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COLÉGIO ESTADUAL “D. CAROLINA LUPION” ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CAMBARÁ – PARANÁ ABRIL – 2010

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E PROPOSTA PEDAGÓGICA … · professores, funcionários, pais, alunos e equipe pedagógica, com a intenção de estabelecer uma direção para as ações

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COLÉGIO ESTADUAL “D. CAROLINA LUPION”

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO

POLÍTICO

PEDAGÓGICO

E

PROPOSTA

PEDAGÓGICA

CURRICULAR

CAMBARÁ – PARANÁ

ABRIL – 2010

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ................................................................................. 01 2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO........................................ 03

2.1. Escola/Colégio/código................................................................. 03 2.2. Endereço..................................................................................... 03 2.3. Telefone...................................................................................... 03 2.4. Fax.............................................................................................. 03 2.5. Município/código......................................................................... 03 2.6. Dependência Administrativa/código........................................... 03 2.7. NRE/código................................................................................. 03 2.8. Entidade Mantenedora................................................................ 03 2.9. Ato de Autorização do Estabelecimento..................................... 04 2.10. Ato de Reconhecimento do Estabelecimento............................. 04 2.11. Ato de Renovação do Reconhecimento do Estabelecimento..... 04 2.12. Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar............. 04 2.13. Distância da Instituição Escolar do NRE...................................... 04 2.14. Localização.................................................................................. 04 2.15. Site............................................................................................... 04 2.16. E-mail........................................................................................... 04

3. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO ....... 04 4. MARCO SITUACIONAL......................................................................... 05

4.1. Organização da Entidade Escolar................................................ 05 4.1.1. Modalidade de Ensino: ........................................................... 05 4.1.2. Número ................................................................................... 05 4.1.3. Turno de Funcionamento........................................................ 06 4.1.4. Ambientes Pedagógicos......................................................... 06

4.2. Histórico da Realidade................................................................. 06 4.3. Dados Históricos da Instituição ................................................... 07 4.4. Caracterização da Comunidade Escolar ..................................... 09 4.5. Escola de Superação ................................................................... 09 4.6. PDE – Escola................................................................................ 10 4.7. Porte da Escola............................................................................. 10 4.8. Regime Escolar............................................................................. 10 4.9. Classificação................................................................................. 10 4.10. Promoção...................................................................................... 11 4.11. Dependência................................................................................. 11 4.12. Regime de Progressão Parcial...................................................... 11 4.13. Quantidade de profissionais em cada setor.................................. 11 4.14. Formação dos profissionais em educação.................................... 12 4.15. Problemas existentes na Escola/Colégio ..................................... 14

4.15.1. Índice de Aproveitamento Escolar ........................................ 15 4.15.2. Contradição e conflitos presentes na prática docente .......... 16 4.15.3. Formação Inicial e Continuada.............................................. 17

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4.15.4. Organização do Tempo e do Espaço.................................... 18 4.15.5. Equipamentos Físicos e Pedagógicos .................................. 19 4.15.6. Relações Humanas de Trabalho na Escola/Colégio ............ 19 4.15.7. Organização da Hora-Atividade ............................................ 20 4.15.8. Inclusão ................................................................................. 20

4.16. Gestão Democrática......................................................................... 21 4.16.1. Conselho de Classe............................................................... 21 4.16.2. Conselho Escolar................................................................... 21 4.16.3. Grêmio Estudantil................................................................... 22 4.16.4. APMF..................................................................................... 22 4.16.5. Participação dos Pais............................................................. 22 4.16.6. Critérios de organização e distribuição de turmas ................ 23 4.16.7. Outros.................................................................................... 23

4.17. Desafios Educacionais Contemporâneos .................................... 23 4.18. Diversidade .................................................................................. 24

5. MARCO CONCEITUAL............................................................................. 25 5.1. Fundamentação Teórica e Organização Pedag. do Colégio.......... 25

5.1.1. Filosofia da Escola/Colégio....................................................... 28 5.1.2. Concepção Educacional........................................................... 29 5.1.3. Princípios Norteadores da Educação........................................ 30 5.1.4. Objetivo da Escola/Colégio........................................................ 30 5.1.5. Fins Educativos.......................................................................... 31 5.1.6. Concepções norteadas pela LDBEN......................................... 32 5.1.7. Diretrizes Curriculares que norteiam a Ação da Escola/Colégio 34 5.1.8. Concepções do Estatuto da Criança e do Adolescente............ 35 5.1.9. Concepções das Capacitações Continuadas............................ 38 5.1.10. Concepção de Homem , sociedade , cultura , mundo,

educação , escola , conhecimento , tecnologia , ensino-aprendizagem, cidadania/cidadão ................................................39

5.1.11. Concepção de Escola de Superação ................................... 49 5.1.12. PDE – Escola ....................................................................... 50 5.1.13. Concepção de Tempo e Espaço na Escola ......................... 52 5.1.14. Concepção e princípios da Gestão Democrática ................. 52 5.1.15. Administração Colegiada ..................................................... 55 5.1.16. Concepção de Formação Continuada ................................. 57 5.1.17. Concepção da Hora-Atividade.............................................. 58 5.1.18. Concepção de Plano de Trabalho Docente.......................... 60 5.1.19. Concepção da Reunião Pedagógica..................................... 60 5.1.20. Concepção do Conselho de Classe ..................................... 60

5.2. Concepção do Tempo Escolar ....................................................... 63 5.3. Organização Curricular................................................................... 64 5.4. Matriz Curricular ............................................................................. 65 5.5. Resolução CP n° 1 de 17/06/2004 ................................................. 68 5.6. Lei 13.381/2001 .............................................................................. 70 5.7. Lei n° 11.788/2008 .......................................................................... 70 5.8. Ensino de Filosofia e Sociologia ..................................................... 72 5.9. Concepção das Ações Didático-Pedagógicas ................................ 72 5.10. Concepção de Desafios Educacionais Contemporâneos …........... 73

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5.11. Concepção de Diversidade ............................................................. 75 5.12. Concepção curricular/ de currículo ................................................. 77

5.12.1. Relação professor – aluno..................................................... 82 5.12.2. Intervenção constante do professor....................................... 82 5.12.3. Relação entre a formação continuada do professor ............. 83

5.13. Concepção de Avaliação................................................................. 83

5.13.1. Conceito ............................................................................... 84 5.13.2. Indicadores da Aprendizagem ............................................. 85 5.13.3. Critérios de Promoção .......................................................... 85 5.13.4. Periodicidade de Registro da Avaliação................................ 86 5.13.5. Resultado da Avaliação ........................................................ 87 5.13.6. Encaminhamentos e Ações Concretas ................................ 87 5.13.7. Procedimentos de Recuperação de Estudos ....................... 88

5.14. Planos de Avaliação........................................................................ 89 5.14.1. Adaptação Curricular ............................................................ 89 5.14.2. Dependência.......................................................................... 89 5.14.3. Progressão Parcial ................................................................ 89 5.14.4. Recuperação.......................................................................... 90 5.14.5. Classificação/Reclassificação................................................ 90 5.14.6. Avaliação Final....................................................................... 90 5.14.7. Procedimento de Informações aos Pais................................ 91

6. MARCO OPERACIONAL ....................................................................... 91 6.1. Plano de Ação............................................................................... 91

6.1.1. Objetivos, metas, ações administrativas, financeiras e político-pedagógicas;........................................................................... 91

6.1.2. Escola de Superação ............................................................. 92 6.1.3. PDE – Escola ......................................................................... 92 6.1.4. Facilitadores da aprendizagem;.............................................. 93 6.1.5. Discussão continuada e coletiva da própria prática pedagógica;93 6.1.6. Intervenção constante do professor no processo de aprendizagem

do aluno...................................................................................... 94 6.1.7. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de

sua prática em sala de aula........................................................ 94 6.1.8. Mudanças significativas a serem alcançadas......................... 95 6.1.9. Organização da Hora-Atividade, reuniões pedagógicas e conselhos

de Classe.................................................................................... 95 6.1.10. Recuperação de Estudos e Progressão Parcial.................... 96 6.1.11. Plano de Trabalho Docente .................................................. 96 6.1.12. Diretrizes para avaliação geral de desempenho ................... 97 6.1.13. Ações envolvendo outras instituições.................................... 97 6.1.14. Recursos Financeiros ........................................................... 97 6.1.15. Organização Interna da escola/colégio ................................. 98 6.1.16. Relações entre aspectos administrativos e pedagógicos...... 105 6.1.17. Qualificação dos equipamentos pedagógicos ....................... 105 6.1.18. Família e Comunidade .......................................................... 106 6.1.19. Organização do trabalho pedagógico e a prática docente .... 106

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6.2. Redimensionamento da Gestão Democrática.............................. 107

6.2.1. Conselho Escolar.................................................................... 107 6.2.2. Conselho de Classe................................................................ 107 6.2.3. Grêmio Estudantil................................................................... 108 6.2.4. Eleição do aluno representante de turma............................... 108 6.2.5. APMF........................................................................................ 108

6.3. Formação Continuada ................................................................... 109 6.4. Ações Didático-Pedagógicas ........................................................ 109 6.5. Desafios Educacionais Contemporâneos ..................................... 109 6.6. Diversidade ................................................................................... 110

7. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO ...................................................................................... 110 7.1. Plano de Acompanhamento do PPP e de Informação à

Comunidade.................................................................................... 110 7.2. Participação das Instâncias Colegiadas ........................................ 111 7.3. Periodicidade do Acompanhamento e Avaliação do PPP............. 112

8. BIBLIOGRAFIA......................................................................................... 112

9. ANEXOS.................................................................................................... 113

9.1. Cópia da Ata de Aprovação do Conselho Escolar do PPP 9.2. Cópias das Atas das Reuniões da Comissão de Elaboração do PPP

11.PROPOSTA PEDAGÓCIA CURRICULAR............................................... 114 11.1. Arte................................................................................................ 114 11.2. Biologia......................................................................................... 132 11.3 Ciências........................................................................................ 143 11.4 Educação Física........................................................................... 155 11.5 Ensino Religioso........................................................................... 186 11.6 Filosofia......................................................................................... 192 11.7. Física............................................................................................. 202 11.8 Geografia...................................................................................... 210 11.9 História.......................................................................................... 221 11.10 Língua Estrangeira Moderna –Língua Inglesa............................... 239 11.11. Língua Estrangeira Moderna – Espanhol...................................... 253 11.12 Língua Portuguesa........................................................................ 260 11.13 Matemática.................................................................................... 286 11.14 Química......................................................................................... 315 11.15 Sociologia...................................................................................... 325

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APRESENTAÇÃO

Projeto Político Pedagógico é a própria organização do trabalho pedagógico

escolar como um todo, em suas especificidades, níveis e modalidades.

Para Saviani 1982, o Projeto é político porque pressupõe a opção e

compromisso com a formação do cidadão para um determinado tipo de sociedade e

pedagógico, pois reside na possibilidade de efetivação da finalidade da Educação/Escola:

formação do cidadão crítico, responsável, criativo e participativo.

Segundo Veiga, para que a essência do projeto Político Pedagógico da

escola se realize é necessário existir uma autonomia pedagógica que está estreitamente

ligada à identidade, à função social, à clientela, à organização curricular, à avaliação e aos

resultados.

Em cumprimento a L.D.B da Educação Nacional nº. 9.394 promulgada em

20 de dezembro de 1996, em seu artigo estabelece:

Art. 12: O estabelecimento de ensino que tem sido respeitadas as normas comuns e as do

seu sistemas de ensino, terão a incumbência de:

I elaborar e executar a sua proposta pedagógica;

II administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;

III assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas – aulas estabelecidas;

IV velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;

V prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;

VI articular-se com as famílias e a comunidade, criando processo de integração da

sociedade com a escola;

VII informar aos pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos, bem

como sobre a execução de sua proposta pedagógica.

O Art. 53 do Capítulo IV do Estatuto da Criança e do Adolescente diz que: A

criança e o adolescente tem o direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua

pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-

se lhes:

I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - direito de ser respeitado por seus educadores;

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III -direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares

superiores;

IV - direito de organizar e participar em entidades estudantis;

V - acesso a escola pública e gratuita próxima de sua residência.

Baseando-se na L.D.B e autores renomados, o Colégio Estadual D. Carolina

Lupion deu início a construção do Projeto Político Pedagógico na coletividade, buscando

caminhos e reflexões sobre o processo educativo deste Estabelecimento de ensino.

O Colégio Estadual. D. Carolina Lupion está situada no bairro Vila Rubim,

Município de Cambará, pertencente ao núcleo de Jacarezinho. Atende atualmente alunos

do Ciclo Único ( 4ª série), de 5ª à 8ª série do Ensino Fundamental Diurno e Noturno ,

Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos.

O presente Projeto Político Pedagógico desta escola tem por objetivo dar

ênfase a profunda reflexão sobre a realidade da escola em sua intencionalidade educativa,

definindo caminhos, formas operacionais e ações a serem realizadas por todos os

envolvidos com o processo educativo.

A construção do mesmo deu-se na coletividade com a participação dos

professores, funcionários, pais, alunos e equipe pedagógica, com a intenção de estabelecer

uma direção para as ações educativas, visando uma qualidade de ensino nas dimensões

formal ou técnica e política.

Para que pudesse se fazer o diagnóstico da realidade elaborou-se o Marco

Situacional; Marco Conceitual e o Marco Operacional.

No marco situacional investigou-se como a escola se encontra através de

tópicos como: educação, escola, sociedade, professor, aluno, funcionário, avaliação e

cultura.

Após a análise partiu-se para o Marco Conceitual, ou seja, o sonho de como

o queremos no futuro, porém embasando-se em autores.

No Marco Operacional colocou-se as ações possíveis de se realizar durante

o ano de 2010, embasando-se no que temos e no que queremos, onde será montado um

cronograma para a realização das ações previstas.

E por fim, será exposto como acontecerá a avaliação do Projeto Político

Pedagógico deste estabelecimento de Ensino.

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3- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

3.1- COLÉGIO Estadual “D. Carolina Lupion” Ensino Fundamental e Médio

Código : 0023

3.2- ENDEREÇO: Avenida Brasil, n 1782

3.3- TELEFONE: (43)3532:1488

3.4 FAX : (43) 35321488

3.5 MUNICÍPIO: CAMBARÁ

Código : 0360

3.6 DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA ESTADUAL

Código: 02

NRE: Jacarezinho

Código : 017

ENTIDADE MANTENEDORA : GOVERNO DO ESTADO DO

PARANÁ

3.9 ATO DE AUTORIZAÇÃO

RESOLUÇÃO Nº 2432/76 DE 29/10/1976.

3.10 ATO DE RECONHECIMENTO

RESOLUÇÃO Nº1535/04 DE 23/04/04

3.11 ATO DE RENOVAÇÃO DE RECONHECIMENTO DO

ESTABELECIMENTO

RESOLUÇÃO Nº 1535/04 DE 23/04/04

3.12 ATO ADMINISTRATIVO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR

027/08 NRE/SEF

3.13 DISTÂNCIA DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR DO NRE

22 km

3.14 LOCALIZAÇÃO : Zona Urbana

3.15 SITE : http://cbrcarolinalupion.seed

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3.16 e-mail: [email protected]

4- OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO

- Garantir a igualdade de condições para o acesso e permanência dos alunos

na escola e manutenção da qualidade de ensino aprendizagem;

- Estimular a interação entre equipe pedagógica, aluno, pais, professores e

funcionários para a construção de um Projeto Político Pedagógico que vise a melhor e mais

completa formação do educando;

- Considerar a diversidade do aluno como um desafio e não como um

problema;

- Desenvolver um conjunto de práticas pedagógicas preestabelecidas com o

propósito de contribuir para que os alunos se apropriem de conteúdos sociais e culturais de

maneira crítica e construtiva, com o objetivo de formar cidadãos capazes de atuar com

competência e dignidade na sociedade;

- Garantir conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais

que marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são consideradas

essenciais, para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres;

- Estimular e promover a formação continuada para professores e demais

funcionários, capacitando-os para que possam oferecer um ensino de qualidade, visando a

melhoria de trabalho.

- Estimular o desenvolvimento e a participação democrática e efetiva da

comunidade e dos pais nas diferentes instâncias do sistema educativo e especialmente criar

mecanismos que favoreçam o envolvimento dos mesmos.

5- MARCO SITUACIONAL 5.1- Modalidade de Ensino:

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Ensino Fundamental Inicial e Final

Ensino Médio

Educação de Jovens e Adultos

5.1.2 -Número

Número Total de alunos por período:

Manhã:234

Tarde:129

Noite: 50

5.1.3- TURNO DE FUNCIONAMENTO

MANHÃ : 7:25 às 11:50

TARDE: 13:00 às 17:30

NOITE: 19:00 às 23:00

5.1.4- AMBIENTES PEDAGÓGICO

Número total de sala de aulas: 08

Sala de apoio pedagógico- 01

Laboratório de Informática – 01

Biblioteca : 01

Quadra descoberta: 01

Quadra coberta : 01

Laboratório de Física, Química e Biologia: 01

5.2- Breve Histórico da Realidade

A sociedade à qual estamos inseridos aponta aspectos negativos e positivos; dentre

os negativos observa-se que o custo de vida está muito alto e os salários muito baixo,

tornando difícil atender as necessidades básicas; a mídia tem propiciado algumas

programações e propagandas que ao invés de informar ou ajudar na formação das crianças

ou adolescentes, tem induzido os mesmos à liberdade sexual, consumismo e curiosidade ao

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que se refere as drogas (bebida e fumo), entre outros; a falta de limites tanto em casa como

na escola e na sociedade tem contribuído para formar cidadãos com excessiva libertinagem

e sérios distúrbios de comportamento; perderam de vista a obediência a Deus, aos pais e ao

próximo , inclusive a valores essenciais ao ser humano para a sua sobrevivência.

No entanto, não podemos deixar de mencionar os aspectos positivos dentre os quais

destacamos: o conhecimento que as crianças e adolescentes possuem hoje devido ao

avanço da tecnologia. A relação aluno x professor melhorou muito, bem como o

relacionamento entre pais e filhos; as informações estão mais claras, porém, necessita ter

uma visão mais crítica para absorvê-las de forma benéfica. Todas estas questões

contribuem na sociedade, facilitando a vida de todos.

Desta forma, nossos sentimentos em relação ao mundo atual oscilam, uns acham

sem perspectiva de futuro, devido ao mercado de trabalho, desemprego e desigualdade

social, outros acreditam num futuro melhor, investindo com esperança nos filhos,

colocando-os nas escolas, já que para se sobressair no mundo em que vivem é necessário o

conhecimento.

Analisando a realidade atual brasileira e mais detidamente, as instâncias estadual e

municipal, observa-se que a escola está sobrecarregada de responsabilidades sociais, as

quais fogem de sua real função, que é a de proporcionar uma educação formal baseada nas

áreas dos conhecimentos científicos e humanos.

5.3 – Dados Histórico da Instituição

O Colégio D. Carolina Lupion foi fundado em 14 de outubro de 1.956, de estilo

simples, porém contando com dependências amplas e arejadas.

Antes da inauguração, começou a funcionar por ordem verbal do senhor Secretário

de Educação e Cultura, até que o número de matrículas fosse suficiente. Era denominado

na época, Grupo Escolar da Vila Rubim.

Posteriormente, passou a denominar-se Escola Estadual Carolina W. Lupion, em

homenagem a progenitora do senhor Governador do Estado Dr. Moisés Lupion, em cujo

governo foi construída e inaugurada.

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Em 26 de outubro de 1.976, através do decreto 2.432, baseado na Lei nº 9.563/76, a

Escola Estadual Carolina Lupion – Ensino de 1º Grau Regular passou a pertencer ao

Complexo Escolar Professor Túlio D’Incau, juntamente com a Escola Aplicação Rosa

Saporski e o Grupo Noturno João Matar, que passaram a se constituir um único

estabelecimento de ensino, sob a denominação de Escola Rosa Saporski – Ensino Regular

e Supletivo de 1º Grau e o Colégio Estadual de Cambará – Ensino Regular e Supletivo de

1º Grau e ensino de 2º Ciclo.

O Decreto nº 5.709 de 25/10/78 veio completar o anterior, ficando denominado

Complexo Escolar Professor Túlio D’Incau – Ensino de 1º Grau e Ensino de 2º Grau,

formado pela Escola Rosa Saporski – Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau Regular e

Colégio Professor Sílvio Tavares – Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau e Ensino de 2º

Grau.

Através da Resolução nº 6.357 de 30/11/93, publicada no Diário Oficial nº4.115 de

09/12/93, ficou autorizado o funcionamento de 5ª a 8ª séries do Ensino de 1º Grau, de

forma gradativa, sendo 5ª série em 1994, 6ª série em 1995, 7ª série em 1996 e 8ª série em

1997, passando assim a Escola Estadual Carolina Lupion – Ensino de 1º Grau, ofertar o

Curso Fundamental completo.

O reconhecimento do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série se deu, no entanto, pela

Resolução 4.341/99, publicada no Diário Oficial de 22/12/99.

Em 10/02/99, foi autorizado o Funcionamento do Ensino Médio – Educação de

Jovens e Adultos, através da resolução 758/99, com implantação gradativa, a partir do

primeiro semestre de 1.999. Em decorrência disso, o estabelecimento passou a denominar-

se Colégio Estadual D. Carolina Lupion – Ensino Fundamental e Médio.

Em 14/09/2009, iniciou neste estabelecimento a oferta do Curso Educação de

Jovens e Adultos, nos níveis Fundamental e Médio, organizados de forma coletivo e

individual. Esta modalidade de ensino leva em conta a diversidade cultural, de faixa etária,

de classe econômica, para que as aulas sejam ministradas de maneira que o educando se

veja não apenas como mais um aluno, e sim, parte integrante de todo o processo

educacional.

5.4 - Caracterização da Comunidade Escolar:

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A escola está localizada em região periférica do município, onde as famílias, de

recursos financeiros bastante escassos, são constituídas por pessoas que trabalham em

serviços temporários, acompanhando os períodos de safra de cana-de-açúcar e das usinas,

o que representa uma comunidade itinerante, que se desloca de uma cidade a outra em

busca de trabalho com muita frequência durante o ano, e isso representa uma dificuldade

em se criar vínculos com a escola ou mesmo de se dar continuidade aos estudos iniciados,

causando a evasão escolar e também a repetência, uma vez que não há um

sequencionamento estável em seu processo de aprendizagem.

Além disso, há o aspecto sócio-econômico e cultural dessas famílias que não

transmitem a seus filhos a real função da escola, atribuindo a esta instituição um caráter

assistencial, onde se espera que haja uma formação não só cognitiva como também afetiva

e educacional, que substitua a educação familiar.

5.5- ESCOLA DE SUPERAÇÃO

Por estar com alto índice de reprova este estabelecimento foi inserido como Escola

de Superação. Para sanarmos tal problema o Colégio está dando uma atenção especial aos

alunos e professores e atendendo os da melhor maneira possível, assim como fazendo

parcerias com os pais através de reuniões e atendimento individualizado,com a finalidade

sanar tais problemas.

5.6- PDE – ESCOLA

No início de 2009 a escola no seu coletivo elaborou o plano de ação a ser cumprido

no ano, com recursos específicos para que sejam desenvolvidas ações que elevem o

desempenho dos alunos, atacando prioritariamente os problemas detectados pelos

professores , alunos e pais , com o acompanhamento do Conselho Escolar. Com o objetivo

de fortalecer a autonomia da gestão escolar e aumentar o índice educacionais deste

estabelecimento (Ideb). Após a aprovação do plano de ação de nosso estabelecimento, a

verba 'só' foi liberada em 14/01/2010, sendo assim durante este ano estaremos aplicando as

ações previstas.

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5.7 PORTE DA ESCOLA

O porte da escola é considerado a partir do número de alunos matriculados de acordo

com a classificação, segundo os dados do censo escolar do ano anterior e que tem

implicações com a qualidade do ensino oferecido, com a oferta de infra-estrutura e com

aspectos ligados ao nível de qualificação docente.

De acordo com a Resolução n° 3651/2000, estabeleceu portes de I a XI, seguindo

um único critério: “ classificação segundo os dados do censo escolar do ano anterior.”

Neste estabelecimento de ensino o porte da escola é III, de acordo com a classificação.

5.8- REGIME ESCOLAR

Regime aberto

5.9- CLASSIFICAÇÃO

O exame de classificação é um meio pelo qual a escola permite ao aluno

oportunidades de recuperar o tempo escolar, devido ao atraso nas séries por repetência ou

abandono de cursos, fazendo com que sua idade seja avançada para a série em que cursa.

Assim, observando-se o nível de sua escolaridade anterior e, passando o aluno pelo exame

de classificação ou reclassificação com bom desempenho e atendendo a todos os quesitos,

pode adiantar-se em uma série e, assim suprir a defasagem escolar em que se encontrava

com relação à faixa etária, resultando num estímulo maior à aprendizagem.

5.10- PROMOÇÃO

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada

à apuração da sua frequência

5.11 – DEPENDÊNCIAS

A partir do ano de 2010 o estabelecimento deixou de ofertar dependências em todos

os cursos, uma vez que o Colégio percebeu a dificuldade que os alunos tinham em virem

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no contra turno e até mesmo em fazer trabalhos, sendo desta maneira, o aproveitamento

mínimo.

5.12- REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL

Não ofertado, porém aos alunos oriundo de outros estabelecimento este direito é

garantido.

5.13 – QUANTIDADE DE PROFISSIONAIS EM CADA SETOR

Diretor: 01

Diretor Auxiliar:01

Pedagogos:04

Professores:37

Apoio Técnico Administrativo:04

Auxiliar de Serviços Gerais:06

5.14- FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO

PROFESSORES

NOME DISCIPLINA ESPECIALIZAÇÃO

ADAUTO PORTES ED. FÍSICA SIM

ANA REGINA MOUTA FRANCICA L.E.M SIM

CLEMILDA FATIMA SILVA CIÊNCIAS SIM

DEBORA FERREIRA DA SILVA ARTE SIM

DULCELEI AP. SCOPARO LINGUA PORT. SIM

ELAINE APARECIDA DOS REIS GEOGRAFIA SIM

ELEANDRA GOMES DA SILVA CIÊNCIAS SIM

JOSÉ RENATO DE FARIA RODELI ED. FÍSICA SIM

JULIANA C. AMADEI FAEDA HIST/FILOS/SOCIO/E.R.

SIM

LUCIA DO CARMO PIRES GEOGRAFIA SIM

MARCIA C. P. DA SILVA MATEM./CIÊN SIM

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MARIA ANGELA BARELA CIÊNCIAS/BIOL. SIM

MARIA ELIZA FURLAN MATEMÁTICA SIM

PATRICIA REIS MATEMÁTICA SIM

TEREZINHA YONAMIME HISTÓRIA SIM

VANIA MARIA CAVALLARI CIÊN./FIS./QUIM SIM

ZEILA R. MESSIAS LINGUA PORT . SIM

WALDÍVIA T.D. RIBEIRO ARTE SIM

GABRIELA R. F. FANTINELLI L.E.M SIM

ROSA MARIA REZENDE LINGUA PORT. SIM

VALQUIRIA Z. TIRONI MATEMÁTICA SIM

ANGELITA DE SOUZA ED. FÍSICA SIM

ANGELA C. DE OLIVEIRA SOCIOL/FILOS SIM

CLEIDE MARCUSSO MATEMÁTICA SIM

CRISTIANE MERCEDES GEOGRAFIA SIM

DENISE BERNARDELLI ARTE SIM

ELICIANE O CEGATTE LINGUA PORT. SIM

JEUSE CLER R. FERREIRA ED. FÍSICA SIM

KEILA AMARO HISTÓRIA SIM

MICHELLE ARON GONÇALVES BIOLOGIA SIM

RONY CLER R. F. BETINE CIÊNCIAS SIM

MARIA ROSEMERI M. RIBEIRO INGLÊS SIM

ANGELICA CRISTIANI ROMANO QUÍMICA SIM

ERIKA MOLINA PELISSARI INGLÊS SIM

GISLAINE DETONE GEOGRAFIA SIM

DANIELE JAMBERCE INGLÊS SIM

EQUIPE PEDAGÓGICA

NOME FUNÇÃO ESPECIALIZAÇÃO

TANIA MARA SANCHES DIRETORA SIM

DULCELEI AP SCOPARO DIR. AUX. SIM

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KEILA AMARO PEDAGOGA SIM

NADIVA F. CAVASSANI PEDAGOGA SIM

NARA AUGUSTA CAMARGO PEDAGOGA SIM

LOURDES DOMINGOS PEDAGOGA SIM

APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO

NOME FORMAÇÃO

MARIA ELIZABETE MARTINS CARDOSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DAIANY DOS REIS MATEMÁTICA

FABIO BELOMO PINHEIRO DIREITO ( em curso)

ELISÂNGELA ROSA RODRIGUES CIÊNCIAS CONTÁBEIS

AUXILIAR SERVIÇOS GERAIS

NOME FORMAÇÃO

LUCINDA RAIA FUNDAMENTAL INCOMPLETA

CRISLENE TIRONI CANDIDO ENSINO MÉDIO

EVA DE FATIMA ANDRADE DE DEUS ENSINO MÉDIO

ARLETE AP DA SILVA ENSINO MÉDIO

MARIA DE FATIMA MONTEIRO BERNARDO ENSINO MÉDIO

IRENE MOREIRA LOPES FUNDAMENTAL INCOMPLETO

5.15 -PROBLEMAS EXISTENTE NO COLÉGIO

Os problemas enfrentados na escola quanto à aprendizagem decorrem, muitas

vezes, da formação cultural trazida de casa, onde o acesso a matérias de origem culturais

(livros, revistas, jornais etc) são bastante escasso, e há ainda o choque de valores entre

aqueles que receberam no convívio familiar, e os que é preciso incorporar na convivência

social.

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Um dos problemas que aflige os educadores é o excesso de alunos em sala de aula,

que dificulta o trabalho individualizado por parte dos professores, e se o número fosse

menor, certamente o aluno poderia adquirir maior e melhor qualidade de ensino.

Uma dificuldade enfrentada é em relação ao espaço destinado ao laboratório de

Informática, onde temos toda a estrutura, mas não temos um profissional que dê suporte

para que o professor possa desenvolver algumas atividades com o aluno nesse ambiente.

Enfim esses são alguns aspectos relacionados a evasão e repetência diagnosticado

em nossa comunidade escolar que teremos que enfrentar, enfrentar só não, mas sim,

encontrar coletivamente as ações adequadas para que consigamos amenizar essa situação.

5.15.1 – ÍNDICE DE APROVEITAMENTO

ESTATÍSTICA DE EVASÃO E REPETÊNCIA 2007,2008,2009

FUNDAMENTAL – 2007

Série Total Desistentes Reprovados

5ª 109 24 12

6ª 72 03 17

7ª 62 03 06

8ª 45 08 06

FUNDAMENTAL - 2008

Série Total Desistentes Reprovados

5ª 108 0 42

6ª 95 0 30

7ª 49 0 06

8ª 45 0 13

FUNDAMENTAL - 2009

Série Total Desistentes Reprovados

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5ª 112 22 14

6ª 90 11 10

7ª 86 12 10

8ª 42 0 06

ENSINO MÉDIO - 2007

Série Total Desistentes Reprovados

1º 35 03 04

ENSINO MÉDIO -2008

Série Total Desistente Reprovados

1º 22 0 06

2º 27 0 04

ENSINO MÉDIO - 2009

Serie Total Desistentes Reprovados

1º 35 0 09

2º 17 0 02

3º 25 01 00

5.15.2- Contradição e conflitos presentes na prática docente.

As contradições e conflitos presentes na prática docente atualmente é que a boa

convivência exige, cada dia mais que saibamos lidar com as diferenças, que são muitas:

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gênero, raça, classe social, maneira de pensar... Se olharmos para o nosso país, então,

temos tantas maneiras diferentes de viver. E hoje se exige que as pessoas saibam conviver

em grupos, trabalhar em equipes, aceitar os diversos tipos de posicionamentos pessoais e

ideológicos, a pluralidade das crenças religiosas, as variações musicais e não só saber os

vários idiomas, bem como os dialetos. No entanto, o exercício da convivência com o

diferente, o novo, é ainda muito precário, e o que se vê é o confronto dos valores,

principalmente no interior da família e da escola. E, aí, é que ocorrem atritos/conflitos e

choques de valores, hábitos e ideias que geram uma mobilização afetiva e pode nos ensinar

a praticar a democracia e proporcionar a cidadania .

Uma outra contradição vivida no nosso dia-a-dia são aqueles alunos que têm pouco

ou nenhum acesso às novas tecnologias, como os videogames, acesso à internet, entre

outros. Nesse sentido, observa-se que a escola está distante de favorecer as condições para

que esses alunos não fiquem excluídos desse mundo digital. Sabe-se que o computador

pode trazer benefícios tais como: acelerar o desenvolvimento cognitivo, aguçar a

curiosidade, aumentar a criatividade, auxiliar na aprendizagem e proporcionar uma

produtividade maior e com uma imensidão de informações.

Já por outro lado, o uso dos computadores na escola pode ficar prejudicado pelo

despreparo dos próprios educadores e educandos, pelas influências negativas causadas pela

utilização excessiva das máquinas, pela interpretação e compreensão prematura do mundo,

raciocínio sistematizado e reduzido, problemas quanto às pesquisas escolares via internet.

Apesar de sabermos que existem prejuízos, é de vital necessidade e importância que

os alunos tenham possibilidades de acesso às novas tecnologias para que não se tornem

mais uma parcela de excluídos da sociedade.

5.15.3- Formação Inicial e Continuada

O que os professores adquiriram no decorrer de seus estudos, não são mais

suficientes para atender a demanda educacional na atualidade. Com os avanços da

tecnologia e do mundo globalizado, os educadores, com o estojo de giz, "livros didáticos"

e livros de registro de classe, buscam alternativas e caminhos para encurtar a distância

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entre a teoria e a prática, entre a família e a escola, entre a rua e a sala de aula, sem às

vezes conseguir o principal objetivo do trabalho educacional, que é tornar humano o que

perdeu ou que está perdendo sua identidade.

A formação inicial do professor é deficiente, a má qualidade do ensino superior é

notória. O professor sacrifica-se para ser aprovar em concursos públicos e vai aprendendo

na prática e para auxiliar na aprendizagem destes, os órgãos oficiais ofertam aos

professores cursos de formação continuada.

Além destes cursos o estabelecimento oferta também durante as reuniões

pedagógicas uma capacitação interna aos professores e funcionários, onde procura-se

trabalhar nesses encontros temas que é do interesses de todos (Ex. Regimentos Escolar ,

ECA ...) que venham sanar as dificuldades do nosso dia-a-dia de trabalho e assim

melhorar o desempenho dos profissionais envolvidos no processo de ensino –

aprendizagem. Os temas são trabalhos em grupos, depois plenária e conclusão geral dos

trabalhos. É uma excelente forma de organização do trabalho escolar entre professor/aluno,

na qual ambas as partes encontram dificuldades de entrosamento, e, nesse sentido, a prática

docente se fragiliza, necessitando assim que o professor reveja sua prática para que

encontre êxito naquilo que se propõe a alcançar.

5.15.4- Organização do Tempo e do Espaço

A superlotação das salas e a burocracia para a liberação de verbas destinadas à

reforma e ampliação, faz com que os espaços existentes na escola sejam improvisados: a

biblioteca e sala dos professores ocupam os mesmo espaço em uma sala de aula.

A escola se organiza através do calendário escolar e cronogramas internos dando

suporte e equilíbrio ao trabalho docente. Estes também organizam suas aulas verificando a

necessidade e o ritmo de seus alunos, pois sabe-se que a aprendizagem acontece de forma

diferente em tempos diferentes, por isso é necessário respeitar e valorizar o conhecimento

prévio do aluno, sendo este a ponte para a construção do saber elaborado.

5.15.5- Equipamentos Físicos e Pedagógicos

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Os recursos tecnológicos foram implantados na escola, (laboratório de informática,

TV pendrive), agora o que falta é preparação para que os docentes tenham condições de

utilizá-los em suas aulas.

O espaço destinado para a realização de atividades extraclasse não é suficiente,

pois como já mencionamos anteriormente usamos uma sala de aula para várias finalidades.

Com a construção da quadra coberta em 2006, os alunos puderam realizar as

atividades físicas mesmo em dias ensolarados ou chuvosos, não atrapalhando as atividades

escolares.

5.15.6- Relações Humanas de Trabalho no Colégio

As relações entre os profissionais na escola apoiam-se no trabalho coletivo, onde

cada um desempenha suas funções e responsabilidades, complementando o trabalho de

todos, conjuntamente para a efetivação do processo educacional.

Diretores, professores, pedagogos, coordenadores, técnicos administrativos,

serviços gerais, estudantes, desempenham suas funções com um único objetivo que é a

educação de nossos alunos, trabalhando assim para que possam atingir as metas previstas.

5.15.7- Organização da Hora Atividade

A organização da hora atividade em dias iguais para as mesmas disciplinas é ideal

para trocas de experiências, portanto, impossível de realizar com seus pares em seus

respectivos dias devido ao número de aulas que são completados seus padrões em outros

estabelecimentos, às substituições que são feitas de professores em licença ( saúde,

maternidade, especial).

O trabalho realizado na hora atividade se resume, no estabelecimento, de propostas,

conteúdos e estratégias de planejamento, reuniões pedagógicas, correção de tarefas dos

alunos, trocas de experiências (quando possível com seus pares) atendimento de alunos e

pais ( quando necessário).

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É durante a hora-atividade, conselho de classe, planejamento e reuniões

pedagógicas que os docentes estudam, avaliam e re-estruturam o caminhar de seus alunos.

5.15.8- Inclusão

Disposto a aceitar o desafio feito nas Diretrizes da Educação Especial para a

construção de Currículos Inclusivos, reavaliamos nosso currículo para que ele de espaço à

construção de praticas curriculares calcadas no compromisso com a pluralidade das

manifestações humanas presentes nas relações cotidianas da escola. Pois entendemos que

inclusão educacional ultrapassa a presença física do aluno, adequações arquitetônicas,

matricular alunos com deficiências no ensino regular, ela é um movimento responsável que

não pode abrir mão de apoio aos educadores, alunos e familiares.

Optamos por uma inclusão responsável, pois é na diversidade de

experiências que o crescimento intelectual, afetivo e social floresce.

Dentro desta filosofia queremos mudar o conceito de que “escola de todos”

não é “escola para todos”. (FACION, 2005,p.49).

Nosso estabelecimento de ensino não está ofertando sala de recursos neste

ano de 2010, uma vez que, a que possuíamos era nas séries iniciais, com a municipalização

desta modalidade deixamos de ofertá-la, mas pretendemos futuramente ofertá-la a nível

fundamenta (séries finais) e Ensino Médio.

5.16 – GESTÃO DEMOCRÁTICA

5.16.1- Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um momento colegiado que tem finalidades próprias que é

a de estudar e interpretar a aprendizagem do aluno em relação ao seu trabalho realizado em

sala de aula, bem como relevar as necessárias e possíveis modificações metodológicas a

fim de projetar suas estratégias para o próximo bimestre.

5.16.2- Conselho Escolar

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O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa,

fiscal e decisória com o objetivo de estabelecer o P.P.P. da escola, critérios relativos a sua

organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, e constituído por

representante de pais, professores, funcionários, diretor, alunos e membros da

comunidade, cabendo a estes a postura de tomar parte das deliberações e fiscalizações

constituídas pelos princípios da representatividade democrática. O funcionamento deste

órgão obedece aos critérios estabelecidos e aprovados no Regimento Escolar.

5.16.3- Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil é uma entidade representativa dos estudantes. Através dele a

iniciação à atuação política dos estudantes, participando ativamente nos projetos

desenvolvidos pelos professores ajudando a idealizar as soluções para uma melhor

participação e envolvimento dos alunos com a instituição.

Para este ano que está se iniciando estaremos fazendo novas eleições conseguimos

organizar nosso Grêmio, e este tem desenvolvido suas atividades contribuindo assim para o

desempenho do Colégio e formação social de nossos alunos.

5.16.4 APMF

A APMF deste Colégio funciona de acordo com o que está descrito no Regimento Escolar

Interno.

5.16.5 – Participação dos Pais

Observamos nos anos finais e Ensino Médio uma grande ausência da participação

dos mesmos na vida de seus filhos, como se estes já não precisassem mais dos pais.

Quando são convidados para virem a escola para reuniões alegam que não tem tempo e que

precisam trabalhar, atribuímos a este tipo de comportamento a pouca escolaridade e

cultura que permeia esta comunidade. Desta maneira a participação da maioria acaba por

restringir-se apenas nas assinaturas de boletins e quando convocados.

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5.16.6 – Critérios de organização e distribuição de turmas

Os critérios para organização foi de acordo com a idade, priorizando os turnos que

os alunos já estudavam. Houve casos que ocorreu a mudança de turno de acordo com a

solicitação dos pais e disponibilidade do colégio.

A distribuição de aulas por turma foi feita seguindo a Resolução nº196/2010.

5.16.7- Outros

O Projeto Fera comciência e Jogos Escolares são realizados em nosso colégio tendo

em vista o interesse dos alunos por essas atividades artístico-cultural esportiva e trabalhos

de natureza científica e tecnológica que incentiva a curiosidade e a pesquisa.

5.17- Desafios Educacionais Contemporâneos

Por serem assuntos importantes de grande relevância para a comunidade escolar,

pois estão presentes nas experiências, práticas, representações e identidades dos educandos

e educadores, serão inseridos em todas as disciplinas do currículo, não como projetos, mas

como assuntos do cotidiano de nossos alunos.

Prevenção ao uso indevido de drogas – não se pode deixar de trabalhar com este

tema, uma vez que o foco do trabalho pedagógico na escola é a prevenção e requer um

tratamento adequado, cuidadoso e fundamentado teoricamente, por meio de conhecimentos

científicos, desprovidos de preconceitos e discriminações, para que isso ocorra os

professores deverão estar sempre se atualizando sobre este assunto e a busca constante por

conhecimentos científicos auxiliem a diminuírem a insegurança, desenvolvendo um

trabalho pedagógico de qualidade sobre a prevenção.

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Educação Fiscal – os alunos precisam desenvolver a consciência crítica sobre os

direitos e deveres em relação ao valor social dos tributos arrecadados e o papel dos

cidadãos no acompanhamento da arrecadação e de sua aplicação em benefícios para toda a

sociedade.

Educação Ambiental – fortalecer a educação ambiental na escola, propiciando

atitude responsável e comprometida com as questões socioambientais locais e globais.

História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena – promover o

reconhecimento da identidade, da história e da cultura, assegurando a igualdade e

valorização das raízes africanas ao lado das indígenas.

Sexualidade- o trabalho educativo com a sexualidade insere-se nas diversas

disciplinas, considerando os referenciais de classe, raça/etnia, gênero e diversidade sexual

entendida assim como uma construção social, histórica e cultural.

Enfrentamento à violência na escola – a violência protagonizada por nossos alunos

é uma realidade, a escola terá que ajustar os seus conteúdos e acercar-se mais aos alunos,

pois estes reproduzem aquilo que observam no meio da família e da comunidade que estão

inseridos.

5.18 Diversidade

Desde 2007, ofertávamos em nosso Colégio o programa de ensino Paraná

Alfabetizado para os jovens e adultos que não tiveram acesso a escola no tempo previsto

por motivos diversos; este programa dá oportunidade para que todos vivenciam a leitura e

escrita. Este ano a oferta deste programa tornou-se impossível devida a falta de espaço

físico, porém mesmo não ofertando o Colégio está divulgando e encaminhando as pessoas

interessadas para as localidades onde há oferta.

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6- MARCO CONCEITUAL

6.1- Fundamentação Teórica e Organização Pedagógica do Colégio

O papel fundamental da Educação no desenvolvimento das pessoas e das

sociedades amplia-se ainda mais no despertar do novo milênio e aponta para a necessidade

de se construir uma escola voltada para a formação de cidadãos, preparando-os para o

exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho.

A escola deve ser um local social privilegiado de construção dos significados éticos

necessários e constitutivos de toda e qualquer ação de cidadania.

Dos objetivos da LDB às suas adequações e finalidades na Escola

Considerando que alguns alunos possuem uma visão negativa em relação ao futuro,

que não possuem os valores necessários para o convívio na sociedade, quer-se que os

mesmo saibam se relacionar com os demais, que respeitem o limite do outro, que sejam

capazes de pesquisar e buscar informações, utilizando-as no seu cotidiano, que

desenvolvam habilidades para solucionar problemas no seu dia-a-dia e se sobressaiam no

mercado de trabalho, tanto como empregado ou como empregador. Porém nada disso será

possível se o aluno for inerte ao mundo em que vive.

Segundo Saviani o aluno é sujeito de si mesmo, de sua própria história. O que

diferencia o homem dos animais é o trabalho, que nada mais é que uma ação intencional.

Consequentemente o ato educativo é o ato de produzir direta e intencionalmente, em cada

indivíduo singular, a humanidade que é produzida pelo conjunto dos homens na sua

história e coletividade

É nesta escola que se deve promover o respeito às diferenças culturais acolhendo os

que chegam, sejam eles negros, índios, imigrantes, portadores de necessidades especiais,

pobres e ricos.

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“A cultura não é só a manifestação artística ou

intelectual que se expressa no pensamento. A cultura

manifesta-se, sobretudo, nos gestos mais simples da

vida cotidiana. Cultura é comer de modo diferente, é dar

a mão de modo diferente, é relacionar-se com o outro de

outro modo. A meu ver, a utilização destes três

conceitos – cultura, diferenças, tolerância – é um novo

modo de usar velhos conceitos. Cultura para nós, gosto

de frisar, são todas as manifestações humanas, inclusive

o cotidiano, e é no cotidiano que se dá algo essencial, o

descobrimento da diferença”.

(Taundez e Freire, 1985:34).

Este respeito deve partir de todos os envolvidos no ambiente escolar e para que isto

aconteça faz-se necessário que falem a mesma linguagem, que tenham as mesmas atitudes

para não caírem em contradições.

A prática docente considerada durante anos um dos principais fatores de

reprodução das diferenças na escola, deve ser totalmente repensada, ou seja, coloca-se a

necessidade de definir nova identidade profissional do professor.

“... A especificidade da formação pedagógica, tanto

inicial como a contínua, não é refletir sobre o que se

vai fazer, nem sobre o que se deve fazer, mas sobre o

que se faz”.

(Houssaye, 1995:28)

Para que se tenha professores capacitados, autônomos, valorizados

profissionalmente, capazes de levar os seus alunos a aprender a ser, a fazer, a conhecer e a

conviver, faz-se necessários reflexões constantes sobre a sua prática pedagógica.

Isto também vale para os funcionários, pois para que sejam considerados como

educadores e fazerem parte da proposta educacional da escola precisam se atualizar através

de formações continuadas e reciclagens constantes.

Após repensar a sua prática pedagógica, o professor deve se posicionar de uma

forma diferenciada perante a avaliação, sendo esta uma tarefa didática necessária e

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permanente do trabalho docente, acompanhando passo a passo o processo de ensino e

aprendizagem. Esta não se resume apenas a notas e provas, mas sim a função de

diagnosticar, de verificação do rendimento escolar.

Segundo Cipriano Carlos Luckesi, a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre

os dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar

decisões sobre o seu trabalho.

Sendo assim, é preciso que se tenha uma avaliação contínua, formativa e de

qualidade não somente para qualificar o trabalho do professor, mas também, para que a

escola como um todo reflita sobre suas ações não perdendo a autonomia nas suas atitude e

decisões.

6.1.1- Filosofia do Colégio

A necessidade de trabalho, entretanto, provoca um ocasional êxodo escolar que,

muitas vezes, foge da vontade dos próprios alunos e até mesmo do trabalho de fixação do

aluno realizado incansavelmente pela escola. Tendo a escola, como filosofia, uma

pedagogia pautada na concepção construtivista/sócio-interacionista, apresentada como

norteadora de práticas pedagógicas que permitem ao aluno ser sujeito de sua própria

aprendizagem, buscando a compreensão do mundo que o rodeia, onde todas as disciplinas

do currículo escolar estão inseridas neste processo educativo, abrindo seus horizontes

visando a reflexão, a criticidade e a criatividade de alunos e professores, é necessário que a

mesma cumpra a sua função e promova uma educação de qualidade, que ofereça aos seus

alunos conteúdos vivos, concretos e indissociáveis das realidades sociais e acima de tudo

que esta escola ofereça uma educação voltada para a formação da cidadania. É dessa

maneira que o trabalho da aprendizagem está voltado para a aquisição de meios

alternativos de subsistência que, embora não erradiquem o problema do desemprego que

afronta mais famílias da comunidade local, possam garantir recursos de sobrevivência,

muitas vezes gerados pela criatividade e talentos desenvolvidos no Ambiente escolar que,

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desenvolvidos numa premente necessidade, os assegurem economicamente em sua

sobrevivência.

6.1.2- Concepção Educacional

A escola deve ser um local social privilegiado de construção dos significados éticos

necessários e constitutivos de toda e qualquer ação de cidadania.

Toda criança e adolescente tem o direito de se beneficiar de uma formação concebida

com conteúdos significativos e educativos, dos quais o ser humano tem necessidade para

viver e trabalhar com dignidade, participar plenamente do desenvolvimento, melhorar a

qualidade de sua existência, tomar decisões de forma esclarecida e continuar a aprender.

Para que isto aconteça requer-se uma sociedade mais justa, proporcionando a

mesma oportunidade a todos, mais humana, resgatando com urgência o respeito individual

e pela sociedade em geral, criativa, para poder se sobressair em situações difíceis, como

empreender, criando oportunidade de sustentação própria.

“... Se sonhamos com uma sociedade menos agressiva,

menos injusta, menos violenta, mais humana, o nosso

testemunho deve ser o de quem, dizendo não a qualquer

possibilidade em face dos fatos, defende a capacidade

do ser humano em avaliar, de compreender, de escolher,

de decidir e, finalmente, de intervir no mundo”.

(Freire, P.1997, PG58-59)

6.1.3- Princípios Norteadores da Educação

Os princípios da Educação Nacional, segunda a Lei de Diretrizes e Bases,

estabelece:

- “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

- liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a

arte e o saber;

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- pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

- respeito à liberdade e apreço à tolerância;

- gratuidade do ensino público;

- garantia de padrão de qualidade;

- valorização da experiência extra-escolar;

- vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas.”

6.1.4- Objetivo do Colégio

O compromisso educacional do Colégio Estadual “D. Carolina Lupion” firma-se na

execução desses princípios estabelecidos que norteiam as ações didático-pedagógicas,

administrativas e de gestão financeira, à medida que se alcançam os graus de autonomia

estabelecidos por lei.

A escola, para tecer seus objetivos e traçar as metas que universalizem a sua

filosofia de trabalho buscou no perfil da comunidade as exigências locais de educação que

carecem ser atendidas, que urge com a fragilidade do fator econômico, pois essa

comunidade, justamente em virtude da instabilidade econômica a que estão submetidos, é

de natureza itinerante, cuja permanência se limita à oferta de trabalho periódico junto às

Usinas regionais, embora as famílias esforcem-se por manter residência fixa.

