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PROJETOPOLÍTICO
PEDAGÓGICO
EEROU2010
ENSINO FUNDAMENTAL Decreto 3062/77 – Res. 3429/94
Av. Pres. Affonso Camargo, nº 3407 - 82800-240 Fone/Fax 3267-1772 - Curitiba-Paraná
e-mail: [email protected]
“A educação é projeto ,e,mais do que isto,
encontro de projetos;encontro muitas vezes
difícil,conflitante,angustiante mesmo;
todavia altamente provocativo,desafiador,e,porque não
dizer,prazeroso realizador.”
CELSO VASCONCELLOS
ENSINO FUNDAMENTAL Decreto 3062/77 – Res. 3429/94
Av. Pres. Affonso Camargo, nº 3407 - 82800-240 Fone/Fax 3267-1772 - Curitiba-Paraná
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APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual República
Oriental do Uruguai, é entendido como um processo de mudança e
antecipação do futuro, que estabelece princípios, diretrizes e propostas
de ação para melhor organizar, sistematizar e significar as atividades
desenvolvidas pela escola como um todo.
Sua dimensão político-pedagógica pressupõe uma construção
participativa que envolve ativamente os diversos segmentos escolares.
Ao desenvolvê-lo, as pessoas ressignificam suas experiências,
refletem suas práticas, resgatam, reafirma e atualizam valores,
explicitam seus sonhos e utopias, demosnstram seus saberes, dão
sentido aos seus projetos individuais e coletivos, reafirmam suas
identidades, estabelecem novas relações de convivência e indicam um
horizonte de novos caminhos, possibilidades e propostas de ação.
Este movimento visa à promoção da transformação necessária e
desejada pelo coletivo escolar e comunitário.
Nesse sentido, o Projeto Político Pedagógico é práxis, ou seja,
ação humana transformadora, resultado de um planejamento dialógico,
resistência e alternativa ao projeto de escola e de sociedade
burocrático, centralizado e descendente.
Ele é movimento de ação-reflexão-ação, que enfatiza o grau de
influencia que as decisões tomadas na escola exercem nos demais
níveis educacionais.
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IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
A Escola Estadual República Oriental do Uruguai – Ensino
Fundamental de 1ª a 8ª série, está localizada na Avenida Presidente
Affonso Camargo, 3407, Bairro Capão da Imbuia, telefone (41) 3267-1772
e 3266-6262, Email: [email protected], na cidade de Curitiba,
Estado do Paraná, mantida pelo Governo do Estado do Paraná, nos termos
da legislação vigente, Resolução de Renovação de Reconhecimento do
Ensino Fundamental nº 3877/04 DOE 20/12/2004.
EQUIPE PEDAGÓGICA E ADMINISTRATIVA
Diretora : Karime
Vice diretora Maria Elisangela
Pedagogas Débora Marlene Regina
Sumar
Secretaria Mariza
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HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
1ª à 4ª séries Manhã TardeEntrada
Intervalo
Saída
7h30min 13h15min10h às 10h20min 15h20min às
15h40min
11h35min 17h20min
5ª à 8ª séries Manhã TardeEntrada
Intervalo
Saída
7h20min 13h15min10h às 10h20min 15h45min às 16h05min
11h55min 17h40min
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NÍVEIS DE ATENDIMENTO
A Escola Estadual República Oriental do Uruguai – Ensino
Fundamental, oferece a modalidade de Ensino Fundamental assim
distribuído:
* Ciclo Básico – regulamentado pela Deliberação 33/93 –
CEE, de 12/11/93, “continuum curricular único”, que compreende
um período de quatro anos, (em fase de cessação).
* 5ª a 8ª séries – que funciona em regime de seriação anual,
obedecendo a grade curricular própria, aprovada em conformidade
com a legislação em vigor.
NÚMERO DE ALUNOS
A Escola atende 1310 alunos distribuídos da seguinte maneira:
* Período matutino: 5ª a 8ª séries e 01 Classe Especial -
Sendo:
01 Classe Especial,
03 turmas de 5ª séries
04 turmas de 6ª séries,;
05 turmas de 7ª séries,;
06 turmas de 8ª séries,.
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* Período vespertino: de 2ª a 8ª séries –
Sendo: 01 turmas de 2ª séries,;
02 turmas de 3ª séries,;
02 turmas de 4ª séries,;
07 turmas de 5ª séries;
04 turmas de 6ª séries,;
03 turmas de 7ª séries,;
01 turmas de 8ª séries,
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
O perfil dos alunos que recebemos, de acordo com a pesquisa
realizada em março de 2010, utilizando questionário sócio-
econômico cultural e envolvendo um número significativo de alunos
(86%), revelou que 67,9% mora com pai e mãe, 6,3% com pai,
19,9% com a mãe e 5,9% com parentes (tios, avós e outros), tendo
67,9% casa própria, 18,3% casa alugada e 13,8% outras (emprestadas
ou cedidas), sendo que residem na casa do aluno de 2 a 5 pessoas
60,1%, de 6 a 8 pessoas 12,8%, em relação a renda familiar mostrou
que 6% recebe menos de um salários, 57,6% de um a três salários
mínimos, 25,6% de quatro a seis salários mínimos e 8,6% acima de
seis salários e consta que 32,6% possuem irmãos matriculados nesta
escola.
Quanto ao meio de transporte utilizado pelo alunos para vir à
escola 22,7% utilizam ônibus convencional, 35% transporte escolar,
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14,8% carro e 27,5% outros meios, 92,5% possuem telefone para
contato, no período contrário a escola 85,1% ficam em casa, 3%
trabalham meio expediente e 9% fazem curso, 48,6% escolheu está
escola por indicação, 32,4% proximidade de casa, 4,7% proximidade
do trabalho dos pais e 14,3% outros motivos.
Quanto aos aspectos acadêmicos, 80,3% dedica uma hora por
dia de estudo em casa, 17% duas horas por dia, 63,2% possui local
adequado para estudos em cada, 86,2% consta que há alguém que
acompanha os estudos dos alunos, 67,8% possui computador em
casa, 62,2% possui acesso à internet, 40,1% costumam ler literatura
infanto-juvenil, 19% revistas/jornais, 19,3% gibis e 14,1% outras
referências, 48,4% freqüentam raramente o teatro, 17,1% às vezes e
29,5% nunca foram ao teatro, nos momentos de lazer 4,5% praticam
esportes, 13,8% assistem TV, 1,7% acessam a internet, 2,5% sai com
amigos e 74,6% outras atividades.
ESTRUTURA FÍSICA
01 sala de Direção
01 sala de Secretaria
01 sala de professores
01 sala de biblioteca
23 salas de aula
01 sala Apoio à Aprendizagem
03 salas de Equipe Pedagógica
01 sala de materiais didáticos e digitação
01 auditório
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Av. Pres. Affonso Camargo, nº 3407 - 82800-240 Fone/Fax 3267-1772 - Curitiba-Paraná
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1 cantina comercial
01 cozinha
04 banheiros para alunos
02 banheiros para professores
01 sala para Educação Física
01 almoxarifado para material didático
01 depósito documentos secretaria
01 sala para as Agentes de Execução
01 Laboratório de Informática
03 quadras poli-esportivas( sendo uma coberta)
Pátio interno coberto
HISTÓRICO DA ESCOLA
No bairro, havia 03 (três) escolas, sendo a mais antiga criada pelo
Governo Municipal de Curitiba no dia 05 de maio de 1942, com o nome de
“Grupo Escolar Alto Cajuru”. Em 30 de outubro do mesmo ano recebeu a
sua denominação oficial, “Grupo Escolar República do Uruguai” pelo
Decreto Municipal nº 1280/42, atendendo alunos de 1ª a 4ª séries.
Pela Resolução nº 5477/85, de 16 de dezembro de 1985,
desmembrou-se do “Ginásio Estadual Professora Maria Aguiar Teixeira”,
que passou a ser de Ensino Regular e Supletivo de 1º e 2º Graus. Esta
Escola passou, então a se denominar “Escola Estadual República do
Uruguai- Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo”, com a oferta de 1ª a 4ª
séries e Supletivo correspondente às quatro séries iniciais do 1º grau. Foi
oficializado o desmembramento no Diário Oficial do dia 31/12/85.
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Em 14 de agosto de 1988 a Escola começou a implantação do Ciclo Básico
de Alfabetização de dois anos de acordo com o Decreto 2545/88, que só
começa a funcionar regularmente no início de 1990.
A Resolução 2339/89 autoriza o funcionamento de 02 (duas) classes
especiais, Área de Deficiência Mental Leve (Protocolo 590.558/89).
Com a Resolução nº 351/91, fica autorizado o funcionamento, das 4
últimas séries do ensino de 1º grau, que tem início no ano letivo de 1991,
no período noturno e em 1993 no pe- ríodo da manhã. A Resolução nº
3429/94 de 21/07/94 oficializou esse funcionamento.
Em 1993, cessa definitivamente a fase I, de 16/06/93, sendo
prorrogado o prazo autorização de funcionamento de 08/11/93 até
31/12/93.
Em 1993, também o CBA passa a ser implantado nas quatro
primeiras etapas do 1º grau, pelo Decreto 2325/93, e entra em
funcionamento no início de 1994.
Pela Resolução nº 1553/97 de 24/04/97 foi implantado o Projeto
PAI-S (programa de Adequação de Idade – Série – Correção de Fluxo), nos
períodos diurno e noturno.
A Resolução 3429, de 24 de junho de 1994, publicada no DOE nº
4310, de 21 de julho de 1994, trouxe o reconhecimento do Curso Regular
de 1º grau.
Através do Ofício nº 60/97, a Direção solicita a alteração de
denominação da Escola Estadual República do Uruguai – Ensino de 1º
grau.
De acordo com a Resolução 3619/97, divulgada em Diário Oficial do
dia 21/11/97, a Escola teve sua denominação oficializada para Escola
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Estadual República Oriental do Uruguai – Ensino Fundamental de 1ª a 8ª
séries.
A escola hoje, destina-se à crianças e jovens, na faixa entre 07 (sete)
e 14 (quatorze) anos, no período diurno, oferecendo turmas de Ciclo Básic
de Alfabetização de 04 (quatro) anos, turmas de 5ª a 8ª séries, e 01 (uma)
turma de Classe Especial.
Os alunos oriundos da própria comunidade e regiões circunvizinhas
apresentam condição sócio-econômica média/baixa.
Nome e gestão dos cinco últimos diretores:
... 1995 – Francisca Junqueira
1996/2001 – Sarai Batista Agibert
2002/2003 – Maria Inês Felipe Pacholek
2004/2005 – Sarai Batista Agibert
2006/2011 – Karime Gaertner Farhat
Atualmente denomina-se Escola Estadual República Oriental do Uruguai –
Ensino Fundamental de acordo com a Lei 9394/96.
CORPO DOCENTE E FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA
CORPO DOCENTE
NÃO CONSEGUI COLOCAR O LOGO NAS PX PAGINAS
Nº
NOME RG VÍNCU
LO
DISCIPLI
NA
FORMAÇÃO
1. Adriana Boaretto
Chaves
6281450-
0
QPM Língua
Portuguesa
Espec. em
Metodologia
do Ensino L.
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Port.2. Alexandra Maria
Caron
7858154-
9
QPM Matemática Licenciatura
em
Matemática3. Arthur Francisco
Maceno de Souza
3254469-
0
PSS Matemática Licenciatura
em
Matemática4. Arthur Hirata
Kawai
5938127-
0
PSS Ciências Especialização
em Gestão de
Recursos
Naturais5. Anderson Kenji
Fujióka
6259813-
1
QPM Ciências Licenciatura
em Ciências
Biológicas6. Arnaldo Ricardo
da Silva Amorim
8752909-
6
PSS Geografia Espec. em
Didática e
Metodologia
de Ensino7. Caciana R.
Heinzen
4823036-
9
QPM História Licenciatura
Plena História8. Claudia de
Fátima Fernandes
4145821-
6
QPM Ciências Especialização
em Ecologia
Humana9. Celso Antonio
Oliveira Rocha
12556227
-2
PSS Artes Licenciatura
em Música10
.
Célia Regina
Piovezan
3277650-
7
QPM História Espec.
Tecnologia
Aplicada à
Educação11
.
Cleicimara
Aparecida
Cretella
4389567-
2
QPM Artes Licenciatura
em Educação
Artística12
.
Cristina
Aparecida Breve
4520847-
8
QPM Língua
Portuguesa
Licenciatura
Português/
Inglês13
.
Daíne Cavalcanti
da SIlva
9373154-
9
PSS Inglês Licenciatura
em Letras
Português/Ingl
ês14
.
Delton Daniel
Santos Savi
8061913-
8
PSS Ciências Licenciatura
em Ciências15
.
Eliane Antunes 3578545-
0
QPM Língua
Portuguesa
Esp. em
Língua Port. e
Literatura16
.
Eliane Skiba
Prestes
694419-1 QPM Língua
Portuguesa
Licenciatura
em Letras17
.
Elaine Mendes
Silveira
5254380-
0
PSS CBA Especialização
em
Psicopedagogi
a18
.
Ellen Moreira
Costa
9142697-
8
PSS Ciências Licenciatura
em Ciências19
.
Edílson Nunes
das Neves
4279497-
0
QPM História Licenciatura
em História20
.
Érika Steinwandt 4280042-
2
QPM Ciências Esp. em Met.
do Ens. de 1º e
2º grau21
.
Eliete Anevam
Fagundes de
Souza
3201644-
8
PSS Geografia Licenciatura
em Geografia
22
.
Érika Steinwandt 4280042-
2
QPM Ciências Especialização
em
Metodologia
do Ensino23
.
Flavia de Freitas
Pereira
7763326-
0
PSS Ciências Licenciatura
em Ciências
Biológicas24 Guilherme José 8628000- PSS Arte Licenciatura
Lindner 0 em Artes
25
.
Graziella
Magnabosco
6324780-
4
QPM Ciências Especialização
em Educação
Ambiental26
.
Iverson Marques
de Moraes
13012266
-3
PSS CELEM
Espanhol
Licenciatura
em Letras
Português /
Espanhol27
.
Janete Koralski
Ferreira de Lima
3679330-
9
PSS Geografia Licenciatura
em Geografia28
.
João Preto
Cardoso
1090923-
6
QPM Geografia Licenciatura
em Geografia29
.
Jorge Luiz de
Freitas
2076788-
0
QPM Educação
Física
Licenciatura
em Educação
Física30
.
João Adilson de
Oliveira
4124879-
3
QPM Matemática Licenciatura
em
Matemática31
.
Joseane de
Fátima Tambosi
4521398-
6
QPM Geografia Licenciatura
em Geografia32
.
Kelly Carla Perez
da Costa
6462620-
5
QPM Matemática Especialização
em Práticas
Pedagógicas33
.
Leontina Di
Federico Falcão
585323-0 QPM CBA Magistério
34
.
Laudinei
Aparecido
Rodrigues
5879928-
9
QPM Geografia Licenciatura
em Geografia
35
.
Leide Maria da
Costa
4505666-
0
QPM Inglês Especialização
em
Psicopedagogi
a36 Luiz Carlos de 5948652- QPM Matemática Especialização
Lima da Silva 7 em
Psicopedagogi
a37
.
Luciane Marilis
Dupchak
4581739-
3
QPM Ciências Licenciatura
em Ciências
Biológicas
Etomologia38
.
Maria Elisabeth
Scharf Pinto
509477-1 QPM CBA Normal
Superior39
.
Mara Janissek
Wypych
7276983-
0
QPM Artes Licenciatura
em Ed.
Artística40
.
Márcia de Fátima
P. Schmoeller
4053858-
5
QPM Língua
Portuguesa
Especialização
em Leitura
Contextual41
.
Marines S.
Pereira Victor
Veiga
1740314-
0
QPM Educação
Artística
Especialização
em Hist. da
Arte do séc.
XX42
.
Milton
Solarevicz
3421034-
9
QPM História Especialização
em Prática de
Ens. de
História43
.
Mirian Elise
Moraes Passos
3603241-
3
QPM Ciências Especialização
em Educação
Ambiental44
.
Maria Aparecida
R. Siquinelli
1610190-
7
PSS CBA Especialização
em
Psicopedagogi
a
45
.
Marcelino Nunes
de Souza
10394149
-0
QPM Inglês Especialização
L. Portuguesa
– Mestre em
Jornalismo46
.
Marcelo Antonio
Teófilo
12728899
-2
PSS Matemática Licenciatura
em
Matemática47
.
Margareth Neves
de Almeida
Bastos
6914182-
0
QPM Inglês Espec. em
Met. do
Ensino da
Língua Inglesa
48
.
Maria Inês Felipe
Pacholek
1784543-
8
QPM Educação
Física
Especialização
em
Metodologia
do Ensino de
1º e 2º grau49
.
Roseli Garcia 3370682-
0
QPM Classe
Especial
Licenciatura
em
Psicopedagogi
a50
.
Regina Sonia
Gasparoni
2043491-
0
QPM Geografia Especialização
em Teoria e
Fund. da Ed.51
.
Rogério de
Oliveira
8667271-
5
QPM História Especialização
em Meio
Ambiente52
.
Rosângela Ap.
Vieira Costa
4961106-
4
QPM Língua
Portuguesa
Especialização
em
Interdisciplina
ridade53
.
Rosemary
Elizabeth D. dos
Santos
3419017-
8
QPM Educação
Física
Licenciatura
em Ed. Física
54
.
Rosalia
Noernberg
6230760-
9
QPM Inglês Licenciatura
Letras
Português /
Inglês55
.
Rubem Gomes
Silva
7636387-
0
QPM Língua
Portuguesa
Licenciatura
em Letras
Português/Ingl
ês56
.
Ruth Dorilene
Mendonça da
Silva
13120969
-0
PSS Língua
Portuguesa
Licenciatura
em Língua
Portuguesa57
.
Sandra Ramos de
Freitas
6701719-
6
QPM História Licenciatura
em História58
.
Simonéia Ap.
Rosa
4548790-
3
QPM Língua
Portuguesa
Licenciatura
em Letras59
.
Sonia Quadros 3112058-
6
QPM CBA Especialização
em
Psicopedagogi
a
60
.
Syntia Nara Zys 4904070-
9
QPM Geografia Licenciatura
em Geografia61
.
Talita Gonzatto
Silva
8034145-
8
PSS Arte Licenciatura
em Música62
.
Thelma Gutierrez
Prochmann
1906389-
5
QPM Matemática Licenciatura
em
Matemática63
.
Thiago Mendes
da Silva
10260365
-6
PSS História Licenciatura
em Filosofia64
.
Ulrika Gluitz 8297429-
6
QPM Língua
Portuguesa
Especialização
em Língua
Portuguesa65
.
Uilson Gonçalves
Gundim
12494988
-2
QPM Geografia Licenciatura
em Geografia
66
.
Valéria de Cássia
Broliani
8158814-
7
PSS Arte Licenciatura
em Artes
Visuais67
.
Vanessa
Cristiane Narcizo
7618429-
1
PSS Educação
Física
Licenciatura
em Educação
Física68
.
Vera Lucia
Kremer
Takamatu
7691965-
8
QPM Inglês Especialização
em Lingüística
Aplicada à
Língua Est.
Moderna -
Inglês69
.
Vera Lucia da
Silva
9049538-
0
PSS CBA Especialização
em Educação
Especial70
.
Vilmarize Carla
Schön Zolandeck
6034014-
5
QPM Ed. Física Especialização
em
Metodologia
Treinamento
Desportivo e
Educação
Especial
71
.
Viviane Mara
Bohn
6642017-
5
QPM CBA Especialização
em
Psicopedagogi
a
EQUIPE APOIO/TECNICO ADMINISTRATIVA (TA)
Nº NOME RG VÍNCU CARGO FORMAÇÃO
LO01 Arlete Bernal
Garrido
1077284-
2
QPPE TA Licenciatura
em Pedagogia02 Eni Salete Gobbi 6415213-
0
QFEB Agente
Educacional
II
Ensino Médio
03 Ivone de Souza 1246305-
7
QFEB Agente
Educacional
II
Licenciatura
em Letras
04 Márcia Kohler 3538758-
7
QFEB Agente
Educacional
II
Licenciatura
em
Contabilidade06 Maria Marli dos
Santos
2215451-
6
QFEB Agente
Educacional
II
Ensino Médio
07 Mariza Kohler 2036590-
0
QFEB Secretária Especialização
Psicopedagogi
a08 Pedro Ribeiro
dos Santos Neto
740530-8 QFEB Agente
Educacional
II
Ensino Médio
EQUIPE TÉCNICO PEDAGÓGICA
Nº NOME RG VÍNCU
LO
CARGO FORMAÇÃ
O1. Karime Gaertner
Farhat
4177774-
5
QPM Diretora
Geral
Especializaçã
o em
Psicopedagog
ia
2. Maria Elisângela
Schultz Ribeiro
Maciel
6367611-
0
QPM Diretora
Auxiliar
Especializaçã
o em
Metodologias
do Ensino da
Matemática3. Sumar Aparecida
Sellmer
Ziothovski
3879447-
7
QPM
Pedagoga
Especializaçã
o em Met. do
Ens. 1º e 2º
grau4. Débora Cristina
Holm
6533801-
7
QPM Pedagoga Especializaçã
o em
Psicopedagog
ia5. Marlene Tozetti
Marques
1498197-
7
QPM Pedagoga Especializaçã
o em
Metodologias
de Ensino6. Regina Edna
Loss
393136-6 QPM Pedagoga Esoecializaçã
o em
Metodologias
de Ensino
EQUIPE APOIO/AGENTE DE EXECUÇÃO
Nº NOME RG VÍNCU
LO
CARGO FORMAÇÃO
01 Adilma Maciel
dos Santos
7103339-
2
QFEB Agente
Educacional
I
Ensino
Fundamental
02 Elizabeth Lira
Bento
4839025-
0
QFEB Agente
Educacional
I
Ensino Médio
03 Eugenia Irente da
Silva
460985-9 PEAD Merendeira Ensino
Fundamental04 Inês Nogochadle
Klos
535655-5 QPPE Serviços
Gerais
Ensino
Fundamental05 Jefferson
Alexandre
Calonassi
8549387-
6
PSS Serviços
Gerais
Licenciatura
em Letras
06 Loraine Serafin 1808825-
8
PSS Serviços
Gerais
Ensino
Fundamental07 Lucia Guis
Potokoski
177026-1 PSS Merendeira Ensino
Fundamental08 Marisa Castilho 4278462-
1
PSS Serviços
Gerais
Ensino Médio
09 Norma do Rocio
Ribeiro Oya
3635241-
8
QPPE Serviços
Gerais
Ensino Médio
10 Neide Vedoveli
Bertolazo
2206723-
0
QFEB Agente
Educacional
I
Ensino
Fundamental
11 Terezinha de
Sousa Miranda
3275869-
0
PSS Serviços
Gerais
Licenciatura
Pedagogia
OBJETIVOS GERAIS
ENSINO FUNDAMENTAL Decreto 3062/77 – Res. 3429/94
Av. Pres. Affonso Camargo, nº 3407 - 82800-240 Fone/Fax 3267-1772 - Curitiba-Paraná
e-mail: [email protected]
ENSINO FUNDAMENTAL Decreto 3062/77 – Res. 3429/94
Av. Pres. Affonso Camargo, nº 3407 - 82800-240 Fone/Fax 3267-1772 - Curitiba-Paraná
e-mail: [email protected]
O Projeto Político Pedagógico quando discutido e produzido pelos
sujeitos da escola, numa linguagem simples e clara, torna-se um registro
escrito e documental vivo, implicando realimentação e crítica do
conhecimento e dos saberes que perpassam todo o processo (de avanços e
recuos) que abrange a sua concepção, estruturação, implementação,
avaliação e replanejamento contínuo de todos os objetivos e atividades
educacionais. Seu alvo é atingir a máxima qualidade do processo ensino-
aprendizagem. O PPP define a identidade da escola e suas peculiaridades
Evidencia o caráter político inerente ao processo educativo, pois toda ação
pedagógica é um ato político que traduz uma concepção de mundo, de
educação, do cidadão que se pretende formar. É o norte da Escola.
Sua construção é de suma importância para a escola, passando pela
sua relativa autonomia, a capacidade de delinear sua própria identidade,
embasada nos ideais, objetivos e ações que atendam a comunidade escolar.
É a única opção de se fazer uma educação consciente, viva, competente,
que todos possam refletir e se comprometer com ela, cujos resultados sejam
concretos e mensuráveis, permitindo o replanejamento.
A escola é o lugar de concepção, realização e avaliação desse
projeto educativo, uma vez que necessitamos organizar nosso trabalho
pedagógico com base em nossos alunos e no meio em que estão inseridos.
É através dele, que formalizamos o compromisso assumido por professores,
equipe pedagógica, funcionários, representantes de pais e alunos em torno
dos mesmos objetivos. Por isso, é preciso que ele seja explícito e claro,
simples e consistente, construído e negociado coletivamente.
Nessa perspectiva, é fundamental que cada um desses agentes
assuma suas responsabilidades, numa ação conjunta, que consiste em
ENSINO FUNDAMENTAL Decreto 3062/77 – Res. 3429/94
Av. Pres. Affonso Camargo, nº 3407 - 82800-240 Fone/Fax 3267-1772 - Curitiba-Paraná
e-mail: [email protected]
ENSINO FUNDAMENTAL Decreto 3062/77 – Res. 3429/94
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“preparar cidadãos para compreender, julgar e intervir em sua comunidade,
de uma forma responsável, justa, solidária e democrática”, segundo
Santomé (1998).
Essa perspectiva solicita que a educação que ministramos se
modifique de forma que não mais priorize apenas a dimensão cognitiva do
educando, mas que assuma as funções mais abrangentes e incorpore a
formação integral do ser humano. Tal concepção aponta para uma proposta
educativa que objetive a formação, visando que os alunos se desenvolvam
para lidar de maneira democrática e autônoma com a diversidade e o
conflito de idéias, com as influências da cultura e com os sentimentos e
emoções presente nas relações que estabelecem consigo mesmo e com o
mundo em sua volta. Objetiva sujeitos que possam exercer uma cidadania
crítica. Por isso, tal proposta implica uma educação de valores, já defendida
por alguns autores como Araújo (2003), Arantes (2003), Sartre (2003) e
Moreno (2003), para os quais as dimensões afetiva, cognitiva, e
sociocultural devem ser consideradas nos projetos políticos pedagógicos
das escolas.
O Projeto Político-Pedagógico definirá um currículo que realmente
contribua para uma construção social do conhecimento e contemple ações,
tais como: tomada de consciência dos principais problemas da escola, das
possibilidades de soluções e definição das responsabilidades coletivas e
pessoais, para reforçar seus pontos fortes e avanços da escola, eliminar e
atenuar falhas detectadas, sistematizando os meios para que essa
construção se efetive na prática.
ENSINO FUNDAMENTAL Decreto 3062/77 – Res. 3429/94
Av. Pres. Affonso Camargo, nº 3407 - 82800-240 Fone/Fax 3267-1772 - Curitiba-Paraná
e-mail: [email protected]
ENSINO FUNDAMENTAL Decreto 3062/77 – Res. 3429/94
Av. Pres. Affonso Camargo, nº 3407 - 82800-240 Fone/Fax 3267-1772 - Curitiba-Paraná
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Sabemos que “os conhecimentos que se transmitem e se recriam na
escola ganham sentido quando são produtos de uma construção dinâmica,
que se opera na interação constante entre o saber escolar e os demais
saberes, entre o que o aluno aprende na escola e o que ele traz para a
escola, num processo contínuo e permanente de aquisição, no qual
interferem fatores políticos, sociais, culturais e psicológicos.” (Brasil,
S.E.F. – PCN – v.l – p.45/50).
Sendo assim, almejamos que o Projeto Político Pedagógico como
busca de um rumo, uma direção; seja realmente uma ação intencional, com
um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente em
nossa escola.
MARCO SITUACIONAL
A globalização e o neoliberalismo enquanto nova ordem econômica
mundial vem trazendo inúmeras e profundas conseqüências principalmente
no âmbito social, pois em nome de uma estabilidade econômica, os países
estão deixando de fazer investimentos nesta área. Essa ausência de recursos
está acarretando uma série de problemas sociais e educacionais oriundos da
má distribuição de renda e de governos corruptos e mal preparados. Este
novo mundo, marcado por aceleradas transformações, traz em seu interior
um forte caráter excludente das classes sociais menos favorecidas que não
possuem acesso aos bens fundamentais que o Estado deve oferecer. Neste
contexto de exclusão, a educação e a escola como espaço de sua
operacionalização se revela como um campo privilegiado de produção de
conhecimento, difusão de novas práticas e tecnologias que possibilitem
mudanças neste cenário social. A educação pode atuar como agente de
mudanças, ou seja, a educação tem que ser um instrumento provocador de
modificações.
O Estado do Paraná, enquanto Estado forte e atuante na
economia brasileira também apresenta sérios problemas sociais, mas ainda
está em situação privilegiada comparado com outros Estados do Brasil
principalmente as regiões norte e nordeste onde os índices de analfabetismo
e miséria são mais alarmantes. Essas comparações não podem colocar o
Paraná em situação de comodidade, pelo contrário, é fundamental ampliar
investimentos financeiros. visando uma educação de qualidade para
superação do desafio da exclusão que se observa há séculos.
No que diz respeito a Escola Estadual Republica Oriental do
Uruguai, a grande maioria dos alunos que a freqüentam vem da Rede
Municipal de Ensino. Um fator importante a ser destacado e que requer
uma reflexão é sobre a situação dos alunos que chegam para a 5ª série.
Muitos apresentam sérias dificuldades de leitura, escrita, interpretação e
cálculo, o que dificulta o acompanhamento escolar, bem como alunos com
várias reprovações e com idade bem além da adequada à serie que
encontram-se, ocasionando outros interesses e agressividades, tanto verbais
como físicos.
De acordo com a pesquisa realizada no inicio do ano, conforme
tabelas abaixo constatou-se que houve uma reprovação de ooo% dos
alunos na 5ª series , 000% nas 6ª seires, 00% nas 7ª series e 00% nas 8ª
series, o que leva a uma reflexão da busca de necessidade de diversificar as
metodologias para o atendimento das dificuldades especificas por series e
disciplinas.
Percentual de Aprovações por Conselho de Classe por disciplina e Reprovação no ano de 2009
5 as séries
Manhã: 135
alunos
Artes Ciências
Ed. Físic
a
Geografia
História
Português
Matemática
Inglês
Aprovado por Consel
0 0%
7 5%
0 0%
11
8%
9 6%
0 0%
37 27%
6 4%
hoReprovado
24
18%
31
23%
7 5%
39
29%
40
30%
28 21%
43 32%
39
28%
Tarde: 170
alunos
Artes Ciências
Ed. Físic
a
Geografia
História
Português
Matemática
Inglês
Aprovado por Conselho
2 1%
30
18%
0 0%
10
6%
31
18%
29 17%
27 16%
0 0%
Reprovado
33
19%
44
26%
5 3%
34
20%
39
23%
45 26%
43 25%
11
6%
Manhã e
Tarde: 305
alunos
Artes Ciências
Ed. Física
Geografia
História
Português
Matemática
Inglês
Aprovado por Conselho
2 0,6%
37
10%
0 0%
21
7%
40
13%
29
9%
64 21%
6 2%
Reprovado
57
19%
75
25%
12
4%
73
24%
79
26%
73
24%
86 28%
50
16%
ESCOLA ESTADUAL REPÚBLICA ORIENTAL DO URUGUAI
Percentual de Aprovações por Conselho de Classe por disciplina e Reprovação no ano de 2009
6 as séries
Manhã: 139
alunos
Artes Ciências
Ed. Físic
a
Geografia
História
Português
Matemática
Inglês
Aprovado por Conselho
9 7%
11
8%
0 0%
11
8%
5 4%
11 8%
19 14%
15
11%
Reprovado
24
17%
29
21%
5 4%
26
19%
22
16%
24 17%
25 18%
28
20%
Tarde: 137
alunos
Artes Ciências
Ed. Físic
a
Geografia
História
Português
Matemática
Inglês
Aprova 5 4 1 7 0 0 6 4 5 4 1 1 26 19 7 5%
do por Conselho
% 0 % % % % % %
Reprovado
18
13%
19
14%
7 5%
13 9%
16
12%
15 11%
22 16%
14
10%
Manhã e
Tarde: 276
alunos
Artes Ciências
Ed. Física
Geografia
História
Português
Matemática
Inglês
Aprovado por Conselho
14
5%
21
8%
0 0%
17
6%
10
5%
12
4%
45 16%
22
8%
Reprovado
42
15%
48
17%
12
4%
39
14%
38
14%
39
14%
47 17%
42
15%
ESCOLA ESTADUAL REPÚBLICA ORIENTAL DO URUGUAI
Percentual de Aprovações por Conselho de Classe por disciplina e Reprovação no ano de 2009
7 as séries
Manhã: 169
alunos
Artes Ciências
Ed. Físic
a
Geografia
História
Português
Matemática
Inglês
Aprovado por Conselho
33
20%
14
8%
0 0%
12
7%
6 4%
17 10%
30 18%
3 2%
Reprovado
38
22%
34
34%
6 4%
29
17%
23
14%
33 20%
34 20%
22
13%
Tarde: 59
alunos
Artes Ciências
Ed. Físic
a
Geografia
História
Português
Matemática
Inglês
Aprovado por Conselho
0 0%
4 7%
0 0%
4 7%
0 0%
9 15%
12 20%
17
29%
Reprovado
16
27%
20
34%
1 2%
15
25%
18
31%
22 37%
25 42%
25
42%
Manhã e
Tarde: 228
alunos
Artes Ciências
Ed. Físic
a
Geografia
História
Português
Matemática
Inglês
Aprovado por Conselho
33
13%
18
8%
0 0%
16
7%
6 3%
26 12%
42 18%
20
9%
Reprovado
54
24%
54
24%
7 3%
44
19%
41
18%
55 24%
59 26%
47
21%
ESCOLA ESTADUAL REPÚBLICA ORIENTAL DO URUGUAI
Percentual de Aprovações por Conselho de Classe por disciplina e Reprovação no ano de 2009
8 as séries
Manhã: 161
alunos
Artes Ciências
Ed. Física
Geografia
História
Português
Matemática
Inglês
Aprovado por Conselho
4 3%
10
6%
0 0%
31
19%
12
7%
8 5%
43 27%
48
30%
Reprovado
38
24%
49
30%
12
7%
58
36%
51
32%
44
27%
62 39%
61
38%
Tarde: 35
alunos
Artes Ciências
Ed. Físic
a
Geografia
História
Português
Matemática
Inglês
Aprovado por Conselho
0 0%
2 6%
0 0%
6 17%
2 6%
1 3%
12 34%
11
31%
Reprovado
10
29%
13
37%
2 6%
13
37%
11
31%
7 20%
13 37%
14
40%
Manhã e
Tarde: 196
alunos
Artes Ciências
Ed. Física
Geografia
História
Português
Matemática
Inglês
Aprovado por
4 2%
12
6%
0 0%
37
19%
14
7%
9 5%
55 28%
59
30%
ConselhoReprovado
48
24%
62
32%
14
7%
71
36%
62
32%
51
26%
75 38%
75
38%
Atualmente, com a política de inclusão as crianças que apresentam
necessidades especiais em escolas comuns, há de se levar em conta que em
qualquer sala de aula pode haver um aluno com distúrbios psicológicos, de
natureza variada, que precisem de um acompanhamento especial já que
esses alunos, em sua maioria, não conseguem acompanhar o andamento da
aula. Alguns alunos ingressantes, na escola, necessitam de educação
inclusiva, pois já trazem laudos de transtornos globais do desenvolvimento
ou são cadeirantes, ou apresentam dificuldades de mobilidades físicas
parciais. A acessibilidade no prédio e/ou pedagógica fica comprometida
pois a escola não dispõe de infra estrutura arquitetônica, e equipamentos
específicos,nem de professores com formação para realizarem o
atendimento dos alunos .
Há necessidade urgente de autorização e funcionamento de Salas de
Recursos na escola para atendimento educacional especializado bem como
orientações sobre metodologias, currículos adaptados e avaliações
diversificadas., para atendimento aos alunos que necessitarem.
A Escola Estadual República Oriental do Uruguai está
localizada em um bairro de classe média-baixa, como muitas outras
apresenta diversos problemas no seu cotidiano. Dentre essas dificuldades
podemos destacar a má infra-estrutura escolar que necessita de
restauração , ampliação e adequação do espaço físico para atender as novas
demandas .
Outro espaço que precisa de ampliação é a biblioteca, pois
comporta somente 25 alunos sentados e seu acervo também necessita ser
inovado e ampliado. Percebe-se a necessidade de assessoramento e
formação específica para o profissional que assume o papel de
bibliotecário.
As salas de aulas apresentam-se poucos iluminadas e com quadros de
giz muito gastos, além do piso ser de assoalho já estragado o que acarreta
muito barulho no ambiente.
Existe um rodízio de professores (PSS) e falta de comprometimento
profissional o que vem ocasionando problemas de aprendizagem e
indisciplina acarretando uma grande dificuldade na organização do
trabalho pedagógico.
O desgaste emocional e físico constata-se a partir do número
freqüente e significativo de faltas diárias do professor e as constantes LTS
(Licença de Tratamento de Saúde). Esse fato desencadeia um outro
problema que é o atendimento das turmas sem professor que são feitas
pelas pedagogas e funcionários sem qualificação para o mesmo,
descaracterizando a especificidade de sua função e ainda encaminhamento
para o Laboratório de Informática, revelando uma pseudo “organização”
da escola.
Alem de toda transformação histórica-social e das mudanças
pedagógicas que interem na escola, nas atitudes dos professores e no
comportamento dos alunos, ainda deparamo-nos com outros fatores
determinados por essas condições, que prejudicam a relação
professor/aluno e que, por vezes, acabam culminando em indisciplina.
A indisciplina tem agravada a pratica pedagógica na escola, deixando
transparecer a falta de consenso entre os professores e alunos, quanto ao
comportamento dos mesmos, ou seja, do que deve ser considerado
indisciplina e a definição das perspectivas de ação frente a esse
comportamento.
Após tabulação de dados do Conselho de Classe participativo,
observa-se que os alunos das 5ªséries tem consciência da indisciplina e
noções das expectativas quanto ao ano letivo:
Identifica-se no cotidiano uma prática individualizada prevalecendo
sobre a prática coletiva, desencadeando um processo meramente
burocrático e fragilizado que compromete a ação pedagógica.
Entende-se que há necessidade preeminente de discussão,
conhecimento e reflexão constante, acerca do Regimento Escolar e do PPP
para que o coletivo prevaleça sobre o individual.
Os princípios teóricos que subsidiam o Plano de Trabalho Docente e
a Proposta Pedagógica Curricular, necessitam de maior estudo, reflexão e
aprofundamento teórico visando a unidade pedagógica da escola.
Alguns profissionais apresentam dificuldades em utilizar estratégias
e recursos tecnológicos variados na prática pedagógica, embora
reconheçam o avanço das questões tecnológicas e que as informações
chegam a cada segundo na velocidade das mídias interativas.
Dentre as questões que impedem a possibilidades dos professores
avançarem no direcionamento da construção de práticas pedagógicas
comprometidas com o ensino de qualidade e democratizaçãodo acesso e
permanência do aluno na escola , esta a relação do tempo . Tempo
relacionado a aprendizagem e não o tempo regido pelo relógio. O
descompasso entre esses tempos, muitas vezes, culmina em fracassos que
geram ansiedade e frustações. O desejo dos professores é a pratica da
avaliação trimestral.
Dificuldades dos pedagogos .....OTP
Salientamos que a construção do PPP tem sido caracterizada pela
tentativa de trabalho coletivo desde os primeiros estudos em 2005,
especificamente na Capacitação descentralizada durante a Semana
Pedagógica. Entretanto, ainda há um longo caminho a percorrer para o
envolvimento de todos os segmentos da escola.
MARCO CONCEITUAL
A concepção aqui explicitada é o resultado de um processo de
discussões realizadas com o coletivo escolar, que culminou com a definição
por uma gestão democrática, onde o sonho de Educação, Homem,
Sociedade, Conhecimento, Cidadania, Educação inclusiva, Currículo e
Avaliação foram elencados como os princípios que norteiam a construção
do Regimento.
A pedagogia materialista historica critica centra-se na igualdade
essencial dos homens sob a ótica do modelo real mas que sabe-se crítica
enquanto considera a difusão de conteúdos vivos e atuais, primordiais ao
acesso educativo geral, na medida que o homem relaciona-se
dialeticamente com a sociedade, ou seja, supera o conceito de educação
enquanto instituição autônoma e o caráter de dependência absoluta e
irreversível.
Com essa visão de uma pedagogia materialista e histórica, Saviane
preconiza uma metodologia que mantem estreita vinculação entre educação
e sociedade, onde professor e aluno são considerados como sujeitos da
pratica social com níveis diferentes de compreensão desta pratica.
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
“ A educação tem sentido porque o mundo não é necessariamente isto ou aquilo, porque
os seres humanos são tão projetos quanto podem ter projetos para o mundo. A educação
tem sentido porque mulheres e homens aprenderam que é aprendendo que se fazem e se
refazem, porque mulheres e homens se puderam assumir como seres capazes de saber,
de saber que sabem, de saber que não sabem. De saber melhor o que já sabem, de saber
o que ainda não sabem. A educação tem sentido porque, para serem mulheres e homens
precisam de estar sendo.Se mulheres e homens simplesmente fossem não haveria
porque falar em educação.”
Paulo Freire
A educação na concepção histórico critica é entendida como
mediação no seio da pratica social global. A pratica social se põe, portanto,
como o ponto de partida e o ponto de chegada da pratica educativa. Daí
decorre um método pedagógico que parte da pratica social onde professor e
aluno se encontram igualmente inserido ocupando, porem, posições
distintas, condição para que travem uma relação fecunda na compreensão e
encaminhaento da solução dos problemas postos pela pratica social,
cabendo aos momentos intermediários do método identificar as questões
suscitadas pela pratica social ( problematização), dispor os instrumentos
teóricos e práticos para a sua compreensão e solução (insumentalização) e
viabilizar sua incorporação como elementos intgrantes da própria vida dos
alunos (cartase).
Segundo Saviani a educação é um fenômeno próprio dos seres
humanos, o que significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma
exigência do e para o processo de trabalho, bem como é ela própria, um
processo de trabalho.
É processo pela dimensão histórica por representar a própria historia
individual do ser humano e da sociedade em sua evolução.
É um fato existencial porque o homem se faz homem – processo
constitutivo do ser humano.
É um fato social pelas relações de interesses e valores que movem a
sociedade, num movimento contraditório de reprodução do presente e da
expectativa de transformação futura.
É intencional ao pretender formar um homem com um conceito
prévio de homem.
É libertadora porque segundo Boff, se faz necessário desenvolver
uma educação que nos abra para uma democracia integral, capaz de
produzir um tipo de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente
sustentado.
C0NCEPÇÃO DE HOMEM
”O homem é sujeito, agente do processo histórico. "A História nos faz, refaz e é feito por nós continuamente". (Paulo Freire).
Na Concepção Crítico-Emancipatória (KUNZ, 2001b, p. 148) o ensino
“deve obrigatoriamente incluir a reflexão sobre o Mundo Vivido e
respectivo Mundo do Movimento do aluno”, pois “entre a dimensão de
determinada visão de mundo e uma correspondente visão de Homem,
existe uma relação muito tensa pela qual se pode chegar a interpretar a
Educação como um processo real (KUNZ, 2001a, p. 135)”.
Completando este aporte teórico:
A dimensão política contida em toda a ação educacional é resultado de
uma conseqüência lógica expressa pela imagem de Homem e Mundo que
fundamenta toda a teoria educacional (Ibid, p. 136). (...) Para a superação
(de uma educação através de um sistema ‘bancário’, citado por Freire) é
necessário uma leitura crítica da Realidade Social, que no campo
pedagógico é possível pelo processo dialético da Ação Comunicativa entre
Educador/educando, na medida em que a Compreensão de Mundo dos
participantes passa a ser analisada e entendida como objeto de
conhecimento da ação educativa (Ibid, p. 145). (...) Uma formação de
consciência no sentido crítico e dialético, o que quer dizer: Consciência e
Mundo como Subjetividade de Objetividade são inseparáveis (Ibid, p. 154-
155). (...) “A consciência e o Mundo se dão ao mesmo tempo: exterior por
essência à consciência, o Mundo é por essência, relativo a ela” (SARTE
apud KUNZ, 2001a, p. 155).
O PPP da Escola Estadual Republica Oriental do Uruguai e a Concepção
Crítico-Emancipatória se completam, pois para que o Homem seja
considerado enquanto sujeito histórico há a necessidade de levar em
consideração o seu Mundo Vivido, os conflitos estabelecidos entre as
diferentes classes sociais que são determinados pelas relações dialéticas, e,
para que o educando possa analisar-se enquanto sujeito no convívio social
através da ação pedagógica consideramos que a leitura crítica da realidade
social tem de ser evidenciada, através da Ação Comunicativa.
Homem e Mundo estão entrelaçados, pois o entendimento da escola, em
seu PPP, sobre esta temática deverá evidenciar um ideal de Homem
inserido no Mundo.
. A educação dialética visa a construção do homem histórico,
compromissado com as tarefas do seu tempo: participar do projeto de
construção de uma nova realidade social. Busca a realização plena de todos
os homens e acredita que isto não será possível dentro do modelo
capitalista de sociedade.
Sendo assim se coloca numa perspectiva transformadora da
realidade. O homem dessa outra realidade não será mais o homem
unilateral, excluido dos bens sociais, explorado no trabalho, mas será um
homem novo, o homem total.
O ser humano é, antes de tudo, um ser de vontade, um se que se
pronuncia sobre a realidade.
CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
A educação é um ato político coletivo fruto da ação de todos os
envolvidos na dinâmica do processo ensino-aprendizagem. E para
compreendê-la temos que vinculá-la às condições estruturais da sociedade,
bem como ao conjunto das relações sociais que se dão em cada contexto
histórico.
Assim, aspectos econômicos, políticos e sociais de cada sociedade é
que configuram a concepção de homem, de sociedade e de mundo;
conseqüentemente, de educação, pois esta é fruto das necessidades de cada
momento.
O homem agia sobre a natureza devidamente e a educação coincidia
com o próprio ato de agir e existir (o trabalho). A partir das sociedades
antigas ou escravista, medieval ou feudal, onde havia uma pequena classe
de proprietários e de uma grande massa de não proprietários, a escola
aparece como secundária e dependente do trabalho, pois a maioria se
educava pelo trabalho, só a minoria tinha acesso à forma escolar de
educação.
Com a época moderna (sociedade capitalista), os meios de produção
passam a assumir a forma de capital (acúmulo de riqueza).Nesta sociedade
(capitalista), baseada nas relações formais, centrada não mais no campo,
mas na cidade e na indústria, a escola se generaliza e se torna a forma
dominante e principal de educação. Isto porque, na época moderna, a
incorporação da ciência ao processo produtivo envolve a exigência da
disseminação dos códigos formais de escrita, o acesso à cultura letrada, o
domínio dos números e dos elementos necessários para conhecer
cientificamente a realidade. O domínio deste saber global se torna, então,
uma necessidade generalizada.
Com a pós-modernidade uma gama grande de informações exige
leitura não só dos códigos formais escritos, mas também de entrelinhas,
capacidade de análise e síntese, de discernir o que é significativo. A
internet bombardeia o indivíduo e exige um ser crítico, capaz de selecionar,
categorizar e absorver idéias, que no cômputo geral, possibilite a
construção de conhecimentos, propicie um trajeto que culmine com a
competência.
Quanto mais dinâmica se torna uma sociedade tecnológica, a qual modifica
rapidamente os processos produtivos e aumenta os seus conteúdos
científicos, tanto mais necessária uma estrutura educativa que estabeleça
um tempo maior de convívio escolar oportunizando a socialização e a ........
A LDB n° 9394/96 define como finalidade da educação “o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho” (art. 2°). Essa finalidade leva à
preocupação com o desenvolvimento do ser humano numa dimensão
maior, um desenvolvimento integral e contínuo de um cidadão que
encontra-se no centro do processo educativo, cuja vivência, experiência e
valores representam o ponto de partida de qualquer planejamento e
organização.
Daí, a necessidade e a importância da construção de uma proposta
pedagógica que supere práticas escolares ultrapassadas e que resgate a
própria escola enquanto espaço, através do processo aberto e consciente, de
reflexão coletiva.
Citam-se alguns autores que fundamentam a construção da proposta
pedagógica em questão:
Luck e Carneiro enfatizam a perspectiva de que a escola deve
responsabilizar-se não apenas para a formação dos conhecimentos e
habilidades intelectuais, mas principalmente pelo desenvolvimento integral
da personalidade humana, cumprindo assim a função da escola no
desenvolvimento integral do educando.
Vygotsky afirma que a criança constrói seu pensamento através da
interação com o ambiente e da compreensão das relações entre todas as
coisas.
Paulo Freire constata que a leitura de mundo precede à leitura da
palavra. Afirma que para construirmos uma sociedade democrática ou
aberta é preciso engajar a educação nesse processo de conscientização.
Nesse aspecto desenvolve o conceito de Consciência, que é articulada com
a práxis. Segundo ele para se chegar à essa consciência, que é ao mesmo
tempo desafiadora e transformadora, são imprescindíveis o diálogo, a fala e
a convivência..
Ann Margaret Sharp demonstra a importância de uma educação
dialógica para a efetivação de uma Comunidade de investigação. Segundo
ele, somente esse tipo de educação é que capacita as crianças a pensarem
por si mesmas de maneira objetiva, consciente e abrangente.
Agnes Heller reafirma em Marx que os valores são expressões
resultantes das relações sociais.
Como diz Selma Garrido Pimenta:
“a escola que se quer democrática precisa definir, a priori,
uma nova qualidade, que passa, dentre outras, pelas questões
de organização escolar – uma organização que modifica
a realidade que aí está, a partir dessa realidade encontrada”.
Faz-se necessário estabelecer um norte pedagógico em meio às
diferentes concepções e posturas pedagógicas para formar o cidadão
pensante e ativo.
A concepção pedagógica coerente à psicologia histórico-cultural, é a
Pedagogia Histórico-Crítica. Essa concepção defende a especificidade do
papel da escola na transmissão do conhecimento científico, a importância
do trabalho escolar como elemento necessário ao desenvolvimento cultural
e a compreensão da realidade humana como sendo construída pelos
próprios homens a partir do processo de trabalho.
Desta forma, a escola é compreendida a partir do desenvolvimento
da sociedade sendo a educação um processo mediador entre a vida do
indivíduo e a história, entre os conteúdos historicamente produzidos pela
humanidade e o aluno, objetivando a apropriação desses conhecimentos.
Segundo Duarte (2001), a pedagogia histórico-crítica, apresenta uma
crítica radical ao “aprender a aprender” e às interpretações neoliberais e
pós-modernas, defendendo como tarefa central da escola a socialização do
saber historicamente produzido, procurando agudizar no campo da
educação escolar as contradições da sociedade capitalista, especificamente
a contradição no processo de produção e consumo da cultura.
Essa contradição é representada pela distância que há entre o
desenvolvimento exacerbado dos meios de produção e difusão cultural
junto a “crescente exigência de generalização da cultura” e, por outro lado,
as “dificuldades crescentes que as relações sociais burguesas impõe ao
desenvolvimento cultural” (Saviani1997a, apud Duarte,2001, p.11).
Neste sentido, Duarte (2001) afirma que é preciso resistir e enfrentar
a todas as medidas que impedem a escola de realizar o seu papel. Portanto
Saviani (2003), afirma que a tarefa da pedagogia histórico-crítica em
relação à educação escolar consiste em realizar a :
a) Identificação das formas mais desenvolvidas em que se expressa o saber
objetivo produzido historicamente, reconhecendo as condições de sua
produção e compreendendo as suas principais manifestações bem como as
tendências atuais de transformação;
b) Conversão do saber objetivo em saber escolar de modo a torná-lo
assimilável pelos alunos no espaço e no tempo escolares;
c) Provimento dos meios necessários para que os alunos não apenas
assimilem o saber objetivo enquanto resultado, mas apreendam o processo
de sua produção bem como as tendências de sua transformação
( SAVIANI, 2003, p.09).
Duarte (2001) deixa claro que essa tarefa da pedagogia histórico-
crítica não é neutra nem puramente técnica, ou restrita às quatro paredes da
sala de aula. Ela não pode ser reduzida a uma proposição pedagógica
“conteudista” nem a mera questão de realizar pesquisas para aperfeiçoar os
métodos de ensino específicos a cada conteúdo escolar.
Assumi-se, uma concepção relacionada concretamente às bases da
nossa realidade rumo a uma transformação em favor do enfoque do
processo ensino – aprendizagem numa dinâmica dialética. Sendo portanto,
de extrema relevância a discussão do lema “aprender a aprender”, o qual
está presente no discurso pedagógico contemporâneo e tem sido defendido
como um dos símbolos das posições pedagógicas progressistas. No entanto,
conforme Duarte (2001), trata-se de proposições afinadas com o projeto
neoliberal da sociedade, que busca adequar as estruturas e instituições
sociais às características da reprodução do capital, fundamentando-se na
disseminação de preconceitos em relação a qualquer projeto político e
social que conteste o capitalismo, com o objetivo de manutenção da
hegemonia burguesa no campo educacional.
Com base nesses pressupostos, conquistam-se espaços de discussão a
respeito da necessidade de transformação em uma sociedade atuante que
desenvolva a formação global, com qualidade, garantindo a cidadania, a
liberdade crítica de expressão com transformação e crescimento para todos.
O período pós-moderno centra-se na revolução tecnológica. Forma-
se uma sociedade de consumo de massa referenciada pelos meios de
comunicação (marketing= linguagem da elite). Um período em que os
homens se relacionam mais com símbolos do que com a própria realidade.
A sociedade capitalista, organizada nas suas contradições, baseada
nas relações formais, tem como prioridade o capital – lucro, Este princípio
perpassa por todas as relações sociais, onde o próprio material humano é
visto como descartável; aparência em vez de essência e nas relações
humanas a base de troca (é o lucro). Percebe-se então que, se de um lado há
a revolução informática, alta tecnologia e industrialização, progresso
contínuo da ciência, por outro lado, há cada vez mais desemprego, miséria
e a violência.
A sociedade capitalista traz complexos paradoxos: a tecnologia da
globalização, embora não acessível a todos; o consumismo enquanto fator
importante para a preservação do mercado de trabalho, mas que acaba
sendo difundido intencionalmente pela mídia de forma alienante (consumir
sem necessitar).
Aparentemente, as pessoas têm maior acesso aos bens materiais e
supostamente a igualdade de direitos. A ideologia atual difundida pela elite,
o neoliberalismo (doutrina político – econômica elaborada para adaptar o
modelo liberal às novas condições do capitalismo do século XX), traz
idéias de “igualdade” , “liberdade” , “justiça” “segurança” , “autonomia” ,
“globalização” , como um disfarce para justificar a própria ótica capitalista.
Mas, em essência, a desigualdade social é bastante evidente, dadas as
condições desumanas da classe trabalhadora, sobre as quais se estabelecem
as relações de não – trabalho e conseqüentemente, desemprego – miséria –
violência.
Na legislação, percebe-se a dicotomia entre a teoria e a prática dos
direitos humanos; enquanto a Lei defende a cidadania e os direitos iguais, a
classe trabalhadora sente a violência social (desemprego, fome, não acesso
à educação e saúde, etc.).
A educação, como partícipe desta sociedade é caracterizada pela
divisão de classes sociais com interesses divergentes (elite x classe
trabalhadora), é também marcada por este caráter contraditório: ao mesmo
tempo em que a escola é generalizada e se torna a forma dominante de
educação, e também secundarizada (pois, em primeiro lugar está o capital).
O próprio papel da escola tem refletido o caráter competitivo,
individualista e seletivo de uma sociedade capitalista.
Há uma série de atividades que acabam descaracterizando a escola,
pois o seu real papel é a formação do cidadão (consciente, crítico e
transformador). A escola deve continuar a investir na formação de alunos
críticos, para se engajarem na luta pela justiça social e pela solidariedade
humana, na preparação para o exercício da cidadania, incluindo a
autonomia, a participação e o diálogo como princípios educativos,
propiciando conhecimentos, procedimentos e situações para reflexões sobre
valores e critérios de decisão, ação frente ao mundo da política e da
economia, do consumo, dos direitos humanos, do meio ambiente, da
violência e segregação social.
A compreensão da realidade contraditória é o ponto de partida da
educação.
Segundo Vasconcelos (1994) “atuar de qualquer forma, sendo
condicionados pelas pressões do ambiente (rotinas, ideologias) é fácil.
Difícil é realizarmos uma ação consciente (práxis), que de fato corresponda
às reais necessidades”.
Ou seja uma sociedade igualitária, democrática, justa, na busca do
bem comum e da qualidade de vida.
Nesta sociedade, busca-se a valorização individual, respeita-se a
diferença, segregação é algo desconhecido, a inclusão total e incondicional
não é confundida com integração (inserção parcial ou condicional), o “ser”
é valorizado no lugar do “ter”, a sustentabilidade deixa de ser preocupação
e transforma-se em prática e o diferente é sinônimo de humano.
Esta sociedade cumpre as leis que legisla, a liberdade e a justiça são
direitos adquiridos ao nascer e cidadania é uma prática consciente em que
abuso de poder e nepotismo são atividades desconhecidas. O bem comum é
meta dos governantes. A distribuição de renda é justa e as famílias possuem
dignidade e condições mínimas para a sobrevivência. A população é
consciente dos seus direitos e deveres, votam e acompanham a
administração de seus governantes, sugerindo mudanças.
Esta sociedade respeita a educação, a saúde e a segurança que
constituem-se prioridades.É uma sociedade evoluída, com recursos para a
ciência e alta tecnologia desenvolvidas e usufruídas por todos. O respeito à
diversidade cultural proporciona a educação de qualidade para todos. Os
homens, sujeitos da história, possuem consciência em suas ações, valores
são construídos e perpetuados. A qualidade na educação sobrepõe
quantidade. A liberdade de expressão é real e respeitada.
CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
O conhecimento como processo de construção e reconstrução e, enquanto
processo não está pronto, vem revestido significado a partir das
experiências dos sujeitos-educandos, uma vez que toda criança, jovem ou
adulto quando chega à escola traz consigo vivências pessoais, familiares e
práticas culturais comunitárias e sociais, as quais deverão ser articuladas
com novos conhecimentos, transformando o saber popular em saber
elaborado através da ação-reflexão-ação.
O conhecimento é uma atividade que busca explicitar as relações entre os
homes e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações
sociais mediadas pelo trabalho.
Sendo o conhecimento um processo humano, histórico, incessante,
de busca de compreensão, de organização, de trasnformação do mundo
vivido e sempre provisório, tem origem na prática do homem e nos
processos de transformação da natureza. E, também, uma ação humana
atrelada ao desejo de saber. Só o homem, por ser pensante, pode ser sujeito:
somente ele pode desejar a mudança, porque só a ele lhe falta a plenitude.
O que possibilita a construão do conhecimento, nesse momento de
aventura em busca do novo, é sem duvida o reconhecimento de somos seres
falantes. E nesse movimento que se instaura o desejo de aprender.
Nesse processo serão envolvidos simultaneamente um sujeito que
conhece, um objeto a ser conhecido, um modo particular de abordagem do
sujeito em relação ao objeto e uma transformação, tanto do sujeito, quanto
do objeto. É necessário, aqui, entender o objeto como realidade socialmente
construída e compartilhada.
A teoria dialética do conhecimento, pressupõe a construção
recíproca, entre o sujeito e o objeto, já que é pela práxis do homem sobre o
mundo, que tanto o homem se modifica e se movimenta.
Já para a Concepção Crítico-Emancipatória (KUNZ, 2001a, p. 151):
“O campo pedagógico deve assim ser estruturado como um campo de ação a partir do
conhecimento da prática social-histórica, e desse conhecimento e do conhecimento
sistematizado o saber universal e historicamente acumulado chegar à avaliação crítica
da Realidade e das relações sociais. Esta ação deverá estabelecer, assim, a continuidade
do conhecimento da prática social ao conhecimento teórico do professor, deverá
proporcionar a Dimensão crítica ao educando, o que deverá levar, por sua vez, à ruptura
do limitado saber e da experiência da Realidade Social restrita, e simultaneamente
reagir sobre esta própria Realidade Social no sentido de sua transformação. Este sistema
de ação deverá então estabelecer um sistema circular, ou seja, do conhecimento crítico-
teórico e novamente retornando à prática social concreta. Em um ‘processo de ação-
reflexão-ação’ (Ibid, p. 184).
O conhecimento historicamente acumulado deve ser levado em
consideração no processo educacional, assim como a análise crítica da
realidade e as relações sociais, portanto o conhecimento deve ser
construído em um processo dialógico de ir e vir, enquanto ação-reflexão-
ação.
CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
Como todo o conceito pós-moderno, o de nova cidadania não têm um
significado nem conteúdo rígidos, pois estes são redefinidos nas
"especificidades dos contextos e de cada luta política" (A.Heller). A nova
cidadania não se esgota mais no direito de voto e a outros direitos formais
garantidos por via externa (característica da cidadania tradicional, na qual o
Estado sempre foi o mediador por excelência de seu exercício, e sendo esta
na verdade uma concepção elitista da política). Por propiciar a participação
dos que antes estavam excluídos da vida política, reconhecendo novos
contextos, formas/possibilidades de participação livres de qualquer
determinismos, podemos reconhecer que a nova cidadania se trata de
cidadania ampliada.
Apesar das diferentes definições do que seja cidadania o seu caráter
público, originário da sociedade grega antiga, ainda permanece. Só
podemos ser cidadãos em sociedade. Esta vivência em sociedade não será
possível sem deveres, é verdade. Mas também não será possível sem os
chamados direitos que tentam dar o equilíbrio necessário entre os interesses
individuais e o interesse público.
Por isso ao longo da história a cidadania vem se afirmando e se
consolidando com a conquista de direitos. E isto de tal forma, que não
podemos desvincular os chamados direitos sejam os políticos, sejam os
econômicos e sociais de sua definição, da sua vivência.
Contudo, é oportuno observar que nas décadas de 60 e 70 este termo
não tinha a importância que tem hoje. Nesta época cidadania tinha uma
concepção pejorativa. Entre setores da esquerda política, principalmente,
este tema estava vinculado ao engodo, à ideologia burguesa. Por isso não
lutavam pela cidadania mas pela revolução socialista, pelas mudanças
estruturais profundas.
Tal postura estava de acordo com as críticas de Karl Marx à
cidadania moderna burguesa. Ele as explicitou nos anos quarenta do século
XIX no seu estudo sobre as estruturas das Revoluções Americana a
Francesa, fonte da cidadania moderna. Ele sintetiza as suas objeções neste
trecho de um de seus escritos: "à sua maneira, o Estado anula as diferenças
baseadas no nascimento, na posição social, na educação e na profissão,
quando declara que o nascimento, a posição e social, a educação e a
profissão não diferenciações não-pollticas”, quando proclama que todos
os membros da população são participantes iguais na soberania popular
independentemente destas diferenciações quando trata do ponto de vista do
Estado todos os elementos que compõem a vida autêntica das pessoas.
Cidadania, J. M. Barbelet).
Em outras palavras, apesar de Marx considerar a cidadania moderna
como um grande passo em frente, ele acha que a mera emancipação política
através da cidadania é insuficiente. Defende uma emancipação humana
geral em que as pessoas ficam livres do poder determinante da propriedade
privada e de todas as instituições que tem ligação com ela.
Segundo ele, os limites da cidadania burguesa só podem ser
superados através de uma revolução social em que a base das desigualdades
sociais, que é a estrutura de classes, seja destruída.
Mas o exercício concreto da cidadania em vários países do mundo
foi quebrando resistências. Não ficou vinculado apenas aos chamados
direitos políticos mas à efetivação de outros direitos como os econômicos e
sociais que possibilitaram as condições necessárias para atenuar a
desigualdade social nas sociedades capitalistas ocidentais. Os direitos
políticos, com certeza, foram imprescindíveis para a conquista destes
outros direitos.
Contribuiu também para resgatar o tema cidadania a crise do
socialismo visualizado principalmente com o fim do socialismo real nos
países do Leste europeu. A sociedade proposta pelo socialismo que
implicava em um grande desenvolvimento econômico (maior inclusive do
que no capitalismo), com grande participação política por parte do povo,
expressando uma democracia plena, não aconteceu. Quando ruiu o
socialismo nestes países ficou mais do que nunca evidenciada a realidade:
estagnação econômica, a existência de uma burocracia estatal que
centralizando tudo em suas mãos exerceu uma verdadeira ditadura sobre os
membros da sociedade. A cidadania, tão criticada pelo seu caráter
supostamente burguês, se fosse exercida nestes países, da forma que foi nos
países capitalistas, seria algo revolucionário.
Assim o termo cidadania ressurgiu com toda pujança na sociedade
ocidental. Na prática política, mais do que nunca, exige-se o exercício da
cidadania. Exigem-se mudanças, direitos, fazem-se críticas, tudo isto em
nome da cidadania. De modo especial nos países do terceiro mundo o tema
cidadania é colocado quando se reivindica os chamados direitos
econômicos e sociais.
No Brasil o tema cidadania adquiriu um novo vigor a partir de 1988
com a elaboração de uma nova Constituição na qual se inclui uma nova
relação de direitos e deveres dos cidadãos. E toda esta conquista foi
efetivada nos marcos do capitalismo, da ideologia liberal.
É claro que as lutas operárias e socialistas foram imprescindíveis na
conquista de direitos, principalmente os econômicos e sociais, ajudando na
consolidação da cidadania, mas não podemos negar que a ideologia liberal
com a sua luta pelos direitos políticos e pelos direitos do indivíduo como a
liberdade, colaborou muito para tal influenciando profundamente na
vivência das pessoas enquanto cidadãs.
Por isso não podemos falar em cidadania sem levar em conta a
influência das idéias liberais sobre ela. E o propósito deste PPP é
justamente este. Se em um primeiro momento reconhecer as contribuições
positivas do liberalismo clássico para a efetivação da cidadania em um
segundo momento evidenciar os limites dessas propondo uma superação.
Somente assim a escola estará incluindo definitivamente no conceito
de cidadania a postura inventiva, criativa do homem e superando o caráter
essencialista da concepção liberal de cidadania.
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A discussão sobre a inclusão de alunos com necessidades
educacionais especiais em escolas ditas ‘regulares’ vem ganhando maior
dimensão nos últimos tempos. O conceito de inclusão vem sendo discutido
no país de norte a sul, sob diferentes perspectivas e enfoques teóricos.
O processo de inclusão escolar tem como pressuposto a mobilização
da sociedade para um novo olhar frente às diferenças humanas, elegendo-as
como um valor a ser assumido por todos, partindo do princípio de que a
principal característica do ser humano é a pluralidade, e não a igualdade ou
a uniformidade.
A recomendação para que os alunos que apresentam necessidades
educacionais especiais sejam matriculados na Rede Regular de Ensino está
na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96. O Brasil é
também signatário de várias declarações internacionais que sinalizam a
educação inclusiva como o compromisso dos próximos anos no cenário
mundial.
Inclusão antes de tudo é um processo educacional gradual e
interativo. É um movimento que respeita às singularidades de cada ser
humano, oferecendo respostas às suas necessidades e particularidades. A
perspectiva primordial da inclusão é a certeza de que não existem pessoas
iguais e são exatamente as diferenças entre os seres humanos, que o
caracterizam. O aluno é então compreendido como um ser único, singular e
social, que tem sua história de vida, constituindo-se então um ser histórico
diferente.
A heterogeneidade, a constituição de turmas com uma gama de
diversidade é um ponto crucial ao falarmos em educação inclusiva, como
nos afirma Dorneles:
Vivemos em um lugar heterogêneo e essa heterogeneidade faz parte da riqueza
humana, faz parte da essência da natureza humana. Vivemos em uma sociedade
complexa. Por complexa entendemos uma sociedade formada por várias facetas
culturais, sociais, familiares, educacionais, políticas que se interpenetram e se
inter-relacionam de diferentes formas (2004, p. 113).
Sendo assim, à medida que existe uma posição de respeito frente às
diferenças humanas, sejam elas de que ordem for, delinea-se espaços em
que as posturas de segregação vão perdendo campo de atuação e deixando
de influenciar as práticas pedagógicas discriminatórias. Decorre deste
pensamento que: “o respeito, a autonomia e a dignidade de cada um é um
imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder aos outros”
(FREIRE, 2002, p. 66).
Contudo, o conceito de inclusão escolar ainda é uma dificuldade a
ser enfrentada pelos professores das escolas regulares, necessita de tempo
para ser implementado, da mudança de paradigmas e concepções dos
educadores, de um projeto que seja tomado como de toda a escola e
concomitante a isso, é necessária a mudanças das práticas escolares,
permitindo o acesso de alunos com necessidades educacionais especiais,
mas antes de tudo, buscando garantir sua permanência nos espaços
regulares de ensino.
Corroborando com estas idéias, Rosseto nos diz que:
A inclusão é um programa a ser instalado no estabelecimento de ensino a longo prazo.
Não corresponde a simples transferência de alunos de uma escola especial para
uma escola regular, de um professor especializado para um professor de ensino
regular. O programa de inclusão vai impulsionar a escola para uma reorganização.
A escola necessitará ser diversificada o suficiente para que possa maximinizar as
oportunidades de aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais
educativas especiais (2005, p. 42).
As dificuldades no processo de inclusão escolar formam uma rede de
situações que vão influenciando umas às outras, gerando, ao final, novos
processos de exclusão dos alunos. Esta rede de situações se origina, pois
cada participante, com suas atitudes e pensamentos, vão interferindo no
processo educacional, vai cristalizando idéias, reafirmando conceitos e pré-
conceitos, que por sua vez, são manifestos de forma subjetiva e/ou
concretamente.
É possível afirmar que algumas escolas encontram-se (des)
orientadas frente às perspectivas de inclusão no ensino regular de alunos
com necessidades especiais, principalmente porque este novo paradigma
exige um repensar sobre o fazer pedagógico, uma transformação da escola
atual para uma escola para todos, permeada pelo respeito ao sujeito
singular e social.
Assim, inclusão não é ‘modismo’ nem uma forma de “captação de
alunos”, mas um movimento educacional que precisa ser encarado com
responsabilidade e compromisso social. Na contemporaneidade, pode-se
afirmar que existem diretrizes e princípios definidos internacionalmente e
nacionalmente para a efetivação das políticas de inclusão a serem
assumidas pelas escolas.
Dessa forma, para que se construa, de fato, um sistema educacional
brasileiro inclusivo, faz-se urgente superar a idéia – recorrente na nossa
realidade - de copiar ‘modelos prontos’, que “funcionam ou deram certo”
em outros países, também alcançaram êxito no sistema brasileiro. É preciso
construir aqui, no coletivo de cada região, de cada cidade, de cada escola,
propostas inclusivas, sem medo de errar, mas com vontade de acertar,
porque o desejo de assumir uma prática educacional inclusiva é o primeiro
passo dessa importante caminhada. Noutras palavras, não há fórmulas
prontas, não há receitas, não há protocolos, nem mesmo uma forma certa de
inclusão escolar. É preciso construir coletivamente novos caminhos para
que ela se consolide.
Na proposta escolar inclusiva, a avaliação de alunos, professores, do
processo ensino-aprendizagem é uma constante. Os êxitos e as dificuldades
de todos são analisados pela ótica do coletivo, do processo educacional,
sendo assim não se estabelecem culpados neste caminhar, descobrem-se as
dificuldades, procura-se refletir sobre elas e antes de tudo aprender com
todo o processo. Nesta caminhada o olhar do professor precisa deslocar-se
da patologia do sujeito, buscando conhecer sua modalidade de
aprendizagem, sua forma de comunicação, seus desejos e também suas
dificuldades. Não é possível que o professor limite sua atuação pedagógica
porque o aluno tem “esta ou aquela deficiência”.
Nesta perspectiva Beyer (2006) já afirmava que: “a deficiência é uma
situação de vida que, ainda que constituindo um estado permanente, não
deve definir os atributos individuais” (p. 9). Ou seja, é importante sim,
saber o que apresenta o aluno em termos de necessidades especiais,
contudo, este conhecimento não deve servir para o engessamento das
práticas pedagógicas e nem levar o professor a esquecer que por trás de
uma necessidade especial há um sujeito capaz de aprender.
É preciso refletir sobre o fato de que, na tentativa de inclusão, muitas
vezes, se coloca todos os alunos numa mesma categoria de aprendizagem,
generalizando o processo, em detrimento das necessidades educacionais
especiais de cada indivíduo. Portanto incluí-los não significa igualá-los,
mas dar a eles o direito de ter ingresso e permanência no ensino regular
para uma educação com qualidade, atendendo suas necessidades,
desafiando suas possibilidades e desenvolvendo suas potencialidades.
A legislação argumenta a favor da igualdade, porém, na realidade
escolar, pratica-se a desigualdade, ao se pensar que todos vão ter sucesso
na escola regular, sem que haja atendimento especializado. É importante
sinalizar a importância para os alunos com necessidades especiais, bem
como para os professores que os atendem nas salas de aula regular, de um
apoio especializado, sistemático e qualificado. Prega-se a educação como o
futuro da nação, mas se continua a investir pouco, desprestigiando ações
diferenciadas que possibilitem aos sujeitos que apresentam deficiências
usufruírem de uma educação de qualidade. O apoio a professores e alunos
no processo inclusivo faz parte das ações necessárias ao sucesso da
proposta. Como nos afirma Carvalho:
Pensar na inclusão dos alunos com deficiência(s) nas classes regulares sem
oferecer-lhes a ajuda e apoio de educadores que acumularam conhecimentos e
experiências específicas, podendo dar suporte ao trabalho dos professores e aos
familiares, parece-me o mesmo que fazê-los contar seja como número de
matrícula, seja como mais uma carteira na sala de aula (2004, p.29)
Dessa maneira o apoio a ser oferecido deve ser dado,
fundamentalmente, por um profissional habilitado em educação especial,
que é especializado em conhecimentos teóricos e práticos sobre a pessoa
com deficiência mental. É conhecedor da realidade do processo inclusivo e
do papel importante da qualificação dos espaços escolares, da formação
qualificada dos profissionais da educação e do necessário apoio aos
professores, alunos, famílias e comunidade.
A educação especial, ou mais especificamente, o profissional com
formação em educação especial, precisa, apresentar seus serviços à
comunidade para auxiliar à formação de professores. Os espaços de
educação especial precisam ser vistos como um “lócus” de construção de
aprendizagens, como espaços de constituição de novos saberes. Não um
lugar onde se “treina” e trabalha com base nas dificuldades, norteando-se
por um paradigma médico-clínico. Hoje os profissionais de educação
especial assumem um paradigma inclusivo, acreditando que é possível
tomar para si, ainda, outras funções, tais como o apoio ao ensino regular, a
formação dos profissionais da educação ou áreas afins, além da educação
de alunos com necessidades educacionais especiais que ainda não
encontraram seu local no ensino regular.
É reconhecido que a educação especial e suas diferentes alternativas
de atendimento também precisam se modificar, assim como já vem
acontecendo em muitas instituições escolares Por isso mesmo, é preciso
rever posturas, engajar-se na formação de professores, discutir sobre os
conhecimentos construídos durante o tempo em que, “sozinha”, atendeu os
alunos com necessidades especiais e, fundamentalmente, avaliar e ser
avaliada nos aspectos positivos e/ou que mereça renovação frente aos
paradigmas que a sustentaram em diferentes momentos históricos.
Um sistema escolar inclusivo precisa investir na capacitação
contínua dos professores e funcionários das escolas, realizando o
chamamento dos que ainda não se consideram envolvidos, num contínuo
processo de sensibilização e atualização constante de toda escola e
comunidade. Nesse aspecto a assessoria ao professor é fundamental para
orientação e análise na busca de soluções para os problemas surgidos na
sala de aula, no aprofundamento das questões teóricas, na construção de
intervenções pedagógicas, na seleção de recursos materiais e tecnológicos
para a aprendizagem dos alunos, no processo de avaliação, na inter-relação
com as famílias, bem como na mediação entre escola e serviços
especializados para atendimento ao aluno com necessidades educacionais,
na área da saúde, da assistência social, do trabalho, entre outros.
Como afirma Beyer: Não há como propor uma educação inclusiva,
onde literalmente se jogue crianças com necessidades especiais nas salas de
aula regulares, quando o professor não tem uma formação que lhe
possibilite lidar com tais alunos (2005, p.56).
Por isso mesmo, é essencial compreender que não existem pessoas
melhores ou piores, mais inteligentes ou destituídas de cognição. Sabe-se
que a perfeição, simplesmente, não existe. Existem pessoas diferentes.
Somente diferentes. E a propósito disso, se pode dizer: que monótono
seria a igualdade.
CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
A partir da década de 90, grande parte da produção tem sido
influenciada pelo pensamento pós-moderno, com ênfase na análise da
relação entre currículo e construção de identidades e subjetividades. Esta
linha de trabalho esta presente em Giroux, McLaren, Cherryholmes e
Popkewitz. Defendem que o currículo constrói identidades e
subjetividades, uma vez que, junto com os conteúdos das disciplinas
escolares, se adquirem na escola valores, pensamentos e perspectivas de
uma determinada época ou sociedade.
Por isso, os estudos sobre a cultura escolar, a cultura que a escola
privilegia, as diferenças culturais dos grupos sociais e as relações entre
esses elementos têm sido preocupações crescentes no campo curricular. Os
estudos multiculturais enfatizam a necessidade do currículo “dar voz” às
culturas excluídas, “negadas ou silenciadas”. No estudo do currículo
multicultural, destacando-se Sacristán, Giroux, Moreira, Silva, McLaren,
Santomé.
O conceito de currículo é multifacetado e modificou-se
historicamente atendendo a realidades sociais distintas, há tempos e
espaços específicos e, em conseqüência disso, precisa ser compreendido no
contexto social em que está inserido.
Muitos teóricos se assemelham, outros divergem quando se
conceitua o currículo, porém o que se percebe é que esta discussão no
âmbito pedagógico é muito recente: Normalmente atribuí-se essa
problemática aos comportamentos didáticos, políticos, administrativos e
econômicos, mas todos esses aspectos estão ligados entre si e todos são
responsáveis por essa construção e disseminação, porém é necessário um
olhar minucioso no que se refere à prática curricular e a complexidade em
que ela está envolvida, pois o fazer pedagógico deve ter a excelência das
mudanças e transformações sociais.
Grundy (1987) apud Sacristan (2000) analiza-o como:
O currículo não é um conceito, mas uma construção cultural. Isto é, não
se trata de um conceito abstrato que tenha algum tipo de existência fora e
previamente à experiência humana. É, antes, um modo de organizar uma
série de práticas educativas.
O currículo não pode ser associado a apenas um documento didático,
seu aspecto é bem maior e abrange uma gama de caracteres do âmbito
educacional e social simultaneamente, essa relação significa uma
organização das experiências humanas em prol da prática educativa, porém
seu conceito abrange diversos seguimentos da educação.
De acordo com a expressão de Grundy (1987), o currículo não pode
estar fora e nem prévios as experiências humanas. É o que nos faz pensar
em como acontece o processo ensino aprendizagem? E como se relacionam
os envolvidos nesta perspectiva de educação?
O desenvolvimento curricular nas escolas não corresponde ao que é
necessário e nem atrativo para o sistema educacional atual, visto que as
mudanças ocorridas são muitas e as escolas não acompanham essa
evolução.
O desenvolvimento científico e tecnológico é visível. É necessário
que a escola repense sobre a sua função e como se processa dentro desse
contexto atual. Pois o mito que a escola era única fonte de conhecimento e
de cultura já está ultrapassado. È lamentável que as aprendizagens
escolares continuam sendo dissociadas da aprendizagem experiencial dos
alunos, pois essas experiências são recursos de libertação e de
conscientização crítica.
Para Sacristan (2000) esse distanciamento se deve à própria seleção
de conteúdos dentro do currículo e a ritualização dos procedimentos
escolares, esclerosados na atualidade. É necessário que a escola torne-se
aliada desse desenvolvimento realizando uma educação completa aos
atrativos sociais, evitando que aconteça a famosa escolaridade paralela, tão
freqüente nas classes média e alta dos ambientes urbanos. Essa dissociação
entre a cultura curricular e os meios externos vão deixando a primeira mais
absoleta, ocasionando conseqüências visíveis aos grupos de alunos, pois ao
analisarmos as causas do fracasso escolar percebemos que um dos
principais motivos do desinteresse dos alunos é a falta de atrativo do
sistema educacional.
Mas Perrenoud, em seu livro Pedagogia da Diferença (2000),
constata o fracasso escolar como um dueto entre as desigualdades reais de
capital cultural e as hierarquias de excelência. Essa forma de analisar o
fracasso escolar, na visão de Perrenoud, demonstra a falta de oportunidade
de alguns (quase todos), em usufruir da educação. Porém acredita-se que
essa dominância do saber deve ser derrubada, pois já basta essa sociedade
excludente de oportunidades e de perspectivas futuras, é necessário acabar
com esse quadro vergonhoso, a escola deve conscientizar-se do seu papel e
analisar quais são os entraves e as formas de modificar essa realidade tão
enraizada na educação brasileira.
Desta forma, ainda especifico o currículo como a principal diretriz
para o quadro educacional e atribui-se a ele os méritos e os fracassos da
educação, pois um currículo onde se focaliza um olhar à singularidade, que
assume sua função socializadora, onde o principal objetivo é o
compromisso o fazer pedagógico, esse sim, refere-se ao currículo real.
Mas, a visão que prolifera é de currículo como grade curricular, ou
seja, um agrupamento de assuntos a serem desenvolvidos durantes alguns
anos de uma série determinada, sem dar valor ou significado ao que se deve
ser aprendido e sem nenhum compromisso com o fazer social.
Rule (1973), define o currículo como experiências humanas
organizadas para a prática educativa e que se diferenciam através dos
objetivos e da forma expressada no programa da escola.
Desta forma, compreender o currículo através das sistematizações
das experiências dos alunos significa relacioná-lo à tradição cultural, a
reflexão do contexto social, pois esse mecanismo de aprendizagem distribui
o conhecimento concreto, real e crítico, fazendo com que os alunos tornem-
se agentes construtores do processo.
O currículo está basicamente ligado ao contexto educacional, mas
para compreender seu significado deve-se conhecer as estruturas internas,
Sacristan (2000), que estão ligadas ao enquadramento político, à divisão de
decisão, ao planejamento, a tradução de materiais, ao manejo por parte do
professorando das tarefas de aprendizagem e a avaliação dos resultados.
Assim, a educação pode ser compreendida como sendo uma
atividade expressa de formas distintas onde tanto o conteúdo programático
e a didática usada possam transformar o currículo em uma ação que
produza a aprendizagem.
CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
Em nosso cotidiano todos estão constantemente avaliando e sendo
avaliados por aqueles que conosco estabelecem processos de interação,
mesmo que muitas vezes não o percebamos conscientemente.
Há, entretanto, um espaço onde essa avaliação determina muitas
vezes o destino dos sujeitos: a escola.
A avaliação escolar é explicitada através das notas que os alunos
conseguem obter, porém, a forma pela qual essa avaliação é representada
pelos professores, freqüentemente vem provocando sérios prejuízos àqueles
que a ela são submetidos. A desvalorização por boa parte dos professores
dos conhecimentos que os alunos trazem de sua vivência no cotidiano faz
com que muitas vezes estes fiquem quase que totalmente desmotivados
para a aprendizagem que deles vai ser exigida pelo currículo escolar.
Entender o princípio dialético da avaliação da aprendizagem, nas
séries finais do Ensino Fundamental é entender o princípio da ação-
reflexão, onde, conforme enfatiza Vasconcelos (2005, p. 14-17), de que
assumir uma posição dialética pressupõe entender um sujeito concreto,
síntese de múltiplas relações, num contexto também concreto. O mesmo
autor ainda coloca que devemos sim, pensar em novas possibilidades de
trabalho pedagógico em torno do processo avaliativo, porque segundo ele,
se o sujeito acha que as coisas não podem mudar, não tem sentido falar em
avaliação, uma vez que esta – na sua acepção mais original _ está
intrinsecamente ligada à mudança.
Do pnto de vista educacional, Demo afirma em seu livro “Ser
professor é cuidar que o aluno aprenda”, 2005,Editora Mediação, p. 57-58,
de que toda avaliação é sempre injusta, incômoda, incompleta, ideológica,
autoritária excludente,humilhante e insidiosa.
Mais ma vez, enfatiza-se a idéia da avaliação como reflexão e como
intervenção tendo o intuito de descobrir as deficiências do processo
educativo, no sentido de resolve-los conforme enfatiza Vasconcelos (2005,
p.19). E Luckesi (1998, p. 132), também vem afirmar essa concepção
quando diz:
(...) é preciso que o conhecimento adquirido seja iluminativo da
realidade precisoue ele revele os objetos como são em seus contornos, em
suas onexões objetivas e necessárias. Só assim, teremos conhecimento.
Um luno que não conseguiu “entender” bem o conteúdo de uma
disciplina não aprendeu e, por isso mesmo, o conteúdo oferecido não
lhe serviu de poio para seu desenvolvimento. Quando um professor
diz ao aluno, que inda não conseguiu aprender uma lição, _ “se vire por
você mesmo” _, ão está ajudando em nada o desenvolvimento do
educando, pois a ompreensão do conteúdo é o ponto de partida para a
criação de abilidades e hábitos por meio da exercitação (...) Do ponto de
vista do esenvolvimento do educando “passar por cima de um
determinadoonteúdo” ou “nada fazer” tem o mesmo resultado no que se
refere à prendizagem (...)”.
É necessário questionar que transformar o sentido da avaliação numprocesso dialético e diagnóstico não significa o “afrouxamento” da prática do professor, mas uma retomada e busca de novas possibilidades a partir dos resultados obtidos ao longo do trabalho na sala de aula.A partir das reflexões e da busca de novas possibilidades na práticaeducativa, almeja-se a mudança de posturas e posicionamentos pedagógicos do professor das séries finais do Ensino Fundamental em torno da avaliação, fazendo com que os encaminhamentos favoreçam a tomada de novas decisões que possam redirecionar o “fazer pedagógico”, “sair do papel” e tornar-se realidade no chão da escola.Tendo-se em vista o constante fracasso dos alunos, a avaliação, postaem prática, numa concepção dialética, acredita-se possibilitar o alcance deresultados melhores para a educação. Sob um teor essencialmente qualitativo, certamente promoverá a real aprendizagem e desenvolvimento dos alunos.Assim, a proposta de avaliação, na concepção apresentada, visa à solidariedade, ao invés da competição e a inclusão, ao invés da exclusão, tornando-se uma atitude benéfica ao processo educativo e uma forma de dar maior significado ao trabalho desenvolvido pelo professor.
A concepção dialética, aqui proposta, vem no sentido, justamente, de espertar a atenção do leitor ao entendimento da avaliação como processo, de forma que a mesma seja diagnóstica, detectando problemas na aprendizagem dos alunos e procurando, solucioná-los. Luckesi (1997, p. 82), afirma que “[...] para que a avaliação diagnóstica seja possível, é preciso compreendê-la e realizá-la comprometida com uma concepção pedagógica. No caso, consideramos que ela deva estar comprometida com
uma proposta pedagógica histórico-crítica [...]”. Daí a idéia de conciliar o método dialético à concepção dialética de avaliação. È possível?
Certamente aqueles que reditam em um novo modelo de educação, sim. Basta comprometimento e abertura à discussão pedagógica, que tantas vezes, tem se tornado enfadonha aos ditos não-pedagogos.
O grande desafio que se propõe é buscar pensar e fazer diferente, como propõe Hoffmann. As proposições estão aí pra afirmar de que a mudança é necessária, mas a vontade de mudar também é tanto quanto necessária para a mudança da prática.
Sena prática pedagógica encontramos os “descaminhos”, o descarrilar do trem, como enfatiza Demo, então é necessário a busca de novas concepções novos espaços de discussão, de mudança de rumo. Entender a subjetividade da avaliação é entender a subjetividade de nós mesmos, enquanto seres humanos, na nossa incompletude, no nosso “vir a ser”.
CONCEPÇÃO DE RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
Na escola,o rimeiro ambiente de convivência pública, constroí-se ões que
contribuem na formação de nossa auto-imagem, e adquire-se nhecimento
que fundamenta a isão de mundo. No Brasil, país historicamente formado
por negros, brancos e indígenas, além da contribuição recente de imigrantes
de outros países, diferentes culturas e realidades se encontram no espaço
social representado pela escola, que deve, segundo a Lei 11645/08, incluir
no currículo básico o estudo de história e cultura afro-brasileira e
indígena. . vDesde a publicação da Lei pelo poder executivo federal e sua
reulamentação pelo Conselho Nacional de Educação, que garantiram a
inclusão do artigo 26 – A na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, a educação brasileira, as escolas e os professores, vêm sendo
desafiados a incluir nos currículos, uma nova leitura sobre o lugar da África
na história da humanidade e o papel dos afrodescendentes no Brasil, não
mais estigmatizados e nem postos à margem da história oficial.
As novas diretrizes não estão mobilizando os professores somente na
discussão de como incluir nos currículos o novo artigo da LDBEN, mas
vão além, apresentam aspectos mais profundos do ponto de vista da
formação docente e das subjetividades dos professores que exigem pensar
uma perspectiva não mais tradicional de práticas de ensino, a partir de
contextos multiculturais, onde se encontram questões referentes às
identidades étnicas.
A partir de enfoques teóricos que repensam os contextos educacionais com
base numa leitura intercultural dos processos educativos, veremos que as
implicações para a educação das relações étnico-raciais são muito mais
complexas e tensas do que se possa imaginar. Ou seja, exigir dos docentes
a aplicação das novas diretrizes que incluem nos currículos, histórias da
África e das relações étnico-raciais em educação, significa mobilizar
subjetividades, desconstruir noções e concepções apreendidas durante os
anos de formação inicial e enfrentar preconceitos raciais muito além dos
muros escolares.
No atual mundo de economia globalizada, ao contrário do que se previa,
houve um revigoramento e uma valorização das culturas regionais e a
afirmação de identidades étnico-culturais latentes que, nessa nova
"aldeia global", encontram espaço para a defesa de seu direito à
diferença e reconhecimento da alteridade.
A par de toda valorização às culturas das minorias sociais, muito pouco
se fala das etnias na escola brasileira. Só muito recentemente, por
pressão dos movimentos sociais, é que a questão da pluralidade cultural
vem encontrando certa ressonância no ambiente escolar. Segundo
Gadotti (1992), a diversidade cultural é a riqueza da humanidade. Para
cumprir sua tarefa humanista, a escola precisa mostrar aos alunos que
existem outras culturas além da sua. Por isso, a escola tem que ser local,
como ponto de partida, mas tem que ser internacional e intercultural,
como ponto de chegada. (...) Escola autônoma significa escola curiosa,
ousada, buscando dialogar com todas as culturas e concepções de
mundo. Pluralismo não significa ecletismo, um conjunto amorfo de
retalhos culturais. Significa sobretudo diálogo com todas as culturas, a
partir de uma cultura que se abre às demais.
Considera-se ortanto, que um longo caminho ainda precisa ser percorrido
para que a escola seja, de fato, um instrumento de afirmação de uma
identidade pluricultural. O ensino de história, ao priorizar a construção
da identidade nacional, tem sido bastante omisso no tocante à
valorização das culturas das minorias étnicas. Constata-se tbm, que a
falta de conhecimento das peculiaridades e das especificidades regionais,
em um país de continentais dimensões, bem como dos elementos
referenciais das culturas silenciadas de índios, negros e imigrantes nos
currículos escolares têm contribuído para a formação de preconceitos e
estereótipos por parte dos próprios brasileiros. Isso em nada contribui
para a construção de uma sociedade democrática que todos almejamos,
onde as diferenças raciais e culturais não se constituam em motivo de
discriminação social, mas sim em instrumento possibilitador da
construção de uma nova identidade nacional, assentada no pluralismo
cultural.
Urge, propiciar, por meio do ensino em todos os níveis, o conhecimento
de nossa diversidade cultural e pluralidade étnica, bem como a
necessária informação sobre os bens culturais de nosso rico e acetado
patrimônio histórico. Só assim haverá contribuição da construção de uma
escola plural e cidadã formando cidadãos cônscios de seu papel como
sujeitos históricos e como agentes de transformação social.
CONCEPÇÃO DE DISCIPLINA/INDISCIPLINA
MARCO OPERACIONAL
A Escola Estadual República Oriental do Uruguai busca neste
momento posicionar-se com relação as atividades propostas para a
transformação de sua realidade, procurando envolver toda a comunidade
escolar, promovendo uma mudança de mentalidade, que, proporcionará
ações inovadoras.
Essas ações implicam na tomada de decisões de como atingir nossas
finalidades, nossos objetivos, nossas metas, verificando se as decisões
foram acertadas ou erradas o que é preciso revisar, reformular e priorizar,
tendo em vista as diferentes circunstâncias, torna-se necessário tanto
alterarterminadas decisões quanto introduzir ações completamente novas.
A ação provoca a consciência crítica e criativa nas pessoas,
motivando seu engajamento no processo de participação. É de fundamental
importância a existência de um grupo razoável de pessoas interessadas em
se envolver, assumir os riscos e as conseqüências da prática participativa na
escola.
Buscando o desenvolvimento de estratégias que possibilitem uma ação
escolar mais humana, justa, responsável e participativa, possibilitando a
transformação da dinâmica da escola. Assim todos estarão envolvidos e
sentir-se-ão responsáveis pela realização destas ações.
ENSINO FUNDAMENTAL Decreto 3062/77 – Res. 3429/94
Av. Pres. Affonso Camargo, nº 3407 - 82800-240 Fone/Fax 3267-1772 - Curitiba-Paraná
e-mail: [email protected]
ENSINO FUNDAMENTAL Decreto 3062/77 – Res. 3429/94
Av. Pres. Affonso Camargo, nº 3407 - 82800-240 Fone/Fax 3267-1772 - Curitiba-Paraná
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ENSINO FUNDAMENTAL Decreto 3062/77 – Res. 3429/94
Av. Pres. Affonso Camargo, nº 3407 - 82800-240 Fone/Fax 3267-1772 - Curitiba-Paraná
e-mail: [email protected]
Para que a escola possa realizar um trabalho de qualidade, buscar a
superação das dificuldades e o aprimoramento de suas ações, serão
necessárias algumas intervenções no sentido do aperfeiçoamento de sua
operacionalização
Com relação aos aspectos pedagógicos, serão oportunizados vários
momentos que poderão enriquecer o processo de ensino-aprendizagem,
onde podemos citar:
- Retomada das discussões e atualização do Projeto Político Pedagógico;
- Leitura e análise pela comunidade do Regimento Escolar;
- Inserção de projetos que oportunizem a participação dos alunos em
atividades na escola;
Recomposição e revitalização do Conselho Escolar e divulgação dos seus
componentes;
- Convite aos membros do Conselho Tutelar e Postos de Saúde para
explanação sobre suas atribuições e temas atuais;
- Oportunizar a todos o conhecimento do Plano de Ação do
estabelecimento, da Equipe Pedagógica e Equipe Diretiva;
- Elaboração do Plano de Trabalho Docente e sua execução;
- Estudos e reflexões sobre “avaliação”;
- Análise de dados referentes a aprovação/reprovação;
- Assessoramento por área de conhecimento em hora-atividade
concentrada dos professores pela Equipe Disciplinar do NRE de Curitiba
e Equipe Pedagógica da escola;
- Complementação de carga-horária curricular através de projetos;
- Aplicação de questionário sócio-econômico-cultural;
- Desenvolvimento de projetos que envolvam comunidade-escola;
- Repensar o Conselho de Classe;
- Aquisição de material pedagógico;
- Levantar recursos financeiros através de: “Ação entre Amigos”,
Cantina Comercial, Festa Julina.
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LEVANTAMENTO DO MARCO SITUACIONAL PARA O
OPERACIONAL
1- alunos de 5ª series
-ingressantes com dificuldades em leitura, escrita e calculo
-varias reprovações
-idade
Agressividade
- diferentes interesses
2- reprovações em todas as series
3- inclusão
-tdh
- cadeirantes
- mobilidades físicas
- formação p/ professores
- sala de recursos
4- espaço físico
- restauração
- ampliação( biblioteca e outros)
- salas mal iluminadas
- quadros gastos
- carteiras
-pisos de assoalhos
-
5- professores
- rodízios PSS
- descomprometimento
-LTS