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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental _____________________________________________________________________ ESCOLA ESTADUAL GETÚLIO VARGAS – ENSINO FUNDAMENTAL Av. Brasília, 193 – Figueira D'Oeste – Fone: 44-3533-1173 ENGENHEIRO BELTRÃO - PARANÁ PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 2008 ______________________________________________________________________1 Projeto Político Pedagógico

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E PROPOSTA … · O Projeto Pedagógico da Escola é mais do que a formalidade. É a aproximação do que se pensa sobre a educação, sobre o ensino,

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

ESCOLA ESTADUAL GETÚLIO VARGAS – ENSINO FUNDAMENTALAv. Brasília, 193 – Figueira D'Oeste – Fone: 44-3533-1173

ENGENHEIRO BELTRÃO - PARANÁ

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

E

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

2008

______________________________________________________________________1Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃOINTRODUÇAO

1. O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ........................................... 009 1.1. - Para que serve e a quem serve ................................................... 009 1.2 - Objetivos Gerais do Projeto Político Pedagógico ........................ 009 1.3 - Objetivos específicos do Projeto Político Pedagógico ................ 010

2. MARCO SITUACIONAL ....................................................... 010 2.1 - Princípios Filosóficos do Trabalho Escolar ................................... 010 2.2 Princípios Norteadores Da Educação.................................... ....... 013 2.2.1 - Objetivos Básicos da Educação Nacional............... ......... 014 2.2.2 - Objetivos Básicos para o Ensino Fundamental ........ .................. .014 2.2.3 - Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental .................. 016 2.2.5- Objetivos Educacionais da Esc. Est. Getulio Vargas .................... 020 2.3 - A Escola Estadual Getulio Vargas .............................................. 020 2.3.1 – Identificação .......................................................................... 020 2.3.2 – Aspectos Históricos da Escola .................................................. 021 2.3.3 - Espaço Físico .......................................................................... 021 2.3.4 – Oferta de Cursos e Turmas ........................................................... 022 2.3.5 – Características da população ........................................................ 022 2.3.5.1 – Alunos e Pais .............................................................................. 023 2.3.5.2 - Nível Sócio Econômico .............................................................. 023 2.3.6 - Características do Município de Engenheiro Beltrão ................... 023 2.3.6.1 – Localização geográfica ............................................................... 023 2.3.6.2 – Dados populacionais .................................................................. 024 2.3.6.3 - Composição da população ......................................................... 024 2.3.6.4 - Manifestações culturais ............................................................. 024 2.3.6.5 – Aspectos econômicos ................................................................. 024 2.3.6.6 - Problemas estruturais ............................................................... 024 2.3.6.7 – Opções de lazer .......................................................................... 025 2.4 - Localização geográfica da Escola .................................................. 025 2.5 - Corpo Docente ............................................................................... 026 2.6 - Funcionários de apoio administrativo ............................................ 026 2.7 - Funcionários de Serviços Gerais ................................................... 027 2.8 - Equipe de Direção .......................................................................... 027 2.8.1 Direção atual .................................................................................... 027 2.8.2 Gestão 2006/2007 .......................................................................... 027 2.8.3 Ex - Diretores ................................................................................... 027 2.8.4 Atuaram como Secretárias .............................................................. 028 2.9 - Professor Pedagogo ....................................................................... 028 2.10 - Alunos matriculados em 2005.........................................................028 2.11 - O contexto social ............................................................................030 2.12 - Diagnostico da Escola ....................................................................030 2.13 - Metas para sanar as dificuldades................................................... 033 2.14 - Estrutura Organizacional ...............................................................034 2.15 - Fundamentos Pedagógicos ............................................................ 035 2.15.1 – Compromissos com a construção da Escola ideal ........... 036

3. MARCO CONCEITUAL ........................................................ ............ 039 3.1 - Concepção de Sociedade .................................................................. 039 3.2 - Concepção de Mundo ....................................................................... 041 3.3 - Concepção de Cultura .......................................................................042 3.4 - Concepção de Conhecimento ........................................................... 043

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3.5 - Concepção de Homem .................................................................... 046 3.6 - Concepção de Educação ................................................................... 046 3.7 - Concepção de Escola ...................................................................... 047 3.8 - Concepção de Professor ................................................................. 049 3.9 - Concepção de Aluno ...................................................................... 048 3.10 - Concepção de Currículo ................................................................. 051 3.11 - Concepção de Ensino ...................................................................... 055 3.12 - Concepção de Aprendizagem .......................................................... 057 3.13 - Concepção de Ciência ... ................................................................. 059 3.14 - Concepção de Tecnologia ................................................................ 060 3.15 - Concepção de Cidadania ..................................................................062 3.16 - Concepção de Trabalho ................................................................... 064 3.17 - Concepção de Valores ..................................................................... 065 3.18 - Concepção de Avaliação .................................................................. 067

4. PLANO DE AÇAO DA ESCOLA ..........................................................071 4.1 - Dinâmica do Currículo .................................................................... 071 4.2 - O Planejamento Escolar .................................................................. 072 4.3 - A Metodologia ................................................................................ 073 4.4. - Critérios de Avaliação .................................................................... 074 4.5 - A Recuperação de Estudos .............................................................. 076 4.5.1 – A recuperação Paralela .................................................................. 077 4.6 – O aproveitamento de Estudos ......................................................... 077 4.7 – A Classificação e a Reclassificação .............................................. 077 4.8 – A matriz Curricular ............................. ..........................................077 4.9 - A Educação Continuada ...................................................................079 4.10 - Os espaços pedagógicos .................................................................. 079 4.10.1 - A Biblioteca ...................................................................................079 4.10.2 - O Laboratório ................................................................................080 4.10.3 - O Laboratório de Informática ........................................................078 5. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA ..................................... 082 5.1 - Conceitos de Gestão Educacional ................................................... 082 5.2 - Reflexão sobre o trabalho pedagógico ............................................ 084 5.3 - Projeto de Educação Continuada para professores e funcionários 084 5.4 - O trabalho coletivo .......................................................................... 086 5.5 - A prática transformadora ................................................................ 086 5.5.1 – O que a Escola pretende do ponto de vista pedagógico ... 086 5.6 - A Escola Inclusiva ........................................................................... 087

6. MARCO OPERACIONAL ..................................................................... 088 6.1 - O Regime Escolar ............................................................................ 089 6.2 - A organização do trabalho pedagógico ........................................... 089 6.3 - Recursos que a Escola dispõe para realizar seu projeto .................. 090 6.3.1 – Recursos físicos e materiais........................................................... 090 6.3.2 - Recursos Financeiros ..................................................................... 093 6.3.3 - Recursos Humanos ........................................................................ 093 6.3.4 - O Tempo Escolar ........................................................................... 093 6.3.5 - O Calendário Escolar .................................................................... 094 6.3.6 - Recursos Tecnológicos ................................................................. 095 6.4 - Atribuições dos Recursos Humanos ................................................ 095 6.4.1 - Atribuições do Diretor ......................................................... ....... 095 6.4.2 - Atribuições do Professor Pedagogo .............................................. 097 6.4.3 - Atribuições do Corpo Docente ..................................................... 100 6.4.4 - Atribuições da Secretaria e da Equipe de Apoio Administrativo 102 6.4.5 – Atribuições dos encarregados dos Serviços Gerais ...................... 103 6.4.6 – Atribuições dos alunos .................................................................. 104 6.5 – O papel das Instancias colegiadas .................................................... 105 6.5.1 – O Conselho de Classe .................................................................... 105

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6.5.2 - O Conselho Escolar ...................................................................... 106 6.5.3 - A Associação de Pais, Mestres e Funcionários ............................ 106 6.5.4 - O Grêmio Estudantil .................................................................... 106 6.5.5 - Os representantes de turmas ...................................................... 106 6.5.6 - A família ....................................................................................... 106 6.6 – Elementos constitutivos do trabalho docente .................................. 106 6.7 - Princípios de entrosamento entre o trabalho docente e as disciplinas 111 6.7.1 – A contextualização ........................................................................ 111 6.7.2 - A Interdisicplinaridade ................................................................ 111 6.7.3 - Os temas Sociais Emergentes ...................................................... 113 6.7.3.1 – O Meio Ambiente ....................................................... 113

6.7.3.2 - A Orientação Sexual ........................................... 113 6.7.3.3 - o Multiculturalismo ................................................. 113 6.7.3.4 – A Educação para a Saúde ........................................ 114 6.7.3.5 - A Ética .................................................................... 114 6.7.3.6 - A Cultura Afro – Descendente ............................. 114

7 . OS PROJETOS QUE A ESCOLA DESENVOLVE .......................... 115 7.1 – O Projeto Agenda 21 Escolar ....................................................... 116 7.2 - Projetos de iniciativa da própria Escola......................................... 123 7.3 - Projetos orientados pelo Núcleo Regional de Educação .............. 124 7.4 - Projetos da Secretaria de Estado da Educação .............................. 125 8 . PLANO DE AVALIAÇAO INSTITUCIONAL .................................. 1269 . AVALIAÇAO DO PROJETO P. PEDAGÓGICO ............................. 12810. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................... 129 11. BIBLIOGRAFIA ............................................................................ 13012. ANEXOS ....................................................................................... 130 13. SEGUNDA PARTE ................................................................. ...... 132

13.1 Proposta Curricular ...................................................................... 132

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Pedagógico da Escola é mais do que a formalidade. É a

aproximação do que se pensa sobre a educação, sobre o ensino, sobre os conteúdos do

ensino, sobre o aluno com a prática pedagógica que se realiza nas escolas. É a

aproximação, cada vez maior, entre o que se pensa ser a tarefa da instituição escola e o

trabalho que se desenvolve na Escola. Ë o confronto entre as intenções e os resultados

escolares. É uma Filosofia de educação que se discute e se vive na Escola.

( Veiga, 2001)

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2005

APRESENTAÇÃO

A Escola Estadual Getúlio Vargas-Ensino Fundamental, do Distrito de Figueira D’ Oeste, Município de Engenheiro Beltrão, pertencente ao Núcleo Regional de Campo Mourão, Estado do Paraná apresenta seu Projeto Político Pedagógico, cuja elaboração surgiu da necessidade de se organizar um conjunto de princípios orientadores que servissem de base para a estruturação dos fundamentos que norteiam a ação pedagógica da Escola .

Este trabalho é resultado da reflexão e da troca de experiências, tendo como base a visão dos profissionais da Educação da escola que acredita que educação se faz com amor e respeito.

Os inúmeros problemas educacionais e o verdadeiro papel da educação formal são motivos de ampla discussão na sociedade. Necessita empreender um esforço coletivo para vencer as barreiras e entraves que inviabilizam a construção de uma escola pública que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania e seja instrumento real de transformação social, criando espaços em que se aprenda a aprender, a conviver e a ser com e para os outros, contrapondo-se ao atual modelo gerador de desigualdades e exclusão social que impera nas políticas educacionais.

A construção do presente Projeto Político-Pedagógico visa contribuir para estabelecer novos paradigmas de gestão e de práticas pedagógicas que levem a instituição a transgredir a chamada "educação tradicional", cujo conteudismo está longe de corresponder às necessidades e aos anseios de todos os que participam do cotidiano escolar.

A sociedade contemporânea tem passado por expressivas transformações de caráter social, político e econômico. Essas transformações originam-se nos pressupostos neoliberais e na globalização da economia que têm norteado as políticas governamentais.

Nesse contexto, surgem alguns questionamentos junto aos educadores e demais agentes escolares: Qual o papel social da escola? Qual a melhor forma de organização do trabalho pedagógico?

A escola é a responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão, no sentido pleno da palavra. Então, cabe a ela definir-se pelo tipo de cidadão que deseja

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formar, de acordo com a sua visão de sociedade. Cabe-lhe também a incumbência de definir as mudanças que julga necessárias para que essa sociedade, através das mãos do cidadão que irá formar seja construída de forma que o Homem seja o foco mais privilegiado.

A Escola Estadual Getulio Vargas entende que o Projeto Político - Pedagógico deve ultrapassar a mera elaboração de planos, que só se prestam a cumprir exigências burocráticas pois ele busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente.

Segundo Veiga, 1995: Quando a própria escola assume a responsabilidade de atuar na transformação e

na busca do desenvolvimento social, seus agentes sentem-se motivados para a elaboração de uma proposta para a realização desse objetivo. Essa proposta ganha força na construção de um Projeto Político-Pedagógico.

Com base nesse principio compreende-se que o presente Projeto Político Pedagógico é também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sócio - político e com os interesses reais e coletivos da Comunidade de Figueira D’Oeste. Pedagógico, pois define as ações educativas e as características necessárias para que a escola cumpra seus propósitos e sua finalidade, pois é na dimensão pedagógica que se efetiva a intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo.

Sendo assim o presente projeto político-pedagógico sendo o fruto da interação entre os objetivos e prioridades estabelecidos pelo coletivo da escola, cujas intenções foram elaboradas a partir da reflexão , apresenta as ações necessárias à construção de uma nova realidade.

Diante disso o presente Projeto, mais que um documento que ora se apresenta, é um exercício coletivo e consciente do direito à palavra, do respeito às diferenças, da vivência das contradições, do confronto ideológico, da busca do desenvolvimento humano e da crença de que o amanhã precisa ser, necessariamente, melhor do que hoje.

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INTRODUÇÃO

O projeto político – pedagógico da EE. Getulio Vargas, constitui-se num instrumento que expressa as diretrizes do processo de ensino aprendizagem, tendo como referencial a sua realidade, a de seus alunos e da comunidade do Distrito de Figueira D’Oeste.

Nele, registramos as expectativas e possibilidades de desenvolvimento de um trabalho Pedagógico possível de se concretizar, acreditando que a escola como vínculo de educação, sua integração na comunidade, deve apontar caminhos que leve o educando a sentir-se realizado como ser humano, incorporando princípios e valores socialmente construídos e ao Professor encaminhamentos para a concretização desses objetivos.

É importante salientar que este projeto não tem a preocupação de apresentar soluções definitivas, mas expressa o desejo e o compromisso do grupo que a partir de um processo de trocas e buscas comuns, participa da construção do futuro da comunidade na qual está inserido.

O PPP da Escola Estadual Getulio Vargas apresenta-se em onze Itens . O item I caracteriza-se pelos Objetivos do Projeto Político Pedagógico.

O item II apresenta a Identificação da Escola, seus aspectos históricos, o espaço físico, curso ofertado, turmas atendidas, características: da população, pais e alunos, professores e funcionários , a equipe Pedagógica e Administrativa e ainda o contexto social onde a escola deverá atuar, o papel da escola, a descrição da realidade brasileira, do estado, do município e da escola e a análise das contradições e conflitos presentes na prática docente.

O item III – apresenta a visão da Escola quanto às concepções de Sociedade, de homem, de educação, de conhecimento, de escola, de ensino , de aprendizagem, de gestão, de currículo e avaliação necessárias para atingir o que se pretende. Registra também os critérios de organização e as intenções da escola quanto à capacitação docente para a formação integral do aluno.

O item IV – apresenta o dimensionamento da organização do trabalho pedagógico, o papel específico de cada segmento, da comunidade escolar das instâncias colegiadas.

O item V – apresenta os princípios da Gestão Democrática e os encaminhamentos para o desenvolvimento do trabalho administrativo.

O item VI – refere-se ao Marco Operacional, e os encaminhamentos para o desenvolvimento do trabalho Pedagógico.

O item VII - representa os Projetos desenvolvidos pela escola e os itens VII, IX, X e XI, apresenta os critérios de avaliação Institucional e do Projeto Político Pedagógico.

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1. PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO:

1.1 - Para Que Serve e a Quem Serve?

Um projeto político - pedagógico ultrapassa a mera elaboração de planos, que só se prestam a cumprir exigências burocráticas:

"O projeto político-pedagógico busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com sentido explícito e compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sócio - político e com os interesses reais e coletivos da população majoritária.

(...) Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de se definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade." (Veiga, 1995)

O projeto político-pedagógico é o fruto da interação entre os objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade, que estabelece, através da reflexão, as ações necessárias à construção de uma nova realidade. É, antes de tudo, um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo: professores, equipe técnica, alunos, seus pais e a comunidade como um todo.

A construção de um projeto, deve estar amparada por concepções teóricas sólidas e supõe o aperfeiçoamento e a formação de seus agentes. Só assim serão rompidas as resistências em relação a novas práticas educativas. Os agentes educativos devem sentir-se atraídos por essa proposta, pois só assim terão uma postura comprometida e responsável. Trata-se, portanto, da conquista coletiva de um espaço para o exercício da autonomia. (Veiga, 1995).

Com base nesses pressupostos a Escola Estadual Getulio Vargas se mobiliza para a construção do seu PPP, baseando –se na sua realidade para tornar o sonho possível.

1.2 - Objetivos Gerais do Projeto Político Pedagógico

Valorizar a educação como um instrumento de humanização e de interação social, proporcionando uma educação de qualidade através de um trabalho de parceria entre pais, alunos e profissionais da educação, num processo cooperativo de formação de indivíduos plenos e aptos a construir a sua própria autonomia e cidadania, reconhecendo-se, como ser único, mas também coletivo.

1. 3 - Objetivos Específicos do Projeto Político Pedagógico• Buscar a melhoria da qualidade de ensino, para que haja também melhoria

na qualidade de vida e das relações humanas.

• Exercitar a democracia e a cidadania, através do movimento de ação-reflexão-ação, buscando a participação e o comprometimento do grupo, traçando metas e alcançando objetivos.

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• Descentralizar as decisões para que todos construam e executem coletivamente, uma proposta educativa baseada na realidade.

• Introduzir questionamentos, visando a mudança nos procedimentos e atitudes da comunidade escolar, ao longo do processo ensino e aprendizagem.

• Planejar e executar projetos, envolvendo pais, alunos, professores e funcionários;

• Melhorar o processo de ensino e aprendizagem, de modo que os alunos usufruam da escola para aprender, construir, crescer e conviver.

• Criar um espaço para que os professores possam refletir sobre ensinar e aprender;

• Proporcionar situações de aprendizagem, vivenciando os valores morais e auxiliando os indivíduos na formação de uma sociedade mais justa e humana.

• Proporcionar condições favoráveis para a construção consciente de valores cívicos e sociais.

• Garantir a liberdade de expressão e a participação de todos os componentes do sistema escolar na tomada de decisão quanto aos assuntos pertinentes à escola.

• Tornar o educando consciente, participativo e condutor de idéias capazes de surtir um efeito prático diante do desenvolvimento sustentável.

2. MARCO SITUACIONAL

Vemos o mundo em rápidas transformações pela facilidade de acesso e prontidão às informações que os meios de comunicação nos proporcionam. Essa situação deixa explícita as diferenças sociais, culturais e econômicas cada vez mais gritantes, causando o agravamento da violência, a desvalorização do ser humano e a degradação dos valores afetivos, éticos e morais.

No Brasil, para que nossa sociedade possa tornar-se mais justa, devem-se solucionar problemas sociais graves como o caos da saúde pública, a má distribuição de renda, o desemprego, a miséria, a fome, o analfabetismo e a falta de moradia. Para atingir esses objetivos são importantes, como instrumentos de mudança, o acesso à educação, a valorização do povo e, principalmente, o interesse dos políticos e dos administradores públicos na solução dessas questões básicas da sociedade.

Nos dias de hoje, é necessária a existência de uma classe política e administrativa responsável, ética e voltada aos interesses coletivos como representantes da sociedade.

É necessário que a sociedade se conscientize da importância de sua participação nos destinos do país e na busca de soluções. Só membros de uma sociedade organizada, crítica e participativa podem cobrar ações de interesses comunitários de si próprios e dos outros. É importante que existam a vontade política da mudança, a

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iniciativa, o interesse, o incentivo, a união, a mobilização e, principalmente, a consciência de que a omissão é o pior caminho.

O forte apelo da mídia ao consumismo produz ansiedades e conflitos, pois a grande valorização do ter em detrimento do ser resulta no individualismo e na competição desenfreada.

A competitividade no mercado de trabalho exige indivíduos cada vez mais qualificados, o que os leva a buscar uma constante atualização e/ou qualificação. Os indivíduos que não têm acesso à educação e muito menos à educação continuada estão fadados a fazer parte do grande contingente de excluídos do mercado de trabalho e, conseqüentemente, de uma vida cidadã.

Constatamos, também, o despertar de uma consciência cidadã com relação ao meio ambiente como forma de preconizar condições saudáveis a todos os seres assim como a perpetuação dos recursos naturais, visto a necessidade de sobrevivência.

Diante desta realidade de mundo, nossos jovens manifestam grande inquietação com seu futuro, frente às perspectivas e desafios que se apresentam, fazendo com que busque cada vez mais cedo, conhecimentos e informações necessários à formação para o exercício pleno de sua cidadania.

2.1 – PRINCÍPIOS FILOSOFICOS DO TRABALHO ESCOLAR

O momento histórico vivenciado, no contexto educativo escolar, aponta para uma Filosofia de Educação que possa contemplar às múltiplas dimensões do homem, enquanto sujeito inserido em um determinado contexto.

A escola busca salientar o papel do professor e do aluno na consolidação do conhecimento, dentro de uma concepção dialética.

A escola hoje é conhecida como parte inseparável da totalidade social, buscando o conhecimento do mundo, construindo este conhecimento, partilhando idéias, tomando consciência de vivência, cidadania, buscando a construção de um universo mais harmonioso, garantido, no que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente, as concepções primordiais ligadas ao saber e ao desenvolvimento psico-intelectual. Para tanto, o currículo escolar, bem como os programas e os planos de ensino, serão considerados como ponto de partida de criação, apropriação, sistematização, produção e recriação do saber.

Em sentido vulgar e de uso corrente na linguagem comum, filosofia é uma visão de mundo e a concepção de vida que o homem adota para seu uso pessoal. É nessa acepção que se pode falar de uma filosofia de vida. Nesse sentido, todos nós temos uma filosofia que explica nossas atitudes perante o mundo e a vida.” ( Barsa, volume 6. p. 200) A filosofia, é portanto fruto de uma reflexão , no entanto, não é qualquer reflexão, é apenas aquela reflexão que é “radical, rigorosa e de conjunto”. Para que a reflexão possa ser considerada filosófica, torna-se necessário cumprir três requisitos básicos: a radicalidade (deve-se proceder a uma reflexão em profundidade, indo às raízes da questão); o rigor, (a reflexão deve ser guiada por métodos determinados); a globalidade, (a reflexão deve considerar o conjunto do contexto no qual ela se insere). Gadotti p.96 ,1991 , diz

... Na sociedade de classes, onde predominam interesses antagônicos, a educação, “inserida na luta hegemônica”, se configura em dois momentos simultâneos e organicamente articulados entre si: um momento negativo, que consiste na crítica da concepção dominante (ideologia burguesa), e um momento positivo, que significa trabalhar o senso comum de modo a extrair o seu próprio núcleo válido (o bom senso) e

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dar-lhe uma expressão elaborada com vistas à formulação de uma concepção de mundo adequada aos interesses populares. Ë é por meio do processo ação – reflexão – ação é que se constrói o processo pedagógico.

A Escola Estadual Getulio Vargas em sua filosofia, considera o aluno uma identidade única, dedicando especial atenção à formação de cada um. Para isso desenvolve atividades educativas e pedagógicas que visam a:

• Formar o aluno para a cidadania, consciente de seus direitos e deveres, como meio de viver numa sociedade democrática e atingir sua auto-realização como pessoa humana;

• Conduzi-lo à busca de sua autonomia intelectual e da construção de sua aprendizagem e saber;

• Desenvolver seu senso crítico, sua capacidade de análise, bem como a sensibilidade aos contínuos avanços dos meios de comunicação, da ciência e da tecnologia;

• Fazê-lo traçar seu projeto de vida pela valorização da auto-estima, do afeto, da amizade autêntica, do bom companheirismo e do respeito recíproco;

• Levá-lo a respeitar a natureza, como única forma de sobrevivência digna do ser humano;

• Transmitir-lhe a prática dos valores fundamentais da moral, da ética e da necessidade da observância das normas de conduta no âmbito da Escola e fora dele;

• Estimular o desenvolvimento da capacidade de observação e reflexão, de criação, de discriminação de valores, de julgamento, de convívio e cooperação, de decisão e ação.

Com base nos pressupostos filosóficos acima apresentados a Escola tem a pretensão de:

• Buscar a eficiência no processo ensino/aprendizagem, sustentado pela constante atualização de métodos e da utilização dos meios disponíveis.

• Orientar a seleção adequada dos conteúdos, nos planejamentos, visando a um aprendizado condizente com as exigências da sociedade atual e com conhecimentos significativos

• Primar pela avaliação contínua do aproveitamento

• Favorecer o constante aperfeiçoamento do corpo docente e técnico-administrativo de acordo com os interesses individuais, coletivos e do sistema;

• Zelar pelo ensino ministrado, de modo que o aluno possa continuar aprendendo e seja capaz de se adaptar, com flexibilidade, a novas condições culturais exigidas pelo mercado de trabalho;

• Levar o aluno a compreender a relação existente entre o conjunto de conhecimentos ministrados e os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos

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• Conscientizar-se de que a aprendizagem somente se alcançará, plenamente, por um processo de ensino adequado ao interesse do aluno, com métodos atualizados;

• Facilitar a incorporação e vivência da cultura, respeitando-lhe e facilitando-lhe o exercício da criatividade, da imaginação e da intuição, estimulado pelos meios de comunicação real e de informação virtual;

• Reconhecer a relação entre o conhecimento sócio-econômico-político e o globalizado.

Tais ações deverão estar embasadas nos seguintes fundamentos:

Fundamentos Ético-Políticos:

A Escola Estadual Getulio Vargas, como instituição educativa, visa proporcionar à sua comunidade uma vivência baseada nos valores sociais tais como verdade, sensibilidade, autonomia, competência, sociabilização e respeito.

Fundamentos Epistemológicos

A proposta do Pedagógica da Escola está baseada em princípios estabelecidos pela Secretaria de Estado da Educação do Estado do Paraná numa visão baseada na Pedagogia Histórico Crítica.

Desenvolvemos uma pedagogia fundamentada no processo de interação entre o sujeito, o objeto e o meio, proporcionando condições ao educando de construir seu próprio conhecimento.

Os conteúdos e as atividades pedagógicas ministradas tem o objetivo de fazer o aluno pensar, raciocinar, refletir, questionar, criar, permitindo sempre novos desafios e novas experiências buscando a sua competência como ser pensante, humano e cidadão.

Fundamentos Didático-Pedagógicos

Para nós, a visão de educação proposta pela corrente Histórico – Critica veio apontar uma nova relação entre professor – aluno – conhecimento. O aluno torna-se construtor de seu próprio aprendizado, sendo ele o centro do processo. Quem realiza a aprendizagem é o aluno, cabendo ao professor a função de mediador mantendo uma relação interativa entre aluno - conhecimento acumulado – conhecimento historicamente construído .

O processo Pedagógico da EE. Getulio Vargas objetiva criar situações favoráveis e significativas de aprendizagem , tendo a preocupação de verificar e observar qual a bagagem de conhecimentos que o aluno traz consigo. Incumbindo ao professor o papel de ensinar a “aprender a aprender”, acessar informações, criar atitudes e procedimentos científicos e familiarizar-se com novas tecnologia

2.2 - PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

A Escola Estadual Getulio Vargas oferta o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries com base nos seguintes princípios:

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- Constituição Federal - Art. 208 – A Educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. - Art. 206 – O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento,

a arte e o saber; III – Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas,e coexistência de

instituições publicas e privadas de ensino; IV -Gratuidade no ensino publico em estabelecimento oficiais; V - Valorização dos profissionais do ensino, garantindo na forma da lei,

... VI - Gestão democrática no ensino publico, na forma da lei; VII- Garantia de padrão de qualidade.

- Lei nº 9394/96 (LDBEN)

Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

§ 1º. É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos.

§ 2º. Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem adotar no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino.

§ 3º. O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

§ 4º. O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais.

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2.2.1 - Objetivos Básicos da Educação Nacional – LDB 9394/96

O principal objetivo da educação é desenvolver homens capazes de criar coisas, não simplesmente o que outras gerações fizeram – homens que sejam criadores, inventivos, descobridores e recriadores. O objetivo da Escola enquanto Instituição é ofertar um ensino publico de qualidade que atenda às exigências da nova ordem mundial visando:

• Proporcionar um desenvolvimento integral do educando nas áreas formativa, social e pedagógica;

• Criar condições para o educando manter uma vivência plena em sociedade;

• Criar condições para o educando assumir responsabilidades;• Criar condições ao educando de exercer seus direitos e deveres como indivíduo

participativo respeitando regras e normas da sociedade;• Estimular no educando o espírito crítico;• Criar condições para o educando vivenciar os valores sociais;

2.2.2 - Objetivos Básicos para o Ensino Fundamental

A LDB 9394/96 aponta para objetivos que o ensino fundamental deve visar para que ao termino do cursos os alunos sejam capazes de:

• Compreender a cidadania como participação social e política, assim comoexercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia,atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando ooutro e exigindo para si o mesmo respeito;

• Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentessituações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e detomar decisões coletivas;

• Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais,materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção deidentidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao País;

• Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bemcomo aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contraqualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, decrenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;

• Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamentepara a melhoria do meio ambiente;

• Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento deconfiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética,de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverançana busca de conhecimento e no exercício da cidadania;

• Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitossaudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindocom responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;

• Utilizar as diferentes linguagens — verbal, matemática, gráfica, plásticae corporal — como meio para produzir, expressar e comunicar suasidéias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicose privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação;

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• Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicospara adquirir e construir conhecimentos;

• Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição,a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos everificando sua adequação.

2.2.3 - Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental.

As Escolas ministrantes do Ensino Fundamental , contemplam as Diretrizes emanadas pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE) a saber:

I – As escolas deverão estabelecer, como norteadores de suas ações pedagógicas: a) - Os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum;

b) - Os princípios políticos dos direitos e deveres de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática;

c) - Os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade, e da diversidade de manifestações artísticas e culturais.

I - Ao definir suas propostas pedagógicas, as escolas deverão explicitar o reconhecimento da identidade pessoal de alunos, professores e outros profissionais e a identidade de cada unidade escolar e de seus respectivos sistemas de ensino.

II- As escolas deverão reconhecer que as aprendizagens são constituídas na interação entre os processos de conhecimento, linguagem e afetivos, como conseqüência das relações entre as distintas identidades dos vários participantes do contexto escolarizado, através de ações inter e intra - subjetivas, as diversas experiências de vida dos alunos, professores e demais participantes do ambiente escolar, expressas através de múltiplas formas de diálogo, devem contribuir para a constituição de identidades de afirmativas, persistentes e capazes de protagonizar ações solidárias e autônomas de constituição de conhecimentos e valores indispensáveis à vida cidadã.

2.2.4 - A EDUCAÇAO DO CAMPO

A educação no campo tem características e necessidades próprias para o aluno do campo no seu espaço cultural, sem abrir mão de sua pluralidade como fonte de conhecimento em diversas áreas. (MEC).

A Escola Estadual Getulio Vargas – Ensino Fundamental , baseia-se nos princípios da Educação do Campo para ministrar a Educação Básica tendo como base a localização da escola no Distrito Rural de Figueira D’Oeste, cuja clientela são crianças que convivem com o setor agrícola, alguns são filhos de agricultores e outros de trabalhadores da agricultura onde 20% residem no próprio distrito e os demais residem no meio rural, usando o transporte escolar para chegar até à escola. Para a elaboração do presente Projeto Político Pedagógico, observou-se a lei 9394/96 que diz:

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Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.

Art. 28. Na oferta da educação básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação, às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente.I- conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural;II- organização escolar própria, incluindo a adequação do calendário escolar as fases do ciclo agrícola e as condições climáticas;III-adequação à natureza do trabalho na zona rural.

Com base nos pressupostos da LDB a Escola aponta para os seguintes encaminhamentos:

Referencial Teórico

Deve-se pensar a Educação do Campo como processo de construção de um projeto de educação dos trabalhadores , gestado desde o ponto de vista dos camponeses e da trajetória de luta de suas organizações. Isto quer dizer que se trata de pensar a educação (política e pedagogia) desde os interesses sociais, políticos, culturais de um determinado grupo social; ou trata-se de pensar a educação (que é um processo universal) desde uma particularidade, ou seja, desde sujeitos concretos que se movimentam dentro de determinadas condições sociais de existência em um dado tempo histórico.

A Educação do Campo assume sua particularidade, que é o vínculo com sujeitos sociais concretos, e com um recorte específico de classe, mas sem deixar de considerar a dimensão da universalidade: antes (durante e depois) de tudo ela é educação, formação de seres humanos. Ou seja, a Educação do Campo faz o diálogo com a teoria pedagógica desde a realidade particular dos camponeses, mas preocupada com a educação do conjunto da população trabalhadora do campo e, mais amplamente, com a formação humana. E, sobretudo, trata de construir uma educação do povo do campo e não apenas com ele, nem muito menos para ele.

Um dos fundamentos da construção do projeto de educação para o campo é a compreensão da sua materialidade de origem. E este, aliás, pode ser um bom ponto de partida para clarear as concepções desde o ponto de vista de quem tem compromisso com sua raiz, sua memória.

Em resumo, podemos dizer que no contexto da Educação do Campo há como elementos principais: - o campo e a situação social das famílias trabalhadoras : o aumento da pobreza, a degradação da qualidade de vida, o aumento da desigualdade social, da exclusão; a barbárie provocada pela implantação violenta do modelo capitalista de agricultura; - neste mesmo contexto a situação em relação à educação: ausência de políticas públicas que garantam o direito à educação e à escola para os camponeses/trabalhadores do campo; - ao mesmo tempo a emergência de lutas e de sujeitos coletivos reagindo a esta situação social; especialmente as lutas camponesas, e entre elas, a luta pela terra ; - também o debate de uma outra concepção de campo e de projeto de desenvolvimento que sustente uma nova qualidade de vida para a população que vive e trabalha no campo; - vinculadas ou não a estas lutas sociais, a presença significativa de experiências educativas que expressam a resistência cultural e política do povo camponês frente às diferentes tentativas de sua destruição.

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O movimento inicial da Educação do Campo foi o de uma articulação política de organizações e entidades para denúncia e luta por políticas públicas de educação no e do campo, e para mobilização popular em torno de um outro projeto de desenvolvimento. Ao mesmo tempo tem sido um movimento de reflexão pedagógica das experiências de resistência camponesa, constituindo a expressão, e aos poucos o conceito de Educação do Campo.

Outro fundamento da construção do projeto político e pedagógico para a Educação do Campo é o diálogo com a teoria pedagógica. Não foi a pedagogia que inventou a Educação do Campo, mas ela não se constitui como um projeto de educação sem o diálogo com a teoria pedagógica, com as questões universais da pedagogia e da educação. É sabido que durante décadas o aluno do campo ficou descontextualizado do seu meio – prega-se construir o conhecimento a partir do conhecimento que o aluno traz consigo – mas, na prática se insere o aluno do meio rural – com saberes que só se desenvolve nas cidades, portanto longe de sua realidade. Talvez esse seja o ponto chave para se entender porque os trabalhadores rurais não conseguiram se escolarizar.

O diálogo que se dá em torno de uma concepção de ser humano, mundo e sociedade, terá que ser com uma determinada tradição pedagógica crítica, vinculada a objetivos políticos de emancipação, de luta por justiça e igualdade social.

A construção do presente projeto político e pedagógico foi elaborado com vista aos seguintes princípios :

I - A superação da dicotomia entre rural e urbano – não é preciso destituir a cidade para o campo existir, nem vice-versa. O campo e a cidade são dois espaços que possuem lógicas e tempos próprios de produção cultural, ambos com seus valores. Não existe um espaço melhor ou pior, existem espaços diferentes que co-existem, pois muito do que é produzido na cidade está presente no campo e vice-versa.

II - Relações de pertença diferenciados e abertos para o mundo - O sentimento de pertença é o que vai criar o mundo para que os sujeitos possam existir, se os sujeitos não se sentirem pertencentes ao campo ou à cidade não podem desenvolver suas competências, seus valores. Pertencer significa se reconhecer como integrante de uma comunidade e é este sentimento que faz com que possam defender as suas idéias, recriar formas de convivência e transmitir valores de geração a geração. São esses, sentimentos fundamentais na formação da identidade com o campo ou com a cidade.

Ao lutar pelo direito à terra e pela educação, os sujeitos vão recriando as suas pertenças, reconstruindo a sua identidade com a terra e com a sua comunidade. Isso é um demarcador de diferença entre campo e cidade, sem serem excludentes, porque os sentimentos dos que vivem na e da terra com todo o ecossistema não são os mesmos para os que vivem na cidade.

Vale lembrar que o processo educativo é amplo e não vai impedir que o aluno do campo desenvolva competências para ingressar nas cidades ou vice versa. A Educação do campo para quem é do campo é um mecanismo de inserção no mundo letrado, concreto e com significados. Do contrario seria um conhecimento distante e desconexo da realidade do aluno.

III - A Educação do Campo de qualidade é um direito dos povos do campo

Educação é um direito social e não uma questão de mercado. A educação enquanto organizadora e produtora da cultura de um povo e enquanto produzida por uma cultura – a cultura do campo, não pode permanecer seguindo a lógica da exclusão do direito à educação de qualidade para todos.

Uma política de educação do campo precisa conceber que a cidade não é superior ao campo, e, a partir dessa compreensão, criar relações de horizontalidade e não de verticalidade entre campo e cidade, nas formas de poder, de gestão das políticas, de produção econômica e de conhecimento e de futuro mercado de trabalho;

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IV - A Educação do Campo no campoEnquanto direito, a escola precisa estar onde os sujeitos estão. Por isso, a escola

tem que ser construída e organizada no campo. O fato de estar no campo também interfere na produção dos conhecimentos, porque não será uma escola descolada da realidade dos sujeitos.

V- A Educação do campo enquanto produção de cultura

A educação do Campo deve estar vinculada a uma cultura que se produz por meio de relações mediadas pelo trabalho na terra,entendendo trabalho como produção cultural de existência humana. Para isso, a escola precisa investir em uma interpretação da realidade que possibilite a construção de conhecimentos potencializadores, de modelos alternativos de agricultura, de novas matrizes tecnológicas, da produção econômica e de relações de trabalho e da vida a partir de estratégias solidárias.

A educação do campo produz cultura a partir das especificidades do campo, mas sem perder de vista a sua inter-relação com o que a cidade produz.

VI – A Educação do campo na formação dos sujeitos

A educação do campo deve compreender que os sujeitos possuem história, participam de lutas sociais, sonham, tem nomes e rostos, lembranças, gêneros e etnias diferenciadas . Cada sujeito individual e coletivamente se forma na relação de pertença à terra e nas formas de organização solidária. Portanto, os currículos precisam se desenvolver a partir das formas mais variadas de construção e reconstrução do espaço físico e simbólico, do território, dos sujeitos, do meio ambiente. O currículo não pode deixar ausentes as discussões sobre os direitos humanos, as questões de raça, gênero, etnia, a produção de sementes, o patenteamento das matrizes tecnológicas e das inovações na agricultura, a justiça social e a paz.

O elemento que transversaliza os currículos nas escolas do campo é a terra e com ela as relações com o cosmo, a democracia, a resistência e a renovação das lutas e dos espaços físicos, assim como as questões ambientais, políticas, de poder, ciência, tecnológica, sociais, culturais e econômicas.

Os que vivem no campo podem e tem condições para pensar a educação que traga como referência as suas especificidades para incluí-los na sociedade sem ser de forma hierarquizada ou subordinada. Para isso, a educação que se realiza na escola precisa ser no campo e do campo e não para o campo.

VII – A Educação do Campo como formação humana para o Desenvolvimento Sustentável

Políticas de educação como formação humana pautam-se pela necessidade de estimular os sujeitos da educação pela sua capacidade de criar com outros um espaço humano de convivência social desejável.

A formação humana passa pelo processo educativo que possibilita ao sujeito se constituir enquanto ser social responsável e livre, capaz de refletir sobre sua atividade, ver e corrigir seus erros, ser capaz de cooperar, de possuir um comportamento ético e de viver dignamente.

VIII – A Educação do Campo e o respeito às características do Campo

Para implementar políticas públicas que fortaleçam a sustentabilidade dos povos do campo, os sujeitos devem estar atentos para o fato de que existem diferenças de ordem diversa entre os povos do campo. O campo é heterogêneo e muito diverso.

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Esta heterogeneidade possui duas implicações: a primeira é que não pode se construir uma educação idêntica para todos os povos do campo; a segunda, por ser heterogênea deve ser articulada às políticas nacionais e estas, devem articularem-se às demandas e às especificidades de cada região, ou de cada espaço ou território que se diferencia dos demais.

2.2.5 - Objetivos Educacionais da Escola Estadual Getulio Vargas

A Escola .Estadual Getulio Vargas tem por objetivo primeiro ofertar uma educação escolar de qualidade aos seus educandos para que estes tenham embasamento e oportunidade para continuar estudando.

Para que estes objetivos se concretizem é preciso:

• possibilitar ao educando condições para o desenvolvimento de suas potencialidades, nos diferentes aspectos de sua personalidade e na busca da auto-realização;

• favorecer o desenvolvimento da capacidade de observar, de refletir, de criar, de julgar, de decidir e de agir;

• valorizar a linguagem, quer como instrumento de integração social e de auto-realização, quer como elemento de conservação e transmissão da cultura brasileira;

• promover a eficiência social pelo ajustamento do educando a seu meio e pelo conhecimento do meio físico, econômico, político, histórico e social de seu país e de outros povos;

• promover a formação gradativa da consciência cívica, levando o educando a compreender os problemas sociais e o sistema democrático;

• desenvolver a atitude de valorização das várias formas de expressão artística; • Promover a transmissão e a vivência de valores éticos, morais e sociais.

2.3 - A ESCOLA ESTADUAL GETÚLIO VARGAS

3.3.1 - Identificação :

– Estabelecimento: ESCOLA ESTADUAL GETULIO VARGAS- ENSINO FUNDAMENTAL

- Código: 0057- Município: ENGENHEIRO BELTRAO - Código: 0750- Dependência Administrativa: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ- NUCLEO REGIONAL DE EDUCAÇAO: Campo Mourão - ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná- Ato de Autorização de Funcionamento: Resolução nº 3676/82 de 25/02/83- Ato de Reconhecimento da Escola: Resolução nº 797/85 de 12/03/85

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- Parecer de Aprovação do Regimento Escolar: nº 142/2001 – Ato Administrativo nº 292/2001- Distancia da Escola do Núcleo Regional de Educação: 60 Km- Local: Situa-se no Distrito de Figueira D’Oeste - ZONA RURAL

2. 3.2 - ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA

Histórico:

A ESCOLA ESTADUAL GETULIO VARGAS – ENSINO FUNDAMENTAL, localiza-se à Avenida Brasília, s/n no Distrito de Figueira D’Oeste, Município e Comarca de Engenheiro Beltrão, pertencente ao Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão, Estado do Paraná.

É mantida pelo Governo do Estado do Paraná, ofertando o Ensino Fundamental, de 5ª a 8ª série, no período diurno, turno matutino.

O Curso ofertado é autorizado pela Resolução nº 3676/82 de 25/02/83 e Reconhecido pela Resolução nº 797/85 de 12/03/85. A Escola Estadual Getúlio Vargas, teve como primeira denominação Casa Escolar Getúlio Vargas . Em 08 de Maio de 1973 pelo Decreto nº 3600 foi elevada à categoria de Grupo Escolar Getulio Vargas. Pelo Decreto nº 1787/83 de 14/05/83 publicado no DOE nº 1569 de 01/07/83. Pela Resolução 3676/82 de 30 /12/1982 a escola foi autorizada a ministrar o ensino de 1ª a 8ª séries. No ano de 1984 a Escola apresentou seu plano de Implantação, homologado pelo Senhor Secretario de Estado da Educação conforme Resolução 7045/84 de 27 de Setembro de 1984. Em 1985 a Escola teve o reconhecimento de Curso de 1º Grau conforme Resolução nº 797/85 de 16/02/1985. A partir de 29/03/1999, sofreu mudança de nomenclatura por força da LDB nº 9394/96 e passou a denominar-se ESCOLA ESTADUAL GETULIO VARGAS- ENSINO FUNDAMENTAL nos termos da Deliberação nº 003/98 CEE e Resolução nº 3120/98 DG/SEED que reformula a nomenclatura dos Estabelecimentos de Ensino nos termos da nova LDB passando daí em diante a ministrar somente as quatro ultimas series do Ensino Fundamental ( 5ª a 8ª séries). Em 04/07/02 pela Res. 2727/02 – DOE. 6290 de 09/08/02 foi Renovado Reconhecimento do Curso de Ensino Fundamental.

2.3.3 - O ESPAÇO FÍSICO A escola está construída num terreno de propriedade da Prefeitura Municipal de Engenheiro Beltrão, o prédio é de propriedade do Estado e administrado pelo Estado. A pedido da Secretaria de Educação está sendo providenciado o Termo de sessão do imóvel que está em nome da Prefeitura para o Estado, numa área de 4.029.50m2 – área construída: 660,93 m2 O prédio é composto pelos seguintes ambientes:

- 6 salas de alvenaria com 48,00 m2 cada uma - 1 sala para diretoria com 15,21 m2- 1 sala para secretaria com 15,21 m2- 1 biblioteca com 18,00 m2- 4 sanitários com 12 m2 cada um- 1 área coberta com 103,28 m2- 1 refeitório com 32 m2- 1 cozinha com 14, 28 m2- 1 quadra de esportes com 540,96 m2

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Ambientes Pedagógicos: - Biblioteca - Laboratório de Informática ( em andamento Fundepar/SEED) - Salas de aulas. - Quadra de esportes (em más condições)

2.3.4 - Oferta de cursos e turmas:

A Escola oferta o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries , contando neste ano letivo com 4 turmas, sendo uma turma de 5ª série, uma de 6ª série, uma de 7ª série e uma de 8ª série.

Modalidade de Ensino Ofertada: 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental - Regular

Número de Turmas: 04

Turno de Funcionamento: Manhã

I.3.5 - Caracterização da população:

A Escola encontra-se situada num dos Distritos do Município de Engenheiro Beltrão, distante da sede 12 Km. numa região totalmente agrícola, onde a grande maioria dos alunos são oriundos da Zona Rural, seus pais são agricultores e trabalhadores na agricultura.

A faixa etária é de 10 a 15 anos, a situação econômica pode ser assim classificada:10% são de classe média, 50% são de classe assalariada com média de até dois salários mínimos e 40% são pobres com renda familiar em torno de um salário mínimo. São em sua maioria considerados brancos e uma pequena quantidade morenos.

A clientela não apresenta alunos com deficiência física e mental comprovada, mas apresenta alunos com defasagem de aprendizagem bastante acentuada.

São alunos participativos e integrados com o Projeto educativo da Escola.

2.3.5.1 - Alunos / Pais:

A clientela é composta (2007) por 54 alunos, sendo 20 meninas e 34 meninos. Ao todo são 54 famílias atendidas e integrantes da Associação de Pais, Mestres e Funcionários.

2.3.5.2- Nível Sócio Econômico dos alunos

O nível sócio econômico é médio baixo. Predominando os de baixa renda, filhos de trabalhadores da agricultura, assalariados, diaristas e trabalhadores avulso que em algumas épocas do ano ficam sem serviço. A comunidade não oferece opções de trabalho.

2.3.6 – CARACTERÍSTICAS DO MUNICÍPIO DE ENGENHEIRO BELTRÃO

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2.3.6.1 - Localização geográfica

O Município encontra-se situado no 3º Planalto Paranaense ou Planalto de Guarapuava , e sua sub-divisão denomina-se Planalto de Campo Mourão.

O Município de Engenheiro Beltrão encontra-se situado à margem esquerda do Rio Ivaí, identificado antigamente como pertencente a região cortada pelo Caminho dos Índios pré-colombianos, também encravado o conhecido “caminho de Peabiru”.

O loteamento das terras da região deu-se pela Empresa Cia. Melhoramentos Norte do Paraná, cuja aquisição de grande parte do Quinhão tenha sido adquirida pela Sociedade Técnica e Colonizadora Engenheiro Beltrão Ltda. Em que o proprietário era o Senhor Alexandre Beltrão.

As terras do Município encontra-se cortada pela Rodovia Campo Mourão – Maringá, no qual, num dos espigões foi implantado no ano de 1945 um vilarejo em suas margens para a instalação da sede do quinhão que recebeu o nome de Engenheiro Beltrão em homenagem ao proprietário que era um engenheiro civil.

Devido a qualidade da terra roxa própria para a agricultura o desbravamento foi logo instaurado, e no lugar das florestas prosperou grandes plantações de café e cereais.

O pequeno lugarejo pertencente ao Município de Peabiru e Comarca de Pitanga foi rapidamente povoado por imigrantes vindos dos Estados vizinhos. Foi elevado a categoria de Distrito Administrativo e Judiciário em 27 de Janeiro de 1951, pela Lei Estadual nº 253, ficando portanto pertencente ao Município e Comarca de Peabiru.

Em 26 de Novembro de 1954, o Distrito de Engenheiro Beltrão foi elevado ã categoria de Município, desmembrando-se de Peabiru pela Lei Estadual 5709 de 15 de Julho de 1968, em Dezembro de 1969 foi elevado à categoria de Comarca integrando os Municípios vizinhos de Quinta do Sol e Fênix. Limita-se à norte com o Município de Ivatuba, a Leste com o Município de Floresta, ao sul com Quinta do Sol, a Oeste com Peabiru e Terra Boa .

2.3.6.2 - Dados populacionais

A População do município é oriunda de muitos estados brasileiros, como São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que imigraram para cultivar as terras férteis próprias para o plantio de café.

Também conta com uma parte menor de imigrantes italianos, alemães japoneses, portugueses e poloneses, os quais acrescentaram suas culturas no processo de colonização.

A população atual é de 14.619 habitantes aproximadamente.

2.3.6.3 - Composição da população (origem étnica)

A etnia, segundo pesquisas se comportaram mais ou menos desta forma: 20% são de origem alemã, vindos dos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e da Alemanha, 25% são de origem italiana, vindos dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, 5% são japoneses vindos do Estado de São Paulo e os demais vindos de outros Estados brasileiros para trabalhar na lavoura.

2.3.6.4 - Manifestações Culturais A cidade não apresenta manifestações artísticas e folclóricas relevantes, apenas festas populares como em qualquer outra pequena cidade do Estado.

______________________________________________________________________23Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

No distrito a Festa Junina é uma tradição.

2.3.6.5 - Aspectos econômicos

A economia do Município baseia-se na agricultura, especialmente no plantio de soja milho e cana-de-açúcar.

Conta com uma usina de álcool e açúcar de grande porte e pequenos blocos industriais.

O Distrito oferece como opção de emprego apenas a agricultura.

2.3.6.6 - Problemas estruturais da cidade (o que falta)

Como em outras cidades os problemas estruturais são muitos: saneamento básico, moradia, emprego, lazer, segurança, Educação em nível superior, etc.

No distrito os problemas estruturais são ainda maiores, as condições de saneamento básico são precárias, oferece poucas opções de emprego, muitos ficam uma boa parte do ano sem emprego, tendo de fazer temporadas em outras regiões do Brasil, não oferece nenhuma opção de lazer, não possui sistema de segurança como policiais, delegacia, guardas-noturno... também não possui farmácias e oferece poucos horários de ônibus, hospitais, lojas. A maioria dos alunos depende do transporte escolar, pois os mesmos são moradores da Zona Rural.

2.3.6.7 – Opções de lazer

- Lanchonetes/Sorveteria- Country Club- Pesqueiros- A feira do agricultor

I.4 – Localização geográfica da Escola

A Escola situa-se no centro do povoado de Figueira D’Oeste, próximo à Escola ficam a Rodoviária, o Posto de Saúde e a Igreja Católica, o que facilita a locomoção dos alunos moradores da Zona Rural que utilizam ônibus para chegar até a escola.

Os vizinhos são de classe média e a maioria são pessoas de idade superior a 50 anos. O Distrito conta também com dois estabelecimentos comerciais de pequeno porte (mercearias) que atendem a população com itens básicos.

I.5 - CORPO DOCENTE no ano letivo de 2005.

NOME DISCIPLINA

FORMAÇÃO ACADEMICA

ESPECIALIZAÇÃO

Situação Funcional

Angelina Maria Mariot Felício

Geografia Geografia Geografia QPMS/lotação

Maria Lucia Bravin Piccolo - História-Ensino Religioso

Geografia e História de 1º Grau

Psicopedagogia

QPM/sem lotação

Waldete de Paiva Pontim -Português Letras CLT

______________________________________________________________________24Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

Zeferino -Literatura-Educação Artística

Christina Samsel Português Letras e Educação Física

QPM/sem lotação

Regina Lucia Teodoro Matemática Matemática QPM/lotadaEnderson Alan Roman Sartori

Educação Física

Educação Fisica

Educação Física

Paranaeducação

Maria Aparecida Savenhago Bougo

Ciências -Ciências Físicas e Biológicas.-Matemática-Biologia

Ciências Físicas e Biológicas

CLT

Evanilda Maria Campos Inglês-Literatura

- Letras Lingüística Aplicada

CLT

1.6 - CORPO DOCENTE no ano letivo de 2006.

NOME DISCIPLINA FORMAÇÃO ACADEMICA

ESPECIALIZAÇÃO

Situação Funcional

Maria Lucia Bravin Piccolo GeografiaEnsino Religioso

Geografia e História de 1º Grau

Geografia QPMS/lotação

Ana Naria Nunes Bravin - História-Ensino Religioso

História Psicopedagogia

QPM/sem lotação

Roseli da Conceição Salamoni Gomes

-Português-Educação Artística

Letras QPM/sem lotação

Regina Lucia Teodoro Ciências Matemática e Ciências

QPM/sem lotação

Edson de Oliveira Educação Física

Educação Física

Educação Física

PSS

Marilia dos Santos Sestile Matemática Matemática Matemática QPM/sem lotação

Sara Cristina Romeiro Inglês - Letras QPM/sem lotação

Maria Socorro de Brito Educação Artística

Letras SC02

1.7- CORPO DOCENTE no ano letivo de 2007.

NOME DISCIPLINA FORMAÇÃO ACADEMICA

ESPECIALIZAÇÃO

Situação Funcional

Leni Tonhato GeografiaEnsino Religioso

Geografia e História de 1º Grau

Geografia PSS

Valéria Helena Nunes - História-Ensino Religioso

História Psicopedagogia

QPM/sem lotação

______________________________________________________________________25Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

Roseli da Conceição Salamoni Gomes

-Português-Educação Artística

Letras QPM/sem lotação

Regina Lucia Teodoro Ciências Matemática e Ciências

QPM/sem lotação

Lídia Stengenberg Bonfim Educação Física

Educação Física

Educação Física

PSS

Fátima Samsel Matemática Matemática Matemática QPM/comlotação

Evanilda Maria Campos Inglês - Letras Inglês SCO2

1.8 - CORPO DOCENTE no ano letivo de 2008.

NOME DISCIPLINA FORMAÇÃO ACADEMICA

ESPECIALIZAÇÃO

Situação Funcional

Maria Lucia Bravin Piccolo GeografiaEnsino Religioso

Geografia e História de 1º Grau

Geografia QPMC/lotação

Ana Naria Nunes Bravin - História-Ensino Religioso

História Psicopeda-gogia

QPMC/lotação

Roseli da Conceição Salamoni Gomes

-Português-Educação Artística

Letras QPM/sem lotação

Arlete Correia de Almeida Ciências Ciências Ciencias PSS

Aline Reino Castro Vieira Educação Física

Educação Física

- PSS

Fátima Samsel Matemática Matemática Matemática QPM/C/lotação

Evanilda Maria Campo Inglês - Letras Inglês SCO2

Ana Paula ceola Educação Artística

Letras PSS

Valéria Helena Nunes HistóriaGeografiaEnsino Religioso

História e Geografia

História SC02

I.6 - Funcionários Administrativos -2005

NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO Situação FuncionalGislaine Mara Ber Secretária Superior

incompletoParanaeducação

I.7 - Funcionários de Serviços Gerais: 2005

______________________________________________________________________26Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

NOME FUNÇÃOFORMAÇÃO

SITUAÇÃO FUNCIONAL

Helena Cunha da Silva Aux. de Serviços Gerais

Fundamental completo

CLAD

Nair Maria Chaves Merendeira Fundamental CompLeto

CLAD

Yone José dos Santos Mendonça

Aux. Serv. Gerais Médio completo Paranaeducação

2.8 - Equipe de direção:

2..8.1 – Direção atual

NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO ACADEMICA

ESPECIALIZAÇÃO Situação Funcional

Ana Maria Nunes Bravin

Diretora História Educação Especial QPM

2.8.2 – Direção – Gestão 2006/2007

NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO ACADEMICA

ESPECIALIZAÇÃO Situação Funcional

Waldete de Paiva Pontim Zeferino

Diretora Letras QPM

2.8.3 - Ex- Diretores

NOME PERÍODOWaldemar Rodrigues da Silva 1973 – 1977Maria de Lourdes Pereira Campioto 1978 - 1996Tânia Beatriz Casimiro 1996 - 2000Maria José Viana Pereira 2001Ana Maria Nunes Bravin 2002 – 2005

2.8.4 – Atuaram como Secretárias

NOME PERIODO- Maria Helena Martins de Oliveira-Umbelina Martins- Maria Lucia Bravin Piccolo-Solange Margarida Campioto .- Sonia Magna de Oliveira - Valderice Aparecida Piccolo- Gislaine Mara Ber 2002 a 2005

______________________________________________________________________27Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

2.9 - Pedagogos

NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO ACADEMICA

ESPECIALIZAÇÃO

PERIODO

Irene Corte dos Reis Soares

Professora Pedagoga

Pedagogia Or. Educacional e Supervisão Escolar

2005

2.10 - Alunos matriculados em 2005

Séries Turmas Nº de Alunos Total

5 ª 1 11 11

6 ª 1 13 13

7 ª 1 21 21

8 ª 1 13 13

Total 4 58 58

2.11 - Alunos matriculados em 2006

Séries Turmas Nº de Alunos Total

5 ª 1 21 21

6 ª 1 10 10

7 ª 1 12 12

8 ª 1 19 19

Total 4 62 62

2.11.1 - Alunos matriculados em 2007

Séries Turmas Nº de Alunos Total

5 ª 1 12 12

6 ª 1 22 22

7 ª 1 10 10

8 ª 1 12 12

Total 4 56 562.11.2 - Alunos matriculados em 2008

______________________________________________________________________28Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

Séries Turmas Nº de Alunos Total

5 ª 1 11 11

6 ª 1 12 12

7 ª 1 20 20

8 ª 1 10 10

Total 4 53 53

2.12 - O contexto social

Nosso país, uma das maiores economias do mundo inicia o século XXI com as seguintes características:

- 1/3 da população vive com renda mensal de ¼ de salário mínimo. São milhões de pessoas, ou milhões de famílias em estado de extrema pobreza.

- A taxa de mortalidade infantil ainda é muito alta;

- Estatísticas recentes mostram que milhares de crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos precisam trabalhar para sobrevive, moram nas ruas, estão fora da escola e passam fome.

- 28% da população com 11 anos ou mais não completam 4ª série ;

- 59% dos alunos da 4ª série não sabem ler adequadamente;

- Entre 31 paises investigados o Brasil ficou em último lugar na média de desempenho em matemática.

- Somente 42% da população com 15 anos ou mais completam a 8ª série;

- 60% dos brasileiros são analfabetos funcionais, não conseguem entender um texto simples, escrever um bilhete ou fazer contas.

- O ensino é caracterizado como de baixa qualidade, faltam vagas, baixos salários para os professores e o desinteresse do aluno pelo conhecimento é crescente.

A Escola Pública abarca a totalidade dos alunos oriundos das famílias de baixa renda. Problemas como falta de higiene, fome, dificuldades de aprendizagem, ausência de valores, baixa-estima entre outros integram o espaço da sala de aula.

Enfraquecida pelo Sistema e pelas múltiplas ações que lhes foram impostas a Escola já não da conta de atender a demanda principal , ou seja cumprir sua missão que é de transformar o individuo pelo conhecimento, pois o conhecimento está ficando em segundo plano já que a demanda social gerada pela falta de recursos tem transformado a escola em um espaço de atendimento comunitário, pois seus funcionários além de atender a especificidade de suas funções tem que estar preocupados com a comunidade ( por exemplo, entrega de leite, projetos comunitários).

______________________________________________________________________29Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

Os inúmeros problemas educacionais e o verdadeiro papel da educação formal são motivos de ampla discussão na sociedade hoje. É preciso empreender um esforço coletivo para vencer as barreiras e entraves que inviabilizam a construção de uma escola pública que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania e seja instrumento real de transformação social, espaço em que se aprenda a aprender, a conviver e a ser com e para os outros, contrapondo-se ao atual modelo gerador de desigualdades e exclusão social que impera nas políticas educacionais de inspiração neoliberal.

Mas, não basta a escola ter consciência dos problemas sociais e responsabilizar o sistema. Para que a educação melhore é preciso que a Escola exerça seu papel de transformadora da realidade criando mecanismos eficazes.

Nesse contexto, surgem alguns questionamentos junto aos educadores e demais agentes escolares: Qual o papel social da escola? A quem ela serve? Que experiências propicia ao aluno? Qual a melhor forma de organização do trabalho pedagógico?

A equipe Escolar (Professores, alunos, pais, APMF e Conselho Escolar) ao refletir sobre estas questões concluem que num contexto conturbado como o atual onde se confundem o papel das Instituições será preciso redefinir o papel da escola para resgatar o papel de transmissora dos conhecimentos historicamente acumulados para formação plena do cidadão, pois o que se vê hoje é uma escola reprodutora das desigualdades sociais ministrando um conhecimento desconectado da realidade.

Um caminho para essa mudança pode ser iniciado pelo planejamento escolar , é por ele que as ações pedagógicas vai dar ao educador o encaminhamento das ações, alem da satisfação, da alegria e da consciência do dever cumprido. Se a construção do planejamento for realizada de forma participativa os resultados vão mais além, pois proporcionará o sentimento da realização coletiva.

Através de um Planejamento participativo e sistematizado, é possível vislumbrar novos rumos para a Escola, onde o fruto do trabalho fará, de alguma forma, parte da história de cada aluno e ex-aluno.

O comprometimento e a seriedade de todos os educadores na organização de um trabalho planejado coletivamente têm proporcionado grandes oportunidades de crescimento tanto ao educador quanto às práticas escolares, cujo resultado vai cumprir a missão de promover o desenvolvimento humano, através de ações educacionais empreendedoras.

O planejamento escolar deve voltar-se para a articulação entre aquilo que é especifico de cada escola e comunidade e aquilo que configura o conhecimento universal, patrimônio cultural comum.

