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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO
ENSINO FUNDAMENTAL
TRAVESSA CUIABÁ, 199 – JARDIM PRIMAVERA
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Marechal Cândido Rondon
2012
A Escola
Escola é...
o lugar onde se faz amigos,
não se trata só de prédios, salas, quadros,
programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente,
gente que trabalha, que estuda,
que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente,
O coordenador é gente, o professor é gente,
o aluno é gente,
cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
na medida em que cada um
se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
que não tem amizade a ninguém,
nada de ser como o tijolo que forma a parede,
indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
é também criar laços de amizade,
é criar ambiente de camaradagem,
é conviver, é se “amarrar nela”!
Ora, é lógico...
numa escola assim vai ser fácil
estudar, trabalhar, crescer,
fazer amigos, educar-se,
ser feliz.
Paulo Freire
I - INTRODUÇÃO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Identidade no Exercício da Autonomia
O termo Projeto Político Pedagógico passou a ser amplamente utilizado
na educação brasileira no final do século XX para designar propostas de
planejamento educacional fundamentada em bases críticas e democráticas
voltadas para a melhoria da qualidade do ensino. Usado em sentido similar, o
termo pressupõe um projeto global para as instituições escolares, projeto
esse que abarca evidentemente o currículo vertebralizador do trabalho
educativo.
O PPP compreende um projeto coletivo, com o propósito de superar a
desarticulação e a fragmentação observadas constantemente na prática
educativa, orientando a organização, a gestão e o funcionamento da escola
na diversidade de suas estruturas e funções.
Segundo VASCONCELOS:
“O Projeto Educativo é o Plano Global da instituição. Pode
ser entendido como a sistematização, nunca definida, de
um processo de planejamento participativo, que se
aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define
claramente o tipo de ação educativa, que se quer realizar. É
um instrumento teórico metodológico para a transformação
da realidade. É um elemento de organização e integração
da atividade prática da instituição neste processo de
transformação”. (1995, p.145).
Isso significa dizer, que ele compreende um instrumento de reflexão
sobre os objetivos educacionais e as estratégias de ação, um plano elaborado
de forma refletida e principalmente, coletiva. O seu grau de legitimidade
estará ligado ao tipo de participação de todos os envolvidos com o processo
educativo da escola, o que requer continuidade de ações.
Vale chamar atenção para o que destaca a nova Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional – LDBEN - nº 9.394/96, previsto no artigo 12,
inciso I, onde descreve que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as
normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de
elaborar e executar sua proposta pedagógica”, tendo todos os envolvidos a
responsabilidade de refletir sobre sua intencionalidade educativa.
Portanto, a participação de todos os envolvidos (professores, gestores,
equipe pedagógica, funcionários, alunos e pais) é o princípio básico que
recupera, no plano das organizações, concepção e execução resgatando o
sentido humano e valorativo do planejamento.
O ato de planejar significa antecipar mentalmente uma ação a ser
realizada. Trata-se, pois de uma ação consciente pela qual o indivíduo
concebe uma coisa futura e motivado pelo desejo e a vontade de se esforçar
pela sua realização. Planejar implica definições claras sobre o que fazer, para
quê, como e para quem. O ato de planejar torna-se o momento de decisão
sobre a construção de um futuro, retratando uma necessidade humana.
Elaboração coletiva do PPP compreende, desta forma, um instrumento
de transformação da escola na medida em que expressa o compromisso do
grupo com uma caminhada definida em conjunto, que tem como principais
finalidades:
Aglutinar pessoas em torno de uma causa comum;
Ser um canal de participação efetiva de todos os segmentos da escola;
Dar um referencial de conjunto para a caminhada escolar;
Ajudar a conquistar e consolidar a autonomia da escola;
Ser um instrumento de transformação da realidade;
Colaborar e incentivar a formação continuada;
Orientar um processo de gestão democrática.
Analisando o PPP, dentro de uma visão política, pode-se dizer que ele é
um instrumento real de transformação social, que viabiliza a construção de
uma escola que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania,
contrapondo-se a modelos geradores de desigualdades e exclusão social que
impera nas concepções educacionais neoliberalistas, não permitindo, desta
forma, ser visto como um agrupamento de planos de ensino e atividades
diversas, formuladas burocraticamente, com fim de documentar práticas que
não condizem com a realidade.
O PPP deve ser uma ação intencional e integrada, com sentido
explícito, com compromisso definido coletivamente, que vem possibilitar a
efetivação desta intencionalidade, que é a formação do cidadão participativo,
responsável, compromissado, crítico e criativo. Portanto, o papel da escola é
bem mais amplo do que apenas passar conteúdos.
Para que realmente o PPP seja uma construção consciente, intencional
e coletiva é necessário que sejam compreendidos os marcos do seu processo
de elaboração: marco situacional, marco conceitual e o marco operacional.
O marco situacional está relacionado com a percepção global dos
problemas, desafios e esperanças; compreende os valores, as opções sobre a
formação e a sociedade que se pretende construir; posiciona-se em relação
às grandes linhas de ação.
O marco conceitual retrata os aspectos teóricos, as concepções
relacionadas à visão de sociedade, homem, educação, escola, currículo,
ensino e aprendizagem. O estudo destes aspectos em consonância com
análise do real e ideal (marco situacional) fundamenta as
finalidades/objetivos que serão reforçados, priorizados ou até relegados se
necessário for.
Isso propiciará, sempre que preciso, a revisão do trabalho pedagógico
desenvolvido pela atividade de investigação e reflexos sobre a ação.
Já o marco operacional orienta a realização das ações. Retrata o
aspecto prático do PPP, as tomadas de decisões coletivas para atingir as
finalidades/objetivos e metas propostas.
Somente levando em consideração as reflexões, baseadas nos marcos
já descritos, é que poderemos dizer que o PPP e sua construção constitui-se
no resultado de um compromisso político e pedagógico planejado
coletivamente.
“O ato planejar, como todos os outros atos humanos,
implica escolha e, por isso, está assentado numa opção
axiológica. É uma atividade-meio, que subsidia o ser
humano no encaminhamento de suas ações e na obtenção
de resultados, portanto, orientada por um fim. O ato de
planejar se assenta em opções filosófico-políticas; são elas
que estabelecem os fins de uma determinada ação. E esses
fins podem ocupar um lugar tanto no nível macro como no
nível micro da sociedade. Situe-se onde se situar, é um ato
axiologicamente comprometido”.
Cipriano Luckesi
II – IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
2.1.1 - Denominação
Escola Estadual Monteiro Lobato – Ensino Fundamental/anos finais.
2.1.2 - Endereço
Travessa Cuiabá, n. º 199,
Jardim Primavera,
Marechal Cândido Rondon, - Paraná.
85960-000
Fone/fax: (45) 3254-4970
E-mail: [email protected]
Site : <www.mrhmonteirolobato.seed.pr.gov.br>
III - HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO
Nossa Escola, Nossa História.
A Escola Estadual Monteiro Lobato obteve sua autorização de
funcionamento no dia vinte e dois de dezembro de 1986, sob a Resolução n.º
5.293/86, sendo que a mesma iniciou suas atividades no ano de 1987.
O dia doze de novembro de 1990 foi uma data muito importante para
este estabelecimento de ensino, pois sob a Resolução n.º 3.460/90, ele foi
oficialmente reconhecido.
A primeira diretora foi à professora Roseli Pacheco em 1987, sendo que
em 1990 ocuparam o cargo de diretor o Professor Alceu Pedro Hansel e o
Professor Saturnino Vieira Vasconselos Neto. Em 27 de março de 1991
assumiu a direção o Professor Ário Pedro Martiny, reeleito em 1995, atuando
até 1997, com mais uma reeleição em 1997, este mandato foi até março de
2000, sendo prorrogado até dezembro de 2001. Em janeiro de 2002 assume
a direção a Professora Neusa Anklam Stiehl atuando até 2003, momento em
que foi eleita e deu prosseguimento nas atividades da direção da escola até
31 de dezembro de 2005. Já em janeiro de 2006, assume a direção a
professora Clélia Regina da Silva, em 2008 a professora Dirse Madalena
Martiny , e no ano de 2009, foi eleito o atual diretor Cloecir dos Santos
Ribeiro.
Após um período de cinco anos ofertando aulas no período matutino,
no ano de 2006 passou-se a ofertar o ensino fundamental regular noturno,
contando com duas turmas contabilizando 33 alunos, matriculados na 7ª e 8ª
séries. Em 2009, a escola ofertou três turmas no período noturno,atendendo
6ª, 7ª e 8ª séries, contemplando um total de 78 alunos. No ano de 2010,
contemplando as mesmas séries, atendeu a 33 alunos. Atualmente, atende
58 alunos, da 7ª e 8ª séries.
A escola funciona em dualidade com a Escola Municipal, sendo que o
espaço é cedido pela Prefeitura Municipal para o funcionamento da Escola
Estadual, enfrentando-se deficiência de espaço físico. Por outro lado, desde
abril de 2006 estão tramitando os papéis para a doação do terreno para a
construção de prédio próprio para o Estado, o que proporcionará um melhor
atendimento a toda a comunidade escolar.
No ano de 2009, após doação e repasse do terreno por parte do poder
público municipal, a construção da nova escola foi colocada como prioridade
nas ações estaduais, ficando prometida sua concretização para outubro de
2010. Estamos no ano de 2011 e a tão prometida escola, ainda não iniciou
sua construção, tendo terreno escriturado e todos os projetos necessários,
aguardando apenas recursos financeiros, para sua edificação.
Por que Monteiro Lobato?
Foi escolhido o nome deste célebre escritor ”Monteiro Lobato” para
nominar nossa escola por ele ter sido um defensor insubordinável dos
interesses nacionais.
Lobato nasceu numa família de fazendeiros da cidade de Taubaté, São
Paulo. Dedicou-se a diferentes carreiras, negócios e campanhas. Quando
estudante já demonstrava seu talento como escritor. Em suas obras buscou
sempre valorizar um mundo caipira brasileiro, mesmo quando a literatura
vivia com os olhos voltados para a Europa.
Como Lobato, acredita-se numa escola que, analogamente, seja um
pouco do “sítio do Pica-pau amarelo”, que priorize a educação sobre o
ensino, que possua uma especificidade metodológica.
Uma escola menos “cimento” e mais natureza, que permita ao
educando, o convívio com o que lhe é, naturalmente, mais próximo.
Uma escola que garanta a articulação saudável entre o antigo e o novo,
entre os valores do passado, a história, as convenções e a cultura,
questionados sem que sejam destruídos, à semelhança da convivência das
crianças do “Sítio do Pica-pau-amarelo” com Dona Benta, Visconde , Tia
Nastácia....
Uma escola que busque, como na utopia de Lobato, um modelo
democrático de sociedade, porquanto esse autor, ao substituir, no Sítio, a
figura dos pais pela da avó, quis, simbolicamente, substituir o próprio
autoritarismo sufocante do adulto, pela compreensão empática das
descobertas e invenções infantis.
Enfim, uma escola cheia de “Emílias” - a criança brasileira criada por
Lobato – ou, de “Emílios” – a criança idealizada por Rosseau, no seu ensaio
pedagógico, publicado no século XVII.
A distância temporal entre ambos não nos impede de aproximá-los, se
buscarmos no seu pensamento filosófico, político e literários os princípios de
liberdade e de democracia, como fundamento das relações educativas e
sociais.
“Emílias ou Emílios” ou alunos inteligentes, curiosos, questionadores,
criativos; alunos nos quais o princípio de prazer e o princípio da realidade
estejam harmonizados de forma a garantir o equilíbrio entre a razão e a
emoção, entre o real e o imaginário, entre o aprender e o ensinar.
Utópico? Sonhador? Quem Sabe!?
Mas com certeza, o sonho de todos os profissionais da educação.
A Escola e Seus Ambientes
Sabe-se que ambientes físicos escolares de qualidade são espaços
educativos organizados, limpos, arejados, agradáveis, cuidados com
arborização, móveis e equipamentos e materiais didáticos adequados à
realidade da escola, com recursos que permitam a prestação de serviços de
qualidade aos alunos, aos pais e à comunidade, além de boas condições de
trabalho aos professores, diretores e funcionários em geral.
A estrutura física da Escola Estadual Monteiro Lobato é compartilhada
com a realidade de uma Escola Municipal, ou seja, o prédio escolar sendo
municipal e nossa escola funcionando em paralelo, com outra escola do
município. Infelizmente, o espaço físico existente atualmente não contempla
todos os aspectos, porém busca-se: o bom aproveitamento dos recursos
existentes; uma organização do espaço disponível que favoreça o convívio
entre as pessoas; que seja flexível e conte com as condições suficientes para
o desenvolvimento das atividades de ensino aprendizagem; qualidade dos
recursos (cuidado/organização/ manutenção).
Para a Escola Estadual foram cedidas cinco salas de aula, equipadas
com móveis suficientes para o atendimento aos alunos, sendo que elas são
razoavelmente adequadas em relação ao tamanho, ventilação e iluminação .
O espaço físico destinado ao funcionamento da secretaria é insuficiente
para comportar o material (computadores 3, arquivos, telefone(fax) telefone
sem fio, mesas, etc.) além de materiais de expediente necessários para o
bom andamento das atividades. Atualmente a secretaria possui dois
computadores (Paraná digital) ligados a internet.
A biblioteca está adaptada em um espaço não adequado. Este mesmo
espaço serve de sala da direção , sala da equipe pedagógica,e laboratório de
informática, dificultando desta forma, a qualidade de atendimento, pois
quando pais e/ou professores e alunos precisam conversar com a pedagoga
ou com a direção , fica impossibilitada a troca de livros, assim como vice e
versa, quando está ocorrendo troca de livros é necessário buscar outro
espaço para os atendimentos necessários.
Em relação ao acervo bibliográfico, busca-se sempre a atualização com
novos títulos literários e faz-se presente o incentivo à prática de leitura
através de aulas de leitura e empréstimos das obras a alunos, professores,
funcionários e pais.
Nos últimos dois anos (2010 e 2011), o acervo bibliográfico foi
ampliado em aproximadamente 300 novos exemplares, entre livros de
literatura e pesquisa, direcionados, tanto a professores como alunos.
Este acervo bibliográfico, que é encapado com contact para a sua
melhor conservação, está catalogado em livro próprio e registrado em
arquivo virtual, organizados pelos diferentes tipos de gêneros literários. O
empréstimo é registrado no computador, tendo o controle informatizado das
retiradas e dos débitos, em relação ao acervo bibliográfico, realizado
semanalmente.
A biblioteca não é utilizada para a realização de pesquisas, no contra–
turno, por vários motivos, entre eles podemos destacar: instalações
inadequadas; pequeno acervo bibliográfico para pesquisas; o não
funcionamento do estabelecimento de ensino no período vespertino; entre
outros.
A coletânea de mapas existentes na escola, encontra-se em fase de
revisão e atualização, pois apresenta-se limitada às necessidades
pedagógicas atuais.
Em relação a aparelhos eletrônicos , áudio – visual, a escola possui
duas televisões 20’, uma 29’, quatro DVD, duas câmeras fotográficas
digitais, uma filmadora, um projetor multimídia, duas caixas de som,
microfone sem fio, mesa de som, aparelho de laser, um teclado,dois
aparelhos de som com CD , um aparelho 2 em 1 e 4 televisores multimídia.
Analisando-se o acervo da videoteca, a escola deixa a desejar, pois o
material disponível é desatualizado e defeituoso por razões técnicas e
ambientais, uma vez que não há local adequado para seu condicionamento.
Em contra partida, a escola recebeu do MEC, uma coletânea de dvd(s) da
TVESCOLA, material muito rico para utilização em sala de aula.
A sala dos professores está subdividida com a biblioteca, sala da
direção e orientação pedagógica, não sendo uma adaptação coerente, pois
deixa de atender as especificidades de cada área, além de comprometer a
qualidade do trabalho de ambos: professores e equipe pedagógica.
Existe um banheiro único para professores e funcionários,
independente de sexo, e dois banheiros para os alunos, sendo um para os
meninos e o outro para as meninas, podendo ser destacado que o número de
banheiros não está compatível com o número de educandos.
O espaço para o ensino e a prática de esporte é inadequado, impróprio,
não respondendo a todas as necessidades educacioanis da escola. Existe
uma quadra de esporte semi concluída, com cobertura e iluminação, porém
muito próxima das salas, o que prejudica o bom andamento das aulas, pois é
preciso controlar o volume das vozes, músicas etc.
Laboratório de Informática
A tecnologia é uma necessidade que além de contribuir com a
educação prepara o jovem para um futuro competitivo. As escolas
necessitam preparar seus alunos para a vida cotidiana e para exercer
atividades que propiciem o uso da tecnologia nos dias atuais.
Segundo a opinião dos professores, a inserção de tecnologia na prática
pedagógica pode ser muito importante na formação dos alunos da rede.
Neste sentido, como se trata de um processo iniciado recentemente,
acredita-se que com assistência que vem ocorrendo e capacitações
frequentes será possível desenvolver boas atividades, dando condições a
todos os profissionais, mesmo aqueles que terão agora o primeiro contato
com a informática , a atuarem de forma dinâmica e vinculada a uma nova
realidade da escola estadual que é a informatização do seu processo de
ensino aprendizagem, trazendo às aulas metodologias avançadas e
ilustrativa aos conteúdos a serem contemplados.
IV – Curso, Níveis e Modalidades de Ensino – Turno e Alunos.
A Escola Estadual Monteiro Lobato oferta curso a nível de ensino
fundamental, anos finais, 6º ao 9º anos, no período matutino e 8º e 9º
anos, no período noturno.
Organograma Estrutural
Conselho Escolar
Diretor / gestor
APMF
Agentes
Educacionais I
e II
Equipe PedagógicaPais
Professores
Alunos
Composição do Conselho Escolar
- Presidente - Cloecir dos Santos Ribeiro;
- Representante da Equipe Pedagógica - Mirna Zenker Johansson Wissmann
Suplente: Rosiglé Schneider ;
-Representante dos Professores - Heiderose Liessem Meyer
Suplente: Marlene Scherer;
- Representante do corpo discente: Matias Ball
Suplente: Matheus Felipe Alexandre Dilkin
-Representante dos Segmentos Organizados da Sociedade: Clélia Regina da
Silva, Rosane Aparecida Gonçalves, Aparecido Rigolin, Angélica Lizzoni
Schmitt, Osvanir Ferreira e Adailton Gonçalves Dias;
-Representante dos Agente Educacionais II: -Janete Maria Heck Ross
Suplente:Sêlonia Bade;
-Representante dos Agentes Educacioanis I: -Catarina Shutz
Suplente: - Albertina Bertan Soares
-Representante da Associação dos Pais, Mestres e Funcionários: João Adair
Vieira
Suplente: Selmar Mette
-Representante dos Pais: Valdir Ball
Suplente: Margareth Terezinha Bach da S. Rubenich.
Composição da APMF
-Presidente: Roque Dikin
-Vice-Presidente: Rosane Rodrigues de Oliveira
-Secretária: Mirna Zenker Johansson Wissmann
-Vice-secretária: Janete Maria Heck Ross
-Tesoureiro: Selmar Mette
-Vice-tesoureira – Traudi Schmidt Ball
-Diretora sócio – cultural - esportivo - Marlene Scherer
-Conselho fiscal – Albertina Bertan Soares, Heiderose Liessen Meyer, Carlos
Luiz Harnisch ,José Carlos Oliveira, Luis Carlos Magagnin, Sônia Maria Pires
de Farias Maggnin, Sêlonia Bade, Juliana Alexandre Dilkin
Quadro Administrativo
- Janete Maria Heck
- Roberto Augusto Ludke
- Selonia Bade
- Paula Gabriela Santin
Quadro de Funcionários/Serviços Gerais:
Albertina Bertan Soares
Catarina Shutz
Iara da Cunha
Nilse Maria Hoelscher
Noeli Suzana Krebs Vorpagel
Quadro de Professor
Docentes Formação Horas Vínculo
Adriana Franzmann Pós-graduação 4 REPR
Alessandra Borges da Silva Licenciatura 6 REPR
Carlos Luiz Harnisch Pós-graduação 16 QPM
Célia de Sá Stein Pós-graduação 8 REPR
Edvaldo Oliveira Souza Pós-graduação 11 QPM
Elizeth Pereira da Silva Licenciatura 4 REPR
Evelin Kroth Schmidt Licenciatura 4 REPR
Gilberto Guimarães Teixeira Pós-graduação 2 REPR
Gleison José Pacheco Licenciatura 4 REPR
Guilherme Felipe Kotz Licenciatura 15 QPM
Heiderose Liessem Meyer Licenciatura 17 QPM
Helio Luchini Pós-graduação 4 REPR
Janete Cleci Albrecht de Souza Pós-graduação 6 REPR
José Ediane Pereira da Silva Pós-graduação 7 QPM
Lilian Raquel Werner Licenciatura 10 REPR
Marlei Teresinha Valer Pós-graduação 2 QPM
Marlene Scherer Pós-graduação 16 QPM
Osório Inácio Seidel Pós-graduação 16 QPM
Rosana de Oliveira Palma Agostini Pós-graduação 12 QPM
Rosane Zuse Patino Cruzatti Pós-graduação 23 REPR
Sandra Salete Neuberger Pós-graduação 19 QPM
Tania Inês Weizenmann Pereira Pós-graduação 16 QPM
Equipe Pedagógica
- Marilene Neitzke
- Mirna Zenker Johansson Wissmann
-Raquel Kretzmann Lipsch
- Rosangela da Silva Coturi
Direção
− Cloecir dos Santos Ribeiro
OBJETIVOS GERAIS
Nos termos do Art. 32 da LDB nº 9394/96 são os seguintes os objetivos
do Ensino Fundamental:
I - O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em
vista a aquisição de conhecimentos e habilidade e a formação de
atitudes e valores;
IV - O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Portanto é função da escola formar o cidadão, assegurando ao
estudante o acesso e a apropriação do conhecimento sistematizado,
mediante a instauração de um ambiente propício às aprendizagens
significativas e as práticas de convivência democrática.
Para tanto a escola precisa construir / instruir de forma coletiva,
alternativas que possibilitem a concretização desta função, pois a própria Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional dispõe que “educação básica
tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando-lhe meios para
progredir no trabalho e em estudos posteriores” (artigo 22).
A educação básica / fundamental deve preconizar a possibilidade de
acesso ao conhecimento científico, cultural e socialmente construído pela
humanidade, para todos, possibilitando ainda, diferentes formas, tempos e
espaços de aprendizagem. Deve garantir ao estudante a permanência na
escola e sua promoção escolar, com condições necessárias ao seu
desenvolvimento. Valorizar a individualidade, partindo da compreensão das
possibilidades de cada um, levando em consideração que a heterogeneidade
marca a espécie humana e entendendo que existem diferentes ritmos e
processos particularizados de aprendizagem e de convivência. Dessa forma,
destacam-se os objetivos sociais da escola, baseando-se nos princípios
emanados na Constituição Federal, Estadual e na LDB, que constam:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola,
vedada qualquer forma de discriminação e segregação;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento,
a arte e o saber;
III – gratuidade do ensino, com isenção de taxas e contribuições de
qualquer natureza:
IV – valorização dos profissionais de ensino;
V – gestão democrática e colegiada da escola.
Partindo destes pressupostos, podemos dizer que os princípios
norteadores da educação como Política da Igualdade, Ética da Identidade,
Estética da Sensibilidade, Autonomia e Diversidade, uma vez instituídos
através de uma proposta oficial, devem se fazer presentes na escola pela
reflexão dos sujeitos envolvidos na ação educativa.
