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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO ENSINO FUNDAMENTAL TRAVESSA CUIABÁ, 199 – JARDIM PRIMAVERA PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Marechal Cândido Rondon 2012

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · ensino, que possua uma especificidade metodológica. Uma escola menos “cimento” e mais natureza, que permita ao educando, o convívio

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO

ENSINO FUNDAMENTAL

TRAVESSA CUIABÁ, 199 – JARDIM PRIMAVERA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Marechal Cândido Rondon

2012

A Escola

Escola é...

o lugar onde se faz amigos,

não se trata só de prédios, salas, quadros,

programas, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo, gente,

gente que trabalha, que estuda,

que se alegra, se conhece, se estima.

O diretor é gente,

O coordenador é gente, o professor é gente,

o aluno é gente,

cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor

na medida em que cada um

se comporte como colega, amigo, irmão.

Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”.

Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir

que não tem amizade a ninguém,

nada de ser como o tijolo que forma a parede,

indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,

é também criar laços de amizade,

é criar ambiente de camaradagem,

é conviver, é se “amarrar nela”!

Ora, é lógico...

numa escola assim vai ser fácil

estudar, trabalhar, crescer,

fazer amigos, educar-se,

ser feliz.

Paulo Freire

I - INTRODUÇÃO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Identidade no Exercício da Autonomia

O termo Projeto Político Pedagógico passou a ser amplamente utilizado

na educação brasileira no final do século XX para designar propostas de

planejamento educacional fundamentada em bases críticas e democráticas

voltadas para a melhoria da qualidade do ensino. Usado em sentido similar, o

termo pressupõe um projeto global para as instituições escolares, projeto

esse que abarca evidentemente o currículo vertebralizador do trabalho

educativo.

O PPP compreende um projeto coletivo, com o propósito de superar a

desarticulação e a fragmentação observadas constantemente na prática

educativa, orientando a organização, a gestão e o funcionamento da escola

na diversidade de suas estruturas e funções.

Segundo VASCONCELOS:

“O Projeto Educativo é o Plano Global da instituição. Pode

ser entendido como a sistematização, nunca definida, de

um processo de planejamento participativo, que se

aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define

claramente o tipo de ação educativa, que se quer realizar. É

um instrumento teórico metodológico para a transformação

da realidade. É um elemento de organização e integração

da atividade prática da instituição neste processo de

transformação”. (1995, p.145).

Isso significa dizer, que ele compreende um instrumento de reflexão

sobre os objetivos educacionais e as estratégias de ação, um plano elaborado

de forma refletida e principalmente, coletiva. O seu grau de legitimidade

estará ligado ao tipo de participação de todos os envolvidos com o processo

educativo da escola, o que requer continuidade de ações.

Vale chamar atenção para o que destaca a nova Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional – LDBEN - nº 9.394/96, previsto no artigo 12,

inciso I, onde descreve que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as

normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de

elaborar e executar sua proposta pedagógica”, tendo todos os envolvidos a

responsabilidade de refletir sobre sua intencionalidade educativa.

Portanto, a participação de todos os envolvidos (professores, gestores,

equipe pedagógica, funcionários, alunos e pais) é o princípio básico que

recupera, no plano das organizações, concepção e execução resgatando o

sentido humano e valorativo do planejamento.

O ato de planejar significa antecipar mentalmente uma ação a ser

realizada. Trata-se, pois de uma ação consciente pela qual o indivíduo

concebe uma coisa futura e motivado pelo desejo e a vontade de se esforçar

pela sua realização. Planejar implica definições claras sobre o que fazer, para

quê, como e para quem. O ato de planejar torna-se o momento de decisão

sobre a construção de um futuro, retratando uma necessidade humana.

Elaboração coletiva do PPP compreende, desta forma, um instrumento

de transformação da escola na medida em que expressa o compromisso do

grupo com uma caminhada definida em conjunto, que tem como principais

finalidades:

Aglutinar pessoas em torno de uma causa comum;

Ser um canal de participação efetiva de todos os segmentos da escola;

Dar um referencial de conjunto para a caminhada escolar;

Ajudar a conquistar e consolidar a autonomia da escola;

Ser um instrumento de transformação da realidade;

Colaborar e incentivar a formação continuada;

Orientar um processo de gestão democrática.

Analisando o PPP, dentro de uma visão política, pode-se dizer que ele é

um instrumento real de transformação social, que viabiliza a construção de

uma escola que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania,

contrapondo-se a modelos geradores de desigualdades e exclusão social que

impera nas concepções educacionais neoliberalistas, não permitindo, desta

forma, ser visto como um agrupamento de planos de ensino e atividades

diversas, formuladas burocraticamente, com fim de documentar práticas que

não condizem com a realidade.

O PPP deve ser uma ação intencional e integrada, com sentido

explícito, com compromisso definido coletivamente, que vem possibilitar a

efetivação desta intencionalidade, que é a formação do cidadão participativo,

responsável, compromissado, crítico e criativo. Portanto, o papel da escola é

bem mais amplo do que apenas passar conteúdos.

Para que realmente o PPP seja uma construção consciente, intencional

e coletiva é necessário que sejam compreendidos os marcos do seu processo

de elaboração: marco situacional, marco conceitual e o marco operacional.

O marco situacional está relacionado com a percepção global dos

problemas, desafios e esperanças; compreende os valores, as opções sobre a

formação e a sociedade que se pretende construir; posiciona-se em relação

às grandes linhas de ação.

O marco conceitual retrata os aspectos teóricos, as concepções

relacionadas à visão de sociedade, homem, educação, escola, currículo,

ensino e aprendizagem. O estudo destes aspectos em consonância com

análise do real e ideal (marco situacional) fundamenta as

finalidades/objetivos que serão reforçados, priorizados ou até relegados se

necessário for.

Isso propiciará, sempre que preciso, a revisão do trabalho pedagógico

desenvolvido pela atividade de investigação e reflexos sobre a ação.

Já o marco operacional orienta a realização das ações. Retrata o

aspecto prático do PPP, as tomadas de decisões coletivas para atingir as

finalidades/objetivos e metas propostas.

Somente levando em consideração as reflexões, baseadas nos marcos

já descritos, é que poderemos dizer que o PPP e sua construção constitui-se

no resultado de um compromisso político e pedagógico planejado

coletivamente.

“O ato planejar, como todos os outros atos humanos,

implica escolha e, por isso, está assentado numa opção

axiológica. É uma atividade-meio, que subsidia o ser

humano no encaminhamento de suas ações e na obtenção

de resultados, portanto, orientada por um fim. O ato de

planejar se assenta em opções filosófico-políticas; são elas

que estabelecem os fins de uma determinada ação. E esses

fins podem ocupar um lugar tanto no nível macro como no

nível micro da sociedade. Situe-se onde se situar, é um ato

axiologicamente comprometido”.

Cipriano Luckesi

II – IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

2.1.1 - Denominação

Escola Estadual Monteiro Lobato – Ensino Fundamental/anos finais.

2.1.2 - Endereço

Travessa Cuiabá, n. º 199,

Jardim Primavera,

Marechal Cândido Rondon, - Paraná.

85960-000

Fone/fax: (45) 3254-4970

E-mail: [email protected]

Site : <www.mrhmonteirolobato.seed.pr.gov.br>

III - HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO

Nossa Escola, Nossa História.

A Escola Estadual Monteiro Lobato obteve sua autorização de

funcionamento no dia vinte e dois de dezembro de 1986, sob a Resolução n.º

5.293/86, sendo que a mesma iniciou suas atividades no ano de 1987.

O dia doze de novembro de 1990 foi uma data muito importante para

este estabelecimento de ensino, pois sob a Resolução n.º 3.460/90, ele foi

oficialmente reconhecido.

A primeira diretora foi à professora Roseli Pacheco em 1987, sendo que

em 1990 ocuparam o cargo de diretor o Professor Alceu Pedro Hansel e o

Professor Saturnino Vieira Vasconselos Neto. Em 27 de março de 1991

assumiu a direção o Professor Ário Pedro Martiny, reeleito em 1995, atuando

até 1997, com mais uma reeleição em 1997, este mandato foi até março de

2000, sendo prorrogado até dezembro de 2001. Em janeiro de 2002 assume

a direção a Professora Neusa Anklam Stiehl atuando até 2003, momento em

que foi eleita e deu prosseguimento nas atividades da direção da escola até

31 de dezembro de 2005. Já em janeiro de 2006, assume a direção a

professora Clélia Regina da Silva, em 2008 a professora Dirse Madalena

Martiny , e no ano de 2009, foi eleito o atual diretor Cloecir dos Santos

Ribeiro.

Após um período de cinco anos ofertando aulas no período matutino,

no ano de 2006 passou-se a ofertar o ensino fundamental regular noturno,

contando com duas turmas contabilizando 33 alunos, matriculados na 7ª e 8ª

séries. Em 2009, a escola ofertou três turmas no período noturno,atendendo

6ª, 7ª e 8ª séries, contemplando um total de 78 alunos. No ano de 2010,

contemplando as mesmas séries, atendeu a 33 alunos. Atualmente, atende

58 alunos, da 7ª e 8ª séries.

A escola funciona em dualidade com a Escola Municipal, sendo que o

espaço é cedido pela Prefeitura Municipal para o funcionamento da Escola

Estadual, enfrentando-se deficiência de espaço físico. Por outro lado, desde

abril de 2006 estão tramitando os papéis para a doação do terreno para a

construção de prédio próprio para o Estado, o que proporcionará um melhor

atendimento a toda a comunidade escolar.

No ano de 2009, após doação e repasse do terreno por parte do poder

público municipal, a construção da nova escola foi colocada como prioridade

nas ações estaduais, ficando prometida sua concretização para outubro de

2010. Estamos no ano de 2011 e a tão prometida escola, ainda não iniciou

sua construção, tendo terreno escriturado e todos os projetos necessários,

aguardando apenas recursos financeiros, para sua edificação.

Por que Monteiro Lobato?

Foi escolhido o nome deste célebre escritor ”Monteiro Lobato” para

nominar nossa escola por ele ter sido um defensor insubordinável dos

interesses nacionais.

Lobato nasceu numa família de fazendeiros da cidade de Taubaté, São

Paulo. Dedicou-se a diferentes carreiras, negócios e campanhas. Quando

estudante já demonstrava seu talento como escritor. Em suas obras buscou

sempre valorizar um mundo caipira brasileiro, mesmo quando a literatura

vivia com os olhos voltados para a Europa.

Como Lobato, acredita-se numa escola que, analogamente, seja um

pouco do “sítio do Pica-pau amarelo”, que priorize a educação sobre o

ensino, que possua uma especificidade metodológica.

Uma escola menos “cimento” e mais natureza, que permita ao

educando, o convívio com o que lhe é, naturalmente, mais próximo.

Uma escola que garanta a articulação saudável entre o antigo e o novo,

entre os valores do passado, a história, as convenções e a cultura,

questionados sem que sejam destruídos, à semelhança da convivência das

crianças do “Sítio do Pica-pau-amarelo” com Dona Benta, Visconde , Tia

Nastácia....

Uma escola que busque, como na utopia de Lobato, um modelo

democrático de sociedade, porquanto esse autor, ao substituir, no Sítio, a

figura dos pais pela da avó, quis, simbolicamente, substituir o próprio

autoritarismo sufocante do adulto, pela compreensão empática das

descobertas e invenções infantis.

Enfim, uma escola cheia de “Emílias” - a criança brasileira criada por

Lobato – ou, de “Emílios” – a criança idealizada por Rosseau, no seu ensaio

pedagógico, publicado no século XVII.

A distância temporal entre ambos não nos impede de aproximá-los, se

buscarmos no seu pensamento filosófico, político e literários os princípios de

liberdade e de democracia, como fundamento das relações educativas e

sociais.

“Emílias ou Emílios” ou alunos inteligentes, curiosos, questionadores,

criativos; alunos nos quais o princípio de prazer e o princípio da realidade

estejam harmonizados de forma a garantir o equilíbrio entre a razão e a

emoção, entre o real e o imaginário, entre o aprender e o ensinar.

Utópico? Sonhador? Quem Sabe!?

Mas com certeza, o sonho de todos os profissionais da educação.

A Escola e Seus Ambientes

Sabe-se que ambientes físicos escolares de qualidade são espaços

educativos organizados, limpos, arejados, agradáveis, cuidados com

arborização, móveis e equipamentos e materiais didáticos adequados à

realidade da escola, com recursos que permitam a prestação de serviços de

qualidade aos alunos, aos pais e à comunidade, além de boas condições de

trabalho aos professores, diretores e funcionários em geral.

A estrutura física da Escola Estadual Monteiro Lobato é compartilhada

com a realidade de uma Escola Municipal, ou seja, o prédio escolar sendo

municipal e nossa escola funcionando em paralelo, com outra escola do

município. Infelizmente, o espaço físico existente atualmente não contempla

todos os aspectos, porém busca-se: o bom aproveitamento dos recursos

existentes; uma organização do espaço disponível que favoreça o convívio

entre as pessoas; que seja flexível e conte com as condições suficientes para

o desenvolvimento das atividades de ensino aprendizagem; qualidade dos

recursos (cuidado/organização/ manutenção).

Para a Escola Estadual foram cedidas cinco salas de aula, equipadas

com móveis suficientes para o atendimento aos alunos, sendo que elas são

razoavelmente adequadas em relação ao tamanho, ventilação e iluminação .

O espaço físico destinado ao funcionamento da secretaria é insuficiente

para comportar o material (computadores 3, arquivos, telefone(fax) telefone

sem fio, mesas, etc.) além de materiais de expediente necessários para o

bom andamento das atividades. Atualmente a secretaria possui dois

computadores (Paraná digital) ligados a internet.

A biblioteca está adaptada em um espaço não adequado. Este mesmo

espaço serve de sala da direção , sala da equipe pedagógica,e laboratório de

informática, dificultando desta forma, a qualidade de atendimento, pois

quando pais e/ou professores e alunos precisam conversar com a pedagoga

ou com a direção , fica impossibilitada a troca de livros, assim como vice e

versa, quando está ocorrendo troca de livros é necessário buscar outro

espaço para os atendimentos necessários.

Em relação ao acervo bibliográfico, busca-se sempre a atualização com

novos títulos literários e faz-se presente o incentivo à prática de leitura

através de aulas de leitura e empréstimos das obras a alunos, professores,

funcionários e pais.

Nos últimos dois anos (2010 e 2011), o acervo bibliográfico foi

ampliado em aproximadamente 300 novos exemplares, entre livros de

literatura e pesquisa, direcionados, tanto a professores como alunos.

Este acervo bibliográfico, que é encapado com contact para a sua

melhor conservação, está catalogado em livro próprio e registrado em

arquivo virtual, organizados pelos diferentes tipos de gêneros literários. O

empréstimo é registrado no computador, tendo o controle informatizado das

retiradas e dos débitos, em relação ao acervo bibliográfico, realizado

semanalmente.

A biblioteca não é utilizada para a realização de pesquisas, no contra–

turno, por vários motivos, entre eles podemos destacar: instalações

inadequadas; pequeno acervo bibliográfico para pesquisas; o não

funcionamento do estabelecimento de ensino no período vespertino; entre

outros.

A coletânea de mapas existentes na escola, encontra-se em fase de

revisão e atualização, pois apresenta-se limitada às necessidades

pedagógicas atuais.

Em relação a aparelhos eletrônicos , áudio – visual, a escola possui

duas televisões 20’, uma 29’, quatro DVD, duas câmeras fotográficas

digitais, uma filmadora, um projetor multimídia, duas caixas de som,

microfone sem fio, mesa de som, aparelho de laser, um teclado,dois

aparelhos de som com CD , um aparelho 2 em 1 e 4 televisores multimídia.

Analisando-se o acervo da videoteca, a escola deixa a desejar, pois o

material disponível é desatualizado e defeituoso por razões técnicas e

ambientais, uma vez que não há local adequado para seu condicionamento.

Em contra partida, a escola recebeu do MEC, uma coletânea de dvd(s) da

TVESCOLA, material muito rico para utilização em sala de aula.

A sala dos professores está subdividida com a biblioteca, sala da

direção e orientação pedagógica, não sendo uma adaptação coerente, pois

deixa de atender as especificidades de cada área, além de comprometer a

qualidade do trabalho de ambos: professores e equipe pedagógica.

Existe um banheiro único para professores e funcionários,

independente de sexo, e dois banheiros para os alunos, sendo um para os

meninos e o outro para as meninas, podendo ser destacado que o número de

banheiros não está compatível com o número de educandos.

O espaço para o ensino e a prática de esporte é inadequado, impróprio,

não respondendo a todas as necessidades educacioanis da escola. Existe

uma quadra de esporte semi concluída, com cobertura e iluminação, porém

muito próxima das salas, o que prejudica o bom andamento das aulas, pois é

preciso controlar o volume das vozes, músicas etc.

Laboratório de Informática

A tecnologia é uma necessidade que além de contribuir com a

educação prepara o jovem para um futuro competitivo. As escolas

necessitam preparar seus alunos para a vida cotidiana e para exercer

atividades que propiciem o uso da tecnologia nos dias atuais.

Segundo a opinião dos professores, a inserção de tecnologia na prática

pedagógica pode ser muito importante na formação dos alunos da rede.

Neste sentido, como se trata de um processo iniciado recentemente,

acredita-se que com assistência que vem ocorrendo e capacitações

frequentes será possível desenvolver boas atividades, dando condições a

todos os profissionais, mesmo aqueles que terão agora o primeiro contato

com a informática , a atuarem de forma dinâmica e vinculada a uma nova

realidade da escola estadual que é a informatização do seu processo de

ensino aprendizagem, trazendo às aulas metodologias avançadas e

ilustrativa aos conteúdos a serem contemplados.

IV – Curso, Níveis e Modalidades de Ensino – Turno e Alunos.

A Escola Estadual Monteiro Lobato oferta curso a nível de ensino

fundamental, anos finais, 6º ao 9º anos, no período matutino e 8º e 9º

anos, no período noturno.

Organograma Estrutural

Conselho Escolar

Diretor / gestor

APMF

Agentes

Educacionais I

e II

Equipe PedagógicaPais

Professores

Alunos

Composição do Conselho Escolar

- Presidente - Cloecir dos Santos Ribeiro;

- Representante da Equipe Pedagógica - Mirna Zenker Johansson Wissmann

Suplente: Rosiglé Schneider ;

-Representante dos Professores - Heiderose Liessem Meyer

Suplente: Marlene Scherer;

- Representante do corpo discente: Matias Ball

Suplente: Matheus Felipe Alexandre Dilkin

-Representante dos Segmentos Organizados da Sociedade: Clélia Regina da

Silva, Rosane Aparecida Gonçalves, Aparecido Rigolin, Angélica Lizzoni

Schmitt, Osvanir Ferreira e Adailton Gonçalves Dias;

-Representante dos Agente Educacionais II: -Janete Maria Heck Ross

Suplente:Sêlonia Bade;

-Representante dos Agentes Educacioanis I: -Catarina Shutz

Suplente: - Albertina Bertan Soares

-Representante da Associação dos Pais, Mestres e Funcionários: João Adair

Vieira

Suplente: Selmar Mette

-Representante dos Pais: Valdir Ball

Suplente: Margareth Terezinha Bach da S. Rubenich.

Composição da APMF

-Presidente: Roque Dikin

-Vice-Presidente: Rosane Rodrigues de Oliveira

-Secretária: Mirna Zenker Johansson Wissmann

-Vice-secretária: Janete Maria Heck Ross

-Tesoureiro: Selmar Mette

-Vice-tesoureira – Traudi Schmidt Ball

-Diretora sócio – cultural - esportivo - Marlene Scherer

-Conselho fiscal – Albertina Bertan Soares, Heiderose Liessen Meyer, Carlos

Luiz Harnisch ,José Carlos Oliveira, Luis Carlos Magagnin, Sônia Maria Pires

de Farias Maggnin, Sêlonia Bade, Juliana Alexandre Dilkin

Quadro Administrativo

- Janete Maria Heck

- Roberto Augusto Ludke

- Selonia Bade

- Paula Gabriela Santin

Quadro de Funcionários/Serviços Gerais:

Albertina Bertan Soares

Catarina Shutz

Iara da Cunha

Nilse Maria Hoelscher

Noeli Suzana Krebs Vorpagel

Quadro de Professor

Docentes Formação Horas Vínculo

Adriana Franzmann Pós-graduação 4 REPR

Alessandra Borges da Silva Licenciatura 6 REPR

Carlos Luiz Harnisch Pós-graduação 16 QPM

Célia de Sá Stein Pós-graduação 8 REPR

Edvaldo Oliveira Souza Pós-graduação 11 QPM

Elizeth Pereira da Silva Licenciatura 4 REPR

Evelin Kroth Schmidt Licenciatura 4 REPR

Gilberto Guimarães Teixeira Pós-graduação 2 REPR

Gleison José Pacheco Licenciatura 4 REPR

Guilherme Felipe Kotz Licenciatura 15 QPM

Heiderose Liessem Meyer Licenciatura 17 QPM

Helio Luchini Pós-graduação 4 REPR

Janete Cleci Albrecht de Souza Pós-graduação 6 REPR

José Ediane Pereira da Silva Pós-graduação 7 QPM

Lilian Raquel Werner Licenciatura 10 REPR

Marlei Teresinha Valer Pós-graduação 2 QPM

Marlene Scherer Pós-graduação 16 QPM

Osório Inácio Seidel Pós-graduação 16 QPM

Rosana de Oliveira Palma Agostini Pós-graduação 12 QPM

Rosane Zuse Patino Cruzatti Pós-graduação 23 REPR

Sandra Salete Neuberger Pós-graduação 19 QPM

Tania Inês Weizenmann Pereira Pós-graduação 16 QPM

Equipe Pedagógica

- Marilene Neitzke

- Mirna Zenker Johansson Wissmann

-Raquel Kretzmann Lipsch

- Rosangela da Silva Coturi

Direção

− Cloecir dos Santos Ribeiro

OBJETIVOS GERAIS

Nos termos do Art. 32 da LDB nº 9394/96 são os seguintes os objetivos

do Ensino Fundamental:

I - O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios

básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II - A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III - O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em

vista a aquisição de conhecimentos e habilidade e a formação de

atitudes e valores;

IV - O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Portanto é função da escola formar o cidadão, assegurando ao

estudante o acesso e a apropriação do conhecimento sistematizado,

mediante a instauração de um ambiente propício às aprendizagens

significativas e as práticas de convivência democrática.

Para tanto a escola precisa construir / instruir de forma coletiva,

alternativas que possibilitem a concretização desta função, pois a própria Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional dispõe que “educação básica

tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando-lhe meios para

progredir no trabalho e em estudos posteriores” (artigo 22).

A educação básica / fundamental deve preconizar a possibilidade de

acesso ao conhecimento científico, cultural e socialmente construído pela

humanidade, para todos, possibilitando ainda, diferentes formas, tempos e

espaços de aprendizagem. Deve garantir ao estudante a permanência na

escola e sua promoção escolar, com condições necessárias ao seu

desenvolvimento. Valorizar a individualidade, partindo da compreensão das

possibilidades de cada um, levando em consideração que a heterogeneidade

marca a espécie humana e entendendo que existem diferentes ritmos e

processos particularizados de aprendizagem e de convivência. Dessa forma,

destacam-se os objetivos sociais da escola, baseando-se nos princípios

emanados na Constituição Federal, Estadual e na LDB, que constam:

I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola,

vedada qualquer forma de discriminação e segregação;

II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento,

a arte e o saber;

III – gratuidade do ensino, com isenção de taxas e contribuições de

qualquer natureza:

IV – valorização dos profissionais de ensino;

V – gestão democrática e colegiada da escola.

