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SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO...................................................................................................03 2. IDENTIFICAÇÃO.....................................................................................................04 3. OBJETIVOS GERAIS..............................................................................................06 4. MARCO SITUACIONAL..........................................................................................08 4.1 Rendimento Escolar..........................................................................................14 5. MARCO CONCEITUAL...........................................................................................18 6. MARCO OPERACIONAL.........................................................................................21 6.1 Organização da vida escolar..............................................................................21 6.2 Quadro de profissionais.....................................................................................21 6.3 Como está organizada a Gestão da instituição.................................................23 6.4 Instâncias Colegiadas........................................................................................23 6.5 Ambientes Pedagógicos....................................................................................26 6.6 Avaliação do Projeto..........................................................................................29 6.7 Proposta de Formação Continuada...................................................................30 6.8 Organização da Hora Atividade.........................................................................31 6.9 Inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais...........................31 6.10 Atendimento na Sala de Recurso e Sala de Apoio..........................................36 6.10.1 Atendimento Educacional Especializado em Sala de Recursos Multifuncionais.........................................................................................................37 6.11 Cultura Afro Brasileira ….................................................................................38 6.12 Estudos sobre o Estado do Paraná …............................................................39 6.13 Sistema de Avaliação do Estabelecimento de Ensino....................................40 6.14 Concepção de Avaliação................................................................................42 6.15 Conselho de Classe........................................................................................43 6.16 Avaliação dos Segmentos do Colégio............................................................45 6.17 Estágio Não Obrigatório.................................................................................45 7. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS............................................47 8. AGENDA 21...........................................................................................................48 9. ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E A COMUNIDADE.........................................49 10. AGENTES EDUCIONAIS I e II..............................................................................49 11. PROJETOS PDE DA ESCOLA...............................................................................53 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................64 2

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO...................................................................................................03

2. IDENTIFICAÇÃO.....................................................................................................04

3. OBJETIVOS GERAIS..............................................................................................06

4. MARCO SITUACIONAL..........................................................................................08

4.1 Rendimento Escolar..........................................................................................14

5. MARCO CONCEITUAL...........................................................................................18

6. MARCO OPERACIONAL.........................................................................................21

6.1 Organização da vida escolar..............................................................................21

6.2 Quadro de profissionais.....................................................................................21

6.3 Como está organizada a Gestão da instituição.................................................23

6.4 Instâncias Colegiadas........................................................................................23

6.5 Ambientes Pedagógicos....................................................................................26

6.6 Avaliação do Projeto..........................................................................................29

6.7 Proposta de Formação Continuada...................................................................30

6.8 Organização da Hora Atividade.........................................................................31

6.9 Inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais...........................31

6.10 Atendimento na Sala de Recurso e Sala de Apoio..........................................36

6.10.1 Atendimento Educacional Especializado em Sala de Recursos

Multifuncionais.........................................................................................................37

6.11 Cultura Afro Brasileira ….................................................................................38

6.12 Estudos sobre o Estado do Paraná …............................................................39

6.13 Sistema de Avaliação do Estabelecimento de Ensino....................................40

6.14 Concepção de Avaliação................................................................................42

6.15 Conselho de Classe........................................................................................43

6.16 Avaliação dos Segmentos do Colégio............................................................45

6.17 Estágio Não Obrigatório.................................................................................45

7. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS............................................47

8. AGENDA 21...........................................................................................................48

9. ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E A COMUNIDADE.........................................49

10. AGENTES EDUCIONAIS I e II..............................................................................49

11.PROJETOS PDE DA ESCOLA...............................................................................53

12.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................64

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1. APRESENTAÇÃO

O Projeto Político-Pedagógico deste estabelecimento de ensino faz-se relevante

tendo em vista que, em seu sentido político, incita a reflexão e a discussão sobre o

compromisso dos profissionais envolvidos com o ato educativo, no que se refere à

formação dos discentes para a sociedade, e em seu sentido pedagógico, explicíta os

objetivos aos quais a escola se destina no aspecto educativo, bem como os meios que

utilizará para alcançar a sua finalidade.

Por se configurar como uma teorização sobre a prática educativa, com o intuito de

retornar a prática de forma a superá-la qualitativamente, o Projeto Político-Pedagógico,

será constantemente reavaliado. Pois, entendemos que a teorização só tem sentido

quando retorna à prática e como toda prática social possui elementos conflituosos e

contraditórios, que geram uma transformação na realidade, a nova prática surgida da

teoria, deverá novamente ser repensada, caracterizando assim um processo dialético.

Este projeto se caracteriza como um instrumento em busca da autonomia da

escola, no sentido de construção da sua identidade, de redução dos efeitos da divisão e

rotinização do trabalho, da possibilidade dos educadores terem responsabilidade e

liberdade para não serem meros executores de demandas dos órgãos de administração

central.

Assim, este projeto almeja fornecer subsídios para a realização na escola de uma

educação que forneça igualdade de condições de aprendizado a todos os alunos

ingressos nela, independente da desigualdade social a que estejam submetidos na

sociedade capitalista, buscando inclusive a diminuição dos índices de evasão e

repetência que só excluem estes alunos.

Também pretende lançar propostas para uma educação de qualidade, ou seja,

que desenvolva nos educandos as capacidades necessárias para que estes tenham

conhecimento suficiente para compreender e agir na redução das relações de exploração

e desigualdades econômicas presentes em nossa sociedade, não sendo assim, meros

reprodutores, mas transformadores da realidade a qual estão inseridos, podendo avançar

na construção de sua história enquanto sujeitos.

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2. IDENTIFICAÇÃO

A criação do Colégio Estadual Santa Tereza do Oeste, ocorreu após a

emancipação política da cidade, que se deu em 1989. Pois até esta data, Santa Tereza

do Oeste era distrito do Município de Cascavel, sendo que aqui funcionava a Escola

Consolidada Hélio Balarotti - Ensino de 1º Grau atendendo do Pré à 8ª séries.

Assim, após o pleito eleitoral de 15/11/89, quando elegemos o 1º Prefeito Senhor

Vilson Redivo e com a luta para que o Estado assumisse o ensino de 5ª à 8ª séries, bem

como pela implantação do 2º Grau com o Curso de Educação Geral - Preparação

Universal, é que foi criado o Colégio Estadual Santa Tereza do Oeste - Ensino de 1º e 2º

Graus, com atos de autorização da Resolução nº 239/90 de 13/02/90 e posteriormente a

ato de reconhecimento do estabelecimento, Resolução nº 3370/90 D.O.E. de 23/11/90,

sendo que o Ensino Médio - Educação geral Preparação Universal foi reconhecido

através da Resolução nº 4344/96 e o ato do NRE de aprovação do Regimento Escolar Nº

125/08/2002.

No ano de 1990, respondeu pela Direção a Professora Marli Terezinha Pereira,

sendo que o Colégio já contava com o corpo docente completo e Equipe Pedagógica. O

Colégio começou seu funcionamento atendendo alunos de 5ª à 8ª séries, perfazendo um

total de 434 alunos e a 1ª série do 2º grau um total de 61 alunos, com a implantação

gradativa das séries seguintes.

Em 1991 passou a responder pela direção do Estabelecimento a professora Araci

T.O. Foltz. Ainda no ano de 1991, foi criado através de Resolução nº 598/91 uma Classe

Especial na área de DM (deficiência Mental) para atender os alunos com atraso na

aprendizagem e através da Resolução nº 2219/91 uma Classe Especial na área de DV

(deficiência Visual) para atender aos alunos portadores de cegueira.

No ano de 1993, foi criado com a Resolução nº 6097/93 um Centro de Atendimento

Especializado na área de DA (deficiência Auditiva) para atender aos alunos inseridos no

ensino regular, mas que apresentavam problemas sérios de audição.

De 1992 a 1993, respondeu pela Direção a professora Chirlei Regina Baldessar.

Em 1994, assumiu a Direção a professora Judite Soares de Oliveira Cornelius, sendo que

no final do ano de 94 aconteceram as eleições para o cargo de diretora para a gestão de

1993 a 1997.

Em 1997, houve eleição onde novamente a professora Judite Soares de Oliveira

Cornelius foi re-eleita para exercer o cargo de diretora, gestão 1997 a 2000.

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De 1997 a 1998, funcionou o Projeto Correção de Fluxo, para atender os alunos

com defasagem idade - série na vida escolar, matriculados na 5ª e 7ª séries do Ensino

Regular, e reverter o quadro de evasão e repetência.

Em 1999, sentiu-se a necessidade de criar o supletivo, fase III - Ensino Médio

Educação de Jovens e Adultos, no período noturno, para os alunos em defasagem de

idade, autorizado através da Resolução nº 846/99.

No ano de 2001, assumiu a direção por indicação dos professores e corpo docente

da escola pelo prazo de 01 ano, o professor GONÇALO GAMARGO, que no final deste

mesmo ano foi eleito diretor pelo voto de pais, alunos e professores para gestão de 2002

à 2004, tendo ele sido aprovado em um teste de conhecimentos gerais realizado pela

Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

No período de 2004 a 2005, foi eleita para diretora a professora DEJANIRA DA

SILVA, a qual já compunha o quadro de professores deste estabelecimento, além de ter

sido Secretária de Educação do município por seis anos, sendo bastante conhecida pela

comunidade.

Dando continuidade ao trabalho desenvolvido, a mesma foi re-eleita para assumir a

direção do colégio na gestão de 2006-2007. E consecutivamente o mandato de 2008 à

2011, tendo como diretora auxiliar Marli Terezinha Pereira.

No ano de 2005, iniciou-se a gradativa extinção da modalidade do Ensino Médio

para Jovens e Adultos, criado no colégio em 1999, devido solicitação feita pela SEED –

Secretaria de Estado da Educação, de um projeto de cessação para o encerramento

gradativo das turmas em andamento.

Todavia no ano de 2009 ocorre o retorno do atendimento da modalidade de

Educação de Jovens e Adultos subsidiado pela instituição, tendo em vista que antes desta

data havia atendimento por meio das APEDs (Ações Pedagógicas Descentralizadas).

Nossa equipe de professores é composta pela direção, direção auxiliar,

pedagogos, professores e funcionários, considera-se mediadora no processo de

ensino/aprendizagem, sendo que, além de termos o comprometimento em transmitir os

conhecimentos científicos, entendemos que incutidos nestes, também devem ser

transmitidos valores culturais, éticos, sociais e políticos.

Pois para nós, o ato de educar está impregnado de compromisso político, na

medida em que devemos fornecer elementos para que os educandos saibam defender

seus direitos, cumprir seus deveres e lutar por uma organização social mais justa. Foi

com este propósito que o Regimento Escolar foi redigido e então aprovado pelo NRE

através do Ato Administrativo nº 686/2007 em 17 de Dezembro de 2007.

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O colégio está localizado a uma distância de 25 Km de Núcleo Regional de

Cascavel.

3. OBJETIVOS GERAIS

Sendo uma instituição de ensino temos como objetivo principal a transmissão e

produção do conhecimento historicamente acumulado pelo homem para instrumentalizar

o sujeito no sentido de compreender sua realidade social.

A partir de então o coletivo da instituição tem a pretensão de realizar um trabalho

pedagógico que propicie, considerando os limites e as possibilidades da escola pública,

propiciar a formação integral do educando;

Assim, segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) nº

9394/96, citamos os objetivos dos níveis e da modalidade de ensino aqui ofertada.

Portanto, o Ensino Fundamental terá como objetivo, conforme explicitado em seu

artigo 32, a formação básica do cidadão mediante:

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o

pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana

e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

As finalidades do Ensino Médio estão presentes no artigo 35 da LDB e são:

I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino

fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para

continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas

condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

III – o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação

ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

IV – a compreensão dos fundamentos científicos-tecnológicos dos processos

produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

Ainda em relação ao Ensino Médio, vale destacar que o coletivo da instituição

considera pertinente discorrer sobre a forma como atende aqueles alunos, adolescentes,

que realizaram algum ato de infração e necessitam cumprir medida socioeducativa, há a

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necessidade de realizar um trabalho em conjunto com as demais instituições sociais, tais

como Ação Social e Conselho Tutelar, para que este adolescente tenha um atendimento

diferenciado no sentido de mudar seu comportamento.

Nosso colégio oferece atualmente Ensino Fundamental Fase II e Médio na

modalidade de Educação de Jovens e Adultos.

A Educação de Jovens e Adultos está contemplada no artigo 37 da LDB e prevê

que esta modalidade de ensino, permita o acesso e a continuidade dos educandos aos

estudos.

Em nosso estabelecimento, estes estudos são ofertados ao nível do Ensino Médio

e, portanto, trazem em si os objetivos já elencados anteriormente, com a diferenciação de

que, devido o EJA atender educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o

compromisso com a formação humana e com o acesso a cultura geral, de modo que os

educandos venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com

comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia

intelectual e moral.

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4. MARCO SITUACIONAL

O Colégio Estadual Santa Tereza do Oeste encontra-se localizado na rua Buenos

Aires 452 no centro da cidade de Santa Tereza do Oeste/PR, sendo o principal colégio na

região, visto que oferece o Ensino Fundamental de 5ª à 8ª séries e Ensino Médio Regular,

e Educação de Jovens e Adultos nos níveis fundamental e médio, enquanto outros

estabelecimentos não ofertam matrícula em todas estas séries.

Ressaltamos que ainda oferecemos os programas de Sala de Recursos, Sala de

Apoio, CELEM – Centro de Língua Estrangeira Moderna nas disciplinas de espanhol e

italiano, um projeto de Viva a Escola, estes serão explicitados no marco operacional.

Dos alunos aqui matriculados, grande parte reside na cidade, sendo que outra

parcela reside na zona rural e no distrito de Santa Maria.

A escolaridade dos pais e mães destes alunos, se constitui como explicitado no

gráfico a seguir, percebe-se que a maioria dos pais tem apenas Ensino Fundamental,

poucos tem formação superior, sendo apenas 4,81% com diploma de Ensino Superior.

RENDA FAMILIAR

Quando tratamos da renda familiar, observamos que uma parcela considerável

das famílias de nossos alunos a renda média das famílias está entre 1 e três salários

mínimos cerca de 70% das famílias, sendo apenas 7 % com renda superior a três

salários.

8

ESCOLARIDADE DO PAI

AnalfabetoFund. Inc.Fund. Comp.Ens, M. Inc.Ens. M. Comp.Ens. S. Inc.Ens. S. Comp.Pós-GraduaçãoNão Informou

7%

47%

13% 13%

46%

2%3%

2%

2%3%

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Sobre a participação das famílias em algum programa do governo, observamos a

partir do gráfico que a a principal ajuda recebida é a bolsa família, quando 24% recebem

este auxílio. Porém cerca de 69% não recebem qualquer ajuda do governo.

A orientação religiosa das famílias dos alunos do colégio está assim apresentada:

77 % são católicos, 15% evangélicos, aproximadamente 5% são de outra religião. Fica

claro que assim como a sociedade brasileira, como um todo, a predominância da religião

católica também se faz presente em nossa comunidade.

9

RECEBEM AJUDA GOVERNAMENTAL

Bolsa FamíliaPettiLeite das CriançasBolsa Escola

Sem Renda1 Salário 1 a 3 Salários M.3 a 5 Salários M.+ 5 SaláriosNão Informou

4%

30%

39%

19%

7%1%

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Tendo em vista que em nossa escola recebemos alunos da zona rural, sentiu-se a

necessidade de quantificar os alunos desta região a partir da análise do meio de

transporte utilizado para acesso a escola, sendo que 27% são da zona rural e 63% da

zona urbana. Neste sentido entende-se que é necessário estar considerando as

especificidades dos alunos pertencentes a zona rural.

Em relação ao saneamento básico, observa-se que apenas 60% das famílias tem

água tratada em casa, 39% fossa séptica e 81% luz elétrica.

10

Meio de Transportes

ÔnibusBicicletaCarro PróprioA PéNão Responderam

2%

47%

27%

3%

21%

RELIGIÃO

CatólicaEvangélicaOutrasNão Responderam

77%

15%

3%5%

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O número de pessoas residentes no domicílio das famílias é assim demonstrado,

17% dos lares estão compostos por três pessoas, 36% tem quatro pessoas, 24% com

cinco pessoas e 21% mais de cinco pessoas na família.

E ainda, sobre o acesso a informação dos alunos podemos verificar que ocorre , de

acordo com o gráfico, que 59% tem apenas acesso a informação pelo rádio e tv, internet

são 21% e jornal impresso apenas 8%.

11

SANEAMENTO BÁSICO

água tratadaesgotofossa sépticafossa negraluz elétrica

COMPONENTES DA FAMÍLIA

3 pessoas4 pessoas5 pessoasmais de 5 pessoasnão responderam

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Em relação ao número de pessoas que trabalham 31% apenas uma pessoa

trabalha, 41% duas pessoas, 16% três pessoas e apenas 7% mais de três.

Já explicitadas as características da comunidade escolar, gostaríamos de destacar

que dentre os problemas encontrados neste colégio, temos alguns que não referem-se

somente à nossa realidade, mas são o reflexo de toda a estrutura social que a envolve.

Assim, podemos dizer que devido a crise econômica e social, proveniente do modo de

produção capitalista, que afeta de maneira geral o mundo e mais especificamente, nosso 12

ACESSO A INFORMAÇÃO

rádio, TV, internet, jornal impresso, TV à caborádio, TV, internet rádio, TV, jornal impressorádio, TV rádio, TV à cabonão responderam

TRABALHAM NA FAMÍLIA

1 pessoa2 pessoas3 pessoasmais de 3 pessoasnão responderam

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país, evidenciamos situações em que percebemos a exclusão e a marginalidade que o

sistema impõe às famílias e consequentemente aos nossos alunos.

Neste sentido, o desemprego e a falta de condições financeiras para uma vida

digna, afeta tanto a família, quanto o aluno já em idade de inserir-se no mercado de

trabalho. E muitos pais, responsáveis e alunos trabalhadores empregados recebem um

salário abaixo das reais necessidades, cumprindo inclusive uma excessiva carga horária

de trabalho, o que contribui para que as famílias não acompanhem adequadamente os

filhos e que os alunos não dediquem mais tempo aos estudos. A escola implantará o

projeto FICA em conjunto com o Conselho Escolar, o Conselho Tutelar e Ação Social

Sentinela, e toda a Comunidade local visando resgatar os alunos evadidos, propiciando

assim a permanência e o sucesso dos mesmo na escola.

Também há famílias desestruturadas por diversos fatores, sendo que em muitos

casos, os alunos (frutos destas famílias), encontram-se de certa forma, quando não

totalmente, desamparados, sem referencial de conduta e de valores.

Temos ainda alguns alunos usuários de drogas, incluindo aqui o cigarro e o

álcool, além de apresentarem-se agressivos, indisciplinados e desinteressados (sem

perspectiva de futuro), o que é perfeitamente compreensível numa sociedade que poucas

oportunidades oferece.

Percebemos também que uma parcela dos alunos tem o interesse e a atenção

muito mais voltados para mercadorias e informações voláteis e fúteis, transmitidos pela

televisão, internet, revistas, etc.; em detrimento de conhecimentos elaborados, científicos

e de utilidade eterna, e reproduzem na escola a ideologia que estes meios vinculam,

como o prazer individual, independente de ética e de justiça; o consumismo; o desrespeito

ao próximo, inclusive aos pais, a negação da espiritualidade, a valorização da cultura

norte-americana e o desmerecimento e apatia pelo que é brasileiro, entre tantas outras

idéias.

Outros aspectos prejudiciais para um ensino de qualidade é o excessivo número

de alunos em sala, principalmente nas que têm alunos inclusos, as aulas geminadas

(acima de duas aulas seguidas da mesma disciplina), que tornam-se cansativas aos

alunos, o grande número de faltas que os alunos provenientes do meio rural tem, pela

dificuldade em chegar a escola nos dias de chuva devido a inviabilidade de transporte e o

remanejamento excessivo de alunos de um período para o outro e de uma sala para

outra, o que ocorre por motivos de trabalho ou por dificuldades de relacionamento entre

os alunos.

Sobre os materiais de apoio pedagógico e a estrutura física da escola,

entendemos que devem ser feitos esforços para propiciar no trabalho com o aluno o uso

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de computadores, sala de vídeo fixa, multimídia, DVD, material esportivo e quadra coberta

(principalmente para a prática de Educação Física) e laboratório melhor equipado.

Quanto ao trabalho exercido pelos professores, os problemas evidenciados em

alguns casos referem-se a necessidade de transmissão dos conteúdos de forma

interdisciplinar, estabelecendo relações com todas as áreas do conhecimento, a

diminuição do número de faltas, a necessidade de que todos os integrantes da escola,

principalmente os professores tenham um objetivo comum, sendo comprometidos com o

desenvolvimento dos alunos e realizando ações combinadas coletivamente.

Em relação ao trabalho das pedagogas, o mesmo também fica comprometido

devido alguns fatores como: constantemente ter que substituir professores que faltam,

cumprir funções alheias a sua como inspecionar o pátio, abrir e fechar salas, entre outros.

Daí a necessidade da inclusão no quadro de funcionários da escola por parte dos

órgãos estaduais responsáveis, de um professor auxiliar para a substituição de

professores que faltam e da contratação de inspetores de pátio e de guardas para os

portões que estejam aptos para exercerem a função.

Também é uma das necessidades da escola, o oferecimento aos alunos de uma

merenda mais diversificada, aproveitando os recursos da horta.

4.1RENDIMENTO ESCOLAR

Neste item o coletivo da instituição tem como objetivo analisar as alterações no

processo de ensino aprendizagem, entre os anos de 2007-2009, com base na avaliação

do resultado final de aprovados, reprovados e abandono em cada série. Não realizamos

ainda uma distinção entre os períodos, dessa foram os dados abaixo relacionados dizem

respeito ao todo da instituição.

14

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Quando realizamos a análise do resultado final da 5ª série, podemos observar que mesmo

com o aumento do número de alunos, houve uma redução na quantidade de alunos reprovados e

mesmo de abandonos. Destacamos que a partir de 2007 os alunos da 5ª série estão tendo

atendimento em contra turno na Sala de Apoio de Língua Portuguesa e Matemática.

15

5ª SÉRIE 6ª SÉRIE 7ª SÉRIE 8ª SÉRIE

5ª SÉRIE 6ª SÉRIE 7ª SÉRIE 8ª SÉRIE

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

RENDIMENTO ESCOLAR ENSINO FUNDAMENTAL - 2007

APROVADOSREPROVADOSABANDONO

5ª SÉRIE 6ª SÉRIE 7ª SÉRIE 8ª SÉRIE

0

20

40

60

80

100

120

140

160

RENDIMENTO ESCOLAR ENSINO FUNDAMENTAL - 2008

APROVADOSREPROVADOSABANDONO

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Em relação as demais turmas do Ensino Fundamental, constatamos que o ano de

2008 houve um número considerável de reprovados.

No que tange as séries do ensino médio o principal problema está no alto índice de

evasão, especialmente no período noturno. Destacamos que no diurno praticamente não

há evasão. Constatamos ainda que a série com mais evasão era 1ª série, que a partir de

2008 houve uma redução no índice, porque a partir de então foi aberta mais uma turma

da referida série no período da manhã.

16

5ª SÉRIE 6ª SÉRIE 7ª SÉRIE 8ª SÉRIE

0

20

40

60

80

100

120

140

160

RENDIMENTO ESCOLAR ENSINO FUNDAMENTAL - 2009

APROVADOSREPROVADOSABANDONO

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1ª SÉRIE 2ª SÉRIE 3ª SÉRIE

0

20

40

60

80

100

120

140

RENDIMENTO ESCOLAR ENSINO MÉDIO - 2007

APROVADOSREPROVADOSABANDONO

1ª SÉRIE 2ª SÉRIE 3ª SÉRIE

0

20

40

60

80

100

120

140

RENDIMENTO ESCOLAR ENSINO MÉDIO 2008

APROVADOSREPROVADOSABANDONO

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5. MARCO CONCEITUAL

Em nosso colégio, foi evidenciada por toda a equipe pedagógica o anseio de que

o trabalho desenvolvido no estabelecimento seja conduzido por uma perspectiva histórico-

crítica, tendo como método de conhecimento o Materialismo Histórico-Dialético e como

opção psicológica a Psicologia Histórico Social desenvolvida por Vygotski.

Destacamos que o conhecimento da realidade pressupõe um método de

conhecimento, o qual é uma forma de olhar para a realidade, assim de acordo com o

método “escolhido” pelo coletivo da instituição será a forma como percebemos a

realidade. Ressaltamos que a escolha feita é pelo Método Materialista Histórico Dialético,

o qual tem como pressuposto norteador considerar a forma como o homem se produz na

sociedade, por meio de sua interação com a natureza.

Entretanto, em alguns momentos de nossa prática, percebemos que ela não se

efetiva neste sentido, contradizendo-se com a teoria que acreditamos ser a que nos

fornece elementos para a superação de uma escola reprodutivista das condições

colocadas na sociedade capitalista.

18

1ª SÉRIE 2ª SÉRIE 3ª SÉRIE

0

20

40

60

80

100

120

140

RENDIMENTO ESCOLAR ENSINO MÉDIO - 2009

APROVADOSREPROVADOSABANDONO

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Neste sentido, entendemos que um importante passo para que a nossa

concepção teórica se concretize na prática, é a teorização da mesma explicitada neste

Projeto Político-Pedagógico, pois quanto mais clara for a compreensão sobre a postura

adotada pelo estabelecimento, maiores também serão as possibilidades desta teoria

aproximar-se da prática.

Assim, pretende-se que o trabalho tenha como ponto de partida a prática social

inicial dos alunos, ou seja, que leve em consideração os conhecimentos que estes trazem

das experiências que tiveram em suas vidas, do senso comum.

Neste sentido retomamos que a Pedagogia Histórico-Crítica1 tem como objetivo a

a identificação das formas mais desenvolvidas em que se expressa o saber objetivo

produzido historicamente, reconhecendo as condições de sua produção e

compreendendo as suas principais manifestações, bem como as tendencias atuais de

transformação, e ainda a conversão do saber objetivo em saber escolar de modo a torná-

lo assimilável pelos alunos das camadas populares e que os alunos aprendam o processo

da produção do conhecimento.

Assim, a prática social inicial dos alunos será então problematizada, questionada,

sistematizada no ambiente escolar, configurando-se esta etapa do processo como

fundamental para a realização do processo ensino/aprendizagem. Pois, é pela

problematização, pelo levantamento de dúvidas e de necessidades de respostas ao que

exerce na prática, que o aluno sentir-se-á desafiado a agir em busca do conhecimento.

Mobilizar o interesse do aluno através de questionamentos que levem à investigação e a

pesquisa, proporcionando e construindo o conhecimento coletivo.

Se essa necessidade de busca do conhecimento for salientada nos educandos, a

aprendizagem acontecerá de forma significativa, possibilitando a transição entre a prática

e a teoria, elevando os alunos a aquisição dos conhecimentos científicos historicamente

acumulados pela humanidade.

Mas, para que o fazer cotidiano dos alunos, seja conduzido para a obtenção de

uma cultura elaborada, é necessário que após a problematização, os alunos sejam

instrumentalizados para a resolução destes problemas.

Significa dizer que os sujeitos da aprendizagem devem ser confrontados com o

objeto sistematizado do conhecimento, ou seja, com o conteúdo que deve partir do

1 Síntese elaborada pelas alunas Diana Cristina de Abreu, Edna Cristina Bueno Bighi Gazim, Eloína Alves dos Santos Suss, Luciana

Szenczuk, Marcia Maria da Silva e Rúbia Helena Naspolini Coelho na disciplina Produção Social do Saber e Organização Escolar:

Questões conceituais e metodológicas, ministrada pela professora Maria Madselva F. Feiges, Curso de Especialização em

Organização do Trabalho Pedagógico, Setor de Educação da UFPR, Curitiba, 2003.

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professor, com a ação intencional de que os alunos se apropriem do mesmo pela

necessidade posta em evidencia num momento anterior.

Após a construção do conhecimento, deve haver o momento da catarse, onde o

aluno deve ser capaz de sintetizar, de mostrar o quanto se aproximou da solução dos

problemas levantados em sua prática, marcando sua nova posição em relação ao

conteúdo e à forma de sua construção social e sua reconstrução na escola.

Como ponto de chegada do processo pedagógico na concepção histórico-crítica,

temos novamente a Prática Social, denominada neste momento de Prática Social Final.

Esta admite que tanto alunos quanto educadores, ao final do processo, tenham se

modificado intelectual e qualitativamente, adquirindo maior compreensão científica e que,

juntamente com a transmissão dos conteúdos, tenham desenvolvido um conhecimento

aprofundado sobre a realidade social que os cerca, de forma que seus saberes

ultrapassem a instituição escolar, tornando-se uma prática social.

Sabemos que a transposição dos conhecimentos adquiridos na escola,

encontrará na sociedade capitalista, logo, nas desigualdades sociais, no trabalho

alienado, na exploração, entre outros, barreiras para se concretizar.

Mas, como afirmamos de início, também acreditamos que a escola não é apenas

uma instituição reprodutivista da sociedade, e sim uma das instituições que, em conjunto

com outras instâncias, contribui para a superação do sistema.

E neste sentido, queremos fazer uso das palavras de GASPARIN2, o qual explicita

em que sentido compreendemos a possibilidade de uma ação educativa transformadora:

Entende-se que não são as ações individuais que transformarão a escola e as estruturas sociais. Todavia, se o educando não for desafiado a pôr em prática, numa determinada direção política, os conhecimentos adquiridos ou construídos na escola, todo o trabalho despendido para usar esse método de ensino-aprendizagem assemelhar-se-á aos tradicionais, aos escolanovistas e tecnicistas: não irá além da sala de aula.

Assim, é sobre esta concepção teórica que constituiremos nossa prática

pedagógica, tendo em vista garantir a todos os alunos, mais especificamente aos

provenientes das classes historicamente dominadas em nossa sociedade, o acesso aos

conhecimentos científicos e sistematizados, visto que estes também historicamente

sempre estiveram sobre o poder e a serviço das classes dominantes, sendo expropriados

das classes subalternas.

2 GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico crítica. 2 ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2003. p. 146

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Pretendemos assim, fornecer instrumentos para que os alunos desenvolvam a

consciência de classe e os conhecimentos ao atendimento de suas necessidades para

que possam transformar a realidade em que encontram-se inseridos.

Salientamos que a instituição trabalha na perspectiva da educação inclusiva,

neste sentido considera aquilo que propõe a Politica Nacional de Educação Especial na

Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), que tem como objetivo garantir o acesso, a

participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades/superdotação na escola regular, orientando para a

transversalidade da educação especial, o atendimento educacional especializado.

6. MARCO OPERACIONAL

6.1. ORGANIZAÇÃO DA VIDA ESCOLAR

Período Entrada Saída Turmas Número de alunosManhã 7h 45min 11h 55min 5ª. A,

6ªs. A e B,

7ªs. A e B,

8ªs. A e B ,

1º A, B e C,

2º A e B

3ºA

34

64

64

67

121

72

37Tarde 13h10min 17h25min 5ºs. B, C, D e E

6ª s. C , D e E,

7ª s. C, D e E

8ªs. C, D e E.

121

107

78

76Noite 19h 23h 1º D e E

2º C e D

3º B, C e D.

84

79

91Viva Escola 13:10 min. 14:50 min. EF e EM 30Espanhol

(intermediário)

Tarde EF e EM 20

Espanhol Noite EF e EM 30

A organização do tempo escolar ocorre de forma seriada.

6.2. QUADRO DE PROFISSIONAIS ADMINISTRATIVO E PEDAGÓGICO)

NOME FORMAÇÃO FUNÇÃO

1. Adelma Wachsmann Superior Completo Equipe Pedagógica2. Adriana Fátima de Souza Reginatto Superior Completo Agente Educacional II

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3. Albani T. A Chiaretti Esino Médio Incompleto Agente Educacional I4. Alice Maria Carneiro de Lima Ensino Médio Completo Agente Educacional I5. Alinne Martins de Souza Superior Incompleto Professora6. Ana Maria Rodrigues de Aquino Superior Completo Professora7. Ângela Aparecida Bergamo Guedes Superior Completo – Ciências Professora8. Angelina Maria Fernandez Ensino Médio Completo Agente Educacional I9. Carla Franciele de Lima Superior Incompleto Agente Educacional II10. Cassio Fernando Puerari Superior Completo Professor 11. Cláucia Blaut Dolr Superior Completo Agente Educacional II12. Cláucia Blaut Dolr Superior Completo Agente Educacional II13. Cleonice Maria Maximowitz Prause Superior Completo Secretária14. Cristiane Carvalho Superior Completo Professora 15. Daniele Bertollo Superior Completo Professora16. Dayane Regina Garcia Superior Completo Professora 17. Dejanira da Silva Superior Completo Diretora18. Derli Villetti Ensino Médio Incompleto Agente Educacional I19. Devanir da Silva Superior Completo – Geografia Professora20. Dirlei Lorenzatto Superior Compĺeto Professora 21. Eliana Janice Krohn Superior Completo Professora 22. Eliane dos Santos Zanchim Superior Completo Professora 23. Elíria Fátima Schmidt de Oliveira Superior Completo – Matemática Professora24. Elizabeth Vogel Ensino Médio Completo Agente Educacional I25. Erico Fernando da Silva 'Superior Completo Professor26. Fernanda Chiodelli Superior Completo Professora 27. Francieli Raquel Schawinski Superior Completo Professora28. Geani Mello D. Dos Santos Superior Completo Professora29. Gelsini Villetti Ferreira Ensino Médio Incompleto Agente Educacional I30. Guiomar dos Santos Superior Completo Professor 31. Helena Flor de Lima Superior Completo - História Professora32. Hélio Lanza Junior Superior Completo – História Professor33. Irenice Aparecida Gongora Superior Completo Professor 34. Ivan Luiz Chimento Superior Completo Professor35. Ivan Luiz Chiumento Superior Completo – Arq. Urbanismo Professor36. Ivani Maria Barete de Paiva Superior Completo Equipe Pedagógica 37. Ivanir Soares de Oliveira Lima Ensino Médio Completo Agente Educacional I38. Izabel Maria Carreira Superior Completo – Ed. Física Professora39. Jacione Margarida Otto Paraguaio Ensino Médio Completo Agente Educacional II40. Janete Moresco Gaspar Superior Completo - Letras Professora41. Janete Schmidt Proença Superior Completo – Letras Professora42. Janete Vodonis da Silva Ensino Médio Completo Agente Educacional I43. Janete Weidmann Appi Superior Completo – Geografia Professora44. Jocilene Olavo de Oliveira Superior Completo Equipe Pedagógica 45. Joel Soriano Muniz Superior Completo Professor46. Joze Andréia da Rocha Superior Completo Professora47. Jucelda Soares da Silva Ensino Médio Completo Agente Educacional I48. Judite Soares de Oliveira Cornelius Superior Completo - Matemática Professora49. Julina Soares de Oliveira Marciniak Superior Completo – Geografia Professora50. Keila Cristina Pereira Superior Completo Equipe Pedagógica 51. Kelly Kuznik Webber Ensino Médio Completo Agente Educacional II52. Lairce Maria Canabaro Marciniak Superior Completo – Letras Professora53. Leocilda Sandra de Paiva Superior Completo Agente Educacional II54. Luci de Moraes Zanella Ensino Médio Incompleto Agente Educacional I55. Marcia Rosane Beck Colombo Superior Completo Professora56. Maria de Lourdes de L. S. de Matos Superior Completo – Letras Professora57. Maria Salete Calixto Superior Completo Professora58. Marielly Lautert Superior Completo Professora59. Maristela Conte Superior Completo Agente Educacional I60. Mariza Terezinha Rodrigues Proença Superior Completo – Ciências Professora61. Marlene da Rosa Lopes Superior Completo – Ciências Professora62. Marlete Pereira da Silva Superior Completo – História Professora63. Marli Terezinha Pereira Superior Completo Diretora- Auxiliar

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64. Mecera Maria Boneti Superior Completo Equipe Pedagógica 65. Meire Regina Lopes de O. Dalcol Superior Completo – Ed. Artística Professora66. Nelvi Malokowski Algeri Superior Completo – Letras Professora67. Ofélia Calisto Horn Superior Completo Agente Educacional II68. Ofélia Calisto Horn Superior Completo Agente Educacional II69. Rafael Demetrio da Silva Superior Completo – Ed. Física Professor70. Rodrigo Fuzão Superior Completo – Matemática Professor71. Roseli Soares Ensino Médio Completo Agente Educacional I72. Roseli Soares de Oliveira Ensino Médio Completo Agente Educacional I73. Salete Moraes Matos Superior Completo – Ciências Professora74. Salete Piovesan Superior Completo - Geografia Professora75. Simone Aparecida Ferreira Superior Completo Professora76. Simone Denize Pereira Batistela Superior Completo - Química Professora77. Sonia Mara da Rocha Superior Completo Professora78. Sonia Mariza Schmidt Proença Tonin Superior Completo – Letras Professora79. Sueli Gedoz Superior Completo Professora80. Teresinha Maria Waschmann Superior Completo – Ed. Artística Professora81. Thiago Callegari Ribeiro Superior Completo Professor82. Vanderléia Bazo Superior Completo Professora83. Vilma Ferreira Gomes Superior Completo Professora84. Zenilda Ferreira Gomes Superior Completo – Letras Professora

6.3. Como está organizada a Gestão do Colégio

Quando se trata da organização e finalidade da Gestão democrática, considera-se

uma organização envolvendo de forma participativa de toda comunidade escolar nas

decisões em reuniões com Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil bem como no

Conselho de Classe e reuniões pedagógicas.

Com relação às eleições para direção, têm sido realizadas conforme a legislação

vigente.

As relações de trabalho no colégio têm o objetivo de manter um relacionamento

profissional, ético e agradável.

Destacamos que o coletivo escolar entende Gestão Democrática3 como a efetiva

participação da comunidade escolar nos processos de decisão e escolha dos dirigentes.

O coletivo de profissionais da educação tem consciência de que é preciso

possibilitar uma ação intencional sistemática voltada à articulação dos segmentos

escolares, tendo em vista a organização, mobilização e formação política do coletivo

escolar.

Consideramos que há a necessidade de uma formação de educação política para o

acesso da comunidade na gestão dos segmentos da escola.

3As discussões do coletivo escolar desta instituição estão pautadas no texto produzido pela professora Nádia Artigas apresentado no I Encontro das instâncias colegiadas CGE/NRE em 2010. Texto disponível no endereço: <http://www.diaadia.pr.gov.br/cge/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=93>

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6.4. INSTÂNCIAS COLEGIADAS DO COLÉGIO

As instâncias colegiadas desta instituição de ensino estão representadas pelo

Conselho Escolar, como órgão soberano de decisões; a a APMF e o Grêmio Estudantil.

Os estatutos das instâncias estão no volume II deste documento.

O coletivo escolar compreende que há a necessidade de uma formação específica

para que os membros que atuam nestas instâncias possam contribuir efetivamente no

processo de Gestão Democrática. Todavia, também compreendemos a dificuldade em

realizar tal formação, especialmente com aqueles que não são funcionários da instituição.

Compreendemos ainda que há a necessidade de uma atuação efetiva de todos os

funcionários da escola para que as Instâncias Colegiadas possam desempenhar suas

legitimas funções.

Destacamos que dentre as Instâncias Colegiadas o Conselho Escolar é o órgão

máximo de decisões da instituição, sendo responsável pela discussão, aprovação e

encaminhamentos das questões pedagógicas e financeiras.

O Conselho Escolar é o órgão máximo de gestão no interior da escola. É por ele

que passam discussões importantes como a construção do Projeto Político-Pedagógico,

da Proposta Pedagógica Curricular, do Plano de Ação da escola e do Regimento Escolar.

Relação de membros do Colégio Estadual Santa Tereza do Oeste – Gestão

2009-2011 segue abaixo:

Diretor: Dejanira da Silva e Marli Terezinha Pereira

Representante da equipe pedagógica: Silvana Lazzarotto

Representante do Corpo Docente: Representante dos Professores do Ensino Médio:

Nelvi M. Algeri;

Suplente: Larice Marciniack; Representante dos Professores do Ensino

Fundamental: Julina de O Marcianick; Suplente: Salete Piovesan

Representante dos funcionários administrativos: Cleonice Maria Maximowitz Prause;

Suplente: Carla F. De Lima;

Representante dos Funcionários de Serviços Gerais: Ivanir S. De Oliveira Lima;

Suplente: Angelina M. Fernandez

Representante do Corpo Discente: Adrielly de Oliveira Dalcol, Suplente: Camila

Aparecida de Andrade

Representante de pais de alunos: José Erdi Dalcol

Suplente: Kelly Kuznik Weber

Representante dos movimentos sociais organizados da comunidade:

* Igreja Evangélica Pentecostal “Brasil Para Cristo”;

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Edmilson Inácio da Silva

Suplente: Antonia Maria Rossi.

* Igreja do 7º Dia: Angela Ap. Bergamo;

Suplente: Dacir Alves.

* Secretaria Municipal de Saúde: Luciane Cristina Lisboa; 3231-2635

Suplente: Adelina AP. Machado.

* Igreja “Sara Nossa Terra”: Dirlene Beatriz B. Sabatino;

Suplente: Maristela Conte.

* Secretaria de Educação: Ofélia Calisto

Suplente: Elaine Inês Nicolay.

* Acão Social: Danieli Diehl

Suplente: Sandra Franceschini.

* Conselho Tutelar: Marilene dos Santos Maia

Suplente: Alzira Aparecida Ferreira da Luz.

A APMF – Associação de Pais Mestres e Funcionários, é a entidade que

representa o corpo docente. A intenção é possibilitar por meio das APMFs, a aproximação

da Comunidade com o Projeto Político-Pedagógico da escola principalmente no suporte

aos Programas Culturais, Esportivos e de Pesquisa. Esse elo de ligação constante entre

pais, professores e funcionários com a Comunidade, prima também pela busca de

soluções equilibradas para os problemas coletivos do cotidiano escolar, dando suporte a

Direção e Equipe, visando o bem estar e formação integral dos alunos.

APMF – Gestão 2010-2012

Presidente: Elvio Lapazini

Vice-Presidente: José Erdi Dalcol

1ª Secretária: Silvana Lazzarotto Schmitt

2º Secretário: Lourival Giansante

1º Tesoureiro: Marli Terezinha Pereira

2º Tesoureiro: Valmor Reuter

Diretor Social Cultural: Claudio Honorio

Diretor Social Cultural: Lauri Mendes

Conselho Fiscal: Eder C. Da Silva

Conselho Fiscal: Alzeni Leite

Conselho Fiscal: Rodrigo Fuzão

Conselho Fiscal: Izabel Carreira

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Conselho Fiscal: Janete Vodonis

Conselho Fiscal: Maciel de Lima

Conselho Fiscal: Rosane Compagnon

Conselho Fiscal: Angelo Appi

Conselho Fiscal: Jucélia de Lima

Grêmio Estudantil:

O Grêmio Estudantil é o órgão de representação discente, que visa defender os

interesses individuais e coletivos dos educandos, possibilitando a participação efetiva dos

educandos nas decisões na instituição que pertencem. Ainda contribuir para a

possibilidade de participação dos alunos em entidades estudantis, tais como UMEs –

Uniões Municipais de Estudantes Secundaristas, UPES – União Paranaense de

Estudantes Secundaristas e UBES – União Brasileira de Estudantes Secundaristas.

A gestão do Grêmio Estudantil Santa Tereza do Oeste – GESTO está assim

definida:

Presidente: Aline Gollub 7ª série E

Vice-Presidente: Vinicius Mateus 6ª série C

Tesoureiro: Viviane Gonçalves Azevedo 8ª série C

Secretária: Marcela Zanchim 1ª série A

Diretor de Esporte: Fernando Ianeski 8ª série E

Diretor de Cultura: Jocemar Figueiredo Picoli 8ª série E

Diretor de Imprensa: Luana Ferreira Cunha 7ª série D

Diretor Social: João Paulo Lissaraça 8ª série E

6.5. AMBIENTES PEDAGÓGICOS DISPONÍVEIS (ESPAÇOS FÍSICOS):

1. 12 salas de aula ensino regular

2. 1 sala de recurso e apoio

3. 1 biblioteca

4. 1 sala de áudio-visual

5. 1 sala destinada ao laboratório de informática

6. 1 laboratório

7. 1 laboratório de informática

8. 1 sala de professores

9. 1 sala da direção

10.1 sala da coordenação

11.1 secretaria

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12.1 cozinha

13.1 sala

14.1 sala de almoxarifado de educação física

15.1 sala para cantina

16.1 sala de almoxarifado geral

17.1 banheiro para professor - masculino

18.1 banheiro para professor – feminino

19.1 banheiro feminino – alunos

20.1 banheiro masculino – alunos

21.1 saguão coberto

22.1 quadra esportes

23.1 banheiro adaptado para deficientes físicos

24. rampas de acesso a todos os espaços da escola

Com relação às metas estabelecidas através dos anseios da comunidade escolar,

faz-se necessário estabelecer as linhas de ação para atingí-las, tendo em vista as reais

possibilidades de transformação das práticas educacionais e da estrutura física da escola,

considerando os limites que nos são impostos pelas políticas educacionais e pelo sistema

social em sua totalidade.

Assim, a Equipe Pedagógica e demais profissionais desta escola, dispensarão

coletivamente esforços para a efetivação dos seguintes itens:

Buscar-se-á elaborar o cronograma pedagógico (horário das aulas), de forma a

evitar aulas geminadas quando as mesmas forem inconvenientes para o bom

aproveitamento do aprendizado dos alunos;

Com o auxílio dos professores, será feita a distribuição dos alunos por turma,

garantindo a heterogeneidade, principalmente com relação a indisciplina;

Elaborar um controle para a distribuição do número de alunos por turma e por

período para que o mesmo aconteça de forma mais igualitária;

Realizar o remanejamento de alunos de turma ou de período, somente em

casos extremos;

Reivindicar a implantação nas escolas de um professor auxiliar fixo para casos

de substituição e/ou auxílio para os professores ao Núcleo Regional de

Educação e aos demais órgãos competentes para a questão;

Em todos os turnos, deverá ter um inspetor de pátio e um guarda no portão;

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Solicitar das autoridades o patrulhamento escolar, nos turnos em que se julgar

necessário;

Que supridos os entraves que dificultam o exercício da real função da Equipe

Pedagógica, esta possa desempenhar com maior êxito trabalhos de prevenção

e não apenas de resolução de dificuldades já constatadas, sobre a relação do

processo ensino/aprendizagem, problemas comportamentais dos alunos,

motivação, valores éticos e morais, formação continuada de professores,

promoções, atividades extra-classes, entre outros;

Promover momentos de encontro entre os professores da mesma disciplina

para que estes possam trocar experiências construtivas para a sua prática,

exercendo-a de forma mais coerente;

Repassar a todas as pessoas as informações necessárias para que executem

de maneira satisfatória e organizada o seu trabalho, evitando contradições;

Estabelecer momentos para a tomada de consciência por parte de todas as

pessoas envolvidas nas atividades da escola sobre a participação e postura

necessária a ser adotada para que as decisões tomadas coletivamente para a

resolução de dificuldades apresentadas no cotidiano, realmente se efetivem;

Maior cobrança por parte da direção e dos pedagogos para que as decisões

coletivas sejam cumpridas tanto por parte dos alunos, quanto pelos

professores;

Propiciar junto a todos os integrantes da escola, principalmente Equipe

Administrativa, momentos de reflexão sobre a importância de estabelecer um

bom relacionamento com pais, alunos e toda a comunidade escolar;

Cobrar uma postura adequada com o exercício da profissão educativa, de

todos os envolvidos com a escola, sobre o tratamento dispensado às pessoas;

Efetivar na transmissão dos conhecimentos específicos das disciplinas,

relações com temas pertinentes e com a prática social dos alunos;

Priorizar o atendimento das necessidades que envolvem o processo ensino/

aprendizagem, secundarizando a importância, mas não deixando de executar,

outras atividades a que a escola também se presta;

Planejar organizadamente e de forma proveitosa aos pais ou responsáveis dos

alunos, momentos de confraternização, de palestras sobre temas atrativos e

importantes para os mesmos, de forma a desenvolver nestes o prazer em

participar da vida escolar dos filhos;

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Após ou juntamente com este trabalho de aproximação dos pais ou

responsáveis do ambiente escolar, solicitar também que participem de

reuniões mais formais sobre o aprendizado dos alunos;

Quando da solicitação da participação dos pais ou responsáveis para a

tomada de decisões no ambiente escolar, antes destes emitirem qualquer

opinião ou votarem a respeito, dispensar aos mesmos todas as informações

necessárias e claras sobre o assunto, pois sem estarem preparados para o

processo de tomada de decisões, a Gestão Democrática não se efetiva de

forma real;

Solicitar aos órgãos ou instituições competentes, enfaticamente, o apoio de

profissionais especializados para o atendimento de problemas

comportamentais dos alunos considerados como casos mais graves;

Organizar no início dos semestres, um cronograma com todos os detalhes do

acontecimento de eventos pedagógicos como apresentações, hora cívicas e

outros, a ser afixado em mural e seguido rigorosamente, sendo permitida a

alteração somente em casos específicos;

Garantir aos alunos, atividades atrativas, pedagógicas, vinculadas a uma

postura política crítica e emancipadora, tanto no cotidiano da sala de aula

quanto nos eventos periódicos da escola, com a participação de toda a Equipe

Pedagógica;

Realizar promoções para arrecadar recursos a serem investidos na melhora da

estrutura física e na aquisição de materiais pedagógicos para a escola, visto

que os recursos provenientes do Estado, são insuficientes para a demanda

das necessidades;

Elaborar projetos em parceria com todos os professores, pedagogos e direção

e comunidade escolar e local, sobre meio ambiente, paz, drogas, álcool,

direitos e deveres, ética, consumismo, patriotismo, valorização das culturas

regionais brasileiras, cultura afro e cidadania, entre outros temas pertinentes;

Formular um plano de ação para conscientizar a comunidade em geral sobre a

necessidade de preservação do meio ambiente em que vivemos, de forma que

esta proposta envolva a escola, prefeitura, câmara de vereadores, empresas e

instituições de Ensino Superior, buscando também junto aos meios de

comunicação a divulgação sobre a importância de dar sequência ao projeto da

coleta seletiva de resíduos sólidos, através de comitês sócio-ambientais dentro

da escola e do município, concretizando assim a Agenda 21;

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Organizar um cardápio do lanche da escola, promovendo um enriquecimento

da dieta alimentar;

Requerer às autoridades competentes, junto com a comunidade residente no

meio rural, a melhoria das estradas, possibilitando que os alunos possam

comparecer ao colégio inclusive em dias de chuva;

Organizar um espaço com os materiais pedagógicos necessários para as

atividades escolares, onde só tenham acesso para disponibilizar aos

professores e fazer o controle dos mesmos, as pedagogas e a direção.

Queremos ressaltar aqui que estes marcos operacionais explicitam em linhas de

ações gerais, as principais possibilidades de interferência na realidade escolar. Porém, no

decorrer da aplicação das mesmas em termos práticos, são passíveis de

complementação e alterações, adequando-se a novas necessidades que possam surgir.

6.6. AVALIAÇÃO DO PROJETO

O Projeto Político-Pedagógico deste estabelecimento foi elaborado a partir de

discussões coletivas com os professores e funcionários do colégio em cursos de

capacitação, reuniões pedagógicas e grupos de estudo, sendo também realizadas

pesquisas junto à comunidade escolar para caracterizar este documento com os anseios

e o perfil social da mesma.

Mais especificamente em relação às pedagogas, estas também participaram de

Jornadas Pedagógicas, onde foram estudados e discutidos de forma aprofundada os

elementos que compõem o referido documento.

Foram estes e outros estudos realizados pelas pedagogas que permitiram

coordenar os encontros, discussões, pesquisas e a sistematização destes em forma de

texto para a efetivação deste Projeto Político-Pedagógico.

Após ampla retomada dos aspectos aqui expostos junto à Equipe Pedagógica e

funcionários, ficou evidenciado que estes realmente atendem ao intuito de fornecer

subsídios teóricos para o melhoramento de nossa prática educativa.

A equipe ressaltou no entanto que, para a concretização dos anseios e dos

compromissos aqui colocados, todos os integrantes do colégio devem ter estes objetivos

e buscá-los executar diariamente em seu trabalho, mantendo assim a coesão no grupo de

forma que coletivamente, possamos consolidar nossos propósitos.

Como já afirmamos ao longo deste Projeto Político-Pedagógico, o mesmo foi

construído coletivamente e portanto, assim deverá ser posto em prática, sendo que 30

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sempre que se fizer necessário, será retomado para possíveis reflexões, discussões e/ou

alterações.

A avaliação do projeto será realizada em reuniões pedagógicas, reuniões

extraordinárias com conselho escolar, APMF e Grêmio Estudantil e a comunidade escolar.

6.7. PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA

De acordo com o artigo 61 da lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96, a

formação dos profissionais da educação deve estar pautada nos objetivos de cada nível e

modalidade de ensino, considerando cada fase de desenvolvimento do educando.

Dessa forma destacamos que a formação continuada tem como finalidade

instrumentalizar os professores e demais funcionários da escolar no sentido de contribuir

para melhores condições de educação, ou seja, contribuir para que a escola possa

desempenhar sua função social, já mencionada no texto deste projeto.

Assim é importante que a teoria esteja associada a prática, onde a formação e as

experiências sejam utilizadas nesta prática diária.

Neste sentido o Colégio Estadual estará incentivando e propiciando a participação

dos funcionários em geral nos cursos, palestras, simpósios, seminários e etc., ofertado

pelo NRE, SEED entre outras instituições.

Esta capacitação também acontecerá em momentos reservados para reuniões

pedagógicas no Colégio no decorrer do ano letivo.

6.8 ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE

A hora atividade está organizada de acordo com o que garante à lei 6672 do plano

de carreira vigente, neste sentido a carga horária do professor contempla período para

atividades extra-classe, ou seja, para a preparação de aulas, desenvolvimento de

projetos, correção de atividades e para estudo.

As horas atividades são desenvolvidas na escola, para a distribuição das mesmas

entre as disciplinas, levou-se em consideração os cursos que serão ofertados pelo Núcleo

Regional da Educação, cursos específicos ofertados pelo município, procurou-se

contemplar horário conjunto por disciplina, bem como o objetivo de propiciar trocas de

conhecimentos e práticas entre os docentes da mesma disciplina e ou disciplina diversa.

A hora atividade é de extrema importância para a qualidade do trabalho docente,

porque ao dispensar tempo para estudo e preparação de sua prática docente, os

professores estarão propiciando qualidade de educação para os alunos. Neste sentido, o

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coletivo escolar está inserido nos debates sindicais que defendem um terço de hora

atividade.

6.9. INCLUSÃO DOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

Na educação o direito a diferença, compreende a construção de um espaço

dialógico, no qual as diferenças se complementem e não sejam questão de exclusão,

tendo currículos abertos e flexíveis, possibilitando reflexão crítica sobre a atual situação

das pessoas com necessidades educativas especiais.

Já nas diretrizes curriculares estão contempladas nas ações voltadas ao

atendimento das pessoas com necessidades educativas especiais, visando a educação

de qualidade para todos.

O grande desafio da inclusão para os educadores é buscar uma proposta de

ensino que reconheça e valorize as práticas culturais, considerando a diversidade dos

alunos inclusos e possibilitando que estes alunos adquiram o conhecimento

historicamente produzido.

Como uma escola inclusiva é importante possibilitar trabalho pedagógico

direcionado a atender todos, indistintamente, através de adaptações curriculares

buscando a garantia do acesso e permanência do aluno na escola.

Na organização das turmas percebe-se a heterogeneidade, onde as diferenças ora

enriquecem o trabalho do professor e o crescimento das pessoas envolvidas no processo

ensino-aprendizagem, ora dificultam a integração, a aceitação, a valorização e a

promoção dos indivíduos como sujeitos.

Neste sentido, faz-se necessário compreender que na sociedade capitalista a

hierarquia social ressalta as diferenças étnicas e culturais, transformando-as em

desigualdades sociais. Podendo-se definir como desigualdades sociais presentes no

cotidiano escolar, os desejos, valores, potencialidades, capacidades, diferenças etárias,

etnia, religião entre outros.

Neste contexto, outro fator relevante a ser discutido é o desafio encontrado pelo

professor, que na maioria das vezes não sabe como lidar com as diferentes situações em

sala de aula. Visto que na maioria dos cursos de formação docente, a matriz curricular

não contempla disciplina de Educação Especial, fator preponderante na promoção da

mudança para a escola integradora. É importante salientar que na escola o trabalho deve

ser coletivo, onde toda comunidade se envolve e se responsabiliza pelo êxito ou fracasso

de cada aluno.

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Dessa maneira ao reconhecer a importância da inclusão, que no contexto, não se

restringe apenas aos alunos com necessidades educacionais especiais, mas sim o pobre,

o negro, o tímido, o índio, o magro, o gordo, etc. se fazem necessário algumas

adaptações curriculares, para que todos os alunos possam se desenvolver de acordo com

suas possibilidades.

Outro fator que contribui para “efetivar” o processo de inclusão é ver o aluno a

partir de seu referencial sócio-cultural, com sua riqueza de subjetividade, seus valores,

sua individualidade e particularidade, visando a sua inclusão social.

Na escola pretende-se desenvolver um trabalho de inclusão gradativa, contínua e

planejada, envolvendo os alunos, a comunidade e o corpo docente, através de conversas,

leituras, reflexões sobre o tema, buscando assim contribuir para a formação de um

homem consciente.

É função da escola, garantir o acesso ao conhecimento para todos, propiciando um

ensino voltado para o sucesso, para a construção da cidadania e menos voltado para a

competição que tanto marca a sociedade da exclusão.

Como afirma a Declaração de Salamanca (1994, p. 17-18)

O princípio fundamental desta linha de ação é de que as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiências, crianças bem dotadas, crianças que vivem nas ruas e que trabalham, crianças de populações distantes ou nômades, crianças de minorias lingüísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidas ou marginalizadas.

Trabalhar com os “diferentes”, ainda é um desafio enfrentado pelo corpo docente,

ao se deparar com alunos, cujo desenvolvimento não atinge os objetivos traçados pelo

professor.

Diante de tudo o que já citamos, percebe-se a importância e necessidade de

desenvolver um trabalho direcionado a cada dificuldade, através da adaptação e

flexibilização do currículo escolar, com recursos pedagógicos adequados e “remoção” das

barreiras arquitetônicas e atitudinais.

Nesta perspectiva, é preciso deixar de se pensar nas dificuldades específicas dos

alunos e passar a significar o que a escola pode fazer para dar respostas às

necessidades de cada aluno.

Em primeira instância o corpo docente deve promover as adaptações que

favoreçam a experiência produtiva da escolaridade para todos os seus alunos já na

elaboração do plano de ensino. Neste sentido, o professor deve estar aberto para a

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constatação da diversidade presente no seu grupo de alunos e a ela responder no âmbito

da sua ação pedagógica.

Assim,o planejamento deve considerar a diversidade, estando alerta para as

características individuais que envolve:

• Organização do espaço e aspectos físicos da sala de aula;

• Seleção, adaptação e utilização de equipamentos e mobiliários de forma a

favorecer a aprendizagem dos alunos;

• Planejamento das estratégias de ensino que pretende adotar em função dos

objetivos pedagógicos e consequentes conteúdos a serem abordados;

• A pluralidade metodológica, tanto para o ensino, como para a avaliação;

• Flexibilização da temporalidade;

• Criar condições adequadas para a participação dos alunos que apresentem alguma

dificuldade em sala de aula;

• Favorecer a participação dos alunos nas atividades escolares;

• Adotar materiais de uso comum na sala de aula;

• Favorecer a eliminação de sentimento de inferioridade, de menos valia ou de

fracasso.

Buscando a integração das crianças com deficiência mental leve que estão na escola,

é importante que os professores não ignorem os limites desta criança, mas propicie

transmissão de conhecimentos que lhes permitam o desenvolvimento do exercício da

cidadania e apreensão dos conhecimentos produzidos e sistematizados pelo homem.

O processo de apropriação de conhecimento para o aluno deve fundamentar-se

nos conhecimentos que ele trás consigo, representados pelos conceitos cotidianos

adquiridos informalmente, como para quem adquiriu em sua escolaridade anterior.

Os conceitos espontâneos, fragmentados, ligados a vida diária, com a introdução

dos conhecimentos formais, assim é essencial que o professor adote como o primeiro

passo de sua relação com o aluno a prática de identificar os conhecimentos que ele já

possui como ponto de partida do processo de ensinar, base para ampliação e aquisição

de novos conhecimento em qualquer unidade temática.

Para que haja acesso do aluno aos conteúdos curriculares é importante:

• Posicionar o aluno de forma que possa obter a atenção constante do professor;

• Estimular o desenvolvimento da capacidade de comunicação interpessoal;

• Encorajar a incorrência de interações e o desenvolvimento de relações com o

ambiente físico e de relações sociais estáveis;

• Estimular o desenvolvimento do auto-cuidado;

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• Estimular a construção de crescente autonomia ensinando-o a pedir as

informações de que necessitem solicitar ajuda, enfim, a se comunicar com as

demais pessoas de forma que estas sejam informadas de sua necessidade;

• Oferecer um ambiente emocionalmente acolhedor.

Para atender as necessidades especiais comuns em alunos com deficiência visual

faz-se necessário:

• Posicionar o aluno de forma a favorecer sua possibilidade de ouvir o professor;

• Dispor o mobiliário da sala de forma a facilitar a locomoção e o deslocamento

do aluno, evitando acidentes quando este precisar obter materiais ou

informações junto ao professor;

• Dar explicações verbais sobre todo o material abordado em sala de aula, ler,

por exemplo, o conteúdo que escreve na lousa;

• Oferecer suporte físico, verbal e instrucional para a locomoção do aluno no que

se refere a orientação espacial e a mobilidade;

• Utilizar os recursos materiais adaptados disponíveis, se necessário: pranchas e

presilhas para evitar o deslocamento do papel na carteira, lupa, material

didático de tipo ampliado, livro falado, equipamentos de informática, materiais

desportivos, como bola de guizo e etc.;

Para atender a necessidade especiais comuns com alunos com deficiência

auditiva, é importante:

• Posicionar o aluno na sala de aula de forma que possa ver os movimentos do

rosto do professor e dos seus colegas;

• Utilizar à escrita e outros materiais visuais que favoreçam a apreensão das

informações abordadas verbalmente;

• Utilizar os recursos materiais adaptados disponíveis: tablado, softwares

educativos, solicitar ao aluno que use a prótese auditiva, treinamento de

fonemas e etc.;

• Utilizar textos escritos complementados com elementos que favoreçam sua

compreensão: linguagem gestual, língua de sinais;

• Apresentar referências importantes e relevantes sobre o texto (o contexto

histórico, o enredo, os personagens, a localização geográfica e etc.) em língua

de sinais oralmente ou utilizando outros recursos antes de sua leitura;

• Promover interpretação de texto por meio de material plástico (desenho,

pintura, murais e etc.) ou material cênico (dramatização e mímica);

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• Utilizar um sistema alternativo de comunicação adaptado as possibilidades e

necessidades do aluno: língua de sinais, leitura orofacial, linguagem gestual.

A maioria dos deficientes físicos apresenta como necessidade especial para o

currículo, necessidades de ajustes no ambiente físico como:

• Posicionar o aluno de forma a facilitar-lhe o deslocamento na sala de aula,

especialmente no caso dos cadeirantes, os que fazem uso de bengala, andadores

e etc.;

• Utilizar recursos ou equipamentos que favoreçam a realização das atividades

propostas em sala de aula: prancha para escrita, presilhas para fixar o papel na

carteira, suporte para a preensão do lápis, presilha para braço, etc.

Em relação aos alunos com altas habilidades e superdotação, é preciso:

• Explicitar e discutir sobre o sentimento de superioridade, rejeição dos demais

colegas e isolamento, visando ao aluno, a interação e estabelecimento de

relações sociais estáveis;

• Estimular o envolvimento em atividades cooperativas;

• Incentivar a persistência em tarefas;

• Estimular o desenvolvimento de pesquisas.

Apostar na Educação Inclusiva é acreditar que seremos capazes de contribuir

para uma transformação social, que trate efetivamente a todos dentro dos princípios da

igualdade, da solidariedade e da convivência respeitosa entre os indivíduos. Acreditar no

processo de inclusão é viabilizar a possibilidade de se buscar alternativas de permanência

do aluno na escola, respeitando seu ritmo de aprendizagem. É procurar amenizar o hábito

de excluir, que está presente na sociedade capitalista.

6.10 ATENDIMENTO NA SALA DE RECURSO E SALA DE APOIO

Está instituição oferta a modalidade de atendimento em Sala de Recurso, de 5ª à

8ª série desde o início do ano de 2006. Atualmente são atendidos alunos oriundos da

rede municipal e da Escola Estadual Artur Agostini já com avaliação no contexto escolar,

matriculados na 5ª, 6ª e 7ª séries.

Contamos com atendimento na Sala de Recursos no período manhã, onde são

trabalhados as áreas do desenvolvimento, visando auxiliar os alunos com dificuldades

acadêmicas, um melhor desempenho no processo ensino-aprendizagem.

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O atendimento dos alunos é distribuído de acordo com as necessidades e

possibilidades de frequência de cada um, com frequência de 2 ou 3 vezes em aulas de 2

horas diárias de atendimento.

O colégio também conta com o atendimento da Sala de Apoio desde ano de

2005. Nesta sala, são atendidos somente os alunos que frequentam a 5ª série e estejam

apresentando dificuldades em Língua Portuguesa e Matemática.

As aulas são distribuídas de duas aulas intercaladas entre as disciplinas e o

professor trabalha conteúdos defasados de 1ª a 4ª série, que devem ser base para a

aprendizagem dos conteúdos da 5ª série.

A organização é de no máximo 15 alunos por disciplina e com atendimento em

contra-turno, onde é utilizada uma metodologia diversificada com atividades adequadas

ao aluno, atendendo as diferenças individuais, contribuindo assim para amenizar e/ou

superar as defasagens de aprendizagem.

O trabalho desenvolvido acontece em parceria com o professor do Ensino

Regular, Equipe Pedagógica e Professor da Sala de Apoio. Para o ingresso ou saída do

programa é necessário que se faça uma avaliação diagnóstica, processual e descritiva do

aluno, para verificação da real situação pedagógica do aluno.

O Colégio Estadual conta com um número considerável de alunos vindos da

Educação Especial da rede municipal de ensino, neste sentido a inclusão está sendo

gradativa, pois contamos com a Sala de Recursos que atende os alunos com dificuldade

no período da manhã e sala de apoio nos períodos da manhã e tarde.

Também é desenvolvido o trabalho de Sala de Apoio desde 2005, onde é ofertado

atendimento aos alunos não avaliados da 5ª série, que apresentam defasagem de

conteúdos, especificamente nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.

Quando solicitado pelo Professor a Equipe Pedagógica faz um acompanhamento

periódico junto aos alunos onde se verifica as dificuldades de aprendizagem e a

necessidade de adaptações nos conteúdos escolares, para melhor atender os mesmos

individualmente, também busca-se a participação da família no processo de ensino-

aprendizagem da criança sempre que necessário.

6.10.1 Atendimento Educacional Especializado em Sala de Recursos

Multifuncionais

A partir do ano de 2010, com base nas orientações do Ministério da Educação, a

instituição está se preparando para o atendimento aos alunos que possuem necessidade

de atendimento educacional especializado em Sala de Recursos Multifuncionais. Haja

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vista que em nossa instituição já atende alunos com defasagem de aprendizagem em

Sala de Recursos, sendo que tal atendimento ocorre apenas em um período, matutino.

Os alunos que foram cadastrados no censo escolar como alunos que necessitam

de Atendimento Educacional Especializado, abrangem as categorias: dois têm visão

reduzida e tem atendimento junto a sala atendimento especializado em deficiência visual

do município. Uma aluna tem deficiência física em função de uma paralisia infantil, mas

ela tem seu cognitivo preservado e necessita apenas de adaptação dos espaços físicos e

material pedagógico.

A profissional que atende os alunos em Sala de Recursos tem sua formação inicial

em Pedagogia, especialização em Educação Especial.

Neste sentido a instituição está ciente das medidas a serem adotadas para colocar

em funcionamento a Sala de Recursos Multifuncionais, tais como:

a) espaço físico; mobiliário, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade

e equipamentos específicos; b)matrícula no AEE de alunos matriculados no Ensino

Regular da própria escola ou de outra escola; c) cronograma de atendimento dos alunos;

d) plano do AEE: identificação das necessidades educacionais específicas dos alunos,

definição dos recursos necessários e das atividades a serem desenvolvidas; e)

professores para o exercício da docência do AEE; f) profissionais da educação:

6.11 Cultura Afro- Brasileira

No mundo de economia globalizada ao contrário do que se prevê há um

revigoramento e uma valorização das culturas regionais e a afirmação de identidades

étnico-culturais latentes, que encontram espaço para a defesa de seu direito à diferença e

reconhecimento da alteridade.

A valorização das culturas das minorias sociais, muito pouco se fala das etnias na

escola brasileira, só muito recentemente e por pressão dos movimentos sociais é que a

questão da pluralidade cultural vem encontrando certa ressonância no ambiente escolar.

Segundo Gadotti (1992),

“A diversidade cultural é a riqueza da humanidade. Para cumprir sua tarefa humanista, a escola precisa mostrar aos alunos que existem outras culturas além da sua. Por isso, a escola tem que ser local, como ponto de partida, mas tem que ser internacional e intercultural, como ponto de chegada. (...) Escola autônoma significa escola curiosa, ousada, buscando dialogar com todas as culturas e concepções de mundo. Pluralismo não significa ecletismo, um conjunto amorfo de retalhos culturais. Significa sobretudo diálogo com todas as culturas, a partir de uma cultura que se abre às demais”.

A Lei nº 10.639 de 2003, alterada pela Lei nº 11.645 de 10 de agosto de 2008,

alterando a redação do Artigo nº. 26:

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“Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.

§ 1o

O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.

§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos

indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.”

Dessa forma a legislação introduziu a obrigatoriedade do estudo de História da

Cultura Afro-Brasileira e Africana e Índigena dentro do currículo escolar da educação

básica, representa um avanço ao possibilitar a construção de um multiculturalismo crítico

na escola brasileira, ao tempo em que reconhece uma luta histórica do movimento negro

em nosso país, cuja bandeira de luta consistia em incluir no currículo escolar o estudo da

temática "história e cultura afro-brasileira". Contribuindo para a discussão deste tema,

possibilitando a ruptura do modelo eurocêntrico no ensino e a construção de uma

educação multicultural na escola brasileira. Por outro lado, não podemos esquecer que

muito ainda precisa ser feito para que a Lei não se torne letra-morta e venha contribuir, de

fato, para uma educação multicultural.

Por se tratar de uma temática interdisciplinar e não uma disciplina específica, a lei

determina que os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira e Índigena

sejam trabalhados no contexto de todo o currículo escolar, a temática da Pluralidade

Cultural diz respeito ao conhecimento e à valorização das características étnicas e

culturais dos diferentes grupos sociais que convivem no território nacional, às

desigualdades socioeconômicas e à crítica às relações sociais discriminatórias e

excludentes que permeiam a sociedade brasileira, oferecendo ao aluno a possibilidade de

conhecer o Brasil como um país complexo, multifacetado e algumas vezes paradoxal.

Em nosso Colégio os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira,

Africana e Indigena serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar de forma

interdisciplinar envolvendo o conteúdo de História da África e dos Africanos, a luta dos

negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional,

resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política

pertinentes à História do Brasil.

Incluímos em nosso calendário no mês de novembro, apresentações de danças de

caráter exclusivo africanas e que deram embasamento para muitas danças brasileiras.

Durante todo o mês e no dia 20 de novembro que é o “Dia Nacional da Consciência

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Negra”, data histórica já consagrada pelo movimento negro em nosso país se faz alusão à

morte do líder negro Zumbi dos Palmares, nossos alunos estarão apresentando um

pequeno teatro, com isso teremos oportunidade para que os professores trabalhem as

múltiplas formas de resistência do negro à escravidão que lhe foi imposta e que se

materializou na formação de inúmeros quilombos no decorrer de nossa história.

6.12 Estudos sobre o Estado do Paraná

A Lei n° 13.381, de 18 de dezembro de 2001 tornou obrigatório os conteúdos da

disciplina de História do Paraná tanto no Ensino Fundamental como no Médio dando

relevância a nossa Emancipação Política, para tanto os professores ligados as disciplinas

de História e Geografia trabalham com mapas históricos, tendo em vista o processo

histórico de formação territorial do Estado, culminando com a elaboração de painéis

temáticos da história do Paraná, privilegiando a superação de abordagens que

evidenciam o caráter cívico.

Dentro do planejamento há o desenvolvimento de atividades que valorizam a

diversidade histórico-cultural paranaense através de pesquisas executadas pelos alunos,

no âmbito regional e estadual, valorizando o processo de constituição do Estado.

Todos as outras disciplinas desenvolvem atividades ligadas a estes estudos

através da interdisciplinaridade como exemplo temos em Língua Portuguesa onde os

professores trabalham com os alunos apresentando os ícones da literatura do nosso

Estado, em Artes divulga-se os artistas que sobressaíram e sobressaem em nosso

Estado com seus trabalhos contemplando a diversidade histórico-cultural paranaense.

O trabalho executado pelos professores suscita, reflexões que auxiliam os alunos

na elaboração de conceitos históricos pautados na leitura crítica da construção do espaço

paranaense, a partir da análise de demarcações cartográficas, iconográficas e textuais

valorizando os estudos do Paraná.

6.13 Sistema de avaliação do estabelecimento de ensino

A avaliação deverá propiciar ao coletivo escolar a reflexão sobre os

conhecimentos construídos.

Para tal fim, ela deve estar embasada nas seguintes características: diagnóstica,

processual, contínua, cumulativa, criteriosa e qualitativa.

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No entanto, a elaboração de critérios ou novas formas de registro da avaliação não

garantem legitimidade à prática avaliativa, já que esses são apenas alguns dos diversos

aspectos que constituem o processo de ensino-aprendizagem. A avaliação é um dos

elementos do processo de construção da aprendizagem e, por isso, o processo de

ensino-aprendizagem também deve ocorrer de forma diagnóstica, contínua, permanente,

cumulativa, criteriosa e qualitativa.

A avaliação diagnóstica, consiste no processo de efetivação da aprendizagem,

deve fornecer dados e informações essenciais à tomada de decisões a respeito das

condições de continuidade e/ou retomada do ensino, bem como,atribuir juízo de valor à

aprendizagem efetivada, oferecendo condições para análise e julgamento dos aspectos

quantitativos e qualitativos do processo construído (capacidade de análise crítica,

associação, generalização e síntese manifesta em sua compreensão e reflexão sobre a

realidade).

Processual, significa conceber a avaliação enquanto um dos elementos do processo

de ensino-aprendizagem, uma vez que se vincula diretamente aos objetivos, à

metodologia, à seleção e organização dos conteúdos, à relação professor-aluno, à

construção do saber.

Contínua porque se estende por todo o processo de mediação e de construção da

aprendizagem, fornecendo elementos para sua análise e julgamento e pressupõe uma

estrutura e uma organização curricular que possibilitem a continuidade/retomada do

processo de ensino-aprendizagem, assim como formas contínuas de acompanhamento.

Cumulativa por oferecer um acompanhamento gradativo da complexidade do

trabalho pedagógico e do processo de construção da aprendizagem, oferecendo

elementos para análise dos avanços obtidos com relação à compreensão e reflexão sobre

a realidade.

Criteriosa porque pressupõe a definição clara e objetiva dos critérios utilizados para

análise, julgamento de qualidade e atribuição de valor à aprendizagem.

Esses critérios por sua vez, devem ser elaborados a partir das expectativas

político-sociais com relação à finalidade do trabalho pedagógico escolar, à função social

do conjunto de conteúdos, à abordagem metodológica e à especificidade da área do

conhecimento, do nível e modalidade de ensino.

Qualitativa, tendo em vista que une qualidade e quantidade, pois estes são

atributos inalienáveis, havendo uma combinação de aspectos qualitativos (capacidade de

análise crítica, elaboração intelectual, estabelecimento de relações, etc.) e quantitativos

(intensidade, tempo, valor, etc.) na avaliação.

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Para garantir então esta qualidade e quantidade nas avaliações, cabe aos

professores propiciar aos alunos, momentos diversificados de avaliação, onde seja

possibilitado o diagnóstico do aprendizado em várias ocasiões, como em debates,

seminários, trabalhos em grupo e individual, avaliações orais, descritivas, com questões

objetivas e subjetivas, entre outros.

Nos casos em que os alunos não alcançarem a média que atualmente é de 60% de

aproveitamento, deverá ser feita a recuperação paralela do conteúdo com os mesmos, ou

seja, o conteúdo trabalhado deverá ser retomado pelos professores imediatamente após a

apresentação da defasagem do aluno, para que posteriormente seja feita uma avaliação

da recuperação.

Mediante estas avaliações, serão observados para a promoção do aluno à série

seguinte, os critérios de frequência e rendimento mínimos, conforme explicitado no

seguinte quadro:

FREQUÊNCIA APROVEITAMENTO RESULTADO75% ou mais 6,0 ou mais AprovadoMenos de 75% Qualquer ReprovadoQualquer Menos de 6,0 Reprovado

Os registros referentes este acompanhamento dos alunos, constará em

documentos próprios e oficiais, de forma a garantir a autenticidade e validade das

avaliações, sendo que, ao final de cada bimestre, haverá reunião com os pais, alunos e

Equipe Pedagógica para esclarecimentos e comunicação sobre os resultados da

avaliação de aprendizagem. O registro do resultado das avaliações será realizado através

de notas bimestrais.

Haverá reunião de pais ou responsáveis e Equipe Pedagógica com a coordenação

do professor conselheiro de cada turma para esclarecimentos e comunicação sobre os

resultados da aprendizagem dos alunos.

A partir de 2006 o colégio não oferece mais o regime de progressão parcial

conforme Regimento Escola. Mas os alunos que apresentavam dependência dos anos

anteriores estão tendo oportunidade de concluir as disciplinas através da produção de

monografia dos conteúdos da disciplina da série em que o aluno ficou com a

dependência, conforme cronograma estabelecido.

6.14 Concepção de avaliação

O aluno aprende apenas quando ele se torna sujeito da sua aprendizagem. E para

tornar-se sujeito da sua aprendizagem ele precisa participar das decisões que dizem 42

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respeito ao projeto da escola. Não há educação e aprendizagem sem sujeito da educação

e da aprendizagem. Segundo Paulo Freire “ensinar não é transferir conhecimento, mas

criar as possibilidades para sua produção e construção". Portanto, é imprescindível que

os envolvidos no processo reflitam e incorporem algumas das exigências do ato

educativo: respeito à autonomia do educando; consciência de que ambos, educando e

educador, são seres em constante transformação; convicção de que a mudança é

possível; humildade, bom senso, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores;

enfim, construam saberes que superem a prática da educação bancária.

Neste contexto, o professor como transmissor de conhecimento desaparece para

dar lugar à figura do mediador. O indivíduo é bombardeado de informações a todo o

momento e através de diversas fontes. Cabe ao docente, mais do que transmitir o saber,

articular experiências em que o aluno reflita sobre suas relações com o mundo e o

conhecimento, assumindo o papel ativo no processo ensino-aprendizagem, que, por sua

vez, deverá abordar o indivíduo como um todo e não apenas como um talento a ser

desenvolvido.

O desafio está, portanto na incorporação de novas tecnologias a novos processos

de aprendizagem que oportunizem aos discentes atividades que exijam não apenas o seu

investimento intelectual, mas também emocional, sensitivo, intuitivo, estético, etc,

tentando não simplesmente desenvolver capacidades, mas o indivíduo em sua totalidade.

O conhecimento não é algo acabado nem definitivo.

Essa nova prática exige ambientes que extrapolem o espaço da sala de aula,

ocupando de modo mais assíduo os laboratórios e os espaços sociais da escola,

realizando atividades colaborativas em que as experiências sejam vivenciadas

individualmente e em grupo, atividades que privilegiem a dinâmica de projetos, que

invistam o aluno de responsabilidades reais ante o seu aprendizado e o mundo que o

cerca, atividades que sejam avaliados, mais do que por uma avaliação de conteúdos, pela

auto-realização que elas proporcionem. Neste contexto, o aulismo passa a ser coisa do

passado, abrindo caminho para a pedagogia do "estar no mundo". A sala de aula deixa de

ser o templo da transmissão e da repetição do saber para sediar importantes momentos

de socialização do aprendizado individual e de experiências em grupo, do diálogo e do

confronto entre essas experiências e a teoria, da formulação de problemas e da busca de

soluções.

Partindo do pressuposto de que almejamos uma escola democrática, onde todos

os sujeitos estão envolvidos com o processo ensino aprendizagem, assim deve prever

também o PROCESSO DE AVALIAÇÃO. Sendo que este processo não acontece de

forma estanque, distante ou desconexo das demais dimensões das práticas educativas

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escolares O educando constrói conhecimentos através de práticas e reflexões em

situações que possibilitem mobilizar saberes, transpô-los e combiná-los a partir de

recursos dados e, também, ainda não dados.

Desta forma, segundo LUCKESI, a avaliação é um ato que dá base a prática

pedagógica, almejando resultados satisfatórios possíveis diante do caminho de

desenvolvimento de cada educando. A avaliação é um processo complexo, porém

indissociável do binômio ensino-aprendizagem. Ela não é uma arma de regulação do

comportamento, ou de disciplinamento dos alunos, mas uma forma de aprimorar o

planejamento, o trabalho pedagógico e o projeto educativo da Instituição e,

consequentemente, a aprendizagem ali realizada. A avaliação precisa ser dinâmica, justa,

criativa e coerente.

6.15 Conselho de Classe

Os estudos sobre o Conselho de Classe tiveram início em 1958. Desde então tem-se

buscado utilizar o conselho de classe como um momento de discussão coletiva sobre o

processo de ensino aprendizagem.

Neste sentido a Equipe Pedagógica deste estabelecimento de ensino, a partir do 2º

bimestre de 2008, procurou colocar em prática aquilo que está previsto no Regimento

Escolar, como segue:

Art. 26 - O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa

em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político-Pedagógico da

escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar as ações

educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo

ensino e aprendizagem.

Art. 27 - A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações e

dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem,

oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares

estabelecidos.

Parágrafo Único - É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações

e dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe.

Art. 28 - Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos

metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógico - educativa,

estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino.

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Art. 29 - O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde

todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e

propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades/dificuldades

apontadas no processo ensino e aprendizagem.

Art. 30 - O Conselho de Classe é constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a) auxiliar,

pela equipe pedagógica, por todos os docentes e os alunos representantes que atuam

numa mesma turma e/ou série, por meio de:

1. Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a coordenação do

professor representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s);

2. Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção, da equipe

pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa de alunos e pais de

alunos por turma e/ou série.

No ano de 2010, iniciou-se uma nova forma de organização do Conselho de

Classe, com a realização do pré-conselho com todos os professores, garantido pela hora

atividade concentrada. Neste pré-conselho a equipe procurou conversar com o professor

sobre os limites que ele encontra em sala de aula para realizar seu trabalho: alunos

faltosos, indisciplinados, que não fazem trabalho, com dificuldade de aprendizagem entre

outros.

Nesse momento a Equipe Pedagógica deixou que o professor falasse. Após esse

pré-conselho a equipe reuniu-se em contra turno para sistematizar os “dados” e preparar

a reunião de conselho de classe.

Nesta reunião, a equipe trabalhou, sistematizou uma conversa/orientação de

encaminhamentos para trabalhar as dificuldades encontradas, tais como: indisciplina,

faltas – FICA entre outros. Após essa orientação a equipe, junto com os professores

pensou e registrou o que será feito para manter os alunos faltosos na escola, alunos que

não fazem trabalhos, bem como com os alunos com dificuldade de aprendizagem.

Em seguida a Equipe Pedagógica passou para o coletivo de professores os nomes

dos alunos citados em mais de uma disciplina , ou seja, os casos mais sérios de cada

turma.

Também neste momento, o coletivo de professores pensou quais atitudes tomar

em relação a esses alunos em busca de recuperá-los.

6.16 Avaliação Institucional

A avaliação dos segmentos do colégio é realizada em momentos diversificados

através de conversas com a comunidade escolar e registro das considerações. E ainda

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há o incentivo para que os pais participem das atividades da escola, seja nas reuniões de

entrega de boletim seja no momento da realização da reunião de conselho de classe.

Ressaltando que o órgão máximo de gestão é o Conselho Escolar, portanto que

realmente toma decisões é a comunidade.

A avaliação dos professores acontece em dois momentos distintos. No primeiro

momento é realizado um pré-conselho com os alunos em cada sala com a orientação da

Equipe Pedagógica onde é analisada como se dá a pratica docente. Este momento

também é utilizado para criticas e sugestões a respeito de toda a organização do colégio.

No segundo momento a Equipe Pedagógica faz uma reflexão sobre a prática

docente ao realizar a Avaliação Institucional.

As sugestões e críticas observadas no primeiro momento da avaliação são

apresentadas pela equipe aos professores de maneira individual.

A avaliação dos demais segmentos é realizada pelo professor conselheiro em sua

turma, semestralmente, e os resultados são discutidos em reunião interna com o conselho

escolar.

6.17 Estágio Não obrigatório

O estagio não obrigatório assumido como parte integrante deste Projeto Político-

Pedagógico, procura conceber o trabalho como principio educativo, no sentido da

concepção da escola pública emancipatória, contemplando a formação humana pelo

trabalho, partindo da prática cultural.

Nos utilizamos do conceito defendido por Duarte e formulado por Saviani com

relação ao trabalho educativo:

O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em

cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e

coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim, o objeto da educação diz

respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam

ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se

tornem humanos e, de outro lado e concomitantemente, à descoberta das

formas mais adequadas para atingir esse objetivo. (Saviani, 1995: 17).

Para tanto considera-se a legislação vigente: LDB 9394/96, Lei nº 11788/2008 e a

Instrução 006/2009. De acordo com a instrução supra citada:

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“Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de

trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às exigências pedagógicas relativas ao

desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de modo a prevalecer sobre o

aspecto produtivo.”

A Lei Federal nº 11,788 de 2008, estabelece ainda:

Art. 1º Estágio pelo ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no

ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que

estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior , de

educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do

ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.

§ 1ºo estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário

formativo do educando.

§ 2º o estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade

profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando

para a vida cidadã e para o trabalho.

Dessa forma, formar para o mundo de trabalho requer o acesso aos conhecimentos

produzidos historicamente pela humanidade, a fim de possibilitar ao trabalhador se

apropriar das etapas do processo de forma conceitual e operacional. Isto implica ir para

além de uma formação técnica, pois os conhecimentos escolares permitem aos

estudantes atuar no mundo do trabalho de maneira mais autônoma.

Assim o estágio previsto neste PPP estará considerando as questões pedagógicas

relativas ao desenvolvimento pleno do sujeito, não apenas formar para o mercado de

maneira especifica, mas para a vida.

Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário que as ações

desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para escola e vive-versa,

relacionando-as aos conhecimentos necessários para compreendê-las a partir das

relações de trabalho.

Assim o pedagogo precisa acompanhar as práticas de estágio desenvolvidas pelo

aluno para mediar a natureza do estágio e trazer contribuições para o Plano de Trabalho

Docente.

Ressaltamos ainda, de acordo com a instrução 06/2009:

“O estágio obrigatório ou não-obrigatório, concebido como procedimento didático-

pedagógico e como ato educativo intencional, é atividade pedagógica de competência da

instituição de ensino e será planejado, executado e avaliado em conformidade com os

objetivos propostos para a formação profissional dos estudantes, com os previsto no PPP

e descritos no Plano de Estágio.”

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7. Desafios educacionais contemporâneos

A partir das orientações da Secretaria de Estado da Educação, o coletivo da escola

tem buscado trabalhar com os Desafios Educacionais Contemporâneos – DEC – sem

perder de vista os conteúdos integrantes do Currículo.

Assim nesta perspectiva de currículo, conhecimento e conteúdo, é preciso situar

que alguns dos desafios educacionais contemporâneos postos à escola hoje, enquanto

marcos legais (exemplo: Lei 10639/03 trata sobre obrigatoriedade do ensino da História e

Cultura Afro Brasileira e Africana – Lei 11645/08, trata sobre obrigatoriedade do ensino da

Historia e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena. ECA, Estatuto do Idoso, entre

outros) tem uma historicidade ligada ao papel e à cobrança da sociedade civil

organizada, em especial dos movimentos sociais. Esta pressão histórica da sociedade

na condução destas discussões também resulta em acordos internacionais firmados

pelos países signatários, a exemplo do acordo Conferência Mundial de combate ao

racismo, discriminação racial, xenofobia e discriminações correlatas. (2001). Esta

historicidade ajuda compreender por que algumas demandas ganham força de lei e

outras não.

Leituras realizadas nos estudos coletivos permitiram nos compreender a

necessidade de considerar outras formas de olhar sobre os fatos e sobre a história que

nos indicaram que as questões sociais, econômicas, raciais, ambientais, embora não

sejam genuínas da escola, nela se apresentam como desafios que pressupõe,

sobretudo, uma outra compreensão para além da visão idealista ou estereotipada sobre

os fatos e sobre a história.

Isso sugere que a percepção sobre o currículo se amplie para além das propostas

curriculares. Equivale a dizer que, embora seja insuficiente tratar tais desafios a partir da

organização do conteúdo tal como vem sendo posto, não se pode negligenciar na escola

o enfrentamento aos mesmos. Não se pode negar que tais situações estão preementes

o que a conduz a um claro paradoxo: não secundarizar sua função social na socialização

do conteúdo historicamente produzido pelo conjunto da humanidade e não negar

situações postas pelo cotidiano, as quais a escola tem que fazer enfrentamentos. É

nesta contradição que, além de retomar a análise já realizada sobre o conteúdo em sua

totalidade, se situa o papel do coletivo escolar diante da discussão do seu projeto de

escola pública.

Com relação aos demais Desafios: Prevenção de Drogas, Violência, Gravidez na

Adolescência, Gênero e Diversidade Sexual. Destacamos que tais desafios estarão sendo

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trabalhados pelas diferentes disciplinas, a medida que o conteúdo da disciplina. Ainda que

estes estão sendo trabalhados com os alunos por meio de uma parceria com a FAG –

Faculdade Assis Gurgaz, quando o Grêmio Estudantil desta instituição articulou tal

parceria e graduando da FAG da área de saúde estão vindo ao Colégio e realizando

palestras com alunos e pais.

8. Agenda 21

Neste item estaremos discorrendo sobre a visão da nossa comunidade escolar no

sentido de considerar o que vem sendo discutido como um Projeto Mundial de

conscientização e ações para conservar o Meio Ambiente.

Faremos uma retrospectiva histórica de tais ações, quando em 1992, no Rio de

Janeiro, realizou-se a Conferência das Nações Unidades sobre o Meio Ambiente e

Desenvolvimento Rio 92. O principal compromisso assumido pelos 179 países

participantes, foi o de determinar um novo padrão de desenvolvimento sustentável:

conjugar esforços por meio de uma Agenda Global, programada para todo o século XXI,

para buscar o equilíbrio econômico, sem o desgaste excessivo dos recursos naturais,

promover a justiça social com equidade e eficiência.

A partir de 1997, com base na Agenda Global, começa a constituição da Agenda

21 Brasileira. O Estado do Paraná insere-se nesta programação planetária, em 16 de

maio de 2001, por meio do debate entre representantes do governo e da sociedade civil

organizada sobre as estratégias e ações a serem priorizadas. A importante tarefa de

organizar o processo de construção da Agenda 21 Paraná é assumida pelo Governo do

Estado, mediante a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, que

passa a coordenar a implementação da Agenda 21 no Paraná.

Em 11 de junho de 2002, o governador do Estado, no uso de suas atribuições, assina

decreto que institui uma Comissão Governamental.

No espaço escolar estamos sempre procurando compreender o que está sendo

discutido no sentido de possibilitar que ações sejam desenvolvidas na escolar para buscar

resultados para contribuir com a preservação do Meio Ambiente.

Neste sentido sempre é possibilitado que professores participem de eventos

referentes a Agenda 21, em seguida repassem as informações ao coletivo da escola para

que atitudes possam ser tomadas. Estão coordenando os trabalhos referentes a Agenda

21 os professores das disciplinas de Geografia e Ciências, mas com o apoio e incentivo

de toda a comunidade escolar em parceria com o Município.

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Dentre as ações que vem sendo desenvolvidas destacamos a orientação e

incentivo da articulação do coletivo da escolar para com as ações a serem desenvolvidas

pela Agenda 21, e consequentemente a transmissão destas ações para a comunidade

escolar, por meio dos alunos.

9. Articulação com a família e a comunidade

Tendo como objetivo estabelecer um vínculo de efetiva participação da

comunidade nas ações da escola, o coletivo escolar tem como meta no a partir do ano de

2010 a realização de oficinas priorizando as datas para entrega de boletim, com palestras

informativas.

10. AGENTES EDUCACIONAIS I E II.

Diante das discussões que vem sendo realizadas a cerca do trabalho e do

tratamento dispensado aos funcionários das escolas estaduais do Paraná, o coletivo

desta instituição entende que é conveniente redigir um texto para que possamos

compreender tais transformações. O texto foi produzido pelos funcionários durante a

Semana Pedagógica de agosto de 2010.

O papel atuante dos agentes educacionais no processo de ensino/aprendizagem

se efetivou após anos de luta dos funcionários da educação básica em busca de

reconhecimento, valorização e profissionalização. A maior conquista neste sentido, foi a

criação e aprovação da Lei Complementar 123 - Plano de Cargos, Carreiras e

Vencimentos do Quadro dos Funcionários da Educação Básica da Rede Pública Estadual

do Paraná, onde instituiu-se os cargos de Agente Educacional I e Agente Educacional II.

Com a legitimação do cargo de educador, os funcionários da educação passaram a

interagir mais dentro do espaço escolar, podendo a partir de então, participar da tomada

de decisões, das capacitações, formações continuadas e do Profuncionário.

O Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos trouxe também a opção de

aperfeiçoamento profissional contínuo e a valorização do funcionário, através de

remuneração digna. Em consequência, estimulou a melhoria de desempenho e qualidade

dos serviços prestados à população paranaense. Conforme o Art. 3º alguns princípios e

garantias são citados neste sentido:

I – valorização, desenvolvimento e profissionalização dos funcionários da educação

básica, reconhecendo a importância da carreira pública e de seus agentes;

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II – promoção da qualidade da educação visando ao pleno desenvolvimento da pessoa

nela envolvida e seu preparo para o exercício da cidadania;

III – liberdade de ensinar, aprender, pesquisar e expressar o pensamento, a arte e o

saber, dentro dos ideais da democracia;

IV – gestão democrática do ensino público estadual;

V – vencimento digno e desenvolvimento na carreira mediante merecimento, formação e

qualificação profissional;

VI – oportunização de formação e qualificação profissional, através de formação

continuada ofertada pela Administração;

VII – definição de atribuições específicas para o exercício de cada função e qualificação

profissional dentro de cada área de atuação.

A Lei Complementar 123 de 09/09/2008 trata ainda de outras particularidades, e

traz nos Art. 14, 15 e 16 informações para o desenvolvimento do funcionário na carreira e

estabelece critérios de progressão e promoção. A progressão equivale a passagem de

uma classe para a outra na carreira, mediante avaliação de desempenho e

correspondente a atualização, capacitação e qualificação profissional. A promoção na

carreira é o avanço de classes mediante o grau de escolaridade, sendo válida para os

Agentes Educacionais I a formação no nível médio, para Agente Educacional II a

formação no ensino superior, e para ambos a formação técnica no Profuncionário.

Os cargos de Agente Educacionais também são descritos conforme suas funções

pelo Art. 5º e Anexos I e II, onde regulamenta as atribuições destes profissionais,

conforme:

Atribuições do Agente Educacional I – zelar pelo ambiente escolar, preservando,

valorizando e integrando o ambiente físico escolar; executar atividades de manutenção e

limpeza, tais como: varrer, encerar, lavar salas, banheiros, corredores, pátios, quadras e

outros espaços utilizados pelos estudantes, profissionais docentes e não docentes da

educação conforme a necessidade de cada espaço; lavar, passar, e realizar pequenos

consertos em roupas e materiais; utilizar aspirador ou similares e aplicar produtos para

limpeza e conservação do mobiliário escolar; abastecer máquinas e equipamentos,

efetuando limpeza periódica para garantir a segurança e funcionamento dos

equipamentos existentes na escola; efetuar serviços de embalagem, arrumação, remoção

de mobiliário, garantindo acomodação necessária aos turnos existentes na escola;

disponibilizar lixeiras em todos os espaços da escola, preferencialmente, garantindo a

coleta seletiva de lixo, orientando os usuários – alunos ou outras pessoas que estejam na

escola para tal; coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo o destino correto; executar

serviços internos e externos, conforme demanda apresentada pela escola; racionalizar o

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uso de produtos de limpeza, bem como zelar pelos materiais como vassouras, baldes,

panos, espanadores, etc.; comunicar com antecedência à direção da escola sobre a falta

de material de limpeza, para que a compra seja providenciada; abrir, fechar portas e

janelas nos horários estabelecidos para tal, garantindo o bom andamento do

estabelecimento de ensino e o cumprimento do horário de aulas ou outras atividades da

escola; guardar sob sua responsabilidade as chaves da instituição, quando for o caso, ou

deixar as chaves nos locais previamente estabelecidos; zelar pela segurança das pessoas

e do patrimônio, realizando rondas nas dependências da instituição, atentando para

eventuais anormalidades, bem como identificando avarias nas instalações e solicitando,

quando necessário, atendimento policial, do corpo de bombeiros, atendimento médico de

emergência devendo, obrigatoriamente, comunicar as ocorrências à chefia imediata;

controlar o movimento de pessoas nas dependências do estabelecimento de ensino,

cooperando com a organização das atividades desenvolvidas na unidade escolar,

encaminhar ou acompanhar o público aos diversos setores da escola, conforme

necessidade; acompanhar os alunos em atividades extra classe quando solicitado;

preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho; participar de cursos, capacitações,

reuniões, seminários ou outros encontros correlatos às funções exercidas ou sempre que

convocado; agir como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção

do ambiente físico, do meio-ambiente e do patrimônio escolar; efetuar outras tarefas

correlatas às ora descritas; preparar a alimentação escolar sólida e liquida observando os

princípios de higiene, valorizando a cultura alimentar local, programando e diversificando

a merenda escolar; responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservação dos

insumos recebidos para a preparação da alimentação escolar; verificar a data de validade

dos alimentos estocados, utilizando-os em data própria, a fim de evitar o desperdício e a

inutilização dos mesmos; atuar como educador junto à comunidade escolar, mediando e

dialogando sobre as questões de higiene, lixo e poluição, do uso da água como recurso

natural esgotável, de forma a contribuir na construção de bons hábitos alimentares e

ambientais; organizar espaços para a distribuição da alimentação escolar e fazer a

distribuição da mesma, incentivando os alunos a evitar o desperdício, acompanhar os

educandos em atividades extracurriculares e extraclasse quando solicitado; realizar

chamamento de emergência de médicos, bombeiros, policiais, quando necessário,

comunicando o procedimento à chefia imediata; preencher relatórios relativos a sua rotina

de trabalho; comunicar ao (à) diretor (a), com antecedência, a falta de algum componente

necessário à preparação da alimentação escolar, para que o mesmo seja adquirido;

efetuar outras tarefas correlata às ora descritas.

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Atribuições do Agente educacional II – realizar atividades administrativas e de

secretaria da instituição escolar onde trabalha; auxiliar na administração do

estabelecimento de ensino, atuando como educador e gestor dos espaços e ambientes de

comunicação e tecnologia; manter em dia a escrituração escolar: boletins estatísticos;

redigir e digitar documentos em geral e redigir e assinar atas; receber e expedir

correspondências em geral, juntamente com a direção da escola; emitir e assinar,

juntamente com o diretor, históricos e transferências escolares; classificar, protocolar e

arquivar documentos; prestar atendimento ao público, de forma pronta e cordial; atender

ao telefone; prestar orientações e esclarecimentos ao público em relação aos

procedimentos e atividades desenvolvidas na unidade escolar; lavrar termos de abertura e

encerramento de livros de escrituração; manter atualizados dados funcionais de

profissionais docentes e não docentes do estabelecimento de ensino; manter atualizada a

lista telefônica com os números mais utilizados no contexto da escola; comunicar à

direção fatos relevantes no dia a dia da escola; manter organizado e em local acessível o

conjunto de legislação atinente ao estabelecimento de ensino; executar trabalho de

mecanografia e de reprografia; acompanhar os alunos, quando solicitado, em atividades

extraclasse ou extracurriculares; participar de reuniões escolares sempre que necessário;

participar de eventos de capacitação sempre que solicitado; manter organizado o material

de expediente da escola; comunicar antecipadamente à direção sobre a falta de material

de expediente para que os procedimentos de aquisição dos mesmos sejam realizados;

executar outras atividades correlatas às ora descritas; catalogar e registrar livros, fitas,

DVD, fotos, textos, CD; registrar todo material didático existente na biblioteca, nos

laboratórios de ciências e de informática; manter a organização da biblioteca, laboratório

de ciências e informática; restaurar e conservar livros e outros materiais de leitura;

atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção de banco de

dados; zelar pelo controle e conservação dos documentos e equipamentos da Biblioteca;

conservar conforme orientação do fabricante, materiais existentes nos laboratórios de

informática e de ciências; reproduzir material didático através de cópias reprográficas ou

arquivos de imagem e som em vídeos, “slides”, CD e DVD; registrar empréstimo de livros

e materiais didáticos; organizar agenda para utilização de espaços de uso comum; zelar

pelas boas condições de uso de televisores e outros aparelhos disponíveis nas salas de

aula; zelar pelo bom uso de murais, auxiliando na sua organização, agir como educador,

buscando a ampliação do conhecimento do educando, facilitada pelo uso dos recursos

disponíveis na escola; quando solicitado, participar das capacitações propostas pela

SEED ou outras de interesse da unidade escolar; decodificar e mediar o uso dos recursos

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pedagógicos e tecnológicos na prática escolar; executar outras atividades correlatas às

ora descritas.

11.Projetos PDE na escola

A) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Professora PDE: Janete Moresco Gaspar

Área PDE: Língua Portuguesa

NRE: Cascavel

Professora orientadora: Aparecida Feola Sella

IES vinculada: UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Escola de implementação: Colégio Estadual Santa Tereza do Oeste – Ensino

Fundamental e Médio

Público objeto da intervenção: alunos de oitava série do Ensino Fundamental

B) TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE: O implícito na propaganda.

C) TÍTULO: Processos de leitura do implícito na propaganda: uma aplicação pedagógica.

D) JUSTIFICATIVA DO TEMA DE ESTUDO:

A argumentação faz parte do nosso dia a dia, está presente em editoriais, artigos

de opinião, discursos políticos, jurídicos, publicitários entre outros. Muitas vezes, em

grande parte dos textos, a argumentação não está somente manifesta, mas também

posta no plano do não dito. Dessa forma, categorias como pressuposição, subentendido e

inferência podem ser usadas para traçar o processo argumentativo.

Dentre os textos citados anteriormente, o texto publicitário, segundo Citelli (2006,

p.55), ”pode realizar-se buscando maior originalidade, quebrando certas normas

preestabelecidas, causando impacto no receptor por meio de “estranhamento”, situações

“incômodas”, que levam, muitas vezes, à indagação ou a pura imaginação”. Assim,

entendemos que a propaganda age em nossa vida de maneira extraordinária, pois somos

bombardeados por ela desde os primeiros contatos com a comunicação. É importante

ressaltar que, conforme aponta Mestrinelli (2008), somos influenciados de todos os modos

em nosso cotidiano por meio de textos escritos, imagens e sons. É evidente que, quando

folheamos uma revista, um jornal ou ao ligarmos a TV ou até mesmo dirigindo, fixamos

nossos olhos em um outdoor, em um comercial, em uma imagem na revista que propaga

mais um serviço ou produto, certamente nos interessamos por aquilo que atrai a nossa

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atenção. Atrair a atenção do consumidor, esse é o primeiro objetivo da produção do texto

publicitário, em função de que a persuasão garante a venda do produto.

Segundo Castro (2007) torna-se necessário, então, construir, para o publicitário,

uma máscara de anunciante honesto e interessado apenas no bem-estar do consumidor,

que é motivado a comprar não só o produto, mas tudo aquilo que ele promete

proporcionar e que faz parte do imaginário coletivo de uma sociedade. O objeto de venda

se transforma, assim, na satisfação de um desejo do consumidor.

Considerando que o ser humano usa a argumentação em todas as situações de

comunicação para expor seu modo de vida aos seus semelhantes, Castro (2007) enfatiza

que a argumentação publicitária, hoje, preferentemente, usa as modalidades coloquiais do

discurso, assume compromisso com a novidade e com a atualidade, manifestando, assim,

seu fim utilitário, pois sobrevive do universo cultural de seus consumidores, usa várias

linguagens, vários léxicos, adequando-os à sua função persuasiva e utilitária. Em função

disso, segundo a autora, por meio da argumentação publicitária, elogiam-se ou

condenam-se determinados estilos de vida, alimentam-se ou interrompem-se ideologias,

convencem-se pessoas sobre a utilidade dos produtos, de certas condutas e hábitos e

vendem-se sonhos, de euforia e de perfeição, com o objetivo de despistar os problemas

do dia a dia e propagar o prazer proporcionado pelos objetos de consumo. Contudo,

ressaltamos que nem sempre a mensagem da propaganda é clara, deixando o dito pelo

não dito, com o intuito de despertar a imaginação do interlocutor e induzi-lo a aceitar um

modo de vida sugerido por ela.

Entendemos que, embora toda a informação explícita de um texto possa até ser

questionada pelo interlocutor, os pressupostos, no entanto, devem ser verdadeiros ou

admitidos como tais, pois parte deles a construção das informações explícitas, e, por

outro lado, orientações para interpretações subentendidas podem ser colhidas nos

próprios enunciados. É como vemos por meio do seguinte trecho:

Um dos aspectos mais integrantes da leitura de um texto é a verificação de que ele pode dizer coisas que parece não estar dizendo: além das informações explicitamente enunciadas, existem outras que ficam subentendidas ou pressupostas. Para realizar uma leitura eficiente, o leitor deve captar tanto os dados explícitos quanto os implícitos (FIORIN & SAVIOLI, 2008, p. 241).

Nesse sentido, ressaltamos que é de suma importância, na leitura e interpretação

de um texto, perceber a presença dos pressupostos, pois se trata de um dos recursos

argumentativos utilizados com a intenção de levar tanto o ouvinte como o leitor a aceitar o

que está sendo exposto. Portanto, numa ideia introduzida sob a forma de pressuposto, o

falante acaba transformando o ouvinte em cúmplice, uma vez que todos os argumentos

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posteriores contribuem para confirmar a mesma que não é posta em discussão. Martins

(1984) ressalta que, se pressupormos que nada é gratuito no texto, tudo tem sentido.

Para efeito da presente pesquisa, tomamos como aporte teórico quanto aos

conceitos de pressuposto e subentendido a proposta de Ducrot (1987), e de inferência tal

como exemplificada em Ilari e Geraldi (1986).

E) PROBLEMATIZAÇÃO:

O processo de interpretar o posicionamento do produtor do texto requer do

professor um cuidado com os alunos no tocante à leitura. O presente trabalho propõe

verificar como ocorre o implícito na propaganda para, então, propor formas de se lidar

com a leitura em sala de aula.

F) OBJETIVO:

Geral: Sondar formas de implícito na propaganda com a finalidade de repassar essa

sondagem aos alunos.

Específicos:

1. Leitura bibliográfica acerca da noção de coerência e implícito.

2. Selecionar marcas linguísticas que orientam a leitura do implícito de uma determinada

propaganda.

3. Analisar as formas de implícito selecionadas.

4. Elaborar material didático destinado à leitura do implícito.

5. Elaborar artigo científico.

G) FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA/REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:

Os gregos, desde a Antiguidade, fizeram da argumentação a arte de seduzir e

persuadir, pois já acreditavam que o homem era movido pela razão (ratio) e pela emoção,

técnicas usadas à demonstração de sentimentos. Argumentar, então, é uma atividade

discursiva que busca a racionalidade e a influência para convencer o outro sobre seus

ideais, crenças, opiniões e valores (vide CASTRO, 2007, p.01).

Propõe-se, neste trabalho, explorar os dados implícitos em uma propaganda com o

objetivo de demonstrar formas de interpretações pautadas numa leitura investigativa, com

aprofundamento teórico voltado para a concepção de coerência como sendo um princípio

de interpretabilidade. Pretende-se trabalhar com as categorias que mais rendem trabalhos

sobre o patamar do implícito, ou seja: a pressuposição, subentendido e a inferência.

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De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008), a escola é um lugar de socia-

lização do conhecimento e um dos seus papéis é formar leitores críticos e atuantes

nas práticas de letramento da sociedade, para que possam ter condições de inter-

pretar o mundo com o objetivo de construir uma sociedade justa, em que as opor-

tunidades sejam iguais para todos.

Ainda nessas mesmas diretrizes, consta que toda educação comprometida

com o exercício da cidadania precisa criar condições para que o aluno possa desenvolver

suas competências e habilidades. Sendo assim, deve-se procurar desenvolver em nossos

alunos um proficiente desempenho em leitura e escrita para que eles possam assimilar

estratégias de diálogo diretamente com os textos escritos, pois a leitura não é a habilida-

de de decodificar palavras, mas sim uma habilidade de se extrair o significado, implícito e

explícito do texto escrito.

No ato de leitura, um texto remete a outro, pois todo leitor tem sua inter-

pretação, assim como todo texto tem sua intencionalidade, já que ele não é

neutro. Segundo as Diretrizes Curriculares:

Compreende-se a leitura como um ato dialógico, interlocutivo, que envolve deman-das sociais, históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de deter-minado momento. Ao ler, o indivíduo busca as suas experiências, os seus conhe-cimentos prévios, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias vo-zes que o constituem (DIRETRIZES CURRICULARES, 2008, p. 56).

Assim sendo, salientamos, de acordo com as Diretrizes, que a leitura é

um ato dialógico, acontece num determinado tempo e espaço e praticá-la em

diferentes contextos requer que se compreendam as esferas discursivas em

que os textos são produzidos e circulam, bem como se reconheçam as inten-

ções e os interlocutores do discurso preestabelecidos.

Segundo Koch (1984), nas aulas de leitura, o professor deve conscientizar o apren-

diz acerca da existência de diversos níveis de significação em cada texto, ou seja, além

da significação explícita, o leitor precisa estar ciente que existem significações implícitas,

que sutilmente estão ligadas à intencionalidade do emissor. Conforme postula Freire

(2000), para o aluno tornar-se o sujeito do ato de ler ele deve ser preparado.

Sabemos que a leitura de texto é considerada ponto de partida e chegada para o

trabalho com a língua; é também concebida como representação do real, ou do

pensamento, tal como ele é produzido. Sendo assim, o educando precisa assumir-se

como locutor efetivo, de acordo com o que propõe Geraldi (1997), e, dessa forma, tenha o

que dizer, razão para dizer, como dizer e interlocutores para quem dizer.

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Ducrot (1987) declara que o termo implicitação abrange uma área relativamente

ampla sendo que na mesma é possível identificar três formas de implícito: a) implícito

baseado na enunciação – subentendido; b) implícito baseado no enunciado – inferência;

c) implícito do enunciado – pressuposição.

Koch (1984) esclarece que o subentendido se refere à maneira de como

determinado sentido é decifrado pelo enunciado, ou seja, diz respeito ao modo como este

sentido é manifestado de acordo como o interlocutor deve interpretar a fala que o locutor

coloca. Para a autora esse conceito, de acordo com Ducrot (1987), rege que o dizer

alguma coisa leva uma série de considerações que devem ser levadas em conta pelo

leitor.

A ideia de pressuposição está ligada ao teor próprio dos elementos linguísticos

presentes nos enunciados, uma vez que é possível deduzir orientação de sentido a partir

destes. Na visão ducrotiana, o pressuposto é parte integrante do sentido do enunciado.

Dessa forma, segundo Ducrot (1987) o pressuposto faz parte de indicações presentes no

enunciado, porém são indicações que estão à margem da linha argumentativa do

discurso. Nesse sentido, na proposta de Ducrot, é como se o pressuposto não autorizasse

prosseguir no discurso a partir dele.

Portanto, é preciso recorrer ao sentido das palavras ou sentenças de uma língua,

uma vez que os seus componentes podem ser tomados de forma particular a cada

atualização dos enunciados. Sendo assim, um enunciado como Maria terminou a tarefa

traz a informação também relativa ao fato de que antes ela estava desenvolvendo certa

atividade. Dessa forma, não fica para o leitor somente o fim em si de uma ação.

Por outro lado, em Maria terminou a tarefa, sendo um enunciado, é necessário

também reconhecer todos os seus empregos possíveis, que podem mudar de acordo com

a intencionalidade do locutor e as circunstâncias de sua produção. Nossa fala está

carregada de crenças, valores ideológicos e conhecimentos históricos adquiridos de

acordo com nossa formação que nem sempre é a mesma do interlocutor, por isso os

sentidos podem estar atrelados a uma orientação geral, do tipo “Ela conseguiu”, “Enfim

ela terminou”, “Ela pode passear”. São interpretações possíveis por meio do próprio

enunciado (para recorrer à proposta de Ducrot (1987) com relação ao subentendido).

Sendo assim, o interlocutor passa a avaliar o enunciado de acordo com seu conhecimento

prévio sobre o assunto.

Por outro lado, seguindo-se o que prevê Geraldi e Ilari (1986), a inferência é um ato

mais centrado na própria situação de enunciação. O interlocutor avalia as condições de

realização do enunciado para poder avaliar o sentido ou os sentidos que são mais

globalmente construídos. São respostas a perguntas do tipo “Por que ela falou assim?”. 58

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Neste caso, o receptor da mensagem realiza um trajeto de análise que seria

parecido com o seguinte: Maria terminou a tarefa. Se isto foi dito para mim, deve ser

porque eu ainda nem comecei a minha! Percebe-se que este último sentido está mais

atrelado às condições de realização do enunciado e envolve os vários agentes do

processo interativo.

H) ESTRATÉGIAS DE AÇÃO:

O projeto será aplicado no Colégio Estadual Santa Tereza do Oeste - Santa Tereza

do Oeste, no ano de 2010. Será desenvolvido com uma oitava série do Ensino

Fundamental. O material que usaremos será disponibilizado aos professores de

Português da escola que queiram trabalhar com ele.

O presente trabalho se pauta numa análise voltada para a interpretação de uma

propaganda. Inicialmente, serão trabalhadas as informações explícitas, e, em seguida,

serão identificadas e analisadas as categorias implícitas, pressuposição, subentendido e

inferência, ou seja, o que não está escrito na propaganda, pois partimos da ideia de que

“nada é gratuito num texto, tudo tem sentido” (MARTINS, 1984, p.74).

Primeiramente o projeto será apresentado para o corpo docente e direção numa

reunião pedagógica. Depois serão aplicadas atividades aos alunos, as quais permitirão o

trabalho com as categorias do implícito na propaganda analisada.

Também realizaremos na escola um Grupo de Apoio com os profissionais da

educação para aprofundar teoricamente o tema em questão, como também propiciar um

envolvimento maior da comunidade escolar. Neste trabalho, objetiva-se refletir sobre a

noção de argumentação e apresentar as bases teórico-metodológicas que orientam o

Projeto. Este trabalho permitirá verificar a pertinência e adequação das atividades

propostas no Projeto, auxiliando no acompanhamento, desenvolvimento e programação

das atividades. Pretende-se realizar avaliação das atividades ao longo do processo de

implementação do Projeto, apresentando, ao final, sugestões para serem incorporadas no

artigo final de conclusão do PDE.

A leitura dos textos sugeridos será relacionada com as disciplinas de História e de

Artes. Nesse sentido, haverá uma abertura maior para a interpretabilidade, e serão

motivadas discussões em sala de aula sobre o que é necessário para lermos o mundo a

nossa volta e principalmente o implícito.

I) CRONOGRAMA DE AÇÕES:

01/09/2009 a 08/04/2010: Orientações, elaboração do projeto e fechamento dos textos

lidos;

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16/04/2010 a 16/05/2010: Discutir e trabalhar o projeto com os colegas dos Grupos de

Trabalho em Rede.

12/07/2010 a 04/10/2010: Grupo de Apoio na Escola.

01/06/2010 a 10/12/2010: Implementação do projeto na Escola.

08/02/2010: Elaboração da produção didático-pedagógica - fase inicial de produção do

FOLHAS.

05/07/2010: Produção didático-pedagógica - fase final de produção do FOLHAS.

08/02/2011: Trabalho final - Artigo Científico, fase inicial.

31/05/2011: Trabalho final - Artigo Científico, fase final.

J) REFERÊNCIAS:

CASTRO, Maria Helena Steffens de. A argumentação como discurso da sedução.

Trabalho apresentado no VII Encontro dos Núcleos de Pesquisa em Comunicação – NP

Publicidade e Propaganda. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul –

PUCRS. INTERCOM 2007. Disponível em: <http:// www. intercom.org.br /papers/nacionais/>

Acesso em: 17 set. 2009.

CITELLI, Adilson. Linguagem e persuasão. 16ª ed. São Paulo, Ática, 2006.

DUCROT, Oswald. O dizer e o dito. Campinas, SP: Pontes, 1987.

FIORIN, José Luiz & SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e

redação. 17ª ed. São Paulo: Ática, 2007.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2000.

GERALDI, João W. Portos de Passagem. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1.997.

GUIMARÃES, Eduardo. Texto e argumentação. 2ª ed. Campinas: Pontes, 2001.

ILARI, Rodolfo e João Wanderley Geraldi. Semântica. São Paulo: Ática, 1986.

KOCH, Ingedore. Argumentação e linguagem. São Paulo: Cortez, 1984.

______. Texto e coerência. São Paulo: Cortez, 1989.

MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. 4ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1984.

MESTRINELLI, Terezinha Fortes. A argumentação do tipo apolíneo e do tipo dionisía-

co em texto publicitário de revista: a tese de adesão inicial em frase-título. Trabalho

apresentado no NP Publicidade e Propaganda do VIII Nupecom – Encontro de Núcleos de

Pesquisa em Comunicação, evento componente XXXI Congresso Brasileiro de Ciências

da Comunicação. Comunicação – Natal, RN – 2 a 6 de setembro de 2008. Disponível em:

<http:// www. intercom.org.br /papers/nacionais/> . Acesso em: 18 set. 2009. E-mail:

[email protected].

PARANÁ, Governo de Estado, Secretaria de Estado da Educação do Paraná –

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua 60

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Portuguesa. Paraná: Secretaria de Estado da Educação do Paraná – Departamento de

Educação Básica, 2008.

12 . Demais projetos internos

PROJETO “O SENTIDO DA VIDA”

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Professora: Janete Moresco Gaspar

Município: Santa Tereza do Oeste

Área: Língua Portuguesa

NRE: Cascavel

Município: Santa Tereza do Oeste

Escola: Colégio Estadual Santa Tereza do Oeste – Ensino Fundamental e Médio

Público: alunos do Ensino Fundamental e Médio

TEMA: O resgate de valores morais e éticos.

JUSTIFICATIVA:

A educação é o meio pelo qual a sociedade renova perpetuamente as

condições de sua própria existência, pois a pessoa não é ainda uma plenitude

experimentada, e um vir a ser, é a única maneira de alcançá-la a fazê-la ser. Começamos

então a falar não mais em educação para direitos humanos, pois não se trata de ensinar

um contexto que será usado em algum futuro, mas sim fazer com que as atitudes

cotidianas reflitam a prática do respeito aos direitos humanos, favorecendo assim, “a

educação enquanto promoção cultural-humano-libertadora” (CNBB, Doc. 41 p. 64).

Sabe-se que a função da escola é a de transmitir o conhecimento historicamente

acumulado, como também formar pessoas por meio da difusão de valores, ideias,

crenças, preceitos morais e éticos. É preciso trabalhar na escola a consciência da luta por

um mundo mais humano e com igualdade de oportunidades para todos, onde haja a

harmonia, mas não a passividade, que nos reintegre ao universo e a história, e restaure

em nós a capacidade de emocionar-nos com borboletas.

Este projeto, em parceria com a Pastoral da Educação, consiste em motivar os

alunos e pais a participarem de oficinas, como ponto de partida, onde será trabalhada a

questão da paz e da indisciplina escolar; visa também proporcionar meios que possam

ajudar o educando a refletir sobre os valores, preceitos morais e éticos que o influencia

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como também apreciar a beleza da vida, do mundo e também auxiliá-lo a confiar mais em

suas próprias habilidades e potencialidades, descobrindo assim, o verdadeiro sentido da

vida.

OBJETIVO:

Promover, articular e organizar ações voltadas à formação do ser humano e da

cultura da paz em nosso meio.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

Segundo a Constituição Brasileira, em seu artigo 5º “Todos são iguais perante a

lei”. Portanto, é dever do Estado garantir a todos os cidadãos a igualdade perante as leis,

porém sabemos que, historicamente, em nosso país, há um descompasso entre o que a

lei propõe e a realidade vivida pela sociedade, incluídos, aí, os processos de educação

(PARANÁ, 2008, p.38).

O conhecimento se multiplicou e o número de escolas se expandiu como em

nenhuma outra época, contudo, a educação está em crise e a mesma atinge as escolas e

inevitavelmente toda a sociedade. Nos últimos anos podemos perceber na sociedade

brasileira mudanças profundas que geraram concentração de renda, desemprego,

subemprego, crise da ética, crise das utopias, do sentido de viver, da autoridade,

mudança no sistema de valores, entre outros. É a crise da disciplina no contexto da Pós-

Modernidade. Esses fatores influenciaram diretamente a dinâmica familiar e,

conseqüentemente acabou refletindo na escola, onde podemos observar muitos

adolescentes e jovens alienados, descomprometidos com a educação, indisciplinados,

com crise de identidade no meio de tantas contradições que o mundo oferece; nota-se

que estão precisando de uma mão amiga que os ajudem a perceber os valores, as

alegrias, a enfrentar com otimismo as inevitáveis tristezas e angústias da vida, a desfrutar,

enfim, as satisfações da maturidade.

Entre os professores é comum o questionamento sobre como proceder em relação

a alunos – notadamente crianças e adolescentes, que praticam atos de indisciplina na

escola – no Regimento Escolar do estabelecimento de ensino está inclusa a forma de

lidar com autores de atos de indisciplina, pois são estes indiciários de falhas no processo

educacional do aluno que serão melhor apuradas e supridas através de ações conjuntas

da escola, da família e, eventualmente de outros órgãos e autoridades, como é o caso do

Conselho Tutelar. O Estatuto da Criança e do Adolescente reforça a ideia de que crianças

e adolescentes também são sujeitos de direitos e deveres como todo cidadão, no mais

puro espírito do contido no artigo 5º, inciso I da Constituição Federal que estabelece a

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igualdade de homens e de mulheres, independentemente de sua idade, em direitos e

obrigações.

Estamos numa sociedade e numa época onde a ciência e a técnica atingiram um

grau inédito de autonomia, não raro voltando-se contra o próprio ser humano, “precisamos

urgentemente evangelizar os saberes para re-humanizar o mundo, reencantar o ensino

para reencantar o planeta” (CNBB, 2006). Nesse contexto, faz-se necessário cumprir a

função social da escola, transmitir o conhecimento historicamente acumulado, como

também formar pessoas por meio da circulação de valores, ideias, crenças, preceitos

morais e éticos. É importante pensar que é “no ambiente escolar que o estudante aprende

a ter voz e fazer uso da palavra, numa sociedade democrática” (PARANÁ, 2008) e

igualitária, mas, sobretudo onde prevaleçam os direitos humanos.

Segundo o documento da CNBB Identidade e Diretrizes para a Pastoral da

Educação no Regional Sul II, somente um povo educado e consciente é capaz de

transformar o seu modo de viver, buscando novos rumos de libertação com criatividade e

amor. Nesse processo educacional está inserido o professor que é tão importante quanto

a educação, pois esta só se constrói a partir de seus agentes, educando e educador.

Mesmo com o grande avanço tecnológico e pedagógico, a pessoa do professor possui um

destaque ‘sui generis’, sem igual. Sendo assim, o professor, o educador é o grande

responsável pela humanização da educação e pelo futuro de uma sociedade, pois todos

os indivíduos, ainda que alguns por um curto período, passam pela escola.

Educar é acreditar na vida, acreditar nos sonhos, acreditar no ser humano,

acreditar no amor que é capaz de vencer barreiras. Para construirmos a educação de

nossos sonhos, de acordo com Cury (2003), devemos estimular o aluno a pensar antes

de reagir, a não ter medo, a ser líder de si mesmo, autor da sua história, a saber filtrar os

estímulos estressantes e a trabalhar não apenas com fatos lógicos e problemas

concretos, mas também com as contradições da vida.

Ressalto que a educação é primordial na formação do ser humano. Segundo o

documento número 41 da CNBB Para uma Pastoral da Educação “educação e

humanização e personalização são complementares e até sinônimos”. Portanto, cabe a

nós, educadores, promover, articular e organizar ações que favoreçam a construção de

um ser humano fraterno, livre, justo, consciente, comprometido e ético.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO:

O projeto será aplicado no Colégio Estadual Santa Tereza do Oeste - Santa Tereza

do Oeste, no ano de 2010. Será desenvolvido com todos os alunos do Ensino

Fundamental e Médio (encontros ecumênicos), principalmente com os alunos que

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apresentam problemas de faltas, de disciplina, baixo rendimento escolar, defasagem de

aprendizagem e baixa auto-estima (oficinas).

O presente trabalho se pauta numa reflexão sobre o verdadeiro sentido da vida.

Primeiramente o projeto será apresentado para o corpo docente e direção escolar numa

reunião pedagógica.

Depois, serão realizadas Oficinas com os alunos, por meio de palestras educativas,

músicas reflexivas, debates, conversação sobre o sentido da vida e temas relacionados

aos valores morais e éticos (família, sexualidade, drogas, diversidade e outros).

Posteriormente, será realizado na escola Encontros Ecumênicos com voluntários

do setor da educação, da Pastoral da Educação, Pastoral da Juventude e outras

entidades afins, para aprofundar os temas em questão, como também propiciar maior

envolvimento de toda a comunidade escolar.

CRONOGRAMA DE AÇÕES:

No decorrer do ano, a definir com a coordenação e/ou direção do Colégio.

REFERÊNCIAS:

CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Identidade e Diretrizes para a

Pastoral da Educação no Regional Sul II. Conselho Episcopal Regional Sul II, 2006.

CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Para uma Pastoral da Educação:

estudos da CNBB número 41.

CURY, Augusto Jorge. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro:

Sextante, 2003.

PARANÁ, Governo de Estado, Secretaria de Estado da Educação do Paraná –

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica –

Língua Portuguesa. Paraná: Secretaria de Estado da Educação do Paraná –

Departamento de Educação Básica, 2008.

12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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