6.1.5- Fins Educativos

A finalidade é a formação do sujeito que se apropria do conhecimento para

compreender as relações humanas em suas contradições e conflitos, pretendemos formar

cidadão críticos, criativos e participativos.

6.1.6- Concepções norteadas pela Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional

A consolidação de um sistema nacional de educação não pode ser realizada sem

considerar a urgente necessidade de superação das desigualdades sociais, étnico-raciais e

de gênero ainda presentes na sociedade e na escola brasileira. Por isso, a sua realização -

assim como o cumprimento e atendimento legal às normas constitucionais que orientam

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essa tarefa - só será possível por meio do debate público e da articulação entre Estado,

escola e movimentos sociais, em prol de uma sociedade democrática direcionada à

participação e a construção de uma cultura de paz.

Quanto à função social da educação, cabe destacar o entendimento de que a

educação é processo e uma prática social constituída e constituinte das relações sociais

mais amplas. Essa concepção de educação, além de ampliar os espaços por onde pode

ocorrer, sinaliza para a importância de que ela seja um processo contínuo de formação, ao

longo da vida. Assim, para se concretizar como direito inalienável do cidadão, em

consonância com o artigo 1º da LDBEN, a prática social da educação deve ocorrer em

espaços e tempos pedagógicos diferentes, para atender às diferenciadas demandas.

Como prática social, a educação tem como lócus privilegiado a escola, entendida

como espaço de garantia de direitos. Para tanto, é fundamental atentar para as demandas da

sociedade como parâmetro para o desenvolvimento das atividades. Como direito social,

avulta, de um lado, a defesa da educação pública, gratuita, democrática, inclusiva e de

qualidade

A democratização da gestão e a educação com qualidade social implicam a garantia

do direito à educação a todos, por meio de políticas, programas e ações articulados para a

melhoria dos processos de organização e gestão dos sistemas e das escolas, privilegiando a

construção da qualidade social inerente ao processo educativo.

A gestão democrática da escola e dos sistemas é um dos princípios constitucionais

do ensino público, segundo o art. 206 da Constituição Federal de 1988. O pleno

desenvolvimento da pessoa, marca da educação como dever de Estado e direito do cidadão,

conforme o art. 205 da mesma Constituição, ficará incompleto se tal princípio não se

efetivar em práticas concretas no espaço da escola.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394\96), confirmando

esse princípio e reconhecendo o princípio federativo, repassou aos sistemas de ensino a

definição das normas da gestão democrática, de acordo com o inciso VIII do art. 3º. Além

disso, a mesma lei explicitou dois outros princípios a serem considerados no processo de

gestão democrática, a saber: I – participação dos profissionais da educação na elaboração

do projeto pedagógico da escola; II – participação das comunidades escolar e local em

conselhos escolares ou equivalentes. Vale destacar que, também, o Plano Nacional de

Educação/PNE (Lei nº 10.172/01) estabeleceu, em suas diretrizes, “(...) uma gestão

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democrática e participativa”, a ser concretizada por programas e projetos, especialmente no

que concerne à organização e fortalecimento de colegiados em todos os níveis da gestão

educacional.

Com isso, cabe destacar a necessidade de: democratizar a gestão da educação e da

escola, garantindo a participação de estudantes, funcionários, pais, professores, equipe

gestora e comunidade local nas políticas educacionais; estabelecer mecanismos

democráticos como forma de provimento ao cargo/função de diretor para todos os sistemas

de ensino; e implantar formas colegiadas de gestão da escola.

No campo das políticas educacionais, as questões referentes à formação,

desenvolvimento profissional e valorização dos trabalhadores em educação (professores

e funcionários) sempre estiveram de alguma forma presentes na agenda de discussão,

mas, possivelmente, em nenhum outro momento histórico tal questão tenha merecido

tanta ênfase como nas últimas décadas, por diferentes agentes, instituições, organismos

nacionais, internacionais e multilaterais.

Nessa perspectiva, a questão da formação e profissionalização, por perpassar

quase todos os demais temas, tem gerado inúmeros debates no cenário educacional

brasileiro, desencadeando políticas, assim como a mobilização dos diversos agentes, na

tentativa de construir uma educação pública de qualidade para todos. Nesses debates, tem

ficado claro que as duas facetas – formação e valorização profissional – são indissociáveis.

Considerando a legislação vigente e as necessidades dos sistemas de ensino e,

ainda, a garantia de um padrão de qualidade na formação dos que atuam na educação

básica, é fundamental que se crie uma Política Nacional de Formação e Valorização dos

Trabalhadores em Educação, articulando, de forma orgânica, as ações das instituições

formadoras, dos sistemas de ensino e do MEC.

A diversidade, do ponto de vista cultural, pode ser entendida como a construção

histórica, cultural e social das diferenças. Ela é construída no processo histórico-cultural,

na adaptação do homem e da mulher ao meio social e no contexto das relações de poder.

Os aspectos tipicamente observáveis, que se aprende a ver como diferentes, só passaram a

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ser percebidos dessa forma porque os sujeitos sociais, no contexto da cultura, assim os

nomearam e identificaram.

Assim como a diversidade, os processos e a luta pela inclusão na educação básica

representam mais do que a incorporação total ou parcial dos chamados “diferentes” aos

espaços e tempos escolares a eles negados historicamente. Eles implicam posicionamento

político, reorganização do trabalho na escola, do tempo escolar, da formação de

professores, o trato ético e democrático dos alunos e seus familiares, novas alternativas

para a condição docente e uma postura democrática diante do diverso.

Pode-se dizer que há consenso na educação brasileira acerca da necessidade da

inclusão, sobretudo quando se observa o caráter excludente da sociedade brasileira e suas

repercussões na garantia dos direitos sociais e humanos. Mas, além de sensibilidade e

reconhecimento para desencadear ações concretas, são necessários posicionamentos,

práticas políticas e o entendimento da relação entre inclusão, exclusão e diversidade,

articulados a uma visão ampla de educação e desenvolvimento sustentável.

Essa é uma reflexão que precisa ocupar mais espaço na agenda educacional do

País. Nesse sentido, as políticas educacionais devem se estruturar de forma a contribuir na

discussão da relação entre formação, diversidade, inclusão e qualidade social da educação

básica. Assim, é fundamental problematizar questões como: a contextualização curricular a

partir da diversidade regional, educação indígena; educação e afro-descendência; educação

no campo; educação de pessoas com deficiências e altas habilidades; educação de pessoas

privadas de sua liberdade; educação e diversidade sexual.

6.1.7- Diretrizes Curriculares que norteiam a Ação do Colégio

No início desta gestão 2003/2006, estabeleceu-se como linha de ação prioritária

da SEED retomada da discussão coletiva do currículo. A concepção adotada é de que o

currículo é uma produção social, construído por pessoas que vivem em determinados

contextos históricos e sociais, portanto almejando uma intervenção a partir do que está

sendo vivido, pensado e realizado nas escolas.

Desta forma, as Diretrizes Curriculares para a educação pública do Estado do

Paraná chegam às escolas como um documento oficial que traz a característica principal de

sua construção: a horizontalidade, pois contou com a participação de todas as escolas e

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Núcleos Regionais de Educação do Estado, e faz ressoar nela as vozes de todos os

professores das escolas públicas paranaenses.

As Diretrizes Curriculares para a educação pública do Estado do Paraná são um

documento que traça estratégias que visam nortear o trabalho do professor e garantir a

apropriação do conhecimento pelos alunos. São através delas que os professores elaboram

sua PPC e consequentemente o PTD sempre em consonância com o PPP.

6.1.8- Concepções do Estatuto da Criança e do Adolescente

O Estatuto da Criança e do Adolescente- ECA- é uma conjunto de normas do

ordenamento jurídico Brasileiro que tem como objetivo a proteção integral da criança e do

adolescente, aplicando medidas, em expedindo encaminhamentos.

Origem

O ECA foi instituído pela Lei 8069/1990. Regulamenta os direitos das crianças e

dos adolescentes inspirado inspirada pelas diretrizes fornecidas pela Constituição Federal

de 1998.

Descrição

O Estatuto divide-se em dois livros: o primeiro trata da proteção dos direitos

fundamentais a pessoas em desenvolvimento e o segundo trata dos órgãos e procedimentos

protetivos.

Conceito

Criança nos termos do art. 2º da Lei 8069/1990, considera-se criança a pessoa de

até doze anos de idade incompletos. È proibido qualquer tipo de trabalho adulto à menores

de 14 anos, salvo na condição de aprendiz.

Adolescente

É considerado adolescente, o sujeito de doze anos completos a dezoito anos

incompletos.

O ECA dispõe que constitui dever da família, da comunidade, da sociedade em

geral e do Poder Público (Poder Executivo, Judiciário, Ministério Público e Conselho de

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Direitos) assegurar com absoluta prioridade a efetivação dos direitos referentes à vida, à

saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, a profissionalização, a cultura, a

dignidade, ao respeito, a liberdade e a convivência familiar e comunitária.

As crianças e os adolescentes ao protegidos tanto pela legislação especial como

pela legislação decorrente dos direitos inerentes à pessoa.

É importante considerar que o ECA é ainda desconhecido da maioria da

população e, também, entre inúmeros operadores do direito, o que seguramente é um

entrave a mais para que as alterações introduzidas por esse instrumento legal sejam

garantidas. Alterações como, por exemplo, com as crianças e adolescentes sendo titulares

de direitos, a superação de uma prática assistencialista por uma ação sócio-educativa e uma

gestão descentralizada como efetiva participação popular.

O ECA, através do órgão competente – Conselho Tutelar – tem o dever de buscar

soluções encaminhando as crianças e adolescentes ao Ministério Público/Judiciário para

que desenvolva trabalho junto a família e a comunidade ou mesmo requisitando serviços

públicos para que tenham acesso efetivo aos seus direitos.

Art. 53 A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno

desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o

trabalho, assegurando-lhes:

I- igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II- direito de ser respeitado por seus educadores;

III- direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias

escolares superiores;

IV- direito de organização e participação em entidade estudantis;

V- acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência;

Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo

pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.

Paulo Afonso Garrido de Paula (1995:94) menciona o conceito de educação e

sua abrangência:

“Educação, em sentido amplo, abrange o atendimento em creches e pré-escolas

às crianças de zero a seis anos de idade, o ensino fundamental, inclusive àqueles que a ele

não tiverem acesso na idade própria, o ensino médio e o ensino em seus níveis mais

elevados, inclusive aqueles relacionados à pesquisa e à educação artística.”

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O direito à educação é direito subjetivo da criança e do adolescente, devendo

ser garantida pelo Estado. Elenca o dispositivo os direitos do menor quanto ao acesso e

permanência, devendo haver critérios claros e isonômicos por parte do responsável legal:

Diretor, Delegado de Ensino e Secretario da Educação. Ainda elenca referida norma o

direito de respeito pelos educadores, o direito de contestar critérios avaliativos, de

organização em entidades estudantis, bem como o acesso a escola pública e gratuita. Aos

pais cabe-lhes o direito de participação.

6.1.9- Concepções das Capacitações Continuadas

Segundo a LDB no:

Art. 62..............

§ 1º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, em regime de colaboração, deverão promover

a formação inicial, a continuada e a capacitação dos profissionais de magistério.

§ 2º A formação continuada e a capacitação dos profissionais de magistério poderão utilizar recursos e

tecnologias de educação a distância.

§ 3º A formação inicial de profissionais de magistério dará preferência ao ensino presencial,

subsidiariamente fazendo uso de recursos e tecnologias de educação a distância.” (NR)

A Capacitação Continuada deve constituir-se um espaço de produção de novos

conhecimentos, de troca de diferentes saberes, de repensar e refazer a prática do professor,

da construção de competências do educador. Considerando o conhecimento como uma

construção social, a linguagem tem um importante papel no aspecto da interação e

mediação na formação do professor (Vygotsty, 1994, 1998).

A Capacitação Continuada tem entre outros objetivos, propor novas metodologias

e colocar os profissionais a par das discussões teóricas atuais, com a intenção de contribuir

para as mudanças que se fazem necessárias para a melhoria da ação pedagógica na escola e

consequentemente da educação. É certo que conhecer novas teorias, faz parte do processo

de construção profissional, mas não bastam, se estas não possibilitam ao professor

relacioná-las com seu conhecimento prático construído no seu dia-a-dia (Nóvoa, 1995a;

Perrenoud, 2000).

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Dentre os diversos instrumentos utilizados pelos profissionais da escola para

capacitá-los o Governo do Paraná disponibiliza diversos programas tais como: Semana

Pedagógica, Grupos de estudos, Reuniões Pedagógicas, Simpósios, salas de apoio,

formação para agentes de execução, formação para profissionais que atuam na biblioteca,

NRE -Itinerante, Jornada Pedagógica, etc.

6.1.10- Concepção de Homem, sociedade, cultura, mundo, educação, escola,

conhecimento, tecnologia, ensino-aprendizagem, cidadania/cidadão;

CONCEPÇÃO DE HOMEM,

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a

segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele

envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula

experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e

planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-materiais que são

apropriados de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani (1992):

Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade, se

encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na

organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas

da sociedade. O homem, como sujeito de sua história, segundo Santoro “... é aquele que na

sua convivência coletiva compreende suas condições existenciais transcende-as e

reorganiza-as, superando a condição de objeto, caminhando na direção de sua emancipação

participante da história coletiva” compreende seu trabalho nas suas relações. Conforme

Veiga (Veiga, 1995, p, 27).

Portanto, o homem necessita produzir continuamente sua própria existência.

Para tanto, em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto

é,transformá-la pelo trabalho.

CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

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Quando se questiona o próprio sentido da escola, a sua função social e a

natureza do trabalho educativo, enquanto docentes, aparecemos sem iniciativa, “arredados

ou deslocados pela força arroladora dos fatos, pela vertiginosa sucessão de acontecimentos

que tornaram obsoletos os conteúdos e as práticas educativas” (Peres Gomes, 1998). E para

que isso não aconteça é que precisamos entender em que tipo de sociedade estamos

inseridos.

Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma série de

relações diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais do homem, havendo

uma interdependência em todas as formas da atividade humana, desenvolvendo relações,

instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo bens, garantindo a base

econômica e é o jeito específico do homem realizar sua humildade, sendo que:

“A sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmite-

lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as

contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que oferece a sua comunidade.

Nesse sentido a sociedade cria o homem para si”. (Pinto,1994).

A sociedade mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto

dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e do agir social a partir das

contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.

Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a

sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que regem o

desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis naturais, mas sim

de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.

CONCEPÇÃO DE CULTURA

A cultura é resultado de toda a produção humana e segundo Saviani, “para

sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de

subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da

natureza, criando um mundo humano, o mundo da cultura” (1992 p 19).

Podemos considerar que, “de um ponto de vista antropológico, cultura é tudo o

que elabora, e elaborou, o ser humano, desde a mais sublime música ou obra literária até as

formas de destruir-se e as técnicas de tortura, a arte, a ciência, a

linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as instituições

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sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalhar”. (Sacristan, 2001, p 105).

Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de

significação, é cultural. Além disso, como sistema de significação, todo conhecimento está

estreitamente vinculado com relações de poder”. (Tomas Tadeu1999). Toda a organização

curricular, por sua natureza e especificidade precisa completar várias dimensões da ação

humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola em sua prática, há necessidade da

consciência de tais diversidades culturais, especialmente da sua função de trabalhar as

culturas populares de forma a levá-los à produção de uma cultura erudita, como afirma

Saviani”, a mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem do saber

espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultural erudita; assume um papel

político fundamental, “Saviani, apud, Frigotto,1994 p, 189).

Ao mesmo tempo em que se tornam visíveis manifestações e expressões

culturais de grupos dominados, observa-se o predomínio de formas culturais produzidas e

vinculadas pelos meios de comunicação de massa, nas quais aparecem e visa completar

várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola, em sua

prática há a necessidade da consciência de tais diversidades culturais, especialmente da sua

função de trabalhar as culturas populares de forma a levá-los à produção de uma cultura

erudita, como afirma Saviani: “a mediação da escola, instituição especializada para operar

a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura

erudita; assume um papel político fundamental”. (Saviani, apud, Frigotto, 1994 p, 189).

Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita

cabe a escola aproveitar a diversidade existente para fazer dela um espaço motivador,

aberto e democrático.

CONCEPÇÃO DE ESCOLA

A escola, como instituição social, que tem como função a democratização dos

conhecimentos produzidos historicamente pela humanidade, é um espaço de mediação

entre sujeito e sociedade. Compreender a escola como mediação significa entender o

conhecimento como fonte para efetivação de um processo de emancipação humana e, logo,

de transformação social. O que implica em ver o papel político da escola atrelado ao seu

papel pedagógico e, mais, dimensionar a prática pedagógica, em todas suas características

e determinantes com intencionalidade e coerência, o que transparece um compromisso

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político ao garantir que o processo de ensino e aprendizagem esteja a serviço da mudança

necessária.

Fazer a escola funcionar de maneira que garanta o interesse da maioria,

comunidade, educando, educadores, especialistas e gestor, passa por diversas instâncias,

mas a capacidade de organização e coordenação, talvez represente o primeiro passo dessa

longa e complexa caminhada na realização do Projeto Político Pedagógico.

CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os

homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais

mediadas pelo trabalho.

Sendo assim, o conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e

das condições sociais que o geram, configurando as dinâmicas históricas que

representam as necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente

nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para

obtenção do conhecimento, mudando, portanto a forma de interferir na realidade. Essa

interferência traz consequências para a escola, cabendo a ela garantir a socialização do

conhecimento que foi expropriado do cidadão.

CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) (Lei n. 9.394 de

20 de dezembro de 1996) propõe uma prática educacional adequada à realidade do mundo,

ao mercado de trabalho e à integração do conhecimento. Desta forma, a utilização efetiva

das tecnologias da informação e comunicação na escola é uma condição essencial para

inserção mais completa do cidadão nesta sociedade de base tecnológica. A utilização das

tecnologias, no mundo atual, está fortemente inserida nessas exigências. Além disso,

nunca houve tanta informação e conhecimento disponíveis num espaço de tempo tão

curto.

Consta no Plano Nacional de Educação (Lei n. 10.172, de 9 de janeiro de

2001) em suas metas e objetivos, assegurar às escolas públicas, de nível fundamental e

médio, o acesso universal à televisão educativa e a outras redes de programação

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educativo-cultural, com o fornecimento do equipamento correspondente, promovendo sua

integração no projeto pedagógico da escola, além de constar também como meta equipar,

em dez anos, todas as escolas de nível médio e todas as escolas de ensino fundamental

com mais de 100 alunos, com computadores e conexões de internet que possibilitem a

instalação de uma Rede Nacional de Informática na Educação e desenvolver programas

educativos apropriados, especialmente a produção de softwares educativos de qualidade.

Atendendo à lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001 (que aprovou o Plano

nacional de educação), o Presidente da República, através do Decreto nº 6.300, de 12 de

dezembro de 2007, dispõe em seu art. 1º sobre o Programa Nacional de Tecnologia

Educacional - Proinfo, executado no âmbito do Ministério da Educação, o qual

promoverá o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação nas redes

públicas de Educação básica.

Por sua vez, o Plano Estadual de Educação tem como meta investir,

anualmente, na compra de equipamentos, garantindo que no final do decênio, todas as

escolas de Ensino Fundamental disponham de: laboratórios de informática com número

de conjuntos compostos de micro-computadores conectados à internet e impressoras, na

proporção de, no mínimo, um conjunto para cada 80 alunos matriculados; e TVs de 29

polegadas e aparelhos de DVD, na proporção de, um conjunto para cada 160 alunos

matriculados.

Hoje, a escola conta com o Laboratório de Informática Paraná Digital e as salas

de aulas são equipadas com TV Multimídias. Não se pode mais dizer que a escola não

dispõe de recursos para atender à atualidade. Assim as pessoas envolvidas neste processo

devem rever sua postura diante dessas novas tecnologias reconhecendo suas

potencialidades, para que ocorra de fato uma melhora significativa no processo ensino-

aprendizagem.

As novas tecnologias vêm modificando significativamente as relações do

homem com o mundo, visto que em cada segmento social encontramos a presença de

instrumentos tecnológicos. A escola não pode ficar excluída desta realidade, devendo

apropriar-se dos avanços tecnológicos e incorporá-los à pratica educativa.

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Para Schaff (1990) o homem universal, ou aquele que está munido de uma

instrução completa e em condições de mudar de profissão e, portanto, também de posição

no interior da organização social do trabalho, representou até hoje uma ideia utópica. Hoje

ele se tornou uma realidade e, em certo sentido, uma necessidade. A realização desta ideia

poderá ser alcançada graças à educação permanente e às técnicas de informação sempre

mais eficientes.

A dinâmica do mundo moderno impõe, em todas as áreas, profissionais

questionadores e dinâmicos, que ultrapassem os limites da simples execução. A capacidade

de pensar e decidir são essenciais para a assimilação de mudanças e para o confronto com

desafios que surgem todos os dias. Segundo Lévy (1996, p. 54) "as pessoas não apenas são

levadas a mudar várias vezes de profissão em sua vida, como também, no interior da

mesma profissão, os conhecimentos têm um ciclo de renovação cada vez mais curto”.

Inclusive, como ele mesmo afirma, "a própria noção de profissão torna-se cada vez mais

problemática" (LÉVY, 1999, p. 173). Uma pessoa já não mais se prepara para o exercício

de uma profissão que o acompanhará em sua vida. Mesmo que não mude de atividade no

decorrer de sua existência, necessita acompanhar as mudanças de sua própria profissão. Os

conhecimentos e habilidades empregados em um campo profissional já não são estáveis;

em intervalos de tempo cada vez mais curtos, transformam-se ou, até mesmo, tornam-se

obsoletos. Além de novas formas de trabalho, as crescentes demandas resultantes dos

avanços que a ciência introduz nas áreas técnicas e tecnológicas, nos sistemas de

comunicação, de transporte, e mesmo nas formas de relação, organização, lazer, etc.,

requerem o acesso a novas informações, o desenvolvimento de novas habilidades para a

adaptação e a assimilação destas mudanças. A formação do professor é o ponto chave para

a modernização.

CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM

Para a concepção socio-história de Vygotsky (1991), o processo de

aprendizagem ocorre por meio da interação entre o educando, o objeto de conhecimento e

educador, que assume o papel de mediador, intervindo na aprendizagem supondo que o

educando possui conhecimento que podem ser reelaborados e aprofundados.

O ser humano não nasce com inteligência pronta, porém pode desenvolvê-la

através da convivência com outros indivíduos, porque este traz consigo ao existir a

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capacidade de construí-la, que constitui a sua herança biológica. A vivência em sociedade

é essencial, pois é através da interação com o meio social impregnado de cultura que o ser

humano constrói a sua inteligência. Ao estabelecer com estas relações mútuas, evoluem e

vão mudando as formas de compreender o mundo ao longo de seu desenvolvimento

intelectual do ser humano não é produto só da maturação biológica, sim pelo conhecimento

acumulado através das interações com o ambiente rico em cultura e significado. As

funções psicológicas superiores dos seres humanos (percepção, atenção, memória,

capacidade para solucionar problemas) surgiram através da intricada interação dos fatores

biológicos e de fatores culturais que evoluíram no decorrer da história humana. Na sua

busca constante de respostas para as suas indagações e satisfação das suas necessidades, o

ser humano transforma a natureza e ao mesmo tempo transforma-se passando a ser um

produto de seu ambiente como também um agente ativo no processo de construção do

conhecimento. Por meio da ação, em busca de significados consegue transformar-se em

um ser com um grau de

inteligência super desenvolvido. Ao longo do seu desenvolvimento e da sua aprendizagem

o ser humano vai conseguindo progredir cada vez mais e mais. Para Vygotsky a

aprendizagem não é, em si mesma, desenvolvimento, entretanto uma correta organização

de aprendizado conduz ao desenvolvimento mental, ativa todo um grupo de processos de

desenvolvimento e esta ativação não poderia produzir-se sem aprendizagem. A

aprendizagem e o desenvolvimento são fenômenos distintos e interdependentes, cada um

tornando o outro possível. Ao dar um passo em frente no campo da aprendizagem o sujeito

da dois no campo do desenvolvimento por esta razão eles não são fenômenos coincidentes.

Para Vygotsky o educador deve descobrir as relações reais entre o processo de

desenvolvimento e a capacidade de aprendizagem do educando, para isto elaborou a teoria

da zona de desenvolvimento proximal, que explica como sendo as funções que ainda não

amadureceram, que estão em processo de maturação. É a distância entre o nível de

desenvolvimento real, grau de desenvolvimento mental já conquistado por um sujeito, ou

seja, a sua capacidade de solucionar um problema sem ajuda de ninguém e o nível de

desenvolvimento potencial que define tudo aquilo que um indivíduo pode fazer por ser da

espécie humana, é o previsível e o esperável, como por exemplo a capacidade de imitar, de

falar. Numa atividade coletiva ou sob a orientação de um mediador, usando a imitação, o

educando é capaz de fazer muito mais coisas do que se estivesse sozinho. Porém esta

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imitação não fica limitada a processo mecânico como nos animais, mas sim num processo

dinâmico resultando em desenvolvimento. O processo de desenvolvimento cognitivo

progride de forma mais lenta e atrás do processo de aprendizagem, desta sequenciação

resultam então a zona de desenvolvimento proximal. Nesta relação o educador é o

planejador, transformador e o condutor do processo de aprendizagem intervindo no

processo de aprendizagem considerando não somente o nível de desenvolvimento

potencial e real, mas principalmente que o educando possui uma zona de desenvolvimento

proximal funções que estão em processo de maturação. Se o educador envolver a criança

em um processo de aprendizagem adequadamente organizado a mesma conseguirá

amadurecer estas funções e consequentemente elevar o seu nível de desenvolvimento real,

como também despertar novas funções para o estado embrionário. O educador tem que

estar ciente de que deve criar situações problemas que levem o educando a

questionamentos e a busca de respostas orientando o a chegar a uma conclusão, ou seja, a

construir os seus conceitos. O trabalho do educador é de decidir sobre a qualidade e

quantidade de conhecimento, idéias, conceitos e princípios a serem explorados nas

atividades

curriculares, estabelecendo uma relação intrínseca coma realidade social que está inserida,

contextualizando assim o ensino.

CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

A construção da cidadania e de uma cultura baseada em direitos sociais e

políticos constitui, hoje, um dos problemas mais cruciais para o processo de

democratização do Brasil. Aí estão envolvidas questões não apenas de fatores sociais,

capazes de criação de esferas públicas e democráticas. Os cidadãos, numa democracia não

apenas são titulares de direitos estabelecidos, existindo possibilidade de expansão, de

criação de novos direitos.

Segundo Martins (2000, p.54), pode-se afirmar que “aquela relação entre

cidadania e democracia explicita-se no fato de que ambas são processos; o processo não se

dá num vazio, a cidadania exige instituições, mediações e comportamentos próprios,

constituindo-se na criação de espaços sociais de luta na definição de instituições

permanentes para expressão política. Neste sentido, a autora distingue a cidadania passiva,

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41

aquela que é outorgada pelo Estado, com a ideia moral da tutela e do favor. Cidadania

Ativa – aquela que institui o cidadão como portador de direitos e deveres, mas

essencialmente criador de direitos, de abrir espaços de participação. Confirma ainda, que a

cidadania requer a consciência clara sobre o papel da educação e as novas exigências

colocadas para a escola que, como instituição para o ensino – a educação formal – pode ser

um lócus excelente para a construção da cidadania”.

6.1.11 CONCEPÇÃO DE ESCOLA DE SUPERAÇÃO

O Programa Superação é composto de ações integradas entre os diversos

Departamentos, Coordenações e Núcleos Regionais de Educação da Secretaria de Estado

da Educação, e coordenadas pela Diretoria de Políticas e Programas, com o objetivo de

potencializar a qualidade educacional no Paraná, buscando superar problemas constatados

e localizados em determinadas escolas da rede pública estadual de ensino.

Os critérios para a escola ser incluído no Programa são:

Aprovação menor que 70%

Reprovação maior que 25%

Abandono maior que 25%

IDEB de 2007 menor que 3,0

Resultado da Prova Brasil 2007 - 8ª série

Língua Portuguesa menor que 235,71

Matemática menor que 252,18

Todas as escolas da Fase II também estão incluídas no PDE Nacional, sendo

chamadas de escolas prioritárias. Mas ainda assim, as ações dentro do Programa

demandam assessoramento pedagógico do NRE, prevêm planejamento de ações concretas,

sempre levando-se em conta as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (DCE´s), o

Projeto Político Pedagógico da Escola (PPP) e que vai confluir na Proposta Pedagógica

Curricular(PTD), o qual representa o projeto de aulas com a fundamentação teórico-

metodológico do professor. O professor é o mediador entre o conhecimento e o educando.

6.1.12 PDE – Escola

O PDE Escola objetiva,

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(...) em regime de parceria e responsabilidade social, [alcançar] a eficácia, a eficiência e a equidade no ensino fundamental público (...) por meio da oferta de serviços, produtos e assistência técnico-financeira inovadores e de qualidade, que focalizam o ensino-aprendizagem e as práticas gerenciais das escolas e secretarias de educação. 1

Na atualidade, grande parte das lideranças e sujeitos da educação pública está de

acordo que a democratização da escola e das instâncias executivas da política educacional

é imprescindível para a construção da qualidade social da educação das maiorias e,

principalmente, que é responsabilidade do poder público a manutenção integral das

escolas públicas, cujo papel social, muito mais do que produzir “inovações” fugidias, é

garantir a todos o direito à apropriação do conhecimento historicamente construído.

Assim sendo, a SEED-PR e suas instâncias descentralizadas, os Núcleos Regionais

de Educação (NRE), optaram por remodelar os instrumentos do Programa PDE Escola,

que ora apresenta-se às escolas estaduais integrantes do rol de prioridades do PDE

Nacional. Tal remodelação, elaborada em conjunto pela Coordenação de Planejamento e

Avaliação (CPA), pela Coordenação de Gestão Escolar (CGE), em estreita colaboração

com profissionais dos NRE, visa adequar a metodologia dos instrumentos do PDE Escola

aos princípios elementares de gestão democrática da educação que vêm sendo defendidos

e, coletivamente, implementados na rede estadual ao longo dos últimos cinco anos.

Importante frisar que a positividade do PDE Escola reside, além dos recursos

que este disponibiliza às escolas, na contribuição para o desenvolvimento da prática

cotidiana do planejamento escolar. Esta prática, que deve envolver todos os sujeitos da

escola, aliada à elaboração e revisão constante do Projeto Político Pedagógico, em muito

auxilia a escola a definir e reorientar sua atuação, considerando sua autonomia e

especificidades mas, também, seus limites, enquanto parte de um contexto institucional e

social mais amplo.

Ao longo da adequação dos instrumentos originais, teve-se em mente os

alicerces de uma educação pública, cuja qualidade reside entre outras características na, já

reiterada, democratização da gestão, mediante os processos coletivos de planejamento e

execução do trabalho administrativo, gestor, pedagógico e docente; no respeito às

peculiaridades individuais, étnicas e culturais; na valorização dos profissionais da

educação e na defesa do caráter gratuito e laico da educação pública. Acredita-se que, ao

1

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mobilizar seus coletivos para elaborar e executar o seu Plano de Ações – PDE Escola, da

forma que esta proposta remodelada orienta, as escolas fortalecerão ainda mais seus

projetos próprios, à medida que os instrumentos obrigam que as escolas atualizem seu

diagnóstico e avaliem coletivamente suas práticas e processos, para, então, com base nas

fragilidades evidenciadas, definam as prioridades que serão objeto de financiamento deste

Programa. Em suma, é com a intenção de contribuir para a superação das dificuldades

das escolas participantes, também co-autoras e signatárias do grande pacto nacional pela

educação coordenado pelo governo federal, que a Secretaria de Estado da Educação do

Paraná apresenta esta versão revista dos instrumentos constantes no Programa PDE

Escola.

6.1.13- Concepções de tempo e espaço na escola

O tempo é sempre colocado como um problema a ser enfrentado pela

equipe escolar. Falta tempo para se ensinar tudo o que é necessário, para um

convívio escolar mais intenso, para trabalhar coletivamente, para ouvir os alunos,

os pais, prestar atenção neles e para olhar para o próprio trabalho e para

redirecioná-lo.

Para enfrentar esse problema na gestão do tempo devem ser considerados

aspectos como: a organização do planejamento das aulas que reduz a

improvisação e o fator da falta de tempo, definir claramente as atividades,

estabelecer a organização em grupos, disponibilizar recursos materiais

adequados e definir o período de execução previsto. Uma outra tarefa importante

a ser organizada é aproveitar o tempo em que o aluno permanece na escola em

atividades extra-classe. O horário para utilização dos espaços escolares como

biblioteca, quadra será estipulado de acordo com o horário de aula de cada

disciplina ou sempre que for necessário através de escalas.

O aluno precisa aprender a controlar o tempo de realização de suas

atividades e o professor é um orientador do uso do tempo, ajudando os alunos

nessa utilização.

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6.1.14 CONCEPÇÃO E PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

Entre os princípios que devem nortear a educação escolar, contidos na nossa

Carta Magna - a Constituição de 1988 -, em seu art. 206, assumidos no art. 3º da Lei

9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional - LDB), consta, explicitamente, a

"gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de

ensino" (inciso VIII do art. 3º da LDB).

Trata-se de enfrentar o desafio de constituir uma gestão democrática que

contribua efetivamente para o processo de construção de uma cidadania emancipadora, o

que requer autonomia, participação, criação coletiva dos níveis de decisão e

posicionamentos críticos que combatam a ideia burocrática de hierarquia. Para tanto, é

fundamental que a escola tenha a sua "filosofia político-pedagógica norteadora", resultante

de uma análise crítica da realidade nacional e local e expressa em um projeto político-

pedagógico que a caracterize em sua singularidade, permitindo um acompanhamento e

avaliação contínuos por parte de todos os participantes das comunidades escolar

(estudantes, pais, professores, funcionários e direção) e local ( entidades e organizações da

sociedade civil identificadas com o projeto da Escola).

A autonomia da escola para experienciar uma gestão participativa também está

prevista no art.17 da LDB, que afirma:" os sistemas de ensino assegurarão ás unidades

escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia

pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito

financeiro público".

A LDB é mais precisa ainda, nesse sentido, no seu art. 14, quando afirma que:

Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino

público na educação básica de acordo com as suas peculiaridades, conforme os seguintes

princípios: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto

político-pedagógico da escola; II- participação das comunidades escolar e local em

conselhos escolares ou equivalentes.

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Ao democratizar as relações que se desenvolvem no interior da escola,fazendo

com que a comunidade interna em conjunto com a comunidade externa participe da

análise, discussão e deliberação a respeito da proposta educativa a ser concretizada, fica

claro que essa administração possibilita uma prática pedagógica qualitativamente adequada

às necessidades e interesses das camadas populares.

Há pelo menos duas razões que justificam a implantação de um processo de

gestão democrática na escola pública:

1ª porque a escola deve formar para a cidadania e, para isso, ela deve dar o

exemplo. A gestão democrática da escola é um passo importante no aprendizado da

democracia. A escola não tem um fim em si mesma. Ela está a serviço da comunidade.

Nisso, a gestão democrática da escola está prestando um serviço também à comunidade

que a mantém.

2ª porque a gestão democrática pode melhorar o que é específico da escola, isto

é, o seu ensino. A participação na gestão da escola proporcionará um melhor conhecimento

do funcionamento da escola e de todos os seus setores; propiciará um contato permanente

entre professores e alunos, o que leva ao conhecimento mútuo e, em consequência,

aproximará também as necessidades dos alunos dos conteúdos ensinados pelos professores.

O aluno aprende quando ele se torna sujeito da sua aprendizagem. E para

tornar-se sujeito da sua aprendizagem ele precisa participar das decisões que dizem

respeito ao projeto da escola que faz parte também do projeto de sua vida. Passamos muito

tempo na escola, para sermos meros clientes dela. Não há educação e aprendizagem sem

sujeito da educação e da aprendizagem. A participação pertence à própria natureza do ato

pedagógico.

A autonomia e a participação - pressupostos do projeto político-pedagógico da

escola - não se limita à mera declaração de princípios consignados em algum documento.

Sua presença precisa ser sentida no conselho de escola ou colegiado, mas também na

escolha do livro didático, no planejamento do ensino, na organização de eventos culturais,

de atividades cívicas, esportivas, recreativas. Não basta apenas assistir à reuniões.

A gestão democrática deve estar impregnada por uma certa atmosfera que se

respira na escola, na circulação das informações, na divisão do trabalho, no

estabelecimento do calendário escolar, na distribuição das aulas, no processo de elaboração

ou de criação de novos cursos ou de novas disciplinas, na formação de grupos de trabalho,

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na capacitação de recursos humanos, etc. A gestão democrática é, portanto, atitude e

método. A atitude democrática é necessária, mas não é suficiente. Precisamos de métodos

democráticos de efetivo exercício da democracia. Ela também é um aprendizado, demanda

tempo, atenção e trabalho.

Desta forma, o Colégio Estadual “Carolina Lupion” pretende um trabalho

coletivo, onde todos os envolvidos são considerados cidadãos, atores participantes de um

processo coletivo de fazer educação. Educação que constrói a partir de sua organização e

processo de cidadania e democracia.

6.1.15- Administração Colegiada

“É preciso e até urgente que a escola vá se tornando um espaço acolhedor, e multiplicador

de certos gostos democráticos como o de ouvir os outros, não por puro favor, mas por

dever, o de respeitá-los, o da tolerância, o do acatamento às decisões tomadas pela maioria

a que não falte, contudo o direito de quem diverge de exprimir sua contrariedade.”

Paulo Freire

A gestão democrática é uma exigência da própria sociedade, pois esta a vê como

um dos possíveis caminhos para a democratização do poder na escola e na própria

sociedade.

A gestão democrática na escola produz efeitos culturais importantes. Contribui para

com o desempenho da comunidade escolar, ao permitir e reconhecer o patrimônio das

instituições educativas, bibliotecas e equipamentos, como um bem público comum,

expressão de valor reconhecido por todos, que ofereça vantagens e benefícios coletivos.

Assim, a comunidade aproxima-se da escola, contribuindo para a tomada de decisões e

permitindo transparência administrativa, gestão dos recursos financeiros e controle público

da suas ações e decisões.

"É através de uma administração colegiada que se pode garantir a participação de

todos os segmentos da comunidade escolar, a fim de que assumam papel de co-

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responsáveis pela construção do projeto pedagógico na escola. Assim, a comunidade

escolar vivencia situações de cidadania, próprias da dinâmica social e do papel do cidadão

nessa dinâmica."

A Escola Pública democrática é aquela em que os segmentos que a compõem –

pais, alunos, especialistas e funcionários - discutem e encaminham os rumos da política

educacional e do projeto político-pedagógico escolar. Baseado neste princípio, reuniu-se

todas as instâncias da escola para re-elaboração do PPP.

6. 1.16-Concepção de Formação Continuada

A formação continuada dos profissionais da educação, tornou-se uma meta das

políticas educacionais nos últimos anos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96,

ao tratar dos “Profissionais da Educação” estabelece no art.67 que:

Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação,

assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério

público: (...)II- aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento

periódico remunerado para esse fim; (...) IV progressão funcional baseada na titulação ou

habilitação, e na avaliação do desempenho; V- período reservado a estudos, planejamento

e avaliação, incluído na carga de trabalho...

A Formação Continuada dos Profissionais da Educação Pública deverá ser

garantida pelas Secretarias Estaduais e Municipais da Educação, cuja atuação incluirá a

coordenação, o financiamento e a manutenção dos programas como ação permanente e a

busca de parceria com universidades e instituições de Ensino Superior. Aquela relativa aos

professores eu atuam na esfera privada será de responsabilidade das respectivas

instituições.

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Sendo uma meta de Políticas Educacionais, reforçada no Plano Nacional de

Educação, garantindo pela Secretaria de Educação, como já vem sendo realizado, os

profissionais já estão participando de vários “Programas de Formação Continuada dos

Professores e Profissionais da Educação.”

A Secretaria de Estado da Educação do Paraná, ao se debruçar no Projeto Político

Pedagógico, estabelece como uma de suas metas a “Valorização dos Profissionais da

Educação” e, neste propósito, um “Programa de Formação Continuada dos Professores e

Profissionais da Educação.”

Nas últimas décadas os Profissionais da Educação, se depararam com

transformações gigantescas e muito rápidas, não estando suficientemente preparados para

lidar com tais mudanças, o mundo mudou, o avanço tecnológico, transformou com muita

rapidez o processo de informação. Tais mudanças afetaram e muito a vida destes

profissionais.

Surge a cada dia a necessidade de aprimoramento teórico, o acolhimento destas

novas informações com o único objetivo: o êxito na prática docente e também na

democratização do saber.

Para alterar a qualidade do trabalho pedagógico torna-se necessário que a escola

reformule o seu tempo, estabelecendo períodos de estudo e reflexão de equipes de

educadores, fortalecendo a escola como instância de educação continuada.

Considerando a importância da formação do professor na fundamentação de sua

prática pedagógica, evidencia-se também a organização da hora-atividade como espaço de

reflexão e crescimento do profissional.

6.1.17 - Concepção de Hora-Atividade

A Lei Estadual nº 13.807, de 30/09/2002, que institui os 20% de hora-atividade

como espaço, a Superintendente da Educação, considerando a Resolução nº 305/2004-

SEED, regulamentou a distribuição de aulas nos Estabelecimentos de Ensino da Rede

Estadual de Educação Básica e estabeleceu normas para atribuição da hora-atividade.

A hora-atividade é o tempo reservado ao professor em exercício de docência, para

estudos, avaliação e planejamento. A organização da hora-atividade deverá garantir carga

horária que permita ao professor a realização de atividades pedagógicas relacionadas ao

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exercício da docência, devendo favorecer o trabalho coletivo dos professores, priorizando

as experiências compartilhadas, tendo em vista o entrosamento dos professores do mesmo

ciclo, a formação de grupos de professores para o planejamento e desenvolvimento de

ações necessárias ao enfrentamento de problemáticas específicas diagnosticadas no interior

da escola.

Envolve também estudos e reflexões a respeito de atividades que caracterizam a

elaboração e implementação de projetos e ações, que visem a melhoria da qualidade de

ensino, propostos por professores, direção, equipe pedagógica e/ou NRE/SEED, bem como

o atendimento de alunos, pais e outros assuntos da comunidade escolar. Deverá permitir as

realização de atividades pedagógicas individuais, sem serem separadas do exercício da

docência.

Nesse sentido a escola deve encaminhar a hora-atividade como momento de

questionar o conteúdo e especificar suas múltiplas dimensões e faces a serem exploradas,

garantindo a interdisciplinariedade através de questões desafiadoras, que conduzem ao

saber elaborado e contribui na formação de cidadãos críticos e atuantes.

Dessa forma estabelecer com responsabilidade os espaços de discussões coletivas

dentro do espaço escolar, oportuniza o crescimento e o enfrentamento de tomadas de

decisões coerentes com o objetivo de traçar metas, trilhando caminhos que enriquecem e

fortalecem as relações dentro da escola.

Dentro de uma proposta pedagógica transformadora, é imprescindível haver na

escola um espaço reservado às trocas, ao repensar das práticas.

6.1.18- Concepção de Plano de Trabalho Docente

O Plano de trabalho docente é realizado pelos professores, e é uma oportunidade

de (re)elaboração da proposta pedagógica curricular. Sendo assim o PTD é elaborado por

disciplina e de acordo com as Diretrizes Curriculares, levando em consideração a realidade

da turma.

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50

6.1.19 Concepção de Reunião Pedagógica

VASCONCELOS (2002,p.150), menciona que é importante ter espaço de reflexão

sobre o planejamento durante o ano: o que está dando certo, o que está tendo dificuldade,

que mudanças podem ser feitas, etc. Este espaço pode ser tanto a reunião pedagógica

semanal quanto os momentos de Supervisão ( contato pessoal ou em grupos do professor

com a Coordenação Pedagógica).

Muitas vezes as reuniões pedagógicas nas escolas são utilizadas para recados e

orientações burocráticas. Percebemos a necessidade de resgatar os objetivos das reuniões

dentro de uma visão dialética e reflexiva, na qual a equipe pedagógica e o quadro de

professores e funcionários tenham um trabalho integrado e não hierarquizado, tendo como

principal meta a formação continuada dos professores e em consequência qualidade na

pratica educativa.

6.1.20- Concepção do Conselho de Classe

O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político-

Pedagógico da escolar e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de

analisar as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a

efetivação do processo ensino e aprendizagem.

A finalidade da reunião do Conselho de classe, após as informações e

dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e

aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos

conteúdos curriculares estabelecidos.

Parágrafo Único – É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar

as informações e dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe.

Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos,

procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação

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pedagógica-educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.

O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica,

onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem

alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar

necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.

O Conselho de Classe é constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a)

auxiliar, pela equipe pedagógica, por todos os docentes.

- Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a

coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s);

- Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de

direção, da equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa

de alunos e pais de alunos por turma e/ou série.

A convocação, pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias do

Conselho de Classe, deve ser divulgada em edital, com antecedência de 48

(quarenta e oito) horas.

O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em datas previstas em

calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário.

As reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Livro Ata, pelo(a)

secretário(a) da escola, como forma de registro das decisões tomadas.

São atribuições do Conselho de Classe:

- analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,

encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao

processo ensino e aprendizagem;

- propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de

estudos para a melhoria do processo ensino e aprendizagem;

- estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes

ao processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos,

em consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da escola;

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���� acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e

analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e

aprendizagem;

���� atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço

do aluno para série/etapa subsequente ou retenção, após a apuração dos

resultados finais, levando-se em consideração o desenvolvimento integral

do aluno;

���� receber pedidos de revisão de resultados finais até 72 (setenta e duas)

horas úteis após sua divulgação em edital.

6.2- Concepção de Tempo Escolar

No turno matutino, o horário é estabelecido em 4 horas fechadas de efetivo

trabalho escolar, iniciando-se às 7:30 min e encerrando-se ás 11:50min. Neste

turno está concentrada a oferta do Ensino Fundamental 5ª a 8ª série e Ensino

Médio, sendo que todos os espaços, no que concerne a salas de aula, são

ocupados por 8 turmas, divididas em 2 quinta série, 1 sexta série, 1 sétima série e

1 oitava série , um primeiro ano, um segundo ano e um terceiro ano do Ensino

Médio.

No turno vespertino, o Estabelecimento oferece Ensino Fundamental de 8

anos sendo 1 sala de 4 ano Ciclo Único, pois esta modalidade está sendo

substituída gradativamente pelo Ensino Fundamental de 9 anos que está sob

responsabilidade da esfera municipal. Um sala de 5ª série, uma sala de 6ª série e

uma sala de 7ª série.

Já no turno da noite, o Colégio oferta o Ensino Fundamental com uma

turma de 5ª série, uma turma de 6ª série, uma turma de 7ª série, uma turma de 8

série e 4 salas de Educação de Jovens e Adultos na modalidade Fundamental e

Médio. O curso da EJA também possui 05 salas descentralizadas no município.

O horário está estipulado com início às 19 h e término às 23h, com as 4

horas-relógio.

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Quanto aos horários das disciplinas no 2º segmento do Ensino

Fundamental e no Ensino Médio, optou-se pela carga horária de 50 minutos, cada

aula.

6.3- Organização Curricular

Na fase inicial do Ensino Fundamental o currículo, organizado por

atividades, contemplará a convergência dos conteúdos de várias disciplinas que

totalizarão o conjunto dessas atividades.

Aqui a alfabetização entra como processo fundamental para

instrumentalizar o aluno na inserção da cultura letrada. A aprendizagem de

Matemática é parte neste conjunto, pois trata-se de um conhecimento científico,

que é um bem cultural construído nas relações do homem com o mundo em que

vive, e no interior das relações sociais. Seus conteúdos serão organizados

através do estudo de números, medidas, operações, geometria. Estudos de

História, Geografia, e Ciências complementam a compreensão de tempo, espaço

e meio em que o indivíduo está atuando, e devem levar ao aluno os

conhecimentos de que agir convenientemente nesse meio, construir

conscientemente o espaço segundo a sua cultura e o tempo histórico atual fazem

parte do dever social e cidadão a que todos estão expostos. Noções de Arte e a

prática de Educação Física proporcionam o desenvolvimento de dois planos

individuais da criança: o interior, que trata a expressão artística de cada um, e o

exterior, pelo conhecimento do próprio corpo, nas questões de saúde e suas

possibilidades físicas, além da interação com o outro.

Nas séries finais do Ensino Fundamental, as disciplinas se organizam

também de forma a traduzir a realização dos objetivos para a Educação Nacional,

buscando-se evidenciar a dimensão social que a aprendizagem cumpre no

percurso de construção de cidadania, elegendo dessa forma conteúdos que

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tenham relevância social e que sejam potencialmente significativos para o

desenvolvimento de capacidades.

No Ensino Médio, as disciplinas encontram-se organizadas de forma a

atender os mesmos princípios determinados ao Ensino Fundamental, à

metodologia e à avaliação.

6.4- Matriz Curricular

NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 0360- CAMBARÁ

ESTABELECIMENTO: 00023 – COLÉGIO ESTADUAL D. CAROLINA LUPION – E.F.M

CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO:TARDE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

DISCIPLINAS SÉRIES CARGA HORÁRIA

B A S E

N A C I O N A

C O M U M

5ª 6ª 7ª 8ª H/A H/R

Arte (704) 2 2 2 2 320 267

Ciências (301) 3 3 3 4 520 433

Educação Física (601) 3 3 3 3 480 400

* Ensino Religioso (7502) 1 1 80 67

Geografia (401) 3 3 3 3 480 400

História (501) 3 3 4 3 520 433

Língua Portuguesa (106) 4 4 4 4 640 533

Matemática (201) 4 4 4 4 640 533

SUB TOTAL 22 22 23 23 3680 3066 P. D L.E.M – Inglês (1107) 2 2 2 2 320 267

SUB TOTAL 25 25 25 25 4.000 3.333

TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 3.333

TOTAL EM H/R 833 833 833 833 3.333

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Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 * Matrícula facultativa para o aluno.

NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 0360 - CAMBARÁ

ESTABELECIMENTO: 00023 – COLÉGIO ESTADUAL D. CAROLINA LUPION – E.F.M

CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: NOTURNO

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

DISCIPLINAS SÉRIES CARGA HORÁRIA B A S E

N A C I O N A

C O M U M

5ª 6ª 7ª 8ª H/A H/R

Arte (704) 2 2 2 2 320 267

Ciências (301) 3 3 3 4 520 433

Educação Física (601) 3 3 3 3 480 400

* Ensino Religioso (7502) 1 1 80 67

Geografia (401) 3 4 3 3 520 433

História (501) 4 3 4 3 560 467

Língua Portuguesa (106) 4 4 4 4 640 533

Matemática (201) 4 4 4 4 640 533

SUB TOTAL 23 23 23 23 3680 3066 P. D L.E.M Inglês (1107) 2 2 2 2 320 267

SUB TOTAL 25 25 25 25 4.000 3.333

TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 3.333

TOTAL EM H/R 833 833 833 833 3.333

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 * Não computado na carga horária da Matriz por ser facultativo para o aluno.