Partindo destes pressupostos, podemos dizer que os princípios

norteadores da educação como Política da Igualdade, Ética da Identidade,

Estética da Sensibilidade, Autonomia e Diversidade, uma vez instituídos

através de uma proposta oficial, devem se fazer presentes na escola pela

reflexão dos sujeitos envolvidos na ação educativa.

Para finalizar, aos professores cabe a consciência de sua ação - a

reflexão sobre a causa, a finalidade e os efeitos – a compreensão de que sua

prática não pode estar limitada à transmissão de um saber sistematizado,

sendo necessário que essa ação esteja contextualizada à realidade e

constantemente em processo de análise crítica. E aos alunos, a compreensão

de que se constituem como sujeitos ativos no processo educacional. Sujeitos

ativos porque é na ação e na decisão consciente do aluno que se dá à

relação ensino-aprendizagem.

V - DIAGNÓSTICO

Descrição da Sociedade Brasileira

A Lei Federal nº 9394/06, de 20/12/96, Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, conhecida como Lei Darcy Ribeiro, estabelece que a

“Educação dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade

e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e

sua qualificação para o trabalho”.

Estabelecendo-se um paralelo entre a análise da conjuntura mundial e

a conjuntura brasileira, pode-se dizer, em linhas gerais que: neste início de

milênio, a sociedade brasileira vive um momento de rápidas transformações

econômicas e tecnológicas, ao mesmo tempo em que os avanços na cultura

e na educação transcorrem de forma bastante lenta. Em função de uma

economia dependente, não se desenvolveu uma cultura e um sistema

educacional que pudessem fortalecer a economia, fazendo-a caminhar para a

auto-suficiência.

Ao lado de uma enorme ampliação dos recursos de comunicação e

informação especialmente nos grandes centros, a solidariedade é pouco

vivida nas comunidades, assim como são pouco cultivados os bens culturais

locais. Por outro lado, a degradação dos ambientes intensamente

urbanizados, nos quais se insere a maior parte da população brasileira e nos

quais a fome, a miséria, a injustiça social, a violência e a baixa qualidade de

vida estão facilmente presentes.

Diante dessa conjuntura, há uma expectativa na sociedade brasileira

para que a educação se posicione na linha de frente da luta contra as

exclusões, contribuindo para a promoção e integração da cidadania, não

como meta a ser atingida num futuro distante, mas como prática efetiva.

Estabeleceu-se como linha de ação prioritária da Secretaria de Estado

da Educação – SEED, a retomada da discussão coletiva sobre o que está

sendo vivido, pensado e realizado nas e pelas escolas. Adotou-se algumas

referências para o processo de discussão: o compromisso com a redução das

desigualdades com o desenvolvimento econômico, social, político e cultural

da sociedade, a defesa da educação básica e da escola pública, gratuita de

qualidade como direito fundamental do cidadão, a articulação de todos os

níveis e modalidades de ensino, e a compreensão dos profissionais da

educação como sujeitos epistêmicos.

De acordo com o MEC, mais de 53,2 milhões de matrículas foram feitas

em 2008, contra cerca de 53 milhões no ano anterior. A alta foi puxada pela

educação profissional -com um aumento de 14,7% no número de inscritos- e

pelas matrículas em creches, que cresceram 3,2%. A educação profissional

junto ao ensino médio teve aumento de 19,6%. Já a educação profissional

subsequente – oferecida aos estudantes que já concluíram o ensino médio –

experimentou aumento de 10,5% no número de matrículas. Segundo o

ministro da Educação, Fernando Haddad, o crescimento se deu

especialmente por causa da oferta maior de educação profissional feita pelas

redes estaduais.

O número de matriculados ainda em 2008 não recuperou a queda de

5,2% do censo de 2007, quando dados do ano anterior foram comparados.

Em 2006, 55,9 milhões de alunos estavam matriculados. Segundo o MEC, a

queda no período aconteceu, em parte, por causa da queda na natalidade e

na redução da população na faixa etária relativa, principalmente, ao ensino

fundamental.

Houve uma queda de 0,1% nas matrículas no ensino fundamental. O

índice do ensino médio se manteve praticamente estável. Atualmente, só o

ensino fundamental é obrigatório, para crianças entre sete e 14 anos.

O número de alunos que já fizeram a transição para o sistema de nove anos

do ensino fundamental também é maior que os ainda matriculados no

modelo antigo. Já são 16,6 milhões (51,83% do total) cursando até a 9ª série,

contra 15,45% (48,17%) no esquema de oito anos. Segundo o MEC, a

transição estará completa em 2010, quando também a idade mínima para

ingresso no ensino fundamental cai para seis anos.

<http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/ensino/conteudo.phtml?

tl=1&id=847392&tit=Parana-tem-o-maior-numero-de-matriculados-em-2008-

no-Sul-do-pais>Acesso em: 23 jun.2009.

Espera-se que a sociedade brasileira demanda uma educação de

qualidade, que garanta as aprendizagens essenciais para a formação de

cidadãos autônomos, críticos e participativos capazes de atuar com

competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem e na

qual esperam ver atendidas suas necessidades individuais, sociais, políticas e

econômicas.

“Há alguns anos, o Brasil ainda tinha um sistema de educação bastante

custo ineficaz, atormentado por pobre e desigual desempenho acadêmico.

Melhorias significativas foram alcançados nos últimos anos, mas o progresso

com respeito à qualidade da educação, tanto a nível primário e secundário é

lento. Hoje o Brasil gasta 4,3% do PIB em educação, mas os gastos por aluno

é baixo, dada a população jovem de inclinação, a grande quantidade de

recursos voltados para o ensino superior e alto gasto com as pensões do

professor. O sistema educacional sofre com a mais alta taxa de repetição na

América Latina e realização baixa escolaridade. Indivíduos com mais de 15

anos têm em média apenas 4,8 anos de escolaridade. A situação é pior para

os pobres, que tendem a entrar no sistema de tarde, sair mais cedo e repita

graus mais. Aos 15 anos, os jovens pobres tenham concluído a escolaridade

três anos menos do que os não-pobres. A qualidade da educação é uma

questão fundamental: Mais da metade dos 15 anos de idade, estudantes do

Brasil são analfabetos funcionais e cerca de 80% não conseguem executar

em níveis básicos de competência matemática. A situação é ainda pior,

considerando que estes testes não incluem aqueles que não estão

freqüentando a escola.

DO PARANÁ

No Paraná temos a taxa de analfabetismo das pessoas acima de 15

anos na faixa de 9,5%. Taxa de distorção idade séries Ensino Fundamental

séries iniciais-8,5% , Ensino Fundamental séries finais 23,7% e no Ensino

médio-33,6%. A taxa de Evasão no ensino Fundamental- séries iniciais 2,95,

Ensino Fundamental –5ª a 8ª série-8,3% e no Ensino Médio 8,0%. A taxa de

reprovação no Ensino Fundamental séries iniciais 12,5% , Ensino

Fundamental 5ª a 8ª séries, 17,9 % e no ensino Médio 23,4%. Total de alunos

de 5ª a 8 ª série do Ensino Fundamental no Estado 798.220, total de alunos

de 5ªa 8ª série na rede pública estadual 713.389. Total de alunos de Ensino

Médio no Estado 467.730; alunos da rede pública estadual 410.174.

Com princípios da política pública adotada e já amplamente divulgada

estão :a Educação como direito de todos/ cidadão, a valorização do professor

e de todos os profissionais da educação; o trabalho coletivo e a gestão

democrática em todos os níveis institucionais; e o atendimento ás diferenças

e a diversidade cultural.

“O Paraná é um dos estados brasileiros que aumentou seu

investimento na área nos últimos anos. A parcela de recursos para a

educação básica, por exemplo, cresceu de 21% para 25% do PIB estadual.

Um dos pontos avaliados para se chegar a uma educação de qualidade

é a taxa de analfabetismo. O Paraná tem um dos menores números de

analfabetos do país, mas algumas estimativas feitas anos atrás não foram

correspondidas.

A Agência de Notícias do governo do estado anunciava em 2007 que 4,88% 

da população paranaense era analfabeta, número que demonstrava uma queda na 

taxa em relação aos anos anteriores. A previsão na época era a de que em 2010 o 

estado  erradicaria  o  analfabetismo,   feito   inédito  no  Brasil.  Contudo,  dados  da 

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2010 afirmam que a taxa 

de analfabetos acima dos 15 anos no Paraná é de 6,7%. 

Ao ser procurada, a Secretaria de Estado da Educação (SEED) declarou que 

os  dados  oficiais  divulgados  pelo   Instituto  Brasileiro  de Geografia  e  Estatística 

(IBGE) ­ Censo e Pnad ­ são diferentes dos indicados pela notícia de 2007. 

Independente de que números estejam corretos, o fato é que nos últimos 

anos a taxa de analfabetismo está tecnicamente inalterada no estado do Paraná ­ e 

não erradicada, como se previa. 

De acordo com Luciana Bronislawski, do Departamento de Educação Básica 

da SEED, a taxa de analfabetismo teve um aumento de apenas 0,1% no período. 

Fato que, se não mostra um avanço, não representa também um retrocesso. “Esse 

pequeno aumento pode ter várias explicações, tais como aumento da população, 

movimento migratório, dentre outros”, define. 

O estado figura em boa posição no ranking do Índice de Desenvolvimento 

da Educação Básica (Ideb). No último levantamento, referente a 2009, o Paraná 

aparece em quarto   lugar,  atrás  de Minas Gerais,  Distrito  Federal  e São Paulo. 

Analisando os gastos aluno/ano de cada estado, pode­se observar que o governo 

paranaense gastou R$ 1.580,84 em 2009 e R$ 1.780,97 em 2011, ou seja, pouco 

mais que o mínimo estipulado pelo índice. 

Segundo  o  diretor  do  Colégio  Estadual  Hildebrando  de  Araújo,  Osvaldo 

Alves   de   Araújo,   os   oito   anos   de   governo   Requião   trouxeram   melhorias   na 

qualidade   da   educação   pública   paranaense.   “A   TV   pendrive;   o   livro   didático 

público, que possibilitou que fugíssemos da máfia das editoras; o programa Paraná 

Digital, todas essas foram ações que representaram um avanço valoroso em busca 

de uma educação gratuita de qualidade”, comemora. 

Porém, para  o  diretor,   equipar  os   laboratórios  das  escolas   com os  mais 

variados  materiais  é  apenas parte  da  solução.  “A contratação de  técnicos para 

gerenciar esses laboratórios é fundamental”, pondera Araújo. 

Além do equipamento  e  dos   laboratórios,  o   investimento  equilibrado  na 

educação   passa  pela   valorização  das  pessoas   que   trabalham  no   setor.   Fora   a 

contratação   de   técnicos,   o   salário   dos   professores   é   uma   questão   chave   na 

qualidade do ensino. 

Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná 

(APP­Sindicato), Marlei Fernandes de Carvalho, o ponto fundamental da questão é 

a equiparação salarial dos educadores em relação aos outros servidores estaduais 

concursados e com ensino superior. A defasagem salarial, que já foi de 80% ao fim 

do governo Lerner, hoje é de 25,97%. 

A proposta mais recente do secretário de Educação, Flávio Arns, prevê um 

parcelamento dessa equiparação em quatro anos, prosseguindo­se com a correção 

baseada   na   inflação   anual.   “Lutamos   não   só   pela   equiparação,   como   pela 

manutenção dessa correção com base na inflação, que é algo mínimo”, explica a 

presidente. 

Marlei argumenta que, além de beneficiar a população como um todo, o 

investimento na educação representa uma melhora de vida para a maioria dos 

servidores   públicos   paranaenses.   “Quando   o   estado   atende   uma   demanda   da 

Educação, ele atende a 64% dos servidores estaduais”, defende. “

DO MUNICÍPIO

O município conta atualmente com 223 professores que atendem a

4160 educandos distribuídos a 19 escolas e 4 centros de e Educação Infantil ,

compreendendo, 448 alunos de 0 a 5 anos nas modalidades de creche e pré-

escola, 589 alunos na Educação Infantil (6 anos) , 2955 nos anos iniciais de

1ª a 4ª série, 114 alunos na educação de jovens e adultos e 54 alunos na

Classe Especial.

Os dados do ano de 2010 o município nos mostram que 659 crianças

matriculadas nas 4 creches, 807 matrículas na pré escola, 6.718 de alunos

matriculados no Ensino Fundamental e 2006 no Ensino Médio

As escolas são constituídas de Direção e Equipe Pedagógica que

respondem respectivamente pela parte administrativa e assessoramento

pedagógico interno da escola. A Equipe Pedagógica que acompanha o

desenvolvimento do aluno, auxiliando o professor no trabalho paralelo de

orientação, recuperação de conteúdos e atividades diversificadas. O

município oferece também aos professores formação continuada e aos

alunos o projeto viagem de Estudo, a Informática Educacional, a Classe de

apoio e o trabalho da Equipe Multidisciplinar que tem seu trabalho voltado à

prevenção assumida com prioridade e em algumas práticas de orientação

com a finalidade de auxiliar, diagnosticar e encaminhar para atendimentos

específicos os discentes da rede pública municipal.

No ano de 2010, o município de Marechal Cândido Rondon, no oeste do

Estado, recebeu a Declaração de Território Livre do Analfabetismo. Esta é a

20ª cidade que recebe a declaração no Paraná.

Analisando Nossa Escola:

Como todos vivemos num mesmo país, num mesmo tempo histórico, é

provável que compartilhemos muitas noções gerais sobre o que é uma escola

de qualidade. A maioria das pessoas concorda com o fato de que uma escola

boa é aquela em que os alunos aprendem coisas essenciais para sua vida,

como ler e escrever, resolver problemas matemáticos, conviver com os

colegas, respeitar regras, trabalhar em grupo. Mas quem pode definir bem e

dar vida às orientações gerais da qualidade na escola, de acordo com os

contextos socioculturais locais, é a própria comunidade escolar. Não existe

um padrão ou uma receita única para uma escola de qualidade. Cada escola

deve ter autonomia para refletir, propor e agir na busca da qualidade da

educação.

Percebemos que os pais dos nossos alunos estão, na maioria,

satisfeitos com o atendimento educacional proporcionado a seus filhos. A

convivência cotidiana com os alunos indica o grau de satisfação com a

identidade escolar em relação aos gestores, professores, funcionários e

encaminhamentos metodológicos. Porém, nota-se o desagrado em relação ao

espaço físico. Este representa um indicador negativo em relação à qualidade

da nossa escola.

O espaço físico não é o mais apropriado para o funcionamento de uma

escola estadual, pois além de estar inserida num prédio cedido pela

Prefeitura Municipal onde não se pode fazer alterações nas estruturas

prediais, ainda compartilha esse espaço com uma escola municipal.

Desta forma, existe uma constante preocupação em relação à estrutura

física, a fim de possibilitar um atendimento de melhor qualidade possível.

Uma grande angústia é a falta de uma sala específica para a biblioteca.

Temos um acervo literário razoável, porém, deficiência em relação ao

atendimento ao público leitor, pois, a mesma funciona em um canto da sala

também ocupada pela direção e equipe pedagógica. Isso quer dizer que

quando a direção e/ou a orientação estão desenvolvendo suas atribuições, a

biblioteca deixa de funcionar e vice-versa.

Abordando ainda o aspecto físico a escola não está preparada para a

inclusão, pois não apresenta em sua estrutura vias de acesso para pessoas

com necessidades especiais, bem como banheiros adaptados e as salas de

aula com difícil acesso a pessoas com deficiência, especialmente física.

Conforme prevê a deliberação nº 02/03 – CEE, os alunos que

apresentam características diferenciadas (necessidades especiais) condições

sócio culturais e econômicas desfavoráveis, terão direito de receber apoio

para sua integração no contexto da escola regular. Este ponto de vista,

sinaliza a necessidade da revitalização dos PPP e das provisões de recursos

materiais humanos, técnicos, financeiros e tecnológicos ofertados pelo

Sistema de Ensino.

Temos que lembrar também, que a qualidade da escola aumentará a

partir da aprovação de leis que reduzam efetivamente o número de alunos

por sala de aula, proporcionando um atendimento individualizado, a

integração dos iguais e a exploração da diversidade existente entre os

mesmos.

Sabe-se que o planejamento e o plano de aula bem estruturados trarão

um melhor resultado pedagógico no processo de ensino-aprendizagem.

Portanto, seria interessante a redução da carga horária do professor em sala

de aula e o aumento da carga horária da hora atividade, podendo, desta

forma, atender esta meta educacional.

Em relação ao acesso e permanência na escola, compreende-se que a

dificuldade encontra-se no primeiro item, pois teríamos condições de atender

e receber um número mais expressivo de alunos, já que o bairro conta com

novos loteamentos e outros em planejamento, porém, voltamos ao aspecto

físico: não há mais salas disponíveis.

Na nossa escola ocorre muitas evasões, principalmente no período

noturno e sempre que acontecem, buscamos fazer levantamento dos

motivos e incentivamos o retorno, o que nem sempre acontece.

A gestão/direcionamento da Escola Monteiro Lobato dá-se de forma

democrática. Sempre que possível e necessário, busca-se o envolvimento de

toda comunidade escolar nas decisões, bem como, aceita-se e analisa-se as

opiniões, buscando um consenso que traga um resultado qualitativo e que

favoreça principalmente os alunos.

Na questão avaliativa, prioriza-se o acompanhamento da evolução do

aluno, incentivando-o e orientando-o durante todo o ano letivo, a fim de que

ele possa superar suas dificuldades e avançar no processo de ensino-

aprendizagem. Nesse aspecto, leva-se em conta a diversidade cultural, social

e econômica, não com a finalidade de distinção, mas o intuito de realizar

uma avaliação mais coerente.

Percebe-se que apesar dos esforços dos profissionais da educação há

um desinteresse por parte dos alunos e responsáveis em relação ao estudo.

A escola e os professores buscam constantemente práticas educativas

inovadoras e contato com os pais, informando-os acerca das dificuldades de

seus filhos (aprendizagem e disciplina), com objetivo de fortalecer o

acompanhamento do potencial do aluno.

Perfil da Comunidade Escolar

“Primeiro de tudo, a educação não é uma propriedade individual, mas

pertence por essência à comunidade. O caráter da comunidade imprime-se

em cada um dos seus membros e é no homem... fonte de toda a ação e de

todo o comportamento. Em nenhuma parte o influxo da comunidade nos seus

membros tem maior força que no esforço constante de educar, em

conformidade com o seu próprio sentir, cada nova geração” (BRANDÃO,

1995).

Os inúmeros problemas educacionais e o verdadeiro papel da educação

são motivos de ampla discussão na sociedade atual. Urge empreender um

esforço coletivo para vencer as barreiras (que não estão exclusivamente

dentro da escola) e entraves que inviabilizam a construção de uma escola

pública que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania e seja

instrumento real de transformação social, espaço em que se aprenda a

aprender, a conviver e a ser com e para os outros, contrapondo-se ao atual

modelo gerador de desigualdades e exclusão social que impera nas políticas

educacionais de inspiração neoliberal.

A sociedade contemporânea tem passado por expressivas

transformações de caráter social, político e econômico. Essas transformações

originam-se nos pressupostos neoliberais e na globalização da economia que

têm norteado as políticas governamentais.

Partindo do pressuposto de que o projeto político pedagógico é o fruto

da interação entre os objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade,

que estabelece, através da reflexão, as ações necessárias à construção de

uma nova realidade, precisamos fazer um trabalho que exige

comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo:

professores, equipe técnica, alunos, seus pais e a comunidade como um

todo.

Perfil dos Funcionários e Professores

No trabalho escolar, embora os alunos constituam o centro da

aprendizagem é de destacada importância o papel exercido pelos

professores e todos os envolvidos com o processo ensino-aprendizagem.

As mudanças que surgiram no ensino a partir do desenvolvimento

tecnológico a da consequente globalização, vem produzindo uma visível

alteração na forma de educar, o que incentiva os professores à busca

constante de formação e aprimoramento.

Os vinte e dois professores da Escola Estadual Monteiro Lobato são

profissionais habilitados ao nível de graduação, de acordo com a área de

atuação, sendo que destes, quinze são pós-graduados.

Quanto ao vínculo empregatício temos a seguinte organização: onze

professores do quadro próprio do magistério (QPM); um com aulas

extraordinárias (SCO2); onze são contratados (REPR).

Em relação ao quadro administrativo e pedagógico a escola contempla

na direção um professor com formação superior, possuindo vínculo

empregatício QPM, atuando 40 horas semanais;

Na Equipe Pedagógica: uma professora com formação superior e pós-

graduada possuindo vínculo empregatício QPM, atuando 20 horas semanais

no período noturno e outra professora também com formação superior e pós-

graduada, com 20 horas semanais extraordinárias atuando no período

matutino, bem como uma pedagoga REPR acompanhando o Programa Mais

Educação no período vespertino.

Na Secretaria: uma secretária com formação no Ensino Médio, com

vínculo empregatício QPPE, atuando 40 horas semanais. E três técnicos

administrativos, QPPE;

Nos serviços gerais a Escola conta com quatro funcionárias, vínculo

empregatício efetivo (QPPE) com 40 horas semanais, no estabelecimento.

Perfil da Comunidade.

A pesquisa realizada para a coleta de dados sobre a realidade

vivenciada por cada família dos alunos também pretende mostrar como a

construção de um projeto político-pedagógico pode contribuir para

estabelecer novos paradigmas de gestão e de práticas pedagógicas que

levem a instituição escolar a transgredir a chamada "educação tradicional",

cujo conteudismo de inspiração positivista está longe de corresponder às

necessidades e aos anseios de todos os que participam do cotidiano escolar.

Essa prática não só levanta dados estatísticos da comunidade como um todo,

como também percebe cada indivíduo dentro do coletivo, respeitando a

história de cada ser.

Dos cento e trinta e seis alunos devidamente matriculados no período

matutino da Escola, cinquenta e nove responderam ao questionário sócio-

econômico onde constatou-se que a maioria dos alunos da Escola mora na

área urbana e uma pequena parte na área rural.

Percebe-se pelo gráfico 1, que a maior distância percorrida por alunos

é de 2.000 a 2.500 metros até a escola, isso porque são alunos da área rural,

e portanto, somente 3 alunos utilizam o transporte escolar. O

georreferenciamento contribui para que os alunos estudem na escola

próxima a sua casa, evitando longos percursos, trazendo maior segurança

aos alunos e familiares.

Gráfico 1: Distância até a escola

Quanto à habitação (gráfico 2) 44 possuem casa própria, e 11 pagam

aluguel, emprestada 2 e financiada 1.

Gráfico 2: Habitação

Questionados sobre com quem residem (gráfico 3), a maioria, 35 dos

entrevistados ,responderam morar com os pais, 9 com a mãe e o padrasto, e

7 com a mãe.

em branco 100m a 300m 400m a 600m 800m a 1.500m 2.00m a 2.500m 5 m a 50m

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

9

1718

10

23

PRÓPRIA ALUGADA EMPRESTADA FINANCIADA EM BRANCO

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

5044

11

2 1 1

Gráfico 3: Família

Quanto ao número de pessoas que compõe cada família (gráfico 4)

constatou-se que dos 49 alunos que responderam a questão, os seguintes

índices: 19 das famílias são compostas por 4 integrantes, 14 das famílias são

compostas por 3 integrantes, 11 das famílias são compostas por 5

integrantes, 7 das famílias são compostas por 6 integrantes, 3 famílias são

compostas por 7 integrantes, 2 famílias são compostas por 9 integrantes e 3

famílias são compostas por 2 integrantes.

Gráfico 4: Composição familiar

Quanto ao número de filhos (gráfico 5) constatou-se que em 27 dos

casos há 2 filhos na família, em 14 há 1 filho na família, em 11 há 3 filhos na

família, e em 2 casos há 6 filhos na família. Percebendo-se que as famílias

cada vez estão menores, devido a fatores fatores: trabalho da mulher,

questões econômicas, etc.