2.13 – DIAGNOSTICO DA ESCOLA

Analisando a situação da escola Estadual Getulio Vargas

A análise da situação da Escola foi elaborada em três momentos. Num primeiro momento, durante uma reunião pedagógica, realizou-se um levantamento de dados com o grupo de professores. Nesta oportunidade houve espaço para o diálogo e traçou-se paralelos entre a escola real e a escola ideal.

______________________________________________________________________30Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

Num segundo momento, realizou-se um questionário que foi respondido em casa pelo aluno e sua família e num terceiro momento, pelos professores da escola, de forma individual. Desta forma, todos foram incluídos no processo de tomada de decisões da escola. A escola como um pólo irradiador de cultura baseia-se em princípios de construção de uma cidadania. Desencadeadora de valores que operacionaliza através de projetos socializantes, promovendo desafios para efetiva participação e engajamento de todos envolvidos com o processo de aprendizagem para seu fim único, a valorização pessoal e humana.

Levantamento com o grupo de professores sobre a escola real e a escola ideal.

a) A Escola que temos:

• Uma Escola seletiva e fantasiosa e que não é para todos. Trabalha de forma homogênea para alunos diferentes.

• Desconectada da realidade do aluno.• Uma Escola que ensina os conteúdos que não se aplicam na prática.• É responsável e segura no que transmite.• Empenha-se em melhorar o trabalho.• É humana.

b) A escola que queremos:

• Uma escola onde os professores sejam bem preparados.• Que prepare melhor para a vida. • Que os alunos se empenhem mais para aprender.• Que os alunos sintam prazer em vir e conviver.• Uma escola integrada.• Uma Escola que caminhe com o avanço do mundo moderno, que não fique presa

ao passado e que de conta das necessidades do educando, que possa formar a consciência dos valores. Organizada no tempo e no espaço.

• Uma escola unitária que dê sentido ao que se ensina. Que seja emancipadora para formar sujeitos capaz de construir uma sociedade equilibrada.

• Uma Escola para todos. Atualizada, que tenha condições de discutir os problemas com concreticidade.Com profissionais capacitados para atender as demandas de clientela tão diversificada,

c) - A busca de uma escola ideal que implica:

• Vivência de valores permanentes; • Formação de um novo homem, com novos valores; • Acompanhamento do desenvolvimento científico e tecnológico; • Valorizar habilidades científicas; • Integração , participação e ética; • Prepara-se para encaminhar os educandos para os desafios do mundo; • Consciência da responsabilidade de preparar para o mercado de trabalho; • Estar relacionada com a prática de princípios cidadãos;• Priorizar ações participativas e autônomas com criatividade e criticidade.

______________________________________________________________________31Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

d) - Por que mudar?

Porque o mundo mudou, a vida mudou e a escola precisa mudar. A tecnologia avançou, as empresas evoluíram, surgiram novas profissões, o mercado de trabalho tornou-se mais competitivo. Constatam-se exigências de outras e novas competências e habilidades básicas, necessárias para o desenvolvimento da capacidade de aprender e continuar aprendendo. Exige-se autonomia intelectual e pensamento crítico e criativo, tanto para prosseguir estudos, quanto para adaptar-se às ocupações e diferentes situações do novo contexto. Evidencia-se a necessidade da construção de diferentes significados socialmente reconhecidos como verdadeiros sobre o mundo físico e natural, sobre a realidade social e política. Busca-se a compreensão do significado das ciências, das letras, das artes e do processo de transformação da sociedade e da cultura. Criou-se uma nova consciência das relações do homem com o seu meio, sua cultura e sua história. Destaca-se, ainda e cada vez mais, a necessidade da compreensão dos princípios e valores, bem como do domínio dos fundamentos científico-tecnológicos que presidem a produção moderna de conhecimentos, bens e serviços necessários a novas condições de ocupação e aperfeiçoamento humano.

e) - Problemas que a escola possui:

• Famílias desestruturadas • Indisciplina por parte de alguns alunos• Baixo nível social dos alunos• Carência de materiais didáticos• Falta de recursos financeiros para a execução de projetos

2.14 – PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA - Metas para sanar as dificuldades

AÇÕES CRONOGRAMA

Discutir com a Equipe Escolar as necessidades da escola;

Inicio do período letivo

Definir coletivamente objetivos e metas comuns à escola como um todo.

Semana pedagógica, antes do período letivo

Dar unidade ao processo de ensino, integrando as ações desenvolvidas seja na sala de aula ou na escola como um todo, seja em suas relações com a comunidade, na implementação do currículo escolar proposto na Proposta Pedagógica.

Fevereiro a dezembro

Estabelecer princípios orientadores do trabalho dos professores e dos funcionários de maneira que todos se sintam parte importante do contexto escolar;

Fevereiro

Criar espaços educativos para o desenvolvimento de talentos;

Durante todo o período letivo

______________________________________________________________________32Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

Compor com os professores para conter a indisciplina; Durante todo o período letivo

Definir, de forma coletiva a aplicação dos recursos recebidos ou angariados pela Escola

Sempre que a Escola receber verbas ou repasses

Buscar meios para que a Educação seja melhorada a cada dia;

Fevereiro a Dezembro

Cuidar para que a Escola seja para cada integrante um espaço de oportunidade de crescimento (alunos e Professores);

Durante todo o período letivo

Possibilitar, ao coletivo escolar, a tomada de consciência dos principais problemas da escola e das suas possibilidades de solução, definindo as responsabilidades coletivas e pessoais, para eliminar ou atenuar as falhas detectadas.

Bimestralmente nos Conselhos de Classe

Buscar meios para dinamizar as aulas de Educação Física; (atividades culturais, como capoeiras, danças, etc.)

Inicio do período letivo.

Dentro das possibilidades da escola continuar o fornecimento de materiais a alunos e professores.

Fevereiro a dezembro

Conquistar espaços para a instalar a Biblioteca e o Laboratório;

Inicio do período letivo

Buscar recursos junto à SEED e/ou outros órgãos do Governo matérias para o laboratório e livros para a Biblioteca.

Inicio do período letivo

Promover cursos de aperfeiçoamento para para debater temas educativos

Grupos de Estudos uma vez a cada mês.

Respeitar a realidade dos alunos, buscando tornar a aprendizagem mais significativa;

Fevereiro a Dezembro

Oferecer momentos de integração da família no ambiente escolar;

Reuniões mensais

Aproximar os conteúdos da realidade dos alunos, propondo aulas que despertem o interesse e a curiosidade;

Mostra de Artes e Literatura

2.15 - Estrutura Organizacional

A administração da Escola exercida através de uma ação participativa nos termos do Regimento Escolar, pela Diretoria e pelo Colegiado. A Diretoria é composta por uma diretora e 01 Secretaria.

O pessoal técnico-administrativo deve trabalhar de forma integrada com a supervisão no que diz respeito aos dados relativos ao processo de aprendizagem dos alunos e à comunicação aos pais ou responsáveis dos resultados bimestralmente.

______________________________________________________________________33Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

Os professores devem buscar o conhecimento de seus alunos sob os diversos aspectos para atende-los de forma a priorizar as especificidades individuais.

Os auxiliares de serviços gerais, embora executando tarefas aparentemente administrativas, devem também estar incorporados ao processo educativo, relacionando-se bem com toda a comunidade escolar.

2.16 – Fundamentos Pedagógicos

Tendência Pedagógica

A prática escolar, tem atrás de si, condicionantes sócio-políticos que configuram diferentes concepções de homem e de sociedade e, conseqüentemente , diferentes pressupostos sobre o papel da escola, aprendizagem, relações professor – aluno, técnicas pedagógicas e avaliação etc É preciso que haja a definição de tendência pedagógica para que a escola aponte condicionantes que favoreçam o processo de aprendizagem. Baseada na Teoria Interacionista, a pedagogia Histórico- crítico foi escolhida pelos gestores da Secretaria de Estado da Educação para nortear os trabalhos pedagógicos em toda a rede estadual de ensino. No que diz respeito à educação, esta teoria busca possibilitar a síntese, levando o aluno a adquirir uma visão mais clara e unificadora da sociedade, partindo do senso comum ao senso crítico. Segundo ela, a escola deve garantir a apropriação dos conteúdos escolares e a socialização, favorecendo a democratização da sociedade, através da participação ativa e organizada do sujeito.

Defende um ensino de qualidade para todas as camadas sociais, pois considera o homem-cidadão, como o sujeito ativo na educação. O conhecimento deve ser contínuo (estar ligado às experiências dos alunos) e ultrapassar as pressões da ideologia dominante, resultando nas trocas entre o sujeito, o objeto e o meio social, sendo o professor o mediador deste processo. Como suporte teórico, fundamenta-se principalmente nas teorias de Demerval Saviani, Guiomar Namo de Mello e Carlos Roberto Jamil Cury, Moacir Gadotti apoiados no pensamento de Paulo Freire, Max, Engels e Graminsc. Compatibilizar teoria e prática é meta que vem sendo trabalhada, mas que precisa ser re-vista constantemente pois, é preciso sempre aliar o conteúdo à realidade da escola, do aluno e da sociedade para se construir saberes a partir de referenciais atualizados que compactuam com um mundo globalizado. Quanto os conteúdos, estes são entendidos como canais para formação do educando, para construir conhecimento e senso de valores. Para alcançar o sucesso necessário é preciso não perder de vista a cumplicidade, o comprometimento e o engajamento pedagógico. É o fazer cotidiano que associado à teoria embasa as relações humanas, transformando a escola em pólo irradiados de cultura e conhecimento.

______________________________________________________________________34Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

2.15.1 – Compromissos com a construção da escola ideal

Com base nos pressupostos pedagógicos queremos uma escola comprometida com o sucesso do nosso educando. Para isso a Escola fez a seguinte reflexão :

a) - Que sujeitos queremos formar

Queremos formar sujeitos comprometidos com a ética, criativo, conhecedor de direitos e deveres, com cultura suficiente para continuar o processo de aprendizagem, com ideais de trabalho, senso de responsabilidade e com possibilidades de pensar no coletivo.

b) - Que Escola queremos construir?

Queremos construir uma Escola:

• Com recursos humanos e materiais básicos para o desenvolvimento de um trabalho significativo;

• Onde o conhecimento seja a base de sustentação da Escola;• Com profissionais valorizados e com oportunidade de aperfeiçoar conhecimentos;• Profissionais com estabilidade;• Uma escola criativa e comprometida com a transmissão de conhecimentos

significativos.• Que caminhe atrelado aos avanços do mundo moderno;• Que não fique presa ao passado;• Que dê conta das necessidades dos educandos;• Que ensine valores e atitudes indispensáveis para uma vida digna;• Organizada ;• Unitária e que dê sentido ao que se ensina;• Emancipadora;• Que forme sujeitos capaz de construir uma sociedade equilibrada.

c) - Que educação queremos priorizar?

Uma Educação de qualidade, que venha de encontro com os anseios do educando, voltada para o conhecimento historicamente acumulado, integral, não classificatória, onde o aluno seja o centro do processo ou seja o aluno o sujeito principal do processo educativo.

d) - Que avaliação queremos construir?

Uma avaliação global, que avalie o conhecimento progressivo, onde não se prioriza os instrumentos e que ofereça subsídios tanto para o aluno quanto para o professor para a compreensão do processo avaliativo.

______________________________________________________________________35Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

e) - Que cultura queremos valorizar?

A cultura antes de ser valorizada, tem que ser primeiro respeitada. Depois do respeito entendemos que todas devem ser valorizadas, principalmente porque o nosso pais é composto por uma miscigenação e são estas diversas culturas que formou o povo brasileiro.

f) - Que conhecimento queremos trabalhar?

Conhecimentos que dêem conta de oferecer ao aluno responsabilidade e liberdade.

g) - Que relações de poder queremos manter?

Entender esse conceito , diz por exemplo, à compreensão do modo como as pessoas são governadas e como se tem exercido o poder político através das instituições; como as nações narram os acontecimentos as seu passado de guerra e paz. O conceito de poder é necessário ser compreendido, tanto em seu aspecto político (monarquia, republica) , como em outros aspectos relacionados com o poder: econômico, ideológico, social, religioso etc. Dentro de uma Instituição educativa o poder só deve ser exercido por lideres, ou seja por pessoas com capacidade de pensar coletivamente.

h) - Que saberes queremos discutir?

- Saberes que dão subsídios para o aluno encarar a vida com dignidade;- Saberes que ensine a compreender a cultura e o espaço em que se encontra inserido;- Saberes que dão suporte para compreender e discernir o certo do errado;- Saberes que ensinem a compreender o que é processo produtivo para si e para a

sociedade.

i) - Autonomia

O que realmente significa autonomia na escola e para a escola?

Para que a escola seja realmente um espaço democrático e não se limite a reproduzir a realidade sócio-econômica em que está inserida, cumprindo ordens e normas a ela impostas por órgãos centrais da educação, deve-se criar um espaço para a participação e reflexão coletiva sobre o seu papel junto à comunidade.

“Assim, torna-se importante reforçar a compreensão cada vez mais ampliada de projeto educativo como instrumento de autonomia e domínio do trabalho docente pelos profissionais da educação, com vistas à alteração de uma prática conservadora vigente no sistema público de ensino. É essa concepção de projeto político-pedagógico como espaço conquistado que deve constituir o elemento diferencial para o aparente consenso sobre as atuais formas de orientação da prática pedagógica." ( Pinheiro, 1998)”

______________________________________________________________________36Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

A autonomia implica também responsabilidade e também comprometimento com as instituições que representam a comunidade (conselhos de escola, associações de pais e mestres, grêmios estudantis, entre outras), para que haja participação e compromisso de todos.

É na superação dos problemas da comunidade a que pertence que se conquista a autonomia da Escola e se estabelece uma identidade própria. Sem a conquista desse espaço não se consegue autonomia, pois ela não vem de cima para baixo.

Essa autonomia, porém, não deve ser confundida com a apologia de um trabalho isolado, marcado por uma liberdade ilimitada, que transforme a escola numa ilha de procedimentos sem fundamentação ela deve estar pautada nas considerações legais do sistema de ensino, com a perspectiva de visão de sociedade como um todo.

2.16 - Analisando o aluno

O aluno atual

O aluno atual com uma gama de dados de informações é questionado, não aceita manipulação de idéias. Às vezes, desmotiva-se pela lentidão com que se processam as mudanças em educação enquanto em outras áreas as transformações são mais rápidas. O contexto contemporâneo exige do aluno e da sociedade uma adaptação aos recursos que a tecnologia oferece. A expectativa da mudança está na relação direta do desenvolvimento do aprender a aprender e pensar, resignificando projetos de vida através de uma nova ótica.

O aluno que queremos para uma nova escola

O aluno contemporâneo, inserido num contexto de múltiplas e constantes mudanças, deve ser preparado com uma visão de perfil que implica: - Ser agente construtor do conhecimento em perfeita harmonia com seus semelhantes; - Ser livre e autônomo para criar e recriar os projetos de vida que realmente contemplem contemplam a sua expectativa; - Ser participante, ativo de um processo de aprendizagem com valores emancipatórios; - Ser consciente dos princípios e relações norteadores da formação de performances definidas por habilidades e competências adequadas ao mundo globalizado.

3. MARCO CONCEITUAL3. MARCO CONCEITUAL

Ato Conceitual

Em face da realidade descrita e analisada, que concepções de educação, escola, gestão, currículo, ensino, aprendizagem e avaliação se fazem necessárias para atingir o que pretendemos?

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3.1 -CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

Sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade. A sociedade é o objeto de estudo das ciências sociais, especialmente da sociologia.

O homem é um ser em evolução e sua tendência natural é sair do egocentrismo. O homem tem a necessidade de pertencer a um determinado grupo social, seja a família, a escola, o trabalho entre outros.

O ser social é regido pelos seus próprios dogmas, preceitos e interdições, por esta manifestação ele se estrutura como particular e cria sua identidade.

Desde o milagre de seu nascimento o indivíduo percebe o seu funcionamento e procedimento, o qual direciona sua convivência em sociedade.

Desde os primórdios da humanidade, a vida em sociedade traz em seu contexto a disputa pelos bens, disputa essa que jamais se arredará, pelo simples fato de cada ser humano constituir um universo próprio de desejos maternais, donde a necessidade de regras gerais é estabelecer limites que possibilitem a não invasão dos direitos individuais.

Pensar Sociedade é estabelecer que o homem demanda uma convivência em grupo, convivência que é permeada por um senso comum, regras comuns, intenções colhidas por um todo que servem a um único propósito, a sobrevivência do mesmo.

As regras, os preceitos que emanam de pensar coletivo, são postas para o surgimento de uma cultura única, que determina a solidificação no momento em que o grupo a elege como tal.

. Para analisar a sociedade brasileira faz-se necessário refletir sobre as posturas governamentais, que nos desejos de colocar o Brasil entre os países desenvolvidos vem gerando uma sociedade crescente de excluídos.

A crise econômica e os conflitos sociais promotores das desigualdades desafiam consciências e posturas, impulsionando para ações interativas que partem dos mais variados segmentos sociais organizados, mas que não conseguem concretizar seus objetivos, pela multiplicidade de pensamentos ideológicos desconectados da realidade, cujos objetivos mudam no percurso do caminho.

A mídia dita regras sociais globalizadas. Com a rapidez com que se processa a comunicação e as facilidades que possibilitam a informação perpassa pela avaliação das mais diversas camadas sociais, concluindo-se como benesses e privilégios para alguns em detrimento de outros com poder aquisitivo e mínimas condições de aprender de acessar os recursos disponíveis, causando uma verdadeira confusão na condução do processo social.

Como educadores nos inquietamos também com rápida evolução da tecnologia que invade a privacidade e os valores éticos e morais do cidadão, contrapondo-se com os princípios básicos da consciência tecnológica e dos valores sociais historicamente construídos, criando condutas sociais desvinculadas e desconhecidas pois a ênfase está sendo dada à sociedade de consumo.

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Por mais que a Escola se esforce em dar um retorno plausível à sociedade, esbarra nas dificuldades que ainda é intransponível como: tabus, individualismo, conformismo e temor ao manifestar-se.

Para a sociedade que queremos, faz-se necessário proporcionar ações que contribuam para pleno desenvolvimento dos cidadãos, viabilizando uma sociedade mais esclarecida, que tenha conhecimento de seu processo histórico e compreenda que as relações que concorrem entre os indivíduos não são naturais, mas sim construídas historicamente. Uma sociedade que busca construir oportunidades de participação efetiva de todos os indivíduos que a compõem. Ainda uma sociedade que combata o individualismo, o conformismo e o consumismo. Uma sociedade em que se valorize o ser, e não ter.

3.2 - CONCEPÇÃO DE MUNDO

O mundo é um grande laboratório capaz de proporcionar infinitas descobertas que podem contribuir de maneira significativa para o desenvolvimento das nossas potencialidades. Quanto mais pudermos trazer este laboratório para a sala de aula, tanto mais poderemos estar em sintonia com tudo o que nos cerca. Mais importante que pôr escolas no mundo é saber pôr o mundo dentro das escolas. Portanto, é fundamental reconhecê-lo como laboratório onde o que conta é o descobrir e o descobrir-se nele.

"Somente na medida em que os homens criam o seu mundo, que é mundo humano e o criam com seu trabalho transformador, eles se realizam. A realização dos homens, enquanto homens, está, pois na realização deste mundo" (http://www.dhnet.org.br/sos/textos/oqc.htm).

Nós, como educadores, temos claro que a nossa função é "conscientizar os alunos da grandeza que ignoram trazer em si" e direcionar a prática desta descoberta para o bem comum.

3.3. CONCEPÇÃO DE CULTURA

Tudo é cultura?

Sim e não, dependendo de usarmos o conceito amplo de cultura ou o conceito restrito. Considerando, em primeiro lugar, o conceito amplo ou antropológico, cultura é o modo como indivíduos ou comunidades respondem às suas próprias necessidades e desejos. O ser humano, ao contrário dos animais, não vive de acordo com seus instintos, isto é, regido por leis biológicas, invariáveis para toda a espécie, mas a partir da sua capacidade de pensar a realidade que o circunda e de construir significados para a natureza, que vão além daqueles percebidos imediatamente. A essa construção simbólica, que vai guiar toda ação humana, dá-se o nome de cultura.

A cultura, no sentido amplo, engloba a língua que falamos, as idéias de um grupo, as crenças, os costumes, os códigos, as instituições, as ferramentas, a arte, a religião, a ciência, enfim, toda as esferas da atividade humana. Mesmo as atividades básicas de qualquer espécie, como a reprodução e a alimentação, são realizadas de acordo com regras, usos e costumes de cada cultura particular. Os rituais de namoro e casamento, os usos referentes à alimentação (o que se come, como se come), o preparo dos

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alimentos, o tipo de roupa que vestimos, a língua que falamos, as palavras de nosso vocabulário, tudo isso é regulado pela cultura à qual pertencemos. A função da cultura é tornar a vida segura e contínua para a sociedade humana. Ela é o "cimento" que dá unidade a um certo grupo de pessoas que divide os mesmos usos e costumes, mesmos valores

Deste ponto de vista, portanto, podemos dizer que tudo o que faz parte do mundo humano é cultura

Já no sentido restrito podemos verificar que mesmo dentro de um país, existe uma cultura homogênea, e várias culturas que se sobrepõem, coexistindo lado a lado. Basta olhar ao nosso redor para sabermos que há muitas culturas dentro de cada região . No caso do Brasil, temos contribuições culturais da colonização pelos portugueses, dos povos indígenas que habitavam estas terras, dos africanos que foram trazidos como escravos, dos imigrantes italianos, alemães, japoneses, coreanos etc.. O que mantém a unidade, entretanto, entre essas várias culturas é a ocupação de um mesmo território, o uso da mesma língua, o compartilhamento de uma mesma história nacional.

É possível, entretanto, falar também de cultura caipira, cultura rural, cultura sertaneja, cultura urbana, cultura nordestina, cultura paulista, cultura carioca e assim por diante, apenas considerando a diversidade geográfica do país e os diferentes tipos de vida de cada um desses grupos.

Para exemplificar vamos comparar a cultura do Rio Grande do Sul com a do Amazonas para sabermos que as diferenças também são imensas. Do ponto de vista geográfico, o estado do Rio Grande do Sul é dominado pelos pampas, ou seja, por grandes planícies de vegetação rasteira, adequadas para a criação de gado em grandes fazendas. O clima é subtropical, com quatro estações bem demarcadas. O tipo de ocupação dessas terras dá origem à cultura gaúcha, da qual fazem parte o chimarrão, a bombacha, a chimarrita, o churrasco feito a céu aberto, um vocabulário adequado às necessidades e tradições da região. Essa cultura, ainda hoje, é preservada nos Centros de Tradição Gaúcha, que se encarregam de transmiti-la a crianças e jovens, mantendo-a viva no cotidiano de seu povo.

Na Amazônia, ao contrário, a presença da floresta, dos grandes rios e dos igarapés, das várias tribos indígenas levam ao florescimento de uma outra cultura, mais ligada ao modo de vida ribeirinho, dependente da pesca e da coleta. As histórias, as festas, os mitos fazem menção aos animais da floresta que trazem sorte ou azar, mesclando-os a personagens da corte portuguesa.

Ao falar de cultura, é possível fazer um corte no sentido amplo do termo e referir-se também a alguns aspectos da produção humana, ligados às diferentes práticas artísticas: pintura, dança, música, teatro, literatura, cinema, vídeo, escultura, entre outras. Essa produção cultural, além do caráter simbólico que toda cultura tem, existe independentemente das relações utilitárias e funcionais, ou seja, podemos dizer que elas são inúteis para a nossa vida prática. Um vaso grego, por exemplo, extrapola o valor utilitário de objeto para guardar água, vinho ou óleo. Esse vaso era feito para aparecer, para figurar entre as coisas do mundo, apoderando-se da atenção do espectador, comovendo-o, revelando significados internos que sobrevivem a cada geração. É o reflexo de uma civilização que prezava a simetria, a beleza ideal, o culto aos deuses, a perfeição do fazer artístico e artesanal.

Portanto, não existe cultura superior ou inferior, o que se tem na cultura é uma diversidade cultural que precisa ser aceita, valorizada, respeitada e reconhecida como parte do ser humano.

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3.4 - CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO,

O que Conhecimento?

Para que possamos entender o que é conhecimento, vamos traçar o recorte,

através da história, sobre a compreensão das influências de várias teorias do

conhecimento estabelecendo parâmetros de avaliação, critérios de verdade, objetivação,

metodologia e relação sujeito e objeto para os vários modos de conhecimentos diante da

crise da razão que se instaurou no século XX e que há de se prolongar neste presente

século, através dos desafios da construção de uma ética normativa compatível com as

evoluções das descobertas e do conhecimento no campo científico.

Começamos por conceituar o conhecimento: Conhecimento é a relação que se estabelece entre sujeito que conhece ou deseja conhecer e o objeto a ser conhecido ou que se dá a conhecer.

Na Grécia Antiga temos várias visões e métodos de conhecimento:

• Sócrates: Estabelecendo seus métodos: ironia e maiêutica.• Platão – Doxa – A ciência é baseada na Opinião• Aristóteles – Episteme – A ciência é baseada Observação (Experiência)

I – Teoria do Conhecimento na Antigüidade:

Podemos perceber que os Filósofos gregos deixaram algumas contribuições para a construção da noção de conhecimento:

• Estabeleceram a diferença entre conhecimento sensível e conhecimento intelectual

• Estabeleceram diferença entre aparência e essência.• Estabeleceram diferença entre opinião e saber• Estabeleceram regras da lógica pra se chegar à verdade

II –Teoria do Conhecimento na Idade Média:

• Na Patrística – Temos a tendência da conciliação do pensamento cristão ao pensamento platônico, sendo seu grande expoente Santo Agostinho.

• Na Escolásticas - Temos a anexação da Filosofia aristotélica ao pensamento cristão, com o estreitamento da relação Fé e razão, sendo seu grande expoente São Tomás de Aquino.

• Nominalismo – Temos o final do domínio do Pensamento Medieval, com a separação da Filosofia da teologia através do esvaziamento dos conceitos. Sendo seus expoentes Duns Scotto e Guilherme de Oclkam.

III – Teoria do Conhecimento na Idade Moderna:

A primeira revolução Científica trouxe várias mudanças para o pensamento, dentre as quais podemos destacar a mudança da visão teocentrista (Deus é o centro do conhecimento), para visão antropocentrista (o homem é o centro do conhecimento).

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• O racionalismo de. René Descartes – O discurso do Método: A máxima do cartesianismo “Cogito ergo sun”.

• O empirismo:

-John Lock – a experiência

-David Hume – a Crença

• O criticismo kantiano: O conhecimento a priori: Universal e necessário.• A herança iluminista: A razão.

III – Teoria do Conhecimento na Idade Contemporânea: A Crise da Razão.

O novo iluminismo de Habermas

A razão crítica precisa:

• Fazer a crítica dos limites• Estabelecer princípios éticos• Vincular construção a raízes sociais.

O conhecimento não definitivo. Entre a realidade plena e sua aparência aos nossos sentidos há uma diferença que o conhecimento cientifico busca desvelar. Em outras palavras, o real não apenas o que parece ser, já que sua essência não coincide com sua aparência, até porque tem sua dinâmica própria, geralmente contraditória. Isso significa que o conhecimento – uma abstração , uma reconstrução intelectual do objeto, cognoscível ( real) elaborada pelo sujeito cognoscente – tem um caráter provisorio; é portanto um estado de aproximação entre o sujeito e o objeto.

A construção do conhecimento fundado sobre o uso crítico da razão, vinculado a princípios éticos e a raízes sociais é tarefa que precisa ser retomada a cada momento, sem jamais ter fim.

O assunto é por demais amplo e muito bem discutido por vários filósofos. Nossa pretensão foi apensas de trazer uma reflexão através de um esboço sistemático da história do conhecimento.

Conhecer é construir categorias de pensamento, é “ler o mundo e transformá-lo”, dizia Freire.

Com base nestes princípios a Escola Estadual Getulio Vargas define sua visão de que o conhecimento é construído através das relações de trabalho dos homens. Esse conhecimento é influenciado pelo modo de produção, gerando uma concepção de homem, ideologia, cultura e sociedade.

Na sociedade capitalista o conhecimento é detido por uma minoria dominante que utiliza o conhecimento a seu favor, mantendo uma sociedade de classes. Cabe à escola socializar e possibilitar a apropriação deste conhecimento pelos educandos, representantes da classe trabalhadora, permitindo aos mesmos reconhecer e defender seus interesses.

Diante do exposto queremos que nossas escolas propiciem um conhecimento dinâmico com liberdade na troca de experiências, que busque inovações procurando sair das atividades rotineiras investigando o aluno a ousar, por em pratica o conhecimento cientifico mediado pela escola adquirindo senso critico e autonomia para a tomada de decisões.

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3.5 - CONCEPÇÃO DE HOMEM

Ser provido de qualidades físicas e psíquicas, move e remove situações de acordo com sua vivência. Dotado de grande bagagem cultural e sentimentos enraizados desde sua origem. Agente transformador, criativo e capaz de solucionar problemas.Ser diferenciado pelas suas idéias, que, cumulativas, formam a sociedade na qual vivemos. De acordo com as necessidades impostas pelo meio, o homem pode e poderá, modificar a realidade em prol de uma vida mais tranqüila

Cabe a cada ser manter o equilíbrio emocional, para que o seu próprio mundo seja preservado e sua espécie não seja extinta.

A escola deve ter o cuidado para não formar homens passivos e submissos, dominados pela ideologia da mídia , inseguros, sem perspectivas de vida e que não acreditam no seu potencial. A escola precisa de um homem que seja transformador da realidade da qual está inserida. Partindo do pressuposto que ele é um ser histórico, que pode escrever a sua historia de maneira critica, construtiva, buscando metas que possam ser alcançadas sem prejudicar o meio onde vive. Ter consciência do desenvolvimento buscando-o com sustentabilidade.

Caminhos: traçar diretrizes que possibilitem as consciências criticas, reflexivas, participativas e transformadoras. Buscar o domínio do conhecimento, o respeito mutuo, aceitando as diferenças, conquistando sua autonomia e valorização.

3.6 – CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

A Educação é o meio que permite ao homem formar-se e construir-se num ser digno e consciente de suas ações. É através da Educação que ele constrói a sua cidadania e interage com o meio, com o outro, e, poderá ou não, transformar a sua vida e a sociedade. A educação é o instrumento mediador entre o senso comum e o conhecimento científico, mais atuante também no sentido de despertar a sensibilidade e a criatividade a fim de construir um ser completo, crítico e pensante, possibilitando um crescimento individual e coletivo

Não podemos ter uma consciência ingênua de que a Educação está desprovida de um caráter ideológico. A ideologia encontra-se presente no meio educacional, referendando valores da classe dirigente.

Durante o período colonizador prevaleceu a concepção educacional, dos jesuítas que impunham as "verdades" do cristianismo.

Nas fases ditatoriais da história, como durante o governo de Getúlio Vargas, predominou um culto a um nacionalismo exacerbado.

No momento em que se implantou o regime militar, com toda uma carga ideológica voltada para a segurança nacional, a Educação voltou-se para o tecnicismo, estimulando um conhecimento fragmentado e acrítico

Na década de 90, busca-se a qualidade total na Educação, com a consciência do caráter empresarial que aí se encontra presente.

No momento atual cabe aos educadores, buscar novos caminhos para a Educação, desmistificando e desvendando a ideologia presente para torná-la um instrumento real de construção e transformação do indivíduo e da sociedade. Em resumo a Educação é o processo de assimilação do saber historicamente construído. O processo educativo visa o equilíbrio do homem com a natureza. Sendo o homem o centro do universo, com capacidade infinita de raciocínio o processo educativo deve proporcionar a ele a integralidade, o respeito ao outro e à natureza, além da

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compreensão da continuidade da vida. A educação não é inata ao homem, ela se adquire. A educação tem o dever de proporcionar ao homem o conhecimento cientifico, compreendendo a ciência como processo em mutação que deve servir à vida e não às tecnologias. Educar o homem para dominar a maquina e não para ser dominado por ela.

3.7 - CONCEPÇÃO DE ESCOLA

A escola, termo usado para designar qualquer estabelecimento de ensino, é um espaço de construção do conhecimento e de valores para o convívio social. Um contexto socializador, gerador de atitudes relativas ao conhecimento aos professores, aos alunos, às disciplinas, às tarefas e a sociedade.

Para ROMANELLI, 1985,

o processo educativo distingue-se em dois aspectos independentes : o gesto criador – que resulta no fato do homem estar no mundo e com ele relacionar-se, transformando-o e transformando-se. E o gesto comunicador que o homem executa transmitindo a outrem os resultados de sua experiência. Neste sentido a educação é a mediadora entre o gesto criador e comunicador para dar sua continuidade. Na medida que se transforma, pelo desafio, aceita o que lhe vem do meio para o qual se volta sua ação, o homem se educa e na medida que comunica seus resultados, ajuda a outros homens se educarem.

Portanto, as Instituições educativas nasceram da necessidade de as gerações mais velhas transmitirem às mais novas os resultados de sua experiência e também com o objetivo de preservar e recriar esses produtos, pois o homem é um ser situado, a educação lhe proporciona o seu desenvolvimento como pessoa, a história o dimensiona no espaço e num tempo determinado.

A escola, responsável principal do processo educativo, serve para transmitir à

maioria da população os conteúdos culturalmente elaborados.

A socialização do saber, que se dá pela Escola é que constitui sua especificidade. É pela Escola que se realiza a transformação social.

Para GRINSPUN, 1992, existem diferentes formas de se analisar a Escola, e o objeto de sua análise é determinado pelas idéias que a sustentam.

A Escola é o elemento de superestrutura ideológica da sociedade de classes e manipulada pela classe dominante, com vistas à consolidação e à divulgação de sua ideologia e, assim, à reprodução das condições sociais de produção, que é a própria divisão de classes (GRINSPUN, 1992 : 123)

Para ROMANELLI, l985:...a Escola tem sido mais usada para fazer comunicados do que para fazer comunicação e formar o espírito ilustrado e não o espírito crítico e criador. Cedo ela se transformou numa instituição ritualista, onde o cumprimento de certas formalidades legais tem valor em si mesmo (...). Na fase Colonial este tipo de ação escolar é também o instrumento do qual vai servir a sociedade nascente para impor e preservar a cultura transplantada ... serviu para reforçar as desigualdades.... neste sentido a escola ajudou a manter privilégios e oportunizou a camada dominante a ilustrar-se.

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O papel da Escola e a posição do individuo dentro dela e na sociedade foram ampliando-se pouco a pouco pela complexidade de vida, aceleração técnico científica e as próprias transformações econômicas e sociais.

Para GADOTTI, 1980 : 61 , a Educação ministrada na Escola

é obra transformadora, criadora, ora, para criar é necessário mudar, perturbar, modificar a ordem existente. Fazer progredir alguém significa modificá-lo. Por isso a educação é um ato de desobediência e de desordem. Desordem em relação a uma ordem dada, uma pré-ordem. Uma educação autêntica re-ordena. É por essa razão que ela perturba, incomoda. É nessa dialética ordem- desordem que se opera o ato educativo, o crescimento espiritual do homem. Precisamos de certa incoerência para crescer. Educar-se é colocar-se em questão, reafirmar-se constantemente em relação ao humano, em vista do mais humano para o homem.

É, portanto nesta dialética de idas e vindas que o processo educativo se constrói dentro da escola.

Afinal, Qual é o Papel Social da Escola?

O que é uma escola? São seus muros? Suas salas? Seus professores e alunos? Os funcionários?

Nada disso é uma escola. Tudo isso junto talvez forme uma escola. Tudo isso e muito mais: livros, cadernos, conhecimento, ignorância, curiosidade, parcerias... pensemos a escola e cada escola, como um local onde se corporificam relações de ensino e processos de aprendizagem.

É preciso encarar a escola como uma construção sócio-técnica , um ser heterogêneo, que reúne seres humanos – professores, alunos, pais, administradores – e não humanos – mesas, cadeiras, quadros de giz, mimeógrafos e, com sorte, telefone, televisão, vídeos, computadores e Internet. É este ser heterogêneo que produz conhecimento, que produz a possibilidade de novos conhecimentos que superam limites e criam, a cada dia, uma nova escola, um novo ensinar e um novo aprender. Não é cada professor individualmente quem produz novas estratégias de ensino, mas é também o professor, em rede, inserido no espaço sócio-técnico da escola, em interação com seus pares, com seus alunos, com máquinas e livros, com os regulamentos, utilizando cada um dos recursos que o ambiente lhe oferece.

Quem precisa de formação não é o educador individualmente mas a escola, o ser heterogêneo e complexo descrito acima. É a escola como um todo o ser que tem a função formativa. A escola precisa formar-se para ser capaz de formar seus alunos.

A escola é responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão, no sentido pleno da palavra. Então, cabe a ela definir-se pelo tipo de cidadão que deseja formar, de acordo com a sua visão de sociedade. Cabe-lhe também a incumbência de definir as mudanças que julga necessário fazer nessa sociedade, através das mãos do cidadão que irá formar.

Portanto a postura, que Escola Estadual Getulio Vargas adota em seu PPP em relação ao conceito de escola é que ela deve trabalhar no sentido de formar cidadãos conscientes, capazes de compreender e criticar a realidade, atuando na busca da superação das desigualdades e do respeito ao ser humano.

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3.8 – CONCEPÇÃO DE PROFESSOR

“Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo." (FREIRE, 1996, p.115

Conceito de Professor Segundo o Dicionário do Aurélio:

Professor é aquele que professa ou ensina uma ciência, uma arte, uma técnica, uma disciplina; mestre.

O conceito de professor sempre esteve associado ao saber. Na representação social, o bom professor é aquele que domina o conteúdo e o sabe transmitir, e, ainda, para exercer sua função é necessário que esteja em sala de aula, ou algum outro espaço físico que a substitua. Portanto, nesta visão, para adquirir conhecimentos, o aluno necessita freqüentar uma escola e ter “bons” professores.

A função de função de professor é de grande responsabilidade, pois tem que desenvolver no aluno valores humanos indispensáveis para a sua boa formação, tais como: disciplina, respeito, capacidade de trabalho, iniciativa, honestidade, cidadania, ética, moral, conhecimento das diferenças individuais, educação para o convívio social, amor, gratidão, humildade, trabalho em grupo ou equipe, etc.

Moacir Gadotti, diz:

Ser professor hoje é viver intensamente o seu tempo com consciência e sensibilidade. Não se pode imaginar um futuro para a humanidade sem educadores. Os educadores, numa visão emancipadora, não só transformam a informação em conhecimento e em consciência crítica, mas também formam pessoas. Diante dos falsos pregadores da palavra, dos marqueteiros, eles são os verdadeiros “amantes da sabedoria”, os filósofos de que nos falava Sócrates. Eles fazem fluir o saber - não o dado, a informação, o puro conhecimento - porque constróem sentido para a vida das pessoas e para a humanidade e buscam, juntos, um mundo mais justo, mais produtivo e mais saudável para todos. Por isso eles são imprescindíveis.

Apresenta-se ao professor o conceito de “par mais capaz”, mas pouco se valoriza e se investe para que o próprio, em contato com pares, tenha momentos de reflexão e de aprendizado.

3.9 – CONCEPÇÃO DE ALUNO

É o sujeito ativo no processo de ensino - aprendizagem. Sujeito que inova, que transforma e adquire meios, através da educação de refazer o que já está feito, de forma mais ampla e útil

O aluno deve ser um questionador do mundo, do homem, da sociedade e de si mesmo, com o objetivo de compreender, trabalhar e perpetuar a cultura a qual está inserido. É um ser em formação que está buscando seu espaço na sociedade e precisa de mediação e auxílio para a construção de seus conhecimentos.

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O aluno apropria-se de conhecimentos científicos, interpreta-os, adequa-os à sua realidade e desenvolve seu senso crítico através das relações professor/ aluno e aluno/ professor. É o agente modificador da trajetória da educação e do mundo. Cultivador de meios que levam a um progresso ativo, dinâmico e sustentador da vida humana.

A maioria dos alunos de hoje vivem em uma sociedade tecnológica e conturbada. Crescem dentro de um novo ritmo global de vida. São muito mais soltos na estrutura familiar e social, onde convivem com mais tensões. Desemprego e violência também fazem parte do cotidiano. Para atender esse aluno a Escola deve modernizar-se e o professor rever conceitos e procedimentos.

3.10 – CONCEPÇÃO DE CURRICULO

Para entender o que é currículo faz-se necessário, primeiramente, definir o que é Currículo. Osowski (1996) nos diz:

O Currículo é um guia para os encarregados de seu desenvolvimento, um instrumento útil para orientar a prática pedagógica, uma ajuda para o professor. O Currículo sendo entendido como os conjuntos de saberes escolares, tramas e redes das e nas relações sociais escolares, campos de poder, físicos ou pessoais, institucionais ou imaginários que articulados constituem o cotidiano da escola , expressando e interferindo nas políticas educacionais, assim como impulsionando e sendo impulsionado pela sociedade. Ele pode ser visto como instrumental capaz de, contraditoriamente, fazer avançar ou recuar a educação e onde – através das práticas curriculares – são possibilitadas condições para que se constituam subjetividade explicitas ou implícitas.

Por esta função, não pode limitar-se a enunciar uma série de intenções, princípios e orientações gerais que distantes da realidade das salas de aula, sejam de escassa ou nula ajuda para os professores. O Currículo, não deve suplantar a iniciativa e a responsabilidade dos professores, convertendo-os em meros instrumentos de execução de um plano prévia e determinado. Percebemos que o Currículo precisa estar inserido a realidade do aluno, do professor e da escola.

De acordo com COOL, 1987, o Currículo é um guia para construção do conhecimento. Os encarregados de seu desenvolvimento devem utilizá-lo como instrumento útil para orientar a prática pedagógica da escola, para que esta favoreça aprendizagens significativas para que o aluno mediante a aquisição do saber construa significados que permita conhecer o mundo físico e social e potencialize o seu crescimento pessoal.

O currículo escolar, como conjunto de conhecimentos e experiências de aprendizagem oferecido aos estudantes, passa por vários níveis ou instâncias de elaboração. Fora da escola, estabelecem-se prioridades a partir da política educacional, organizam-se diretrizes, leis, orientações e indicações dos conteúdos de ensino; os saberes são selecionados, organizados, seqüenciados e freqüentemente detalhados em materiais como livros didáticos. Atuam nesse processo as autoridades educacionais, as universidades, os autores de livros didáticos, as editoras etc. Resultante de todas essas discussões e decisões negociadas, o currículo formal - previsto, documentado, recomendado, que sofreu várias re-elaborações servirá como grande parâmetro para organizar a ação no ambiente da escola, mas não será exatamente replicado, repassado, ou distribuído para os alunos. Isso porque a escola não executa simplesmente decisões curriculares tomadas fora dela; também elabora seu currículo, que é mais do que o recorte de cultura organizado pare ser distribuído na escola.

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a) - Currículo da escola pública

A escola é uma das instituições sociais comprometidas com a transmissão de uma memória reconhecida como necessária a todos para viver em sociedade. Ao contrário das outras instituições de memória, o seu acervo não é palpável ou consultável. Ele é dinâmico, está em movimento e é fruto de várias escolhas e embates entre grupos: quais os conhecimentos válidos que devem ser recuperados, organizados e lembrados por todos.

Os currículos escolares são a face mais visível da intervenção do Estado na Educação. É por meio deles que se definem sentidos, conteúdos, práticas e finalidades. Como afirma a historiadora Katia Abud " Os currículos são responsáveis, em grande parte, pela formação e pelo conceito de História de todos os cidadãos alfabetizados, estabelecendo, em cooperação com a mídia, a existência de um discurso histórico dominante, que formará a consciência e a memória coletiva da sociedade." (ABUD, K. Currículos de História e Políticas Públicas, p. 29. ) Como escolha os currículos contribuem para que algumas passagens sejam lembradas e outras apagadas, para que a ação de certos grupos e indivíduos integrem a memória de todos e a própria existência de outros grupos sequer seja mencionada.

b) - A adequação do currículo à realidade escolar

O currículo real, aquele que se desenvolve na escola, toma forma e corpo na prática pedagógica. O currículo formal é transformado e reorganizado para adequar-se à realidade da escola, articulando as opções dos professores e as necessidades dos alunos ao tempo das disciplinas no quadro curricular. à divisão do tempo diário em aulas, aos materiais e recursos disponíveis, às formas de controle e acompanhamento dos alunos, aos valores preservados e vividos no cotidiano escolar enfim a todo um modo de vida na escola. Essa reorganização dos saberes a serem ensinados é também fruto de negociações, opções, decisões que envolvem os educadores e viabilizam a proposta pedagógica nas condições reais da escola.

c) - Na escola aprende-se mais do que conteúdos sobre o mundo material e social

Em cada escola essas condições estão presentes e interferem na realização do currículo, impondo cortes, simplificações e ritmo de desenvolvimento aos conteúdos e, ao mesmo tempo, introduzindo aprendizagens implícitas, que tanto podem favorecer quanto impedir a realização das intenções educativas declaradas pelos educadores. Essa parcela implícita, ou currículo oculto, vem sendo insistentemente apontada nos estudos críticos do currículo como de enorme importância na formação dos educandos, o que torna indispensável compreendê-la, explicitá-la, buscando tornar a prática mais coerente com as intenções educativas. Concordando com Santos e Moreira (1995, p.50), acreditamos que na escola aprende se mais do que conteúdos sobre o mundo material e social: "adquirem-se também consciência, disposições e sensibilidade que comandam relações e comportamentos sociais do sujeito e estruturam sua personalidade".

d) - Selecionar saberes relevantes

O currículo, então, determina e orienta o trabalho escolar e é determinado por ele. A escola participa de sua elaboração ao selecionar e organizar os saberes com vistas à transmissão e aprendizagem dos alunos. Esta não é uma tarefa meramente técnica, pois é preciso tomar decisões que envolvem interesses, posicionamentos, sentimentos, conflitos, divergências. Não é simples selecionar saberes relevantes e preparar citações para sua apropriação; isso implica escolher conteúdos que tragam para dentro da escola o conhecimento mais avançado, para que os jovens possam se tornar " contemporâneos de seu tempo", como nos alerta Gramsci; implica também selecionar conteúdos cuja

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abrangência explicativa contribua para a compreensão da sociedade e da cultura em que se vive e da realidade mais ampla.

e) - Sujeitos interagem entre si e com linguagens e saberes

O conhecimento é então compreendido como construção social, segundo os principais autores da Sociologia do Currículo. Santos e Moreira (1995, p.51) comentam que ele é " produto de concordância e consentimento de indivíduos que vivem determinadas relações sociais (por exemplo, de classe, raça e gênero) em determinados momentos". Essa construção, portanto, ocorre pela interação social e depende do contexto social e cultural, de um referencial comum; sujeitos interagem entre si e com linguagens e saberes, trazendo para a relação sua cultura e seus significados.

f) - As mudanças culturais chegam às escolas através dos currículos

Processo e produto do conhecimento estão presentes na construção do conhecimento escolar. Assim, vai se tornando claro que selecionar conteúdos não é apenas fazer uma lista de conhecimentos que se transmitem num modelo escolhido a priori, mas que o currículo emerge das condições reais em que se dá o trabalho com o conhecimento. É nesse sentido que entendemos a afirmação de Gimeno Sacristán (1996, p.37), em seu estudo sobre escolarização e cultura: As mudanças culturais chegam às escolas através dos currículos, mas apenas na medida em que se plasmam em práticas concretas".

Observamos que o Currículo para a educação básica está constituído por relações de poder que precisam ser identificadas, delimitadas e criticadas; quais os espaços de poder visíveis e invisíveis existentes no Currículo das escolas responsáveis pela educação básica? (Osowski, 1996).

O Currículo segundo Sacristán além de visível, que se refere as disciplinas, ou matérias, habilidades, conhecimentos práticos, profissões, ele visualiza um Currículo oculto, diferentes aprenderes, que não podem ser programados nem avaliados, mas que necessitam estar presentes em qualquer aprendizagem significativa.

O Currículo precisa deixar de ser visto como uma simples seqüência de algumas disciplinas ou práticas, para se transformar numa situação plena de aprendizagem dos mais diversos aspectos da vida e da vivência dos mais diversificados valores.

No Currículo, cada disciplina é concebida como um espaço próprio de conhecimento que luta por quantidade de aulas para poder ter toda matéria dada. (Cunha, 1996, pág.32)

Sabemos, por exemplo, em termos de ensino, que os Currículos organizados pelas disciplinas tradicionais isoladas, aplicadas ao aluno sem nenhuma ligação entre si desvinculadas da vida concreta, conduzem o aluno apenas a um acúmulo de informações que de pouco ou nada valerão na sua vida profissional, principalmente porque o desenvolvimento tecnológico atual é de ordem tão variada que fica impossível processar-se com a velocidade adequada a esperada sistematização que a escola requer. (Fazenda, 1991, p.16)

O caminho mais direto para explicar o que entendemos por Currículo consiste em interrogar-nos sobre as funções que ele deve desempenhar e, para identificá-las, convém recordar e ampliar o que dissemos anteriormente a propósito da natureza das atividades educativas escolares. Esta modalidade de educação surge quando a simples participação nas atividades habituais dos adultos, bem como sua observação e imitação, insuficientes para assegurar aos novos membros do grupo um crescimento pessoal adequado. As atividades educativas escolares correspondem à idéia de que existem certos aspectos do

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conhecimento pessoal, considerados importantes no âmbito da cultura do grupo, que não poderão ser realizados satisfatoriamente ou que não ocorrerão de forma alguma, se possível que seja fornecida uma específica, que sejam exercidas atividades de ensino especialmente pensadas para esse fim. São atividades de ensino que correspondem a uma finalidade e são executadas de acordo com um plano de ação determinado, isto é, estão a serviço de um Projeto Educacional do Currículo, sua razão de ser é de explicitar o projeto – as intenções e o plano de ação – que preside as atividades educativas escolares.

Notamos que é possível questionarmos o Currículo para a escola básica enquanto constituído por um conjunto de disciplinas, quando na verdade, tais disciplinas são muitas vezes, decorrência e imposição da nossa sociedade, que precisa de certas formas de pensar, comportamentos ou saberes. Nessa perspectiva, as disciplinas escolares intervêm na história cultural da sociedade, preparando "a aculturação dos alunos em conformidade com certas finalidades: é isso que explica sua gênese e constitui sua razão social" (Chervel, 1990, p.220).

g) - Articulação

Articular o ensino e a aprendizagem implica articular conteúdo e forma, tornando cada vez mais o ensino favorável à ocorrência da aprendizagem. Isso exige riqueza de situações, experiências e recursos, para favorecer o processo múltiplo, complexo e relacional de conhecer e incorporar dados novos ao repertório de significados, utilizando-os na compreensão orgânica dos fenômenos, no entendimento da prática social.

3.11 - CONCEPÇÃO DE ENSINO

O conceito de ensino faz referência a uma situação ou atividade triádica, isto é, de três componentes, quais sejam, aquele que ensina, aquele a quem se ensina, e aquilo que se ensina. Esta conclusão sugere que não é muito apropriado dizer que alguém ensinou a si próprio alguma coisa.

Primeira : Quando dizemos que uma pessoa esta ensinando algo a uma outra pessoa, pressupomos que a primeira saiba (ou domine) o que está ensinando e que a segunda não saiba (ou domine) o que está sendo ensinado. Se há, porém, apenas uma pessoa em jogo, mais um certo conteúdo, ou esta pessoa já sabe (ou domina) este conteúdo, em cujo caso não precisa ensiná-lo a si própria, ou esta pessoa não sabe (ou domina) o conteúdo em questão, em cujo caso não tem condições de ensiná-lo a si própria.

Designar certas pessoas como auto-didatas parece, portanto, bastante descabido. Isso não quer dizer, porém, que alguém não possa aprender por si próprio um certo conteúdo, sem que alguma outra pessoa necessariamente lho ensine. Neste caso, porém, a pessoa que vem aprender um dado conteúdo por si própria não é um auto-didata, mas sim um auto-aprendiz.

Segunda: Para que uma atividade se caracterize como uma atividade de ensino não é necessário que aquele a quem se ensina aprenda o que está sendo ensinado; basta que o que ensina tenha a intenção de que aquele a quem ele ensina aprenda o que está sendo ensinado. Esta segunda conclusão é rica em implicações. Em primeiro lugar, ela

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implica a existência de ensino sem aprendizagem (o que poderíamos chamar de ensino mal sucedido). Em segundo lugar, ela sugere que coisas realmente não ensinam, porque não podem ter a intenção de produzir a aprendizagem. Isto, por sua vez, significa que não é muito correto dizer: "A natureza me ensinou", ou "a vida me ensinou", etc. Significa, também, que é só com muito cuidado que podemos falar em ensino através de máquinas (máquinas de ensinar, computadores, por exemplo), ou mesmo através de livros. Um computador (ou um livro) só ensina na medida em que a pessoa que o programou (ou escreveu) teve a intenção de que alguém aprendesse através dele.

Terceira: A intenção de produzir a aprendizagem, isto é, a intenção de ensinar, só pode ser constatada mediante análise do contexto em que certas atividades são desenvolvidas. Se esta análise tornar razoável a atribuição da intenção em pauta, podemos concluir que pode estar havendo ensino ; caso contrário, seremos forçados a admitir que não esteja.

Segundo Paulo Freire

ENSINAR É:

...ter método, ...pesquisar,

...respeitar o saber do educando, ...ser crítico,

...ser estético e ético, ...dar corpo às palavras,

...aceitar o novo, ...rejeitar qualquer forma de discriminação,

...ter consciência do inacabamento, ...reconhecer o ser condicionado,

...respeitar a autonomia do educando, ...ter bom senso,

...ser humilde e tolerante, ...lutar pelos direitos dos educadores,

...apreender a realidade, ...ter alegria e esperança,

...acreditar que a mudança é possível, ...ter curiosidade,

...ter segurança, competência profissional e generosidade, ...comprometer-se,

...não confundir liberdade e ausência de autoridade, ...saber escutar,

...saber que a educação é ideológica, ...é dialogar,

...é querer bem!

3.12 – CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM

O termo aprendizagem, pode definido como "aquisição de conhecimentos e de habilidades". Ou seja, o que as pessoas aprendem, e como elas aprendem e aplicam aquilo que aprenderam (saber como e saber porquê). Aprender pode, desse modo, ser definido como o aumento da capacidade de alguém transformar uma idéia em uma ação.

A aprendizagem é considerada por estudiosos como um processo de mudança, resultante de prática ou experiência anterior, que pode vir, ou não, a manifestar-se em

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uma mudança perceptível de comportamento. Muitos psicólogos enfatizam a necessidade de distinguir entre o processo de aprendizagem, que ocorre dentro do organismo da pessoa que aprende e as respostas emitidas por essa pessoa, as quais podem ser observáveis e mensuráveis.

A aprendizagem é um processo interno, pessoal e intransferível, enquanto ensino, tratando-se de educação formal ou escolar, é a ação direta sobre ela. Disso resulta que cada educando constrói o seu conhecimento a partir de suas vivencias e experiências.

Paulo Freire já dizia “aprender é( re) construir pela descoberta” Assim como o espaço está em permanente reconstrução, o conhecimento deve estar em continuo aprofundamento e ampliação

A questão da aprendizagem pode ser abordada na perspectiva de duas vertentes teóricas básicas que sustentam os principais modelos: o modelo behaviorista e o modelo cognitivo. O modelo behaviorista tem seu foco principal no comportamento das pessoas; o modelo cognitivo é um modelo mais abrangente do que o behaviorista, explicando melhor os fenômenos mais complexos, como aprendizagem de conceitos e solução de problemas.

Segundo o modelo cognitivo a aprendizagem ocorre pelo processamento de informações pelo indivíduo. A teoria da gestalt, precursora do cognitivismo, pesquisa o processo de aprendizagem por insights O indivíduo que tem um insight vê uma situação de uma nova maneira, maneira esta que inclui compreensão das relações lógicas, ou percepções das conexões entre meios e fins Ou seja, o insight caracteriza-se como um processo que, quando completado, dá à pessoa a impressão de ter subitamente compreendido alguma coisa ou chegado à solução de um problema.

No entanto, no momento atual, é importante lembrar a contribuição dos estudos da neurociência, cujo campo, destacam-se as descobertas e os estudos sobre a plasticidade do cérebro humano.

Considera-se que o desenvolvimento do conhecimento é em cada pessoa um processo espontâneo que envolve o complexo biológico-psicológico total do corpo, o sistema nervoso e as funções mentais.

A teoria de Piaget (1976) é bastante conhecida e citada por pesquisadores, naquilo que se refere à formulação de objetivos educacionais sobre a aprendizagem. Isso porque separa dois processos que, apesar de estarem conceitualmente relacionados, são totalmente diferentes: o desenvolvimento e a aprendizagem. O desenvolvimento está relacionado com os mecanismos gerais de ação e pensamento, corresponde à inteligência no seu sentido mais amplo. Tudo o que se denomina característica da inteligência humana provém mais do processo de desenvolvimento do que da aprendizagem. A aprendizagem refere-se à aquisição de habilidades e dados específicos e à memorização de informações (Piaget, 1976).

Toda aprendizagem específica se sustenta no desenvolvimento da inteligência em geral. A aprendizagem somente se produz quando se possuem mecanismos gerais que permitem assimilar a informação contida em tal aprendizagem. Nesse caso, a inteligência é o instrumento mais importante para a aprendizagem.

A teoria de Piaget não permite separar conceitualmente o que não se pode separar na prática: os aspectos da aprendizagem e do pensamento. Não se pode aprender sem pensar e tampouco desenvolver o pensamento sem qualquer aprendizagem. Outro princípio importante na teoria de Piaget é a aprendizagem pela interação. A pessoa interage com o mundo e descobre a existência do mundo que experimenta no processo de interagir. Em outras palavras, a aprendizagem está situada na interação mútua de

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acomodação e assimilação, integrando a experiência dentro da existência de conceitos mentais. Ressalta Piaget que a inteligência não é pré-formada, mas possui a própria tendência ao desenvolvimento.

O aprendizado efetivo requer, pois, quatro espécies diferentes de capacidades para cada estágio do ciclo:

1. capacidade para se envolver de forma plena e aberta, sem preconceitos, em novas experiências;

2. capacidade para refletir a respeito das experiências e observá-las de diferentes perspectivas;

3. capacidade para criar conceitos que articulem as reflexões e observações em teorias lógicas;

4. capacidade para usar teorias para planejar e implementar ações.

Portanto o aprender passa pelo desenvolvimento de habilidades básicas, aqui entendidas como a capacidade de pensar, indagar criticamente e construir o conhecimento. Assim, a aprendizagem se faz pela construção do conhecimento, no ouvir, observar, refletir, analisar, concluir. Ela não deixa também de constituir-se num ciclo de pensamento, de execução e de reflexão.

Para Freire, 1979, precisa-se considerar que a aprendizagem requer o processo educativo. A educação é um processo contínuo na vida do ser humano. Daí a necessidade da percepção crítica da realidade, para que se faça a transformação dessa realidade.

3.13 – CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA

Habitamos um universo onde os átomos são formados no centro das estrelas, onde a cada segundo nascem mil sóis, onde a vida é lançada pela luz solar e acesa nos ares e águas dos planetas jovens, onde a matéria-prima para a evolução biológica é algumas vezes obtida de uma explosão de uma estrela na outra metade da Via-Láctea, onde algo belo como uma galáxia é formado cem bilhões de vezes, um Cosmos de quasars e quarks, flocos de neve e pirilampos, onde pode haver buracos negros, outros universos e civilizações extraterrestres.

O conhecimento continua a ser um bem importante, em qualquer sociedade.

A concepção de ciência é de que ela se constrói historicamente, portanto mutável, compreendendo-a como a soma dos esforços humanos, em explicar de forma sistematizada a realidade, portanto:

Ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma natureza.

Em ciência não há verdades totais e permanentes, não existindo pois conhecimento definitivo, ao contrário, ele deve estar em permanente re-elaboração, sendo assim:

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• Em ciência o conhecimento é racional, isto é, tem exigências de método e está constituído por uma série de elementos básicos, tais como sistema conceitual, hipóteses, experimentações definições, etc.

• Não se pode atribuir à ciência a certeza indiscutível de todo saber que a compõe. Ao lado dos conhecimentos certos, é grande a quantidade de prováveis. Antes de tudo, toda lei indutiva é meramente provável, por mais elevada que seja sua probabilidade;

• Os conhecimentos são obtidos metodicamente, pois não os adquire ao acaso ou na vida cotidiana, mas mediante regras lógicas e procedimentos técnicos. São sistematizados, isto é, não se trata de conhecimentos dispersos e desconexos, mas de um saber ordenado logicamente, constituindo um sistema de idéias (teoria).

• Verificáveis, pelo fato de que as afirmações, que não podem ser comprovadas ou que não passam pelo exame da experiência, não fazem parte do âmbito da ciência, que necessita, para incorporá-las, de afirmações comprovadas pela observação.

• Tem como objetivo explicar o mundo. Observá-lo, formular hipóteses que expliquem os fenômenos observados, e então testar estas hipóteses em diversas situações para ver se o mundo se comporta de acordo com elas.

• A ciência não é mera observação dos fenômenos. Busca-se a verdade. Identifica-se, à luz de um conhecimento disponível, problemas decorrentes dos fenômenos. A percepção de problemas é uma percepção impregnada de fundo teórico.

• Um fato em si mesmo não tendo relevância alguma para a ciência , não diz nada. Ele passa a ter relevância, pertinência, quando relacionado a um problema, a uma dúvida, a uma questão que precisa de resposta.

O que impulsiona o homem em direção à ciência é a necessidade de compreender a cadeia de relações que se esconde por trás das aparências sensíveis dos objetos, fatos ou fenômenos, captadas pela percepção sensorial e analisadas de forma superficial, subjetiva e crítica pelo senso comum.

Através desses princípios, a realidade passa a ser percebida pelos olhos da ciência não de uma forma desordenada, esfacelada, fragmentada, como ocorre na visão subjetiva e a crítica do senso comum, mas sob o enfoque de um critério orientador, de um princípio explicativo que esclarece e proporciona a compreensão do tipo de relação que se estabelece entre os fatos, coisas e fenômenos.

3.14 – CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA

Vive-se hoje numa sociedade polissêmica, ou seja, caracterizada pela diversidade de significados, idéias, conceitos, palavras, atitudes, objetos, dentre outras manifestações da vida humana. Essa mesma sociedade vem sendo chamada de "tecnológica", o que significa que se está cada vez mais rodeada de artefatos, objetos, bens e símbolos que remetem à tecnologia. Entretanto, o que é tecnologia? O termo é polissêmico na medida em que lhe são dados vários significados, dependendo do olhar lançado sobre este fenômeno.

No senso comum, a tecnologia é vista como a expressão material de um processo que se manifesta através de instrumentos, máquinas, dentre outros, cuja suposta finalidade é melhorar a vida humana. Esta visão vem sendo bastante difundida

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principalmente através dos meios de comunicação que constantemente divulgam produtos e serviços tecnológicos que vieram para facilitar o cotidiano das pessoas, tornando mais confortável, mais rápida, mais eficiente, mais ágil a vida das pessoas.

Tais produtos são feitos por empresas que, por sua vez, dão à tecnologia um significado instrumental. Isto quer dizer que a tecnologia tem o papel de possibilitar o aumento de produtividade e competitividade, melhorando o desempenho destas, assim como de seus próprios produtos. Deste ponto de vista, a tecnologia é apontada como uma das forças produtivas que, juntamente com a força de trabalho, garantem a produção de mercadorias em maior quantidade e em menor tempo. A sua comercialização proporciona a acumulação ampliada do capital e a reprodução do capitalismo.

Nesta perspectiva, a tecnologia é pensada de maneira a otimizar o processo produtivo de bens dirigidos ao mercado de consumo, o qual direciona a produção. Esta visão pragmática e utilitarista da tecnologia está também presente em outras instâncias da sociedade, tais como, órgãos governamentais, institutos de pesquisa, ensino e financiamento para o desenvolvimento científico e tecnológico.

Mas a tecnologia não é apenas um conjunto de técnicas; não é a forma como os homens constroem as coisas, não é o conjunto de ferramentas, máquinas, aparelhos ou dispositivos, quer mecânicos quer eletrônicos, quer manuais quer automáticos; não é o conjunto de invenções, não é ciência aplicada; não é mercadoria e não deve ser confundida com o modo de produção capitalista (GAMA, 1986, p. 205).

Esta visão amplia os horizontes das reflexões acerca do tema. A tecnologia assim concebida, não é mais apenas instrumental, mas passa a contemplar dimensões socioculturais envolvidas na sua produção.

Assim, a tecnologia deve ser entendida como processo que perpassa todas as formações sociais porque na produção das condições materiais de vida, necessárias a qualquer sociedade, é imprescindível a criação, apropriação e manipulação de técnicas que carregam em si elementos culturais, políticos, religiosos e econômicos, constituintes da concretude da existência social. Deste ponto de vista, tecnologia está intrinsicamente presente tanto numa enxada quanto num computador.

Em outros termos, a tecnologia transcende a dimensão puramente técnica, ao desenvolvimento experimental ou à pesquisa em laboratório; ela envolve dimensões de engenharia de produção, qualidade, gerência, marketing, assistência técnica, vendas, capacidade de compreender, de criar, de organizar, adaptar, produzir, dentre outras, que a tornam um vetor fundamental de expressão da cultura das sociedades (BASTOS, 1998, p. 32).

Quando se fala em tecnologia na educação, logo pensamos em computadores, Internet... Mas isso é pouco, é reduzir muito o gênio da criação humana. Tecnologia é mais do que isso. Há tecnologia em cada lápis que usamos, no quadro de giz, nos livros,nos mapas geográficos, nas cadeiras em que sentamos etc.. Veja só a revolução social que representou a imprensa. Podemos imaginar uma escola, hoje, sem livros, sem material impresso?

Cabe neste momento afirmar que a possibilidade de se compreender a tecnologia em sua relação com a dimensão sócio-cultural, na qual ela vem sendo gestada, representa, para os objetivos da EE Getulio Vargas uma abordagem adequada que permite considerá-la um elemento fundante da vida social mas não determinante da mesma. Ela é parte da cultura e como tal deve ser compreendida.

E o professor? Como lidar com isso?

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Novos conhecimentos produzidos nas diferentes áreas batem à porta da escola a cada dia. A velocidade de propagação e divulgação da produção da humanidade e o volume de informação a que temos acesso resultaram em um ambiente cultural qualitativamente diverso do que existia há pouco mais de duas décadas.

Já não cabe mais ao professor buscar ser o detentor do saber que provê a seus alunos toda necessidade de informação e de formação. Cabe, isso sim, ser um profissional capaz de buscar esta informação junto com os estudantes, ter competência para avaliar a informação que encontram e contribuir para que todos, ele e seus alunos, venham a ser cada dia mais capazes de buscar por si mesmos as informações de que precisam, para ampliar os conhecimentos de que necessitam.

3.15 - CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

Nunca se falou tanto sobre cidadania, em nossa sociedade, com nos últimos anos. Mas afinal, o que é cidadania?

Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, “cidadania é a qualidade ou estado do cidadão”, entende-se por cidadão “o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado, ou no desempenho de seus deveres para com este”.

No sentido etimológico da palavra, cidadão deriva da palavra civita, que em latim significa cidade, e que tem seu correlato grego na palavra politikos – aquele que habita na cidade.

No sentido ateniense do termo, cidadania é o direito da pessoa em participar das decisões nos destinos da Cidade através da Ekklesia (reunião dos chamados de dentro para fora) na Ágora (praça pública, onde se agonizava para deliberar sobre decisões de comum acordo). Dentro desta concepção surge a Democracia Grega, onde somente 10% da população determinava os destinos de toda a Cidade (eram excluídos os escravos, mulheres e artesãos).

Naquela época, e durante muito tempo, a noção de cidadania esteve ligada à idéia de privilégio, pois os direitos de cidadania eram explicitamente restritos a determinadas classes e grupos.

A definição de cidadania foi sofrendo alterações ao longo do tempo, seja pelas alterações dos modelos econômicos, políticos e sociais ou como conquistas, resultantes das pressões exercidas pelos excluídos dos direitos e garantias a poucos preservados, num rico processo histórico.

O fato, é que, modernamente, uma vasta quantidade de direitos já está estabelecida pela legislação, direitos, esses que alcançam todos os indivíduos, sem restrições que, na verdade, embora garantidos pela Constituição Federal e pelas leis, o que se verifica, na prática, é uma reiterada e ostensiva inobservância desses direitos de cidadania contra a maioria da população excluída dos bens e serviços desfrutados pelas elites.

O grande desafio é, portanto, além de incorporar novos direitos aos já existentes, integrar cada vez um número maior de indivíduos ao gozo dos direitos reconhecidos.

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Podemos então, definir Cidadania como um conjunto de Direitos e Liberdades Políticas Sociais e Econômicas, já estabelecidos ou não pela Legislação.

Já Exercício da Cidadania é a forma de fazer valer os direitos garantidos. Exigir a observância dos direitos e zelar para que não sejam desrespeitados.

A mídia confunde muito entre o Direito do Cidadão e o Direito do Consumidor, por isso questiono o aspecto ideológico desta confusão intencional.

Vejamos neste quadro sintético uma percepção pessoal sobre como se processa a “evolução” do Ser Humano até o Ser Cidadão.

O Ser Humano O Ser Indivíduo O Ser Pessoa O Ser CidadãoA Dimensão do convívio social.

A dimensão do mercado de trabalho e Consumo.

A Dimensão de encontrar-se no mundo.

A dimensão de intervir na realidade.

O homem tornar-se Ser Humano nas relações de convívio social.

O Ser Humano tornar-se indivíduo quando descobre seu papel e função social.

O Indivíduo torna-se pessoa quanto toma consciência de si mesmo, do outro e do mundo.

A pessoa torna-se cidadão quando intervém na realidade em que vive.

Quem garante os direitos do Ser Humano? A Declaração Universal do Direitos Humanos.

Quem garante os Direitos do Consumidor? O Código do Consumidor.

Quem garante os Direitos da pessoa? A própria pessoa (amor próprio ou auto-estima).

Quem garante os Direitos do cidadão? (A Constituição e suas leis regulamentares).

O Direito do consumidor é direito de propriedade e o Direito do cidadão é Direito de Acesso. O que o povo brasileiro necessita é do direito de acesso e não leis que garantam a uma minoria (elite brasileira) suas grandes e ricas propriedades.

Um dos grandes problemas no Brasil, além da impunidade e a corrupção endêmicas, é a má distribuição de renda, onde “muitos têm poucos e poucos têm muito”.

Para atingir o objetivo de construir uma escola democrática, igualitária, participativa, formativa e ética, é necessário uma concepção de cidadania plena e consciente dos direitos e deveres atribuídos a todas as pessoas.

A formação para a cidadania consciente acontecerá quando o individuo conseguir sair da zona de conforto em que se encontra (conformismo) onde o poder público por interesse em manter o status quo assume um papel paternalista/assistencialista condicionando ao individuo o papel de dependente do sistema.

3.16 – CONCEPÇÃO DE TRABALHO

O trabalho é uma atividade humana intencional que envolve formas de organização, objetivando a produção de bens e serviços necessários à vida. O homem em toda a sua existência está voltado para o trabalho, é pelo trabalho que o homem se dignifica como pessoa, se projeta perante a sociedade e garante sua subsistência e de sua família.

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O trabalho depende intimamente de vários fatores: cultura, sociedade, homem, mundo, conhecimento, tecnologia, educação, cidadania, ciência. É necessário que haja um comprometimento para a obtenção dos objetivos. No trabalho e em suas relações é preciso buscar o despertar do interesse no homem cidadão, do conhecimento para a construção diferenciada e atualizada, desenvolvendo a mentalidade de homem pensante e criativo, capaz de interferir na sociedade para buscar não apenas respostas, mas também soluções para os problemas.

O ser humano é sujeito de complexidade, inserido num contexto de mundo, sua ação, é objeto de interferência em conceitos socialmente construídos e na natureza. É preciso que o conhecimento sirva para despertar novas conclusões, primando para a compreensão do viver e conviver, para interferir no real com vistas à transformação para que o homem não seja apenas um produto dentro de sua sociedade, mas que sua interferência esteja pautada na ciência e no conhecimento.

Para que o homem conquiste a cidadania é preciso que a educação forneça subsídios para que ele desenvolva a compreensão de sua própria existência, compreenda que pelo trabalho é possível não apenas suprir suas necessidades de consumo, mas também que o trabalho está diretamente ligado à sua realização pessoal, que esteja motivado para buscar novas alternativas para atender as demandas , que seu trabalho seja humanizado, que traga satisfação a si e aos outros e que pelo trabalho ele conquiste sua independência intelectual e financeira.

Estudos mostram que em nossa sociedade atual o trabalho vem assumindo novos significados para muitos jovens. Aponta-se que uma das características da vivencia de grande parte dos jovens principalmente de setores populares vêem o trabalho, apenas como recurso para o consumo, liberdade para sair de casa, possibilidade de novos colegas, etc. Parte desse conceito sobre o trabalho é sua intermitência, má remuneração e pouca qualificação, por ser quase sempre temporário e variado , cria uma imagem distorcida do trabalho.

Nesse caso o trabalho por não oferecer garantias desvincula-se de sua trajetória de construção profissional, para tornar-se estratégia de fruição imediata da vivencia juvenil. Sendo assim o trabalho aparece com um significado diferente de outrora, mesmo sabendo-se que é pelo trabalho que a pessoa se sustenta, mas não mais encarado como fonte de felicidade e de realização, com vinculo a uma profissão. Ele vem sendo encarado como meio para sanar as dificuldades imediatas de consumo, muitas vezes mal empregadas pelo jovem. A maioria dos adolescentes e jovens sentem-se distantes das questões do mundo do trabalho, não conseguem e nem sentem-se motivados a vislumbrar um projeto de inserção profissional.

Grande parte deste conceito é gerado pela falta de uma visão clara dos objetivos e dos conceitos de trabalho apresentados nas disciplinas que compõem o currículo escolar cuja interferência na formação do ser humano não tem dado suporte ao desenvolvimento de suas potencialidades.

É preciso que a Escola despertar no jovem um novo conceito de trabalho , para que este compreenda que pelo trabalho o homem desenvolve a compreensão de si mesmo e a realização pessoal e é o caminho necessário para a construção da dignidade e da cidadania.

3.17 - CONCEPÇÃO DE VALORES

Por que trabalhar valores na escola? O grupo de professores considera fundamental o trabalho e a vivência dos valores, porque em muitos momentos nossa cultura valoriza muito mais o Ter do que o

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Ser e em conseqüência disso, temos uma desvalorização das questões humanas e uma inversão de valores. Julgamos que os valores façam parte da essência humana e sua importância precisa ser despertada e semeada dentro de cada Ser, justamente porque são eles, os valores, que motivam e enriquecem a nossa vida e nos ajudam a estabelecer relações e vínculos positivos em relação a nós mesmos e aos outros.

Desta forma, oportunizaremos momentos de aprendizagem, vivência e integração, para todos os membros da escola vivenciarem experiências de harmonia consigo e com os outros, como instrumento de sustentação.

A Escola é sempre um laboratório de experimentações fundamentais na vida dos educandos. Por esse motivo, os valores serão trabalhados de forma interdisciplinar e desenvolvidos ao longo do ano letivo, de acordo com as sugestões dos membros da Escola. Os valores que o grupo de professores escolheu para serem trabalhados são os seguintes:

Amor:

Amar é saber doar-se, respeitar e aceitar o outro como ele é. É saber ser fraterno e realizar as coisas com amor e por amor, visando o bem estar do próximo e também o nosso. O amor abarca todos os outros valores e é através dele que construímos uma base para uma melhor convivência, entre nós seres humanos. O amor é mola propulsora de outros valores como: a paz, a aceitação, a compreensão, a entrega, a auto-estima, a empatia, o respeito e a responsabilidade. O amor nos constrói como um todo e a partir dele desenvolvemos atitudes solidárias. Ser amoroso é ser capaz de demonstrar emoções e sentimentos. É através das trocas afetivas que nos sentimos capazes de dar e receber afeto. A afetividade nos proporciona o sentimento de amar e ser amado.

Responsabilidade: Ser responsável é cumprir com suas obrigações e lembrando que a cidadania envolve direitos e também deveres. É a capacidade de assumir nossas atitudes, comprometendo-se com aquilo que se faz. É ter consciência dos nossos limites e das conseqüências de nossos atos. É ser pontual, assíduo e disciplinado. Respeito:

O respeito é a base de toda a convivência. Respeitar é valorizar as potencialidades de cada um, respeitando as diferenças. Saber utilizar seus direitos e deveres. Visa ao bom relacionamento entre todos os envolvidos na comunidade escolar gerando boas atitudes. Organização:

Ser organizado é ordenar a própria vida e as atividades colocadas em prática. Tudo fica mais fácil quando há organização. É também estar consciente de seus objetivos, procurando melhorar a realidade ao seu redor. União:

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A união é fundamental para a realização de um trabalho conjunto, porque unidos somos mais fortes. Ser unido é saber trilhar com o outro, visando os objetivos propostos, tendo objetivos comuns e integrando o grupo. Compreensão:

Ser compreensivo é ter a capacidade de conviver com as diferenças. Devemos ser tolerantes para melhorar a convivência, desenvolver a paciência, a cooperação e o entendimento.

Participação:

Participar é utilizar seus direitos e deveres através do comprometimento com a escola e a comunidade. É dividir com os outros questões que visam o bem comum, acrescentando e colaborando com o grupo. Limpeza:

A limpeza do corpo está associada à limpeza da mente e a higiene mental, também requer a higiene física. É preciso valorizar a limpeza, como um sinal de respeito ao nosso corpo, à nossa vida e ao ambiente onde convivemos. Igualdade:

A criança deve aprender que não é a única e que todos temos limitações e qualidades positivas. Desenvolver o valor da igualdade é nos vermos como irmãos e dividirmos momentos da nossa vida, independente das nossas diferenças pessoais.

3.18 - CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

Referencial teórico

A denominação "avaliação da aprendizagem", aparece pela primeira vez em 1930 nos escritos de Ralph Tyler, a quem se atribui a paternidade do termo. Tyler defendeu a idéia de que a avaliação poderia e deveria subsidiar um modo eficaz de fazer o ensino. O modo tradicional de avaliar, através de provas e exames, implica em julgamento com conseqüente exclusão.

A avaliação que se pretende, busca o efeito transformador do ensino. O efeito produzido pela avaliação abrange o conhecimento adquirido por todos os alunos haja vista que procede por diagnóstico. Também oferece condições para que cada um encontre seu caminho, para a obtenção de melhores resultados na aprendizagem . Luckesi concebe uma avaliação "dinâmica", "transformadora" e "dialética".Dinâmica pois fornece subsídios para que o projeto educativo realize seus fins; transformadora porque leva o aluno a viabilizar e concretizar o projeto inicialmente proposto e, ainda, dialética pela mediação e interação entre o saber inicial e os novos conteúdos retidos e melhor elaborados na relação professor – aluno . Os objetivos desta avaliação visam auxiliar e também dar uma resposta à sociedade através do processo ensino - aprendizagem e também dar uma resposta à sociedade sobre a qualidade da educação desenvolvida. . Segundo a pedagogia progressista de conteúdos, a avaliação não é um julgamento definitivo e dogmático do professor, mas uma comprovação do progresso do educando.

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(Demerval Saviani). . Dentro da mesma linha de pensamento, a autoridade pedagógica se expressa na sua função de ensinar sem usar o medo como forma de domínio da turma. Segundo Gimeno, a avaliação, estabelece uma relação entre "avaliador" (professor), "produtor" (aluno) e o produto real. A interação entre esses elementos é que permite a adoção de formas e procedimentos diversos em conformidade com o objetivo que se avalia.No processo de auto - avaliação, deve haver a participação do professor e do aluno, não julgando apenas o grau de aprendizagem alcançado, mas também as necessidades sentidas pelo grupo. A auto - avaliação neste contexto, assume grande importância, pois, capacita o aluno a tornar-se auto - crítico olhando para dentro de si mesmo e percebendo o quanto, realmente, conseguiu absorver. O mesmo se dá com o professor, que tem a oportunidade de se questionar e se reorganizar nas práticas adotadas em sala de aula.

Segundo a visão de Maria Celina Melchior avaliação para ser realmente eficaz precisa ser dinâmica e participativa baseada no mecanismo de ação - reflexão - ação. Professor e aluno realizam, de forma simultânea promovendo situações e/ou tarefas em que, através do diálogo e da discussão, se processará a análise crítica.

Culminando o referencial teórico, conclui-se que a Escola Estadual Getulio Vargas visa a aplicação dos seguintes critérios de avaliação: reflexivo, mobilizador, crítico, consciente, democrático, humanista, dinâmico, libertador e construtivo.

Metodologia da avaliação

A avaliação é uma das dimensões do processo de aprendizagem. Há uma íntima relação entre os processos de formar, ensinar, aprender e avaliar. Como todo conhecimento ocorre a partir de um saber prévio, o que se deve fazer é avaliar o que o aluno já traz em sua bagagem, deixar que ele se expresse, para interagir com o que ele já sabe, favorecendo a construção do conhecimento em seus níveis mais complexos. Dessa maneira, a avaliação vai se incorporando ao trabalho e passa a ser o acompanhamento do processo de construção de cada aluno. Opõe-se ao modelo classificatório de "transmitir - verificar - atribuir conceitos", dando lugar à ação, ao movimento, à provocação, na tentativa de reciprocidade intelectual entre os sujeitos da ação educativa.

Nessa ótica, professores e alunos buscam coordenar seus pontos de vista, trocando idéias, discutindo-as, reorganizando-as. O processo avaliativo não tem a finalidade de estabelecer conceitos de aprovação e reprovação. Sua finalidade é verificar o nível de aprendizagem e a validade do processo. Como a aprendizagem nunca é linear, ela acontece por ensaios, tentativas e erros, hipóteses, recuos e avanços, o aluno aprende melhor se obtiver as respostas para suas dúvidas de diversas formas: identificação de erros, sugestões e contra-sugestões, explicações complementares, revisão de noções básicas. Essa prática é parte integrante do processo educativo e garante a interação dos elementos nela envolvidos.

O que se quer é resgatar o verdadeiro papel da avaliação concebido como problematização, questionamento, reflexão sobre a ação. Dessa maneira, ela é impulsionadora da aprendizagem. Seu verdadeiro sentido está em fornecer ao aluno informações que o ajudem a progredir até a auto-aprendizagem, mostrando-lhe o estágio em que se encontra e as razões do mesmo, para que utilize esse dado como guia de auto-direção, que é a meta da educação.

No processo de formulação e reformulação de conceitos, a avaliação deve assumir seu papel de levar o aluno a tomar consciência de suas dificuldades, compreender o significado do que estuda, refletir sobre o que está sendo realizado e perseverar até conseguir um grau aceitável de compreensão. É preciso compreender que todo o processo é também objeto de avaliação, para que se saiba se a prática adotada em sala está favorecendo a aprendizagem.

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A avaliação deve estar articulada com a metodologia de trabalho. Enquanto reflexão crítica sobre a realidade, deve ajudar a descobrir as necessidades do trabalho educativo, perceber os verdadeiros problemas para resolvê-los e estar comprometida com a promoção da aprendizagem e do desenvolvimento por parte de todos os alunos, incentivando-os a enfrentar desafios. Ela é fundamental para provocar intervenção, tendo em vista a melhoria do processo de aprendizagem. Dessa maneira, vai se caracterizar pelo envolvimento de alunos e professores num diálogo franco, no sentido de superar as dificuldades encontradas no processo de aprendizagem, em função da progressão das atividades, do desenvolvimento das competências, do domínio do conteúdo e do necessário diálogo entre as áreas do conhecimento.

Através do desenvolvimento do espírito de autocrítica responsável e, conseqüentemente, da auto-avaliação contínua, o educador acompanha o que foi feito e identifica o que falta fazer em relação ao processo. Para tanto, o processo deve ser proposto e não imposto, com a participação conjunta de professores e alunos, de forma direta ou indireta, conforme o caso.

Para se avaliar concretamente a aprendizagem escolar, não basta a aplicação de diferentes instrumentos e testes de avaliação. É preciso, antes disso, refletir sobre o homem que a educação quer promover, o tipo de profissional que quer formar e a sociedade em que desenvolverá suas atividades.

Avaliar, portanto, não é apenas verificar o que ficou quanto à reprodução de conhecimentos e, sim, verificar (analisar, problematizar) a produção do conhecimento, a redefinição pessoal, o posicionamento e a postura do educando frente às relações entre o conhecimento existente numa determinada área de estudo e a realidade sócio-educacional em desenvolvimento, reforçando seu caráter processual e integrador.

Acredita-se que a avaliação:

• é um instrumento que possibilita a identificação dos diferentes níveis de aquisição de conhecimento do aluno e também o nível de eficiência do processo de aprendizagem;

• não é um fim, é um meio, pois não há chegada definitiva, mas, sim, travessia permanente;

• envolve responsabilidade do professor e do aluno;• possibilita o acompanhamento efetivo do processo de construção do

conhecimento, fazendo as retomadas necessárias;• registra as manifestações significativas dos alunos como recurso de reflexão

sobre a prática escolar;• identifica as necessidades dos alunos e do conjunto de alunos;• É contínua e cumulativa.

A avaliação educacional nesta Escola seguirá as orientações contidas no art. 24 da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes aspectos:

• Investigativa ou diagnóstica - possibilita ao professor obter informações necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;

• Contínua – possibilita a superação das dificuldades do aluno sendo uma constante forma de repensar a práxis pedagógica do professor e as possibilidades dos alunos;

• Sistemática - acompanha o processo de aprendizagem do aluno utilizando alguns • instrumentos como registros em tabelas, listas de controle, diário de classe, e

outros;• Abrangente – contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do

aluno;

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• Permanente - permite um avaliar constante na aquisição das competências e Habilidades do aluno no decorrer do seu tempo-escola;

• Somativa - caracterizada pela avaliação global, cumulativa, que expressa a totalidade do aproveitamento escolar no processo contínuo e permanente.

A avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como: testes escritos, atividades significativas que avaliem as competências e habilidades desenvolvidas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas, participação em trabalhos coletivos e /ou individuais, atividades complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado do educando.

É vedada a avaliação em que os alunos sejam submetidos a uma única oportunidade de aferição.

O aluno deverá ter acesso às suas atividades avaliativas corrigidas, para saber quais são seus avanços e necessidades. O professor deve analisar as avaliações realizadas pelos alunos para aperfeiçoar sua prática pedagógica.

Caberá ao professor, sempre que necessário, buscar novas metodologias de ensino, tornando a aprendizagem mais significativa para o aluno, o que provavelmente resultará numa melhor aprendizagem. Os alunos deverão cumprir com suas responsabilidades, empenhando-se e comprometendo-se consigo, com os colegas e professores, a fim de superar as dúvidas e as dificuldades que surgirem. Dos pais, espera-se que participem das atividades promovidas pela escola, das reuniões, Feiras e Mostras, comparecendo sempre que julgarem necessário e demonstrando interesse pelo progresso escolar de seu filho. Serão oferecidas atividades de aprendizagem aos alunos que não alcançarem os objetivos propostos, buscando recuperar os conteúdos e conseqüentemente a aprendizagem. A avaliação está diretamente ligada à concepção de homem, de sociedade e do projeto político pedagógico da escola. A partir de uma concepção dialética da educação, supera-se o sujeito passivo da educação tradicional, em direção ao sujeito interativo, onde se deve avaliar para que os alunos aprendam. Os Critérios Gerais da Avaliação, serão definidos em cada disciplina de acordo com os s planos de ensino do Professor.

4 - PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

Com base nas concepções apresentadas, a Escola Estadual Getulio Vargas, pretende trabalhar a dinâmica escolar nas linhas de ação que a seguir apresentaremos.

4.1 - OS CONTEÚDOS DE APREDIZAGEM

Para PIMENTA, 1991, a escola tem através dos conteúdos um meio eficaz de realizar todos os processos de conhecimentos significativos para uma educação eficiente. Para isso exige-se uma constante busca, como também o reconhecimento e a compreensão do papel dos agentes educativos dentro do contexto educacional.

Trabalhar o contexto educacional através dos conteúdos requer uma série de competências e habilidades dos agentes de ensino.

Na implementação do currículo trabalhado na escola por meio dos conteúdos por dentro é preciso reconhecer destes, na produção da igualdade social a possibilidade de

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que é pela aquisição sólida dos conteúdos que a escola pode contribuir para a diminuição das desigualdades sociais.

Trabalhar o currículo através dos conteúdos não significa, em hipótese alguma que o Professor deva ter conhecimento específico de todos os ramos do saber, nem tampouco retirar do professor a decisão sobre os conteúdos específicos a serem ensinados. Significa, colocar à disposição do professor a contribuição de uma ação pedagógica que conduza a democratização do ensino, onde o trabalho da Equipe Pedagógica é de assessorar o professor no processo de seleção dos conteúdos de aprendizagem, desenvolvido na relação professor-aluno (PIMENTA,1991: 162) tendo em vista que a função do Professor não é somente transmitir os conteúdos culturalmente elaborados, mas também , refletir sobre eles e sobre a sua colaboração na construção da identidade do aluno enquanto um ser social, político e emocional em formação.

Os conteúdos de aprendizagem contribuem para a compreensão dos processos humanos envolvidos no desenvolvimento cognitivo e afetivo, na aquisição da linguagem, na aprendizagem, na inserção social e na construção de identidades.

Com base nestes pressupostos a Escola pretende mobilizar a equipe escolar, no sentido de trabalhar o currículo para o desenvolvimento de uma educação escolar significativa, rediscutindo sempre o currículo escolar adotado, assim como todas as atividades realizadas na escola com a participação de todos os envolvidos no processo educativo, inclusive a comunidade, colocando-se também em questão, aberta às críticas, ao diálogo e a reflexão de suas ações.

4.2 - O PLANEJAMENTO ESCOLAR Planejar não se trata de uma ação tecnicista, formal, burocrática, mas de uma ação consciente que, a partir das modificações da realidade concreta, se transforma, buscando sempre melhores condições para seu personagem principal – o aluno. Cada progresso do aluno, uma modificação para que ele consiga avançar mais, a cada insucesso, uma mudança, para que ele se reencontre no processo e continue a avançar.

Do planejamento fazem parte além da analise da realidade concreta, a definição de metas (este conteúdo ou atividade , para quê e por quê), a seleção dos conteúdos (o que é necessário aprender), as opções metodológicas, os critérios de avaliação , mas cada uma dessas ações devem ser sempre acompanhadas de reflexão, da busca, da adaptação, da mudança, a fim de provocar o aprimoramento da ação anterior e o ajustamento à realidade.

A ação planejada não é neutra – é compromissada – e torna-se concreta na medida em que atinge uma consciência coletiva, em que todos os profissionais se comprometem com o aprendizado do aluno (Garcia, 1985). Alem desses pressupostos na Escola Estadual Getulio Vargas o Planejamento é visto como o trabalho de levantamento de dados, organização de métodos, atividades e etapas, visando alcançar os objetivos propostos. Planejar ações na escola, significa levantar quais são os recursos necessários ao que pretendemos, dividir tarefas, buscar ajuda, acrescentar sugestões apoiando os demais colegas e visando o bem do grupo. Além disso, organizar os passos dados e prever a duração aproximada das atividades a serem desenvolvidas, indicando os efeitos esperados e avaliando as estagnações e progressos. Levamos em consideração que a tarefa primordial da escola é a difusão dos saberes por meio de conteúdos vivos, concretos e portanto, indissociáveis das realidades sociais. Dentro da proposta Pedagógica, os conteúdos serão desenvolvidos de forma interdisciplinar que serão planejados pelo grupo de professores em nível geral e também em reuniões de grupos por séries.

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Nas reuniões pedagógicas, teremos a oportunidade de discutir a importância de determinados conteúdos, a fim de priorizar os que são fundamentais, buscando técnicas e formas de aplicá-los de forma mais significativa e integrada à realidade dos alunos. Cabe ao professor organizar e planejar as situações de ensino e aprendizagem em sua sala de aula e a escola junto com o professor elabora o planejamento anual de cada disciplina com a participação de todos os professores. Neste planejamento anual, ficam estabelecidos alguns dos projetos que serão desenvolvidos ao longo do ano letivo, em cada série. Recomenda-se ao professor não planejar pensando em um aluno ideal, mas sim no contexto real de sua sala de aula. Para conhecer o aluno real, se faz necessária uma avaliação diagnóstica, ou prognóstica, que dirá quem são esses indivíduos, qual é sua perspectiva histórica e cognitiva qual o nível de conhecimento , o que é preciso aprimorar e o que é preciso modificar.

4.3 - METODOLOGIA

A tarefa mais relevante do professor hoje é organizar o seu ensino porque é exatamente através disso que a educação escolar se legitima. Dentro da proposta de metodologia , destacam-se algumas ações que nos levarão a transformar nossos planos em realidade. A prática educativa da escola visa uma compreensão científica e filosófica da realidade em que se vive. Essa compreensão se manifesta através da prática social, por meio da aprendizagem, onde se oportunize ao educando o conhecimento de si mesmo e do mundo que o rodeia. A Metodologia é o caminho a percorrer para a compreensão explicitaçao de determinado assunto indispensável para a formação do educando em sua totalidade, incentivando a busca do conhecimento, da cidadania, da criticidade e dos valores morais. Este conhecimento, estará vinculado às necessidades, finalidades e realidade do educando e da sociedade e os professores darão suporte para essa construção. Aos educadores, caberá ter clareza nos objetivos a serem alcançados, estabelecendo uma prática pedagógica para o sujeito e para o grupo, buscando uma mudança. Além disso, deverão proporcionar aos alunos, atividades que tenham caráter de confronto, desafio e experimentação, para que o sujeito sinta a necessidade da busca e o prazer do encontro, e seja encorajado a ser, a conhecer, a fazer e a conviver. Para isso, partiremos dos seguintes princípios:

• que o conhecimento se constrói a partir de conhecimentos anteriores;• que o conhecimento se dá no sujeito por sua ação sobre o objeto; • que os sujeitos aprendem em tempos diferentes e na interação com o

objeto de estudo;• que o conhecimento se dá por aproximações sucessivas e não de uma só

vez.• que aprender consiste em adquirir capacidades de analisar, decompor e

recompor, aplicando a síncrese, a análise e a síntese;• que o sujeito, diante da situação problema, elabora hipóteses explicativas

e as rompe através da formação de novos esquemas mentais;• que o aluno não aprende na reprodução e na passividade.• Que a interdisciplinaridade, oferece padrões de qualidade, tornando os

conteúdos mais significativos e integrados.

Quanto à relação professor-aluno, acredita-se que o papel do educador é insubstituível, mas acentua-se também a participação do aluno no processo. O aluno, com sua experiência imediata num contexto cultural, participa na busca da verdade, ao confrontá-la com os conteúdos e modelos expressos pelo professor.

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O Professor, por sua vez, não se contentará em apenas satisfazer necessidades e carências, mas buscará despertar outras necessidades, acelerar e disciplinar métodos de estudos, exigir o esforço do aluno, propondo conteúdos e situações compatíveis com suas experiências de vida para que o aluno construa sua aprendizagem e participe de forma ativaentos e atitudes tanto de alunos como de professores.

4.4 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação, no Ensino Fundamental tem como meta um trabalho de construção conjunta de conhecimentos, respeitando o desenvolvimento natural e individual do educando, compreendendo que ele chega na 5ª série ainda criança e ali inicia sua adolescência e a escola vai ter um papel importante na formação de sua personalidade. Por esta razão, a escola deve oferecer-lhe condições para seu crescimento físico, emocional e social, de modo que o próprio educando seja agente de construção de sua história, partindo da realidade de seus conhecimentos ir ampliando suas potencialidades. A partir do conhecimento do mundo infanto-juvenil, o professor compreende o aluno, dando significados às suas conquistas, possibilitando a qualidade da interação entre professor e aluno. Portanto a Avaliação no Ensino Fundamental, implica num processo de observação e análise do professor, das descobertas e manifestações dos alunos.

Segundo HOFFMANN, (1995) "A avaliação é a reflexão transformada em ação. Ação, esta, que nos impulsiona às novas reflexões. Reflexão permanente do educador sobre a realidade e acompanhamento, passo a passo, do educando, na sua trajetória de construção do conhecimento. Um processo interativo, através do qual educandos e educadores aprendem sobre si mesmos e sobre a realidade escolar no ato próprio da avaliação".É esta a complexidade própria da avaliação .

Os registros da avaliação deverão ser resguardados à singularidade da história de cada educando e do acompanhamento dessa história construída a partir de suas vivências no grupo, pois tem uma importância social e política muito grande no processo educativo. Assim, nada do que se diz sobre o educando pode ser considerado uma verdade absoluta. Necessita sempre ser repensado, transformado em hipótese, investigado permanentemente através da observação e diálogo com os mesmos, exigindo estudo e reflexão teórica.A observação do cotidiano é que torna viva e concreta a avaliação da aprendizagem.

Segundo Vygotsky, a aprendizagem se dá de forma interativa, sendo necessário que se preste atenção ao que o aluno consegue realizar, sozinho, em grupo ou com auxílio de outros alunos, pois o que ele realiza hoje com a ajuda, estará realizando independentemente amanhã. Estudos e pesquisas revelam que "a avaliação não é um processo individual, desarticulado do contexto social, onde se dá sua aprendizagem. Esse princípio que se anuncia é revelador de uma observação contextualizada do professor no cotidiano do aluno que assegura um retrato significativo deste contexto escolar". (HOFMANN, 1998).

Os pressupostos aqui apresentados tem o objetivo de orientar a Escola Estadual Getulio Vargas para uma prática avaliativa da Educação procurando assumir um compromisso de mudança, refletindo sobre o agir e o pensar de todos os elementos envolvidos na ação educativa, compreendendo que a educação, hoje, tem um grande desafio que consiste em desenvolver competências para formar pessoas para uma nova

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realidade, prontas para mobilizarem o que aprenderam, em situações reais, no trabalho e fora dele, na família, na sociedade, no lazer.

Procedimentos e critérios para atribuição de notas

• As avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade educativa, inclusive organização do processo fólio e portifólio, que incorporam a idéia de auto-avaliação individual e grupal.

• A avaliação será realizada no processo ensino-aprendizagem, sendo os resultados expressos numa escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero)

• O rendimento mínimo exigido para fins de promoção ou certificação deverá corresponder a aprendizagem mínima de 60% (sessenta por cento) dos conteúdos trabalhadas no decorrer do processo de ensino e aprendizagem, expresso pela nota 6,0 (seis virgula zero) de acordo com as Instruções emitidas pela SEED.

• Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do aluno.

• O aluno portador de necessidades educacionais especiais, será avaliado não por seus limites, mas pelos progressos apresentados no decorrer do processo de ensino e aprendizagem.

4.5 - RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A oferta da Recuperação de Estudos significa reparar o erro como hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente às avaliações nas quais o aluno não atingiu a média mínima, realizada de acordo com os objetivos não atingidos.

A recuperação será individualizada, organizada com atividades significativas, com indicação de roteiro de estudos com referencia aos objetivos que o aluno deixou de atingir.

Assim, aos alunos que não atingirem a média mínima exigida, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de atividades e instrumentos de avaliação de acordo com o contido no Regimento Escolar.

A Recuperação estará condicionada a realização de todas as atividades significativas, com referencia aos conteúdos a serem recuperados ou outras atividades solicitadas pelo professor. Se o aluno, após todo o processo de recuperação, ainda não obtiver os conhecimentos mínimos exigidos, será encaminhado ao Conselho de Classe, que opinará sobre os procedimentos a serem utilizados para superação de suas dificuldades.

4.5.1 - RECUPERAÇÃO PARALELA

Como a escola utiliza o sistema bimestral de avaliação, entendido como processo, oferece também a re-avaliação, na qual alunos e professores têm a oportunidade de retomar os conteúdos não apreendidos ou não compreendidos.

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A chamada recuperação paralela é realizada durante todo o ano letivo, dentro do processo.

O ano letivo se inicia em fevereiro e, durante este mês, recomenda-se que os professores procurem fazer uma revisão dos conteúdos necessários para dar continuidade ao processo. A recuperação paralela não visa apenas recuperar nota o objetivo maior é recuperar a compreensão dos conteúdos ministrados.

Como se trata de uma ferramenta de ajuda na composição da nota e no aprendizado do aluno, não é permitida a falta na recuperação paralela, pois não há reposição e nenhum instrumento de avaliação terá 2ª chamada.

4.6 - APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

De acordo com a Legislação vigente, o aluno terá direito ao aproveitamento de estudos após a análise de seu Histórico Escolar ou Declaração de detalhada da Instituição de origem apresentado por ocasião da matrícula.

O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos concluídos com êxito equivalente às disciplinas constantes da Matriz Curricular deste Estabelecimento de Ensino, de acordo com a Legislação vigente e o Regimento Escolar aprovado.

4.7. - CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO

Para a Classificação e Reclassificação este Estabelecimento de Ensino utilizará o previsto no Regimento Escolar conforme as normas da legislação vigente.

4.8 - MATRIZ CURRICULAR

Fundamentada na Lei nº 9.394/96 e nas normas gerais da Educação e do Sistema de Ensino Estadual, cada Escola elabora e apresenta, para aprovação a matriz curricular, estruturada na Base Nacional Comum Parte Diversificada de acordo com a modalidade de Ensino que oferece a realidade local. A matriz curricular definida para o Ensino Fundamental contempla: 200 dias letivos, 800 horas o mínimo de horas de efetivo trabalho escolar, jornada escolar de 25 horas/aulas semanais sendo 05 dias por semana de trabalho efetivo com 05 aulas por dia de 50/minutos, em regime seriado.

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ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CAMPO MOURÃO

Estabelecimento:ESCOLA ESTADUAL GETULIO VARGAS – ENSINO FUNDAMENTAL Código: 00057Entidade Mantenedora : GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁMUNICÍPIO: Engenheiro Beltrão (0750) NRE: Campo Mourão (05)Curso: 4000 - ENSINO FUNDAMENTAL -5ª / 8ª Séries -Turno-Diurno (Manhã ) ANO LETIVO: 2007 - Implantação Simultânea

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

BASENACIONAL

COMUM

ÁREAS DO CONHECIMENTO SÉRIES5ª 6ª 7ª 8ª

LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4

ARTES 2 2 2 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2

MATEMÁTICA 4 4 4 4

MATEMÁTICA 4 4 4 4

CIÊNCIAS 3 3 3 3

HISTÓRIA 3 4 4 4 GEOGRAFIA GEOGRAFIA 4 3 4 4

ENSINO RELIGIOSO *1 1

Total da Base Nacional Comum 23 23 23 23

PARTEDIVERSIFICADA

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

2 2 2 2

TOTAL DA PARTE DIVERSIFICADA 02 02 02 02 TOTAL GERAL DE HORAS/AULAS DO CURSO 25 25 25 25

NOTA: NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 * Opcional para o aluno

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4.9 - A Educação continuada

Cada vez mais a escola passa a ter importância fundamental no desenvolvimento das pessoas e da sociedade, sendo elemento relevante nas transformações sociais. Assim, a escola ideal é a que se volta para a construção de uma cidadania consciente e ativa, oferecendo aos alunos as bases culturais que lhes possibilitam conhecer a natureza; construir e posicionar-se frente às mudanças e incorporar-se na vida produtiva.

É imprescindível que se dê novo significado ao ensino de crianças e jovens para que se relacionem com instituições sociais; produzam e distribuam bens, serviços, informações e conhecimentos e entrem em sintonia com as formas contemporâneas de conviver.

Nesta perspectiva, novas tarefas são colocadas para a escola, entendida como instituição que desenvolve prática educativa planejada e sistemática durante período contínuo e ao longo do tempo na vida das pessoas. Esta nova visão de escola permite pensar em estratégias de implementação de políticas educacionais, porém, o mais importante é a possibilidade real de poder pensar numa nova fase: a revisão na formação inicial e continuada de professores.

Melhorar a formação docente implica em rever os aspectos que interferem nesta formação. A atuação profissional do professor não se limita apenas à sala de aula, sua participação no trabalho coletivo da escola que se concretiza na elaboração e implementação do projeto pedagógico ao qual se subordina seu plano de trabalho e na sua colaboração em atividades de articulação da escola com a comunidade. Para tanto, é necessário que a formação inicial e continuada de professores implique na aquisição de conhecimentos específicos que lhes permitam exercer plenamente suas atribuições, superando deficiências e desarticulações.

4.10 - Espaços Pedagógicos

4.10.1 - A Biblioteca

Biblioteca, entendida como um espaço onde não apenas o aluno seja freqüentador , mas também professores e a própria comunidade . Deve ser um local privilegiado para a prática pedagógica. Tem que ser organizada para se integrar com a sala de aula no desenvolvimento do currículo escolar. Além disso a Biblioteca da Escola Estadual Getulio Vargas tem como objetivo despertar no aluno o gosto pela leitura, desenvolvendo-lhes o prazer de ler podendo servir, também como suporte para a comunidade de Figueira d’Oeste em suas necessidades de informação.

A Biblioteca Escolar é a responsável pela execução de atividades que busquem a identidade cultural da escola, assim como prioridade nos aspectos significativos da estética, da sensibilidade e da ética da igualdade, de cada educando.

Portanto este Estabelecimento de ensino registra em se seu PPP o desejo da comunidade escolar em conquistar um espaço adequado para a implementação da Biblioteca onde os Professores poderiam atuar em conjunto com um responsável pela Biblioteca na implementação de ações dinamizadoras.

4.10.2 – O Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas

Ciência e Tecnologia são elementos essenciais para a transformação e o desenvolvimento da sociedade atual. Esta por sua vez tem exigido, um volume de

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informações muito maior do que em qualquer época do passado, quer seja para o acesso ao mundo do trabalho, quer seja para o exercício consciente da cidadania e para as atividades do cotidiano.

A apropriação significativa do conhecimento científico, de modo a contribuir para a compreensão dos fenômenos do mundo natural, em diferentes espaços e tempos do planeta, como um todo dinâmico, como elementos em permanente interação, do corpo humano e sua integridade, da saúde como dimensão pessoal e social, do desenvolvimento tecnológico e das transformações ambientais causadas pelo ser humano, são os resultados esperados na área de Ciências do Ensino Fundamental.

As atividades de laboratório deverão auxiliar o professor no encaminhamento metodológico dos temas de estudo, propiciando a participação ativa dos educandos para facilitar a compreensão de conceitos e fenômenos.

Sendo assim, a Escola Estadual Getulio Vargas, sente-se desprovida deste recurso tão valioso pois não conta com um laboratório equipado para atender seus alunos. E registra neste PPP o desejo de conquistar junto à mantenedora espaço físico e equipamentos para a montagem de um Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas.

4.10.3 – O Laboratório de Informática Educativa Para implementarmos o Laboratório de Informática na Escola, entendemos que seria necessário descrevermos o que pretendemos e como pretendemos usar o laboratório como espaço educativo e para conceituar e esclarecer buscamos referências em textos elaborados pelo Professor José Geraldo da Cruz Gomes Ribeiro, docente do Núcleo de Informática na Educação Superior (NIES), da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) que diz: ... a aprendizagem se define como um processo de construção de relações, em que o aprendiz, como ser ativo, na interação com o mundo, é o responsável pela direção e significado do aprendido. Este processo se estrutura, então, em virtude do fazer e do refletir sobre o fazer. Isto posto, a idéia é criar um ambiente que envolva situações de desequilíbrio para os alunos, indagando e propondo desafios que coloquem em cheque suas hipóteses. O convite à superação de suas conquistas anteriores precisa ser constante, ao mesmo tempo em que a busca de perguntar aquilo que se supõe irá levá-los a formalizar suas descobertas. Fornecer-lhes um instrumento que possibilite a mudança de seus pontos de vista, de formar como uma determinada situação ou determinado problema lhes aparece, mostra-se bastante eficiente. O computador aparece neste contexto como uma ferramenta bastante singular, podendo permitir níveis de representação simbólica ainda não oferecidos por qualquer outro instrumento tecnológico. O computador é instrumento evocativo que, ao mesmo tempo em que podemos projetar nele nossas concepções, sentimentos, valores e crenças, ao nos “responder” ele produz a meta-visão de que precisamos para operarmos as mudanças internas necessárias para compreender e agir melhor sobre o mundo. E possível, a partir dele, simular problemas e situações que, de outro modo, não seria possível, podendo assim testar hipóteses, que permitam envolver ainda a interpretação de outras pessoas e o conseqüente feedback buscado. A definição pelo aprendiz de seu próprio projeto, levantando as coisas que precisa descobrir, os problemas que precisa resolver e os caminhos que deve trilhar para fazer isso, parece envolvê-lo com o experimento e os conteúdos que o circundam. O fato de ser responsável parece torná-lo responsivo, curioso e interessado, coisa rara nas salas de aula de nossas escolas. O computador pode ser utilizado, então, como uma ferramenta versátil, que poderá ser convertida naquela que o aprendiz precisa, em função de suas necessidades e das características do conteúdo que deseja construir. O computador não pode ser encarado como uma solução mágica para os problemas da escola, pois não deve ser tratado apenas como um computador, mas sim como uma abordagem pedagógica, da criação de um ambiente de aprendizagem, onde o computador pode ser um recurso ímpar e poderoso. Finalizando, os níveis de relação e competências cognitivas que estão sendo construídos com o uso da informática são suficientes para torná-lo elemento básico para se formar um cidadão

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hoje. Permitir que os alunos de classes econômicas menos favorecidas permaneçam dispondo apenas de giz e apagador, enquanto os outros tem acesso a esta tecnologia, é condená-los a ser definitivamente o que são, ou pelo menos dificultar o avanço, aumentando assim o nível de exclusão a que estão submetidos. Portanto, a Escola Estadual Getulio Vargas pretende utilizar a informática para construir um cidadão, crítico, reflexivo e capaz de desenvolver-se interagindo num mundo em evolução constante, sendo assim pretendemos com o uso da informática na Escola:.

• Utilizar a informática como um fator motivacional à permanência do aluno na escola;

• Inserir os alunos no novo contexto de comunicação proporcionado pela informática;

• Enriquecer o planejamento didático-pedagógico, capacitando o corpo docente com uma nova ferramenta de trabalho e pesquisa (Internet);

• Capacitar o aluno para um novo campo de trabalho na era da informática;• Proporcionar à comunidade acesso à tecnologia, promovendo cursos/eventos

em horários ociosos do laboratório;• Favorecer meios de comunicação (Internet) com outras Instituições de

Ensino, para uma troca mais eficiente de conhecimentos e experiências.

5 . PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA:

Acesso, permanência, capacitação continuada de educadores e qualidade do ensino

5.1 – CONCEITOS DE GESTÃO EDUCACIONAL

A questão da gestão e os novos conceitos que a fundamentam, constituem preocupação central da Administração Pública da Educação na busca de um novo paradigma.

A despeito disso, acreditamos que só uma administração consciente e responsável será capaz de reconduzir a escola ao seu verdadeiro papel. Para tanto, é necessário investir na gestão participativa, a fim de constituir-se um corpo de profissionais verdadeiramente engajados em seu trabalho e acionadores de uma nova proposta de educação.

Mudanças dessa ordem supõem autonomia e descentralização, por isso a Administração Pública deve ganhar espaço local. O aumento dos poderes locais supõe ampliação de responsabilidades e maior preparo dos gestores educacionais.

A gestão escolar assim concebida se configura como uma atividade conjunta dos elementos envolvidos, em que as responsabilidades são compartilhadas e os objetivos estabelecidos conjuntamente. Compartilhar com sua equipe e a comunidade os sonhos, as esperanças, as dúvidas e os anseios surgidos na busca de mudança parece ser uma das formas de construir uma "Nova Realidade".

A autonomia e a gestão democrática da escola fazem parte da própria natureza do ato pedagógico. A gestão democrática é uma exigência deste Projeto Político-Pedagógico.

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A participação efetiva e ativa dos diferentes segmentos sociais nas tomadas de decisões, conscientiza a todos de que são atores da história que se faz no dia-a-dia da escola.

Colocar a Escola - e não mais o Governo, a Secretaria de Educação - na liderança da atividade educacional significa dar à direção das escolas a liberdade, as condições e os estímulos para tomar iniciativas, zelar pelo funcionamento cotidiano da instituição, buscar apoio e recursos na comunidade.

É preciso que a sociedade e o poder público sejam parceiros da escola para conjuntamente realizar o projeto educacional que a Escola se propõe a realizar.

Focalizar a função social da escola e a gestão significa fazer da gestão pedagógica o eixo principal da organização do processo educativo, da administração central até a unidade escolar, ou seja, diz respeito à questão pedagógica em todos os níveis – do central à escola. A estratégia, portanto, deve ser a da reorganização institucional dos sistemas de ensino que leve ao fortalecimento da autonomia na organização escolar.

A gestão da escola passa a ser, então, o resultado do exercício de todos os componentes da comunidade escolar, sempre na busca do alcance das metas estabelecidas pelo projeto político-pedagógico construído coletivamente. A gestão democrática, assim entendida, exige uma mudança de mentalidade dos diferentes segmentos da comunidade escolar. A gestão democrática implica que a comunidade e os usuários da escola sejam os seus dirigentes e gestores e não apenas os seus fiscalizadores ou meros receptores de serviços educacionais. Na gestão democrática e participativa, pais, alunos, professores, funcionários, direção e comunidade assumem sua parte na responsabilidade pelo projeto de escola.

As possibilidades de organização da sociedade civil, a elevação das demandas por melhor qualidade de vida e a compreensão mais ampla da educação como um direito e dever de todos abrem perspectivas para o fortalecimento do sistema educacional.

A descentralização, tem como objetivo último o fortalecimento da organização escolar e sua maior autonomia, que se constituirá num processo de redefinição do papel das instâncias centralizadas e de políticas pactuadas com instâncias intermediárias.

O mundo contemporâneo está continuamente submetido aos desafios dos avanços de tecnologia e da globalização da economia, determinando que a gestão democrática e participativa passe a ser cada vez mais desenvolvida nas escolas públicas.

Segundo Gadotti (1992), a gestão democrática da escola pública justifica-se por duas razões:

1ª - a escola deve formar para a cidadania e, por isso, ela deve dar exemplo. Portanto, é um passo decisivo no aprendizado da democracia, estando a escola a serviço da comunidade e buscando criar um espírito comunitário;

2ª - a gestão democrática da escola pode melhorar o processo ensino-aprendizagem. A participação na gestão escolar proporcionará melhor conhecimento do seu funcionamento e de todos os agentes e propiciará um contato permanente entre professores e educandos. A escola tem o aluno como sujeito da sua aprendizagem.

Para tanto, no papel de articulador, educador da coletividade, o gestor escolar tem de saber ouvir, alinhavar idéias, questionar, inferir, traduzir posições e sintetizar

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uma política de ação com o propósito de coordenar efetivamente o processo educativo. A autonomia e a participação, pressupostos do projeto político-pedagógico, precisam ser sentidas nos Conselhos Escola-Comunidade.

O desafio que se coloca é a busca da identidade da escola e do educador, de acordo com seu contexto, suas características, clientela, sem perder de vista ao mesmo tempo o objetivo mais amplo: formar cidadãos que atuem e participem na construção de uma nova realidade, uma nova ordem social.

5.2 - REFLEXÃO SOBRE O TRABALHO PEDAGÓGICO

A educação é um processo dinâmico que se modifica em função das mudanças sociais econômicas e políticas.

A educação está sofrendo transformações profundas, nunca antes a questão educativa esteve tão evidente na mídia, na política e no senso do cidadão comum. Não se põe em dúvida que uma sociedade educada com os valores universais baseados no respeito e na dignidade das pessoas é a garantia para assegurar uma convivência democrática.

A escola é sem dúvida o local incumbido pela sociedade para realizar o processo educativo. E nossos jovens precisam habitar um espaço escolar onde reine o sonho de um mundo mais humano cercado de idéias, criatividade e beleza.

Neste contexto, a Equipe Escolar tem que realizar um trabalho integrado, mobilizado forças para a melhoria constante do processo educativo.

5.3 - PROJETO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES e FUNCIONÁRIOS

Compreendendo que a natureza da escola mudou, hoje não podemos mais ver o educador como agente reprodutor de um conhecimento adquirido.

Atualmente, a escola é vista como um sistema complexo que atende uma clientela imensa e diversificada. Para tanto, o educador, hoje, precisa desempenhar tarefas específicas que possibilitem o funcionamento desse sistema. . Faz-se necessária a reciclagem da prática educacional que deverá ser feita pelo coletivo dos educadores. Essa prática implica num exame crítico e cuidadoso do papel da educação e da pratica pedagógica o educador para a construção de um no projeto social e político mais abrangente. . A formação continuada dos professores visa estimular uma perspectiva crítico - reflexiva, que possibilite a busca do investimento pessoal, livre e criativo e uma identidade profissional.

Esta formação não se fará somente por acumulações teóricas adquiridas em cursos, mas também por interações pessoais e troca de experiências partilhadas entre os próprios docentes.

Na Escola Estadual Getulio Vargas a Equipe Pedagógica é a responsável pela formação de professores e pretende a partir do ano letivo de 2006 mobilizar um grupo de professores para um encontro de quatro horas uma vez por mês estabelecido em calendário escolar e fora do horário das aulas em forma de grupo de estudos cujo objetivo será atualizar os conhecimentos, viabilizar trocas de experiências

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pedagógicas, proporcionar embasamento teórico para implantar experiências inovadoras e consolidar projetos interdisciplinares.

Os funcionários a exemplo dos professores também terão oportunidade de capacitação por meio de Grupos de Estudos.

No inicio do período letivo a Equipe de Direção apresentará o planejamento anual detalhado dos grupos de estudos para Docentes e não Docentes onde conste os temas a serem estudados e debatidos conforme abaixo especificado.

- Grupos de estudos definir programa preparar materiais Fichas de controle de freqüência Definir o período dos encontros Programar os registros.

- Reuniões – Semana Pedagógica Estudo do Projeto Político Pedagógico Conhecimento do Currículo Escolar Conhecimento do Currículo da disciplina Planejamento anual Conhecimento do livro didático adotado Plano de aulas das primeiras semanas Definir o cronograma e os temas para a Educação continuada

5.4. - TRABALHO COLETIVO - RELAÇÕES DE TRABALHO

Para que haja um bom relacionamento dentro de qualquer instituição de trabalho é necessário que as pessoas envolvidas estejam abertas a reflexão , aos diálogos, que se auto-avaliem, respeitando os pontos positivos e negativos.

A escola é como uma orquestra. Cada professor e cada funcionário devem trabalhar em harmonia com seus colegas, senão o grupo desafina.

É preciso que haja sempre pensamento coletivo, respeito mutuo, troca de idéias, ouçam sugestões nas tomadas de decisões. Que nunca digam “eu fiz”, mas “nós fizemos”.

O Gestor Escolar é o elemento base do trabalho coletivo. Portanto ele deve promover :

• Momentos de reflexão coletiva; • Encontros de todos os funcionários; • Trabalhos interdisciplinares através de projetos envolvendo todos; • Troca de idéias, experiência e sugestões; • Palestras para alunos, funcionários e comunidade com temas atuais; • Envolvimento escola x comunidade para melhorar o processo ensino-

aprendizagem. • Trabalhar com os temas importantes como limites, valores, respeito,

drogas, sexualidade, trabalho e consumo, saúde, ecologia, família, etc.

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O Coordenador Pedagógico deve ajudar cada professor no seu planejamento individual, oferecendo subsídios pedagógicos e materiais.

5.5. -PRÁTICA TRANSFORMADORA

O que a escola pretende do ponto de vista político pedagógico.

A finalidade da escola é promover aspectos de crescimento pessoal considerados importantes para o aluno, o que não ocorre sem ações especificamente pensadas para esse fim. Essas atividades caracterizam-se por ser a intenção de responder a um planejamento sistematizado e orientado para a ação educativa e o instrumento guia destas atividades é o Projeto Político Pedagógico.

Devemos nos mobilizar pela garantia do acesso e da permanência do aluno na escola. Não basta esperar por soluções que venham verticalmente dos sistemas educacionais. Urge criar propostas que resultem de fato na construção de uma escola democrática e com qualidade social, fazendo com que os órgãos dirigentes do sistema educacional, possam reconhecê-la como prioritária e criem dispositivos legais que sejam coerentes e justos, disponibilizando os recursos necessários à realização dos projetos em cada escola.

Do contrário, a escola não estará efetivamente cumprindo o seu papel, socializando o conhecimento e investindo na qualidade do ensino. A escola tem um papel bem mais amplo do que passar conteúdos. Porém, deve modificar a sua própria prática, muitas vezes fragmentada e individualizada, reflexo da divisão social em que está inserida.

Para que a escola seja realmente um espaço democrático e não se limite a reproduzir a realidade sócio-econômica em que está inserida, cumprindo ordens e normas a ela impostas por órgãos centrais da educação, deve-se criar um espaço para de participação e reflexão coletiva sobre o seu papel junto à comunidade. Assim, torna-se importante reforçar a compreensão cada vez mais ampliada de projeto educativo como instrumento de autonomia e domínio do trabalho docente pelos profissionais da educação, com vistas à alteração de uma prática conservadora vigente no sistema público de ensino. É essa concepção de projeto político-pedagógico como espaço conquistado que deve constituir o elemento diferencial para o aparente consenso sobre as atuais formas de orientação da prática pedagógica. ( Pinheiro, 1998)

5.6 - ESCOLA INCLUSIVA

O termo Necessidades Educacionais Especiais é usado para caracterizar as necessidades que se relacionam aos alunos que apresentam capacidade ou dificuldade elevadas em sua aprendizagem. Portanto a expressão “necessidades especiais “ não se refere apenas aos alunos portadores de algum tipo de deficiência, ou seja: ser um aluno com necessidades educacionais especiais não significa que este alunos tenha necessariamente, alguma deficiência vinculada ao seu estado físico ou intelectual, mas também quando o aluno apresenta em um dado momento de sua escolaridade necessidade de acompanhamento pela Equipe Escolar.

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A inclusão é uma possibilidade que se abre para o aperfeiçoamento da educação escolar e para o benefício de todos os alunos com e sem deficiência.

Para a condução do trabalho escolar em uma escola que se diz para todos é preciso que o espaço da sala de aula se transforme num espaço dialógico no qual as diferenças se complementem e não sejam fatores de exclusão. Depende, portanto, de uma disponibilidade interna para enfrentar as inovações e essa condição não é comum aos sistemas educacionais e aos professores em geral.

As diretrizes Curriculares para a Educação Publica no Estado do Paraná apresenta como linha condutora a universalização e ao acesso a uma publica gratuita, de qualidade e para Todos

Para a mudança da cultura escolar enraizada ao longo dos tempos que o aluno portador de deficiências deve ser colocado em um espaço reservado, já não se aplica aos tempos modernos. É preciso rever posturas pedagógicas e de Gestão pois é comum a nos educadores pensarmos que sabemos tudo e fugimos do que desafia a nossa competência de ensinar. Queremos que os alunos se acomodem também e que se contentem de terem aprendido o velho - aquilo que nós sabemos e lhes ensinamos.

No entanto, o mistério do aprender e a aventura do conhecimento, se de um lado nos fazem humildes com relação ao que não sabemos do novo - de outro os alunos que nos chegam, em cada turma e a cada ano, valorizam a nossa profissão de ensinar, pois decifrar esses misteriosos seres e incutir-lhes o prazer de descobrir, de reinventar o mundo é tarefa relevante e indispensável.

Ensinar é marcar um encontro com o Outro e a inclusão escolar provoca, basicamente, uma mudança de atitude diante do Outro, esse que não é mais um indivíduo qualquer, com o qual topamos simplesmente na nossa existência e/ou com o qual convivemos um certo tempo de nossas vidas. Mas alguém que é essencial para a nossa constituição como pessoa e como profissional e que nos mostram os nossos limites e nos faz ir além.

Cumprir o dever de incluir todas as crianças na escola supõe, portanto, considerações que extrapolam a simples inovação educacional e que implicam o reconhecimento de que o outro é sempre e implacavelmente diferente, pois a diferença é o que existe, a igualdade é inventada e a valorização das diferenças impulsiona o progresso educacional.

Essas premissas assinalam a complexidade do processo inclusivo nas escolas e nos dão margem para relatar, a seguir, como temos percebido e contornado as barreiras que se interpõem entre uma escola conservadora, que não se pauta pelo princípio de valorização das diferenças entre os aprendizes e uma outra, inclusiva, que o exalta e proclama., como uma proposta que verdadeiramente corresponde a uma luta por uma escola que não discrimina, não rejeita nenhum aluno e que só assim consegue ser justa e para todos.

6. MARCO OPERACIONAL

Ato Operacional

A escola ocupa um espaço não apenas geográfico na comunidade onde está localizada. Portanto é preciso que a escola esteja comprometida com a evolução desta sociedade. E é através do Projeto Político Pedagógico que esta escola contribui para que a comunidade escolar alcance o sucesso necessário para participar das ações e compreensão do mundo globalizado. E, para que a escola supere suas dificuldade e assuma os desafios do mundo atual é necessário que se torne um sistema aberto.

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6.1 - REGIME ESCOLAR

No ato da matrícula o aluno e seu responsável receberá as orientações sobre o funcionamento da Escola, as formas de atendimento e as demais informações constante no Regulamento Interno.

Os alunos tomarão ciência de seu aproveitamento escolar por meio do Boletim Escolar bimestralmente distribuídos.

6.2 - A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

Os conteúdos escolares serão organizados por disciplinas

A prática Pedagógica

Os componentes curriculares da Escola Estadual Getulio Vargas são selecionados a partir de um amplo processo de discussão nas áreas do conhecimento, sobre a relevância e significação dos mesmos para a aprendizagem. Dessa forma, esses componentes, que ainda, se apresentam organizados em disciplinas, se inter-relacionam espontaneamente, à medida que os professores planejam, executam e avaliam atividades conjuntamente, em uma perspectiva inter e/ou transdisciplinar do conhecimento.

Quanto às metodologias utilizadas, leva-se em consideração que nenhuma, por si própria, basta para mobilizar a prática educativa. O que torna cada disciplina coerente e eficaz são, fundamentalmente, os eixos norteadores e a metodologia adotada pelo professor. É importante buscar, em cada metodologia, o que se concebe como funcional à práxis adotada.

A intencionalidade da proposta pedagógica, os recursos tecnológicos e logísticos disponíveis e o processo de avaliação são importantes elementos norteadores, considerando o aluno como agente "ativo" em sua formação como cidadão ético, moral e crítico.

Pressupostos Pedagógicos

A prática pedagógica tem como pressupostos, a visão construtivista da educação e correntes pedagógicas que favorecem o papel do professor como facilitador da relação do aluno com o saber destacando como principal corrente a pedagogia histórico-crítica, adotada como eixo norteador da Educação Publica do Estado do Paraná cujo objetivo é preparar o aluno para mobilizar os saberes, atitudes e habilidades para solucionar com eficiência situações diversas da vida.

A visão construtivista na educação permite ao educador conduzir o processo de aprendizagem de forma que o conhecimento não seja simplesmente internalizado, mas sim construído.

Os projetos de trabalho tem como foco a espontaneidade do aluno como base para uma ação educativa. O professor orienta o aluno para que os objetivos de aprendizagem sejam alcançados.

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6.3 - RECURSOS FÍSICOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR O SEU PROJETO

6.3.1 – Recursos Físicos e materiais A educação é um dos fatores mais importantes para o bem estar do indivíduo, constituindo-se um pré - requisito essencial para a vivência saudável de todos os demais aspectos da vida moderna. Por isso, consideráveis somas de recursos são destinadas ao crescimento progressivo ou, pelo menos, à manutenção de um nível educacional de qualidade. Para que esse nível seja atingido o sistema educacional deve ser eficiente, eficaz e eqüitativo. Eficiente por operar otimizando a utilização dos recursos; eficaz por atender às necessidades e expectativas dos beneficiários da ação educacional; e eqüitativo por proporcionar uma distribuição eqüitativa a todos os setores da escola.Procurando sempre corresponder e garantir um serviço educacional de qualidade, busca-se distribuir os recursos materiais em:

• espaço adequado em salas de aula para alunos e professores,

• biblioteca, sala de recursos didáticos, mobiliário escolar.

• quadro de giz

• ventiladores

• retro – projetor

• aparelho de som

• vídeo cassete

• televisores

• mapas, globo

• computadores (com internet)

• cozinha

• materiais de Educação Física (redes, pneus, bastões, arcos, rodo para quadras, cordas, boliche, jogos de mesa diversos, bolas de voleibol, futsal, basquete e borracha)

• área de recreação espaçosa -pátio gramado

• canto da leitura e contos• sala ambiente para todas as disciplinas.

a) PARA ATENDIMENTO AO ALUNO

• 01 Bebedouro elétrico - água gelada e água natural novo • 02 Bebedouros com água natural• 02 pias para lavar as mãos.• 02 lavatórios com 02 torneiras cada um para lavar as mãos• 01 chuveiros elétrico.

b) - EQUIPAMENTOS QUE A ESCOLA DISPÕE

• 01 micro- computador para uso do aluno;• 01 Micro-computador Pentium 4 para uso da Secretaria.• 01 Micro-computador 266 para atender a Equipe Pedagógica• 01 Impressora HP DEKJET 5550• 01 escrivaninha grande modelo 03 gavetas • 02 escrivaninhas pequenas com duas gavetas

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• 01 Mesa para computador• 03 Cadeiras estofadas • 01 Mesa grande para Biblioteca • 06 Ventiladores de teto • 02 Estantes de aço para Biblioteca • 01 Vídeo cassete• 02 televisores• 01 micro- system• 01 Antena Parapólica• Material Esportivo, bolas, redes e uniformes• 08 armários de aço de 2 portas• 02 arquivos de aço de 4 gavetas• 02 botijões de gás• 68 cadeiras escolar de estrutura tubular preta• 03 cadeiras escolar de estrutura tubular verde• 14 cadeiras estofadas fixa sem braço• 37 carteiras escolar estrutura tubular preta• 04 carteiras escolar estrutura tubular verde (fde/3)• 90 conjuntos Esc. Fde/4 – proem• 02 Escrivaninha• 02 Estante de aço c/6 prateleiras• 04 Estantes de aço• 1 fogão a gás doméstico• 1 fogão semi industrial• 1 freezer 300 litros – plc• 1 geladeira doméstica• 2 máquinas de escrever manual• 2 mesas escrivaninha c/2 gavetas• 2 mesas p/ máquina de escrever mod. Mm.fmi-1• 1 mimeógrafo• 02 retroprojetores

c) Espaço Físico para Salas específicas para:

AMBIENTES PEDAGÓGICOS

• Salas para Administração / Secretaria• Sala para Biblioteca / sala de Professores• 05 Salas de aula

AMBIENTES ADMINISTRATIVOS

• refeitório • Cozinha• salas pequenas para almoxarifado• 01 pátio coberto.

COMPLEXO HIGIÊNICO-SANITÁRIO - 02 banheiros masculino Banheiro nº 1 – 2 pia 2 vasos sanitários Banheiro nº 2 - .1 pia 1 vaso sanitário

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- 02 Banheiros femininos Banheiro nº 1 -.01 pia 02 vasos sanitários Banheiro nº 2 -.01 pia 01 vaso sanitário

d) ÁREA LIVRE PARA PRÁTICA DE EDUCAÇÃO FÍSICA. A Escola conta ainda com uma Quadra de Esportes com 540 m2 ,.para a prática de Educação Física que encontra -se sem condições de atender com eficácia as aulas. Alem da Quadra de Esportes (que precisa ser reformada) , a escola conta também com um pátio gramado que é usado pelo Professor para o desenvolvimento das aulas já que a quadra não oferece as condições necessárias.

6.3.2 - Recursos financeiros

A Escola Estadual Getulio Vargas conta com recursos repassados mensalmente pela SEED (Fundo Rotativo) cuja parcela por se tratar de uma escola de pequeno porte é bastante reduzida, cobrindo precariamente os custos de manutenção. Conta também com APMF entidade de natureza jurídica de direito privado cujo recurso financeiro é próprio, proveniente de promoções junto à comunidade, não havendo repasse de recursos de outros órgãos.

A Escola recebe uma vez por ano recursos do PDDE para aquisição de materiais de apoio pedagógico e administrativo.

Faz parte do Programa Estadual de merenda Escolar e recebe recursos do Programa Escola cidadã para a complementação da merenda Escolar.

6.3.3 – Recursos Humanos

De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio administrativo,

nesta Escola, será exigido o profundo conhecimento e estudo da LDBEN 9394/96 e das normatizações do Conselho Estadual de Educação. Todos os professores e funcionários são do âmbito estadual de administração. As aulas são distribuídas no inicio do período letivo de cada ano pelo Núcleo Regional de Educação por Decreto emanado da SEED, especificamente para o cumprimento da demanda do ano letivo.

6.3.4 – O Tempo Escolar

O trabalho pedagógico só terá sucesso se firmado dentro de uma estrutura traçada, organizada e planejado para isso, é preciso que haja um tempo para ser programada e posta em prática. Esse tempo escolar porém poderá ser reformulado, havendo necessidades como : Construção do Projeto Político Pedagógico, Planejamento e Re-planejamento, Reuniões de Pais, além dos dias letivos já programados no Calendário.

O tempo escolar é dos elementos constitutivos da organização do trabalho pedagógico. O Calendário Escolar ordena o tempo: determina o inicio e fim do período letivo, prevendo dias letivos, férias, os períodos escolar e em que o ano letivo se divide, os feriados, recessos entre outros.

O horário escolar que fixa o número de horas por semana a cada uma das disciplinas componentes do currículo escolar.

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Sendo assim, na Escola Estadual Getulio Vargas o tempo Escolar é assim organizado:

- 200 dias de efetivo trabalho escolar;

- 25 horas aulas semanais, sendo 05 dias por semana com 05 aulas por dia de 50 minutos cada uma.

- As atividades escolares são de segunda a sexta feira no período matutino iniciando às 07: 20 horas e terminando às 11:40 horas, com intervalo de 10 minutos para a merenda como abaixo se especifica:

Horário das aulas:

1ª aula - 07:20 – 08:102ª aula - 08:10 – 09:003ª aula - 09:00 - 09:50Intervalo : 09:50 – 10:004ª aula – 10:00 – 10:505ª aula – 10:50 – 11:40

6.3.5 – O Calendário Escolar

O Calendário Escolar é o instrumento que determina os dias letivos do ano. Esse Calendário Escolar é elaborado pela Escola de acordo com as Instruções da Secretaria de Estado da Educação antes do início do ano escolar, mais precisamente no final do ano, com participação dos representantes de diversos setores da comunidade escolar e logo após, encaminhado ao órgão competente da Secretaria Estadual da Educação para ser aprovado.

O Calendário Escolar prevê um mínimo de 200 (duzentos) dias letivos e deverá constar obrigatoriamente inicio e termino do período letivo, os dias de feriados, recesso escolar, férias, reuniões pedagógicas, do Conselho Escolar, as matrículas de alunos, a renovação dos mesmos, planejamento escolar.

Se houver necessidade de formular esse calendário, o mesmo será submetido à aprovação.

As reuniões pedagógicas assim como os grupos de estudos são previstos no Calendário Escolar e realizados fora o horário de aulas.

6.3.6. – Recursos Tecnológicos

Vivemos em um tempo de globalização do conhecimento, quando o cidadão deve dominar as tecnologias existentes. Assim sendo, a informática na escola é a possibilidade de construir estratégias e habilidades necessárias para compreensão e inserção no mundo atual com novas formas de expressão e comunicação. Nesse sentido a informática é tratada pela Escola como um recurso para garantir e ampliar a qualidade do processo ensino-aprendizagem.

É preciso ensinar o aluno a trabalhar a informação, utilizando-a para colaborar na solução dos problemas da realidade. Dessa forma, o uso da tecnologia possibilita ensinar formas diferentes, transformando a aula em investigação.

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Desta forma, diante da pretensão da Secretaria de Estado da Educação em implementar na Escola até o final deste ano letivo, um laboratório de informática, é recebido com muita alegria por parte da comunidade de Figueira d’Oeste.

6.4 - ATRIBUIÇÕES DOS RECURSOS HUMANOS

6.4.1 – Atribuições do(a) Diretor(a)

O(a) Diretor(a) Escolar de acordo com a legislação vigente tem mandato de 02 anos consecutivos. É escolhido pela Comunidade Escolar num processo amplo de consulta.

O Diretor deve administrar a Escola Estadual Getulio Vargas- Ensino Fundamental , junto com o Conselho Escolar, coordenando a execução de um plano de trabalho, constituído coletivamente, no sentido de elevar os padrões de qualidade de Ensino do estabelecimento escolar.

Em linhas gerais, o diretor trabalha com uma equipe constituída por professores e equipe de apoio pedagógico e administrativo. É responsável por gerenciar todas as atividades pedagógicas e administrativas realizadas na Escola.

O principal papel desse líder é agir como motivador. Responsável pela integração e articulação das diversas atividades internas e externas, para viabilização de uma política institucional em educação, assim como pela definição de operações de tomada de decisões, para que os objetivos fundamentais do curso sejam alcançados.

Cumpre ao diretor ser um articulador dos diferentes segmentos escolares em torno da Proposta Pedagógica que se quer desenvolver. Quanto mais for essa articulação, melhor poderão ser desempenhadas suas próprias tarefas, seja no aspecto organizacional ou da comunidade em que a escola está inserida.

Com as atuais diretrizes, a escola passa a ser um espaço com autonomia administrativa e Pedagógica, o que exige, conseqüentemente, um profissional apto para agir com competência, os recursos financeiros que estão sendo descentralizados e gerenciar todos os aspectos pedagógicos, desde o currículo até as atividades de aperfeiçoamento dos professores, que passam ser competência da escola.

Operando a partir dos dados da realidade e das condições concretas existentes na escola, espera-se que o Diretor incentive o trabalho em equipe, de modo a mobilizar a comunidade escolar em torno do compromisso com a qualidade do ensino público.

Compete a Direção da Escola Estadual Getulio Vargas- Ensino Fundamental:

Como gestor de todo o processo escolar vencer o desafio de articular satisfatoriamente a pluralidade de experiências de ensino oriundas do dia-a-dia do professor.

- Convocar integrantes da comunidade escolar para a elaboração do Plano Anual do Regulamento Interno do Estabelecimento, submetendo-o à aprovação do Conselho Escolar;

- Elaborar os plenos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

- Elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar as diretrizes específicas de administração, em consonância com as normas orientações gerais da Secretara de Estado da Educação;

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- Coordenar a implementação das Diretrizes Pedagógicas, aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas de acordo com instruções da Secretaria de Estado da Educação;

- Supervisionar as atividades dos órgãos de apoio, administrativo e pedagógico do estabelecimento;

- Coordenar e supervisionar os serviços da Secretaria escolar;

- Abrir espaços para discussão, avaliação e intercâmbio, interno e externo das experiências de sucesso;

- Implementar uma gestão participativa, estimulando o desenvolvimento das responsabilidades individuais promovendo o trabalho coletivo;

- Gerenciar toda equipe escolar, tendo em vista a racionalização e eficácia dos resultados;

- Coordenar a equipe pedagógica para a coleta e análise dos indicadores educacionais, para a elaboração e implementação do Plano de Trabalho;

- Administrar os serviços de apoio às atividades escolares, de modo a estimular a participação desse serviços nos processos decisórios da escola;

- Negociar com competência, para harmonizar interesses divergentes e estabelecer bons relacionamentos, com vistas as necessidades de todos os envolvidos direta ou indiretamente com o Colégio.

Portanto, o Diretor deve exercer sempre a função de liderança na escola, mas uma liderança com modelo participativo, capaz de dividir o poder de decisão nos assuntos escolares com toda a sua equipe, criando e estimulando a participação de todos. A liderança, como modelo participativo, requer um profissional que possua:

- Comunicação- Ética- Empreendedorismo- Informação- Capacidade de informação- Acessibilidade- Construção de cadeias de relacionamentos- Motivação- Compromisso- Agilidade

Deve agregar as competências de:- Saber agir- Saber mobilizar- Saber transferir- Saber aprender- Saber se engajar- Ter visão estratégica- Assumir responsabilidades

6.4.2 – Atribuições do Professor Pedagogo

O cargo de Professor Pedagogo é exercido por um profissional efetivo habilitado para esse fim e neste novo contexto de Educação deve assumir inteiramente a Função

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que era delegada aos Orientadores Educacionais. Este, tem funções no contexto pedagógico que não são estáticas, mas que se transformam em função da interação com o todo da escola.

Quanto ao trabalho com o aluno:

Deve buscar a efetivação do Currículo Escolar, num processo dinâmico, contínuo, sistemático e integrado aos demais profissionais envolvidos. sendo o primeiro profissional com o qual os alunos terão contato para conhecer a sistemática da escola, deverá informar-lhes sobre a estrutura e funcionamento da instituição, o material utilizado e os recursos disponíveis. Deverá ainda, proporcionar aos alunos reflexão sobre suas responsabilidades e suas potencialidades, buscando promover situações e condições que favoreçam o desenvolvimento pleno do educando, prevenindo situações de dificuldade, a fim de não se estabelecer apenas como um recurso de resolução de problemas já instalados.

Tendo em vista a necessidade de conhecer a clientela atendida buscará as informações necessárias para a compreensão da realidade social em que o processo pedagógico está inserido e sobre o qual deve atuar juntamente com os demais profissionais da equipe escolar, permitindo a análise das necessidades e a identificação de prioridades que orientam o estabelecimento de objetivos específicos de ação.

Cabe ao Professor Pedagogo, quanto ao trabalho com os alunos a responsabilidade de:

- Motivar os alunos em todos os momentos do seu processo escolar;- Planejar a partir de indicadores educacionais;- Subsidiar na elaboração de um plano de trabalho e ensino, a partir de

diagnóstico estabelecido;- Acompanhar e avaliar a implementação das ações estabelecidas nos

planos de trabalho;- Coordenar estudos para definição de apoio aos alunos que apresentam

dificuldade de aprendizagem, para que a Escola ofereça todas as alternativas possíveis de atendimento;

- Participar de análise e discussão dos critérios de avaliação e suas conseqüências no desempenho dos alunos;

- Promover a participação da Escola nas atividades comunitárias;- Pesquisar e investigar a realidade concreta do educando para quando

preciso interferir no processo de aprendizagem;- Coordenar e acompanhar atividades em torno de linhas mestras como:

Educação e Cidadania, Educação e Trabalho, Educação e Saúde, Educação e Família, Ética e Temas Transversais.

Quanto ao trabalho junto ao Corpo Docente

O Professor Pedagogo deve ter a clareza sobre a forma como os homens estabelecem as relações de trabalho e poder, como a sociedade está organizada e, a partir daí, que sujeito pretende-se formar para atual no mundo contemporâneo.

Do entendimento das diversas concepções existentes sobre a formação do educando o Professor Pedagogo deve junto com o Corpo Docente realizar uma leitura de currículo que venha de encontro à necessidade de formar cidadãos responsáveis e conscientes de seus deveres e principalmente, conhecedores de seus direitos, envolvendo nas discussões os demais profissionais da instituição.

O trabalho coletivo com o envolvimento de toda a equipe, torna-se fundamental para a construção de estratégias de ação que favoreça a atuação em grupo, de forma a diagnosticar a situação do estabelecimento, propondo encaminhamentos para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem, otimizando as rotinas administrativas e sobretudo, acompanhando e supervisionando este processo.

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Deve estar comprometido com seu trabalho, planejar suas ações e encaminhamentos a partir das avaliações realizadas coletivamente com os profissionais envolvidos no processo ensino e aprendizagem.

Para efetivação de seu trabalho, juntamente com outros integrantes da Escola, o Professor Pedagogo deve planejar , implementar e avaliar programas de Educação Continuada para docentes, a partir das dificuldades pedagógicas apresentadas. Deve ainda assessorar o trabalho pedagógico desenvolvido de forma dialética possibilitando tanto o avanço do docente como do discente.

Ao Professor Pedagogo, cabe a função Pedagógica como um todo, ou seja o atendimento ao aluno e ao Professor. Este ao assumir a função de Supervisor Escolar deve ser um incansável pesquisador, oferecendo metodologias adequadas e adaptadas à realidade da escola, pois sociedade e empresas exigem novas habilidades e competências do trabalhador. Deve portanto oferecer um trabalho pautado em subsídios teóricos de relevante importância, possibilitando aos professores segurança nas modificações de suas práticas pedagógicas de forma a beneficiar a aprendizagem dos alunos.

São atribuições do Professor Pedagogo quanto ao atendimento aos Docentes:

• Promover e acompanhar reuniões sistemáticas de estudos e trabalho;• Orientar e acompanhar a elaboração do planejamento escolar;• Propor a implementação de Projetos que visem o enriquecimento

curricular nas diversas áreas do conhecimento;• Subsidiar a Direção com critérios de definição do Calendário Escolar,

seguindo as orientações do Núcleo Regional de Educação;• Analisar e emitir parecer sobre aproveitamento de estudos, em casos

de recebimento de transferências, de acordo com a legislação vigente;• Participar sempre que convocado, de cursos, seminários, reuniões,

encontros e grupos de estudos.

6.4.3 – Atribuições do Corpo Docente

O processo educativo deve estar compromissado com a mudança social, buscando garantir a formação de identidade dos educandos. Pensar na formação do aluno para responder às novas exigências desta sociedade, requer um educador que garanta a inter-relação do educando com o Sistema de ensino, propondo coletivamente ações de intervenção, acompanhando e avaliando sistematicamente o trabalho a ser realizado.

Desta forma, cabe ao docente:

• Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das Diretrizes Curriculares e Proposta Pedagógica para o Ensino Fundamental construída coletivamente pelos Professores da Rede Publica Paranaense, adotadas pela SEED em consonância com o Projeto Político Pedagógico da Escola;

• Estimular e motivar o educando, levando-o a acreditar em sua capacidade de organizar as atividades;

• Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos, disponíveis, tornando-os meios para implementar uma metodologia de

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ensino que respeite o processo de aquisição do conhecimento de cada aluno;

• Organizar os conteúdos a serem abordados de forma interdisciplinar;• Estabelecer um processo de avaliação, a respeito do desempenho dos

alunos tendo como o princípio o acompanhamento contínuo da aprendizagem;

• Analisar sistematicamente o resultado do desempenho do aluno, obtido no processo de avaliação, para fins de planejamento;

• Implementar projetos de Recuperação de Conteúdos para assegurar o sucesso a todos os alunos;

• Utilizar as tecnologias de informação e comunicação disponíveis;• Conhecer sua clientela ( idade, nível sócio-econômico, hábitos de estudos,

saúde, história familiar etc.);

Perfil do Profissional: . Como gestor do processo de ensino e aprendizagem, é responsável:

• Pela condução do processo de ensinar e aprender, capaz de realizar um ensino de boa qualidade que resulte em aprendizagens significativas e bem sucedidas, permitindo a inclusão de jovens e adolescentes no mundo da cultura, da ciência, da arte e do trabalho;

• Pelo desenvolvimento de valores, de atitudes e do sentido de justiça, essenciais ao convívio social, solidário e ético, ao aprimoramento pessoal e à valorização da vida;

• Pelo trabalho quanto a pluralidade social e cultural, respeitando a diversidade dos alunos;

• conhecer as necessidades dos alunos para melhor compreende-los e assegurar-lhes a oportunidade de atingir níveis adequados de aprendizagem;

• demonstrar domínio de conhecimentos de sua área específica de atuação que garanta aos alunos o desenvolvimento das competências e habilidades cognitivas, sociais e afetivas;

• elaborar e desenvolve o plano de ensino a partir dos indicadores de desempenho escolar e das diretrizes definidas pelos Conselhos de Educação e pela Secretaria da Educação;

• utilizar metodologias de ensino que possibilitem romper com os limites do componente curricular mediante abordagens contextualizadas e interdisciplinares;

• organizar e utilizar adequadamente os ambientes de aprendizagem, os equipamentos e materiais pedagógicos e os recursos tecnológicos disponíveis na escola;

• implementar processo de avaliação do desempenho escolar dos alunos que assegure o acompanhamento contínuo e individual da aprendizagem;

• desenvolver atividades de reforço e recuperação que promovam avanços significativos na aprendizagem.

Como integrante da equipe escolar, compartilha da construção coletiva de uma escola pública de qualidade e atua na gestão da escola:

• Estimulando e consolidando uma escola cidadã, participativa e inclusiva; • Formulando e implementando a proposta pedagógica; • Articulando a integração escola-família-comunidade, de modo a favorecer

o fortalecimento dessa parceria; • Incentivando o engajamento dos alunos e da escola em projetos ou ações

de relevância social; • Participando de todos os momentos de trabalho coletivo;

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• Analisando sistematicamente os resultados obtidos nos processos internos e externos de avaliação com vistas à consecução das metas coletivamente estabelecidas;

• Acompanhando e avaliando os projetos desenvolvidos pela escola e os seus impactos no desempenho escolas dos alunos;

• Participando de ações de formação continuada que visem ao aperfeiçoamento profissional

Para que o trabalho docente seja desempenhado com a eficiência que se espera é necessários que os educadores deste Estabelecimento de Ensino apresente um perfil que contemple:

• Espírito inovador• Disposição para enfrentar mudanças;• Compromisso com uma Proposta de Educação de Qualidade;• Objetividade;• Disponibilidade de cumprimento rigoroso de horário;• Criatividade;• Visão global do currículo e os princípios de sua organização;• Postura interdisciplinar e contextualizada;• Planejamento de estratégias pedagógicas;• Busca de aprimoramento profissional constante, seja através de

oportunidades oferecidas pela mantenedora, pela Escola ou por iniciativa própria.

6.4.4 – Atribuições da Secretaria e Equipe de Apoio Administrativo

A Secretaria é o setor que tem a seu encargo, todo registro de escrituração escolar e a correspondência do Estabelecimento de Ensino. Este serviço é coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.

O Cargo de Secretário (a) é exercido por um profissional devidamente qualificado para o exercício desta função. Portanto, a organização, a minúcia, a seriedade daqueles que ocupam este ambiente têm, obrigatoriamente, que fazer parte de todas as suas ações.

Ao (à) Secretário (a) e a equipe de apoio administrativo cabe a tarefa de:

• Conhecer a legislação que rege o registro de documentação de alunos;

• Efetuar as matrículas e todos os registros sobre o processo escolar do aluno, em pastas individualizadas;

• Expedir toda a documentação e qualquer documentação necessária (declarações, certificados, transferências, relatórios, estatísticas e outros) sempre que solicitado e em tempo hábil;

• Participar das reuniões pedagógicas e administrativas, assim como de todas as atividades desenvolvidas pela escola;

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• Participar de encontros e /ou cursos de aprimoramento profissional sempre que for convocado e por iniciativa própria

6.4.5 – Atribuições dos encarregados dos Serviços Gerais

Os profissionais de Serviços Gerais têm a seu encargo o serviço de manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do Estabelecimento de Ensino, sendo coordenados e supervisionados pela Direção, e ficando a ela subordinado.

Compete ao Servente:

• Efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares, providenciando o material e produtos necessários;

• Efetuar tarefas correlatas à sua função;

• Cumprir as determinações de caráter regulamentar, transmitidas pelo Diretor;

• Aceitar e cumprir a escala de trabalho que lhe for apresentada pela mantenedora;

• Zelar pela conservação do prédio, pátio, jardins, mantendo-os em seu perfeito estado e asseio.

• Não permitir a entrada de pessoas estranhas ao ensino, nas dependências da Escola, sem prévia permissão do Diretor;

• Comparecer em atividades extras organizadas pelo estabelecimento, prestando nessas ocasiões serviços que lhe forem determinados;

• Cuidar do material de uso, não esbanjando e mantendo-o em boas condições para o trabalho;

• Propor medidas para melhoria do setor;

Compete à Merendeira:

• Preparar e servir a merenda escolar, controlando-a quantitativa e qualitativamente;

• Informar ao diretor do Estabelecimento de Ensino, quanto à necessidade de reposição de estoque e ampliação de cardápios;

• Conservar o local de preparação da merenda em boas condições de trabalho, procedendo a limpeza e a arrumação;

• Zelar pela higiene e a qualidade quanto ao preparo dos alimentos;

• Efetuar todas as tarefas correlatas à sua função.

6.4.6 – Atribuições dos alunos

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São direitos dos alunos:

• Ter asseguradas as condições necessárias ao desenvolvimento de suas potencialidades na perspectivas social e individual;

• Ter assegurado o respeito aos direitos da pessoa humana e suas liberdades fundamentais, de acordo com a legislação específica vigente;

• Ter asseguradas as condições de aprendizagem, devendo ser-lhe propiciada ampla assistência por parte do professor e acesso aos recursos materiais e didáticos da escola;

• Recorrer aos resultados das avaliações do seu desempenho;• Reunir-se aos seus colegas para organizações de agremiações e

campanhas de cunho educativo e social;• Formular petições ou representar sobre assuntos pertinentes à vida

escolar.

São obrigações dos alunos:

• Contribuir para o prestígio da Escola;• Tratar com respeito professores, funcionários e colegas;• Comparecer pontualmente às aulas e demais atividades;• Obedecer às normas disciplinares;• Contribuir para a manutenção da limpeza e para a conservação dos

materiais equipamentos da Escola;• Não portar material que ofereça perigo à saúde, segurança e integridade

física ou moral, sua ou de outrem;• Não participar de movimentos de indisciplina individual e/ou coletiva;• Agir com honestidade na execução de quaisquer provas ou trabalhos

escolares;• Apresentar-se devidamente uniformizado em todas as atividades

escolares;• Portar materiais solicitados pelos professores para a realização de

atividades.

6.5 - O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS.

6.5.1 – O Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza deliberativa e consultiva em assuntos pedagógicos, com atuação restrita a cada turma ou classe Da Escola, tendo como objetivo acompanhar o processo ensino-aprendizagem, nos seus diversos aspectos.

Tem como foco principal, detectar as dificuldades dos alunos, determinando áreas de estudo e através da proposta pedagógica e o sistema de recuperação implantado pela escola, fazer um trabalho de mediação para sanar as dificuldades.

Uma escola precisa de profissionais comprometidos com o aprendizado do aluno. Daí a importância do Conselho de Classe. É nele que se vai discutir a eficácia do método utilizado por cada um dos docentes. Também é nesse momento que a equipe de apoio vai perceber quem são os alunos que precisam de reforço escolar, quais são os pais que precisam ser chamados para uma conversa e como a equipe deve proceder

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para adequar o conteúdo programático ao tempo de aula e de aprendizado dos estudantes.

No entanto, esse Conselho deverá pensar e repensar suas decisões finais, ao opinar no fim do ano, procurando se o mais profissional possível em nome de uma proposta de educação de qualidade, que é a meta principal da Escola, uma vez que todas as tentativas de recuperar esse aluno foram feitas antes da sua dependência do Conselho.

O Conselho de Classe (composto pelo Corpo Docente, Direção e Equipe Pedagógica) se reunirá conforme cronograma pré-estabelecido ou sempre que uma situação emergencial ou extraordinária o exigir.

6.5.2 – O Conselho Escolar

Este Estabelecimento de Ensino tem instituído um Conselho Escolar com Representantes da Equipe Técnico-Pedagógica, Professores, Alunos e Representantes da Sociedade. Este Conselho é um órgão Colegiado, de natureza consultiva, deliberativa e fiscal, com o objetivo de promover a articulação entre os vários segmentos da sociedade e os setores da Escola, a fim de garantir a eficiência e a qualidade do seu funcionamento.

6.5.3. - APMF – A Associação de Pais, Mestres e Funcionários

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários desta Escola, é Pessoa Jurídica de Direito Privado, órgão de representação do Corpo Docente e Discente da Escola, não tendo caráter partidário, religioso de raça, e nem fins lucrativos, não sendo remunerados seus dirigentes e conselheiros, tratando-se de trabalho voluntário.

A APMF tem como função, entre outras, planejar, acompanhar, aplicar e gerenciar os recursos financeiros, bem como proporcionar condições aos alunos de participar de todo o processo escolar.

Esta APMF é regida por estatuto próprio, de acordo com a legislação vigente.

6.5.4. – O Grêmio Estudantil :

O Grêmio Estudantil é o órgão Maximo de representação dos estudantes é regido por Estatuto próprio e tem como objetivos representar o corpo discente, defender os interesses individuais e coletivos assim como realizar intercâmbios, lutar pela democracia e favorecer a formação do protagonismo juvenil.

6.5.5 - Os Representantes de Turmas Tem a função de ser os porta-vozes da turma quantos às suas reivindicações.

6.5.6 - A Família

A Família exerce um papel importante dentro da escola. Como um lugar de critica cultural e social, a escola deve reconhecer a família como instancia de formação

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primeira. Para um trabalho em conjunto com a família, a Escola deverá desenvolver trabalhos de orientação aos pais por meio de palestras e Cursos e facilitar a participação dos pais nas atividades extra-curriculares. Lembrar sempre que a escola não deve ser refém da família sob o risco de perder o sentido de pólo transmissor e produtor de cultura, deve-se tratar o conhecimento familiar como um dos caminhos possíveis do conhecimento cientifico e cultural.

6.6. - ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO TRABALHO DOCENTE

a) Do Planejamento e metodologia

O planejamento será feito por etapa letiva sendo que cada professor é responsável pelo planejamento do trabalho diário a ser desenvolvido em sua turma.

Para desenvolver o currículo e atingir o objetivo de promover a aprendizagem é indispensável um bom planejamento.

O professor deve elaborar o seu planejamento tendo sempre em mente PARA QUEM se planeja. Isto significa levar em conta o seu aluno real. A segunda pergunta é o QUÊ ensinar para esta ou aquela turma. Isto remete ao conteúdo que deve ser selecionado para fazer a ponte entre o que o aluno já sabe, o que ele precisa aprender e os objetivos que se pretende atingir. Em seguida o professor deve estabelecer o COMO proceder para que o aluno supere o patamar em que se encontra para chegar aonde se deseja . o passo seguinte é a metodologia (de que jeito fazer) para que o que se planejou seja concretizado, isto implica em prever atividades, problematizar e formular hipóteses, assim como verificar os recursos materiais que serão necessários.

Assim como não se levanta um prédio sem plantas e cálculos, não se constrói a educação sem planejamento. A formula para planeja é simples: primeiro define-se os objetivos, pensando nos interesses e nas possibilidades do aluno. Depois o caminho para alcança-los, com materiais e espaços, técnicas e tempo disponíveis. Entre o primeiro e o ultimo ponto é preciso caminhar muito, mas o professor que faz o percurso encontra a chave do sucesso.

b) Dos recursos didático-pedagógicos

Computadores, Internet, rádio, filmes, livros paradidáticos, pesquisas e excursões são recursos que deverão ser amplamente utilizados, sobretudo nas disciplinas cujos conteúdos favoreçam o trabalho, quais sejam: História, Geografia, Língua Portuguesa, Ed. Religiosa e Ciências.Outros recursos poderão ser acrescentados de acordo com as necessidades e as possibilidades.

d) Dos tipos de aula ministrados

Para o desenvolvimento do fazer pedagógico, a Escola privilegiará, o projeto de aprendizagem desenvolvido por alunos e professores e todas as formas que favoreçam o trabalho coletivo como seminários, trabalho em grupos, em duplas, etc.

Cada professor dentro na sua disciplina no espaço da sala de aula terá a liberdade de divulgar o saber de acordo com o seu planejamento, fazendo as alterações que forem necessárias no decorrer da aula.

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E bom lembrar que toda a aula começa muito antes do momento de entrar em classe. Algumas vezes é preciso gastar horas para organizar materiais e espaços. Em outras apenas alguns minutos. Mas sempre existe um esforço para preparar o plano de aula a ser desenvolvido em cada turma e para cada conteúdo.

e) A Biblioteca como espaço pedagógico

A biblioteca deve oferecer oportunidades de trabalho individual ou coletivo sob a orientação de seus funcionários e/ou professores que acompanharão seus alunos.

f) Do dever de Casa

As atividades extra-classe representam uma oportunidade de auto-educação, de opção e de realização pessoal do educando além de reforçar a aprendizagem sobre os conteúdos ministrados.

Cada professor deve planejar junto com seus alunos os exercícios que deverão ser feitos em casa objetivando a fixação e o enriquecimento do conteúdo estudado.

Cabe ao professor avaliar a quantidade e a periodicidade das tarefas de casa para que este recurso, de fato, alcance os objetivos propostos.

A lição de casa é importante e deve ser freqüente. Entre outras funções a lição de casa dá ritmo ao estudante e cria uma rotina.

A orientação pedagógica da Escola é que o professor deve dosar o dever de casa para que este seja agradável e proveitoso.

Cada professor deve usar de sua metodologia para a adoção do dever de casa, lembrando que a lição de casa deve ser sempre corrigida, pois os alunos se frustram quando o professor dá uma tarefa que não tem devolução , ficam com a sensação que a lição não tem função de para a aprendizagem e associam a lição com castigo.

A escola precisa competir com as novas maneiras de se acessar e trabalhar a informação, preparar o jovem para esse novo mundo em que o concreto e o virtual entrelaçam tornando quando impossível a sua dissociação, na cultura a mídia tem influenciado de maneira espantosa a vida das pessoas, é ela quem dita conceitos, pré-conceitos, moda, etc. apresenta coisas boas mas também coisas ruins, e influencia de maneira direta o comportamento das crianças e jovens – não esqueçamos que a mídia está diretamente ligada ao consumismo porque é o consumo que a sustenta. É também uma oportunidade de desenvolver o espírito critico. A escola não pode ignorar o poder da mídia, uma maneira de utilizar a mídia é através do dever de casa – o professor pode planejar atividades de acordo com filmes ou programas que a TV apresenta.

g) Da fixação dos conteúdos

Além das tarefas para casa, recursos como pesquisas, jogos e exercícios em sala de aula serão usados para a fixação dos conteúdos.

h) O Livro Didático

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O livro didático é apenas um recurso. Sendo o conhecimento uma abstração incompleta e precária da realidade, a ser construída pelo educando, qualquer livro é apenas uma delas, correspondendo a compreensão de um autor em um determinado momento. É assim que aluno e professor deve considerar qualquer livro inclusive o livro didático.

É necessário que aluno e professor utilizem mais que um livro para construir se u conhecimento diante do que está sendo posto teoricamente. Sendo assim o livro didático é apenas mais um recurso a ser usado no processo de ensino-aprendizagem consoante com o currículo proposto e o planejamento do professor.

No ensino das disciplinas no âmbito nacional, estruturado pelo governo federal, há uma metodologia como forma não simplesmente de apoio pedagógico para os professores, mas material seguido detalhadamente pela maioria dos docentes, os livros didáticos. Tais materiais, muitas vezes, influenciam os professores e estes adotam a postura pedagógica de acordo com a forma organizacional do livro didático. Enfim, o livro didático utilizado pelo professor que transmitirá os conhecimentos e as possibilidades de ensino em muitas salas de aula. Apesar das inúmeras transformações no âmbito educacional, o livro didático continua sendo o principal (e muitas vezes o único) instrumento de ensino para o labor dos professores; a importância dos mesmos é elevada, uma vez que influenciaram pensam

i) Do uso de recursos áudio - visuais

Sessões de cinema, dentro ou fora da Escola, TV, vídeo, música (discos e fitas), Sala de Informática, Laboratório de Ciências, Stúdio da Rádio Escola e retropojetor são recursos que a escola de viabilizar para atender aos interesses dos alunos e para o enriquecimento das atividades.

j) Das atividades de Comunicação

Teatro, dramatizações, jograis, músicas e programações de rádio são atividades que estarão avaliando ou fixando conteúdos ou conceitos e possibilitando o desenvolvimento da comunicação escrita e/ou oral.

l) Da Seleção dos Conteúdos

O conteúdo é determinado pelas necessidades e interesses dos alunos levando-se em consideração a realidade dos mesmos, o momento, e a proposta Pedagógica e as Diretrizes Curriculares.

m) Recuperação

Sendo a avaliação da E.E. Getulio Vargas deve ser contínua e cumulativa, constará de:

a) provas;b) pesquisas;c) seminários;d) trabalho em equipe;e) trabalhos individuais.

A recuperação ocorrerá paralelamente ao período letivo e das seguintes formas:

a) repetição pelo professor do conteúdo não aprendido. Em todas as situações de recuperação de aprendizagem deverá ocorrer: nova avaliação anulando a de resultado insatisfatório, substituindo o conceito anterior;

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b) trabalho em grupo, colocando um aluno monitor para ajudar o colega que apresenta habilidades não vencidas, nos diversos conteúdos curriculares;

c) exercícios de revisão e fixação com correção e participação do aluno.

n) Atividades Culturais, Sociais e Cívicas

A programação das atividades culturais devem constar no Calendário Escolar, que são:

• Feira de Ciências• Mostra Literária• Atividades cívicas. • Dia do Índio • Dia da Pátria• Proclamação da República• Dia da Bandeira• Dia Internacional da mulher• Dia Internacional da consciência negra• Páscoa • Dia das Mães ou Festas da Família• Festa Junina• Dia dos Pais• Dia do Estudante• Dia da Criança • Dia do Professor

Objetivos das atividades culturais, sociais e cívicas:

• Socialização; • Envolvimento das famílias e da comunidade escolar; • Desenvolvimento da linguagem e do espírito de cooperação; • Sensibilização para manifestações folclóricas e artísticas em geral.

6.7 - PRINCÍPIOS DE INTEGRAÇÃO E ENTROSAMENTO ENTRE O TRABALHO DOCENTE E AS DISCIPLINAS

6.7.1 - Da Contextualização

A contextualização e a interdisciplinaridade são atreladas . Podemos entender, que interdisciplinaridade é a mobilidade dos conhecimentos das mais diversas disciplinas, uma interação entre saberes, independente de separação por matérias, por exemplo em uma aula de história podemos nos utilizar dos conhecimentos da literatura, da geografia, da matemática e assim sucessivamente, fazer interfaces com qualquer disciplina.

O significado de contextualização é:

“... a existência de um referencial que permita aos alunos identificar e se identificar com as questões propostas. Essa postura não significa permanecer no nível de conhecimento que é dado pelo contexto mais imediato, nem muito

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menos para o senso comum, mas visa gerar a capacidade de compreender e intervir na realidade, numa perspectiva autônoma e desalienante.” ( MEC, 1996) .

Portanto, contextualizar o conteúdo é trazer importância para o cotidiano do aluno, mostrar que os conhecimentos gerados dentro de uma sala de aula tem aplicação prática na vida das pessoas como um todo, fazer com que os alunos sintam que o saber não é apenas acumulo de conhecimentos técnico-científicos mas as ferramentas para enfrentar um mundo de significações.

6.7.2 – Interdisciplinaridade

Entendemos o enfoque Interdisciplinar, dentro do espaço educacional como uma contribuição imprescindível para reflexão e o encaminhamento de solução às dificuldades relacionadas ao ensino e à aprendizagem que tenta investigar a forma de como o conhecimento está sendo colocado no processo educacional.

Embora, sendo a Escola um espaço de construção do conhecimento, se faz necessário que as ações educacionais por elas desenvolvidas contribuam na formação de seus educandos por inteiro. Esta característica se faz necessário para que possam saber lidar com as diversidades do contexto social em que vivem. Observa-se que a falta de contato do conhecimento com o ensino ministrado parece ser ainda hoje uma característica bastante acentuada pois, " muito do que se aprende na escola nada tem a ver com a realidade" (Luck, 1998).

O conhecimento se faz necessário por inteiro, a aquisição de conhecimentos e habilidades isolados e descontextualizados pouco contribuem para a formação de pessoas capazes de participar de uma sociedade que torna-se cada vez mais complexa. A busca de soluções por aspectos isolados, têm elevado o nível de angústia em que vive a sociedade na busca de solução de problemas. (Luck , 1998).

A Interdisciplinaridade tem como objetivo promover a superação da visão restrita de mundo e a compreensão da realidade.

O Pensar interdisciplinar parte do princípio de que nenhuma forma de conhecimento é em si mesma racional. Tenta, pois, o diálogo com outras formas de conhecimento, deixando-se interpretar por elas". (Fazenda, 1993).

Sabemos que a questão Interdisciplinar desempenha um papel fundamental na realização dos objetivos dentro de um projeto pedagógico pois pela Interdisciplinaridade forma-se o elo de ligação entre as disciplinas e o conhecimentos gerando novos conceitos.

A visão Interdisciplinar visa, portanto, estabelecer a ligação para que a cada momento, em que cada circunstância, se veja o homem por inteiro, reconhecendo a interação lógica entre a dimensão materialista e espiritualista, corpo-alma..

O elemento fundamental na orientação do trabalho interdisciplinar é promover a compreensão do conhecimento do sujeito consigo mesmo, com seus pares, com o produto social do seu trabalho e com a natureza, de modo que este se veja como um ser global onde alunos e professores participam do processo. Privilegiando a prática de uma educação em que ambos se visualizem por inteiro, é possível estabelecer uma mudança

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de atitude a respeito da formação e ação do homem, quanto aos aspectos afetivos, éticos, racionais, lógicos e objetivos.

Ao falarmos de Interdisciplinaridade devemos entender que, embora muitos professores ainda tenham ouvido falar recentemente, ela faz parte do espaço escolar há algum tempo procurando a superação de um problema que muito aflige os professores – a transmissão do conhecimento.

Portanto, a Escola Estadual Getulio Vargas entende a Interdisciplinaridade como uma caminhada de construção do conhecimento significativo e da prática pedagógica eficaz que conduz a uma nova visão, mas ao mesmo tempo se distancia do sentido de inovação e se caracteriza como transformação, para que aluno e professor dentro de seu contexto histórico, crie seu próprio caminho, ampliando sua capacidade de pensar e refletir sobre sua própria realidade.

6.7.3 - OS TEMAS SOCIAIS EMERGENTES

6.7.3.1 – O MEIO AMBIENTE

A questão ambiental vem sendo considerada como cada vez mais urgente e importante para a sociedade, pois o futuro da humanidade depende da relação estabelecida entre a natureza e o uso pelo homem dos recursos naturais disponíveis.

Essa consciência já chegou à escola e muitas iniciativas têm sido desenvolvidas em torno desta questão, por educadores de todo o País.

Por estas razões, vê-se a importância de se incluir a temática do Meio-Ambiente, permeada em toda prática educacional.

6.7.3.2 – A ORIENTAÇÃO SEXUAL

Ao tratar do tema Orientação Sexual, busca-se considerar a sexualidade como algo inerente à vida e à saúde, que se expressa desde cedo no ser humano. O papel do homem e da mulher, o respeito por si e pelo outro, as discriminações e os estereótipos a eles atribuídos em seus relacionamentos, a AIDS, entre outros, são problemas atuais e preocupantes daí a importância de se incluir Orientação Sexual nos currículos, permeando todas as áreas e relacionando-o aos demais temas curriculares.

6.7.3.3 - MULTICULTURALISMO - PLURALIDADE CULTURAL

Há muito se diz que o Brasil é um país rico em diversidade étnica e cultural, plural em sua identidade: é índio, afro-descendente, imigrante, é urbano, sertanejo, caiçara, caipira... Contudo, ao longo de nossa história, têm existido preconceitos, relações de discriminação e exclusão social que impedem muitos brasileiros de ter uma vivência plena de sua cidadania.

A Escola deve abordar essas questões, enfatizando as diversas heranças culturais que convivem na população brasileira, oferecendo informações que contribuam

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para a formação de novas mentalidades, voltadas para a superação de todas as formas de discriminação e exclusão.

6.7.3.4. - EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

O ensino de saúde tem sido um desafio para a educação, no que se refere à possibilidade de garantir uma aprendizagem efetiva e transformadora de atitudes e hábitos de vida. As experiências mostram que transmitir informações a respeito do funcionamento do corpo e descrição das características das doenças, bem como um elenco de hábitos de higiene, não é suficiente para que os alunos desenvolvam atitudes de vida saudável.

É preciso educar para a saúde levando em conta todos os aspectos envolvidos na formação de hábitos e atitudes que acontecem no dia-a-dia da escola. Por esta razão, Educação para a Saúde será tratada permeando todas as áreas que compõem o currículo escolar.

6.7.3.5 – ÉTICA

Seria um erro pensar que, desde sempre, os homens têm as mesmas respostas para certas questões.. Com o passar do tempo, as sociedades mudam e também mudam os homens que as compõem. Na Grécia antiga, por exemplo, a existência de escravos era perfeitamente legítima: as pessoas não eram consideradas iguais entre si, e o fato de umas não terem liberdade era considerado normal. Hoje em dia, ainda que nem sempre respeitados, os Direitos Humanos impedem que alguém ouse defender, explicitamente, a escravidão como algo legítimo.

O tema Ética, portanto, não é novo, mas é novo ter uma visão que possibilite abrir discussões sobre este assunto no contexto escolar.

6.7.3.6 - CULTURA AFRO DESCENDENTE

Ao longo da nossa história, o povo africano e seus descendentes têm contribuído enormemente para o desenvolvimento de uma cultura brasileira, em seus vários aspectos. Entretanto, sempre houve, por parte da sociedade do nosso país, o não -reconhecimento e a discriminação velada dessa contribuição. Certamente com o objetivo de reverter esse quadro, o MEC estabeleceu, em junho de 2004, Diretrizes Curriculares Nacionais, para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e da Cultura Afro-brasileira e Africana. O ensino sistemático de História e de Cultura Afro-brasileira e Africana, na Educação Básica, nos termos da Lei 10639/2003, refere-se aos componentes curriculares de Educação Artística, Literatura e História do Brasil. As novas disposições legais devem ser observadas pelas Instituições de Ensino que atuam nos níveis e modalidades da Educação Brasileira, e, especialmente, por aquelas que oferecem programas de educação inicial e continuada de professores. Na

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avaliação das condições de funcionamento dos estabelecimentos de ensino, será levada em consideração a observância das referidas Diretrizes.

A lei nº 10.639, de 2003, alterou a LDB e passou a exigir que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluíssem no currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira. O fato foi considerado pelos movimentos de luta dos negros em todo o país como um importante passo. Sua aplicação prática, no entanto, ainda é desafio para toda a comunidade escolar, especialmente para os professores: como sair da teoria? Como e onde buscar material? O conteúdo programático, conforme a lei, incluirá o estudo da História da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.

A lei especifica ainda que o assunto referente à temática "História e Cultura Afro-Brasileira" será ministrado, em especial, nas áreas de Educação Artística, Literatura e História. A lei determina também que o calendário escolar inclua o dia 20 de novembro como "Dia Nacional da Consciência Negra".

Sendo assim a Cultura Afro Descendente está inserida na proposta Pedagógica da Escola, especificamente nas disciplina de Literatura, Educação Artística, Educação Física e História, com conteúdos próprios, metodologia e avaliação.

6.7.3.7 – A EDUCAÇÃO FISCAL

A Educação Fiscal na Escola é uma obrigatoriedade deste momento histórico. A velocidade com que as mudanças estão ocorrendo em todas as áreas são bastante evidentes e cada vez mais cresce a consciência de que o conhecimento é a mola mestre do desenvolvimento. Sendo assim a Educação em seu papel de formadora de indivíduos não pode ficar distante da formação para a Educação Fiscal, pois a concretização da garantia dos direitos do cidadão, inclui-se direitos políticos e sociais.

A discussão do tema EDUCAÇÃO FISCAL na escola visa a conscientização da sociedade quanto a função do Estado em arrecadar impostos e ao dever do cidadão contribuinte em pagar e fiscalizar a aplicação dos tributos arrecadados pelo Poder Público.

Sendo assim, compreendemos que a Educação Fiscal é um trabalho de sensibilização da sociedade para a função socioeconômica dos tributos e para o desenvolvimento de uma consciência de cidadania. Procura incentivar as pessoas a compreenderem não só a importância de cumprirem com suas obrigações tributárias, mas também a de acompanharem a aplicação e gestão dos recursos públicos pelo governo. Entretanto, para que a transformação social almejada seja bem sucedida deve pautar-se, necessariamente, em ações educativas de caráter permanente e sistemático, de modo que possam abranger e mobilizar, gradativamente, todos os setores e camadas da sociedade.

Nesse contexto, dois grupos sociais destacam-se por sua importância. De um lado, o educador, por sua indiscutível competência para formar cidadãos mais conscientes e participantes da vida em sociedade. De outro, o funcionário público que, no desempenho de seu papel de cidadão e também de servidor, deve estar atento para o fato de que, sendo um representante do Estado, precisa reagir à inépcia da burocracia e fazê-la funcionar para o bem da coletividade.

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A experiência de países mais avançados apresenta como solução, ou seja, a partir da escola, disseminar conhecimentos sobre “educação tributária, educando o cidadão para viver em sociedade, exercendo a plena cidadania”. Pelo conhecimento as pessoas serão capazes de desenvolver melhor consciência da função social do tributo. A partir desta consciência estarão aptos a sensibilizar a sociedade para a função socioeconômica do tributo, para a necessidade de controle social sobre a gestão dos recursos públicos, a fim de que sua aplicação se faça em benefício da população e do pagamento voluntário de tributos.É Importante lembrar sempre a função social do tributo como forma de atuação na redistribuição da Renda Nacional funcionando como elemento de justiça social. O tributo é um instrumento que pode e deve ser utilizado para promover as mudanças e reduzir as desigualdades sociais.

A Educação Fiscal neste Estabelecimento de Ensino será desenvolvida por meio de mini projetos em todas as disciplina do Currículo.

7. OS PROJETOS QUE A ESCOLA DESENVOLVE

7.1 – O Projeto da Educação Fiscal

PROJETO DE EDUCAÇÃO FISCAL NA E.E. GETULIO VARGAS

TEMA : EDUCAÇÃO FISCAL NA ESCOLA

"Se é verdade que a educação não pode fazer sozinha a transformação social, também é verdade que a transformação não se efetivará e não se consolidará sem a educação."

Paulo Freire

OBJETIVO GERAL:

• Preparar a população escolar e a comunidade para a ação de cidadania de acompanhamento da utilização dos recursos advindos da arrecadação tributária, através de observação, reflexão e sensibilização.

Objetivos Específicos :

• Disponibilizar conhecimentos básicos para a compreensão dos mecanismos de arrecadação dos tributos.

• Aprimorar a consciência da população escolar acerca da necessidade em deter conhecimentos sobre a importância do espaço coletivo, em zelar pelo patrimônio público e em acompanhar a gestão das contas públicas pelos governantes.

• Desenvolver a consciência crítica do aluno para a formação de uma sociedade capaz de exercer o controle social;

• Promover a consciência da harmonia nas relações entre o Estado e o Cidadão;

• Conscientizar os cidadãos para a função socioeconômica dos tributos;

• Socializar conhecimentos sobre a administração pública, alocação e controle dos gastos públicos e tributação;

• Incentivar o acompanhamento e fiscalização, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos;

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• Aumentar a responsabilidade fiscal com vistas à obtenção do equilíbrio fiscal em longo prazo;

• Fortalecer o comportamento ético na administração pública e na iniciativa privada;

• Aumentar a eficiência e transparência do Estado;• Promover a adoção de hábitos e procedimentos necessários para o cumprimento da

legislação Fiscal, através de ações estratégicas.

• Promover a reflexão sobre as práticas sociais.• Despertar a necessidade de participação do cidadão na gestão dos recursos públicos.• Aprimorar a consciência do aluno e da comunidade em geral sobre a importância do

espaço coletivo, de zelar pelo patrimônio público e de acompanhar a gestão das contas públicas pelos governantes.

ESTRATÉGIAS

• Favorecer a construção do conhecimento sobre a Legislação e Educação Fiscal através de videoconferências, palestrantes ou outros meios para a aquisição das informações necessárias para o desenvolvimento de ações pedagógicas centradas na realidade da comunidade escolar;

• Possibilitar que o trabalho sobre Educação Fiscal na Unidade escolar, leve a conscientização e a mudança de comportamento social, através da prática da vivência cidadã;

• Propiciar tempo e espaço para a construção de projetos, pelos Professores e pelos próprios alunos, que dê sentido e significado para as suas ações.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Já dizia Montesquieu que quando o indivíduo entrega ao Estado o poder de governar e decidir os rumos que ele deve seguir, começa a morrer a sua capacidade de auto governar-se. Essa incapacidade, que é uma incapacidade de exercer a cidadania, fomenta a censura e a obrigatoriedade de normas como forma de conquista da ordem. Acreditamos, contudo, que a coerção não é o caminho desejado. Na constituição da ética de controle social deve haver espaço para a contribuição e estabelecimento de uma ética individual. A existência de regras acrescidas de um significado torna o resultado mais efetivo. Leonardo Boff diz que a diferença entre a ética e a moral está em que a moral é a casa enquanto a ética é a forma, a estrutura e constituição desta casa. O ensinar deve estar calcado na ética, entremeando ao conteúdo o seu aspecto pessoal, subjetivo e único. O importante não é só informar, mas se permitir ir além da informação ousando vôos mais altos, que permitam a transformação, discussão e reconstrução do próprio conteúdo num exercício pessoal de democracia. A educação deve ser concebida para atender, ao mesmo tempo, ao interesse social e ao interesse dos indivíduos. É da combinação desses interesses que emergem os seus princípios fundamentais e são estes que devem nortear a elaboração dos conteúdos do ensino, as práticas pedagógicas e a relação da escola com a comunidade e com o mundo.

Conteúdo Programático para o ano de 2006.

1. O cidadão e seus direitos: à educação, alimentação, moradia, transportes e saúde.

2. Os meios de financiar as necessidades da população.

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3. A divisão de tarefas entre municípios, os estados e a União. 4. Os impostos, as taxas, as contribuições de melhoria, as contribuições

previdenciárias. 5. Contribuir para exigir, Contribuinte e cidadão: titulares de direitos e deveres.

METODOLOGIA

O Projeto será desenvolvido em sala de aula pelos professores das diversas disciplinas, por meio de mini-projetos elaborados pelos próprios professores de acordo com os temas apresentados no item conteúdos programáticos e acompanhados pela Direção e Coordenação Pedagógica

CRONOGRAMA

DATA TEMA PROFESSOR RESPONSAVEL

1º Bimestre

O cidadão e seus direitos: à educação, alimentação, moradia, transportes e saúde.

- Maria Socorro de Brito

-Regina Lucia Teodoro

2º Bimestre

Os meios de financiar as necessidades da populaçãoA divisão de tarefas entre municípios, os estados e a União.

-Ana Maria Nunes Bravin

-Maria Lucia Bravin Piccolo

3º Bimestre

Os impostos, as taxas, as contribuições de melhoria, as contribuições previdenciárias

-Marília dos Santos Sestile

-Edson de Oliveira

4º Bimestre

Contribuir para exigir. Contribuinte e cidadão: titulares de direitos e deveres.

-Roseli da Conceição Salamoni Gomes

-Sara Cristina Romeiro

AVALIAÇÃO

O Projeto será avaliado e acompanhado pela Equipe Escolar e pela Coordenação de Projetos do Núcleo Regional de Educação.

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7. O Projeto Agenda 21

8. PROJETO

CONSTRUINDO A AGENDA 21

ESCOLA ESTADUAL GETULIO VARGAS

Figueira D’Oeste – Engenheiro Beltrão – Paraná

TEMA:

AGENDA 21 LOCAL: MOVIMENTO DE CIDADANIA PELO COMBATE A FOME “Nutrição e consumo consciente”

INTRODUÇÃO:

Devido ao importante papel que as escolas representam na comunidade local, é fundamental envolvê-las desde o início no processo da Agenda 21 Local, para, a partir do processo educativo, propor um conjunto de atividades que eduque, conscientize e promova a sustentabilidade.

A atuação do homem no meio ambiente de forma desordenada, já aponta para uma tomada de consciência sobre o futuro. Portanto a implementação da Agenda 21 Escolar tem a responsabilidade de acima de tudo educar de maneira mais consistente para que o aluno incorpore conceitos de cidadania, vivencia em grupo e preocupação com as futuras gerações.

Para a escolha do tema a Escola reuniu a Comunidade Escolar e a Comunidade Local para discutir as prioridades quanto ao desenvolvimento de um Projeto, cuja necessidade era imposta à Escola como um braço do Poder Publico, para a partir das comunidades de base implantar, desenvolver e gerenciar um elo do Projeto Maior que é o DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

O tema escolhido pela comunidade foi “alimentos” por tratar-se de um tema mais condizente com as necessidades da comunidade.

Sendo o distrito de Figueira D’Oeste uma comunidade rural achou-se interessante neste momento em que os brasileiros refletem sobre o problema da fome – que pode ser observada tanto no meio rural como no meio urbano – a comunidade de Figueira D’Oeste sentiu a necessidade de resgatar valores esquecidos como a produção do próprio alimento por meio das hortas domesticas, criação de pequenos animais, etc.. Hoje mesmo os moradores da zona rural já não tem mais a horta domestica, é comum verificar que tudo está sendo comprado no supermercado desde a cebolinha e o alho para o tempero. A cultura do consumismo chegou à zona rural e com isso a alimentação de quem tem um salário baixo está bastante comprometida.

Sendo assim o presente Projeto pretende além de discutir a questão, conscientizar nossos alunos e a comunidade, quanto à importância da produção de alimentos, quanto ao uso adequado dos mesmos, para evitar o desperdício e com isso diminuir o custo de vida da população.

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JUSTIFICATIVA:

Vivemos numa época de mudanças e sem dúvida aquela que diz respeito aos hábitos alimentares é bastante significativa. Hoje em dia cresce a consciência de que o lugar de folhas, talos, cascas e sementes são no prato, e não no lixo, como muitas outras pessoas ainda crêem.

De fato a grande maioria da população desconhece o valor nutricional dos alimentos e, por falta de informação joga fora as partes mais ricas dos mesmos. No momento em que a sociedade se engaja na luta contra a fome e a desnutrição de milhares de brasileiros, o desperdício de frutas, hortaliças, verduras e grãos representa para o Brasil um prejuízo de US$ 4 bilhões por ano, segundo as estatísticas mostradas. Por outro lado, nutricionistas, médicos e pesquisadores dedicam-se com sucesso, ao desenvolvimento e divulgação de soluções alternativas de alimentação de baixo custo e com alto valor nutritivo.

Hoje, sabe-se que comer bem não significa comer muito e que o bom aproveitamento dos alimentos pode melhorar a qualidade de vida. Entre os fatores que influenciam a falta de conscientização sobre a necessária educação alimentar, o preconceito é principal empecilho a popularização do aproveitamento correto dos alimentos, que existe principalmente entre os adultos. É essencial que todos conheçam o valor real dos alimentos. Quando se fala em aproveitamento de cascas, folhas, talos e sementes, os adultos reagem, achando que estamos oferecendo lixo a seus filhos.

Outro fator importante é a produção dos alimentos por meio da horta doméstica que além dos benefícios na alimentação, significa diminuir os gastos domésticos e ainda proporcionar o prazer de plantar e colher.

OBJETIVOS GERAIS

A Construção da Agenda 21 Escolar neste Estabelecimento de Ensino objetiva englobar as ações voltadas para a comunidade escolar quanto a realização de uma diagnose “sócio-ambiental” da unidade e da comunidade no entorno, buscando iniciar o “diálogo local” na busca da melhoria da qualidade de vida da comunidade-escola, especificamente quanto a ALIMENTAÇAO - já que a escola está inserida numa comunidade rural, entendeu-se que nesse primeiro momento era interessante iniciar ações voltadas para a família – onde o tema USO ADEQUADO DOS ALIMENTOS é bastante propício para se avaliar e refletir sobre a questão da fome. Portando o projeto objetiva:

- Reunir os setores sociais, na busca das parcerias e consensos, buscando sensibilizar a sociedade para importância do uso adequado dos alimentos, agindo localmente com consciência planetária como preconiza a Agenda 21.

- Reduzir em torno de 30% os gastos com alimentos realizados pelas famílias da comunidade.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

O presente Projeto, baseia-se nas diretrizes teórico-metodológicas de Educação Alimentar, pautada em todas as áreas do conhecimento, e tem como objetivos:

• A identificação dos problemas que afetam a qualidade de vida da Escola e Comunidade quanto às questões de alimentação ;

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• Reunir a Comunidade de Figueira D’Oeste em torno de um objetivo comum que beneficiará a todos;

• A construção de percursos participativos - que pressupõe os conceitos de parceria, diálogo e consenso;

• Oportunizar ao educando o conhecimento sobre como atuar em sociedade em torno de objetivos comuns;

• Orientar a população sobre os direitos dos consumidores quanto ao consumo de alimento de boa qualidade.

• Melhorar a qualidade de vida aos habitantes do Distrito de Figueira D’Oeste.

• Conscientizar sobre o aproveitamento integral e a melhoria dos alimentos das famílias e escolas (merenda escolar), reduzindo o desperdício no consumo da alimentação, aumentando o valor nutritivo do cardápio e criando alternativas no aproveitamento integral dos alimentos como também mudanças de hábitos alimentares, através de receitas testadas e aprovadas.

• Verificar que alimentação é um ato muito maior do que levar a comida à boca. Começa com a escolha do momento certo para consumir os alimentos.

• Compreender que os hortifruti da safra, por exemplo, são sempre mais baratos e mais nutritivos do que os que estão na entressafra .

• Aprender de maneira correta como deve ser transportado, armazenado, manipulado, preparado qualquer alimento;

• Aprender formas de preparo de alimentos , tirando o máximo proveito de seu potencial nutritivo.

• Compreender que o ato de comer é apenas o último passo de uma caminhada que começou muito distante da sua cozinha.

• Ter uma visão holística sobre os hábitos alimentares. • Desenvolver ações educativas, que passam pelo aprimoramento do pessoal

envolvido, por planejamento e composição dos cardápios oferecidos em casa, nos restaurantes, lanchonetes, etc, .Quanto à forma de preparação dos alimentos e na orientação de como consumi-los de forma nutricionalmente adequada.

• Viabilizar meios para que seja instalado em cada residência uma horta doméstica, para que se perceba o valor enquanto produtora de alimentos diversificados, assim como despertar o prazer de plantar e colher.

METODOLOGIA

O Projeto: MOVIMENTO DE CIDADANIA PELO COMBATE A FOME , nasceu da necessidade de a Escola desenvolver um Projeto dentro da Agenda 21, que contemplasse a necessidade de melhoria da qualidade de vida da população, e ainda orientar os alunos de 5ª a 8ª series sobre a importância do aproveitamento dos alimentos – ensinando como utilizar os alimentos de forma racional evitando o desperdício e conhecendo o potencial de cada alimento.

Os trabalhos serão conduzidos com vista a um novo olhar sobre os alimentos. Por exemplo: sabe aquele talo que vai direto ao lixo? Ou o caroço da jaca ao qual você sequer repara? E a folha do brócolis? A casca da banana? Enfim, o destino final de tudo isso pode gerar um novo recurso para diminuir os gastos e aumentar o valor dos nutrientes consumidos e variar o cardápio.

Para incluir questões nutricionais, ambientais, higiênicas e de aproveitamento integral dos alimentos a Escola para o desenvolvimento do tema, usará de oficinas com palestras com nutricionistas, elaboração de cardápios, degustação e uma apostila contendo receitas.

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A conscientização para o não-desperdício deve ser a primeira etapa para a formação do conceito de Culinária Inteligente, que nada mais é que levar em consideração todos os aspectos da alimentação: economia, higiene, capacidade nutricional, preparo e, claro, aproveitar tudo que o alimento (frutas, verduras, cereais, etc) pode oferecer.

A implementação da horta escolar será o segundo passo do Projeto, ela deverá ser manipulada pelos próprios alunos com a orientação de pessoas capacitadas para isso.

      Após a implementação  da horta escolar o próximo passo será a horta caseira.

        Para o encerramento do Projeto será realizada uma feira de alimentos – onde serão oferecidos cardápios variados e distribuídas receitas de como preparar uma comida deliciosa e nutritiva.      

                O combate ao desperdício será um dos principais temas tratados, deixar de ser o lixo para transformar­se em um cardápio com iguarias nunca imaginadas é sem duvida educar para um futuro mais promissor.

REVISAO BIBLIOGRAFICA

       Uma alimentação saudável não depende unicamente da disponibilidade de alimentos. O planeta produz uma vez e meia a quantidade necessária para os seus seis bilhões de habitantes e, mesmo assim, o número de desnutridos é assustador: mais de 800 milhões. No extremo oposto, cerca de 300 milhões de pessoas estão acima do peso, freqüentemente com deficiências graves de vitaminas e expostas às doenças crônicas decorrentes da situação em que se encontram. No Brasil, os números também são reveladores desse quadro desconcertante. O governo Lula contabiliza 44 milhões de famintos  e  as  pesquisas   indicam que  70  milhões de   indivíduos estão acima do  peso.  Portanto, resolver   problemas   tão   absurdos   —   fome   de   um   lado,   obesidade   do   outro   —,   garantindo   a sustentabilidade do planeta, é o grande desafio dos próximos anos e décadas. E é este o tema que a Escola Estadual Getulio Vargas – Ensino Fundamental do Distrito de Figueira D’Oeste, Município de Engenheiro Beltrão, Estado do Paraná pretende desenvolver o projeto CONSTRUINDO A AGENDA 21 ESCOLAR 

Para a implementação do Projeto – CONSTRUINDO A AGENDA 21 LOCAL, faz-se necessários conhecer os conceitos pelos quais embasam este Projeto que tem dimensão mundial, não apenas porque trata de rever conceitos sobre a atuação do homem no meio ambiente, mas também por se tratar de um tema novo, e ainda ser um projeto que tem que fornecer subsídios para a sua continuidade.

Portanto faz-se necessários compreender os seguintes quesitos:

- O que é a Agenda 21?

Para entendermos o que é a Agenda 21 precisamos falar de suas principais dimensões, que são cinco:

Em primeiro lugar, é o principal documento da Rio-92 (Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano), que foi a mais importante conferência organizada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em todos os tempos. Este documento foi assinado por 170 países, inclusive o Brasil, anfitrião da conferência.

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Em segundo lugar, é a proposta mais consistente que existe de como alcançar o desenvolvimento sustentável, isto é, de como nosso país e nossas comunidades pode continuar se desenvolvendo sem destruir o meio ambiente e com maior justiça social

Em terceiro lugar, é um planejamento do futuro com ações de curto, médio e longo prazo, em outras palavras, re-introduz uma idéia esquecida de que podemos e devemos planejar e estabelecer um elo de solidariedade entre nós e nossos descendentes, as futuras gerações.

Em quarto, trata-se de um roteiro de ações concretas, com metas, recursos e responsabilidades definidas.

Em quinto, deve ser um plano obtido através de consenso, ou seja, com todos os atores e grupos sociais opinando e se comprometendo com ele.

Em resumo, a Agenda 21 estabelece uma verdadeira parceria entre governos e sociedades. É um programa estratégico, universal, para alcançarmos o desenvolvimento sustentável no século XXI.

O que é Agenda 21 Local

A Agenda 21 Local deve ser um processo participativo, no qual todos os cidadãos são chamados a contribuir para definir as fragilidades de cada local e encontrar soluções viáveis para minimizar ou eliminar essas fragilidades.

É um plano de ação que deve contemplar não apenas o ambiente, mas também o desenvolvimento social e econômico . Deve permitir a conservação e valorização dos recursos naturais, contribuir para a melhoria da qualidade do ambiente, promover a equidade e coesão social, combater a pobreza e a exclusão social, fortalecer a economia local e valorizar os produtos regionais.

Para que serve a Agenda 21 Local?

A Agenda 21 Local serve para a implantação do Desenvolvimento Sustentável nas cidades e comunidades e alcançarmos os objetivos propostos pela Agenda 21. Serve para melhorar a qualidade de vida de toda a população sem destruir o meio ambiente. Serve para tornar as cidades mais humanas e para garantir um futuro melhor para os nossos filhos e netos.

Quando começa e quando termina a Agenda 21 Local?

Ela começa a qualquer momento, dependendo apenas da vontade e da união de pessoas, grupos e comunidades que acreditam que a implantação da Agenda 21 Local pode mudar as suas vidas para melhor. Ao nível da cidade, ela começa oficialmente quando é criado o Fórum da Agenda 21 (composto por representantes da sociedade e do poder público).

(Texto da Cartilha 21 Perguntas e Respostas para Você Saber Mais da Agenda 21, Editada pela Comissão Pró-Agenda 21)

O que é Desenvolvimento Sustentável?

O conceito de Desenvolvimento Sustentável surgiu em 1987 no Relatório “O Nosso Futuro Comum”, mais conhecido por Relatório Brundtland, da autoria de Gro Harlem Brundtland, que o definiu como: “O processo de desenvolvimento que permite às gerações atuais satisfazerem as suas necessidades sem colocar em perigo a

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satisfação das necessidades das gerações futuras.” O que significa que o processo de desenvolvimento das sociedades atuais não deve ser sinônimo de exploração exaustiva de recursos naturais, sob pena de comprometer a sobrevivência das gerações futuras por falta de recursos.

Cimeira da Terra e Agenda 21

Em 1992, realizou-se no Rio de Janeiro, a Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, a célebre Cimeira da Terra na qual foi definido e elaborado o plano de ação para o Desenvolvimento Sustentável, a Agenda 21. Este documento foi elaborado como um plano estratégico para o desenvolvimento a ser aplicado por todos os países, de forma a permitir o desenvolvimento das sociedades sem colocar em perigo os ecossistemas, e simultaneamente combatendo a pobreza, a fome e o analfabetismo.

PARTICIPANTES DO PROJETO

Participam todos os integrantes da Comunidade Escolar (Professores, funcionários, alunos, pais) e todas as pessoas residentes na Comunidade são convidadas a participar.Uma vez integrada a Comunidade pretende-se mobilizar o Poder Publico para adquirir parceria com os Órgãos competentes para a solução dos problemas além de formar uma rede de Cidadania Pelas Águas, que vá se constituindo por adesão de forma descentralizada e autônoma.

CRONOGRAMA :

-Reunião com a Comunidade para discutir os pressupostos da AGENDA 21 : Agosto de 2005 -Reunião para definir o Tema : Setembro de 2005.-Montagem do Projeto: Outubro de 2005.

ATIVIDADES jan fev mar

abr

mai

jun

jul ago

set out

nov

dez

Inicio das Atividades

x

Trabalho de Pesquisa/Palestras, etc.

x x x x x

Implementação da horta escolar

x x X

Implementação da horta doméstica

x x x

Elaboração de cardápios variados

x x x x x x x

Elaboração de caderno com receitas variadas e testadas

x x x x x

Realização da Feira de alimentos

x

Montagem de um novo Projeto da Agenda 21 Escolar

x x

______________________________________________________________________108Projeto Político Pedagógico

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Uma vez atendido os objetivos do presente Projeto, concluímos que ao encerrar esta etapa o professor que desenvolve ações de educação alimentar, o produtor rural que cuida bem das plantações da sua propriedade, o alunos juntamente com sua família que aprenderam a utilizar melhor os alimentos a serem consumidos muito terão ganhado em todos os sentidos. Os resultados serão registrados por meio de relatórios e encaminhados aos Órgãos competentes para registro. Uma vez atendido o presente Projeto a Comunidade inicia um “novo projeto”cujo tema e especificidades deverão ser de acordo com os anseios da população, pois o processo educativo não pára ao encerrar um projeto ele deve ser continuo pois busca a cada dia melhorar a qualidade de vida do homem, pois e pela manutenção da vida que no atual contexto se elabora metas a serem cumpridas.

7.3 - PROJETOS DE INICIATIVA DA PRÓPRIA ESCOLA

O trabalho com projetos na instituição educativa é fundamental, porque parte das necessidades percebidas pela escola e pela comunidade na qual está inserida e busca as metas e os planos de ação que irá gerar as mudanças almejadas. Estimula o ambiente escolar tornando seus membros mais participativos no que diz respeito ao que está sendo projetado e conseqüentemente mais responsáveis e compromissados com os objetivos a serem alcançados, gerando satisfação com os resultados obtidos.

“ PROJETO MEIO AMBIENTE E QUALIDADE DE VIDA”

Objetivos do Projeto

A conservação ambiental compreende obrigações éticas e conhecimento do desenvolvimento sustentável. O cidadão crítico e consciente é aquele que compreende, se interessa e exige seus direitos ambientais, e a escola, como formadora de opinião, deve caminhar cotidianamente em busca da promoção da vida através da educação ambiental que deve ser tratada como um processo institucional, individual e coletivo. Foi pensando assim que a Escola Estadual Getulio Vargas preocupou-se em desenvolver um trabalho voltado para a preservação do ambiente local, (a escola) e do ambiente externo (a comunidade e tudo o que diz respeito a preservação da vida na terra).

O meio Ambiente local

Em casa deve-se começar a consciência de preservação. Por isso a escola como um espaço onde circula materiais dispensáveis é um espaço também de conscientização de que esses mesmos materiais podem ser reaproveitados ou terem o destino devido. Nesse sentido, como ação local do projeto se trabalha a limpeza e higiene da escola. Inclui-se mutirões de limpeza da escola e um trabalho de conscientização. Em 2004 a Escola , realizou uma proposta de trabalho para a diminuição do lixo na comunidade, conservação e limpeza da escola e das ruas. Com o lixo reciclável arrecadado pode-se comprar um computador para uso dos alunos na realização dos trabalhos solicitados pelos professores.

O meio ambiente externo – a comunidade

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A educação é um processo continuo que requer a preparação dos discentes para atuarem na sociedade. Nesse sentido, as atividades devem ultrapassar os muros da escola. Com essa pretensão idealizou-se uma ação comunitária com a participação dos alunos, professores, representantes da comunidade e famílias em prol de uma ação que possa trazer benefícios significativos aos alunos.

7.4 – PROJETOS ORIENTADOS PELO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO

01- PROJETO: EM AÇÃO CONTRA A EVASAO ESCOLAR

Objetivos: - Combater de forma eficaz a Evasão Escolar;- Garantir o acesso e a permanência do aluno na escola.

02 - PROJETO : FEIRÃO DO LIVRO

Objetivos :- Reforçar hábitos de leitura;- Incentivar a troca de material didático;- Educar para a partilha.

03 –PROJETO AGRINHO

Objetivos: Trabalhar os temas sociais emergentes

04 – PROJETO: COMCIENCIA - FEIRA DE CIENCIAS

Objetivos : Despertar e desenvolver o pensamento cientifico.

7.4- PROJETOS DE INICIATIVA DA SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇAO

1- PROJETO: EDUCAÇAO PARA A PAZ:

- Refletir sobre a paz;- Facilitar a convivência no ambiente familiar e escolar;- Refletir sobre as diferentes ideologias;- Pregar a paz.

2- PROJETO FERA

Objetivos

- Desenvolver talentos;- Oportunizar o trabalhos artísticos- envolver os alunos e atividades diferenciadas.

3- PROJETO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA

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Objetivos- Desenvolver políticas de reparações , reconhecimento e valorização de ações

afirmativas;- Fortalecer a identidade de direitos.

7.6 . Metas da Direção para o ano letivo de 2006

EIXO OBJETIVOS ESTRATÉGIAS CRONOGR

AMARESPONSAV

EL

GESTAO DEMOCRATICA

Promover a interdisciplinaridade

Realizar reuniões periódicas com os professores para planejar atividades

Semana Pedagógica

Direção e Equipe Pedagógica

Desenvolver uma proposta educacional de qualidade

Construir de forma participativa o conhecimento

Durante o ano todo

Professor

Integrar de forma eficiente família/escola

Promover encontros com pais e professores

Durante o ano todo

Direção e Equipe Pedagógica

Oferecer momentos de integração Alunos/Professores/Pais/Comunidade

Realizar Feiras Culturais e Cientificas, Gincanas e eventos culturais.

Sempre que se fizer necessário

Direção

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PROPOSTA

PEDAGÓGICA

Vivenciar valores

Organizar palestras, seminários, painéis e oficinas com a participação dos pais, alunos e professores

Sempre que houver necessidade

Direção e Equipe Pedagógica

Melhorar o ensino ministrado

Proporcionar momentos para que os educadores possam debater temas educativos

Hora atividade do professor

Direção e Equipe Pedagógica

-Trabalhar valores para a formação de hábitos morais

Gerenciar a Proposta Curricular

Durante o ano todo

Direção ProfessoresEquipe Pedagógica

Respeitar a realidade dos alunos, buscando tornar a aprendizagem mais significativa

Conceber a escola como inclusiva, prestando atenção especial a cada aluno para engajá-los no processo educativo.

Durante o ano todo

Direção ProfessoresEquipe PedagógicaFuncionários

Aproximar os conteúdos da realidade dos alunos.

Gerenciar o Currículo e a Proposta Pedagógica

Diariamente Professores

FORMAÇAO

CONTINUADA

Viabilizar a Formação continuada de professores e funcionários

Propiciar momentos para estudos.

Mensalmente

Direção e Equipe Pedagógica

Promover cursos de aperfeiçoamento para Professores e Funcionários

Viabilizar a participação de Professores e Funcionários em eventos promovidos por Instituições Educativas.

Sempre que houver necessidade

Direção

Valorizar o esforço, a responsabilidade e a participação e não só o resultado final

Conceber a avaliação como contínua e cumulativa

diariamente Direção

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QUALIFICAÇA

O DOS

EQUIPAMENTOS FUNCIONAROS E

ESPAÇOS

Compatibilizar teoria e prática

Operacionalizar as diversas teorias de aprendizagem em forma de oficinas e produções

Direção

OUTROS

Valorizar as pessoas para que o ambiente de trabalho seja produtivo.

Promover momentos de desconcentração aos Professores/ Funcionários / alunos

Diariamente Direção

8. PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A Avaliação Institucional é uma meta da SEED e constitui-se:

• Um processo contínuo de aperfeiçoamento do desempenho da Instituição Escolar;

• Uma ferramenta para o planejamento e a gestão;

• Um processo sistemático de prestação de contas à sociedade.

Isto significa acompanhar metodicamente as ações desenvolvidas pela Escola a fim de verificar se as funções estão sendo realizadas e atendidas satisfatoriamente.

Na Escola Estadual Getulio Vargas a avaliação da institucional levará em consideração os seguintes itens:

- gestão de resultados

- gestão participativa

- gestão pedagógica

______________________________________________________________________113Projeto Político Pedagógico

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- gestão de pessoas

- gestão de serviços de apoio, recursos físicos e financeiros.

Para a implementação da Avaliação Institucional a Escola analisará os mecanismos criados pelo próprio estabelecimento de ensino para a auto-avaliação interna e os mecanismos criados pela mantenedora.

Durante o ano escolar, sob a coordenação do Conselho Escolar, serão acompanhados e avaliados o material didático, o currículo, o sistema de orientação docente, a infra-estrutura material da escola, a metodologia, a atuação da equipe pedagógica e administrativa, os resultados alcançados, enfim, todas as ações desta Instituição de Ensino.

Para esta avaliação, alunos e professores serão ouvidos separadamente, respondendo instrumentos por escrito, para verificar se as opiniões são consensuais.

Fará parte do roteiro que subsidiará a elaboração do instrumento avaliativo, tanto para os alunos, como para os professores, os quesitos:

- qualidade do atendimento aos alunos;

- prontidão para atendimento ao aluno;

- efetiva aprendizagem;

- Processo de avaliação

- auto-estima

- relacionamento aluno/professor;

- estrutura física da escola

- estrutura pedagógica;

- atendimento da secretaria;

- atendimento interno;

- limpeza e organização do prédio escolar;

- atendimento da equipe pedagógica/administrativa;

- cooperação entre toda a equipe escolar;

- cumprimento de metas;

- participação em atividades extra-curriculares;

- Outros.

Os resultados serão analisados pela comunidade escolar, sob a coordenação do Conselho Escolar e seguirá os seguintes passos.

- Avaliação do ano escolar (com pais e alunos)

- Avaliação do Corpo docente (Direção e Equipe Pedagógica)

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- Avaliação da atuação da Direção e da Equipe Pedagógica (Professores, funcionários, alunos e pais)

- Reescrita dos itens do Projeto Político Pedagógico que precisa ser melhorado.

9. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

O Projeto Pedagógico da Escola é mais do que a formalidade. É a aproximação do que se pensa sobre a educação, sobre o ensino, sobre os conteúdos do ensino, sobre o aluno com a prática pedagógica que se realiza nas escolas. É a aproximação, cada vez maior, entre o que se pensa ser a tarefa da instituição escola e o trabalho que se desenvolve na Escola. Ë o confronto entre as intenções e os resultados escolares. É uma Filosofia de educação que se discute e se vive na Escola

Por isso ele exige um constante acompanhamento para a certificação das propostas e seu andamento, as dificuldades enfrentadas para coloca-lo em ação, o que deverá ser feito para verificar e o que está e o que não está dando certo. Nenhuma proposta deverá ser colocada de lado, mas sim, trabalhada, mesmo que se tenha que buscar ajuda para alcançar esses objetivos. Portanto é de suma importância que esse Projeto seja acompanhado na prática diária do professor, coordenador, conselho, enfim , por todos que direta ou indiretamente estão inseridos em seu contexto de metas e ações a serem realizados.

A avaliação deverá ser feita no final de cada semestre com a participação de toda a comunidade escolar por meio de instrumentos próprios que especifiquem os avanços e regressos para que a Escola possa mensurar de forma qualitativa o Projeto e implementar novas ações se for preciso para o sucesso do mesmo.

No final de cada semestre, ao nos reunirmos para uma reavaliação do Projeto Político Pedagógico, estaremos também re-avaliando a nossa sistemática de avaliação como também o nosso planejamento, visando a melhoria e qualidade do processo ensino-aprendizagem, que direção tomarmos, ou se esse balanço foi positivo, continuaremos com mais dinamismo ainda, buscando nossos objetivos finais.

10 . CONSIDERAÇÕES FINAIS

O ser humano vai construindo sua vida ao longo das relações sociais que são vitais a todos nós, relações essas, que iniciam na família, se aprofundam e intensificam na escola e na sociedade como um todo. Na busca de uma melhor qualidade de ensino e de vida, a Escola Estadual Getulio Vargas-Ensino Fundamental lança seu Projeto Político Pedagógico, que foi construído com a participação de toda a comunidade escolar, professores, pais, funcionários e alunos. Na busca pelo progresso e pela superação, realizaram-se vários encontros e momentos de reflexões, com espaço para a criatividade, o diálogo, a troca de idéias, de sugestões, enfim momentos que nos possibilitaram repensar e construir. A teoria de ensino aqui apresentada está baseada no homem, na sua alegria de viver e na interação com seu semelhante.

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Transformar a Prática Pedagógica em práxis - reflexão permanente, crítica e instigadora que motiva e mobiliza os agentes envolvidos na ação educacional - é o desafio maior deste Projeto Pedagógico. - Que a aprendizagem seja vista como um processo aberto, inacabado, algo a ser buscado pelo indivíduo e mediado pelo professor. - Que os educadores tenham muita clareza em mente, para que, para quem, por que e como se ensina, que tipo de sociedade e de homem se quer, e o que é, na verdade, educar. - Que no diálogo e no apoio mútuo sejam capazes de aplicar este projeto, incluindo todos os que desejarem caminhar junto, com os pés no presente e os olhos no futuro. Eis o sonho a realizar.

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11 . ANEXOS:

- O Parecer 142/2001 de 06/12/2001 e o ato administrativo 292/2001 de 06/12/2001

referem-se ao Regimento Escolar deste Estabelecimento de Ensino.

- A Resolução nº 2124/2005 DOE de 15/08/2005 aprova o Estatuto do Conselho Escolar.

- O Registro que segue em anexo refere-se ao Estatuto da APMF.

- Renovação do Reconhecimento do Curso de Ensino Fundamental : Res. 2727/02 de 07/07/2002 – DOE. 6290 de 09/08/02

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12 . ATA DE APROVAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO

ESCOLA ESTADUAL GETULIO VARGAS – ENSINO FUNDAMENTALFigueira D´Oeste – Engenheiro Beltrão – Paraná

ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO ESCOLAR

APROVAÇAO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO

Aos quatorze dias do mês de novembro do ano de Dois mil e cinco (14/11/05) às 08:00 no gabinete da Diretora, Professora Ana Maria Nunes Bravin, na qualidade de Presidente do Conselho reuniram-se os membros do Conselho Escolar da Escola Estadual Getulio Vargas: Irene Corte dos Reis Soares, Representante da Equipe Pedagógica, Gislaine Mara Ber, Representante da Equipe Administrativa, Helena Cunha da Silva, Representante dos Funcionários de Serviços Gerais, Angelina Maria Marioti Felício, Representante dos Professores, Vinicius Henrique de Carvalho, Representante dos Alunos, Dulce Maria Manha e Lucinéia Cristina Micleloni dos Santos, Representante dos Pais e José Jamil Rosolem, Representante da Sociedade para a análise do Projeto Político Pedagógico da Escola, a ser encaminhado para a Equipe do Núcleo Regional de Educação para análise e Parecer. Iniciando a reunião a Diretora falou mais uma vez da importância da participação do Conselho na elaboração do Projeto e disse que sendo este uma produção coletiva representa a cara da Escola e os seus anseios na realização de um projeto educativo de qualidade onde o aluno é o centro do processo. Em seguida o Projeto encadernado em 03 vias foi passado aos componentes do Conselho para uma ultima analise. Todos os presentes concordaram com as propostas e APROVARAM o Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Getulio Vargas, por unanimidade. Nada mais havendo a constar, eu Irene Corte dos Reis Soares, secretária designada “ad hoc” lavrei a presente ata que vai assinada por mim, também componente do Conselho Escolar e demais presentes.

Figueira D` Oeste, 14 de Novembro de 2005.

________________________________ANA MARIA NUNES BRAVIN

Presidente do Conselho

OBS. Copia Fiel da Ata de Reunião do Conselho Escolar/2005, lavrada às fls 43 vº do Livro de Reuniões do Conselho Escolar nº 02, onde constam nove assinaturas.

APROVAÇÃO DO CONSELHO ESCOLAR

Ana Maria Nunes ____________________________

______________________________________________________________________118Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

Irene Corte dos Reis Soares ____________________________

Gislaine Mara Ber ____________________________

Helena Cunha da Silva ____________________________

Angelina Maria Marioti Felício ____________________________

Vinicius Henrique de Carvalho ____________________________

Dulce Maria Manha ____________________________

Lucinéia Cristina Micheloni dos Santos ____________________________

José Jamil Rosolem ____________________________

______________________________________________________________________119Projeto Político Pedagógico

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13. – BIBLIOGRAFIA

ALBALA-BERTRAND, Luís. Cidadania e Educação. Rumo a uma prática significativa. São Paulo: Papirus / Brasília: UNESCO, 1999.

AZANHA, J.M.P. Educação: alguns escritos. São Paulo: Melhoramentos, 1987.

BASTOS, João Augusto de Souza L A. Educação Tecnológica: conceitos, características e perspectivas In: REVISTA TECNOLOGIA E INTERAÇÃO . Curitiba: CEFET - PR, 1998.

BERTICELLI, Ireno A.- "Currículo Tendências e Filosofias". Rio de Janeiro Editora DP&A, 1998

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BRASIL. Secretaria Municipal de Educação. Multieducação. Núcleo Curricular Básico. Rio de Janeiro, 1996.

Brasília, n. 22, p. 1-6, jul./ago. 1984b.

CENPEC. Centro de Pesquisas para a Educação e Cultura. UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Criança. Qualidade para todos: o caminho de cada escola. Volume V, São Paulo: Projeto Raízes e Asas, 1996.

COLL, César – "Psicologia e Currículo". São Paulo – Editora Ática, 1998

COSTA, Marisa V. – "O Currículo nos Limiares do Contemporâneo". Rio de Janeiro: 1997

DRUCKER, Pete.Inovação e Empreendedorismo. São Paulo: Futura.1998.

FAZENDA, Ivani C.A. – "Práticas Interdisciplinares na Escola" São Paulo - 2000

FERREIRA, AurélioB.H.(1996) Novo Dicionário da Língua Portuguesa, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996

FERREIRA, Naura S. Carapeto. Gestão Democrática da Educação: atuais tendências, novos desafios. São Paulo: Cortez, 1998.

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

PARTE II

PROPOSTA PADAGÓGICA CURRICULAR

ESCOLA ESTADUAL GETÚLIO VARGAS – ENSINO FUNDAMENTAL

Figueira D’Oeste – Engenheiro Beltrão - Paraná

PROPOSTA CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO

A Escola Estadual Getúlio Vargas – Ensino Fundamental, do Município de

Engenheiro Beltrão, apresenta sua Proposta Curricular para análise e aprovação.

A presente proposta é fruto de Estudos sobre as Diretrizes Curriculares do

Estado do Paraná formuladas pelos Professores da Rede Pública do Estado.

Para a realização da presente proposta primeiramente foi necessária uma revisão

do Projeto Político Pedagógico, onde a comunidade escolar teve a oportunidade de

refletir sobre pontos básicos: principalmente sobre a Escola que temos e a Escola

que queremos para então a partir daí formular uma proposta Curricular que

atendesse aos anseios da Comunidade para a construção de uma escola democrática,

aberta aos interesses do grupo de estudantes e capacitada para oferecer uma educação

de qualidade.

A presente proposta é também uma conquista do grupo de Professores, enquanto

agentes educativos conhecedores das reais necessidades dos estudantes. O currículo

aqui apontado é o caminho mais seguro para o sucesso do ensino, pois parte da

realidade local, para a realidade global, diferente dos currículos anteriores, ditados por

mestres distantes da realidade do aluno, onde o papel do professor era simplesmente o

de repassador de conteúdos editados por currículos e programas estabelecidos por

uma esfera maior .

Desde o ano de 2003, os Professores da escola vêm se capacitando por meio de

Grupos de Estudos para a elaboração do Novo Currículo, um currículo que realmente

atendesse aos interesses dos alunos e que pudesse transformar a Sociedade.

Os Professores da escola Estadual Getúlio Vargas, acreditam que a Escola

Pública é a responsável pela formação da sociedade de massa, e que pela Escola

através da reflexão – ação pode-se formar uma Sociedade coesa, e que é preciso que a

educação de base seja capaz de transformar, transcender e apontar novos rumos para

as nossas crianças e jovens.

______________________________________________________________________124Projeto Político Pedagógico

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A presente Proposta Curricular , está baseada no princípio da construção do

conhecimento pelo estudante, tendo o professor como agente educador e mediador do

processo pedagógico.

Além da utilização dos recursos didáticos disponíveis, a proposta curricular para o

ENSINO FUNDAMENTAL neste Estabelecimento de Ensino busca fundamentarem-se

nos chamados pilares do conhecimento, o aprender a conhecer, aprender a fazer,

aprender a conviver e o aprender a ser, para o desenvolvimento integral do estudante.

Em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino

Fundamental, as áreas do conhecimento a serem trabalhadas serão:

• Artes

• Ciências

• Educação Física

• Ensino Religioso

• Geografia

• História

• Língua Portuguesa

• Matemática

• Língua Estrangeira Moderna – Inglês

A concepção pedagógica da presente proposta curricular, aponta no sentido de

que:

• A escola existe antes de tudo, para os alunos aprenderem o que não podem

aprender sem ela;

• O professor organiza a aprendizagem, avalia os resultados, incentiva a cooperação,

estimula a autonomia e o senso de responsabilidade dos estudantes;

• Nada substitui a atuação do próprio aluno no processo de aprendizagem;

• O ponto de partida é sempre o conhecimento prévio do aluno;

• A avaliação é um instrumento de melhoria do ensino e não uma arma contra o

aluno;

• A aprendizagem bem-sucedida promove a auto-estima do aluno; o fracasso ameaça

o aprender e é o primeiro passo para o desinteresse.

• A Inclusão é uma possibilidade que se abre para o aperfeiçoamento da educação

escolar e para o benefício de todos os alunos com ou sem deficiência.

Nosso Projeto Político Pedagógico prevê que Ensinar é marcar um encontro

com o Outro e a inclusão escolar provoca, basicamente, uma mudança de atitudes

diante do Outro, esse que não é mais um indivíduo qualquer, com o qual convivemos

______________________________________________________________________125Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

um certo tempo de nossas vidas. Mas alguém que é essencial para a nossa constituição

como pessoa e como profissional e que nos mostram os nossos limites e nos faz ir além.

Cumprir o dever de incluir todas as crianças na escola, sejam elas deficientes ou

não supõe, portanto, considerações que extrapolam a simples inovação educacional e

que implicam o reconhecimento de que o outro é sempre diferente, pois a diferença é

o que existe, a igualdade é inventada e a valorização das diferenças impulsiona o

progresso educacional.

Como não poderia deixar de ser, o conteúdo da proposta incorpora as sugestões das

várias abordagens apresentadas nos últimos anos para a Educação Física Escolar,

devidamente selecionadas com os olhos voltados para os aspectos e elementos em

comum e não para diferenças e peculiaridades de cada uma dessas abordagens. Com

isso, procurou-se garantir a coerência interna da proposta, evitando-se tanto o viés

programático como o ecletismo conceitual, tão criticados nas propostas anteriores.

______________________________________________________________________126Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

ESCOLA ESTADUAL GETULIO VARGAS-ENSINO FUNDAMENTAL

PROPOSTA CURRICULAR

ARTES

A necessidade de se expressar artisticamente é inerente ao ser humano. O

homem pré-histórico já fazia isso. Fascinado pelas cores, usava pigmentos extraídos da

natureza para imprimir as pinturas rupestres, registrando assim suas histórias e seus

costumes. Depois de muito experimentar, ele descobriu, por exemplo, que ao esmagar

pedras coloridas e misturá-las com gorduras de animais, obtinha grande variedade de

cores e que o negro encontrava-se no carvão retirado das cavernas.

Do auto-didatismo do homem primitivo aos dias de hoje, as técnicas de

representação artística foram sendo aperfeiçoadas. Surgiram, então, estilos próprios a

cada período histórico, que se pode perceber nas obras de grandes artistas como por

exemplo Van Eyck foi imbatível no domínio da pintura com tinta a óleo. Caravaggio

combinava na mesma imagem, como nenhum outro, realismo e simbolismo. Velásquez

era mestre em criar ilusão de espaço e luz numa superfície plana.

É certo que as obras que fazem parte do patrimônio cultural da humanidade

resultaram da genialidade de artistas de todas as épocas e em outras áreas.

Segundo a atual legislação educacional brasileira, a arte passa a vigorar como área de

conhecimento e trabalho, tendo sido incluída como componente curricular obrigatório

na educação básica. A área de Artes se refere às linguagens artísticas, como as Artes

Visuais, a Música, o Teatro e a Dança.

Há quem entenda o ensino da arte exclusivamente como transmissão de

diferentes técnicas; outros, como mera reprodução de repertórios estabelecidos, e

também outros que consideram a arte um momento de lazer, de auto-expressão, de

desconcentração das "aulas sérias". O ensino de arte hoje, deixa de ter uma visão

meramente técnica, de transmissão de conceitos de forma puramente imitativa, , como

também refuta os princípios da "livre-expressão", do "deixar fazer espontâneo", sem

interferência externa.

Na atual concepção, entende-se que aprender arte envolve não apenas uma

atividade livre de produção artística, mas também envolve compreender o que se faz e

o que os outros fazem, através do desenvolvimento da percepção estética e do

conhecimento do contexto histórico em que foi feita a obra.

Neste Estabelecimento de Ensino a arte será tratada como um objeto de

cultura , criada pelo homem e dentro de um conjunto de relações. A arte faz parte das

formas de conhecimento humano, apresentando especifidades em relação às outras

______________________________________________________________________127Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

disciplinas. Seu lugar na escola é inquestionável, pois uma proposta de ensino

democrático considera a vivência e o conhecimento artístico , um direito de todos.

A Escola Estadual Getulio Vargas tem um posicionamento fundamentado quanto

à disciplina de Educação Artística numa filosofia de busca de valores para uma

educação integral, que transforme o educando em sujeito do seu próprio

desenvolvimento, crítico, criativo, apto a agir e modificar o mundo cultural e a

sociedade em que vive. Portanto a experiência artística visa propiciar uma educação

integral,que leve o educando a uma reorganização interna, que passa pelo nível

cognitivo e implica em ampliação e aprofundamento de seu conhecimento; sócio-

emocional/ sócio cultural.

O aluno será sempre o agente do processo educativo, usando de sua

individualidade para se exprimir e para se relacionar respeitosamente consigo mesmo e

com os outros. A concretização do papel comunicativo e social da arte se dará na

medida em que além do criador, surge um espectador para usufruir e apreciar a obra.

Na escola, o aluno é o criador e também o apreciador. O fazer artístico do aluno é um

fato humanizador, cultural, que envolve um conjunto de diferentes tipos de

conhecimentos, gerando diferentes significações, levando o seu criador a se perceber

como um agente de transformação. Os alunos poderão conhecer o fazer artístico não só

como experiência poética, como também como desenvolvimento de suas

potencialidades; conhecerão o fazer artístico como experiência de comunicação e de

interação grupais, a arte como estrutura formal e como produto cultural.

A concepção de educação para as Artes na Escola Estadual Getulio Vargas é de

que : " a educação integral é a formação do homem como um todo. A escola deve

assegurar a educação do homem, fazendo-o aceder à cultura. O homem, entretanto, só

tem cultura quando se torna capaz de formar uma imagem de si mesmo, de se

compreender no mundo e na história, de dominar o universo por sua ação e por sua

técnica, cooperando com Deus numa Criação continuada. A educação integral não pode

ser atingida só pela instrução. Isto será possível somente pelo trabalho integrado de

todas as matérias, através de objetivos comuns que levem o aluno não apenas a

aprender, mas dar significado ao que aprende(PPP).

Sendo assim pretende-se que o aluno seja levado a conscientizar-se para

desenvolver a responsabilidade, a auto-educação, para que se torne agente de sua

própria educação. Pela disciplina de Educação Artística pretende-se formar indivíduos

críticos, sabedores de sua importância de homens num processo de transformação do

mundo, capazes de analisar a realidade com tranqüilidade, objetividade, firmeza e

justiça.

______________________________________________________________________128Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

CONTEÚDOS PARA A DISCIPLINA DE ARTES

— 5ª Série —

—CONTEUDOS ESTRUTURANTES:

ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS, PRODUÇÕES/MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS E ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES

LINGUAGENS

-ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS

-PRODUÇÕES E MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS

-ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS :

ESTÉTICA- Margens- A necessidade da arte- Conceito da arte- A arte representada nas festas populares- Obras de Arte, Artes PlásticasO DESENHO- Figurativo- Geométrico- AbstratoCORES - Primárias- SecundáriasCÍRCULO CROMÁTICO- Cores quentes- Cores friasDESENHO GEOMÉTRICO- Ponto- Linha- Formas geométricas- Malhas- Tangram- Circunferência- CírculoFOLCLORE E SUAS MANIFESTAÇÕES- Lendas Folclóricas- PainéisEXPRESSÕES ARTÍSTICAS COLETIVAS- Os muraisEXPLORANDO O MUNDO MUSICAL- Som- Melodia- Harmonia-- A música como arteCONTEÚDOS COMPLEMENTARES

______________________________________________________________________129Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

-Cultura Afro-Brasileira

— 6ª Série —

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS, PRODUÇÕES/MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS E ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES

LINGUAGENS:

- ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS

- PRODUÇÕES E MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS

- ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

ESTÉTICA - MargensARTE- A necessidade da arte- Conceito de arteO DESENHO E SUAS FORMAS- Figurativo- Geométrico- AbstratoAS CORES - Primárias- Secundárias- Cor e expressividade- Cores complementares- Cor e matrizesO PONTO GRÁFICO- O ponto gráfico- Pontilhado- A linha, formas e criatividadeO FOLCLORE E SUAS MANIFESTAÇÕES- Músicas- Dança-Movimento: espaço, ações e rítmo- História e Cultura Afro-BrasileiraSIMETRIA- Simetria Bilateral- Simetria Radial- AssimetriaDESENHOS DE FRISAS- Desenhos de frisas

______________________________________________________________________130Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

- Desenhos decorativos- Mural decorativo- SOM- Distribuição do som- Ritmo- Intensidade- Duração- Timbre- Altura- Densidade-ELEMENTOS BÁSICOS DO TEATRO

— 7ª Série —

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS, PRODUÇÕES/MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS E ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES

LINGUAGENS:

- ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS

- PRODUÇÕES E MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS

− ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

ESTÉTICA - MargensARTE- Conceito de arte- A função da arteNOÇÕES DAS CORES- Noções de cores- Gramática das cores- Texturas de diversas formasDATAS COMEMORATIVAS- Confecção de trabalhos manuais alusivos às datas comemorativas.ARTE E GEOMETRIA- Linhas retas - Linhas curvas- Pontilhado - FrisasFOLCLORE E SUAS MANIFESTAÇÕES- Provérbio e adivinhações- História e Cultura Afro-Brasileira- Interpretação de textos

______________________________________________________________________131Projeto Político Pedagógico

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- Confecção de máscarasGRAMÁTICA VISUAL- Figura – FundoTECNICA DA QUADRICULADA- MalhasDANÇA-Movimento -Espaço-Ações-Dinâmicas-RelacionamentoSOM-Melodia-RítmoTEATRO-Expressão corporal-Expressão gestual;-Expressão vocal-Expressão facial

— 8ª Série —

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS,PRODUÇÕES/MANIFESTAÇÕES ART´STICAS E ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES

LINGUAGENS:

- ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS

- PRODUÇÕES E MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS

- ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

ARTE- A arte na Pré-históriaSOM- Propriedades do som- Elementos sonorosCORES- Noções de cores- Percepção e harmonia- Trios e quintetos harmônicos- Efeito especialMANIFESTAÇÕES FOLCLÓRICAS- Painéis

______________________________________________________________________132Projeto Político Pedagógico

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- História e Cultura Afro-BrasileiraA ARTE GREGA- Pintura- Escultura- Arquitetura-Dança-Musica-TeatroA ARTE ROMANA- Pintura- Escultura- ArquiteturaDANÇA-Musica-TeatroA ARTE EGIPCIA- Pintura- Escultura- ArquiteturaDANÇA EGPCIA-Musica-Teatro

METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE ARTES

O fazer arte e pensar sobre o que se realiza, pode garantir ao aluno sempre uma

aprendizagem contextualizada em relação a valores e meios de produção artísticos das

diferentes sociedades, em diferentes épocas. Para isso é importante que o aluno

adquira gradualmente autonomia para aprender a buscar a informação desejada, ser

um indivíduo investigador e que saiba dividir o que aprendeu. É preciso que esteja em

contato constante com temas e atividades que o ajudem a compreender criticamente o

seu momento pessoal e o seu papel como cidadão numa sociedade.

É possível, através da arte, desenvolver projetos, onde o tratamento de temas

socialmente relevantes seja privilegiado. É uma oportunidade para ampliar o

entendimento e a atuação dos alunos perante os problemas vitais que estão presentes

na sociedade, exercitando suas responsabilidade como cidadão. Pode-se abordar o tema

do pluriculturalismo, levando o aluno não somente a identificar semelhanças e

diferenças culturais, como reconhecer a importância de criar mecanismos de

manutenção de cultura dentro de agrupamentos sociais. Permite problematizar temas

como preconceitos, excepcionalidade física ou mental e estereótipos culturais.

O ensino de arte, portanto, é um processo de articulação da experiência , de

significação da relação do indivíduo com o meio e consigo mesmo. Nesse processo de

articulação e ordenação, o potencial criador dialoga com as experiências anteriormente

acumuladas pelo sujeito da ação, relacionando o antigo com o novo, através de uma

transformação que respeita a especificidade do sujeito e o objeto a ser conhecido,

______________________________________________________________________133Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

dando-se aí uma aprendizagem por experiência significativa. A imaginação criadora

permite conceber situações novas, idéias e articular os sentimentos em imagens,

textos, música, dança e movimento. Esta faculdade de imaginar está na raiz de

qualquer processo de conhecimento, seja ele científico, artístico ou técnico. E, além

disto, a arte é um conhecimento que permite aproximar indivíduos, culturas diferentes.

É uma expressão universal e ao mesmo tempo pessoal, uma criação única, inserida

num contexto cultural e histórico. A imaginação criadora permite conceber situações

novas, idéias e articular os sentimentos em imagens, textos, música, dança e

movimento. Esta faculdade de imaginar está na raiz de qualquer processo de

conhecimento, seja ele científico, artístico ou técnico. E, além disto, a arte é um

conhecimento que permite aproximar indivíduos, culturas diferentes. É uma expressão

universal e ao mesmo tempo pessoal, uma criação única, inserida num contexto

cultural e histórico.

Ao aluno deverá ser oportunizado a possibilidade de desenvolver a sua cultura

artÍstica fazendo, conhecendo e apreciando produções artísticas, que são ações que

integram o perceber, o pensar, aprender, recordar, imaginar, sentir, expressar e

comunicar pessoal, onde pode interagir e se relacionar com o ambiente. Ele tem como

fonte de informações novas não só o ambiente escolar, mas pode ser motivado a

apreciar obras de arte de outros a partir de visitas a museus, fontes de informação e

comunicação diversos ( textos, vídeos, gravações, rádio, Internet, etc. ).

Cabe ao professor, problematizar as situações, desafiando o aluno a solucioná-

las, a fim de desenvolver suas estruturas mentais e afetivas. Este deve criar situações

de aprendizagem, apoiado em imagens, músicas, cenas, danças, livros, slides, vídeos,

pois o aluno se atualiza e aumenta o seu próprio repertório artístico. O papel do

professor é o de instrumentalizador técnico, orientador, destinatário das produções dos

alunos, documentador, promotor de trocas entre alunos.

A postura metodológica que será utilizada na área de Artes constará de uma a

metodologia fundamentada em propostas de ensino que incluem a contextualizaçao e a

interdisciplinaridade com as demais disciplinas do currículo de forma crítica e estética

para desenvolver no aluno a capacidade do fazer artístico ( produção artística ), leitura

da obra de arte ( crítica e estética ), contextualização da obra de arte ( História da

arte ).

O fazer artístico deve basear-se no desenvolvimento da criatividade do

educando, dando plena vazão à sua expressividade nas mais diversas linguagens. Deve

enfatizar o exercício da percepção, da fantasia e da imaginação criadora.

O apreciar é desenvolvido através de exercícios de observação da própria produção, da

leitura de obras, assistindo espetáculos teatrais, de música, de dança, na troca de

experiências, nas discussões sobre arte, dos meios de comunicação e do mundo social

______________________________________________________________________134Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

em que a pessoa está inserida. A apreciação estética deve desenvolver o senso crítico

do aluno.

Desta forma acredita-se que a inclusão de todos os alunos no processo de

aprendizagem acontecerá automaticamente pois serão respeitadas as diversidades e

as limitações.

Em Artes – A Cultura Afro será trabalhada em conceitos, artes abstrata,

geometrismo, na dança e outras manifestações artísticas.

Para o desenvolvimento das aulas de Artes serão utilizados o quadro-negro, a

fala do professor, enriquecida com recursos didáticos como: livros, vídeos, televisão,

rádio, computadores, jogos, recortes de jornal, revistas, e outros materiais

diretamente relacionados com o dia-a-dia do aluno e ainda outros recursos que devem

ser integrados a situações que levem o aluno ao exercício da análise e da reflexão.

Assim, a organização do trabalho didático será encaminhada de modo que os

alunos desenvolvam a própria capacidade para construir conhecimentos artísticos e

interagir de forma cooperativa com seus pares, na busca de soluções para problemas,

respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

AVALIAÇÃO

O processo de avaliação tem por objetivo estabelecer critérios que sirvam de

parâmetros que balizem a ação pedagógica. Os critérios de avaliação em Artes

decorrem dos conteúdos, consistem em uma seleção de expectativas que evidenciem a

apropriação destes conteúdos pelos alunos.

Em Artes serão levados em conta os elementos formais na composição artística

pelo modo de organizar e expressar as qualidades estéticas dos objetos, dos sons e da

realidade, de forma que a resolução de uma proposta pautada em resultados positivos

que expressem o equilíbrio, a harmonia, a dinâmica e conhecimentos que possibilitarão

ao aluno:

- Expressar sua leitura sobre a realidade humano-social no trabalho artístico;

- Reconhecer e utilizar os diferentes sistemas de representação artística;

- Fazer uma leitura da produção artística, a partir dos procedimentos que foram

usados;

- Ultrapassar a cópia, a imitação e os estereótipos de representação;

- Superar os hábitos de percepção impostos socialmente, que tendem a ver os objetos

somente sob seus aspectos prático-utilitários;

- Construir, a partir da sensibilidade estética, da imaginação e do conhecimento

técnico, o trabalho artístico, permitido que este venha a ser partilhado com outros

Assim sendo, a avaliação será feita através da verificação do que e como o aluno

prática elaborações artísticas e estéticas sobre o mundo, ressaltando que ele está

______________________________________________________________________135Projeto Político Pedagógico

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aprendendo desde o início do trabalho pedagógico. Pois o resultado de um trabalho em

arte reflete uma exteriorização dos sentimentos e sensações do educando ao longo do

processo escolar

Para isso a avaliação será diagnóstica, somativa, qualitativa, formativa,

contínua, permanente, cumulativa, levando em consideração as atividades

desenvolvidas, a capacidade de síntese e a elaboração pessoal sobre a memorização, e

procurando levar o aluno à construção da temporalidade e à compreensão de que a

própria temporalidade é uma construção histórica.

Os alunos com necessidades educativas especiais serão avaliados de forma

contínua, respeitando suas limitações e dificuldades, num processo ativo e cooperativo

de aprendizagem.

Para a verificação de aprendizagem serão utilizados técnicas e instrumentos

diversificados tais como:

- Testes de conhecimentos;- para que seja detectado possíveis falhas no domínio de

conteúdos;

- Pesquisas bibliográficas para produção de trabalhos práticos;

- Debates com envolvimento e participação de todos os alunos.

- Seminários,

- Relatos de experiências;

- Elaboração de murais e painéis;

- Realização de trabalhos artísticos em grupo.

- Apresentação de teatros, saraus e danças.

- Participação em atividades artísticas coletivas e ou individuais;

BIBLIOGRAFIA

PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Educação Artística, 2006.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Educação Inclusiva, 2006.

ASCHENBACH, Ivanir fazenda – A Arte Magia das Dobraduras. Ed. Scipione, São

Paulo, 1997.

AYALA, Marcos – Cultura popular no Brasil. 2ª ed. Ática, São Paulo, 1995.

BOAL, Augusto – 200 Exercícios de Jogos para o Ator e não Ator com vontade de dizer

Algo através do Teatro, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981, 1 vol.

FREIRE, Gilberto – Biblioteca Educação e Cultura: Realidade Brasileira, Bloch/Fename:

Rio de Janeiro, 1980.

FREITAS, Orlando – Comunicação pela Arte; Educação Artística, FTD: São Paulo, 1977.

JUNIOR, Isaias Marchesi – Desenho Geométrico, Ática: São Paulo, 1997, vol. 2, 3,4.

KAMPMANN, Lotahar - Artesanato para crianças, Melhoramentos: São Paulo, 1982,

MACHADO, Ana Maria – Era Uma vez Três-Arte para Crianças, Berlendis e Vertcchia,

1996.

______________________________________________________________________136Projeto Político Pedagógico

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MACHADO, Maria Clara – Biblioteca Educação e Cultura: Teatro II: Bloch/Fename: Rio

de Janeiro, 1980.

MARCONDES FILHO, Ciro – Televisão: A vida pelo vídeo, Moderna: São Paulo, 1988.

MIGNONE, Francisco –Biblioteca Educação e Cultura: Música, Bloch/Fename: Rio de

Janeiro, 1980.

MOURA, Ieda Camargo de Boscardin, ZAGONEL, Maria Tereza Trevisan,

Musicalizando crianças/ Teria e Prática da Educação Musical, Ática: São Paulo, 1989.

OLIVEIRA, Malaí Guedes de – Hoje é dia de Arte: Educação Artística, Edições

Pedagógicas, São Paulo, 1997.

SNYDERS, Georges – A Escola pode Ensinar as Alegrias da Música? São Paulo: Cortez,

1994, SOUZA, Wladimir Alves – Artes Plásticas, Rio de Janeiro: Fename, 1980, 1 vol.

XAVIER, Natália, AGNER, Albano – Educação Artística- Viver com Arte, Ática: São

Paulo, 1985.

______________________________________________________________________137Projeto Político Pedagógico

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ESCOLA ESTADUAL GETÚLIO VARGAS - ENSINO FUNDAMENTAL

Figueira D’ Oeste- Engenheiro Beltrão - Paraná

CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Ao se pensar em ciência como construção humana, falível e intencional, numa

perspectiva histórica, é fundamental considerar a evolução do pensamento do ser

humano, pois é a partir dele que a historia da ciência propicia ao ensinar e aprender

ciências, uma visão dessa evolução ao apresentar seus limites e possibilidades

temporais e, principalmente ao relacionar a historia com as praticas sociais as quais

está diretamente vinculada.

Desde que o homem começou a se interessar pelos fenômenos à sua volta e

aprender com eles, a ciência se fez presente.

A descoberta do fogo foi um marco na história da humanidade e a partir disso o ser

humano foi apresentando outras necessidades, e a partir das necessidades o

conhecimento cientifico foi ganhando uma importância considerável a ponto de a

Ciência para estudos ser divida em mais ramos como a química, a física e a

biologia.

No Século XX, as contribuições da ciência para a humanidade são incontáveis e,

considerando os últimos 50 anos, ela evoluiu mais do que em dez mil anos. Desde o

primeiro vôo de um avião (1906), passando pelos avanços da química, da física e da

biologia, o lançamento do primeiro satélite artificial (1957), o caminhar do homem na

lua, a informática, são feitos realmente essenciais para o desenvolvimento da ciência e

do pensamento humano. Entretanto, a ciência também tem momentos de efeitos

negativos, ao incrementar as guerras e influenciar a miséria de muitos. O

desenvolvimento tecnológico movido pelos avanços da ciência, ou vice-versa, determina

e é determinado por relações de poder implícitas. Nesse contexto, fica cada vez mais

claro que a ciência é uma construção humana, tem suas implicações, é falível,

intencional e está diretamente relacionada com o avanço da tecnologia e com as

relações sociais.

O Ensino de Ciências no Brasil foi inserido no Currículo a partir do ano de 1931

passando um longo período sendo influenciada pelos ditames da história e pelas

pressões políticas.

No Estado do Paraná, a partir do ano de 2003, inicia-se um novo período na

historia da educação paranaense com a reformulação da política educacional, cujas

propostas busca suscitar no professor a reflexão sobre o ensino ministrado para

buscar novos caminhos para a Disciplina de Ciências.

______________________________________________________________________138Projeto Político Pedagógico

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A Concepção da disciplina de Ciências neste Estabelecimento de ensino entende

que a formação de um cidadão crítico exige sua inserção numa sociedade em que o

conhecimento científico e tecnológico é cada vez mais compreendido e valorizado.

Neste contexto, o papel do Ensino de Ciências é o de colaborar para o aluno a

compreensão do mundo e suas transformações, situando o homem como indivíduo

participativo e parte integrante do Universo.

Os conceitos e procedimentos desta área contribuem para a ampliação das

explicações sobre os fenômenos da natureza, para o entendimento e o questionamento

dos diferentes modos de nela intervir e, ainda, para a compreensão das mais variadas

formas de utilizar os recursos.

O estudo das Ciências ajuda na compreensão do mundo e suas transformações,

permitindo que nos reconheçamos como parte integrante do universo. Por meio desse

saber podemos questionar, criticar o que vemos, e refletir sobre as questões éticas que

estão implícitos na relação entre a Ciência e a sociedade.

A busca de um viver equilibrado relaciona-se com o conhecimento do ambiente

onde o ser humano interage, como ser biológico que é, a fim de usufruir de condições

necessárias à integração com o seu meio, o que promove a melhoria da qualidade de

vida. Para isto a escola procura valorizar a vivência do aluno trabalhando o currículo

através de métodos práticos, experimentos, descrições visuais ou táteis que devem

estar cada vez mais implícitas no contexto educacional, proporcionando ao educando a

curiosidade e o gosto de aprender, desta forma os alunos do ensino fundamental se

habituam com as situações ecológicas e ambientais reais, onde os problemas existem, e

são passíveis de avaliações pessoais consistentes, que a partir deste possam ser vistas

de uma forma crítica e principalmente, consciente dos fatos ao seu redor que serão

aprofundados no Ensino Médio.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

Os objetivos de Ciências para o ensino fundamental são concebidos para que o

aluno desenvolva competências que lhe permitam compreender o mundo e atuar como

indivíduo e como cidadão, utilizando conhecimentos de natureza científica e

tecnológica.

O ensino de Ciências deverá então se organizar de forma que, ao final do ensino

fundamental, os alunos sejam capazes de:

• Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano

parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive;

______________________________________________________________________139Projeto Político Pedagógico

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• Identificar relações entre conhecimento científico, produção de

tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução

histórica;

• Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais

a partir de elementos das Ciências , colocando em prática

conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

• Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

• Saber combinar leituras, observações, experimentações, registros, etc.,

para coleta, organização, comunicação e discussão de fatos e informações;

• Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa

para a construção coletiva do conhecimento;

• Compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser

promovido pela ação coletiva;

• Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas,

distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da

natureza e ao homem.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

— 5.ª SÉRIE —

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

CORPO HUMANO E SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA E ENERGIA – TECNOLOGIA

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS : Água no ecossistema

CONHECIMENTOS FÍSICOS : - Estados físicos da água;- Forças de atração e repulsão entre as partículas da água;- Mudanças do estado físico da água;- Ciclo da água;- Pressão e temperatura;- Densidade;- Pressão exercida pelos líquidos;- Empuxo;- Água como recurso energético. CONHECIMENTOS QUÍMICOS: - Composição da água;- Potencial de Hidrogênio (Ph);- Salinidade;

______________________________________________________________________140Projeto Político Pedagógico

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- Água como solvente universal;- Pureza;- Soluções e misturas heterogêneas.

CONHECIMENTOS BIOLÓGICOSCiclo da água;- Disponibilidade da água na natureza;- Água e os seres vivos;- Hábitat aquático;- Contaminação da água: Doenças – preservação e tratamento, equilíbrio ecológico.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS : Solo no ecossistema

CONHECIMENTOS FÍSICOS: -Tecnologia utilizada para preparar o solo para o cultivo.

CONHECIMENTOS QUÍMICOS- Composição do solo;- Tipos de solo: arenoso, calcário e húmus;- Agentes de transformação do solo: água, ar, seres vivos;- Utilidades do solo;- Adubação: orgânica e inorgânica (compostagem e fertilizantes);- Correção do Ph dos solos;- Processos que contribuem para o empobrecimento do solo: queimadas, desmatamentos e poluição, dentre outros.

CONHECIMENTOS BIOLÓGICOS:- Combate à erosão: tipos de erosão;- Mata ciliar;- Contaminação do solo: doenças – preservação e tratamento;- Condições para manter a fertilidade do solo: curvas de nível, faixas de retenção, terraceamento, rotação de culturas, culturas associadas.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Astronomia e Astronáutica

CONHECIMENTOS FÍSICOS- Sol: fonte de luz e calor;-Radiação;-Instrumentos construídos para estudaros astros: astrolábio,lunetas, telescópios, satélites, foguetes, estações espaciais, radiotelescópio;- Planeta Terra: movimento de rotação (dias e noites) e movimento de translação (estações do ano);- Inclinação do eixo da Terra em relação ao plano da órbita;- Força gravitacional;- Medidas de tempo – instrumentos construídos pelo ser humano para marcar os dias no tempo e no espaço: relógio de sol, ampulhetas, relógios analógicos, digitais e calendários;- Desenvolvimento da Astronáutica e suas aplicações;- Telecomunicações: satélites, internet, ondas, fibra óptica, dentre outras;- Exploração aerofotogramétrica (monitoramento por imagens de satélites);- Utilização dos satélites na meteorologia;- Investigação do espaço sideral por meio de foguetes, sondas espaciais, ônibus espacial e estação espacial;- Estrelas: constelações e orientação;

______________________________________________________________________141Projeto Político Pedagógico

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- Sistema solar: posição da Terra e dos demais planetas.

CONHECIMENTOS QUÍMICOS

- Sol: composição química;- Sistema solar: composição da Terra.- Sol: composição química;- Sistema solar: composição da Terra.

CONHECIMENTOS BIOLÓGICOS

- Planeta Terra: Biosfera;- Sol: produção de vitamina D; - Movimentos da Terra e suas conseqüênciasritmos biológicos;- A lua como satélite natural da Terra: influências sobre a biosfera, marés;- Diagnóstico, tratamento e prevenção dos efeitos das radiações do sol sob o corpo humano:queimaduras, insolação e câncer de pele;- O ser humano no espaço: astronautas;- Relação de adaptação do homens às viagens espaciais;- Sol: fonte de luz e energia: Fotossíntese: processo e armazenamento de energia;- Estrutura da Terra – atmosfera, litosfera e hidrosfera.

— 6.ª SÉRIE —

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

CORPO HUMANO E SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA E ENERGIA – TECNOLOGIA

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

Biodversidade – Características básicas dos seres

CONHECIMENTOS FÍSICOS

CONHECIMENTOS QUÍMICOS

− Metabolismo – Transformação da matéria e da energia: fotossíntese, respiração,

fermentação, decomposição e combustão.

− Equilíbrio térmico;

− Transferência de calor;

− Transmissão de calor;

− Isolamento Térmico;

______________________________________________________________________142Projeto Político Pedagógico

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− Movimento e Locomoção.

CONHECIMENTOS BIOLÓGICOS

Temperatura;- Calor;- Diferenças entre os conceitos de calor e temperatura;- Características básicas que diferenciam os seres vivos dos não-vivos;- Relações de interdependência: seres vivos – seres vivos, seres vivos – ambiente;- Adaptações e controle de temperatura corporal nos organismos;- Interações da pele com o meio: proteção do organismo, regulação da água e

temperatura.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente

CONHECIMENTOS FÍSICOS

− População: taxas, densidade demográfica e fatores que influenciam.

CONHECIMENTOS QUÍMICOS

- Comunidade: transferência de matéria e energia (ciclos biogeoquímicos, teias e cadeias alimentares);− Fotossíntese: importância do processo de produção e armazenamento de energia

química (glicose).

CONHECIMENTOS BIOLÓGICOS

- Seres vivos – Seres vivo;- Seres vivos – Ambiente;- Biosfera, Ecossistema, Comunidade, População, Indivíduo;- Hábitat e nicho ecológico;- Divisões da Biosfera: biociclos terrestre, marinho e de água doce;- Teias e cadeias alimentares: produtores, consumidores e decompositores;- Alimentação e saúde: tipos e funções dos alimentos, nutrientes.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

Biodiversidade Classificação e adaptações morfo-fisiológicas

CONHECIMENTOS FÍSICOS:

- Capilaridade;- Fototropismo;- Geotropismo;- Movimento e locomoção;- Referencial;- Impulso;

______________________________________________________________________143Projeto Político Pedagógico

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- Velocidade;- Aceleração.

CONHECIMENTOS QUÍMICOS

Osmose;- Absorção;- Fotossíntese;- Respiração;- Transpiração;- Gutação;- Fermentação;- Decomposição;- Hibridação.

CONHECIMENTOS BIOLÓGICOS

- Modos de agrupar os seres vivos;- Critérios de classificação;- Cinco reinos dos seres vivos;- Biosfera: adaptações dos seres vivos (animais e vegetais) nos ambientes terrestres e aquáticos;- Biotecnologia da utilização industrial de microorganismos e vegetais: indústria

farmacêutica, química e alimentícia (organismos geneticamente modificados) dentre

outras;

- Vegetais: raiz, caule, folha, fruto e semente;- Vegetais: reprodução e hereditariedade – polinização, fecundação, formação do fruto e semente, disseminação;- Animais: digestão (alimentação), respiração, circulação, excreção, locomoção,

coordenação, relação com o meio, reprodução e hereditariedade.

— 7.ª SÉRIE —

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

CORPO HUMANO E SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA E ENERGIA –

TECNOLOGIA

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

- Níveis de organização dos seres vivos - Organização celular

CONHECIMENTOS FÍSICOS

______________________________________________________________________144Projeto Político Pedagógico

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- Unidades de medidas;- Equipamentos para observação e descrição de células: microscópios e lupas.

CONHECIMENTOS QUÍMICOS:

- Unidades de medidas;- Conceitos básicos: colóides, osmose, difusão, substâncias orgânicas e inorgânicas.

CONHECIMENTOS BIOLOGICOS:

- Aspectos morfo-fisiológicos básicos das células;- Células animais e vegetais (membrana, parede celular, citoplasma e núcleo);- Divisão celular: mitose (células somáticas) – câncer;- Divisão celular: meiose (gametogênese) – anomalias cromossômica;- Aspectos morfo-fisiológicos básicos dos tecidos animais e vegetais;- Conceitos básicos: biosfera, ecossistema, comunidade, população, indivíduo,

sistemas, órgãos, tecidos, células, organelas, moléculas, átomos.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo

CONHECIMENTOS FÍSICOS:

- Diagnósticos: exames clínicos por imagens;- Tratamento: radioterapia

- Intoxicações por agentes físicos: elementos radioativos, pilhas, baterias, dentre

outros.

CONHECIMENTOS QUÍMICOS

- Imunização artificial: soros, vacinas, medicamentos;- Diagnósticos: exames clínicos;- Tratamento: quimioterapia;

-Intoxicação por agentes químicos: agrotóxicos, inseticidas e metais pesados, dentre

outros.

CONHECIMENTOS BIOLÓGICOS

- Doenças causadas por animais; parasitoses, zoonoses e verminoses;- Doenças causadas por microorganismos: parasitoses, infecções bacterianas, viroses,

protozooses e micoses;

- Intoxicações causadas por plantas tóxicas;- Diagnósticos: exames clínicos;- Efeitos da intoxicações causadas por agentes físicos e químicos no organismo;- Sistema imunológico: imunidade, barreira Mecânica, glóbulosbrancos (fagocitose), anticorpos.

______________________________________________________________________145Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

CONTEÚDOS ESPECIFICOS

Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo (Continuação)

CONHECIMENTOS FÍSICOS

-Ação mecânica da digestão; mastigação, deglutição, movimentos peristálticos;- Transporte de nutrientes;- Pressão arterial;- Inspiração e expiração;- Tecnologia de reprodução in vitro;- Inseminação artificial: Tecnologias associadas ao diagnóstico e tratamento das DSTs – AIDS;- Tecnologias envolvidas na manipulação genética: clonagem e células tronco;

CONHECIMENTOS QUÍMICOS

Nutrição: necessidades nutricionais, hábitos alimentares;- Alimentos diet e light;- Ação química da digestão: transformação dos alimentos;- Aproveitamento dos nutrientes;- Reações químicas;- Equações químicas;- Transformação energética;- Eliminação de resíduos;- Hemodiálise;- Sabores, odores e texturas;

CONHECIMENTOS BIOLÓGICOS

- Sistema digestório (digestão);- Disfunções do sistema digestório: prevenção;- Aspectos preventivos da obesidade, da anorexia e da bulimia, dentre outros;- Sistema cardiovascular;- Disfunções do sistema cardiovascular: prevenção;-Aspectos preventivos do Acidente Vascular Cerebral (AVC), do enfarte, da hipertensão e da arteriosclerose, dentre outros;- Sistema respiratório;- Disfunções do sistema respiratório: prevenção;- Aspectos preventivos do enfisema pulmonar, da asma e da bronquite, dentre outros;

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

Corpo humano como um todo integrado

CONHECIMENTOS FÍSICOS:

- Tecnologias associadas ao aconselhamento genético como forma de prevenção à má formação gênica;- Tecnologia envolvida na doação de sangue e de órgãos;- A luz e a visão;- Propagação retilínea da luz e a formação das sombras: Reflexão da luz e as cores dos objetos: Olho humano cmo instrumento óptico;- Modelo físico do processo de visão: espelhos, lentes e refração;- Poluição visual;- Fibras ópticas;

______________________________________________________________________146Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

-Propagação do som no ar;

-Velocidade do som;

O som e a audição;- A qualidade do som;- Reflexos sonoros: eco, poluição sonora;- Próteses que substituem parte e funções de alguns órgãos do corpo;- Aparelhos e instrumentos que o homem constrói pra corrigir algumas deficiências físicas;- Objetos e aparelhos fabricados para corrigir deficiências dos órgãos dos sentidos;- Tecnologias utilizadas para diagnosticar problemas relacionados aos sistemas sensorial, nervoso, endócrino, locomotor (esquelético e muscular), genital, digestório, respiratório, cardiovascular e urinário;- Tecnologias que causam danos ao sistema nervoso central: radiação, metais pesados,

drogas, acidentes com armas de fogo, acidentes de trânsito,

- automedicação, dentre outras;-Correção de lesões ósseas e musculares; traumatismos, fraturas e lesões.

CONHECIMENTOS QUÍMICOS

- Ácidos e bases: identificação, nomenclatura e aplicações;- Ph de diversos produtos e substâncias;- Óxidos e sais;- Substâncias tóxicas de uso industrial: soda cáustica, cal e ácido sulfúrico dentre outras;- Substâncias tóxicas de uso agrícola: agrotóxicos, fertilizantes e inseticidas dentre outras;- Substâncias tóxicas de uso doméstico: detergentes, sabões, ceras, solventes, lustra-móveis, tintas e colas, dentre outras;- Composição química do álcool;- Teor alcoólico das bebidas; - Reações que ocorrem no sistema nervoso e no organismo com a liberação de

neurormônios, como por exemplo a adrenalina.

CONHECIMENTOS BIOLÓGICOS

- Sistema urinário;- Disfunções do sistema urinário: prevenção;- Aspectos preventivos da nefrite, da cistite e da infecção urinária, dentre outros;- Sistema Genital Feminino: prevenção;- Sistema Genital Masculino;- Disfunções do Sistema Genital Masculino: prevenção;

Métodos anticoncepcionais – tipos, ação no organismo, eficácia, acesso, causas e -Conseqüências do uso;- Tecnologia de reprodução in vitro, inseminação artificial;- Tecnologias de reprodução in vitro, inseminação artificial;- Tecnologias associadas ao diagnóstico e tratamento das DSTs – AIDS; - Manipulação genética: clonagem e células tronco;-Aconselhamento genético como forma de prevenção à má formação gênica;

-Doação de sangue e órgãos;- Reprodução – hereditariedade;- Causas e conseqüências da gravidez precoce – prevenção;- Doenças Sexualmente transmissíveis (DSTs) – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS): prevenção;- Defesa do organismo;- Sistema sensorial: visão, audição, gustação, olfação e tato;

______________________________________________________________________147Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

- Portadores de Necessidades Educacionais Especiais: deficiência congênita e adquirida

(causas,

conseqüências e prevenção);- Sistema nervoso: central, periférico, e autônomo.- Disfunções do sistema nervoso: prevenção;- Efeitos das drogas (lícitas e ilícitas) no sistema nervoso;

- Prevenção ao uso de drogas;- Sistema Endócrino;- Glândulas: exócrinas, endócrinas e mistas;- Disfunções do sistema endócrino: prevenção;- Sistema esquelético;- Disfunções do sistema esquelético: prevenção;- Sistema Muscular;- Disfunções do sistema muscular: prevenção.

— 8.ª SÉRIE —

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

Corpo humano como um todo integrado

CONHECIMENTOS FÍSICOS:

- Existência do ar;- Ausência do ar: vácuo;- Aplicação do vácuo;- Atmosfera: camadas;- Propriedades: compressibilidade, expansão, exercer pressão;- Movimentos do ar: formação dos ventos, tipos de ventos, brisa terrestre e marítima;- Velocidade e direção dos ventos;- Resistência do a r;- Pressão atmosférica;- Aparelhos que medem a pressão do ar;- Pressão atmosférica e umidade;- Meteorologia e previsão do tempo;- Eletricidade atmosférica;- Ar como recurso energético;- Tecnologia aeroespacial e aeronáutica;- Força de atrito;- Aerodinâmica;- Deslocamento de veículos automotores;- Velocidade;- Segurança no trânsito: prevenção de acidentes.

CONHECIMENTOS QUÍMICOS

- Composição do ar;- Oxigênio (O2) e Gás Carbônico (CO2) – fotossíntese, respiração e combustão;- Ciclos biogeoquímicos;- Outros elementos presentes no ar;

______________________________________________________________________148Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

- Gases nobres: suas propriedades e aplicações.

CONHECIMENTOS BIOLÓGICOS

- O ar e os seres vivos;- Pressão atmosférica e a audição;- Contaminação do ar: doenças causadas por bactérias e vírus – prevenção e tratamento;- Poluição do ar: agentes causadores;- Causas e conseqüências: efeitos nocivos resultantes do contato com esses agentes;- Medidas para diminuir a poluição do ar.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Poluição e contaminação da água, do ar e do solo

CONHECIMENTOS QUÍMICOS- Poluição térmica;- Poluição sonora;- Medidas contra a poluição – fontes alternativas de energia: energia eólica, hidrelétrica, solar entre outras;- Fenômenos: superaquecimento do planeta, efeito estufa, buraco na camada de ozônio (alterações de temperatura e

CONHECIMENTOS FÍSICOS- Gases tóxicos, resíduos industriais, metais pesados, chuva ácida, elementos radioativos, dentre outros;- Causa e conseqüências da poluição e contaminação da água, do ar e do solo: efeitos nocivos nos seres vivos e no ambiente;-Prevenção e tratamento

CONHECIMENTOS FÍSICOS-Tatamento dos efeitos nocivos resultantes do contato com agentes químicos;- Prevenção e recuperação de áreas degradadas por agentes químicos;- Substâncias puras, misturas homogêneas e heterogêneas;- Densidade das substâncias;- Separação de misturas;- Fase química do tratamento da água;- Fenômenos: superaquecimento do planeta, efeito estufa, buraco na camada de ozônio e poluentes responsáveis.mudanças de estado físico da matéria).

CONHECIMENTOS BIOLÓGICOS

- Equilíbrio e conservação da natureza: fauna, flora, ar, água e solo;- Agentes causadores da contaminação e poluição da água, do ar e do solo:;- Agentes causadores e transmissores de doenças;- Prevenção e tratamento das doenças relacionadas à poluição e contaminação do ar, da água e do solo;- saneamento básico: estações de tratamento da água (ETA), de esgoto (ETE) e do lixo (aterros sanitários, reaproveitamento e reciclagem do lixo);- Doenças relacionadas à falta de saneamento básico e prevenção;- Biodigestor;− Fenômenos: superaquecimento do planeta, efeito estufa, buraco na camada de

ozônio e seus efeitos nocivos aos seres vivos e ao ambiente.−

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOSTransformações da matéria e da energia

CONHECIMENTOS FÍSICOS

- Energia: condutores – tipos, fontes, aplicações, transformações, segurança e prevenção;- Eletricidade: condutores – fontes, aplicações, transformações, segurança e prevenção;- Magnetismo: imãs;- Bússola.

CONHECIMENTOS QUIMICOS Fotossíntese;- Fermentação;- Respiração;- Decomposição;- Combustão

CONHECIMENTOS BIOLÓGICOS

- Cadeia Alimentar;- Teia Alimentar;- Relações de interdependência: seres vivos – seres vivos, seres vivos – ambiente;- Energia na célula: produção, transferência, fontes, armazenamento, utilização;- Nutrientes: tipos e funções.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Segurança no trânsito

CONHECIMENTOS FÍSICOS

- Movimento, deslocamento, trajetória e referencial;

- Velocidade, velocidade média e aceleração;

- Distância;

- Tempo;

- Inércia;

- Resistência do ar;

- Força de atrito, aerodinâmica, equipamentos de segurança nos meios de transporte;

- A relação entre força, massa e aceleração;

- Máquinas simples.

CONHECIMENTOS QUÍMICOS

− Teor alcoólico das bebidas e suas conseqüências no trânsito.

CONHECIMENTOS BIOLÓGICOS

______________________________________________________________________150Projeto Político Pedagógico

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- Acidentes de trânsito relacionados ao uso de drogas (álcool) – causas e

conseqüências;

- Tempo de reação e reflexo comparado entre um organismo que não ingeriu drogas

(álcool) e um embriagado;

-Efeitos do álcool e outras drogas no organismo;

− Prevenção de acidentes.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

- Agenda 21 Escolar

- Educação Fiscal

METODOLOGIA

Para o ensino de Ciências é necessária a construção de uma estrutura geral

da área que favoreça a aprendizagem significativa do conhecimento historicamente

acumulado e a formação de uma concepção de Ciência, suas relações com a Tecnologia

e com a Sociedade. Portanto, é necessário considerar as estruturas de conhecimento

envolvidas no processo de ensino e aprendizagem — do aluno, do professor, da Ciência.

De um lado, os estudantes possuem um repertório de representações,

conhecimentos intuitivos, adquiridos pela vivência, pela cultura e senso comum, acerca

dos conceitos que serão ensinados na escola. O grau de amadurecimento intelectual e

emocional do aluno e sua formação escolar são relevantes na elaboração desses

conhecimentos prévios. Além disso, é necessário considerar, que o professor também

carrega consigo muitas idéias de senso comum, ainda que tenha elaborado parcelas do

conhecimento científico. De outro lado, tem-se a estrutura do conhecimento e seu

processo histórico de produção, que envolve relações com várias atividades humanas,

especialmente a Tecnologia, com valores humanos e concepções de Ciência.

Os campos do conhecimento científico — Astronomia, Biologia, Física, Geociências

e Química — têm por referência as teorias vigentes, que se apresentam como conjuntos

de proposições e metodologias altamente estruturados e formalizados, muito distantes,

portanto, do aluno em formação. Não se pode pretender que a estrutura das teorias

científicas, em sua complexidade, seja a mesma que organiza o ensino e a

aprendizagem de Ciências Naturais no ensino fundamental. As teorias científicas

oferecem modelos lógicos e categorias de raciocínio, um painel de objetos de estudo —

fenômenos naturais e modos de realizar transformações no meio —, que são um

horizonte para onde orientar as investigações em aulas e projetos de Ciências.

______________________________________________________________________151Projeto Político Pedagógico

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A história das Ciências também é fonte importante de conhecimentos na área. A

história das idéias científicas e a história das relações do ser humano com seu corpo,

com os ambientes e com os recursos naturais devem ter lugar no ensino, para que se

possa construir com os alunos uma concepção interativa de Ciência e Tecnologia não-

neutras, contextualizada nas relações entre as sociedades humanas e a natureza. A

dimensão histórica pode ser introduzida na forma de história dos ambientes e das

invenções. Também é possível o professor versar sobre a história das idéias científicas,

conteúdo que passa a ser abordado com mais profundidade nas séries finais do ensino

fundamental.

Pela abrangência e pela natureza dos objetos de estudo das Ciências, é possível

desenvolver a área de forma muito dinâmica, orientando o trabalho escolar para o

conhecimento sobre fenômenos da natureza, incluindo o ser humano e as tecnologias

mais próximas e mais distantes, no espaço e no tempo. Estabelecer relações entre o

que é conhecido e as novas idéias, entre o comum e o diferente, entre o particular e o

geral, definir contrapontos entre os muitos elementos no universo de conhecimentos

são processos essenciais à estruturação do pensamento, particularmente do

pensamento científico. Aspectos do desenvolvimento afetivo, dos valores e das atitudes

também merecem atenção ao se estruturar a área de Ciências Naturais, que deve ser

concebida como oportunidade de encontro entre o aluno, o professor e o mundo,

reunindo os repertórios de vivências dos alunos e oferecendo-lhes imagens, palavras e

proposições com significados que evoluam, na perspectiva de ultrapassar o

conhecimento intuitivo e o senso comum.

Se a intenção é que os alunos se apropriem do conhecimento científico e

desenvolvam uma autonomia no pensar e no agir, é importante conceber a relação de

ensino e aprendizagem como uma relação entre sujeitos, em que cada um, a seu modo

e com determinado papel, está envolvido na construção de uma compreensão dos

fenômenos naturais e suas transformações, na formação de atitudes e valores humanos.

Dizer que o aluno é sujeito de sua aprendizagem significa afirmar que é dele o

movimento de re-significar o mundo, isto é, de construir explicações norteadas pelo

conhecimento científico. Os alunos têm idéias acerca do seu corpo, dos fenômenos

naturais e dos modos de realizar transformações no meio; são modelos com uma lógica

interna, carregados de símbolos da sua cultura. Convidados a expor suas idéias para

explicar determinado fenômeno e a confrontá-las com outras explicações, eles podem

perceber os limites de seus modelos e a necessidade de novas informações; estarão em

movimento de re-significação. Mas esse processo não é espontâneo; é construído com a

intervenção do professor. É o professor quem tem condições de orientar o caminhar do

aluno, criando situações interessantes e significativas, fornecendo informações que

permitam a re-elaboração e a ampliação dos conhecimentos prévios, propondo

articulações entre os conceitos construídos, para organizá-los em um corpo de

______________________________________________________________________152Projeto Político Pedagógico

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conhecimentos sistematizados. Ao longo do ensino fundamental a aproximação ao

conhecimento científico se faz gradualmente. Nos primeiros ciclos o aluno constrói

repertórios de imagens, fatos e noções, sendo que o estabelecimento dos conceitos

científicos se configura nos ciclos finais

Ao professor cabe selecionar, organizar e problematizar conteúdos de modo a

promover um avanço no desenvolvimento intelectual do aluno, na sua construção como

ser social.

Pesquisas têm mostrado que muitas vezes conceitos intuitivos coexistem com

conceitos científicos aprendidos na escola. Nesse caso o ensino não provocou uma

mudança conceitual, mas, desde que a aprendizagem tenha sido significativa, o aluno

adquiriu um novo conceito. Além disso, desde que o professor interfira adequadamente,

o aluno pode ganhar consciência da coexistência de diferentes sistemas explicativos

para o mesmo conjunto de fatos e fenômenos, estando apto a reconhecer e aplicar

diferentes domínios de idéias em diferentes situações. Ganhar consciência da

existência de diferentes fontes de explicação para as coisas da natureza e do mundo é

tão importante quanto aprender conceitos científicos.

Sabe-se também que nem sempre todos os alunos de uma classe têm idéias

prévias acerca de um objeto de estudo. Isso não significa que tal objeto não deva ser

estudado. Significa, sim, que a intervenção do professor será a de apresentar idéias

gerais a partir das quais o processo de investigação sobre o objeto possa se

estabelecer. A apresentação de um assunto novo para o aluno também é instigante, e

durante as investigações surgem dúvidas, constroem-se representações, buscam-se

informações e confrontam-se idéias. É importante, no entanto, que o professor tenha

claro que o ensino de Ciências não se resume à apresentação de definições científicas,

em geral fora do alcance da compreensão dos alunos. Definições são o ponto de

chegada do processo de ensino, aquilo que se pretende que o aluno compreenda ao

longo de suas investigações, da mesma forma que conceitos, procedimentos e atitudes

também são aprendidos.

Em Ciências Naturais são procedimentos fundamentais aqueles que permitem a

investigação, a comunicação e o debate de fatos e idéias. A observação, a

experimentação, a comparação, o estabelecimento de relações entre fatos ou

fenômenos e idéias, a leitura e a escrita de textos informativos, a organização de

informações por meio de desenhos, tabelas, gráficos, esquemas e textos, a proposição

de suposições, o confronto entre suposições e entre elas e os dados obtidos por

investigação, a proposição e a solução de problemas, são diferentes procedimentos que

possibilitam a aprendizagem.

Da mesma forma que os conteúdos conceituais, os procedimentos devem ser

construídos pelos alunos por meio de comparações e discussões estimuladas por

elementos e modelos oferecidos pelo professor.

______________________________________________________________________153Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

No contexto da aprendizagem ativa, os alunos são convidados à prática de tais

procedimentos, no início imitando o professor, e, aos poucos, tornando-se autônomos.

Por exemplo, ao trabalhar o desenho de observação, o professor inicia a atividade

desenhando na lousa, conversando com os alunos sobre os detalhes de cores e formas

que permitem que o desenho seja uma representação do objeto original. Em seguida,

os alunos podem fazer seu próprio desenho de observação, sendo esperado que esse

primeiro desenho se assemelhe ao do professor. Em outras oportunidades os alunos

poderão começar o desenho de observação sem o modelo do professor, que ainda assim

conversa com os alunos sobre detalhes necessários ao desenho. O ensino desses

procedimentos só é possível pelo trabalho com diferentes temas de interesse científico,

que serão investigados de formas distintas. Certos temas podem ser objeto de

observações diretas e/ou experimentação, outros não.

Quanto ao ensino de atitudes e valores, embora muitas vezes o professor não se

dê conta estará sempre legitimando determinadas atitudes com seus alunos. Afinal é

ele uma referência importante para a classe. É muito importante que esta dimensão

dos conteúdos seja objeto de reflexão e de ensino do professor, para que valores e

posturas sejam desenvolvidos tendo em vista o aluno que se tem a intenção de formar.

Em Ciências é relevante o desenvolvimento de posturas e valores pertinentes às

relações entre os seres humanos, o conhecimento e o ambiente. O desenvolvimento

desses valores envolve muitos aspectos da vida social, como a cultura e o sistema

produtivo, as relações entre o homem e a natureza. Nessas discussões, o respeito à

diversidade de opiniões ou às provas obtidas por intermédio de investigação e a

colaboração na execução das tarefas são elementos que contribuem para o aprendizado

de atitudes, como a responsabilidade em relação à saúde e ao ambiente.

Incentivo às atitudes de curiosidade, de respeito à diversidade de opiniões, à

persistência na busca e compreensão das informações, às provas obtidas por meio de

investigações, de valorização da vida em sua diversidade, de preservação do ambiente,

de apreço e respeito à individualidade e à coletividade, têm lugar no processo de

ensino e aprendizagem. No planejamento e no desenvolvimento dos temas de Ciências

em sala de aula, cada uma das dimensões dos conteúdos deve ser explicitamente

tratada. É também essencial que sejam levadas em conta por ocasião das avaliações, de

forma compatível com o sentido amplo que se adotou para os conteúdos do

aprendizado.

Propõe-se para o ensino de Ciências na Escola Estadual Getúlio Vargas uma

metodologia dialética de ação em sala de aula, onde o professor será o mediador e

articulador do processo ensino e aprendizagem.

A Cultura Afro – oferece elementos relacionados a todas as áreas do

conhecimentos.

______________________________________________________________________154Projeto Político Pedagógico

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Em Ciências a cultura Afro estará inserida desde a origem do homem e a povoação do

planeta, com ênfase na igualdade – biologicamente todos os homens são iguais. As

diferenças físicas não interferem na capacidade intelectual o que difere um homem do

outro pode ser a coloração da melanina na pele.

O trabalho escolar será orientado de maneira que os fenômenos da natureza e

os produtos tecnológicos, tanto os que estão próximos de nós como os mais distantes

no espaço e no tempo possam estabelecer relações entre o conhecido e o novo, entre

o comum e o diferente e os variados fenômenos da natureza.

A metodologia contará de:

• Exposição do conteúdo utilizando fatos do cotidiano como notícias de jornal,

revistas exemplos do dia-a-dia do aluno;

• Aulas expositivas com explanação oral;

• Seminários com uso de cartazes, revistas e jornais ilustrativos

• Trabalhos direcionados de pesquisas bibliográficas diversas para complementação

do livro didático.

• Debates dos conteúdos lidos como atividade de casa através de questionamentos

induzidos pelo professor.

• Produção de textos reproduzidos através de gravuras, fitas de vídeo, etc.

• Interpretação de textos e reprodução dramática do mesmo;

• Apresentação de vídeos para fixação e ilustração dos conteúdos

• Apresentação e elaboração de mapas de acordo com o conteúdo estudado

• Realização de exercícios de fixação.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Coerentemente à concepção da Disciplina de Ciências e aos objetivos propostos,

a avaliação deve considerar o desenvolvimento das capacidades dos alunos com relação

à aprendizagem de conceitos, de procedimentos e de atitudes.

A avaliação da aquisição dos conteúdos pode ser efetivamente realizada ao se

solicitar ao aluno que interprete situações determinadas, cujo entendimento demanda

os conceitos que estão sendo aprendidos, ou seja, que interprete uma história, uma

figura, um texto ou trecho de texto, um problema ou um experimento. São situações

semelhantes, mas não iguais, àquelas vivenciadas anteriormente no decorrer dos

estudos. São situações que também induzem a realizar comparações, estabelecer

relações, proceder a determinadas formas de registro, entre outros procedimentos que

desenvolveu no curso de sua aprendizagem. Desta forma, tanto a evolução conceitual

quanto a aprendizagem de procedimentos e atitudes estão sendo avaliadas.

______________________________________________________________________155Projeto Político Pedagógico

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É necessário que a proposta de interpretação ocorra em suficiente número de

vezes para

que o professor possa detectar se os alunos já elaboraram os conceitos e

procedimentos em estudo, se estão em processo de aquisição, ou se ainda expressam

apenas conhecimentos prévios.

Note-se que este tipo de avaliação não constitui uma atividade desvinculada do

processo de ensino e aprendizagem, sendo, antes, mais um momento desse mesmo

processo.

O erro faz parte do processo de aprendizagem e pode estar expresso em

registros, respostas, argumentações e formulações incompletas do aluno. O erro

precisa ser tratado não como incapacidade de aprender, mas como elemento que

sinaliza ao professor a compreensão efetiva do aluno, servindo, então, para reorientar a

prática pedagógica e fazer com que avance na construção de seu conhecimento. O erro

é um elemento que permite ao aluno entrar em contato com seu próprio processo de

aprendizagem, perceber que há diferenças entre o senso comum e os conceitos

científicos e é necessário saber aplicar diferentes domínios de idéias em diferentes

situações.

Sendo assim a avaliação nesta Escola tem função diagnóstica e não

classificatória e será feita a partir de critérios.

Os critérios para avaliação são decorrentes da forma pela qual o ser humano aprende,

ou seja, o que é necessário para que o aluno avance no caminho da aquisição do

conhecimento envolvendo a participação entre professor e aluno.

A avaliação será conduzida tendo em vista a assimilação dos conteúdos pelos

alunos. Para isso a avaliação será diagnóstica, somativa, qualitativa, formativa,

contínua, permanente, cumulativa, levando em consideração as atividades

desenvolvidas, a capacidade de síntese e a elaboração pessoal sobre a memorização.

Para a verificação da aprendizagem serão utilizados técnicas e instrumentos

diversificados tais como:

• Testes de conhecimentos;- para que seja detectado possíveis falhas no domínio de

conteúdos;

• Pesquisas bibliográficas para produção de trabalhos práticos;

• Debates com envolvimento e participação de todos os alunos.

• Seminários,

• Relatos de experiências;

• Elaboração de Relatórios e sínteses;

• Realização de trabalhos em grupo.

• Resolução de exercícios na escola e em casa;

• Participação em atividades coletivas e ou individuais;

______________________________________________________________________156Projeto Político Pedagógico

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• Realização de atividades complementares propostas e outras atividades

significativas, que avaliem domínios dos alunos elevando o grau de aprendizado.

BIBLIOGRAFIA

CAVICHIOLI, Cleusa – Viver Ciências:Seres vivos/SAMPAIO ,Elvira, São Paulo Brasil,

1990.

COSTA, Maria da Luz M- Vivendo Ciências : São Paulo, FTD, 1999.

CRUZ, Daniel – Os seres vivos, São Paulo, Ática,2003

GEWANDSZNAJDER, Fernando, Ciências/Livro do Professor, São Paulo, Ática, 2002.

GOWDAK, Demétrio – Ciências Novo Pensar, São Paulo, FTD, 2002

PARANÁ, Diretrizes Curriculares para para a Educação Inclusiva, 2006.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares para o Ensino de Ciências, 2006.

______________________________________________________________________157Projeto Político Pedagógico

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ESCOLA ESTADUAL GETÚLIO VARGAS-ENSINO FUNDAMENTAL

Figueira D´Oeste- Engenheiro Beltrão - Paraná

PROPOSTA CURRICULAR

EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL

Apresentação Geral da Disciplina:

O ser humano, desde suas origens, produziu cultura. Sua história é uma história de

cultura, na medida em que tudo o que faz está inserido num contexto cultural,

produzindo e reproduzindo cultura. O conceito de cultura é aqui entendido como o

produto da sociedade, da coletividade à qual os indivíduos pertencem, antecedendo-os

e transcendendo-os.

O trabalho na área da Educação Física tem seus fundamentos nas concepções de corpo

e movimento. Ou seja, a natureza do trabalho desenvolvido nessa área tem íntima

relação com a compreensão que se tem desses dois conceitos.

Por suas origens militares e médicas e por seu atrelamento quase servil aos

mecanismos de manutenção do status quo vigente na história brasileira, tanto a prática

como a reflexão teórica no campo da Educação Física restringiram os conceitos de

corpo e movimento – fundamentos de seu trabalho – aos seus aspectos fisiológicos e

técnicos.

Atualmente, a análise crítica e a busca de superação dessa concepção apontam a

necessidade de que, além daqueles, se considere também as dimensões cultural, social,

política e afetiva, presentes no corpo vivo, isto é , no corpo das pessoas, que interagem

e se movimentam como sujeitos sociais e como cidadãos.

Buscando uma compreensão que melhor contemple a complexidade da questão, a

proposta Curricular adota a distinção entre organismo – um sistema estritamente

fisiológico – e corpo – que se relaciona dentro de um contexto sociocultural – e aborda

os conteúdos da Educação Física como expressão de produções culturais, como

conhecimentos historicamente acumulados e socialmente transmitidos. Portanto, a

proposta Pedagógica vigente entende a Educação Física como uma cultura corporal.

Embora numa aula de Educação Física os aspectos corporais sejam mais evidentes,

mais facilmente observáveis, e a aprendizagem esteja vinculada à experiência prática,

o aluno precisa ser considerado como um todo no qual aspectos cognitivos, afetivos e

corporais estão inter-relacionados em todas as situações.

Não basta a repetição de gestos estereotipados, com vistas a automatiza-os e

reproduzi-los. É necessário que o aluno se aproprie do processo de construção de

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conhecimento relativos ao corpo e movimento e que construa uma possibilidade

autônoma de utilização de seu potencial gestual.

O processo de ensino e aprendizagem em Educação Física, portanto, não se restringe

ao simples exercício de certas habilidades e destrezas, mas sim de capacitar o

indivíduo a refletir sobre suas possibilidades corporais e, com autonomia, exerce-las de

maneira social, significativa e adequada.

Objetivos gerais da Disciplina

Espera-se ao final do ensino fundamental os alunos sejam capazes de:

• Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e

construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de

desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminar por características

pessoais, físicas, sexuais ou sociais;

• Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e

esportivas, repudiando qualquer espécie de violência;

• Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações de

cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso valioso para a

integração entre pessoas e entre diferentes grupos sociais;

• Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis

de higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os com os efeitos

sobre a própria saúde e de recuperação, manutenção e melhoria da saúde coletiva;

• Solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos, regulando e

dosando o esforço em um nível compatível com as possibilidades, considerando que

o aperfeiçoamento e o desenvolvimento das competências corporais decorrem de

perseverança e regularidade e que devem ocorrer de modo saudável e equilibrado;

• Reconhecer condições de trabalho que comprometam os processos de crescimento

e desenvolvimento, não as aceitando para si nem para os outros, reivindicando

condições de vida dignas;

• Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética corporal que existem

nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura em

que são produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela mídia e

evitando o consumismo e o preconceito;

• Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como

reivindicar locais adequados para promover atividades corporais de lazer,

reconhecendo-as como uma necessidade básica do ser humano e um direito do

cidadão;

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• Compreender que o corpo é carregado de significados portanto devemos refletir

sobre posturas, atitudes e gestos;

• Colaborar no desenvolvimento de projetos educacionais, articulando-se os

conhecimentos aprendidos na Disciplina de Educação Física com o conhecimento

das demais disciplinas;

• Compreender que as práticas esportivas seja representada em músicas, dança,

teatro, etc., além de possibilitarem articulações com as demais linguagens, favorece

a formação da identidade e da cidadania do jovem que se educa, fecundando a

consciência de uma sociedade multicultural onde ele confronta seus valores,

crenças e competências culturais no mundo no qual está inserido;

• Levar o aluno a compreender que atitudes de conflitos, desejos, insegurança e

dúvidas, onde a imagem corporal está em evidência, e relacionada à beleza e a

auto-estima, quase sempre influenciada por modelos externos impostos pela

sociedade, contribui para conceitos e comportamentos estereotipados e alienados;

• Compreender que a Educação Física possui características que lhe permite buscar

o equilíbrio entre as diferentes modalidades de inteligências, pois esta é rica em

conteúdos que fazem a ponte entre o movimento, a reflexão e a emoção.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS 5ª Série

1 – Conteúdo Estruturante:

a) Expressividade Corporal.

2 – Conteúdos Específicos:

a) Manifestações esportivas;

b) Manifestações Ginásticas;

c) Brincadeiras, Brinquedos e Jogos;

d) Manifestações estético-corporais na dança e no teatro;

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

2.a. - Manifestações esportivas:

• Origem dos diferentes esportes;

• Diferentes Esportes e sua mudança na história;

• O esporte como fenômeno de massa;

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• Princípios básicos dos esportes;

• O sentido da competição esportiva;

• As possibilidades dos esportes como atividade corporal;

• Os elementos básicos constitutivos dos esportes;

• Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.

2.b. – Manifestações Ginásticas:

• Origem da ginástica e sua mudança no tempo;

• Diferentes tipos de ginásticas;

• Práticas ginásticas;

• Cultura da rua;

• Cultura do circo.

2.c. – Brincadeiras, Brinquedos e jogos:

• A construção coletiva de jogos e brincadeiras;

• Por que brincamos?;

• Oficina de construção de brinquedos;

• Brinquedos e brincadeiras tradicionais,

• Brinquedos cantados;

• Diferentes manifestações e tipos de jogos;

• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;

• Diferenças entre jogo e esporte.

2.d. - Manifestações estético-corporais na dança e no teatro:

• A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;

• Diferentes tipos de dança;

• Danças tradicionais e folclóricas;

• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressiavas;

• Expressão corporal com e sem materiais.

3 – Conteúdos Complementares:

• O corpo que brinca e aprende: manifestações lúdicas;

______________________________________________________________________161Projeto Político Pedagógico

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• Desenvolvimento corporal e construção da saúde;

• Relação do corpo com o mundo do trabalho.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS – 6ª SÉRIE

1 – Conteúdo Estruturante:

a) Expressividade Corporal.

2 – Conteúdos Específicos:

a) Manifestações esportivas;

b) Manifestações Ginásticas;

c) Brincadeiras, Brinquedos e Jogos;

d) Manifestações estético-corporais na dança e no teatro;

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

2.a. - Manifestações esportivas:

• Origem dos diferentes esportes;

• Diferentes Esportes e sua mudança na história;

• O esporte como fenômeno de massa;

• Princípios básicos dos esportes;

• O sentido da competição esportiva;

• As possibilidades dos esportes como atividade corporal;

• Os elementos básicos constitutivos dos esportes;

• Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.

2.b. – Manifestações Ginásticas:

• Origem da ginástica e sua mudança no tempo;

• Diferentes tipos de ginásticas;

• Práticas ginásticas;

• Cultura da rua;

• Cultura do circo.

2.c. – Brincadeiras, Brinquedos e jogos:

______________________________________________________________________162Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

• A construção coletiva de jogos e brincadeiras;

• Por que brincamos?;

• Oficina de construção de brinquedos;

• Brinquedos e brincadeiras tradicionais,

• Brinquedos cantados;

• Diferentes manifestações e tipos de jogos;

• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;

• Diferenças entre jogo e esporte.

2.d. - Manifestações estético-corporais na dança e no teatro:

• A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;

• Diferentes tipos de dança;

• Danças tradicionais e folclóricas;

• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressiavas;

• Expressão corporal com e sem materiais.

3 – Conteúdos Complementares:

• O corpo que brinca e aprende: manifestações lúdicas;

• Desenvolvimento corporal e construção da saúde;

• Relação do corpo com o mundo do trabalho.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS – 7ª SÉRIE

1 – Conteúdo Estruturante:

a) Expressividade Corporal.

2 – Conteúdos Específicos:

a) Manifestações esportivas;

b) Manifestações Ginásticas;

c) Brincadeiras, Brinquedos e Jogos;

d) Manifestações estético-corporais na dança e no teatro;

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

2.a. - Manifestações esportivas:

• Origem dos diferentes esportes;

• Diferentes Esportes e sua mudança na história;

• O esporte como fenômeno de massa;

• Princípios básicos dos esportes;

• O sentido da competição esportiva;

• As possibilidades dos esportes como atividade corporal;

• Os elementos básicos constitutivos dos esportes;

• Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.

2.b. – Manifestações Ginásticas:

• Origem da ginástica e sua mudança no tempo;

• Diferentes tipos de ginásticas;

• Práticas ginásticas;

• Cultura da rua;

• Cultura do circo.

2.c. – Brincadeiras, Brinquedos e jogos:

• A construção coletiva de jogos e brincadeiras;

• Por que brincamos?;

• Oficina de construção de brinquedos;

• Brinquedos e brincadeiras tradicionais,

• Brinquedos cantados;

• Diferentes manifestações e tipos de jogos;

• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;

• Diferenças entre jogo e esporte.

2.d. - Manifestações estético-corporais na dança e no teatro:

• A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;

• Diferentes tipos de dança;

• Danças tradicionais e folclóricas;

______________________________________________________________________164Projeto Político Pedagógico

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• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressiavas;

• Expressão corporal com e sem materiais.

3 – Conteúdos Complementares:

• O corpo que brinca e aprende: manifestações lúdicas;

• Desenvolvimento corporal e construção da saúde;

• Relação do corpo com o mundo do trabalho.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS - 8ª SÉRIE

1 – Conteúdo Estruturante:

a) Expressividade Corporal.

2 – Conteúdos Específicos:

a) Manifestações esportivas;

b) Manifestações Ginásticas;

c) Brincadeiras, Brinquedos e Jogos;

d) Manifestações estético-corporais na dança e no teatro;

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

2.a. - Manifestações esportivas:

• Origem dos diferentes esportes;

• Diferentes Esportes e sua mudança na história;

• O esporte como fenômeno de massa;

• Princípios básicos dos esportes;

• O sentido da competição esportiva;

• As possibilidades dos esportes como atividade corporal;

• Os elementos básicos constitutivos dos esportes;

• Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.

2.b. – Manifestações Ginásticas:

______________________________________________________________________165Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

• Origem da ginástica e sua mudança no tempo;

• Diferentes tipos de ginásticas;

• Práticas ginásticas;

• Cultura da rua;

• Cultura do circo.

2.c. – Brincadeiras, Brinquedos e jogos:

• A construção coletiva de jogos e brincadeiras;

• Por que brincamos?;

• Oficina de construção de brinquedos;

• Brinquedos e brincadeiras tradicionais,

• Brinquedos cantados;

• Diferentes manifestações e tipos de jogos;

• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;

• Diferenças entre jogo e esporte.

2.d. - Manifestações estético-corporais na dança e no teatro:

• A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;

• Diferentes tipos de dança;

• Danças tradicionais e folclóricas;

• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressiavas;

• Expressão corporal com e sem materiais.

3 – Conteúdos Complementares:

• O corpo que brinca e aprende: manifestações lúdicas;

• Desenvolvimento corporal e construção da saúde;

• Relação do corpo com o mundo do trabalho.

______________________________________________________________________166Projeto Político Pedagógico

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METODOLOGIA

Para contemplar uma Diretriz que aponta um novo olhar sobre a Educação Física,

compreendendo o corpo que brinca e aprende, refletindo sobre o potencial expressivo

do corpo, o desenvolvimento corporal, a construção da saúde e a relação do corpo

com o mundo do trabalho, os pressupostos norteadores da ação pedagógica, levará em

consideração o aluno como um ser em desenvolvimento, cujas propriedades estão, ao

mesmo tempo, influenciando e sendo influenciado pelo ambiente em que está inserido.

Em Educação Física a disciplina que se dedica à educação do corpo a cultura afro dará

ênfase aos jogos e brincadeiras de origem africana.

A inclusão dos alunos portadores de necessidades educativas especiais, sejam elas por

deficiências físicas, motoras, de etnias, entre outras serão trabalhados de forma que o

processo de aprendizagem atinja a todos os alunos sem nenhuma distinção.

Os assuntos trabalhados deverão ser contextualizados favorecendo aos alunos uma

aprendizagem que busque o desenvolvimento da autonomia, da cooperação, da

participação social e da afirmação de valores e princípios democráticos.

Os encaminhamentos metodológicos serão encaminhados de forma que:

- O trabalho seja planejado a partir dos conhecimentos trazidos pelos alunos de

vivencias anteriores.

- O tempo, o espaço e o material seja adequado para atender as diversidades da

classe.

- Os conteúdos estejam adequados com a realidade do aluno, da escola e da

comunidade, com os eixos centrais de organização da disciplina juntamente com

os eixos das demais disciplinas do currículo .

- Crie situações para que os alunos se conscientizem de seus progressos e

dificuldades.

- Estimule o desenvolvimento do corpo, do espírito crítico e também desenvolva a

linguagem e a fluência verbal.

- Contribua para a formação da personalidade do aluno, da consciência sobre saúde,

higiene e domínio da linguagem gestual e verbal.

A inclusão desafio maior para o professor vai acontecer à medida em que o respeito à

diversidade for sendo incorporado ao contexto escolar

______________________________________________________________________167Projeto Político Pedagógico

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AVALIAÇÃO

A avaliação será conduzida tendo em vista ao alcance dos objetivos definidos como

produto desejado, tendo como pressuposto a capacidade dos alunos em desenvolver

conhecimentos ao longo do processo escolar.

A avaliação será contínua, permanente, cumulativa, levando em consideração as

atividades desenvolvidas, a capacidade de síntese e a elaboração pessoal sobre a

memorização.

Servirá de referência tanto para o professor como para o aluno.

A avaliação contínua será utilizada para possibilitar a superação das dificuldades do

aluno sendo uma constante forma de repensar a práxis pedagógica do professor e as

possibilidades dos alunos;

Permanente permitindo um avaliar constante na apropriação de conhecimentos pelo

aluno no decorrer do processo educativo.

Cumulativa, expressando a totalidade do aproveitamento escolar.

A verificação de aprendizagem utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais

como: testes de conhecimentos, pesquisas bibliográficas, trabalhos práticos, debates,

seminários, experiências, relatórios, sínteses, trabalhos em grupo, resolução de

exercícios, participação em atividades esportivas coletivas e /ou individuais, atividades

complementares propostas pelo professor, e outras atividades significativas que

avaliem o grau de aprendizado do educando.

.Os alunos com necessidades educativas especiais sejam elas físicas, sociais, de etnias

ou outras serão avaliados de forma contínua, respeitando suas limitações e

dificuldades, num processo ativo e cooperativo de aprendizagem.

BIBLIOGRAFIA:

CAMARA, Helder – Diagonais Crônicas de Xadrez. Ed. Saraiva, São Paulo, 1996.

CASTELLANI FILHO, Lino.Educação Física no Brasil: a história que não se conta. 2

ed. Campinas: Papirus, 1991.

COLETIVO de Autores – Metodologia do Ensino de Educação Física, Cortez: São Paulo,

1993

CORTES, Gustavo. Dança, Brasil: festas e danças populares. Belo Horizonte: Leitura,

2000.

CRESPO, Jorge. A história do corpo. Lisbo: Difel, 1990.

______________________________________________________________________168Projeto Político Pedagógico

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CURRICULARES, Diretrizes – Ensino fundamental, Educação Física – Governo do

Estado do Paraná – 2006

CURRICULARES, Diretrizes –Educação Inclusiva – Governo do Estado do Paraná –

2006

FARIA FILHO, Luciano Mendes. Dos pardieiros aos palácios: cultura escolar e

urbana em Belo Horizonte na primeira República. Passo Fundo: Editora da UPF, 2000.

FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação física.

São Paulo: Scipione, 1992.

KUNZ, Elenor. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí, Unijuí, 1994.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995.

MARCELINO, Nelson Carvalho. Lúdico, educação e educação física. Ijuí, Unijuí,

1999.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares para a Educação Inclusiva, 2006

TANI, Go et alii. Educação Física escolar: fundamentos para uma abordagem

desenvolvimentista. São Paulo: EPU/EDUSP, 1988.

______________________________________________________________________169Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

ESCOLA ESTADUAL GETULIO VARGAS-ENSINO FUNDAMENTAL

Figueira D`Oeste – Engenheiro Beltrão - Paraná

GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das

estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de

organização. Observar a dinâmica das estações do ano, conhecer o ciclo reprodutivo da

natureza, a direção e dinâmica dos ventos, o movimento das marés e as correntes

marítimas, bem como as variações climáticas e a alternância, entre período seco e

chuvoso foi essencial para os primeiros povos agricultores. Esses conhecimentos

permitiam às sociedades se relacionarem com a natureza e modificá-la em beneficio

próprio.

Na antiguidade clássica muito se avançou na elaboração dos saberes

geográficos. Ampliaram-se os conhecimentos e as relações sociedade-natureza,

extensão e características físicas e humanas dos territórios imperiais.

Foi nesse contexto que se desenvolveram outros conhecimentos como os

relativos à elaboração de mapas, forma da terra, distribuição de terras e águas,

latitude, definições climáticas e outros.

Na Idade Média, os conhecimentos geográficos da antiguidade foram

substituídos pela visão imposta pelo poder político que predominou esse período

instituído pela Igreja vinculados aos ensinamentos bíblicos cuja verdade não podia ser

questionada.

A partir do Século XII as questões cartográficas, bem como a forma do planeta,

voltaram a ser discutidas, quando os mercadores precisavam representar o espaço com

detalhes para registrar as rotas marítimas, a localização e distancias dos continentes.

Os saberes geográficos, nesse processo histórico, passaram a ser evidenciados nas

discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam explicar questões

referentes ao espaço e à sociedade.

No imperialismo do século XIX, foram criadas diversas sociedades geográficas,

que tinham apoio dos Estados colonizadores como Inglaterra, França e Prússia, que

mais tarde, viria a ser a atual Alemanha. As pesquisas dessas sociedades subsidiaram o

surgimento das escolas nacionais de pensamento geográfico – destacadamente a alemã

e a francesa.

______________________________________________________________________170Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

O pensamento geográfico, da escola alemã, teve como precursores Uumboldt

(1769-1859) e Ritter (1779-1859) mas coube a Ratzel (1844-1904) destaque como

fundador da geografia sistematizada, institucionalizada e considerada científica. O

pensamento geográfico da escola francesa, por sua vez, teve como principal

representante Vidal de La Blache (1845-1918).

A produção teórica destas duas escolas marca a dicotomia sociedade-natureza e o

determinismo geográfico que justificou o avanço neo-colonialista dos impérios

europeus na conquista de territórios da África e da Ásia.

Enquanto na Europa, principalmente na Alemanha e na França, a Ciência

Geográfica já se encontrava sistematizada e presente nas universidades desde o século

XIX, no Brasil, isso só aconteceu mais tarde.

As idéias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no século XIX e

apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras.

A institucionalização da Geografia no Brasil, no entanto se consolidou apenas a

partir da década de 1930. Nesse contexto, as pesquisas desenvolvidas buscavam

compreender e descrever o ambiente físico nacional com o objetivo de servir aos

interesses políticos do Estado na perspectiva do nacionalismo econômico.

No ensino, essa visão da Geografia traduziu-se pelo estudo descritivo das paisagens

naturais ou humanizadas. A didática baseava-se principalmente na descrição e na

memorização dos elementos que compõem as paisagens, tendo em vista que esses

constituem a dimensão passível de observação do território ou lugar. Eliminava-se

qualquer forma de compreensão ou subjetividade que comprometesse a análise

"neutra" da paisagem estudada. O aluno podia descrever, relacionar os fatos naturais,

fazer analogias, elaborar sínteses ou generalizações, mas objetivamente.

As transformações históricas relacionadas aos modos de produção após a Segunda

Guerra Mundial, trouxeram mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais na

Ordem Mundial que interferiram no pensamento geográfico sob diversos aspectos. O

capitalismo tornou-se monopolista, a urbanização intensificou-se, começando a surgir

as megalópoles, o espaço agrário subordinou-se à industrialização, sendo organizado a

partir desta, as realidades locais passam a se articular a uma rede de escala mundial.

Cada lugar passou a estar conectado a uma realidade maior, perdendo sua capacidade

de explicar-se por si mesmo. A Geografia Tradicional, com seus métodos e teorias

descritivas, não era mais suficiente para explicar a complexidade do espaço.

Assim, as mudanças que marcaram o período histórico do pós segunda guerra mundial

desencadearam tanto reformulações teóricas na geografia, quanto o desenvolvimento

de novas abordagens para os campos de estudo desta Ciência. No Brasil, o percurso

dessas mudanças foi afetado pelas tensões políticas dos anos 60, que elevaram a

modificações no ensino de Geografia na organização curricular da escola.

______________________________________________________________________171Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

A valorização da formação profissional nesse período contribuiu para as

transformações significativas no ensino, regulamentadas pela Lei 5692/71 que afetou,

principalmente, as disciplinas relacionadas às ciências humanas e instituiu a área de

estudo denominada Estudos Sociais que, no 1º Grau envolveria os conteúdos de

Geografia e História.

O ensino da área de estudo, transformada na disciplina de Estudos Sociais, como já

apontado, na garantia a inter-relação entre os conteúdos de Geografia e História, o que

tornava essa disciplina meramente ilustrativa e superficial.

No Estado do Paraná, esse movimento iniciou-se em 1983, quando a Associação

Paranaense de História (APAH), promoveu o primeiro encontro paranaense de História

e Geografia como disciplinas isoladas.

Esse movimento adotou o método do materialismo dialético para os estudos

geográficos e para a abordagem dos conteúdos de ensino de Geografia. A chamada

Geografia Crítica, como linha teórico-metodológica do pensamento geográfico, deu

novas interpretações aos conceitos geográficos e ao objeto de estudo da geografia,

trazendo as questões econômicas, sociais e políticas como fundamentais para a

compreensão do espaço geográfico.

No Paraná, as discussões sobre a emergente Geografia Crítica – enquanto método e

conteúdo de ensino - ocorreram no final da década de 80 em cursos de formação

continuada e discussões sobre a reformulação curricular promovidas pela Secretaria

de Estado da Educação que publicou em 1990, o “Currículo Básico para a Escola

Publica do Estado do Paraná” . Esse documento representava um Projeto Político

Pedagógico que expressava a necessidade de repensar os fundamentos teóricos e

conteúdos básicos das disciplinas.

A abordagem teórica crítica proposta para o ensino de Geografia, naqueles

documentos, baseava-se numa geografia que compreendia o espaço geográfico como

social, produzido e reproduzido pela sociedade humana.

A compreensão e a incorporação da Geografia Crítica foi gradativa e inicialmente

vinculada tanto aos programas de formação continuada que aconteceram no final dos

anos 80 e inicio de 90, quanto a utilização de livros didáticos escritos a partir daquela

perspectiva teórica.

Encontros e conferências realizados em âmbito mundial, priorizavam a educação

(inclusive a educação básica) como alvo das reformas necessárias para a formação do

novo perfil de trabalhador, necessário para o capitalismo no atual período histórico. Foi

nesse contexto que ocorreu a produção e a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional (Lei 9394/96), bem como a construção dos Parâmetros

Curriculares Nacionais.

______________________________________________________________________172Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

A partir de então, os PCN apresentaram-se como documento balizador para as

reformas curriculares que deveriam ocorrer nos estados brasileiros.

Entre as mudanças provocadas pelos PCN destacaram-se os conteúdos de ensino

vinculados às discussões ambientais e multiculturais. A rigor, os debates sobre cultura

e ambientalismo perpassam várias áreas do conhecimento e vêm ganhando destaque

na escala mundial desde o final dos anos 60, ganharam força no contexto histórico dos

anos 90, tanto com as transformações políticas que desencadearam conflitos étnicos e

a fragmentação territorial de alguns países, quanto com os avanços nos sistemas

técnicos de comunicação e informação que possibilitam a fragmentação da produção

industrial e ampliação do mercado mundial.

Essa reorganização estrutural da produção e do mercado envolveu e afetou a natureza,

as culturas e as relações sócio espaciais de alguns “ espaços da globalização” , situados

em todos os continentes. Isso trouxe, definitivamente relevância para as questões

socioambientais e culturais como campos de estudos da Geografia.

A falta de crítica, o ecletismo teórico e a ênfase na abordagem transversal desfocaram,

nos PCN, as especificidades das disciplinas enquanto campo do conhecimento. Tudo

isso associado, no Paraná, a uma orientação política neoliberal, que interpretou a

autonomia da escola como uma desresponsabilização do Estado em relação à

Educação, resultou, entre outras coisas, numa ampla diversificação de disciplinas

ofertadas na parte diversificada do currículo da Educação Básica.

A política educacional desenvolvida a partir de 2003, nesse Estado, assumiu, como uma

de suas prioridades, ações que visavam à retomada dos estudos das disciplinas de

formação do professor, estimulando seu papel de pensador e pesquisador. Ao retomar

os estudos teóricos espistemológicos de sua disciplina de formação , o professor de

Geografia pode reorganizar seu fazer pedagógico, com clareza teórico-conceitual,

restabelecendo, assim, as relações entre o objeto de estudo da disciplina e os conceitos

a serem abordados.

Assim as diretrizes Curriculares apresentam-se como documento norteador para um

repensar da prática pedagógica dos professores de Geografia da Escola Estadual

Getúlio Vargas.

OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO DE GEOGRAFIA

• Recuperar questões relativas à paisagem, bem como o papel da natureza e a

relação com o indivíduo dos grupos sociais de forma geral, na construção do espaço

geográfico;

______________________________________________________________________173Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

• Utilizar diferentes escalas de tempo para situar e descrever transformações

planetárias (litosfera e biosfera), origem e evolução, crescimento de diferentes

populações;

• Reconhecer fatores sócio-econômicos e ambientais que interferem nos padrões de

saúde e desenvolvimento das populações humanas por meio da interpretação ou

análise de gráficos e tabelas dos indicadores.

• Compreender que as melhorias nas condições de vida, os avanços tecnológicos e as

transformações socioculturais conquistados não são usufruídos por todos os seres

humanos e, que é preciso empenhar-se para que todos conheçam seus direitos e

obrigações;

• Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sóciodiversidade reconhecendo-os

como direitos dos povos e indivíduos e elementos de fortalecimento da democracia.

• Utilizar a linguagem gráfica para obter informações e representar a especialidade

dos fenômenos geográficos;

• Compreender a especialidade e temporalidade de fenômenos geográficos estudado

em suas dinâmicas e interações.

PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

5ª SÉRIE

- OBJETO DE ESTUDO : O ESPAÇO GEOGRÁFICO

- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

A DIMENSAO ECONOMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO

DIMENSAO SÓCIO-CULTURAL

DINAMICA CULTURAL DEMOGRAFICA

DIMENSAO SÓCIO AMBIENTAL

-CONTEUDOS ESPECÍFICOS

SOCIEDADE O TEMPO- Medidas de tempo e espaço- O tempo da natureza e o tempo do ser humano- O Espaço- Os diferentes tipos de espaço - O espaço de vivencia- As diferença sociais e os diferentes espaços de vivencia;

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

- As diversas formas de viver e ocupar o espaço;- Dia Internacional da mulher

NATUREZAUM ASTRO NO UNIVERSO- O Universo e sua origem- O Sistema solar- O pólos e os hemisférios- A rosa-dos-ventos- Os pontos de orientação- As coordenadas geográficas- As zonas térmicas- Os fusos horários-O dia da água

REGIÃO-Localização do Paraná no Brasil-Limites do Paraná

SOCIEDADE-O cidadão e seus direitos à educação, alimentação, moradia, transportes e saúde

NATUREZA AS VARIAS MANEIRAS DE REPRESENTAR O ESPAÇO - Os mapas- As convenções cartográficas e a legenda- As escalas- Os diferentes tipos de mapas- Plantas e globos- Como interpretar um mapa- Os primeiros mapas- Os mapas atuais- As projeções cartográficas- Os gráficos

- PLANETA TERRA OU PLANETA ÁGUA- As diferentes camadas da terra- A biosfera e a superfície terrestre- O ser humano na superfície terrestre - A sociedade moderna e a natureza- A ecologia. -Os primeiros habitantes do Paraná.

- COMO É FORMADA A LITOSFERA- O tempo geológico- As placas tectônicas- O ciclo das rochas- Os três grandes grupos de rochas- O relevo, como se forma e porque ele muda com o tempo;

- Os agentes externos e internos do relevo;

A CAMADA GASOSA DA SUPERFICIE TERRESTRE- As camadas da atmosfera- Tempo e clima

______________________________________________________________________175Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

− Os fenômenos atmosféricos

MASSAS DE AR E CLIMAS-As massas de ar- As estações do ano- Os principais tipos de clima do mundo- Os climas do Brasil- As previsões meteorológicas - O ser humano e a atmosfera- Os microclimas

- A CAMADA LIQUIDA DA TERRA- A importância da água para a vida- O ciclo da água- O relevo submarítimo- Os oceanos e os maresAS ÁGUAS CONTINENTAIS- Os rios- Os lagos- As águas subterrâneas - A hidrografia do Brasil

A ESFERA DA VIDA NO PLANETA- Porque a biosfera é a esfera da vida;- A biosfera e as relações interdependentes- Os ecossistemas

OS GRANDES ECOSSISTEMAS- A vegetação- A Floresta tropical brasileira – A Amazônia O PLANETA TERRA- O ser humano e a biosfera- O acumulo de gás carbônico na atmosfera− A camada de ozônio−

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

CULTURA AFRO-A Consciência Negra-13 de Maio-Dia nacional de denuncia contra o racismo.-A população brasileira: Miscigenação de povos-A Distribuição espacial da população Afrodescendente no Brasil.-A Contribuição do Negro na construção da Nação brasileira.

-Os meios de financiar as necessidades da população e a divisão de tarefas entre

municípios, os estados e a União

______________________________________________________________________176Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

PPROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA6ª SÉRIE

OBJETO DE ESTUDO: O ESPAÇO GEOGRAFICO - A SOCIEDADE

CONTEUDOS ESTRUTURANTES:

A DIMENSAO ECONOMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO

DIMENSAO SÓCIO-CULTURAL

DINAMICA CULTURAL DEMOGRAFICA

DIMENSAO SÓCIO AMBIENTAL

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A ATIVIDADE HUMANA E O ESPAÇO GEOGRAFICO- O tempo e as diferenças sociais- A tecnologia e as alterações na natureza- Os grupos humanos que pouco modificam a natureza- A sociedade moderna e a transformação do espaço

A SOCIEDADE MODERNA E ESTADO- Conceitos de: sociedade, povo, nação e pais;- Sociedade moderna ou industrial- A origem do Estado e suas funções;- O Estado e o espaço geográfico

A SOCIEDADE MODERNA E A ECONOMIA-Conceito de economia- As atividades econômicas pré-industriais- O setor terciário- Economia de mercado e economia planificada- Desenvolvimento e subdesenvolvimento- O primeiro e o terceiro mundo− A economia brasileira

- A ATIVIDADE INDUSTRIAL - O artesanato e a industria moderna- Classificação da industria moderna- As fontes de energia- As etapas e as formas de industrialização- As atividades industriais nos países desenvolvidos- As atividades industriais nos países subdesenvolvidos- A situação atual dos paises que adotaram a economia planificada- A atividade industrial no Brasil

O TRABALHO DO CAMPO E DA CIDADE- Urbanização e industrialização- A cidade

______________________________________________________________________177Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

- A rede urbana- As megalópoles- A urbanização no mundo- O crescimento urbano no Brasil

-A INDUSTRIA MODERNA E AS TRANSFORMAÇÕES DO SETOR PRIMÁRIO-Atividade rural- A agropecuária nos países subdesenvolvidos-A agropecuária nos paises desenvolvidos-A agropecuária nos demais países-A atividade rural no Brasil

-A INDUSTRIA MODERNA E O DESENVOLVIMENTO DO SETOR TERCIÁRIO-As relações comerciais internacionais-Os transportes intercontinentais-O transporte ferroviário-As hidrovias-O transporte rodoviário-As comunicações-Comercio esterno e transportes no Brasil

-POPULAÇÃO-O crescimento da população mundial-Explosão ou transição demográfica-Os movimentos populacionais-A população brasileira

- OS CONTRASTES PRESENTES NO BRASIL-A formação histórico – econômica do Brasil-A divisão oficial do IBGE-A divisão do Brasil em três regiões geoeconômicas

NORDESTE-Características gerais da região nordeste-A Zona da Mata-O Sertão -O Agreste-O Meio-norte

O CENTRO SUL-Características gerais-As diversidades fisiográficas-As diversidades na ocupação humana -O Estado do Paraná

A AMAZONIA-A maior região brasileira-Como é a Amazônia-A Amazônia de ontem e de hoje-Os principais problemas da Amazônia atual

CONTEUDOS COMPLEMENTARES

CULTURA AFRO-O movimento do povo africano no tempo e no espaço-Questões relativas ao trabalho e renda-A Colonização da África pelos Europeus

______________________________________________________________________178Projeto Político Pedagógico

Page 179: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E PROPOSTA … · O Projeto Pedagógico da Escola é mais do que a formalidade. É a aproximação do que se pensa sobre a educação, sobre o ensino,

Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

EDUCAÇÃO FISCAL-Os impostos e taxas;-As contribuições de melhoria;-As contribuições previdenciárias

AGENDA 21 ESCOLAR-Nutrição e Consumo consciente;-Aspectos importantes para a elaboração da alimentação: higiene, economia, valor nutricional, etc.

PROPOSTA CURRICULARGEOGRAFIA

7ª série

OBJETO DE ESTUDO: O ESPAÇO GEOGRÁFICO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTE:

A DIMENSAO ECONOMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO

DIMENSAO SÓCIO-CULTURAL

DINAMICA CULTURAL DEMOGRAFICA

DIMENSAO SÓCIO AMBIENTAL

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

O ESPAÇO MUNDIAL- O Estudo do mundo- O significado de pais e nação- As diferenças entre os paises- O mundo atual pode ser visto de várias maneiras

OS CONTINENTES E AS PAISAGENS NATURAIS- Estudo dos continentes- A origem dos continentes− As paisagens naturais−DIFERENÇAS ECONOMICAS E CULTURAIS- Países ricos e paises pobres- Os Blocos econômicos - As diferentes culturas ou civilizações

OS PAISES DO SUL- A relatividade dos critérios e classificação- Os critérios de classificação baseados na natureza- Os critérios de classificação baseados na sociedade- O significado das expressões:Terceiro Mundo, paises do Sul e Subdesenvolvimento- O “ terceiro- Mundismo” - As diferenças entre os países do Sul

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- As perspectivas para o futuro

A AMÉRICA LATINA EM CONJUNTO-A divisão política da América Latina-A formação histórica da América Latina-A situação atual de subdesenvolvimento e dependência da América Latina-O autoritarismo político-As diferenças entre os países Latino - Americanos

O MÉXICO-Características gerais-As inconveniências de vizinhar com um poderoso país-A população e as cidades-O turismo e as riquezas histórico-culturais-A economia e a dívida externa-As lutas camponesas e a reforma agrária-O fim do monopólio de um partido político-O NFTA e as relações entre México e Estados Unidos-Chiapas : a região mais pobre do México.

A AMERICA CENTRAL-Características gerais da América Central-A América Central continental-A América Central Insular

A AMERICA ANDINA E AS GUIANAS-Aspectos gerais da América do Sul-Aspectos gerais da América Andina-As Guianas

A AMÉRICA PLATINA-Aspectos gerais dos países platinos-O Uruguai -A Argentina-O Paraguai

O BRASIL-Características gerais-A crise do “modelo brasileiro”-O Brasil e a América do Sul-O Brasil e o Mercosul

A AFRICA EM CONJUNTO-Aspectos gerais do Continente africano-A colonização e a descolonização-As conseqüências da colonização-Ao aspectos fisiográficos e a população-aspectos geopolíticos: principais focos de tensão do continente africano

A AFRICA E OS CONJUNTOS REGIONAIS-Os conjuntos regionais africanos-A África Branca ou Setentrional-A África Negra ou subsaariana

A ASIAO ORIENTE MÉDIO-Aspectos gerais do Continente Asiático

______________________________________________________________________180Projeto Político Pedagógico

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-Características gerais do Oriente Médio-Turquia e Chipre-Afeganistão-Israel-A organização do Estado -Nação-Os paises Árabes

O SUL DA ÁSIA OU SUBCONTINENTE INDIANO-Aspectos gerias do Sul da Ásia-A população e as diversidades étnicas-A economia-O papel da Religião-A Índia-Conflitos étnicos - territoriais no Paquistão e no Siri Lanka

O SUDESTE E O LESTE DA ÁSIA-Aspectos gerais-Economia e população-O Vietnã -Problemas geopolíticos

OS TIGRES ASIATICOS-A China-Os paises Asiáticos de economia emergente

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES:

CULTURA AFRO-A origem dos grupos étnicos que foram trazidos para o Brasil.-A Política de imigração e a teoria do embarcamento no mundo.-A Organização espacial das aldeias africanas

EDUCAÇÃO FISCAL-Contribuir para exigir;-Contribuinte e cidadão: Titulares de direitos e deveres

AGENDA 21 ESCOLAR-Nutrição e Consumo consciente;-Cardápios com valor nutritivo adequado

PROPOSTA CURRICULAR

GEOGRAFIA

8º SÉRIE

OBJETO DE ESTUDO: ESPAÇO GEOGRÁFICO

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

DIMENSAO ECONOMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO

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DIMENSAO SÓCIO-CULTURAL

DINAMICA CULTURAL DEMOGRAFICA

DIMENSAO SÓCIO AMBIENTAL

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

SOCIEDADE -NATUREZAPAISAGEM-Os países do Norte-O Norte e o Sul-Os países do Norte

-VISÃO GERAL DA EUROPA-O continente europeu-A divisão da Europa

ASPECTOS DA EUROPA OCIDENTAL-O Imperialismo da Europa Ocidental-A Europa Ocidental diante da hegemonia dos Estados Unidos-A urbanização e a população da Europa Ocidental

ASPECTOS REGIONAIS DA EUROPA OCIDENTAL-As diferenças regionais-Países Europeus ocidentais altamente industrializados-Países europeus ocidentais de menor industrialização-Países europeus ocidentais de fraca industrialização -Os miniestados europeus

O LESTE EUROPEU ATUAL-As diferenças regionais-As três nações bálticas-A Polônia e a Hungria-República Tcheca e Eslováquia-Romênia e Bulgária-Albânia

A ANTIGA IUGUSLÁVIA E OS NOVOS PAISES-A desintegração da Iugoslávia-A atual Iugoslávia-A Eslovênia -A Croácia-A Macedônia-A Bósnia - Herrzegovina-Kosovo e a guerra étnica

O QUE SAO OS ESTADOS INDEPENDENTES-A CEI-Aspectos Físicos-A construção do Império Russo-Do Império Russo à União SoviéticaDa União Soviética à CEI

ASPECTOS REGIONAIS DA COMUNIDADE DE ESTADOS INDEPENDENTES-A Federação Russa

______________________________________________________________________182Projeto Político Pedagógico

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-A CEI na Europa Oriental-A CEI na Transcaucásia-A CEI na Ásia Central

-DOIS PAISES E UMA SÓ ECONOMIA-Aspectos históricos dos Estados Unidos-A formação do Canadá-Os Estados Unidos - aspectos econômicos-Canadá – aspectos econômicos-As relações econômicas entre Canadá e Estados Unidos-O espaço industrial urbano dos Estados Unidos-O espaço industrial urbano do Canadá-Estados Unidos e a minoria indígena-A questão dos povos autóctones no Canadá-O acordo de livre comércio da América do Norte

-VISAO GERAL DO JAPÃO-A civilização da rizicultura-O extraordinário desenvolvimento industrial do Japão-O espaço industrial-urbano do Japão-O Japão na atualidade-O esgotamento do “modelo japonês”.

A AUSTRALIA E A NOVA ZELANDIA-Aspectos gerais da Oceania-Austrália: o gigante da Oceania-Nova Zelândia, um país democrático

A nova ordem mundial

-Quem terá hegemonia no sécuPERSPECTIVAS PARA O SÉCULO XXI

-A nova ordelo XXI

-As área periféricas

Conteúdos Complementares

CULTURA AFRO-Consciência Negra-Composição da População negra do Brasil: Renda e Escolaridade.-O combate à segregação racial.

EDUCAÇÃO FISCAL-Impostos e taxas: As contribuições de melhorias previdenciárias

AGENDA 21 ESCOLAR-Nutrição e Consumo consciente;-Uso adequado dos alimentos

______________________________________________________________________183Projeto Político Pedagógico

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METODOLOGIA

Os conteúdos de Geografia serão trabalhados de uma forma crítica e dinâmica,

interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos fundamentos

teóricos, utilizando a cartografia como ferramenta essencial, possibilitando transitar

em diferentes escalas espaciais.

Ao iniciar os estudos na 5ª série do ensino fundamental, espera-se que o aluno amplie

as suas noções espaciais, por isso o professor abordará os conhecimentos necessários

para o entendimento das inter-relações entre as paisagens naturais e artificiais.

O professor precisa aprofundar os conceitos de lugar e de paisagem e introduzir os

conceitos de região e território. O aluno desta série deve compreender que o espaço

geográfico é resultado da integração entre dinâmica físico/natural e dinâmica

humano/social.

O professor deve promover uma abordagem da linguagem cartográfica, usando-a para

mostrar como os fenômenos se distribuem e se relacionam nesse espaço.

Já na 6ª série, o aluno pode com mais propriedade e profundidade, analisar os

fenômenos citados na escala nacional, relacionando-os se possível, com a realidade

mundial. Neste momento, o professor deve promover as reflexões em torno da

aplicação de conceitos construídos desde as séries iniciais e descobrindo as

especialidades naturais/sociais, as relações de poder político e econômico no processo

de globalização das regiões e do território.

Na 7ª e 8ª séries, quando as especialidade do território nacional já estão

compreendidos, espera-se que o aluno amplie e aprofunde suas análises espaciais com

relação aos continentes: América, Europa, África, Ásia, Oceania e Regiões Polares. Para

isso, se faz necessário que o professor faça relação entre os continentes, retornando ao

espaço local sempre que puder, permitindo assim, maior compreensão sobre o espaço

no processo de globalização.

Tendo em vista a Lei 10.639/03, que torna obrigatório envolver a temática de História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana, o professor de Geografia tem como abordar essa

temática na diferentes séries, através de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos,

entre outros, que tragam conhecimentos sobre o tema abordado.

Os métodos de ensino a serem utilizados na disciplina de Geografia na Escola Estadual

Getúlio Vargas devem dar preferência à participação ativa do aluno, utilizando as

diferentes linguagens disponíveis para que se privilegie as dimensões subjetivas do

mesmo.

Por intermédio da valorização da experiência de vida e dos conhecimentos que os

alunos possuam sobre a realidade, o professor vai iniciar o seu trabalho que é dando

ao aluno fundamentação científica, que leve o aluno a observar a partir do nível

______________________________________________________________________184Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

perceptivo de seus conhecimentos à comparação com o saber cientifico introduzido

pelo professor.

Ao professor cabe a tarefa de atuar como mediador, desafiador, questionador para

conduzir o aluno através de uma participação orientada a perceber-se como

elementos de um todo, a classe, o país, o mundo, etc. sendo também responsável pelo

desenvolvimento de conceitos, atitudes e valores.

Cabe ainda destacar que o ensino de geografia deve partir da observação e da

caracterização dos elementos presentes na paisagem. Este é o ponto de partida para

uma compreensão mais ampla das relações entre a sociedade e a natureza.

Observar, descrever, representar cartográficamente ou por imagens, os espaços,

são procedimentos que poderão ser utilizados mesmo que o aluno o faça com pouca

autonomia, requisitando a orientação do professor. Com o decorrer do tempo, irá

adquirindo a autonomia necessária para aprofundar seus conhecimentos, elaborar

questões, confrontar opiniões, ouvir os outros e se posicionar diante do grupo sobre

suas experiências.

O trabalho com a construção da linguagem gráfica pode ser realizado

considerando-se referenciais que os alunos já utilizam para se localizar e orientar no

espaço.

É fundamental o estudo de diferentes tipos de mapas, atlas, globo terrestre,

atualizados e em situações em que o aluno possa interagir com esses recursos.

O estudo do meio, o trabalho com imagens e a representação dos lugares

próximos e distantes são recursos didáticos interessantes, por meio dos quais os alunos

poderão construir e reconstruir as percepções da imagem local e global.

A geografia ao trabalhar com recortes temporais e espaciais, interpreta as

múltiplas relações entre a sociedade e a natureza de um determinado lugar.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação é parte essencial de todo o processo de ensino-aprendizagem. Mesmo nos

processos informais, como os que ocorrem na interação entre a criança e sua família,

costuma haver avaliação. A avaliação não é encontrar uma nota ou conceito que

concretize o desempenho de um aluno. Sua função principal é contribuir para a

otimização do processo ensino-aprendizagem, um meio para perceber se alunos e

professores estão se aproximando dos objetivos traçados. A maior utilidade dos

resultados da avaliação reunir-se-á na orientação da dinâmica do professor – avaliar o

que o aluno aprendeu e não o que ele ainda não sabe.

A avaliação não se restringirá à capacidade de memorização, mas sim na capacidade de

refletir e aplicar os conceitos, conteúdos, procedimentos e atitudes aprendidos durante

o período escolar.

______________________________________________________________________185Projeto Político Pedagógico

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Diante disso, deve-se evitar avaliações que contemplem apenas uma das formas de

comunicação dos alunos, ou seja, apenas a escrita ou a interpretação de textos, porem

não podemos abandonar totalmente esta prática, pois o nosso aluno encontrará esse

tipo de situação na sociedade capitalista na qual ele está inserido.

O processo de avaliação deve estar articulado com os conteúdos estruturantes, à

inclusão, aos conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias espaço-tempo, a

relação sociedade-natureza e as relações de poder, contemplando a escala local e

global e vice-versa. Que esta avaliação seja diagnóstica e continuada, e que

contemplem diferentes praticas pedagógicas, tais como: leitura e interpretação de

fotos, imagens e principalmente diferentes tipos de mapas: pesquisas bibliográficas,

aulas de campo entre outros, cuja, uma das finalidades seja a apresentação de

seminários; leitura e interpretação de diferentes tabelas e gráficos; relatório de

experiências práticas de aulas de campo ou laboratório; construção de maquetes;

produção de mapas mentais, entre outros.

Por tudo que foi exposto, destaca-se ainda, que a proposta avaliativa deve estar bem

clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles serão avaliados em cada atividade

proposta. Além disso, assentado na interação e na relação dialógica que acontece entre

os sujeitos do processo – professor e aluno

Se entendermos que o papel da escola é a educação de todos os alunos e não

uma seleção dos “melhores”, a avaliação passa a ser um processo contínuo, não só no

momento de culminância do processo de aprendizagem. E, acima de tudo não se trata

apenas de avaliar o desenvolvimento do aluno a própria relação ensino-aprendizagem.

Portanto a avaliação compreenderá os seguintes aspectos:

Investigativa ou diagnóstica - Contínua –Sistemática Abrangente –Permanente

e Somativa .

Quanto ao conteúdo, os critérios da avaliação devem contemplar tanto a

operacionalização de conceitos, como procedimentos , valores e atitudes. Ou seja,

além do desenvolvimento das capacidades de conhecer, aplicar e comparar os conceitos

de geografia, é importante avaliar os procedimentos necessários para o estudo da

geografia e as atitudes e valores construídos pelos alunos.

Para que possa espelhar os resultados obtidos por cada aluno em seus vários aspectos,

é importante que a avaliação seja feita com instrumentos variados. A observação

contínua permite ao professor verificar o grau de comprometimento de cada aluno

com as tarefas propostas e sua participação ativa e não para comparar os alunos entre

si e atribuir valores, mas para verificar a evolução individual ou em grupo.

Os resultados expressos pelos instrumentos de avaliação devem fornecer ao professor

informações sobre a aprendizagem adquirida pelo aluno em utilizar a linguagem

geográfica adequadamente comunicando suas idéias desenvolvendo raciocínios.

______________________________________________________________________186Projeto Político Pedagógico

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Pensando no desenvolvimento intelectual, cultural e social dos alunos e indo além da

simples aquisição de conceitos e habilidades da geografia, deve-se considerar a

necessidade de uma avaliação contínua, realizada a cada momento da interação entre

alunos e professores, acompanhando o aprendizado e, simultaneamente, colaborando

com ele para permitir que elementos da aprendizagem sejam percebidos.

A tarefa do professor ao avaliar, é bastante complexa e exige um desempenho

competente, uma vez que envolve projetos, aspirações, realidades, sonhos, fantasias de

seres delicados em formação.

Diante disso a avaliação em Geografia neste Estabelecimento de Ensino

servirá de:

• Diagnóstico – tanto para o professor (ensino) quanto para o aluno (aprendizagem).

• Motivação – para a aprendizagem, ajudando o aluno a desenvolver diversas

habilidades

• Análise – do aluno quanto a: postura , organização, esforço,memorização,

interesse, etc.

Para tanto o professor irá:

• avaliar o que o aluno sabe e como pensa a geografia

• encarar a avaliação como parte integrante do processo de ensino.

• focar uma grande variedade de tarefas

• desenvolver situações que envolvam aplicações de um conjunto de idéias

• usar várias técnicas de avaliação

• utilizar recursos materiais como computadores, calculadoras etc.

Durante o Bimestre para acompanhar o processo de ensino aprendizagem servindo

de diagnóstico, serão realizadas os seguintes processos de avaliação.

- Testes com duração em torno de 20 minutos para desmistificar o mito da

avaliação, vencer o medo do aluno , ajudar na fixação dos conteúdos, os quais serão

realizados da seguinte forma:

a)- Individual/sem consulta para educar para a importância do estudo

prévio;

b)- Individual/com consulta no livro para permitir que o aluno estude

durante a avaliação; no caderno, para possibilitar o aluno a manter as atividades

sempre organizadas para o uso e para a avaliação; com consulta ao professor para

levar o aluno a aprender a perguntar e a descobrir quais são as suas dúvidas e o que

precisa ser reforçado; ao colega para desenvolver no aluno a capacidade de

desenvolver o senso de solidariedade.

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c) Trabalhos individuais ou em grupos realizados na sala ou como tarefa de

casa.

d) Debates visto como uma forma de motivação para fixar os conteúdos

estudados.

A avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como: testes

escritos, atividades significativas que avaliem os conteúdos desenvolvidos, trabalhos

práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas, participação em trabalhos

coletivos e /ou individuais, atividades complementares propostas pelo professor, que

possam elevar o grau de aprendizado do educando.

BIBLIOGRAFIA

PARANÁ, Diretrizes Curriculares para o Ensino de Geografia, 2004

PARANÁ, Diretrizes Curriculares para a Educação Inclusiva, 2006.

VESENTINI, J.William e VLACH, Vânia. Geografia Crítica: O espaço Natural e a Ação

Humana. 2ª edição. São Paulo, ed. Ática, 2004.

VESENTINI, J.William e VLACH, Vânia. Geografia Crítica: O espaço Social e o Espaço

brasileiro. 2ª edição. São Paulo, ed. Ática, 2004.

VESENTINI, J.William e VLACH, Vânia. Geografia Crítica: A Geografia do Mundo

Desenvolvido. 2ª edição. São Paulo, ed. Ática, 2004.

VESENTINI, j.William e VLACH, Vânia. Geografia Crítica: A Geografia do Mundo

Industrializado. 2ª edição. São Paulo, ed. Ática, 2004.

______________________________________________________________________188Projeto Político Pedagógico

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ESCOLA ESTADUAL GETULIO VARGAS – ENSINO FUNDAMENTAL

FIGUEIRA D´OESTE – ENGENHEIRO BELTRAO - PARANÁ

PROPOSTA CURRICULAR

DISCIPLINA DE HISTÓRIA – 5ª A 8ª SÉRIES

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A História é um conhecimento construído pelo ser humano em diferentes tempos e

espaços. É a memória que se tornou pública, em geral, expressão das relações de

poder. De acordo com BEZERRA, (2003 pg. 42) “o objetivo primeiro do

conhecimento histórico é a compreensão dos processos e dos sujeitos históricos, o

desvendamento das relações que se estabelecem entre os grupos humanos em

diferentes tempos e espaços”.

Diferentes historiadores e sujeitos históricos contam a História a partir de sua visão de

mundo. Nesse sentido não há uma verdade única, mas sim aquela que foi tecida por um

grupo social. Trata-se de um conhecimento científico, que precisa ser interpretado.

Hoje, por exemplo a História busca os diversos aspectos que compõem a realidade

histórica e tem nisso o seu objeto de estudo, deixando de lado uma História que a partir

do século XIX privilegiava o fato político, os grandes feitos e os heróis em direção a um

progresso pautado pela invenção do estado-nação que precisava ser legitimado. Nesse

contexto, é criada a disciplina de História que tinha como função legitimar a identidade

nacional.

Até a década de 80, do século XX, a disciplina de História manteve seu conteúdo

eurocêntrico e sua divisão quadripartite, até hoje presente no currículo de muitos

cursos universitários. Numa outra perspectiva algumas universidades, começaram a

abrir espaço ao estudo da História Oriental e da História da África. No entanto, essa é

uma prática bem recente.

A História trata de toda ação humana no tempo em seus múltiplos aspectos:

econômicos, culturais, políticos, da vida cotidiana, de gênero, etc. Para se perceber

como sujeito da História, o educando precisa reconhecer que essa ação transforma a

sociedade, movimenta um espiral de mudanças, na qual há permanências e rupturas.

O homem/mulher como sujeito da História, deve ser conhecedor dos porquês, dos

problemas, das idéias, das ideologias e que só com uma visão holística do mundo e da

sociedade ele se entenderá como cidadão ativo e conhecedor de seus direitos e de seus

deveres.

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É preciso que o ensino de História no ensino fundamental seja dinâmico e que o

educando perceba que a História não está sepultada, mas em constante

transformação. Nesse sentido, pode-se tomar sempre como ponto de partida e de

chegada o próprio presente, onde estão inseridos educandos e educadores. Há que se

considerar que o passado explica o presente, mas também o presente explica o

passado.

É fundamental que o educador de História não atue como reprodutor de um

conhecimento pronto, de uma coleção inesgotável de fatos do passado. Mas, que torne

possível desconstruir na sala de aula os múltiplos olhares da História, criar argumentos

que possam concordar ou discordar de um autor, tomar posição diante do que já

ocorreu e ainda está ocorrendo. Não se pode ser um cidadão pleno sem que se realize

uma análise crítica dos caminhos percorridos pelo homem/mulher ao longo da história.

Por fim, reconhecer que esses sujeitos são produtores de signos e utopias, capazes de

transformar a natureza e escrever sua própria História. Portanto, a História é uma

construção coletiva em que todos os sujeitos tem um papel principal e suas ações são

de suma importância para uma participação consciente na transformação da sociedade

e do mundo em que vivem.

OBJETIVOS GERAIS

• Estudar o passado ou o presente como herança social do passado; a vida das

sociedades em seus múltiplos aspectos, recuperando a dinâmica própria de cada

sociedade numa visão crítica;

• Problematizar o passado a partir da realidade imediata, dos sujeitos concretos que

vivem e fazem a história do presente;

• Compreender os vários níveis da sociedade;

• Compreender a dualidade que se apresenta além da aparência dos fenômenos

históricos,;

• Compreender a continuidade e a ruptura dos movimentos sociais;

• Conhecer o passado em movimento, a partir da inserção dos sujeitos na história do

presente.

• Verificar que a História se constrói enquanto ciência não aceitando passividade

frente ao passado, faz perguntas, indaga, investiga, coloca questões, sem escapar

de uma profunda e indissolúvel relação como presente.

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5.ª SÉRIE

DAS ORIGENS DO HOMEM AO SÉCULO XVI – DIFERENTES TRAGETÓRIAS,

DIFERENTES CULTURAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

POLÍTICA ECONÔMICA-SOCIAL CULTURAL DIMENSÕES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Produção do conhecimento histórico• O historiador e a produção do conhecimento histórico,• Tempo, temporalidade,• Fontes, documentos,• Patrimônio material e imaterial,• Pesquisa.

Articulação da História com outras áreas do conhecimento• Arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia, sociologia, etnologia

e outras. −

Arqueologia no Brasil• Lagoa Santa: Luzia (MG)• Serra da Capivara (PI)• Sambaquis (PR)

Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações• Teorias do surgimernto do homem na América• Mitos e lendas da origem do homem• Desconstrução do conceito de Pré-história• Povos ágrafos, memória e história oral

Povos Indígenas no Brasil• Ameríndios do território brasileiro• Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng

As primeiras civilizações na América• Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias, Incas e Astecas• Ameríndios da América do Norte

As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia• Egito, Núbia, gana e Mali*

• Hebreus, gregos e romanos*

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• Observação: não se trata aqui, de “esgotar” a história destas civilizações, ma sim, levantar alguns aspectos como religiosidade, organização social...

A chegada dos europeus na América• (des) encontros entre culturas• resistência e dominação• escravização• catequização

Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política• reconquista do território• religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo• comércio (África, Ásia, América e Europa)

Formação da sociedade brasileira e americana• América portuguesa• América espanhola• América franco-inglesa• Organização político-administrativa (capitanias hereditárias, sesmarias)• Manifestações culturais (sagrada e profana)• Organização social (família patriarcal e escravismo)• Escravização de indígenas e africanos• Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios)• Cultura Afro-Brasileira e Africana• A Consciência negra• A População brasileira: miscigenação dos povos• A Industrialização espacial da população afrodescendente no Brasil.• A contribuição do negro na construção da nação brasileira

Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa• Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa (Zimbabwe) e outros• Comércio• Organização político-administrativa• Manifestações culturais• Organuização social• Uso de tecnologias: engenho de açúcar, a batea, construção civil...

Diáspora Africana

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

A Humanidade e a HistóriaDe onde viemos, quem somos, como sabemos?

Sistema Tributário NacionalEducação Fiscal-Contribuir para exigirContribuinte e Cidadão: Titulares de direitos e deveres

Agenda 21 Escolar-Aproveitamento de Alimentos-Nutrição e Saúde

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• Observação: o estudo da produção do conhecimento histórico e a articulação da História com outras áreas do conhecimento se faz necessário em todas as séries do ensino fundamental, não necessariamente no início do ano letivo como está posto para a 5.ª série.

6.ª SÉRIE

DAS CONTESTAÇÕES A ORDEM COLONIAL AO PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – SÉCULO XVII AO XIX

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

POLÍTICA ECONÔMICO-SOCIAL CULTURALDIMENSÕES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Expansão e consolidação do território• Missões• Bandeiras• Invasões estrangeiras

Consolidação dos estados nacionais e Reforma Pombalina• Reforma e contra-reforma

Colonização do território “paranaense”• Economia• Organização social• Manifestações culturais• Organização político-administrativa

Movimentos de contestação• Quilombos (BR e PR)• Irmandades: manifestações religiosas-sincretismo• Revolta Nativistas e Nacionalistas• Inconfidência mineira• Conjuração baiana• Revolta da cachaça• Revolta do maneta• Guerra dos mascates

Independência das treze colônias inglesas da América do Norte

Diáspora Africana

Revolução Francesa• Comuna de paris

Chegada da família real ao Brasil• De colônia à Reino Unido• Missões artístico-científicas• Biblioteca nacional• Banco do Brasil

______________________________________________________________________193Projeto Político Pedagógico

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• Urbanização na Capital• Imprensa régia

Invasão napoleôneca na Península IbéricaO processo de Independência do Brail• Governo de D. Pedro I• Constituição outorgada de 1824• Unidade territorial• Manutenção da estrutura social• Confederação do Equador• Província Cisplatina• Haitianismo• Revoltas regenciais:Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem, Farroupilha

O processo de independência das Américas• Haiti• Colônias espanholas

Educação FiscalOs Impostos, as Taxas, as Contribuições de melhoria, as Contribuições Previdenciárias

Agenda 21 Aproveitamento dos Alimentos

7.ª SÉRIE

PENSANDO A NACIONALIDADE: DO SÉCULO XIX AO XX – A CONSTITUIÇÃO DO IDEÁRIO DE NAÇÃO NO BRASIL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

POLÍTICA ECONÔMICO-SOCIAL CULTURALDIMENSÕES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

A Construção da Nação• Governo de D. Pedro II• Criação do IHGB• Lei de Terras, Lei Euzébio de Queiroz – 1850• Início da imigração européia• Definição do território• Movimento Abolicionista e emancipacionista

Revolução Industrial e relaçõe de trabalho (XIX e XX)• Luddismo• Socialismos• Anarquismo

Relacionar: Taylorismo, Fordismo, Toyotismo

______________________________________________________________________194Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

Emancipação política do Paraná (1853)• Economia• Organização social• Manifestações culturais• Organização polítco-administrativa• Migrações: internas (escravizados, libertos e homens livres pobres) e externas

(europeus)• Os povos indígenas e a política de terras

A Guerra do Paraguai e/ ou a Guerra da Tríplice Aliança

O processo de abolição da escravidão• Legislação• Resistência e negociação• Discursos:• Abolição• Imigração: senador VergueiroBranqueamento e miscigenação (Oliveira Vianna, Nina Rodrigues, Euclides da Cunha, Silvio Romero, no Brasil, Sarmiento na Argentina)

- Colonização da África e da Ásia

- Guerra Civil e Imperalismo estadunidense

− Carnaval na Améria Latina: entrudo, murga e candomble

Os primeiros anos da República• Idéias positivistas• Imigração asiática• Oligarquia, coronelismo e clientelismo• Movimentos de contestação: campo e cidade• Movimentos messiânicos• Revolta da vacina e urbanização do Rio de Janeiro• Movimento operário: anarquismo e comunismo• Paraná:• Guerra do contestado• Greve de 1917 – Curitiba• Paranismo: movimento regionalista – Romário Martins, Zaco Paraná,

Langue de Morretes, João Turim

Questão Agrária na América Latina• Revolução Mexicana• Primeira Guerra Mundial• Revolução Russa

Educação Fiscal-Contribuir para exigir-Contribuinte e Cidadão: Titulares de direitos e deveres-Sistema Tributário Nacional

Agenda 21 Escolar-Aproveitamento de Alimentos-Nutrição e Saúde

______________________________________________________________________195Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

8.ª SÉRIE

REPENSANDO A NACIONALIDADE BRASILEIRA: DO SÉCULO XX AO XXI – ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA CONTEMPORANEIDADE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

POLÍTICA ECONÔMICO-SOCIAL CULTURALDIMENSÕES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

A Semana de 22 e o repensar da nacionalidade• Economia• Organização social• Organização político-administrativa• Manifestações culturais• Coluna Prestes• A Crise de 29

A “Revolução” de 30 e o Período Vargas (1930 a 1945)• Leis trabalhistas• Voto feminino• Ordem e disciplina no trabalho• Mídia e divulgação do regime• Criação do SPHAN, IBGE• Futebol e carnaval• Contestações à ordem• Integralismo• Participação do Brasil na II Guerra Mundial

Ascensão dos regimes totalitários na Europa

Movimentos populares na América Latina

Segunda Guerra Mundial

Populismo no Brasil e na América Latina• Cárdenas – México• Perón – Argentina• Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart – Brasil

-Independência das colônias afro-asiáticas

-Guerra Fria

Construção do Paraná Moderno• Governos de: Manoel Ribas, Moyses Lupion, Bento Munhoz da Rocha Netto e Ney

Braga• Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura administrativa• Copel, Banestado, Sanepar, Codepar...• Movimentos culturais

______________________________________________________________________196Projeto Político Pedagógico

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• Movimentos sociais no campo e na cidade-Ex: revolta dos colonos década de 50 – Sudoeste

• Os xetás

O Regime Militar no Paraná e no Brasil• Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação• O uso ideológico do futebol na década de 70• O tricampeonato mundial• A criação da liga nacional (campeonato brasileiro)• Cinema Novo• Teatro• Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra

Guerra Fria e os Regimes Militares na América Latina• Política de boa vizinhança• Revolução Cubana• 11 de setembro no Chile e a deposição de Salvador Allende• Censura aos meios de comunicação• O uso ideológico do futebol na década de 70

• A copa da Argentina – 1978

Movimentos de contestação no Brasil• Resistência armada• Tropicalismo• Jovem Guarda• Novo sindicalismo• Movimento estudantil

Movimentos de contestação no mundo• Maio de 68 – França• Movimento Negro• Movimento Hippie• Movimento Homossexual• Movimento Feminista• Movimento Punk• Movimento Ambiental

Paraná no contexto atual

Redemocratização• Constituição de 1988• Movimentos populares rurais e urbanos: MST (Movimento dos sem Terra), MNLM

(Movimento Nacional de Luta pela Moradia), CUT (Central Única dos Trabalhadores), Marcha Zumbi dos Palmares, etc.

• Mercosul• Alca

Fim da bipolarização mundial• Desintegração do bloco socialista• Neoliberalismo• Globalização• 11 de setembro nos EUA

África e América Latina no contexto atual

______________________________________________________________________197Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

O Brasil no contexto atual• A comemoração dos “500 anos do Brasil”: análise e reflexão

-Educação Fiscal-Os Impostos, as Taxas, as Contribuições de melhoria, as Contribuições Previdenciárias

-Agenda 21 -Aproveitamento dos Alimentos

METODOLOGIA

De acordo com as contribuições da historiografia, nas últimas décadas a aprendizagem

histórica se efetiva quando o conhecimento passa a ser experiência para o educando

no sentido de que ele se aproprie do que aprendeu para ler e explicar o seu mundo.

No mundo contemporâneo um constante (re)pensar sobre a cultura escolar é

fundamental para acompanhar as mudanças que ocorrem quotidianamente e que

implicam diretamente na vida de educandos e educadores. Nesse sentido, a partir de

discussões teórico-metodológicas significativas e que colocam o educando na

centralidade do processo ensino-aprendizagem, pretende-se contribuir para uma

prática de qualidade e de reflexão nas ações pedagógicas.

Ao apresentar as diretrizes curriculares que estabelecem as orientações comuns a

serem observadas pelos professores de Historia na organização do currículo da

disciplina, faz-se necessário explicitar os fundamentos teóricos que subsidiam estas

proposições.

As diretrizes curriculares que agora se apresentam, recusam uma concepção de

Historia como verdade pronta e definitiva, vinculada a uma determinada vertente do

pensamento humano, sem diálogo com outras vertentes, pois não se pode admitir que o

ensino de Historia seja marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia. Por outro lado,

recusam-se também as produções historiográficas que afirmam não existir objetividade

possível em Historia, sendo, portanto, todas as afirmativas igualmente válidas. Cumpre

destacar ainda que os consensos mínimos construídos no debate entre as vertentes

teóricas não são meras opiniões, mas fundamentos do conhecimento histórico.

A Historia tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às ações

e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos

deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Já as relações humanas

produzidas por estas ações podem ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou

seja, são as formas de agir, de se relacionar, de representar, de imaginar, de instituir,

portanto, de se relacionar social, cultural e politicamente.

______________________________________________________________________198Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

As relações condicionam os limites e as possibilidades das ações dos sujeitos de

modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as estruturas sócio-

históricas. Mesmo condicionadas, as ações dos sujeitos permitem espaços para suas

escolhas e projetos de futuro. Deve-se considerar também como objeto de estudos, as

relações dos seres humanos com os fenômenos naturais, tais como condições

geográficas, físicas e biológicas d uma determinada época e local, os quais também se

conformam a partir das ações humanas.

A produção do conhecimento histórico, realizada pelo historiador possui um

método especifico, baseado na explicação e interpretação de fatos do passado. A

problematização, construída a partir dos documentos e da experiência do historiador,

produz uma narrativa histórica que tem como desafio contemplar a diversidade das

experiências sociais, culturais e políticas dos sujeitos e suas relações. Nessa

perspectiva, um fenômeno, um processo, um acontecimento, uma relação ou um

sujeito, podem ser analisados a partir do conhecimento histórico construído.

A finalidade da Historia é expressa no processo de conhecimento humano sob a

forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada para a interpretação dos

sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão da provisoriedade

deste conhecimento. O conhecimento histórico possui formas diferentes de explicar seu

objeto de investigação, construídas a partir das experiências dos sujeitos.

A Historia enquanto conhecimento passa, na virada dos séculos XX e XXI, por

um conflito entre as diferentes correntes historiográficas. Entretanto, este quadro não

se caracteriza por uma ruptura de paradigmas inconciliáveis, mas por novas

configurações e construções que se expressam por meio de contrapontos e consensos.

E o caso das correntes historiográficas utilizadas como fundamento nestas

Diretrizes curriculares, quais sejam: a nova Historia Cultural, incluindo alguns

historiadores da Nova Historia e a Nova Esquerda Inglesa, a partir de sua matriz

materialista histórica dialética.

A Nova Historia, tendo como sua principal expressão a historia das

mentalidades, insere-se no contexto conturbado da década de 1960, sendo influenciada

pelos acontecimentos de maio de 68 em Paris, da Primavera de Praga, dos movimentos

feministas, pelas lutas contra as desigualdades raciais nos EUA, entre outros.

A Nova Historia Cultural desponta no final da década de 1980, a partir dos

trabalhos reunidos pela historiadora Lynn Hunt num livro com este nome.

A Nova Historia cultural se utiliza das categorias de representação e

apropriação para a produção do conhecimento histórico. Representação, considerada a

pedra angular da Nova História Cultural, conceito superior ao de mentalidade, é

entendida como as diferentes formas através das quais as comunidades, partindo de

______________________________________________________________________199Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

suas diferenças sociais e culturais, percebem e compreendem sua sociedade e sua

própria Historia.

O ensino de História na educação Básica, pode se beneficiar dessa corrente

historiográfica, na medida em que esta valoriza a diversificação dos documentos

(imagens, canções, objetos arqueológicos, entre outros), na construção do

conhecimento histórico, permitindo também relações interdisciplinares com outras

áreas do conhecimento.

A Nova Esquerda Inglesa, por sua vez, surgiu com historiadores britânicos em

1956, identificados pela sua vinculação ao partido comunista Inglês, que descontentes

com o Regime Stalinista, romperam com o partido. Este rompimento extrapolou o

campo político, o que acabou por influenciar fortemente a historiografia britânica.

Deste movimento partiram: Raymond Williams (1921-1988), Eric Hobsbawn (1917),

Cristopher Hill (1912-2003), Perry Anderson (1928), Maurice Dobb (1900-1976) e

Edward Thompson (1913-1993), entre outros. Na decada de 1950, esses dissidents do

partido comunista ingles, passaram a reescrever a História Britânica a partir de uma

revisão do marxismo, contribuindo mais especificamente para os estudos de Historia

Social.

Raymond Williams questionou a maneira como os marxistas ortodoxos e alguns

estruturalistas tratavam o conceito de cultura, resgatando os estudos de Mikhail

Bakhtin. Este teórico define a linguagem como sendo uma atividade social prática

resultante de uma relação social. Nesse sentido, a linguagem é a articulação da

experiência ativa em constante transformação, com a idéia de que a consciência é

social, ou seja, é entendido num processo dialético, uma vez que essa consciência em

termos práticos opera na transformação dos sujeitos.

A concepção de hegemonia em Gramsci (1891-1937), também foi resgatada na

concepção desses intelectuais. Gramsci afirmava que a experiência de um discurso ou

pratica hegemônica de uma determinada classe domina significados, valores, crenças e

a impõem a outras classes. Para ele, a hegemonia produz também a contra hegemonia,

nesse sentido a cultura deixa de ser reflexo de uma determinada base, isto é, ela se

torna um elemento constitutivo do processo social.

A divisão entre super-estrutura, comum nos estudos economicistas, é superada pela

Nova Esquerda Inglesa. Segundo Barros (2004) a cultura é entendida de forma

integrada aos modos de produção e não como mero reflexo da infra-estrutura

econômica de um sociedade. Nessa perspectiva, existiria uma relação dialética entre a

cultura e as estruturas sociais.

Fundamental para essa superação é o conceito de experiência. Idéia que se contrapõe

ao pensamento dicotômico base/estrutura. Os historiadores dessa corrente teórica

consideram a subjetividade, as relações entre as classes e a cultura. Defendem, que a

______________________________________________________________________200Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

consciência de classe se constrói nas experiências cotidianas comuns, a partir das

quais são tratados os comportamentos, valores, condutas, costumes e culturas.

Outro conceito fundamental e o do poder, onde a Nova Esquerda Inglesa busca superar

a visão mecânica e reducionista de uma corrente tradicional marxista que prescrevia

uma historia linear em direção a uma revolução, e ainda uma História tradicional

calcada em fatos históricos determinados e aliados à figura de heróis. Os historiadores

da Nova Esquerda Inglesa procuraram analisar a concepção de poder de forma a

apresentar outros atores sociais e outros espaços de poder, o que ficou conhecida como

a “história de cabeça para baixo.”

Essa concepção de História, enquanto experiência de homens e mulheres e sua relação

dialética com a produção material, valoriza a possibilidade de luta e transformação

social. Justifica-se assim a concepção de História que se pretende, a qual não se vincula

às teorias deterministas de estruturas, nem às teorias voluntaristas da consciência que

reduzem a produção historiográfica à categoria de ficção.

A proposta curricular delineada neste documento, propõe-se a estabelecer articulações

entre abordagens teórico-metodológicas distintas, resguardadas as diferenças e até a

oposição entre elas, por entender que esse é um caminho possível para o ensino de

História, uma vez que possibilita aos alunos compreender as experiências e os sentidos

que os sujeitos dão às mesmas.

Entende-se que a consciência histórica é uma condição da existência do pensamento

humano, pois sob esta perspectiva os sujeitos se constituem a partir de suas relações

sociais, em qualquer período e local do processo histórico, ou seja, a consciência

histórica é inerente à condição humana em toda a sua diversidade.

Segundo o historiador Jörn Rüsen, a consciência histórica é a “constituição do sentido

da experiência no tempo” através da narrativa histórica.

Entende-se que a narrativa é histórica quando “histórico” significa que o passado é

compreendido em relação ao processo de constituição das experiências sociais,

culturais e políticas, no domínio próprio do conhecimento histórico. Esta compreensão

passa a ter uma função de orientação temporal na cultura contemporâneo.

As concepções que marcam a produção historiográfica, a partir da adoção de

referenciais teóricos e de métodos, permitem a compreensão de que o conhecimento

histórico possui diferentes formas de explicar o seu objeto de investigação, constituídos

nas experiências dos sujeitos. Ao se apropriar dessas produções e concepções o ensino

de História contribui para a formação de uma consciência histórica crítica dos alunos,

uma vez que o estudo das experiências do passado, nessa perspectiva, permite formar

pontos de vista históricos por negação aos tipos tradicional e exemplar de consciência

histórica. A ruptura com os modelos históricos que pautam suas produções na

linearidade temporal e na redução das interpretações e causas e conseqüências,

permite a ampliação das possibilidades de explicação e compreensão do fato histórico.

______________________________________________________________________201Projeto Político Pedagógico

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Ao tratar o conhecimento histórico como resultado do processo de investigação e

sistematização de analises sobre o passado, de modo a valorizar diferentes sujeitos

históricos e suas relações, abre-se inúmeras possibilidades de reflexão e superação de

uma visão unilateral dos fatos históricos, que tornam-se mais abrangentes.

Ao optar pelas contribuições das correntes historiográficas identificadas como Nova

Historia Cultural e Nova Esquerda Inglesa como referenciais teóricos das diretrizes

curriculares de Historia, objetiva-se propiciar aos alunos, ao longo da Educação Básica,

a formação da consciência histórica. Para que esse objetivo seja alcançado, a

abordagem dos conteúdos, nessa perspectiva, possibilita que o professor explore os

novos métodos de produção do conhecimento histórico e amplie as possibilidades: de

recortes temporais, do conceito de documento, de sujeitos e de suas experiências, de

problematização em relação ao passado. Alem disso, permite que o aluno elabore

conceitos que o permitam pensar historicamente, superando também a idéia de

Historia como algo dado, como verdade absoluta.

A partir dessas considerações, pode-se afirmar que a definição dos conteúdos

estruturantes, entendidos como basilares na organização curricular não é neutra, mas

carregada de significados, que se materializam a partir das correntes historiográficas

privilegiadas, na delimitação e seleção dos conteúdos e ainda nas finalidades do ensino

de Historia, comprometido com o atendimento às necessidades educacionais de todos

os alunos sejam eles especiais ou não.

A inclusão desafio maior para o Professor, vai acontecer à medida em que o repeito à

diversidade for sendo incorporado ao contexto escolar.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação tem função diagnóstica e não classificatória e será feita a partir de

critérios.

Os critérios, para avaliação são decorrentes da forma pela qual o ser humano

aprende, ou seja, o que é necessário para que o aluno avance no caminho envolvendo a

participação entre professor e aluno. Nesta perspectiva, a avaliação deve estar

colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o

conjunto das ações pedagógicas, e não como um elemento externo a este processo.

De acordo com este entendimento, refutam-se as praticas avaliativas que

priorizam o caráter classificatório, autoritário, que desvinculam a sua função da

aprendizagem, que não se ocupam dos conteúdos e do seu tratamento conforme as

concepções pedagógicas definidas no projeto político pedagógico da escola, e que

acabam por materializar, por meio da avaliação, um modelo excludente de

escolarização e de sociedade que a escola publica tem o compromisso de superar, com

______________________________________________________________________202Projeto Político Pedagógico

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vistas à diminuição das desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade justa e

mais humana.

Para isso a avaliação será diagnóstica, somativa, qualitativa, formativa,

continua, permanente, cumulativa, levando em consideração as atividades

desenvolvidas, a capacidade de síntese e a elaboração pessoal sobre a memorização, e

procurando levar o aluno à construção da tempo – realidade e à compreensão de que a

própria temporalidade é uma construção histórica.

Para a verificação de aprendizagem serão utilizados técnicas e instrumentos

diversificados tais como:

- Testes de conhecimentos para que seja detectado possíveis falhas no domínio de

conteúdos;

- Pesquisas bibliográficas para a produção de trabalhos práticos;

- Debates com envolvimento e participação de todos os alunos;

- Seminários;

- Relatos de Experiências;

- Realização de trabalhos em grupo;

- Resolução de exercícios na escola e em casa;

- Participação em atividades coletivas e ou individuais;

- Realização de atividades complementares propostos e outras atividades

significativas, que avaliem domínios dos alunos elevando o grau de aprendizado.

- A avaliação em história servirá de:

• Diagnóstica tanto para o professor (ensino) quanto para o aluno (aprendizagem).

• Motivação para a aprendizagem, ajudando o aluno a desenvolver diversas

habilidades.

• Analise do aluno quanto a: postura, organização, esforço, memorização, interesse,

etc.

Os alunos com necessidade educativas especiais, portadores de deficiências ou não,

serão avaliados de forma contínua, respeitando suas limitações e dificuldades, num

processo ativo e cooperativo de aprendizagem.

______________________________________________________________________203Projeto Político Pedagógico

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______________________________________________________________________204Projeto Político Pedagógico

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ESCOLA ESTADUAL GETÚLIO VARGAS – ENSINO FUNDAMENTAL

PROPOSTA CURRICULAR

PORTUGUÊS – ENSINO FUNDAMENTAL

5ª A 8ª Séries

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Pensar o ensino da Língua e da Literatura implica pensar também nas

contradições, nas diferenças e nos paradoxos do quadro complexo da

contemporaneidade. A rapidez das mudanças ocorridas no meio social e a percepção

das inúmeras relações de poder presentes nas teias discursivas que atravessam o

campo social, estão a requerer dos professores, uma mudança de posicionamento no

que se refere a sua própria ação pedagógica.

O ensino de Língua Portuguesa que tem como perspectiva central o uso da

linguagem, aprimorando a comunicação, incutindo no aluno os poderes da linguagem, e

favorecendo situações didáticas que levem à reflexão da linguagem, facilitando o seu

entendimento e seu melhor uso, admitindo como propósito fundamental desse estudo

que a língua é um sistema de signos específicos, históricos e sociais, que possibilita a

homens e mulheres significar a mundo e a sociedade; é na linguagem que o homem se

reconhece humano, interage e troca experiências, compreende e realidade em que está

inserido e o seu papel como participante da sociedade.

Nessa perspectiva, toda reflexão com e sobre a língua só tem sentido se

considerar, como ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem presente que

possibilite experiências reais de uso da língua materna. Os conceitos de texto e de

leituras não se restringem, à linguagem escrita, eles abrangem, além dos textos

escritos e falados, e integração da linguagem verbal com as outras linguagens; as artes

visuais, a música, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as charges,

e todas as formas infográficas ou qualquer outro meio linguageiro criado pelo homem.

A ação pedagógica referente à língua, portanto, precisa pautar-se na

interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno não só a leitura e a

expressão oral ou escrita, mas, também, refletir sobre o uso que faz da linguagem nos

diferentes contextos e situações.

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A escola tem agido como se a escrita fosse a língua, ou como se todos os que

ingressam na escola falassem da mesma forma. Na escola, nossa racionalidade se

exercita com e escrita, desconsiderando a oralidade. No entanto, vale considerar que

as possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e apontam diferentes

caminhos. Devemos lembrar que a criança, quando chega à escola, já domina a

oralidade, pois cresce ouvindo e falando a língua na interação com o outro, seja através

das cantigas, das narrativas, dos causos contados no seu grupo social, do dialogo dos

falantes que a cercam no dia-a-dia ou até mesmo do rádio, TV e outras mídias. O espaço

escolar, então, deve propiciar e promover atividade que possibilitem ao aluno tornar-se

falante cada vez mais ativo e competente, capaz de compreender os discursos dos

outros e organizar os seus de forma clara e coerente.

A escola, ao apresentar a norma culta como a legitima, ignora os fatores que

geram essa imensa diversidade lingüística: localização geográfica, faixa etária e

situação socioeconômica, escolaridade, o professor precisa ter clareza de que tanto a

norma padrão quanto às outras variedades, embora apresentem diferenças entre si, são

igualmente lógicas e bem estruturadas. Não se devem tomar as variedades lingüísticas

como pretexto para discriminação social, mas promover o diálogo entre os diferentes

falares ressaltando a necessidade de usa seleção e adequação as circunstâncias do

processo de interlocução.

É partindo, pois, dessa realidade que o professor deve planejar e desenvolver

um trabalho com a oralidade que permita ao aluno não só conhecer e usar também a

outra variedade lingüística, a padrão, como também entender a necessidade desse uso

em determinados contextos sociais. É função da escola e do professor trabalhar com o

bidialetalismo, preparando o aluno para o emprego da língua padrão, mas sabendo que,

em situações informais, ele continuará utilizando o dialeto que lhe é peculiar.

A leitura é um processo de produção de sentido que se dá a partir de interações

sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor. Destaca a

importância, na leitura, das experiências, dos conhecimentos prévios do leitor, que lhe

permitem fazer previsões e inferências sobre o texto. O leitor constrói e não apenas

recebe um significado global para o texto, ele procura pistas formais, formula e

reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, utilizando estratégias baseadas no

seu conhecimento lingüístico e na sua vivencia social-cultural.

Um texto agencia um espaço de interlocução que multiplica, potencializando, as

possibilidades de leitura. Assim um texto leva a outro texto, mas leva também ao

desejo, a uma política de singularização do leitor que, convocado pelo texto, participa

da elaboração dos significados, confrontando o texto lido com o saber que é seu, com a

sua experiência de vida.

O professor pode planejar uma ação pedagógica que permita ao aluno não só a

leitura de textos para os quais já tenha construído uma competência, como também a

______________________________________________________________________206Projeto Político Pedagógico

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leitura de textos mais difíceis, impliquem o desenvolvimento de novas estratégias com

a devida mediação do professor. O texto literário é um excelente meio de contato com a

pluralidade de significados que a língua assume em seu máximo grau de efeito estético.

O gênero textual tem suas peculiaridades: a composição, a estrutura e o estilo

do texto variam conforme se produza uma história, um poema, um bilhete, uma receita,

um texto de opinião, ou um outro tipo de texto. A capacidade de escrita, criatividade e

outros fatores relacionados ao ato de escrever, só se aprende na pratica da escrita em

suas diferentes modalidades. O contato do aluno com a produção escrita de diferentes

tipos de textos, a partir das experiências sociais possibilitam a pratica de criação e

permite ao aluno ampliar o próprio conceito de gênero.

O envolvimento do aluno e do professor com a escrita é um processo que

acontece em vários momentos: o da motivação para a produção de texto, o da reflexão

que deve proceder e acompanhar todo o processo de produção, o da revisão,

reestruturação e reescrita do texto, que acaba se constituindo, também em um

produtivo momento de reflexão.

O mais importante é criar oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar

hipóteses, a partir da leitura e da escrita de diferentes textos, única instância em que o

aluno pode chegar a compreensão de como a língua funciona e a decorrente

competência textual.

Durante muito tempo o conteúdo gramatical, legitimado por uma classe social

influente e pela tradição acadêmica/escolar, tem sido a base para o ensino de Língua

Portuguesa, e, por assim ser, tem havido uma forte resistência em questionar sua

presença quase que exclusiva no ensino de Língua Portuguesa. Possibilita também o

diálogo com conceitos diversos que, somados, conseguem abranger toda a

complexidade que envolve o processo de uso da língua, não contemplada dentro de

uma perspectiva exclusivamente gramatical.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE PORTUGUÊS

• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada

contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos

do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos.

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de

práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto

tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura.

• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de

texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização.

______________________________________________________________________207Projeto Político Pedagógico

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• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética dos alunos propiciando através da leitura, a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com

as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

• Ter em mente que o ensino da língua é um processo longitudinal de aprendizagem

que por meio da inserção e participação dos alunos em processos interativos da

língua oral e escrita que se inicia na alfabetização, vai consolidar no decurso da

vida acadêmica e não se esgota no período escolar, pois se estende por toda a vida.

• Proporcionar ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de suas

potencialidades como elemento de auto-realização, participação individual do aluno,

a sua exposição de idéias de modo claro, a fluência de sua falta, a participação

organizada, o seu desembaraço, as suas contribuições e principalmente a

consistência argumentativa de sua fala;

• Proporcionar a interação através de linguagem, como uma condição do processo de

letramento que materializa em leitura de textos orais e escritos, tomando a leitura

do texto como unidade básica manifestada em enunciações concretas determinadas

pelos gêneros textuais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Atividades de leitura:

• Promover a formação de leitores autônomos e críticos, através da leitura de textos

de diversos gêneros textuais.

• Despertar o gosto pela leitura, através da apreciação de textos e de atividades

diversas que valorizem a capacidade artística e a criatividade;

• Desenvolver a noção de prazer estético, do interesse pela leitura formando um

leitor mais atento, crítico, envolvido no jogo entre o autor/texto e o leitor;

• Incentivar os alunos a refletir, a expressar suas idéias, trocar opinião e posicionar-

se sobre os conteúdos dos textos lidos;

• Promover a apreensão do texto em diferentes níveis de compreensão, análise e

interpretação;

• Perceber as funções sociais dos diferentes textos, identificando as funções da

linguagem presentes em cada modalidade textuais;

• Fazer descobertas nos níveis semânticas, sintáticas, morfológicas e discursivas de

cada gênero textual estudado;

______________________________________________________________________208Projeto Político Pedagógico

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• Analisar o efeito de sentido conseqüente do uso de recursos gráficos (diagramação,

forma, tamanho e tipo de letras, disposição especial);

• Identificar os fatores de textualidade, a coesão e a coerência;

• Desenvolver a apreensão textual, identificando a idéia principal, a paráfrase, a

síntese, a progressão temática e modo de organização;

• Favorecer, através de uma visão cultural e literária, uma abordagem

interdisciplinar, com a contextualização dos significados e a exploração da

transversalidade em temas como pluralidade cultural, cidadania e ética.

A Escrita tem os seguintes objetivos:

• Garantir tarefas associadas às experiências cotidianas de uso da escrita, as quais

extrapolem o ambiente escolar, gerando assim textos reveladores do produto de

trabalho do aluno, de seus próprios pensamentos, do reflexo de sua experiência de

vida. Construir textos orais e escritos, revelando consciência das estratégias de

produção de texto adequadas às situações de comunicação em caráter público ou

privadas;

• Utilizar mecanismos discursivos e lingüísticos de coerência e coesão textuais;

• Operacionalizar os conhecimentos discursivos, semânticos e gramaticais presentes

na construção da significação dos textos;

• Fazer uso da língua como instrumento de interação social e de formação do sujeito-

cidadão, expressando sentidos, emoções e experiências do ser humano na vida

social;

• Compreender a relação entre as várias linguagens e suas possibilidades de uso;

• Dominar e utilizar os gêneros discursivos;

• Estabelecer as relações entre as informações oferecidas por textos verbais e não-

verbais;

• Empregar, de acordo com o gênero textual escolhido, os mecanismos de coesão

referencial, de articulação frasal, os recursos próprios do padrão escrito na

organização textual, a ortografia oficial do Português padrão, as regras lingüísticas

do padrão culto da língua;

• Redigir textos, garantindo: a relevância das partes e dos tópicos em relação ao

tema e propósito do texto; a continuidade temática; a realização de escolhas

estilísticas, ajustando às circunstâncias, formalidade e propósitos da interação e a

análise e revisão do próprio texto, em função dos objetivos estabelecidos, da

intenção da comunicação textual.

A Oralidade objetiva:

______________________________________________________________________209Projeto Político Pedagógico

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• Considerar que o conhecimento gramatical terá mais eficiência se estiver a serviço

da comunicação, tomando como base o texto, “unidade básica da linguagem

verbal”, articulado, portanto, às práticas da linguagem.

• Ampliar o domínio ativo do discurso nas diversas situações comunicativas;

• Constituir um conjunto de conhecimentos sobre o funcionamento da linguagem e

sobre o sistema lingüístico para as práticas de escuta, leitura e escrita;

• Apropriar-se de instrumentos de natureza procedimental e conceitual necessários

para a análise e reflexão lingüística;

• Compreender as unidades lingüísticas e as relações estabelecidas entre elas e as

funções discursivas associadas a elas no contexto;

• Compreender relações morfológicas, sintáticas e semânticas da língua portuguesa;

• Compreender o efeito do emprego ou não de operadores argumentativos e de

modalizadores;

• Identificar a norma culta e as variantes lingüísticas de uso social da língua, bem

como suas implicações nos diferentes níveis e aspectos de significação vocabular e

textual;

• Refletir sobre os fatos da língua, através da exposição oral a variados tipos de texto;

• Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio, desenvolvendo a

capacidade de avaliação dos textos;

• Conhecer e valorizar as diferentes variedades do português, procurando combater o

preconceito lingüístico;

• Aprimorar a capacidade de articulação do pensamento, através da observação e da

discussão das relações gramaticais, oferecendo novas possibilidades de expressão.

______________________________________________________________________210Projeto Político Pedagógico

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-5ª SÉRIE--5ª SÉRIE-

CONTEUDOS ESTRUTURANTES:CONTEUDOS ESTRUTURANTES:

DISCURSO: Leitura, Escrita e Oralidade.DISCURSO: Leitura, Escrita e Oralidade.

LEITURA ESCRITA ORALIDADE

-Textos relacionados à comunicação e as linguagens;-Textos formais e informais;-A gíria

Ortografia-Uso do dicionário- Morfologia- Fonética- Pontuação- Regência- Concordância- Produção de Textos- Interpretação de TextosO cartão-postal-A carta pessoal-O e-mail-O dicionário-O texto, parágrafo e a frase.-Texto-Gêneros-As variedades lingüísticasFormalidade e informalidade - A gíria - O substantivo - Classificação do substantivo

-Comunicação- O diálogo

Leitura- Textos relacionados ao imaginário infantil: o conto maravilhoso, a lenda e a fábula.

.Escrita- O adjetivo- Locução adjetiva- Classificação dos adjetivos- Flexão dos substantivos e dos adjetivos- O artigo- Classificação dos artigos.Flexão dos artigos.- História em quadrinhos.- A descrição- Substantivos- Singular e Plural- O numeral. - Classificação dos numerais

-Oralidade- O conto: da forma escrita à forma oral.

______________________________________________________________________211Projeto Político Pedagógico

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. Leitura

- Textos que dizem respeito à questão da identidade da criança vista em as relações com o universo familiar

Escrita

- Flexão dos numerais. - O pronome. - Classificação dos pronomes. - Pronomes pessoais - Pronomes de tratamento - Pronomes possessivos. - Pronomes demonstrativos. - Pronomes indefinidos. - Pronomes interrogativos- Ortografia: J ou G? X ou CH?- Coerência e coesão. - Letra, fonema e dígrafo. - Encontro consonantal. - Encontros vocálicos. - Divisão silábica - Substantivo Simples e Composto

-Oralidade

- Aspectos do uso cotidiano dos pronomes. - Valores gramaticais e semânticos relacionados aos pronomes.- Problema de coesão textual relacionado aos pronomes

Leitura Textos relacionados ao universo infantil a psicologia, aos valores e sensibilidade da criança destacando: numerais, pronomes e divisão silábica.

Escrita: - Produção de texto - O relato pessoal. - O texto de opinião- Sílaba tônica e sílaba átona. - Palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.. -Tempos verbais. - Modelos de conjugação verbal.- O advérbio. - Valores e aspectos semânticos dos advérbios

-Oralidade- Uso adequado dos verbos - Flexões de número, pessoa, tempo e modo. - Os modos verbais e intencionalidade discursiva.-O advérbio e a intencionalidade discursiva

______________________________________________________________________212Projeto Político Pedagógico

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PROPOSTA CURRICULAR

6ª SÉRIELINGUA PORTUGUESA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Leitura, Escrita e Oralidade.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Leitura Escrita OralidadeConteúdos

complementares

-Textos de opinião- Contos-Textos Narrativos;-Textos- Argumentativos- Entrevistas-Textos descritivos- Poesias

- Morfologia- Sintaxe- Ortografia- Pontuação- Semântica- Concordância- Produção e Interpretação de textos

-Entrevista-Dramatização-Declamação-Relatos

-Projetos da Escola: - Cultura Afro-Brasileira- Meio Ambiente- Agenda 21 Escolar- Inclusão e Cidadania-Educação Fiscal-Datas Comemorativas

Leitura:

-Textos relacionados ao tema do herói: o herói do cinema e dos quadrinhos e o herói do todo dia.-Textos narrativos e descritivos

Escrita

Produção de texto:Relacionados à mitologia.Grau dos substantivos e dos adjetivos. -O verbo-Produção de textos narrativos considerando tempo e espaço.

Oralidade

-Apresentação de histórias sobre os temas trabalhados em sala de aula

Leitura:-Textos relacionados às diferenças humanas: raciais, sociais e comportamentais.

Escrita -Acentuação dos ditongos e hiatos.-Ortografia: emprego de mal/mau há/a;- Tipos de sujeito.-Verbo de ligação e predicativo do sujeito-Produção de texto de opinião-Conectores-Crase

Oralidade - A morfossintaxe: a seleção e a combinação de palavras.

- A concordância do verbo com o sujeito.

-Leitura:Textos relacionados a viagens: viagem pela imaginação,

Escrita-A notícia.-A entrevista.-Títulos e Legendas

Oralidade

-A notícia falada.-A Entrevista- Uso adequado

______________________________________________________________________213Projeto Político Pedagógico

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viagem no espaço e no tempo, viagem pela palavra e pela memória;

-A preposição;-Transitividade verbal, objeto direto, objeto indireto;-Pronomes na função de complementos;-Semântica

dos Parônimos e homônimos-Técnicas para falar com adequação

Leitura:- Textos relacionados à leitura de poesias e poemas

Escrita

- Coerência e coesão. - Plural dos substantivos compostos. - Emprego dos adjetivos pátrios.- Tipos de predicado. - O adjunto adnominal. - O adjunto adverbial. - Valores e aspectos semânticos do predicado, do adjunto adnominal e do adjunto adverbial.

Oralidade

-Falar com adequação: poemas e rimas

-Recitar poesias

______________________________________________________________________214Projeto Político Pedagógico

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PROPOSTA CURRICULAR –

7ª SÉRIE

PORTUGUES

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESLeitura, Escrita e Oralidade.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Leitura Escrita Oralidade

Conteúdos Complementares

- Charge- Textos Teatrais-Textos Informativos;-Textos- Argumentativos- Crônicas-Textos Publicitários- Textos Narrativos- Textos Dissertativos

- Morfologia- Sintaxe- Ortografia- Pontuação- Semântica- Concordância- Regência- Produção e Interpretação de textos

- Debate-Dramatização

-Projetos da Escola: - Cultura Afro-Brasileira- Meio Ambiente- Agenda 21 Escolar- Inclusão e Cidadania-Educação Fiscal-Datas Comemorativas

LeituraTextos relacionados ao humor: o humor no texto teatral, depoimentos de humoristas, o humor e a crítica.

Escrita

Produção de texto - O texto teatral escrito.-O discurso citado nos gêneros narrativos.-Sujeito Indeterminado.-Oração sem sujeito.-Vozes do verbo e agente da passiva.

Oralidade

- Contando anedotas e casos engraçados. - O discurso e o texto discursivo; o discurso citado: a intertextualidade.

Leitura:-Textos relacionados ao adolescente: os modismos, a busca de identidade, o relacionamento com os pais, o anseio por liberdade;

Escrita

Produção de texto:-A crônica.-A crônica argumentativa.- O predicativo

do objeto e o predicado verbo-nominal.

- O Modo Imperativo

-Figuras de

Oralidade-O discurso citado nos gêneros narrativos.

-

______________________________________________________________________215Projeto Político Pedagógico

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linguagemDenotação e conotação-O trema e acento diferencial

Leitura:Textos relacionados a consumo: a educação e o consumismo, o consumismo e a dona de casa, a publicidade na TV;

Escrita

Produção de texto:-O texto publicitário.-O anúncio classificado.-O aposto e vocativo.-A pontuação.-Problemas e valores semânticos ao complemento nominal, ao aposto, ao vocativo e a pontuação.

Oralidade-Avaliação apreciativa e recursos gráficos

Leitura

Textos relacionados ao tema: a questão ecológica, os valores humanos no mundo do consumo, a face da miséria na realidade social.

Escrita-A conjunção.-As conjunções coordenativas.-As conjunções subordinativas.-Período simples e composto

Oralidade-A não-contradição.-A ambigüidade.

-O vocabulário

-Debate

______________________________________________________________________216Projeto Político Pedagógico

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PROPOSTA CURRICULAR

– 8ª SÉRIE –

LINGUA PORTUGUESA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Leitura, Escrita e Oralidade.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Leitura Escrita Oralidade

Conteúdos Complementares

-Textos Informativos;-Textos Dissertativos-Textos Jornalísticos- textos Literários- Textos Científicos- Textos Poéticos- Contos

- Morfologia- Sintaxe- Ortografia- Pontuação- Semântica- Concordância- Regência- Semântica- Estilística- Produção e Interpretação de textos

- Debate-Dramatização-Declamação-Entrevista

-Projetos da Escola: - Cultura Afro-Brasileira- Meio Ambiente- Agenda 21 Escolar- Inclusão e Cidadania-Educação Fiscal-Datas Comemorativas

LeituraTextos relacionados à juventude: crônicas e texto científico;

Produção de texto-Emprego dos demonstrativos em relação ao espaço.As orações subordinadas substantivas.-O pronome relativo.-As orações subordinadas adjetivas.

Oralidade-Emprego dos pronomes relativos em relação ao tempo e a elementos do texto-O discurso citado: o discurso indireto livre

Leitura:Textos relacionados a valores:Os valores socialmente apreciados, valores interiores, beleza interior e beleza exterior, tradicionalismo, convenções, influências do outro sobre nossos pontos de vista.- O discurso citado em textos jornalísticos.

Produção de texto: - A reportagem. - O editorial.Para escrever com adequação:O discurso citado em textos jornalísticos. - O vocabulário. - A pontuação de orações subordinadas adverbiais. - As orações subordinadas adverbiais. - O período composto por

Oralidade-Falar com adequação usando a pontuaçãoadequada-Comentários sobre noticias e textos jornalísticos

______________________________________________________________________217Projeto Político Pedagógico

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coordenação: as orações coordenadas. - Figuras de sintaxe

Leitura:- Textos relacionados ao amor: o amor e a fidelidade, o namoro, o amor como alteridade.Produção de texto: - O texto argumentativo escrito. - O texto argumentativo: graus de informatividade. - O texto argumentativo: a qualidade dos argumentos.

EscritaA língua em foco: - Versificação. - O vocabulário. - Estrutura e formação de palavras. - Concordância. - A concordância nominal. - A concordância verbal

OralidadeTextos relacionados ao amor: o amor e a fidelidade, o namoro, o amor como alteridade.Produção de texto: - O texto argumentativo escrito. - O texto argumentativo: graus de informatividade.

Leitura:Textos relacionados ao tema comportamento, a influencia da mídia, o comportamento do homem, o incansável desejo humano de procura e conquista.-

Escrita - O texto argumentativo: dissertar é argumentar? - O texto argumentativo.

Oralidade- O texto expositivo oral.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE PORTUGUESMETODOLOGIA DA DISCIPLINA DE PORTUGUES

A prática de sala de aula requer uma metodologia articulada com uma opção

política. Assim, ao pensar acerca do ensino de Língua Portuguesa, faz-se necessário

pensar a “concepção de linguagem” e a postura em relação à educação, tomada como

referenciais na escolha da metodologia a ser utilizada em sala de aula.

O encaminhamento metodológico da língua portuguesa terá como unidade de

ensino o texto, em sua grande diversidade de gêneros, levando em conta que o mesmo

coloca o aluno sempre frente a tarefas globais e complexas para garantir a apropriação

efetiva dos múltiplos aspectos envolvidos. Será necessário que o professor produza-o

______________________________________________________________________218Projeto Político Pedagógico

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nas práticas de escuta, leitura e produção, permitindo que o trabalho com a leitura

permita a passagem gradual da leitura não comum para uma leitura mais extensiva.

Além da escuta, leitura e produção de texto, é necessária a realização de

atividades que envolvam manifestações de trabalhos sobre a língua e suas

propriedades como trabalho de observação, descrição, por meio do qual se constrói

explicações para os fenômenos lingüísticos característicos das práticas discursivas.

Serão empregadas estratégias de compreensão dos diversos tipos de textos, que

se distinguem do falar cotidiano, articulando elementos lingüísticos a outros de

natureza não verbal e, quando necessário registro e documentação escrita.

Serão explicitados a forma e o conteúdo do texto em função das características

de gênero e do autor, fazendo uma seleção de procedimentos de leitura em função dos

diferentes objetivos. Serão estabelecidos relações necessárias entre o texto e outros

textos e recursos de natureza suplementar para a compreensão e interpretação do

texto.

Estabelecer-se-á a progressão temática em função das marcas de segmentação

textual, tais como mudanças de capítulo ou de parágrafos, títulos e subtítulos, para

textos em prosa, colocação em estrofes e versos, para textos em versos.

Far-se-á levantamento a analise de indicadores lingüísticos e extralingüísticos

presentes no texto para identificar as varias vozes do discurso e o ponto de vista que

determina o tratamento dado ao conteúdo, com a finalidade de confrontá-lo com outros

textos, com outras opiniões e para que se possa posicionar criticamente diante dele.

Sabendo - se que esse conhecimento se constitui a partir do saber existente no

aluno, somado ao que o professor detém, ocorrerá a real construção do conhecimento

através do diálogo e da interação, viabilizando, assim, a verdadeira troca de

experiências e, conseqüentemente, a aprendizagem.

Para a cultura Afro – Descendente a ênfase será na formação da língua brasileira,

origem das palavras, as lendas, contos e histórias sobre a diversidade.

Sendo a Escola o local ideal para combater o preconceito é preciso que o

Professor de Português esteja comprometido com a educação inclusiva, numa proposta

de ensino desafiadora, consciente de seu papel de formador.

As aulas devem ser planejadas de forma que sempre que for necessário haja

tempo específico para atender os alunos com necessidades especiais individualmente,

procurando sanar as dificuldades específicas de cada um. Dessa forma, aluno e

professor vivenciarão práticas de ensino em que os alunos são respeitados em sua

individualidade e ainda percebam seus progressos em relação a si próprios, dentro do

seu ritmo de aprendizagem – A inclusão exige tolerância e compromisso por parte de

toda a Equipe Escolar.

Por meio da leitura, o aluno fará a construção de seu próprio saber, a ação

pedagógica deve estar voltada a um trabalho onde o aluno consiga desenvolver

______________________________________________________________________219Projeto Político Pedagógico

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inferências, percebendo o contexto e a intertextualidade contida nos textos a escrita

ocorrerá num contexto de interação e interlocução com tipologias textuais para que o

aluno aprimore sua condição enquanto escritor. A Oralidade serão desenvolvidas a

partir do uso da fala valorizando –se a produção de discursos nos quais o aluno

realmente se constitua como sujeito do processo interativo, em situações reais para

que ele conheça a variedade de padrão da língua entendendo a necessidade e a

importância de seu uso em determinados contextos sociais.

Partindo desses pressupostos, estabeleceu-se como parâmetros metodológicos

para o ensino da Língua Portuguesa neste Estabelecimento de Ensino:

• Proporcionar ao educando a oportunidade de aquisição do domínio da variante culta

da língua, acrescida da reflexão sobre as razões extralingüísticas que determinam a

aplicação dessa variedade dialética em detrimento das demais, impedindo que haja

da depreciação dos demais falares tomados como “errôneos” e contribuindo para a

percepção da pluralidade lingüística e cultural.

• Aulas pautadas no ensino da língua, propriamente dita, com a compreensão de que

a linguagem se constitui em meio de interação entre as pessoas e que, portanto, o

estudo da metalinguagem e as aulas de descrição da língua não garantem e

competência lingüística;

• Articulação de situações didáticas em que o educando perceba as diferentes

linguagens como meios de organização cognitiva do mundo;

• Produção de texto orais e escritos.

• Trabalho pedagógico expresso por meio de práticas pedagógicas que estimulem o

aluno ao levantamento de hipóteses lingüísticas, que o leve a refletir sobre o uso da

linguagem de modo que este possa, construir seu próprio conhecimento, através da

intermediação do professor.

• Respeito à diversidade.

O encaminhamento metodológico constará de:

• Introdução do tema por meio de conversa sobre as personagens que aparecem na

ilustração;

• Motivação do aluno para participação e explorar o conhecimento prévio;

• Leitura silenciosa;

• Leitura oral, feita pelo professor, com ênfase na entonação;

• Resolução de questões individualmente pelos alunos ou em grupos, dos tópicos de

compreensão do texto, a linguagem do texto e cruzando linguagens;

• Atividades orais que promovam a leitura dramatizada de partes do texto;

• Debates sobre os temas dos textos apresentados;

______________________________________________________________________220Projeto Político Pedagógico

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• Resolução de exercícios propostos individualmente, em duplas ou em pequenos

grupos;

• Pesquisas em jornais e revistas e propagandas, em anúncios publicitários escritos e

letras de música, em placas de rua, na linguagem popular.

• Concursos, gincanas e brincadeiras;

• Leitura extraclasse

• Introdução de temas que promovam a leitura da Cartum e a discussão de idéias

contidas nele;

• Uso das diversas linguagens: humorísticas, publicitária, etc.

• Leitura extraclasse;

• Confecção de painéis;

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação será conduzida tendo em vista os objetivos definidos como produto

desejado, tendo como pressupostos a capacidade dos alunos em ampliar seus

conhecimentos ao longo do processo escolar.

Todavia, é imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e

o processo da aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

Por isso, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor pode utilizar a

observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo

e/ou objetivo.

A avaliação será diagnóstica, somativa, qualitativa, formativa, contínua,

permanente, cumulativa, levando em consideração as atividades desenvolvidas, a

capacidade de síntese e a elaboração pessoal sobre a memorização.

A avaliação diagnóstica será realizada por eixos, Leitura, Escrita e

Oralidade e consistirá em orientar o aluno para o convívio social, para isso o professor

verificará se o aluno consegue:

• Perceber e respeitar diferentes pontos de vista nas situações de convívio;

• Usar diálogo como instrumento de comunicação na produção coletiva de idéias e na

busca de solução de problemas;

• Buscar a justiça no enfrentamento das situações de conflito;

• Atuar de forma colaborativa nas relações pessoais, bem como se sensibilizar por

questões sociais que demandam solidariedade;

______________________________________________________________________221Projeto Político Pedagógico

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• Conhecer os limites colocados pela escola e participar da construção coletiva de

regaras que organizam a média do grupo;

• Participar de atividades em grupo com responsabilidade e cooperação.

A avaliação formativa será utilizada para possibilitar a superação das dificuldades do

aluno sendo uma constante forma de repensar a práxis a superação do professor e as

responsabilidades do aluno; permanente quanto ao acompanhamento do processo de

aprendizagem do aluno; Contínua com base em analise de dados e instrumentos de

registros como tabelas, listas de controle, diário de classe, e outros; Abrangente

contemplando a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do aluno;

Qualitativa permitindo um avaliar constante na aquisição de conhecimentos no

decorrer do processo educativo e cumulativa caracterizada pela avaliação global

acumulada, que expressa a totalidade do aproveitamento escolar no processo contínuo

e permanente.

A verificação de aprendizagem utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais

como: testes de conhecimentos, testes de leitura, testes orais, testes escritos, objetivos

e subjetivos, trabalhos de pesquisas sobre assuntos de gramáticas, pesquisas

bibliográficas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências, relatórios,

sínteses, trabalhos em grupos, resolução de exercícios, participação em trabalhos

coletivos e/ou individuais, atividades complementares propostas pelo professor, e

outras atividades significativas período, bem como a mudança de atitude do aluno

apresentada dentro do contexto em que está inserido.

A inclusão desafio maior para o professor vai acontecer à medida que o respeito à

diversidade for sendo incorporado ao contexto escolar.Os alunos com necessidades

educativas especiais serão avaliados de forma contínua, respeitando suas limitações e

dificuldades, num processo ativo e cooperativo de aprendizagem.

______________________________________________________________________222Projeto Político Pedagógico

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BIBLIOGRAFIA

AZEVEDO, Dirce Guedes de – Palavra e Criação, FTD, São Paulo, 1999.

BACCEGA, Maria Aparecida – Concordância Verbal. 3ª ed. Ática, São Paulo, 1997.

CARDOSO, Eloísa G. – Português, Projeto Alternativo: A Prática da Leitura e da Escrita,

Brasil, São Paulo, 1989.

CASTRO, Maria da Conceição – Novo Português Básico, São Paulo: Saraiva, 1990.

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______________________________________________________________________223Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

ESCOLA ESTADUAL GETÚLIO VARGAS-ENSINO FUNDAMENTAL

Figueira D`Oeste – Engenheiro Beltrão – Paraná

MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A história da Matemática nos revela que foram os povos das antigas civilizações

que começaram a desenvolver a Matemática de forma rudimentar compondo assim a

Matemática que se conhece hoje.

O surgimento da matemática deu-se com a capacidade humana de reconhecer

configurações físicas, tamanhos e quantidades; mas como Ciência, emergiu somente

mais tarde na Grécia, onde regras, princípios lógicos e exatidão de resultados foram

registrados.

O homem ingressou no ramo de criação de animais, na agricultura, na

construção de casas, onde surge o comércio rudimentar trazendo consigo a necessidade

da contagem.

Uma invenção, uma descoberta só se desenvolve e vem

atender à necessidade social de uma civilização, enquanto na

ciência fundamental, por sua vez, responde a uma necessidade

histórica interiorizada na consciência dos sábios. E, em

contrapartida, ela transforma ou abala esta civilização. Assim

antigos avanços científicos só não se desenvolveram porque a

demanda social os recusava. (IFRAH. p. 12, 1996)

A primeira proposta de ensino de Matemática baseada em prática pedagógica

ocorreu no século V a.C. com os sofistas, tendo como objetivo a formação do homem

político. Nos séculos IV a II a.C. era um ensino baseado na memorização e repetição e no

século V d.C. o ensino teve caráter estritamente religioso.

Após o século XV, a navegações e as atividades comercias e industriais

possibilitaram novas descobertas na matemática, já no século XVI contribuiu para o

processo científico e econômico. Foi neste século também que os jesuítas instalaram

colégios católicos pelo qual a Matemática viria a ser introduzida como disciplina nos

currículos da escola brasileira.

No século XVIII com as revoluções francesa e industrial a pesquisa Matemática

se direcionou a atender aos processos da industrialização, colocando assim à prova as

teorias matemáticas criadas.

______________________________________________________________________224Projeto Político Pedagógico

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O desenvolvimento matemático no século XIX foi denominado por Ribnikov

(1987) como o período das matemáticas contemporâneas. Assinala assim as relações que

expressam formas e quantidades aumentaram consideravelmente; elas ocorreram nos

fundamentos da Matemática, no sistema de teorias, problemas históricos, lógicos e

filosóficos.

No período entre o fim do século XIX e início do século XX, levantaram-se

preocupações voltadas para o ensino da Matemática, sendo traduzidas em ações

concretas, discutida em encontros internacionais promovidos por matemáticos

preocupados com o ensino de matemática.

Esse foi o início de um movimento mundial de renovação do ensino da

Matemática que se manifestou em vários países da Europa, mas em alguns desses países

a renovação ocorreu de forma mais ampla, em especial na Alemanha, onde Felix Klein

(1849-1925) defendeu a atualização desse ensino para que ele se aproximasse do

desenvolvimento científico e tecnológico.

No Brasil, ministrava-se um ensino de Matemática de caráter técnico com o

objetivo de preparar os estudantes para as academias militar, influenciado pelos

acontecimentos políticos que ocorriam na Europa.

Com a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, em 1808, implementou-se um

ensino de Matemática através de cursos técnico-militares.

O início da modernização da Matemática no país aconteceu com a expansão da

indústria nacional, do desenvolvimento da agricultura, do aumento da população nos

centros urbanos.

O Movimento da Escola Nova propunha uma concepção Empírico-ativista que

pressupunha a valorização dos processos de aprendizagem e o envolvimento dos

estudantes em atividades de pesquisa, atividades lúdicas, resolução de problemas, jogos

e experimentos.

Até o final do ano de 1950 a tendência que prevaleceu no ensino da matemática

no Brasil foi a Formalista Clássica baseada no “modelo euclidiano e na concepção

platônica da Matemática”, após esta década observou-se à tendência Formalista

Moderna que valorizava o desenvolvimento da idéias matemáticas com a reformulação

do currículo escolar onde o ensino era centrado no professor que demonstrava os

conteúdos em sala de aula.

O regime militar brasileiro oficializou a tendência pedagógica Tecnicista tinha a

função de manter e estabilizar o sistema de produção capitalista, cujo objetivo era a

preparação do indivíduo para ser útil e servir.

A tendência Construtiva surgiu a partir das décadas de 1960 e 1970, onde o

conhecimento matemático resultava de ações interativas e reflexivas dos estudantes no

ambiente ou nas atividades pedagógicas, sem assim, dava maior ênfase ao processo e

não ao produto do conhecimento.

______________________________________________________________________225Projeto Político Pedagógico

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A tendência Sócio-cultural valorizou aspectos sócio-culturais da Educação

matemática, o conhecimento matemático passou a ser visto como um saber prático e

dinâmico. A relação professor-aluno era dialógica, privilegiava a troca de conhecimentos

entre ambos.

A tendência Histórico-crítica concebia a Matemática como um saber vivo,

dinâmico para atender as necessidades sociais e teóricas. Não consistia apenas em

resolver problemas e fixar conceitos através da memorização ou de uma série de

exercícios, mas no desenvolvendo estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido

e significado às idéias matemáticas e, sobre essas idéias, tornar-se capaz de estabelecer

relações, justificar, analisar, discutir e criar.

O Estado da Paraná, através da Secretária de educação – SEED, iniciou, em

1987, discussões com os professores da Rede Pública Estadual para elaboração de

propostas pra seu sistema de ensino e no final da década de 198º e início de 1990, fez

um movimento de produzir um documento de referência curricular para sua rede

pública de Ensino Fundamental que teve como fundamentação teórica uma forte

influência da tendência histórico-crítica.

A partir de 2003, a SEED elabora o documento de Diretrizes Curriculares e, no

que se refere ao ensino da Matemática, num processo de discussão coletiva com os

professores da Rede Pública que lecionam nos diferentes níveis e modalidades de

ensino, resgata importantes considerações a respeito de abordagens obre o ensino a

aprendizagem da Matemática.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

A Matemática, no ensino fundamental, deve ter como eixo uma prática

pedagógica que não se limite apenas a condutas observáveis, mas a resultados que

possibilitem aprendizagens significativas, articulando as dimensões cognitivas, afetivas

e sociais na formação do educando.

Nessa perspectiva, os objetivos podem ser formulados, de maneira que os

alunos possam:

• Valorizar e apreciar o papel da Matemática como instrumento para

compreender o mundo à sua volta;

• Utilizar as formas de pensamento lógico para comprovar e formular

conjecturas, realizar inferências e deduções, organizar e realizar

informações, relativas à vida cotidiana e a resoluções de problemas;

______________________________________________________________________226Projeto Político Pedagógico

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• Realizar observações do meio físico e social, de aspectos quantitativos e

qualitativos, estabelecendo o maior número de relações, usando os

conhecimentos aritméticos, algébricos, métricos e geométricos, de forma

criativa e crítica;

• Elaborar estratégias pessoais para a resolução de problemas, desenvolvendo

atitudes de exploração sistemática, flexibilidade do pensamento,

perseverança e auto-estima;

• Estabelecer conexões entre a Matemática e as demais disciplinas do

currículo, bem como entre a Matemática e os problemas do cotidiano;

• Discutir e apresentar temas relevantes que sejam do seu interesse para o

desenvolvimento de projetos paralelos interdisciplinares;

• Interpretar informações, utilizar modelos e avaliar as suas possibilidades e

limitações e a sua adequação às necessidades diversas.

• Capacidade de planejar as ações e de projetar as soluções para problemas

novos que exigem iniciativa e criatividade;

• Capacidade de compreender e transmitir idéias matemáticas, por escrito ou

oralmente;

• Capacidade de usar independentemente o raciocínio matemático, para a

compreensão do mundo que o cerca;

• Saber aplicar matemática nas situações do dia-a-dia;

• Saber avaliar se resultados obtidos na solução de situações problemas são

ou não são razoáveis;

• Saber fazer estimativas mentais de resultados ou cálculos aproximados;

• Saber aplicar as técnicas básicas do cálculo aritmético;

• Saber empregar o pensamento algébrico, incluindo o uso de gráficos,

tabelas, fórmulas e equações;

• Saber utilizar os conceitos fundamentais de medidas em situações concretas;

• Conhecer as propriedades das figuras geométricas, planas e sólidas,

relacionando-as com os objetos de uso comum, no dia-a-dia ou no trabalho;

• Saber utilizar a noção de probabilidade para fazer previsões de eventos ou

acontecimentos.

______________________________________________________________________227Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

— 5ª Série —

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Números, Operações e Álgebra/ Medidas/ Geometria/ Tratamento da Informação

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Números, Operações e Algebra

- Seqüências e padrões - A seqüência dos números naturais- Sistema de numeração- Tabelas e gráficos− Gráfico de colunas

- Adição de números naturais- Cálculo mental e estimativa- Subtração com números naturais- Adição e Subtração – operações inversas entre si

- Multiplicação com números naturais- As idéias da multiplicação- Divisão com número natural- Expressões numéricas – envolvendo as 4 operações

- Potenciação com números naturais- Divisibilidades- Números primos- O máximo divisor comum- Múltiplos de um número natural

- Frações Equivalentes- Adição e Subtração com frações- Número misto

- Número com vírgula- Aplicando o sistema de numeração

decimal- Operações com números decimais- Representação decimal de um número

fracionário.

CONTEÚDO ESPECÍFICO: Geometria - Figuras geométricas espaciais- Figuras geométricas planas- Segmento de Reta- A semi-reta e a reta- Simetria- Ângulos- Polígonos− Circunferência

______________________________________________________________________228Projeto Político Pedagógico

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Escola Estadual Getúlio Vargas - Ensino Fundamental_____________________________________________________________________

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Medidas- Medidas de comprimento- Área- Volume

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Tratamento da Informação- Matemática financeira: porcentagem

______________________________________________________________________229Projeto Político Pedagógico

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— 6ª Série —

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Números, Operações e Álgebra/ Medidas/ Geometria/ Tratamento da Informação

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Números, Operações e Algebra

- Revisão: Números naturais, números fracionários e números decimais- As medidas e os números decimais

- Números inteiros no dia-a-dia- Comparando números inteiros- Gráficos de segmentos- Adição e subtração com números inteiros- Multiplicação com números inteiros- Divisão com números inteiros- Potencias e raízes

- Números racionais positivos e negativos- Adição e subtração com números racionais- Multiplicação com números racionais- Divisão com números racionais- Potenciação e raiz quadrada de números

racionais

- Letras no lugar de números- Equações- Equação do 1º grau com uma incógnita- Resolvendo problemas- Equação do 1º grau com duas incógnitas- Sistemas de equações do 1º grau com duas- incógnitas

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Medidas- Medidas de ângulos- As retas perpendiculares e o ângulo reto - Triângulos - Quadriláteros

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Geometria

- Ângulos complementares e suplementares- Ângulos opostos pelo vértice- A soma dos ângulos internos de um triângulo

− A soma dos ângulos internos de um quadrilátero

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Tratamento da Informação

- Razões- Proporções

− Números proporcionais______________________________________________________________________

Projeto Político Pedagógico

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- Grandezas proporcionais- Regra de três simples- Porcentagem-

— 7ª série —

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Números, Operações e Álgebra/ Medidas/ Geometria/ Tratamento da Informação

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Números, Operações e Algebra

- Os números, naturais e os números inteiros- Os números racionais- Números irracionais e números reais- Adição, subtração, multiplicação e divisão

em R : propriedades- Potenciação em R- A raiz quadrada em R

- Introdução ao cálculo algébrico- Trabalhando com fórmulas- Aplicando as fórmulas matemáticas: áreas

da figuras geométricas planas- Aplicando as fórmulas matemáticas: volume dos blocos retangulares

- Monômios- Polinômios- Operações com polinômios: adição, subtração, multiplicação e divisão

- O quadrado da soma de dois termos- O quadrado da diferença de dois termos - O produto pela soma da diferença de dois termos- Fatoração pela colocação do fator comum em evidência- O fator comum- Fatoração por agrupamento- Fatoração da diferença de dois quadrados- Fatoração do trinômio quadrado perfeito

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Medidas

- Medindo ângulos- Congruência de ângulos- Ângulos e retas- Congruência e paralelismo- Ângulos e polígonos

______________________________________________________________________Projeto Político Pedagógico

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Geometria

- Triângulos: classificação - Segmentos notáveis de um triângulo- Relações entre elementos de um triângulo- Congruência de triângulos

- Quadriláteros- Paralelogramos- Trapézios

- A circunferência- Posições relativas- Arcos e ângulos CONTEÚDOS ESPECÍFICOS : Tratamento da Informação

- Regra de Três - Descontos e acréscimos- Operações comerciais- Juros simples

______________________________________________________________________Projeto Político Pedagógico

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— 8ª Série —

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Números, Operações e Álgebra/ Medidas/ Geometria/ Tratamento da Informação

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Números, Operações e Algebra

- Potência com expoente inteiro- Raízes- Potencias, raízes e o Teorema de Pitágoras- O radical aritmético - Redução de radicais ao mesmo índice- Operações com radicais- Racionalização de radicais- Potência com expoente fracionário

Equações do 2º grau com uma incógnita- Resolvendo equações do 2º grau incompletas

− A fórmula de Bhaskara− Relações entre os coeficientes e as raízes de uma equação do 2º grau

- Equações redutíveis a equações do 2º grau− Sistemas do 2º grau

- Noções de função- Conjuntos e funções- Coordenadas cartesianas- Função polinomial do 1º grau- Função polinomial do 2º grau- Construindo o gráfico de uma função polinomial do 2º grau- Valor de máximo e valor mínimo de uma função

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Medidas

- Relações métricas no triangulo retângulo− Relações métricas num triangulo qualquer

- O comprimento da circunferência- Relações métricas na circunferência

- Área de polígonos− Área do círculo

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Geometria- Segmentos proporcionais- Teorema de Tales- Semelhança de polígonos- Semelhança de triângulos- Casos de semelhança de triângulos

______________________________________________________________________Projeto Político Pedagógico

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- Trigonometria no triângulo retângulo- Os ângulos notáveis- Polígonos inscritos e polígonos circunscritos

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Tratamento da Informação

- Organização de dados em tabelas- Organização de dados em gráficos- Trabalhando com médias

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Preparar o cidadão para atuar em uma sociedade complexa, cada vez mais

permeada pela ciência e tecnologia constitui-se num dos principais objetivos do ensino

de Matemática, acreditando-se que a realidade social, econômica e cultural do meio

deve constituir-se numa referência básica.

A seleção dos conteúdos para o ensino de Matemática pode atender, de forma

equilibrada, aos seguintes princípios: a relevância cultural e os aspectos formativos.

Devem ser úteis como instrumento para a vida e para o trabalho, por serem

integrantes de raízes culturais e, indiscutivelmente, como suporte para o

desenvolvimento intelectual do aluno.

Têm-se como desafios aos docentes em Matemática a adequação e gradação de

conteúdos e a inclusão de propostas metodológicas que valorizem os conceitos,

aplicações, formas de raciocínio, habilidades, valores, atitudes e interesses.

Os eixos temáticos Número e Operações, Espaço e Forma, Medidas e Tratamento

da Informação devem permitir a organização dos conteúdos, desdobrados em

assuntos, em função da sua complexidade. A articulação e a dinâmica do uso dos

temas devem assegurar a continuidade do processo pedagógico, modificando-se o

aprofundamento dado aos conteúdos de acordo com o ritmo de aprendizagem dos

alunos.

Esse cuidado deve ser primordial principalmente em se tratando dos alunos com

necessidades especiais pois antes da preocupação com a sua aprendizagem está o

objetivo maior que é o da sua inclusão no ambiente escolar.

A escola é um lugar onde se preza a igualdade de direitos, por isso ela deve

buscar resgatar os valores humanos formando esses homens em cidadãos capazes de

participar e se relacionar socialmente.

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A vivência de situações desafiadoras, que permitam aos professores expressar-se

através da utilização de vários recursos e técnicas para o exercício pleno e consciente

da sua profissão, é fundamental, não somente para garantir um ensino de melhor

qualidade, como também para assegurar uma maior participação dos professores em

todas as etapas do processo de ensino e aprendizagem de matemática, desde o

planejamento, a seleção e a organização dos conteúdos até a conseqüente execução

das atividades programadas.

Fatores como o fracasso no ensino da Matemática, mudanças na sociedade, que

demandam outra formação do cidadão, mudanças na realidade de vida do aluno e sua

pouca motivação ante o conhecimento veiculado na escola levam a pensar em um

ensino e uma escola diferente, mais significativo para o aluno atual e para o cidadão

que queremos formar. Na verdade, eles levam a pensar em uma educação integrada

pela Matemática onde o professor em contato com seu aluno com o apoio da escola

busque alternativas para a solução dos problemas.

Espera-se que o educador, antes de supor a ensinar respostas, leve o aluno a se

disponibilizar à busca, ao questionamento, a verbalizar suas perguntas, respeitar

respostas e integrações dos outros, a compreender a linguagem, vivenciar os

símbolos, localizar-se e familiarizar-se com o mundo matemático.

Os eixos matemáticos, devem ser trabalhos estabelecendo conexões com

outros campos do conhecimento e com as demais áreas da matriz curricular deforma

interdisciplinar em conformidade com os temas sociais emergentes.

A prática pedagógica deve estimular o espírito questionador do aluno na

busca de explicações e finalidade para as coisas, discutindo a matemática,

questionando como ela foi construída, como pode contribuir para a solução de tantos

problemas do cotidiano como de problemas ligados à investigação científica. Desse

modo, os alunos deverão identificar os conhecimentos matemáticos como meios que

auxiliam a compreender e a atuar no mundo em que estão inseridos.

Para ensinar matemática além do quadro-negro, do livro didático e da fala do

professor, deve-se também utilizar recursos didáticos como: livros, vídeos, televisão,

rádio, calculadoras, computadores, jogos, notícias de jornal, revistas, panfletos,

quebra cabeça, material ilustrativo como polígonos, etc., pois tais recursos, têm papel

importante no processo de ensino aprendizagem pois são materiais que estão

diretamente relacionados com o dia-a-dia do aluno e que contribui não apenas para a

construção do conhecimento mas também para o diálogo entre os conteúdos e as

trocas de idéia. Para tanto, tais recursos devem ser integrados a situações que levem

o aluno ao exercício da análise e da reflexão, para isso, juntamente com gráficos e

tabelas serão trabalhados os projetos :

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- Agenda 21

- Conselho Fiscal

- Educação Ambiental e de Campo

- História e Cultura Afro-descendente

Assim, a organização do trabalho didático será encaminhada de modo que os

alunos desenvolvam a própria capacidade para construir conhecimentos matemáticos

e interagir de forma cooperativa com seus pares, na busca de soluções para

problemas, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Os resultados expressos pelos instrumentos de avaliação devem fornecer ao

professor informações sobre a aprendizagem do aluno quanto à capacidade de

resolver problemas, utilizar a linguagem matemática para comunicar suas idéias,

desenvolver raciocínios e análise e integrar esses aspectos no seu conhecimento

matemático.

A avaliação é parte essencial de todo o processo de ensino-aprendizagem.

Mesmo nos processos informais, como os que ocorrem na interação entre a criança e

sua família, costuma haver avaliação. A avaliação não é encontrar uma nota ou

conceito que concretize o desempenho de um aluno. Sua função principal é contribuir

para a otimização do processo ensino-aprendizagem como meio para perceber se

alunos e professores estão se aproximando dos objetivos traçados. A maior utilidade

dos resultados da avaliação reuni-se na orientação da dinâmica do professor –

AVALIAR O QUE O ALUNO APRENDEU E NÃO O QUE ELE AINDA NÃO SABE -

pensando no desenvolvimento intelectual, cultural e social dos alunos e indo além da

simples aquisição de conceitos matemáticos, deve-se considerar que as aptidões e

habilidades são muito diversas dentro de um mesmo grupo. Considerando também as

diferentes inteligências :musical, corporal, interpessoal etc., que são igualmente

valiosas à lógico-matemática e pensando na construção ampla do conhecimento,

surge, naturalmente, a necessidade de uma avaliação contínua, realizada a cada

momento da interação entre alunos e professores, acompanhando o aprendizado e,

simultaneamente, colaborando com ele para permitir que elementos da

aprendizagem sejam percebidos.

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A tarefa do professor ao avaliar, é bastante complexa e exige um desempenho

competente, uma vez que envolve projetos, aspirações, realidades, sonhos, fantasias

de seres delicados em formação.

Diante disso a avaliação em matemática servirá de:

Diagnóstico — tanto para o professor (ensino) quanto para o aluno (aprendizagem).

Motivação — para a aprendizagem, ajudando o aluno a desenvolver diversas

habilidades

Análise — do aluno quanto a: postura , organização, esforço,memorização, interesse,

etc.

Para tanto o professor irá:

- avaliar o que o aluno sabe e como pensa a Matemática

- encarar a avaliação como parte integrante do processo de ensino da

Matemática

- focar uma grande variedade de tarefas

- desenvolver situações problemas que envolvam aplicações de um conjunto de

idéias matemáticas

- usar várias técnicas de avaliação

- utilizar recursos materiais como computadores, calculadoras etc.

A avaliação não é aplicar provas para classificar o aluno em aprovado ou não

aprovado; em " burro" ou " inteligente"; em apto a passar de nivel ou não apto; ou

muito menos para simplesmente examiná-lo se consegue acompanhar a classe ou se

precisa ser excluído com olhares ou comentários entre os professores! O sentido de

avaliação (segundo Luckesi) tem o mesmo sentido da anaminése feito pelo médico

quando vamos ao consultório: dar condições ao médico (professor) de conhecer o

paciente (aluno) que ele começará a atender ou trabalhar. Avaliar é começar a

compreender o universo que está à sua frente, na sua aula, na sua escola. Esse

universo é individual, único é o aluno.

Sendo assim, a principal condição para uma educação inclusiva (segundo Hugo

Beyer) é uma nova forma de pensar: a certeza de que os alunos são sempre diferentes

entre si e de que todos são especiais. Depois sugere tornar concretas algumas

alternativas como a individualização do atendimento pedagógico, uma avaliação

mediadora, não-comparativa, e a adoção de sistemas de bidocência, ou seja,

professores especialistas atuando em colaboração com os professores de classe.

BIBLIOGRAFIA

______________________________________________________________________Projeto Político Pedagógico

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ESCOLA ESTADUAL GETÚLIO VARGAS - ENSINO FUNDAMENTAL

PROPOSTA CURRICULAR

LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA -INGLÊS

APRESENTAÇAO GERAL DA DISCIPLINA DE LINGUA ESTRANGEIRA -

INGLÊS

Desde o início da colonização do Brasil, e a implantação do Sistema Educacional

Brasileiro o ensino de Línguas fizeram parte do Currículo. Neste momento histórico

as línguas ensinadas eram o grego e o latim, consideradas de suma importância para

o desenvolvimento do pensamento e da literatura.

O ensino das línguas modernas teve início no Brasil com a chegada da Família Real

Portuguesa com a criação das cadeiras de Inglês e Francês cujo objetivo era

melhorar a instrução pública e atender às demandas advindas da aberturas dos

portos ao comércio. Em 1840, foi criada também a cadeira de Alemão. Tal fato

culmina com a fundação em 1837, do Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário

do Brasil que passou a ser referência para a criação de outras instituições escolares,

cujo modelo manteve-se até o ano de 1929.

Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do Brasil em

relação ao Estados Unidos, intensificou-se, com isso a necessidade de aprender

Inglês tornou-se cada vez maior e a língua inglesa ganhou cada vez mais espaço no

currículo.

Com o advento da Lei 9394/96, a determinou-se a oferta obrigatória de pelo menos

uma língua estrangeira moderna no ensino fundamental, a partir da 5ª série, sendo

que a escolha do idioma foi atribuída à comunidade escolar, dentro das

possibilidades da Instituição.

A aprendizagem de língua estrangeira (LE) contribui para o processo educacional

como um todo, indo muito além da aquisição de um conjunto de habilidades

lingüísticas, pois esta leva a uma nova percepção da natureza da linguagem,

aumenta a compreensão de como a linguagem funciona e desenvolve maior

consciência do funcionamento da própria língua materna. As aulas de LE devem

fornecer um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade

lingüística cultural, oportunizando-o a engajar-se discursivamente e a perceber

possibilidades de construção de significados em relação ao mundo que vive.

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Essa compreensão inter-cultural promove, ainda, a aceitação das diferenças nas

maneiras de expressão e de comportamento. Assim, colabora-se para a construção e

para o cultivo, pelo aluno, de uma competência não só no uso de línguas

estrangeiras, mas também na compreensão de outras culturas, pois para cada

variante lingüística e cada grupo cultural os valores sociais e culturais que lhes são

atribuídos sofrem oscilações de valores, de acordo com os diferentes contextos sócio-

culturais e históricos. Portanto, não adianta ensinar inglês dentro de uma

perspectiva americana ou britânica se a realidade dos alunos brasileiros não é

compatível com o que vem sendo trabalhado. Todo e qualquer discurso ou matéria

deverá vir de encontro com o cotidiano dos alunos, para que desta forma, a

assimilação seja espontânea.

A aprendizagem da língua estrangeira é também uma possibilidade de aumentar a

auto-percepção do aluno como ser humano e como cidadão. Daí centrar-se no

engajamento discursivo do aluno, ou seja, em sua capacidade de se engajar e engajar

outros no discurso de modo a agir no mundo social. Dessa maneira, o foco na leitura

pode ser justificado pela função social das línguas estrangeiras no país e também

pelos objetivos realizáveis tendo em vista as condições existentes, tornando-se

função primordial na escola.

Entre as línguas estrangeiras contemporâneas, o Inglês é a hegemônica, dando

particular acesso à ciência e à tecnologia modernas, à comunicação inter-cultural e

ao mundo dos negócios, sendo certamente um diferenciador sócio-cultural.

Entretanto, a posição dominante do inglês nos campos de negócios, na cultura

popular e nas relações acadêmicas internacionais coloca-o paradoxalmente como a

língua do poder econômico e dos interesses sociais, constituindo-se em possível

ameaça para as demais línguas. Nesse sentido, torna-se ainda mais necessária a sua

aprendizagem, a fim de se criar condições para a negociação, a troca e a integração,

desde que haja consciência crítica suficiente até para se formular contra-discursos

culturais em relação às desigualdades entre países e grupos sociais. Nesse sentido,

os alunos passam de meros consumidores passivos de cultura e de conhecimento a

criadores ativos, pois o uso de uma língua estrangeira é uma forma a mais de agir no

mundo para transformá-lo e melhorá-lo.

A partir do ano de 2003, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná, propõe a

reestruturação do Currículo da Escola Pública estabelecendo para o Ensino de

Língua Estrangeira Moderna – Inglês conhecimentos que identificam e organizam

os campos de estudos considerados fundamentais para a compreensão do objeto de

estudo, estabelecendo o Discurso enquanto prática social como Conteúdo

Estruturante envolvendo os eixos da leitura, escrita e oralidade.

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Os conteúdos específicos são desdobrados a partir do Conteúdo Estruturante, tendo

como referencia, o texto, contemplado em seus elementos lingüístico discursivo.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE INGLES

Com o domínio dos Estados Unidos sobre a economia mundial o Inglês passou

a ser a língua Universal com predomínio em todo o Globo terrestre.

No Brasil a obrigatoriedade do ensino de uma Língua Estrangeira Moderna

está prevista na LDB:

§ 5º. Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da

quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha

ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição.

A aprendizagem da segunda língua é um desafio para o aluno. É fundamental

que desde o início da aprendizagem da Língua Estrangeira o professor desenvolva a

autoconfiança em seus alunos, para que eles acreditem na capacidade de aprender,

pois ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo

e maneiras de construir sentidos, é formar subjetividades, independentemente do

grau de proficiência atingido pelo aluno.

A limitação de recursos disponíveis na escola para a prática de ensino e a reduzida

carga horária da disciplina não devem ser motivo para abrir mão dos objetivos. É

importante também ressaltar que a ênfase nas relações humanas e na compreensão

do mundo social, do qual a escola faz parte, requer um olhar reflexivo sobre a

própria escola, sobre a disciplina que se ensina e sobre a prática pedagógica de cada

professor.

Além das limitações acima, é preciso superar a idéia de que o objetivo de

ensinar LE na escola é apenas lingüístico, ou ainda, que o modelo de ensino dos

Institutos de idiomas seja parâmetro para se definir objetivos de ensino de LE na

Educação Básica. De forma geral, os objetivos de uma escola de idiomas estão mais

direcionados para a proficiência lingüístico-comunicativa em situações de viagens,

negócios, preparação para testes, enquanto que o Ensino Fundamental focaliza este

estudo para que os alunos possam analisar questões da nova ordem global, suas

implicações e, acima de tudo, desenvolvam uma consciência crítica a respeito do

papel das línguas na sociedade, bem como ampliar as possibilidades de ver o mundo,

de avaliar os paradigmas já existentes e novas maneiras de construir sentidos do e

no mundo, considerando as relações que podem ser estabelecidas entre a LE e a

inclusão social, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção

das identidades transformadoras.

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Possibilitar aos alunos que utilizem uma língua estrangeira em situações de

comunicação (produção e compreensão de textos verbais e não-verbais) é também

inseri-los na sociedade como participantes ativos, não limitados a suas comunidades

locais, mas capazes de e relacionar com outras comunidades e outros

conhecimentos. Um dos objetivos da LE é proporcionar a todos os envolvidos no

processo de ensino e de aprendizagem este tipo de inclusão social, ou seja, fazer uso

da língua que estão aprendendo em situações significativas, isto é, reconhecimento

relevante e não como mera prática de formas lingüísticas descontextualizadas.

O aluno vem para a escola trazendo consigo determinadas leituras de mundo

que constituem sua cultura e como tal devem ser respeitadas. Por isso, diferentes

tipos de interação devem ser estabelecidos entre as várias culturas presentes na

escola, bem como entre as culturas construídas nas e pelas línguas estrangeiras, e

presentificadas na sala de aula. Deste modo, os alunos têm a possibilidade de

constatar e vivenciar criticamente a diversidade cultural, problematizando esta

diferença, sem perder sua identidade local.

PROPOSTA CURRICULAR

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: DISCURSO

CONTEÚDOS ESPÉCÍFICOS: Texto: I’M FROM NEW YORKFormas Comunicativas: are you from? How old are you?Conteúdos Gramaticais: Subject Pronouns (Pronome Pessoal) Verb To Be (Present Tense): Affirmative FormVocabulário: Numbers 1 – 12 Alphabet , Greetings , Nationalities

CONTEÚDOS ESÉCÍFICOS: Texto: I’M IN THE KITCHEN!Formas Comunicativas: Where are you? Who is in the…? Are you in the…? I’m in…Conteúdos Gramaticais: Verb To Be (Present Tense): Interrogative Form and Short AnswersVocabulário: Numbers 13 – 20, Colors , Rooms of the house and furnishings

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto : THERE ARE 22 ITEMSFormas Comunicativas: How many...? How much...? There is... There are…Conteúdos Gramaticais: There + To Be (Present Tense): Affirmative, Interrogative and Negative Forms, Articles, Plural of Nouns, Demonstrative PronounsVocabulário: Numbers 20 – 100, Food, American Currency

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: THE CONCERT IS NEXT TO THE HOTELFormas Comunicativas: How can we get there? Go straight ahead… What time is it? It’s … o’clock.Conteúdos Gramaticais: Imperative Prepositions of PlaceVocabulário: Directions, Time, Places in the City

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: LET’S PLAN OUR VACATION!Formas Comunicativas: What’s your idea? I prefer… Conteúdos Gramaticais: Possessive Adjective, Possessive Case (Whose …? It’s Carol’s.)Vocabulário: Numbers 100 – 3,000 , Camping Equipment, Family

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto : WHAT ARE THEY DOING?Formas Comunicativas: What are they doing? They’re eating. No, they’re not eating. They’re drinking. They’re funny!Conteúdos Gramaticais: Present Continuous Tense: Affirmative and Negative Forms, What + Interrogative Form AdjectivesVocabulário: Animals

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: WHO IS RINGING THE BELL?Formas Comunicativas: We are wearing… Are you wearing…? No, I’m not wearing…Who is wearing…?Conteúdos Gramaticais: Present Continuous Tense: Affirmative, Negative and Interrogative Form, Who + Interrogative FormVocabulário: Clothes

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: YOU’RE NOT WATCHING THE GAME, ARE YOU?Formas Comunicativas: You’re not watching the game, are you?Conteúdos Gramaticais: Question tag Present Continuous Tense (Review)Vocabulário: Sports

PROPOSTA CURRICULAR

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: DISCURSO

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: NICE TO MEET YOUFormas Comunicativas: Hi, Nice to meet you Nice to meet you too, What are you doing? I’m learning… Open your booksConteúdos Gramaticais: Present Continuous Tense (Reviwe), What + Present Continuous TenseVocabulário: School Objects, School Subjects

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: CAN YOU PAINT?Formas Comunicativas: Can we…? No, we can’t , Why? Because…

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Conteúdos Gramaticais: Can: Affirmative, Negative and Interrogative FormsWhy x BecauseVocabulário: Kinds of Paintings

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: CAN YOU PAINT?Formas Comunicativas: Can we…? No, we can’t, Why? Because…Conteúdos Gramaticais: Can: Affirmative, Negative and Interrogative Forms Why x BecauseVocabulário: Kinds of Paintings

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: I DON’T FEEL WELLFormas Comunicativas: I don’t feel well. I have a headache. Open your mouth. Don’t any medicine. Let me call the doctor first.Conteúdos Gramaticais: Simple Present Tense (except 3rd person singular): Affirmative, Negative and Interrogative Forms, Imperative: Affirmative and NegativeVocabulário: Ordinal Numbers, Parts of the Body

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: WHAT DOES SHE DO?Formas Comunicativas: What does she do? She’s a singer. She sings fantastic songs. Not always, just sometimes. I like…Conteúdos Gramaticais: Simple Present Tense (3rd person singular): Affirmative, Negative and Interrogative Forms ,Adverbs of FrequencyVocabulário: Jobs

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: YOU CAN COOK FOR US!Formas Comunicativas: Do you know how to…? Does your mother know how to…? I want to eat… So you can cook for us! And we can help her…Conteúdos Gramaticais: Simple Present: General Review, Simple Present (Verb + to + Verb): Affirmative, Negative and Interrogative Forms, Object PronounsVocabulário: Types of Food

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: DO YOU HAVE ANY MONEY?Formas Comunicativas: Do you have any money? Yes, I have some. And you, how much money do you have? I have a few dollars. She has a lot of clothes. I need to buy her a giftConteúdos Gramaticais: Verb To Have: Affirmative, negative and Interrogative Forms, Any x Some, How much x How many, A few x A little, Object Pronouns: General ReviewVocabulário: Cosmetics

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: WHAT ARE YOU GOING TO WRITE?Formas Comunicativas: I’m going to write… What are you going to write? Jim has Jennifer on his mind, under the shelves…Conteúdos Gramaticais: Immediate Future: Going to + Verb: Affirmative, negative and Interrogative Forms, Question Word + going to + VerbPrepositions of Place (General Review)Vocabulário:

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: WHERE WERE YOU LAST SUNDAY?Formas Comunicativas: Where were you last Sunday? I was at Monmouth Beach, in New Jersey. What was the weather like? It was hot and sunny.Conteúdos Gramaticais: Verb To Be (Simple Past): Affirmative, negative and Interrogative Forms, Prepositions of TimeVocabulário: Communication Devices

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PROPOSTA CURRICULAR

7ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: DISCURSO

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS : Texto: WHAT WERE YOU DOING LAST NIGHT?Formas Comunicativas: Carol and I have to do a school project.Last night, I was watching… What were you doing last night? I was doing my homework.Conteúdos Gramaticais : Obligation: Have to Past Continuous: Affirmative, Negative and Interrogative Forms , Questions Words + Past ContinuousVocabulário: American English x British English

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: I DANCED AT THE CLUBFormas Comunicativas: What did you do? I danced at the club. Did you have a nice weekend? Yes, I did. His name is BobConteúdos Gramaticais: Simple Past of Regular Verbs: Affirmative and Interrogative Forms , Past –ed Rules . Possessive Adjectives (General Review)Vocabulário: Types of Dancing

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: PLEASED WITH MYSELFFormas Comunicativas: I drew a beautiful map of Columbus’ voyages. I felt very pleased with myself. Did you really make the map by yourself?Conteúdos Gramaticais: Simple Past of Irregular Verbs: Affirmative and Interrogative Forms, Reflexive PronounsVocabulário: Inventions from the Second Millennium

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: texto: we didn’t have enough milkFormas Comunicativas: What did you do? Allan (…) bought a carton of milk. We didn’t have enough milk.Conteúdos Gramaticais: Questions Words + Simple Past, Simple Past of the Regular and Irregular Verbs: Negative Form, Countable and Uncountable Nouns (General Review)Vocabulário: Partitives (a carton of…)

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: CHINA IS MORE POPULATE THAN INDIAFormas Comunicativas: Which country is more populated…? China is more populated than India., Which ocean is larger and deeper than…?Conteúdos Gramaticais: Comparisons: as + Adj. + as , More + Adj. + than or, Adj. + -er + than, Less + adj. + than, Which + comparisonsVocabulário: Interesting Animal Facts

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: OUR PROJECT IS GOING TO BE THE BEST!Formas Comunicativas: Our project is going to be the best!, … it also creates the most interesting thoughts. , And the nicest projects, too.Conteúdos Gramaticais: Superlatives: the + adj. + -est, The most + adj., The least + adj., The worst, The best, Question Words + SuperlativesVocabulário: Inside the human body

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: WHAT WILL WE DO NOW?Formas Comunicativas: I just wonder how life will be in the future., I think…Conteúdos Gramaticais: Simple Future (Will): Affirmative, Negative, Interrogative Forms and Short Answers, Questions Words + Future Form, Verb Tense (General Review)Vocabulário: Genres of Movie

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: WE’LL HAVE A BIG TURKEY, WON’T WE?Formas Comunicativas: We’ll have a big turkey, won’t we? I’ll borrow a big platter from aunt Maggie…The pumpkin pie is mine.Conteúdos Gramaticais: Question Tags, Borrow x Lend, Possessive PronounsVocabulário: Holidays in the USA

PROPOSTA CURRICULAR

8ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: DISCURSO

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: I REALLY WOULD YOU LIKE TO GOFormas Comunicativas: Mom, Dad, can I talk to you? May I go? I really would like to go.Conteúdos Gramaticais: Modal Verbs (can, could, may) Conditional Tense (would like) Question Tags (general Review) , Verb Tenses (general Review)Vocabulário: Radical Sports

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: YOU MUST DO YOUR HOMEWORK FIRSTFormas Comunicativas: We should take… You must do your homework first.Conteúdos Gramaticais: Modal Verbs (must, should) Can, could, may (general Review)Vocabulário: Thing teenagers love to do

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: I USED TO EXERCISE A LOTFormas Comunicativas: I used to exercise a lot. First, I do a warm-up, and then…… the gym trainer who taught me this program… … see the program which is best for you.Conteúdos Gramaticais: Used to: Affirmative, Negative and Interrogative Forms Adverbs which express a Sequence , Relative ClausesVocabulário: Physical Exercises

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: HAVE YOU EVER FALLEN IN LOVE?

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Formas Comunicativas: Have you ever fallen in love? Yes, I have. Paul has just invited me…Conteúdos Gramaticais: Present Perfect: Affirmative, Interrogative and Negative Forms, Present Perfect + Adverbs (lately, ever, already, never, yet, just)Vocabulário: Feelings and Emotions

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: I’VE BEEN ATTENDING ALL OF THEMFormas Comunicativas: Have you guys attended the lectures…? I’ve been attending all of them. I attended the lecture about Aids last Monday.I’ve been reading some… lately.Conteúdos Gramaticais: Present Perfect x Simple Past, Present Perfect Continuous: Interrogative, Affirmative and Negative Forms How long + Present Perfect ContinuousVocabulário: World Concerns

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: YOU’VE BEEN SAVING A LOT, HAVEN’T YOU?Formas Comunicativas: I’m cleaning my closet. I’ve been cleaning it since this morning. You’ve been saving a lot, haven’t you?Conteúdos Gramaticais: Present Continuous x Present Perfect ContinuousQuestion TagsVocabulário: Clothes, Patterns and Styles

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: IF YOU WANT TO PARTICIPATE, I’LL ENROLL YOUFormas Comunicativas: If you want to participate, I’ll enroll you. Rainforests are discussed on Mondays… Environmental problems will be solved easily…Conteúdos Gramaticais: First Conditional (If Clauses – Real Situations)Passive VoiceVocabulário: Recycled Materials

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Texto: I’M LOOKING FORWARD TO MY CAREERFormas Comunicativas: I’m looking forward to my career. Kitty, if I were you, I would take a vocational test.Conteúdos Gramaticais: Second Conditional (If Clauses – Unreal Situations)Phrasal VerbsVocabulário: Careers for the Future

METODOLOGIA DA DISCIPLLINA DE LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA

INGLES

O desafio enfrentado por grande parte dos professores de Língua Estrangeira

poderia ser resumido nesta pergunta: “Como saber se o que estou ensinando será

aproveitado no futuro?” A resposta depende principalmente da realidade vivida pelos

alunos, suas expectativas e perspectivas. Mas pode ser sintetizada ao seguinte lema:

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o idioma precisa estar a serviço de seu usuário. Nada pior do que, nas poucas horas

disponíveis para a disciplina, a turma achar que aprender outra língua é perda de

tempo. Por isso, é necessário ter como foco a administração e a organização do

ensino da língua estrangeira de acordo com a necessidade e expectativa dos alunos.

O professor deve deixar claro para o aluno que a língua estrangeira, no caso o Inglês,

é considerado idioma universal, sendo o mais utilizado nos negócios, no mundo do

entretenimento, na Internet, no celular (estes dois últimos estão diretamente ligados

à realidade deles), nos aparelhos eletrônicos, nos slogans das camisetas, etc.

Para o desenvolvimento da disciplina de LE serão necessárias ainda

alternativas viáveis para garantir ao aluno a aquisição e domínio dos mecanismos

que compõem a estrutura da língua, possibilitando-lhe o emprego desses

mecanismos num contexto específico para que se processe a comunicação, onde

gradativamente o aluno irá ampliando seus conhecimentos lingüísticos e na medida

em que for superando dificuldades, serão apresentadas estruturas mais complexas e

criadas situações para que ele possa usá-las.

O encaminhamento metodológico da aula deve ser feito por meio do uso de

estratégias e alternativas diferenciadas, possibilitando ao aluno a aprendizagem e o

uso das quatro habilidades: Ler, Falar, Ouvir e Escrever, que dentro da sala de aula

serão desenvolvidas através da leitura, análise de textos, painel, dramatização,

filmes, músicas, jogos, resolução de exercícios para conhecer e fixar as construções

da língua, elaboração de outros textos, apresentar-se, dialogar e outros meios que

levem o aluno a dominar e valorizar o que há em comum a qualquer ato

comunicativo, seja ele escrito ou oral, explorando ao máximo os recursos visuais.

Assim, propõe-se ensinar, na aula de LE, não apenas uma língua, mas os discursos

que a compõem dentro de uma sociedade, ou seja, os discursos, manifestados em

formas de textos de diferentes naturezas (carta, anúncio de jornal, texto informativo,

descritivo, narrativo, etc.).

Mesmo seguindo um material didático, é importante dar aos alunos a oportunidade

de participar ativamente da escolha das temáticas dos textos, objetivando o

estabelecimento de relações de conteúdos cotidianos e interesses do grupo. Além

disso, esta iniciativa poderá levar a escolha de conteúdos mais significativos, porque

resultem da participação dos alunos, tendo o livro didático somente como base de

apoio aos conteúdos gramaticais. Que fique claro que, dar ênfase ao discurso na

produção escrita e oral, não significa excluir a gramática da sala de aula. Ela estará

subordinada aos usos que se faz da LE, ou seja, a formas lingüísticas serão tratadas

de modo contextualizado.

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Para tanto, é importante trabalhar a partir de temas referentes a questões sociais

emergentes, tarefa que se encaixa perfeitamente nas atribuições da língua

estrangeira, disciplina que favorece a utilização de textos abordando assuntos

relevantes presentes na mídia nacional e internacional com a função de desenvolver

a consciência cidadã, tais como questões sobre saúde, meio ambiente, vida familiar e

social, política, drogas, sexualidade e Internet.

Para as atividades de leitura é necessário que se possibilite ao aluno o contato com

diferentes textos: literatura, publicidade, jornalismo, mídia, etc.

As estratégias para a oralidade pressupõe a exposição de textos orais, pertencentes

a diferentes discursos para fornecer aos alunos subsídios necessários para incentiva-

los a expressarem suas idéias em língua estrangeira dentro de suas limitações.

A Escrita deve ser vista como uma atividade significativa, pois ela é indispensável

para as situações reais de uso. Ao propor uma atividade de escrita. É essencial que o

professor proporcione aos alunos elementos necessários para que este consiga

expressar-se.

Para consolidar o ciclo da LE, será preciso utilizar o material didático disponível na

prática pedagógica, livro didático, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVDs,

CDs, Internet e todos os outros recursos disponíveis para enriquecer uma aula de

inglês e desenvolver no aluno as habilidades em proposta, despertando o interesse

dos educandos e o engajamento discursivo por meio de uma língua estrangeira.

Em Língua Estrangeira – a contribuição da cultura Afro demonstrará a importância

de resgatar a cultura dos ancestrais.

Os alunos com necessidades educacionais especiais, sejam eles por problemas

físicos, psicológicos, educacionais, de etnias, etc. serão incluídos no processo

educacional a medida em que o respeito à diversidade for sendo incorporado ao

contexto educacional.

AVALIAÇÃO PARA A DISCIPLINA DE INGLES

A avaliação será conduzida tendo em vista o cumprimento dos objetivos definidos

como produto desejado, tendo como pressuposto a capacidade dos alunos em

desenvolver os conhecimentos planejados ao longo do processo escolar. A avaliação

de LE objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos a

partir de suas produções, no processo de ensino aprendizagem.

Nessa perspectiva, o envolvimento dos educandos na construção do significado nas

práticas discursivas será a base para o planejamento das avaliações ao longo do

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processo de aprendizagem. O professor deve observar a participação ativa dos

alunos, considerando que o engajamento discursivo na sala de aula se realiza por

meio da interação verbal, a partir de textos, e de diferentes formas: entre os alunos e

o professor; entre os alunos na turma; na interação dos alunos com o material

didático e no próprio uso da língua que funciona como um recurso cognitivo ao

promover o desenvolvimento dos pensamentos e de idéias (Vygotsky, 1989).

Neste caso, a avaliação será processual, diagnóstica, somativa, qualitativa,

formativa, contínua, permanente, cumulativa, levando em consideração as atividades

desenvolvidas, a capacidade de síntese e a elaboração pessoal sobre a memorização.

A avaliação servirá principalmente, para que o Professor repense sua metodologia e

pleneje as suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. É pela

avaliação que será possível perceber quais são os conhecimentos – liguisticos,

discursivos, sócio-pragmaticos ou culturais – leitura, escrita, oralidade, que precisam

ser reforçados.

A verificação de aprendizagem utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais

como: testes de conhecimentos, pesquisas bibliográficas, trabalhos práticos, debates,

seminários, experiências, relatórios, sínteses, trabalhos em grupo, resolução de

exercícios, participação em atividades coletivas e /ou individuais, atividades

complementares propostas pelo professor, e outras atividades significativas que

mostrem os progressos alcançados na língua estrangeira em questão, num

determinado período, bem como a mudança de atitude apresentada dentro do

contexto em que está inserido.

Os alunos com necessidades educativas especiais, portadores serão avaliados de

forma contínua, respeitando suas limitações e dificuldades, num processo ativo e

cooperativo de aprendizagem.

BIBLIOGRAFIA

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______________________________________________________________________Projeto Político Pedagógico