Para finalizar, aos professores cabe a consciência de sua ação - a
reflexão sobre a causa, a finalidade e os efeitos – a compreensão de que sua
prática não pode estar limitada à transmissão de um saber sistematizado,
sendo necessário que essa ação esteja contextualizada à realidade e
constantemente em processo de análise crítica. E aos alunos, a compreensão
de que se constituem como sujeitos ativos no processo educacional. Sujeitos
ativos porque é na ação e na decisão consciente do aluno que se dá à
relação ensino-aprendizagem.
V - DIAGNÓSTICO
Descrição da Sociedade Brasileira
A Lei Federal nº 9394/06, de 20/12/96, Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, conhecida como Lei Darcy Ribeiro, estabelece que a
“Educação dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade
e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho”.
Estabelecendo-se um paralelo entre a análise da conjuntura mundial e
a conjuntura brasileira, pode-se dizer, em linhas gerais que: neste início de
milênio, a sociedade brasileira vive um momento de rápidas transformações
econômicas e tecnológicas, ao mesmo tempo em que os avanços na cultura
e na educação transcorrem de forma bastante lenta. Em função de uma
economia dependente, não se desenvolveu uma cultura e um sistema
educacional que pudessem fortalecer a economia, fazendo-a caminhar para a
auto-suficiência.
Ao lado de uma enorme ampliação dos recursos de comunicação e
informação especialmente nos grandes centros, a solidariedade é pouco
vivida nas comunidades, assim como são pouco cultivados os bens culturais
locais. Por outro lado, a degradação dos ambientes intensamente
urbanizados, nos quais se insere a maior parte da população brasileira e nos
quais a fome, a miséria, a injustiça social, a violência e a baixa qualidade de
vida estão facilmente presentes.
Diante dessa conjuntura, há uma expectativa na sociedade brasileira
para que a educação se posicione na linha de frente da luta contra as
exclusões, contribuindo para a promoção e integração da cidadania, não
como meta a ser atingida num futuro distante, mas como prática efetiva.
Estabeleceu-se como linha de ação prioritária da Secretaria de Estado
da Educação – SEED, a retomada da discussão coletiva sobre o que está
sendo vivido, pensado e realizado nas e pelas escolas. Adotou-se algumas
referências para o processo de discussão: o compromisso com a redução das
desigualdades com o desenvolvimento econômico, social, político e cultural
da sociedade, a defesa da educação básica e da escola pública, gratuita de
qualidade como direito fundamental do cidadão, a articulação de todos os
níveis e modalidades de ensino, e a compreensão dos profissionais da
educação como sujeitos epistêmicos.
De acordo com o MEC, mais de 53,2 milhões de matrículas foram feitas
em 2008, contra cerca de 53 milhões no ano anterior. A alta foi puxada pela
educação profissional -com um aumento de 14,7% no número de inscritos- e
pelas matrículas em creches, que cresceram 3,2%. A educação profissional
junto ao ensino médio teve aumento de 19,6%. Já a educação profissional
subsequente – oferecida aos estudantes que já concluíram o ensino médio –
experimentou aumento de 10,5% no número de matrículas. Segundo o
ministro da Educação, Fernando Haddad, o crescimento se deu
especialmente por causa da oferta maior de educação profissional feita pelas
redes estaduais.
O número de matriculados ainda em 2008 não recuperou a queda de
5,2% do censo de 2007, quando dados do ano anterior foram comparados.
Em 2006, 55,9 milhões de alunos estavam matriculados. Segundo o MEC, a
queda no período aconteceu, em parte, por causa da queda na natalidade e
na redução da população na faixa etária relativa, principalmente, ao ensino
fundamental.
Houve uma queda de 0,1% nas matrículas no ensino fundamental. O
índice do ensino médio se manteve praticamente estável. Atualmente, só o
ensino fundamental é obrigatório, para crianças entre sete e 14 anos.
O número de alunos que já fizeram a transição para o sistema de nove anos
do ensino fundamental também é maior que os ainda matriculados no
modelo antigo. Já são 16,6 milhões (51,83% do total) cursando até a 9ª série,
contra 15,45% (48,17%) no esquema de oito anos. Segundo o MEC, a
transição estará completa em 2010, quando também a idade mínima para
ingresso no ensino fundamental cai para seis anos.
<http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/ensino/conteudo.phtml?
tl=1&id=847392&tit=Parana-tem-o-maior-numero-de-matriculados-em-2008-
no-Sul-do-pais>Acesso em: 23 jun.2009.
Espera-se que a sociedade brasileira demanda uma educação de
qualidade, que garanta as aprendizagens essenciais para a formação de
cidadãos autônomos, críticos e participativos capazes de atuar com
competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem e na
qual esperam ver atendidas suas necessidades individuais, sociais, políticas e
econômicas.
“Há alguns anos, o Brasil ainda tinha um sistema de educação bastante
custo ineficaz, atormentado por pobre e desigual desempenho acadêmico.
Melhorias significativas foram alcançados nos últimos anos, mas o progresso
com respeito à qualidade da educação, tanto a nível primário e secundário é
lento. Hoje o Brasil gasta 4,3% do PIB em educação, mas os gastos por aluno
é baixo, dada a população jovem de inclinação, a grande quantidade de
recursos voltados para o ensino superior e alto gasto com as pensões do
professor. O sistema educacional sofre com a mais alta taxa de repetição na
América Latina e realização baixa escolaridade. Indivíduos com mais de 15
anos têm em média apenas 4,8 anos de escolaridade. A situação é pior para
os pobres, que tendem a entrar no sistema de tarde, sair mais cedo e repita
graus mais. Aos 15 anos, os jovens pobres tenham concluído a escolaridade
três anos menos do que os não-pobres. A qualidade da educação é uma
questão fundamental: Mais da metade dos 15 anos de idade, estudantes do
Brasil são analfabetos funcionais e cerca de 80% não conseguem executar
em níveis básicos de competência matemática. A situação é ainda pior,
considerando que estes testes não incluem aqueles que não estão
freqüentando a escola.
DO PARANÁ
No Paraná temos a taxa de analfabetismo das pessoas acima de 15
anos na faixa de 9,5%. Taxa de distorção idade séries Ensino Fundamental
séries iniciais-8,5% , Ensino Fundamental séries finais 23,7% e no Ensino
médio-33,6%. A taxa de Evasão no ensino Fundamental- séries iniciais 2,95,
Ensino Fundamental –5ª a 8ª série-8,3% e no Ensino Médio 8,0%. A taxa de
reprovação no Ensino Fundamental séries iniciais 12,5% , Ensino
Fundamental 5ª a 8ª séries, 17,9 % e no ensino Médio 23,4%. Total de alunos
de 5ª a 8 ª série do Ensino Fundamental no Estado 798.220, total de alunos
de 5ªa 8ª série na rede pública estadual 713.389. Total de alunos de Ensino
Médio no Estado 467.730; alunos da rede pública estadual 410.174.
Com princípios da política pública adotada e já amplamente divulgada
estão :a Educação como direito de todos/ cidadão, a valorização do professor
e de todos os profissionais da educação; o trabalho coletivo e a gestão
democrática em todos os níveis institucionais; e o atendimento ás diferenças
e a diversidade cultural.
“O Paraná é um dos estados brasileiros que aumentou seu
investimento na área nos últimos anos. A parcela de recursos para a
educação básica, por exemplo, cresceu de 21% para 25% do PIB estadual.
Um dos pontos avaliados para se chegar a uma educação de qualidade
é a taxa de analfabetismo. O Paraná tem um dos menores números de
analfabetos do país, mas algumas estimativas feitas anos atrás não foram
correspondidas.
A Agência de Notícias do governo do estado anunciava em 2007 que 4,88%
da população paranaense era analfabeta, número que demonstrava uma queda na
taxa em relação aos anos anteriores. A previsão na época era a de que em 2010 o
estado erradicaria o analfabetismo, feito inédito no Brasil. Contudo, dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2010 afirmam que a taxa
de analfabetos acima dos 15 anos no Paraná é de 6,7%.
Ao ser procurada, a Secretaria de Estado da Educação (SEED) declarou que
os dados oficiais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) Censo e Pnad são diferentes dos indicados pela notícia de 2007.
Independente de que números estejam corretos, o fato é que nos últimos
anos a taxa de analfabetismo está tecnicamente inalterada no estado do Paraná e
não erradicada, como se previa.
De acordo com Luciana Bronislawski, do Departamento de Educação Básica
da SEED, a taxa de analfabetismo teve um aumento de apenas 0,1% no período.
Fato que, se não mostra um avanço, não representa também um retrocesso. “Esse
pequeno aumento pode ter várias explicações, tais como aumento da população,
movimento migratório, dentre outros”, define.
O estado figura em boa posição no ranking do Índice de Desenvolvimento
da Educação Básica (Ideb). No último levantamento, referente a 2009, o Paraná
aparece em quarto lugar, atrás de Minas Gerais, Distrito Federal e São Paulo.
Analisando os gastos aluno/ano de cada estado, podese observar que o governo
paranaense gastou R$ 1.580,84 em 2009 e R$ 1.780,97 em 2011, ou seja, pouco
mais que o mínimo estipulado pelo índice.
Segundo o diretor do Colégio Estadual Hildebrando de Araújo, Osvaldo
Alves de Araújo, os oito anos de governo Requião trouxeram melhorias na
qualidade da educação pública paranaense. “A TV pendrive; o livro didático
público, que possibilitou que fugíssemos da máfia das editoras; o programa Paraná
Digital, todas essas foram ações que representaram um avanço valoroso em busca
de uma educação gratuita de qualidade”, comemora.
Porém, para o diretor, equipar os laboratórios das escolas com os mais
variados materiais é apenas parte da solução. “A contratação de técnicos para
gerenciar esses laboratórios é fundamental”, pondera Araújo.
Além do equipamento e dos laboratórios, o investimento equilibrado na
educação passa pela valorização das pessoas que trabalham no setor. Fora a
contratação de técnicos, o salário dos professores é uma questão chave na
qualidade do ensino.
Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná
(APPSindicato), Marlei Fernandes de Carvalho, o ponto fundamental da questão é
a equiparação salarial dos educadores em relação aos outros servidores estaduais
concursados e com ensino superior. A defasagem salarial, que já foi de 80% ao fim
do governo Lerner, hoje é de 25,97%.
A proposta mais recente do secretário de Educação, Flávio Arns, prevê um
parcelamento dessa equiparação em quatro anos, prosseguindose com a correção
baseada na inflação anual. “Lutamos não só pela equiparação, como pela
manutenção dessa correção com base na inflação, que é algo mínimo”, explica a
presidente.
Marlei argumenta que, além de beneficiar a população como um todo, o
investimento na educação representa uma melhora de vida para a maioria dos
servidores públicos paranaenses. “Quando o estado atende uma demanda da
Educação, ele atende a 64% dos servidores estaduais”, defende. “
DO MUNICÍPIO
O município conta atualmente com 223 professores que atendem a
4160 educandos distribuídos a 19 escolas e 4 centros de e Educação Infantil ,
compreendendo, 448 alunos de 0 a 5 anos nas modalidades de creche e pré-
escola, 589 alunos na Educação Infantil (6 anos) , 2955 nos anos iniciais de
1ª a 4ª série, 114 alunos na educação de jovens e adultos e 54 alunos na
Classe Especial.
Os dados do ano de 2010 o município nos mostram que 659 crianças
matriculadas nas 4 creches, 807 matrículas na pré escola, 6.718 de alunos
matriculados no Ensino Fundamental e 2006 no Ensino Médio
As escolas são constituídas de Direção e Equipe Pedagógica que
respondem respectivamente pela parte administrativa e assessoramento
pedagógico interno da escola. A Equipe Pedagógica que acompanha o
desenvolvimento do aluno, auxiliando o professor no trabalho paralelo de
orientação, recuperação de conteúdos e atividades diversificadas. O
município oferece também aos professores formação continuada e aos
alunos o projeto viagem de Estudo, a Informática Educacional, a Classe de
apoio e o trabalho da Equipe Multidisciplinar que tem seu trabalho voltado à
prevenção assumida com prioridade e em algumas práticas de orientação
com a finalidade de auxiliar, diagnosticar e encaminhar para atendimentos
específicos os discentes da rede pública municipal.
No ano de 2010, o município de Marechal Cândido Rondon, no oeste do
Estado, recebeu a Declaração de Território Livre do Analfabetismo. Esta é a
20ª cidade que recebe a declaração no Paraná.
Analisando Nossa Escola:
Como todos vivemos num mesmo país, num mesmo tempo histórico, é
provável que compartilhemos muitas noções gerais sobre o que é uma escola
de qualidade. A maioria das pessoas concorda com o fato de que uma escola
boa é aquela em que os alunos aprendem coisas essenciais para sua vida,
como ler e escrever, resolver problemas matemáticos, conviver com os
colegas, respeitar regras, trabalhar em grupo. Mas quem pode definir bem e
dar vida às orientações gerais da qualidade na escola, de acordo com os
contextos socioculturais locais, é a própria comunidade escolar. Não existe
um padrão ou uma receita única para uma escola de qualidade. Cada escola
deve ter autonomia para refletir, propor e agir na busca da qualidade da
educação.
Percebemos que os pais dos nossos alunos estão, na maioria,
satisfeitos com o atendimento educacional proporcionado a seus filhos. A
convivência cotidiana com os alunos indica o grau de satisfação com a
identidade escolar em relação aos gestores, professores, funcionários e
encaminhamentos metodológicos. Porém, nota-se o desagrado em relação ao
espaço físico. Este representa um indicador negativo em relação à qualidade
da nossa escola.
O espaço físico não é o mais apropriado para o funcionamento de uma
escola estadual, pois além de estar inserida num prédio cedido pela
Prefeitura Municipal onde não se pode fazer alterações nas estruturas
prediais, ainda compartilha esse espaço com uma escola municipal.
Desta forma, existe uma constante preocupação em relação à estrutura
física, a fim de possibilitar um atendimento de melhor qualidade possível.
Uma grande angústia é a falta de uma sala específica para a biblioteca.
Temos um acervo literário razoável, porém, deficiência em relação ao
atendimento ao público leitor, pois, a mesma funciona em um canto da sala
também ocupada pela direção e equipe pedagógica. Isso quer dizer que
quando a direção e/ou a orientação estão desenvolvendo suas atribuições, a
biblioteca deixa de funcionar e vice-versa.
Abordando ainda o aspecto físico a escola não está preparada para a
inclusão, pois não apresenta em sua estrutura vias de acesso para pessoas
com necessidades especiais, bem como banheiros adaptados e as salas de
aula com difícil acesso a pessoas com deficiência, especialmente física.
Conforme prevê a deliberação nº 02/03 – CEE, os alunos que
apresentam características diferenciadas (necessidades especiais) condições
sócio culturais e econômicas desfavoráveis, terão direito de receber apoio
para sua integração no contexto da escola regular. Este ponto de vista,
sinaliza a necessidade da revitalização dos PPP e das provisões de recursos
materiais humanos, técnicos, financeiros e tecnológicos ofertados pelo
Sistema de Ensino.
Temos que lembrar também, que a qualidade da escola aumentará a
partir da aprovação de leis que reduzam efetivamente o número de alunos
por sala de aula, proporcionando um atendimento individualizado, a
integração dos iguais e a exploração da diversidade existente entre os
mesmos.
Sabe-se que o planejamento e o plano de aula bem estruturados trarão
um melhor resultado pedagógico no processo de ensino-aprendizagem.
Portanto, seria interessante a redução da carga horária do professor em sala
de aula e o aumento da carga horária da hora atividade, podendo, desta
forma, atender esta meta educacional.
Em relação ao acesso e permanência na escola, compreende-se que a
dificuldade encontra-se no primeiro item, pois teríamos condições de atender
e receber um número mais expressivo de alunos, já que o bairro conta com
novos loteamentos e outros em planejamento, porém, voltamos ao aspecto
físico: não há mais salas disponíveis.
Na nossa escola ocorre muitas evasões, principalmente no período
noturno e sempre que acontecem, buscamos fazer levantamento dos
motivos e incentivamos o retorno, o que nem sempre acontece.
A gestão/direcionamento da Escola Monteiro Lobato dá-se de forma
democrática. Sempre que possível e necessário, busca-se o envolvimento de
toda comunidade escolar nas decisões, bem como, aceita-se e analisa-se as
opiniões, buscando um consenso que traga um resultado qualitativo e que
favoreça principalmente os alunos.
Na questão avaliativa, prioriza-se o acompanhamento da evolução do
aluno, incentivando-o e orientando-o durante todo o ano letivo, a fim de que
ele possa superar suas dificuldades e avançar no processo de ensino-
aprendizagem. Nesse aspecto, leva-se em conta a diversidade cultural, social
e econômica, não com a finalidade de distinção, mas o intuito de realizar
uma avaliação mais coerente.
Percebe-se que apesar dos esforços dos profissionais da educação há
um desinteresse por parte dos alunos e responsáveis em relação ao estudo.
A escola e os professores buscam constantemente práticas educativas
inovadoras e contato com os pais, informando-os acerca das dificuldades de
seus filhos (aprendizagem e disciplina), com objetivo de fortalecer o
acompanhamento do potencial do aluno.
Perfil da Comunidade Escolar
“Primeiro de tudo, a educação não é uma propriedade individual, mas
pertence por essência à comunidade. O caráter da comunidade imprime-se
em cada um dos seus membros e é no homem... fonte de toda a ação e de
todo o comportamento. Em nenhuma parte o influxo da comunidade nos seus
membros tem maior força que no esforço constante de educar, em
conformidade com o seu próprio sentir, cada nova geração” (BRANDÃO,
1995).
Os inúmeros problemas educacionais e o verdadeiro papel da educação
são motivos de ampla discussão na sociedade atual. Urge empreender um
esforço coletivo para vencer as barreiras (que não estão exclusivamente
dentro da escola) e entraves que inviabilizam a construção de uma escola
pública que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania e seja
instrumento real de transformação social, espaço em que se aprenda a
aprender, a conviver e a ser com e para os outros, contrapondo-se ao atual
modelo gerador de desigualdades e exclusão social que impera nas políticas
educacionais de inspiração neoliberal.
A sociedade contemporânea tem passado por expressivas
transformações de caráter social, político e econômico. Essas transformações
originam-se nos pressupostos neoliberais e na globalização da economia que
têm norteado as políticas governamentais.
Partindo do pressuposto de que o projeto político pedagógico é o fruto
da interação entre os objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade,
que estabelece, através da reflexão, as ações necessárias à construção de
uma nova realidade, precisamos fazer um trabalho que exige
comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo:
professores, equipe técnica, alunos, seus pais e a comunidade como um
todo.
Perfil dos Funcionários e Professores
No trabalho escolar, embora os alunos constituam o centro da
aprendizagem é de destacada importância o papel exercido pelos
professores e todos os envolvidos com o processo ensino-aprendizagem.
As mudanças que surgiram no ensino a partir do desenvolvimento
tecnológico a da consequente globalização, vem produzindo uma visível
alteração na forma de educar, o que incentiva os professores à busca
constante de formação e aprimoramento.
Os vinte e dois professores da Escola Estadual Monteiro Lobato são
profissionais habilitados ao nível de graduação, de acordo com a área de
atuação, sendo que destes, quinze são pós-graduados.
Quanto ao vínculo empregatício temos a seguinte organização: onze
professores do quadro próprio do magistério (QPM); um com aulas
extraordinárias (SCO2); onze são contratados (REPR).
Em relação ao quadro administrativo e pedagógico a escola contempla
na direção um professor com formação superior, possuindo vínculo
empregatício QPM, atuando 40 horas semanais;
Na Equipe Pedagógica: uma professora com formação superior e pós-
graduada possuindo vínculo empregatício QPM, atuando 20 horas semanais
no período noturno e outra professora também com formação superior e pós-
graduada, com 20 horas semanais extraordinárias atuando no período
matutino, bem como uma pedagoga REPR acompanhando o Programa Mais
Educação no período vespertino.
Na Secretaria: uma secretária com formação no Ensino Médio, com
vínculo empregatício QPPE, atuando 40 horas semanais. E três técnicos
administrativos, QPPE;
Nos serviços gerais a Escola conta com quatro funcionárias, vínculo
empregatício efetivo (QPPE) com 40 horas semanais, no estabelecimento.
Perfil da Comunidade.
A pesquisa realizada para a coleta de dados sobre a realidade
vivenciada por cada família dos alunos também pretende mostrar como a
construção de um projeto político-pedagógico pode contribuir para
estabelecer novos paradigmas de gestão e de práticas pedagógicas que
levem a instituição escolar a transgredir a chamada "educação tradicional",
cujo conteudismo de inspiração positivista está longe de corresponder às
necessidades e aos anseios de todos os que participam do cotidiano escolar.
Essa prática não só levanta dados estatísticos da comunidade como um todo,
como também percebe cada indivíduo dentro do coletivo, respeitando a
história de cada ser.
Dos cento e trinta e seis alunos devidamente matriculados no período
matutino da Escola, cinquenta e nove responderam ao questionário sócio-
econômico onde constatou-se que a maioria dos alunos da Escola mora na
área urbana e uma pequena parte na área rural.
Percebe-se pelo gráfico 1, que a maior distância percorrida por alunos
é de 2.000 a 2.500 metros até a escola, isso porque são alunos da área rural,
e portanto, somente 3 alunos utilizam o transporte escolar. O
georreferenciamento contribui para que os alunos estudem na escola
próxima a sua casa, evitando longos percursos, trazendo maior segurança
aos alunos e familiares.
Gráfico 1: Distância até a escola
Quanto à habitação (gráfico 2) 44 possuem casa própria, e 11 pagam
aluguel, emprestada 2 e financiada 1.
Gráfico 2: Habitação
Questionados sobre com quem residem (gráfico 3), a maioria, 35 dos
entrevistados ,responderam morar com os pais, 9 com a mãe e o padrasto, e
7 com a mãe.
em branco 100m a 300m 400m a 600m 800m a 1.500m 2.00m a 2.500m 5 m a 50m
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
9
1718
10
23
PRÓPRIA ALUGADA EMPRESTADA FINANCIADA EM BRANCO
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
5044
11
2 1 1
Gráfico 3: Família
Quanto ao número de pessoas que compõe cada família (gráfico 4)
constatou-se que dos 49 alunos que responderam a questão, os seguintes
índices: 19 das famílias são compostas por 4 integrantes, 14 das famílias são
compostas por 3 integrantes, 11 das famílias são compostas por 5
integrantes, 7 das famílias são compostas por 6 integrantes, 3 famílias são
compostas por 7 integrantes, 2 famílias são compostas por 9 integrantes e 3
famílias são compostas por 2 integrantes.
Gráfico 4: Composição familiar
Quanto ao número de filhos (gráfico 5) constatou-se que em 27 dos
casos há 2 filhos na família, em 14 há 1 filho na família, em 11 há 3 filhos na
família, e em 2 casos há 6 filhos na família. Percebendo-se que as famílias
cada vez estão menores, devido a fatores fatores: trabalho da mulher,
questões econômicas, etc.
2 pessoas 3 pessoas 4 pessoas 5 pessoas 6 pessoas 7 pessoas 9 pessoas
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
3
14
19
11
7
32
Gráfico 5: Número de filhos
Com relação à religião das respectivas famílias (gráfico 6) constatou-se
que 31 das famílias são Católicas, 24 são Evangélicos (Lutheranos,
Congregacional, Adventistas e Testemunha de Jeová), sendo que 49 são
praticantes , 2 não, e 8 não responderam a questão.