2 pessoas 3 pessoas 4 pessoas 5 pessoas 6 pessoas 7 pessoas 9 pessoas

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

3

14

19

11

7

32

Gráfico 5: Número de filhos

Com relação à religião das respectivas famílias (gráfico 6) constatou-se

que 31 das famílias são Católicas, 24 são Evangélicos (Lutheranos,

Congregacional, Adventistas e Testemunha de Jeová), sendo que 49 são

praticantes , 2 não, e 8 não responderam a questão.

Gráfico 6 – Religião

Referente a quantas pessoas trabalham em cada família (gráfico 7),

constatou-se que em 32 famílias pelo menos 2 pessoas trabalham, em 12

famílias uma pessoa trabalha e mantém a casa, e em 9 famílias 3 pessoas

trabalham, sendo que a maioria das mães trabalham como zeladora e

doméstica (25), e as outras nas mais variadas profissões ( lavadeira,

costureira, balconista, manicure, serviços gerais, embaladeira, professora,

auxiliar de inspeção, manicure, agente educacional, balconista, comerciante,

operadora de caixa), sendo que 7 permanecem em casa fazendo as

atividades domésticas. Quanto aos pais, 7 trabalham como motoristas, 5 em

serviços gerais, 4 como pedreiros, 6 não responderam, e os outros nas mais

variadas profissões (mecânico, eletricista, auxiliar de produção, encarregado,

gráfico, porteiro, operador de máquina, operador de caldeira, comerciante,

1 filho 2 fi lhos 3 fi lhos 4 fi lhos 6 fi lhos EM BRANCO

0

5

10

15

20

25

30

14

27

11

32 2

CATÓLICA EVANGÉLICA EM BRANCO

0

5

10

15

20

25

30

35 31

24

4

autônomo, bombeiro, frentista, servente, entregador de bebidas, marceneiro,

operador de equipamentos e auxiliar de lavanderia).

Gráfico 7: Emprego

Quanto à escolaridade do pai (gráfico 8), percebe-se que a maioria

possui Ensino Fundamental incompleto e completo, sendo que nem um é

analfabeto.

Gráfico 8: Escolaridade do pai

Quanto a escolaridade da mãe (gráfico 9), 18 possuem o Ensino

Fundamental incompleto e 18 completaram o Ensino Médio enquanto que

dos pais somente 10 possuem o Ensino Médio completo.

1 pessoa 2 pessoas 3 pessoas 5 pessoas 4 pessoas em branco

0

5

10

15

20

25

30

35

12

32

9

2 2 2

EM BRANCO 1ª a 4ª FUND.INC. FUND.COMP. MÉD.IN. MED.COM. ALFABETIZADO

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

8

4

16

14

6

10

1

Gráfico 9: Escolaridade da Mãe

Com relação à renda familiar (gráfico 10) 19 famílias vivem com até 3

salários mínimos, 14 com até 4 salários mínimos, 11 com até 5 salários

mínimos, 9 com até 2 salários mínimos e 3 com 1 salário mínimo. Sendo que

dessas famílias 5 recebem Pensão Alimentícia, 3 recebem Bolsa Família, 2

Pensão do INSS, e uma ajuda do governo do Programa do Leite.

Gráfico 10: Renda familiar

Com relação aos bens (gráfico 11), constatou-se que 41 famílias

possuem imóveis, 33 tem carro e 19 tem moto.

Gráfico 11: Bens materiais

EM BRANCO 1ª a 4ª FUND.INC. FUND.COMP. MÉD.IN. MED.COM. SUP.INC. SUP.COM.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

4 4

18

8

6

18

1 1

1 SAL. MIN. ATÉ 2 ATÉ 3 ATÉ 4 ATÉ 5

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

3

9

19

14

11

IMÓVEIS CARRO MOTO

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45 41

33

19

Quanto aos eletrodomésticos e eletroeletrônicos (gráfico 12) que as

famílias possuem, foi constatado que somente 1 respondeu não ter celular, e

3 deixaram em branco o restante possui celular, alguns até 3 ou 4; quanto a

televisão 4 não responderam, os outros 55 possuem tv em casa, alguns até

3. Computador, 25 responderam ter em casa, mas somente 13 estão

conectados à internet.

Gráfico 12: Eletrônicos

Com relação às atividades praticadas pela família (gráfico 13) os pais

posicionaram-se da seguinte forma: 27 preferem passeios na casa de amigos

e familiares, 6 pescar e 5 irem em pizzaria.

Gráfico 13: Lazer

Quanto ao meio que a família mais utiliza para manter-se informado

sobre os acontecimentos atuais, em primeiro lugar destacou-se a televisão,

em segundo lugar ficou a opção do rádio, terceiro lugar jornais e quarto e

último lugar revistas.

COMP. REV. INT. TV PARAB. CEL.

0

10

20

30

40

50

60

25

2

13

55

34

55

EM BRANCO PASSEIOS

CHURRASCOVIAJAR,PRAIA

FESTASASSOC.

PIZZARIAPESCAR

TVNENHUM

0

5

10

15

20

25

30

9

27

3 3

12

56

21

As famílias foram questionadas sobre possíveis problemas que possam

ter e que estejam demandando gastos extras, sendo que 25 famílias

responderam que sim, 11 que não e 23 não responderam. Dessas 25

famílias, 11 citarem gastos extras com doenças na família, 4 com dívidas e o

restante com (pagamento de funeral , filho autista ( apresenta crises e

necessita de atendimento especializado e medicação não fornecido pela

farmácia básica) e mecânica do carro). Questionados se alguém da família

apresenta problemas com alcoolismo e drogadição, 5 responderam

afirmativamente , 48 que não e 6 deixaram em branco. Quanto a medidas

sócio educativas, 49 responderam que não tiveram casos na família, 7 não

responderam e 3 disseram ter familiares que já pagaram medidas sócio

educativas por infrações cometidas.

Nesse sentido, o projeto político-pedagógico é o fruto da interação

entre os objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade, que

estabelece, através da reflexão, as ações necessárias à construção de uma

nova realidade. O trabalho na escola exige necessariamente

comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo:

professores, equipe técnica, alunos, seus pais e a comunidade como um

todo. Para isso, precisa-se saber qual é a realidade vivida (determinações

sócio/econômicas/histórico/culturais) de cada grupo específico.

Foram enviados questionários para os pais dos alunos do noturno, sendo que

somente 5 retornaram.

Percebe-se a ausência dos pais na educação formal dos filhos no período

noturno. Muitos alunos dizem abertamente que somente estão estudando

pois são obrigados por lei, ou estão cumprindo ordem judicial.

Os problemas noturnos são muitos, partindo pela dificuldade que os

professores tem em dar andamento e continuidade ao processo ensino-

aprendizagem, uma vez que a maioria dos alunos são faltosos.

Por ser a única escola que oferta 6ª a 8ª série no período noturno, os alunos

se deslocam de grandes distâncias para chegarem à escola.

Devido a esses e vários outros fatores a escola apresenta um baixo índice do

Ideb, o que a coloca entre as escolas do Programa Superação.

RESULTADOS EDUCACIONAIS DA ESCOLA

Em   análise   coletiva   sobre   os   resultados   apresentados   pela   Escola   Estadual Monteiro Lobato, em 2009, chegou­se a conclusão que houveram avanços positivos, pois o IDEB/ meta projetada era de 3,2 e a escola atingiu 3,6, aproximando­se da média Nacional de 3,7 atingida no ano de 2009. 

A Escola em 2010 foi contemplada pelo Programa Superação e agora no ano de 2011   incorporou­se   à   mesma   o   Programa   Mais   Educação,   sendo   a   única   escola   no Município   de   Marechal   Cândido   Rondon   Contemplada,   iniciando   um   processo   de implantação da escola em tempo integral.

Percebe­se  que  houve  a  diminuição  da  evasão  escolar,  porém ainda  acontece, principalmente no período noturno, onde a escola atende alunos do ensino fundamental séries finais (7ª e 8ª séries).

A   Escola   Estadual   Monteiro   Lobato   é   a   única   escola   que   atende   o   ensino fundamental,   séries   finais   no   período   noturno,   privilegiando   alunos   com   distorção idade/série, trabalhadores da comunidade rondonense.

O índice de evasão vem apresentando queda devido as mais diferentes estratégias para revertê­la,  desde encaminhamento de FICA à  conscientização da  importância do estudo institucionalizado.

Em relação às   taxas de reprovação,  percebe­se,  que os  resultados obtidos pela escola,   em   2010,   que   as   5ª   e   6ª   séries   apresentaram   maior   índice   de   reprovação, prevalecem as disciplinas de Português, Geografia, e História. 

Destacou­se, nesta análise, as dificuldades apresentadas pelos alunos ingressantes no ensino fundamental  séries  finais,  no processo de interpretação e raciocínio  lógico, agravados   pelas   lacunas   no   desenvolvimento   de   aprendizagem   da   leitura   e   escrita, verdadeiros analfabetos funcionais. Decifram códigos linguísticos, porém não conseguem realizar análises/ sínteses/ resenhas dos conteúdos elencados por estes códigos.

O   ser   humano   nasceu   pronto   para   aprender,   para   superar­se,   com  ânsia   por conhecer,  ultrapassar barreiras e quebrar paradigmas,  pois por natureza  é  dialético e transformador. Então por que será que a escola não atrai?

Precisa­se   resgatar   a   escola   como   instituição,   ampliar   suas   possibilidades   e abrangências, desmistificando aquela escola pragmática e estática que por muitos anos prevaleceu.

Estes são encaminhamentos e ações que devem prevalecer e serem registrados nos principais   documentos   que   regem   o   funcionamento   da   Escola:   o   Projeto   Político Pedagógico,  Proposta  Curricular  e  Planos  de   trabalho  Docentes,  e  a  partir  daí,   fazer cumprí­los com comprometimento profissional.

V – FUNDAMENTAÇÃO

Sociedade

Desde criança percebemos que as pessoas com as quais convivemos

todos os dias formam um grupo especial denominado família. Observando o

mundo ao redor, percebemos que as pessoas só vivem em grupos,

estudando a evolução da humanidade. Os pesquisadores concluíram que o

homem sempre viveu assim, desde que apareceu na Terra.

Por mais que consigamos recuar no tempo, veremos os homens

vivendo em grupos, reunidos à beira do fogo, abrigando-se em cavernas,

caçando ou vagando em bandos de um lugar para outro. Inúmeras pesquisas

demonstram que viver em sociedade faz parte da natureza humana.

Verificando em livros, rádio, televisão, Internet e outros meios de

comunicação, ficamos sabendo que em outras regiões do planeta Terra

vivem pessoas de aparência e costumes diferentes dos nossos. Mas, embora

diferentes em muitas coisas, também vivem em sociedades como nós.

A sociedade existe para que o homem possa:

− sobreviver e fazer adulto, pois é fraco e indefeso e morre facilmente, se

não for protegido e se não receber cuidado;

− satisfazer suas necessidades, pois, mesmo depois de adulto, depende dos

outros para alimentar-se, vestir-se, abrigar-se, para promover suas

necessidades espirituais, afetivas e tantas outras para viver

adequadamente, enfim;

− aprender a viver como gente, pois estudos e casos verídicos, como o do

menino lobo na Índia, comprovam que a vida em sociedade é fundamental

para que se adquiram certas características humanas, sem as quais não

se comportará como ser humano que é;

− compartilhar a evolução humana, pois todo progresso humano parece só

ser possível com a vida em sociedade. A história já mostrou que o convívio

em sociedade possibilitou num processo coletivo muitos avanços e

aperfeiçoamentos.

Porém, atualmente nossa sociedade está marcada por práticas sociais

excedentes e por uma educação dominante, que controla os indivíduos. Esta

sociedade contemporânea tem passado por expressivas transformações de

caráter social, político e econômico, sendo originadas nos pressupostos

neoliberais e na globalização da economia que tem norteado as políticas

governamentais.

Busca-se, através da educação uma formação que leve em

consideração a capacidade do indivíduo tornar-se autônomo-intelectual e

moral, e que seja capaz de interpretar as condições históricas/culturais da

sociedade em que vive de forma crítica e reflexiva, impondo as suas próprias

ações, deixando, desta forma, de ser um indivíduo manipulado e controlado.

Mundo

Partir-se-a da concepção da existência de vários mundos. Dessa forma

citaremos os principais:

-mundo familiar;

-mundo escolar;

-mundo do trabalho;

-mundo religioso;

-mundo comunitário;

-mundo político/econômico /comunicações

Assim, tem-se esses exemplos citados, inclusos num mundo maior,

globalizado e integrado e é claro que “nunca” iremos poder citar todas as

formas de mundo, seria impossível. Mas procuraremos trabalhar com o

enunciado anterior que julgamos ser os mais importantes e próximos do que

vivenciamos.

Mundo familiar

Todo mundo tem família e ela é a mais velha instituição da sociedade.

Mas, se formos examinar nossa história, veremos que, diferentemente de

uma família ideal, congelada em padrões, tivemos, em nosso passado,

famílias, no plural. E que diferentes tipos se constituíram, ao sabor de

conjunturas econômicas ou culturais.

Inúmeras são as influências do ambiente social para a formação da

personalidade humana. Inegavelmente, a família é a mais importante de

todas. É ela que proporciona as recompensas e punições, por cujo intermédio

são adquiridas as principais respostas para os primeiros obstáculos da vida. É

instituto no qual a pessoa humana encontra amparo irrestrito, fonte da sua

própria felicidade.

Os membros integrantes da família (pais, irmãos, avós etc) moldam o

ser humano, contribuindo para a formação do futuro adulto. Não foi por

acaso que um dos maiores nomes da literatura brasileira, Machado de Assis,

já afirmara que "o menino é pai do homem".

O grupo familiar tem sua função social e é determinado por

necessidades sociais. Ele deve garantir o provimento das crianças, para que

elas, na idade adulta, exerçam atividades produtivas para a própria

sociedade, e deve educá-las, para que elas tenham uma moral e valores

compatíveis com a cultura em que vivem . Tanto assim que a organização

familiar muda no decorrer da história do homem, é alterada em função das

mudanças sociais .

Nesse sentido, entende-se que a família não é apenas uma instituição

de origem biológica, mas, sobretudo, um organismo com nítidos caracteres

culturais e sociais.

Trata-se, em verdade, da celula mater da sociedade, do seu núcleo

inicial, básico e regular. É um microssistema social, onde os valores de uma

época são reproduzidos de modo a garantir a adequada formação do

indivíduo.

O papel do pai (gênero) moderno não se limita apenas ao simples

pagamento dos gastos da sua prole ao final do mês. É inegável que o

pagamento das diversas despesas é indispensável à sobrevivência dos

menores, mas ele não é a única função dos pais, sequer a mais importante,

até porque poderia ser facilmente preenchida por um orfanato ou outra

instituição de caridade qualquer, talvez até com maior eficiência.

É o acompanhamento psicológico, educacional e mesmo espiritual, o

diálogo exercitado cotidianamente, a transferência de maturidade e de lições

de vida, a participação efetiva na escolha do colégio, do esporte, da

academia de balé, é estar sempre se renovando e se conhecendo para

acompanhar as gradativas mudanças dos filhos, enfim, é preparar um ser

humano intelectualmente equilibrado e certo dos seus valores para a vida

em sociedade que define o verdadeiro papel do pai contemporâneo.

Os filhos, de outro lado, ganharam o espaço necessário à participação

no processo educacional: saíram da condição de meros objetos deste

processo para alcançarem o status de sujeitos com direito à voz naquilo que

lhes interessava diretamente. Dessa forma, os filhos deixaram de ser simples

repetidores de ordens dos seus pais, o que aumentou em muito o contato

(verdadeiro) entre eles.

A família deixou de ser um instituto fechado e individualista para ser

definida modernamente como uma comunidade de afeto e entreajuda, local

propício à realização da dignidade da pessoa humana e, por isso mesmo,

caracterizada como um ente voltado para o próprio homem, plural como ele

mesmo é, democrática, aberta, multifacetária, não discriminatória, natural e

verdadeira.

É neste contexto que se inicia o mundo de todos nós, na falta deste,

poderá trazer consequências as quais limitarão ou deixará sequelas para a

inclusão nos mundos posteriores.

A presença e o apoio dos pais na educação de seus filhos é primordial

para a formação intelectual e social da criança. Esta por sua vez, sentindo –

se amada e valorizada, mas também aprendendo limites, terá grandes

chances de engajar –se com sucesso nos demais mundos.

Mundo escolar

Aqui inicia–se o lançamento da criança para a convivência e

aprendizagem. Descobrir um mundo novo para muitos é um desafio, o qual

deverá ser vencida com paciência, dedicação, vontade de aprender e por que

não dizer ‘crescer '. é claro que muitos alunos vão à escola com medo, fato

este que tem a consequência da superproteção dos pais, deixando–o

inseguro. O mundo escola é amplo, deve ser democrático, preparar o aluno

não apenas para o mercado de trabalho, mas também para a vida.

A assimilação de conceitos não-espontâneos torna-se predominante na

adolescência e em indivíduos que passam pelo processo de escolarização.

Essa assimilação permite relacionar os atributos do novo conceito em sua

estrutura cognitiva, de modo distanciado da percepção imediata do objeto ou

fenômeno.

O papel do professor na facilitação da Aprendizagem Significativa de

conceitos é imprescindível, pois é ele o agente que deve atuar como

organizador prévio na criação de possibilidades de aprendizagem do aluno, e

que, segundo Moreira (1999, p. 162) envolve quatro tarefas fundamentais:

- Identificar os princípios unificadores, inclusivos, mais gerais, que possam

construir a ponte entre os conhecimentos prévios e o conhecimento escolar.

- Identificar quais os subsunsores relevantes à aprendizagem do conteúdo a

ser ensinado, que o aluno deveria ter em sua estrutura cognitiva.

- Diagnosticar aquilo que o aluno já sabe.

- Auxiliar o aluno a assimilar a estrutura da matéria de ensino e organizar sua

própria estrutura cognitiva, nesta área do conhecimento, por meio da

aquisição de significados claros, estáveis e transferíveis. E sendo assim, é

preciso considerar a estrutura conceitual e estrutura cognitiva do aluno no

início da instrução e tomar as providências adequadas se a estrutura

cognitiva do aluno não for adequada.

Segundo Pozo (1998), a assimilação é o processo pelo qual o sujeito

interpreta as informações que provém do meio, em função de seus

esquemas ou estruturas conceituais disponíveis, possibilitando, desta forma,

aquilo que Piaget conceitua como " integração de elementos exteriores e

estruturas em evolução ou já acabadas no organismo" (Pozo, 1998 p. 178) e

este processo requer do aluno o enfrentamento de desafios e problemas.

Dessa forma, a acomodação pressupõe não somente uma modificação

dos esquemas prévios em função da informação assimilada, mas também

uma nova assimilação, ou reinterpretação dos dados ou conhecimentos

anteriores em função dos novos esquemas construídos. Os processos de

assimilação e acomodação são indissociáveis no processo de aquisição de

conhecimento (POZO, 1998).

Mundo do trabalho

Entre as grandes transformações resultantes do advento da sociedade

informacional, temos a reconceitualização do trabalho humano. Desde a

Grécia Antiga, passando pela Idade Média, na visão dos protestantes, dos

economistas clássicos ou no entendimento crítico de Hegel e Marx, o

conceito/entendimento de trabalho tem sofrido profundas alterações, as

quais expressam as mudanças econômicas e as formas de produção próprias

de cada contexto. Tomando-se como base a concepção fordista-taylorista

responsável pela organização científica do trabalho, temos a característica

que mais contrasta com a forma atual de conceber o trabalho, ou seja, a

desvalorização do conhecimento e do saber desenvolvido com a formação e

a experiência. De acordo com Gramsci, "a qualificação (aqui) é medida a

partir do desinteresse do trabalhador, da sua "mecanização"; esta concepção

reduzia as operações produtivas apenas ao aspecto físico maquinal, negando

a participação ativa da inteligência, da fantasia e da iniciativa do trabalhador.

Neste paradigma, o controle, a prescrição e a limitação dos

movimentos, praticamente anulavam a importância do "saber-fazer" dos

trabalhadores, ignorando com isso a capacidade que os mesmos possuíam

no sentido de aperfeiçoar os sistemas técnico-organizacionais. Sobre isto, o

exemplo dos amanuenses dado por Gramsci para ilustrar essa situação sobre

o taylorismo e a mecanização do trabalhador, é bastante interessante.

Segundo ele, para os amanuenses a adaptação à mecanização seria bem

mais difícil do que para outro trabalhador, pois os mesmos teriam que

ignorar ou não refletir sobre o conteúdo intelectual do texto que estavam

reproduzindo para evitar que interferissem e modificassem o texto.

Porém, a nova organização flexível do trabalho coloca em questão

esses pressupostos tradicionais. Na era das novas tecnologias de

comunicação e informação, o conteúdo qualitativo do trabalho passa a ser

privilegiado, transformando-se, assim, sua concepção. O trabalho passa a ser

uma série de aplicações de conhecimentos, onde os indivíduos voltam suas

capacidades para a programação e o controle, e isto traz como exigência se

pensar a formação dos indivíduos para o trabalho com base em pressupostos

pós-fordistas, sob os quais novas habilidades estão sendo demandadas.

Temos hoje um aumento das exigências de aptidões para o trabalho,

considerando-se uma base de conhecimentos mais amplos, exigência de

capacidade para resolução de problemas, exigência para tomada de decisões

autônomas, capacidade de abstração e comunicação escrita e verbal.

Somando-se a isto, o trabalhador deve ser polivalente, e com maior nível de

escolaridade. Polivalente no sentido de multiqualificado, isto é, aquele que é

capaz de desenvolver e incorporar diferentes APRENDIZAGENS ,

CONHECIMENTOS e repertórios profissionais.

Desta forma, a partir dos conhecimentos aprendidos na escola e na

família, o indivíduo busca inserir-se no mercado de trabalho.

Saber respeitar os colegas de trabalho e seus superiores, desenvolver

as atividades de forma criativa, com precisão e êxito, são consequência

daquilo que a pessoa aprende nos mundos “anteriores”.

Um fator primordial para o sucesso do trabalhador é o trabalho em

grupo. Sem ele nada funciona ou não funciona como deveria.

O mundo do trabalho busca funcionários criativos, de boa convivência

social, dinâmicos e polivalentes.

Mundo religioso

O direito de liberdade de consciência e de crença deve ser exercido

concomitantemente com o pleno exercício da cidadania.

Qualquer tentativa no sentido de pressionar o poder público na

elaboração de leis civis que tenham em conta o dever ou a obrigação de

santificar qualquer dia com o "Dia do Senhor", representa um retrocesso

histórico inaceitável e um atentado contra o direito de liberdade religiosa.

A lei a todos obriga, sejam cristãos, muçulmanos, judeus, católicos,

protestantes, hindus, budistas, etc., tenham eles religião ou não.

A utilização geral de uma lei pelo Poder Público para impor à todos os

cidadãos determinados valores religiosos e doutrinários, ligando a Religião ao

Estado, é a principal fonte de intolerância religiosa ao longo da história.

A Organização das Nações Unidas – ONU -, na sua célebre

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, assim dispôs:

"ARTIGO 18. Todo homem tem direito à liberdade de pensamento,

consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou

crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela

prática, pelo culto e pela observância isolada ou coletivamente, em público

ou em particular".