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NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 0360 - CAMBARÁ

ESTABELECIMENTO: 00023 – COLÉGIO ESTADUAL D. CAROLINA LUPION – E.F.M

CURSO: 0009–ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

DISCIPLINAS SÉRIES CARGA HORÁRIA

B A S E

N A C I O N A

C O M U M

1ª 2ª 3ª H/A H/R

Arte (704) 2 0 0 80 67

Biologia (1001) 2 2 2 240 200

Educação Física (601) 2 2 2 240 200

Filosofia (2201) 0 2 2 160 133

Física (901) 2 2 2 240 200

Geografia (401) 2 2 2 240 200

História (501) 2 2 2 240 200

Língua Portuguesa (106) 4 4 3 440 367

Matemática (201) 4 3 4 440 367

Química (801) 3 2 2 280 233

Sociologia (2301) 0 2 2 160 133

SUB TOTAL 23 23 23 2760 2300

P

D

L.E.M - Inglês (1107)

L.E.M - ESPANHOL (1108)

2

0

2

0

0

2

160

80

133

67

SUB TOTAL 25 25 25 3.000 2.500

TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 3.000 2.500

TOTAL GERAL EM H/R 833 833 833 2.500 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96

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6.5- Resolução CP n 17/06/2004

Resolução CP nº 1 de 17/06/2004 (Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana e Lei Complementar 11.645/08.

A sociedade brasileira, embora ainda enfrente impasses e contradições acerca

do reconhecimento de direitos aos quais todos os grupos humanos devem ter acesso,

apresenta, gradativamente, mudanças significativas.

No campo educacional, entre as medidas afirmativas que visam combater as

desigualdades sociais brasileiras, bem como propiciar desconstruções e construções

necessárias para práticas da promoção de igualdade racial, encontra-se a legislação

pertinente à Educação das Relações Étnico-Raciais. Um conjunto de documentos, que

mantendo cada qual sua especificidade, vislumbram desenvolver mudanças de olhares e

sentidos sobre a população negra brasileira e imprimir novas abordagens históricas, sociais

e culturais relacionadas ao continente africano. São essas :

1) A Lei nº 10.639/20039, que alterou os artigos 26-A e 79-B da LDB10 Lei nº 9394/96,

determinando a obrigatoriedade de estudos relacionados à História e Cultura Afro-

Brasileira nos diferentes níveis de ensino da educação básica, estabelecendo como

conteúdo programático nas disciplinas do currículo “o estudo da História da África e dos

Africanos , a uta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na sociedade

nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política

pertinentes a história do Brasil” (BRASIL, 2003).

2) O Parecer 003/2004 do Conselho Nacional de Educação-CNE/CP, que institui Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

3) E finalmente, no Paraná, a Deliberação 04/2006 do Conselho Estadual de Educação-

CEE, que prevê normas complementares para as citada Diretrizes. É importante destacar

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que todos esses documentos nasceram das reivindicações dos movimentos negros

organizados, comprometidos com uma educação anti-racista, e visam romper com modelos

e padrões pré-estabelecidos de uma educação excludente, eurocêntrica e hegemônica.

No Paraná, com o objetivo de ampliar a implementação de tal legislação nas

escolas da Rede Pública Estadual, a Secretaria de Estado de Educação, por meio da

Superintendência da Educação-SUED, expediu a Instrução nº 017/2006 SUED/SEED.

Entre seus objetivos, encontra-se o de apoiar a efetivação da Deliberação 04/2006-CEE. A

Instrução também prevê a criação de Equipes Multidisciplinares, “que poderá envolver a

direção, equipe pedagógica, professores/as e funcionários, para orientar e auxiliar o

desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e o Ensino

de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, ao longo do ano letivo”

(PARANÁ/SEED, 2006).

Dessa forma, é importante também salientar que tanto a Lei nº 10.639/2003 quanto os

demais documentos, além de promover o devido reconhecimento dessa parcela da

população para o desenvolvimento nacional, também têm entre suas metas garantir:

[...] o direito dos negros, assim como de todos os cidadãos brasileiros, cursarem cada um dos níveis de ensino, em escolas devidamente instaladas e equipadas, orientados por professores qualificados para o ensino de diferentes áreas de conhecimentos; com formação para lidar com as tensas relações produzidas pelo racismo e discriminações, sensíveis e capazes de conduzir a reeducação das relações entre diferentes grupos étnico-raciais entre eles descendentes de africanos, de europeus, de asiáticos, e povos indígenas. Estas condições materiais das escolas e de formação de professores são indispensáveis para uma educação de qualidade para todos, assim como é o reconhecimento e valorização da história, cultura e identidade dos descendentes de africanos (BRASIL/ CNE, 2004, p.11).

As ações formativas e políticas afirmativas da Secretaria de Estado da

Educação do Paraná-SEED no que diz respeito à implementação da legislação específica

nos últimos cinco anos caminharam no sentido de proporcionar espaços de diálogo,

vivências e conhecimento entre diversos sujeitos que compõem a sociedade paranaense.

Nesta trajetória, entende-se que os esforços para se efetivar o ensino da História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana perpassa pela formação continuada dos/as professores/as e pelo

comprometimento do Estado em efetivar ações que imprimam novos olhares acerca das

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relações étnico-raciais. O caminho estende-se desde a percepção da sua importância no

contexto histórico brasileiro ao estudo aprofundado da História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana, até as possibilidades de se trabalhar esses conteúdos no currículo escolar.

6.6- Lei 13.381/2001 ( obrigatoriedade do Ensino da História do Paraná)

A proposta metodológica da Disciplina de História a partir das histórias locais e

do Brasil para a Geral possibilita a abordagem da história regional, o que atende a Lei n.

13.381/01, a qual torna obrigatória, no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública

Estadual, o trabalho com os conteúdos de História do Paraná.

6.7 Lei nº 11788/2008 ( Lei do Estágio não obrigatório/toda organização pedagógica que

envolve estágio e estagiários)

De acordo com a Lei nº 11.788/2008, o estágio é o ato educativo escolar

supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa ao aprendizado de

competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular,

objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.

O objetivo do estágio não obrigatório é servir para que o aluno possa

desenvolver atividades que ajudem a sua formação escolar. Em outras palavras, o estágio é

uma atividade de complementação pedagógica. Qualquer aluno do ensino médio ou

profissional de escola pública estadual pode realizar o estágio, desde que tenha 16 anos ou

mais.

O estudante pode fazer seu estágio em qualquer empresa que estiver cadastrada

na Gerência Regional. Às vezes, o contato entre o estudante e a empresa é feito pelo

Orientador de Estágio - um funcionário da escola encarregado de cuidar do estágio - e às

vezes existe um Agente Integrador - uma empresa especializada em encontrar estágios para

os estudantes.

Quando estiver fazendo seu estágio, o estudante deverá ser responsável e

profissional como qualquer trabalhador: deverá ser pontual ao trabalho, não faltar e

cumprir suas atividades da melhor forma possível. Ele será avaliado pela empresa e pela

escola por isso.

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O estagiário também vai avaliar a empresa e todos os que acompanham o

estágio. Isso serve para evitar irregularidades e para garantir o melhor tratamento possível

aos estagiários; por isso, faça as avaliações de estágio sempre com muita responsabilidade.

A inserção do Estágio não obrigatório no Projeto Político pedagógico da escola

não pode contrapor-se à própria concepção de escola pública, ainda que o estágio seja uma

atividade que vise a preparação para o trabalho produtivo, conforme Lei nº. 11788/2008 a

função social da escola vai para além do aprendizado de competências próprias da

atividade profissional e, nesta perspectiva, vai para além da formação articulada às

necessidades do mercado de trabalho.

6.8- Ensino de Filosofia e Sociologia

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9.394/96, no art. 36, determinava

que, ao final do Ensino Médio, o estudante devera “dominar os conhecimentos

de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania”.

A proposta de mudança da Resolução CNE/CEB n. 03/98, no seu artigo 10o, § 2o,

enviada ao CNE, foi discutida em fevereiro e junho de 2006, sendo aprovada por

unanimidade pelo Conselho Nacional de Educação em julho do mesmo ano. Em agosto de

2006, o parecer CNE/CEB n. 38/2006, que tornou a Filosofia e a Sociologia disciplinas

obrigatórias no Ensino Médio, foi homologado pelo Ministério da Educação pela

Resolução n. 04 de 16 de agosto de 2006.

No Estado do Paraná, foi aprovada a lei n. 15.228, em julho de 2006, tornando a

Filosofia e a Sociologia obrigatórias na matriz curricular do Ensino Médio.

Estas disciplinas são ofertadas em nosso estabelecimento de ensino aos alunos do

Ensino Médio na forma de disciplina específica com carga horária de 02 horas/aulas

semanais.

6.9- Concepção das Ações Didático_ Pedagógicas

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As ações didática-pedagógicas visam melhorar a qualidade da educação

em nossa escola.

6.10- Concepções de Desafios Educacionais Contemporâneos

No Momento em que os estabelecimentos de ensino buscam cada vez mais oferecer

qualidade de ensino dentro de uma gestão democrática e participativa, a SEED

compreende que a escola é sabedora do grande desafio que é dado à area educacional em

relação aos problemas sociais, econômicos, políticos, culturais, ambientais, morais,

religiosos, enfim, todo assunto que é de interesse da comunidade escolar. Portanto ao

trabalhar os diversos desafios apresentados à escola hoje: a questão ambiental, a

sexualidade, a questão da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena, o uso de

drogas na escola, a questão da educação fiscal e a questão da violência na escola; os

professores estarão contribuindo no processo de desenvolvimento do aluno e na melhoria

da qualidade de vida.

Os professores dentre os seus limites e possibilidades devem proporcionar aos

educandos que os quesitos necessários para a formação de um cidadão participativo sejam

contemplados em seus dia-a-dia, com o uso de uma reflexão positiva sobre estes quesitos.

Nesse sentido, o professor, ao planejar sua ação precisa considerar de que modo às

capacidades pretendidas para os alunos são traduzidas em objetivos no interior do projeto

educativo da escola. São essas finalidades que devem orientar a seleção dos conteúdos e o

tratamento didático que estes receberão nas práticas educativas.

É importante trazer para sala de aula todo tipo de textos literário, informativo,

publicitário, dissertativo, uso de meios de comunicação como fonte de conhecimento e

informação, devem levar em consideração que os temas sejam trabalhados através da

problematização dos conteúdos. Torna-se importante que o professor ofereça oportunidade

de um conhecimento organizado de sua área, tendo sempre o cuidado de lançar mão de

uma didática que valorize a experiência do aluno, para tanto, há que se transformar a sala

de aula num espaço de debate permanente, num local onde o aluno deverá escutar a voz

do outro e, ao mesmo tempo adequar o seu discurso ao outro.

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A aprendizagem deverá apontar para uma perspectiva metodológica de ensino e

aprendizagem que busca o desenvolvimento da autonomia, a cooperação, a participação

social e a afirmação de valores e princípios democráticos. Cada conceito será abordado

através de textos com linguagem clara e acessível, os temas abordarão situações do

cotidiano em que são propostos problemas cujas resoluções envolverão os conceitos que

serão construídos. Conceitos esses que podem ir desde exercícios de fixação, resolução de

problemas, pesquisas, resumos, atividades extra-classe, com tarefas de casa, projetos,

dramatizações, exposições e feira de ciências.

A abordagem dos conhecimentos por meio de definições e classificações estanques

que devem ser decoradas pelo estudante contraria as principais concepções de

aprendizagem humana. Quando ha aprendizagem significativa, a memorização de

conteúdos debatidos e compreendidos pelo estudante é completamente diferente daquela

que reduz à mera repetição automática de textos cobrada em situação de prova.

Os conteúdos serão desenvolvidos de forma que cada tema trabalhado seja uma

oportunidade oferecida aos alunos para possibilitar um aprendizado eficiente. Através de

eixos norteadores e temáticas diferenciadas será permitida a conduta da

interdisciplinariedade e contextualização dos conhecimentos, proporcionando a formação

da identidade ética e política. Estas metodologias serão orientadas pelo professor.

6.11- Concepções de Diversidade

Baseado na Deliberação 04/06, a Educação das relações Étnico- Raciais tem por objetivo a

divulgação e produção de conhecimentos, assim como de atitudes, posturas e valores que

preparem os cidadãos para uma nova vida de fraternidade e partilha entre todos, sem as

barreiras estabelecidas por séculos de preconceitos, estereótipos e discriminação que

fecundaram o terreno para a denominação de um grupo racial sobre outro, de um povo

sobre outro. O ensino de História e Cultura Afro- Brasileira tem por objetivo o

reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afros- brasileiros, bem

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como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da

nação brasileira, ao lado das indígenas, europeias e asiáticas.

De acordo com a Lei nº 11.645 de 10/03/02008 que inclui no currículo oficial da

rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena, “ que altera Lei nº9394/96 de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei nº

10.639, de 09 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação

nacional.

Art. 1º O art.. 26-A da Lei nº9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a

seguinte redação:

“Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e ensino médio, público e

privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.

§ 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos

da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses

dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da Africa e dos Africanos, a luta dos

negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o

índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social,

econômica e política, pertinentes a história do Brasil.

§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos

indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial

nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.”

O Programa Paraná Alfabetizado em suas 3 primeiras edições já atendeu 130.000

pessoas. Em 2007, 4ª edição atendeu 85.333 mil pessoas, em 391 municípios, tendo como

objetivo em 2008 atender a mais 100 mil pessoas. O programa Paraná Alfabetizado é uma

ação do Governo do Estado e desenvolvido em parceria com o MEC/SECAD/Programa

Brasil Alfabetizado, associação dos municípios do Paraná, Prefeituras Municipais e demais

organizações governamentais e da sociedade civil.

O Programa fundamenta-se em Paulo Freire que entende que alfabetizar é ensinar a

ler a escrever a “Palavra mundo”, ou seja: quanto mais uma pessoa aprende a ler as letras,

palavras , histórias, cada vez mais ela aprende a ler a vida, o mundo. Freire diz também

que, para ensinar os ensinamentos da escola, o educador deve partir dos conhecimentos

que seus educandos trazem da escola da vida, priorizando a troca de saberes. Ler é muito

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mais do que juntar letras e ensinar a ler é muito mais do que ensinar o alfabeto e a

silabação.

No Paraná ¼ da população com 15 anos ou mais, se enquadra nos índices de

analfabetismo funcional. Superar o analfabetismo significa resgatar a dívida da sociedade

paranaense para com aquelas pessoas jovens, adultas ou idosas que não tiveram acesso à

escolarização e ou não possuem o domínio da escrita e da leitura. Superar o analfabetismo

é oferecer a essas pessoas o direito básico do acesso à educação pública e de qualidade.

De acordo com a Resolução nº 3683/2008, o Programa Viva Escola, assume com a

política pública as atividades pedagógicas de complementação Curricular, contempladas na

Proposta Pedagógica Curricular e desenvolvidas pelas escolas da Rede Pública do Paraná.

O Programa Viva Escola, oferece aos alunos atividades didáticas, esportivas e

culturais em horários alternativos as aulas, indo de encontro ao princípio da escola integral.

Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa contemplar

várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola em sua

prática, há necessidade da consciência de tais diversidades culturais, especialmente da sua

função de trabalhar as culturas populares de forma a levá-los à produção de uma cultura

erudita, como afirma Saviani”, a mediação da escola, instituição especializada para operar

a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultural

erudita; assume um papel político fundamental, “Saviani, apud, Frigotto,1994 p, 189).

Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita, cabe a

escola aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um espaço motivador, aberto e

democrático.

6.12- Concepção Curricular/ de Currículo

O currículo deve ser entendido como instrumento de compreensão do mundo,

de transformação social e de cunho político pedagógico, ou seja, a cultura e o saber da

comunidade fazem parte da vida do estudante a ponto de constituírem a educação com a

qual ele chega à escola. O currículo deverá ser descrito como um projeto educacional

planejado e desenvolvido a partir de uma seleção da cultura e das experiências das quais

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deseja-se que as novas gerações participem, a fim de socializá-las e capacitá-las para ser

cidadãos solidários, responsáveis e democráticos. Toda instituição escolar quer estimular e

ajudar os alunos a compreender e comprometer-se com a experiência acumulada pela

humanidade e, mais concretamente, com a sociedade na qual vivem.

Segundo Santomé, "O currículo deve visar o preparo do alunado para a

cidadania crítica e ativa, para serem membros solidários e democráticos de uma sociedade

similar. Para isso, a seleção de conteúdos curriculares deve promover a construção de

conhecimentos, destrezas, atitudes, valores e normas necessárias a uma cidadania

consciente. Trata-se de favorecer uma reconstrução reflexiva e crítica da realidade,

tomando como ponto de partida as teorias, os conceitos, os procedimentos, os costumes,

etc., que existem nessa comunidade... Para isso há que se prestar atenção não só nos

conteúdos curriculares, mas, também, nas estratégias de ensino e de aprendizagem, bem

como nos procedimentos de avaliação empregados".

Alguns princípios que poderão embasar nossas reflexões na construção

curricular são os seguintes:

- Propiciar ferramentas teóricas e práticas, através dos conteúdos das diversas

áreas do conhecimento, que capacitem não apenas os educandos como também os demais

sujeitos escolares.

- Respeitar e incentivar a liberdade de pensamento, a discussão, a capacidade

argumentativa, o gosto e o reconhecimento da importância do debate no interior da escola.

- Organizar os programas através de conteúdos socialmente significativos,

permitindo compreender a dinâmica e as relações existentes entre os diversos aspectos da

realidade, numa interpretação dialética.

- Criar o entendimento sobre a necessidade de estudo permanente e de

formação contínua e atualizada - o gosto e o hábito de pesquisar e de aprender - para

desenvolver a autonomia intelectual e superar a dependência das informações e das

elaborações da dominação cultural burguesa.

- Permitir aos sujeitos escolares conhecerem e vivenciarem as manifestações

populares, compreendendo as relações de interdependência entre as culturas e sem

qualificar uma delas como superior;

- Possibilitar a prática da solidariedade, respeitando e incentivando a

diversidade cultural.

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- Incentivar a auto - organização dos sujeitos escolares, trabalhando a

participação coletiva nos processos de estudo.

- Assegurar as alegrias do presente ( e não apenas pensar nas promessas do

futuro) pois, quando a escola consegue proporcionar o prazer de se aprender no momento

atual, as crianças e os jovens irão pressentir o prazer de aprender sempre.

A escola é o espaço para que a criança tenha acesso aos conhecimentos

produzidos pelo conjunto da humanidade de forma sistematizada. É, portanto, democrático

que ela seja espaço de socialização de um conhecimento que possibilite a todos os

envolvidos compreender as contradições do real para modificá-lo. É nesta compreensão

que se situa a intencionalidade do papel da escola, que não é trabalhar no acaso, na

espontaneidade, no experimentalismo e no vazio do pragmatismo do cotidiano. É neste

pressuposto que se situa a defesa pela “unidade na diversidade”. Pessoas, sujeitos e

comunidade, diversos e diferentes têm igualmente a necessidade de aprender – nem mais e

nem menos.

Desta forma, a democracia na escola se fundamenta, sobretudo, na socialização

do conhecimento. É democrático que o conhecimento possa ser para todos. Este “todo’, ou

seja, este coletivo, envolve toda a comunidade escolar, tomada em sua especificidade:

alunos, professores, direção, equipe pedagógica, pais, funcionários, caciques, enfim todos

os que tenham na escola a expressão de sua necessidade e identidade. A comunidade

escolar, constituída por seus sujeitos - determinantes e determinados pelas questões sociais,

econômicas, políticas, culturais, geográficas, locais e históricas, têm necessidades e

expectativas no âmbito do papel da escola. Contudo, as demandas que incidem sobre a

escola devem ser refletidas e até ponderadas no limite e na forma como ela (a escola) pode

ou não se responsabilizar pelas questões, que muitas vezes estão nela, mas não são

inerentes a ela, como por exemplo: as desigualdades sociais, a falta de emprego, a fome, a

violência, a miséria, o preconceito, a discriminação e a exclusão. É na escola que estas

questões convivem ou colidem. Elas expressam, portanto, desafios a se enfrentar, os quais,

muitas vezes revelam um enfrentamento que é histórico, cultural e social. Embora estas

questões não possam ser resolvidas no espaço escolar, devem ser discutidas para que

possamos pensar na possibilidade de se construir uma outra história que, obrigatoriamente,

é coletiva. Estas questões não podem ser tomadas e/ou discutidas no vazio do senso

comum e na espontaneidade. A escola não é espaço de terapias, mas de conhecimento e

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encaminhamentos que só podem ser feitos a partir dos fundamentos necessários para

pensar na sua ação. Estes fundamentos estão postos na concepção de educação que vai ao

encontro das necessidades daqueles que estão na escola pública e, portanto, vivem do seu

trabalho. Esta concepção não é da SEED, nem de um ou outro governo, o que a define é a

necessidade histórica da escola pública e, de seus sujeitos, como espaço de ensinar e

aprender.

A opção político-pedagógica por um currículo organizado em disciplinas que

devem dialogar numa perspectiva interdisciplinar requer que se explicite qual concepção

de interdisciplinaridade e de contextualização o fundamenta, pois esses conceitos transitam

pelas diferentes matrizes curriculares, das conservadoras às críticas, há muitas décadas.

Nas DCEs as disciplinas escolares, são entendidas como campos do

conhecimento e se identificam pelos respectivos conteúdos estruturantes e por seus

quadros teóricos conceituais. Considerando esse constructo teórico, as disciplinas são o

pressuposto para a interdisciplinaridade.

A partir das disciplinas, as relações interdisciplinares se estabelecem quando:

- conceitos, teorias ou práticas de uma disciplina são chamados à discussão e

auxiliam a compreensão de um recorte de conteúdo qualquer de outra disciplina;

- ao tratar do objeto de estudo de uma disciplina, buscam-se nos quadros

conceituais de outras disciplinas referenciais teóricos que possibilitem uma abordagem

mais abrangente desse objeto.

Assim, estabelecer relações interdisciplinares não é uma tarefa que se reduz a

uma readequação metodológica curricular, como foi entendido, no passado, pela pedagogia

dos projetos. A interdisciplinaridade é uma questão epistemológica e está na abordagem

teórica e conceitual dada ao conteúdo em estudo, concretizando-se na articulação das

disciplinas cujos conceitos, teorias e práticas enriquecem a compreensão desse conteúdo.

A interdisciplinaridade está relacionada ao conceito de contextualização

sóciohistórica como princípio integrador do currículo. Isto porque ambas propõem uma

articulação que vá além dos limites cognitivos próprios das disciplinas escolares, sem, no

entanto, recair no relativismo epistemológico. Ao contrário, elas reforçam essas disciplinas

ao se fundamentarem em aproximações conceituais coerentes e nos contextos sócio-

históricos, possibilitando as condições de existência e constituição dos objetos dos

conhecimentos disciplinares.

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De acordo com Ramos (p. 1, s/d),

Sob algumas abordagens, a contextualização, na pedagogia, é compreendida como a inserção do conhecimento disciplinar em uma realidade plena de vivências, buscando o enraizamento do conhecimento explícito na dimensão do conhecimento tácito. Tal enraizamento seria possível por meio do aproveitamento e da incorporação de relações vivenciadas e valorizadas nas quais os significados se originam, ou seja, na trama de relações em que a realidade é tecida.

Esta argumentação chama a atenção para a importância da práxis no processo

pedagógico, o que contribui para que o conhecimento ganhe significado para o aluno, de

forma que aquilo que lhe parece sem sentido seja problematizado e apreendido.

6.12.1- Relação professor- aluno;

Segundo FREIRE (1996: 96), “o bom professor é o que consegue, enquanto fala,

trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um

desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque

acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas,

suas incertezas”.

A relação entre professor e aluno depende, fundamentalmente, do clima

estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade de

ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o

seu conhecimento e o deles. O professor, educador deve buscar educar para as mudanças,

para a autonomia, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a formação de um cidadão

consciente de seus deveres e de suas responsabilidades sociais.

6.12.2- Intervenção constante do professor no processo ensino-aprendizagem;

O professor hoje é aquele que ensina o aluno a aprender e a ensinar a outrem o que

aprendeu. Neste desenvolver do ensinar muitas são as intervenções necessárias para que se

efetive a aprendizagem e o professor é o principal agente destas intervenções que podem

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ser através de retomada de conteúdos, mudança de metodologia, exercícios diversificados,

jogos, brincadeiras etc...

6.12.3- Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática

em sala de aula;

"Aqueles que dominam o conhecimento intervêm nas relações sociais, ao fazer que

um mundo determinado se aceite ou se transforme, isto é, que o domínio da teoria não

pode ser desligado das práticas sociais" ( Sacristán, 1999, p.25).

Em cada curso de formação continuada os professores adquirem novos

conhecimentos e aperfeiçoamentos, sendo assim possíveis levarem novos conhecimentos e

metodologias para melhoria de sua prática em sala de aula.

6.13- Concepção de Avaliação

A revisão das normas gerais para avaliação do aproveitamento escolar, recuperação

de estudos e promoção de alunos, do Sistema Estadual de Ensino, em nível da educação

básica, é parte do processo de atualização das legislações existentes, que este Conselho

Estadual de Educação efetiva, com a finalidade de compatibilização ao estabelecido na lei

nº 9394/96, que fixa as diretrizes e bases da educação nacional.

A Deliberação nº 033/87- CEE, até então vigente, é muito adequada em seu

conteúdo teórico, podendo-se afirmar que a indicação que acompanha o documento revela

um estudo que se mantém atualizado ao texto da atual lei de educação. Dessa forma

repetimos a conceituação expressa na citada Deliberação:” ... é preciso acrescentar que a

avaliação hoje se aplica não somente ao nível da aprendizagem do aluno, mas também do

aperfeiçoamento do ensino e da reformulação do currículo. Apresenta-se portanto como

um elemento necessário em diferentes níveis do planejamento, exercendo nesses níveis a

função diagnóstica e formativa.

Com isso pretende-se ultrapassar definitivamente a concepção de avaliação na

função de certificação e seleção que vinha exercendo dentro de um contexto clássico de

ensino cartorial e seletivo.

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70

6.13 1- Conceito

A avaliação escolar tem por objetivo auxiliar o educando no seu crescimento, no

seu desenvolvimento pessoal, fazendo sua integração consigo mesmo, ajudando-o na

apropriação dos conteúdos significativos (conhecimentos, habilidades, hábitos e

convicções). Pelo diagnóstico, a avaliação fornece suporte ao educando no processo de

assimilação dos conteúdos e no seu processo de constituição de si mesmo como sujeito

existencial e como cidadão.

“ A avaliação é um momento privilegiado da construção do conhecimento e da formação

do aluno. Ela esta presente desde a “situação-problema” escolhida como ponto de partida

para a reconstrução do conhecimento, passando pelos elementos teóricos, as hipóteses de

solução e a reconstrução da realidade. Será centrada no aluno e em sua capacidade de

aprender, de ser, de fazer e de conviver.”

BORDIGNON, 2003

6.13.2- Indicadores de Aprendizagem

A Periodicidade de registro de avaliação é bimestral, e ou ao final de % de aulas

dadas (EJA) obedecendo a critérios estabelecidos no Regimento Escolar que consta da

seguinte somatória: 4,0 quatro referente a atividades diversificadas e 6,0 resultante de no

mínimo 02 avaliações que totalizam uma nota final de dez(10,0).

6.13.3- Critérios de Promoção

De acordo com DEPRESBITERIS (2007, p.37) “os critérios são princípios que servirão

de base para o julgamento da qualidade dos desempenhos, compreendidos aqui, não apenas

como execução de uma tarefa, mas como mobilização de uma série de atributos que para

ela convergem”.

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71

Da análise do inciso V, do artigo 24 da Lei nº9394/96, que estabelece a organização

da educação básica, verifica-se que o rendimento escolar deverá seguir critérios

estabelecidos:

a) avaliação diagnóstica, contínua e cumulativa do desempenho do aluno.

Com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos

resultados ao longo do período sobre os de eventual provas finais;

b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;

c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do

aprendizado;

d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;

e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao

período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem

disciplinados pela instituições de ensino em seus regimentos.”

Com muita clareza a Lei define que a avaliação não pode ser aceita como

simples instrumento classificatória, mas de acompanhamento da construção da

aprendizagem, indicando um processo contínuo e cumulativo, que venha incorporar

todos os resultados obtidos durante o período letivo. Aponta a possibilidade de

aceleração de estudos para os alunos que apresentam atraso escolar, situação que

merece projeto próprio, com aprovação específica deste Conselho Estadual de

Educação, para que não se corram riscos da simplificação de estudos, pretende-se a

qualidade de ensino para a quantidade de alunos aprovados.

6.13.4- Periodicidade de Registro da Avaliação

Os professores avaliam de forma diagnóstica, no processo ensino aprendizagem,

aproveitando toda forma de conhecimento do aluno. As técnicas de avaliação mais

utilizadas são as provas objetivas e subjetivas, trabalhos e pesquisas desenvolvidos em sala

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de aula ou extra-classe, participação das atividades diárias, debates, estudo, análise de

textos e apresentações dos resultados, atividades em grupos entre outros. O sistema é feito

por nota avaliado de 0 a 10,0 (zero a dez).

No Ensino Fundamental, séries iniciais, o sistema de registro do rendimento do

aluno é descritivo. Há o parecer final para o termino do Ciclo Único, uma vez que o ciclo

corresponde ao período de dois anos. No parecer final ou parcial, é registrado todo o

conhecimento que o aluno obteve naquele ano e em cada disciplina. Nesse caso, o aluno,

quando não atinge os objetivos propostos poderá ficar retido apenas no 2º ano do Ciclo

Único.

A Periodicidade de registro de avaliação é bimestral, e ou ao final de % de aulas

dadas (EJA) obedecendo a critérios estabelecidos no Regimento Escolar que consta da

seguinte somatória: 4,0 quatro referente a atividades diversificadas e 6,0 resultante de no

,mínimo 02 avaliações que totalizam uma nota final de dez(10,0).

6.13.5- Resultado da Avaliação

Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos próprios,

afim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar. Estes

resultados servem para que o corpo docente possa refletir e avaliar suas atuações em sala

de aula e desta maneira intervir onde for necessário.

6.13.6- Encaminhamentos e Ações Concretas

A Escola solicita serviços de psicólogos, quando se percebe que as dificuldades

possam advir de distúrbios de ordem mental ou emocional; e Assistentes Sociais, quando

se detecta casos de desajuste familiares que interfiram na aprendizagem contínua. Nas 5ª

série, utiliza-se o esquema de monitoramento entre os próprios alunos, durante as aulas,

como forma alternativa de se chegar a aprendizagem através da visão diferenciada sobre

conteúdos que um aluno, muitas vezes, consegue reter e passar a outro com mais

facilidade.

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73

6.13.7- Procedimentos de Recuperação de Estudos

A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento

contínuo pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispões de condições que

lhes possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.

A recuperação concomitante, encaminhamento de caráter pedagógico, destinada a

todos os alunos com aproveitamento escolar insuficiente, é ofertada obrigatoriamente por

este Estabelecimento de Ensino, de forma paralela, contínua e progressiva durante o

período letivo, visando melhoria do aproveitamento escolar e aperfeiçoamento do

currículo.

O Planejamento para recuperação será elaborado pela equipe pedagógica e corpo

docente. Todos os procedimentos de recuperação comprometem-se com os registros dos

mesmos, observados os aspectos abaixo indicados:

• retomada do conteúdo anterior;

• atendimento a dúvidas;

• orientações sobre avaliações na disciplina;

• exercícios adicionais de compreensão;

• tarefas de casa com correção e revisão em sala de aula;

• informação aos pais sobre a evolução do quadro e dificuldades do aluno, com o

registro do encontro devidamente assinado pela escola e pela família;

• orientações especiais sobre “como estudar”;

• convocação dos pais e do aluno para orientação especial quando, apesar de

todos os esforços, as dificuldades do aluno persistirem;

• conscientização dos alunos da mudança de paradigma no que se refere à

recuperação e da necessidade de estudar desde o início do ano letivo.

6.14- Planos de Avaliação

6.14.1- Adaptação Curricular

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A adaptação de estudos vem amparar o aluno que, na eventualidade de

transferência de cursos e consequente readequação curricular, possa dar continuidade

normal ao curso, ao mesmo tempo em que supre as deficiências do currículo anterior com

relação ao atual. A adaptação está prevista no Regimento Escolar e é determinada através

de um plano de trabalho elaborado pelo professor da disciplina com vistas a dar, ao aluno,

subsídios necessários naquela disciplina para desenvolver-se dentro do novo contexto.

6.14.2- Dependência

São disciplinas pendentes(reprovadas) de um ano para o outro e devem serem

cumpridas durante o curso para que se obtenha o direito a certificação. Este

estabelecimento oferecerá dp somente para as transferências recebidas com progressão

parcial.

6.14.3- Progressão Parcial

O regime de progressão parcial dá novas oportunidades ao aluno que, retido em até

três disciplina, em regime seriado, poderá cursá-las subsequente e concomitantemente às

séries seguintes.

Este estabelecimento de Ensino não oferta a Progressão Parcial, mas as

transferências recebidas de alunos com dependência em até 3(três) disciplinas serão aceitas

e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.

6.14.4- Recuperação

A recuperação de estudos é um direito dos alunos, independentemente do nível de

apropriação dos conhecimentos básicos; dar-se á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino e aprendizagem.

6.14.5- Classificação/ Reclassificação

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O exame de classificação e reclassificação é, um meio pelo qual a escola permite

ao aluno oportunidades de recuperar o tempo escolar, devido ao atraso nas séries por

repetência ou abandono de cursos, fazendo com que sua idade seja avançada para a série

em que cursa. Assim, observando-se o nível de sua escolaridade anterior e, passando o

aluno pelo exame de classificação ou reclassificação com bom desempenho e atendendo a

todos os quesitos, pode adiantar-se em uma série e, assim suprir a defasagem escolar em

que se encontrava com relação à faixa etária, resultando num estímulo maior à

aprendizagem.

6.14.6- Avaliação Final (após o término do ano letivo)

Após o término do ano letivo equipe diretiva e pedagógica analisam os gráficos de

aprovação, reprova e desistência ocorridos durante o ano e traçam metas para possíveis

melhorais para o ano vindouro.

6.14.7- Procedimentos de informação aos Pais.

Os pais ou responsáveis têm direito ao conhecimento do processo pedagógico, bem

como de participar da definição das propostas educacionais; por si mesmos ou por seus

representantes do Conselho Escolar e de requerer cancelamento de matrícula ou

transferência nos termos do Regimento Escolar.

As informações referentes a aprendizagem escolar é feita bimestralmente através

dos boletins escolares e reuniões pedagógicas.

Todos esses processos –adaptação, progressão parcial, recuperação paralela –

classificação e reclassificação – são postos em prática com a devida documentação que

integra a pasta individual do aluno, para que sua situação escolar fique regularizada.

7- MARCO OPERACIONAL

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7.1- Plano de ação

7.1.1- Objetivos, metas, ações administrativas, financeiras e políticas pedagógicas;

A equipe administrativa e pedagógica estará trabalhando em conjunto para

contribuir com o crescimento e desenvolvimento do processo educativo em todos os seus

âmbitos.

Objetivamos com isto:

Exercer uma gestão democrática com clareza, envolvimento e participação de

todos, com direitos e oportunidades em busca de uma educação compatível com uma

sociedade multicultural e pluriétnica voltada para a cidadania.

Colaborar com os docentes na elaboração de suas atividades.

Acompanhar a aprendizagem dos alunos cuidando para que estes tenham um bom

desenvolvimento cultural social e psíquico.

Para isto tais ações estarão sendo desenvolvidas:

Promover eventos que garantam a participação e envolvimento dos pais e comunidade.

Resgatar e valorizar a cultura, o lazer e a arte de brincar, através de oficinas.

Formar grupos de estudos entre alunos, com monitoramento dos professores.

7.1.2- Escola de Superação

Com o objetivo de recuperar e melhorar a qualidade do ensino em nosso colégio,

durante este ano estaremos trabalhando de modo diferenciado com nossos alunos,

procurando recuperá-los após cada avaliação, visando sempre o conhecimento e a

importância do mesmo na vida de nossos discentes. Para alcançarmos nossos objetivos a

participação dos pais é de fundamental importância.

7.1.3- PDE – Escola

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77

O Colégio está aplicando a verba relativa ao PDE- Escola conforme as metas

estabelecidas com o objetivo de sanar os problemas detectados.

Com este propósito a avaliação deverá acompanhar o desempenho do aluno no

presente, orientar as possibilidades do desempenho no futuro e mudar as práticas

insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas

práticas educativas.

7.1.4- Facilitadores da aprendizagem

Os docentes fiéis a nova consciência profissional, vem reinventando formas de

organizar o seu trabalho e reforçando no coletivo novas formas e metodologias para

facilitar a aprendizagem de nossos alunos.

Quando o professor ministra uma aula, deve estar na verdade, facilitando a

aprendizagem dos alunos, estimulando-os na busca de dados, informações e conteúdos, na

expectativa de que eles próprios os utilizem na construção do seu conhecimento. A

apresentação dos conteúdos deve ser contextualizada com exemplos profissionais, de tal

forma que o aluno percebe seu significado, pois é natural que ele rejeite as informações

que julgar sem utilidade, por não criar com ela um elo afetivo. Aprende-se com mais

facilidade o que for utilizado na vida ou na profissão. Todo aluno aprende quando percebe

o significado de determinado assunto, é importante que todo o corpo docente motive os

alunos para não estudarem preocupados com a prova, mas com o conhecimento que

adquirirão.

Podemos ressaltar que o professor é o principal responsável pela facilitação da

aprendizagem dos alunos, mas há outros que recursos que os auxilia nesta tarefa tais como

as tecnologias.

7.1.5- Discussão continuada e coletiva da própria prática pedagógica

Nas reuniões pedagógicas são discutidas sobre práticas, metodologias, disciplina

pois neste momento a troca de experiências nos auxilia muito nos trabalhos em sala de

aula.

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78

O conselho de classe é uma extensão da discussão continuada e coletiva das

práticas pedagógicas efetivadas em sala de aula, onde é possível fazer uma reflexão e uma

retomada ou mudança da prática pedagógica.

7.1.6- Intervenção constante do professor no processo de aprendizagem do aluno;

A escola incentiva a prática pedagógica fundamentada em diferentes metodologias,

valorizando concepções de ensino, de aprendizagem e de avaliação que permitam aos

professores e alunos conscientizarem-se de uma transformação emancipadora. Dessa

maneira os professores sabem que precisam atender igualmente aos alunos, seja qual for

sua necessidade de aprendizagem.

Para promover a aprendizagem dos conhecimentos que cabe à escola ensinar, para

todos, sendo assim, incentivamos nossos professores a fazer intervenções constantes após

ensinar cada conteúdo, para se certificar se os alunos estão ou não dominando “tal”

conhecimento.

Ao perceberem que não houve aprendizagem devem buscar metodologias

diferenciadas para que o aluno domine os conteúdos apresentados, pois para nós é muito

importante que nossos professores avalie o conhecimento de seus alunos, percebam o que

eles não dominaram e volte o conteúdo, quantas vezes for necessário, com metodologias

diferentes, para que o aluno com dificuldade consiga aprender o conteúdo ensinado.

7.1.7- Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática

em sala de aula

Em sua prática docente, os professores trabalham com os saberes de sua disciplina,

com a tecnologia e com a complexidade social na qual a escola está inserido. O

compromisso do professor não está apenas com a difusão do conhecimento já formulado,

mas também com a pesquisa, e produção do conhecimento escolar, visando aprimorar o

seu saber docente na perspectiva de tornar-se professor autor.

Sendo assim, quanto mais capacitados melhores condições terão de desenvolver

suas práticas em sala de aula.

7.1.8- Mudanças significativas a serem alcançadas

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79

Visando a melhoria e qualidade do ensino de nossos alunos, e com as ações

previstas no PDE- Escola para este ano almejamos alcançar um número maior de

permanência e aprovações.

7.1.9- Organização da Hora-Atividade, reuniões pedagógicas e conselhos de classe

A organização da hora-atividade não pôde ainda ser estabelecida com critérios bem

definidos em virtude da flexibilidade que se tem, devido a rotatividade de professores. Mas

faremos o possível para estar atendendo o Of. Circular 252/05 tendo desta maneira uma

H/A mais produtiva, pois será possível troca de experiência entre os docentes da mesma

disciplina.

Ensino Fundamental e Ensino Médio , os professores terão este tempo destinado a

correção de atividades discentes, troca de experiências, estudos e reflexões a respeito de

atividades que envolvam a elaboração e implementação de projetos e ações que visem a

melhoria da qualidade de ensino, bem como o atendimento de alunos, pais e comunidade.

As reuniões pedagógicas serão realizadas no início da Semana Pedagógica e depois

bimestralmente, sendo coordenada pela equipe pedagógica, com a participação de

professores e funcionários, onde serão efetuados estudos; troca de experiências; reflexões;

com a intenção do aprimoramento de seus trabalhos e crescimento pessoal.

O Conselho de Classe importante para que todos os professores conheçam seus

alunos na totalidade. Em primeiro lugar será realizado o Pré-Conselho onde a equipe

pedagógica entregará para cada professor uma ficha, visando o levantamento de dados dos

alunos com dificuldades de aprendizagem, que servirá de tabulação para reflexão no

Conselho de Classe. Este será realizado no final de cada bimestre para avaliar o trabalho da

escola, o rendimento da turma e para traçar uma forma de avanço como melhoria de

qualidade no aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem. Após um período de

aulas, onde o professor começa a conhecer seus alunos e detectar suas dificuldades, deverá

registrar, juntamente com o pedagogo como um pré-conselho de classe.

7.1.10- Recuperação de Estudos

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A recuperação dos estudos dos alunos se fará de modo concomitante as atividades

normais da sala de aula, contando com a atuação do professor no sentido de atuar

diretamente junto ao aluno, com atividades bem planejadas e apresentadas. Elaborando

atividades com criatividade e sem grandes dificuldades, mesclando os interesses dos

alunos com os conteúdos; devendo ser considerado as necessidades e possibilidades dos

alunos para não prejudicar a auto-estima.

7.1.11- Plano de Trabalho Docente

O PPP, o PPC e o PTD são documentos pedagógicos e precisam estar interligados

para que os objetivos sejam atingidos.

O PPP é um documento elaborado pelo coletivo da escola e mostra a realidade,

objetivos e anseios da escola, a partir dessa realidade e anseios os professores elaboram sua

PPC sempre levando em conta ao tipo de cidadãos que queremos formar; e o PTD é a

concretização do trabalho do professor em sala de aula.

7.1.12- Diretrizes para a avaliação geral de desempenho

A SEED envia as escolas duas vezes ao ano Avaliação Diagonal onde aspectos

com assiduidade, produtividade, participação e pontualidade são avaliados, além deste

instrumento dentro da própria escola todos os seguimentos são observados e avaliados

entre si, pelo Conselho Escolar e Comunidade.

7.1.13- Ações envolvendo outras instituições

Dentre as ações didático-pedagógicas muitas precisam do envolvimento de outras

instituições. Sendo assim a escola em parceria com Industrias, Usinas e Comércio

promove passeios, visitas técnicas etc.

7.1.14- Recursos Financeiros

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Os recursos são repassados à escola de acordo com o seu porte.

São 10 (dez) parcelas do Fundo Rotativo e 1 parcela do programa Dinheiro Direto

na Escola ( PDDE ) .

Dos recursos do Fundo Rotativo é feita uma reunião com o Conselho Escolar e

APMF onde se estabelece as necessidades e prioridades e gerenciando os recursos,

seguindo as normas e datas para entrega das prestações de conta para o Núcleo Regional de

Ensino para a sua apreciação e correção se estiver faltando alguma coisa, já o PDDE é

reunido o Conselho Escolar para apresentar o destino dos recursos e o apreciação com o

objetivo de mostrar transparência nos recursos públicos.

A verba do PDE- Escola, seus gastos já foram todos definidos e está sendo

empregados de acordo com o estabelecido na Sistematização das Despesas de Custeio e

Capital ( em anexo).

7.1.15- Organização Interna da escola/colégio

COMPETE AO PROFESSOR REGENTE E CO-REGENTE:

1 – Planejar suas ações pedagógicas visando atender às necessidades de

aprendizagem dos alunos, na sua diversidade. Nesse sentido, o professor

deve dar ênfase ao trabalho com pequenos grupos na sala para atender essas

necessidades, dentro ou fora da sala de aula.

2- Manter contato permanente com o co-regente( auxiliar de regência), com

o coordenador e com o professor do contra-turno, discutindo e

acompanhando os avanços de aprendizagem de cada aluno;

3- Estabelecer vínculo com a família do aluno para conhecimento e

acompanhamento efetivo da criança;

4- Realizar avaliação diagnóstica, contínua, cumulativa, formativa e

processual, evitando a classificação e compreendendo a importância de se

realizar avaliação descritiva. Nesse sentido, evitar a elaboração de pareceres

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padrão que estigmatizam os alunos em categorias como: fracos, médios e

fortes;

5- Participar do processo de elaboração e implementação da proposta

pedagógica da escola, conhecendo seus fundamentos, princípios e proposta

curricular, propondo sugestões e/ou alterações, quando necessárias.

Responsabilizar-se pelo processo do ensino-aprendizagem, respondendo

pelo sucesso ou fracasso dos alunos.

COMPETE A EQUIPE PEDAGÓGICA

1- Articular todo processo pedagógico, planejando com o professor regente,

o co-regente, apontando possibilidades para uma metodologia adequada

às necessidades dos alunos;

2- Discutir com os professores ( regente, co-regente) sobre as dificuldades

individuais apresentadas pelo aluno, propondo formas de trabalho para

que durante o processo, essas dificuldades possam ser superadas;

3- Organizar os grupos de alunos para o Atendimento tanto com o professor

como com o co-regente;

4- Manter contato permanente com o professor regente, co-regente

acompanhando o encaminhamento pedagógico dos alunos, bem como os

avanços de aprendizagem de cada um;

5- Na função de coordenador do CBA, interagir com o professor regente e

co-regente, na sala de aula ou em outros espaços, atendendo grupos de

alunos com dificuldades específicas;

6- Inteirar-se do motivo das faltas dos alunos, tanto no turno, comunicando e

buscando soluções junto aos pais ou órgão competentes;

7- Organizar sistematicamente reuniões de estudo ( nas horas-atividades,

reuniões pedagógicas, etc.) para discutir: concepção de ensino-

aprendizagem, ensino na perspectiva dos ciclos de alfabetização,

disciplinas escolar, reorganização de tempos, espaço e prática pedagógica;

8- Acompanhar o desempenho dos conteúdos através do Livro registro bem

como assiná-lo

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COMPETE AO DIRETOR E VICE DIRETOR

Na função de diretor, garantir momentos para estudo e reflexão acerca do processo

de ensino-aprendizagem, bem como a articulação de todo o trabalho pedagógico da escola.

1- planejar e propor projetos inovadores;

2- cumprir e fazer cumprir as leis de ensino e as disposições do presente

Projeto Político Pedagógico;

3- representar oficialmente o Colégio perante a sociedade, as autoridades e

a Entidade Mantenedora;

4- superintender os atos escolares que dizem respeito à administração, ao

ensino e à disciplina do Estabelecimento;

5- convocar e presidir reuniões;

6- delegar tarefas;

7- receber, informar e despachar petições e documentos, encaminhando-os

`{as autoridades competentes, quando for o caso;

8- rubricar e assinar os documentos oficiais do Colégio;

9- aplicar sanções disciplinares a alunos, professores e funcionários do

Estabelecimento, conforme a legislação em vigor e as disposições deste

Projeto Político Pedagógico;

10- elaborar o orçamento escolar, submetendo-o à aprovação do Conselho

Escolar e movimentar e aplicar os recursos financeiros de acordo com o

orçamento aprovado;

11- submeter à aprovação do Conselho Escolar despesas extraordinárias;

12- submeter à apreciação do Conselho Escolar os planos e sugestões,

visando à melhoria dos processos de ensino-aprendizagem e/ou das

dependências do prédio;

13- autorizar o pagamento das despesas ordinárias;

14- realizar a assembléia para a formação do Conselho Escolar bem como

convocar e presidir suas reuniões;

15- supervisionar a assiduidade, pontualidade, frequência e férias de

profissionais, acompanhando o Calendário Escolar;

16- supervisionar a organização do horário e calendário de forma a

concretizar o Projeto Pedagógico;

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84

17- superintender as demais atribuições decorrente deste Projeto Político

Pedagógico e de normas legais vigentes.

EQUIPE ADMINISTRATIVA

A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de todos

os setores do Estabelecimento de Ensino, proporcionando condições para que os mesmos a

cumpram suas reais funções. Essa equipe é formada por secretaria e serviços gerais.

-Secretaria;

1- cumprir e fazer cumprir as determinações de seus superiores

hierárquicos;

2- redigir as correspondências que lhe forem confiadas;

3- organizar e manter em dia as Coletâneas de Leis, regulamentos,

diretrizes, ordens de serviço, resoluções e demais documentos;

4- rever todo o expediente a ser submetido a despacho do Diretor;

5- apresentar ao diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam

ser assinados;

6- organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de

assentamento dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época, a

verificação;

a) da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno.

b) Da autenticidade dos documentos escolares;

7- coordenar e supervisionar as atividades referentes á matrícula,

transferência, adaptação e conclusão de curso;

8- zelar pelo uso adequado e toda irregularidade que vem a ocorrer na

Secretaria e comunicar a Direção;

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Aos auxiliares da secretaria compete executar os trabalhos que lhe forem atribuídos pelo

secretário e atender as solicitações, recomendações e observações feitas com vistas ao

aprimoramento dos serviços.

Serviços Gerais;

Os Serviços Gerais tem a seu encargo o serviço de manutenção, prevenção, segurança e

merenda escolar do Estabelecimento de Ensino, sendo coordenado e supervisionado pela

Direção, ficando a ela subordinado.

Os funcionários do serviço gerais deve:

1- manter um bom relacionamento com os outros funcionários, alunos,

professores, equipe pedagógica e direção;

2- estar atento as necessidades de ordem e limpeza durante o período;

3- estar à disposição da escola no turno em que trabalha;

4- cumprir o horário estabelecido pela escola;

5- obedecer escala de serviço;

6- faltar apenas em caso de real necessidade afim de evitar o acúmulo de

serviço do colega;

7- acatar as ordens recebida com respeito;

8- zelar pela educação dos alunos;

Compete aos serventes:

1- efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares,

providenciando os matérias e produtos necessários para a limpeza

necessária do estabelecimento dentro de seu trabalho, bem como todas

as atividades correlatas a sua função.

Compete a merendeira:

1- preparar e servir a merenda controlando-a quantitativa e

qualitativamente;

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2- conservar o local de preparação da merenda em boas condições de

trabalho procedendo à limpeza e arrumação;

3- respeitar os alunos tratando-os com delicadeza e carinho;

4- procurar enriquecer a merenda escolar, levando os alunos a terem gosto

pela merenda;

5- zelar pelo material de uso e consumo na preparação da merenda escolar;

6- efetuar demais tarefas correlatas a sua função;

Compete ao vigia e o caseiro:

1- efetuar rondas periódicas de inspeção com vistas a zelar pela segurança

do estabelecimento de ensino;

2- impedir a entrada no prédio ou área adjacente, de pessoas estranhas e

sem autorização fora do horário de trabalho, como medida de segurança;

3- comunicar a chefia imediata qualquer irregularidade ocorrida durante o

seu plantão, para que sejam tomadas as devidas providências;

4- zelar pelo prédio, suas instalações procedendo ao reparo se fizerem

necessários e levando ao conhecimento de seu superior, qualquer fato

que depende de serviços especializados para reparo e manutenção;

5- efetuar tarefas correlatas as suas funções;

O funcionalismo escolar, além de executar sua função específica, contribui

independentemente do cargo, na educação dos alunos, de maneira a orientá-los em

múltiplas situações dentro do estabeleci mento de ensino, tais como: orientação de

procedimentos nas refeições, nos toaletes, nas refeições, no pátio, até mesmo em

esclarecimentos de dúvidas a cerca de diversos assuntos que possam lhe ser

solicitado por parte dos docentes e discentes, etc. Essa nova realidade se

estabeleceu devido á consciência do profissional de que a educação não compete

somente ao regente em sala de aula e sim a integração de todo quadro de

prestadores de serviço presente na escola.

7.1.16- Relações entre aspectos administrativos e pedagógicos

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É de suma importância o bom relacionamento dos profissionais da escola para que

esta tenha um bom desempenho e cumpra assim a sua função fundamental que é o de criar

condições para que o aluno desenvolva autonomia de pensamento, pela capacidade de

estabelecer relações, de reagir à educação veiculada pelos meios de comunicação de

massa, de participar organizadamente intervindo, de forma competente, na sociedade.

Para que esta função primordial se efetive os trabalhos estão assim entrelaçados: os

professores trabalham em sala de aula com métodos de maneira que os alunos aprendam,

enquanto fora desse âmbito, o pedagogo lhe respalda assistindo casos de alunos que

requeiram um tratamento especial, além de estudarem e se atualizarem dando ao docente

amparo pedagógico que reflita sobre as falhas e lhe indique alternativas para melhor dirigir

o processo de aprendizagem O diretor, por sua vez, supervisiona o andamento escolar em

toda a sua plenitude, enquanto na área secretarial, os documentos que, de uma forma ou

outra, acabam por interferir na vida escolar do aluno, são escriturados. O ambiente limpo,

que garante um clima agradável e saudável para o aprendizado, nunca é abandonado pelo

pessoal da limpeza, ou mesmo da merenda, elemento complementar em toda a atividade

escolar, que é fornecer o alimento de boa qualidade e preparo saudável. Assim, como se

percebe, todos são uma peça importante que,sozinha, representa apenas uma parte, mas

unida e coesa às outras, constrói o todo.

7.1.17- Qualificação dos equipamentos pedagógicos

As salas são bem arejadas e bem iluminadas, devido as suas grandes janelas, a

pintura clara que a recobre e aos ventiladores fixados. As carteiras são adequadas aos

tamanhos dos alunos, as lousas bem conservadas e de boa qualidade para a escrita,

permitindo uma boa escrita.

A única ressalva que se faz é com respeito a sala que não satisfaz plenamente as

funções as quais se destina, pois pela inexistência de salas especiais para Biblioteca e Sala

de Professores, esta, num espaço de 64m2, atendendo essas funções, simultaneamente,

separadas em compartimentos por arquivos. É de grande necessidade a construção de

novas salas, bem como de mobiliário, que pudessem ser destinados a Biblioteca,

Laboratório de Ciências, ofertando ao professor, assim, condições concretas de trabalhar

mais com a realidade do aluno.

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7.1.18- Família e comunidade

A articulação com a família, deve acontecer permanentemente, através dos mais

variados meios , como : reuniões com pais ao final de cada bimestre ou quando se julgar

necessário servirão para questões sobre progresso de seus filhos. O colégio estará sempre

proporcionando a aproximação da família e comunidade, não só para tratar de assuntos

referente a aprendizagem de seus filhos, mas também para discutir o que acontece na

escola, a qualidade de ensino e as normas existentes, fazer da escola um espaço aberto de

diálogo e convivência, desta forma o colégio estará incentivando os pais ao

acompanhamento da vida escolar de seus filhos durante todo o período letivo.

7.1.19- Organização do trabalho pedagógico e a prática docente

O trabalho pedagógico é organizado de acordo com o currículo e plano de trabalho

docente tendo sempre a preocupação na dosagem dos conteúdos para que a prática docente

se efetive em sala de aula com o aprendizado efetivo dos alunos.

7.2- Redimensionamento da Gestão Democrática

“... se é verdade que a educação não pode fazer sozinho a transformação social, também é

verdade que a transformação não se efetivará e não consolidará sem a educação”.

(MOACIR GADOTTI)

A participação pertence á própria natureza do ato pedagógico e exige aprendizado,

visto que os segmentos da escola apresentam limitações à participação.

Para que se garanta transparência e respeito aos princípios éticos nas ações

relacionadas à gestão democrática, é preciso haver consulta a comunidade escolar, com

presença ativa e decisória.

7.2.1- Conselho Escolar

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Será utilizado para subsidiar a escola no Projeto Político Pedagógico, promovendo

a articulação entre vários segmentos organizados da sociedade e os setores da escola a fim

de garantir eficiência e qualidade de seu funcionamento.

Participará da avaliação do Projeto Político Pedagógico no final do ano e

participará de reuniões bimestrais.

7.2.2- Conselho de Classe

As reuniões do pré-conselho e do Conselho de Classe serão realizadas no final de

cada bimestre, incidindo entre o resultado do bimestre e a assinatura de boletins. As

reuniões pedagógicas também acontecerão bimestralmente.

7.2.3- Grêmio Estudantil

Continuará a desenvolver suas atividades com responsabilidade e sempre visando o

desenvolvimento esportivo, cultural e intelectual de seu colegiado.

7.2.4- Eleição de aluno representante de turma

Os representantes de turma terão a incumbência de agilizar a formação do Grêmio

Estudantil e de outras tarefas que o colégio necessitar.

7.2.5- APMF

Este órgão participará e fiscalizará o caminhar de todas as ações realizadas na

escola, promovendo a integração entre escola, família e comunidade.

Os encontros serão realizados bimestralmente e dirigidas pelo diretor da escola e pelo

presidente da APMF.

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As reuniões do Conselho Escolar e APMF serão efetuadas mensalmente, sem

previsão de datas fixas a longo prazo, para efeitos de destinação de recursos recebidos,

organização de eventos, ou extraordinariamente, sempre que necessário, para resolver

questões urgentes ou que impliquem decisões determinantes dentro da escola.

7.3- Formação Continuada

Reconhecemos que a formação continuada é de suma importância, para que a

escola se tornar um espaço mais aberto e mais democrático, com compromissos políticos e

pedagógicos, cujo objetivo maior é o desenvolvimento da autonomia das educandos. O

colégio divulga todos os cursos ofertados, tanto os da SEED como outros, incentiva

professores e funcionários a participarem, além de ofertarem aos professores durante suas

H.A e reuniões pedagógicas textos, vídeos, com assuntos relacionados a questões

vivenciadas em sala de aulas. Em relação aos funcionários além da participação nas

reuniões pedagógicas há reuniões específicas onde são estudas textos próprios de suas

funções.

7.4- Ações Didático-Pedagógicas

As ações didática pedagógica, visam melhorar a qualidade da educação e ensino em

nosso colégio. Diante disto durante este ano várias atividades serão desenvolvidas tais

como : participação nos Jogos Escolares, Agenda 21, trabalharemos a Educação Fiscal,

Cultura afro-Brasileira e Indígena, festividades alusivas a Semana da pátria, Semana do

Meio Ambiente, Feira Cultural etc.

7.5- Desafios Educacionais Contemporâneos

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91

Nosso alunos são bombardeados todos os dias com os mais variadas informações,

através da mídia, desta forma, os educadores precisam estar dia após dias preparados para

resolver os possíveis problemas que chegam em sala de aula. Para tanto, procuramos

trabalhar conteúdos que embasam os conhecimentos sobre a violência sexual, prevenção

ao uso de drogas, violência na escola, cultura afro-brasileira, africana e indígena, educação

ambiental e cidadania, através de filmes, palestras, mesa redonda, visando a preparação

dos mesmos para os possíveis enfrentamento que possam vir a ter.

7.6- Diversidade

Fazemos parte de uma sociedade multicultural onde torna-se necessário trabalhar

com as diferenças, ressaltando sempre suas contribuições para com a cultura e sociedade

atual.

8- AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

8.1- Plano de Acompanhamento do PPP e de Informação à Comunidade

A avaliação interna do trabalho da escola visa rever todos os objetivos, ações

metodológicas, projetos pedagógicos e administrativos, em andamentos ou não,

proporcionando momentos de reflexão a respeito dos posicionamentos, atitudes e

resultados das ações educativas ao nível de toda comunidade escolar, na busca de

redirecionar objetivos, metas e ações.

A função da escola é decisiva e a avaliação interna e sistemática irá contribuir para

termos uma visão ampla dos resultados de todos os componentes que fazem parte da

Comunidade Escolar, e que deverá ser uma constante, pois, diante dos resultados obtidos

teremos subsídios que ampare reflexões e reposicionamentos administrativos, pedagógicos,

financeiros, sociais e culturais, sempre na busca de contribuir para a construção de uma

escola melhor, de qualidade, que prepara o aluno para a vida real com sucesso, para um

mundo melhor.

O estabelecimento de ensino propõe que a avaliação em suas atividades ocorra de

forma sistemática e contínua.

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O plano de avaliação do Projeto será feito através de questionários. O Conselho

Escolar, Associações de Pais e Mestres, Diretores, Equipe Técnico Pedagógica,

Professores e Alunos, ao findar do ano também avaliarão o desempenho da Escola,

analisando os pontos positivos e negativos, observando se os objetivos e metas foram

atingidas, podendo assim, sugerir propostas de melhor direcionamento do mesmo. Desta

forma, Direção, Coordenação e Professores poderão criar condições para realimentar a

Proposta Pedagógica do Curso, sempre que assim for necessário.

Neste processo, será acompanhado e avaliado o desempenho dos docentes,

Pedagogos e Funcionários , bem como o material didático, o currículo, o sistema de

orientação docente, a infra-estrutura material da escola, as metodologias utilizadas, os

resultados dos cursos ofertados, enfim, toda ação relevante da Instituição Escolar,

envolvendo nas avaliações, avaliados e avaliadores (alunos, professores, funcionários),

para que todos compreendam que é coletivamente, que se constroem ações significativas

na escola, cabendo a gestão informar à comunidade sobre o que foi proposto e que está

sendo implementada, para este trabalho deverá contar com participação das instâncias

colegiadas do colégio.

8.2- Participação das Instâncias Colegiadas

O Conselho Escolar, Associações de Pais, Mestres e Funcionários, Diretores,

Equipe Técnico Pedagógica, Professores e Alunos, ao findar do ano também avaliarão o

desempenho da Escola, analisando os pontos positivos e negativos, observando se os

objetivos e metas foram atingidas, podendo assim, sugerir propostas de melhor

direcionamento do mesmo. Desta forma, Direção, Coordenação e Professores poderão criar

condições para realimentar a Proposta Pedagógica do Curso, sempre que assim for

necessário.

Neste processo, será acompanhado e avaliado o desempenho dos docentes,

Pedagogos e Funcionários , bem como o material didático, o currículo, o sistema de

orientação docente, a infra-estrutura material da escola, as metodologias utilizadas, os

resultados dos cursos ofertados, enfim, toda ação relevante da Instituição Escolar,

envolvendo nas avaliações, avaliados e avaliadores (alunos, professores, funcionários),

para que todos compreendam que é coletivamente, que se constroem ações significativas

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na escola, cabendo a gestão informar à comunidade sobre o que foi proposto e que está

sendo implementada, para este trabalho deverá contar com participação das instâncias

colegiadas do colégio.

8.3- Periodicidade do Acompanhamento e Avaliação do PPP.

Os resultados serão analisados e avaliados semestralmente em conjunto por toda a

comunidade escolar.

9- Bibliografia

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

Estatuto da Criança e do Adolescente

Regimento Interno do Estabelecimento

Revista Nova Escola

Revista Gestão em Rede

Revista Pátio

Material de apoio – metas apresentadas pelos professores

Material de apoio – questionários e opiniões colhidas entre os pais e alunos

HENGEMUHLE, Adelar. Gestão de Ensino e Práticas Pedagógicas.Editora Vozes. Rio de

Janeiro. 2004.

Cadernos pedagógicos – Um salto para o futuro.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública do

Paraná. Curitiba: 1990.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Grêmio Estudantil na Rede Estadual de

Ensino do Paraná.

CANDAU, Vera Maria. Sociedade, Educação e Cultura: Questões e propostas. Petrópolis,

Rio de Janeiro: Vozes, 2002.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

LIBANEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. 5ª ed. Goiânia:

Editora Alternativa, 2004.

LUCKESI. C.C.. Avaliação de aprendizagem escolar: estudos e proposições. São Paulo:

Cortez,1996.

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VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Escola fundamental, currículo e ensino. Campinas:

Papirus, 1991.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto Político Pedagógico : continuidade ou

transgressão para acertar? Campinas; Campinas, SP: Papirus,2000.

10 – Anexos

10.1 - Cópia da Ata de Aprovação do Conselho Escolar do PPP

10.2- Cópias das Atas das Reuniões da Comissão de Elaboração do PPP.

11- PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de Arte teve enfoque na expressividade, espontaneidade e criatividade; pensada

inicialmente para as crianças, essa concepção foi gradativamente incorporada para o ensino

de outras faixas etárias. Essa valorização da arte encontrou espaço na pedagogia da Escola

Nova, fundamentada na livre expressão de formas, na genialidade individual, inspiração e

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sensibilidade, desfocando o conhecimento em arte e procurando romper com a

transposição mecanicista de padrões estéticos da escola tradicional.

Na busca de efetivar uma transformação no ensino de Arte, essa disciplina ainda exige

reflexões que contemplem a arte com área de conhecimento e não meramente como meio

para o destaque de dons inatos, sendo até mesmo utilizada de forma equivocada, em alguns

momentos como prática de entretenimento e terapia.

O ensino de Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa também a se

preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída

historicamente em constante transformação.

Pela arte, o ser humano se torna consciente da sua existência social, ele se percebe e se

interroga sendo levado a interpretar o mundo e a si mesmo.

Analisando a Arte por uma perspectiva Antropológica, é possível considerar que toda

produção artística e cultural é um modo pelo qual o ser humano entende e marca sua

existência no mundo.

Dessa forma, pode-se conceber as várias instâncias de produção de conhecimento, ou seja,

os conteúdos pessoais de cada sujeito, interligados a produção cultural

(local/regional/global), como fonte geradora de significados em arte, tanto para os artistas,

quanto para o professor e para o aluno.

Nesse sentido, as Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental e Médio da disciplina

de Arte, elaboradas a partir do coletivo dos professores da rede, orientam para a

aproximação e reelaboração de saberes deste componente curricular com as manifestações

e produções culturais.

Compreender a arte como linguagem, no sentido mais amplo do termo, como sendo

o estudo da geração, da organização e da interpretação de signos verbais e não verbais.

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Propiciar ao aluno no Ensino Fundamental o acesso aos conhecimentos presentes

nos bens culturais, por meio de um conjunto de saberes em arte que lhe permitam utilizar-

se desses conhecimentos na compreensão das realidades e amplie o seu modo de vê-las.

Enfatizar no Ensino Médio a associação da arte e conhecimento, arte e trabalho

criador e arte e ideologia.

Desenvolver a percepção levando o educando, ao longo do seu processo de

crescimento. Ser sensível e envolver-se com os objetos e os materiais, mobilizando para

isso todos os sentidos.

Possibilitar a compreensão do saber estético, leitura da realidade, dos objetos

humanizados pelo ser humano, da natureza e das obras de arte, compreensão dos elementos

formais (cores, linhas, intensidade, dinâmica) e dos elementos contextualizados.

Produzir nova maneira de ver e sentir, que são diferentes em cada momento

histórico e em cada cultura. Pela arte, o ser humano se torna consciente da sua existência e

social, ele se percebe e se interroga, sendo levado a interpretar o mundo e a si mesmo.

Educar os alunos em arte é possibilitar a eles um novo olhar, um ouvir mais crítico,

um interpretar da realidade além das aparências com a criação de uma nova realidade, no

imaginário, bem como a ampliação da possibilidade de fruição e expressão artística.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes podem constituir-se em uma identidade para a disciplina

de Arte e de uma prática pedagógica que contemple as quatro áreas de Arte.

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Conteúdos estruturantes são conhecimentos de maior amplitude, conceitos que se

constituem em partes importantes, basilares e fundamentais para a compreensão de cada

uma das áreas de arte e ao mesmo tempo são comuns entre si, constituindo-se em elemento

fundamental de uma área, mas tendo correspondência de importância nas outras áreas de

Arte.

A disciplina de Arte no Ensino Fundamental contempla as linguagens das artes

visuais, música, dança e do teatro e os conteúdos estruturantes selecionados por essa

disciplina vem constituir a base para a prática pedagógica.

Articulados entre si, esses conteúdos estruturantes são tomados como pilares na

organização da disciplina de artes e não podem ser vistos como elementos limitadores ou

segmentados, pois todos eles: elementos básicos das linguagens artísticas,

produções/manifestações artística e elementos contextualizadores apresentam uma unidade

interdependente, além de permitir uma correspondência entre as linguagens.

Foram definidos como conteúdos estruturantes para o Ensino Médio, os elementos

formais, a composição, o tempo e espaço e ainda os movimentos e períodos.

Os conteúdos estruturantes apesar de terem a sua especificidade, são

interdependentes, nas aulas estaremos trabalhando com esses conteúdos de forma

simultânea. Os elementos formais sendo organizados através do conhecimento estético e

da técnica constituirão a composição, que materializa-se como obra de arte segmentados,

pois todos eles: elementos básicos das linguagens artísticas, produções/manifestações

artística e elementos contextualizadores apresentam uma unidade interdependente, além de

permitir uma correspondência entre as linguagens nos movimentos e períodos artísticos.

. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA 2.1 Conteúdos Estruturantes

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Áreas Elementos

Formais Composição

Movimentos e Períodos

MÚSICA

Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Tonal Modal Contemporânea Escalas Sonoplastia Estrutura

Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Rap, Tecno, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Vanguardas Artísticas, Arte Engajada, Música Serial, Música

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ARTES

VISUAIS

Ponto Linha Superfície Textura Volume Luz

Figurativa Abstrata Figura-fundo Bidimensional Tridimensional Semelhanças Contrastes Ritmo visual Gêneros: Paisagem, retrato, natureza-morta ... Técnicas: Pintura, gravura,

Arte Pré-histórica, Arte no Antigo Egito, Arte Greco-Romana, Arte Pré- Colombiana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Arte Bizantina, Arte Românica, Arte Gótica, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Realismo,

TEATRO

Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais) Ação Espaço

Representação Texto Dramático Dramaturgia Roteiro Espaço Cênico, Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, adereços, máscara, caracterização e maquiagem Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama, Épico, Rua, etc Técnicas: jogos teatrais, enredo, Teatro direto, Teatro indireto

Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Expressionismo, Vanguardas Artísticas, Teatro Dialético, Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro Essencial, Teatro do Absurdo, Arte Engajada, Arte Popular,

DANÇA

Movimento Corporal Tempo Espaço

Eixo Dinâmica Aceleração Ponto de apoio Salto e queda Rotação Formação Deslocamento Sonoplastia Coreografia Gêneros: folclóricas, de salão,

Arte Pré-Histórica, Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Expressionismo, Vanguardas Artísticas, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira,

2.2 Conteúdos Básicos

5ª série

Conteúdos estruturantes – Área: Música Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos básicos para a série

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Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Escalas: diatônica, pentatônica cromática Improvisação

Greco-Romana Oriental Ocidental Africana

Conteúdos estruturantes – Área: Artes Visuais Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos básicos para a série Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia

Arte Greco-Romana Arte Africana Arte Oriental Arte Pré-Histórica

Conteúdos estruturantes – Área: Teatro Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos básicos para a série Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Enredo, roteiro, espaço Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto improvisação, manipulação, máscara... Gênero: Tragédia, Comédia, Circo.

Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento

Conteúdos estruturantes – Área: Dança Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos básicos para a série Movimento Corporal Tempo Espaço

Eixo Deslocamento Ponto de Apoio Formação Técnica: Improvisação Gênero: Circular

Pré-história Greco-Romana Medieval Idade Média

6ª série

Conteúdos estruturantes – Área: Música Elementos formais Composição Movimentos e períodos

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Conteúdos básicos para a série Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Escalas Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico Técnicas: vocal, instrumental, mista Improvisação

Música popular e étnica (ocidental e oriental)

Conteúdos estruturantes – Área: Artes Visuais Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos básicos para a série Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz

Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata Perspectiva Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura... Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...

Arte indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Renascimento Barroco

Conteúdos estruturantes – Área: Teatro Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos básicos para a série Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: jogos teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua, arena, Caracterização.

Comédia dell' arte Teatro Popular Brasileiro e Paranaense Teatro Africano

Conteúdos estruturantes – Área: Dança Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos básicos para a série Movimento Corporal Tempo Espaço

Gênero: Folclórica, popular, étnica Ponto de Apoio Formação Rotação Coreografia Salto e queda Níveis (alto, médio e baixo)

Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Renascimento

7ª série

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Conteúdos estruturantes – Área: Música Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos básicos para a série Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista

Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno...

Conteúdos estruturantes – Área: Artes Visuais Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos básicos para a série Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz

Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audio-visual, mista...

Indústria Cultural Vanguardas Arte Contemporânea

Conteúdos estruturantes – Área: Teatro Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos básicos para a série Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...

Indústria Cultural Realismo Expressionismo Vanguardas

Conteúdos estruturantes – Área: Dança Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos básicos para a série Movimento Corporal Tempo Espaço

Direções Dinâmicas Aceleração Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: espetáculo

Hip Hop Indústria Cultural Dança Moderna Dança Clássica

8ª série

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Conteúdos estruturantes – Área: Música Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos básicos para a série Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Técnicas: vocal, instrumental, mista Gêneros: popular, folclórico, étnico.

Música Engajada Música Popular Brasileira. Música contemporânea

Conteúdos estruturantes – Área: Artes Visuais Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos básicos para a série Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Tridimensional Figura-fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafitte, performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...

Realismo Arte no Séc. XX Muralismo Pré-colombiana Hip Hop Romantismo

Conteúdos estruturantes – Área: Teatro Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos básicos para a série Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Técnicas: Monólogo jogos teatrais, direção ensaio, Teatro-Fórum.. Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino

Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo

Conteúdos estruturantes – Área: Dança Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos básicos para a série Movimento Corporal Tempo Espaço

Ponto de Apoio Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento Gênero: Salão, espetáculo,

Vanguardas Dança Contemporânea Romantismo

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104

moderna Coreografia

Ensino Médio

Conteúdos estruturantes – Área: Música

Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos básicos para a série

Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Modal, Tonal e fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação

Música Popular Brasileira Paranaense Popular Indústria Cultural Engajada Vanguarda Ocidental Oriental Africana Latino-Americano

Conteúdos estruturantes – Área: Artes Visuais

Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos básicos para a série

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Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Tridimensional Figura e fundo Figurativo Abstrato Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Simetria Deformação Estilização Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em Quadrinhos... Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia...

Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Contemporânea Arte Latino-Americana

Conteúdos estruturantes – Área: Teatro

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

Conteúdos básicos para a série

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum Roteiro Encenação, leitura dramática Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico Dramaturgia Representação nas mídias Caracterização Cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação Direção Produção

Teatro Greco- Romano Teatro Medieval Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro Popular Indústria Cultural Teatro Engajado Teatro Dialético Teatro Essencial Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro de Vanguarda Teatro Renascentista Teatro Latino- Americano Teatro Realista

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Teatro Simbolista

Conteúdos estruturantes – Área: Dança

Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos básicos para a série

Movimento Corporal Tempo Espaço

Eixo Dinâmica Aceleração Ponto de Apoio Salto e Queda Rotação Níveis Formação Deslocamento Improvisação Coreografia Gêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea...

Pré-história Greco-Romana Medieval Renascimento Dança Clássica Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Hip Hop Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna Vanguardas Dança Contemporânea

Serão inseridos ainda conteúdos relacionados a História e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os

afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do país, ressaltando os valores

que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade

multicultural e pluriétnica, lei nº 10.639 e 11.645/03/08 que integra a História e Cultura

afro-brasileira e indígena ao currículo de Ensino Fundamental e de Ensino Médio.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

No Ensino Fundamental a prática social será o ponto de partida para as

problematizações, devendo propiciar aos alunos leituras sobre os signos existentes nas

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cultura de massa para se discutir de que formas a indústria cultural interfere e censura as

produções/manifestações culturais com os quais os sujeitos identificam-se.

A cultura será abordada como resultante do trabalho que abrange as práticas sociais

historicamente constituídas pelos sujeitos.

O ensino da arte será abordado tendo como princípio à compreensão da arte como

linguagem, no sentido mais amplo do termo, sendo o estudo da geração, da organização e

da interpretação de signos verbais e não-verbais.

Partindo da concepção consensuada neste documento, bem como dos pressupostos

definidos para a disciplina de Educação Artística - Arte e Cultura/Arte e Linguagem - o

tratamento dos temas deverá considerar:

18- as várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na região,

as várias dimensões de cultura, entendendo toda manifestação artística

como produção cultural;

19- as peculiaridades culturais de cada aluno /escola como ponto de partida

para a ampliação dos saberes em Arte;

20- o conceito de produção artística, o qual não poderá estar restrito a um

produto final (o objeto artístico);as situações de aprendizagem que

permitam ao aluno a compreensão dos processos de criação e execução

nas Linguagens Artísticas;

21- o elemento lúdico, principalmente no primeiro segmento do Ensino

Fundamental, como fator enriquecedor do encaminhamento

metodológico;

22- a experimentação como meio fundamental para a ressignificação deste

Componente Curricular, levando em conta que essa prática favorece o

desenvolvimento e o reconhecimento da percepção por meio dos

sentidos;

Partindo dos conteúdos, instigar a memória, a percepção e as possíveis associações

com a realidade do aluno, havendo a articulação do lúdico as atividades artísticas em sua

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prática pedagógica. Considerar o ato de brincar como um dos princípios para a elaboração

do processo de ensino e de aprendizagem, é entender a criança e seus valores, entre eles,a

capacidade de materialização do mundo da fantasia, através das brincadeiras.

No Ensino Médio, quando se trata de metodologia, precisamos direcionar o

pensamento para o método a ser aplicado: para quem, como, por que e o quê? O trabalho

em sala de aula deve-se pautar pela relação que o ser humano tem com a arte, essa relação

é de produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber as obras

artísticas.

Devemos contemplar, na metodologia do ensino da arte: o sentir e perceber, o

trabalho artístico e o conhecimento.

O importante é que no final das atividades com o conteúdo desenvolvido, todos

esses momentos tenham sido realizados com os alunos.

O Trabalho do professor é o de possibilitar o acesso e mediar essa apreciação e

apropriação com o conhecimento sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras e a

realidade, transcendendo as aparências, apreendendo, através da arte, parte da totalidade da

realidade humana social.

Para o Ensino fundamental as formas de relação da arte com a sociedade serão

tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte

com a linguagem e para o Ensino Médio, a partir de uma verticalização e de um

aprofundamento dos conteúdos, a ênfase será maior na associação da arte com o

conhecimento, da arte com o trabalho criador e da arte com a ideologia.

Estas formas de interpretação da arte, tem o trabalho como categoria fundante, que

possibilita abordá-las de forma orgânica no conjunto dessa proposta pedagógica.

Neste sentido é importante explicitar como ser humano transformou o mundo e a si

próprio pelo trabalho, constituindo desta forma a arte, a linguagem e a cultura.

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Assim, uma proposta de ensino, nesta disciplina, tem como função levar o aluno à

apropriação do conhecimento em arte, dentro de um processo criador que transforma o

real, produzindo novas maneiras de ver e sentir o mundo, visando pensar o aluno como um

sujeito histórico e social, são apontadas três interpretações fundamentais da arte: arte e

ideologia, arte e o seu conhecimento e arte e trabalho criador. Estas abordagens da arte,

norteiam e organizam a metodologia, a seleção e a avaliação na prática escolar.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação em Arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno

entre os conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciada tanto no processo quanto na

produção individual e coletiva, desenvolvidas a partir desses saberes. É preciso que o

professor tenha conhecimento da linguagem artística em questão bem como da relação

entre o criador e o que foi criado para que haja uma avaliação significativa.

A avaliação em Arte supera dessa forma, o papel de mero instrumento de medição

da apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para

o aluno, considerando o desenvolvimento do pensamento estético, levando em conta a

sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade.

A sistematização da avaliação se dará na observação e registro dos caminhos

percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e

dificuldades percebidas em suas criações/produções. O professor observará como o aluno

soluciona as problematizações apresentadas e como se relaciona com o colega nas

discussões e consensos de grupo.

A avaliação na disciplina de Arte proposta nesta diretriz curricular é diagnóstica e

processual, diagnóstica por ser a referência do professor para o planejamento das aulas e de

avaliação dos alunos, processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica.

É importante neste processo termos em vista que os alunos do ensino médio tem

um capital cultural, que é o conhecimento que cada aluno diferentemente apreende em

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outros espaços sociais e um percurso escolar também distinto entre os mesmos, pois pela

amplitude do conhecimento artístico e as condições humanas e materiais na escola,

inviabiliza uma certa unidade na aprendizagem de arte em todas as escolas públicas.

Para possibilitar essa avaliação individual e coletiva, é necessário utilizar vários

instrumentos de avaliação, como o diagnóstico inicial, durante o percurso e final do aluno

e do grupo, trabalhos artísticos, pesquisas, provas teóricas e práticas, entre outras.

BIBLIOGRAFIA

SEED: Diretrizes Curriculares de Arte . Curitiba:2009.

Livro Público Didático – Arte.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

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BIOLOGIA - ENSINO MEDIO

APRESENTAÇAO DA DISCIPLINA

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno da Vida, diante

deste objeto de estudo houve a necessidade e preocupação de se estudar e descrever os

seres vivos e os fenômenos naturais que envolvem e inserem o homem, com isso é

necessária à disciplina de biologia em todas as séries do Ensino Médio.

Os conhecimentos de biologia no Ensino Médio não devem ser representados como

um conhecimento contemplativo da natureza, mas mostrar os modelos teóricos da

aprendizagem de forma que possa ser capaz de entender, explicar, utilizar e manipular os

recursos naturais e para isso buscou na História das Ciências os contextos históricos

mesmo com pressões religiosas, econômicas, políticas e sociais que deram um grande

impulso nos conceitos fazendo com que o homem passasse a compreender a natureza e

tudo que o cerca, desenvolvendo o entendimento da Biologia como o estudo da vida,

passando do pensamento biológico descritivo para o pensamento biológico mecanicista,

daí para pensamento evolutivo e enfim para o pensamento biológico da manipulação

genética.

A disciplina de biologia tem a fundamental importância no Ensino Médio, pois,

oferece e disponibiliza aos alunos recursos para o conhecimento da Biologia

compreendendo o mundo complexo até o entendimento do concreto, da teoria a prática, do

mito à verdade, dando possibilidades de entender a Biologia como Ciência dinâmica

estando em constante transformação, desenvolve o entendimento do que é Vida, seu

pensamento, sua própria origem e sua importância como ser humano que vive em

constante busca do conhecimento, levando-o a entender a Organização dos seres vivos e os

mecanismos biológicos, entender a biodiversidade, suas aplicações dos avanços na ciência

até a manipulação genética dos seres vivos, organização dos conhecimentos biológicos

constituídos ao longo da história da humanidade e adequá-los ao sistema de ensino,

compreender a estrutura física - químico dos seres vivos e as consequentes alterações

biológicas, sua importância e utilidade nos conhecimentos da medicina, agricultura e

outras áreas, entender o estudo da vida e a busca constante de explicações sobre o

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fenômeno da vida, da ciência, do método científico e tecnológico e todas suas diversidades

e manifestações, entender a partir dele mesmo, formando sujeitos críticos, reflexivos e

atuantes, pensar na valorização da Vida e da sua diversidade, a ética, o respeito pela

ciência e o interesse pela preservação do ambiente e assim preparar o educando para a

cidadania, aprimorando-o como ser humano, solidário e consciente, colocar assim em

prática tudo o que ele aprendeu através do Estudo da Vida, promover uma relação entre

professor – aluno – conhecimento diante dos conteúdos estruturantes definidos como:

Organização dos Seres Vivos, Mecanismos Biológicos, Biodiversidade e Manipulação

Genética.

Portanto a Biologia é capaz de relacionar diversos conhecimentos específicos entre

sí e com outras áreas de conhecimentos e deve priorizar o desenvolvimento de conceitos

cientificamente produzidos e propiciar reflexão constante sobre mudanças e conceitos que

nela existe de forma crítica.

O estudo de biologia tem como característica o pensamento biológico descritivo

onde conceitua Vida como expressão da natureza idealizada pelo sujeito racional, pelo

pensamento biológico mecanicista onde sob influência positivista mostra o funcionamento

da Vida. A biologia fracionou os organismos vivos em partes e o funcionamento de cada

uma destas partes; o pensamento evolutivo vinculado ao material genético, unificada ás

ciências biológicas utilitária, pela aplicação de seus conhecimentos na medicina,

agricultura e outras áreas. O pensamento biológico da manipulação genética caracteriza

pela compreensão física química dos seres vivos e as consequentes alterações biológicas.

Espera-se que os conteúdos sejam abordados de forma integrada, com ênfase nos

aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionados a conceitos oriundos

das diversas ciências de referência da Biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas ao

longo do ensino médio, num aprofundamento conceitual e reflexivo, com vista a levar o

aluno das significações dos conteúdos em sua formação neste nível de ensino.

O Conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos deve ser trabalhado em

todas as séries do Ensino Médio para tornar possível ao aluno conhecer a relação dos seres

Vivos, suas características e classificação, sua origem, sua diversidade biológica. Esse

conteúdo está relacionado com a classificação dos seres vivos a fim de compreender toda

diversidade, agrupando e categorizando as espécies extintas e existentes, de acordo com a

classificação de Carl Van Linné que situou os seres vivos em 5 reinos: Animal, Vegetal,

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Fungos, Bactérias, Protozoários e suas relações em ambientes reais. A biologia celular e o

funcionamento dos órgãos e dos sistemas, as abordagens Genética, evolutiva e ecológica,

os avanços científicos e tecnológicos estão dentro desse conteúdo estruturante de forma

clara e crítica.

Os estudos dos mecanismos biológicos explicam como os sistemas orgânicos, os

componentes celulares e suas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os

diferentes grupos dos seres vivos, como: locomoção, digestão, respiração, circulação,

organismos uni e pluricelulares e a constituição fisico – químico, considerando o papel

fundamental, suas funções vitais, estudo da Teoria celular como soendo a célula unidade

morfofisiológica dos seres vivos, unidade básica da vida.

Porém neste conteúdo estruturante deve-se entender a visão mecanicista do

pensamento biológico ampliando-se a discussão sobre a organização dos seres vivos, numa

visão macroscópica e descritiva da natureza para uma visão evolutiva com propósito

de compreender a construção de conceitos científicos na Biologia.

Entende-se por Biodiversidade como um sistema complexo de conhecimentos

biológicos interagindo num processo integrado, dinâmico, envolvendo a variabilidade

genética, a diversidade de seres vivos, relações ecológicas entre elas e a natureza, os

processos evolutivos pêlos quais os seres vivos tem sofrido transformações ocorridos nos

seres vivos ao longo do tempo e de toda diversidade de espécies, as características

hereditárias de cada espécie e a seleção natural. Os conhecimentos da genética e os

caminhos abertos para a compreensão dos processos de modificações dos seres vivos ao

longo da história da humanidade, o DNA considerado como molécula da vida, as

implicações sociais, éticas e legais que surgiram e ainda surgirão em consequências de

pesquisas feitas. Pretende - se com este conteúdo discutir a respeito dos processos pêlos

quais os seres vivos sofrem modificações, perpetuam uma variabilidade genética e

estabelecem relações ecológicas, garantindo a diversidade dos seres vivos, a construção do

pensamento biológico evolutivo e os pensamentos descritivo e mecanicista.

Outro conteúdo estruturante é a Implicações dos Avanços Biológicos no

Fenômeno Vida que está voltado às implicações da engenharia genética sobre a vida, os

avanços da biologia molecular, a manipulação do material genético aos seres vivos.

Deve-se ainda ser estudado: genética molecular, as biotecnologias, os aspectos

bioéticos dos avanços da biotecnologia, a fertilização in vitro, células tronco, clonagem,

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eutanásia, transgênicos entre outros; microorganismos na contribuição para produção de

produtos farmacêuticos, hormônios, vacina, alimentos, medicamentos, soluções para os

problemas ambientais, reflexões éticos, morais, políticos e econômicos dessas

manipulações.

A ciência e a tecnologia são conhecimentos produzidos pêlos seres humanos e

interferem no contexto da vida da humanidade, não se pode impedir o desenvolvimento da

ciência, mas todo cidadão tem direito de receber esclarecimentos sobre como as novas

tecnologias vão afetar sua vida..

Os conteúdos específicos não estabelecem as posições entre cultura/conhecimentos

espontâneos e cultura erudita, mas uma relação de continuidade em que o conhecimento

sistematizado supera a apreensão da realidade pela experiência imediata.

Diante dessa postura pedagógica onde se admite um conhecimento relativamente

autônomo, assume-se que o saber tente a um conhecimento objetivo, mas ao mesmo

tempo, a possibilidade de realização crítica frente a esse conteúdo.

Para Libâneo o papel do professor trata-se de um lado de obter o acesso do aluno

aos conteúdos ligando-os com a experiência concreta dele – a continuidade; mas de outro

lado, de proporcionar elementos de análise crítica que ajudem o aluno a ultrapassar a

experiência, os estereotipo, as pressões difusas da ideologia dominante – a ruptura.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

A biologia constitui-se como parte do processo de construção científica que deve

ser entendida e compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento

humano, preocupa-se com o entendimento dos fenômenos naturais e a explicação racional

da natureza, levando o homem a propor uma concepção de mundo e interpretações que

influenciam e são influenciados pelo processo histórico da própria humanidade.

A biologia ciência que estuda a Vida em sua Diretriz Curricular apresenta os

conteúdos estruturantes que são os saberes (conhecimentos) que identificam e organizam

os campos de estudo em todas as disciplinas. São eles:

�Organização dos Seres Vivos;

�Mecanismos Biológicos;

�Biodiversidade: relações ecológicas;

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�Manipulação Genética;

A disciplina de Biologia é capaz de relacionar diversos conhecimentos específicos

entre si e com outras áreas do conhecimento e deve valorizar os conhecimentos científicos

e tecnológicos produzidos e propiciar uma reflexão constante sobre as mudanças de tais

conceitos em decorrência de questões emergentes.

Pretende-se que os conteúdos sejam abordados de forma integrada, com ênfase aos

aspectos essenciais do objetivo de estudo da disciplina, relacionados a conceitos oriundos

das diversas ciências de referência da Biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas

ao longo do Ensino Médio, num aprofundamento conceitual e reflexivo, com vistas a dotar

o aluno das significações dos conteúdos em sua formação neste nível do ensino.

CONTEUDOS BASICOS DA DISCIPLINA

SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio:

- A vida na Terra - como tudo começou: teoria Celular, Ciclo de vida das células;

- Tipos de células quanto ao núcleo;

- Composição química celular: Compostos orgânicos e inorgânicos;

- Membrana celular e envoltórios celulares, (Animal e Vegetal);

- Citoplasma e organelas citoplasmáticas;

- O núcleo celular;

- O código genético e a síntese protéica;

- Divisão celular: mitose e meiose;

- Gametogênese animal;

- Embriologia;

- Histologia animal.

SÉRIE: 2º ano do Ensino Médio

23- Classificação Biológica;

24- Taxonomia:

25- O sistema binomial

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26- Os reinos do mundo vivo;

27- Vírus;

28- Reino Monera: Bactérias e cianobactérias;

29- Reino Protista: Protozoários e algas

30- Reino Fungi: Fungos;

31- Reino Animália I: Filos Invertebrados: poríferas; cnidários;

platelmintos; nematódeos; moluscos; anelídeos; artrópodes.

32- Reino Animália II: Filos Vertebrados: cordados; peixes; anfíbios;

répteis; aves; mamíferos.

33- Fisiologia Animal: nutrição; respiração; circulação, excreção;

sustentação e locomoção; controle nervoso; controle hormonal e

reprodução.

34- Reino Vegetal: Briófitas; Pteridófitos; Gimnospermas; Angiospermas.

35- Histologia e fisiologia vegetal.

SÉRIE: 3º ano do Ensino Médio

- Introdução ao ensino da Genética

- Primeira Lei de Mendel: Os experimentos; Teoria cromossômica da herança e

fundamentos de probabilidade;

- Monoibridismo: Dominância completa e incompleta, co-dominância, genes letais e

subletais;

- Alelos múltiplos: Polialelia, grupos sanguíneos e o sistema ABO e fator RH;

- Segunda Lei de Mendel; diibridismo, Triibridismo e poliibridismo;

- Interação gênica: Epistasia, herança quantitativa e pleiotropia;

- Herança sexual: Determinação do sexo; Herança: ligada ao sexo e irrestrita;

-Herança influenciada pelo sexo;

- Mutações: Cromossômicas, numéricas, estruturais e gênicas;

- A evolução da vida: Idéias fixistas, teorias evolucionistas (Darwin, Lamarck), órgão

homólogos e análogos, estruturas vestigiais, semelhanças anatômicas e embrionárias;

- O ambiente conquistado: Os seres produtores, consumidores e decompositores;

ecossistema; energia e matéria, habitat e nicho ecológico; Ciclos da matéria (água,

carbono, oxigênio e nitrogênio);

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- Simbiose: relações entre os seres vivos: relações intra-específicas e interespecíficas;

- Desequilíbrios ambientais: poluição do ar, água e solo.

A Lei nº. 10.639/03, referente à “História e Cultura Afro-brasileira e Africana” e a

Lei Complementar 11.645/08, referente à “Educação Indígena”, serão observadas quando

tratarmos da biodiversidade, da biogeografia, do isolamento das espécies, da pigmentação

da pele, nos alimentos, na resistência orgânica dos diferentes organismos, conhecimento de

plantas medicinais para cura de varias doenças.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A metodologia de ensino da Biologia, nessa concepção envolve o conjunto de

processos organizados e integrados, quer no nível de célula, de individuo, de organismo no

meio, na relação ser humano e natureza e nas relações sociais, políticas, econômicas e

culturais.

De acordo com as novas tendências metodológicas para que a Biologia tenha o seu

ensino voltado para uma aplicação social no entorno do aluno, serão contempladas práticas

pedagógicas envolvendo: Prática social – problematização – instrumentalização – catarse e

o retorno da prática social.

PRÁTICA SOCIAL = caracteriza-se por ser o ponto de partida, onde o objetivo é perceber,

dar significações às concepções alternativas do aluno, a partir de uma visão sincrética,

desorganizada, do senso comum aos conteúdos a ser trabalhados.

PROBLEMATIZAÇÃO = é o momento para detectar e apontar as questões que o aluno

deverá ser capaz de resolver no âmbito da prática social e, em consequência, estabelecer

que conhecimento seja necessário, para resolver tais questões, e as exigências sociais de

aplicação desse conhecimento.

INSTRUMENTALIZAÇÃO = o professor apresenta o conteúdo sistematizado para que os

alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção do conhecimento

pessoal e profissional, e ser capaz de se apropriar das ferramentas culturais necessárias à

luta para superar a condição de exploração em que vivem.

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CATARSE= é a aproximação entre o aluno e o conhecimento adquirido, se apropria dos

instrumentos culturais, transformação social, o aluno passa ao entendimento e elaboração

da ação para conscientização.

RETORNO A PRÁTICA SOCIAL = é o retorno a pratica social, é o saber concreto e a

atuação nas relações de produção, da compreensão sincrética do aluno, de menor

compreensão, do conhecimento científico a fase de maior clareza e compreensão, uma

visão sincrética concluída.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um instrumento reflexivo, prevê um conjunto de ações pedagógicas

pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo, professores e alunos tornam-se

observadores dos avanços e dificuldades a fim de superar os obstáculos.

É preciso compreender a avaliação como prática emancipatória. Deste modo a

avaliação na disciplina de Biologia, passa a ser entendida como instrumento cuja finalidade

é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento pedagógico para nela intervir e

reformular os processos de aprendizagem.

Pressupõe-se uma tomada de decisão onde o aluno toma conhecimento dos

resultados de sua aprendizagem e organiza-se para as mudanças necessárias; enfim a

avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações pedagógicas pensadas e

realizadas pelo professor ao longo do ano letivo. Professores e alunos tornam-se

observadores dos avanços e dificuldades a fim de superar os obstáculos.

A avaliação deve ser diagnóstica, através de recursos como: leitura de textos

diversos e discussão, testes objetivos e subjetivos, diálogo nas aulas, experimentação com

a participação dos alunos produção de imagens com vídeos, transparências, manipulação

de material ou demonstração, jogos educativos, apresentação com seminários e oficinas,

filmes, relatórios, pesquisas etc.

A avaliação será continua e cumulativa no decorrer do bimestre e realizada por

meio de instrumentos diversificados.

A avaliação também será através da participação do aluno nas atividades da escola,

de pesquisas escritas em forma de trabalho com menções de notas de 0 a 10,0 pontos,

sendo 6.0 pontos para a avaliações e 4.0 para atividades diversificadas, relatórios feitos

pelos alunos, leitura de textos diversos e discussão, avaliação objetiva e subjetiva e

seminários e oficinas, experimentação com a participação dos alunos, produção de imagens

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com vídeos, transparência, manipulação de material ou demonstração, jogos educativos,

filmes, relatórios, etc.

Referência

- Diretriz Curricular da Educação Básica de Biologia E. M. – 2009 – SEED.

- Livro Didático de Biologia do Ensino Médio – LDP – SEED.

- Livro Didático de Biologia de Ensino Médio – Vol. I, II, III Cezar e Cezar – MEC.

- Livro Didático de Biologia de Ensino Médio – Vol. I, II, III Amabis, J.M. & Martho G.R.

- Ed. Moderna.

CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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A disciplina de ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que

resulta da investigação da Natureza. Entende-se por natureza o conjunto de elementos

integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe

interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações

entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo,

energia e vida.

As ciências naturais passaram a ser tomadas ainda como um saber distinto das

ciências sociais, das ciências matemáticas, das ciências aplicadas, bem como dos

conhecimentos filosóficos, artísticos e do saber cotidiano. Relações entre seres humanos

como os demais seres vivos e com a Natureza ocorrem busca de condições favoráveis de

sobrevivência. Contudo a interferência do homem sobre a natureza possibilita incorporar

experiências, técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos

culturalmente. Sendo assim a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem

novas formas de pensar, de dominar a natureza, de compreendê-la e se apropriar dos seus

recursos.

A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente

construída, que influencia questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas.

.Refletir sobre a ciência implica em considerá-la como uma construção coletiva produzida

por grupos de pesquisadores e instituições num determinado contexto histórico, num

cenário sócio-econômico, tecnológico, cultural, religioso, ético e político.

A historicidade de ciência está ligada ao conhecimento científico, as técnicas, as

tradições de pesquisas, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram,

significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza, interpretá-la e

compreendê-la, nos diversos momentos históricos, apontando caminhos para a

compreensão de que, na ciência, rompe-se com modelo científico anteriormente aceitos

com explicações para determinados fenômenos da natureza.

O pensamento pré-científico representa, segundo Bachelard (1996), um período

marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico. Com o

pensamento mítico, o ser humano se preocupava com a divindade dos acontecimentos e

não com as causas desses fenômenos.

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Outra possibilidade de explicação do mundo ocorreu a partir da proposição de

modelos científicos que valorizavam a observação das regularidades dos fenômenos da

Natureza para compreendê-los por meio da razão, em contraposição à simples crença.

O método científico, como estratégia de investigação, é constituído por

procedimentos experimentais, levantamento e teste de hipóteses, axiomatização e síntese

em leis ou teorias.

A incursão pela história da ciência permite identificar que não existe um único

método científico, mas a configuração de métodos científicos que se modificaram com o

passar do tempo.

As etapas que compõem o método científico são determinadas historicamente sob

influências e exigências sociais, econômicas, éticas e políticas. Com base nessa concepção

afirma-se que o nível de conhecimento real e o nível de conhecimento potencial de cada

estudante são variáveis e determinados, principalmente, pela mediação didática. Cada

estudante, então, encontra-se num nível de desenvolvimento cognitivo diferenciado.

O aprendizado dos estudantes começa muito antes do contato com a escola. O

educando, nos dias atuais, tem mais acesso a informações sobre o conhecimento científico,

no entanto, constantemente reconstrói suas representações a partir do conhecimento

cotidiano, formando as bases para a construção de conhecimentos alternativos, úteis na sua

vida diária os conhecimentos científicos escolares selecionados para serem ensinados na

disciplina de Ciências têm origem nos modelos explicativos construídos a partir da

investigação da Natureza. Pelo processo de mediação didática, o conhecimento científico

sofre adequação para o ensino, na forma de conteúdos escolares, tanto em termos de

especificidade conceitual como de linguagem.

Na organização do trabalho docente serão trabalhados as abordagens e relações a

ser estabelecidas entre os conteúdos estruturantes, básicos e específicos, a partir da

mediação didática estabelecida pelo professor, que pode fazer uso de estratégias que

procurem estabelecer relações interdisciplinares e contextuais.

No ensino de ciências são considerados essenciais a história da ciência, a

divulgação e atividade experimental. Tão importante quanto selecionar conteúdos

específicos para o ensino de Ciências, é a escolha de abordagens, estratégias e recursos

pedagógicos adequados à mediação pedagógica. A escolha adequada desses elementos

contribui para que o estudante se aproprie de conceitos científicos de forma mais

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122

significativa e para que o professor estabeleça critérios e instrumentos de avaliação, tais

como: a abordagem problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a

pesquisa, a leitura científica, atividade em grupo, a observação, atividade experimental, os

recursos instrucionais e o lúdico.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS DA

DISCIPLINA

5ª Série

CONTEÚDOS ESTRURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS OBJETIVOS

ASTRONOMIA

UNIVERSO

SISTEMA SOLAR

MOVIMENTOS TERRESTRES

MOVIMENTOS

CELESTES

Galáxia Movimentos das Galáxias

Geocentrismo/Heliocêntrico Rotação/Translação

Estações de Ano

Entendimento das ocorrências astronômicas como fenômeno da

natureza; Conhecimento da história da ciência a respeito das teorias geocêntricas e

heliocêntricas; Compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do Sistema Solar.

MATÉRIA CONSTITUIÇÃO

DA MATÉRIA

Conceito da matéria Água Solo Rocha Minerais

Atmosfera Primitiva Camadas Atmosféricas

Entendimento da constituição e propriedade da matéria, suas

transformações como fenômeno da natureza; Compreensão da

contituição do planeta Terra, no que se refere a atmosfera e crosta, solo, rochas, minerais, manto e núcleo

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123

SISTEMAS BIOLÓGICOS

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO

Organismo Sistemas Órgãos Tecidos Células Unicelular/ Pluricelular

O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo integrado. O reconhecimento das características gerais dos seres vivos. O conhecimento dos níveis de organização celular.

BIODIVERSIDADE

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS ECOSSISTEMA

Diversidade das espécies Comunidade População Conceito de biodiversidade Ecossistemas

O reconhecimento da diversidade das espécies e sua classificação. A distinção entre ecossistema, comunidade e população.

ENERGIA

FORMAS DE ENERGIA CONVERSÃO DE ENERGIA TRANSMISSÃO DE ENERGIA

Energia eólica Energia elétrica Fontes de energia Mudanças de estado físico

A interpretação do conceito de energia por meio da análise das suas mais diversas formas de manifestação e mudanças de estado físico. O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia em outra. A interpretação do conceito de transmissão de energia. O reconhecimento das particularidades relativas à energia mecânica, térmica, luminosa, nuclear, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de irradiação, convecção e condução. O entendimento a respeito da formação dos fósseis e sua relação com a produção contemporânea de energia não renovável.

6ª Série

CONTEÚDOS ESTRURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS OBJETIVOS

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124

ASTRONOMIA

ASTROS

MOVIMENTOS TERRETRES

MOVIMENTOS

CELESTE

Constituição físico-químico do Sol e a produção de energia

Dias e Noites

Eclipse do Sol

Eclipse da Lua

Entendimento dos movimentos celestes a partir do referencial do

planeta Terra; Conhecimento da constituição do

planeta.

MATÉRIA CONSTITUIÇÃO

DA MATÉRIA

Composição da Terra primitiva A Terra antes do surgimento da

vida Atmosfera primitiva

Estrutura química da Terra

Entendimento da constituição do planeta, antes do surgimento da vida.

ISTEMAS BIOLÓGICOS

CÉLULA MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS

Características gerais dos seres vivos Teoria celular Tipos de células Mecanismos celulares Fotossíntese Reserva energética Órgãos e sistemas animais e vegetais

O conhecimento dos mecanismos de constituição da célula e tipos de células; Compreensão do fenômeno de fotossíntese. O entendimento das relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais a partir do entendimento dos mecanismos celulares.

BIODIVERSIDADE

ORIGEM DA VIDA ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

Conceito de biodiversidade Classificação dos seres vivos Categorias taxonômicas Filogenia Populações Interações ecológicas Sucessões ecológicas Seres autótrofos e heterótrofos Cadeia alimentar

O entendimento do conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações com os seres vivos, o ecossistema e os processos evolutivos. O conhecimento sobre as teorias da origem da vida.

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125

Teorias sobre o surgimento da vida Geração espontânea Biogênese

ENERGIA

SISTEMÁTICA FORMAS DE ENERGIA TRANSMISSÃO DE ENERGIA

Energia luminosa Luz e cores Radiação ultravioleta Energia Térmica Calor e temperatura

O entendimento do conceito de energia luminosa e a importância da energia solar para os seres vivos. A identificação dos fundamentos das cores, luz e radiações. O entendimento do conceito de calor com energia térmica.

7ª Série

CONTEÚDOS

ESTRURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

OBJETIVOS

ASTRONOMIA

ORIGEM E EVOLUÇÃO DO

UNIVERSO

Teorias sobre a origem do Universo

Entendimento das ocorrências astronômicas como fenômeno da natureza;

Conhecimento das teorias sobre a origem e evolução do Universo;

MATÉRIA CONSTITUIÇÃO

DA MATÉRIA

Conceito da matéria Átomo

Elementos Químicos (Tabela

Periódica) Substâncias

Ligações Químicas

Lei de Conservação de

massa Compostos Orgânicos

Entendimento da constituição e propriedade da matéria; Conceituação de átomo, íons, elementos químicos, tabela periódica, substâncias e reações químicas; Conhecimento da lei de conservação de massa e compostos orgânicos.

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126

SISTEMAS BIOLÓGICOS

CÉLULA MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS

Mecanismos celulares Estrutura e funcionamento dos tecidos Alimentação Nutrição Sistema digestório Sistema cardiovascular Sistema respiratório Sistema excretor Sistema urinário

O conhecimento dos compostos orgânicos e relações destes com a constituição dos organismos vivos. Os mecanismos celulares e sua estrutura, de modo a estabelecer um entendimento de como esses mecanismos se relacionam no trato das funções celulares. O conhecimento da estrutura e funcionamento dos tecidos. O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular, respiratório, excretor e urinário.

BIODIVERSIDADE

EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS

Teorias evolutivas

O entendimento das teorias evolutivas.

ENERGIA FORMAS DE ENERGIA

Energia química Energia luminosa Energia nuclear Energia térmica Energia mecânica

O entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento. O entendimento dos fundamentos da energia nuclear e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento.

8ª Série

CONTEÚDOS

ESTRURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

OBJETIVOS

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127

ASTRONOMIA

ASTROS

GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

Galáxia Estrelas Planetas

Leis de Kepler Leis de Newton

As marés

Entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas e as Leis de Newton;

Compreensão dos fenômenos terrestres relacionados à gravidade, com as marés.

MATÉRIA PROPRIEDADES DA MATÉRIA

Massa Volume

Densidade Propriedades

gerais da matéria

Propriedades específicas da

matéria

Compreensão das propriedades gerais e específicas da matéria.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS MECANISMOS DE HERANÇA GENÉTICA

Sistema nervoso Sistema sensorial Sistema reprodutor Sistema endócrino Cromossomos Gene Mitose Meiose

. O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas nervoso, sensorial, reprodutor e endócrino. Compreensão do s mecanismos de herança genética e os processos de divisão celular.

BIODIVERSIDADE

INTERAÇÕES ECOLÓGICAS

Ciclos biogeoquímicos Relações ecológicas

O entendimento dos fundamentos teórico que descrevem os ciclos biogeoquímicos, bem como, as relações interespecíficas e intraespecíficas.

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128

ENERGIA

FORMAS DE ENERGIA CONSERVAÇÃO DE ENERGIA

Fontes de energia Movimento Trabalho Potência Sistemas conservativos

A compreensão dos sistemas conversores de energia, as fontes de energia e sua relação com a lei da conservação da energia. O entendimento dos conceitos de movimento, deslocamento, velocidade, aceleração, trabalho e potência.

E nosso trabalho será contemplado a legislação vigente: Lei 10.639/03 – História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana. Lei 11.645/08 – História Cultura Afro-Brasileira e

Indígena.

No ensino fundamental de acordo com a Lei 10.639/03, referente a História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana serão trabalhados as seguintes atividades:

- Lendas indígenas e africanas que explicam os fenômenos da natureza (Conteúdo

estruturante - Astronomia);

- Origem do homem: “A mais antiga espécie de hominídeo foi o Australopithecus,

que surgiu no sul da África há cerca de 3 milhões de anos.” (conteúdo estruturante -

Biodiversidade);

- Influência das duas culturas em nossa alimentação (conteúdo estruturante -

Sistemas Biológicos);

- Hereditariedade (conteúdo estruturante - Sistemas Biológicos).

Metodologia

Com base nas Diretrizes Curriculares, o ensino de Ciências propõem uma prática

pedagógica que leve à integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo

metodológico. Para isso é necessário superar práticas pedagógicas centradas num único

método e baseadas em aulas de laboratório que visam tão somente à comprovação de

teorias e leis apresentadas previamente aos estudantes.

Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências, o

professor organiza o seu trabalho docente tendo como reflexão a respeito das abordagens e

relações a serem estabelecidas entre os conteúdos estruturantes, básicos e específicos.

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129

Refletindo, também, a respeito das expectativas de aprendizagem, das estratégias e

recursos a serem utilizados e dos critérios e instrumentos de avaliação.

Para isso é necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos

em sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de conhecimento

físico, químico e biológico, mas visando uma abordagem integradora.

A metodologia de ensino deve promover inter-relações entre os conteúdos

selecionados, de modo a promover o entendimento do objeto de estudo da disciplina de

Ciências. Essas inter-relações devem se fundamentar nos Conteúdos Estruturantes. As

técnicas utilizadas para desenvolver os conteúdos são:

36- Pesquisas e leitura de textos atuais em revistas, livros, jornais e internet de fatos cotidianos do aluno;

37- Trabalhos em grupo; 38- Exposição e apresentação de trabalhos; 39- Montagem de painéis, cartazes; 40- Exibição e análise de filmes, documentários; 41- Debates; 42- Relatórios; 43- Entrevistas; 44- Visitas técnicas com roteiro.

Recursos didáticos

7- Livros didáticos e livro didático público 8- Revistas, jornais: textos atuais, livros, computador: internet, 9- Painéis, cartazes; 10- Filmes e documentário; 11- TV pendrive 12- Aparelho de som.

Avaliação

A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos

científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96, deve ser contínua e

cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

Como prática pedagógica, a avaliação compõe a mediação didática realizada pelo

professor e é um retorno para os educandos.

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130

A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode

propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o estudante

aprende. Para que tal ação torne-se significativa, o professor precisa refletir e planejar

sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado da avaliação tão

somente classificatória e excludente.

A avaliação é um instrumento reflexivo, prevê um conjunto de ações pedagógicas

pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo, professores e alunos tornam-se

observadores dos avanços e dificuldades a fim de superar os obstáculos.

É preciso compreendê-la como prática emancipatória, a avaliação na disciplina de

Ciências passa a ser entendida como instrumento cuja finalidade é obter informações

necessárias sobre o desenvolvimento pedagógico para nela intervir e reformular os

processos de aprendizagem.

Será preciso respeitar o estudante como um ser humano inserido no contexto das

relações que permeiam a construção do conhecimento científico escolar.

A avaliação deve ser diagnóstica, utilizando vários recursos com experimentação

e participação dos alunos nas diversas produções.

A nota final deverá totalizar 10,0 sendo dividida:

- 6,0 pontos em avaliações escritas com ou sem consulta;

- 4,0 pontos em atividades como: debates, exposição de trabalhos, análise de

textos, montagem de painéis e cartazes, trabalhos em grupo, exibição e análise de filmes,

documentários e exercícios sobre o conteúdo.

Mediante as avaliações realizadas, quando necessário, será realizada a

recuperação de conteúdos, com os mesmos critérios e instrumentos utilizados nas

avaliações e registradas no Livro Registro de Classe.

Referências SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ciências. Curitiba. 2009. SEED. Departamento de Educação Básica, Grupo de Estudos 2009.

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131

PROPOSTA CURRICULAR EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

É imprescindível que o professor de Educação Física acredite que o conjunto de

posturas e movimentos corporais é constituído de valores representativos de uma

determinada sociedade, portanto, atuar no corpo, implica atuar na sociedade, na qual este

corpo está inserido.

Encaminhando essa discussão para o micro espaço social que é a escola e

especificamente, o espaço das aulas de Educação Física, salienta-se que, atualmente,

propõe-se como objeto de estudo para a Educação Física na escola a denominada cultura

corporal. Por cultura corporal compreende-se todo um acervo de práticas corporais que ao

longo do tempo o homem vem criando e modificando, conforme suas necessidades.

E para discutir e pôr em prática na escola as diversas formas em que a cultura

corporal se apresenta até o presente momento (os jogos, as ginásticas, as danças, as lutas e

os esportes), é necessário discutir alguns pressupostos.

Uma primeira afirmação que soa óbvia, é que a Educação Física escolar deve partir do

acervo cultural dos alunos, porque os movimentos corporais que eles possuem, extrapolam

a influência da escola, é cultural, portanto, têm significados específicos para diferentes

grupos sociais.

O professor necessita então, iniciar sua ação pedagógica partindo do acervo de

conhecimentos e habilidades de seus alunos e ampliá-los.

Outra discussão sobre as práticas corporais na escola, remete a questões relativas às

práticas esportivas. São práticas determinadas culturalmente, que podem fazer parte de um

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132

programa de Educação Física, enriquecendo, assim, o acervo cultural dos alunos.

Entretanto, a aprendizagem dos gestos esportivos não deve se limitar aos movimentos

padronizados ensinados pelo professor, mas devem contemplar a experiência dos alunos e

incentivar a sua criatividade e capacidade de exploração.

Esta posição não é contrária à utilização das práticas esportivas nas aulas de

Educação Física. Questiona-se tão somente que os movimentos esportivos não podem se

tornar uma camisa-de-força que impeça os alunos de expressarem outros movimentos,

frutos de histórias de vidas diferentes e de especificidades culturais diferentes.

Salienta-se ainda que, trabalhar com práticas corporais nas aulas de Educação

Física, vai muito além de simplesmente ensinar as regras e técnicas próprias de cada tema

da cultura corporal. É necessário acima de tudo, contextualizar essa prática à realidade a

qual ela se encontra.

O parecer procura oferecer uma resposta, entre outras, na área da educação, à

demanda da população afrodescendente, no sentindo de políticas de ações afirmativas, isto

é, de políticas de reparações, e de reconhecimento e valorização de sua história, cultura,

identidade. Trata, ele, de política curricular, fundada em dimensões históricas, sociais,

antropológicas oriundas da realidade brasileira, e busca combater o racismo e as

discriminações que atingem particularmente os negros. Nesta perspectiva, propõe A

divulgação e produção de conhecimentos, a formação de atitudes, posturas e valores que

eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimentos étnico-racial – descendentes de

africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos – para interagirem na

construção de uma nação democrática, em que todos, igualmente, tenham seus direitos

garantidos e sua identidade valorizada.

É importante salientar que tais políticas têm como meta o direito dos negros se

reconhecerem na cultura nacional, expressarem visões de mundo próprias, manifestarem

com autonomia individual e coletiva, seus pensamentos. É necessário sublinhar que tais

políticas têm, também, como meta o direito dos negros, assim como de todos cidadãos

brasileiros, cursarem cada um dos níveis de ensino, em escolas devidamente instaladas e

equipadas, orientados por professores qualificados para o ensino das diferentes áreas de

conhecimentos; com formação para lidar com as tensas relações produzidas pelo racismo e

discriminações, sensíveis e capazes de conduzir a reeducação das relações entre diferentes

grupos étnico-raciais, ou seja, entre descendentes de africanos, de europeus, de asiáticos, e

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133

povos indígenas. Estas condições materiais das escolas e de formação de professores são

indispensáveis para uma educação de qualidade, para todos, assim como é o conhecimento

e valorização da historia, cultura e identidade dos descendentes de africanos.

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

SÉRIE: 5ª

Conteúdo Estruturante

� Esporte

Conteúdos Básicos

� Futebol

� Handebol

� Voleibol

� Basquetebol

� Atletismo

� Tênis de mesa

� Futsal

� Xadrez

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134

Abordagem Pedagógica

Origem/histórico dos esportes;

Atividades pré desportivas com fundamentos e regras adaptadas;

Fundamentos básicos.

Expectativas de Aprendizagem

Espera-se que o aluno conheça, na origem dos diferentes esportes:

- o surgimento de cada esporte com suas primeiras regras;

- sua relação com jogos populares;

- experimentação de diferentes esportes com regras adaptadas.

Conteúdo Estruturante

� Jogos e brincadeiras

� Brincadeiras de rua / populares

� Brinquedos

� Brincadeiras de roda

� Jogos de tabuleiro

� Jogos de estafetas

� Jogos dramáticos e de interpretação

Abordagem Pedagógica

Origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras;

Brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem materiais alternativos;

Construção dos Brinquedos;

Disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro.

Expectativas de Aprendizagem

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135

- Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brinquedos e

brincadeiras, bem como experimentar e vivenciar, ou seja, apropriar-se efetivamente das

diferentes formas de jogar;

- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de brinquedos

com materiais alternativos.

Conteúdo Estruturante

� Dança

Conteúdos Básicos

� Danças folclóricas

� Atividades de expressão corporal

� Cantigas de roda

Abordagem Pedagógica

Origem e histórico das danças;

Contextualização da dança;

Atividades de criação e adaptadas;

Movimentos de experimentação corporal ( seqüência de movimentos)

Expectativas de Aprendizagem

- Conhecimento sobre a origem e alguns significados (místicos, religiosos, entre outros)

das danças circulares;

- Experimentação, criação e adaptação tanto das cantigas de rodas quanto de

diferentes seqüencias de movimentos.

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136

Conteúdo Estruturante

Ginástica

Conteúdos Básicos

� Ginástica artística

� Atividades circenses

� Ginástica natural

Abordagem Pedagógica

Origem e histórico da ginástica artística;

Movimentos Básicos (ex: rolamento, parada de mão, roda);

Construção e experimentação de materiaisutilizados nas diferentes modalidades ginásticas;

Cultura do Circo;

Consciência Corporal.

Expectativas de Aprendizagem

- Conhecer os aspectos históricos da ginástica artística e das práticas corporais circenses;

- Experimentação dos fundamentos básicos da ginástica:

��Saltar;

��Equilibrar;

��Rolar/Girar;

��Trepar;

��Balançar/Embalar.

- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização

de materiais alternativos.

Conteúdo Estruturante

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137

� Lutas

Conteúdos Básicos

� Judô

� Karate

� Taekwondo

� Capoeira

Abordagem Pedagógica

Origem e histórico das lutas;

Atividades que utilizem materiais alternativos;

Jogos de oposição;

Musicalização;

Ginga, esquiva e golpes.

Expectativas de Aprendizagem

- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de

lutas e se possível vivenciar algumas manifestações;

- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais

alternativos e dos jogos de oposição.

Critérios e meios que serão trabalhados no Ensino Fundamental e Médio

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138

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos, devem estar

envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, procurando outros encaminhamentos

que visem a superação das dificuldades apresentadas.

Deverá ser um processo contínuo, permanente aos alunos onde o professor organizará o

seu trabalho, possibilitando aos alunos refletirem e se posicionarem criticamente.

SÉRIE: 6ª

Conteúdo Estruturante

� Esporte

Conteúdos Básicos

� Futebol

� Handebol

� Voleibol

� Basquetebol

� Atletismo

� Tênis de mesa

� Futsal

� Xadrez

Abordagem Pedagógica

Origem dos diferentes esportes e mudanças no decorrer da história;

Noções das regras e elementos básicos;

Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;

Sentido da competição esportiva.

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139

Expectativas de Aprendizagem

- Espera-se que o aluno possa conhecer a difusão e diferenças de cada esporte,

relacionando-as com as mudanças do contexto histórico brasileiro;

- Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes esportes;

- Conhecimento das noções básicas das regras das diferentes manifestações.

Conteúdo Estruturante

� Jogos e brincadeiras

Conteúdos Básicos

� Brincadeiras de rua

� Jogos dramáticos e de interpretação

� Jogos de raquete e peteca

� Jogos cooperativos.

� Jogos de estafetas

� Jogos de tabuleiro

Abordagem Pedagógica

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brinquedos e brincadeiras;

Diferença entre brincadeira, jogo e esporte;

A construção coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos;

Os Jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais;

Difusão dos jogos e brincadeiras populares e tradicionais no contexto brasileiro;

Expectativas de Aprendizagem

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- Conhecer as diferenças e as possíveis relações existentes entre os jogos, brincadeiras e

brinquedos;

- Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brinquedos;

Conteúdo Estruturante

� Dança

Conteúdos Básicos

� Hip Hop: Break

� Dança folclórica

� Dança criativa

Abordagem Pedagógica

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança;

Desenvolvimento de formas corporais rítmico/expressivas;

Criação e adaptação de coreografias;

Construção de instrumentos musicais;

Expectativas de Aprendizagem

- Conhecer a origem e o contexto em que se desenvolveram o Break, Frevo e

Maracatu;

- Vivenciar as diferentes manifestações rítmicas e expressivas, por meio da

criação e adaptação de coreografias;

- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de instrumentos

musicais como, por exemplo, o pandeiro e o chocalho.

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Conteúdo Estruturante

� Ginástica

Conteúdos Básicos

� Atividades circenses

� Ginástica rítmica

� Ginástica artística

� Ginástica natural

Abordagem Pedagógica

Aspectos históricos e culturais da ginástica;

Noções de posturas e elementos ginásticos;

Cultura do Circo.

Expectativas de Aprendizagem

- Conhecer os aspectos históricos da ginástica rítmica (GR);

- Experimentar e vivenciar outras formas de movimentos e os elementos

da GR como:

��saltos;

��piruetas;

��equilíbrios;

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142

Conteúdo Estruturante

� Lutas

Conteúdos Básicos

� Capoeira

� Judô

� Karate

� Taekwondo

Abordagem Pedagógica

Origem das lutas, mudanças no decorrer da história;

Jogos de oposição;

Ginga, esquiva e golpes;

Rolamentos e quedas.

Expectativas de Aprendizagem

- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de

lutas e se possível vivenciar algumas manifestações;

- Conhecer a história do judô, karate, taekwondo e alguns movimentos básicos como as

quedas, rolamentos e outros movimentos;

- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais

alternativos e dos jogos de oposição.

SÉRIE: 7ª

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143

Conteúdo Estruturante

� Esporte

Conteúdos Básicos

� Futebol

� Handebol

� Voleibol

� Basquetebol

� Atletismo

� Futsal

� Xadrez

� Tênis de mesa

Abordagem Pedagógica

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte;

Possibilidade do esporte como atividade corporal: lazer, esporte de rendimento;

Condicionamento físico;

Esporte e mídia;

Esporte: benefícios e malefícios à saúde;

Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.

Expectativas de Aprendizagem

- Discutir e refletir sobre noções de ética nas competições esportivas;

- Entender que as práticas esportivas podem ser vivenciadas no tempo/espaço de lazer,

como esporte de rendimento ou como aptidão física e saúde;

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144

- Compreender a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes esportes;

- Reconhecer os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas;

- Conhecer e vivenciar diferentes modalidades esportivas.

Conteúdo Estruturante

� Jogos e brincadeiras

Conteúdos Básicos

� Jogos cooperativos

� Jogos intelectivos

� Jogos de raquete e peteca

� Jogos de tabuleiro

Abordagem Pedagógica

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brincadeiras e brinquedos;

Festivais;

Estratégias de jogo;

Desenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos, conhecidos, adaptados ou

criados, sejam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro;

Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brincadeiras e

brinquedos.

Conteúdo Estruturante

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145

� Dança

Conteúdos Básicos

� Hip Hop

� Danças folclóricas

� Dança de rua

� Dança de salão

Abordagem Pedagógica

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança;

Hip Hop: apresentação dos elementos de forma crítica (DJ, MC, GRAFITE E

BREAK);

Elementos e técnicas de dança;

Esquetes (são pequenas sequências cômicas).

Expectativas de Aprendizagem

- Conhecer e compreender os diferentes elementos do Hip-Hop a partir do contexto

histórico;

- Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento,

entre outros elementos que identificam as diferentes danças;

- Montar pequenas composições coreográficas.

Conteúdo Estruturante

� Ginástica

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146

Conteúdos Básicos

� Ginástica artística

� Ginástica rítmica

� Ginástica geral

� Atividades circenses

Abordagem Pedagógica

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica;

Noções de postura e elementos ginásticos;

Origem da Ginástica com enfoque específico nas diferentes modalidades, pensando suas

mudanças ao longo dos anos;

Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica;

Movimentos acrobáticos.

Expectativas de Aprendizagem

- Manusear os diferentes elementos da GR como:

��corda;

��fita;

��bola;

��maças;

��arco.

- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir das atividades circenses

como acrobacias de solo e equilíbrios em grupo.

Conteúdo Estruturante

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147

� Lutas

Conteúdos Básicos

� Capoeira

� Judô

� Karate

� Taekwondo

Abordagem Pedagógica

Roda de capoeira;

Projeção e imobilização;

Jogos de oposição.

Expectativas de Aprendizagem

- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de

lutas e se possível vivenciar algumas manifestações;

- Aprofundar alguns elementos da capoeira procurando compreender a constituição, os

ritos e os significados da roda;

- Conhecer as diferentes projeções e imobilizações do judô.

SÉRIE: 8ª

Conteúdo Estruturante

� Esporte

Conteúdos Básicos

� Futebol

� Handebol

� Voleibol

� Basquetebol

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148

� Atletismo

� Futsal

� Tenis de mesa

� Xadrez

Abordagem Pedagógica

Recorte histórico delimitando tempos e espaços;

Organização de festivais esportivos;

Analise dos diferentes esportes no contexto social e econômico;

Regras oficiais e sistemas táticos;

A prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;

Súmulas, noções e preenchimento.

Expectativas de Aprendizagem

- Vivenciar atividades esportivas, trabalhando com arbitragens, súmulas e as diferentes

noções de preenchimento;

- Reconhecer o contexto social e econômico em que os diferentes esportes se

desenvolveram.

Conteúdo Estruturante

� Jogos e Brincadeiras

Conteúdos Básicos

� Jogos cooperativos

� Jogos de tabuleiro

Abordagem Pedagógica

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149

Organização e criação de gincanas e RPG (Role-Playing Game, Jogo de Interpretação de

Personagem), compreendendo que é um jogo de estratégia e imaginação, em que os alunos

interpretam diferentes personagens, vivendo aventuras e superando desafios;

Diferenciação dos jogos cooperativos e competitivos.

Expectativas de Aprendizagem

- Reconhecer a importância da organização coletiva na elaboração de gincanas e R.P.G.;

- Diferenciar os jogos cooperativos e os jogos competitivos a partir dos seguintes

elementos:

��Visão do jogo;

��Objetivo;

��O outro;

��Relação;

��Resultado;

��Conseqüência;

��Motivação.

Conteúdo Estruturante

� Dança

� Dança de salão

� Dança Folclórica

Abordagem Pedagógica

Recorte histórico delimitando tempos e espaços na dança;

Organização de festivais;

Elementos e técnicas de dança;

Reconhecer a importância das diferentes manifestações presentes nas danças e seu

contexto histórico;

Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre

outros elementos presentes no forró, vanerão e nas danças africanas.

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150

Expectativas de Aprendizagem

- Criar e vivenciar atividades de dança, nas quais sejam apresentadas as diferentes criações

coreográficas realizadas pelos alunos.

Conteúdo Estruturante

� Ginástica

Abordagem Pedagógica

� Ginástica artística

� Ginástica rítmica

� Ginástica de academia

Abordagem Pedagógica

Origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física;

Construção de coreografias;

Ginástica e a cultura de rua (circo, malabares e acrobacias);

Análise sobre o modismo;

Vivência das técnicas específicas das ginásticas desportivas;

Recursos ergogênicos (doping).

Expectativas de Aprendizagem

- Conhecer e vivenciar as técnicas da ginásticas ocidentais e orientais;

- Compreender a relação existente entre a ginástica artística e os elementos presentes no

circo;

- A influência da ginástica na busca pelo corpo perfeito.

Conteúdo Estruturante

� Lutas

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151

� Taekwondo

� Capoeira

� Karate

� Judô

Abordagem Pedagógica

Origens e aspectos históricos.

Expectativas de Aprendizagem

- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de

lutas e se possível vivenciar algumas manifestações.

ENSINO MÉDIO

Conteúdo Estruturante

� Esporte

Conteúdos Básicos

� Futebol

� Futsal

� Handebol

� Voleibol

� Basquetebol

� Atletismo

� Tênis de mesa

� Xadrez

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152

Abordagem Pedagógica

Recorte histórico delimitando tempos e espaços;

Esporte de rendimento X qualidade de vida;

Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico;

Regras oficiais e sistemas táticos;

Súmulas, noções e preenchimento;

Scalt;

Conhecimento popular X conhecimento científico.

Relação Esporte e Lazer;

Função social;

Esporte e mídia;

Esporte e ciência;

Doping e recursos ergogênicos;

Nutrição, saúde e prática esportiva.

Expectativas de Aprendizagem

- Organizar e vivenciar atividades esportivas, trabalhando com construção de tabelas,

arbitragens, súmulas e as diferentes noções de preenchimento;

- Aprofundar e compreender as diferenças entre esporte da escola, o esporte de rendimento

e a relação entre esporte e lazer;

- Compreender a função social do esporte;

- Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no esporte;

- Compreender as questões sobre o dopping, recursos ergo gênicos utilizados e nutrição;

- Organização de campeonatos, montagem de tabelas, formas de disputa;

- Apropriação do Esporte pela Indústria Cultural.

Conteúdo Estruturante

� Jogos e brincadeiras

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153

Conteúdos Básicos

� Jogos populares

� Jogos competitivos

� Jogos cooperativos

� Jogos de tabuleiro

� Jogos intelectivos

Abordagem Pedagógica

Apropriação dos Jogos pela Indústria Cultural;

Organização de eventos;

Dinâmica de grupo;

Jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos de lazer;

Recorte histórico delimitando tempo e espaço.

Expectativas de Aprendizagem

- Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando alternativas de

superação;

- Organizar atividades e dinâmicas de grupos que possibilitem aproximação e considerem

individualidades.

Conteúdo Estruturante

� Dança

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154

Conteúdos Básicos

� Dança folclórica

� Dança de salão

Abordagem Pedagógica

Dança e expressão corporal e diversidade de culturas;

Diversidade de manifestações, ritmos, dramatização, danças temáticas;

Interpretação e criação coreográfica;

Alongamento, relaxamento e consciência corporal;

Apropriação da Dança pela Indústria Cultural;

Diferentes tipos de dança;

Organização de Festival de Dança.

Expectativas de Aprendizagem

- Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre

outros

- Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões culturais, por meio

da dança;

- Discutir e aprofundar a forma de apropriação das danças pela indústria cultural;

- Criação e apresentação de coreografias.

Conteúdo Estruturante

� Ginástica

Conteúdos Básicos

� Ginástica geral;

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155

� Ginástica de academia;

� Ginástica rítmica.

Abordagem Pedagógica

Função social da ginástica;

Fundamentos da ginástica;

Ginástica no mundo do trabalho (ex. laboral);

Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida;

Correções posturais;

Grupos musculares, resistência muscular, diferença entre resistência e força; tipos de força;

fontes energéticas;

Diferentes métodos de avaliação e análise com testes físicos e planejamento;

Diferentes métodos de avaliação e análise com testes físicos e planejamento de treinos;

Festival de ginástica;

Freqüência cardíaca;

Fonte metabólica e gasto energético;

Composição corporal.

Ergonomia, DORT e Lesão por Esforço Repetitivo (LER);

Construção cultural do corpo;

Desvios posturais;

Apropriação da Ginástica pela Indústria Cultural.

Expectativas de Aprendizagem

- Organizar eventos de ginásticas, na qual sejam apresentadas as diferentes criações

coreográficas ou seqüência de movimentos ginásticos elaborados pelos alunos;

- Aprofundar e compreender as questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas que

envolvem diferença entre resistência e força;

- Tipos de força;

- Fontes energéticas;

Compreender a função social da ginástica;

- Discutir sobre a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural na ginástica;

- Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho.

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156

Conteúdo Estruturante

� Lutas

Conteúdos Básicos

� Taekwondo

� Karate

� Kung fu

� Muay thai

� Boxe

� Greco romana

� Capoeira

� Jjiu-jitsu

� Judô

� Sumo

Abordagem Pedagógica

Histórico, filosofia e características das diferentes artes marciais;

Lutas X Artes Marciais;

Histórico, estilos de jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de

instrumentos, movimentação, roda etc;

Artes marciais, histórico, técnicas, táticas/estratégias;

Apropriação da Luta pela Indústria Cultural.

Expectativas de Aprendizagem

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157

- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de

lutas e se possível vivenciar algumas manifestações;

- Discutir a questão que se refere a diferença entre lutas e artes marciais.

- Vivenciar os diferentes estilos de jogo/luta/dança;

- Discutir e aprofundar sobre a forma de apropriação das lutas pela indústria

cultural;

- Conhecer os diferentes ritmos golpes, posturas, conduções, formas de deslocamento,

entre outros;

- Organizar um festival de demonstração, no qual os alunos apresentem as diferentes tipos

de golpes .

OBS: Em nosso trabalho será contemplada a legislação vigente: Lei 10639/03 – História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana, Lei 11645/08 – História e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena, tanto no ensino fundamental, quanto no médio.

METODOLOGIA

O encaminhamento metodológico pretende compreender as práticas corporais

representando uma reorientação das práticas da Educação Física. Por conseqüência essa

construção da dimensão corporal, tenta superar a Educação Física técnica e

instrumentadora do corpo, por meio das práticas corporais, seja do esporte, da dança, da

ginástica, dos jogos, das brincadeiras e brinquedos.

O professor de Educação Física deve compreender a nova organização e

sistematização dessas práticas corporais e investigar os conceitos de corpo veiculados em

outras disciplinas

O conteúdo de aula é apresentada aos alunos das seguintes formas: fase de

problematização, buscando a melhor forma de execução, fase de apreensão do

conhecimento e no terceiro momento a reflexão sobre a prática.

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem em Ed. Física tem conduzido os professores à

reflexão, ao estudo e aprofundamento, visando buscar novas formas de entendimento e

compreensão de seus significados no contexto. Apesar da vasta literatura existente, a

avaliação da aprendizagem em Ed. Física denota claramente os aspectos quantitativos de

mensuração do rendimento do aluno, através de gestos técnicos, destrezas motoras e

qualidades físicas, visando principalmente a seleção e classificação. Muitas vezes, o único

critério para a aprovação e reprova é o de assiduidade do aluno nas aulas.

Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino da Ed. Física nestas diretrizes,

objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção defendida e as práticas

avaliativas que integram o processo ensino-aprendizagem. Nesta perspectiva, a avaliação

deve ser colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o

conjunto das ações pedagógicas e não como um elemento externo a este processo.

De acordo com as especificidades da disciplina de Ed. Física, avaliação deve estar

vinculada ao Projeto Político Pedagógico da escola, com critérios estabelecidos de forma

clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de ensino e aprendizagem, sendo

contínuo e, identificando, dessa forma, os progressos do aluno durante o ano letivo,

levando-se em consideração o que preconiza a LDB 939/96 pela chamada avaliação

formativa em comparação à avaliação tradicional, qual seja, somativa ou classificatória,

com vistas à diminuição das desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade justa e

mais humana.

Todas as atividades serão explicitadas ao aluno. Os valores de cada teste, de cada

trabalho, mesmo atividades desenvolvidas pelos educandos em sala ou no espaço físico

ofertado pelo estabelecimento.

REFERENCIA

ARTAUD, Antonin. O teatro e seu duplo. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

BARBOSA, Ana Mae. Tópicos utópicos. Belo Horizonte: Editora c/ arte, 1998.

DEWEY, John. Dewey. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

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159

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São

Paulo: Paz e Terra, 1996.

GARAUDY, Roger. Dançar a vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

GARCIA, Clóvis. Pesquisas em artes cênicas. In: Memória Abrace I – Anais do I

Congresso Brasileiro de Pesquisa e Pós Graduação em Artes Cênicas. Salvador: Abrace,

2000b, p.267-276.

GONÇALVES, Maria Augusta Salim. Sentir, pensar, agir – corporeidade e educação.

Campinas, SP: Papirus, 1994.

KANDINSKY, Wassily. Do espititual na arte. São Paulo: Martins Fontes, 1990.

LABAN, Rudolf. Domínio do Movimento. São Paulo: Summus, 1978.

MARQUES, Isabel. Ensino de Dança Hoje. São Paulo: Cortez, 1999.

MELO, V. A., SOUZA, M. I. G., PEREIRA, P. G. Dança e animação cultural. Goiânia:

Revista Pensar a prática, UFG, 2003.

SANZ, Luiz Alberto. Procedimentos metodológicos: fazendo caminhos. Rio de Janeiro:

Ed. Senac Nacional, 2003.

SHUSTERMAN, Richard. Vivendo a arte. São Paulo: Ed. 34, 1998.

ZAMBONI, Silvio. A pesquisa em arte: um paralelo entre arte e ciência. Campinas, São

Paulo: Autores associados, 2001.

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160

PROPOSTA CURRICULAR ENSINO RELIGIOSO– ENSINO FUNDAMENTAL

ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso pautou-se historicamente no ensino do catolicismo que

expressava a proximidade do Império com a Igreja Católica. Depois, com o advento da

República, a nova Constituição separou o Estado da Igreja e o ensino passou a ser laico.

Na LDB 4024/61 no título “Disposição Gerais e Transitório”, o Ensino Religioso

foi citado no Art.97, que determina que essa disciplina deve ser de matrícula facultativa

um ônus para o poder público de ser ministrado de acordo com a confissão religiosa do

aluno.

Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar a

necessária recuperação das tradicionais aulas de religião, e a inserção de conteúdos que

tratem da diversidade de manifestação religiosa, dos seus ritos, das suas paisagens e

símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticos e econômicos de que

são impregnadas.

Com base na diversidade religiosa, o Ensino Religioso define como objeto de

estudo o sagrado com o foco o fenômeno religioso, contemplando algo que está presente

em todas as tradições religiosas, favorecendo assim uma abordagem ampla dos conteúdos

específicos da disciplina. O sagrado perpassará todo o currículo do Ensino Religioso, de

modo a permitir uma análise mais completa de sua presença nas diferentes manifestações

religiosas. Portanto, o objeto do Ensino Religioso é o estudo das diferentes manifestações

do sagrado no coletivo. Seu objetivo é analisar e compreender o sagrado como o cerne da

experiência religiosa do cotidiano que o contextualiza no cultural .

Os conteúdos propostos para o Ensino Religioso são a: paisagem religiosa, o

símbolo e o texto sagrado, apropriados das instancias que ajudam a compreender o

sagrado.

A disciplina do Ensino Religioso tem como objetivo:

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161

- Superar o distanciamento do ensino religioso dos demais disciplinas escolares,

definindo orientação para oferta desta modalidade;

- Desenvolver uma nova concepção do Ensino Religioso, legitimando a perspectiva

deste componente curricular, superando o caráter proselitista e doutrinário que marca esta

disciplina historicamente.

- Possibilitar a reflexão sobre a realidade brasileira focalizando o sagrado e as

diferentes manifestações contidas no pluralismo religioso brasileiro.

Os conteúdos relacionados à disciplina de Ensino Religioso, têm como referência

os conteúdos estruturantes, dos quais desdobram-se os conteúdos específicos.

Cabe salientar que os conteúdos estruturantes ora definidos, não devem ser

entendidos isoladamente, uma vez que se relacionam intensamente ao objeto de estudos da

disciplina, portanto, a sua apresentação em separado é meramente didática.

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

− Paisagem Religiosa

− Universo Simbólico Religioso

− Textos Sagrados

CONTEÚDOS BÁSICOS

− Organizações Religiosas

− Lugares Sagrados

− Textos Sagrados orais ou escritos

− Símbolos Religiosos

6ª SÉRIE

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162

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

− Paisagem Religiosa

− Universo Simbólico Religioso

− Textos Sagrados

CONTEÚDOS BÁSICOS

− Temporalidade Sagrada

− Festas Religiosas

− Ritos

− Vida e Morte

OBS.: Em nosso trabalho será contemplada a legislação vigente: Lei 10639/03 – História e

Cultura Afro-Brasileira , Lei 11645/03/08 – História Cultura Afro-Brasileira e Indígena no

Ensino Fundamental. Onde serão inseridos através de textos, filmes, pesquisas e outros.

METODOLOGIA

Propor o encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso, não se

reduz a determinar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem utilizados em sala de

aula, mas pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão o trabalho. Logo as

práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor da disciplina poderão fomentar o

respeito às diversas manifestações religiosas ampliando e valorizando o universo cultural

dos alunos.

Tendo como ponto de partida o histórico da disciplina e as novas demandas para o

Ensino Religioso, foram definidos os fundamentos teóricos da disciplina que só terão

sentido no processo de ensino e de aprendizagem, na medida em que sejam incorporados

pelos professores não apenas no planejamento formalizado na escola, mas no efetivo

trabalho com os alunos.

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163

Destaca-se que todo o conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso

contribuirá para a superação: do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença

religiosa de toda forma de proselitismo, bem como da discriminação de qualquer expressão

de sagrado.

A linguagem a ser utilizada nas aulas de Ensino Religioso é a pedagógica e não a

religiosa, referente a cada expressão do sagrado, adequada ao universo escolar, respeitando

o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do educando.

Tendo em vista a diversidade de conteúdo e o processo de pesquisa a ser utilizado

pelo professor no planejamento de suas aulas, é necessário uma seleção que priorize as

produções de estudos sem a manifestação religiosa, de cunho confessional e outras

manifestações que valorizem quaisquer doutrina.

AVALIAÇÃO

O Ensino Religioso não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no

que se refere atribuição de notas ou conceitos, ou seja, o Ensino Religioso não se constitui

como objeto de reprova, bem como não terá registro de notas ou conceitos na

documentação escolar, isto justifica pelo caráter facultativo da matrícula na disciplina.

Cabe ao professor a implantação de práticas avaliativas que permitam acompanhar o

processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe tendo como parâmetros

os conteúdos tratados e os seus objetivos.

O professor deve elaborar instrumentos que auxiliem a registrar o quanto o aluno se

apropriou das aulas, aceitar as diferenças individuais e grupo social, portanto o professor

terá elementos para planejar as necessárias intervenções no processo de ensino e

aprendizagem.

O professor de Ensino Religioso a partir do processo avaliativo dos alunos, poderá

realizar sua ante-avaliação que orientará a continuidade do trabalho e reorganizando tudo o

que foi trabalhado, pois avaliar é um dos fatores que poderá contribuir para a sua

legitimação como um dos componentes curriculares conhecendo e compreendendo melhor

a diversidade cultural.

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164

REFERENCIA

SEED – Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso. Ensino Fundamental. Curitiba: 2009.

Caderno Pedagógico de Ensino Religioso

PROPOSTA CURRICULAR DE FILOSOFIA ENSINO MÉDIO

FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A disciplina de filosofia está inserida durante o Ensino Médio, sendo uma

disciplina obrigatória que não se limita somente ao conhecimento isolado de outras

disciplinas, mas contribui para a interdisciplinaridade pois tem a função de levar o aluno a

pensar , se localizar no tempo e no espaço, buscando localizar os principais problemas que

devem ser tratados com os estudantes do Ensino Médio, buscar questões cujas respostas

estão longe de se obter pela Ciência, colocando como objeto de estudo: os problemas,

conceitos e ideias.

A diretriz curricular de Filosofia faz a opção pelo trabalho com conteúdos

estruturantes, tomados como conhecimentos basilares, que se constituíram ao longo da

história da Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e sociedades diferentes, e que,

tendo em vista o estudante do Ensino Médio, ganham especial sentido e significado

político, social e educacional.

A filosofia apresenta-se como conteúdo filosófico e também como um

conhecimento que possibilita ao estudante desenvolver estilo próprio de pensamento, criar

conceito e significações, buscando trabalhar o mito e a filosofia, o conhecimento, a ética ,

a filosofia Política, a filosofia da ciência e a estética.

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165

O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação do

estudante com os problemas suscitados, na organização do pensamento, na investigação,

busca de soluções, nos textos filosóficos, enfim na criação de conceitos. A Filosofia gira

basicamente em torno se problemas e conceitos criados no decorrer de sua longa história,

os quais por sua vez devidamente utilizados, deram discussões promissoras e criativas que

desencadeiam, muitas vezes, ações e transformações.

A disciplina de Filosofia justifica sua importância no desenvolvimento intelectual

que ela desenvolve no aluno propiciando ao mesmo ser um agente ativo no meio no qual

está inserido, questionando e expondo sua opinião sobre acontecimentos que envolve seu

cotidiano e acontecimentos que interfere no mundo.

Tendo por objetivo:

- Formar pluridimensional e democrática organizando suas ideias, seus

conhecimentos e conceitos e a possibilidade de compreender a complexidade do mundo

contemporâneo, suas particularidades e especializações, procurando desenvolver no aluno

questões de respeito, da ética articulando-se com o pensamento.

- Explorar o pensamento filosófico, a compreensão do antopocentrismo

(valorização do Homem ), desenvolvendo o senso crítico, a ideia, a experimentação, a

razão e os problemas atuais, contribuindo assim para efetiva transformação do mundo.

Buscar o diálogo no embate entre as diferenças e sua

convivência e a construção da sua história, onde ao ter contato

com os problemas e textos filosóficos possa pensar e argumentar

criticamente e que nesse processo crie e recrie para si os

conceitos filosóficos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes são conhecimentos basilares de uma disciplina,

que se constituíram historicamente em contextos e sociedades diferentes que ganham

sentido político, social e educacional tendo em vista o Ensino Médio. Esta diretriz ao

propor a organização do ensino de Filosofia por conteúdos estruturantes: Mito e Filosofia,

Teoria do Conhecimento, Ética Filosofia Política, Estética e Filosofia da Ciência, em

seguida esboçados , objetiva estimular o trabalho da mediação intelectual, o pensar, a

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166

busca da profundidade dos conceitos e das suas relações históricas, em oposição ao caráter

imediatista que assedia e permeia a experiência do conhecimento e as ações dela

resultantes. Os conteúdos estruturantes não devem ser entendidos como isolados entre

si, estanques, sem comunicação. Eles são dimensões da realidade que dialogam

continuamente entre si, com as ciências, com a arte, com a história, enfim, com as demais

disciplinas. Os conteúdos como mediadores da reflexão filosófica, devem estar vinculados

à tradição filosófica, confrontando diferentes pontos de vista e concepções, de modo que o

estudante perceba a diversidade de problemas e de abordagens. Num ambiente de

investigação, de redescobertas e recriações, pode-se garantir aos educandos a possibilidade

de elaborar, de forma problematizadora, suas próprias questões e tentativas de respostas.

MITO E FILOSOFIA

O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que pensa, cria

explicações e pensamentos. Na criação do pensamento está presente tanto o mito como a

racionalidade ou seja a base mitológica enquanto pensamento por figuras e a base racional,

enquanto pensamento por conceitos são constituintes do processo de formação do

conhecimento filosófico, pois é a partir do estudo do mito que o homem desenvolve ideias,

inventa sistemas, elabora leis, códigos, práticas. Entender a conquista da autonomia da

racionalidade diante do mito marca o advento de uma etapa fundamental do pensamento e

do desenvolvimento de todas as concepções científicas produzidas ao longo da história.

É de fundamental importância que o estudante do Ensino Médio conheça o

contexto histórico e político do surgimento da filosofia e o que ele significou para a cultura

helênica, pois essa relação do pensamento mítico com o pensamento racional no contexto

grego é importante para que o estudante do Ensino Médio perceba que os mesmos

conflitos vividos pelos gregos ente mito e razão são problemas presentes ainda hoje em

nossa sociedade, em que , por exemplo, a própria ciência ao deparar-se com o elemento da

crença mitológica apresenta-se como neutra, escondendo interesses políticos e econômicos

em sua roupagem sistemática.

Conteúdos Básicos:

f) Saber mítico;

g) Saber filosófico;

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167

h) Relação Mito-filosofia;

i) Atualidade do mito;

j) O que é filosofia?

TEORIA DO CONHECIMENTO A teoria do conhecimento, constituída como campo do conhecimento filosófico de

forma autônoma no início da Idade Média, ocupa-se de forma sistemática com a origem, a

essência e a certeza do conhecimento humano.

Esta teoria aborda questões como: quanto ao critério da verdade; - O que permite

reconhecer o verdadeiro?”, - quanto a possibilidade do conhecimento , - Pode o sujeito

apreender o objeto?, quanto ao âmbito do conhecimento – Abrange ele a totalidade do real

ou se restringe ao sujeito que conhece?, quanto à origem do conhecimento –“Qual é a fonte

do conhecimento?

Ao estudante do Ensino Médio deve-se exercer uma atividade reflexiva tentando

encontrar caminhos e respostas diferentes para elas, evidenciar os limites do conhecimento,

possibilitar perceber os fatores históricos e temporais que influíram na sua elaboração e

assim retomar problemáticas já pensadas na perspectiva de novas soluções relativas a seu

tempo.

Conteúdos Básicos:

b) Possibilidade de conhecimentos;

c) As formas de conhecimentos;

d) O problema da verdade;

e) A questão do método;

f) Conhecimento e lógica

ÉTICA

Ética é o estudo dos fundamentos da ação humana,, é a relação entre o sujeito e a

norma, é uma relação tensa e conflituosa, uma vez que todo estabelecimento de norma

implica cerceamento da liberdade e que compete á tessitura das forças sociais

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convencionar entre ambos alguma forma de equilíbrio; reconhecer que o equilíbrio se faz

difícil e mesmo impossível.

O conteúdo de ética possibilita análise critica para atribuição de valores, mas pode

ser também o espaço da transgressão quanto aos valores impostos pela sociedade que se

configuram como instrumentos de repressão, violência e injustiça.

No ensino médio deve-se chamar atenção para os novos desafios da reflexão ética

na vida moderna como exemplo a contradição entre projeto de construção de sociedade

livres e democráticas e crescimento dos fundamentalismos religiosos e do pragmatismo

político que visa a reordenação dos espaços privados e públicos.

Conteúdos Básicos:

Ética e Moral;

Pluralidade e ética;

Ética e violência;

Razão, desejo e vontade;

Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.

FILOSOFIA POLÍTICA

A Filosofia Política busca discutir as relações de poder e compreender os

mecanismos que estruturam e legitimam os diversos sistemas políticos.

No Ensino Médio a Filosofia Política tem por objetivo problematizar conceitos

como o de cidadania, democracia, soberania, justiça, igualdade e liberdade, de modo que

se atenda ao dispositivo da LDB preparando o estudante para uma ação política efetiva.

Conteúdos Básicos:

Relação entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política;

Política e ideologia;

Esfera pública privada

Cidadania formal/e ou participativa.

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

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A Filosofia da Ciência é um estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos

resultados das diversas ciências, que consiste em refletir criticamente o conhecimento

científico para conhecer e analisar todo processo de construção da ciência do ponto de

vista lógico, linguístico, sociológico, interdisciplinar, político, filosófico e histórico, mostra

que o conhecimento científico é provisório, jamais acabado ou definitivo, sempre tributário

de fundamentos ideológicos, religiosos, econômicos, políticos e históricos e serve como

ferramenta capaz de questionar a visão tecno-científica.

É necessário no Ensino Médio estudar a Filosofia da Ciência na perspectiva da

produção do conhecimento científico, problematizando o método, possibilitando o contato

com o modo como os cientistas trabalham e pensam.

Conteúdos Básicos:

Concepção de ciências;

A questão do método científico;

Contribuições e limites da ciências;

Ciência e ideologia;

Ciência e ética.

ESTÉTICA

A característica marcante da filosofia é a problematização e investigação voltada

para a realidade sensível, compreender a sensibilidade, a representação criativa, a

apreensão intuitiva do mundo concreto e a forma como eles determinam a relação do

homem com o mundo e consigo mesmo é objeto do conteúdo estruturante de Estética.

O conteúdo estruturante Estética está voltada para a beleza e a arte, está

intimamente ligada à realidade e as pretensões humanas do

E dominar, moldar, representar, reduzir, completar, alterar, apropriar-se do mundo

enquanto realidade humanizada.

Hoje a Estética nos conduz para além do império da técnica, das máquinas e da arte

como produto comercial, ou do belo enquanto conceito acessível para poucos, na busca de

espaço de reflexão, pensamento, representação e contemplação do mundo.

No ensino médio a estética possibilita compreender a apreensão da realidade pela

sensibilidade, perceber que o conhecimento não é apenas resultado da atividade intelectual,

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mas também da imaginação, da intuição e da fruição que contribuem para a constituição de

sujeitos críticos e criativos.

Conteúdos Básicos:

Natureza da arte;

Filosofia e arte;

Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco,

gosto, etc;

Estética e sociedade.

Serão inseridos ainda conteúdos relacionados a História e Cultura

Afro Brasileira e Africana Lei 10.639/03 – e História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena

Lei 11.645/03/08 ao Currículo Básico do Ensino Fundamental e Ensino Médio, através de

análise e reflexões sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros e

indígenas como sujeitos na construção da sociedade e do país, ressaltando valores que

precisam ganhar amplitude e status de conhecimento na perspectiva de uma sociedade

multicultural e pluriétnica.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA Se dará em 4 momentos: sensibilização, problematização, investigação filosófica e

a criação de conceitos.

O ensino de filosofia deve iniciar pela sensibilização que pode ser entendida por

atividades geralmente conduzidas pelo professor com objetivo de investigar e motivar

possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido

onde a sensibilização inicia-se pelo trabalho filosófico.

A problematização ocorre quando o professor e estudantes, a partir do conteúdo em

discussão, levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. Tanto para

a sensibilização quanto a problematização deve ressaltar recursos como: filmes, leitura de

jornais, textos, música ou qualquer recurso utilizado para ressaltar a sensibilização e a

problematização. A problematização deve fazer com que o professor convide o aluno a

analisar o problema por meio da investigação que é uma experiência filosófica, com isso o

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aluno vai defrontar o problema e as possíveis soluções que orientarão na discussão

filosófica.

Ao finalizar todo processo o aluno encontrar-se-à apto a elaborar um texto, ter

condições de construir seu conhecimento, suas ideias e por vezes sua ideologia, criando

assim possibilidade de argumentar filosoficamente por meio de raciocínios lógicos num

pensar coerente e crítico. As atividades de investigação filosófica deve ser individual ou

coletiva onde ele possa organizar e orientar o debate filosófico, dando-lhe um caráter

dinâmico e participativo, elaborando conceitos que garantam a ele a reflexão filosófica.

AVALIAÇÃO Segundo Kohan e Waksman, (2002), o ensino de Filosofia tem uma especificidade

prática que deve ser levada em conta no processo de avaliação, pois a filosofia como

prática, como discussão com o outro, como construção de conceitos encontra seu sentido

na experiência de pensamento filosófico, e essa experiência é um acontecimento inusitado

que o educador pode propiciar, preparar, porém não determinar, menos ainda , avaliar ou

medir, com respeito ao estudante, suas posições e argumentações.

Para isso serão usados os seguintes instrumentos: leitura e produção de textos,

realização de trabalhos individuais e em grupo para aprofundamento dos temas, debates

para confronto de ideias.

A avaliação deve ser concebida na função diagnóstica sem a finalidade em si

mesma, mas sim de subsidiar o mesmo redimensionar o curso da ação no processo ensino-

aprendizagem garantindo a qualidade do conhecimento do professor e aluno.

Deve-se trabalhar com leituras de textos com temas pertinentes, discussão sobre

assuntos diversos e investigação para que o aluno crie seu conceito. Além dos textos

devem ser trabalhados filmes, músicas, dramatização, pesquisas, entrevistas, leituras de

livros didáticos, debates, preparação de painéis, debates, testes, entrevistas, pesquisas e

dramatizações.

Os critérios de avaliação utilizados serão: participação em classe na leitura e

produção de textos, envolvimento nos trabalhos em grupo e participação nos círculos para

debates.

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Ao avaliar o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante pois

o importante é desenvolver a capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas

posições.

REFERÊNCIA

SEED. Diretrizes Curriculares de Filosofia. Ensino Médio. Curitiba:2009

LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO.

PROPOSTA CURRICULAR - FISICA

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Física em toda sua complexidade tem como objeto de estudo o universo. A disciplina

de Física propõe aos estudantes o estudo da natureza, porém os conhecimentos por ela

desenvolvida e por sua vez apresentada aos alunos do Ensino Médio, não são coisas da

natureza, ou a própria natureza, mas modelos de elaborações humanas.

A Física incorporada a cultura integrada como instrumento tecnológico, tornou-se

indispensável à formação da cidadania. É um conhecimento que permite elaborar modelos

de evolução cósmica, investigar os mistérios do mundo microscópico, das partículas que

compõem a matéria, ao mesmo tempo que permite desenvolver novas fontes de energia

para uso da vida humana, transformar e criar novos materiais ou inventar produtos e

tecnologias. A importância da disciplina de Física se estende a partir da necessidade de

todo jovem ter uma formação básica geral, se posicionando perante questões polêmicas

como: Construção de Usinas Nucleares, fenômenos da natureza, poluição ambiental,

tecnologia avançada, o Universo e seus mitos, questões que precisam ser interpretadas pois

evidenciam a complexidade do mundo atual.

Espera-se que o ensino de Física, na escola média, contribua para a formação de uma

cultura científica efetiva que permita ao indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e

processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza

como parte da própria natureza em transformação. Para tanto é essencial que o

conhecimento físico seja explicitado como um processo histórico, produzido em sociedade,

objeto de contínua transformação em sua relação com a vida social, e associado com outras

formas de expressão e produção humanas. É necessário também que a cultura em Física

inclua a compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos tecnológicos, que

cercam o cotidiano doméstico, social e profissional. O ensino de Física deve propiciar

esses conhecimentos articulados a uma visão de mundo, uma compreensão dinâmica do

Universo bem mais ampla do que em nosso entorno material imediato, capaz de

transcender nossos limites temporais e espaciais.

Construir o ensino de Física centrado em conteúdos e metodologias capazes de levar, aos

alunos, uma reflexão sobre o mundo das Ciências sob a perspectiva de que esta não é

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somente fruto da pura racionalidade científica, compartilhando com mais gente e com

menos álgebra, a emoção dos debates, a força dos princípios e a beleza dos conceitos

científicos.

Educar para a cidadania contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz

de admirar a beleza da produção científica ao longo da história e compreender a

necessidade desta dimensão do conhecimento para o estudo e o entendimento do universo

de fenômenos que o cercam.

CONTEUDO ESTRUTURANTE

Os três conteúdos (movimento, termodinâmica e eletromagnetismo) foram escolhidos

como estruturantes, porque indicam campos de estudos da Física que, a partir de

desdobramentos em conteúdos pontuais, possam garantir os objetos de estudo da disciplina

da forma mais abrangente possível.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

-Movimento

CONTEÚDOS BÁSICOS

-Momentum e inércia

-Conservação de quantidade de movimento (momentum)

-Variação da quantidade de movimento = Impulso

-2ª Lei de Newton

-3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio

-Energia e o Princípio da Conservação da energia

-Gravitação

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

-Termodinâmica

CONTEÚDOS BÁSICOS

-Leis da Termodinâmica

-Lei zero da Termodinâmica

-1ª Lei da Termodinâmica

-2ª Lei da Termodinâmica

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

-Eletromagnetismo

CONTEÚDOS BÁSICOS

-Carga elétrica, corrente elétrica, campo elétrico e ondas eletromagnéticas

-Força eletromagnética

-Equações de Maxwell:Lei de Gauss para a eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampère,

Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday.

-A natureza da luz e suas propriedades.

Serão inseridos ainda conteúdos relacionados a História e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os

afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do país, ressaltando os valores

que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade

multicultural e pluriétnica, lei n 11.645/03/08 que integra a História e Cultura afro-

brasileira e indígena ao currículo de Ensino Fundamental e de Ensino Médio, caso o

conteúdo proporcione oportunidade..

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO No processo de ensino-aprendizagem, em Física, deverá partir do conhecimento prévio

dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas ou concepções espontâneas,

sobre os quais a Ciência tem um conceito científico. O professor deve mostrar ao aluno

que o seu conhecimento não está pronto e acabado, mas que deve ser superado.

Podemos dizer que a concepção espontânea o estudante adquire no seu dia-a-dia, na

interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e que, na escola se faz

presente no momento em que se inicia o processo de ensino-aprendizagem. Já a concepção

científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado, o qual necessita de

metodologias específicas para ser transmitido no ambiente escolar. A escola é por

excelência o lugar onde se liga o conhecimento científico e historicamente produzido.

Para ir além do limite da informação e atingir a fronteira da formação é preciso uma

mediação que não é aleatória, mas pelo conhecimento físico, num processo organizado e

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sistematizado pelo professor. O objetivo é que professor e estudante compartilhem

significados na busca da aprendizagem, as novas informações interagem com o

conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam diferenciam, integram,

modificam enriquecem o conhecimento já existente, podendo inclusive, substituí-lo.

A partir da concepção da Física, do objeto de estudo da disciplina de Física, da

descrição dos conteúdos estruturantes e de seus desdobramentos propõe-se que os

conteúdos específicos sejam encaminhados metodologicamente numa abordagem

articulada, seguindo uma expectativa crítica e histórica, transmitir os conhecimentos

através de debates em sala, pesquisas individual e em grupo, experimentos, vídeos entre

outros.

AVALIAÇÃO

A avaliação deverá levar em conta, os pressupostos teóricos adotados por esta diretriz.

Ao considerar os aspectos históricos conceituais e culturais, a evolução das ideias em

Física e a não neutralidade da Ciência. A avaliação deverá levar em conta o processo do

estudante quanto a esses aspectos. Deverá também considerar a apropriação desses objetos

pelos estudantes.

Desta forma, a avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em consideração

todos os aspectos: a compreensão dos conteúdos físicos; A capacidade da análise de um

texto, seja literário ou científico, emitindo uma opinião que leve em conta o conteúdo

físico; A capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro

evento que envolva a Física, como por exemplo, uma visita a um parque de Ciências,

dentre outros.

No entanto, a avaliação não pode ser utilizada para classificar os alunos com uma nota,

como tradicionalmente tem saído feita, com o objetivo de testar o aluno ou mesmo puni-lo,

mas sim de auxilia-lo na aprendizagem. Ou seja, avaliar só tem sentido quando utilizada

como instrumento para intervir no pr5ocesso de aprendizagem dos estudantes, visando o

seu crescimento.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

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-O aluno compreende a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de

partículas subatômicas.

-Formula uma visão geral da Ciência(Fisíca), presente no final do século XIX e

compreende a visão de mundo dela decorrente.

-Compreende o conceito de inércia, relacionando este conceito à massa do objeto e à

distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação.

-Entende as medidas das grandezas (velocidade, quantidade de movimento, etc.)

-Percebe que os movimento acontecem sempre uns acoplados aos outros, tanto os

translacionais como os rotacionais.

-Percebe a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a aplicação

de uma força em pontos diferentes deste corpo.

-Reconhece e representa as forças de ação e reação nas mais diferentes situações.

-Compreende a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de partículas

subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios.

-Conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas formas

e, no caso da energia mecânica em energias cinética, potencial elástica e potencial

gravitacional.

-Percebe o trabalho como uma grandeza física relacionada à transformação/variação de

energia.

-Compreende a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico.

-Identifica a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial, do ponto de vista

clássico.

-Compreende o contexto e os limites do modelo Newtoniano tendo em vista a Teoria da

Relatividade Geral.

-Compreende a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido para o

contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e fundamental

para o desenvolvimento das idéias na Termodinâmica.

-Formula o conceito de pressão de um fluído, seja ele um líquido ou um gás, e extrapole o

conceito a outras aplicações físicas.

-Diferencia e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das formas de

energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da Termodinâmica.

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-Compreende os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como propriedade de

um material identificável no processo de transferência de calor, da mesma forma o

conceito de calor latente.

-Compreende a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos que a

fundamentam.

-Compreende a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo.

-Compreende que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o campo de

uma carga não se altera na presença de outra carga.

-Apreende o modelo teórico utilizado para explicar a carga e seus movimentos (a corrente

elétrica, a partir das propriedades elétricas dos materiais.

-Associa a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica.

-Conhece as propriedades elétricas dos materiais, como por exemplo, a resistividade e a

condutividade.

-Conhece as propriedades magnéticas dos materiais.

-Entende corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao campo.

-Entende o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos

constituintes.

-Concebe a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação de

energia, como a nuclear e a eólica.

-Compreende a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema elétrico.

-Entende o propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo.

-Concebe a luz como parte da radiação eletromagnética, localizada entre as radiações de

alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, o ondulatório e o de partícula,

dependendo do tipo de interação com a matéria.

-Entende os fenômenos luminosos como o da reflexão total, reflexão difusa, dispersão e

absorção da luz, dentre outros importantes para a compreensão dos fenômenos cotidianos

que ocorrem simultaneamente na natureza.

-Entende os processos de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a mudança

do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo de reflexão, no

qual a luz é desviada sem mudança de meio.

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-Associa fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação do arco-

íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos

estudados.

-Compreende a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria, apresenta

alguns comportamentos que são típicos de partículas e outros de ondas, ou seja, entenda a

luz a partir do comportamento dual.

MEIOS DE AVALIAÇÃO: Provas objetivas, debates, textos, pesquisas, relatórios, entre

outros.

REFERÊNCIAS

Diretrizes Curriculares do Paraná 2009.

Livro Didático Público.

PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A sociedade do século XXI, produto da revolução tecnológica, é cada vez mais

caracterizada pelo uso intensivo do conhecimento, seja para trabalhar, conviver ou exercer

a cidadania, seja para cuidar do ambiente em que vive. Entretanto os processos políticos

que redesenham as relações mundiais, aprofundaram a exclusão pela falta de acesso a bens

materiais, como também tem gerado um novo tipo de desigualdade, ligada ao uso das

tecnologias de comunicação, que hoje mediam ao conhecimento e aos bens culturais.

Nesse quadro ganha importância redobrada a qualidade da educação, numa perspectiva de

oportunidade real de aprendizagem para inserção no mundo de modo produtivo e solidário.

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Para tanto há que se pensar e por em prática um currículo escolar comprometido

com seu tempo, onde a capacidade de aprender terá de ser trabalhada não apenas nos

alunos, mas na própria escola, instituição que passa a aprender a ensinar, tendo como ponto

de partida o trabalho colaborativo, a reflexão, e práticas compartilhadas de convivência

como situações de aprendizagem para viabilização desse ideal.

Outra ideia é o novo uso que se faz do conceito de currículo, que como expressão

de tudo o que existe na cultura científica, artística e humanista só terá sentido se transposto

a uma situação de aprendizagem e ensino. Assim todas as atividades escolares são

curriculares, e na conexão entre cultura e conhecimento, é que encontramos a ferramenta

articuladora da teoria com a prática, do mundial com o local, do abstrato e o seu contexto

físico, promovendo de muitas formas o desejo de aprender, pois o currículo é a referência

para ampliar, localizar e contextualizar os conhecimentos que a humanidade acumulou ao

longo do tempo.

Esse currículo, que desloca o foco do ensino para o da aprendizagem, requer que a

escola e o plano do professor, indiquem o que o aluno vai aprender, buscando tratar

diferentemente os desiguais, ponderando, além dos aspectos curriculares e docentes,

recursos cognitivos, afetivos e sociais de que os alunos dispõem, garantindo uma base

comum a todos. Articulando as disciplinas e as atividades escolares com aquilo que se

espera que os alunos aprendem, numa perspectiva interdisciplinar, acreditamos estar

preparando os jovens para exercer suas responsabilidades (trabalho, família, autonomia,

etc.). Todo esse processo terá como prioridade o desenvolvimento da competência leitora e

escritora, pois associada ao repertório cultural e social de cada indivíduo ela amplia as

capacidades de representação, comunicação e expressão, facilitando a comunicação com

nossos iguais e nossa articulação com o mundo.

Assim, esperamos que seja a partir de uma leitura crítica do mundo, que o

educando, na busca por compreendê-lo, explicá-lo, passe a defender suas idéias,

compartilhe novas e melhores formas de ser, e enfrente os problemas de modo coerente em

favor das múltiplas possibilidades de solução, para atuar numa sociedade que precisa muito

deles.

O importante é que os diferentes estudos do meio realizados possam realmente

desenvolver uma prática de ensino na qual os alunos tenham a oportunidade de tomar

consciência da complexidade da realidade social, política e econômica de um espaço, que

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possibilite aos participantes uma crítica ao conhecimento e possibilidade ao estudante a

compreensão da totalidade.

O entendimento da escola como lugar de culturas implica que o conteúdo das

diferentes matérias escolares e o procedimentos por elas adotadas leva em conta a cultura

dos agentes, a cultura escolar, o saber sistematizado, a cultura das escolas. Mas

especialmente, quero destacar aqui a necessidade de se pensar o ensino e a mediação

pedagógica tendo como parâmetros a cultura dos alunos e de cada aluno em particular,

contemplando, nesse sentido, sua diversidade. Pode-se entender que essa diversidade vai

além do conjunto de conhecimento, valores, significados que os alunos carregam consigo,

a diferença de estilos, ritmos e capacidades individuais internas de aprendizagem. Na

prática cotidiana, os alunos constroem conhecimentos geográficos. É preciso considerar

esses conhecimentos e a experiência cotidiana, os alunos suas representações, para serem

confrontados, discutidos e ampliados com o saber geográfico mais sistematizado, dentro de

um processo globalizado.

A paisagem é um conjunto de objetos reais concretos do passado para o presente em

uma construção transversal que pode caracterizar a distribuição de formas objetos com um

conteúdo técnico específico. Dentro dos conceitos procuramos adotar uma abordagem que

contribua com a formação do aluno participativo e crítico que reconheça a importância da

geografia para a compreensão do lugar onde vive.

Há algumas habilidades que devem ser trabalhadas no ensino da geografia como

observação, descrição, comparação, registro e documentação, leitura de texto,

representação, análise, síntese, reflexão etc.

O ensino da geografia requer diversas linguagens no seu saber que apontam para a

necessidade de alfabetização dos alunos dentro da proposta curricular. Dentro da geografia

temos como conceitos naturais que segue sob uma visão integradora entre as dinâmicas

sociais e as dinâmicas da natureza. Alinhada com a perspectiva, de procurar demonstrar

que o espaço geográfico e as paisagens terrestres são produtos tanto das relações de

interação e interdependência dos elementos naturais na biosfera, quanto das interferências

humanas sobre os elementos físicos (relevo, rios, florestas, mares, chuva, etc.) e,

consequentemente sobre o ecossistemas.

O único objetivo da geografia como ciência a desenvolver conceitos como lugar,

paisagem, região território, como cultura, técnicas ou tecnologias, redes e fluxos

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globalizados, economia, política, questão ambiental, energéticos, hidrícos que vem

possibilitar o educando apreender a realidade socio-espacial que o cerca, identificando-se

como agente construtor do espaço geográfico. Atuando como mediador, desafiador e

questionador criativo e articulador de ideias.

Como estudo a geografia tem como objetivo levantar questões relacionadas a etnia

e a diversidade e ao choque de culturas, buscando explicar a incidência cada vez maior dos

conflitos étnicos no mundo, bem como a questão da discriminação étnica no Brasil.

Analisar objetivos do ensino de geografia e que o aluno conheça as especificidades

dos lugares e das paisagens geográficas, fazendo comparações e interpretando cada parte

dentro do todo que é o espaço geográfico irá propiciar ao aluno conhecer as realidades

vivida por outros grupos sociais, do seu país da sua cidade e em outras partes do mundo,

com ênfase no estudo da organização socio-espacial, do modo de vida,das atividades e das

paisagens diferentes daquelas existentes. Analisar os principais objetivos do trabalho

didático pedagógico de acordo com as propostas curriculares que os alunos tenha a

capacidade de processar informações e conhecimentos para a realidade próxima e

desenvolvendo habilidades de comunicação em todas as suas formas (oral, escrita, gráfica,

etc.). Ser aptos a analisar, sintetizar e correlacionar informações que envolve momento de

reflexão, resgate do conhecimento de valorização do saber cotidiano e da realidade do

lugar onde vivem e do mundo.

Observar, descrever, comparar, interpretar os conteúdos de trabalho, por sua vez,

tem como objetivo desenvolver habilidades intrinsecas à ciência geográfica.

Identificar e classificar dados e informações relevantes para os estudos geográficos,

discutir a situação dos índios e dos negros na sociedade brasileira, bem como a relação

destes com os brancos ao longo da história, posicionando-se em relação a aculturação dos

indígenas e ao racismo.

2 – Conteúdo Estruturante e Conteúdo Básico:

1. – Ensino Fundamental 5ª Série:

Conteúdos Estruturantes:

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183

Dimensão econômica do espaço geográfico;

Dimensão política do espaço geográfico;

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;

Dimensão socioambiental do espaço geográfico;

Contéudos Básicos: Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção;

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

A distribuição espacial das atividades produtivas e a reorganização do espaço geográfico;

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos;

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

2.2 – Ensino Fundamental 6ª série:

Conteúdos Estruturantes: Dimensão econômica do espaço geográfico;

Dimensão política do espaço geográfico;

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;

Dimensão socioambiental do espaço geográfico;

Conteúdos Básicos: A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção;

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184

As diversas regionalizações do espaço brasileiro;

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores estatísticos;

Movimentos migratórios e sua motivações;

O espaço rural e a modernização da agricultura;

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização;

Distribuição espacial das atividades produtivas, a reorganização do espaço geográfico;

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações;

2.3 – Ensino Fundamental 7ª Série:

Conteúdos estruturantes: Dimensão econômica do espaço geográfico;

Dimensão política do espaço geográfico;

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;

Dimensão socioambiental do espaço geográfico;

Contéudos Básicos: As diversas regionalizações do espaço geográfico;

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguraçaõ dos territórios do continente

americano;

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e papel do Estado;

O comércio em suas implicações socioespaciais;

A circulação da mão-de-obra, do capital, das mecadorias e das informações;

A distribuição espacial das atividades produtivas, a reorganização do espaço geográfico;

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

O espaço rural e a modernização da agricultura;

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos;

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185

Os movimentos migratórios e suas motivações;

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

2.4 – Ensino Fundamental 8ª Série:

Conteúdos Estruturantes: Dimensão econômica do espaço geográfico;

Dimensão política do espaço geográfico;

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;

Dimensão socioambiental do espaço geográfico;

Contéudos Básicos: As diversas regionalizações do espaço geográfico;

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;

O comércio mundial e as implicações socio espaciais;

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e o indicadores

estatísticos;

As manifestações socio espaciais da diversidade cultural;

Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;

A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a reorganização

do espaço geográfico;

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção;

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial;

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186

2.5 – Ensino Médio:

Conteúdos Estruturantes: Dimensão econômica do espaço geográfico;

Dimensão política do espaço geográfico;

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;

Dimensão socioambiental do espaço geográfico;

Contéudos Básicos: A formação e transformação das paisagens;

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção;

A distribuição espacial das atividades produtivas e a reorganização do espaço geográfico;

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;

O espaço rural e a modernização da agricultura;

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial;

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização

recente;

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos;

Os movimentos migratórios e suas motivações;

As manifestações socio espaciais de diversidade cultural;

O comércio e as implicações socio espaciais;

As diversas regionalizações do espaço geográfico;

As implicações socio espaciais do processo da mundialização;

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

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187

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A geografia como ciência tem como objetivo oferecer as condições para um

dimensionamento e preparo de uma cidadania consciente, não ingênua, porque aborda

conceitos possível à construção de uma “geografia escolar cidadã”. A geografia é uma

ciência do presente com uma proposta norteadora, tanto da linguagem como da exposição

temática dos conteúdos, que visa a formação do educando enquanto sujeito participante,

capaz de assumir outras reflexivas e de análise que constituem a razão de ser de sua

cidadania atuante no ensino da geografia.

AVALIAÇÃO

A avaliação faz parte do processo pedagógico de aprendizagem dos alunos,

priorizando o processo do desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

O processo de avaliação está inserido no processo de ensino aprendizagem como

forma utilizadas pelos professores para avaliar a sua metodologia dos conteúdos

específicos durante o ano letivo na sua aprendizagem.

Em cada uma das situações de aprendizagem, serão propostas diferentes estratégias

de avaliação de aprendizagem. O resultado da própria atividade – como a utilização das

técnicas cartográficas, a leitura e a interpretação de mapas – será o principal objeto de

avaliação – roteiro de questões – exercícios de localização relativa.

O conceito de avaliação é para seguir e identificarmos se a fenomenologia da

aferição do aproveitamento escolar dos alunos.

O ato de avaliar importa coleta, análise e síntese dos dados que configuram o objeto

da avaliação, acrescido de uma atribuição de valor ou qualidade, que se processa a partir da

comparação da configuração do objeto avaliado com um determinado padrão de qualidade

previamente estabelecido.

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188

A proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos, ou seja, que saibam

como eles estão avaliados em cada atividade proposta. Além disso a avaliação não linear

de construções e reconstruções assentado na interação e na relação dialógica que acontece

entre os sujeitos do processo professor/aluno.

REFERENCIA

SEED. Diretrizes Curriculares de Geografia. Ensino Fundamental e Médio. Curitiba:2009.

PROPOSTA CURRICULAR

HISTORIA– ENSINO FUNDAMENTAL E MEDIO

� Apresentação da Disciplina

A disciplina de História ao tratar o conhecimento histórico como resultado do

processo de investigação e sistematização de análise sobre o passado, de modo a valorizar

diferentes sujeitos históricos e suas relações abre-se inúmeras possibilidades de reflexão e

superação de uma visão unilateral dos fatos históricos, que tornam-se mais abrangentes.

Essa concepção de história, apropriada no tratamento dos conteúdos escolares, permite a

constituição da consciência histórica genética na medida em que articula a compreensão do

processo histórico relativo à permanência e às transformações temporais dos modelos

culturais bem como favorecem a compreensão da vida social em toda sua complexidade.

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189

A história tem como objeto de estudos os processos relativos as ações e as relações

que constituem o processo histórico, o qual é dinâmico. As relações de trabalho permitem

diversas formas de organização social. Articulados aos demais conteúdos estruturantes,

permitem entender como as relações de trabalho foram construídas no processo histórico e

como determinam a condição de vida do conjunto da população.

Pode-se definir relações de poder como “a capacidade ou possibilidade de agir ou

produzir efeitos “e” pode ser referida a indivíduos e a grupos humanos.

O estudo das relações de poder geralmente remete à ideia de poder político.

Entretanto, elas não se limitam somente a âmbito político, mas também as relações de

trabalho e cultura, isso permite ao aluno perceber que tais relações estão em seu cotidiano.

Ao se propor as relações culturais como um dos conteúdos estruturantes para o

estudo da história, entende-se a cultura como aquela que permite conhecer os conjuntos de

significados que os homens conferiram à sua realidade para explicar o mundo. O estudo

dessa relações deve considerar a especificidade de cada sociedade e as relações entre elas.

Deve-se considerar também como objeto de estudos, as relações dos seres humanos

com os fenômenos naturais, tais como as condições geográficas, físicas e biológicas de

uma determinada época e local, os quais também se conformam a partir das ações

humanas.

As correntes historiográficas utilizadas como fundamento para a disciplina de

História são a Nova História Cultural, incluindo alguns historiadores da Nova História e a

Nova Esquerda Inglesa, a partir de sua matriz materialista histórica dialética. Ao

estabelecer articulações entre abordagens teórico – metodológico distintas, resguardada as

diferenças e até oposição entre elas por entender que esse é um caminho possível para o

ensino de História, uma vez que possibilita aos alunos compreender as experiências e os

sentidos que os sujeitos dão ao mesmo.

Para a disciplina de História no Ensino Médio os conteúdos estruturantes são as

relações de trabalho, relações de poder e as relações culturais.

Para a disciplina de História no Ensino Fundamental os conteúdos estruturantes

são: Relações de trabalho, relações e poder e relações de cultura..

Ao optar pelas contribuições das correntes historiográficas identificadas como

Nova História Cultural e Nova Esquerda Inglesa como referências teóricas das diretrizes

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curriculares de História, objetiva-se propiciar aos alunos ao longo da Educação Básica, a

formação da consciência histórica genética.

Para que esse objetivo seja alcançado, a abordagem dos conteúdos, nessa

perspectiva, possibilita que o professor explore os novos métodos de produção de

conhecimento histórico e amplie as possibilidades de recortes temporais, do conceito de

documento de sujeitos e de suas experiências, de problematização em relação ao passado.

Além disso permite que o aluno elabore conceitos que o permitam pensar historicamente,

superando também a ideia de história como algo dado, como verdade absoluta.

2- Conteúdos Estruturantes no Ensino Fundamental

1- Relações de trabalho;

2- Relações de poder;

3- Relações de culturais.

5 Série - OS DIFERENTES SUJEITOS, SUAS CULTURAS E SUAS

HISTORIAS

Conteúdos básicos

1- A experiência humana no tempo: a memória local e a memória da

humanidade: o tempo (as temporalidades e as periodizações): o processo histórico

( as relações humanas no tempo)

•••• o jovem e suas percepções de tempo histórico

(temporalidades e periodizações): memórias e

documentos familiares locais

•••• o jovem e suas relações com a sociedade no tempo (

família, amizade, lazer, esporte, escola, cidade,

Estado, país, mundo)

•••• agricultura familiar

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191

•••• os movimentos migratórios campo-cidade

•••• a formação do pensamento histórico

•••• os vestígios humanos: os documentos históricos

•••• o surgimento dos lugares de memórias : lembranças,

mitos, museus, arquivos. Monumentos espaços

públicos, privados, sagrados.

•••• As diversas temporalidades nas sociedades indígenas,

agrárias e industriais

•••• as formas de periodização: por dinastias, por eras, por eventos

significativos, etc.

2- Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo

• A sociedade indígena na época da chegada dos

portugueses

• os povos indígenas e suas culturas na história do

Paraná: xetás, kaigangs, xoklengs e tupi-guaranis.

• Colonizadores portugueses e suas culturas na

América e no território paranaense

• os povos africanos e suas culturas no Brasil e no

Paraná

• Capitania de Sant'ana e início das questões judiciais

• Criação da Capitania de Paranaguá

• As condições das crianças dos jovens e dos idosos na

história do Brasil e do Paraná.

• O surgimento da humanidade na ?frica e a

diversidade cultural na sua expansão: as teorias sobre

seu aparecimento

• As sociedades comunitárias

• As sociedades matriarcais

• As sociedades patriarcais

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192

• O significado das crianças, jovens e idosos nas sociedades

históricas.

3- As culturas locais e a cultura comum.

• Os mitos, rituais, lendas dos povos indígenas

paranaenses

• As manifestações populares no Paraná: a congada, o

fandango, cantos, lendas, rituais e as festividades

religiosas

• Pinturas rupestres e sambaquis no Paraná

• A produção artística e científica paranaense

• Origem do povoamento e instalação de Curitiba

• O tropeirismo no Paraná – e o Caminho de Viamão

• Pensamento científico: a antiguidade grega e Europa

Moderna

• A formação da arte moderna

• As relações entre a cultura oral e a cultura escrita: a narrativa

histórica.

6? Série – A Constituição Histórica do mundo rural e a Formação da

propriedade em diferentes tempos e espaços. Espaços

Conteúdos Básicos

1- As relações de propriedade

• a propriedade coletiva entre os povos indígenas<

quilombolas, ribeirinhas, de ilhéus e faxinais no

Paraná

• A família e os espaços privados: a sociedade

patriarcal brasileira

• A constituição do latifúndio na América portuguesa e

no Brasil imperial e republicano

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193

• As reservas naturais e indígenas no Brasil

• A reforma agrária no Brasil; a propriedade da terra

nos assentamentos

• A constituição do espaço público da antiguidade na

polis grega e na sociedade romana

• A reforma agrária na antiguidade greco-romana

• A propriedade coletiva nas sociedades pré-colombianas.

2- A Constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

• As primeiras cidades brasileiras: formação das vilas

e das Câmaras Municipais

• O engenho colonial

• A conquista do sertão

• As missões jesuíticas

• a Belle Epoque Tropical modernização das cidades

• Cidades africanas e pré-colombianas

• As cidades na antiguidade oriental

• As cidades nas sociedades antigas clássicas

• A ruralização do Império Romano e a transição para

o feudalismo europeu: a constituição dos feudos (

Europa Ocidental, Japão e sociedades da Africa

meridional) e glebas servis ( Europa Ocidental)

• As transformações no feudalismo europeu

• O crescimento comercial e urbano na Europa.

3- As relações entre campo e a cidade

• As cidades mineradoras

• As cidades e o tropeirismo no Paraná

• Os engenhos da erva mate no litoral e no Primeiro

Planalto

• O norte pioneiro no Paraná

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194

• Criação da Província do Paraná

• Instalação da Província do Paraná

• Relações campo-cidade no Oriente

• As feiras medievais

• O comercio com o Oriente

• Os cercamentos na Inglaterra Moderna

• O início da industrialização na Europa

• A reforma agrária na América Latina no séc. XX

4- Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade

• A relação entre senhores e escravos

• O sincretismo religioso ( formas de resistências afro-

brasileira)

• A influência do negro no Paraná

• D. Pedro II na Província do Paraná

• Paraná transição Monarquia para a República

• As cidades e as doenças

• A aquisição da terra e da casa própria

• O MST e outros movimentos pela terra

• Os movimentos culturais camponeses e urbanos no

Brasil republicano nos séculos XIX, XX e XXI.

• A peste negra e as revoltas camponesas

• As culturas teocêntrica e antropocêntrica

• As manifestações culturais na América Latina, Africa

e Asia

• As resistências no campo e na cidade: América

Latina e continente africano

• A história das mulheres orientais, africanas e outras.

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7? Série: O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE

RESISTENCIA

Conteúdos básicos

1- Historia das relações da humanidade com o trabalho

O trabalho nas sociedades indígenas

Sociedade patriarcal e escravocrata

Mocambos/ Quilombos as resistências na colônia

Remanescentes de quilombos

A história do trabalho nas primeiras sociedades humanas

O trabalho e a vida cotidiana nas colonias espanholas: a mita

2- O trabalho e a vida em sociedades

A desvalorização do trabalho no Brasil Colônia e Império

A busca pela cidadania no Brasil Império

Os saberes nas sociedades indígenas : mitos, lendas que perpetuam as tradições.

Corpos dóceis: o papel da escola no convencimento para um bom trabalhador.

Os significados do trabalho na Antiguidade: Oriental e Antiguidade Clássica

As três ordens do imaginário feudal

As corporações de ofício

O entretenimento na corte e nas feiras

O nascimento das fábricas e vida cultural ao redfor

3- O trabalho e as contradições da modernidade

A desvalorização do trabalho

O latifúndio no Paraná e no Brasil

Paraná- uma economia em desenvolvimento

A Reforma Federalista e a ação do governo paranaense

A questão de Palmas

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196

A sociedade oligárquica-latifundiária

A vida cotidiana das classes trabalhadoras no campo

As contradições da modernização

A produção e a organização social capitalista

A ética e moral capitalista

4- Os trabalhadores e as conquistas de direito

O movimento sufragista feminino

A discriminação racial e linguística ( o caipira no contexto do capital)

As congadas como resistência cultural

Lei 11.645/03/08

A Africa das grandes civilizações : O Império Egípcio

A consciência negra e o combate ao racismo

Movimentos sociais e emancipacionistas

Os homens, as mulheres e os homossexuais no Brasil e no Paraná

O movimento sufragista feminino

A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão

O Ludismo

As Constituições dos primeiros sindicatos de trabalhadores

Os homens, as mulheres e os homossexuais no mundo contemporâneo

8? Série – Relações de dominação e resistência : A formação do Estado e das

Instituições Sociais

1- A Constituição das Instituições Sociais

A formação do cacicado nas sociedades indígenas do Brasil

Principais etnias brasileiras na atualidade

Influencia indígena na língua portuguesa

As reservas indígenas Yanomani e o Parque Indígena do Xingu

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197

A Igreja Católica e as reduções jesuíticas na América Portuguesa

As irmandades católicas e as religiões afro-brasileiras na América portuguesa.

O surgimento dos cartórios, hospitais, prisões, bancos, bibliotecas, museus, arquivos,

escolas e universidades no Brasileira

A formação dos sindicatos no Brasil

As associações e clubes esportivas no Brasil

A instituição da Igreja no Império Romano

As ordens religiosas católicas

As guildas e as corporações de ofício na Europa medieval

O surgimento dos bancos, escolas e universidades medievais

A organização do poder entre os povos africanos

A formação das associações de trabalhadores e dos sindicatos no Ocidente

O surgimento das empresas transnacionais e instituições internacionais ( ONU, FMI,

OMC, OPEP, FIFA e OLIMP?ADAS

2- A Formação do Estado

As relações entre o poder local e o Governo Geral na América portuguesa

Os quilombos na América portuguesa e no Brasil Imperial

A formação do Estado-nação brasileiro

As constituições do Brasil imperial e republicano

A instituição da república no Brasil; as ditaduras e a democracia

Os poderes do Estado brasileiro: executivo, legislativo e judiciário

As empresas públicas brasileiras

A constituição do Mercosul

O surgimento da monarquia nas sociedades da antiguidade no Crescente Fértil

A monarquia e a nobreza na Europa medieval

A formação dos reinos africanos

O Estado absolutista europeu

A constituição da república no Ocidente

O imperialismo no século XIX

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A formação dos Estados Nacionais nos séculos XIX a XXI: as ditaduras e a s

democracias

A constituição dos Estados nacionais nos séculos XIX a XXI: as ditaduras e as

democracias

A constituição dos Estados socialistas e dos Estados de Bem-Estar Social

A formação dos blocos econômico

3- Sujeitos e Revoluções

As guerras e revoltas indígenas e quilombos na América portuguesa e no Brasil

imperial

As revoltas republicanas na América portuguesa

As revoltas sociais no Brasil imperial e republicano

As guerras cisplatinas e guerra do Paraguai

Os movimentos republicanos e abolicionistas no Brasil Imperial

A implantação da nova republica no Paraná

A República: O Paraná durante o regime militar

O movimento anarquista, comunista e tenentista no Brasil

O Brasil nas Guerras Mundiais

A República: a redemocratização no Paraná

Os movimentos pela redemocratização do Brasil ( carestia, feministas, etno-raciais e

estudantis)

Estrutura fundiária no Brasil e as relações de trabalho na zona rural

As revoltas democráticas nas polis gregas

As revoltas plebeias, escravas e camponesas na republica romana

As heresias medievais

As guerras feudais na Europa Ocidental e as Cruzadas

As revoltas religiosas na Europa Moderna

• A conquista e colonização da América pelos povos

europeus

• As revoluções modernas

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199

• Os movimentos nacionalistas

• As guerras mundiais

• As revoluções socialistas no século XX

• As guerras de independência das nações africanas e

asiáticas

• Os movimentos latino-americanos e asiáticos.

Conteúdos Estruturantes do Ensino Médio

• Relações de Trabalho; • Relações de Poder;

• Relações Culturais;

Conteúdos Básicos para o Ensino Médio

1- Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o

Trabalho Livre

2- Urbanização e Industrialização.

3- O Estado e as relações de poder.

4- Os sujeitos, as revoltas e as guerras.

5- Movimentos sociais, políticos e culturais e as

guerras e revoluções.

6- Cultura e religiosidade.

Serão inseridos ainda conteúdos relacionados a História e Cultura Afro Brasileira e

Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial

reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do

país, ressaltando valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento

na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluriétnica , leis n? 10.639/2003 e

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200

11.645/03/08 que integram a História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena

ao Currículo Básico de Ensino Fundamental e Ensino Médio.

3- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Ensino Fundamental

Ao planejar as aulas, caberá ao professor problematizar a partir do conteúdo que se

propôs a tratar, a produção do conhecimento histórico, considerando que a apropriação

deste conceito pelos alunos é processual, e deste modo exigirá que seja constantemente

retomado. Neste sentido, algumas questões poderão ser feitas pelo professor e seus alunos:

como o historiador chegou a essa interpretação? Que documentos/fontes o ajudaram a

chegar a essa conclusões? Existem outras pesquisas a esse respeito? Que dimensões

completou em sua análise? O político, o econômico-social, o cultural? Onde podem ser

identificados? Existem aspectos que ainda podem ser pesquisados? Quais?

Ao adotar este encaminhamento metodológico, o professor terá que ir muito além

do livro didático, uma vez que as explicações até apresentados são limitadas, seja pelo

número de páginas do livro, pela vinculação do autor a uma determinada concepção

historiográfica. Isto não significa que o livro didático deve ser abandonado pelo professor

esteja atentado á rica produção historiográfica que tem sido publicadas em livros, revistas

especializadas e também voltadas ao publico em geral, muitas das quais disponíveis

também nos meios eletrônicos, ou seja, o uso de diferentes livros didáticos, em diferentes

contextos, quando bem realizado amplia as possibilidades de reflexão por parte dos alunos

e profissões.

Ensino Médio

A metodologia proposta no Ensino Médio tem como base a utilização dos

conteúdos estruturantes, os quais deverão estar articulados com a fundamentação teórica e

os temas selecionados pelos professores e devem estar assegurando no P.P.P. da escola.

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201

O professor ao elaborar o problema e selecionar o conteúdo estruturante que melhor

responde a problemática constitui o tema. E este se desdobra nos conteúdos específicos

que fundamentam a resposta para a problemática. Assim, propõe-se como

encaminhamento metodológico que os conteúdos estruturantes da disciplina de História

sejam abordados através de temas, na compreensão de que não é possível representar o

passado em toda sua complexidade.

A proposta de seleção de temas é também pautada em relações interdisciplinares

considerando que é na disciplina, no caso a história, que ocorre a articulação dos conceitos

metodológicos das diversas áreas do conhecimento. Assim, narrativas, imagens, livros,

jornais, história em quadrinhos, fotografias, pinturas, gravuras, museus, filmes, músicas,

etc, são documentos que podem ser transformados em materiais didáticos de grande valia

na constituição do conhecimento histórico.

Os documentos citados podem ser utilizados de diferentes maneiras em sala de

aula, como exemplo: ficam Schmidt e Cainelli (2004). Na elaboração de biográficas,

confecções de dossiê, representações de danças folclóricas, exposições de objetos sobre o

passado que estejam no alcance do aluno, com a descrição de cada objeto exposto e o

contexto em que os mesmos foram produzidos e estabelecer relações entre as fontes.

4 - Avaliação

A avaliação no Ensino Ensino Fundamental de História objetiva-se favorecer a

busca da coerência entre a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que

integram o processo de ensino e de aprendizagem. Nesta perspectivas, a avaliação deve

estar colocada a serviço da aprendizagem de todos alunos, de modo que permeie o

conjunto de ações pedagógicas, e não como um elemento externo a este processo.

Ao propor uma maior participação dos alunos no processo avaliativo, não se

pretende esvaziar o papel do professor, mas ampliar o significado das práticas avaliativas

para todos os envolvidos. No entanto, é necessário destacar que cabe ao professor planejar

situações diferenciadas de avaliação.

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202

A avaliação proposta para o Ensino Médio tem como objetivo superar a avaliação

classificatória. Diante disso, propõe-se para o ensino de História uma avaliação formal,

processual, continuada e diagnóstica. A avaliação deve estar contemplada no planejamento

do professor e ser registrada de maneira formal e criteriosa.

O acompanhamento do processo ensino-aprendizagem, tem como finalidade

principal dar uma resposta ao professor e ao aluno sobre o desenvolvimento desse processo

e, assim, permite refletir sobre o método de trabalho utilizado pelo professor,

possibilitando o redimensionamento deste caso seja necessário. A avaliação não deve ser

realizada em momentos separados do processo ensino, aprendizagem. O professor deve

acompanhar o processo, percebendo o quanto cada educando desenvolvem na apropriação

do conhecimento histórico.

Três aspectos considerados importantes no ensino de História: a apropriação de

conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos conteúdos

específicos. Esses três aspectos são entendidos como complementares e indissociáveis.

Para tanto, o professor deve se utilizar de diferentes atividades como: leitura, interpretação

e análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos; produção de narrativas

históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de

seminários, entre outras. Para efetivação de uma avaliação serão utilizados os seguintes

instrumentos:provas escritos, pesquisas, estudo dirigido, apresentação de trabalhos,

produção de textos, entrevistas, confecção de mapas, ajuda aos colegas. E tais critérios tais

como :

lA avaliação será diagnóstica e contínua, feita através dos registros no

diário de classe

lParticipação dos alunos e trabalhos individual e em grupo

lAnalisar a forma de como os alunos se portam em atividades que envolvem discussão,

considerando o respeito à opinião alheia, aptidão em expor ideias com clareza e a

capacidade de relacionar conteúdos à sua realidade.

5- Referencias

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203

− Diretrizes Curriculares de História do Ensino Fundamental e Médio.2008

− Lei 11.645, de março de 2008 − Caderno Temático Educação Escolar Indígena − História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Resolução CNE/CP nº 1 de

junho de 2004. − História do Paraná, conforme a Lei nº 13.381/2001. − Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB − Livro didático público- História, Conceitos e Procedimentos − Regimento Escolar

PROPOSTA CURRICULAR LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Tendo em vista as exigências do mundo contemporâneo, o desenvolvimento

tecnológicos quase diário, a língua Inglesa tornou-se necessária e requisito básico pelos

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204

atuais meios de comunicação, como a Internet, a TV a cabo, entre outros. Considerando-se

ainda a influência que essa Língua Estrangeira exerce em nosso próprio idioma e cotidiano

fez-se necessário considerá-la objeto de estudo e aprendizado em nosso currículo.

Desde o início da colonização do litoral brasileiro houve uma preocupação do

estado português em facilitar o processo de expandir o catolicismo ,então, coube aos

jesuítas a responsabilidade de evangelizar e ensinar o latim aos povos que ali habitavam .

Durante a União Ibérica ,os jesuítas foram expulsos do litoral em função de serem os

principais incentivadores da resistência dos nativos.

Com a retirada dos jesuítas o Marquês de Pombal instituiu o sistema de ensino

régio no Brasil,ficando com o Estado a responsabilidade de contratar professores não

religiosos. As línguas que integravam o currículo eram o Grego e o Latim. Em 22 de

junho de 1809, D. João VI assinou o decreto criando as cadeiras de Inglês e Francês. E

então o ensino das línguas modernas passou a ser valorizado.

Em 1837 com a fundação do Colégio Pedro II,constavam em seu programa

curricular sete anos de Francês,cinco de Inglês e três de Alemão. Este modelo se manteve

até 1929, incluindo também a língua Italiana.

A língua era concebida como um conjunto de regras e privilegiava a escrita .Tinha

como objetivo permitir o acesso a textos literários possibilitando o domínio da gramática

normativa. As atividades tratavam de regras gramaticais,tradução,ditado e versões

preocupando-se com o conhecimento gramatical.

Com a publicação de Cours de linguistique générale de Ferdinand de Saussure em

1916 os estudos assumem assumiram um caráter científico.

Devido a um conjunto de fatores que marcaram a história da Europa,passou-se a

creditar esperanças de melhoria da qualidade de vida no Brasil. Em alguns territórios

brasileiros foram criadas colônias de imigrantes e,numa tentativa de preservar suas

culturas,muitos colonos construíram escolas para seus filhos ,uma vez que a educação já

fazia parte da vida destes povos. Nestas escolas eram ensinadas a língua e a cultura dos

ascendentes das crianças e a Língua Portuguesa era tida como uma língua estrangeria a ser

ensinada.

Em 1917 ,o governo federal fechou as escolas estrangeiras e criou as escolas

primárias buscando assim, impedir a desnacionalização da escola e da infância.

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205

No estado de São Paulo,em 1920,admitia a oferta do ensino primário respeitando

o caráter nacionalista ,dando ênfase ao ensino da Língua Portuguesa e proibindo o ensino

de Língua Estrangeira para menores de dez anos. Esta onda nacionalista estendeu-se

durante o primeiro governo de Getúlio Vargas e foi intensificada a partir do golpe de

Estado,em 1937.

Em 1930, Getúlio Vargas criou o Ministério da educação e Saúde e as secretarias

de Educação nos Estados.

A Reforma de 1931, feita por Francisco Campos atribuía à escola secundária a

responsabilidade pela formação geral e pela preparação para o ensino superior dos alunos.

Nesta Reforma, estabeleceu-se um método oficial de ensino de Língua Estrangeira: o

Método Direto em contraposição ao Método Tradicional, onde só se priorizava a escrita

em detrimento das habilidades orais.

Em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, o Ministério de Educação e

Saúde, privilegiou nos currículos oficiais os conteúdos de História do Brasil e seus heróis.

Isto dificultou a atuação das minorias étnicas, linguísticas e culturais, pois para o governo

estas minorias representavam riscos à segurança nacional. O resultado dessa aversão ao

estrangeiro foi que muitas escolas alemãs e de outras línguas foram fechadas.

Em 1 942, com a Reforma Capanema atribuiu-se ao ensino secundário um caráter

patriótico, e o currículo atrelava todos os conteúdos ao nacionalismo. O Francês se

apresentava ainda com uma vantagem sobre o Inglês e o Espanhol. O Latim permaneceu

como língua clássica. O Ministério da Educação e Saúde indicava aos estabelecimentos de

ensino o idioma a ser ministrado nas escolas e o MEC preconizava que a disciplina de LE

deveria contribuir para a formação do aluno e para o acesso ao conhecimento das tradições

e civilizações de outros povos. O ensino do Espanhol passou a ser incentivado no lugar dos

idiomas Alemão, Japonês e Italiano. O ensino de Inglês teve espaço garantido nos

currículos oficiais por ser o idioma mais usado nas transações comerciais. Com isso

intensificou-se a necessidade de aprender Inglês e houve anseio das populações urbanas

em falar o idioma.

Em 1950, o sistema educacional brasileiro se viu responsável pela formação dos

seus alunos para o mercado de trabalho e diante das exigências deste, o ensino foi

substituído por um currículo cada vez mais técnico.

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206

A LDB nº 4.024/61 criou os Conselhos Estaduais de Educação e cabia-lhes decidir

da inclusão ou não da LE nos currículos. Essa mesma lei determinou a retirada da

obrigatoriedade do ensino da língua estrangeira no colegial e instituiu o ensino

profissionalizante. Identificou-se a valorização do Inglês devido às exigências de mercado

de trabalho. Os linguistas Bloomfield, Fries e Lado, apoiavam-se na Escola Behaviorista,

que defende que só é possível teorizar e agir sobre o que é cientificamente observado. Com

isso criaram os Métodos Audiovisual e Áudio-Oral.

Na década de 1960, a validade da teoria Behaviorista passou a ser questionada.

Surgiu o Modelo de Descrição Linguística postulado por Chomsky, onde a língua não

poderia ser reduzida a um conjunto de enunciados a serem memorizados.

Nas décadas de 1970 e 1980 com Widdowson, Halliday e Hymes, que se

contrapunham às ideias de Chomsky é que houve uma contribuição real para mudanças.

Predominantemente na década de 1970,com a lei 5692/71, o pensamento nacionalista do

regime militar tornava o ensino de LE um instrumento a mais das classes favorecidas para

manter privilégios.

Em 1976, o ensino de LE voltou a ser valorizado porque a disciplina se tornou

novamente obrigatória somente no segundo grau. De acordo com o Parecer nº 581/76 do

Conselho Federal, a LE seria ensinada por acréscimo conforme as condições de cada

estabelecimento. O grande interesse despertado pelos métodos audiolinguais, imperava de

modo que o ensino de Inglês tornou-se hegemônico sob a finalidade instrumental. Então

,deixava-se de ensinar língua e civilização estrangeiras para ensinar apenas a língua como

recurso instrumental. No Estado do Paraná originou-se uma insatisfação por parte de

professores com a reforma de ensino. Esses movimentos ecoaram no Colégio estadual do

Paraná que tinha professores de latim, grego,francês ,inglês e espanhol. Com a criação do

Centro de Línguas Estrangeiras neste mesmo Colégio ,em 1982, passou-se a oferecer aulas

de inglês,espanhol, francês e alemão aos alunos do contra-turno. A UFPR também

reconheceu a importância da diversidade de idiomas incluindo em seus vestibulares as

Línguas espanholas , italiana e alemã.

Em meados de 1980, os professores lideraram um amplo movimento pelo retorno

da pluralidade de oferta de LE nas escolas públicas e em virtude disto, a Secretaria de

Educação criou ,oficialmente, o CELEM para valorizar o plurilinguismo. Neste contexto

histórico a Abordagem Comunicativa,método desenvolvido na Europa desde os anos

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207

70,começou a ser discutido no Brasil. Em tal abordagem,a língua é concebida como

instrumento de comunicação ou de interação social,concentrada em aspectos semânticos e

não mais no código linguístico. A concepção de aprendizagem pautava-se no cognitivismo

para desenvolver a competência comunicativa. O antropólogo Hymes criou a

Sociolinguística por considerar a linguagem parte de um sistema cultural maior. Halliday

desenvolveu a teoria de funções da linguagem e a língua passou a ser vista como um

sistema de escolhas de acordo com o contexto de uso.

Em 1980, Canale e Swain, ampliaram o conceito de competência incorporando a

competência gramatical,sociolinguística,estratégica e discursiva e propuseram quatro

habilidades : leitura,escrita,fala e audição.

Com o aparecimento das teorias da análise do discurso da Escola Francesa,surgiu

uma nova orientação de ensino/aprendizagem baseada em textos e não em gramática.

Em 1990, a abordagem comunicativa recebeu críticas por intelectuais adeptos da

pedagogia crítica inspirados nos ideais de Paulo Freire. Identificou-se,então, a oferta da

Língua Inglesa que continua a ser prestigiada pelos estabelecimentos de ensino. Por

corresponder diretamente às demandas da sociedade.

Em 1996 ,a LDB n.9.394 determinou a obrigatoriedade de pelo menos uma LEM

no Ensino Fundamental, a partir da 5ª série. Para o Ensino Médio, a lei determinou que

fosse incluída uma LEM como disciplina obrigatória e uma segunda língua ,em caráter

optativo,dentro das disponibilidades da instituição.

Em 1998 ,com o desdobramento da LDB/96,o MEC publicou os PCNs para o

Ensino Fundamental de LE,pautados numa concepção de língua como prática social

fundamentada na abordagem comunicativa. Este documento dava ênfase na prática da

leitura em detrimento das demais práticas.

Em 1999 ,o MEC publicou os PCNs de LE para o Ensino Médio enfatizando a

comunicação orla e escrita. Esta diferença entre as concepções de língua nos dois níveis de

ensino influencia resultados da aprendizagem desta disciplina na Educação Básica..

Em 2004 ,para valorizar o ensino da LEM,a SEED abriu concurso público para

compor o quadro próprio do magistério com vagas para professores de espanhol e

ampliou o número de escolas que ofertam o CELEM .

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208

Em 2005 ,para destacar o Brasil no Mercosul, foi criada a lei 11.161,que tornou a

língua espanhola obrigatória no Ensino Médio. A oferta desta disciplina é obrigatória para

a escola ,mas de matrícula facultativa para o aluno.

No âmbito Federal, o MEC tem feito parcerias e promovido discussões sobre o

ensino de espanhol nas escolas brasileiras ,e também,distribuiu material de suporte para

professores da disciplina.

Indispensável nesta apresentação citar também que nós vivemos em um país aberto

para diferentes culturas, não estamos isolados no mundo, e há um contínuo processo de

interação e globalização entre os povos. Todo esse processo tem como meio de

comunicação a Língua Inglesa, portanto ao inserirmos em nosso currículo este idioma,

estamos proporcionando aos nossos educandos a oportunidade de geral meios para que

progridam em seus estudos posteriores perante a necessidade e importância de um

conhecimento sistemático dessa Língua Estrangeira.

Esse processo de aprendizado principia-se no ensino fundamental e complementa-

se no Ensino Médio procurando envolver o aluno na construção de significados sobre si e o

mundo através de textos escritos e oral, considerando-se a adequação à idade dos alunos e

ao meio social. Assim ao propor ações de trabalho efetivo para os alunos, prioriza-se as

que desenvolvem as capacidades de ouvir, falar, escrever, interpretar situações, discutir,

pensar criativamente, fazer suposições, aprimorar possibilidades de comunicação,

relacionar propriedades da língua materna, através de temas que possam possibilitar trocas

de experiências e dar continuidade na construção de novos conhecimentos.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

O CONTEÚDO ESTRUTURANTE ESTÁ RELACIONADO COM O MOMENTO HISTÓRICO-

SOCIAL,SENDO ASIIM, DEFINE-SE COMO CONTEÚDO ESTRUTURANTE DA LÍNGUA

ESTRANGEIRA MODERNA O DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL. A LÍNGUA SERÁ TRATADA DE

FORMA DINÂMICA,POR MEIO DE LEITURA,DE ORALIDADE E ESCRITA QUE SÃO AS PRÁTICAS

QUE EFETIVAM DISCURSO.

A PALAVRA DISCURSO SIGNIFICA CURSO,PERCURSO,CORRER POR ,MOVIMENTO.ISSO

INDICA QUE A POSTURA FRENTE AOS CONCEITOS FIXOS,IMUTÁVEIS ,DEVE SER

DIFERENCIADA.A LINGUAGEM NÃO É UM SISTEMA AABADO ,MAS UM CONTÍNUO PROCESSO DE

“VIR A SER”. A LÍNGUA NÃO É ALGO PRONTO , MAS ALGO EM QUE INGRESSA-SE NUMA

CORRENTE MÓVEL DE COMUNICAÇÃO VERBAL.O DISCURSO É PRODUZIDO POR UM “EU” ,UM

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209

SUJEITO RESPONSÁVEL POR AQUILO QUE FALA E ESCREVE E PREZA O TRABALHO COM OS

ENUNCIADAOS ORAIS E ESCRITOS. O PROFESSOR CRIARÁ OPORTUNIDADES PARA QUE OS

DISCENTES PERCEBAM A INTERDISCURSIVIDADE, AS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO DOS

DIFERENTES DISCURSOS ,DAS VOZES QUE PERMEIAM AS RELAÇÕES SOCIAIS E DE PODER. E

TAMBÉM LEVARÁ EM CONTA QUE O OBJETO DE ESTUDO DA LEM , A LÍNGUA, PERMITE O

TRABLAHO EMSALA DE AULA COM OS AMIS VARIADOS TEXTOS DE DIFERENTES GÊNEROS.

NESTA PERSPECTIVA,A PROPOSTA DE CONSTRUÇÃO DE SIGNIFICADOS POR MEIO DO

ENGAJAMENTO DISCURSIVO ESTARÁ COMPLETADA.O FOCO NA ABORDAGEM CRÍTICA DE

LEITURA ENFATIZA A INTERAÇÃO DOS SUJEITOS COM O DISCURSO DANDO CONDIÇÕES DE

CONSTRUIR SENTIDOS PARA O TEXTO. O PROFESSOR CONSIDERAR A DIVERSIDADE DE

GÊNEROS EXISTENTES A FIM DE ESTABELECER CRITÉRIOS PARA DEFINIR OS CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS PARA O ENSINO.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

ENTENDE-SE POR CONTEÚDOS BÁSICOS OS CONHECIMENTOS FUNDAMENTAIS PARA O

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO .SÃO OS GÊNEROS DISCURSIVOS A SEREM TRABALHADOS

NAS PRÁTICAS DISCURSIVAS,ASSIM COMO OS CONTEÚDOS BÁSICOS QUE PERTENCEM ÀS

PRÁTICAS DA LEITURA (IDENTIFICAÇÃO

DO,INTERTEXTUALIDADE,INTENCIONALIDADE,LÉXICO,COESÃO E COERÊNCIA,FUNÇÕES DAS

CLASSES GRAMATICAIS NO TEXTO,ELEMENTOS SEMÂNTICOS,RECURSOS

ESTILÍSTICOS,MARCAS LINGUÍSTICAS,VARIEDADE LINGUÍSTICA, ACENTUAÇÃO GRÁFICA E

ORTOGRAFIA);

ESCRITA(TEMA DO TEXTO,INTERLOCUTOR,FINALIDADE DO TEXTO,INTENCIONALIDADE DO

TEXTO,INTERTEXTUALIDADE,CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO,INFORMATIVIDADE,LÉXICO,COESÃO

E COERÊNCIA,FUNÇÕES DAS CLASSES GRAMATICAIS NO TEXTO,ESTILOS

SEMÂNTICOS,RECURSOS ESTILÍSTICOS,MARCAS LINGUÍSTICAS(PARTICULARIDADES DA

LÍNGUA),VARIEDADE LINGUÍSTICA,ORTOGRAFIA,ACENTUAÇÃO GRÁFICA,

ORALIDADE(ELEMENTOS EXTRALINGUÍSTICOS, ADEQUAÇÃO DO DISCURSO AO

GÊNERO,TURNOS DE FALA,VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS,MARCAS LINGUÍSTICAS,PRONÚNCIA)

A Lei nº. 10.639, sancionada em 09 de janeiro de 2003, pelo Presidente do Brasil

Luiz Inácio Lula da Silva, torna obrigatório nos estabelecimentos de Ensino

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210

Fundamental e Médio, oficiais e particulares, o ensino sobre História e Cultura Afro-

brasileiras, contemplando o estudo da História da África e dos Africanos .

Com diversos gêneros textuais em Língua Inglesa, podemos abordar :

A situação contemporânea de africanos que vivem na América do Norte

ou Inglaterra, sua cultura ;

A participação dos africanos nos cenários político,econômico e social

dos EUA;

Os atuais conflitos étnicos e políticos , as epidemias;

Informar os alunos sobre fatos interessantes como existência de um

museu de arte africana na Filadélfia e, também, que toda universidade

americana de porte tem departamentos para estudar literatura africana e

latino-americana;

Assistir aos filmes propostos pelo Caderno Temático HISTÓRIA E

CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA: EDUCANDO PARA

AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS - Série Cadernos temáticos.: “meu

mestre,minha vida”

“Mississipi em chamas”, “Homens de Honra”, “A encruzilhada (Crossroads)”,

“A cor Púrpura”

Informações sobre as palavras e a história de certas regiões africanas que

influenciaram a língua inglesa.

Mostrar as comemorações do calendário africano e fazer uma analogia

com o calendário brasileiro;

A Lei nº 11.645/08 diz que : Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de

ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura

afro-brasileira e indígena.

Dentre as várias abordagens e metodologias sobre a importância desta lei

,poderíamos, através da prática do discurso :

visitar o site do instituto sócio-ambiental

"www.socioambiental.org.br", para conhecer as mais de duzentas

culturas indígenas brasileiras e entrar em contato com sua cultura ,modo

de vida ,aspectos físicos,fazendo uma analogia com os indígenas

americanos;

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211

explicitar e difundir entre os alunos as contribuições dos povos negros e

indígenas em questão, para a formação do nosso povo e demais

aspectos mencionados na própria lei , bem como as diversas tribos

indígenas da América do Norte e suas contribuições,trazendo

assim,um enriquecimento da cultura desses povos tanto em nosso país

como também nos países onde a língua inglesa é usada;

organizar um vocabulário com as contribuições africana e indígenas

para a língua inglesa procurando estas palavras em sites de

busca,livros,etc.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

A partir do Conteúdo Estruturante Discurso Como Prática Social ,serão trabalhadas

questões linguísticas, sócio-pragmáticas ,culturais e discursivas e também as práticas do

uso da língua como : leitura,oralidade e escrita. O ponto de partida da aula de Língua

Inglesa será o texto verbal e não-verbal abordando vários gêneros textuais,com atividades

diversificadas,analisando a função do gênero estudado,a intertextualidade,os recursos

coesivos ,a coerência e após ,a gramática em si .

Deve-se provocar no aluno uma reflexão maior sobre o uso de cada de texto

trabalhado considerando o contexto de uso e os seus interlocutores e por isso, os gêneros

discursivos têm um papel tão importante para o trabalho na escola.

Os gêneros do discurso organizam as falas e se constituem historicamente a partir

de novas situações de interação verbal. O aluno terá acesso a textos de várias esferas

sociais: publicitária,literária,informativa,etc.

O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca

por uma solução despertará o interesse dos alunos para desenvolverem uma prática

analítica e crítica,ampliando seus conhecimentos linguísticos-culturais ,percebendo as

implicações sociais,históricas e ideológicas presentes num discurso no qual se revele às

diferenças culturais,crenças e valores.

O professor criará estratégias para que os alunos percebam a

heterogeneidade da língua, dizendo que um texto apresenta várias possibilidades de leitura

e quem faz essa variedade é o sujeito.

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212

Na abordagem da leitura discursiva, a inferência é um processo cognitivo relevante

porque possibilita construir novos conhecimentos a partir daqueles existentes na memória

do leitor. Com isso,as experiências dos alunos e o conhecimento de mundo serão

valorizados. Espera-se que o aluno trabalhe com a leitura que vá além daquela

superficial,linear. Para compreender um enunciado em particular, devem ter em mente

quem disse o quê, para quem, onde, quando e por que.

O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento, quando necessário, de

procedimentos para construção de significados usados na Língua Inglesa. Então, o trabalho

com a análise linguística torna-se importante na medida em que permite o entendimento

dos significados possíveis das estruturas apresentadas. Ela deve estar subordinada ao

conhecimento discursivo.

Destaca-se também que nenhuma língua é neutra,e as línguas podem representar

diversas culturas e maneiras de viver. Passa a ser função da disciplina possibilitar aos

alunos o conhecimento de valores culturais estabelecidos nas e pelas comunidades de

quem queiram participar. O professor criará condições para que o aluno não seja um leitor

ingênuo ,mas propiciará situações de aprendizagem que favoreçam um olhar crítico

reagindo aos textos com os quais se depare e entenda que por trás deles há um sujeito, uma

história, uma ideologia e valores particulares próprios da comunidade a qual estão

inseridos.

As estratégias específicas de oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos

orais, pertencentes aos diferentes discursos, explicitando que há uma diversidade de

gêneros na oralidade assim também como na escrita.

A escrita deve ser vista como uma atividade significativa e é importante que o

docente direcione as atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento

qual o objetivo da produção e para quem escreve, em situações reais de uso.

A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento de

orienta-lo para uma produção,assim como a necessidade de adequação ao gênero,

planejamento, articulação das partes, seleção da variedade linguística(formal ou

informal).

Propondo uma tarefa de escrita, é essencial disponibilizar recursos pedagógicos

oferecendo ao aluno elementos discursivos, linguísticos, sócio-pragmáticos e culturais para

que ele melhore sua produção.

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Articular sempre a Língua Inglesa coma as demais disciplinas do currículo para

relacionar os vários conhecimentos é importante, pois o aluno verificará que outras

disciplinas podem estar relacionadas com a língua inglesa.

As atividades serão abordadas a partir do contexto e envolverão práticas e

conhecimentos mencionados, de modo a proporcionar ao aluno condições para assumir

uma atitude crítica e transformadora com relação aos discursos apresentados. O professor

poderá trabalhar ,conforme o texto escolhido, o :

gênero;

aspecto cultural/interdiscursivo;

variedade linguística;

análise linguística

Por fim, ao tratar os conteúdos de língua inglesa nessa perspectiva o professor

proporcionará ao aluno pertencente a uma determinada cultura ir ao encontro de outras

línguas e culturas.

AVALIAÇÃO

Quanto aos processos avaliativos, é válido salientar que a sua função é a

aprendizagem. Isso implica considerar não apenas os instrumentos formais, como as

provas, mas sistematicamente, trabalhos em que os alunos precisam escrever, elaborar,

argumentar e que, efetivamente, revelem a sua participação como protagonistas na

aquisição do conhecimento escolar.

No caso das provas e dos testes, sugere-se que os critérios sejam explicitados aos

alunos. É essencial que na construção desses instrumentos, haja questões de natureza

diversa, como, por exemplo, aquelas que investiguem as habilidades de análise e síntese

que dão significado às aquisições que exigem o uso da memória. O importante é que as

questões construídas permitam identificar os saberes, e as competências que foram

desenvolvidas e apropriadas.

Assim, quando se faz referência aos processos avaliativos, não é feita alusão apenas

aos acertos e aos erros cometidos mas ao redimensionamento das metodologias de ensino

utilizadas. Os pressupostos avaliativos em sala de aula precisam estar vinculados à postura

de trabalho de professor durante e após o ensino de cada unidade de trabalho. Por isso, eles

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podem auxiliar na definição de ações, seja no espaço da sala de aula seja no contexto

escolar.

Nesse sentido, o caráter educacional da avaliação sobrepõe-se ao seu caráter

eventualmente punitivo e de controle. Por conseguinte, a avaliação se constitui num

instrumento facilitador na busca de orientações e intervenções pedagógicas, não se atendo

apenas ao conteúdo desenvolvido, mas àqueles vivenciados ao longo do processo, de

forma que os objetivos explicitados nesta Proposta Curricular sejam alcançados,

respeitando as diferenças individuais e escolares.

REFERÊNCIAS

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - Língua estrangeira

Moderna

SEED - 2009

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA: EDUCANDO PARA AS

RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS - Série Cadernos Temáticos

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215

PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA –

ESPANHOL ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Língua Espanhola no Ensino Médio, terá ênfase nas quatro habilidades (ler, falar,

ouvir, escrever) através de textos que apresentam conteúdos estruturais da língua, sendo

utilizada a abordagem comunicativa como processo de ensino aprendizagem, mudando o

foco que até então era gramática passando para o texto comunicativo. Sendo assim

firmado o compromisso de prover aos alunos meios necessários para que assimilem o

saber, que apreendam o processo de sua produção, contribuindo então para que esse aluno

reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, levando-se em conta os vários

aspectos intrincados no processo discursivo, língua, cultura, ideologia e sujeito, discurso e

identidade.

No Ensino da LEM, devem ser apresentados fundamentos teórico-metodológicos

referentes às Diretrizes. Alguns princípios das reflexões que orientam os princípios

educacionais são:

- o atender as necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a garantia da

equidade no tratamento da disciplina da LE em relação às demais obrigatórias do currículo,

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- o resgate da função social e educacional do ensino de línguas estrangeiras no

currículo da educação básica,

- o respeito à diversidade (cultural, identitária, linguística) pautada no ensino de

língua que não priorize a manutenção da hegemonia cultural.

De acordo com os princípios acima, identificou-se na pedagogia crítica o referencial

teórico que valoriza a escola como espaço social, responsável pela apropriação crítica e

histórica do conhecimento, enquanto instrumento de compreensão da realidade social e de

atuação crítica e democrática para a transformação da realidade. Diante da pedagogia

crítica a escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para que

não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas aprendam o processo de sua

produção e as tendências de sua transformação, pois a escola tem o papel de informar,

mostrar, desnudar, ensinar regras não para ser seguidos mas para serem modificadas.

Ensinar e aprender as percepções de mundo e maneiras de construir sentidos, é

formar subjetividades, independentemente do grau de proficiência atingido deste modo as

identidades são construídas pela forma como as interações entre professores e alunos são

organizadas pelas representações e visões de mundo que vão sendo reveladas no dia-a-dia.

Oportunizar aos alunos a aprendizagem de conteúdos que ampliem as possibilidades

de ver o mundo, de avaliar e construir os sentidos do e no mundo. Possibilitando aos

alunos que utilizem uma língua estrangeira em situações de comunicação (produção e

compreensão de textos verbais e não verbais e a inserção destes alunos na sociedade como

participantes ativos, capazes de se relacionar com outras comunidades e outros

conhecimentos, proporcionando aos educandos este tipo de inclusão social ou seja, fazer o

uso da língua que estão aprendendo em situações significativas, reconhecidamente

relevante e não como mera prática de formas linguísticas descontextualizadas.

Fazer com que os alunos possam conhecer a língua como discurso e ser capaz de usar

uma língua estrangeira, permitindo dos sujeitos perceberem - se como parte integrante da

sociedade e como participantes ativos da sociedade e do mundo em que vivem.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO ENSINO MÉDIO

- leitura, oralidade e escrita

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No Ensino Médio constituirá o conteúdo estruturante para o ensino de língua

estrangeira moderna o discurso, entendido como prática social sob os seus vários gêneros.

Desta forma, estabelecem-se como elementos indispensáveis, integradores e que

estarão presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua estrangeira, seja

em que prática for, no âmbito linguístico, no que dizem respeito ao vocabulário, a fonética

e às regras gramaticais; no âmbito dos conhecimentos discursivos, no que dizem respeito

aos diferentes gêneros discursivos que constituem a variada gama de práticas sociais; no

âmbito dos conhecimentos sócio-pragmáticos, no que dizem respeito aos valores

ideológicos, sociais e verbais que envolvem o discurso em um contexto sócio-histórico

particular. E quanto aos conhecimentos culturais no que dizem respeito a tudo aquilo que

sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma sociedade, ou seja , a forma como um grupo

social vive e concebe a vida.

A abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e garantida através de

atividades significativas nas quais a s práticas de leitura, escrita e oralidade, interajam entra

si e constituam uma prática sócio-cultural.

Serão desdobrados a partir de textos verbais e não verbais de diferentes tipos,

considerando seus elementos linguísticos do discurso, manifestado pelas práticas

discursivas, leitura, escrita e oralidade. Portanto, os textos escolhidos para o trabalho

pedagógico definirão os conteúdos linguagem e discurso, bem como as práticas discursivas

a serem trabalhados.

CONTEÚDOS BÁSICOS A SEREM TRABALHOS NA 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS DISCURSIVOS

PRÁTICAS DISCURSIVAS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Diálogos, Música, cartão postal, agenda escolar, diário, bilhetes, álbum de família, Cartazes, tiras, fotos, mapas, reportagens, convite, notícia retiradas da internet, biografias, E-mail, vídeo clip, vídeos diversos do Youtube, programa

LEITURA

Discussões orais sobre aspectos do texto, tais como: tema do texto, interlocutor, finalidade, intertextualidade, o gênero do texto, campo semântico e léxico.

Apresentação e nacionalidade. . Aspectos cultural da língua. . Saudações e despedidas. . Alfabeto. .Pronombres personales . Verbo ser (presente de indicativo) . nacionalidades.

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Habla América. ESCRITA Interpretação escrita do tema do texto, interlocutor, finalidade, intertextualidade, o gênero do texto, campo semântico e léxico. Marcas línguisticas do texto (aspectos gramaticais) Análise linguística ORALIDADE Expressão do texto e contexto temático. Elementos extralínguistico., entonação,pausa e gestos.

Adequação do discurso ao gênero.

. Profesiones

. Objetos de aula.

. Los colores.

. Días de la semana, meses del año y estaciones de año. . Artículos y contracciones. . La família. . Los demonstrativos. . Verbos estar, tener y gustar (presente de indicativo) . Los números de 1 a 31. . Partes del cuerpo Humano. . Describir personas y cualidades . Verbos regulares(presente de indicativo) . Vestuarios. . Las horas. . Mi casa y objetos . Localizar objetos. . Los verbos reflexivos.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Em língua estrangeira, os conhecimentos linguísticos são fundamentais, pois eles

darão suporte para que o aluno interaja com os textos. A escolha dos conhecimentos

linguísticos a serem trabalhados será voltada para a interação verbal que tenha por

finalidade o uso efetivo da linguagem, ao aluno tem que ter em mente que disse o quê, para

quem, onde, quando e porquê. O objetivo será o de proporcionar ao aluno a possibilidade

de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.

Ou seja, como a relação linguística entre os seres humanos se dá por meio do

enunciado envolve um contexto e interlocutores com seus valores e interesses específicos é

necessário um trabalho simultâneo das práticas de leitura, escrita e oralidade, subsídios por

conhecimentos linguísticos, culturais, pragmáticos e discursivos para que o aluno tenha

condições de ultrapassar a leitura linear dos textos que lhe apresentarem e exercer uma

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atitude crítica, transformadora enquanto sujeito ao ambiente sócio-histórico-ideológico ao

qual pertence.

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem de LE está intrinsecamente atrelada á concepção de

língua e aos objetivos para o ensino de LE defendidos nestas Diretrizes . Ao propor

reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer a coerência entre tais aspectos

(avaliação, concepção de língua e objetiva-se favorecer a coerência entre tais aspectos

(avaliação, concepção de língua e objetivos de ensino) e o processo de ensino e de

aprendizagem.

Assim, o caráter educacional da avaliação sobrepõe-se ao seu caráter

eventualmente punitivo e de controle. Por conseguinte, a avaliação se constitui num

instrumento na busca de orientações e intervenções pedagógicas, não se atendo apenas ao

conteúdo desenvolvido, mas àqueles vivenciados ao longo do processo, de forma que os

objetivos específicos nessas Diretrizes sejam alcançados.

Nesta perspectiva, o envolvimento dos alunos na construção do significado nas

práticas discursivas será a base para as avaliações ao longo do processo de aprendizagem.

Caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos, considerando que o

engajamento discursivo na sala de aula se realiza por meio de interação verbal a partir dos

textos, e de diferentes formas. Esta é uma avaliação processual, diagnóstica e formativa,

articuladas com os objetivos específicos e conteúdos definidos a partir das concepções e

encaminhamentos metodológicos apresentados neste documento, respeitando as diferenças

individuais e escolares.

REFERENCIAS

SEED. Diretrizes Curriculares de L.E.M – Língua Espanhola. Ensino Médio.

Curitiba:2006.

Referências

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220

BACKHTIN, M. Os gêneros de discurso. In: _____. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1952. LUJÁN, N. Curso de lectura, conversación y redacción. Madrid: SGEL, 1997. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Livro didático Público. Língua Estrangeira Moderna: Espanhol e Inglês. 2.ed. Curitiba: SEED-PR, 2006. SEÑAS, Diccionario para la enseñanza de la lengua española. Martins Fontes, 2000. Links < http: //espanhol.seed.pr.gov.br < http: //WWW.diaadia.pr.gov.br/eureka

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LINGUA PORTUGUESA

Apresentação da Disciplina

A Constituição Brasileira, em seu artigo 5º, prescreve: “Todos são iguais perante a

lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se ao brasileiros e aos estrangeiros

residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à igualdade, à segurança e à

propriedade(...)”.

A proposta de língua Portuguesa é dar oportunidade de aprimoramento de sua

competência linguística, de forma a garantir uma inserção ativa e critica na sociedade,

trabalhando a linguagem como forma ou processo de interação proporcionando ao aluno

ampliar sua visão de mundo e desenvolver sua competência textual através de leitura

crítica, sempre tendo no texto o seu eixo de ação. Portanto, os conteúdos devem ser

apresentados de forma integrada à produção do mesmo, não havendo

compartimentalização entre os conhecimentos desenvolvidos. Cabe ao educador,

selecionar os aspectos a serem trabalhados de acordo com as necessidades do educando,

tendo em vista a apropriação do código linguístico nas dimensões da oralidade, da leitura e

da escrita.

Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se

com a educação jesuíta. Essa educação era instrumento fundamental na formação da elite

colonial, ao mesmo tempo em que se propunha a “alfabetizar” e “catequizar” os indígenas

(MOLL,2006, p.13). A concepção de educação e o trabalho de escolarização dos indígenas

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estavam vinculados ao entendimento de que a linguagem reproduzia o modo de pensar.

Ou seja, pensava-se, segundo uma concepção filosófica intelectualista, que a linguagem se

constituía no interior da mente e sua materialização fônica revelava o pensamento.

Nesse período, não havia uma educação institucionalizada, partia-se de práticas

pedagógicas restritas à alfabetização, que visavam manter os discursos hegemônicos da

metrópole e da igreja. Em 1758 um decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua

Portuguesa idioma oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua Geral, essa foi uma das

primeiras medidas para tornar hegemônica a Língua Portuguesa em todo o território. Em

1772, foi criado o subsídio literário que era direcionado para a manutenção dos ensinos

primário e secundário. A intenção, com essas medidas, era modernizar a educação,

tornando o ensino laico e colocando-o a serviço dos interesses da Coroa Portuguesa.

Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua Portuguesa

passou a integrar os currículos escolares brasileiros. Ainda no final do século XIX, e com o

advento da República, a preocupação com a nascente industrialização influenciou a

estrutura curricular: tendo em vista a formação profissional. Nesse momento em que a

escola se abria a camadas cada vez maiores da população. O conteúdo gramatical ganhou a

denominação de Português em 1871, data em que foi criado, no Brasil, por decreto

imperial, o cargo de Professor de Português.

A Literatura veiculada na variedade brasileira da Língua Portuguesa foi retomada,

depois, pelos modernistas, os quais, em 1922, defendiam a necessidade de romper com os

modelos tradicionais portugueses e privilegiar o falar brasileiro. O Modernismo, embora

não tenha protagonizado uma revolução na linguagem, contribuiu para aproximar nossa

língua escrita do falar cotidiano do Brasil.

No contexto, da expansão da escolarização, o ensino de língua Portuguesa não

poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades

trazidas por esses alunos para o espaço escolar, dentre elas a presença de registros

linguísticos e padrões culturais diferentes dos até então admitidos na escola. Neste

contexto, que foi também de consolidação da ditadura militar, uma concepção tecnicista de

educação gerou um ensino baseado em exercícios de memorização impondo uma

formação acrítica e passiva.

A disciplina de Português passou a denominar-se, a partir da Lei 5692/71, no

primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em

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Língua Portuguesa ( nas quatro últimas séries), com base em estudos posteriores a

Saussure, em especial nos estudos de Jakobson, referentes à teoria da comunicação. Na

década de 70, além disso, outras teorias a respeito da linguagem passaram a ser debatidas.

As inovações eram o trabalho sistemático com a produção de texto (compreendida

como veículo de transmissão de mensagens) e a leitura entendida como um ato mecânico.

Com relação à literatura, até meados do século XX, o principal instrumento do

trabalho pedagógico eram as antologias literárias, com base nos cânones. A leitura do texto

literário, no ensino primário e ginasial, visava transmitir a norma culta da língua, com base

em exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais e cívicos. O

objetivo era despertar o sentimento nacionalista e formar cidadãos respeitadores da ordem

estabelecida.

Nos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se então segundo grau, ao então

segundo grau, com abordagens estruturalistas e/ou historiográficas do texto literário.

Essa abordagem da literatura pode ser compreendida quando se resgata o contexto

da época: no vigor da ditadura militar, não seria tolerada uma uma pratica pedagógica que

visasse despertar o espírito crítico e criador dos alunos.

Com o movimento que levaria ao fim do regime militar, houve um aumento de

cursos de pós-graduação para a formação de uma elite de professores e pesquisadores,

possibilitando um pensamento crítico em relação à educação. Ganham força as discussões

sobre o currículo escolar e sobre o papel da educação na transformação social, política e

econômica da sociedade brasileira.

Na disciplina de Língua Portuguesa, essa pedagogia se revelou nos estudos

linguísticos centrados no texto/contexto e na interação social das práticas discursivas. O

currículo de língua Portuguesa orientava o direito dos professores a um trabalho de sala de

aula focado na leitura e na produção, buscava romper com o ensino tradicional. A proposta

para a disciplina de Língua Portuguesa na concepção interacionalista, levando a uma

reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita.

Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na Educação

Básica brasileira, e confrontando esse percurso com a situação de analfabetismo funcional,

de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos apresentados pelos alunos,

segundo os resultados de avaliações em larga escala e, mesmo, de pesquisas acadêmicas,

as Diretrizes Estaduais de Língua Portuguesa requerem, neste momento histórico, novos

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posicionamentos em relação às práticas de ensino; seja pela discussão crítica dessas

práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.

Para alcançar tal objetivo, é importante pensar sobre a metodologia. Se o trabalho

com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na

escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários ao

uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para os multi-letramentos, a fim de

constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos

estudantes. É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas

sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas

diversas esferas de interação.

Partindo dos pressupostos teóricos apresentados na estética de Recepção e na

Teoria do Efeito, as professoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar

elaboraram o Método Recepcional, o qual é sugerido, mas Diretrizes, como

encaminhamento metodológico para o trabalho com a Literatura.

A proposta de trabalho com a literatura, de acordo com Bordini e Aguiar (1993),

tem como objetivos: efetuar leituras compreensivas e críticas; ser receptivo a novos textos

e a leitura de outrem; transformar as leituras efetuadas em relação ao seu próprio horizonte

cultural; transformar os próprios horizontes de expectativas, bem como os dos professores,

da escola, da comunidade familiar e social. Alcançar esses objetivos é essencial para o

sucesso das atividades. Esse trabalho divide-se em cinco etapas e cabe ao professor

delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas, de acordo com o seu plano de trabalho

docente e com a sua turma.

Para a aplicação desse método, o professor precisa ponderar as diferenças entre o

Ensino Fundamental e o Ensino Médio. No Ensino Médio, além do gosto pela leitura, há a

preocupação, por parte do professor, em garantir o estudo das Escolas Literárias.

O primeiro olhar para o texto literário, tanto para alunos de Ensino Fundamental

como do Ensino Médio, deve ser de sensibilidade, de identificação.

Dessa forma, o professor não ficará preso à linha do tempo da historiografia, mas

fará a análise contextualizada da obra, no momento de sua produção e no momento de sua

recepção (historicidade). Utilizará, no caso do Ensino Médio, correntes da critica literária

mais apropriadas para o trato com a literatura, tais como: os estudos filosóficos e

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sociológicos, a análise do discurso, os estudos culturais, entre tantos outros que podem

enriquecer o entendimento da obra literária.

Portanto, desta maneira o trabalho com a Literatura potencializa uma prática

diferenciada com o Conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa (o Discurso como prática

social) e constitui forte influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao

saber.

Nessa perspectiva, não há limites definidos para o trabalho com a Língua

Portuguesa. Outros conteúdos podem ser incorporados, tendo em vista a compreensão do

trabalho e /ou a sua produção.

Conteúdo Estruturante

O discurso enquanto prática social concretizando-se na oralidade, leitura e escrita.

Unidade de ensino- texto- prática de recepção e produção de textos.

Na abordagem dos conteúdos de todas as séries, professor deve considerar:

.Os conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao que se pretende ensinar.

. Nível de aprofundamento possível de cada conteúdo,em função das possibilidades

de compreensão dos alunos nos diferentes momentos do seu processo de aprendizagem.

.Ampliação do nível de complexidade dos diferentes conteúdos, conforme

autonomia linguística adquirida pelos alunos na realização das propostas discursivas.

Conteúdos

5ª série do Ensino Fundamental

Conteúdo Estruturante: discurso como prática social.

Conteúdos Básicos

Gêneros discursivos

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão

adorados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de

circulação. Caberá ao professor fazer a seleção dos gêneros, nas diferentes esferas, de

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acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Curricular, com o Plano de

Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o

nível de complexidade adequado a cada uma das séries.

Sugestão de gêneros discursivos para a 5ª série: História em quadrinhos,

piadas, adivinhas, lendas, fábulas, contos de fadas, poemas, narrativas de enigma, narrativa

de aventura, dramatização, exposição oral, comercial para TV , causos, carta pessoal, carta

de solicitação, e-mail, receita, convite, autobiografia, cartaz, carta do leitor, classificados,

verbetes, quadrinhas, cantigas de rodas, bilhetes, fotos, mapas, aviso, horóscopo, regras de

jogo, anedotas, entre outras.

Leitura

.Tema do texto;

.Interlocutor;

. Finalidade;

.Aceitação do texto;

.Informatividade;

.Discurso direto e indireto;

.Elementos composicionais do Gênero;

.Léxico;

.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação;

.Recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de l linguagem.

Escrita

.Tema do texto;

.Interlocutor;

.Finalidade do texto;

.Argumentatividade;

.Informatividade;

.Discurso direto e indireto;

.Elementos composicionais do gênero;

.Divisão do texto em parágrafos;

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.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação.

.Recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de l linguagem.

6ª série do Ensino Fundamental

Conteúdo estruturantes: discurso como prática social.

Conteúdos Básicos

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros conforme suas esferas sociais de circulação.

Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o

Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano de

trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível

de complexidade adequada a cada uma das séries.

Sugestões de gêneros discursivos para a 6ª série: entrevista (oral e escrita), cronica

de ficção, música, notícia, estatutos, narrativa mítica, tiras, propaganda, exposição oral,

mapas, paródia, chat, provérbios, torpedos, álbum de família, literatura de cordel, carta de

reclamação, diário, carta do leitor, instruções de uso, cartum, historia em quadrinhos,

placas, pinturas, provérbios, entre outros.

Leitura

.Tema do texto;

.Interlocutor;

.Finalidade do texto;

.Informatividade;

.Intertextualidade;

.Informações explícitas e implícitas;

.Discurso direto e indireto;

.Elementos composicionais.

.Repetição proposital de palavras;

.Léxico;

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.Ambiguidade;

.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação.

.Recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de l linguagem.

Escrita

.Tema do texto;

.Interlocutor;

.Finalidade do texto;

.Informatividade;

.Discurso direto e indireto;

.Elementos composicionais do gênero;

.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos(como aspas, travessão, negrito),figuras de linguagem;

.Processo de formação de palavras;

.Acentuação gráfica;

.Ortografia;

.Concordância verbal/nominal.

Oralidade

.Tema do texto.

.Finalidade;

.Papel do locutor e interlocutor;

.elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,etc;

.Adequação do discurso ao gênero;

.Turnos de fala;

.Variações linguísticas;

.Marcas linguísticas; coesão, coerência, gírias, repetição, semânticas.

7ª série do Ensino Fundamental

Conteúdo estruturante:discurso como prática social

Conteúdos Básicos

Gêneros discursivos

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Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de

circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de

acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o

Plano de trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e

com o nível de complexidade adequada a cada uma das séries.

Sugestões de gêneros discursivos para a 7ª série: regimento, slogan,

telejornal, telenovela, reportagem(oral e escrita), pesquisa, conto fantástico, narrativa de

terror, charge, narrativa de humor, crônica jornalística, paródia, resumo, anúncio

publicitário, sinopse de filme, poema, biografia, narrativa de ficção, científica, relato

pessoal, outdoor, blog, haicai, júri simulado, discurso de defesa e acusação, mesa redonda,

dissertação escolar, regulamentos, caricaturas, esculturas, entre outros.

Leitura

.Conteúdo temático;

.Interlocutor;

.finalidade do texto;

. Aceitabilidade do texto;

.Informatividade;

.Situacionalidade;

.Intertextualidade;

.Vozes sociais presentes no texto;

.Elementos composicionais do gênero;

. Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto,pontuação;

.Recursos gráficos como:(aspas, travessão, negrito);

.Semântica:

.Operadores argumentativos;

.Ambiguidade;

.Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

.Ambiguidade;

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.Sentido conotativo das palavras no texto;

.Expressões que denotam ironia e humor no texto.

Escrita

.Conteúdo temático;

.Interlocutor;

.Finalidade do texto;

.Informatividade situacionalidade;

.Intertextualidade;

.Vozes sociais presente no texto;

.Elementos composicionais do gênero;

.Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação;

.Recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

.Concordância verbal e nominal;

.Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do do texto;

.Semântica;

.Operadores argumentativos;

.Ambiguidade;

.Significado das palavras;

.Sentido conotativo e denotativo;

.Expressões que denotam ironia e humor no texto.

Oralidade

.Conteúdo temático;

.Finalidade;

.Aceitabilidade do texto;

.Informatividade;

.Papel do locutor e interlocutor;

.Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual,

pausas...;

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.Adequação do discurso ao gênero;

.Turnos de fala; situacionalidade;

.Intertextualidade;

.Vozes sociais presentes no texto;

.Elementos composicionais do gênero;

.Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como: aspas,travessão, negrito);

.Concordância verbal e nominal;

.Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto;

.Semântica;

.Operadores argumentativos;

.ambiguidade;

.significado das palavras;

.sentido conotativo e denotativo;

.expressões que denotam ironia e humor no texto.

Oralidade

.Conteúdo temático;

.Finalidade;

.Aceitabilidade do texto;

.Informatividade;

.Papel do locutor e interlocutor;

.Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e

gestual, pausas...;

. Adequação do discurso ao gênero;

. Turnos de fala;

. Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

.Marcas linguísticas: coesão, coerência,gírias, repetição;

.Elementos semânticos;

.Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

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.Diferença e semelhança entre o discurso oral e o escrito.

8ª série do Ensino fundamental

Conteúdo estruturante:discurso como prática social

Conteúdos Básicos

Gêneros discursivos

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de

circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de

acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o

Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e

com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.

Sugestões de gêneros Discursivos para a 8ª série: artigo de opinião, debate,

reportagem oral e escrita, manifesto, seminário, relatório científico, resenha crítica,

narrativa fantástica, romance, histórias de humor, contos, músicas, charges,editorial,

curriculum vitae, entrevista oral e escrita, assembleia, agenda cultural, reality shou, novela

fantástica, conferência, palestra, fotoblog, depoimento, imagens, instruções, entre outros.

Leitura

.Conteúdo temático;

.Interlocutor;

.Finalidade do texto;

.Aceitabilidade do texto;

.Informatividade;

.Situacionalidade;

.Intertextualidade;

.Temporalidade;

.Discurso ideológico presente no texto;

.Vozes sociais presente no texto;

.elementos composicionais do gênero;

.Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

.Partículas conectivas do texto;

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.Progressão referencial no texto;

.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais .no texto,

pontuação, recursos gráficos( como: aspas, travessão, negrito);

.Semântica:

.Operadores argumentativos;

.polissemia;

.sentido conotativo e denotativo;

.Expressões que denotam ironia e humor no texto;

Escrita

.Conteúdo temático;

.Interlocutor;

.Finalidade do texto;

.Informatividade;

.Intertextualidade;

.Temporalidade;

.Vozes sociais presentes no texto;

.Elementos composicionais do gênero;

.Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

.Partículas conectivas do texto;

.Progressão referencial no texto;

. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como: aspas, travessão, negrito, etc.);

.Sintaxe de concordância;

.Sintaxe de regência;

.Processo de formação de palavras;

.Vícios de linguagem;

.Semântica:

.Operadores argumentativos;

.Modalizadores;

.Polissemia.

Oralidade

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234

.Conteúdo temático;

.Finalidade;

.Aceitabilidade do texto;

.Informatividade;

.Papel do locutor e interlocutor;

.Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal ,

pausas;

.Adequação do discurso ao gênero;

.Turnos de fala;

.Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);

.Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;

.Semânticas;

.Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

.Diferença e semelhança entre o discurso oral e o escrito.

Ensino Médio

Conteúdo Estruturante: discurso como prática social.

Conteúdos Básicos

Gêneros discursivos

Para o trabalho das práticas de leitura, oralidade, escrita e análise linguística serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de

circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de

acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o

Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e

com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.

Sugestões de gêneros discursivos para o Ensino Médio: textos dramáticos,

romance, novela fantástica, crônica, conto, poema, contos de fada contemporâneo, fábulas,

diários, testemunhos, biografia, debate regrado, artigo de opinião, editorial, classificados,

notícia, reportagem, entrevista, anúncio, carta de leitor, carta ao leitor, carta de reclamação,

tomada de notas, resumo, resenha, relatório científico, dissertação escolar, seminário,

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conferência, palestra, pesquisa e defesa de trabalho acadêmico, mesa redonda, instruções,

regras em geral, leis, estatutos, lendas, mitos, piadas, história de humor, tiras, cartum,

charge, caricaturas, paródia, propagandas, placas, outdoor, chats, e-mail, folder, blogs,

fotoblog, orkut, fotos, pinturas, esculturas, debate, depoimento, folhetos, mapas, croqui,

explicação, horóscopo, provérbios, e outros...

Leitura

.Conteúdo temático;

.Interlocutor;

.Finalidade do texto;

.aceitabilidade do texto;

.Informatividade;

.Situacionalidade;

.Intertextualidade;

.Temporalidade;

.Vozes sociais presentes no texto;

.Discurso ideológico presente no texto;

.Elementos composicionais do gênero;

.Contexto de produção da obra literária;

.Marcas linguísticas; coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como: aspas, travessão negrito);

.Progressão referencial;

. Partículas conectivas do texto;

.Relação de causas e consequência entre partes e elementos do texto;

.Semântica:

.Operadores argumentativos;

.Modalizadores;

.Figuras de linguagem;

.sentido conotativo e denotativo.

Escrita

.Conteúdo temático;

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236

.Interlocutor;

.Finalidade do texto;

.Informatividade;

.Intertextualidade;

.Situacionalidade;

.Temporalidade;

. Referência textual;

.Vozes sociais presentes no texto;

.Ideologia presente no texto;

.Elementos composicionais do gênero;

.Progressão referencial;

.Partículas conectivas;

.Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

.Semântica:

.Operadores argumentativos;

.Modalizadores;

.sentido conotativo e denotativo;

.Figuras de linguagem;

.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto,pontuação;

.Recursos gráficos: (como aspas, travessão, negrito, etc.);

.Vícios de linguagem;

.Aceitabilidade do texto;

.Informatividade;

.Papel do locutor e interlocutor;

.elementos extralinguísticos: entonação, expressões foaciais, corporal e gestual,

pausas...;

.Adequação do discurso ao gênero;

.Turnos de fala;

.Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outros);

.Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

.Elementos semânticos;

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237

.Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

.Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

.Sintaxe de concordância;

.sintaxe de regência.

Oralidade

.Conteúdo temático;

.Finalidade;

.Aceitabilidade do texto;

.Informatividade;

.Papel do locutor e interlocutor;

.Elementos extralinguísticos: entonação, expressões, faciais, corporal e gestual,

pausas...;

.Adequação do discurso ao gênero;

.Turnos de fala;

.Variações linguísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

.Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições;

.Elementos semânticos;

.Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições,etc);

.Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

Serão inseridos ainda conteúdos relacionados a História e Cultura Afro- Brasileira

e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial

reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do país,

ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na

perspectiva de uma sociedade multicultural e pluriétnica, lei 11.645/03/08 que integra a

História e Cultura Afro-Brasileira, Indígena ao Currículo de ensino

fundamental e de ensino médio.

Metodologia

A proposição de encaminhamentos metodológicos no ensino de Língua, nas

Diretrizes, segue os princípios de interação, base da concepção adotada para a disciplina.

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Dessa forma, o que se buscou foi uma reorientação da prática pedagógica, no

sentido de possibilitar ao educador maior clareza de objetivos do ensino da Língua, seus

conteúdos e os encaminhamentos necessários para uma prática contextualizada e

significativa para o aluno.

É importante destacar que nenhuma prática é desenvolvida em sala de aula sem que

esteja subjacente a ela uma concepção sociointeracionista assumida nas Diretrizes pretende

uma prática diferenciada, uma vez que considera que a língua só existe em situações de

interação e através das práticas discursivas, que assumem a língua em sua história e

funcionamento.

Não seria coerente, fragmentar a língua em conteúdos estanques e arbitrariamente,

determinar o que se ensinar em cada série. No processo de aquisição da língua materna não

se aprende obedecendo a uma escala de valores que parte do mais simples ao amis

elaborado. A aprendizagem não se dá de maneira linear, ela procura abacar todos os

mecanismos envolvidos no processo de interação. Assim a seleção de conteúdos deve

considerar o aluno como sujeito de um processo histórico, social, detentor de um repertório

linguístico que precisa ser considerado uma busca da ampliação de sua competência

comunicativa.

Nessa perspectiva, a prática da oralidade, é vista como uma prática interativa

utilizada em momentos de comunicação através de vários gêneros e formas com

fundamentação na realidade sonora. Ela parte da informalidade em situações de uso

diversos e em sala de aula precisam ser desenvolvidas atividades que favoreçam o

desenvolvimentos das habilidades de falar e ouvir, com: apresentação de temas variados:

histórias de família, da comunicação, de um filme, um livro, etc.; depoimento sobre

situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou pessoas de seu convívio; uso do

discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções tomadas, colher e dar

informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumo, expor programações, dar avisos,

fazer convites, etc.; confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constatar as

similaridades de diferenças entre as modalidades oral e escrita; relato de acontecimentos;

debates, seminários e entrevistas.

Quanto à prática de leitura precisa ser vista como uma prática consistente do leitor

perante a realidade. O que não pode ocorrer é que a leitura seja feita somente a partir dos

livros didáticos. Pode-se propor uma infinidade de textos, porém a fim de desenvolver a

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subjetividade do aluno, deve-se considerar, também, a preferência e a opinião dele ao

selecioná-los.

Algumas estratégias podem favorecer o envolvimento com a leitura como: cercar os

alunos de livros que possam se folheados, selecionados e levados para casa; proporcionar

um ambiente iluminado e atrativo; organizar exposições de livros; ler trechos de obras e

expô-los em cartazes; produzir, com os alunos, um quadro de avisos sobre o prazer de ler,

ilustrado com seus temas preferidos; leitura oral; o professor pode comentar com os alunos

o que está lendo e vice-versa; trazer convidados para ler e comentar sua história de leitura

com a classe; produzir coletivamente peças de teatro e dramatizações sobre textos lidos;

discutir, antes da leitura, o título e as ilustrações da história; encontrar músicas

apropriadas para o momento da leitura; criar momentos em que em que os alunos

exponham suas ideias, opiniões e experiências de leitura; não vincular a leitura a

questionários, trabalhos puramente escritos e cansativos; organizar um clube do livro para

que os alunos se reúnam para a realização de leituras extraclasse; escolher o autor do mês

ou do bimestre e trabalhar a leitura de sua obra.

Em relação à prática da escrita deve ser pensada e trabalhada em uma perspectiva

discursiva que aborda o texto como unidade potencializadora de sentidos, através da

prática textual.

Pensar a prática da escrita é ter em mente que tanto o professor quanto o aluno

necessitam, primeiramente, planejar o que será produzido; em seguida escrever a primeira

versão sobre a proposta apresentada e, finalmente revista, re-estruturar e re-escrever esse

texto. Tais atividades devem ser retomadas, analisadas e avaliadas durante todo processo

de ensino e de aprendizagem.

Quanto aos gêneros previstos para a prática da produção de texto, podem ser

trabalhados, dentre outros, relatos, bilhetes, cartas, cartazes, avisos, poemas, contos e

crônicas, notícias, editoriais, carta de leitor e entrevistas, relatórios, resumos de artigo e

verbetes de enciclopédia. Assim, essa prática orientará não apenas a produção de textos

significativos, como incentivará a prática da leitura.

E quanto à análise linguística o objetivo é formar usuários competentes da língua

que, através da fala, escrita e leitura, exercitam a linguagem de forma consistente e

flexível, adaptando-se a diferentes situações de uso, quanto mais variado for o contato do

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aluno com diferentes tipos e gêneros textuais, mais fácil será assimilar as regularidades que

determinam o uso da norma padrão.

Dessa forma, cabe planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a

reflexão sobre seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de re-estruturação ou

refacção do texto, de análise de um texto selecionado e sobre outros textos, de diversos

gêneros, que circulam no contexto escolar e extraescolar.

Na literatura, o professor deve ser um contínuo leitor, capaz ele mesmo de

selecionar os textos que irá trabalhar com seus alunos. Estabelecer como critérios para a

seleção desses textos, não a linearidade da histografia literária, nem a adaptabilidade do

texto ou tema à linguagem dos alunos, subestimando suas capacidades cognitivas, nem

levar em conta a facilidade do texto, mas fundamentado no seu percurso de leitura, levar

aos estudantes textos com maior possibilidade de relações.

Portanto, o discente não deve ficar preso apenas num método de entrada no texto

literário, talvez o mais antigo, mas conviver com outros estudos filosóficos e sociológicos

que enriqueçam a análise do discurso, a psicanálise entre tantos outros.

Pensadas desta maneira, as aulas de Literatura, embora tenham um curso planejado

pelo professor, estarão abertas as mudanças, atendendo às reações do alunado,

incorporando suas ideias e as relações textuais por eles estabelecidos. Sempre procurar

partir dos textos literários integrais e aceitar no seu desenvolvimento os textos sugeridos

pelos alunos (a lembrança de um filme, de uma música), de outras leituras relacionadas.

Assim, o trabalho com a Literatura potencializará uma prática diferenciada com os

conteúdos básicos (oralidade, leitura, escrita) e se constituirá num forte influxo capaz de

fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber.

Avaliação

Avaliar constitui uma das etapas do processo ensino-aprendizagem e para realizar

diagnósticos relativos ao desenvolvimento dos alunos, é imprescindível que a avaliação

seja contínua e priorize a qualidade e o processo de aprendizagem ao longo do ano letivo.

Não há dúvida de que a avaliação formativa é o melhor caminho para garantir a

aprendizagem de todos os alunos, pois dá ênfase ao aprender. Considera que os alunos

possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica,

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aponta as dificuldades, possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a todo

o tempo. Informa os sujeitos do processo (professor e alunos), ajuda-os a refletir. Faz com

que o professor procure caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais

das aulas, envolvendo-se realmente no processo ensino e aprendizagem.

A oralidade será avaliada considerando-se a participação nos diálogos, relatos e

discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência de sua fala, o seu

desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e, de

modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes interlocutores e

situações.

Quanto à leitura propor aos alunos questões abertas, discussões debates e outras

atividades que lhe permitam avaliar as estratégias que eles empregaram no decorrer da

leitura, a compreensão do texto lido e o seus posicionamento diante do tema, bem como

valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

Em relação à escrita ver os textos de alunos como uma faze do processo de

produção, nunca como um produto final.

Portanto, é preciso haver clareza na proposta de produção textual; os parâmetros em

relação ao que se vai avaliar devem estar bem definidos para o professor e para o aluno.

Os instrumentos de avaliação que serão utilizados pelos professores serão: provas

escritas, trabalhos, discussões, pesquisas, exposições, seminários, debates, pesquisas de

campo e outros.

Os critérios de avaliações bimestrais serão compostos pela somatória da nota (4,0)

quatro, referente a atribuições diversificadas mais a nota (6,0) seis, resultante de no

mínimo duas (02) avaliações (instrumentos diversificados) totalizando a nota final dez

(10,0).

A recuperação será paralela, visando sempre o conteúdo e o conhecimento do

aluno. Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações, efetuadas durante o

período letivo, constituindo-se mais um componente do aproveitamento escolar.

Referências Bibliografia

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242

BAKHTIN, Mikhail (In: VOLOSHINOV, V. N.) Marxismo e Filosofia da Linguagem.

São Paulo: Hucitec, 1986.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da

Educação de Jovens e adultos no Estado do Paraná. (versão preliminar) Curitiba, 2004.

FARACO, Carlos Alberto; Castro, Gilberto de. Por uma teoria linguística que

fundamenta o ensino da Língua materna (ou de como apenas um pouquinho de

gramática nem sempre é bom). In: Educar, n.15. Curitiba: UFPR, 1999.

FREIRE, Paulo, Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática pedagógica

educativa. 30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

GERALDI, João Wanderlei (org.) O Texto na Sala de Aula. São Paulo: Ática,2001.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: configuração, dinamicidade e circulação.

In: KARWOSKI, Acir Mário; GAYDECKZKA, Beatriz; Brito, Karim S. (orgs.). Gêneros

textuais: reflexões e ensino. União da Vitória: Gráfica Kaygangue, 2005.

VAL, Maria das Graças Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fonte, 1993.

PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de

Língua Portuguesa e Literatura ( versão preliminar ) Curitiba, 2009.

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PROPOSTA CURRICULAR MATEMÁTICA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

É importante entender a história da Matemática no contexto da prática escolar.

Sendo assim se faz necessário que os estudantes compreendam a natureza da Matemática e

sua relevância na vida da humanidade.

Considera-se a História da Matemática como um elemento orientador na elaboração

de atividades, na criação de situações problemas, na fonte de busca, na compreensão e

como elemento esclarecedor de conceitos matemáticos. É pela história da matemática que

se tem à possibilidade de entender como o conhecimento matemático é construído

historicamente.

Embora o objeto de estudo da Educação Matemática ainda encontra-se em processo

de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática pedagógica da Matemática, de

forma a envolver-se com as relações entre o ensino e a aprendizagem e o conhecimento

matemático.

Conhecendo a história temos a oportunidade de entender como a matemática está

representada no currículo brasileiro.

Os conteúdos matemáticos – até chegar aos conteúdos estruturantes que hoje estão

nas Diretrizes Curriculares já estão sendo construídos desde os povos das antigas

civilizações.

Por volta de 2.000 a.C os babilônios já tinham registros matemáticos que hoje estão

classificados com álgebra elementar (comparar formas, tamanhos, quantidades.) Esse seria

o nascimento da matemática.

Foi com a civilização Grega que regras e princípios lógicos começaram a ser

registrados bem como a importância da Matemática no ensino e na formação das pessoas.

Um século depois a matemática entrou no contexto educacional pelo raciocínio

abstrato, em busca de respostas para questões relacionadas, por exemplo, à origem do

mundo. Acontecendo nesse período a sistematização das matemáticas estáticas, e

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desenvolvimento da aritmética, da geometria, da álgebra e da trigonometria.

Foram com os sofistas que no século V a C, ocorreram as primeiras propostas de

ensino baseadas em práticas pedagógicas com a finalidade de formar o homem político.

Foram eles que incluíram a Matemática nos círculos de estudos.

A partir daí, a Matemática passa a ser ministrada de forma clássica e enciclopédica,

fundamentada na memorização e na repetição.

Foi nessa época também que surgiu a Biblioteca de Alexandria, tendo como

destaque o sábio grego Euclides que criou a obra: Elementos.

O ensino da Matemática passa então, por diversas mudanças, quando no século V d

C. ensinava-se apenas para entender os cálculos do calendário litúrgico e determinar as

datas religiosas. Entre os séculos XVII e IX, surgem as escolas e a organização dos

sistemas de ensino.

Com o avanço das atividades comerciais e industriais aconteceram novas

descobertas na matemática e seu ensino foi influenciado para atividades práticas e

experimentais.

No século XVI aconteceu um progresso científico e econômico e a matemática

servia para preparar os jovens para o exercício de atividades de comércio, arquitetura,

música, geografia, astronomia artes de navegação e outros.

No século XVII – a educação desempenhou um papel fundamental para

comprovação e generalização de resultados – lei quantitativa – conceito de função do

cálculo. Esses elementos caracterizaram as bases da Matemática como se conhece hoje.

Após várias tendências como: Formalista Clássica, Formalista Moderna, tecnicista,

Construtivista, Socioetnocultural, Hístórico-Crítico, no final da década de 1980 e início da

década de 1990, o Estado do Paraná fez um movimento no sentido de produzir um

documento de referência curricular para rede pública de Ensino Fundamental. Este

documento foi distribuído para os professores da rede em 1991, quando se iniciou um

processo de formação continuada, baseada no texto currículo.

Nesta proposta, “ aprender matemática é mais do que manejar fórmulas, saber fazer

contas ou marcar X nas respostas: é interpretar, criar significados, construir seus próprios

instrumentos para resolver problemas, estar preparado para perceber estes mesmos

problemas, desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e

transcender o imediatamente sensível”.

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A partir de 1998, o Ministério da Educação distribui os Parâmetros Curriculares

Nacionais (PCNs), que para o Ensino Fundamental apresentavam conteúdos da

Matemática. Porém, para o Ensino Médio, orientavam as práticas docentes tão somente

para o desenvolvimento de competências e habilidades, destacando o trabalho com os

temas transversais, em prejuízo da discussão da importância do conteúdo disciplinar e da

apresentação de uma relação desses conteúdos para aquele nível de ensino, assim

questiona-se os PCNs.

A partir de 2003, a SEED deflagrou um processo de discussão coletiva com

professores que atuam em sala de aula, nos diferentes níveis e modalidades de ensino, com

educadores dos Núcleos Regionais e das equipes pedagógicas da Secretaria de Estado de

Educação. Assim, constitui-se Diretrizes Curriculares, as quais resgatam importantes

considerações teórico-metodológicas para o ensino de Matemática.

Desta maneira, a Educação Matemática requer um professor que saiba estabelecer

uma postura teórico-metodológico e seja questionador frente às concepções pedagógicas

historicamente difundidas.

Em suma, é necessário considerar que na abrangência da Educação Matemática

enseja-se um ensino que aponte para concepções, cuja postura possibilite aos estudantes

realizar análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias.

Aprenda-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas teorias,

mas também para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte,

contribua para o desenvolvimento da sociedade.

A disciplina de matemática tem como objetivos gerais:

−Desenvolver o campo da investigação matemática e a produção do conhecimento, com

relevância a história da matemática.

−Associar o conhecimento matemático com outras áreas do conhecimento.

−Desenvolver um pensamento reflexivo que lhe permita a elaboração de conjecturas, a

descobertas, a descoberta de soluções e a capacidade de concluir (resolução de problemas).

−Relacionar o conteúdo matemático com o ambiente do indivíduo e suas manifestações

culturais e relações de produção e trabalho (etnomatemática).

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−Formular, resolver e elaborar expressões que valham não apenas para uma solução

particular, mas que também sirvam, posteriormente, como suporte para outras aplicações e

teorias (modelagem matemática).

−Ampliar suas possibilidades de observação e investigação através das mídias

tecnológicas.

−Proporcionar a formação integral do aluno para que este possa ser capaz de interagir com

autonomia nas suas relações sociais.

−Permitir a todos os acessos dos conhecimentos matemáticos, presentes em qualquer

situação da realidade, como condição necessária para participarem e interferirem na

sociedade em que vive.

−Propiciar o conhecimento de forma que compreenda os conceitos e princípios

matemáticos, raciocine claramente e comunique as ideias matemáticas, reconheça suas

aplicações e aborde problemas matemáticos com segurança.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Conteúdos Estruturantes são os saberes (conhecimentos de grande amplitude,

conceitos ou práticas) que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina

escolar, considerados basilares e fundamentais para a compreensão de seu objeto de

ensino. Constituem-se historicamente e são legitimados socialmente. Estes conteúdos são

selecionados a partir de uma análise histórica da ciência de referência e da disciplina

escolar. Estes campos de estudo são considerados fundamentais para a compreensão do

processo do ensino e da aprendizagem em Matemática.

Os conteúdos estruturantes são referências que permitem aos professores

contemplar a tradição da matemática como disciplina escolar, tem como objetivo, também,

dar certa uniformidade aos conteúdos específicos da Matemática ofertados aos diferentes

níveis e modalidades de ensino.

Os conteúdos estão organizados, como uma forma didática de apresentá-los.

Ao serem abordados numa prática docente, os conteúdos estruturantes e conteúdos

específicos, priorizando relações e interdependências que, consequentemente, enriquecem

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os processos pelos quais acontecem aprendizagens em Matemática. O olhar que se volta

para os conteúdos estruturantes não é hermético. A articulação entre os conhecimentos

presentes em cada conteúdo estruturante é realizada na medida em que os conceitos podem

ser tratados em diferentes momentos e, quando, situações de aprendizagem possibilitam,

podem ser retomados e aprofundados.

No Ensino Fundamental os conteúdos estão organizados de uma forma didática.

Mas o trabalho na sala de aula se dará de modo articulado, pois não há coerência em

trabalhar medidas sem números, geometria sem medidas e assim por diante.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL E SEUS DESDOBRAMENTOS

NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA:

• Sistemas de Numeração Decimal e não decimal.

• Números naturais e suas representações.

• Conjuntos numéricos (naturais, racionais, reais, inteiros e irracionais).

• As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão,

potenciação e radiciação).

• Transformação de números fracionários (na forma de razão/quociente) em números

decimais.

• Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações por meio de equivalência.

• Juros e porcentagens nos seus diferentes processos de cálculo (razão, proporção,

frações e decimais).

• As noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo a partir da

substituição de letras por valores numéricos.

• Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção, semelhança e diferença.

• Grandezas diretamente e inversamente proporcionais.

• Equações, inequações e sistemas de equações de 1º de 2º graus.

• Polinômios e os casos notáveis.

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• Produtos notáveis.

• Ângulos.

• Fatoração.

• Cálculo do número de diagonais de um polígono.

• Expressões Numéricas.

• Funções.

• Trigonometria no triângulo retângulo.

�MEDIDAS

• Organização do sistema métrico decimal e do sistema monetário.

• Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento e

tempo.

• Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de

problemas algébricos.

• Capacidade e volume e suas relações.

• Ângulos e arcos – unidade, fracionamento e cálculo.

• Congruência e semelhança de figuras planas - Teorema de Talles.

• Triângulo retângulo - Relações métricas e Teorema de Pitágoras.

• Triângulos quaisquer.

• Poliedros regulares e suas relações métricas.

�GEOMETRIA

• Elementos de geometria euclidiana e noções de geometria não euclidiana.

• Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas.

• Construções e representações no espaço e no plano.

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• Planificação de sólidos geométricos.

• Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas.

• Condições de paralelismo e perpendicularidade.

• Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e circuncentro.

• Desenho geométrico com uso de régua e compasso.

• Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos.

• Ângulos, polígonos e circunferências.

• Classificação de triângulos.

• Representação cartesiana e confecção de gráficos.

• Estudo de polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides.

• Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de equações.

• Representação geométrica dos produtos notáveis.

• Estudo dos poliedros de Platão.

• Construção de polígonos inscritos em circunferências.

• Circulo e cilindro.

• Noções de geometria espacial.

�TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Coleta, organização e descrição de dados.

• Leitura e interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas,

diagramas, quadros e gráficos.

• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e histogramas.

• Noções de probabilidade.

• Médias, moda e mediana.

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5º SÉRIE / 6º ANO

C.E

CONTEÚDOS

BÁSICOS

AVALIAÇÃO

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251

NÚMERO

S E

ÁLGEBR

A

13- Sist

ema

s de

num

eraç

ão;

14- Nú

mer

os

Nat

urai

s;

15- Múl

tipl

os e

divi

sore

s;

16- Pote

ncia

ção

e

radi

ciaç

ão;

17- Nú

mer

os

frac

ioná

rios;

18- Nú

mer

os

deci

mai

45- Conheça os diferentes sistemas de

numeração;

46- Identifique o conjunto dos números

naturais, comparando e reconhecendo seus

elementos;

47- Realize operações com números naturais;

48- Expresse matematicamente, oral ou por

escrito, situações-problema que envolva

(as) operações com números naturais;

49- Estabeleça relação de igualdade e

transformação entre: fração e número

decimal; fração e número misto;

50- Reconheça o MMC e MDC entre dois ou

mais números naturais;

51- Reconheça as potências como

multiplicação de mesmo fator e a

radiciação como sua operação inversa;

52- Relacione as potências e as raízes

quadradas e cúbicas com padrões

numéricos e geométricos.

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252

GRANDE

ZAS E

MEDIDA

S

k) Me

did

as

de

co

mpr

ime

nto

l) Me

did

as

de

mas

sa;

m) Me

did

as

de

áre

a;

n) Me

did

as

de

vol

um

e;

o) Me

did

as

de

tem

po;

p) Me

did

as

g) Identifique o metro como unidade-

padrão de medida de comprimento;

h) Reconheça e compreenda os

diversos sistemas de medidas;

i) Opere com múltiplos e

submúltiplos do quilograma;

j) Calcule o perímetro usando

unidades de medida padronizadas;

k) Compreenda e utilize o metro

cúbico como padrão de medida de

volume;

l) Realize transformações de

unidades de medida de tempo

envolvendo seus múltiplos e

submúltiplos;

m) Reconheça e classifique ângulos

(retos, agudos e obtusos);

n) Relacione a evolução do Sistema

Monetário Brasileiro com os

demais sistemas mundiais;

o) Calcule a área de uma superfície

usando unidades de medidas de

superfície padronizada.

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253

GEOMET

RIA

9- Geo

metr

ia

Plan

a;

10- Geo

metr

ia

Esp

acia

l.

9- Reconheça e represente ponto, reta, plano,

semireta e segmento de reta;

10- Conceitue e classifique polígonos;

11- Identifique corpos redondos;

12- Identifique e relacione os elementos

geométricos que envolvem o cálculo de

área e perímetro de diferentes figuras

planas;

13- Diferencie círculo e circunferência,

identificando seus elementos;

14- Reconheça os sólidos geométricos em sua

forma planificada e seus elementos.

TRATAM

ENTO DA

INFORMA

ÇÃO

6- Dad

os,

tabe

las e

gráf

icos

;

7- Porc

enta

gem

.

- Interprete e identifique os diferentes tipos de

gráficos; gráficos e compilação de dados, sendo

capaz de fazer a leitura desses recursos nas

diversas formas em que se apresentam;

- Resolva situações-problema que envolva

porcentagem e relacione-as com os números na

forma decimal e fracionária.

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254

6º SÉRIE/ 7º ANO

C.E.

CONTEÚDOS

BÁSICOS

AVALIAÇÃO

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255

NÚMERO

S E

ÁLGEBR

A

2- Número

s

Inteiros;

3- Número

s

Raciona

is;

4- Equação

e

Inequaç

ão do 1º

grau;

5- Razão e

proporç

ão;

6- Regra

de três

simples.

• Reconheça números inteiros em diferentes

contextos;

• Realize operações com números inteiros;

• Reconheça números racionais em diferentes

contextos;

• Realize operações com números racionais;

• Compreenda o princípio de equivalência da

igualdade e desigualdade;

• Compreenda o conceito de incógnita;

• Utilize e interprete a linguagem algébrica para

expressar valores numéricos através de

incógnitas;

• Compreenda a razão como uma comparação

entre duas grandezas numa ordem

determinada e a proporção como uma

igualdade entre duas razões;

• Reconheça sucessões de grandezas direta e

inversamente proporcionais;

• Resolva situações-problema aplicando regra

de três simples.

GRANDE

ZAS E

MEDIDA

S

3 Medidas de

temperatura;

4 Medidas de ângulos.

9- Compreenda as medidas de temperatura

em diferentes contextos;

10- Compreenda o conceito de ângulo;

11- Classifique ângulos e faça uso do

transferidor e esquadros para medi-los;

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256

GEOMET

RIA

���� Geometria Plana;

���� Geometria

Espacial;

���� Geometrias não-

euclidianas.

7. Classifique e construa, a partir de figuras planas,

sólidos geométricos;

8. Compreenda noções topológicas através do conceito

de interior, exterior, fronteira, vizinhança,

conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.

TRATAM

ENTO DA

INFORMA

ÇÃO

− Pesquisa Estatística;

− Média Aritmética;

− Moda e mediana;

− Juros simples.

− Analise e interprete informações de pesquisas

estatísticas;

− Leia, interprete, construa e analise gráficos;

− Calcule a média aritmética e a moda de dados

estatísticos;

− Resolva problemas envolvendo cálculo de juros

simples.

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257

7º SÉRIE / 8º ANO

C.E.

CONTEÚDOS BÁSICOS

AVALIAÇÃO

NÚMERO

S E

ÁLGEBR

A

− Números Racionais e

Irracionais;

− Sistemas de Equações

do 1º grau;

− Potências;

− Monômios e

Polinômios;

− Produtos Notáveis.

− Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de

números racionais;

− Reconheça números irracionais em diferentes

contextos;

− Realize operações com números irracionais;

− Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi)

como um número irracional especial;

− Compreenda o objetivo da notação científica e sua

aplicação;

− Opere com sistema de equações do 1º grau;

− Identifique monômios e polinômios e efetue suas

operações;

− Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver

problemas que envolvam expressões algébricas.

GRANDE

ZAS E

MEDIDA

S

�Medidas de

comprimento;

�Medidas de área;

�Medidas de volume;

�Medidas de ângulos.

�Calcule o comprimento da circunferência;

�Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo;

�Identifique ângulos formados entre retas paralelas

interceptadas por transversal.

�Realize cálculo de área e volume de poliedros.

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258

GEOMET

RIA

4- Geometria Plana;

5- Geometria Espacial;

6- Geometria Analítica;

7- Geometrias não

euclidianas.

•••• Reconheça triângulos semelhantes;

•••• Identifique e some os ângulos internos de um

triângulo e de polígonos regulares;

•••• Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça

retas paralelas num plano;

•••• Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas,

marque pontos, identifique os pares ordenados

(abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob

diversos contextos;

•••• Conheça os fractais através da visualização e

manipulação de materiais e discuta suas

propriedades.

TRATAM

ENTO DA

INFORMA

ÇÃO

• Gráfico e Informação;

• População e amostra.

• Interprete e represente dados em diferentes gráficos;

• Utilize o conceito de amostra para levantamento de

dados.

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259

8º SÉRIE/ 9º ANO

C.E.

CONTEÚDOS

BÁSICOS

AVALIAÇÃO

NÚMERO

S E

ÁLGEBR

A

• Números Reais;

• Propriedades dos

radicais;

• Equação do 2º

grau;

• Teorema de

Pitágoras;

• Equações

Irracionais;

• Equações

Biquadradas;

• Regra de Três

Composta.

• Opere com expoentes fracionários;

• Identifique a potência de expoente fracionário como um

radical e aplique as propriedades para a sua simplificação;

• Extraia uma raiz usando fatoração;

• Identifique uma equação do 2º grau na forma completa e

incompleta, reconhecendo seus elementos;

• Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando

diferentes processos;

• Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;

• Identifique e resolva equações irracionais;

• Resolva equações biquadradas através das equações do 2º

grau;

• Utilize a regra de três composta em situações problemas.

GRANDE

ZAS E

MEDIDA

S

• Relações

Métricas no

• Triângulo

Retângulo;

• Trigonometria

no

• Triângulo

Retângulo.

• Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no

triângulo retângulo;

• Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das

medidas dos lados de um triângulo retângulo;

• Realize cálculo da superfície e volume de poliedros.

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260

FUNÇÕES

• Noção intuitiva

de Função Afim.

• Noção intuitiva

de Função

Quadrática.

• Expresse a dependência de uma variável em relação à outra;

• Reconheça uma função afim e sua representação gráfica,

inclusive sua declividade em relação ao sinal da função;

• Relacionem gráficos com tabelas que descrevem uma

função;

• Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e

associe a concavidade da parábola em relação ao sinal da

função;

• Analise graficamente as funções afins;

• Analise graficamente as funções quadráticas.

GEOMET

RIA

7- Geometria

Plana;

8- Geometria

Espacial;

9- Geometria

Analítica;

10- Geometrias não

euclidianas.

lVerifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo

relações entre eles;

lCompreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos

para resolver situações-problemas;

lConheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos;

lAplique o Teorema de Tales em situações problemas;

lNoções básicas de geometria projetiva.

TRATAM

ENTO DA

INFORMA

ÇÃO

− Noções de

Análise

Combinatória;

− Noções de

Probabilidade;

− Estatística;

− Juros

Compostos.

�Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-

problema que envolva contagens, aplicando o princípio

multiplicativo;

�Descreva o espaço amostra em um experimento aleatório;

�Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento;

�Resolva situações-problema que envolva cálculos de juros

compostos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO MÉDIO E SEUS DESDOBRAMENTOS

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261

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Números e Álgebra se desdobram

nos seguintes conteúdos:

• números reais

• números complexos

• sistemas lineares

• matrizes e determinantes

• equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares

• polinômios

GRANDEZAS E MEDIDAS

Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Grandezas e Medidas aprofundam e

ampliam os conteúdos do Ensino Fundamental:

• medidas de massa

• medidas derivadas: área e volume

• medidas de informática

• medidas de energia

• medidas de grandezas vetoriais

• trigonometria: relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo

e a trigonometria na circunferência

GEOMETRIAS

Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Geometrias se desdobra nos

seguintes conteúdos:

• geometria plana

• geometria espacial

• geometria analítica

• noções básicas de geometrias não-euclidianas

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262

FUNÇÕES

Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os conteúdos:

• função afim

• função quadrática

• função polinomial

• função exponencial

• função logarítmica

• função trigonométrica

• função modular

• progressão aritmética

• progressão geométrica

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação:

Engloba os conteúdos:

• Análise combinatória

• binômio de Newton

• estatística

• probabilidade

• matemática financeira

Ensino Médio

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos Avaliação

Números e

Álgebra

• Números Reais;

• Números Complexos;

• Sistemas lineares;

• Matrizes e

Determinantes;

• Amplie os conhecimentos sobre conjuntos

numéricos e aplique em diferentes contextos;

• Compreenda os números complexos e suas

operações;

• Conceitue e interprete matrizes e suas

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263

• Polinômios;

• Equações e Inequações

Exponenciais, Logarítmicas

e Modulares

operações;

• Conheça e domine o conceito e as soluções

de problemas que se realizam por meio de

determinante;

• Identifique e realize operações com polinômios;

• Identifique e resolva equações, sistemas de

equações e inequações, inclusive as exponenciais,

logarítmicas e modulares

Grandezas e

Medidas

• Medidas de Área;

• Medidas de Volume;

• Medidas de Grandezas

Vetoriais;

• Medidas de Informática;

• Medidas de Energia;

• Trigonometria.

• Perceba que as unidades de medidas são

utilizadas para a determinação de diferentes

grandezas e compreenda a relações matemáticas

existentes nas suas unidades;

• Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos

de um triângulo para determinar elementos

desconhecidos.

Funções • Função Afim;

• Função Quadrática;

• Função Polinomial;

• Função Exponencial;

• Função Logarítmica;

• Função Trigonométrica;

• Função Modular;

• Progressão Aritmética;

• Progressão Geométrica

• Identifique diferentes funções e realize cálculos

envolvendo-as;

• Aplique os conhecimentos sobre funções para

resolver situações-problema;

• Realize análise gráfica de diferentes funções;

• Reconheça, nas seqüências numéricas,

particularidades que remetam ao conceito das

progressões aritméticas e geométricas;

• Generalize cálculos para a determinação de

termos de uma sequência numérica.

Geometrias • Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometrias não-

euclidianas.

• Amplie e aprofunde os conhecimentos de

geometria Plana e Espacial;

• Determine posições e medidas de elementos

geométricos através da Geometria Analítica;

• Perceba a necessidade das geometrias não

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264

euclidianas para a compreensão de conceitos

geométricos, quando analisados em planos

diferentes do plano de Euclides;

• Compreenda a necessidade das geometrias não

euclidianas para o avanço das teorias científicas;

• Articule idéias geométricas em planos de

curvatura nula, positiva e negativa;

• Conheça os conceitos básicos da Geometria

Elíptica, Hiperbólica e Fractal.

Tratamento da

informação

• Análise Combinatória;

• Binômio de Newton;

• Estudo das Probabilidades;

• Estatística;

• Matemática Financeira.

• Recolha, interprete e analisem dados através de

cálculos, permitindo-lhe uma leitura crítica dos

mesmos;

• Realize cálculos utilizando Binômio de Newton;

• Compreenda a idéia de probabilidade;

• Realize estimativas, conjecturas a respeito de

dados e informações estatísticas;

• Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao

diversos ramos da atividade humana;

• Perceba, através da leitura, a construção e

interpretação de gráficos, a transição da álgebra para

a representação gráfica e vice-versa.

OBS: Em nosso trabalho será contemplada a legislação vigente: Lei 10639/03 –História

e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Lei 11645/08 – História Cultura Afro- Brasileira e

Indígena, tanto no ensino fundamental, quanto no ensino médio.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Existem investigações em Educação Matemática que abordam as relações que

podem ocorrer entre os conteúdos matemáticos. Educadores matemáticos se incumbem de

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265

realizar estudos que tratam desse assunto. Dentre eles, Machado (1993, p. 28), escreve que:

“(...) o significado curricular de cada disciplina não pode resultar de apreciação isolada de

seus conteúdos, mas sim do modo como se articulam”, ou seja, o como ensinar Matemática

está vinculado às reflexões realizadas por educadores matemáticos. Encontram-se

apontamentos para o exercício da prática docente nas tendências temáticas metodológicas

da Educação Matemática. D’Ambrosio (1989) elegem algumas propostas metodológicas

que procuram alterar as maneiras pelas quais se ensina Matemática. O autor destaca a

Resolução de problemas onde o aluno terá oportunidade de aplicar conhecimentos já

adquiridos em novas situações. Buscar várias alternativas e levantar hipóteses e testa-las

usando mecanismos que levam à solução. Etnomatemática – o educando deverá

reconhecer e registrar questões de relevância social que produz conhecimentos, análise da

realidade, investigação e ambiente do individuo. História da Matemática – os estudantes

terão como elemento orientador na elaboração de atividades, situações problemas,

conhecerem a matemática que se encontra em construção e pensar não só em resolver

exercícios padronizados. Modelagem Matemática – faz com que os alunos transformem

os problemas reais com os problemas matemáticos, resolve-los e interpreta-los na

linguagem real. Mídias Tecnológicas – A utilização dos recursos tecnológicos amplia as

possibilidades de observação e permitem aos educando um confronto entre a prática e a

teoria.

As abordagens dos Conteúdos Matemáticos podem transitar por todas as

tendências. Uma tendência não é mais importante que a outra, tampouco devem ser

abordadas isoladamente, uma vez que se complementam.

A educação matemática tem finalidade de levar o estudante a compreender e

apropriar-se da matemática através dos procedimentos. É fazer que o estudante construa

valores e atitudes visando a formação integral do ser humano.

Na proposta prevê – um aluno critico, capaz de agir na sociedade com autonomia

apropriando-se dos conhecimentos matemáticos.

Essa construção histórica e a Educação Matemática são relevantes nas Diretrizes

Curriculares e a Educação Matemática é a opção para o exercício da prática docente.

E é dentro dessa concepção histórica que vamos organizar alguns campos da

matemática.

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266

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Na disciplina de Matemática, numa perspectiva tradicional, é comum os

professores avaliarem seus alunos, levando-se em consideração apenas o resultado final de

operações e algoritmos, desconsiderando todo o processo de construção.

É importante o professor propor atividades em suas salas, sempre insistir para que

os alunos explicitem os procedimentos adotados. Reconhecer que o conhecimento não é

fragmentado e seus conceitos não são concebidos isolados.

Uma avaliação que se restringe em apenas quantificar o nível de informação que o

aluno domina não é carente com a proposta de Educação Matemática. Para ser completo,

esse momento precisa abarcar toda a complexa relação do aluno e o conhecimento. Isso

significa, em que, medida o aluno atribui significado ao que aprendeu e consegue

materializá-lo em situações que exigem raciocínio matemático.

Segundo D’Ambrósio, a “avaliação deve ser uma orientação para o professor na

conclusão de sua prática docente e jamais um instrumento para reprovar ou reter alunos na

construção de seus esquemas de conhecimento teórico e prático. Selecionar, classificar,

filtrar, reprovar e aprovar indivíduos para isto ou aquilo não são missão de educador.”

(2001, p. 78)

Encaminhamentos como observação, intervenção, revisões de noções devem ser

consideradas nas práticas avaliativas. Também buscar diversos métodos – formas escritas,

orais e de demonstração incluindo uso de calculadoras, computador.

O professor é o responsável pelo processo de ensino e aprendizagem então precisa

considerar: registros escritos, manifestações orais, erros de raciocínio e de cálculo

matemático.

Avaliar, seguindo a concepção de Educação Matemática, adotada nesta Diretriz,

tem um papel de mediação no processo de ensino e aprendizagem, ou seja, ensino,

aprendizagem e avaliação devem ser vistos como integrantes de um mesmo processo.

A Avaliação deve ser uma orientação para o professor na condução da sua prática

docente e jamais um instrumento para reprovar ou reter alunos na construção de seus

esquemas de conhecimento teórico e prático.

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267

BIBLIOGRAFIA

SEED – Diretrizes Curriculares de Matemática. Ensino Fundamental e Médio. Curitiba:

2006.

PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA

Apresentação da Disciplina

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268

A Química está presente em todo o processo de desenvolvimento das

civilizações, por esse motivo, considera-se essencial resgatar momentos marcantes sobre a

história do conhecimento químico.

Não se pode falar da história da Química sem se reportar a fatos políticos,

religiosos e sociais. O poder, representado pela riqueza, e a cura de todas as doenças,

sinônimo de vida eterna, foram e são buscas incessantes da humanidade.

O desenvolvimento de saberes e de práticas

ligadas à transformação da matéria e presentes na

formação das diversas civilizações foi estimulado por

necessidades humanas, tais como: a comunicação, o

domínio do fogo e, posteriormente, o domínio do processo

de cozimento.

Nessas diretrizes a preocupação central é resgatar a

especificidade da disciplina de Química, deixando de lado

o modo simplista como era tratada nos PCN onde era vista

como área do conhecimento, recuperando a importância

de seu papel no currículo escolar. Por isso a ênfase dada

na importância do estudo da história da disciplina, em seus

aspectos epistemológicos, buscando uma seleção de

conteúdos (estruturantes) que identifiquem a disciplina

como campo do conhecimento que se constituem

historicamente, nas relações políticas, econômicas, sociais

e culturais das diferentes sociedades. Esses são

pressupostos considerados fundamentais para uma

abordagem pedagógica crítica da disciplina de química,

que ultrapasse a postura subserviente da educação ao

mercado de trabalho.

Os conhecimentos de Química foram

incorporados à prática dos Professores e abordados

conforme a necessidade dos alunos, sendo que, se faz

necessário e importante proporcionar aos alunos o

conhecimento da composição e da estrutura íntima dos

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269

corpos, das propriedades que delas decorrem e das leis que

regem as suas transformações, orientando-o por raciocínio

lógico e científico de valor educativo e coordenando-o

pelo interesse imediato da utilidade, e com as aplicações

da vida cotidiana.

É importante formar um aluno que se aproprie

dos conhecimentos químicos e também seja capaz de

refletir criticamente sobre o período histórico atual.

A nova proposta apresenta os seguintes conteúdos

estruturantes: Matéria e sua Natureza; Biogeoquímica e

Química Sintética.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.

-Matéria e sua natureza.

-Biogeoquímica.

-Química Sintética.

CONTEÚDOS BÁSICOS.

-Matéria

*Constituição da matéria

*Estados de agregação

*Natureza elétrica da matéria

*Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton,

Bohr...)

*Estudos dos metais

*Tabela Periódica.

-Solução

*Substâncias simples e compostas

*Misturas

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270

*Métodos de separação

*Solubilidade

*Concentração

*Forças intermoleculares

*Temperatura e pressão

*Densidade

*Dispersão e suspensão

*Tabela Periódica.

-Velocidade das reações

*Reações químicas

*Lei das reações químicas

*Representação das reações químicas

*Condições fundamentais para a ocorrência das reações

químicas (natureza dos reagentes, contato entre os

reagentes, teoria de colisão)

*Fatores que interferem na velocidade das

reações(superfície de contato,

temperatura,catalisador,concentração dos reagentes,

inibidores).

*Lei da velocidade das reações químicas

*Tabela Periódica.

Equilíbrio Químico

*Reações químicas reversíveis

*Concentração

*Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante

de equilíbrio)

*Deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Chatelier),

concentração, pressão, temperatura e efeito dos

catalizadores.

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271

*Equilíbrio químico em meio aquoso (ph, constante de

ionização,K)

*Tabela Periódica.

Ligação Química

*Tabela periódica

*Propriedade dos metais

*Tipos de ligações químicas em relação às propriedades

dos materiais

*Solubilidade e as ligações químicas

*Interações intermoleculares e as propriedades das

substâncias moleculares

*Ligações de Hidrogênio

*Ligação metálica (elétrons semi-livres)

*Ligações sigma e pi

*Ligações polares e apolares

*Alotropia.

Reações Químicas

*Reações Oxi-redução

*Reações exotérmicas e endotérmicas

*Variação de entalpia

*Calorias

*Equações Termoquímicas

*Princípios da termodinâmica

*Entropia e energia livre

*Calorimetria

*Tabela Periódica.

Radioatividade

*Modelos atômicos (Rutherford)

*Elementos Químicos

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*Tabela periódica

*Reações Químicas

*Velocidade das Reações

*Emissões radioativas

*Leis da radioatividade

*Cinética das reações químicas

*Fenômenos radioativos (fusão e fissão nuclear)

Gases

*Estados físicos da matéria

*Tabela periódica

*Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão,

pressãoxtemperatura, pressãoxvolume e

temperaturaxvolume)

*Modelos de partículas para os materiais gasosos

*Misturas gasosas

*Diferença entre gás e vapor

*Lei dos gases.

Funções Químicas

*Funções orgânicas

*Funções inorgânicas

*Tabela Periódica.

Serão inseridos ainda conteúdos relacionados a

História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena através de

análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial

reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na

construção da sociedade e do país, ressaltando os valores

que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento,

na perspectiva de uma sociedade multicultural e

pluriétnica, lei 11.645/03/08 que integra a História e

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cultura afro-brasileira e indígena ao Currículo de ensino

fundamental e de ensino médio.

Conteúdos Estruturantes

- MATÉRIA E SUA NATUREZA

Conteúdos Específicos: Estrutura da matéria,

Substâncias, Misturas, Métodos de Separação, Fenômenos

Físicos e Químicos, Estrutura Atômica, Distribuição

Eletrônica, Tabela Periódica, Ligações Químicas, Funções

Químicas, Radioatividade.

Esses conteúdos identificam a disciplina de

Química, por se tratar de essência da matéria, é ele que

abre caminho para um melhor entendimento dos

Conteúdos Estruturantes na disciplina de Química.

- BIOGEOQUÍMICA

Conteúdos Específicos: Soluções,

Termoquímica, Cinética Química, Equilíbrio Químico.

É importante a abordagem desses temas, nas

aulas de Química, de modo especial, nas regiões agrícolas,

para que o aluno possa intervir positivamente, seja na

agricultura familiar ou no seu local de trabalho.

- QUÍMICA SINTÉTICA

Conteúdos Específicos: Química do Carbono,

Funções Oxigenadas, Polímeros, Funções Nitrogenadas,

Isomeria.

A Química Sintética tem o papel importante a

cumprir, pois com a síntese de novos materiais e o

aperfeiçoamento dos que já foram sintetizados, alarga

horizontes em todas as atividades humanas. Além disso, o

sucesso econômico de um país não se restringe apenas a

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fabricação de produtos novos, mas sim `a capacidade de

aperfeiçoar, desenvolver materiais e transformá-los.

Metodologia da Disciplina

Considerando os conhecimentos que o aluno traz,

o que propomos nessas Diretrizes Curriculares de Química

é que o aluno do Ensino Médio tenha condições de formar

conhecimentos científicos a respeito dos conhecimentos

químicos.

Nessas diretrizes propõe-se que esse tipo de

encaminhamento metodológico seja superado e que o

professor, ao utilizar o laboratório tenha em mente a

necessidade de que os mesmos encaminhamentos

realizados numa aula teórica estejam presentes.

A Química estuda o mundo material e sua

constituição. Considera-se bastante importante propor aos

alunos leituras que contribuam para a sua formação e

identificação cultural, que possam se constituir num

elemento motivador para a aprendizagem da Química,

contribuindo, eventualmente, para a criação de hábito da

leitura, as aulas serão conduzidas através de métodos

expositivos, debates, pesquisas, práticas de laboratório

entre outros.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser concebida de forma

processual e formativa, sob as condicionantes do

diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre por

meio de interações recíprocas, no dia a dia, no transcorrer

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da própria aula e não apenas de modo pontual, portanto

sujeita a alterações no seu desenvolvimento.

CRITERIOS DE AVALIAÇÃO

-O aluno entende e questiona a Ciência de seu tempo e os

avanços tecnológicos na área da Química.

-Problematiza a construção dos conceitos químicos.

-Toma posições frente às situações sociais e ambientais

desencadeadas pela produção do conhecimento químico.

-Compreende a constituição química da matéria a partir

dos conhecimentos sobre modelos atômicos, estados de

agregação e natureza elétrica da matéria.

-Formula conceitos de soluções, associado à misturas,

métodos de separação, solubilidade, concentração, forças

intermoleculares, etc.

-Identifica a ação dos fatores que influenciam a velocidade

das reações químicas.

-Compreende o conceito de equilíbrio químico,

deslocamento de equilíbrio, concentração, pressão,

temperatura entre outros.

-Elabora conceito de ligação química, na perspectiva da

interação entre o núcleo de um átomo e a eletrosfera de

outro a partir dos desdobramentos deste conteúdo.

-Entende as reações químicas como transformações da

matéria a nível microscópico, associando os conteúdos

específicos determinados para esse conteúdo básico.

-Diferencia gás de vapor, a partir dos estados físicos da

matéria, propriedades dos gases, modelo de partículas e as

leis dos gases.

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-Reconhece as espécies químicas, ácidos, bases, sais e

óxidos em relação a outra espécie com a qual estabelece

relação.

Meios de avaliação: Provas objetivas, pesquisas,

interpretação de textos, relatórios, apresentação de

seminários, entre outros.

Bibliografia

DIRETRIZES CURRICULARES DE QUÍMICA

PARA O ENSINO MÉDIO, 2009

PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Sociologia é uma disciplina que é caracterizada como Ciência do pensamento

positivista vinculado à ordem das Ciências Naturais.

A Sociologia tem seu caráter científico, busca a lógica da ciência representada por:

Augusto Comte, Emile Durkhein, Karl Mark, Antônio Gramsci, no Brasil, Sílvio Romero,

Euclides da Cunha, Oliveira Vianna, Gilberto Freyre e Fernando de Azevedo.

A tarefa da escola e da sociedade é a formação de novos valores, de uma nova ética

e de novas práticas sociais que apontem para a possibilidade de construção de novas

relações sociais.

O objeto da Sociologia é o conhecimento e a explicação da sociedade através da

compreensão das formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, as relações, a

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compreensão e as consequências dessas relações para indivíduos e coletividades,

decorrente das mudanças estrutural imposta pela formação do modo de produção

capitalista.

A Sociologia se apresenta no Ensino Médio com conteúdos estruturantes. O

processo de socialização e as instituições sociais, cultura e indústria cultural, trabalho,

produção e classes sociais. Poder político e Ideologia, Direitos, Cidadania e Movimentos

Sociais.

A Sociologia tem como objetivo a recuperação de sua historicidade nas diversas

sociedades humanas, objetivando a desnaturalização dos processos sociais e promover a

crítica e a explicação de aspectos estáticos e imutáveis da sociedade, desenvolvendo um

olhar crítico, explicativo a fim de interrogar e conduzir à mudanças de atitudes a respeito

da organização da sociedade;

Contribuir para a mudança de atitudes para o desenvolvimento de um pensamento

reflexivo, livre de noções preconceituosas e estanques da sociedade;

Pressupor metodologia que posicione o aluno como sujeito de seu aprendizado, revendo

conhecimentos e reconstituir coletivamente novos saberes provocando relações entre a

teoria e a prática da vida.

Inserção do aluno como sujeito social que compreende a sua realidade imediata,

mas que também percebe o que se estabelece além dela.

Questionar quanto a existência de verdades absolutas, sejam elas na compreensão

comum do cotidiano, ou na constituição da ciência.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes devem instrumentalizar professores e alunos, sujeitos da

educação escolar/prática social, na seleção, organização e problematização dos conteúdos

específicos a partir das necessidades locais e coletivas, sem perder de vista a busca da

totalidade e das inter-relações.

Os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos deles desdobrados, não

devem ser pensados e trabalhados de maneira autônoma, como se bastassem a si próprios,

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como também não devem ser pensados e trabalhados de forma sequencial como se

exigissem obediência incondicional.

CONTEÚDOS:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTE

1. O surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas

CONTEÚDOS BÁSICOS

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento

do pensamento social;

Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx,

Weber;

O desenvolvimento da sociologia no Brasil;

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

2. Processo de Socialização e as Instituições Sociais

CONTEÚDOS BÁSICOS

Processo de Socialização;

Instituições sociais: Familiares, Escolares; Religiosos;

Instituições de reinserção ( prisões, manicômios, educandários, asilos,

etc)

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

3- Cultura e Industria Cultural

CONTEÚDOS BÁSICOS

Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua

contribuição na análise das diferentes sociedades;

Diversidade cultural;

Identidade;

Industria Cultural;

Meios de comunicação de massa;

Sociedade de consumo;

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Indústria cultural no Brasil;

Questões de gênero;

Cultura afro-brasileira e africana;

Culturas indígenas

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

4.Trabalho, Produção e Classes Sociais

CONTEÚDOS BÁSICOS

O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

Desigualdade social: estamentos, castas,classes sociais;

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e sua

contradições;

Globalização e Neoliberalismo;

Relações de trabalho;

Trabalho no Brasil

CONTEÚDO ESTRUTURANTES

5.Poder, Político e Ideologia

CONTEÚDOS BÁSICOS

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

Estado no Brasil;

Conceitos de Ideologia;

Conceitos de dominação e legitimidade;

As expressões da violência nas sociedades contemporânea.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTE

6.Direito, cidadania e Movimentos Sociais;

CONTEÚDOS BÁSICOS

Direito: civis, políticos e sociais;

Direitos humanos;

Conceitos de cidadania;

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Movimentos Sociais no Brasil;

A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

A questão das ONGs.

Serão inseridos ainda conteúdos relacionados a História e Cultura Afro Brasileira e

Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os

afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do país, ressaltando os valores

que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade

muliticultural e pluriétnica, lei 11.645/03/08 que integra a História e Cultura afro-brasileira

e Indigena ao Currículo de ensino fundamental e de ensino médio. Na mesma dimensão

será trabalhado a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana lei 10.639/03.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O pensamento sociológico na escola é consolidado a partir da articulação de

experiências e conhecimentos apreendidos como totalidades complexas, procurando dar

um tratamento teórico aos problemas postos pela prática social capitalista como as

desigualdades sociais e econômicos, a exclusão imposta pelas mudanças no mundo do

trabalho, as relações sociedade-natureza, diversidade cultural, de gênero e étnico-racial,

dessa forma a sociologia está fundamentada nos conteúdos estruturantes que são conteúdos

representativos dos grandes campos de saber, da cultura e do conhecimento universal, são

os conhecimentos de grande amplitude, os conceitos e as práticas que identificam e

organizam os campos de estudo da sociologia.

No ensino de Sociologia é fundamental a utilização de múltiplos instrumentos

metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a exposição, a

leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos,

temáticos, literários), a análise, a discussão, a pesquisa de campo e bibliográfica ou outros,

pois assim como os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos deles derivados, os

encaminhamentos metodológicos e o processo de avaliação ensino-aprendizagem também

devem estar relacionados à própria construção histórica da Sociologia crítica, caracterizada

portanto por posturas teóricas e práticas favorecedoras ao desenvolvimento de um

pensamento criativo e instigante.

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O ensino da Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como

sujeito de seu aprendizado, não importa que o encaminhamento seja a leitura, o debate, a

pesquisa de campo, ou a análise de filmes, mas importa que o

aluno esteja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever

conhecimentos e a reconstituir coletivamente novos saberes.

Ressalva-se a importância do Livro Didático Público que vem dar suporte teórico e

metodológico às aulas dessa disciplina, constituindo-se portanto num ponto de partida para

professores e alunos. O Livro Didático Público, assim como qualquer material didático não

esgota ou supre todas as necessidades do ensino de Sociologia.

AVALIAÇÃO

O processo de avaliação no âmbito do ensino da Sociologia, deve perpassar todas

as atividades relacionadas à disciplina, portanto necessita de um tratamento metódico e

sistemático. Deve ser pensada e elaborada de forma transparente e coletiva, ou seja, seus

critérios devem ser debatidos criticados e acompanhados por todos os envolvidos pela

disciplina.

As formas de avaliação em Sociologia portanto, acompanham as próprias práticas

de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates, que

acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de campo, seja a

produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, enfim

várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las, a

clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da

apreensão/compreensão/reflexão dos conteúdos pelo aluno, a mudança na forma de olhar

para os problemas sociais assim como a iniciativa e a autonomia para tomar atitudes

diferenciadas e criativas que rompam com a acomodação e o senso comum. Por fim,

entender que não só o aluno, mas também professores e a instituição escolar devem

constantemente ser avaliados em suas dimensões práticas e discursivas e principalmente

em seus princípios políticos com a qualidade e a democracia.

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REFERÊNCIAS

SEED. Diretrizes Curriculares de Sociologia. Ensino Médio. Curitiba:2009.