Gráfico 6 – Religião
Referente a quantas pessoas trabalham em cada família (gráfico 7),
constatou-se que em 32 famílias pelo menos 2 pessoas trabalham, em 12
famílias uma pessoa trabalha e mantém a casa, e em 9 famílias 3 pessoas
trabalham, sendo que a maioria das mães trabalham como zeladora e
doméstica (25), e as outras nas mais variadas profissões ( lavadeira,
costureira, balconista, manicure, serviços gerais, embaladeira, professora,
auxiliar de inspeção, manicure, agente educacional, balconista, comerciante,
operadora de caixa), sendo que 7 permanecem em casa fazendo as
atividades domésticas. Quanto aos pais, 7 trabalham como motoristas, 5 em
serviços gerais, 4 como pedreiros, 6 não responderam, e os outros nas mais
variadas profissões (mecânico, eletricista, auxiliar de produção, encarregado,
gráfico, porteiro, operador de máquina, operador de caldeira, comerciante,
1 filho 2 fi lhos 3 fi lhos 4 fi lhos 6 fi lhos EM BRANCO
0
5
10
15
20
25
30
14
27
11
32 2
CATÓLICA EVANGÉLICA EM BRANCO
0
5
10
15
20
25
30
35 31
24
4
autônomo, bombeiro, frentista, servente, entregador de bebidas, marceneiro,
operador de equipamentos e auxiliar de lavanderia).
Gráfico 7: Emprego
Quanto à escolaridade do pai (gráfico 8), percebe-se que a maioria
possui Ensino Fundamental incompleto e completo, sendo que nem um é
analfabeto.
Gráfico 8: Escolaridade do pai
Quanto a escolaridade da mãe (gráfico 9), 18 possuem o Ensino
Fundamental incompleto e 18 completaram o Ensino Médio enquanto que
dos pais somente 10 possuem o Ensino Médio completo.
1 pessoa 2 pessoas 3 pessoas 5 pessoas 4 pessoas em branco
0
5
10
15
20
25
30
35
12
32
9
2 2 2
EM BRANCO 1ª a 4ª FUND.INC. FUND.COMP. MÉD.IN. MED.COM. ALFABETIZADO
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
8
4
16
14
6
10
1
Gráfico 9: Escolaridade da Mãe
Com relação à renda familiar (gráfico 10) 19 famílias vivem com até 3
salários mínimos, 14 com até 4 salários mínimos, 11 com até 5 salários
mínimos, 9 com até 2 salários mínimos e 3 com 1 salário mínimo. Sendo que
dessas famílias 5 recebem Pensão Alimentícia, 3 recebem Bolsa Família, 2
Pensão do INSS, e uma ajuda do governo do Programa do Leite.
Gráfico 10: Renda familiar
Com relação aos bens (gráfico 11), constatou-se que 41 famílias
possuem imóveis, 33 tem carro e 19 tem moto.
Gráfico 11: Bens materiais
EM BRANCO 1ª a 4ª FUND.INC. FUND.COMP. MÉD.IN. MED.COM. SUP.INC. SUP.COM.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
4 4
18
8
6
18
1 1
1 SAL. MIN. ATÉ 2 ATÉ 3 ATÉ 4 ATÉ 5
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
3
9
19
14
11
IMÓVEIS CARRO MOTO
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45 41
33
19
Quanto aos eletrodomésticos e eletroeletrônicos (gráfico 12) que as
famílias possuem, foi constatado que somente 1 respondeu não ter celular, e
3 deixaram em branco o restante possui celular, alguns até 3 ou 4; quanto a
televisão 4 não responderam, os outros 55 possuem tv em casa, alguns até
3. Computador, 25 responderam ter em casa, mas somente 13 estão
conectados à internet.
Gráfico 12: Eletrônicos
Com relação às atividades praticadas pela família (gráfico 13) os pais
posicionaram-se da seguinte forma: 27 preferem passeios na casa de amigos
e familiares, 6 pescar e 5 irem em pizzaria.
Gráfico 13: Lazer
Quanto ao meio que a família mais utiliza para manter-se informado
sobre os acontecimentos atuais, em primeiro lugar destacou-se a televisão,
em segundo lugar ficou a opção do rádio, terceiro lugar jornais e quarto e
último lugar revistas.
COMP. REV. INT. TV PARAB. CEL.
0
10
20
30
40
50
60
25
2
13
55
34
55
EM BRANCO PASSEIOS
CHURRASCOVIAJAR,PRAIA
FESTASASSOC.
PIZZARIAPESCAR
TVNENHUM
0
5
10
15
20
25
30
9
27
3 3
12
56
21
As famílias foram questionadas sobre possíveis problemas que possam
ter e que estejam demandando gastos extras, sendo que 25 famílias
responderam que sim, 11 que não e 23 não responderam. Dessas 25
famílias, 11 citarem gastos extras com doenças na família, 4 com dívidas e o
restante com (pagamento de funeral , filho autista ( apresenta crises e
necessita de atendimento especializado e medicação não fornecido pela
farmácia básica) e mecânica do carro). Questionados se alguém da família
apresenta problemas com alcoolismo e drogadição, 5 responderam
afirmativamente , 48 que não e 6 deixaram em branco. Quanto a medidas
sócio educativas, 49 responderam que não tiveram casos na família, 7 não
responderam e 3 disseram ter familiares que já pagaram medidas sócio
educativas por infrações cometidas.
Nesse sentido, o projeto político-pedagógico é o fruto da interação
entre os objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade, que
estabelece, através da reflexão, as ações necessárias à construção de uma
nova realidade. O trabalho na escola exige necessariamente
comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo:
professores, equipe técnica, alunos, seus pais e a comunidade como um
todo. Para isso, precisa-se saber qual é a realidade vivida (determinações
sócio/econômicas/histórico/culturais) de cada grupo específico.
Foram enviados questionários para os pais dos alunos do noturno, sendo que
somente 5 retornaram.
Percebe-se a ausência dos pais na educação formal dos filhos no período
noturno. Muitos alunos dizem abertamente que somente estão estudando
pois são obrigados por lei, ou estão cumprindo ordem judicial.
Os problemas noturnos são muitos, partindo pela dificuldade que os
professores tem em dar andamento e continuidade ao processo ensino-
aprendizagem, uma vez que a maioria dos alunos são faltosos.
Por ser a única escola que oferta 6ª a 8ª série no período noturno, os alunos
se deslocam de grandes distâncias para chegarem à escola.
Devido a esses e vários outros fatores a escola apresenta um baixo índice do
Ideb, o que a coloca entre as escolas do Programa Superação.
RESULTADOS EDUCACIONAIS DA ESCOLA
Em análise coletiva sobre os resultados apresentados pela Escola Estadual Monteiro Lobato, em 2009, chegouse a conclusão que houveram avanços positivos, pois o IDEB/ meta projetada era de 3,2 e a escola atingiu 3,6, aproximandose da média Nacional de 3,7 atingida no ano de 2009.
A Escola em 2010 foi contemplada pelo Programa Superação e agora no ano de 2011 incorporouse à mesma o Programa Mais Educação, sendo a única escola no Município de Marechal Cândido Rondon Contemplada, iniciando um processo de implantação da escola em tempo integral.
Percebese que houve a diminuição da evasão escolar, porém ainda acontece, principalmente no período noturno, onde a escola atende alunos do ensino fundamental séries finais (7ª e 8ª séries).
A Escola Estadual Monteiro Lobato é a única escola que atende o ensino fundamental, séries finais no período noturno, privilegiando alunos com distorção idade/série, trabalhadores da comunidade rondonense.
O índice de evasão vem apresentando queda devido as mais diferentes estratégias para revertêla, desde encaminhamento de FICA à conscientização da importância do estudo institucionalizado.
Em relação às taxas de reprovação, percebese, que os resultados obtidos pela escola, em 2010, que as 5ª e 6ª séries apresentaram maior índice de reprovação, prevalecem as disciplinas de Português, Geografia, e História.
Destacouse, nesta análise, as dificuldades apresentadas pelos alunos ingressantes no ensino fundamental séries finais, no processo de interpretação e raciocínio lógico, agravados pelas lacunas no desenvolvimento de aprendizagem da leitura e escrita, verdadeiros analfabetos funcionais. Decifram códigos linguísticos, porém não conseguem realizar análises/ sínteses/ resenhas dos conteúdos elencados por estes códigos.
O ser humano nasceu pronto para aprender, para superarse, com ânsia por conhecer, ultrapassar barreiras e quebrar paradigmas, pois por natureza é dialético e transformador. Então por que será que a escola não atrai?
Precisase resgatar a escola como instituição, ampliar suas possibilidades e abrangências, desmistificando aquela escola pragmática e estática que por muitos anos prevaleceu.
Estes são encaminhamentos e ações que devem prevalecer e serem registrados nos principais documentos que regem o funcionamento da Escola: o Projeto Político Pedagógico, Proposta Curricular e Planos de trabalho Docentes, e a partir daí, fazer cumprílos com comprometimento profissional.
V – FUNDAMENTAÇÃO
Sociedade
Desde criança percebemos que as pessoas com as quais convivemos
todos os dias formam um grupo especial denominado família. Observando o
mundo ao redor, percebemos que as pessoas só vivem em grupos,
estudando a evolução da humanidade. Os pesquisadores concluíram que o
homem sempre viveu assim, desde que apareceu na Terra.
Por mais que consigamos recuar no tempo, veremos os homens
vivendo em grupos, reunidos à beira do fogo, abrigando-se em cavernas,
caçando ou vagando em bandos de um lugar para outro. Inúmeras pesquisas
demonstram que viver em sociedade faz parte da natureza humana.
Verificando em livros, rádio, televisão, Internet e outros meios de
comunicação, ficamos sabendo que em outras regiões do planeta Terra
vivem pessoas de aparência e costumes diferentes dos nossos. Mas, embora
diferentes em muitas coisas, também vivem em sociedades como nós.
A sociedade existe para que o homem possa:
− sobreviver e fazer adulto, pois é fraco e indefeso e morre facilmente, se
não for protegido e se não receber cuidado;
− satisfazer suas necessidades, pois, mesmo depois de adulto, depende dos
outros para alimentar-se, vestir-se, abrigar-se, para promover suas
necessidades espirituais, afetivas e tantas outras para viver
adequadamente, enfim;
− aprender a viver como gente, pois estudos e casos verídicos, como o do
menino lobo na Índia, comprovam que a vida em sociedade é fundamental
para que se adquiram certas características humanas, sem as quais não
se comportará como ser humano que é;
− compartilhar a evolução humana, pois todo progresso humano parece só
ser possível com a vida em sociedade. A história já mostrou que o convívio
em sociedade possibilitou num processo coletivo muitos avanços e
aperfeiçoamentos.
Porém, atualmente nossa sociedade está marcada por práticas sociais
excedentes e por uma educação dominante, que controla os indivíduos. Esta
sociedade contemporânea tem passado por expressivas transformações de
caráter social, político e econômico, sendo originadas nos pressupostos
neoliberais e na globalização da economia que tem norteado as políticas
governamentais.
Busca-se, através da educação uma formação que leve em
consideração a capacidade do indivíduo tornar-se autônomo-intelectual e
moral, e que seja capaz de interpretar as condições históricas/culturais da
sociedade em que vive de forma crítica e reflexiva, impondo as suas próprias
ações, deixando, desta forma, de ser um indivíduo manipulado e controlado.
Mundo
Partir-se-a da concepção da existência de vários mundos. Dessa forma
citaremos os principais:
-mundo familiar;
-mundo escolar;
-mundo do trabalho;
-mundo religioso;
-mundo comunitário;
-mundo político/econômico /comunicações
Assim, tem-se esses exemplos citados, inclusos num mundo maior,
globalizado e integrado e é claro que “nunca” iremos poder citar todas as
formas de mundo, seria impossível. Mas procuraremos trabalhar com o
enunciado anterior que julgamos ser os mais importantes e próximos do que
vivenciamos.
Mundo familiar
Todo mundo tem família e ela é a mais velha instituição da sociedade.
Mas, se formos examinar nossa história, veremos que, diferentemente de
uma família ideal, congelada em padrões, tivemos, em nosso passado,
famílias, no plural. E que diferentes tipos se constituíram, ao sabor de
conjunturas econômicas ou culturais.
Inúmeras são as influências do ambiente social para a formação da
personalidade humana. Inegavelmente, a família é a mais importante de
todas. É ela que proporciona as recompensas e punições, por cujo intermédio
são adquiridas as principais respostas para os primeiros obstáculos da vida. É
instituto no qual a pessoa humana encontra amparo irrestrito, fonte da sua
própria felicidade.
Os membros integrantes da família (pais, irmãos, avós etc) moldam o
ser humano, contribuindo para a formação do futuro adulto. Não foi por
acaso que um dos maiores nomes da literatura brasileira, Machado de Assis,
já afirmara que "o menino é pai do homem".
O grupo familiar tem sua função social e é determinado por
necessidades sociais. Ele deve garantir o provimento das crianças, para que
elas, na idade adulta, exerçam atividades produtivas para a própria
sociedade, e deve educá-las, para que elas tenham uma moral e valores
compatíveis com a cultura em que vivem . Tanto assim que a organização
familiar muda no decorrer da história do homem, é alterada em função das
mudanças sociais .
Nesse sentido, entende-se que a família não é apenas uma instituição
de origem biológica, mas, sobretudo, um organismo com nítidos caracteres
culturais e sociais.
Trata-se, em verdade, da celula mater da sociedade, do seu núcleo
inicial, básico e regular. É um microssistema social, onde os valores de uma
época são reproduzidos de modo a garantir a adequada formação do
indivíduo.
O papel do pai (gênero) moderno não se limita apenas ao simples
pagamento dos gastos da sua prole ao final do mês. É inegável que o
pagamento das diversas despesas é indispensável à sobrevivência dos
menores, mas ele não é a única função dos pais, sequer a mais importante,
até porque poderia ser facilmente preenchida por um orfanato ou outra
instituição de caridade qualquer, talvez até com maior eficiência.
É o acompanhamento psicológico, educacional e mesmo espiritual, o
diálogo exercitado cotidianamente, a transferência de maturidade e de lições
de vida, a participação efetiva na escolha do colégio, do esporte, da
academia de balé, é estar sempre se renovando e se conhecendo para
acompanhar as gradativas mudanças dos filhos, enfim, é preparar um ser
humano intelectualmente equilibrado e certo dos seus valores para a vida
em sociedade que define o verdadeiro papel do pai contemporâneo.
Os filhos, de outro lado, ganharam o espaço necessário à participação
no processo educacional: saíram da condição de meros objetos deste
processo para alcançarem o status de sujeitos com direito à voz naquilo que
lhes interessava diretamente. Dessa forma, os filhos deixaram de ser simples
repetidores de ordens dos seus pais, o que aumentou em muito o contato
(verdadeiro) entre eles.
A família deixou de ser um instituto fechado e individualista para ser
definida modernamente como uma comunidade de afeto e entreajuda, local
propício à realização da dignidade da pessoa humana e, por isso mesmo,
caracterizada como um ente voltado para o próprio homem, plural como ele
mesmo é, democrática, aberta, multifacetária, não discriminatória, natural e
verdadeira.
É neste contexto que se inicia o mundo de todos nós, na falta deste,
poderá trazer consequências as quais limitarão ou deixará sequelas para a
inclusão nos mundos posteriores.
A presença e o apoio dos pais na educação de seus filhos é primordial
para a formação intelectual e social da criança. Esta por sua vez, sentindo –
se amada e valorizada, mas também aprendendo limites, terá grandes
chances de engajar –se com sucesso nos demais mundos.
Mundo escolar
Aqui inicia–se o lançamento da criança para a convivência e
aprendizagem. Descobrir um mundo novo para muitos é um desafio, o qual
deverá ser vencida com paciência, dedicação, vontade de aprender e por que
não dizer ‘crescer '. é claro que muitos alunos vão à escola com medo, fato
este que tem a consequência da superproteção dos pais, deixando–o
inseguro. O mundo escola é amplo, deve ser democrático, preparar o aluno
não apenas para o mercado de trabalho, mas também para a vida.
A assimilação de conceitos não-espontâneos torna-se predominante na
adolescência e em indivíduos que passam pelo processo de escolarização.
Essa assimilação permite relacionar os atributos do novo conceito em sua
estrutura cognitiva, de modo distanciado da percepção imediata do objeto ou
fenômeno.
O papel do professor na facilitação da Aprendizagem Significativa de
conceitos é imprescindível, pois é ele o agente que deve atuar como
organizador prévio na criação de possibilidades de aprendizagem do aluno, e
que, segundo Moreira (1999, p. 162) envolve quatro tarefas fundamentais:
- Identificar os princípios unificadores, inclusivos, mais gerais, que possam
construir a ponte entre os conhecimentos prévios e o conhecimento escolar.
- Identificar quais os subsunsores relevantes à aprendizagem do conteúdo a
ser ensinado, que o aluno deveria ter em sua estrutura cognitiva.
- Diagnosticar aquilo que o aluno já sabe.
- Auxiliar o aluno a assimilar a estrutura da matéria de ensino e organizar sua
própria estrutura cognitiva, nesta área do conhecimento, por meio da
aquisição de significados claros, estáveis e transferíveis. E sendo assim, é
preciso considerar a estrutura conceitual e estrutura cognitiva do aluno no
início da instrução e tomar as providências adequadas se a estrutura
cognitiva do aluno não for adequada.
Segundo Pozo (1998), a assimilação é o processo pelo qual o sujeito
interpreta as informações que provém do meio, em função de seus
esquemas ou estruturas conceituais disponíveis, possibilitando, desta forma,
aquilo que Piaget conceitua como " integração de elementos exteriores e
estruturas em evolução ou já acabadas no organismo" (Pozo, 1998 p. 178) e
este processo requer do aluno o enfrentamento de desafios e problemas.
Dessa forma, a acomodação pressupõe não somente uma modificação
dos esquemas prévios em função da informação assimilada, mas também
uma nova assimilação, ou reinterpretação dos dados ou conhecimentos
anteriores em função dos novos esquemas construídos. Os processos de
assimilação e acomodação são indissociáveis no processo de aquisição de
conhecimento (POZO, 1998).
Mundo do trabalho
Entre as grandes transformações resultantes do advento da sociedade
informacional, temos a reconceitualização do trabalho humano. Desde a
Grécia Antiga, passando pela Idade Média, na visão dos protestantes, dos
economistas clássicos ou no entendimento crítico de Hegel e Marx, o
conceito/entendimento de trabalho tem sofrido profundas alterações, as
quais expressam as mudanças econômicas e as formas de produção próprias
de cada contexto. Tomando-se como base a concepção fordista-taylorista
responsável pela organização científica do trabalho, temos a característica
que mais contrasta com a forma atual de conceber o trabalho, ou seja, a
desvalorização do conhecimento e do saber desenvolvido com a formação e
a experiência. De acordo com Gramsci, "a qualificação (aqui) é medida a
partir do desinteresse do trabalhador, da sua "mecanização"; esta concepção
reduzia as operações produtivas apenas ao aspecto físico maquinal, negando
a participação ativa da inteligência, da fantasia e da iniciativa do trabalhador.
Neste paradigma, o controle, a prescrição e a limitação dos
movimentos, praticamente anulavam a importância do "saber-fazer" dos
trabalhadores, ignorando com isso a capacidade que os mesmos possuíam
no sentido de aperfeiçoar os sistemas técnico-organizacionais. Sobre isto, o
exemplo dos amanuenses dado por Gramsci para ilustrar essa situação sobre
o taylorismo e a mecanização do trabalhador, é bastante interessante.
Segundo ele, para os amanuenses a adaptação à mecanização seria bem
mais difícil do que para outro trabalhador, pois os mesmos teriam que
ignorar ou não refletir sobre o conteúdo intelectual do texto que estavam
reproduzindo para evitar que interferissem e modificassem o texto.
Porém, a nova organização flexível do trabalho coloca em questão
esses pressupostos tradicionais. Na era das novas tecnologias de
comunicação e informação, o conteúdo qualitativo do trabalho passa a ser
privilegiado, transformando-se, assim, sua concepção. O trabalho passa a ser
uma série de aplicações de conhecimentos, onde os indivíduos voltam suas
capacidades para a programação e o controle, e isto traz como exigência se
pensar a formação dos indivíduos para o trabalho com base em pressupostos
pós-fordistas, sob os quais novas habilidades estão sendo demandadas.
Temos hoje um aumento das exigências de aptidões para o trabalho,
considerando-se uma base de conhecimentos mais amplos, exigência de
capacidade para resolução de problemas, exigência para tomada de decisões
autônomas, capacidade de abstração e comunicação escrita e verbal.
Somando-se a isto, o trabalhador deve ser polivalente, e com maior nível de
escolaridade. Polivalente no sentido de multiqualificado, isto é, aquele que é
capaz de desenvolver e incorporar diferentes APRENDIZAGENS ,
CONHECIMENTOS e repertórios profissionais.
Desta forma, a partir dos conhecimentos aprendidos na escola e na
família, o indivíduo busca inserir-se no mercado de trabalho.
Saber respeitar os colegas de trabalho e seus superiores, desenvolver
as atividades de forma criativa, com precisão e êxito, são consequência
daquilo que a pessoa aprende nos mundos “anteriores”.
Um fator primordial para o sucesso do trabalhador é o trabalho em
grupo. Sem ele nada funciona ou não funciona como deveria.
O mundo do trabalho busca funcionários criativos, de boa convivência
social, dinâmicos e polivalentes.
Mundo religioso
O direito de liberdade de consciência e de crença deve ser exercido
concomitantemente com o pleno exercício da cidadania.
Qualquer tentativa no sentido de pressionar o poder público na
elaboração de leis civis que tenham em conta o dever ou a obrigação de
santificar qualquer dia com o "Dia do Senhor", representa um retrocesso
histórico inaceitável e um atentado contra o direito de liberdade religiosa.
A lei a todos obriga, sejam cristãos, muçulmanos, judeus, católicos,
protestantes, hindus, budistas, etc., tenham eles religião ou não.
A utilização geral de uma lei pelo Poder Público para impor à todos os
cidadãos determinados valores religiosos e doutrinários, ligando a Religião ao
Estado, é a principal fonte de intolerância religiosa ao longo da história.
A Organização das Nações Unidas – ONU -, na sua célebre
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, assim dispôs:
"ARTIGO 18. Todo homem tem direito à liberdade de pensamento,
consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou
crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela
prática, pelo culto e pela observância isolada ou coletivamente, em público
ou em particular".
Para tornar esse dispositivo ainda mais claro, a mesma Organização
das Nações Unidas – ONU, fez editar a DECLARAÇÃO SOBRE A ELIMINAÇÃO
DE TODAS AS FORMAS DE INTOLERÂNCIA E DISCRIMINAÇÃO BASEADAS EM
RELIGIÃO OU CRENÇA (Resolução n.º 36/55). Desse documento extraímos os
seguintes trechos:
"Art. 1º. Ninguém será sujeito à coerção por parte de qualquer Estado,
instituição, grupo de pessoas ou pessoas que debilitem sua liberdade de
religião ou crença de sua livre escolha".
Neste sentido também é a Convenção Americana sobre Direitos
Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), ingressa no sistema pátrio nos
termos do Decreto n.º 678, de 06 de novembro de 1992, cujo art. 12, alínea
2, explicita:
"Artigo 12. Liberdade de Consciência e de Religião
Ninguém pode ser objeto de medidas restritivas que possam limitar
sua liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de
religião ou de crenças.".
Garante, ainda, o artigo 26 do Pacto dos Direitos Civis e Políticos:
"Artigo 26. Todas as pessoas são iguais perante a lei e têm direito, sem
discriminação alguma, a igual proteção da lei. A este respeito, deverá proibir
qualquer forma de discriminação e garantir a todas as pessoas proteção igual
e eficaz contra qualquer discriminação por motivo de raça, cor, sexo, língua,
religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social,
situação econômica, nascimento ou qualquer opinião.".
Ajuda na reflexão e espiritualidade, ajuda na convivência da família,
escola e trabalho.
Acreditar num ser maior e poderoso ou em forças “extramundo” pode
fixar um diferencial numa situação difícil de resolver.
Muitas vezes recorremos às religiões para tomarmos decisões
importantes em nossas vidas.
Mundo Comunitário
Na literatura do desenvolvimento comunitário o conceito de
comunidade é ambíguo, muito pela quantidade de definições utilizadas para
a definir. É frequente ouvirmos ou lermos o termo aplicado para designar
pequenos agregados rurais (aldeias, freguesias) ou urbanos (quarteirões,
bairros), mas também a grupos profissionais (comunidade médica,
comunidade cientifica), a organizações (comunidade escolar), ou a sistemas
mais complexos como países (comunidade nacional), ou mesmo o mundo
visto como um todo (comunidade internacional ou mundial).
Nas ciências sociais estão identificados alguns tipos de comunidades.
Existe uma distinção entre duas formas de usar o termo comunidade. A
primeira, prende-se com a noção territorial ou geográfica. Neste sentido,
comunidade pode ser entendida como uma cidade, uma região, um pais, um
bairro, o prédio, ou a vizinhança. O Sentimento de Comunidade implica um
sentimento de pertença com uma área particular, ou com uma estrutura
social dentro dessa área. A segunda, tem um carácter relacional, que diz
respeito à rede social e à qualidade das relações humanas dentro da
localização de referência .
Para que exista uma comunidade é necessário que os seus membros
possuam um sentimento de consciência partilhada de uma forma de vida,
com referências comuns, um grupo de pessoas com os quais interage e que
através destas relações, proporciona uma sensação de estimulação e de
acolhimento. O sentimento de pertença ao tecido social, com fortes laços,
supõe por um lado a obtenção de apoio social e por outro a disposição de
recursos com os quais pode minimizar os efeitos de situações de stress ao
longo das suas vidas.
A abordagem ideal a uma comunidade será o de realçar e incentivar as
capacidades e qualidades dos indivíduos em vez de sobre-enfatizar os
défices dos indivíduos ou da própria comunidade. Caso esta atitude não seja
tomada, os sistemas sociais que se criam retiram a possibilidade dos
sistemas naturais, como a vizinhança, as associações locais e os recursos já
existentes na comunidade desempenharem um papel relevante na resolução
dos problemas existentes.
O mundo comunitário consiste no envolvimento da sociedade como um
todo: escola, família, trabalho e lazer.
O Mundo Político, Econômico e Globalizado.
Podemos comparar o mundo político globalizado com uma pequena
comunidade qualquer.
O contexto seria praticamente o mesmo: diferenças exorbitantes de
renda per capita, má distribuição da renda, pluralidade religiosa e étnica,
diferentes tipos de graus de instrução, competição, desemprego, luta das
pessoas para sobreviver.
O fator que diferencia o mundo de uma pequena comunidade é apenas
a “amplitude”.
É a interligação do mundo. No século XX, surgiram novas tecnologias,
como a internet que permite a troca rápida de informações entre pessoas de
todas as partes do planeta. O que acontece na globalização é a invasão de
mercadorias, serviços, tecnologias, pessoas, etc., de várias partes do mundo
em diversos lugares e vice e versa.
A expressão "globalização" tem sido utilizada mais recentemente num
sentido marcadamente ideológico, no qual assiste-se no mundo inteiro a um
processo de integração econômica sob a égide do neoliberalismo,
caraterizado pelo predomínio dos interesses financeiros, pela
desregulamentação dos mercados, pelas privatizações das empresas
estatais, e pelo abandono do estado de bem-estar social. Esta é uma das
razões dos críticos acusarem-na, a globalização, de ser responsável pela
intensificação da exclusão social (com o aumento do número de pobres e de
desempregados) e de provocar crises econômicas sucessivas, arruinando
milhares de poupadores e de pequenos empreendimentos.
Não é possível entender a sociedade humana sem as dimensões da
política. Pois, todas as ações dos indivíduos são orientadas por ela,
consciente ou inconsciente. O pensar a política está ligada a condição
antropológica do homem. Eles racionalmente dão configuração as idéias que
vão servir de referencial p-ara o processo histórico. E os que não se inserem
ou se ocupam de fazer isto, serão comandados por quem pensa e faz valer
suas concepções e princípios, através das relações de poder.
Viver politicamente é reconhecer-se como sujeito histórico, ter
consciência que a história é feita por homens e mulheres no processo de
viver em sociedade. São formas de perceber e sentir o mundo, formas de
relações com o tempo, proporcionar associação de ideias e recria-las de
acordo com a pertinência da época, para dar conta das demandas
prementes. Ver o mundo pelo viés político é fundamentar ideias que indicam
procedimentos, solidificar entendimentos complexos e melhorar a
compreensão das pessoas sobre seu lugar no contexto da globalização.
Neste sentido, o homem consciente de sua característica política
estabelece vínculos entre suas ideias e as que fazem parte da visão
dominante no seu tempo. Tem entendimento que há grupos que procuram
manter as estruturas e os processos sociais, culturais e econômicos e outros
que desejam e lutam para transformá-los.
O Homem
“O que é o Homem?”
A dificuldade ou mesmo a impossibilidade de se elaborarem respostas
definidas sobre a natureza humana, longe de ser um dado negativo, é o que
impulsiona os educadores a elucidarem as diversas questões acerca da
essência do homem.
Podemos conceituar o homem como um ser material. Significa dizer
que possui um corpo, ou seja, é matéria viva complemente organizada e,
como tal, sujeito às mesmas leis que governam outras matérias. Possui
mobilidade e possibilidade de se aperfeiçoar até certo ponto. É dotado de
instintos e impulsos relativos a sua vida não consciente. Como ser material e
corpóreo é determinado pelo meio físico e cultural em que vive.
Como todo o ser vivo, o homem age sobre a natureza com a finalidade
de sobreviver como espécie. No entanto, enquanto nos outros animais a
atuação sobre a natureza é resultado de um código genético,
cronologicamente determinado para cada espécie, no homem ela ocorre de
forma intencional e planejada, ou seja, o homem tem consciência de que
está transformando a natureza para adaptá-la as suas necessidades. Nesse
sentido ele difere dos demais seres vivos porque possui vida própria,
consciente, auto determinada e auto determinante.
Outra forma de ver o homem é com um ser racional. A posse e o uso da
razão caracterizam o homem distinguindo-se dos outros animais. É capaz de
refletir, emitir Juízos, dominar e modificar a natureza por meio de suas
conquistas tecnocientíficas bem como elaborar conceitos e ideias. É dotado
de um poder de conhecimento ilimitado: compreende a si mesmo e as coisas
que o cercam o que lhe permita alterar consciente e intencionalmente as
circunstâncias do meio em que vive.
Este homem racional se indaga acerca dos valores morais, sociais,
políticos, culturais que cultiva. Como ser racional busca seus fins a partir de
seus valores: torna-se efetivamente humano, isto é, torna-se pessoa.
O pensamento e a inteligência permitem ao homem resgatar o passado
para melhor compreender o presente e planejar o futuro de forma mais
adequada e promissora. Como ser inventivo e criativo que é, essa
apropriação do passado não se faz de maneira predeterminada e repetitiva.
Os conhecimentos são constantemente renovados, o que permite e garante o
avanço e o progresso de cada geração em relação a seus antepassados.
O homem deve também ser visto como um ser psíquico. O ser humano,
dotado de uma personalidade exclusiva, necessita de afeto, compreensão,
aceitação, auto-estima e auto-respeito. Ao mesmo tempo, nutre diferentes
sentimentos pelos demais indivíduos e pelas coisas que fazem parte do seu
estar no mundo. O sentimento é um dos elementos integrantes da estrutura
humana e faz o homem ter aspirações, desejos e necessidades.
Este homem destaca-se como um ser social e político. O indivíduo não
existe como ser humano fora do convívio social. A coexistência e a
cooperação entre os indivíduos e grupos são necessárias para a constituição
e desenvolvimento das diferentes instituições sociais e políticas que, por sua
vez, garantem o bem-estar individual e coletivo.
A sociabilidade é inerente ao ser humano e garante a perpetuação de
sua história. A convivência social permite-lhe compartilhar experiências e
vivências passadas e presentes, bem como projetar realizações futuras
mediadas pelo uso contínuo que faz da linguagem.
A linguagem é um fenômeno eminentemente social, resultado da
convivência humana, que possibilita a comunicação escrita e oral entre os
homens. Por meio da linguagem é possível a transmissão da cultura, a
conservação do passado, o registro do presente e a construção do futuro. A
comunicação pessoal e social é intermediada pelo uso que os homens fazem
da linguagem nas suas mais variadas formas.
O homem intervém no curso da história, ele é um ser da praxis. Renova
e inova sua existência pessoal e coletiva, transformando o mundo e
transformando-se a si mesmo por meio de suas ações, que se fundamentam
na racionalidade, na liberdade e na intencionalidade da consciência, que lhe
é própria.
Este homem destaca-se como um ser ético e estético. Como ser moral,
o homem é atraído pelo bem, pela justiça, pela verdade, pela honestidade e
é compelido a repelir o mal, a injustiça, a falsidade e a desonestidade. Como
ser estético é permanentemente atraído pelo belo. O homem é o único ser
vivo capaz de experiências emoções estéticas e compreender o belo. Em
virtude dessas características peculiarmente humanas, ele se enfeita, cria a
moda e faz objetos sem qualquer finalidade utilitária, mas somente para se
deleitar e se contentar.
Por tudo isso, podemos dizer que o homem é um ser finito, perfectível e
inacabado. Ele é o único ser que tem consciência de sua finalidade. Sabe que
sua vida tem começo, meio e fim: “é um ser para mente”. Desta maneira, ele
não se satisfaz com o que é ou com aquilo que possui. Está continuamente
buscando algo mais. Aspira ao infinito e deseja alcançá-lo. Ao mesmo tempo
está consciente de seus limites: é um ser finito que procura a perfeição e o
absoluto.
Conhecimento
O nome conhecimento é dado a relação estabelecida entre a
consciência (sujeito cognoscente) e um objeto. Nesse sentido, todo
conhecimento pressupõe dois elementos em relação:
- Ao sujeito que quer conhecer;
- Ao objeto a ser conhecido.
Assim, o conhecimento é o ato, o processo pelo qual o sujeito se coloca
no mundo e estabelece uma ligação com ele. O mundo torna possível o
conhecimento na medida em que se oferece a um sujeito apto a conhecê-la.
Esse mesmo sujeito pode tornar-se objeto de seu próprio conhecimento.
Também é dado o nome de conhecimento ao saber acumulado pela
humanidade através dos tempos. Nessa perspectiva o conhecimento é
tratado como produto, que tanto pode ser utilizado como transmitido.
O conhecimento pode ser concreto ou abstrato. O conhecimento que
temos de um amigo, por exemplo, é concreto. O conhecimento que temos de
um ser humano, num enfoque mais universal, é abstrato. Dessa forma, o
conceito de ser humano é muito mais extenso do que o do amigo.
O conhecimento abstrato nos ajuda a organizar e compreender mais
amplamente, mas nos afasta da realidade concreta. Desse modo, podemos
chamar de verdadeiro o conhecimento que se dá no processo dialético entre
o abstrato e o concreto. Esse é um processo infinito, que desvenda o mundo
humano na sua riqueza e diversidade.
O conhecimento implica transformação, tanto do sujeito quanto do
objetivo. Isso porque o sujeito se transforma quando sabe; e o sujeito se
transforma porque o conhecimento lhe confere sentido.
Tradicionalmente, diz-se que várias são as formas de conhecer: o mito,
o senso comum, a ciência, a filosofia, a religião e a arte. Diz-se também que
essas formas diferem de acordo com a postura do sujeito frente ao objeto.
Essa postura distinta gera diferentes enfoques e metodologias. Por exemplo:
a ciência procura estruturar saber por meio do método científico, que tem
por eixo básico a experimentação e a formulação de hipóteses. A filosofia
procura conhecer através da reflexão rigorosa, sistemática e radical, numa
abordagem globalizante. A religião, através da fé, busca dar sentido
transcendente ao mundo e a vida humana. A arte, principalmente por meio
da instituição e da sensibilidade, propõe sua leitura de mundo, sua forma de
conhecê-lo e interpretar esse conhecimento. O senso comum é resultante
das várias formas de conhecimento amalgamadas na herança do grupo
cultural ao qual pertencemos e das experiências de cada um de nós.
Desta forma, a escola deve ser um espaço de produção, resistência e
transgressão de conhecimentos, possibilitando a formação de indivíduos não
conformados, construidores de um mundo de lutas, buscas, relações,
diálogos, práticas, confrontos e desafios.
Nesse processo de conhecer a escola deverá possibilitar a formação da
autonomia, da criatividade e da criticidade, respeitando as diversidades
existentes entre os seres, valorizando o cotidiano e construindo
coletivamente novos conhecimentos, conscientizando-os das contradições da
sociedade.
Educação/Escola
A educação para o entendimento político nas relações pressupõe criar
condições para que o educando consiga buscar o sentido da existência
humana e da essência delas como resultado de intencionalidade sócio-
culturais. Nossa postura política se manifesta sempre que refletimos,
discutimos formas de sociabilidades, serviços públicos que não cumprem a
efetiva função social, argumentamos a respeito das relações dos homens
com a natureza e atribuímos e defendemos valores éticos para afirmar nosso
propósito de sociedade.
O educador é fundamental neste processo de politização da educação,
como mediador entre os sujeitos do conhecimento e as formas de
interpretação e desvelamento das dimensões, às vezes, ocultas do contexto
social, cultural ou econômico.
A educação que tem como finalidade a emancipação do sujeito precisa
ter como objetivo o empoderamento político do sujeito do processo
educativo.
A humanização constante permite a cada nova geração o
conhecimento, adaptação e a absorção do que a humanidade construir,
possibilitando também a transformação e a reconstrução dessa geração e,
consequentemente, dessa sociedade.
A educação deve possibilitar ao homem o conhecimento e os
instrumentos necessários para interpretar e decifrar a realidade, realizar
escolhas e agir sobre o seu destino. Na ação educativa, o que deve estar
implícito é o aperfeiçoamento do próprio homem, questão esta já formulada
por Kant “as relações de educação no seu sentido mais amplo, têm que ter
em mente o estado futuro da humanidade. O homem deve fazer a si mesmo
melhor do que já é”.
A ação educativa consiste em oferecer ao homem condição de
discernimento e superação dos problemas, a fim de estabelecer escolhas a
partir dos próprios interesses, valores e ideais.
A escola se configura como um espaço definido para o
desenvolvimento do ensino, ou seja, como um espaço organizado, planejado
e instituído para promover a apreensão do conhecimento sistematizado e
universalizado. Mas, ainda é importante considerar que a escola possibilita
também, em função de uma condição histórico-cultural, o desenvolvimento
implícito e/ou explícito da ação educativa numa abordagem mais ampla.
Como esclarece Antônio Cândido (1985, p.11): “existe um sistema de
relações, de papéis, de valores, determinado no ensino manifestando-se
principalmente na escola, concebida não apenas como agência de instrução,
mas como um grupo social complexo, num dado contexto social.”
A escola, compreendida como uma unidade social responsável pela
educação, definem atitudes, comportamentos, posições, papéis. Possui uma
dinâmica própria e sem desconsiderar as relações estabelecidas pela
sociedade, de onde recebe valores, normas e obrigações, não pode ser
entendida apenas como reflexo desta sociedade, devendo ter consciência da
sua responsabilidade singular de reflexão e criação. Assim, a escola se revela
também como um espaço onde os protagonistas da ação educativa,
inspirados por princípios fundamentais para o desenvolvimento e o
aperfeiçoamento humano, podem sobrepujar as mazelas e contradições
presentes nesta mesma sociedade.
Ao desencanto da constatação de que na ação educativa ainda se
perpetuam princípios e práticas de submissão e controle é vital que se
contraponha o desejo por uma escola livre, criativa, autônoma, crítica,
sustentado na consciência de que para sua realização é preciso que se
proceda a redescoberta dos verdadeiros significados da Política, da Ética e da
Estética.
Por outro lado, a escola tem potencializado o surgimento de um novo
papel, principalmente entre aqueles que vislumbram na sua existência um
campo de possibilidades para realização de um projeto de vida. A escola
adquire, então, a dimensão do encontro, é vista também como um espaço
social que permite o aprendizado da convivência em grupo, oportuniza a
relação com a diversidade e possibilita a experiência do “conflito”. Essa
dimensão ocorre, na maioria das vezes á revelia da própria escola.
Na trilha desta dinâmica socializadora da escola, tem surgido com uma
certa frequência à preocupação por parte dos educadores, de se investir no
potencial de criatividade, curiosidade e inquietação, presentes nos alunos.
Nestes casos, o espaço interessante, que oportuniza uma relação mais
prazerosa com o conhecimento. A escola, dessa forma, passa a provocar
significações que podem despertar no jovem o verdadeiro sentido de
aprender.
Avaliação
Na ação escolar, a avaliação incide sobre ações ou sobre objetos
específicos - no caso, o aproveitamento do aluno ou nosso plano de ação.
Avaliação, portanto, não pode ser confundida, como por vezes se faz, com o
momento exclusivo de atribuição de notas ou com momentos em que
estamos analisando e julgando o mérito do trabalho que os alunos
desenvolveram. Vale dizer que a avaliação recai sobre inúmeros objetos, não
só sobre o rendimento escolar.
A avaliação é responsável pelo acompanhamento do rendimento do
estudante, mediante instrumentos previstos no regimento escolar e
observadas as diretrizes da lei. Esse é um aspecto que constitui um
permanente desafio para os educadores. De acordo com a legislação vigente,
podem ser consideradas a avaliação contínua e a cumulativa, em que
prevalecem os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, bem como os
resultados ao longo do ano sobre os de provas ou exames finais, quando
adotados.
A avaliação constitui um elemento central na organização da prática
pedagógica, na medida em que favorece o processo de construção do
conhecimento. De fato, pode-se por meio dos procedimentos e mecanismos
de avaliação, constatar, compreender e intervir nos processos de construção
do conhecimento. Processual, reflexiva e cumulativa, a avaliação concorre,
entre outros aspectos, para a definição do tempo e das formas de promoção
do estudante.
A avaliação faz parte do processo de ensino, aprendizagem não para
excluir o aluno, mas para verificar em que medidas o conhecimento
apreendido permite organizar, interpretar, compreender a realidade que o
cerca, e também para verificar em que medida as escolhas que o professor
faz estão adequadas a este processo. Compreender isto significa ir além da
avaliação formal, que se presta muito mais a satisfazer as necessidades
burocráticas da instituição escolar. É importante verificar como podemos
avançar e melhorar nos nossos instrumentos, mas não é esse o nó principal
do processo educacional. Isso precisa vir no conjunto das transformações das
ações que se dão em sala de aula e na Escola. Se não invertermos a
pedagogia da avaliação pela pedagogia do ensino-aprendizado, não vamos
alterar o processo educacional.
Na concepção de J. Gimeno Sacristán, avaliar é perceber através de
qualquer processo algumas características do aluno, analisando suas
condições de aprendizado e julgando o que seja relevante para a educação.
Entendemos que avaliar não é somente dar atenção e analisar as condições
de aprendizado do aluno, suas características e outros pontos, mas também
é preciso avaliar as práticas pedagógicas do professor e seu diálogo com o
aluno. Desta forma, a avaliação não deve ser feita apenas através de prova
escrita ou trabalho, mas, realizada no decorrer de debates em sala de aula,
avaliando o amadurecimento intelectual dos alunos e suas respostas aos
estímulos dados pelo professor.
Uma das primeiras formas do sistema avaliativo apareceu na China do
século II a.C., quando foi realizada uma prova oral para selecionar
funcionários. Mas a avaliação não era algo corrente. Mais tarde, nas
universidades medievais a avaliação cristalizou-se em forma da disputatio,
exposição de um aluno com seus professores. Através da pedagogia jesuítica
e sua competitividade, a avaliação foi posta como meio de medir o
aprendizado de forma escrita. Com a universalização deste sistema
educativo a avaliação, como prática de estímulo e controle, desenvolveu-se e
perdeu a relação individual entre professor e aluno e passou a ser coletiva.
Para Sacristán, a prática da avaliação evidencia a servidão e o controle de
conduta.
A partir da reflexão de algumas trajetórias e concepções do processo
de avaliação o autor afirma ter ocorrido um afastamento da perspectiva da
avaliação enquanto sinônimo de mediação de estados do aluno para dar
ênfase ao diagnóstico da aprendizagem, à explicação das causas e ao
julgamento de valor do processo de aprendizagem.
As influências positivistas e as preocupações científicas fizeram a
didática passar a preocupar-se em registrar, no formato de testes, os
processos avaliativos. Nas décadas de 1960 e 1970, a teoria condutista de
Tyler passou a considerar como efeitos educativos somente os que causavam
mudanças de conduta observáveis por meio de técnicas objetivas de
avaliação. Esta proposta foi fortalecida pela contribuição da psicologia
cognitiva que postulava “...a necessidade de dispor de planos de sequências
de instrução muito estruturadas que explicitassem a concatenação de passos
de aprendizagem que é preciso seguir para o domínio de uma determinada
unidade de conteúdo, de modo que se possa ir comprovando o progresso e
as falhas concretas na cadeia.” (SACRISTÀN, 1998, p. 301). A pretensão de se
fazer uma pedagogia mais científica “tecnificou” os procedimentos de
avaliação.
Foi a partir da incorporação do enfoque ambientalista em psicologia e
na educação, no entanto, que a necessidade de se considerar as
circunstâncias sociais e psicológicas do aluno no processo de aprendizagem
foi vista. A partir desta ampla perspectiva, Sacristán argumenta que a
avaliação serve para se ter consciência sobre o curso dos processos e dos
resultados educativos, levando em conta questões técnicas, éticas. É
necessário, dessa forma, dialogar sobre os métodos com os alunos, pais e a
sociedade, bem como expressar os resultados para os alunos.
Sacristán define alguns passos fundamentais do processo de avaliação.
Primeiro, analisar o mundo em que os alunos vivem; depois, selecionar uma
condição social mais geral, sem ignorar as outras; terceiro, elaborar um
julgamento padronizado a partir destas observações, recolhendo informações
pertinentes e apreciando o valor a ser dado para a realidade analisada; por
último, expressar o valor atribuído a esta avaliação.
Três pontos nos parecem centrais à avaliação:
A avaliação deve contar com a formação adequada, para que as
categorias postas nela sejam significativas e cheias de conteúdo.
Este item é interessante por que, na prática pedagógica, o professor
deve estar atento para os diferentes níveis de aprendizado dos alunos e
preparar a avaliação de acordo com o geral, ou seja, sendo acessível a todos
e não somente para poucos.
A seleção de aspectos da personalidade e rendimentos do aluno na
área tratada deve ser relevante.
Observar as aptidões dos alunos é fundamental para o processo de
avaliação. Muitas vezes, uma prova escrita não dá conta de medir o
aprendizado de determinado aluno, enquanto uma exposição oral daria conta
devido à aptidão do aluno. Por isso, o professor deve estar atento ao grupo e
às especificidades de cada indivíduo.
Por fim, a informação coletada deve ser útil para orientar os métodos
educativos, a dinâmica da aprendizagem etc.
No processo avaliativo não devem ser eleitos conteúdos que não
tenham nada de relevante ou útil para o amadurecimento e vida prática do
aluno, ou seja, dar sentido e significado à matéria é algo fundamental para o
bom desempenho das funções do professor enquanto educador.
De acordo com o pensamento de Michel Foucault, quando o aluno
aprende a ver-se, expressar-se, confessar-se, julgar-se e dominar-se, ele
cresce enquanto indivíduo. Sendo assim, a auto-avaliação nos parece algo
positivo, mesmo quando os alunos não são honestos, por que os leva a
conhecerem-se e a julgarem o que estão fazendo. Além disso, o processo de
auto-avaliação deve ser continuamente realizado pelo próprio professor, pois
avaliar sua prática pedagógica é algo fundamental para a análise e
reformulação de muitas questões centrais para sua atuação enquanto
educador.
As funções da avaliação, para Sacristán, estão divididas em alguns
itens, enumerados a seguir:
• Definição dos significados pedagógicos e sociais: a avaliação é a
base para manifestar as desigualdades que são construídas entre os
sujeitos. É a própria instituição que dota de significado a realidade
educativa e seus procedimentos.
• Funções sociais: as funções sociais que a avaliação cumpre são as
bases de sua existência como prática escolar, fornecem títulos,
selecionam para o ingresso em cursos de graduação, selecionam e
hierarquizam os níveis escolares, democratizam o acesso à
escolaridade. “Esta mentalidade se projeta no uso da avaliação
como recurso para obter-se o controle sobre o aluno/a nas
instituições educativas. A função seletiva e de graduação passa a
ser um instrumento de poder da instituição sobre os indivíduos que
regula as relações interpessoais”. (SACRISTÀN, 1998, p. 326).
• Funções pedagógicas: a legitimação da avaliação e de sua
realização. Ela atua como criadora do ambiente escolar
determinando a relação entre alunos e professores; a avaliação é
vista como um diagnóstico do processo de aprendizagem dos
alunos, seu conhecimento, conscientização, estado final como aluno
e suas qualidades de aluno. Sua finalidade é formativa e vista como
aquela que se realiza com o propósito de melhorar algo.
• Recurso para a individualização: a avaliação oferece o meio pelo
qual o professor vai diagnosticar o ritmo de aprendizado de
determinado aluno e como deve ser seu tratamento.
• Garantia de aprendizagem: oferece a forma do professor analisar a
prática pedagógica desenvolvida até aquele momento e modificá-la,
se necessário.
• Função orientadora: muito semelhante a anterior, detecta as
qualidades do aluno e direciona o professor de como deve ser o
trabalho escolar.
• Base de prognósticos: serve com um guia para uma análise
individual dos alunos, que conduta deve ser desenvolvida e o que
esperamos dela.
• Ponderação do currículo e socialização profissional: é a avaliação
dos conteúdos e aprendizagens selecionadas, uma forma de filtro
que define os possíveis significados que os conteúdos possam ter
para os alunos.
• Funções de organização escolar: a avaliação organiza os níveis
escolares, com currículos organizados, possibilita a previsão de
espaços escolares para níveis secundários e superiores.
• Projeção psicológica: é a avaliação das formas de repercussão
psicológica que o processo avaliativo tem sobre o aluno,
determinando o que ele irá gostar mais ou menos, diante das suas
dificuldades ou facilidades.
• Apoio da investigação: avaliar qualitativamente o ensino, as
escolhas das técnicas, os procedimentos, as condições de trabalho,
e outros.
A avaliação deve ser mais humanizada, globalizada, para abranger
toda a personalidade do aluno, mas, certos cuidados devem ser tomados
diante do contexto em que será praticada, uma vez que a avaliação
compreensiva e globalizadora exige uma mudança ideológica nas posturas
seletivas do processo educativo.
RECUPERAÇÃO
RECUPERAR: Encontrar aquilo que foi perdido. Na educação, encontrar uma forma de ensinar o que não foi assimilado pelos alunos. Descobrir e encontrar o que foi perdido no processo ensino-aprendizagem.
Baseada no conceito acima, a recuperação não significa apenas a chance de "passar em uma prova". Significa a chance de aprender o conteúdo dado. Dessa maneira, ela não pode ser considerada como de responsabilidade única da família e do aluno, mas principalmente da escola. Se algo não foi assimilado por alguém, é preciso repetir, encontrar a fórmula de gerar a assimilação. Caso contrário a unidade de ensino não estará preocupada com o motivo maior da sua existência: o aprendizado.
Depreende-se então, que se o intuito é recuperar, é de vital importância que isso ocorra o mais rápido possível, cabendo ao docente identificar as dificuldades específicas dos discentes, refletir sobre o que causou o não aprendizado e buscar novas estratégias didáticas para rever o conteúdo não assimilado.
A recuperação paralela pode começar no dia a dia, devendo o docente esclarecer sempre as dúvidas apresentadas pelos alunos, aplicar atividades em sala de aula e para casa, que servirão como elo de fixação dos conteúdos estudados. A avaliação formativa deve ser levada a efeito exatamente porque busca corrigir as deficiências detectadas no decorrer do processo avaliativo e evitará o avanço da transmissão do conteúdo sem que tenha havido a aprendizagem daquele antes apresentado. A realização de várias tarefas individuais menores e sucessivas, permite observar se
os conteúdos estão sendo assimilados à abordagem formativa, tão necessária ao acompanhamento do aprendizado discente.
Ensino
Para podermos conceituar o que vem a ser ENSINO precisamos
relacioná-lo com o termo educação. A educação está intimamente ligada a
valores e o ensino, a conteúdos.
Embora se saiba que, nas relações de ensino, não se deve perder de
vista a educação e, por outro lado, ao se educar, se utilize, muitas vezes, os
conteúdos de ensino como meios, uma confusão conceitual dessa natureza
pode implicar, no âmbito escolar, uma confusão metodológica, motivo pelo
qual devemos insistir na importância dessa discussão.
Assim, se priorizarmos essencialmente o ENSINO, iremos predeterminar
uma programação para as diferentes áreas do conhecimento, buscar livros
didáticos que tragam esses conteúdos, procurar ensina-los ao longo do ano
letivo e criar momentos de avaliação, nos quais serão verificadas as
aprendizagens do aluno.
Por outro lado, se acreditarmos que o objetivo básico da escola é a
educação, toda nossa metodologia estará atenta aos valores e ao
desenvolvimento do aluno, caso em que o conteúdo programático passaria à
categoria de meio, subordinado a um fim maior.
Aprendizagem
Ao se tratar da aprendizagem na escola verifica-se que, numa
concepção de educação em que a transmissão de conhecimentos é o único
objetivo e a manutenção da realidade é a finalidade, nessa ótica, o professor
é simplesmente aquele que detém o conhecimento e, portanto, o transmite
para os estudantes. A capacidade de ver o outro, de captar a aprendizagem
já existente no estudante, tende a não ser considerada pelo professor. De
outro lado, numa educação emancipadora, que busca a transformação da
realidade, o conhecimento passa a ser fruto de uma construção coletiva e,
assim, o professor é mais do que o mero “ensinante” e o processo de ensino-
aprendizagem adquire movimento de troca e de crescimento mútuo. Nessa
percepção, como Paulo Freire tão bem desvelou, o processo de ensino-
aprendizagem é uma seta de mão dupla; de um lado, o professor ensina e
aprende e, de outro, o estudante aprende e ensina, num processo dialético,
isto é permeado de contradições e mediações.
O processo pedagógico caracteriza-se, portanto, como um movimento
próprio de idas e vindas, de construções sobre construções. São inúmeras as
variáveis que interferem nesse processo, tais como as condições materiais e
as relações simbólicas. É toda essa complexidade que deve ser
compreendida e trabalhada por aqueles que constroem o cotidiano escolar.
Igualdade
A LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em seu título II, art. 2
estabelece que a educação é dever da família e do Estado, inspirada nos
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Sob este prisma
são estabelecidos alguns princípios que norteiam o ensino. Dentre esses
princípios destaca-se, inici
Em 13 de julho de 1990, é promulgada a Lei no. 8069 – o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Essa lei representa uma mudança de paradigma na área da infância e da juventude, incorporando uma nova concepção de criança e adolescente. Estes passam a ser considerados como “sujeitos de direitos”, e não mais como “menores” objetos da ação do poder público, principalmente em casos de abandono e/ou delinqüência, passíveis de medidas assistencialistas, segregadoras e repressivas como nos Códigos de Menores de 1927 e 1979.
Trata-se de uma mudança de concepção na qual as crianças e os
adolescentes eram vistas exclusivamente como “portadoras de carências” e,
a partir de então, como cidadãos, sujeitos de direitos. almente, o da
igualdade, que deve primar pelo acesso e a permanência do aluno na escola.
Historicamente são conhecidos diversos fatores que dificultavam o
acesso do indivíduo à educação como: falta de escolas; professores;
dificuldades de locomoção; situação sócio-econômica das famílias que
retiravam os filhos da escola para com seu trabalho contribuir para o
sustento da casa; ignorância a respeito da importância da educação, etc.
Atualmente, frente ao avanço tecnológico e cultural, a função da escola
torna-se imprescindível para a formação do indivíduo a fim de que ele se
torne sujeito de sua história inserindo-se no seu tempo e espaço históricos.
Nesse panorama o acesso ao ensino deve ser facilitado para todos os
sujeitos, cabendo à escola conhecer as necessidades educativas da
comunidade em que está inserida. Para tanto algumas atitudes são indicadas
para facilitar o acesso do maior número possível de pessoas destacando-se:
• Campanhas junto à comunidade visando a matrícula de todos
que estejam fora da escola;
• Atendimento aos jovens e adultos analfabetos ou que não têm o
ensino fundamental completo;
• Encaminhamento para outros estabelecimentos de ensino a
demanda que a escola não consegue atender;
• Oferecimento de outras oportunidades educativas para a
comunidade;
• Possuir e utilizar o livro de demanda escolar.
Contudo não é suficiente garantir o acesso à escola. Torna-se
necessário à permanência dos indivíduos na mesma. Fazer com que
adolescentes e jovens permaneçam na escola e consigam concluir os níveis
de ensino em idade adequada, e que jovens e adultos também tenham os
seus direitos educativos atendidos é um dos principais desafios atuais
enfrentados.
Para a escola obter êxito em manter os alunos e oferecer boas
oportunidades de aprendizagem para todos precisa, necessariamente,
conhecer alguns dados importantes como:
• O número total e a causa das faltas dos alunos e a busca de
solução para esse problema;
• Saber se todas as crianças em idade escolar da comunidade
frequentam a escola regularmente;
• Conhecer o número e compreender as causas do abandono e
evasão escolar;
• Adotar medidas para trazer de volta alunos que se evadiram;
• Oferecer atenção especial aos alunos com defasagem de
aprendizagem.
Neste último item torna-se necessária à ação direta dos professores
que devem dar atenção individual aos alunos com dificuldades em aprender.
A escola deve oferecer oportunidades especiais aos alunos que têm
dificuldades como: lições extras, grupos de apoio, aulas extras, entre outros.
Também é importante que a comunidade escolar conheça a quantidade de
alunos que são reprovados a cada ano e quais são as disciplinas que mais
reprovam para nortear a tomada segura e eficiente de decisões que
revertam esse quadro e garantam a permanência do aluno na escola.
Ainda inserida no princípio da igualdade é notório destacar a questão
da inclusão escolar que assegura a oferta de atendimento educacional
especializado aos alunos que apresentam necessidades educacionais
especiais decorrentes de:
a) Deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;
b) Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos
e psiquiátricos e
c) Superdotação/altas habilidades.
Convém destacar que “especiais” devem ser considerados os
procedimentos que a prática pedagógica precisa assumir para garantir a
aprendizagem e participação de todos os alunos. Desta forma não só os
alunos que apresentem características diferenciadas decorrentes não apenas
de deficiências, mas, também, de condições socioculturais diversas e
econômicas desfavoráveis terão direito a receber apoios diferenciados
daqueles normalmente oferecidos no contexto da escola regular.
Isso implica na necessidade de provisão de recursos humanos,
materiais e técnicos nas escolas. É preciso criar mecanismos que permitam a
integração educacional, social e emocional do aluno com seus colegas e
professores e com os objetos de conhecimento e da cultura. O processo de
inclusão educacional deve ser efetivo garantindo os apoios e serviços
especializados para que cada aluno aprenda respeitando-se suas
singularidades.
Outro aspecto relevante no tocante à igualdade no ambiente escolar é
o respeito à diversidade cultural, econômica e política dos sujeitos pessoais e
sociais participantes do processo educacional.
Esse é outro desafio a ser enfrentado pela comunidade escolar:
aprender a construir uma forma de lidar com as diferenças que marcam os
sujeitos que estão envolvidos no processo educativo, garantindo não
somente o respeito a esses diferenças, mas abrindo espaço para que cada
um possa demonstrar e ser atendido nas suas necessidades e
potencialidades.
Neste âmbito são enquadradas as diferentes etnias, origens, preferências
culturais e grupos sociais.
O respeito à diversidade de opiniões , posturas, aspirações e outras
demandas dos sujeitos deve ser o eixo central das relações na escola.
Respeitar a pluralidade é garantia de um ambiente escolar
efetivamente democrático.
Qualidade
Uma das premissas básicas da educação é a qualidade do ensino.
Alguns entendem a qualidade na educação apenas como um repasse
eficiente de conteúdos. No entanto, o conceito de qualidade não é estático. É
dinâmico e deve buscar adequação ao ambiente escolar. Essa adequação
não reside apenas na figura do professor. Precisa transpor os limites da sala
de aula e alcançar toda comunidade escolar.
O senso comum conceitua a qualidade da escola com base no
aprendizado dos alunos sobre as coisas essenciais para sua vida, como ler e
escrever, resolver problemas matemáticos, conviver com os colegas,
respeitar regras, trabalhar em grupo. Mas, como já mencionado, quem pode
definir bem e dar vida às orientações gerais sobre a qualidade na escola, de
acordo com os contextos socioculturais locais é a própria comunidade
escolar. Como qualidade é um conceito para ser reconstruído
constantemente, cada escola tem autonomia para refletir , propor e agir na
sua busca.
No ambiente educativo, o respeito, a alegria, a amizade e a
solidariedade, a disciplina, o combate à discriminação e o exercício dos
direitos e deveres são práticas que garantem a socialização e a convivência,
desenvolvem e fortalecem a noção de cidadania e de igualdade entre todos.
Para orientar a comunidade escolar a avaliar e melhorar a qualidade da
educação são apresentados alguns indicadores que revelam aspectos da
realidade e podem qualificar algo.
Entre esses indicadores qualitativos destacam-se a amizade e a solidariedade
entre todos, a alegria, o respeito, o combate à discriminação e a disciplina.
Um ambiente escolar de qualidade deve propiciar ao indivíduo com
problemas pessoais (alunos ou funcionários) a ajuda necessária na escola. Os
funcionários e alunos precisam gostar de trabalhar e frequentar suas
dependências. Os pais devem Ter envolvimento no cotidiano escolar
auxiliando a direção a transformar o ambiente escolar em um local tranquilo
e motivador.
O respeito mútuo na escola e o combate a qualquer forma de
discriminação bem como a disciplina com regras de convivência bem
definidas também são indicadores de qualidade na educação.
Todos esses fatores aliados a uma prática pedagógica responsável e
consciente agregam qualidade à educação. Desenvolver no aluno a
concepção de mundo, sociedade, educação e do seu papel como cidadão
contribui para o desenvolvimento dos conhecimentos, habilidades e atitudes
com que o indivíduo vai se relacionar com o ambiente em que vive e consigo
mesmo. Desse modo a educação qualitativa é aquela que contribui com a
formação dos estudantes nos aspectos culturais, antropológicos, econômicos
e políticos, para o desempenho de seu papel de cidadão no mundo.
Diante disso são identificados alguns atributos de uma escola de
qualidade:
Ser pluralista, admitindo correntes de pensamento divergentes com
respeito à diversidade, ao diferente;
Ser humanista, por identificar o homem como foco do processo
educativo;
Ter consciência de seu papel político como instrumento para a
emancipação, combate às desigualdades social e a desalienação dos
trabalhadores.
Uma escola de qualidade precisa desenvolver o indivíduo em todas as
suas dimensões: na econômica (inserção no mundo do trabalho e da
produção de bens e serviços); na cultural (apropriação, desenvolvimento e
sistematização da cultural popular e cultura universal); na política
(emancipação do cidadão, tornando-o dirigente do seu destino e partícipe
ativo na construção do destino do grupo social ao qual pertence).
Cultura
A origem da palavra “cultura” provem da língua latina. O radical dela é o verbo latino colo, que tem o significado original de “cultivar”. O vocábulo latino cultus (particípio de colo) tem, inicialmente a sua origem, significado baseado na ideia de cultura da terra. Atualmente, a palavra “cultura” ampliou seu sentido, retratando, não somente o cultivo da terra em específico, mas abordando temáticas tais como: cultivo de hábitos, interesses, língua e vida artística de um povo.
“Cultura” é o campo de estudo da antropologia. Diz respeito à humanidade como um todo e ao mesmo tempo a cada um dos povos,
nações, sociedades e grupos humanos. Não pode existir uma sociedade sem cultura. Utilizamos aqui, portanto, uma concepção ampla de cultura, que diz respeito a tudo o que caracteriza uma realidade social, a existência social de um povo ou nação, ou então de grupos no interior de uma sociedade. As conclusões do Congresso de Lausanne sugerem o seguinte conceito: “cultura é um conjunto integrado de crenças, de valores, de costumes, e de instituições que expressam estas crenças, valores e costumes, que unem a sociedade e lhe proporcionam um sentido de identidade, de dignidade, de segurança e de continuidade.”
Desta forma, o significado de cultura tornou-se abrangente, podendo ser considerada como sinônimo de tudo o que o homem através da sua racionalidade, mais precisamente inteligência, consegue executar e exercer. Assim, podemos destacar que todos os povos e sociedades possuem sua cultura por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados das gerações passadas para as futuras.
A cultura passou a simbolizar uma das principais características humanas, pois somente o ser humano tem a capacidade de desenvolvê-la, distinguindo-se de outras formas de vida.
A cultura é repassada aos descendentes como uma memória coletiva que retrata um tempo e um espaço historicamente construído. Este é um dos fatores que permite identificá-la como um elemento coletivo, impossível de se desenvolver individualmente.
O tempo e o espaço são bases para o processo de análise da cultura de um povo, levando à compreensão das diferenças e das diversidades por ela disseminadas.
TECNOLOGIA
Cada época foi marcada por elementos tecnológicos que se fizeram importantes para a sobrevivência da espécie humana. A água, o fogo, um pedaço de madeira ou um osso de um animal qualquer eram usados para matar, dominar ou afastar animais ou outros homens que podiam representar ameaças
A expressão "Tecnologia na Educação" abrange a informática, mas não se restringe a ela. Inclui também o uso da televisão, vídeo, rádio e até mesmo cinema na promoção da educação. Entende-se tecnologia como sendo o resultado da fusão entre ciência e técnica. O conceito de tecnologia educacional pode ser enunciado como o conjunto de procedimentos (técnicas) que visam "facilitar" os processos de ensino e aprendizagem com a utilização de meios (instrumentais, simbólicos ou organizadores) e suas consequentes transformações culturais.
O uso de tecnologia em educação não é recente. A educação sistematizada desde o início utiliza diversas tecnologias educacionais, de acordo com cada época histórica. A tecnologia do giz e da lousa, por exemplo, é utilizada até hoje pela maioria das escolas. Da mesma forma, a tecnologia do livro didático ainda persiste em plena era da informação e do conhecimento. Na verdade, um dos grandes desafios do mundo contemporâneo consiste em adaptar a educação à tecnologia moderna e aos atuais meios eletrônicos de comunicação.
Nos anos 50 e 60, a tecnologia educacional era vista como sinônimo de recursos didáticos. A partir da década de 60, o desenvolvimento dos meios de comunicação de massa passou a revolucionar o mundo em todos os setores, principalmente no campo da educação. Muitos afirmam que as máquinas trouxeram uma revolução nos processos de ensino e aprendizagem. Porém, um quadro negro eletrônico continua sendo um quadro negro. Comparando-se uma aula do século XIX com uma de hoje, por exemplo, nota-se que as idéias
continuam sendo as mesmas. A escola continua sendo uma das instituições que resistem até os dias atuais com as mesmas características desde sua criação. Ao longo do tempo a tecnologia se tornou mais complexa e o uso das normas exige um domínio cognitivo mais apurado. O problema é como aproveitar tais recursos na sua totalidade.
LETRAMENTO
O conceito de evento de letramento surgiu com o trabalho de Heath denominando "situações em que a escrita constitui parte essencial para fazer sentido da situação, tanto em relação à interação entre os participantes como em relação aos processos e estratégias interpretativas" (Heath, 1982a:93). Este conceito, posteriormente, serviu para que Street (1984), ao observar as interações sociais percebendo a recorrência e valorização de alguns eventos letrados, pudesse criar o conceito de prática de letramento. Assim, segundo o autor, "as práticas de letramento referem-se a [um] conceito cultural mais amplo das formas específicas de pensar e de fazer a leitura e a escrita dentro dos contextos culturais" (Street, 2003:9). A partir disso, o evento de letramento passa a ser considerado aquilo que se pode observar das práticas, por exemplo, ao vermos alguém num banco de praça lendo um jornal, estamos diante de um evento de letramento, porém, se nos perguntarmos sobre os significados da realização de tal atividade para aquela pessoa ou mesmo para a comunidade, estaremos diante de questões que evidenciam uma prática de letramento. O letramento, então, passa a ser pensado como um fenômeno plural, já que são muitos os grupos e contextos nos quais as práticas letradas se instauram. Sendo assim, Street propõe a existência de dois grandes modelos de letramento – o autônomo e o ideológico - que permitem distinguir práticas letradas mais associadas à alfabetização tradicional de outras, cuja essência permite vislumbrar as reais relações que a escrita exerce e estabelece num determinado grupo social. O modelo autônomo de letramento apóia-se na ideia de que somente a aquisição de habilidades de leitura e de escrita permitiria a autonomia do sujeito, ou seja, o fato de ele ser capaz de codificar e decodificar conhecendo as regras gramaticais e ortográficas possibilitaria o desenvolvimento de outras habilidades cognitivas que, consequentemente, o levariam ao desenvolvimento econômico. O modelo ideológico, por sua vez, "oferece uma visão com maior sensibilidade cultural das práticas de letramento, na medida em que elas variam de um contexto para outro" (Street, 2003:5), isto quer dizer que, contrariamente ao valorizado no modelo autônomo, a aquisição de habilidades técnicas não garante autonomia do sujeito, uma vez que para isso é necessário que se conheça a prática social da qual a escrita faz parte.
Às relações sociais subjazem relações de poder, políticas, econômicas e ideológicas que definem as práticas letradas de determinado grupo, isso faz com que os usos da escrita se sujeitem a modificações de acordo com as necessidades sociais. Dessa forma, para que o sujeito tenha autonomia nos usos da escrita e da leitura é preciso que, além do domínio do código escrito, ele conheça as práticas nas quais tais usos estão inseridos.
INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Em 13 de julho de 1990, é promulgada a Lei no. 8069 – o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Essa lei representa uma mudança de paradigma na área da infância e da juventude, incorporando uma nova concepção de criança e adolescente. Estes passam a ser considerados como “sujeitos de direitos”, e não mais como “menores” objetos da ação do poder público, principalmente em casos de abandono e/ou delinqüência, passíveis de medidas assistencialistas, segregadoras e repressivas como nos Códigos de Menores de 1927 e 1979.
Trata-se de uma mudança de concepção na qual as crianças e os adolescentes eram vistas exclusivamente como “portadoras de carências” e, a partir de então, como cidadãos, sujeitos de direitos.
Pensar a infância e a adolescência nessa nova perspectiva significa reconhecer que nessa fase da vida os indivíduos encontram-se em pleno desenvolvimento biopsicossocial e que, portanto, necessitam de atendimento e cuidados especiais para se desenvolverem plenamente.
Essas necessidades e cuidados são postos em termos de direitos, estendendo-se ao conjunto desse segmento, sem discriminação de qualquer tipo, cabendo ao poder público, à família e à sociedade, assegurar com absoluta prioridade a efetivação desses direitos relativos à sobrevivência e ao seu desenvolvimento integral das crianças e adolescentes.
Acreditamos que a escola seja um grande momento para o desenvolvimento da criança, dos adolescentes e do seu pensamento crítico em relação ao mundo. Todas as fases devem ser respeitadas, pois são nestes momentos que se estabelece a possibilidade de construir conhecimento, sua cultura e identidade. A criança torna-se um ser criador da sua cultura, seu saber passa a ser valorizado em seu meio sociocultural de origem. A sociedade e a educação têm grande papel nessa formação, cabem a nos respeitar os direitos concebidos, pois eles refletem diretamente e indiretamente na fase da criança deixar a infância para se tornar adulto.
Cabe ao professor a tarefa de educar o aluno na busca de respostas e reflexões, trazer para a aula idéias de mundo, do cotidiano e transformá-las em práticas pedagógicas. Isso possibilitará uma educação mais humanizadora, permitindo que todos sejam incluídos na sociedade.
Gestão Democrática e os Instrumentos de Ação Colegiada
A gestão da educação, hoje, ultrapassou formas estritamente racionais
e mecânicas que a caracterizaram durante muitos anos, sem contudo
prescindir de alguns destes mecanismos, enquanto instrumentos necessários
ao seu bom desenvolvimento e ao “bom funcionamento da escola”, mas,
apenas enquanto instrumentais, a serviço dos propósitos decididos
coletivamente e expressos no projeto político pedagógico da escola que
cumpre, desta forma, sua função social e seu papel político-institucional.
Gestão democrática, participação dos profissionais e da comunidade
escolar, elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola, autonomia
pedagógica e administrativa são, portanto, os elementos fundamentais na
construção da gestão da escola.
Os artigos 12, 13 e 14 da Lei 9.394/96 de “ estabelece as Diretrizes e
Bases da Educação Nacional” apontam, de maneira enfática , a importância
da gestão democrática para a educação, tornando parceiros, nesta
empreitada, estabelecimentos de ensino (art. 12), docentes (art, 13) e
sistemas de ensino (art. 14). É, portanto, uma determinação política da Carta
Magna da Educação que foi resultado de uma longa construção política dos
segmentos da sociedade civil que reivindicaram e lutaram por tornar a nova
LDB uma Lei comprometida com a democracia e com a cidadania.
A gestão democrática vem garantir a política educacional e a qualidade
de ensino. Nesse sentido, esta gestão é, ao mesmo tempo, transparência e
impessoalidade, autonomia e participação, liderança e trabalho coletivo,
representatividade e competência, podendo ser vista/compreendida como
uma gestão de autoridade compartilhada.
A Constituição Federal de 1988 expressa a escolha por um regime
normativo e político, plural e descentralizado onde se cruzam novos
mecanismos de participação social com um modelo institucional corporativo
que amplia o número de sujeitos políticos capazes de tomar decisões.
Cooperação que exige entendimento mútuo e participação que supõe a
abertura de novas discussões, de deliberações e de novas decisões. E, assim,
o campo educacional propugnou a inclusão do princípio da gestão
democrática na constituição.
É esta gestão compartilhada que será responsável por garantir a
qualidade da educação, entendida como “processo de mediação no seio da
prática social global”, por se constituir no único mecanismo de hominização
do ser humano e a formação humana do cidadão. Seus princípios são
princípios da educação que a gestão assegura serem cumpridos: uma
educação comprometida com os conteúdos que habilitem ao mundo do
trabalho, comprometida com a sabedoria de viver juntos respeitando as
diferenças, comprometida com a construção de um mundo mais justo e
humano para todos os que nele habitam, independentemente de raça, cor,
credo ou opção de vida.
A organização da escola, indispensável para promover o desenvolver e
a aprendizagem dos alunos, implica um compromisso dos membros da
equipe escolar com a clientela que frequenta a escola.
“É preciso que todos funcionem como uma orquestra: afinados em
torno de uma partitura e regidos pela batuta de um maestro que
aponta como cada um entra para obter um resultado harmônico. Esse
maestro é o gestor. E a partitura, o PPP da escola, um arranjo sob
medida para os alunos e que é referência para todos (VIEIRA, 2002,
p.88)”.
Trata-se de um trabalho compartilhado pela equipe escolar, uma
construção coletiva. Assim concebido, o projeto pedagógico traduz valores do
grupo, suas intenções, seus objetivos compartilhados. Estabelece
prioridades, define caminhos. E, será um eixo condutor do trabalho da escola,
esculpindo-lhe a feição própria.
A construção do PP é gradativa: passo a passo ele vai se estruturando e
ampliando, ganhando corpo e consistência. É um processo que, coordenado
pelo gestor, deve contar com a colaboração de todos os segmentos
envolvidos na vida da escola, passando por conflitos e divergências, até que
consensos sejam alcançados. Sua formulação é um momento oportuno para
a equipe identificar os diferentes aspectos da vida escolar que requerem
reflexão para serem modificados. Cada escola deve pensar e implementar o
que é melhor para assegurar o sucesso de seu projeto, de acordo com suas
possibilidades e limites. Portanto, é importante estabelecer prioridades e
atacar os problemas mais graves em primeiro lugar.
O sucesso do trabalho do gestor depende do empenho e do “saber
fazer” pedagógico dos demais participantes da orquestra. Mas só ele pode
conduzir o grupo. É tarefa do líder propor atividades instigantes,
provocadoras e ao mesmo tempo, viáveis, para transmitir confiança e
imprimir uma perspectiva de sucesso, é preciso acionar todos os
conhecimentos e habilidades, além de manter a persistência para despertar
o interesse e a vontade de todos.
Algumas dessas responsabilidades podem ser compartilhadas com o
conselho escolar, como auxiliar de direção, com o coordenador pedagógico
ou até mesmo com os professores. Para receber ajuda e realizar um trabalho
compartilhado, é importante desencadear um processo de mobilização que
faça as coisas acontecerem. A atuação do gestor é fundamental na
transformação da escola em um espaço vivo e atuante, no qual o foco central
seja o aluno.
Nesta perspectiva, a compreensão democrática vai conquistando seu
lugar e mostrando as vantagens do trabalho coletivo e co-participativo na
construção de todas as formas grupais e societárias.
A gestão democrática deve, portanto, se assentar no conceito de
participação: participação é conquista, um processo no sentido legítimo do
termo, infindável e constante vir a ser, sempre se fazendo, sempre se
construindo. Assim, a participação é em essência autopromoção e existe
enquanto conquista processual.
A comunidade escolar, portanto, pode e deve participar de todas as
instâncias colegiadas da escola e as modalidades de participação serão
definidas as partir dos princípios e formas de trabalho especificadas no PPP.
O Projeto Político Pedagógico articula as dimensões da intencionalidade com
as de efetividade e possibilidade para ser viável, exequível e poder ser
assumido coletivamente pelo grupo, ou seja, pelos vários segmentos da
comunidade escolar. Todavia, nem todos os elementos podem participar de
todas as decisões. A concretização do PPP no âmbito da gestão democrática
da escola não significa reunir todas as pessoas envolvidas de maneira
permanente para tomar decisões. É necessário buscar formas
representativas e, às vezes, operativas, que permitam oportunamente a
tomada de decisões.
Por isso, é necessário criar órgãos de gestão que garantam, por um
lado, a representatividade e, por outro, a continuidade e consequentemente
a legitimidade. O Conselho Escolar, o Conselho de Classe, a Associação de
Pais, Mestres e Funcionários, o Grêmio Estudantil são formas colegiadas de
participação que devem ser organizadas pelo coletivo da escola com a
representatividade necessária à tomada de decisões democráticas, porém
assegurando a direção estabelecida no PPP que foi construído coletivamente
e que será o “instrumento” condutor da política educacional em ação na
escola. A gestão da escola se desenvolverá no sentido de “obedecer” o PPP a
fim de assegura a qualidade do ensino e da educação e a formação da
cidadania, “passaporte” indispensável à participação na ampla sociedade e
que todos os alunos e alunas buscam adquirir na escola.
Da escola, espera-se que ela promova a capacidade de discernir, de
distinguir, de pensar que supõe assumir o mundo, a realidade histórica como
uma matéria perceptível e com objetividade que nos permita sua maior
compreensão e intervenções deliberadas. Da escola, se espera o
fortalecimento dos sujeitos que, capazes de elaborar conhecimentos,
contingências e estruturas, possam imaginar outros mundos ainda não
concretizados e neles investir com paixão para construir tempos e lugares
que ampliem as alternativas de realização humana e social.
Este é o compromisso da gestão democrática da educação que
necessita expressar e construir políticas públicas educacionais
comprometidas com a formação da cidadania e a felicidade de todos os
cidadãos.
Conselho Escolar
O Conselho Escolar constitui uma forma colegiada da gestão
democrática, onde os segmentos escolares e a comunidade local se
congregam, para juntos construírem uma educação de qualidade .
Sua função básica e primordial é o de conhecer a realidade e indicar
caminhos que levem à realidade desejada. O papel do Conselho Escolar é o
de ser o órgão consultivo, deliberativo, fiscal e mobilizador sobre questões
político-pedagógicas, administrativas e financeiras da escola.
DELIBERATIVAS - Quando decidem sobre o projeto político-pedagógico
e outro assuntos da escola, aprovam encaminhamentos de problemas ,
garantem a elaboração de normas internas e o cumprimento das normas do
sistema de ensino e decidem sobre a organização e o funcionamento geral
das escolas, propondo à direção as ações a serem desenvolvidas.
CONSULTIVAS - Tem um caráter de assessoramento , analisando as
questões encaminhadas pelos diversos segmentos da escola e apresentando
sugestões e soluções que poderão ser acatadas pela direção da escola.
FISCAL - (acompanhamento e avaliação) Quando acompanham a
execução das ações pedagógicas , administrativas e financeiras avaliando e
garantindo o cumprimento das normas da escola e a qualidade social do
cotidiano escolar.
MOBILIZADORAS - Quando promovem a participação de forma
integrada dos segmentos representativos da escola e da comunidade local
em diversas atividades, contribuindo assim para a efetivação da democracia
participativa e para melhoria da qualidade social da educação, sendo
parceira em todas as atividades que se desenvolvem no interior da escola.
Portanto, um bom gestor deve ser um líder e agregar as seguintes
atitudes:
- estar sempre preocupado com os resultados da aprendizagem;
- participar do planejamento e fazer o acompanhamento do trabalho
docente;
- conversar com os alunos/funcionários/professores/pais para detectar
problemas e níveis de satisfação e ouvir sugestões;
- ser um condutor de consensos, mas estar sempre aberto às novas idéias e à
diversidade, aceitando opiniões e novas propostas;
- ser audacioso o suficiente para fazer as mudanças necessárias visando
sempre melhorar a qualidade do ensino;
- manter as questões administrativas em dia.
Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva em
assuntos didático- pedagógicos, com atuação restrita a cada classe deste
Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-
aprendizagem na relação professor aluno e os procedimentos adequados a
cada caso.
Segundo o regimento escolar o Conselho de Classe tem por finalidade:
Estudar e interpretar os dados de aprendizagem na sua relação com o
trabalho do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem,
proposto pelo plano curricular; Acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos e de ensino dos professores bem como
diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor ou conceito; Analisar os
resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma, com a
organização de conteúdos e o encaminhamento metodológico; Utilizar
procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados
pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos alunos
entre si.
O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, pela Equipe
Pedagógica e por todos os professores que atuam na escola, podendo ser
convidados à participar representantes dos alunos e pais.
A Presidência do Conselho de Classe está a cargo do Diretor que, em
sua falta ou impedimento, será substituído pelo professor pedagogo.
O Conselho de Classe reúne-se ordinariamente em cada bimestre, em
datas previstas no Calendário Escolar e, extraordinariamente, sempre que
um fato relevante assim o exigir. Destaca-se que os resultados observados e
os procedimentos enumerados, por este conselho de classe, são registrados
através de atas, elaborada em momento presencial, pela secretária da
escola e assinada por todos os participantes.
O Conselho de Classe tem as seguintes atribuições: Emitir parecer
sobre assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem, respondendo a
consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe Pedagógica; Analisar as
informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento metodológico
e processo de avaliação que afetem o rendimento escolar; Propor medidas
para melhoria do aproveitamento escolar, integração e relacionamento dos
alunos; Estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos, em
consonância com o plano curricular deste Estabelecimento de Ensino.
Outra atribuição do Conselho de Classe é colaborar com a Equipe
Pedagógica na elaboração e execução dos planos de adaptação de alunos
transferidos, quando se fizer necessário.
Poderá ser aprovado, por decisão do Conselho de Classe o aluno que
tenha demostrado melhoria de aproveitamento após estudos de recuperação
paralela e capacidade de avanço no processo de ensino-aprendizagem,
demonstrado em aptidões pessoais e interdisciplinares, tendo o mímimo de
presença exigido legalmente no ano letivo. Todos os conselheiros assinarão a
ata do Conselho de Classe, não havendo mais possibilidade de
reconsideração dos resultados.
Nesse sentido, o Conselho de Classe – enquanto grupo capacitado para
avaliação - faz a análise regular da atuação do aluno e professor na escola.
Partindo desses pressupostos, o Conselho de Classe está inserido no plano do
educandário, permitindo reavaliação e reestruturações, quando necessárias,
do processo avaliativo como um todo (aluno, educandário, professores,
gestores, metodologias, etc.).
Grêmio Estudantil
É agremiação civil, representando o corpo discente do Colégio, de
duração indeterminada, com objetivos culturais, esportivos, sociais e de
classe.
Defende os interesses e direitos do corpo discente e de cada estudante
em particular, nos diversos setores da vida estudantil, auxiliando na
formação cívica, moral e intelectual do educando.
Promove a união da classe, fortalece os sadios princípios de
coordenação e disciplina, de iniciativa e liderança, colaborando intimamente
com a Direção do Estabelecimento e com os poderes constituídos, em todas
as iniciativas que visem a melhoria e a expansão do Ensino, em particular, o
enriquecimento das oportunidades de Educação em geral.
Realiza intercâmbios de caráter cultural, educacional, cívico, desportivo
e social, com entidades congêneres, sem quebra do estatuto.
APMF
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) é o órgão
destinado a promover o intercâmbio entre a família do aluno, os professores,
funcionários e a Direção do Estabelecimento e propor medidas que visem o
aprimoramento do ensino ministrado e assistência, de modo geral, ao corpo
discente. A APMF visa discutir ações buscando a integração dos segmentos
da comunidade escolar.
Dirigida por diretoria própria, a Associação de Pais, Mestres e
Funcionários está vinculada a Direção do Estabelecimento, a quem cabe
homologar, os atos ordinários da entidade.
A organização e o funcionamento da Associação de Pais, Mestres e
Funcionários estão definidas em estatutos próprios elaborados pela primeira
diretoria, aprovados em Assembleia e homologados pelo Diretor.
De conformidade com a legislação em vigor, Lei n. 10.406/2002, os
Estatutos da Associação de Pais, Mestres e Funcionários estão registrados, no
Cartório de Registro Civil das pessoas Jurídicas, sob n. 2050, a folha 162 v. do
livro “A-12”, homologado em 30 de junho de 2005.
Valorização Profissional – Necessidade de Formação Continuada
A modificação das condições de ensino é urgente. Precisamos de
professores que tenham certeza do que querem, estabeleçam metas com
segurança e saibam como atingi-las. Isto só poderá acontecer quando houver
a conscientização da necessidade de estudar mais, de sermos mais
esclarecidos, de construir e aprofundar nossos conhecimentos científicos,
participando ativamente de todas as oportunidades de crescimento pessoal e
profissional.
Apoiado pelas exigências das novas tecnologias o novo século exige
um redimensionamento da função do professor. A nova dimensão é mais
nobre e muito mais complexa. Ele não é o mestre distante e autoritário. Não
é o mero técnico que domina conteúdos específicos e imutáveis.
O professor deve ser um profundo conhecedor de uma área do
conhecimento e das áreas correlatas. Deve ter uma visão de conjunto do que
é sociedade, marcando seu trabalho com forte dimensão política, estética e
ética.
Conhecer os processos mentais pelos qual o aluno passa é a condição
básica para ser um professor competente. O professor que ensina a trabalhar
em conjunto é também alguém que trabalha com os demais professores na
construção de projetos em parceria com diferentes áreas e com diferentes
agentes sociais.
Se há décadas bastava ser competente em uma habilidade descrita,
agora a complexidade da tarefa é muito maior. Por isso, o domínio de
técnicas inovadoras e a atualização contínua de conhecimentos fazem parte
de sua rotina de trabalho. Nesse sentido, o professor é mais importante do
que nunca no processo de aprendizagem. Imaginar que o computador é algo
que dispensará o professor pela quantidade e qualidade dos softwares que
virão a existir é uma ideia superada que veio à luz num momento da história
da educação em que não se conheciam exatamente as possibilidades da
máquina. Muito menos se sabia qual era a mais nobre função do professor
educador: um criador de ambientes de aprendizagem e de valorização do
educando.
Por isso, a necessidade e a importância de uma formação continuada,
que envolva a realização de cursos, seminários, simpósios e encontros
pedagógicos/educacionais, não é passível de discussão.
Currículo
Há algumas décadas o tema currículo tem sido alvo de inúmeras reflexões e
debates revelando um variado conjunto de ideias e pensamentos acerca da
educação.
A ideia mais generalizada de currículo vincula plano de estudo em dois
sentidos:
1º) Currículo entendido como estudo a realizar: é o conhecimento
tratado pedagogicamente pela escola que deve ser aprendido pelo aluno.
Esta concepção suscita algumas reflexões:
Quais conhecimentos devem conter um currículo?
Como organizar um currículo?
2º) Currículo entendido como estudos já realizados: são as experiências
já vividas proporcionadas pelas instituições escolares; conjunto de matérias
ou disciplinas que consiste nas etapas de aprendizagens que os alunos
devem percorrer ou já percorreram no seu processo formativo. Essa
concepção é etimologicamente fiel ao termo (verbo latino) currículo como
itinerário, como caminho a percorrer ou já percorrido.
Ao analisar as duas concepções percebemos que as principais
diferenças residem no enfoque dado aos elementos que constituem o
currículo. No entanto, tanto uma como a outra abordam o currículo como
centro da relação educativa, sendo a expressão das relações que se dão na
escola.
Analisando-o como formal constitui-se num documento oficial
prescritivo ou guia orientador do trabalho escolar que pode estar centrado
nos conteúdos ou nos objetivos de ensino.
Desta forma seria apenas visto como um plano para a aprendizagem,
um plano geral dos conteúdos ou matérias específicas de ensino que a escola
oferecerá aos alunos com objetivo de prepará-los para a sua graduação e
ingresso no mundo profissional ou vocacional.
Porém, analisando-o como real ele corresponderá às experiências a
serem desenvolvidas na escola. É uma concepção ainda propositiva, ou seja,
dirigida por um documento que diz o que deve fazer. Está centrada,
prioritariamente, nos processos e não nos produtos/resultados.
A partir dos anos 70, o currículo passou a ser visto como instrumento
de compreensão do trabalho pedagógico. Começou a ser entendido como
instrumento de descrição e melhoria das classes como as turmas de alunos.
Deixou de ser uma concepção propositiva (documento diz o que se deve
fazer) e converteu-se num filtro analítico do que realmente ocorre nos
processos de ensino. Enfim, o currículo sob esta forma representa um
instrumento que permite revisar as práticas específicas de cada turma de
alunos. O importante nesta concepção não é aquilo que o currículo, enquanto
documento, preconiza, mas como é implementado em situações concretas.
O chamado currículo oculto passa a ser mencionado, e é visto como
valores implícitos nos programas, aqueles que não estão literalmente
descritos e, muitas vezes, nem fazem parte das intenções conscientes, mas
são efetivamente transmitidos. O conceito de currículo oculto aponta para o
fato de que o aprendizado incidental, durante o curso, pode contribuir mais
para a socialização do estudante que o conteúdo ensinado no curso.
O currículo deve ser concebido como um processo que culmina numa
prática pedagógica (ensino) que ocorre num sistema escolar concreto,
dirigido a determinados professores e alunos. Para ser um projeto coerente
deve considerar, no seu planejamento e implantação, decisões oriundas de
determinantes culturais, econômicos, políticos e pedagógicos.
Para um currículo ser valorizado precisa atender as necessidades, as
condições reais e específicas da escola e da clientela, somente desta forma
dar-se-á a operacionalização do mesmo.
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
A lei nº 11.645 de 10 de março de 2008 que altera a Lei nº 9.394 de 20
de dezembro de 1996, modificada pela Lei nº 10.639 de 09 de janeiro de
2003, institui como obrigatoriedade o estudo da história e cultura afro-
brasileira e indígena nos conteúdos programáticos em todo o currículo
escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história
brasileira.
Segundo a Agência Folha, depois de cinco anos e mais de R$ 10
milhões gastos com capacitação de professores, a lei federal que obriga
escolas públicas e particulares de todo o país a ensinar história e cultura
afro-brasileira -uma das primeiras medidas do governo Lula- não saiu do
papel.
"Não houve um planejamento. Só algumas escolas públicas, em razão
de professores interessados, adotaram a lei. As particulares nem sequer
discutiram a temática",
O objetivo é combater a discriminação e dar à escola "uma nova identidade
na área didático-pedagógica". "Alunos negros não conseguem se ver na
escola, já que não existe nada que os identifique." diz Leonor Araújo,
coordenadora-geral de Diversidade e Inclusão do MEC.< Fonte: Presidência
da República http://cenbrasil.blogspot.com/2008_10_01_archive.html>
Acesso em: 24 jun.2009.
A Lei 10.639, de 2003 estabelece a inclusão no currículo oficial da rede
de ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira",
coloca como conteúdo o estudo da história da África e dos africanos, a luta
dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da
sociedade nacional, bem como a contribuição do povo negro nas áreas social,
econômica e política pertinentes à história do Brasil.
A Lei nº 11.645, de 2008 mantém todos os dispositivos anteriores, mas
inclui também a obrigatoriedade da temática indígena no currículo.<Fonte:
Presidência da República
http://cenbrasil.blogspot.com/2008_10_01_archive.html> Acesso em: 24
jun.2009.
“Somente o conhecimento da História da África e do negro poderá
contribuir para se desfazer os preconceitos e estereótipos ligados ao
segmento afro-brasileira, além de contribuir para o resgate da auto-estima
de milhares de crianças e jovens que se vêem marginalizados por uma escola
de padrões eurocêntricos, que nega a pluralidade étnico-cultura de nossa
formação” (Oriá,2004:101).< http://74.125.47.132/search?
q=cache:9IwoiJwUpS4J:www.proex.ufu.br/formacaocontinuada/New/eixo1/E1_
arquivos/apresentacao/Lei%252010.639.pps+10.639+hist
%C3%B3ria+e+cultura+afro+brasileira&cd=1&hl=pt-
BR&ct=clnk&gl=br>Acesso em: 24 jun.2009.
HISTÓRIA DO PARANÁ
A Lei 13381 de 18/12/2001 Torna obrigatório, no Ensino Fundamental e
Médio da Rede Pública Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina História
do Paraná, incluídos os conteúdos sobre a Bandeira, o Escudo e o Hino do
Paraná, sendo que o hasteamento da Bandeira do Estado e o canto do Hino
do Paraná se constituirão atividades semanais regulares e, também, nas
comemorações festivas nos estabelecimentos da Rede Pública Estadual.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O surgimento e desenvolvimento da Educação Ambiental está
relacionado ao movimento ambientalista, pois é fruto da conscientização da
problemática ambiental. A ecologia como ciência global trouxe a
preocupação com os problemas ambientais, surgindo á necessidade de se
educar no sentido de preservar o meio ambiente.
Na Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente realizada em 5 a 16 de
junho de 1972 em Estocolmo, Suécia, que surgiu em âmbito mundial a
preocupação com os problemas ambientais , recomendando-se a
necessidade do desenvolvimento de uma educação ambiental,
recomendando-se o estabelecimento de programas neste sentido. Dessa
forma, surgiu a EA como uma nova ciência preocupada principalmente em
apresentar soluções aos problemas ambientais mundiais.
A Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental de Tbilisi,
Rússia, 1977, apresentou 41 recomendações com as diretrizes necessárias,
as quais mostram a importância de se conhecer a interdependência dos
fatores econômicos, sociais, políticos e ecológicos e necessidade se
conscientizar todos os segmentos da sociedade, para que agindo em
conjunto possam elaborar planos de ação em busca de soluções globais para
a problemática ambiental.
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, a Rio 92, por sua vez , em sua Agenda 21, capítulo 36,
reforçou as recomendações de Tbilisi, propondo entre outras medidas a
promoção do ensino, da conscientização e do treinamento. Nesta conferência
foi proposta a reorganização do ensino e a Educação Ambiental foi
incorporada definitivamente como processo indispensável no caminho do
desenvolvimento sustentável preconizado pela Agenda 21, uma agenda de
diretrizes para o século 21. Porém, as soluções esperadas só poderão ser
conseguidas em havendo programas ambientais desenvolvidos com toda a
seriedade e técnicas exigidas ao fim que se pretende.
Apesar de não ser um documento jurídico na sua maior expressão, a
Agenda 21 é sem sombra de dúvida o mais importante documento a dar base
às legislações dos países ligados à ONU, pois ali estão as recomendações e
os princípios necessários à implantação de leis que refletem os anseio
mundiais sobre a matéria.
Em termos jurídicos, vimos que no Brasil A Constituição Brasileira de
1988 expôs, de maneira clara, sobre o meio ambiente. O artigo 225, diz com
clareza,” Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-
se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para
as presentes e futuras gerações."
Deste modo, o direito ao meio ambiente sadio é norma
constitucionalmente prevista, sendo que, o dispositivo supracitado impõe o
dever, tanto ao Poder Público, como a coletividade de preservá-lo.
Mas, apesar desta previsão constitucional, pouco era feito no Brasil
para a sua implantação concreta no ensino. O que existia era fruto dos
esforços de alguns professores e educadores, sendo necessário a publicação
da Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a educação ambiental,
institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.
A lei 9.795 define a Educação ambiental como “os processos por meio
dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à
sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (art.1º).
No Capítulo II art. 6ª é instituída a Política Nacional de Educação
Ambiental.
A Lei também dispõe sobre a obrigatoriedade do Poder Público em seu
artigo 16 “ Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de sua
competência e nas áreas de sua jurisdição, definirão diretrizes, normas e
critérios para a educação ambiental, respeitados os princípios e objetivos da
Política Nacional de Educação Ambiental.
Portanto, a Educação Ambiental é um processo educacional criado ao
longo de muitos anos através de estudos de especialistas, que tem uma
visão global das necessidades do homem e da natureza entrelaçadas em um
objetivo comum que é a manutenção da qualidade de vida de todos os seres
do planeta. Em vista da existência de problemas ambientais em quase todas
as regiões do país, torna-se importantíssimo o desenvolvimento e
implantação de programas educacionais ambientais, os quais são de suma
importância na tentativa de se reverter ou minimizar os danos ambientais.
Somente assim poderemos tentar melhorar a qualidade de vida de
todos e, conseqüentemente, cumprirmos o disposto no art.225 de nossa
Constituição Federal, onde diz, em poucas palavras, que o meio ambiente
sadio é um direito de todos.
<http://www.aultimaarcadenoe.com/podereduca.htm>Acesso em: 26
jun.2009.
ESTÁGIO
Cabe a escola também de acordo com a lei 11.788 de 25 de setembro
de 2008 e Decreto nº 3207 de 12 de agosto de 2008, formar para o mundo
do trabalho, cumprindo sua função social de dar acesso aos conhecimentos
produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de
proporcionar ao futuro trabalhador se apropriar das etapas do processo de
forma conceitual e operacional, relacionando e operacionalizando a teoria e
prática para além da forma técnica que secundariza o conhecimento,
necessário para se compreender o processo de produção em sua totalidade,
permitindo ao estudante, futuro trabalhador atuar no mundo do trabalho de
forma mais autônoma, consciente e crítica.
A referida Lei em seu art. 1º define estágio como sendo um ato
educativo escolar, supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho,
que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam
frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de
educação profissional , de ensino médio, da educação especial e dos anos
finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de
jovens e adultos. E em seu & 1º e 2º classifica o estágio obrigatório e não
obrigatório.
No Capítulo II a lei se refere as obrigações das instituições de ensino;
no Capítulo III dispõe sobre a parte Concedente; no Capítulo IV sobre o
estagiário; Capítulo V da Fiscalização e no Capítulo VI sobre as Disposições
Gerais.
EDUCAÇÃO ESPECIAL
A LDB 9.394/96 em seu capítulo V coloca que a educação dos
portadores de necessidades especiais deve se dar de preferência na rede
regular de ensino, o que traz uma nova concepção na forma de entender a
educação e integração das pessoas com necessidades especiais, o Art. 58 da
referida Lei diz que entende-se por educação especial, a modalidade de
educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino,
para educandos portadores de necessidades especiais.
e em seu § 1º - que haverá, quando necessário, serviços de apoio,
especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela
da educação especial – e § 2º que o atendimento educacional será feito em
classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das
condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas
classes comuns de ensino regular. E em seu § 3º que a oferta de educação
especial é dever constitucional do Estado e tem início na faixa etária de zero
a seis anos, durante a educação infantil.
Através da Portaria nº 1.679 de dezembro de 1999 o Ministro de Estado
da Educação dispõe sobre os requisitos de acessibilidade de pessoas
portadoras de deficiências, para instruir os processos de autorização e de
reconhecimento de cursos, e de credenciamento de instituições.
A Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001, Institui as
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, de
conformidade com o disposto no Art. 9o, § 1o, alínea “c”, da Lei 4.024, de 20
de dezembro de 1961, com a redação dada pela Lei 9.131, de 25 de
novembro de 1995, nos Capítulos I, II e III do Título V e nos Artigos 58 a 60 da
Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e com fundamento no Parecer
CNE/CEB 17/2001, homologado pelo Senhor Ministro de Estado da Educação
em 15 de agosto de 2001.
A Deliberação nº 730/03 aprovada em 02 de junho de 2003 pelo
Conselho Estadual de Educação do Estado do Paraná, Delibera sobre as
Normas para a Educação Especial, modalidade da Educação Básica para
alunos com necessidades educacionais especiais, no Sistema de Ensino do
Estado do Paraná.
Avaliação
Ao longo da história da educação e da prática educativa, a avaliação
escolar vem sendo realizada por meio de provas e exames, apenas com os
objetivos de classificação, aprovação ou reprovação. Isso ocorre até
naturalmente, já que o próprio sistema de ensino tem interesse nos
percentuais de aprovação; os pais desejam que os filhos avancem para as
séries seguintes; os alunos estão sempre na expectativa da aprovação e os
professores necessitam utilizar-se de um instrumento específico para medir a
aprendizagem, até por uma exigência social.
É necessária uma reflexão sobre este tipo de avaliação. Não é correto
que os profissionais da educação tenham uma atitude de acomodação diante
desse quadro e, muito menos, uma atitude de acusação. Como responsáveis,
também, pela qualidade de ensino, é importante que se busque alternativas
para a mudança gradativa desta situação. Sabe-se que falta esclarecimentos
para que uma nova prática de avaliação se efetive: falta clareza do que fazer
para saber se o aluno se apropriou ou não dos conhecimentos necessários. O
que se propõe nesta instituição de ensino vem de encontro ao que
estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394/96,
em seu artigo 24, inciso V, que trata de um dos critérios da verificação do
rendimento escolar: a) “Avaliação e cumulativa do desempenho do aluno,
com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”. Dessa
forma sugere-se que os professores não abandonem o que vêm praticando
até agora, mas que reflitam sobre as suas práticas avaliativas, no sentido de
concluir se não estão sendo meramente classificatórias ou até punitivas.
A partir de trabalhos de pesquisadores na área de avaliação escolar,
pode-se afirmar que a avaliação precisa ser algo que possa subsidiar o
educador, visando atender as necessidades de seus alunos. A avaliação não
pode estar limitada a um período determinado, e sim num processo que
acompanha o ato de aprender e ensinar. Enfim, deve ser uma prática
contínua e mediadora.
Se esse processo for uma mudança é preciso que seja gradativo e
assumido coletivamente na escola. Não é possível mudar um sistema de
avaliação numa atitude isolada.
Desta forma, a avaliação mediadora é aquela que leva o professor a
analisar teoricamente as várias manifestações dos alunos em situação de
aprendizagem, para acompanhar as hipóteses que vêm formulando a
respeito de determinados assuntos, em diferentes áreas do conhecimento,
de forma a exercer uma ação educativa que lhes ofereça a descoberta das
melhores soluções ou a confirmação de hipóteses preliminarmente
formuladas. Esse acompanhamento visa o acesso gradativo do aluno a um
saber competente na escola e, portanto, a outras séries e graus de ensino.
Para uma avaliação eficaz, o professor deverá se inteirar do que o
aluno já sabe e determinar seus objetivos. É necessário que o
acompanhamento seja sistemático, possibilitando ajustes constantes. A
avaliação deve contemplar a observação de avanços e da qualidade da
aprendizagem alcançada em relação aos objetivos previamente definidos.
Por outro lado, as avaliações deverão ser somativas, considerando-se
um total de 10,0 (cem) pontos no bimestre, subdivididos em várias partes
como: provas, trabalhos, pesquisas, participações em aula, testes,
discussões, debates e outros.
A Escola Estadual Monteiro Lobato, através do projeto de recuperação
paralela, oferece oportunidades aos seus alunos para aprender melhor,
oferecendo vários tipos de atividades, para auxiliar na compreensão de
conteúdos, nas quais não obtiveram rendimento satisfatório.
O processo de recuperação paralela acontecerá de forma contínua e
priorizará o atendimento a alunos que não alcançaram rendimento suficiente,
buscando uma metodologia que valorize todas as suas individualidades,
oportunizando uma avaliação que analisará sua capacidade de progressão no
processo de aprendizagem.
Cada professor buscará, em sua área e de acordo com as necessidades
individuais dos educandos, formas de efetivar esse processo, estimulando,
motivando e conscientizando os alunos de suas potencialidades.
O Ato Administrativo nº 88/03, de 28 de abril de 2003, trata da
aprovação do Regimento Escolar da nossa Escola, destaca no capítulo III o
processo de verificação do rendimento escolar. Cabe citar que houve
alteração quanto à seção III, no item que abordará a promoção, referente à
média escolar para aprovação, segundo parecer nº 038/05 de 01 de fevereiro
de 2005, que será apresentado na versão atual:
A partir do ano letivo de 2005, a Escola Estadual Monteiro Lobato altera
em seu Regimento Escolar, a média de aprovação, de acordo com a
Resolução nº 3794/04 de 23 de dezembro de 2004:
Ao final do ano letivo será calculada a média final do aluno, através da
seguinte fórmula:
MF = 1º B + 2 B + 3º B + 4º B = 6,0
4
Será considerado aprovado o aluno que:
Apresentar frequência igual ou superior a 75% do total das horas
letivas, e rendimento igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero).
Ao aluno que não atingir o limite mínimo de 6,0 (seis vírgula zero) de
frequência igual ou superior a 75% do total das horas letivas, será
considerado reprovado.
VI – PROPOSIÇÃO DE AÇÃO
6.1 - Plano de Ação
PLANO DE AÇÃO: ESCOLA
PLANO DE AÇÃO ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO
Tópicos Discutidos Problemas Levantados
Ações da Escola em 2008
Período Responsável
Projeto Político-Pedagógico
Desatualizado e falta de leitura dos funcionários e professores
Revisão geral com questionário situacional e grupos de estudo na hora- atividade
2009 Direção e Equipe Pedagógica
Regimento Escolar Falta de conhecimento e leitura, fazer atualizações
Revisão, atualizar e grupos de estudo e leitura na hora-atividade
2009 Direção, Equipe e toda a comunidade escolar
Instâncias Colegiadas: Grêmio Estudantil/ APMF/ Conselho Escolar
Falta de reuniões , encontros e conhecimento sobre a função das instâncias
Fazer reuniões , levando a comunidade a conhecer como funciona estas instâncias
2009 Direção e Instâncias
Entidades Externas
Desconhecem a escola
Fazer parcerias com empresas da comunidade para a melhoria do ambiente escolar nos aspectos físicos, sociais, pessoais, culturais entre outros
2009 Direção e toda a Comunidade escolar
Planejamento Participativo
Dificuldade para reunir os professores, pois a maioria está fixado em outros estabelecimentos de ensino e não está sendo seguido.
Permitir a participação dos professores em outros estabelecimento, oportunizando a troca com os colegas da sua discip ina, tendoĺ eles o compromisso de repassar para a
2009 Todo o corpo Docente
escola e adaptar as necessidades locais. Seguir o planejamento a risca e conscientização da necessidade
Cumprimento do Calendário Escolar em dias letivos e horas-aula
Muita falta, troca de professores
Plano de reposição das aulas, projetos, evitar as faltas.
2009 Equipe Pedagógica e Professores
Relação Escola-Comunidade
Desinteresse, participação dos pais na escola, falta de cooperação do conselho Tutelar e Ministério Público.
Reuniões mais atrativas, palestras e orientações para os pais.
2009 Equipe e Direção
Programa Paraná Alfabetizado
Demora para pagamento dos professores.
Mais atenção pedagógica para estes professores e organização do pagamento
2009 Responsáveis pelo Projeto – Instâncias superiores
Proposta Pedagógica Curricular/ Plano de Trabalho Docente
Falta de Trabalho em conjunto, pois como nossa escola possui um professor de cada disciplina, não tem como promover um espaço de discussão específico por área de atuação
Hora Atividade Concentrada e união das escolas que as realidades se aproximam
2009 Equipe pedagógica, direção, professores.
Avaliação Escolar Trabalhos e tarefas não entregues, falta de interesse na realização das
Proporcionar, na medida do possível a realização dos trabalhos avaliativos em sala em
2009 Equipe e Professores
atividades propostas
sala,registrando em livro próprio a não entrega. Buscar estratégias de motivação para realização dos mesmos
Conselho de Classe
Falta de fixação na real função e participação do poucos professores
Novas estratégias visando a busca de soluções pedagógicas para o enfrentamento das dificuldades apresentadas pelos alunos e adequação do dia e horário com o objetivo de atingir a maioria dos professores
bimestral
Equipe pedagógica, direção, professores e instâncias convidadas
Hora- atividade Local impróprio e falta de oportunidade para troca de experiências
Hora atividade concentrada e adequação do espaço (realizar esporadicamente em outra escola possibilitando a troca com seus pares)
Anual Equipe pedagógica, direção e professores das disciplinas
Recuperação de estudos
Visão distorcida por parte dos alunos, explicando : o aluno deixa de fazer ou faz de qualquer jeito porque sabe que terá uma segunda “chance”
Esclarecimento do processo de recuperação paralela e elaboração de critérios para a sua aplicabilidade
Anual Equipe pedagógica e professores
Registro e acompanhamento de alunos incluídos
Falta de espaço para abrir demanda para estes profissionais atenderem na escola
Falta de espaço para abrir demanda para estes profissionais atenderem na escola
Uma escola com estrutura para atendimento
Reuniões Pedagógicas/ Semanas Pedagógicas
Participação dos professores, por ser uma escola pequena e a falta de direcionamento de conteúdos específicos de cada setor, além do coletivo da escola
Realizar as semanas pedagógicas em conjunto com outra escola, que apresentam realidade parecida e reuniões utilizando momentos de convocação para tratar assuntos específicos da escola quando se fizer necessário
2009 Equipe pedagógica, direção e professores e instâncias convidadas
Enfrentamento à Evasão
Endereços e telefones desatualizados, os pais mudam o número e não comunicam, impossibilidade de comunicação
Além do endereço e telefone oficial registrado no ato da matrícula, pelo menos acrescentar mais dois números para recados e contato
2009 Secretária
Jornadas Pedagógicas
Disponibilidade, devido ao trabalho em outras entidades
Negociação para liberação
2009 Equipe e Direção
Grupo de Estudos Horários e dias impróprios,sábados, único dia de acesso ao comércio para os professores
À distância, com poucos encontros presenciais e envio do material pela internet
anual Professores das áreas afins
NRE Itinerante Falta de tempo para para rever e adaptar a realidade da escola
Utilização da hora atividade concentrada para adaptação a realidade da escola
2009 Professores, equipe pedagógica
Simpósios/ Seminários/ Encontros/ Cursos
Participação, comprometimento com o evento
Proposta da Hora-Atividade do professor, troca de experiência nos encontros
2009 SEED
promovidos.
PDE/ GTR Informações desencontradas
Reuniões específicas de esclarecimento e procedimentos necessários para participar do PDE/GTR
Antes do processo seletivo
professores capacitados à participação
Produção de Material(Folhas/OAC)
Sobrecarga de horário e escolas de atuação
Hora atividade concentrada como incentivo ao desenvolvimento deste material, conciliando-o com seu planejamento
anual professores, equipe pedagógica e direção
Projetos específicos da Escola
Falta de Espaço físico e de profissionais na escola
Luta continua para a efetivação da construção da nova escola, já que estamos em prédio cedido pelo município, onde divide-se espaço com o ensino municipal e suprimento da falta de funcionários estaduais
2009 Direção, Equipe e Professores
Semana cultural e esportiva
Inexperiência Planejamento coletivo , busca de parcerias. Repensar e promover outros momentos
2009 Direção, Equipe e Professores
Programas institucionais da SEED: FERA/ ComCiência/ JOCOPS/ CELEM
convite muito em cima da hora
Organizar no início do ano as atividades.
2009 Direção Equipe e Professores
Educação do Campo
A falta de comprometimento por parte dos professores e comunidade escolar, desconhecimento do
Grupos de estudo, aproximando o planejamento da realidade
2009 Direção Equipe e Professores
assunto
Desafios educacionais contemporâneos: educação ambiental,sexualidade, enfrentamento à violência nas escolas, prevenção ao uso indevido de drogas, educação fiscal, História e cultura Afro-brasileira e Africana
Acúmulo de função
Priorizar o currículo e incorporar estes desafios ao dia a dia escolar
2009 Direção, Equipe e Professores
Materiais e ambientes didático-pedagógicos: Laboratório de Ciências e de Informática/ TV Paulo Freire, TV Pendrive, acervo da biblioteca, Livro Didático Público
Espaço físico Continuar lutando pela nova escola
2009 Comunidade escolar
Recursos Financeiros: Fundo Rotativo/ PDDE
Falta de autonomia para investimento destes recursos conforme necessidade da escola
Maior autonomia, via argumentação da necessidade
2009 Comunidade escolar
6.1.1 -PLANO DE AÇÃO: EQUIPE PEDAGÓGICA.
Atualização do Projeto Político Pedagógico;
Implementação do trabalho pedagógico no coletivo da escola;
Organização do espaço e do tempo escolar. Organizar turmas,
calendários letivos, distribuição de aulas, horário semanal de aulas,
horas atividades e recreio;
Planejar e organizar espaços e tempos da escola para projetos de
recuperação dos estudos;
Acompanhar a hora atividade do professor, sugerindo possíveis ações e
práticas pedagógicas; trocando idéias e sugestões; assessorando no
planejamento, seleção de conteúdos e metodologias;
Auxiliar na organização de atividades culturais;
Organizar jornadas pedagógicas e conselhos de classe
Atendimento a pais, alunos, professores, funcionários e comunidade
em geral;
Acompanhamento do trabalho pedagógico desenvolvido pelos
professores; implementando a proposta curricular da escola;
Implementar a proposta curricular da escola de acordo com as políticas
educacionais da SEED/PR e com as Diretrizes Curriculares Nacionais do
CNE;
Elaborar projetos de intervenção da atualidade da escola para
melhorias do processo educativo;
Assessorar o professor (a), no planejamento, quanto à seleção de
conteúdos, e transposição didática em consonância com os objetivos
expressos no PPP;
Formação continuada do coletivo de profissionais da escola;
Relação entre escola e a comunidade;
Avaliação do trabalho pedagógico;
Colaborar com as relações interpessoais (pais, professores, alunos e
funcionários);
Ter conhecimento dos principais documentos da escola (Organograma,
Regimento Escolar, Projeto Político Pedagógico, Proposta Curricular...)
para atualizar–los as novas exigências e necessidades emergentes da
comunidade;
Seleção de referencial teórico, para reflexão, estudo, sensibilização,
relatos de experiências para intercâmbio e atividades pedagógicas
para os professores;
Acompanhamento de alunos com desempenho insatisfatório ou
dificuldades de aprendizagem observando junto ao professor a
realização da recuperação paralela;
Observar se os projetos propostos pela escola estão sendo
desenvolvidos de acordo com os seus objetivos;
Coordenar junto com a Direção os conselhos de classe e planejar
formas de intervenção no processo ensino-aprendizagem;
Verificar os livros de chamada, acompanhando os conteúdos
trabalhados, os avanços das turmas, observando a organização do
professor, os registros realizados e a clareza da avaliação;
Proporcionar as relações interpessoais entre os segmentos da escola,
através de reuniões, desenvolvimento de projetos, encontros, etc;
Acompanhar o desempenho dos alunos, realizando análise de
resultados, conversa individuais com alunos, professores e pais sempre
que necessário;
Divulgar o regimento interno, com o objetivo de destacar os direitos e
deveres de cada um, bem como o acompanhamento de sua efetivação
no cotidiano escolar;
Mediar as relações conflituosas decorrentes de problemas disciplinares
e educacionais, fazendo o levantamento e registro do fato acontecido,
intervindo como mediadora a fim de solucionar a problemática.
6.1.2 -PLANO DE AÇÃO: EQUIPE ADMINISTRATIVA
AÇÃO: Organização de arquivos ativos.
OBJETIVOS: Organizar as pastas e arquivos separados por série e em ordem
alfabética.
DETALHAMENTO: Organizar as pastas individuais dos alunos, separando-os
por série e ordem alfabética.
CONDIÇÕES/RECURSOS: Arquivos; pastas individuais dos alunos.
RESPONSÁVEL: Todos os funcionários administrativos.
CRONOGRAMA: Todo ano letivo.
AÇÃO: Organização do arquivo inativo.
OBJETIVOS: Organizar a pasta individual dos alunos inativos.
DETALAMENTO: Organizar o arquivo morto, com pasta dos alunos
concluintes, transferidos, desistentes ou falecidos, em ordem alfabética.
CONDIÇÕES/RECURSOS: Arquivos e pastas individuais.
RESPONSÁVEL: Todos os funcionários administrativos.
CRONOGRAMA: Todo o ano letivo.
6.1.3 -PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO
PRINCÍPIOS ORIENTADORES
Os princípios orientadores do Plano de Ação de Direção do
Estabelecimento de Ensino são:
Qualidade – A qualidade, aqui pretendida é a de possibilitar ao
educando escolher um caminho de vida próprio, de poder ser
respeitado nessas escolhas e de poder viver de modo digno e
satisfatório em qualquer alternativa, de acordo com as próprias
aptidões, desejos e valores;
Igualdade – A identidade se constrói com a valorização das qualidades
de cada um dos estudantes; através de uma prática inclusiva
educacional, social e racial;
Democracia – O desafio de transformar a escola num espaço de
vivência compartilhada implica na prática permanente do
planejamento participativo, na adoção de estratégias para atendimento
aos alunos com deficiências na aprendizagem, zelando para que não
haja fragmentação nas ações desenvolvidas no contexto escolar.
OBJETIVOS
Compartilhar com todos os segmentos da Escola a Execução do Projeto
Político Pedagógico;
Propiciar a integração entre os estudantes, os professores, os
funcionários, a família e a equipe pedagógica visando a melhoria de
qualidade de ensino, baseado na qualidade de vida no ambiente
escolar;
Possibilitar ações conjuntas entre a Direção do Estabelecimento de
Ensino Estadual e a Direção da Escola Municipal, a APMF, o Conselho
Escolar, o Grêmio Estudantil, os Formandos e a Comunidade em Geral,
para o sucesso de todos os projetos e/ou promoções.
6.2.- - LINHAS DE AÇÃO: GESTÃO DEMOCRÁTICA
Para que haja uma gestão democrática na escola, é fundamental
garantir a participação da Comunidade interna e externa para juntos
construirmos uma educação de qualidade.
6.2.1- GESTÃO DEMOCRÁTICA – CONSELHO ESCOLAR
AÇÃO
Apresentação do P.P.P. e o Plano de Ação aos membros do Conselho
Escolar e sua especificidade;
Estudo, análise e reflexão do papel do Conselho de Escolar;
Reuniões ordinárias.
OBJETIVO
Instrumentalizar os membros do Conselho Escolar afim de que exerçam
sua função pedagógica e possa deliberar de acordo com a realidade da
comunidade escolar;
Conhecer a concepção teórica que fundamentam as funções do Conselho
Escolar;
Dinamizar ações para que o Conselho de Escolar possa atuar como
instrumento de gestão democrática colegiada.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Participação na Semana Pedagógica;
Reuniões ordinárias para definir metas com agenda de ações a serem
desenvolvidas;
Estudo de textos sobre as funções, atribuições e o papel do Conselho
Escolar no contexto de atuação pedagógica.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Estatuto do Conselho Escolar, P.P.P. Plano de Ação da Escola;
Sala para reuniões;
Cópias dos documentos e textos;
Retroprojetor;
Agenda do espaço a ser utilizado para as reuniões.
RESPONSÁVEL
Diretor, Equipe pedagógica;
Membros do Conselho escolar.
CRONOGRAMA
Fevereiro à dezembro; sendo uma reunião mensal ordinária e se
necessário, extraordinárias.
6.2.3- GESTÃO DEMOCRÁTICA – CONSELHO DE CLASSE
AÇÃO
Processo do Conselho de Classe conforme Projeto Político Pedagógico.
OBJETIVO
Coordenar e organizar os encaminhamentos das etapas do processo do
Conselho de Classe em vista da qualidade do ensino-aprendizagem de
todos os alunos;
Estudo coletivo de textos que fundamentam novas formas de organização
do Conselho de Classe.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Organização do Conselho de Classe: estudos,, agenda, instrumentos de
registros;
Levantamento dos problemas de cada turma e alunos identificando-os e
respectivos registros das informações;
Análise dos problemas e tomada de decisões;
Planejar as ações a ser encaminhadas após o Conselho de Classe para as
turmas;
Organizar a comunicação dos resultados aos alunos e famílias;
Seleção e estudo de textos que propõe experiências e formas de
encaminhamentos contemplando a busca de soluções coletivas de
encaminhamentos com ênfase a melhoria do processo de ensino-
aprendizagem.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Disponibilidade do horário no calendário;
Textos e relatos de experiências de pesquisas publicadas, regulamento
interno, papeis, regimento, legislações.
RESPONSÁVEL
Diretor e equipe pedagógica
CRONOGRAMA
Nos bimestres do ano letivo;
Datas do Conselho de Classe previstas no calendário escolar.
6.2.4- GESTÃO DEMOCRÁTICA – APMF
AÇÃO
Mobilização dos membros da APMF a fim de estudar os estatutos da
mesma e conhecer o Projeto Político Pedagógico da escola;
OBJETIVO
Integrar a comunidade – escola - pais com o intuito e efetivar as ações
propostas no PPP.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Reuniões (assembleias) debates; leituras; grupo de estudos;
explanações.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Estatuto da APMF, palestrante; salas, transparências, cópias de
documentos.
RESPONSÁVEL
Diretor, equipe pedagógica e diretoria da APMF
CRONOGRAMA
Fevereiro/ Março
6.2.5 GESTÃO DEMOCRÁTICA – REPRESENTANTE DE TURMA
AÇÃO
Formação de liderança – perfil de um líder;
Escolha dos representantes de turma;
Preparo e acompanhamento dos alunos para o exercício de liderança;
Trabalho com todos os alunos, nas diversas disciplinas, sobre os
conceitos de representação, democracia, cidadania, liderança e outros
que contemplam gestão democrática;
Envolvimento e participação direta com os integrantes do Grêmio
estudantil.
OBJETIVO
Estudar, preparar e oportunizar o exercício da liderança;
Vivenciar a prática da democracia de seu exercício através de
representante de turma, visando desenvolver a participação, iniciativa,
representatividade, mobilização, criatividade e outros componentes da
prática da gestão democrática.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Além do conselheiro e vice líder sugere-se a contribuição de dois
conselheiros que discutirão com o (a) líder as ações a serem desenvolvidas
pela turma.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Previsão de horário e dias para realização das atividades;
Preparo do professor pedagogo;
Uso de recursos visuais para facilitar a explicitação.
RESPONSÁVEL
Equipe pedagógica e professor regente de classe e outros professores
das disciplinas.
CRONOGRAMA
Durante o ano letivo de 2006 a 2008.
6.2.6- GESTÃO DEMOCRÁTICA - GRÊMIO ESTUDANTIL
AÇÃO
Mobilização do Grêmio estudantil para pequenas reformas na escola;
Formação continuada sobre Liderança e processo da instituição;
Elaboração da proposta de trabalho do Grêmio Estudantil Gestão 2006 a
2008;
Mobilização para elaboração do Jornal da Escola com produções dos
alunos.
OBJETIVO
Melhorar a estrutura física da escola, visando um ambiente acolhedor e
propício à aprendizagem;
Desenvolver o senso de responsabilidade nos alunos, fazendo com que
percebem a importância de suas ações para a escola;
Mobilizar a comunidade escolar para a elaboração do Jornal da Escola
visando divulgar produções dos alunos;
Orientar os alunos integrantes do Grêmio Estudantil para que realizem um
diagnóstico sobre as necessidades de formação continuada dos
estudantes, entre outras.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Divulgação da proposta pelos integrantes do grêmio juntamente com a
comunidade escolar;
Arrecadação de recursos junto a comunidade e os diferentes segmentos
da sociedade;
Envolvimento dos discentes da escola: divulgação nas salas de aula,
trabalho de conscientização, fiscalização e conservação;
Envolvimento dos pais, APMF e CE para efetivação dos trabalhos.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Arrecadação de materiais junto a comunidade escolar e demais
segmentos da sociedade;
Promoções;
RESPONSÁVEL
Integrantes do Grêmio estudantil (diretoria);
Direção e equipe pedagógica.
CRONOGRAMA
Durante o ano letivo e no horário de contra-turno e em alguns horário de
aulas pré-agendados.
6.2.7- GESTÃO DEMOCRÁTICA - PARTICIPAÇÃO DOS PAIS
AÇÃO
Mobilização e participação dos pais no cotidiano escolar e no processo
educativo;
OBJETIVO
Assegurar melhorias no processo ensino-aprendizagem, na conservação
do prédio e do espaço físico e na viabilização de eventos culturais
complementares ao processo educativo.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Fevereiro – Análise do regimento interno e comprometimento das partes,
(pais, alunos, professores e funcionários);
Março – Definir com o grupo os encontros periódicos para debates,
estudos, atividades esportivas, confraternização, etc.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Pesquisar e propor horário para encontros e estabelecer parcerias;
Espaço físico, espaços da comunidade.
RESPONSÁVEL
Direção e equipe pedagógica;
Conselho Escolar;
Representantes de pais e dos alunos.
CRONOGRAMA
Em fevereiro e Março de cada ano letivo.
6.3 - PROPOSTA PEDAGÓGICA
6.3.1 - PROPOSTA PEDAGÓGICA – Organização e Implantação da
Proposta das Disciplinas – Ensino Fundamental
Ação
Tomar conhecimento através de leitura do documento: Orientações
Curriculares do ensino Fundamental para discussões, proposição e
elaboração da proposta pedagógica, junto ao corpo docente;
Elaboração e implantação da proposta pedagógica das disciplinas do
Ensino Fundamental.
Objetivo
Ouvir o corpo docente sobre a proposição dos conteúdos curriculares
contidos na proposta;
Selecionar os conteúdos de acordo com o diagnóstico existente para o
atendimento das necessidades da clientela escolar;
Elaborar a proposta pedagógica das disciplinas que compõem a matriz
curricular do Ensino Fundamental a partir das orientações curriculares do
Estado do Paraná, considerando os aspectos estruturantes: objeto de
estudo, pressupostos teóricos, critérios de seleção dos conteúdos e
práticas avaliativas;
Implantar a proposta pedagógica considerando a especificidade de cada
disciplina, série e turmas.
Detalhamento da Ação
Estudo, análise e reflexão para a proposição de uma ação voltada para a
realidade;
Estudo e análise das orientações curriculares das disciplinas;
Sistematização da proposta a partir da apresentação de um roteiro
organizador.
Condições/Recursos
Cadernos das Orientações Curriculares do Estado do Paraná e
experiências do corpo docente, tendo como apoio livro.
Responsável
Direção, equipe pedagógica e professores.
Cronograma
1ª Parada Pedagógica.
6.3.2-Proposta Pedagógica – Organização e Implantação da Proposta
das Disciplinas – Ensino Médio
Ação
Organização e implantação da proposta das disciplinas do Ensino Médio.
Objetivo
Elaborar a proposta pedagógica a partir das diretrizes curriculares da
SEED, adequado-as a realidade do estabelecimento de ensino.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Leitura e análise do P.P.P, orientações curriculares e planejamento do ano
anterior;
Adequar, selecionar e priorizar os conteúdos considerados significativos
para a realidade do estabelecimento de ensino e série.
CONDIÇÕES/RECURSOS
PPP;
Cadernos das Diretrizes Curriculares;
Planejamento dos anos anteriores;
Livros Didáticos.
RESPONSÁVEL
Direção, equipe pedagógica e professores.
CRONOGRAMA
1a Parada Pedagógica.
6.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA – PRÁTICAS AVALIATIVAS
AÇÃO
Estudo, análise e reflexão do processo (sistema) de avaliação;
Estudo de textos que fundamentam a proposta de avaliação previstas no
PPP e as práticas de avaliar;
Relato de experiências bem sucedidas entre os professores nas diferentes
disciplinas.
OBJETIVO
Repensar o processo avaliativo inserida na prática pedagógica;
Estudar a proposta de avaliação do PPP e textos teóricos que auxiliam a
compreensão da concepção de avaliação e possíveis alternativas para a
prática;
Oportunizar momentos para relato de experiências de práticas avaliativas
entre os professores e as respectivas disciplinas.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Leitura e reflexão do sistema de avaliação;
Estudo do texto de avaliação presente no PPP respondendo: para que
serve? Como avaliar?
Intervenção se necessária para buscar soluções ao processo de ensino-
aprendizagem.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Textos do PPP e sobre avaliação;
Dados expressos em gráficos a partir dos dados do SERE.
RESPONSÁVEL
Direção e equipe pedagógica.
CRONOGRAMA
Reunião Pedagógica inicial em fevereiro 2006, 2007 e 2008, a cada
Conselho de Classe e prever outras datas no decorrer do ano conforme
necessidade.
6.5- PROPOSTA PEDAGÓGICA: RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS/EM
PROCESSO/ PARALELA
AÇÃO
Leitura do PPP no início do ano letivo, referente a recuperação de estudos,
após a leitura combinar coletivamente a sistematização.
OBJETIVO
Desenvolver o plano de recuperação;
Proporcionar aos alunos uma aprendizagem significativa aos alunos que
apresentam dificuldades de aprendizagem, em vista da melhoria de seu
rendimento escolar.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Retomada de conteúdos utilizando metodologias diferenciadas, contando
com ajuda do Pedagogo se for necessário.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Sala de aula;
Estagiários;
Sistema de monitoria;
Contra-turno.
RESPONSÁVEL
Professores de cada disciplina conforme necessidade.
CRONOGRAMA
Durante todo o ano letivo.
6.6- PROPOSTA PEDAGÓGICA – REUNIÕES PEDAGÓGICAS
AÇÃO
Socialização de conhecimentos e informações.
OBJETIVO
Ler, estudar e analisar textos relacionados a educação, promovendo aos
professores novas possibilidades de adquirir conhecimentos e
compartilhar experiências afim de melhorar suas ações educativas.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Leitura de texto, análise e discussão dos mesmos;
Relatos e depoimentos;
Registro das informações.
CONDIÇÕES / RECURSOS
Textos, papel, caneta, retroprojetor. Giz, quadro (lousa), TV, Vídeos,
DVDs, CDs.
RESPONSÁVEL
Direção e equipe pedagógica;
CRONOGRAMA
Conforme datas previstas no calendário.
6.7- PROPOSTA PEDAGÓGICA – HORÁ ATIVIDADE
AÇÃO
Socialização de conhecimentos e informações;
OBJETIVO
Ler, estudar e analisar textos relacionados a educação;
Promover possibilidades de adquirir conhecimentos e compartilhar
experiências afim de melhorar as ações pedagógicas.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Leitura, análise e discussão dos textos.
Relatos e depoimentos;
Registros das informações.
CONDIÇÕES / RECURSOS
Textos, papel, caneta, retroprojetor, giz, quadro (lousa).
RESPONSÁVEL:
Direção e equipe pedagógica.
CRONOGRAMA
Conforme as datas previstas no calendário escolar. (Conforme
distribuição de aulas no período escolar.)
6.8-LINHA DE AÇÃO: FORMAÇÃO CONTINUADA
6.8.1- FORMÇÃO CONTINUADA – PARTICIPAÇÃO EM CURSOS/EVENTOS
E GRUPOS DE ESTUDOS
AÇÃO
Grupo de Estudos.
OBJETIVO
Oportunizar aos docentes o aperfeiçoamento e atualização dos seus
conhecimentos, levando a uma reflexão da prática educativa, buscando
mais qualidade
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Levantamento de dados da escola quanto ao rendimento escolar e
resultados finais;
Selecionar material de estudos, relacionados ao processo de avaliação
da aprendizagem na escola;
Formação de grupo de estudos
Organização do período estudo
CONDIÇÕES/RECURSOS
Salas do Colégio e reprodução do material
RESPONSÁVEL
Direção e equipe pedagógica
CRONOGRAMA
Os docentes em suas Horas Atividades estudarão e discutirão o texto em
pequenos grupos e haverá reuniões para apresentação do estudo.
6.9 FORMAÇÃO CONTINUADA - FORMAÇÃO DE GRUPOSDE ESTUDO:
PAIS, ALUNOS, FUNCIONÁRIOS.
AÇÃO
Viabilizar o processo ensino-aprendizagem de qualidade envolvendo
cada comunidade escolar.
Escolha dos temas a serem discutidos/estudados segundo as
necessidades da realidade escolar e do grupo a se reunir.
OBJETIVO
Buscar soluções para problemas do cotidiano escolar
Proporcionar formação pessoal e profissional dos participantes
Trocar experiências entre os segmentos reunidos (pais, alunos,
funcionários)
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Formação de grupos para estudo por segmento
Escolha de temas segundo a necessidade da escola
Discussão troca de experiências e busca de soluções para os mesmos
Motivação pessoal para melhor resultado, visando a auto-estima dos
participantes
CONDIÇÕES/RECURSOS
Textos diversificados para leituras e estudos
Recursos audiovisuais
Profissionais especializados na área de interesse
RESPONSÁVEL
Direção, Equipe Pedagógica e profissionais convidados
CRONOGRAMA
Durante o ano letivo ou em datas pré-determinadas pelo Calendário
Escolar.
6.10-. LINHA DE AÇÃO: QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E
ESPAÇOS
6.10.1 QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS –
IDENTIFICAÇÃO DOS RECURSOS JÁ EXISTENTES: QUALIFICAÇÃO
AÇÃO
Levantamento dos equipamentos e espaços verificando suas condições
de uso
OBJETIVO
Verificar e analisar os equipamentos e espaços disponíveis no
estabelecimento para enriquecer as aulas
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Levantamento dos equipamentos e espaços disponíveis, analisando suas
reais condições de uso
Viabilizar o uso ou adquirir equipamentos
Adequar os espaços
Incentivar o uso dos equipamentos disponíveis
CONDIÇÕES/RECURSOS
Verificar a planilha dos recursos e equipamentos existentes visitando os
espaços e avaliando os recursos;
Verificar as possibilidades de consertos e novas aquisições.
RESPONSÁVEL
Direção, equipe pedagógica e professores das áreas afins
CRONOGRAMA
No mês de Março (levantamento)
Durante o ano todo fazer o uso e manutenção dos materiais.
6.10.2 QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS –
Uso de espaços educativos; materiais didáticos; outros espaços e
ambientes....
AÇÃO
Disponibilizar materiais de pesquisa para professores
OBJETIVO
Estimular o professor a trabalhar de maneira diferenciada
Desenvolver o senso de leitura e pesquisa do corpo docente e discente
da escola
Oferecer subsídios teóricos para a realização da prática pedagógica
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Pesquisa com o corpo docente para saber quais as áreas do
conhecimento que precisam de materiais didáticos pedagógicos.
Análise e seleção do acervo bibliográfico
Amostra dos materiais coletados para análise coletiva e escolha dos
mesmos.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Levantamento sobre os recursos reais disponibilizados pela escola
Análise desses recursos
Solicitação de novos recursos ao departamento financeiro da instituição
mantenedora e outros departamentos como a Secretaria Estadual de
Educação e aos órgãos competentes a esta função.
RESPONSÁVEL
Equipe Pedagógica e Direção
CRONOGRAMA
As atividades, citadas especificados nos objetivos, serão realizados
durante o ano letivo, com enfoque maior nos inícios dos semestres.
6.11. LINHA DE AÇÃO – OUTRAS ESPECIFICIDADES
6.11.1 OUTRAS ESPECIFICIDADES – Participação em Feiras,
Exposições.
AÇÃO
Exposição: Mostra de Trabalhos
OBJETIVO
Demonstrar na prática os conhecimentos adquiridos nas diferentes
áreas do conhecimento
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Envolvimento do professor e aluno desde a pesquisa, elaboração,
apresentação e na avaliação dos resultados
CONDIÇÕES/RECURSOS
Possibilita o uso dos materiais disponíveis como: espaço físico,
biblioteca, materiais didáticos, pedagógicos e de expediente, buscar
parcerias na comunidade e entidades
RESPONSÁVEL
Toda a comunidade escolar
CRONOGRAMA
1º Bimestre – Apresentação, discussão e pesquisa.
2º Bimestre – Definição elaboração dos trabalhos
3º Bimestre – Apresentação para averiguação e aprofundamento dos
trabalhos
4º Bimestre – Apresentação para a comunidade escolar
6.12- OUTRAS ESPECIFICIDADES – ATIVIDADES
ESPORTIVAS/CULTURAIS, ARTICULAÇÃO DA ESCOLA COM OUTROS
EVENTOS ESTADUAIS E LOCAIS
AÇÃO
Gincana Cultural Esportiva.
OBJETIVO
Promover atividades esportivas, recreativas e culturais, para propiciar a
integração.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Em conjunto com os professores, grêmio, representantes de turmas,
elaborar as atividades referentes a gincana, procurando garantir a
heterogeneidade nas equipes.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Espaço físico (quadra esportiva);
Materiais didático - pedagógicos;
Materiais recicláveis.
RESPONSÁVEL
Equipe Pedagógica – Grêmio – Professores e Funcionários.
CRONOGRAMA
Em datas pré-determinadas em Reuniões.
7 - Referências Bibliográficas.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. 33 ed. – São Paulo:
Brasiliense, 1995.
BRASIL, Constituição Federal. São Paulo. 37 ed. Saraiva, 2005.
CÂNDIDO, Antonio. Tendências no desenvolvimento da sociologia da
educação. In: Pereira, Luis, Foracchi, Marialice M (Orgs). Educação e
Sociedade. São Paulo: Nacional, 1985.
DEMO, P. Participação é conquista. São Paulo: Cortez, 1999.
FERREIRA, N.S.C. Gestão democrática da educação: atuais tendências, novos
desafios. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
FERREIRA, N.S.C. Supervisão educacional para uma escola de qualidade. 3
ed. São Paulo: Cortez,2001.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Summus, 1988.
GADOTTI, M. Escola Cidadã. São Paulo: Cortez, 1992.
HOFFAMANN, J. M.L. Avaliação: mito e desafio – Uma perspectiva
construtivista. Porto Alegre: Educação e Realidade, 1991.
LDB: Lei de Diretrizes e bases da Educação: lei n. 9.394/96/apresentação
Esther Grossi. – 3 ed. – Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
LUCKESI, C. C. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez, 1991.
REGIMENTO ESCOLAR: Escola Estadual Monteiro Lobato – Ensino
Fundamental: Ato Administrativo n. 88/03.
SACRISTÁN, J. Gimeno. Avaliação no ensino. IN: - Compreender e transformar
o ensino. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. Pg295-351.
SAVIANI, D. A Nova Lei da educação: LDB, trajetórias, limites e perspectivas.
Campinas: Autores Associados, 1997.
VASCONCELOS, C.S. Construção do conhecimento em sala de aula. São
Paulo: Liberdade, 1995.
VEIGA, I. Perspectivas para a reflexão em torno do projeto político
pedagógico. In: Veiga, I: Rezende, L.M. Escola: espaço do projeto político
pedagógico. 2 ed. Campinas: Papirus, 1998.
VIEIRA, S. Gestão da escola: desafios a enfrentar. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
<www.cefetsp.br/edu/sinergia/index.html> José Luís Salmaso e Raquel Maria
Bortone Fermi. Artigo publicado sob o título “Projeto Político Pedagógico: uma
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MOREIRA. M. A & MASINI, E. F. Salzano. (1982) Aprendizagem
Significativa: teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes.
POZO, J. I. (1998) Teorias Cognitivas da Aprendizagem. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas.