestão Escolar

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A gestão democrática compreende a participação de todos os

envolvidos no processo educativo, nas tomadas de decisões e construção do

Projeto Político Pedagógico da escola.

Indicadores .

54 Aspectos Tecnológicos aplicados à educação:

A inserção de novos recursos tecnológicos na escola apresenta-se como um

novo canal de comunicação e de conhecimento, encurtando as distâncias, agilizando

processos e tomadas de decisões, dentro da escola e da comunidade, numa atividade

de interação com vistas tanto à apropriação do conhecimento quanto à criação de

novos saberes.

Incentivar o uso das tecnologias estará favorecendo a comunicação, a

informação e a troca de experiências, o desenvolvimento de ações relacionadas à

Gestão administrativa e pedagógica.

Uma proposta de gestão escolar deverá contemplar a utilização das

diferentes tecnologias em busca de caminhos alternativos e eficazes para a

melhoria da educação.

55 Aspectos dos recursos humanos:

À gestão democrática caberá formar grupos de estudos em conjunto

com os professores, funcionários, membros do Conselho Escolar e APMF, para

entender e conhecer as principais normas legais relativas à gestão dos

Profissionais da Educação.

56 Aspectos Pedagógicos

A gestão escolar cujo fim se objetivará na melhoria da educação e no

ensino e aprendizagem, a princípio deverá ter muito claro as atuais exigências

da vida social: formar cidadãos, oferecendo, ainda, a possibilidade de

apreensão de mecanismos necessários e facilitadores da inserção social.

Pensar a prática pedagógica enquanto uma ação constante na escola,

porque é refletir sobre a ação docente buscando metodologias adequadas a fim

de que possa garantir sempre a melhoria da aprendizagem.

Com o ensino de nove anos, a clientela da nossa 5ª série que será do 6º

ano poderá ter características peculiares, por isso a atenção do gestor deverá

13

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se voltar para a compreensão desta nova realidade, buscando na psicologia da

aprendizagem o conhecimento necessário para sustentar a prática pedagógica

de sucesso para com eles.

57 Aspectos da gestão democrática:

Ações efetivas para a concretização da gestão democrática: fomentando

a participação do Conselho Escolar, APMF, professores, alunos e funcionários.

58 Aspectos Administrativos e Financeiros

Em reunião com o Conselho Escolar, estudar os aspectos

administrativos e financeiros: Programa Fundo Rotativo, Verbas Federais,

Prestação de Contas, Sistema e Aplicação de Recursos Financeiros,

Programas do Governo Federal - PDDE/ PDE/Escola, Mais Educação, Escola

Aberta, SERE, CENSO, Rede Física, Patrimônio, Merenda e Estrutura Lógica.

Que todos esses recursos sejam considerados a favor do

desenvolvimento da educação no aspecto que estiver com maior necessidade

de interferência, observados pelos índices estatísticos, pelos gráficos de

desempenho dos alunos e decidido coletivamente para a compra de material

de apoio pedagógico.

59 Aspectos da Legislação Escolar: A proposta de atuação da gestão no que diz respeito a este indicador

requer um estudo e pesquisa do gestor que poderá ser feito já no início do ano

letivo porque ao assumir um cargo de gestor de escola pública deverá estar

sempre respaldado em leis para que se cumpram os objetivos da escola. Este

novo gestor deixa de ser aquele que “acomodava” tudo e todos, hoje, o

contexto político impõe ao gestor um novo perfil e para isso deverá estar

sempre em constante atualização, tendo conhecimento sobre as políticas

públicas para a educação, as leis e regulamentos que fazem acontecer o bom

funcionamento da escola.

7.2 Instâncias Colegiadas

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A partir da década de 80, a gestão democrática vem se tornando objeto

de discussões, em razão, especialmente, do que determina o inciso IV do

art.206 da Constituição Federal promulgada em dezembro de 1988: “a gestão

democrática na forma de Lei”. Na década de 90, esse princípio foi reforçado

com a promulgação da nova LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional – Lei 9394/96, que estabelece em seu art. 3º, inciso VIII, que um dos

princípios que deve reger o ensino é a gestão democrática.

As instâncias colegiadas como espaços de participação a que nos

referimos são: o Conselho Escolar, Conselho de classe, APMF – Associação

de Pais, Mestres e Funcionários e Grêmio Estudantil. O fato de a participação

nos colegiados apresentar-se como uma nova forma de gestão não significa

que o diretor perderá seu caráter de autoridade responsável pela escola. Por

meio dos colegiados, ele poderá contar com o apoio de outras pessoas

envolvidas no processo educacional para conseguir implementar os projetos

de melhoria na escola e no ensino. Dessa forma, mais do que administrador

preocupado em oferecer pessoas competentes para responder às exigências

do mercado de trabalho, ele será um gestor preocupado com a formação do

cidadão consciente, participativo. Deixará de exercer uma ação individual e

passará a considerar o coletivo.

Esse novo conceito de gestão, que abre espaço para que os colegiados

legítimos representantes da comunidade escolar - tomem parte nas decisões e

na gestão da escola.

Cada colegiado tem espaços de participação bem definidos nos

documentos que o regularizam. Para entendermos melhor esses espaços e

sua importância para a gestão escolar, abordaremos, de forma sintética, o

conceito e as principais atribuições de cada colegiado.

a) sobre o Conselho Escolar

É um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de

natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora. Ele dá pareceres

referentes ao trabalho de organização e realização do trabalho pedagógico e

administrativo da instituição escolar, em conformidade com as políticas e

diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, o ECA, o

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Projeto Político-pedagógico e o Regimento Escola/Colégio, para o

cumprimento da função social e específica da escola (Estatuto do Conselho

Escolar, 2005). 13

O Conselho Escolar é a instituição que coordena a gestão escolar,

especialmente no que diz respeito ao estudo, planejamento e

acompanhamento das principais ações no dia-a-dia da escola. É um espaço

privilegiado para o exercício da vivência cidadã e apropriação de diferentes

saberes que favorecem a democracia.

b) sobre a APMF – Associação de Pais, Mestres e Fun cionários

A APMF, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de

representação dos Pais, Mestres e Funcionários do Estabelecimento de

Ensino, que não tem caráter político-partidário, religioso, racial, nem fins

lucrativos. Seus dirigentes e conselheiros não são remunerados, são

constituídos por prazo indeterminado e devem obedecer ao objetivo de

promover a integração escola-comunidade (Estatuto da APMF, 2003).

c) sobre o Conselho de Classe

O Conselho de classe é um colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático–pedagógicos e seus objetivos são: avaliar a

apropriação pelos 17 alunos dos conteúdos curriculares estabelecidos no

Projeto Político Pedagógico da Escola; refletir sobre a relação professor/aluno

e analisar a prática pedagógica, buscando alternativas que garantam a

efetivação do processo ensino aprendizagem. Os objetivos do Conselho de

Classe, segundo o INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais, são: efetuar uma avaliação contínua do aluno e

da turma em seus aspectos qualitativos e quantitativos, aperfeiçoar o trabalho

com o aluno por meio de subsídios fornecidos pela equipe pedagógica,

despertar no professor a consciência de que é necessário realizar a auto-

avaliação contínua de seu próprio trabalho, com base na qual ele deve

replanejar suas atividades e métodos, criando condições para um aprendizado

mais eficiente por parte do aluno.

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O Conselho de Classe deve ter condições para fazer uma avaliação do

desempenho de alunos e professores, analisar as práticas pedagógicas e

traçar metas coletivas ou individuais para solucionar ou amenizar problemas

decorrentes do processo ensino-aprendizagem.

d) sobre o Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil é o órgão de representação do corpo discente da

escola. Ele deve representar a vontade coletiva dos estudantes e promover a

ampliação da democracia, desenvolvendo a consciência crítica. O Grêmio

Estudantil, que não tem fins lucrativos, deve representar os estudantes,

defender seus direitos, estreitar a comunicação dos alunos entre si e com a

comunidade escolar, promovendo atividades educacionais, culturais, cívicas,

desportivas e sociais. Também é função do Grêmio realizar intercâmbio de

caráter cultural e educacional com outras instituições. Assim, entendemos o

Grêmio como um espaço privilegiado para empreender o espírito democrático

e desenvolver a ética e a cidadania na prática.

A constituição do Grêmio Estudantil está estabelecida pela Lei Federal

nº. 7398 de 04 de novembro de 1985, que, em seu Artigo 1º, assegura aos

estudantes dos estabelecimentos de Ensino de 1º. E 2º. Graus, hoje Ensino

Fundamental e Médio, o direito de se organizar em entidades autônomas,

representativas dos interesses dos estudantes. Essa garantia foi ratificada na

Lei Estadual nº 11.057, de 17 de janeiro de 1995, a qual, além de assegurar a

livre organização dos grêmios estudantis, reforça, em seu artigo 4º, que é

vedada, sob pena de abuso de poder, qualquer interferência estatal e/ou

particular que prejudique as atividades dos Grêmios, dificultando ou

impedindo seu livre funcionamento.

7.3 Plano de Ação da Equipe Pedagógica

O trabalho do pedagogo na instituição escolar deve ser de colaboração

e acompanhamento constante com relação a elaboração e aplicação de cada

um dos instrumentos educacionais. Com relação ao Projeto Político

Pedagógico, deve acompanhar bem de perto, a sua elaboração e aplicação,

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procurando orientar refletir sobre as situações reais, propor encaminhamentos

e formas de superação para as dificuldades encontradas.

Segundo Saviani:

Pedagogo é aquele que possibilita o acesso à cultura, organizando o processo de formação cultural. É , pois, aquele que domina as formas, os procedimentos, os métodos através dos quais se chega ao domínio do patrimônio cultural acumulado pela humanidade. (...) A palavra pedagogia traz sempre ressonâncias metodológicas, isto é, de caminho através do qual se chega a determinado lugar. Aliás, isto já está presente na etimologia da palavra: conduzir (por um caminho) até determinado lugar.(SAVIANI,1985)

Assim sendo, o pedagogo como articulador do processo educativo

deve proporcionar ao professor e demais segmentos da escola, condições

para reflexão e discussão sobre a importância desses elementos no cotidiano

escolar, bem como acompanhar e orientar sua execução.

(LIBÂNEO, 1996) diz:

A atuação do pedagogo escolar é imprescindível na ajuda aos professores no aprimoramento do seu desempenho na sala de aula(conteúdos, métodos, técnicas,formas de organização da classe),na análise e compreensão das situações de ensino com base nos conhecimentos teóricos, ou seja, na vinculação entre as áreas do conhecimento pedagógico e o trabalho de sala de aula.

Objetivos Gerais

• Promover uma educação pública de qualidade, baseada nos princípios e

ações da Gestão Democrática e da participação coletiva.

• Proporcionar uma convivência harmoniosa entre todos os segmentos da

comunidade escolar através de ações pautadas no diálogo, valorização,

respeito e justiça.

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• Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas

as formas de discriminação, preconceito e exclusão social e de ampliação

do compromisso ético-político com todos as categorias e classes sociais;

• Orientar os professores quanto à construção do Plano de Trabalho

Docente, promovendo melhores condições para sua efetiva aplicação no

campo escolar.

Ações

1) Reuniões de planejamento com a Direção: com o objetivo de planejar

reuniões pedagógicas, semana pedagógica, eventos e de informações.

2)Preparação de oficinas na Semana Pedagógica ,síntese , slides, apostila

do material encaminhado pela SEED ,para facilitar os estudos dos temas

proposto.

3) Reuniões Pedagógicas com os professores: com o objetivo de prevenir e

buscar alternativas contra problemas com turmas e/ou alunos de ordem

pedagógica ou comportamental.

4)Atendimento individual ao professor :Hora atividade como objetivo

acompanhar a escrituração do livro registro de classe, plano de trabalho

docente, bem como proporcionar subsídios para o seu planejamento.

5)-Reuniões com os pais: serão efetuadas de duas formas: coletiva e

individual. Têm como objetivos proporcionar um maior conhecimento das

normas e regras que regem nossa escola; explicação de como será efetuada

a entrega de boletins e do processo educativo; Pré Conselho , Conselho de

Classe e Pós Conselho. As reuniões individuais têm como objetivo informar os

pais sobre o rendimento e o comportamento dos seus filhos, por solicitação

dos professores.

6-Reuniões com alunos : Eleição de representante de turma e Professor

Padrinho/ Madrinha Cadernos de Vivências: escolher representantes de

turma para registrar freqüência,ocorrências da turma e indiferença as

atividades pedagógicas,justificativas de faltas quando doente, etc.).

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7-Reunião Inicial com alunos dos 6° anos – com o objetivo de apresentar o

Colégio aos alunos, bem como apresentar as regras e normas internas,

avaliação diagnóstica para conhecer as dificuldades de aprendizagem.

8-Avaliação no contexto para encaminhamentos para sala de recursos e

especialista da área de saúde.

9-Organização do Conselho de Classe Participativo; Pré Conselho e Pós

Conselho e análise do processo educativo.

10-Coleta de dados para elaboração de gráfico de aproveitamento escolar de

alunos abaixo da média , para estudos e ações no Pós Conselho .

11-Acompanhamento das faltas no caderno de Vivências, comunicado aos

pais e encaminhamento da Ficha da FICA dos alunos faltosos como medida

de prevenção a evasão escolar.

12-Encaminhamento de exercícios domiciliares aos alunos afastados por

motivos de saúde com amparo legal.

Avaliação das ações:

A avaliação das ações que foram efetivadas no decorrer do ano letivo

de 2012 deverão ser feitos com apresentação de seus fundamentos e de sua

importância em eventos de formação continuada de todos os envolvidos nos

processos escolares, ou seja, de professores, funcionários pais e alunos.

7.4 Organização do trabalho pedagógico para as séri es finais do Ensino

Fundamental e para o Ensino Médio

A práxis do professor tem a finalidade de dar direcionamento às ações

pré-determinadas; a finalidade de auxiliar quanto a dificuldades e

eventualidades de forma a agir tanto no próprio professor, quanto no aluno

provocando o aprendizado e viabilizando o processo de ensino.

De acordo com a etimologia da palavra, participação origina-se do latim

"participatio" (pars + in + actio) que significa ter parte na ação. Para ter parte

na ação é necessário ter acesso ao agir e às decisões que orientam o agir.

"Executar uma ação não significa ter parte, ou seja, responsabilidade sobre a

ação. E só será sujeito da ação quem puder decidir sobre ela" (BENINCÁ,

1995, p. 14). Para Lück et al. (1998) a participação tem como característica

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fundamental a força de atuação consciente, pela qual os membros de uma

unidade social (de um grupo, de uma equipe) reconhecem e assumem seu

poder de exercer influência na determinação da dinâmica, da cultura da

unidade social, de compreender, decidir e agir em conjunto.

A organização do trabalho pedagógico tem como eixo principal a

aprendizagem e por conseguinte toda a ação docente estará voltada para

uma prática reflexiva nos encaminhamentos didáticos e metodológicos, na

elaboração dos planos de trabalhos docentes e, na efetivação dos mesmos.

Esta organização será mediada pela equipe pedagógica na busca do

cumprimento dos objetivos propostos nos respectivos planos.

Este acompanhamento será efetivado nas horas atividades dos

professores, momento em que os professores estarão preparando suas aulas

e refletindo sobre a situação dos alunos, das suas aprendizagens e

dificuldades. Assim, as tomadas de decisões serão realizadas em conjunto,

sob a gestão democrática.

Como diz Libâneo (2001, p. 48), “a participação é fundamental por

garantir a gestão democrática da escola, pois é assim que todos os

envolvidos no processo educacional da instituição estarão presentes, tanto

nas decisões e construções de propostas (planos, programas, projetos,

ações, eventos) como no processo de implementação, acompanhamento e

avaliação”. Assim, será possível afirmar qual o método científico que está

sendo adotado pelos professores, possibilitando a reflexão e análise das

práticas pedagógicas cujo embasamento estará fundamentado será

pedagogia histórico-crítica e cujos conteúdos deverão ser extraídos da

diretrizes curriculares (DCES).

Assim, como uma das características da organização do trabalho

pedagógico deste colégio, faz-se necessário os momentos de reflexão mais

aprofundados sobre a situação de aprendizagem dos alunos. Momentos estes

definidos como pré-conselho de classe, conselho de classe e pós conselho de

classe.

Cada um destes momentos trás a real situação do aprendizado dos

alunos e possibilita novos direcionamentos pedagógicos.

Tendo em vista a chegada dos alunos que vêm do Ensino Fundamental

de Nove Anos, cabe ressaltar a importância de tomadas de ações que vizem

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as especificidades destes alunos com vistas a promover maior integração

entre os anos iniciais e finais dessa etapa da Educação Básica preservando a

continuidade do processo de aprendizagem. Para isso se faz necessário

algumas ações da Equipe Diretiva, da Equipe Pedagógica e dos professores:

> Reunião com a equipe pedagógica das escolas que atendem aos

alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental para debater sobre o

currículo;

> Desenvolver estratégias e encaminhamentos diferenciados para

alunos cuja aprendizagem exija maior atenção;

> Fazer grupos de estudos com os professores das séries iniciais e

finais do ensino fundamental para troca de experiências:

> Fazer grupos de estudos com os professores que atenderão aos

alunos do 6º Ano.

A partir desta consideração, se faz necessário um estudo de reflexão

em conjunto com os professores sobre:

> O critério para a seleção dos conteúdos e das práticas (experiência

social construída historicamente)

> Os processos de ensino e aprendizagem, mediatizados pela ação

docente.

> A organização do processo ensino-aprendizagem.

>A seleção de conteúdos e práticas refere-se às possibilidades dos

mesmos articularem singularidade e totalidade no processo de conhecimento

experienciado na escola.

>O trabalho docente e o planejamento do ensino numa perspectiva crítica

de educação.

> Estabelecer critérios e procedimentos de avaliação –

>Considerando a finalidade de intervenção e retomada no processo de

ensino e aprendizagem sempre que necessário.

7.5 Plano de Trabalho Docente

Os planos de trabalhos docentes deverão ser construídos pelos

professores na medida em que possam estudar, organizar, coordenar, ações

a serem tomadas para a realização de uma atividade cujo objetivo é

aprendizagem dos conteúdos básicos necessários.

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O Plano de Trabalho Docente envolve a integração dos conteúdos com

as relações sociais - econômicas, políticas, culturais – bem como os

elementos escolares – objetivo, métodos, como a função de explicitar

princípios e execução das atividades escolares e possibilitar as ações do

professor na realização de um ensino de qualidade, evitando a monotonia e a

rotina e o desinteresse do processo ensino-aprendizagem, assim como

proporciona aos alunos conhecer a realidade social através dos conteúdos

programados e planejados.

Dessa forma o plano de trabalho docente é um guia de orientação que

auxilia na concretização daquilo que se almeja. "É um processo de

racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a

atividade escolar e a problemática do contexto social" (LIBÂNEO, 1992, p.

221). O plano de trabalho docente se torna necessário ao educador a medida

que esse se preocupa em ter qualidade no que faz.

Sendo assim suas ações atuam não somente em seus alunos, mais

também em si mesmo.

Se o papel do professor é o de provocar desequilíbrio, mudança,

também nessa ação, o plano de trabalho docente se torna um passo principal,

possibilitando caminhos ao conhecimento, as mudanças e a transformação,

que são os objetivos da educação.

O plano de trabalho docente, é um documento elaborado pelo

professor contendo sua proposta de trabalho, por série e por turma, nele

devem constar: objetivos; conteúdos; método; período de tempo e avaliação.

O preparo das aulas é uma das atividades mais importantes do trabalho do

educador na instituição escolar.

Vale destacar que o Plano de Trabalho Docente parte da relação

estabelecida entre Projeto Politico Pedagógico e o Proposta Pedagógica

Curricular, portanto se constitui na expressão do currículo em sala de aula,

que expressa e legitima a intencionalidade da escola. Embora o planejamento

seja uma ação coletiva, o Plano de Trabalho Docente é um documento

elaborado pelo professor em função do trabalho com suas turmas.

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Dimensão Legal: no Artigo 13, II e IV da LDB, o Plano de Trabalho que

deve ser feito pelo professor, isso justifica o termo Plano de Trabalho

Docente.

Cada professor deverá elaborar Plano de Trabalho Docente e trabalhar

pelo seu cumprimento em consonância com a proposta pedagógica do

estabelecimento de ensino, com os princípios norteadores das políticas

educacionais da SEED e com a legislação vigente para a Educação Nacional.

Estrutura do Plano de Trabalho Docente:

Tempo do Plano de Trabalho:

O Plano de Trabalho Docente pode ser organizado de forma mensal,

bimestral, trimestral ou semestral, de acordo com a organização do trabalho

pedagógico da escola.

Conteúdos

60 Definidos por conteúdos estruturantes, ou seja, saberes –

conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas – que

identificam e organizam os diferentes campos de estudos das disciplinas

escolares, sendo fundamentais para a compreensão do objeto de estudo

das áreas do conhecimento (Arco-Verde, 2006).

61 O desdobramento dos conteúdos estruturantes em conteúdos

específicos será feito pelo professor em discussão com os demais

professores da área que atuam na escola. O professor deve dominar o

conteúdo escolhido em sua essência, de forma a tomar o conhecimento

em sua totalidade e em seu contexto, o que exige uma relação com as

demais áreas do conhecimento. Esse processo de contextualização visa a

atualização e aprofundamento do conteúdo pelo professor, possibilitando

ao aluno estabelecer relações e análises críticas sobre o conteúdo.

Objetivos (justificativa):

Encaminhamentos metodológicos e recursos didáticos/ tecnológicos:

O conjunto de determinados princípios e recursos para chegar aos

objetivos, o processo de investigação teórica e de ação prática.

Critérios e instrumentos de avaliação/recuperação:

Critérios definem os propósitos e a dimensão do que se avalia. Para

cada conteúdo precisa-se ter claro o que dentro dele se deseja ensinar,

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desenvolver e, portanto, avaliar. Os critérios refletem de que forma vai se

avaliar, são as formas, previamente, estabelecidas para se avaliar um

conteúdo. Deve constar a proposta de recuperação dos conteúdos.

Referências:

As referências permitem perceber em que material e em qual

concepção o professor vem fundamentando seu conteúdo.

Observação:

Os docentes fazem o Plano de Trabalho Docente por série/disciplina.

As especificações quanto aos demais encaminhamentos que variam de turma

para turma devem constar no Livro de Registro de Classe.

O Livro Registro de Classe, documento que legitima a vida legal do

educando e explicita entre o pretendido e o feito, deve estar estreitamente

articulado ao Plano de Trabalho Docente, levando em consideração questões

concernentes à Matriz Curricular, Calendário Escolar, Proposta Pedagógica

Curricular, Plano de Ação da Escola e Projeto Político-Pedagógico.

7.6 Plano de Ação: Agentes Educacionais I e II

A valorização destes funcionários, foi efetivação de seu Plano de

Carreira, desde a mudança do termo: Agentes de Apoio para Agentes

Educacionais que os torna parte do processo educativo. O Curso

“Prófuncionário” que os capacita principalmente na inclusão social que

abrange a diversidade étnica, cultural, econômica e social, tornando possível

a participação no processo escolar promovendo a igualdade sem ressaltar as

diferenças.

Os agentes educacionais seguem suas funções conforme o que lhes é

estabelecido no regimento Escolar, ou seja àquilo que é inerente à sua

função.

62 Agentes Educacionais I I

Uma Escola de qualidade valoriza os envolvidos em educação, os

Agentes Educacionais I, são funcionários/rducadores indispensáveis para a

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organização de uma Escola. Seu papel torna-se peca importante no cotidiano

escolar.

Suas atribuições do cargo são::

-manutenção de infraestrutura escolar e preservação do meio ambiente

-Alimentação escolar

-Interação com o educando

-Seguir as atribuições inerentes ao cargo

-Seguir o Regimento Escolar.

63 Agentes Educacionais II

Estes Profissionais da Educação são muito importantes, porque, o

primeiro contato que os pais e futuros alunos da escola tem, é o atendimento,

as explicações e as informações passadas pelos funcionários para os pais e

alunos, demonstram o ambiente que irão encontrar. As ações e atribuições

do cotidiano do Agente Educacional estão elencadas de acordo com o

Regimento

Escolar são:

–realizar atividades administrativas e de Secretaria,

-atuar como educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e

tecnologia,

-zelar pelo controle e conservação dos documentos e equipamentos da

Biblioteca,

-registrar empréstimo de livros e materiais didáticos,

-Seguir o Regimento Escolar.

Outras atribuições de acordo com a Lei Complementar 123/2008 - Anexo II,

que institui o Plano de Cargos e Carreiras, Vencimentos do Quadro dos

Funcionários da Educação Básica QFEB) da Rede Publica do Paraná.

7.7 Estagiários

De acordo com a Instrução 028/10 que regulamenta e orienta os

procedimentos do estágio dos estudantes e em conformidade com a L.D.B. Nº

9394/96 que trata das Diretrizes da Educação Navional, a Lei 11.7878/2008, a

Lei nº 8069/1990, a Deliberação 02/2009 do Conselho Estadual de Educação,

fundamentam e justificam a necessidade dos alunos que fazem estágio em

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organizações empresariais, na modalidade não obrigatório, ressaltando que a

idade mínima exigida é de dezesseis anos. Tal estágio é realizado mediante

termo de compromisso assinado pela concedente. As atividades a serem

desenvolvidas pelo aluno estagiário devem ser compatíveis com as atividades

elencadas no termo de compromisso.

Portanto, esta instituição de ensino deverá:

- aferir mediante relatório as atividades realizadas pelo estagiário;

- auxiliar o educando com deficiência para elaborar o relatório;

- esclarecer à parte concedente o Plano de Estágio e o calendário escolar;

- observar que a carga horária do estágio não poderá comprometer as aulas

e o cumprimento dos demais compromissos escolares;

- cadastrar os estudantes.

7.8 Proposta Pedagógica Curricular

A Equipe Pedagógica orienta os professores na elaboração da

Proposta Pedagógica Curricular da disciplina (PPC). Para isso, é importante

que os professores reunam-se por área de disciplina e de acordo com as

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, para poder em conjunto

elaborar a PPC, pois ela exige: conhecimento e análise crítica das

experiências curriculares, identificando seus limites e possibilidades; construir

os fundamentos da PPC em coerência com os anseios da população da

escola pública; participação coletiva e responsável de todos os sujeitos do

processo educativo, assegurando autonomia e cooperação, respeito à

identidade cultural do aluno e definição de estratégias e enfrentamento das

desigualdades sociais.

Dessa forma, cada disciplina tem sua PPC que se encontra para

consulta do público, no site do Colégio.

7.9 Matriz Curricular

A organização da matriz curricular deste ano letivo 2012:

Matriz Curricular – Ano letivo: 2012 Período – Manhã Estabelecimento: CESAR STANGE, C E - E FUND MEDIO Curso: ENS.DE 1 GR-REGULAR 5/8 SERIE Turno: Manhã Ano de Implantação: 2006- SIMULTANEA Módulo: 40

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semanas Disciplina Composição

Curricular Série / Carga Horária Semanal

1 2 3 4 5 6 7 8 0301 - CIENCIAS BNC 3 3 4 4 0704 - ARTE BNC 2 2 2 2 0601 - EDUCACAO FISICA BNC 3 3 3 3 7502 - ENSINO RELIGIOSO *

BNC 1 1

0401 - GEOGRAFIA BNC 3 3 3 3 0501 - HISTORIA BNC 3 3 3 3 0106 - LINGUA PORTUGUESA

BNC 4 4 4 4

0201 - MATEMATICA BNC 4 4 4 4 1107 - L.E.M.-INGLES PD 2 2 2 2

Carga Horária Total 24 24 25 25 Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96. *Opcional para o aluno e não computada na carga horária da matriz curricular. BNC=BASE NACIONAL COMUM PD=PARTE DIVERSIFICADA

Matriz Curricular - Ano Letivo 2012 Período - Tarde

Estabelecimento: CESAR STANGE, C E - E FUND MEDIO Curso: ENS.DE 1 GR-REGULAR 5/8 SERIE Turno: Tarde Ano de Implantação: 2006- SIMULTANEA Módulo: 40

semanas Disciplina Composição Curricular Série / Carga Horária Semanal

1 2 3 4 5 6 7 8 0301 - CIENCIAS BNC 3 3 4 4 0704 - ARTE BNC 2 2 2 2 0601 - EDUCACAO FISICA BNC 3 3 3 3 7502 - ENSINO RELIGIOSO *

BNC 1 1

0401 - GEOGRAFIA BNC 3 3 3 3 0501 - HISTORIA BNC 3 3 3 3 0106 - LINGUA PORTUGUESA

BNC 4 4 4 4

0201 - MATEMATICA BNC 4 4 4 4 1107 - L.E.M.-INGLES PD 2 2 2 2

Carga Horária Total 24 24

25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96. *Opcional para o aluno e não computada na carga horária da matriz curricular. BNC=BASE NACIONAL COMUM PD=PARTE DIVERSIFICADA

Matriz Curricular - Ano Letivo 2012 Período - Noturno

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Estabelecimento: CESAR STANGE, C E - E FUND MEDIO Curso: ENSINO MEDIO Turno: Noite Ano de Implantação: 2012- SIMULTANEA Módulo: 20 semanas

Disciplina Composição Curricular

Série / Carga Horária Semanal 1 2 3 4 5 6 7 8

1001 - BIOLOGIA BNC 4 4 4 0601 - EDUCACAO FISICA BNC 4 4 4 2201 - FILOSOFIA BNC 3 3 3 0501 - HISTORIA BNC 4 4 4 0106 - LINGUA PORTUGUESA

BNC 6 6 6

0704 - ARTE BNC 4 4 4 0901 - FISICA BNC 4 4 4 0401 - GEOGRAFIA BNC 4 4 4 0201 - MATEMATICA BNC 6 6 6 2301 - SOCIOLOGIA BNC 3 3 3 0801 - QUIMICA BNC 4 4 4 1108 - L.E.M.-ESPANHOL *

PD 4 4 4

1107 - L.E.M.-INGLES PD 4 4 4 Carga Horária Total 29 25 29 25 29 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96. * Opcional para o aluno e computada na carga horária da matriz curricular. BNC=BASE NACIONAL COMUM PD=PARTE DIVERSIFICADA 7.10 Calendário Escolar 2012

CALENDÁRIO ESCOLAR 2012

ENSINO FUNDAMENTAL DIURNO Janeiro Fevereiro Março

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 4 1 2 3

1 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 16 4 5 6 7 8 9 10 22 8 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias

15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 25 26 27 28 29 30 31 29 30 31 02 Feriado Municipal

1 Dia Mundial da Paz 20 a 22 Carnaval

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13 dias

Abril Maio Junho D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 2 8 9 10 11 12 13 14 19 6 7 8 9 10 11 12 22 3 4 5 6 7 8 9 18

15 16 17 18 19 20 21 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias 22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23 29 30 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30

6 Paixão 1 Dia do Trabalho 7 Corpus Christi

21 Tiradentes

Julho Agosto Setembro D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 3 1 2 3 4 1 8 9 10 11 12 13 14 dias 5 6 7 8 9 10 11 22 2 3 4 5 6 7 8 19

15 16 17 18 19 20 21

12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias 22 23 24 25 26 27 28 9 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22 29 30 31 dias 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29

30 07 Dia do Funcionário de Escola 7 Independência

Outubro Novembro Dezembro D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 1 2 3 1 7 8 9 10 11 12 13 21 4 5 6 7 8 9 10 18 2 3 4 5 6 7 8 13

14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22 28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29

30 31

12 N. S. Aparecida

2 Finados 19 Emancipação Política do PR

15 Dia do Professor

15 Proclamação da República 25 Natal

20 Dia Nacional da Consciência Negra

Feriado Municipal 1 dia Férias Discentes

Férias/Recesso/Docentes

Conselho de Classe

4 dias Janeiro 31

janeiro/férias 30

Reun.ou C.de Clas.

4 dias fevereiro 7

janeiro/julho/recesso 15

Dias letivos 202 julho 18

dez/recesso 12

dezembro 12

outros recessos 3

Total 68

Total 60 Início/Término

Planejamento e (Replanejamento em contraturno)

Conselho de Classe em contraturno

Férias Formação em ação

Recesso

Semana Pedagógica Formação Continuada SEED e NRE Reunião Pedagógica

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CALENDÁRIO ESCOLAR 2012

ENSINO MÉDIO POR BLOCOS - NOTURNO Janeiro Fevereiro Março

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 4 1 2 3

1 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 13 4 5 6 7 8 9 10 23 8 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias

15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 25 26 27 28 29 30 31 29 30 31 02 Feriado Municipal 1 Dia Mundial da Paz 20 a 22 Carnaval

Abril Maio Junho D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 2 8 9 10 11 12 13 14 19 6 7 8 9 10 11 12 22 3 4 5 6 7 8 9 20

15 16 17 18 19 20 21 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias 22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23 29 30 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30

6 Paixão 1 Dia do Trabalho 7 Corpus Christi

21 Tiradentes

Julho Agosto Setembro D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 3 1 2 3 4 1 8 9 10 11 12 13 14 dias 5 6 7 8 9 10 11 23 2 3 4 5 6 7 8 18

15 16 17 18 19 20 21

12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias 22 23 24 25 26 27 28 7 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22 29 30 31 dias 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29

30 07 Dia do Funcionário de Escola 7 Independência

Outubro Novembro Dezembro D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 1 2 3 1 7 8 9 10 11 12 13 21 4 5 6 7 8 9 10 19 2 3 4 5 6 7 8 12

14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22 28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29

30 31

12 N. S. Aparecida

2 Finados 19 Emancipação Política do PR

15 Dia do Professor

15 Proclamação da República 25 Natal

20 Dia Nacional da Consciência Negra 17 Conselho de classe noite

Feriado Municipal 1 dia Férias Discentes

Férias/Recesso/Docentes Conselho de Classe 4 dias Janeiro 31

janeiro/férias 30 Reun.ou C.de Clas.

4 dias fevereiro 7

janeiro/julho/recesso 15

Dias letivos 200 julho 18

dez/recesso 12

dezembro 12

outros recessos 3

Total 68

Total 60 Início/Término

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8.REFERÊNCIAS

ARIÈS, P. A História social da criança e da família . Rio de Janeiro: Guanabara, 1978. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente . Brasília: CBIA, 1990.

BENTO,M.A.S. Cidadania em Preto e Branco ,3ªed. Editora Ática,2005.

BORGES, E. Racismo, preconceito e intolerância. 7ª Ed. São Paulo: Atual, 2009.

CALIL, M. I. De menino de rua a adolescente: análise sócio-histórica de um processo de ressignificação do sujeito. In: OZELLA, S. (Org). Adolescências construídas: a visão da psicologia sócio-histórica. São Paulo: Cortez, 2003. p. 137-166.

CALLIGARIS, C. A adolescência . São Paulo: Publifolha, 2000.

COHN, C. Antropologia da criança . Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

DAHLBERG, G.; MOSS, P; PENCE, A. Qualidade na educação da primeira infância: perspectivas pós-modernas. Porto Alegre: Artmed, 2003.

DIOGENES, G. Cartografia da cultura e da violência: gangues, galeras e o movimento hippiehop. São Paulo: Annablume, 1998.

EISENSTADT, S. N. De geração em geração . São Paulo: Perspectiva, 1976.

FERREIRA, B. Adolescentes diante do mundo atual: identidade profissional e ideológica . 1992. 315 f. Tese (Doutorado Psicologia) – Faculdade de Psicologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

GADOTTI, M.; FREIRE, P.; GUIMARÃES, S. Pedagogia : diálogo e conflito. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 2ªed. Campinas, SP: Autores Associados, 2003.

Planejamento e (Replanejamento em contraturno)

Conselho de Classe em contraturno

Férias Formação em ação contraturno 1º semestre

Recesso Reposição de carga horária

Semana Pedagógica Formação Continuada SEED e NRE Reunião Pedagógica em contraturno

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8 REFERÊNCIAS

GANDIN, D. A prática do planejamento participativo . 2.ed. Petrópolis: Vozes, 1994.

_________ . Planejamento como prática educativa . 7.ed. São Paulo: Loyola, 1994.

_________ . Posição do planejamento participativo entre as ferramentas de intervenção na realidade. Currículo sem Fronteira , v.1, n. 1, jan./jun., 2001, pp. 81-95.

KHULMANN Jr., M. Infância e educação infantil – uma abordagem histórica . Porto Alegre: Mediação, 1998.

LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar : teoria e prática. 4. ed. Goiânia: Editora alternativa, 2001.

LIBÂNEO, J. C. Pedagogia, Ciência da Educação ? Selma G. Pimenta (org.). São Paulo; Cortez, 1996, p. 127.

LEVI, G.; SCHMIDT, J. C. História dos jovens (v. 1 e 2) . São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

LÜCK, H. Planejamento em orientação educacional . 10. ed. Petrópolis: Vozes, 1991.

PADILHA, R. P. Planejamento dialógico : como construir o projeto político-pedagógico da escola. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001.

PINHEIRO, Â. A criança e o adolescente no cenário da redemocrati zação: representações sociais em disputa . 2001. 438 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.

PRIORE, M. História das crianças no Brasil (Org.) . São Paulo: Contexto, 2000.

REITAS,H..O trabalho com princípio articulador na prática de ensino e estágio. Editora Papirus, 1996.

SANTOS, B. A emergência da concepção moderna da infância e adolescência – mapeamento, documentação e reflexões sobre as principais teorias . 1996. Dissertação (Mestrado Antropologia) Faculdade de Ciências Sociais - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.

SAVIANI, D, Sentido da pedagogia e papel do pedagogo , ANDE / Revista da Associação Nacional de Educação, n.º 9, 1985.

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SCLIAR, Moacyr. Um país chamado infância . São Paulo: Ática, 1995.

VASCONCELLOS, C. S. Planejamento : plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo. São Paulo: Libertad, 1995. VEIGA, I. P. (Org.). Projeto político-pedagógico da escola : uma construção possível. 13. ed. Campinas: Papirus, 2001.

VALENTE,A.L.Educação e diversidade cultural: um desafio da atua lidade . São Paulo Moderna, 1999.

Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas educacionais. Coordenação de desafios Educacionais Contemporâneos. Educando para as Relações Étnico Raciais II ,(Cadernos Temáticos dos Desafios Contemporâneos,5) - Curitiba: SEED. PR. 2008.

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mulher-culinaria-afrobrasileira – acesso em 16/11/2010

http://www.youtube.com.vídeo consciẽncia negra. - acesso 16/11/2011

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ANEXOS

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1 PROPOSTA DE ATIVIDADES CURRICULARES DE CONTRATUR NO

MAIS EDUCAÇÃO

Esporte e Lazer

Disciplina de Referência: Educação Física

Professor responsável: Luciana Falcão

Futsal

Disciplina de Referência: Educação Física

Professor responsável: Ana Paula

Voleibol

Área do conhecimento: Esporte.

Conteúdos:

• Iniciação;

• Preparação Física;

• Preparação Técnica;

• Preparação Tática.

Fundamentos Teóricos-Metodológicos

Através do esporte, diversas questões do cotidiano social podem ser

trazidas para a escola e pedagogicamente trabalhadas de forma a serem

compreendidas e proporcionarem novas maneiras através das quais os

adolescentes poderão atuar nesta sociedade.

A escola deve considerar a diversidade como um princípio que se aplica

à construção dos processos de ensino e aprendizagem e orienta a escolha de

objetivos e conteúdos, visando a ampliar as relações entre os conhecimentos

da cultura corporal de movimento e os sujeitos da aprendizagem. Busca-se

legitimar as diversas possibilidades de aprendizagem que se estabelecem com

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a consideração das dimensões afetivas, cognitivas, motoras e socioculturais

dos alunos.

Concordamos com Vaz (2002):

As aulas de educação física constituem espaços privilegiados para o ensino de um grande conjunto de técnicas corporais, notadamente os esportes, (...) como uma linguagem (...) da cultura humana. (pg. 93)

Entendemos, portanto, que a Educação Física escolar deveria formar o

aluno não só para a sua permanência na escola, mas também como uma

alternativa ao estudo, ao trabalho e a vida no próprio meio em que habita. Isso

pressupõe que o ensino do esporte (futsal), com asseguram as Diretrizes

Curriculares Estaduais:”deve propiciar ao aluno uma leitura de sua

complexidade social, histórica e política” (64).

Propomos, então, como atividade complementar curricular de

contraturno, garantir o papel da Educação Física no processo de

escolarização, cuja finalidade será de intervir na reflexão do aluno e da aluna

de modo que ampliem sua consciência corporal e alcancem novos a

horizontes, como sujeitos singulares e coletivos.

a) metodologia

O trabalho será desenvolvido com 25 alunos, no contraturno,

levando em conta o conhecimento prévio do aluno, sua forma de expressar, de

socializar, respeitando a sua realidade e proporcionando o conhecimento

específico de técnicas e táticas do Futsal, através de aulas dinâmicas e

interessante.

d) dia da semana, horário e local que acontecerá a atividade em 2011

Dia: terças-feiras e quintas-feiras.

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Horário: entre 13:00 e 17:00.

Local: Ginásio de Esportes do colégio.

Referências

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido . Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

PARANÁ. SEED. Diretrizes curriculares da educação básica: língua portuguesa. Curitiba: SEED, 2009b.

_______. Diretrizes curriculares da educação básica: sEducação Física. Curitiba: SEED, 2009.Curitiba: SEED, 2009.

PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR DE CONTRATURNO

MACROCAMPO: Mundo do Trabalho e Geração de Rendas

TURNO Tarde: Dias da semana: 2ª feira: 17:00 ás 19:00h. 4ª feira: 17:00 ás 19:00h.

CONTEÚDO PREPARATÓRIO PARA O VESTIBULAR Podução de Texto e literatura •Redação; •Formas de textos; •Literatura brasileira; •Análise linguística.

OBJETIVO •Considerar a diversidade como um princípio que se aplica à democratização do acesso ao conhecimento e aos bens culturais; •Promover a conscientização de melhoria de vida e perspecitva de sucesso no vestibular; •Instrumentalizar o aluno para o mundo do trabalho, através da leitura, produção e anáilise libguísticas; •.Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo do texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização. •Conhecer, ler e discutir sobre a literatura brasileira. •Apropriar-se da escrita para aprimorar conhecimentos gramaticais ligados à norma culta da língua. •Conhecer os diferentes estilos e gêneros literários bem como seus autores e obras e sua influência no panorama histórico-brasileiro.

ENCAMINHAME O trabalho será desenvolvido com 25 alunos, no

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NTO METODOLÓGICO

contraturno que permitirá aos alunos. • Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a

capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

• Os conteúdos serão apresentados de forma expositiva, utilizando-se do auxílio de livros didáticos, jornais, dicionários, vídeos, atividades orais e escritas, debates, leituras, testes orais e escritos, trabalhos escritos com a participação do aluno em sala de aula, extra-classe e pesquisa no laboratório de informática.

• Utilização das diferentes mídias para produção textual e análises.

AVALIAÇÃO A avaliação será diária, através da observação do desenvolvimento dos alunos, sempre utilizando a retomada dos conteúdos, recuperando cada um na sua dificuldade na busca pelo melhor desempenho de cada um. Os instrumentosa avaliativos derivarão de cada critério selecionado no PTD e nos objetivos aqui propostos.

RESULTADOS ESPERADOS

PARA O ALUNO Possibilitarão ao aluno não apenas a leitura e a expressão oral ou escrita,mas também reflexão sobre o uso da linguagem em diferentes contextos. PARA A ESCOLA O ensino de Língua Portuguesa e Literatura deverá garantir aos estudantes o aprimoramento do domínio discursivo no âmbito da oralidade,da leitura e da escrita, de modo a permitir que compreendam e interfiram nas relações de poder com seus próprios pontos de vista,interagindo em diversos contextos sociais. O trabalho do professor neste projeto demanda uma nova postura profissional para se colocar diante deste desafio ,usando novas metodologias que produzam no aluno o conhecimento necessário para que ele possa continuar seus estudos com êxito e adentrar à universidade e também compreender que a língua é um mecanismo de interação sócio-cultural. Ler,compreender e produzir textos observando diferentes estilos,estruturas e formas de produção,atendendo a memória,intersubjetividade,fruição e intertextualidade. PARA A COMUNIDADE Promover e estimular o exercício da cidadania, a conquista ao mundo do trabalho e a busca pelo ensino superior.

Proporcionar à comunidade formação que os impulsione á transformação e superação social nas suas esferas: econômica, cultural e de trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

FARACO, Carlos Alberto. Português: Língua e literatura.

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S PARANÁ. SEED. Diretrizes curriculares da educação básica: Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2009.

PARECER DO NRE

PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ATIVIDADE COMPLEMENTAR

CURRICULARE DE CONTRATURNO

MACROCAMPO: Esporte e Lazer

TURNO : Tarde Horário:3ª feira das 17:00h ás 19:00h 5ª feira das 17:00h ás 19:00h 5ª feira das 19:00h ás 19:50 h _ Hora Atividade

CONTEÚDO FUTSAL • Iniciação; • Preparação Física; • Preparação Técnica; • Preparação Tática.

OBJETIVO •Considerar a diversidade como um princípio que se aplica à democratização do acesso ao conhecimento e aos bens culturais; •Ampliar as relações entre os conhecimentos da cultura corporal de movimento e os sujeitos da aprendizagem; •Desenvolver o gosto pelo esporte eo conhecimento das técnicas e táticas do mesmo; •Promover a conscientização de melhoria de vida.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O trabalho será desenvolvido com 25 alunos, no contraturno, levando em conta o conhecimento prévio do aluno, sua forma de expressar, de socializar, respeitando a sua realidade e proporcionando o conhecimento específico de técnicas e táticas do Futsal, através de aulas dinâmicas e interessante.

AVALIAÇÃO A avaliação será diária, através da observação do desenvolvimento dos alunos, sempre utilizando a retomada dos conteúdos, recuperando cada um na sua dificuldade na busca pelo melhor desempenho de cada um. Os instrumentosa avaliativos derivarão de cada critério selecionado no PTD e nos objetivos aqui propostos.

RESULTADOS ESPERADOS

PARA O ALUNO Socilização, gosto pelo esporte cultura e lazer, conhecimento de técnicas realcionadas ao esporte em questão.

PARA A ESCOLA Resgate do aluno que fica em situação de vulnerabilidade social, desenvolvimento humano, cultural, social e científico.

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Emancipação do cidadão. Entendemos, portanto, que a Educação Física escolar deveria formar o aluno não só para a sua permanência na escola, mas também como uma alternativa ao estudo, ao trabalho e a vida no próprio meio em que habita. Isso pressupõe que o ensino do esporte (futsal), com asseguram as Diretrizes Curriculares Estaduais:”deve propiciar ao aluno uma leitura de sua complexidade social, histórica e política” (64). Propomos, então, como atividade complementar curricular de contraturno, garantir o papel da Educação Física no processo de escolarização, cuja finalidade será de intervir na reflexão do aluno e da aluna de modo que ampliem sua consciência corporal e alcancem novos a horizontes, como sujeitos singulares e coletivos. PARA A COMUNIDADE Através do esporte, que é uma atividade prazerosa e saudável, busca-se ensinar princípios básicos que possam fazer com que as crianças cresçam e se tornem cidadãos mais solidários. Com bons exemplos de comportamento, é mais fácil manter esses jovens distantes da criminalidade e da violência. Com o futsal, os atletas aprendem a respeitar os colegas, os adversários e as regras do esporte. Essas crianças não são apenas carentes de dinheiro. São carentes de bons exemplos, de atenção, de apoio e de carinho.

O esporte na escola é uma m aneira de evitar que as crianças de comunidades carentes estejam nas ruas no período em que estão fora da escola.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido . Rio de Janeiro: Paz e Terra, PARANÁ. SEED. Dire trizes curriculares da educação básica: Educação Física. Curitiba: SEED, 2009.

PARECER DO NRE

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2 . PROGRAMA ENSINO MÉDIO INOVADOR

PROJETO DE REESTRUTURAÇÃO CURRICULAR _ PRC

O colégio Estadual Cesar Stange, oferece educação de qualidade nos

níveis Fundamental e Médio de Ensino, com turmas a partir da 5ª. Série (6º

ano) até o 3º ano do Ensino Médio, sendo este, por Blocos de Disciplinas.

Situa-se à Rua Miguel Gelinski (CEP 85020-490), número 241, no Bairro

Boqueirão, em Guarapuava – PR.

Sendo que entre os objetivos do seu Projeto Político Pedagógico é o de

proporcionar educação de qualidade que produza conhecimentos formais e

políticos, formando alunos com capacidades suficientes para que possam

galgar outros níveis de escolarização e aperfeiçoamento profissional, estando

preparados a vencer todos os desafios a serem superados no mundo moderno.

A estrutura física do Colégio necessita de algumas melhorias, tendo em

vista a realidade social de hoje, em relação à época da construção do mesmo,

o que não impede seu bom funcionamento e adequação de espaços e horários

para que se possa fluir o melhor encaminhamento das atividades pedagógicas.

Portanto, conta com dez saldas de aula, uma sala para classe especial, uma

biblioteca, um almoxarifado, uma sala de professores, uma secretaria, dois

laboratórios de informática, (PROINFO e Paraná Digital) um ginásio de

esportes, uma cozinha, banheiros para os alunos, e dois banheiros para

funcionários e professores.

Todas as salas de aula são amplas e ventiladas, o pátio é irregular e

com cobertura asfáltica.

A equipe técnica é formada por funcionários que em sua grande maioria

pertencem ao quadro próprio: uma bibliotecária, uma cozinheira, uma auxiliar

de cozinha, seis agentes de limpeza, uma secretária mais cincos agentes de

secretaria.

Cada funcionário organiza o seu setor do qual é responsável de forma

que o trabalho desenvolvido flua com maior agilidade e organização. Todos os

espaços escolares são organizados para que a educação seja de qualidade. A

secretaria cuida, da documentação, zelando pelo sigilo dos dados e

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organizando-os de forma a colaborar com o desempenho pedagógico dos

alunos.

O Colégio Estadual Cesar Stange, conta com um quadro de professores

e funcionários capacitados, tendo em vista a participação efetiva em cursos de

formação continuada, assim, procura desenvolver suas atividades primando

pela melhoria da qualidade do ensino.

A equipe docente é composta por professores com formação superior e

pós graduação, são quase todos pertencentes ao quadro próprio. Os docentes

são um total de 60 professores.

A equipe pedagógica conta com duas pedagogas para o turno da

manhã, duas para o turno da tarde e uma para o noturno, todas graduadas em

Pedagogia, com pós graduação.

A gestão escolar é democrática, composta por um diretor e uma diretora

auxiliar, ambos com formação em nível superior, com pós graduação e

pertencentes ao quadro próprio. Os órgãos colegiados também participam da

gestão do colégio.

Os alunos matriculados no Ensino Médio por Blocos de Disciplinas, são

um total de 190 alunos, são moradores das imediações do colégio, portanto

pertencem à comunidade, são jovens trabalhadores assalariados ou

estagiários, são participativos, envolvem-se nas atividades propostas pelo

colégio e pelos professores. Alguns já são casados e o índice de gravidez na

adolescência é razoável.

As matrículas para o ensino médio são na proporção de 40 alunos para

cada turma de 1º ano ( temos sempre duas turmas de cada série), porém no

decorrer da caminhada escolar alguns se evadem, chegando ao 3º ano,

apenas 70% dos matriculados no 1º ano. Estes dados já são bem melhores

que dos anos anteriores à implantação do Ensino Médio por Blocos de

Disciplinas.

As causas desta evasão são diversas conforme pesquisa que

realizamos com os alunos, e aponta que o aluno do ensino médio se evade

porque precisa trabalhar para auxiliar na economia doméstica, outros por

mudança de estado/cidade e algumas alunos por gravidez. Desta forma ao

implantarmos o Ensino Médio por Blocos já conseguimos “resgatar” muitos

alunos que se evadiam, esperamos que com o Ensino Médio Inovador,

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possamos garantir a freqüência de pelo menos 95% dos alunos e assim

gradativamente erradicar a evasão.

Além de assumir este compromisso político com os alunos, o Colégio

oferece também em horário noturno o Curso de Espanhol (CELEM) e os alunos

concluintes do 3º ano que não foram para uma universidade estão retornando à

escola para estudar e aprender uma nova língua, tão útil na sua formação

como possibilidade de trabalho e melhoria de vida. Não só estes alunos, mas a

comunidade também participa deste curso.

A sociedade do bairro também é formada por trabalhadores em sua

maioria assalariados, ou pequenos empresários. O Bairro conta com mercados,

creches, escolas, posto de saúde, Associação do Banco do Brasil e igrejas

católicas e evangélicas.

Segundo pesquisa sócio cultural, os alunos matriculados no Ensino

Médio estão inseridos em uma sociedade onde não dispõe de clubes ou

associações, apenas a AABB (Associação do Banco do Brasil), por isso, a

prática desportiva no bairro, é restrita a alguns poucos alunos, bem como as

atividades artísticas como teatro, musicalização e artes visuais.

Por este motivo a escola torna-se lócus adequado para tais práticas, elevando

as potencialidades tanto de alunos como de professores.

Os propor um PRC para estes alunos, há que se fazer algumas

adequações nos espaços escolares, administrando melhor o tempo, para que

tais atividades aconteçam em horário intermediário aos turnos de aula.

Nesse sentido podemos organizar os espaços ocupando o que estiver

ocioso, por exemplo: a quarta aula do período da tarde se dá até 16:h e 40 m.,

considerando que existem turmas que não estarão em sala de aula na última

aula e sim na quadra de esportes tendo aulas de Educação Física, pode-se

iniciar as aulas deste projeto nestas referidas salas ou até mesmo na quadra

esportiva., com seu início exatamente ás 16:50m. Assim, estes alunos estarão

acomodados e poderão ter suas duas aulas, conforme estabelece o

cronograma, o que permite que sejam desenvolvidos os Projetos de

Reestruturação Curricular onde os alunos do Ensino Médio poderão vir e

participar, sem prejuízo em seus horários de aula regular que iniciam-se às

19:00, e sem prejudicar o andamento das aulas do período diurno.

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Outra questão é o preparo de profissionais que já trabalham no Colégio

e tem formação e habilidade para o tipo de atividade a ser desenvolvida por

isso contar com docente do quadro próprio é de suma importância tendo em

vista que estes docentes já conhecem a realidade escolar e já sabem dos

demais projetos que acontecem no colégio por conta das discussões, leituras

e reestruturações coletivas do PPP.

No P.P.P. está contemplado o incentivo ao desenvolvimento de projetos

que colaborem com a formação do educando visando reconhecimento e

valorização da identidade, da cultura e da história dos nossos alunos, como já

consta o projeto da Diversidade que busca a construção de uma identidade

étnico-racial positiva, que valorize a presença e a influência da cultura negra na

sociedade brasileira. Como também os demais projetos do Programa Mais

Educação. Programa que visa implementar a educação de tempo integral. O

Ministério da Educação viabiliza recursos para as escolas por meio do Fundo

Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) o qual prevê investimentos

de recursos na ampliação do tempo escolar.

No Paraná, essa experiência está vinculada às especificidades do

currículo escolar, materializada nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica

e no projeto político-pedagógico de cada escola. O programa oferecerá aos

alunos, atividades didáticas, esportivas e culturais em horários de contraturno

aos de aula.

De acordo com a realidade social dos alunos é a escola, muitas vezes o

único espaço disponível para o acréscimo na formação pessoal do estudante

da escola pública.

Por isso, a participação em atividades complementares à escolarização

enriquece o processo de formação da cidadania. Ademais, os incentivos

financeiros que são repassados às escolas como o PDDE, (Dinheiro Direto na

Escola), o Programa Nacional de Alimentação Escola ( PNAE), bem como a

disponibilidade de recursos materiais como o Programa Nacional de

Informática na Escola (PROINFO), o Programa Nacional Biblioteca na Escola

(PNBE) e o Plano Nacional de Formação de Professores (PARFOR) e o Plano

de Desenvolvimento da Educação (PDE).

Com toda esta gama de condições será possível a implantação de

Projetos de Reestruturação Curricular.

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Os alunos do Ensino Médio estão em plena formação para o mercado de

trabalho, assim, cogitamos a possibilidade de articular o projeto desenvolvido

com outras instituições de Ensino para palestras, apresentações, debates e

também formação dos professores, bem como para receber estagiários de

cursos que possam contribuir no desenvolvimento do projeto.

Os projetos (PRC) deverão estar inseridos no PPP do Colégio,

discutidos com a comunidade escolar. O professor articulador, juntamente com

a equipe pedagógica deverá elaborar seu Plano de Trabalho Docente,

apontando seus objetivos, encaminhamentos e avaliação.

Portanto, a equipe pedagógica, a gestão escolar e o professor

articulador, em conjunto farão análise da possibilidade de implantação e depois

de verificação do seu desenvolvimento, que se dará ao final de cada bimestre

letivo. Durante o Conselho de Classe do bimestre, serão discutidos com os

professores se os objetivos dos projetos estão sendo alcançados, como por

exemplo a participação do aluno, se não estão evadindo-se da escola e seu

rendimento em sala de aula melhorou. Como também sobre serão analisadas

as dificuldades e possíveis redirecionamentos. No final do ano letivo, se o PRC

tornar-se uma disciplina que agregou conhecimentos e possibilitou o

desenvolvimento de todas as atividades escolares, sem prejuízo algum, o

coletivo poderá optar pela continuidade do projeto para o ano seguinte, ao

contrário, deverão ser redirecionadas e reformuladas as questões que por

ventura não foram bem sucedidas para que no seguinte com maior critério de

análise, possamos optar pela mudança. Assim, a avaliação acontecerá no

decorrer do ano letivo como indicativo para melhoria daquilo que se propõe

para uma melhor educação.

ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS:

Metas para as atividades de PRC:

• formação de identidades abertas à pluralidade cultural, desafiadoras de preconceitos em uma perspectiva de educação para cidadania, para a paz, para a ética nas relações interpessoais, para a crítica as desigualdades sociais e culturais;

• Incentivo a participação, erradicar a evasão e superar os índices das avaliações internas e externas (IDEB e ENEM).

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1- Macrocampo: Acompanhamento Pedagógico

Atividade PRC: Arte, cultura e diversidade.

Ação: A arte enquanto ramo do conhecimento, contém em si um universo de componentes pedagógicos, podendo abrir espaços para manifestações que possibilitam o trabalho com a diferença, o exercício da imaginação, a auto-expressão, a descoberta e novas experiências perceptivas, experimentação da pluralidade, multiplicidade e diversidade de valores, sentido e intenções. Dessa forma, esta atividade de REC, estará engajada com o projeto Diversidade de responsabilidade da Equipe Multidisciplinar do Colégio, portanto cada professor ao desenvolver as ações do referido projeto, já busca um trabalho interdisciplinar e ao inserir este PRC de Arte, cultura e diversidade, o professor que executará estas atividades fará uma leitura de arte e de mundo da realidade sócio cultural dos alunos do Colégio Cesar Stange com vistas a sua emancipação.

Objetivos da atividades a serem desenvolvidas:

• Sensibilizar o jovem para a arte é um processo necessário e eficaz no combate à violência e a marginalidade;

• proporcionar uma ampliação da concentração; • desenvolver a emoção como a capacidade de imaginar, questionar e

criticar também; • desenvolvimento de técnicas, habilidades e percepção da imagem,

da luz e sombra, da proporção e harmonia; • buscando o aprimoramento do ser humano e a sensibilização do

educando em relação à história da arte e o seu envolvimento com a política e as transformações ocorridas na sociedade atual.

• despertar o aspecto crítico dos educandos também é uma forma de torná-los mais conscientes dos seus direitos e deveres, de seu papel na sociedade e, possibilita o exercício da cidadania de uma forma mais plena e segura;

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PARECER DE APROVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

O Conselho Escolar do Colégio Estadual Cesar Stange aprova o

Projeto Político Pedagógico com parecer favorável tendo em vista a amplitude

educacional e de gestão presentes no mesmo enquanto documento que

representa as ações coletivas propostas para o ano letivo de 2012.

Guarapuava, 10 de abril de 2012

Direção:_______________________________ Marlon Douglas Pires

Direção Auxiliar:________________________

Sandra R.C. Rezende

Assinatura dos Membros do Conselho Escolar:

Secretária: Sandra Conrado:_______________________________________

Representante dos Professores _ Joana D'Arc Vargas Batista:____________

Representante dos Pais _ Iracema M. De Andrade:_____________________

Representante dos Alunos _ _____________________:_________________

Representante da Comunidade _ Roselene P. M.

Barbosa:______________________________________________________

Representante dos Funcionários _ Vera Lúcia

Verneque:_____________________________________________________