Para tornar esse dispositivo ainda mais claro, a mesma Organização

das Nações Unidas – ONU, fez editar a DECLARAÇÃO SOBRE A ELIMINAÇÃO

DE TODAS AS FORMAS DE INTOLERÂNCIA E DISCRIMINAÇÃO BASEADAS EM

RELIGIÃO OU CRENÇA (Resolução n.º 36/55). Desse documento extraímos os

seguintes trechos:

"Art. 1º. Ninguém será sujeito à coerção por parte de qualquer Estado,

instituição, grupo de pessoas ou pessoas que debilitem sua liberdade de

religião ou crença de sua livre escolha".

Neste sentido também é a Convenção Americana sobre Direitos

Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), ingressa no sistema pátrio nos

termos do Decreto n.º 678, de 06 de novembro de 1992, cujo art. 12, alínea

2, explicita:

"Artigo 12. Liberdade de Consciência e de Religião

Ninguém pode ser objeto de medidas restritivas que possam limitar

sua liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de

religião ou de crenças.".

Garante, ainda, o artigo 26 do Pacto dos Direitos Civis e Políticos:

"Artigo 26. Todas as pessoas são iguais perante a lei e têm direito, sem

discriminação alguma, a igual proteção da lei. A este respeito, deverá proibir

qualquer forma de discriminação e garantir a todas as pessoas proteção igual

e eficaz contra qualquer discriminação por motivo de raça, cor, sexo, língua,

religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social,

situação econômica, nascimento ou qualquer opinião.".

Ajuda na reflexão e espiritualidade, ajuda na convivência da família,

escola e trabalho.

Acreditar num ser maior e poderoso ou em forças “extramundo” pode

fixar um diferencial numa situação difícil de resolver.

Muitas vezes recorremos às religiões para tomarmos decisões

importantes em nossas vidas.

Mundo Comunitário

Na literatura do desenvolvimento comunitário o conceito de

comunidade é ambíguo, muito pela quantidade de definições utilizadas para

a definir. É frequente ouvirmos ou lermos o termo aplicado para designar

pequenos agregados rurais (aldeias, freguesias) ou urbanos (quarteirões,

bairros), mas também a grupos profissionais (comunidade médica,

comunidade cientifica), a organizações (comunidade escolar), ou a sistemas

mais complexos como países (comunidade nacional), ou mesmo o mundo

visto como um todo (comunidade internacional ou mundial).

Nas ciências sociais estão identificados alguns tipos de comunidades.

Existe uma distinção entre duas formas de usar o termo comunidade. A

primeira, prende-se com a noção territorial ou geográfica. Neste sentido,

comunidade pode ser entendida como uma cidade, uma região, um pais, um

bairro, o prédio, ou a vizinhança. O Sentimento de Comunidade implica um

sentimento de pertença com uma área particular, ou com uma estrutura

social dentro dessa área. A segunda, tem um carácter relacional, que diz

respeito à rede social e à qualidade das relações humanas dentro da

localização de referência .

Para que exista uma comunidade é necessário que os seus membros

possuam um sentimento de consciência partilhada de uma forma de vida,

com referências comuns, um grupo de pessoas com os quais interage e que

através destas relações, proporciona uma sensação de estimulação e de

acolhimento. O sentimento de pertença ao tecido social, com fortes laços,

supõe por um lado a obtenção de apoio social e por outro a disposição de

recursos com os quais pode minimizar os efeitos de situações de stress ao

longo das suas vidas.

A abordagem ideal a uma comunidade será o de realçar e incentivar as

capacidades e qualidades dos indivíduos em vez de sobre-enfatizar os

défices dos indivíduos ou da própria comunidade. Caso esta atitude não seja

tomada, os sistemas sociais que se criam retiram a possibilidade dos

sistemas naturais, como a vizinhança, as associações locais e os recursos já

existentes na comunidade desempenharem um papel relevante na resolução

dos problemas existentes.

O mundo comunitário consiste no envolvimento da sociedade como um

todo: escola, família, trabalho e lazer.

O Mundo Político, Econômico e Globalizado.

Podemos comparar o mundo político globalizado com uma pequena

comunidade qualquer.

O contexto seria praticamente o mesmo: diferenças exorbitantes de

renda per capita, má distribuição da renda, pluralidade religiosa e étnica,

diferentes tipos de graus de instrução, competição, desemprego, luta das

pessoas para sobreviver.

O fator que diferencia o mundo de uma pequena comunidade é apenas

a “amplitude”.

É a interligação do mundo. No século XX, surgiram novas tecnologias,

como a internet que permite a troca rápida de informações entre pessoas de

todas as partes do planeta. O que acontece na globalização é a invasão de

mercadorias, serviços, tecnologias, pessoas, etc., de várias partes do mundo

em diversos lugares e vice e versa.

A expressão "globalização" tem sido utilizada mais recentemente num

sentido marcadamente ideológico, no qual assiste-se no mundo inteiro a um

processo de integração econômica sob a égide do neoliberalismo,

caraterizado pelo predomínio dos interesses financeiros, pela

desregulamentação dos mercados, pelas privatizações das empresas

estatais, e pelo abandono do estado de bem-estar social. Esta é uma das

razões dos críticos acusarem-na, a globalização, de ser responsável pela

intensificação da exclusão social (com o aumento do número de pobres e de

desempregados) e de provocar crises econômicas sucessivas, arruinando

milhares de poupadores e de pequenos empreendimentos.

Não é possível entender a sociedade humana sem as dimensões da

política. Pois, todas as ações dos indivíduos são orientadas por ela,

consciente ou inconsciente. O pensar a política está ligada a condição

antropológica do homem. Eles racionalmente dão configuração as idéias que

vão servir de referencial p-ara o processo histórico. E os que não se inserem

ou se ocupam de fazer isto, serão comandados por quem pensa e faz valer

suas concepções e princípios, através das relações de poder.

Viver politicamente é reconhecer-se como sujeito histórico, ter

consciência que a história é feita por homens e mulheres no processo de

viver em sociedade. São formas de perceber e sentir o mundo, formas de

relações com o tempo, proporcionar associação de ideias e recria-las de

acordo com a pertinência da época, para dar conta das demandas

prementes. Ver o mundo pelo viés político é fundamentar ideias que indicam

procedimentos, solidificar entendimentos complexos e melhorar a

compreensão das pessoas sobre seu lugar no contexto da globalização.

Neste sentido, o homem consciente de sua característica política

estabelece vínculos entre suas ideias e as que fazem parte da visão

dominante no seu tempo. Tem entendimento que há grupos que procuram

manter as estruturas e os processos sociais, culturais e econômicos e outros

que desejam e lutam para transformá-los.

O Homem

“O que é o Homem?”

A dificuldade ou mesmo a impossibilidade de se elaborarem respostas

definidas sobre a natureza humana, longe de ser um dado negativo, é o que

impulsiona os educadores a elucidarem as diversas questões acerca da

essência do homem.

Podemos conceituar o homem como um ser material. Significa dizer

que possui um corpo, ou seja, é matéria viva complemente organizada e,

como tal, sujeito às mesmas leis que governam outras matérias. Possui

mobilidade e possibilidade de se aperfeiçoar até certo ponto. É dotado de

instintos e impulsos relativos a sua vida não consciente. Como ser material e

corpóreo é determinado pelo meio físico e cultural em que vive.

Como todo o ser vivo, o homem age sobre a natureza com a finalidade

de sobreviver como espécie. No entanto, enquanto nos outros animais a

atuação sobre a natureza é resultado de um código genético,

cronologicamente determinado para cada espécie, no homem ela ocorre de

forma intencional e planejada, ou seja, o homem tem consciência de que

está transformando a natureza para adaptá-la as suas necessidades. Nesse

sentido ele difere dos demais seres vivos porque possui vida própria,

consciente, auto determinada e auto determinante.

Outra forma de ver o homem é com um ser racional. A posse e o uso da

razão caracterizam o homem distinguindo-se dos outros animais. É capaz de

refletir, emitir Juízos, dominar e modificar a natureza por meio de suas

conquistas tecnocientíficas bem como elaborar conceitos e ideias. É dotado

de um poder de conhecimento ilimitado: compreende a si mesmo e as coisas

que o cercam o que lhe permita alterar consciente e intencionalmente as

circunstâncias do meio em que vive.

Este homem racional se indaga acerca dos valores morais, sociais,

políticos, culturais que cultiva. Como ser racional busca seus fins a partir de

seus valores: torna-se efetivamente humano, isto é, torna-se pessoa.

O pensamento e a inteligência permitem ao homem resgatar o passado

para melhor compreender o presente e planejar o futuro de forma mais

adequada e promissora. Como ser inventivo e criativo que é, essa

apropriação do passado não se faz de maneira predeterminada e repetitiva.

Os conhecimentos são constantemente renovados, o que permite e garante o

avanço e o progresso de cada geração em relação a seus antepassados.

O homem deve também ser visto como um ser psíquico. O ser humano,

dotado de uma personalidade exclusiva, necessita de afeto, compreensão,

aceitação, auto-estima e auto-respeito. Ao mesmo tempo, nutre diferentes

sentimentos pelos demais indivíduos e pelas coisas que fazem parte do seu

estar no mundo. O sentimento é um dos elementos integrantes da estrutura

humana e faz o homem ter aspirações, desejos e necessidades.

Este homem destaca-se como um ser social e político. O indivíduo não

existe como ser humano fora do convívio social. A coexistência e a

cooperação entre os indivíduos e grupos são necessárias para a constituição

e desenvolvimento das diferentes instituições sociais e políticas que, por sua

vez, garantem o bem-estar individual e coletivo.

A sociabilidade é inerente ao ser humano e garante a perpetuação de

sua história. A convivência social permite-lhe compartilhar experiências e

vivências passadas e presentes, bem como projetar realizações futuras

mediadas pelo uso contínuo que faz da linguagem.

A linguagem é um fenômeno eminentemente social, resultado da

convivência humana, que possibilita a comunicação escrita e oral entre os

homens. Por meio da linguagem é possível a transmissão da cultura, a

conservação do passado, o registro do presente e a construção do futuro. A

comunicação pessoal e social é intermediada pelo uso que os homens fazem

da linguagem nas suas mais variadas formas.

O homem intervém no curso da história, ele é um ser da praxis. Renova

e inova sua existência pessoal e coletiva, transformando o mundo e

transformando-se a si mesmo por meio de suas ações, que se fundamentam

na racionalidade, na liberdade e na intencionalidade da consciência, que lhe

é própria.

Este homem destaca-se como um ser ético e estético. Como ser moral,

o homem é atraído pelo bem, pela justiça, pela verdade, pela honestidade e

é compelido a repelir o mal, a injustiça, a falsidade e a desonestidade. Como

ser estético é permanentemente atraído pelo belo. O homem é o único ser

vivo capaz de experiências emoções estéticas e compreender o belo. Em

virtude dessas características peculiarmente humanas, ele se enfeita, cria a

moda e faz objetos sem qualquer finalidade utilitária, mas somente para se

deleitar e se contentar.

Por tudo isso, podemos dizer que o homem é um ser finito, perfectível e

inacabado. Ele é o único ser que tem consciência de sua finalidade. Sabe que

sua vida tem começo, meio e fim: “é um ser para mente”. Desta maneira, ele

não se satisfaz com o que é ou com aquilo que possui. Está continuamente

buscando algo mais. Aspira ao infinito e deseja alcançá-lo. Ao mesmo tempo

está consciente de seus limites: é um ser finito que procura a perfeição e o

absoluto.

Conhecimento

O nome conhecimento é dado a relação estabelecida entre a

consciência (sujeito cognoscente) e um objeto. Nesse sentido, todo

conhecimento pressupõe dois elementos em relação:

- Ao sujeito que quer conhecer;

- Ao objeto a ser conhecido.

Assim, o conhecimento é o ato, o processo pelo qual o sujeito se coloca

no mundo e estabelece uma ligação com ele. O mundo torna possível o

conhecimento na medida em que se oferece a um sujeito apto a conhecê-la.

Esse mesmo sujeito pode tornar-se objeto de seu próprio conhecimento.

Também é dado o nome de conhecimento ao saber acumulado pela

humanidade através dos tempos. Nessa perspectiva o conhecimento é

tratado como produto, que tanto pode ser utilizado como transmitido.

O conhecimento pode ser concreto ou abstrato. O conhecimento que

temos de um amigo, por exemplo, é concreto. O conhecimento que temos de

um ser humano, num enfoque mais universal, é abstrato. Dessa forma, o

conceito de ser humano é muito mais extenso do que o do amigo.

O conhecimento abstrato nos ajuda a organizar e compreender mais

amplamente, mas nos afasta da realidade concreta. Desse modo, podemos

chamar de verdadeiro o conhecimento que se dá no processo dialético entre

o abstrato e o concreto. Esse é um processo infinito, que desvenda o mundo

humano na sua riqueza e diversidade.

O conhecimento implica transformação, tanto do sujeito quanto do

objetivo. Isso porque o sujeito se transforma quando sabe; e o sujeito se

transforma porque o conhecimento lhe confere sentido.

Tradicionalmente, diz-se que várias são as formas de conhecer: o mito,

o senso comum, a ciência, a filosofia, a religião e a arte. Diz-se também que

essas formas diferem de acordo com a postura do sujeito frente ao objeto.

Essa postura distinta gera diferentes enfoques e metodologias. Por exemplo:

a ciência procura estruturar saber por meio do método científico, que tem

por eixo básico a experimentação e a formulação de hipóteses. A filosofia

procura conhecer através da reflexão rigorosa, sistemática e radical, numa

abordagem globalizante. A religião, através da fé, busca dar sentido

transcendente ao mundo e a vida humana. A arte, principalmente por meio

da instituição e da sensibilidade, propõe sua leitura de mundo, sua forma de

conhecê-lo e interpretar esse conhecimento. O senso comum é resultante

das várias formas de conhecimento amalgamadas na herança do grupo

cultural ao qual pertencemos e das experiências de cada um de nós.

Desta forma, a escola deve ser um espaço de produção, resistência e

transgressão de conhecimentos, possibilitando a formação de indivíduos não

conformados, construidores de um mundo de lutas, buscas, relações,

diálogos, práticas, confrontos e desafios.

Nesse processo de conhecer a escola deverá possibilitar a formação da

autonomia, da criatividade e da criticidade, respeitando as diversidades

existentes entre os seres, valorizando o cotidiano e construindo

coletivamente novos conhecimentos, conscientizando-os das contradições da

sociedade.

Educação/Escola

A educação para o entendimento político nas relações pressupõe criar

condições para que o educando consiga buscar o sentido da existência

humana e da essência delas como resultado de intencionalidade sócio-

culturais. Nossa postura política se manifesta sempre que refletimos,

discutimos formas de sociabilidades, serviços públicos que não cumprem a

efetiva função social, argumentamos a respeito das relações dos homens

com a natureza e atribuímos e defendemos valores éticos para afirmar nosso

propósito de sociedade.

O educador é fundamental neste processo de politização da educação,

como mediador entre os sujeitos do conhecimento e as formas de

interpretação e desvelamento das dimensões, às vezes, ocultas do contexto

social, cultural ou econômico.

A educação que tem como finalidade a emancipação do sujeito precisa

ter como objetivo o empoderamento político do sujeito do processo

educativo.

A humanização constante permite a cada nova geração o

conhecimento, adaptação e a absorção do que a humanidade construir,

possibilitando também a transformação e a reconstrução dessa geração e,

consequentemente, dessa sociedade.

A educação deve possibilitar ao homem o conhecimento e os

instrumentos necessários para interpretar e decifrar a realidade, realizar

escolhas e agir sobre o seu destino. Na ação educativa, o que deve estar

implícito é o aperfeiçoamento do próprio homem, questão esta já formulada

por Kant “as relações de educação no seu sentido mais amplo, têm que ter

em mente o estado futuro da humanidade. O homem deve fazer a si mesmo

melhor do que já é”.

A ação educativa consiste em oferecer ao homem condição de

discernimento e superação dos problemas, a fim de estabelecer escolhas a

partir dos próprios interesses, valores e ideais.

A escola se configura como um espaço definido para o

desenvolvimento do ensino, ou seja, como um espaço organizado, planejado

e instituído para promover a apreensão do conhecimento sistematizado e

universalizado. Mas, ainda é importante considerar que a escola possibilita

também, em função de uma condição histórico-cultural, o desenvolvimento

implícito e/ou explícito da ação educativa numa abordagem mais ampla.

Como esclarece Antônio Cândido (1985, p.11): “existe um sistema de

relações, de papéis, de valores, determinado no ensino manifestando-se

principalmente na escola, concebida não apenas como agência de instrução,

mas como um grupo social complexo, num dado contexto social.”

A escola, compreendida como uma unidade social responsável pela

educação, definem atitudes, comportamentos, posições, papéis. Possui uma

dinâmica própria e sem desconsiderar as relações estabelecidas pela

sociedade, de onde recebe valores, normas e obrigações, não pode ser

entendida apenas como reflexo desta sociedade, devendo ter consciência da

sua responsabilidade singular de reflexão e criação. Assim, a escola se revela

também como um espaço onde os protagonistas da ação educativa,

inspirados por princípios fundamentais para o desenvolvimento e o

aperfeiçoamento humano, podem sobrepujar as mazelas e contradições

presentes nesta mesma sociedade.

Ao desencanto da constatação de que na ação educativa ainda se

perpetuam princípios e práticas de submissão e controle é vital que se

contraponha o desejo por uma escola livre, criativa, autônoma, crítica,

sustentado na consciência de que para sua realização é preciso que se

proceda a redescoberta dos verdadeiros significados da Política, da Ética e da

Estética.

Por outro lado, a escola tem potencializado o surgimento de um novo

papel, principalmente entre aqueles que vislumbram na sua existência um

campo de possibilidades para realização de um projeto de vida. A escola

adquire, então, a dimensão do encontro, é vista também como um espaço

social que permite o aprendizado da convivência em grupo, oportuniza a

relação com a diversidade e possibilita a experiência do “conflito”. Essa

dimensão ocorre, na maioria das vezes á revelia da própria escola.

Na trilha desta dinâmica socializadora da escola, tem surgido com uma

certa frequência à preocupação por parte dos educadores, de se investir no

potencial de criatividade, curiosidade e inquietação, presentes nos alunos.

Nestes casos, o espaço interessante, que oportuniza uma relação mais

prazerosa com o conhecimento. A escola, dessa forma, passa a provocar

significações que podem despertar no jovem o verdadeiro sentido de

aprender.

Avaliação

Na ação escolar, a avaliação incide sobre ações ou sobre objetos

específicos - no caso, o aproveitamento do aluno ou nosso plano de ação.

Avaliação, portanto, não pode ser confundida, como por vezes se faz, com o

momento exclusivo de atribuição de notas ou com momentos em que

estamos analisando e julgando o mérito do trabalho que os alunos

desenvolveram. Vale dizer que a avaliação recai sobre inúmeros objetos, não

só sobre o rendimento escolar.

A avaliação é responsável pelo acompanhamento do rendimento do

estudante, mediante instrumentos previstos no regimento escolar e

observadas as diretrizes da lei. Esse é um aspecto que constitui um

permanente desafio para os educadores. De acordo com a legislação vigente,

podem ser consideradas a avaliação contínua e a cumulativa, em que

prevalecem os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, bem como os

resultados ao longo do ano sobre os de provas ou exames finais, quando

adotados.

A avaliação constitui um elemento central na organização da prática

pedagógica, na medida em que favorece o processo de construção do

conhecimento. De fato, pode-se por meio dos procedimentos e mecanismos

de avaliação, constatar, compreender e intervir nos processos de construção

do conhecimento. Processual, reflexiva e cumulativa, a avaliação concorre,

entre outros aspectos, para a definição do tempo e das formas de promoção

do estudante.

A avaliação faz parte do processo de ensino, aprendizagem não para

excluir o aluno, mas para verificar em que medidas o conhecimento

apreendido permite organizar, interpretar, compreender a realidade que o

cerca, e também para verificar em que medida as escolhas que o professor

faz estão adequadas a este processo. Compreender isto significa ir além da

avaliação formal, que se presta muito mais a satisfazer as necessidades

burocráticas da instituição escolar. É importante verificar como podemos

avançar e melhorar nos nossos instrumentos, mas não é esse o nó principal

do processo educacional. Isso precisa vir no conjunto das transformações das

ações que se dão em sala de aula e na Escola. Se não invertermos a

pedagogia da avaliação pela pedagogia do ensino-aprendizado, não vamos

alterar o processo educacional.

Na concepção de J. Gimeno Sacristán, avaliar é perceber através de

qualquer processo algumas características do aluno, analisando suas

condições de aprendizado e julgando o que seja relevante para a educação.

Entendemos que avaliar não é somente dar atenção e analisar as condições

de aprendizado do aluno, suas características e outros pontos, mas também

é preciso avaliar as práticas pedagógicas do professor e seu diálogo com o

aluno. Desta forma, a avaliação não deve ser feita apenas através de prova

escrita ou trabalho, mas, realizada no decorrer de debates em sala de aula,

avaliando o amadurecimento intelectual dos alunos e suas respostas aos

estímulos dados pelo professor.

Uma das primeiras formas do sistema avaliativo apareceu na China do

século II a.C., quando foi realizada uma prova oral para selecionar

funcionários. Mas a avaliação não era algo corrente. Mais tarde, nas

universidades medievais a avaliação cristalizou-se em forma da disputatio,

exposição de um aluno com seus professores. Através da pedagogia jesuítica

e sua competitividade, a avaliação foi posta como meio de medir o

aprendizado de forma escrita. Com a universalização deste sistema

educativo a avaliação, como prática de estímulo e controle, desenvolveu-se e

perdeu a relação individual entre professor e aluno e passou a ser coletiva.

Para Sacristán, a prática da avaliação evidencia a servidão e o controle de

conduta.

A partir da reflexão de algumas trajetórias e concepções do processo

de avaliação o autor afirma ter ocorrido um afastamento da perspectiva da

avaliação enquanto sinônimo de mediação de estados do aluno para dar

ênfase ao diagnóstico da aprendizagem, à explicação das causas e ao

julgamento de valor do processo de aprendizagem.

As influências positivistas e as preocupações científicas fizeram a

didática passar a preocupar-se em registrar, no formato de testes, os

processos avaliativos. Nas décadas de 1960 e 1970, a teoria condutista de

Tyler passou a considerar como efeitos educativos somente os que causavam

mudanças de conduta observáveis por meio de técnicas objetivas de

avaliação. Esta proposta foi fortalecida pela contribuição da psicologia

cognitiva que postulava “...a necessidade de dispor de planos de sequências

de instrução muito estruturadas que explicitassem a concatenação de passos

de aprendizagem que é preciso seguir para o domínio de uma determinada

unidade de conteúdo, de modo que se possa ir comprovando o progresso e

as falhas concretas na cadeia.” (SACRISTÀN, 1998, p. 301). A pretensão de se

fazer uma pedagogia mais científica “tecnificou” os procedimentos de

avaliação.

Foi a partir da incorporação do enfoque ambientalista em psicologia e

na educação, no entanto, que a necessidade de se considerar as

circunstâncias sociais e psicológicas do aluno no processo de aprendizagem

foi vista. A partir desta ampla perspectiva, Sacristán argumenta que a

avaliação serve para se ter consciência sobre o curso dos processos e dos

resultados educativos, levando em conta questões técnicas, éticas. É

necessário, dessa forma, dialogar sobre os métodos com os alunos, pais e a

sociedade, bem como expressar os resultados para os alunos.

Sacristán define alguns passos fundamentais do processo de avaliação.

Primeiro, analisar o mundo em que os alunos vivem; depois, selecionar uma

condição social mais geral, sem ignorar as outras; terceiro, elaborar um

julgamento padronizado a partir destas observações, recolhendo informações

pertinentes e apreciando o valor a ser dado para a realidade analisada; por

último, expressar o valor atribuído a esta avaliação.

Três pontos nos parecem centrais à avaliação:

A avaliação deve contar com a formação adequada, para que as

categorias postas nela sejam significativas e cheias de conteúdo.

Este item é interessante por que, na prática pedagógica, o professor

deve estar atento para os diferentes níveis de aprendizado dos alunos e

preparar a avaliação de acordo com o geral, ou seja, sendo acessível a todos

e não somente para poucos.

A seleção de aspectos da personalidade e rendimentos do aluno na

área tratada deve ser relevante.

Observar as aptidões dos alunos é fundamental para o processo de

avaliação. Muitas vezes, uma prova escrita não dá conta de medir o

aprendizado de determinado aluno, enquanto uma exposição oral daria conta

devido à aptidão do aluno. Por isso, o professor deve estar atento ao grupo e

às especificidades de cada indivíduo.

Por fim, a informação coletada deve ser útil para orientar os métodos

educativos, a dinâmica da aprendizagem etc.

No processo avaliativo não devem ser eleitos conteúdos que não

tenham nada de relevante ou útil para o amadurecimento e vida prática do

aluno, ou seja, dar sentido e significado à matéria é algo fundamental para o

bom desempenho das funções do professor enquanto educador.

De acordo com o pensamento de Michel Foucault, quando o aluno

aprende a ver-se, expressar-se, confessar-se, julgar-se e dominar-se, ele

cresce enquanto indivíduo. Sendo assim, a auto-avaliação nos parece algo

positivo, mesmo quando os alunos não são honestos, por que os leva a

conhecerem-se e a julgarem o que estão fazendo. Além disso, o processo de

auto-avaliação deve ser continuamente realizado pelo próprio professor, pois

avaliar sua prática pedagógica é algo fundamental para a análise e

reformulação de muitas questões centrais para sua atuação enquanto

educador.

As funções da avaliação, para Sacristán, estão divididas em alguns

itens, enumerados a seguir:

• Definição dos significados pedagógicos e sociais: a avaliação é a

base para manifestar as desigualdades que são construídas entre os

sujeitos. É a própria instituição que dota de significado a realidade

educativa e seus procedimentos.

• Funções sociais: as funções sociais que a avaliação cumpre são as

bases de sua existência como prática escolar, fornecem títulos,

selecionam para o ingresso em cursos de graduação, selecionam e

hierarquizam os níveis escolares, democratizam o acesso à

escolaridade. “Esta mentalidade se projeta no uso da avaliação

como recurso para obter-se o controle sobre o aluno/a nas

instituições educativas. A função seletiva e de graduação passa a

ser um instrumento de poder da instituição sobre os indivíduos que

regula as relações interpessoais”. (SACRISTÀN, 1998, p. 326).

• Funções pedagógicas: a legitimação da avaliação e de sua

realização. Ela atua como criadora do ambiente escolar

determinando a relação entre alunos e professores; a avaliação é

vista como um diagnóstico do processo de aprendizagem dos

alunos, seu conhecimento, conscientização, estado final como aluno

e suas qualidades de aluno. Sua finalidade é formativa e vista como

aquela que se realiza com o propósito de melhorar algo.

• Recurso para a individualização: a avaliação oferece o meio pelo

qual o professor vai diagnosticar o ritmo de aprendizado de

determinado aluno e como deve ser seu tratamento.

• Garantia de aprendizagem: oferece a forma do professor analisar a

prática pedagógica desenvolvida até aquele momento e modificá-la,

se necessário.

• Função orientadora: muito semelhante a anterior, detecta as

qualidades do aluno e direciona o professor de como deve ser o

trabalho escolar.

• Base de prognósticos: serve com um guia para uma análise

individual dos alunos, que conduta deve ser desenvolvida e o que

esperamos dela.

• Ponderação do currículo e socialização profissional: é a avaliação

dos conteúdos e aprendizagens selecionadas, uma forma de filtro

que define os possíveis significados que os conteúdos possam ter

para os alunos.

• Funções de organização escolar: a avaliação organiza os níveis

escolares, com currículos organizados, possibilita a previsão de

espaços escolares para níveis secundários e superiores.

• Projeção psicológica: é a avaliação das formas de repercussão

psicológica que o processo avaliativo tem sobre o aluno,

determinando o que ele irá gostar mais ou menos, diante das suas

dificuldades ou facilidades.

• Apoio da investigação: avaliar qualitativamente o ensino, as

escolhas das técnicas, os procedimentos, as condições de trabalho,

e outros.

A avaliação deve ser mais humanizada, globalizada, para abranger

toda a personalidade do aluno, mas, certos cuidados devem ser tomados

diante do contexto em que será praticada, uma vez que a avaliação

compreensiva e globalizadora exige uma mudança ideológica nas posturas

seletivas do processo educativo.

RECUPERAÇÃO

RECUPERAR: Encontrar aquilo que foi perdido. Na educação, encontrar uma forma de ensinar o que não foi assimilado pelos alunos. Descobrir e encontrar o que foi perdido no processo ensino-aprendizagem.

Baseada no conceito acima, a recuperação não significa apenas a chance de "passar em uma prova". Significa a chance de aprender o conteúdo dado. Dessa maneira, ela não pode ser considerada como de responsabilidade única da família e do aluno, mas principalmente da escola. Se algo não foi assimilado por alguém, é preciso repetir, encontrar a fórmula de gerar a assimilação. Caso contrário a unidade de ensino não estará preocupada com o motivo maior da sua existência: o aprendizado.

Depreende-se então, que se o intuito é recuperar, é de vital importância que isso ocorra o mais rápido possível, cabendo ao docente identificar as dificuldades específicas dos discentes, refletir sobre o que causou o não aprendizado e buscar novas estratégias didáticas para rever o conteúdo não assimilado.

A recuperação paralela pode começar no dia a dia, devendo o docente esclarecer sempre as dúvidas apresentadas pelos alunos, aplicar atividades em sala de aula e para casa, que servirão como elo de fixação dos conteúdos estudados. A avaliação formativa deve ser levada a efeito exatamente porque busca corrigir as deficiências detectadas no decorrer do processo avaliativo e evitará o avanço da transmissão do conteúdo sem que tenha havido a aprendizagem daquele antes apresentado. A realização de várias tarefas individuais menores e sucessivas, permite observar se

os conteúdos estão sendo assimilados à abordagem formativa, tão necessária ao acompanhamento do aprendizado discente.

Ensino

Para podermos conceituar o que vem a ser ENSINO precisamos

relacioná-lo com o termo educação. A educação está intimamente ligada a

valores e o ensino, a conteúdos.

Embora se saiba que, nas relações de ensino, não se deve perder de

vista a educação e, por outro lado, ao se educar, se utilize, muitas vezes, os

conteúdos de ensino como meios, uma confusão conceitual dessa natureza

pode implicar, no âmbito escolar, uma confusão metodológica, motivo pelo

qual devemos insistir na importância dessa discussão.

Assim, se priorizarmos essencialmente o ENSINO, iremos predeterminar

uma programação para as diferentes áreas do conhecimento, buscar livros

didáticos que tragam esses conteúdos, procurar ensina-los ao longo do ano

letivo e criar momentos de avaliação, nos quais serão verificadas as

aprendizagens do aluno.

Por outro lado, se acreditarmos que o objetivo básico da escola é a

educação, toda nossa metodologia estará atenta aos valores e ao

desenvolvimento do aluno, caso em que o conteúdo programático passaria à

categoria de meio, subordinado a um fim maior.

Aprendizagem

Ao se tratar da aprendizagem na escola verifica-se que, numa

concepção de educação em que a transmissão de conhecimentos é o único

objetivo e a manutenção da realidade é a finalidade, nessa ótica, o professor

é simplesmente aquele que detém o conhecimento e, portanto, o transmite

para os estudantes. A capacidade de ver o outro, de captar a aprendizagem

já existente no estudante, tende a não ser considerada pelo professor. De

outro lado, numa educação emancipadora, que busca a transformação da

realidade, o conhecimento passa a ser fruto de uma construção coletiva e,

assim, o professor é mais do que o mero “ensinante” e o processo de ensino-

aprendizagem adquire movimento de troca e de crescimento mútuo. Nessa

percepção, como Paulo Freire tão bem desvelou, o processo de ensino-

aprendizagem é uma seta de mão dupla; de um lado, o professor ensina e

aprende e, de outro, o estudante aprende e ensina, num processo dialético,

isto é permeado de contradições e mediações.

O processo pedagógico caracteriza-se, portanto, como um movimento

próprio de idas e vindas, de construções sobre construções. São inúmeras as

variáveis que interferem nesse processo, tais como as condições materiais e

as relações simbólicas. É toda essa complexidade que deve ser

compreendida e trabalhada por aqueles que constroem o cotidiano escolar.

Igualdade

A LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em seu título II, art. 2

estabelece que a educação é dever da família e do Estado, inspirada nos

princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por

finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o

exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Sob este prisma

são estabelecidos alguns princípios que norteiam o ensino. Dentre esses

princípios destaca-se, inici

Em 13 de julho de 1990, é promulgada a Lei no. 8069 – o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Essa lei representa uma mudança de paradigma na área da infância e da juventude, incorporando uma nova concepção de criança e adolescente. Estes passam a ser considerados como “sujeitos de direitos”, e não mais como “menores” objetos da ação do poder público, principalmente em casos de abandono e/ou delinqüência, passíveis de medidas assistencialistas, segregadoras e repressivas como nos Códigos de Menores de 1927 e 1979.

Trata-se de uma mudança de concepção na qual as crianças e os

adolescentes eram vistas exclusivamente como “portadoras de carências” e,

a partir de então, como cidadãos, sujeitos de direitos. almente, o da

igualdade, que deve primar pelo acesso e a permanência do aluno na escola.

Historicamente são conhecidos diversos fatores que dificultavam o

acesso do indivíduo à educação como: falta de escolas; professores;

dificuldades de locomoção; situação sócio-econômica das famílias que

retiravam os filhos da escola para com seu trabalho contribuir para o

sustento da casa; ignorância a respeito da importância da educação, etc.

Atualmente, frente ao avanço tecnológico e cultural, a função da escola

torna-se imprescindível para a formação do indivíduo a fim de que ele se

torne sujeito de sua história inserindo-se no seu tempo e espaço históricos.

Nesse panorama o acesso ao ensino deve ser facilitado para todos os

sujeitos, cabendo à escola conhecer as necessidades educativas da

comunidade em que está inserida. Para tanto algumas atitudes são indicadas

para facilitar o acesso do maior número possível de pessoas destacando-se:

• Campanhas junto à comunidade visando a matrícula de todos

que estejam fora da escola;

• Atendimento aos jovens e adultos analfabetos ou que não têm o

ensino fundamental completo;

• Encaminhamento para outros estabelecimentos de ensino a

demanda que a escola não consegue atender;

• Oferecimento de outras oportunidades educativas para a

comunidade;

• Possuir e utilizar o livro de demanda escolar.

Contudo não é suficiente garantir o acesso à escola. Torna-se

necessário à permanência dos indivíduos na mesma. Fazer com que

adolescentes e jovens permaneçam na escola e consigam concluir os níveis

de ensino em idade adequada, e que jovens e adultos também tenham os

seus direitos educativos atendidos é um dos principais desafios atuais

enfrentados.

Para a escola obter êxito em manter os alunos e oferecer boas

oportunidades de aprendizagem para todos precisa, necessariamente,

conhecer alguns dados importantes como:

• O número total e a causa das faltas dos alunos e a busca de

solução para esse problema;

• Saber se todas as crianças em idade escolar da comunidade

frequentam a escola regularmente;

• Conhecer o número e compreender as causas do abandono e

evasão escolar;

• Adotar medidas para trazer de volta alunos que se evadiram;

• Oferecer atenção especial aos alunos com defasagem de

aprendizagem.

Neste último item torna-se necessária à ação direta dos professores

que devem dar atenção individual aos alunos com dificuldades em aprender.

A escola deve oferecer oportunidades especiais aos alunos que têm

dificuldades como: lições extras, grupos de apoio, aulas extras, entre outros.

Também é importante que a comunidade escolar conheça a quantidade de

alunos que são reprovados a cada ano e quais são as disciplinas que mais

reprovam para nortear a tomada segura e eficiente de decisões que

revertam esse quadro e garantam a permanência do aluno na escola.

Ainda inserida no princípio da igualdade é notório destacar a questão

da inclusão escolar que assegura a oferta de atendimento educacional

especializado aos alunos que apresentam necessidades educacionais

especiais decorrentes de:

a) Deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;

b) Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos

e psiquiátricos e

c) Superdotação/altas habilidades.

Convém destacar que “especiais” devem ser considerados os

procedimentos que a prática pedagógica precisa assumir para garantir a

aprendizagem e participação de todos os alunos. Desta forma não só os

alunos que apresentem características diferenciadas decorrentes não apenas

de deficiências, mas, também, de condições socioculturais diversas e

econômicas desfavoráveis terão direito a receber apoios diferenciados

daqueles normalmente oferecidos no contexto da escola regular.

Isso implica na necessidade de provisão de recursos humanos,

materiais e técnicos nas escolas. É preciso criar mecanismos que permitam a

integração educacional, social e emocional do aluno com seus colegas e

professores e com os objetos de conhecimento e da cultura. O processo de

inclusão educacional deve ser efetivo garantindo os apoios e serviços

especializados para que cada aluno aprenda respeitando-se suas

singularidades.

Outro aspecto relevante no tocante à igualdade no ambiente escolar é

o respeito à diversidade cultural, econômica e política dos sujeitos pessoais e

sociais participantes do processo educacional.

Esse é outro desafio a ser enfrentado pela comunidade escolar:

aprender a construir uma forma de lidar com as diferenças que marcam os

sujeitos que estão envolvidos no processo educativo, garantindo não

somente o respeito a esses diferenças, mas abrindo espaço para que cada

um possa demonstrar e ser atendido nas suas necessidades e

potencialidades.

Neste âmbito são enquadradas as diferentes etnias, origens, preferências

culturais e grupos sociais.

O respeito à diversidade de opiniões , posturas, aspirações e outras

demandas dos sujeitos deve ser o eixo central das relações na escola.

Respeitar a pluralidade é garantia de um ambiente escolar

efetivamente democrático.

Qualidade

Uma das premissas básicas da educação é a qualidade do ensino.

Alguns entendem a qualidade na educação apenas como um repasse

eficiente de conteúdos. No entanto, o conceito de qualidade não é estático. É

dinâmico e deve buscar adequação ao ambiente escolar. Essa adequação

não reside apenas na figura do professor. Precisa transpor os limites da sala

de aula e alcançar toda comunidade escolar.

O senso comum conceitua a qualidade da escola com base no

aprendizado dos alunos sobre as coisas essenciais para sua vida, como ler e

escrever, resolver problemas matemáticos, conviver com os colegas,

respeitar regras, trabalhar em grupo. Mas, como já mencionado, quem pode

definir bem e dar vida às orientações gerais sobre a qualidade na escola, de

acordo com os contextos socioculturais locais é a própria comunidade

escolar. Como qualidade é um conceito para ser reconstruído

constantemente, cada escola tem autonomia para refletir , propor e agir na

sua busca.

No ambiente educativo, o respeito, a alegria, a amizade e a

solidariedade, a disciplina, o combate à discriminação e o exercício dos

direitos e deveres são práticas que garantem a socialização e a convivência,

desenvolvem e fortalecem a noção de cidadania e de igualdade entre todos.

Para orientar a comunidade escolar a avaliar e melhorar a qualidade da

educação são apresentados alguns indicadores que revelam aspectos da

realidade e podem qualificar algo.

Entre esses indicadores qualitativos destacam-se a amizade e a solidariedade

entre todos, a alegria, o respeito, o combate à discriminação e a disciplina.

Um ambiente escolar de qualidade deve propiciar ao indivíduo com

problemas pessoais (alunos ou funcionários) a ajuda necessária na escola. Os

funcionários e alunos precisam gostar de trabalhar e frequentar suas

dependências. Os pais devem Ter envolvimento no cotidiano escolar

auxiliando a direção a transformar o ambiente escolar em um local tranquilo

e motivador.

O respeito mútuo na escola e o combate a qualquer forma de

discriminação bem como a disciplina com regras de convivência bem

definidas também são indicadores de qualidade na educação.

Todos esses fatores aliados a uma prática pedagógica responsável e

consciente agregam qualidade à educação. Desenvolver no aluno a

concepção de mundo, sociedade, educação e do seu papel como cidadão

contribui para o desenvolvimento dos conhecimentos, habilidades e atitudes

com que o indivíduo vai se relacionar com o ambiente em que vive e consigo

mesmo. Desse modo a educação qualitativa é aquela que contribui com a

formação dos estudantes nos aspectos culturais, antropológicos, econômicos

e políticos, para o desempenho de seu papel de cidadão no mundo.

Diante disso são identificados alguns atributos de uma escola de

qualidade:

Ser pluralista, admitindo correntes de pensamento divergentes com

respeito à diversidade, ao diferente;

Ser humanista, por identificar o homem como foco do processo

educativo;

Ter consciência de seu papel político como instrumento para a

emancipação, combate às desigualdades social e a desalienação dos

trabalhadores.

Uma escola de qualidade precisa desenvolver o indivíduo em todas as

suas dimensões: na econômica (inserção no mundo do trabalho e da

produção de bens e serviços); na cultural (apropriação, desenvolvimento e

sistematização da cultural popular e cultura universal); na política

(emancipação do cidadão, tornando-o dirigente do seu destino e partícipe

ativo na construção do destino do grupo social ao qual pertence).

Cultura

A origem da palavra “cultura” provem da língua latina. O radical dela é o verbo latino colo, que tem o significado original de “cultivar”. O vocábulo latino cultus (particípio de colo) tem, inicialmente a sua origem, significado baseado na ideia de cultura da terra. Atualmente, a palavra “cultura” ampliou seu sentido, retratando, não somente o cultivo da terra em específico, mas abordando temáticas tais como: cultivo de hábitos, interesses, língua e vida artística de um povo.

“Cultura” é o campo de estudo da antropologia. Diz respeito à humanidade como um todo e ao mesmo tempo a cada um dos povos,

nações, sociedades e grupos humanos. Não pode existir uma sociedade sem cultura. Utilizamos aqui, portanto, uma concepção ampla de cultura, que diz respeito a tudo o que caracteriza uma realidade social, a existência social de um povo ou nação, ou então de grupos no interior de uma sociedade. As conclusões do Congresso de Lausanne sugerem o seguinte conceito: “cultura é um conjunto integrado de crenças, de valores, de costumes, e de instituições que expressam estas crenças, valores e costumes, que unem a sociedade e lhe proporcionam um sentido de identidade, de dignidade, de segurança e de continuidade.”

Desta forma, o significado de cultura tornou-se abrangente, podendo ser considerada como sinônimo de tudo o que o homem através da sua racionalidade, mais precisamente inteligência, consegue executar e exercer. Assim, podemos destacar que todos os povos e sociedades possuem sua cultura por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados das gerações passadas para as futuras.

A cultura passou a simbolizar uma das principais características humanas, pois somente o ser humano tem a capacidade de desenvolvê-la, distinguindo-se de outras formas de vida.

A cultura é repassada aos descendentes como uma memória coletiva que retrata um tempo e um espaço historicamente construído. Este é um dos fatores que permite identificá-la como um elemento coletivo, impossível de se desenvolver individualmente.

O tempo e o espaço são bases para o processo de análise da cultura de um povo, levando à compreensão das diferenças e das diversidades por ela disseminadas.

TECNOLOGIA

Cada época foi marcada por elementos tecnológicos que se fizeram importantes para a sobrevivência da espécie humana. A água, o fogo, um pedaço de madeira ou um osso de um animal qualquer eram usados para matar, dominar ou afastar animais ou outros homens que podiam representar ameaças

A expressão "Tecnologia na Educação" abrange a informática, mas não se restringe a ela. Inclui também o uso da televisão, vídeo, rádio e até mesmo cinema na promoção da educação. Entende-se tecnologia como sendo o resultado da fusão entre ciência e técnica. O conceito de tecnologia educacional pode ser enunciado como o conjunto de procedimentos (técnicas) que visam "facilitar" os processos de ensino e aprendizagem com a utilização de meios (instrumentais, simbólicos ou organizadores) e suas consequentes transformações culturais.

O uso de tecnologia em educação não é recente. A educação sistematizada desde o início utiliza diversas tecnologias educacionais, de acordo com cada época histórica. A tecnologia do giz e da lousa, por exemplo, é utilizada até hoje pela maioria das escolas. Da mesma forma, a tecnologia do livro didático ainda persiste em plena era da informação e do conhecimento. Na verdade, um dos grandes desafios do mundo contemporâneo consiste em adaptar a educação à tecnologia moderna e aos atuais meios eletrônicos de comunicação.

Nos anos 50 e 60, a tecnologia educacional era vista como sinônimo de recursos didáticos. A partir da década de 60, o desenvolvimento dos meios de comunicação de massa passou a revolucionar o mundo em todos os setores, principalmente no campo da educação. Muitos afirmam que as máquinas trouxeram uma revolução nos processos de ensino e aprendizagem. Porém, um quadro negro eletrônico continua sendo um quadro negro. Comparando-se uma aula do século XIX com uma de hoje, por exemplo, nota-se que as idéias

continuam sendo as mesmas. A escola continua sendo uma das instituições que resistem até os dias atuais com as mesmas características desde sua criação. Ao longo do tempo a tecnologia se tornou mais complexa e o uso das normas exige um domínio cognitivo mais apurado. O problema é como aproveitar tais recursos na sua totalidade.

LETRAMENTO

O conceito de evento de letramento surgiu com o trabalho de Heath denominando "situações em que a escrita constitui parte essencial para fazer sentido da situação, tanto em relação à interação entre os participantes como em relação aos processos e estratégias interpretativas" (Heath, 1982a:93). Este conceito, posteriormente, serviu para que Street (1984), ao observar as interações sociais percebendo a recorrência e valorização de alguns eventos letrados, pudesse criar o conceito de prática de letramento. Assim, segundo o autor, "as práticas de letramento referem-se a [um] conceito cultural mais amplo das formas específicas de pensar e de fazer a leitura e a escrita dentro dos contextos culturais" (Street, 2003:9). A partir disso, o evento de letramento passa a ser considerado aquilo que se pode observar das práticas, por exemplo, ao vermos alguém num banco de praça lendo um jornal, estamos diante de um evento de letramento, porém, se nos perguntarmos sobre os significados da realização de tal atividade para aquela pessoa ou mesmo para a comunidade, estaremos diante de questões que evidenciam uma prática de letramento. O letramento, então, passa a ser pensado como um fenômeno plural, já que são muitos os grupos e contextos nos quais as práticas letradas se instauram. Sendo assim, Street propõe a existência de dois grandes modelos de letramento – o autônomo e o ideológico - que permitem distinguir práticas letradas mais associadas à alfabetização tradicional de outras, cuja essência permite vislumbrar as reais relações que a escrita exerce e estabelece num determinado grupo social. O modelo autônomo de letramento apóia-se na ideia de que somente a aquisição de habilidades de leitura e de escrita permitiria a autonomia do sujeito, ou seja, o fato de ele ser capaz de codificar e decodificar conhecendo as regras gramaticais e ortográficas possibilitaria o desenvolvimento de outras habilidades cognitivas que, consequentemente, o levariam ao desenvolvimento econômico. O modelo ideológico, por sua vez, "oferece uma visão com maior sensibilidade cultural das práticas de letramento, na medida em que elas variam de um contexto para outro" (Street, 2003:5), isto quer dizer que, contrariamente ao valorizado no modelo autônomo, a aquisição de habilidades técnicas não garante autonomia do sujeito, uma vez que para isso é necessário que se conheça a prática social da qual a escrita faz parte.

Às relações sociais subjazem relações de poder, políticas, econômicas e ideológicas que definem as práticas letradas de determinado grupo, isso faz com que os usos da escrita se sujeitem a modificações de acordo com as necessidades sociais. Dessa forma, para que o sujeito tenha autonomia nos usos da escrita e da leitura é preciso que, além do domínio do código escrito, ele conheça as práticas nas quais tais usos estão inseridos.

INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

Em 13 de julho de 1990, é promulgada a Lei no. 8069 – o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Essa lei representa uma mudança de paradigma na área da infância e da juventude, incorporando uma nova concepção de criança e adolescente. Estes passam a ser considerados como “sujeitos de direitos”, e não mais como “menores” objetos da ação do poder público, principalmente em casos de abandono e/ou delinqüência, passíveis de medidas assistencialistas, segregadoras e repressivas como nos Códigos de Menores de 1927 e 1979.

Trata-se de uma mudança de concepção na qual as crianças e os adolescentes eram vistas exclusivamente como “portadoras de carências” e, a partir de então, como cidadãos, sujeitos de direitos.

Pensar a infância e a adolescência nessa nova perspectiva significa reconhecer que nessa fase da vida os indivíduos encontram-se em pleno desenvolvimento biopsicossocial e que, portanto, necessitam de atendimento e cuidados especiais para se desenvolverem plenamente.

Essas necessidades e cuidados são postos em termos de direitos, estendendo-se ao conjunto desse segmento, sem discriminação de qualquer tipo, cabendo ao poder público, à família e à sociedade, assegurar com absoluta prioridade a efetivação desses direitos relativos à sobrevivência e ao seu desenvolvimento integral das crianças e adolescentes.

Acreditamos que a escola seja um grande momento para o desenvolvimento da criança, dos adolescentes e do seu pensamento crítico em relação ao mundo. Todas as fases devem ser respeitadas, pois são nestes momentos que se estabelece a possibilidade de construir conhecimento, sua cultura e identidade. A criança torna-se um ser criador da sua cultura, seu saber passa a ser valorizado em seu meio sociocultural de origem. A sociedade e a educação têm grande papel nessa formação, cabem a nos respeitar os direitos concebidos, pois eles refletem diretamente e indiretamente na fase da criança deixar a infância para se tornar adulto.

Cabe ao professor a tarefa de educar o aluno na busca de respostas e reflexões, trazer para a aula idéias de mundo, do cotidiano e transformá-las em práticas pedagógicas. Isso possibilitará uma educação mais humanizadora, permitindo que todos sejam incluídos na sociedade.

Gestão Democrática e os Instrumentos de Ação Colegiada

A gestão da educação, hoje, ultrapassou formas estritamente racionais

e mecânicas que a caracterizaram durante muitos anos, sem contudo

prescindir de alguns destes mecanismos, enquanto instrumentos necessários

ao seu bom desenvolvimento e ao “bom funcionamento da escola”, mas,

apenas enquanto instrumentais, a serviço dos propósitos decididos

coletivamente e expressos no projeto político pedagógico da escola que

cumpre, desta forma, sua função social e seu papel político-institucional.

Gestão democrática, participação dos profissionais e da comunidade

escolar, elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola, autonomia

pedagógica e administrativa são, portanto, os elementos fundamentais na

construção da gestão da escola.

Os artigos 12, 13 e 14 da Lei 9.394/96 de “ estabelece as Diretrizes e

Bases da Educação Nacional” apontam, de maneira enfática , a importância

da gestão democrática para a educação, tornando parceiros, nesta

empreitada, estabelecimentos de ensino (art. 12), docentes (art, 13) e

sistemas de ensino (art. 14). É, portanto, uma determinação política da Carta

Magna da Educação que foi resultado de uma longa construção política dos

segmentos da sociedade civil que reivindicaram e lutaram por tornar a nova

LDB uma Lei comprometida com a democracia e com a cidadania.

A gestão democrática vem garantir a política educacional e a qualidade

de ensino. Nesse sentido, esta gestão é, ao mesmo tempo, transparência e

impessoalidade, autonomia e participação, liderança e trabalho coletivo,

representatividade e competência, podendo ser vista/compreendida como

uma gestão de autoridade compartilhada.

A Constituição Federal de 1988 expressa a escolha por um regime

normativo e político, plural e descentralizado onde se cruzam novos

mecanismos de participação social com um modelo institucional corporativo

que amplia o número de sujeitos políticos capazes de tomar decisões.

Cooperação que exige entendimento mútuo e participação que supõe a

abertura de novas discussões, de deliberações e de novas decisões. E, assim,

o campo educacional propugnou a inclusão do princípio da gestão

democrática na constituição.

É esta gestão compartilhada que será responsável por garantir a

qualidade da educação, entendida como “processo de mediação no seio da

prática social global”, por se constituir no único mecanismo de hominização

do ser humano e a formação humana do cidadão. Seus princípios são

princípios da educação que a gestão assegura serem cumpridos: uma

educação comprometida com os conteúdos que habilitem ao mundo do

trabalho, comprometida com a sabedoria de viver juntos respeitando as

diferenças, comprometida com a construção de um mundo mais justo e

humano para todos os que nele habitam, independentemente de raça, cor,

credo ou opção de vida.

A organização da escola, indispensável para promover o desenvolver e

a aprendizagem dos alunos, implica um compromisso dos membros da

equipe escolar com a clientela que frequenta a escola.

“É preciso que todos funcionem como uma orquestra: afinados em

torno de uma partitura e regidos pela batuta de um maestro que

aponta como cada um entra para obter um resultado harmônico. Esse

maestro é o gestor. E a partitura, o PPP da escola, um arranjo sob

medida para os alunos e que é referência para todos (VIEIRA, 2002,

p.88)”.

Trata-se de um trabalho compartilhado pela equipe escolar, uma

construção coletiva. Assim concebido, o projeto pedagógico traduz valores do

grupo, suas intenções, seus objetivos compartilhados. Estabelece

prioridades, define caminhos. E, será um eixo condutor do trabalho da escola,

esculpindo-lhe a feição própria.

A construção do PP é gradativa: passo a passo ele vai se estruturando e

ampliando, ganhando corpo e consistência. É um processo que, coordenado

pelo gestor, deve contar com a colaboração de todos os segmentos

envolvidos na vida da escola, passando por conflitos e divergências, até que

consensos sejam alcançados. Sua formulação é um momento oportuno para

a equipe identificar os diferentes aspectos da vida escolar que requerem

reflexão para serem modificados. Cada escola deve pensar e implementar o

que é melhor para assegurar o sucesso de seu projeto, de acordo com suas

possibilidades e limites. Portanto, é importante estabelecer prioridades e

atacar os problemas mais graves em primeiro lugar.

O sucesso do trabalho do gestor depende do empenho e do “saber

fazer” pedagógico dos demais participantes da orquestra. Mas só ele pode

conduzir o grupo. É tarefa do líder propor atividades instigantes,

provocadoras e ao mesmo tempo, viáveis, para transmitir confiança e

imprimir uma perspectiva de sucesso, é preciso acionar todos os

conhecimentos e habilidades, além de manter a persistência para despertar

o interesse e a vontade de todos.

Algumas dessas responsabilidades podem ser compartilhadas com o

conselho escolar, como auxiliar de direção, com o coordenador pedagógico

ou até mesmo com os professores. Para receber ajuda e realizar um trabalho

compartilhado, é importante desencadear um processo de mobilização que

faça as coisas acontecerem. A atuação do gestor é fundamental na

transformação da escola em um espaço vivo e atuante, no qual o foco central

seja o aluno.

Nesta perspectiva, a compreensão democrática vai conquistando seu

lugar e mostrando as vantagens do trabalho coletivo e co-participativo na

construção de todas as formas grupais e societárias.

A gestão democrática deve, portanto, se assentar no conceito de

participação: participação é conquista, um processo no sentido legítimo do

termo, infindável e constante vir a ser, sempre se fazendo, sempre se

construindo. Assim, a participação é em essência autopromoção e existe

enquanto conquista processual.

A comunidade escolar, portanto, pode e deve participar de todas as

instâncias colegiadas da escola e as modalidades de participação serão

definidas as partir dos princípios e formas de trabalho especificadas no PPP.

O Projeto Político Pedagógico articula as dimensões da intencionalidade com

as de efetividade e possibilidade para ser viável, exequível e poder ser

assumido coletivamente pelo grupo, ou seja, pelos vários segmentos da

comunidade escolar. Todavia, nem todos os elementos podem participar de

todas as decisões. A concretização do PPP no âmbito da gestão democrática

da escola não significa reunir todas as pessoas envolvidas de maneira

permanente para tomar decisões. É necessário buscar formas

representativas e, às vezes, operativas, que permitam oportunamente a

tomada de decisões.

Por isso, é necessário criar órgãos de gestão que garantam, por um

lado, a representatividade e, por outro, a continuidade e consequentemente

a legitimidade. O Conselho Escolar, o Conselho de Classe, a Associação de

Pais, Mestres e Funcionários, o Grêmio Estudantil são formas colegiadas de

participação que devem ser organizadas pelo coletivo da escola com a

representatividade necessária à tomada de decisões democráticas, porém

assegurando a direção estabelecida no PPP que foi construído coletivamente

e que será o “instrumento” condutor da política educacional em ação na

escola. A gestão da escola se desenvolverá no sentido de “obedecer” o PPP a

fim de assegura a qualidade do ensino e da educação e a formação da

cidadania, “passaporte” indispensável à participação na ampla sociedade e

que todos os alunos e alunas buscam adquirir na escola.

Da escola, espera-se que ela promova a capacidade de discernir, de

distinguir, de pensar que supõe assumir o mundo, a realidade histórica como

uma matéria perceptível e com objetividade que nos permita sua maior

compreensão e intervenções deliberadas. Da escola, se espera o

fortalecimento dos sujeitos que, capazes de elaborar conhecimentos,

contingências e estruturas, possam imaginar outros mundos ainda não

concretizados e neles investir com paixão para construir tempos e lugares

que ampliem as alternativas de realização humana e social.

Este é o compromisso da gestão democrática da educação que

necessita expressar e construir políticas públicas educacionais

comprometidas com a formação da cidadania e a felicidade de todos os

cidadãos.

Conselho Escolar

O Conselho Escolar constitui uma forma colegiada da gestão

democrática, onde os segmentos escolares e a comunidade local se

congregam, para juntos construírem uma educação de qualidade .

Sua função básica e primordial é o de conhecer a realidade e indicar

caminhos que levem à realidade desejada. O papel do Conselho Escolar é o

de ser o órgão consultivo, deliberativo, fiscal e mobilizador sobre questões

político-pedagógicas, administrativas e financeiras da escola.

DELIBERATIVAS - Quando decidem sobre o projeto político-pedagógico

e outro assuntos da escola, aprovam encaminhamentos de problemas ,

garantem a elaboração de normas internas e o cumprimento das normas do

sistema de ensino e decidem sobre a organização e o funcionamento geral

das escolas, propondo à direção as ações a serem desenvolvidas.

CONSULTIVAS - Tem um caráter de assessoramento , analisando as

questões encaminhadas pelos diversos segmentos da escola e apresentando

sugestões e soluções que poderão ser acatadas pela direção da escola.

FISCAL - (acompanhamento e avaliação) Quando acompanham a

execução das ações pedagógicas , administrativas e financeiras avaliando e

garantindo o cumprimento das normas da escola e a qualidade social do

cotidiano escolar.

MOBILIZADORAS - Quando promovem a participação de forma

integrada dos segmentos representativos da escola e da comunidade local

em diversas atividades, contribuindo assim para a efetivação da democracia

participativa e para melhoria da qualidade social da educação, sendo

parceira em todas as atividades que se desenvolvem no interior da escola.

Portanto, um bom gestor deve ser um líder e agregar as seguintes

atitudes:

- estar sempre preocupado com os resultados da aprendizagem;

- participar do planejamento e fazer o acompanhamento do trabalho

docente;

- conversar com os alunos/funcionários/professores/pais para detectar

problemas e níveis de satisfação e ouvir sugestões;

- ser um condutor de consensos, mas estar sempre aberto às novas idéias e à

diversidade, aceitando opiniões e novas propostas;

- ser audacioso o suficiente para fazer as mudanças necessárias visando

sempre melhorar a qualidade do ensino;

- manter as questões administrativas em dia.

Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva em

assuntos didático- pedagógicos, com atuação restrita a cada classe deste

Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-

aprendizagem na relação professor aluno e os procedimentos adequados a

cada caso.

Segundo o regimento escolar o Conselho de Classe tem por finalidade:

Estudar e interpretar os dados de aprendizagem na sua relação com o

trabalho do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem,

proposto pelo plano curricular; Acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos alunos e de ensino dos professores bem como

diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor ou conceito; Analisar os

resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma, com a

organização de conteúdos e o encaminhamento metodológico; Utilizar

procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados

pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos alunos

entre si.

O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, pela Equipe

Pedagógica e por todos os professores que atuam na escola, podendo ser

convidados à participar representantes dos alunos e pais.

A Presidência do Conselho de Classe está a cargo do Diretor que, em

sua falta ou impedimento, será substituído pelo professor pedagogo.

O Conselho de Classe reúne-se ordinariamente em cada bimestre, em

datas previstas no Calendário Escolar e, extraordinariamente, sempre que

um fato relevante assim o exigir. Destaca-se que os resultados observados e

os procedimentos enumerados, por este conselho de classe, são registrados

através de atas, elaborada em momento presencial, pela secretária da

escola e assinada por todos os participantes.

O Conselho de Classe tem as seguintes atribuições: Emitir parecer

sobre assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem, respondendo a

consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe Pedagógica; Analisar as

informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento metodológico

e processo de avaliação que afetem o rendimento escolar; Propor medidas

para melhoria do aproveitamento escolar, integração e relacionamento dos

alunos; Estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos, em

consonância com o plano curricular deste Estabelecimento de Ensino.

Outra atribuição do Conselho de Classe é colaborar com a Equipe

Pedagógica na elaboração e execução dos planos de adaptação de alunos

transferidos, quando se fizer necessário.

Poderá ser aprovado, por decisão do Conselho de Classe o aluno que

tenha demostrado melhoria de aproveitamento após estudos de recuperação

paralela e capacidade de avanço no processo de ensino-aprendizagem,

demonstrado em aptidões pessoais e interdisciplinares, tendo o mímimo de

presença exigido legalmente no ano letivo. Todos os conselheiros assinarão a

ata do Conselho de Classe, não havendo mais possibilidade de

reconsideração dos resultados.

Nesse sentido, o Conselho de Classe – enquanto grupo capacitado para

avaliação - faz a análise regular da atuação do aluno e professor na escola.

Partindo desses pressupostos, o Conselho de Classe está inserido no plano do

educandário, permitindo reavaliação e reestruturações, quando necessárias,

do processo avaliativo como um todo (aluno, educandário, professores,

gestores, metodologias, etc.).

Grêmio Estudantil

É agremiação civil, representando o corpo discente do Colégio, de

duração indeterminada, com objetivos culturais, esportivos, sociais e de

classe.

Defende os interesses e direitos do corpo discente e de cada estudante

em particular, nos diversos setores da vida estudantil, auxiliando na

formação cívica, moral e intelectual do educando.

Promove a união da classe, fortalece os sadios princípios de

coordenação e disciplina, de iniciativa e liderança, colaborando intimamente

com a Direção do Estabelecimento e com os poderes constituídos, em todas

as iniciativas que visem a melhoria e a expansão do Ensino, em particular, o

enriquecimento das oportunidades de Educação em geral.

Realiza intercâmbios de caráter cultural, educacional, cívico, desportivo

e social, com entidades congêneres, sem quebra do estatuto.

APMF

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) é o órgão

destinado a promover o intercâmbio entre a família do aluno, os professores,

funcionários e a Direção do Estabelecimento e propor medidas que visem o

aprimoramento do ensino ministrado e assistência, de modo geral, ao corpo

discente. A APMF visa discutir ações buscando a integração dos segmentos

da comunidade escolar.

Dirigida por diretoria própria, a Associação de Pais, Mestres e

Funcionários está vinculada a Direção do Estabelecimento, a quem cabe

homologar, os atos ordinários da entidade.

A organização e o funcionamento da Associação de Pais, Mestres e

Funcionários estão definidas em estatutos próprios elaborados pela primeira

diretoria, aprovados em Assembleia e homologados pelo Diretor.

De conformidade com a legislação em vigor, Lei n. 10.406/2002, os

Estatutos da Associação de Pais, Mestres e Funcionários estão registrados, no

Cartório de Registro Civil das pessoas Jurídicas, sob n. 2050, a folha 162 v. do

livro “A-12”, homologado em 30 de junho de 2005.

Valorização Profissional – Necessidade de Formação Continuada

A modificação das condições de ensino é urgente. Precisamos de

professores que tenham certeza do que querem, estabeleçam metas com

segurança e saibam como atingi-las. Isto só poderá acontecer quando houver

a conscientização da necessidade de estudar mais, de sermos mais

esclarecidos, de construir e aprofundar nossos conhecimentos científicos,

participando ativamente de todas as oportunidades de crescimento pessoal e

profissional.

Apoiado pelas exigências das novas tecnologias o novo século exige

um redimensionamento da função do professor. A nova dimensão é mais

nobre e muito mais complexa. Ele não é o mestre distante e autoritário. Não

é o mero técnico que domina conteúdos específicos e imutáveis.

O professor deve ser um profundo conhecedor de uma área do

conhecimento e das áreas correlatas. Deve ter uma visão de conjunto do que

é sociedade, marcando seu trabalho com forte dimensão política, estética e

ética.

Conhecer os processos mentais pelos qual o aluno passa é a condição

básica para ser um professor competente. O professor que ensina a trabalhar

em conjunto é também alguém que trabalha com os demais professores na

construção de projetos em parceria com diferentes áreas e com diferentes

agentes sociais.

Se há décadas bastava ser competente em uma habilidade descrita,

agora a complexidade da tarefa é muito maior. Por isso, o domínio de

técnicas inovadoras e a atualização contínua de conhecimentos fazem parte

de sua rotina de trabalho. Nesse sentido, o professor é mais importante do

que nunca no processo de aprendizagem. Imaginar que o computador é algo

que dispensará o professor pela quantidade e qualidade dos softwares que

virão a existir é uma ideia superada que veio à luz num momento da história

da educação em que não se conheciam exatamente as possibilidades da

máquina. Muito menos se sabia qual era a mais nobre função do professor

educador: um criador de ambientes de aprendizagem e de valorização do

educando.

Por isso, a necessidade e a importância de uma formação continuada,

que envolva a realização de cursos, seminários, simpósios e encontros

pedagógicos/educacionais, não é passível de discussão.

Currículo

Há algumas décadas o tema currículo tem sido alvo de inúmeras reflexões e

debates revelando um variado conjunto de ideias e pensamentos acerca da

educação.

A ideia mais generalizada de currículo vincula plano de estudo em dois

sentidos:

1º) Currículo entendido como estudo a realizar: é o conhecimento

tratado pedagogicamente pela escola que deve ser aprendido pelo aluno.

Esta concepção suscita algumas reflexões:

Quais conhecimentos devem conter um currículo?

Como organizar um currículo?

2º) Currículo entendido como estudos já realizados: são as experiências

já vividas proporcionadas pelas instituições escolares; conjunto de matérias

ou disciplinas que consiste nas etapas de aprendizagens que os alunos

devem percorrer ou já percorreram no seu processo formativo. Essa

concepção é etimologicamente fiel ao termo (verbo latino) currículo como

itinerário, como caminho a percorrer ou já percorrido.

Ao analisar as duas concepções percebemos que as principais

diferenças residem no enfoque dado aos elementos que constituem o

currículo. No entanto, tanto uma como a outra abordam o currículo como

centro da relação educativa, sendo a expressão das relações que se dão na

escola.

Analisando-o como formal constitui-se num documento oficial

prescritivo ou guia orientador do trabalho escolar que pode estar centrado

nos conteúdos ou nos objetivos de ensino.

Desta forma seria apenas visto como um plano para a aprendizagem,

um plano geral dos conteúdos ou matérias específicas de ensino que a escola

oferecerá aos alunos com objetivo de prepará-los para a sua graduação e

ingresso no mundo profissional ou vocacional.

Porém, analisando-o como real ele corresponderá às experiências a

serem desenvolvidas na escola. É uma concepção ainda propositiva, ou seja,

dirigida por um documento que diz o que deve fazer. Está centrada,

prioritariamente, nos processos e não nos produtos/resultados.

A partir dos anos 70, o currículo passou a ser visto como instrumento

de compreensão do trabalho pedagógico. Começou a ser entendido como

instrumento de descrição e melhoria das classes como as turmas de alunos.

Deixou de ser uma concepção propositiva (documento diz o que se deve

fazer) e converteu-se num filtro analítico do que realmente ocorre nos

processos de ensino. Enfim, o currículo sob esta forma representa um

instrumento que permite revisar as práticas específicas de cada turma de

alunos. O importante nesta concepção não é aquilo que o currículo, enquanto

documento, preconiza, mas como é implementado em situações concretas.

O chamado currículo oculto passa a ser mencionado, e é visto como

valores implícitos nos programas, aqueles que não estão literalmente

descritos e, muitas vezes, nem fazem parte das intenções conscientes, mas

são efetivamente transmitidos. O conceito de currículo oculto aponta para o

fato de que o aprendizado incidental, durante o curso, pode contribuir mais

para a socialização do estudante que o conteúdo ensinado no curso.

O currículo deve ser concebido como um processo que culmina numa

prática pedagógica (ensino) que ocorre num sistema escolar concreto,

dirigido a determinados professores e alunos. Para ser um projeto coerente

deve considerar, no seu planejamento e implantação, decisões oriundas de

determinantes culturais, econômicos, políticos e pedagógicos.

Para um currículo ser valorizado precisa atender as necessidades, as

condições reais e específicas da escola e da clientela, somente desta forma

dar-se-á a operacionalização do mesmo.

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA

A lei nº 11.645 de 10 de março de 2008 que altera a Lei nº 9.394 de 20

de dezembro de 1996, modificada pela Lei nº 10.639 de 09 de janeiro de

2003, institui como obrigatoriedade o estudo da história e cultura afro-

brasileira e indígena nos conteúdos programáticos em todo o currículo

escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história

brasileira.

Segundo a Agência Folha, depois de cinco anos e mais de R$ 10

milhões gastos com capacitação de professores, a lei federal que obriga

escolas públicas e particulares de todo o país a ensinar história e cultura

afro-brasileira -uma das primeiras medidas do governo Lula- não saiu do

papel.

"Não houve um planejamento. Só algumas escolas públicas, em razão

de professores interessados, adotaram a lei. As particulares nem sequer

discutiram a temática",

O objetivo é combater a discriminação e dar à escola "uma nova identidade

na área didático-pedagógica". "Alunos negros não conseguem se ver na

escola, já que não existe nada que os identifique." diz Leonor Araújo,

coordenadora-geral de Diversidade e Inclusão do MEC.< Fonte: Presidência

da República http://cenbrasil.blogspot.com/2008_10_01_archive.html>

Acesso em: 24 jun.2009.

A Lei 10.639, de 2003 estabelece a inclusão no currículo oficial da rede

de ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira",

coloca como conteúdo o estudo da história da África e dos africanos, a luta

dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da

sociedade nacional, bem como a contribuição do povo negro nas áreas social,

econômica e política pertinentes à história do Brasil.

A Lei nº 11.645, de 2008 mantém todos os dispositivos anteriores, mas

inclui também a obrigatoriedade da temática indígena no currículo.<Fonte:

Presidência da República

http://cenbrasil.blogspot.com/2008_10_01_archive.html> Acesso em: 24

jun.2009.

“Somente o conhecimento da História da África e do negro poderá

contribuir para se desfazer os preconceitos e estereótipos ligados ao

segmento afro-brasileira, além de contribuir para o resgate da auto-estima

de milhares de crianças e jovens que se vêem marginalizados por uma escola

de padrões eurocêntricos, que nega a pluralidade étnico-cultura de nossa

formação” (Oriá,2004:101).< http://74.125.47.132/search?

q=cache:9IwoiJwUpS4J:www.proex.ufu.br/formacaocontinuada/New/eixo1/E1_

arquivos/apresentacao/Lei%252010.639.pps+10.639+hist

%C3%B3ria+e+cultura+afro+brasileira&cd=1&hl=pt-

BR&ct=clnk&gl=br>Acesso em: 24 jun.2009.

HISTÓRIA DO PARANÁ

A Lei 13381 de 18/12/2001 Torna obrigatório, no Ensino Fundamental e

Médio da Rede Pública Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina História

do Paraná, incluídos os conteúdos sobre a Bandeira, o Escudo e o Hino do

Paraná, sendo que o hasteamento da Bandeira do Estado e o canto do Hino

do Paraná se constituirão atividades semanais regulares e, também, nas

comemorações festivas nos estabelecimentos da Rede Pública Estadual.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O surgimento e desenvolvimento da Educação Ambiental está

relacionado ao movimento ambientalista, pois é fruto da conscientização da

problemática ambiental. A ecologia como ciência global trouxe a

preocupação com os problemas ambientais, surgindo á necessidade de se

educar no sentido de preservar o meio ambiente.

Na Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente realizada em 5 a 16 de

junho de 1972 em Estocolmo, Suécia, que surgiu em âmbito mundial a

preocupação com os problemas ambientais , recomendando-se a

necessidade do desenvolvimento de uma educação ambiental,

recomendando-se o estabelecimento de programas neste sentido. Dessa

forma, surgiu a EA como uma nova ciência preocupada principalmente em

apresentar soluções aos problemas ambientais mundiais.

A Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental de Tbilisi,

Rússia, 1977, apresentou 41 recomendações com as diretrizes necessárias,

as quais mostram a importância de se conhecer a interdependência dos

fatores econômicos, sociais, políticos e ecológicos e necessidade se

conscientizar todos os segmentos da sociedade, para que agindo em

conjunto possam elaborar planos de ação em busca de soluções globais para

a problemática ambiental.

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e

Desenvolvimento, a Rio 92, por sua vez , em sua Agenda 21, capítulo 36,

reforçou as recomendações de Tbilisi, propondo entre outras medidas a

promoção do ensino, da conscientização e do treinamento. Nesta conferência

foi proposta a reorganização do ensino e a Educação Ambiental foi

incorporada definitivamente como processo indispensável no caminho do

desenvolvimento sustentável preconizado pela Agenda 21, uma agenda de

diretrizes para o século 21. Porém, as soluções esperadas só poderão ser

conseguidas em havendo programas ambientais desenvolvidos com toda a

seriedade e técnicas exigidas ao fim que se pretende.

Apesar de não ser um documento jurídico na sua maior expressão, a

Agenda 21 é sem sombra de dúvida o mais importante documento a dar base

às legislações dos países ligados à ONU, pois ali estão as recomendações e

os princípios necessários à implantação de leis que refletem os anseio

mundiais sobre a matéria.

Em termos jurídicos, vimos que no Brasil A Constituição Brasileira de

1988 expôs, de maneira clara, sobre o meio ambiente. O artigo 225, diz com

clareza,” Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,

bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-

se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para

as presentes e futuras gerações."

Deste modo, o direito ao meio ambiente sadio é norma

constitucionalmente prevista, sendo que, o dispositivo supracitado impõe o

dever, tanto ao Poder Público, como a coletividade de preservá-lo.

Mas, apesar desta previsão constitucional, pouco era feito no Brasil

para a sua implantação concreta no ensino. O que existia era fruto dos

esforços de alguns professores e educadores, sendo necessário a publicação

da Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a educação ambiental,

institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.

A lei 9.795 define a Educação ambiental como “os processos por meio

dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,

conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a

conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à

sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (art.1º).

No Capítulo II art. 6ª é instituída a Política Nacional de Educação

Ambiental.

A Lei também dispõe sobre a obrigatoriedade do Poder Público em seu

artigo 16 “ Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de sua

competência e nas áreas de sua jurisdição, definirão diretrizes, normas e

critérios para a educação ambiental, respeitados os princípios e objetivos da

Política Nacional de Educação Ambiental.

Portanto, a Educação Ambiental é um processo educacional criado ao

longo de muitos anos através de estudos de especialistas, que tem uma

visão global das necessidades do homem e da natureza entrelaçadas em um

objetivo comum que é a manutenção da qualidade de vida de todos os seres

do planeta. Em vista da existência de problemas ambientais em quase todas

as regiões do país, torna-se importantíssimo o desenvolvimento e

implantação de programas educacionais ambientais, os quais são de suma

importância na tentativa de se reverter ou minimizar os danos ambientais.

Somente assim poderemos tentar melhorar a qualidade de vida de

todos e, conseqüentemente, cumprirmos o disposto no art.225 de nossa

Constituição Federal, onde diz, em poucas palavras, que o meio ambiente

sadio é um direito de todos.

<http://www.aultimaarcadenoe.com/podereduca.htm>Acesso em: 26

jun.2009.

ESTÁGIO

Cabe a escola também de acordo com a lei 11.788 de 25 de setembro

de 2008 e Decreto nº 3207 de 12 de agosto de 2008, formar para o mundo

do trabalho, cumprindo sua função social de dar acesso aos conhecimentos

produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de

proporcionar ao futuro trabalhador se apropriar das etapas do processo de

forma conceitual e operacional, relacionando e operacionalizando a teoria e

prática para além da forma técnica que secundariza o conhecimento,

necessário para se compreender o processo de produção em sua totalidade,

permitindo ao estudante, futuro trabalhador atuar no mundo do trabalho de

forma mais autônoma, consciente e crítica.

A referida Lei em seu art. 1º define estágio como sendo um ato

educativo escolar, supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho,

que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam

frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de

educação profissional , de ensino médio, da educação especial e dos anos

finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de

jovens e adultos. E em seu & 1º e 2º classifica o estágio obrigatório e não

obrigatório.

No Capítulo II a lei se refere as obrigações das instituições de ensino;

no Capítulo III dispõe sobre a parte Concedente; no Capítulo IV sobre o

estagiário; Capítulo V da Fiscalização e no Capítulo VI sobre as Disposições

Gerais.

EDUCAÇÃO ESPECIAL

A LDB 9.394/96 em seu capítulo V coloca que a educação dos

portadores de necessidades especiais deve se dar de preferência na rede

regular de ensino, o que traz uma nova concepção na forma de entender a

educação e integração das pessoas com necessidades especiais, o Art. 58 da

referida Lei diz que entende-se por educação especial, a modalidade de

educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino,

para educandos portadores de necessidades especiais.

e em seu § 1º - que haverá, quando necessário, serviços de apoio,

especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela

da educação especial – e § 2º que o atendimento educacional será feito em

classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das

condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas

classes comuns de ensino regular. E em seu § 3º que a oferta de educação

especial é dever constitucional do Estado e tem início na faixa etária de zero

a seis anos, durante a educação infantil.

Através da Portaria nº 1.679 de dezembro de 1999 o Ministro de Estado

da Educação dispõe sobre os requisitos de acessibilidade de pessoas

portadoras de deficiências, para instruir os processos de autorização e de

reconhecimento de cursos, e de credenciamento de instituições.

A Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001, Institui as

Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, de

conformidade com o disposto no Art. 9o, § 1o, alínea “c”, da Lei 4.024, de 20

de dezembro de 1961, com a redação dada pela Lei 9.131, de 25 de

novembro de 1995, nos Capítulos I, II e III do Título V e nos Artigos 58 a 60 da

Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e com fundamento no Parecer

CNE/CEB 17/2001, homologado pelo Senhor Ministro de Estado da Educação

em 15 de agosto de 2001.

A Deliberação nº 730/03 aprovada em 02 de junho de 2003 pelo

Conselho Estadual de Educação do Estado do Paraná, Delibera sobre as

Normas para a Educação Especial, modalidade da Educação Básica para

alunos com necessidades educacionais especiais, no Sistema de Ensino do

Estado do Paraná.

Avaliação

Ao longo da história da educação e da prática educativa, a avaliação

escolar vem sendo realizada por meio de provas e exames, apenas com os

objetivos de classificação, aprovação ou reprovação. Isso ocorre até

naturalmente, já que o próprio sistema de ensino tem interesse nos

percentuais de aprovação; os pais desejam que os filhos avancem para as

séries seguintes; os alunos estão sempre na expectativa da aprovação e os

professores necessitam utilizar-se de um instrumento específico para medir a

aprendizagem, até por uma exigência social.

É necessária uma reflexão sobre este tipo de avaliação. Não é correto

que os profissionais da educação tenham uma atitude de acomodação diante

desse quadro e, muito menos, uma atitude de acusação. Como responsáveis,

também, pela qualidade de ensino, é importante que se busque alternativas

para a mudança gradativa desta situação. Sabe-se que falta esclarecimentos

para que uma nova prática de avaliação se efetive: falta clareza do que fazer

para saber se o aluno se apropriou ou não dos conhecimentos necessários. O

que se propõe nesta instituição de ensino vem de encontro ao que

estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394/96,

em seu artigo 24, inciso V, que trata de um dos critérios da verificação do

rendimento escolar: a) “Avaliação e cumulativa do desempenho do aluno,

com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos

resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”. Dessa

forma sugere-se que os professores não abandonem o que vêm praticando

até agora, mas que reflitam sobre as suas práticas avaliativas, no sentido de

concluir se não estão sendo meramente classificatórias ou até punitivas.

A partir de trabalhos de pesquisadores na área de avaliação escolar,

pode-se afirmar que a avaliação precisa ser algo que possa subsidiar o

educador, visando atender as necessidades de seus alunos. A avaliação não

pode estar limitada a um período determinado, e sim num processo que

acompanha o ato de aprender e ensinar. Enfim, deve ser uma prática

contínua e mediadora.

Se esse processo for uma mudança é preciso que seja gradativo e

assumido coletivamente na escola. Não é possível mudar um sistema de

avaliação numa atitude isolada.

Desta forma, a avaliação mediadora é aquela que leva o professor a

analisar teoricamente as várias manifestações dos alunos em situação de

aprendizagem, para acompanhar as hipóteses que vêm formulando a

respeito de determinados assuntos, em diferentes áreas do conhecimento,

de forma a exercer uma ação educativa que lhes ofereça a descoberta das

melhores soluções ou a confirmação de hipóteses preliminarmente

formuladas. Esse acompanhamento visa o acesso gradativo do aluno a um

saber competente na escola e, portanto, a outras séries e graus de ensino.

Para uma avaliação eficaz, o professor deverá se inteirar do que o

aluno já sabe e determinar seus objetivos. É necessário que o

acompanhamento seja sistemático, possibilitando ajustes constantes. A

avaliação deve contemplar a observação de avanços e da qualidade da

aprendizagem alcançada em relação aos objetivos previamente definidos.

Por outro lado, as avaliações deverão ser somativas, considerando-se

um total de 10,0 (cem) pontos no bimestre, subdivididos em várias partes

como: provas, trabalhos, pesquisas, participações em aula, testes,

discussões, debates e outros.

A Escola Estadual Monteiro Lobato, através do projeto de recuperação

paralela, oferece oportunidades aos seus alunos para aprender melhor,

oferecendo vários tipos de atividades, para auxiliar na compreensão de

conteúdos, nas quais não obtiveram rendimento satisfatório.

O processo de recuperação paralela acontecerá de forma contínua e

priorizará o atendimento a alunos que não alcançaram rendimento suficiente,

buscando uma metodologia que valorize todas as suas individualidades,

oportunizando uma avaliação que analisará sua capacidade de progressão no

processo de aprendizagem.

Cada professor buscará, em sua área e de acordo com as necessidades

individuais dos educandos, formas de efetivar esse processo, estimulando,

motivando e conscientizando os alunos de suas potencialidades.

O Ato Administrativo nº 88/03, de 28 de abril de 2003, trata da

aprovação do Regimento Escolar da nossa Escola, destaca no capítulo III o

processo de verificação do rendimento escolar. Cabe citar que houve

alteração quanto à seção III, no item que abordará a promoção, referente à

média escolar para aprovação, segundo parecer nº 038/05 de 01 de fevereiro

de 2005, que será apresentado na versão atual:

A partir do ano letivo de 2005, a Escola Estadual Monteiro Lobato altera

em seu Regimento Escolar, a média de aprovação, de acordo com a

Resolução nº 3794/04 de 23 de dezembro de 2004:

Ao final do ano letivo será calculada a média final do aluno, através da

seguinte fórmula:

MF = 1º B + 2 B + 3º B + 4º B = 6,0

4

Será considerado aprovado o aluno que:

Apresentar frequência igual ou superior a 75% do total das horas

letivas, e rendimento igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero).

Ao aluno que não atingir o limite mínimo de 6,0 (seis vírgula zero) de

frequência igual ou superior a 75% do total das horas letivas, será

considerado reprovado.

VI – PROPOSIÇÃO DE AÇÃO

6.1 - Plano de Ação

PLANO DE AÇÃO: ESCOLA

PLANO DE AÇÃO ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO

Tópicos Discutidos Problemas Levantados

Ações da Escola em 2008

Período Responsável

Projeto Político-Pedagógico

Desatualizado e falta de leitura dos funcionários e professores

Revisão geral com questionário situacional e grupos de estudo na hora- atividade

2009 Direção e Equipe Pedagógica

Regimento Escolar Falta de conhecimento e leitura, fazer atualizações

Revisão, atualizar e grupos de estudo e leitura na hora-atividade

2009 Direção, Equipe e toda a comunidade escolar

Instâncias Colegiadas: Grêmio Estudantil/ APMF/ Conselho Escolar

Falta de reuniões , encontros e conhecimento sobre a função das instâncias

Fazer reuniões , levando a comunidade a conhecer como funciona estas instâncias

2009 Direção e Instâncias

Entidades Externas

Desconhecem a escola

Fazer parcerias com empresas da comunidade para a melhoria do ambiente escolar nos aspectos físicos, sociais, pessoais, culturais entre outros

2009 Direção e toda a Comunidade escolar

Planejamento Participativo

Dificuldade para reunir os professores, pois a maioria está fixado em outros estabelecimentos de ensino e não está sendo seguido.

Permitir a participação dos professores em outros estabelecimento, oportunizando a troca com os colegas da sua discip ina, tendoĺ eles o compromisso de repassar para a

2009 Todo o corpo Docente

escola e adaptar as necessidades locais. Seguir o planejamento a risca e conscientização da necessidade

Cumprimento do Calendário Escolar em dias letivos e horas-aula

Muita falta, troca de professores

Plano de reposição das aulas, projetos, evitar as faltas.

2009 Equipe Pedagógica e Professores

Relação Escola-Comunidade

Desinteresse, participação dos pais na escola, falta de cooperação do conselho Tutelar e Ministério Público.

Reuniões mais atrativas, palestras e orientações para os pais.

2009 Equipe e Direção

Programa Paraná Alfabetizado

Demora para pagamento dos professores.

Mais atenção pedagógica para estes professores e organização do pagamento

2009 Responsáveis pelo Projeto – Instâncias superiores

Proposta Pedagógica Curricular/ Plano de Trabalho Docente

Falta de Trabalho em conjunto, pois como nossa escola possui um professor de cada disciplina, não tem como promover um espaço de discussão específico por área de atuação

Hora Atividade Concentrada e união das escolas que as realidades se aproximam

2009 Equipe pedagógica, direção, professores.

Avaliação Escolar Trabalhos e tarefas não entregues, falta de interesse na realização das

Proporcionar, na medida do possível a realização dos trabalhos avaliativos em sala em

2009 Equipe e Professores

atividades propostas

sala,registrando em livro próprio a não entrega. Buscar estratégias de motivação para realização dos mesmos

Conselho de Classe

Falta de fixação na real função e participação do poucos professores

Novas estratégias visando a busca de soluções pedagógicas para o enfrentamento das dificuldades apresentadas pelos alunos e adequação do dia e horário com o objetivo de atingir a maioria dos professores

bimestral

Equipe pedagógica, direção, professores e instâncias convidadas

Hora- atividade Local impróprio e falta de oportunidade para troca de experiências

Hora atividade concentrada e adequação do espaço (realizar esporadicamente em outra escola possibilitando a troca com seus pares)

Anual Equipe pedagógica, direção e professores das disciplinas

Recuperação de estudos

Visão distorcida por parte dos alunos, explicando : o aluno deixa de fazer ou faz de qualquer jeito porque sabe que terá uma segunda “chance”

Esclarecimento do processo de recuperação paralela e elaboração de critérios para a sua aplicabilidade

Anual Equipe pedagógica e professores

Registro e acompanhamento de alunos incluídos

Falta de espaço para abrir demanda para estes profissionais atenderem na escola

Falta de espaço para abrir demanda para estes profissionais atenderem na escola

Uma escola com estrutura para atendimento

Reuniões Pedagógicas/ Semanas Pedagógicas

Participação dos professores, por ser uma escola pequena e a falta de direcionamento de conteúdos específicos de cada setor, além do coletivo da escola

Realizar as semanas pedagógicas em conjunto com outra escola, que apresentam realidade parecida e reuniões utilizando momentos de convocação para tratar assuntos específicos da escola quando se fizer necessário

2009 Equipe pedagógica, direção e professores e instâncias convidadas

Enfrentamento à Evasão

Endereços e telefones desatualizados, os pais mudam o número e não comunicam, impossibilidade de comunicação

Além do endereço e telefone oficial registrado no ato da matrícula, pelo menos acrescentar mais dois números para recados e contato

2009 Secretária

Jornadas Pedagógicas

Disponibilidade, devido ao trabalho em outras entidades

Negociação para liberação

2009 Equipe e Direção

Grupo de Estudos Horários e dias impróprios,sábados, único dia de acesso ao comércio para os professores

À distância, com poucos encontros presenciais e envio do material pela internet

anual Professores das áreas afins

NRE Itinerante Falta de tempo para para rever e adaptar a realidade da escola

Utilização da hora atividade concentrada para adaptação a realidade da escola

2009 Professores, equipe pedagógica

Simpósios/ Seminários/ Encontros/ Cursos

Participação, comprometimento com o evento

Proposta da Hora-Atividade do professor, troca de experiência nos encontros

2009 SEED

promovidos.

PDE/ GTR Informações desencontradas

Reuniões específicas de esclarecimento e procedimentos necessários para participar do PDE/GTR

Antes do processo seletivo

professores capacitados à participação

Produção de Material(Folhas/OAC)

Sobrecarga de horário e escolas de atuação

Hora atividade concentrada como incentivo ao desenvolvimento deste material, conciliando-o com seu planejamento

anual professores, equipe pedagógica e direção

Projetos específicos da Escola

Falta de Espaço físico e de profissionais na escola

Luta continua para a efetivação da construção da nova escola, já que estamos em prédio cedido pelo município, onde divide-se espaço com o ensino municipal e suprimento da falta de funcionários estaduais

2009 Direção, Equipe e Professores

Semana cultural e esportiva

Inexperiência Planejamento coletivo , busca de parcerias. Repensar e promover outros momentos

2009 Direção, Equipe e Professores

Programas institucionais da SEED: FERA/ ComCiência/ JOCOPS/ CELEM

convite muito em cima da hora

Organizar no início do ano as atividades.

2009 Direção Equipe e Professores

Educação do Campo

A falta de comprometimento por parte dos professores e comunidade escolar, desconhecimento do

Grupos de estudo, aproximando o planejamento da realidade

2009 Direção Equipe e Professores

assunto

Desafios educacionais contemporâneos: educação ambiental,sexualidade, enfrentamento à violência nas escolas, prevenção ao uso indevido de drogas, educação fiscal, História e cultura Afro-brasileira e Africana

Acúmulo de função

Priorizar o currículo e incorporar estes desafios ao dia a dia escolar

2009 Direção, Equipe e Professores

Materiais e ambientes didático-pedagógicos: Laboratório de Ciências e de Informática/ TV Paulo Freire, TV Pendrive, acervo da biblioteca, Livro Didático Público

Espaço físico Continuar lutando pela nova escola

2009 Comunidade escolar

Recursos Financeiros: Fundo Rotativo/ PDDE

Falta de autonomia para investimento destes recursos conforme necessidade da escola

Maior autonomia, via argumentação da necessidade

2009 Comunidade escolar

6.1.1 -PLANO DE AÇÃO: EQUIPE PEDAGÓGICA.

Atualização do Projeto Político Pedagógico;

Implementação do trabalho pedagógico no coletivo da escola;

Organização do espaço e do tempo escolar. Organizar turmas,

calendários letivos, distribuição de aulas, horário semanal de aulas,

horas atividades e recreio;

Planejar e organizar espaços e tempos da escola para projetos de

recuperação dos estudos;

Acompanhar a hora atividade do professor, sugerindo possíveis ações e

práticas pedagógicas; trocando idéias e sugestões; assessorando no

planejamento, seleção de conteúdos e metodologias;

Auxiliar na organização de atividades culturais;

Organizar jornadas pedagógicas e conselhos de classe

Atendimento a pais, alunos, professores, funcionários e comunidade

em geral;

Acompanhamento do trabalho pedagógico desenvolvido pelos

professores; implementando a proposta curricular da escola;

Implementar a proposta curricular da escola de acordo com as políticas

educacionais da SEED/PR e com as Diretrizes Curriculares Nacionais do

CNE;

Elaborar projetos de intervenção da atualidade da escola para

melhorias do processo educativo;

Assessorar o professor (a), no planejamento, quanto à seleção de

conteúdos, e transposição didática em consonância com os objetivos

expressos no PPP;

Formação continuada do coletivo de profissionais da escola;

Relação entre escola e a comunidade;

Avaliação do trabalho pedagógico;

Colaborar com as relações interpessoais (pais, professores, alunos e

funcionários);

Ter conhecimento dos principais documentos da escola (Organograma,

Regimento Escolar, Projeto Político Pedagógico, Proposta Curricular...)

para atualizar–los as novas exigências e necessidades emergentes da

comunidade;

Seleção de referencial teórico, para reflexão, estudo, sensibilização,

relatos de experiências para intercâmbio e atividades pedagógicas

para os professores;

Acompanhamento de alunos com desempenho insatisfatório ou

dificuldades de aprendizagem observando junto ao professor a

realização da recuperação paralela;

Observar se os projetos propostos pela escola estão sendo

desenvolvidos de acordo com os seus objetivos;

Coordenar junto com a Direção os conselhos de classe e planejar

formas de intervenção no processo ensino-aprendizagem;

Verificar os livros de chamada, acompanhando os conteúdos

trabalhados, os avanços das turmas, observando a organização do

professor, os registros realizados e a clareza da avaliação;

Proporcionar as relações interpessoais entre os segmentos da escola,

através de reuniões, desenvolvimento de projetos, encontros, etc;

Acompanhar o desempenho dos alunos, realizando análise de

resultados, conversa individuais com alunos, professores e pais sempre

que necessário;

Divulgar o regimento interno, com o objetivo de destacar os direitos e

deveres de cada um, bem como o acompanhamento de sua efetivação

no cotidiano escolar;

Mediar as relações conflituosas decorrentes de problemas disciplinares

e educacionais, fazendo o levantamento e registro do fato acontecido,

intervindo como mediadora a fim de solucionar a problemática.

6.1.2 -PLANO DE AÇÃO: EQUIPE ADMINISTRATIVA

AÇÃO: Organização de arquivos ativos.

OBJETIVOS: Organizar as pastas e arquivos separados por série e em ordem

alfabética.

DETALHAMENTO: Organizar as pastas individuais dos alunos, separando-os

por série e ordem alfabética.

CONDIÇÕES/RECURSOS: Arquivos; pastas individuais dos alunos.

RESPONSÁVEL: Todos os funcionários administrativos.

CRONOGRAMA: Todo ano letivo.

AÇÃO: Organização do arquivo inativo.

OBJETIVOS: Organizar a pasta individual dos alunos inativos.

DETALAMENTO: Organizar o arquivo morto, com pasta dos alunos

concluintes, transferidos, desistentes ou falecidos, em ordem alfabética.

CONDIÇÕES/RECURSOS: Arquivos e pastas individuais.

RESPONSÁVEL: Todos os funcionários administrativos.

CRONOGRAMA: Todo o ano letivo.

6.1.3 -PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO

PRINCÍPIOS ORIENTADORES

Os princípios orientadores do Plano de Ação de Direção do

Estabelecimento de Ensino são:

Qualidade – A qualidade, aqui pretendida é a de possibilitar ao

educando escolher um caminho de vida próprio, de poder ser

respeitado nessas escolhas e de poder viver de modo digno e

satisfatório em qualquer alternativa, de acordo com as próprias

aptidões, desejos e valores;

Igualdade – A identidade se constrói com a valorização das qualidades

de cada um dos estudantes; através de uma prática inclusiva

educacional, social e racial;

Democracia – O desafio de transformar a escola num espaço de

vivência compartilhada implica na prática permanente do

planejamento participativo, na adoção de estratégias para atendimento

aos alunos com deficiências na aprendizagem, zelando para que não

haja fragmentação nas ações desenvolvidas no contexto escolar.

OBJETIVOS

Compartilhar com todos os segmentos da Escola a Execução do Projeto

Político Pedagógico;

Propiciar a integração entre os estudantes, os professores, os

funcionários, a família e a equipe pedagógica visando a melhoria de

qualidade de ensino, baseado na qualidade de vida no ambiente

escolar;

Possibilitar ações conjuntas entre a Direção do Estabelecimento de

Ensino Estadual e a Direção da Escola Municipal, a APMF, o Conselho

Escolar, o Grêmio Estudantil, os Formandos e a Comunidade em Geral,

para o sucesso de todos os projetos e/ou promoções.

6.2.- - LINHAS DE AÇÃO: GESTÃO DEMOCRÁTICA

Para que haja uma gestão democrática na escola, é fundamental

garantir a participação da Comunidade interna e externa para juntos

construirmos uma educação de qualidade.

6.2.1- GESTÃO DEMOCRÁTICA – CONSELHO ESCOLAR

AÇÃO

Apresentação do P.P.P. e o Plano de Ação aos membros do Conselho

Escolar e sua especificidade;

Estudo, análise e reflexão do papel do Conselho de Escolar;

Reuniões ordinárias.

OBJETIVO

Instrumentalizar os membros do Conselho Escolar afim de que exerçam

sua função pedagógica e possa deliberar de acordo com a realidade da

comunidade escolar;

Conhecer a concepção teórica que fundamentam as funções do Conselho

Escolar;

Dinamizar ações para que o Conselho de Escolar possa atuar como

instrumento de gestão democrática colegiada.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Participação na Semana Pedagógica;

Reuniões ordinárias para definir metas com agenda de ações a serem

desenvolvidas;

Estudo de textos sobre as funções, atribuições e o papel do Conselho

Escolar no contexto de atuação pedagógica.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Estatuto do Conselho Escolar, P.P.P. Plano de Ação da Escola;

Sala para reuniões;

Cópias dos documentos e textos;

Retroprojetor;

Agenda do espaço a ser utilizado para as reuniões.

RESPONSÁVEL

Diretor, Equipe pedagógica;

Membros do Conselho escolar.

CRONOGRAMA

Fevereiro à dezembro; sendo uma reunião mensal ordinária e se

necessário, extraordinárias.

6.2.3- GESTÃO DEMOCRÁTICA – CONSELHO DE CLASSE

AÇÃO

Processo do Conselho de Classe conforme Projeto Político Pedagógico.

OBJETIVO

Coordenar e organizar os encaminhamentos das etapas do processo do

Conselho de Classe em vista da qualidade do ensino-aprendizagem de

todos os alunos;

Estudo coletivo de textos que fundamentam novas formas de organização

do Conselho de Classe.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Organização do Conselho de Classe: estudos,, agenda, instrumentos de

registros;

Levantamento dos problemas de cada turma e alunos identificando-os e

respectivos registros das informações;

Análise dos problemas e tomada de decisões;

Planejar as ações a ser encaminhadas após o Conselho de Classe para as

turmas;

Organizar a comunicação dos resultados aos alunos e famílias;

Seleção e estudo de textos que propõe experiências e formas de

encaminhamentos contemplando a busca de soluções coletivas de

encaminhamentos com ênfase a melhoria do processo de ensino-

aprendizagem.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Disponibilidade do horário no calendário;

Textos e relatos de experiências de pesquisas publicadas, regulamento

interno, papeis, regimento, legislações.

RESPONSÁVEL

Diretor e equipe pedagógica

CRONOGRAMA

Nos bimestres do ano letivo;

Datas do Conselho de Classe previstas no calendário escolar.

6.2.4- GESTÃO DEMOCRÁTICA – APMF

AÇÃO

Mobilização dos membros da APMF a fim de estudar os estatutos da

mesma e conhecer o Projeto Político Pedagógico da escola;

OBJETIVO

Integrar a comunidade – escola - pais com o intuito e efetivar as ações

propostas no PPP.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Reuniões (assembleias) debates; leituras; grupo de estudos;

explanações.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Estatuto da APMF, palestrante; salas, transparências, cópias de

documentos.

RESPONSÁVEL

Diretor, equipe pedagógica e diretoria da APMF

CRONOGRAMA

Fevereiro/ Março

6.2.5 GESTÃO DEMOCRÁTICA – REPRESENTANTE DE TURMA

AÇÃO

Formação de liderança – perfil de um líder;

Escolha dos representantes de turma;

Preparo e acompanhamento dos alunos para o exercício de liderança;

Trabalho com todos os alunos, nas diversas disciplinas, sobre os

conceitos de representação, democracia, cidadania, liderança e outros

que contemplam gestão democrática;

Envolvimento e participação direta com os integrantes do Grêmio

estudantil.

OBJETIVO

Estudar, preparar e oportunizar o exercício da liderança;

Vivenciar a prática da democracia de seu exercício através de

representante de turma, visando desenvolver a participação, iniciativa,

representatividade, mobilização, criatividade e outros componentes da

prática da gestão democrática.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Além do conselheiro e vice líder sugere-se a contribuição de dois

conselheiros que discutirão com o (a) líder as ações a serem desenvolvidas

pela turma.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Previsão de horário e dias para realização das atividades;

Preparo do professor pedagogo;

Uso de recursos visuais para facilitar a explicitação.

RESPONSÁVEL

Equipe pedagógica e professor regente de classe e outros professores

das disciplinas.

CRONOGRAMA

Durante o ano letivo de 2006 a 2008.

6.2.6- GESTÃO DEMOCRÁTICA - GRÊMIO ESTUDANTIL

AÇÃO

Mobilização do Grêmio estudantil para pequenas reformas na escola;

Formação continuada sobre Liderança e processo da instituição;

Elaboração da proposta de trabalho do Grêmio Estudantil Gestão 2006 a

2008;

Mobilização para elaboração do Jornal da Escola com produções dos

alunos.

OBJETIVO

Melhorar a estrutura física da escola, visando um ambiente acolhedor e

propício à aprendizagem;

Desenvolver o senso de responsabilidade nos alunos, fazendo com que

percebem a importância de suas ações para a escola;

Mobilizar a comunidade escolar para a elaboração do Jornal da Escola

visando divulgar produções dos alunos;

Orientar os alunos integrantes do Grêmio Estudantil para que realizem um

diagnóstico sobre as necessidades de formação continuada dos

estudantes, entre outras.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Divulgação da proposta pelos integrantes do grêmio juntamente com a

comunidade escolar;

Arrecadação de recursos junto a comunidade e os diferentes segmentos

da sociedade;

Envolvimento dos discentes da escola: divulgação nas salas de aula,

trabalho de conscientização, fiscalização e conservação;

Envolvimento dos pais, APMF e CE para efetivação dos trabalhos.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Arrecadação de materiais junto a comunidade escolar e demais

segmentos da sociedade;

Promoções;

RESPONSÁVEL

Integrantes do Grêmio estudantil (diretoria);

Direção e equipe pedagógica.

CRONOGRAMA

Durante o ano letivo e no horário de contra-turno e em alguns horário de

aulas pré-agendados.

6.2.7- GESTÃO DEMOCRÁTICA - PARTICIPAÇÃO DOS PAIS

AÇÃO

Mobilização e participação dos pais no cotidiano escolar e no processo

educativo;

OBJETIVO

Assegurar melhorias no processo ensino-aprendizagem, na conservação

do prédio e do espaço físico e na viabilização de eventos culturais

complementares ao processo educativo.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Fevereiro – Análise do regimento interno e comprometimento das partes,

(pais, alunos, professores e funcionários);

Março – Definir com o grupo os encontros periódicos para debates,

estudos, atividades esportivas, confraternização, etc.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Pesquisar e propor horário para encontros e estabelecer parcerias;

Espaço físico, espaços da comunidade.

RESPONSÁVEL

Direção e equipe pedagógica;

Conselho Escolar;

Representantes de pais e dos alunos.

CRONOGRAMA

Em fevereiro e Março de cada ano letivo.

6.3 - PROPOSTA PEDAGÓGICA

6.3.1 - PROPOSTA PEDAGÓGICA – Organização e Implantação da

Proposta das Disciplinas – Ensino Fundamental

Ação

Tomar conhecimento através de leitura do documento: Orientações

Curriculares do ensino Fundamental para discussões, proposição e

elaboração da proposta pedagógica, junto ao corpo docente;

Elaboração e implantação da proposta pedagógica das disciplinas do

Ensino Fundamental.

Objetivo

Ouvir o corpo docente sobre a proposição dos conteúdos curriculares

contidos na proposta;

Selecionar os conteúdos de acordo com o diagnóstico existente para o

atendimento das necessidades da clientela escolar;

Elaborar a proposta pedagógica das disciplinas que compõem a matriz

curricular do Ensino Fundamental a partir das orientações curriculares do

Estado do Paraná, considerando os aspectos estruturantes: objeto de

estudo, pressupostos teóricos, critérios de seleção dos conteúdos e

práticas avaliativas;

Implantar a proposta pedagógica considerando a especificidade de cada

disciplina, série e turmas.

Detalhamento da Ação

Estudo, análise e reflexão para a proposição de uma ação voltada para a

realidade;

Estudo e análise das orientações curriculares das disciplinas;

Sistematização da proposta a partir da apresentação de um roteiro

organizador.

Condições/Recursos

Cadernos das Orientações Curriculares do Estado do Paraná e

experiências do corpo docente, tendo como apoio livro.

Responsável

Direção, equipe pedagógica e professores.

Cronograma

1ª Parada Pedagógica.

6.3.2-Proposta Pedagógica – Organização e Implantação da Proposta

das Disciplinas – Ensino Médio

Ação

Organização e implantação da proposta das disciplinas do Ensino Médio.

Objetivo

Elaborar a proposta pedagógica a partir das diretrizes curriculares da

SEED, adequado-as a realidade do estabelecimento de ensino.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Leitura e análise do P.P.P, orientações curriculares e planejamento do ano

anterior;

Adequar, selecionar e priorizar os conteúdos considerados significativos

para a realidade do estabelecimento de ensino e série.

CONDIÇÕES/RECURSOS

PPP;

Cadernos das Diretrizes Curriculares;

Planejamento dos anos anteriores;

Livros Didáticos.

RESPONSÁVEL

Direção, equipe pedagógica e professores.

CRONOGRAMA

1a Parada Pedagógica.

6.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA – PRÁTICAS AVALIATIVAS

AÇÃO

Estudo, análise e reflexão do processo (sistema) de avaliação;

Estudo de textos que fundamentam a proposta de avaliação previstas no

PPP e as práticas de avaliar;

Relato de experiências bem sucedidas entre os professores nas diferentes

disciplinas.

OBJETIVO

Repensar o processo avaliativo inserida na prática pedagógica;

Estudar a proposta de avaliação do PPP e textos teóricos que auxiliam a

compreensão da concepção de avaliação e possíveis alternativas para a

prática;

Oportunizar momentos para relato de experiências de práticas avaliativas

entre os professores e as respectivas disciplinas.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Leitura e reflexão do sistema de avaliação;

Estudo do texto de avaliação presente no PPP respondendo: para que

serve? Como avaliar?

Intervenção se necessária para buscar soluções ao processo de ensino-

aprendizagem.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Textos do PPP e sobre avaliação;

Dados expressos em gráficos a partir dos dados do SERE.

RESPONSÁVEL

Direção e equipe pedagógica.

CRONOGRAMA

Reunião Pedagógica inicial em fevereiro 2006, 2007 e 2008, a cada

Conselho de Classe e prever outras datas no decorrer do ano conforme

necessidade.

6.5- PROPOSTA PEDAGÓGICA: RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS/EM

PROCESSO/ PARALELA

AÇÃO

Leitura do PPP no início do ano letivo, referente a recuperação de estudos,

após a leitura combinar coletivamente a sistematização.

OBJETIVO

Desenvolver o plano de recuperação;

Proporcionar aos alunos uma aprendizagem significativa aos alunos que

apresentam dificuldades de aprendizagem, em vista da melhoria de seu

rendimento escolar.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Retomada de conteúdos utilizando metodologias diferenciadas, contando

com ajuda do Pedagogo se for necessário.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Sala de aula;

Estagiários;

Sistema de monitoria;

Contra-turno.

RESPONSÁVEL

Professores de cada disciplina conforme necessidade.

CRONOGRAMA

Durante todo o ano letivo.

6.6- PROPOSTA PEDAGÓGICA – REUNIÕES PEDAGÓGICAS

AÇÃO

Socialização de conhecimentos e informações.

OBJETIVO

Ler, estudar e analisar textos relacionados a educação, promovendo aos

professores novas possibilidades de adquirir conhecimentos e

compartilhar experiências afim de melhorar suas ações educativas.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Leitura de texto, análise e discussão dos mesmos;

Relatos e depoimentos;

Registro das informações.

CONDIÇÕES / RECURSOS

Textos, papel, caneta, retroprojetor. Giz, quadro (lousa), TV, Vídeos,

DVDs, CDs.

RESPONSÁVEL

Direção e equipe pedagógica;

CRONOGRAMA

Conforme datas previstas no calendário.

6.7- PROPOSTA PEDAGÓGICA – HORÁ ATIVIDADE

AÇÃO

Socialização de conhecimentos e informações;

OBJETIVO

Ler, estudar e analisar textos relacionados a educação;

Promover possibilidades de adquirir conhecimentos e compartilhar

experiências afim de melhorar as ações pedagógicas.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Leitura, análise e discussão dos textos.

Relatos e depoimentos;

Registros das informações.

CONDIÇÕES / RECURSOS

Textos, papel, caneta, retroprojetor, giz, quadro (lousa).

RESPONSÁVEL:

Direção e equipe pedagógica.

CRONOGRAMA

Conforme as datas previstas no calendário escolar. (Conforme

distribuição de aulas no período escolar.)

6.8-LINHA DE AÇÃO: FORMAÇÃO CONTINUADA

6.8.1- FORMÇÃO CONTINUADA – PARTICIPAÇÃO EM CURSOS/EVENTOS

E GRUPOS DE ESTUDOS

AÇÃO

Grupo de Estudos.

OBJETIVO

Oportunizar aos docentes o aperfeiçoamento e atualização dos seus

conhecimentos, levando a uma reflexão da prática educativa, buscando

mais qualidade

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Levantamento de dados da escola quanto ao rendimento escolar e

resultados finais;

Selecionar material de estudos, relacionados ao processo de avaliação

da aprendizagem na escola;

Formação de grupo de estudos

Organização do período estudo

CONDIÇÕES/RECURSOS

Salas do Colégio e reprodução do material

RESPONSÁVEL

Direção e equipe pedagógica

CRONOGRAMA

Os docentes em suas Horas Atividades estudarão e discutirão o texto em

pequenos grupos e haverá reuniões para apresentação do estudo.

6.9 FORMAÇÃO CONTINUADA - FORMAÇÃO DE GRUPOSDE ESTUDO:

PAIS, ALUNOS, FUNCIONÁRIOS.

AÇÃO

Viabilizar o processo ensino-aprendizagem de qualidade envolvendo

cada comunidade escolar.

Escolha dos temas a serem discutidos/estudados segundo as

necessidades da realidade escolar e do grupo a se reunir.

OBJETIVO

Buscar soluções para problemas do cotidiano escolar

Proporcionar formação pessoal e profissional dos participantes

Trocar experiências entre os segmentos reunidos (pais, alunos,

funcionários)

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Formação de grupos para estudo por segmento

Escolha de temas segundo a necessidade da escola

Discussão troca de experiências e busca de soluções para os mesmos

Motivação pessoal para melhor resultado, visando a auto-estima dos

participantes

CONDIÇÕES/RECURSOS

Textos diversificados para leituras e estudos

Recursos audiovisuais

Profissionais especializados na área de interesse

RESPONSÁVEL

Direção, Equipe Pedagógica e profissionais convidados

CRONOGRAMA

Durante o ano letivo ou em datas pré-determinadas pelo Calendário

Escolar.

6.10-. LINHA DE AÇÃO: QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E

ESPAÇOS

6.10.1 QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS –

IDENTIFICAÇÃO DOS RECURSOS JÁ EXISTENTES: QUALIFICAÇÃO

AÇÃO

Levantamento dos equipamentos e espaços verificando suas condições

de uso

OBJETIVO

Verificar e analisar os equipamentos e espaços disponíveis no

estabelecimento para enriquecer as aulas

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Levantamento dos equipamentos e espaços disponíveis, analisando suas

reais condições de uso

Viabilizar o uso ou adquirir equipamentos

Adequar os espaços

Incentivar o uso dos equipamentos disponíveis

CONDIÇÕES/RECURSOS

Verificar a planilha dos recursos e equipamentos existentes visitando os

espaços e avaliando os recursos;

Verificar as possibilidades de consertos e novas aquisições.

RESPONSÁVEL

Direção, equipe pedagógica e professores das áreas afins

CRONOGRAMA

No mês de Março (levantamento)

Durante o ano todo fazer o uso e manutenção dos materiais.

6.10.2 QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS –

Uso de espaços educativos; materiais didáticos; outros espaços e

ambientes....

AÇÃO

Disponibilizar materiais de pesquisa para professores

OBJETIVO

Estimular o professor a trabalhar de maneira diferenciada

Desenvolver o senso de leitura e pesquisa do corpo docente e discente

da escola

Oferecer subsídios teóricos para a realização da prática pedagógica

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Pesquisa com o corpo docente para saber quais as áreas do

conhecimento que precisam de materiais didáticos pedagógicos.

Análise e seleção do acervo bibliográfico

Amostra dos materiais coletados para análise coletiva e escolha dos

mesmos.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Levantamento sobre os recursos reais disponibilizados pela escola

Análise desses recursos

Solicitação de novos recursos ao departamento financeiro da instituição

mantenedora e outros departamentos como a Secretaria Estadual de

Educação e aos órgãos competentes a esta função.

RESPONSÁVEL

Equipe Pedagógica e Direção

CRONOGRAMA

As atividades, citadas especificados nos objetivos, serão realizados

durante o ano letivo, com enfoque maior nos inícios dos semestres.

6.11. LINHA DE AÇÃO – OUTRAS ESPECIFICIDADES

6.11.1 OUTRAS ESPECIFICIDADES – Participação em Feiras,

Exposições.

AÇÃO

Exposição: Mostra de Trabalhos

OBJETIVO

Demonstrar na prática os conhecimentos adquiridos nas diferentes

áreas do conhecimento

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Envolvimento do professor e aluno desde a pesquisa, elaboração,

apresentação e na avaliação dos resultados

CONDIÇÕES/RECURSOS

Possibilita o uso dos materiais disponíveis como: espaço físico,

biblioteca, materiais didáticos, pedagógicos e de expediente, buscar

parcerias na comunidade e entidades

RESPONSÁVEL

Toda a comunidade escolar

CRONOGRAMA

1º Bimestre – Apresentação, discussão e pesquisa.

2º Bimestre – Definição elaboração dos trabalhos

3º Bimestre – Apresentação para averiguação e aprofundamento dos

trabalhos

4º Bimestre – Apresentação para a comunidade escolar

6.12- OUTRAS ESPECIFICIDADES – ATIVIDADES

ESPORTIVAS/CULTURAIS, ARTICULAÇÃO DA ESCOLA COM OUTROS

EVENTOS ESTADUAIS E LOCAIS

AÇÃO

Gincana Cultural Esportiva.

OBJETIVO

Promover atividades esportivas, recreativas e culturais, para propiciar a

integração.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Em conjunto com os professores, grêmio, representantes de turmas,

elaborar as atividades referentes a gincana, procurando garantir a

heterogeneidade nas equipes.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Espaço físico (quadra esportiva);

Materiais didático - pedagógicos;

Materiais recicláveis.

RESPONSÁVEL

Equipe Pedagógica – Grêmio – Professores e Funcionários.

CRONOGRAMA

Em datas pré-determinadas em Reuniões.

7 - Referências Bibliográficas.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. 33 ed. – São Paulo:

Brasiliense, 1995.

BRASIL, Constituição Federal. São Paulo. 37 ed. Saraiva, 2005.

CÂNDIDO, Antonio. Tendências no desenvolvimento da sociologia da

educação. In: Pereira, Luis, Foracchi, Marialice M (Orgs). Educação e

Sociedade. São Paulo: Nacional, 1985.

DEMO, P. Participação é conquista. São Paulo: Cortez, 1999.

FERREIRA, N.S.C. Gestão democrática da educação: atuais tendências, novos

desafios. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2003.

FERREIRA, N.S.C. Supervisão educacional para uma escola de qualidade. 3

ed. São Paulo: Cortez,2001.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Summus, 1988.

GADOTTI, M. Escola Cidadã. São Paulo: Cortez, 1992.

HOFFAMANN, J. M.L. Avaliação: mito e desafio – Uma perspectiva

construtivista. Porto Alegre: Educação e Realidade, 1991.

LDB: Lei de Diretrizes e bases da Educação: lei n. 9.394/96/apresentação

Esther Grossi. – 3 ed. – Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

LUCKESI, C. C. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez, 1991.

REGIMENTO ESCOLAR: Escola Estadual Monteiro Lobato – Ensino

Fundamental: Ato Administrativo n. 88/03.

SACRISTÁN, J. Gimeno. Avaliação no ensino. IN: - Compreender e transformar

o ensino. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. Pg295-351.

SAVIANI, D. A Nova Lei da educação: LDB, trajetórias, limites e perspectivas.

Campinas: Autores Associados, 1997.

VASCONCELOS, C.S. Construção do conhecimento em sala de aula. São

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VEIGA, I. Perspectivas para a reflexão em torno do projeto político

pedagógico. In: Veiga, I: Rezende, L.M. Escola: espaço do projeto político

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VIEIRA, S. Gestão da escola: desafios a enfrentar. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

<www.cefetsp.br/edu/sinergia/index.html> José Luís Salmaso e Raquel Maria

Bortone Fermi. Artigo publicado sob o título “Projeto Político Pedagógico: uma

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MOREIRA. M. A & MASINI, E. F. Salzano. (1982) Aprendizagem

Significativa: teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes.

POZO, J. I. (1998) Teorias Cognitivas da Aprendizagem. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas.