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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Curso de Odontologia Projeto Político-Pedagógico do Curso de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Natal/RN 2006

Projeto Político-Pedagógico do Curso de Odontologia da ...arquivos.info.ufrn.br/.../ODONTO_PPP.pdfSumário 1. Introdução 04 1.1. Breve histórico do curso e seus currículos 04

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  • MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Curso de Odontologia

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    Natal/RN 2006

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    Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências da Saúde Curso de Odontologia Reitor: José Ivonildo do Rego Pró-Reitor de Graduação: José Cabral Neto Diretor do Centro de Ciências da Saúde: Juarez da Costa Ferreira Coordenador do Curso de Odontologia Íris do Céu Clara Costa Comissão de Redação, Acompanhamento e Avaliação do Projeto Político-Pedagógico do Curso de Odontologia: Angelo Giuseppe Roncalli da Costa Oliveira Pedro Alzair Pereira da Costa Eduardo Gomes Seabra Heitel Cabral Filho Inês de Medeiros Rocha

  • Sumário

    1. Introdução 04

    1.1. Breve histórico do curso e seus currículos 04

    1.2. Diagnóstico atual e processo de construção do projeto 04

    2. Justificativa 06

    3. Objetivo Geral do Curso 07

    4. Perfil do Profissional 07

    5. Competências a serem desenvolvidas 08

    5.1. Competências Gerais 08

    5.1. Competências Específicas 09

    6. Estrutura Curricular 11

    6.1. Organização dos componentes curriculares 11

    6.2. Processo de equivalência entre as propostas curriculares 20

    6.3. Elenco de disciplinas 27

    6.4. Atividades de Flexibilização 27

    6.5. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 27

    6.6. Orientação Acadêmica 28

    7. Vagas ofertadas e formas de acesso 28

    8. Estratégias de Implantação 28

    9. Suporte necessário ao funcionamento do curso 31

    9.1. Recursos Humanos 31

    9.2. Infra-estrutura física 33

    9.2.1. Salas de Aula e Laboratórios de Ensino 33

    9.2.2. Clínicas 33

    9.2.3. Bibliotecas 34

    9.2.4. Laboratório de Informática 34

    10. Sistemática de Avaliação 34

    10.1 Avaliação do Processo de Ensino-Aprendizagem 34

    10.2 Avaliação do Projeto Político-Pedagógico 35

    11. Resultados Esperados 35

    12. Bibliografia e Referências 35

    Anexos 37

  • 1. Introdução

    1.1. Breve histórico do curso e seus currículos

    O Curso de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte teve sua origem com a criação da Faculdade de Farmácia e Odontologia de Natal, pelo Decreto Estadual nº. 682, de 03/02/1947. Em 06 de dezembro de 1948, o governo federal concede autorização oficial para o funcionamento das duas Faculdades através do Decreto no 25.973, embora desde o ano anterior a primeira turma já estivesse com o curso em andamento (Anexo 1).

    No ano de 1951, a Faculdade diplomava a sua primeira turma de Cirurgiões-Dentistas e Farmacêuticos e, no ano seguinte, mediante o decreto nº 31.209, de 29/07/1952, o curso é devidamente reconhecido pelo governo federal.

    Incorporada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte pela lei estadual nº 2.307, de 26/06/1958, a Faculdade de Farmácia e Odontologia, com a federalização da Universidade pela Lei nº 3.849, de 18/12/1960, foi desmembrada em duas unidades independentes, a Faculdade de Odontologia e a Faculdade de Farmácia (Anexo 1).

    A partir da Reforma Universitária de 1968, implantada pela Lei 5.540 de 28/11/1968, as Faculdades deixaram de existir, passando a vigorar o sistema de cursos, departamentos e centros. O curso de Odontologia passou, então, a fazer parte do Centro de Ciências da Saúde da UFRN.

    Desde a sua criação, o curso passou por diversas propostas curriculares, três delas estão disponíveis no sistema de registro da UFRN, o “ponto.@”. Na primeira estrutura, o curso foi programado para oito semestres, num total de 210 créditos (3.450 horas) distribuídos em 36 disciplinas. Na segunda proposta curricular, o tempo do curso passa para cinco anos (10 semestres), totalizando 205 créditos (3.465 horas) em 42 disciplinas. Finalmente, no início dos anos 1980 é implantado o currículo que está em vigor até 2006, onde o tempo mínimo do curso passa para nove semestres, numa carga horária de 231 créditos (3.795 horas) em 43 disciplinas (Anexo 2).

    1.2. Diagnóstico atual e o processo de construção do projeto

    O Brasil, a despeito de contar com um contingente de Cirurgiões-Dentistas (CDs) considerado adequado do ponto de vista quantitativo, apresenta uma grande desigualdade na distribuição desses profissionais em todo o território nacional. Dados do censo de 2000 do IBGE e do Conselho Federal de Odontologia apontam que a Região Nordeste, que contribui com quase 30% da população brasileira, concentra menos de 15% dos CDs, enquanto que a Região Sudeste, em que moram 43% dos brasileiros, responde pela fatia de 62% de todos os CDs do País (Conselho Federal de Odontologia, CFO, 2005). Estas desigualdades refletem, em certa medida, as disparidades socioeconômicas que estão presentes no território brasileiro, o que pode ser constatado por outros dados referentes à educação, renda, saneamento, morbi-mortalidade, entre outros.

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    Aliado a isso, o acesso aos serviços odontológicos no Brasil ainda é bastante limitado. Dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2003 mostraram que cerca de 28 milhões de brasileiros, algo próximo de 16% da população, nunca consultou um dentista durante toda a vida. Tendo em conta as faixas de renda, novamente se percebe o reflexo da desigualdade também no acesso: brasileiros com renda até um salário mínimo apresentam este percentual mais de 10 vezes maior (31%), do que indivíduos com ganhos de mais de 20 salários mínimos (2,9%) (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, 2004).

    Por outro lado, embora dados epidemiológicos recentes apontem para uma redução marcante na cárie dentária da população infantil, percebe-se um estoque de doença ainda muito presente em população adolescente e adulta e grandes parcelas da população adulta e idosa com necessidades reabilitadoras. Ademais, as melhoras na saúde bucal, tanto em população infantil quanto adulta, têm se concentrado na população de mais alta renda, ficando a população com maiores necessidades ainda com alta prevalência e baixa acessibilidade aos serviços odontológicos.

    Historicamente, a formação odontológica tem se pautado pela construção de um perfil profissional voltado para a clínica privada, com conteúdos dentro de uma abordagem eminentemente tecnicista e de caráter flexneriano(1). As novas tendências do mercado, com a expansão do setor público e a retração do setor privado, aliadas às mais recentes discussões a respeito do esgotamento do modelo biomédico curativo-reparador e a um novo paradigma na educação médico-odontológica, apontam para a formação de um novo tipo de profissional, diferente daquele pensado por um currículo de 20 anos atrás.

    No âmbito do Curso de Odontologia da UFRN, as discussões a respeito de mudanças na estrutura curricular ocorrem, em ritmos distintos, há, pelo menos, dez anos. As comissões criadas ao longo desse tempo estabeleceram diagnósticos a respeito das principais deficiências do atual projeto pedagógico, os quais apontam para alguns pontos em comum. Um deles diz respeito ao descompasso entre o profissional formado atualmente e as exigências do mercado e da sociedade, uma característica que pode ser pensada a partir da análise da estrutura curricular como um todo. Do ponto de vista mais específico, o currículo atual se apresenta inadequado, simplesmente pelo fato de ter sido pensado em um outro contexto, com uma outra concepção de ensino e dentro de uma lógica radicalmente diferente da atual. Desse modo, dentre as suas principais características, as quais devem ser readequadas, estão as seguintes:

    a) Excessiva rigidez na estrutura curricular, com pouca ou nenhuma possibilidade de flexibilização.

    b) Grande concentração de conteúdos de caráter técnico e uma conseqüente pouca ênfase na área de ciências humanas e sociais.

    c) Técnicas pedagógicas pautadas em modelos da pedagogia da transmissão, reforçando o caráter passivo do aluno, e centrado na figura do professor.

    (1) O termo “flexneriano” tem sido referido por alguns autores para definir o modelo de ensino em saúde

    proposto a partir do Relatório Flexner, publicado em 1910. Suas características fundantes apontam para um ensino de caráter eminentemente tecnicista, mecanicista, biologicista e centrado na fragmentação do indivíduo (ver Mendes, 1984).

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    d) Inexistência de articulação entre as diversas áreas, criando um currículo excessivamente desintegrado, com a maior parte das disciplinas funcionando de forma isolada e independente.

    e) Um modelo de clínica odontológica fragmentado, com clínicas estabelecidas por disciplina e com uma tentativa de integração bastante tardia e ineficiente.

    f) Falta de articulação entre os ciclos básico e profissionalizante, com uma separação não só de caráter físico, mas de concepção.

    g) Ausência de mecanismos que facilitem a participação do aluno em atividades de ensino, pesquisa e extensão, refletindo em um modelo centrado quase que exclusivamente na transmissão de conhecimentos.

    h) Concepções ainda bastante conservadoras de avaliação, com modelos baseados na memorização e de caráter eminentemente punitivo.

    Diante desses desafios, o processo de discussão ganhou maior impulso nos últimos anos, particularmente a partir da publicação das “Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Odontologia” por parte do Ministério da Educação em novembro de 2001. Tais diretrizes, que foram fruto de ampla discussão e surgiram como uma necessidade a partir da publicação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394 de 20/12/1996), apontam para uma nova concepção na formação profissional, com destaque para o perfil profissional e para o ensino baseado em competências e habilidades (Anexo 3).

    A partir de 2002, a Comissão de Reforma Curricular, antes composta por cinco membros se amplia, com representantes de várias áreas e disciplinas e com representação discente. Essa comissão ampliada passa a se reunir regularmente ao longo desses anos, com demandas diferentes, quanto à construção de uma nova estrutura curricular, gerando discussões a respeito do funcionamento do curso, bem como de estratégias de implantação.

    O Projeto Político Pedagógico que ora se apresenta é, pois, resultado desse processo coletivo de construção. Possui, portanto, dialeticamente, as características de concepções distintas, resultado de diferentes visões de mundo, de diferentes inserções no processo de educação superior. É, no entanto, o produto de uma reforma possível, que avança na tentativa de superação das deficiências da atual proposta.

    2. Justificativa

    A necessidade de superar as fragilidades constatadas no currículo vigente, a demanda pela formação de profissionais para atender as reais necessidades da população, as recomendações apresentadas no Relatório Final da III Conferência Nacional de Saúde Bucal e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Odontologia constituem as bases norteadoras do presente Projeto Político Pedagógico do Curso de Odontologia da UFRN.

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    Como o projeto está em processo de constante aperfeiçoamento, a busca pela superação das deficiências será contínua, considerando o contexto histórico que as determinam. Trata-se, pois, de encará-lo como um processo, objeto de constantes avaliações.

    Um primeiro aspecto importante é que este projeto deve estar pautado na defesa da Universidade Pública enquanto patrimônio e conquista da sociedade. Deve, em princípio, expressar a liberdade e a autonomia das instituições públicas de ensino superior que, ao mesmo tempo, devem ser revestidas de uma função social muito clara, que é proporcionar produção de conhecimento e formar profissionais voltados para a construção de uma sociedade mais justa.

    No que diz respeito aos aspectos específicos do curso de Odontologia, esta proposta deve buscar suas bases na pedagogia crítica, e se pautar nos princípios da multi e interdisciplinaridade, da flexibilização e da formação humanística e ética dos profissionais. Conforme as recomendações das Diretrizes Curriculares, este projeto visa formar profissionais voltados para o Sistema de Saúde em vigor no País, reforçando seu caráter de política de Estado e fomentando a articulação ensino-serviço.

    3. Objetivo Geral do Curso

    A Odontologia é uma profissão que se apropriou da tarefa de cuidar das estruturas bucais, sem perder o sentido integral do ser humano inserido na sociedade. Essa compreensão da especificidade da prática odontológica aliada ao reconhecimento de sua indissociabilidade das práticas de atenção à saúde deverá nortear a formação do profissional de Odontologia.

    Neste sentido, o objetivo do curso é formar profissionais com conhecimento científico e técnico na área e compatíveis com as exigências do mercado de trabalho e da sociedade brasileira, com competência para lidar com os problemas relativos ao processo saúde-doença bucal.

    4. Perfil do Profissional

    Em consonância com o perfil apontado pelas Diretrizes Curriculares, o Cirurgião Dentista deve ter uma formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, para atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor técnico e científico; capacitado ao exercício de atividades referentes à saúde bucal da população, pautado em princípios éticos, legais e na compreensão da realidade social, cultural e econômica do seu meio, dirigindo sua atuação para a transformação da realidade em benefício da sociedade.

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    5. Competências a serem desenvolvidas

    Ainda de acordo com as Diretrizes Curriculares, devem ser desenvolvidas, no aluno, competências de caráter geral e específico.

    5.1. Competências Gerais

    • Atenção à saúde: os profissionais de saúde, dentro de seu âmbito profissional, devem estar aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde, tanto em nível individual quanto coletivo. Cada profissional deve assegurar que sua prática seja realizada de forma integrada e contínua com as demais instâncias do sistema de saúde, sendo capaz de pensar criticamente, de analisar os problemas da sociedade e de procurar soluções para os mesmos. Os profissionais devem realizar seus serviços dentro dos mais altos padrões de qualidade e dos princípios da ética/bioética, tendo em conta que a responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com o ato técnico, mas sim, com a resolução do problema de saúde, tanto em nível individual como coletivo;

    • Tomada de decisões: o trabalho dos profissionais de saúde deve estar fundamentado na capacidade de tomar decisões visando o uso apropriado, eficácia e custo-efetividade, da força de trabalho, de medicamentos, de equipamentos, de procedimentos e de práticas. Para este fim, os mesmos devem possuir competências e habilidades para avaliar, sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em evidências científicas;

    • Comunicação: os profissionais de saúde devem ser acessíveis e devem manter a confidencialidade das informações a eles confiadas, na interação com outros profissionais de saúde e o público em geral. A comunicação envolve comunicação verbal, não-verbal e habilidades de escrita e leitura; o domínio de, pelo menos, uma língua estrangeira e de tecnologias de comunicação e informação;

    • Liderança: no trabalho em equipe multiprofissional, os profissionais de saúde deverão estar aptos a assumir posições de liderança, sempre tendo em vista o bem estar da comunidade. A liderança envolve compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decisões, comunicação e gerenciamento de forma efetiva e eficaz;

    • Administração e gerenciamento: os profissionais devem estar aptos a tomar iniciativa, fazer o gerenciamento e administração tanto da força de trabalho, dos recursos físicos e materiais e de informação, da mesma forma que devem estar aptos a ser empreendedores, gestores, empregadores ou lideranças na equipe de saúde;

    • Educação permanente: os profissionais devem ser capazes de aprender continuamente, tanto na sua formação, quanto na sua prática. Desta forma, os profissionais de saúde devem aprender a aprender e ter responsabilidade e compromisso com a sua educação e o treinamento/estágios das futuras gerações de profissionais, proporcionando condições para que haja beneficio mútuo entre os

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    futuros profissionais e os profissionais dos serviços, inclusive, estimulando e desenvolvendo a mobilidade acadêmico/profissional, a formação e a cooperação através de redes nacionais e internacionais.

    É importante ressaltar que estas competências, como o próprio nome indica, devem nortear toda e qualquer atividade ou disciplina presente no curso. Trata-se, pois, de um desafio, uma vez que, tradicionalmente, as disciplinas apresentavam uma única preocupação que era o desenvolvimento de habilidades técnicas relativas ao seu campo de conhecimento. Embora tais habilidades sejam importantes elas não são bastantes para a formação profissional.

    5.2. Competências Específicas

    As competências e habilidades específicas estão também descritas nas Diretrizes Curriculares. Em sua maioria, são aprofundadas a partir dos planos de ensino das disciplinas e são as seguintes:

    • respeitar os princípios éticos e legais inerentes ao exercício profissional;

    • atuar em todos os níveis de atenção à saúde, integrando-se em programas de promoção, manutenção, prevenção, proteção e recuperação da saúde, sensibilizados e comprometidos com o ser humano, respeitando-o e valorizando-o;

    • atuar multiprofissionalmente, interdisciplinarmente e transdisciplinarmente com extrema produtividade na promoção da saúde baseado na convicção científica, de cidadania e de ética;

    • reconhecer a saúde como direito e condições dignas de vida e atuar de forma a garantir a integralidade da assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;

    • exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social, entendendo-a como uma forma de participação e contribuição social;

    • conhecer métodos e técnicas de investigação e elaboração de trabalhos acadêmicos e científicos;

    • desenvolver assistência odontológica individual e coletiva;

    • identificar em pacientes e em grupos populacionais as doenças e distúrbios buco-maxilo-faciais e realizar procedimentos adequados para suas investigações, prevenção, tratamento e controle;

    • cumprir investigações básicas e procedimentos operatórios;

    • promover a saúde bucal e prevenir doenças e distúrbios bucais;

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    • comunicar e trabalhar efetivamente com pacientes, trabalhadores da área da saúde e outros indivíduos relevantes, grupos e organizações;

    • obter e eficientemente gravar informações confiáveis e avaliá-las objetivamente;

    • aplicar conhecimentos e compreensão de outros aspectos de cuidados de saúde na busca de soluções mais adequadas para os problemas clínicos no interesse de ambos, o indivíduo e a comunidade;

    • analisar e interpretar os resultados de relevantes pesquisas experimentais, epidemiológicas e clínicas;

    • organizar, manusear e avaliar recursos de cuidados de saúde efetiva e eficientemente.

    • aplicar conhecimentos de saúde bucal, de doenças e tópicos relacionados no melhor interesse do indivíduo e da comunidade;

    • participar em educação continuada relativa a saúde bucal e doenças como um componente da obrigação profissional e manter espírito crítico, mas aberto a novas informações;

    • participar de investigações científicas sobre doenças e saúde bucal e estar preparado para aplicar os resultados de pesquisas para os cuidados de saúde;

    • buscar melhorar a percepção e providenciar soluções para os problemas de saúde bucal e áreas relacionadas e necessidades globais da comunidade;

    • manter reconhecido padrão de ética profissional e conduta, e aplicá-lo em todos os aspectos da vida profissional;

    • estar ciente das regras dos trabalhadores da área da saúde bucal na sociedade e ter responsabilidade pessoal para com tais regras;

    • reconhecer suas limitações e estar adaptado e flexível face às mudanças circunstanciais.

    • colher, observar e interpretar dados para a construção do diagnóstico;

    • identificar as afecções buco-maxilo-faciais prevalentes;

    • propor e executar planos de tratamento adequados;

    • realizar a preservação da saúde bucal;

    • comunicar-se com pacientes, com profissionais da saúde e com a comunidade em geral;

    • trabalhar em equipes interdisciplinares e atuar como agente de promoção de saúde;

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    • planejar e administrar serviços de saúde comunitária;

    • acompanhar e incorporar inovações tecnológicas (informática, novos materiais, biotecnologia) no exercício da profissão.

    Ainda de acordo com as Diretrizes Curriculares, “a formação do Cirurgião Dentista deverá contemplar o sistema de saúde vigente no país, a atenção integral da saúde num sistema regionalizado e hierarquizado de referência e contra-referência e o trabalho em equipe”.

    6. Estrutura Curricular

    6.1. Organização dos componentes curriculares

    As disciplinas e atividades de caráter obrigatório constituem cerca de 95% do currículo, sendo que deverão ser computadas, no mínimo, 100 horas de atividades de flexibilização curricular em atividades complementares de caráter obrigatório.

    A oferta de disciplinas optativas está demonstrada na estrutura curricular, descrita a seguir. Deverão ser disponibilizadas disciplinas pertencentes a diversos campos de conhecimento, os quais servirão como formação complementar ao aluno. Tais disciplinas estão relacionadas às Ciências Humanas e Sociais, à Administração, Línguas, Informática, entre outras, além de disciplinas relacionadas ao conhecimento específico da Odontologia, mas que não constituem o corpo específico de conhecimentos para a formação de um Cirurgião Dentista generalista.

    Desse modo, o número total de horas para integralização do curso é de 4.215 horas, que terá uma duração de 4 anos e meio, correspondendo a, no mínimo, 9 semestres e, no máximo, 16 semestres. A integralização curricular dos cursos da UFRN é regulamentada pela Resolução 255/92 CONSEPE.

    Considerando o atual modelo pedagógico da UFRN, procurou-se romper com o isolacionismo comum nas estruturas curriculares baseadas em disciplinas, reforçando o caráter integrador, multiprofissional e interdisciplinar. A construção da estrutura curricular visa a aliar estratégias de uma organização dinâmica do conhecimento, acrescentando habilidades e competências de modo lógico e de complexidade crescente. Neste sentido, a estruturação das áreas e das disciplinas tenta obedecer a um princípio de integração horizontal e vertical.

    Do ponto de vista da organização dos conteúdos básicos e profissionalizantes, procurou-se, na medida do possível, romper com a lógica vigente, essencialmente dicotômica, articulando os conhecimentos relativos ao estudo do homem, das doenças e da sociedade com as práticas coletivas e individuais de atenção à saúde. Embora este rompimento seja difícil, considerando o modo ainda tradicional da organização burocrática e administrativa da UFRN, a concepção deste projeto é que os “ciclos” básico e profissionalizante constituem apenas áreas de conhecimento, as quais não devem, jamais, serem vistas de forma isolada.

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    De acordo com as recomendações das Diretrizes Curriculares Nacionais, as disciplinas, segundo as áreas de conhecimento, apresentam a distribuição ilustrada no Quadro 1.

    Quadro 1. Distribuição da carga horária obrigatória de acordo com área de conhecimento.

    Área Disciplinas/ Atividades

    Carga Horária % Carga Horária

    Ciências Biológicas e da Saúde

    Relativas à Estrutura 6 390 9,70

    Relativas à Função, Agressão e Defesa 6 405 10,07

    Ciências Humanas e Sociais 10 465 11,57

    Ciências Odontológicas

    Propedêutica Clínica 9 615 15,30

    Clínica Odontológica 13 1.845 45,90

    Odontologia Pediátrica 2 300 7,46

    Total 46 4.020 100,00

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    CENTRO: CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Curso:Odontologia Turno: ( )M ( )T ( )N (X)MT ( )MN ( )TN ( )MTN Cidade: Natal Modalidade: ( )Bacharelado ( )Licenciatura (X)Formação ( )Tecnólogo Habilitação: Currículo: 04

    UFRN

    Semestre de ingresso pelo Vestibular: 1º (X) Vagas: 36 2º (X) Vagas: 36

    EXIGÊNCIAS PARA INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR

    OBRIGATÓRIAS

    DISCIPLINAS

    CRÉDITOS (CR) CARGA HORÁRIA (CH)

    ATIVIDADES

    Aula Lab Aula Lab Estágio Outras

    134 115 2.010 1.725 180 105

    COMPLEM. DISCIP. /

    ATIVIDADES

    CH (III)

    CARGA HORÁRIA

    TOTAL

    (I + II + III)

    Total CR 249 Total CH (I) 3.735 Total CH (II) 285 195 4.215

    DURAÇÃO DO CURSO (EM SEMESTRES) MÁXIMO IDEAL MÍNIMO

    16 9 9

    LIMITE DE CRÉDITOS POR SEMESTRE

    MÁXIMO IDEAL MÍNIMO 32 28 1

    E S T R U T U R A C U R R I C U L A R

    1º NÍVEL

    Código DISCIPLINA/ATIVIDADE Obr CR CH Requisito Co/Pré

    DBG0003 Biologia Celular e Molecular X 5 75

    MOR0022 Histologia II X 5 75

    MOR0043 Embriologia III X 3 45 MOR0022 C

    Anatomia Geral X 4 60

    DBG0142 Genética VII X 4 60 DBG0003 C

    Introdução à Odontologia X 2 30

    DCS0345 Sociologia da Saúde 4 60

    Formatado

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    2º NÍVEL

    Código DISCIPLINA/ATIVIDADE OBR CR CH Requisito Co/Pré

    Anatomia de Cabeça e Pescoço X 5 75 Anatomia Geral P

    Microbiologia Geral X 4 60 Bioquímica C

    Microbiologia Geral C

    Genética VII P

    Bioquímica C

    Imunologia

    X

    3 45

    Biologia Celular e Molecular

    P

    Anatomia geral P

    MOR 0022 P Bioquímica

    X 6 90

    DBG0003 P

    DFS0036 Fisiologia II X 8 120

    DAN0001 Antropologia I X 4 60

    Disciplina Optativa 4 60

    3º NÍVEL Código DISCIPLINA/ATIVIDADE OBR CR CH Requisito Co/Pré

    Histologia II

    P

    Anatomia Geral

    P

    Anatomia de cabeça e pescoço

    P DOD0030

    Anatomia e Escultura Dentária

    X 4 60

    Patologia Geral C

    DFS0036 P DMP0102 P DOD0052

    Patologia Geral X 3 45

    DBQ0002 P

    Microbiologia Geral P

    Genética VII P

    Bioquímica P

    Microbiologia e Imunologia Oral

    X 2 30

    Imunologia P Introdução a Odontologia

    P

    Odontologia, Cultura e Sociedade X 4 60

    DAN0001 P

    Metodologia da Pesquisa Científica X 4 60

    PSI0082 Psicologia Aplicada à Odontologia X 4 90

    DBF0202 Farmacologia II X 5 75

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    4º NÍVEL Código DISCIPLINA/ATIVIDADE OBR CR CH Requisito Co/Pré

    Odontologia, Cult. e Sociedade

    P

    Saúde Bucal Coletiva I X 3 45

    Introdução à Odont P

    Patologia Oral 8 120 DOD0O52 P

    DOD 0052 P

    Estomatologia 4

    60 Patologia Oral C

    Patologia Geral P Anatomia Geral P Anatomia da cabeça e do pescoço

    P

    Embriologia III P

    Imagenologia 4

    60

    Patologia Oral C

    Imunologia P

    Microbiologia e Imonologia Oral

    P

    Bioquímica P

    Cariologia 3

    45

    Microbiologia Geral P

    Materiais Dentários I 6 60

    DOD 0052 P

    DOD 0030 P

    PSI 0082 P

    DBF 0202 P

    Clínica Integrada Nível I

    4 60

    Odont. Cult. e Sociedade

    P

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    16

    5º NÍVEL Código DISCIPLINA/ATIVIDADE OBR CR CH Requisito Co/Pré

    Cariologia P

    Clínica Integr. Nível I

    P

    Odontologia Preventiva

    X

    4 60

    Saúde Bucal Coletiva I

    P

    DOD 0028 P Cirurgia Odontológica X 8 120 Estomatologia P Cariologia P Estomatologia P Mat.DentáriosI P DOD 0030 P Imagenologia P DOD 0035 C

    Clínica Integrada Nível II

    X

    18

    270

    DOD 0032 C

    Disciplina Optativa 2 30

    6º NÍVEL Código DISCIPLINA/ATIVIDADE OBR CR CH Requisito Co/Pré

    Saúde Bucal Coletiva II X 4 60 Saúde Bucal Coletiva I P

    Clínica Integrada Nível III X 12 180 Clin.Integ. Niv II P

    Anat.Escultura Dentária

    P

    Patologia Oral P Estomatologia P Imagenologia P Materiais Dent I P Odont. Prev. P

    Clínica Infantil I

    X

    16 240

    Cirurgia Odont. P

    7º NÍVEL Código DISCIPLINA/ATIVIDADE OBR CR CH Requisito Co/Pré

    Clínica Infantil I

    P

    Clínica Prot II C

    Clínica Protética I X 16 240

    Clínica Inf. II C

    Clínica Inf. I P

    Clínica Prot. I C Clínica Protética II

    X 10 150

    Clínica Inf. II C

    Clínica Infantil II X 4 60 Clínica Inf. I P

    Trabalho de Conclusão de Curso I X 30

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    17

    8º NÍVEL

    Código DISCIPLINA/ATIVIDADE OBR CR CH Requisito Co/Pré Anat de Cab e Pescoço

    P

    Patologia Oral P

    Estomatologia P

    Imagenologia P

    Psicologia aplicada à Odontologia

    P

    Cirurgia odontologica

    P

    Cirurgia Buco-maxilar

    X

    6

    90

    Traumt B/M/Facial c

    Anat. de Cab. e Pescoço

    P

    Patologia Oral

    P

    Estomatologia P

    Imagenologia

    P

    Psicologia aplicada à Odontologia

    P

    Cirurgia odontologica

    P

    Traumatologia Buco-Maxilo-Facial

    X

    4

    60

    Cirurgia buco-maxilar

    C

    Estágio Supervisionado em TBMF X 45

    Clin. Int. Nível II P

    Clin. Int. Nível III P

    Clin. Int. Nível IV P

    Odontologia Legal X

    3

    45 Clin. Infantill II P Anat de Cab. e Pescoço

    P

    Fisiologia P

    Patologia Oral P

    Estomatologia P

    Imagenologia P

    Clin. Int. Nível II P

    Clin. Infantil P

    Disfunção TemporoMandibular e Dor Orofacial

    X

    2

    30

    Clinica Protética P

    Clínica Integrada Nível IV X 16 240 Clin. Int. Nível III P

    9º NÍVEL

    Código DISCIPLINA/ATIVIDADE OBR CR CH Requisito Co/Pré

    Trabalho de Conclusão de Curso II X 30

    Saúde Bucal Coletiva III X 45

    Clínica Integrada Nível V X 15 225 Clin. Int. Nível IV P

    DOD0049 Estágio Supervisionado CRUTAC X 135

    Implantodontia 3 45 Cirurgia Buco-Maxilar

    P

    Atividades Complementares X 105

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    18

    A seguir será feita uma breve descrição de como os conhecimentos deverão se articular ao longo dos nove semestres que compõem o curso, finalizando com a formação de um profissional dentro das características esperadas.

    1o Período:

    No primeiro semestre do curso, o aluno estará desenvolvendo suas competências e habilidades iniciais. Desse modo, é importante que tenha contato com conhecimentos relativos às ciências biológicas e da saúde e, ao mesmo tempo, tenha acesso ao entendimento do homem não apenas em sua dimensão biológica e individual, mas em seu sentido social. Além disso, um primeiro contato com a profissão escolhida é também fundamental. Assim, as disciplinas da área de ciências biológicas e da saúde com ênfase na estrutura, darão suporte ao conhecimento do homem na perspectiva molecular, celular, tecidual e anatômica. A genética e a embriologia darão o devido suporte para o conhecimento do modo como se desenvolvem estas estruturas. Em um outro campo de conhecimento, a disciplina de “Introdução à Odontologia” introduz o aluno no universo da Odontologia, entendida como uma profissão que possui historicidade, bem como se insere e dá vida social ao corpo biológico. Como disciplina complementar, disponibiliza a disciplina de “Sociologia da Saúde”, a qual aprofunda os conhecimentos a respeito da sociedade.

    2o Período:

    No segundo momento, o aluno aprofundará seus conhecimentos da Anatomia Humana, trazendo maior especificidade para a prática odontológica, estudando com maior detalhe a anatomia da cabeça e pescoço, a qual dará suporte a, praticamente, toda intervenção clínica a ser pensada no futuro. No campo da agressão e defesa, a “Microbiologia Geral” traz um primeiro suporte ao entendimento das doenças infecciosas e a “Imunologia” ao modo como o organismo se defende. A “Bioquímica” e a “Fisiologia”, com o devido suporte das ciências biológicas do período anterior, aprofundam os conhecimentos das funções corporais em nível molecular e orgânico. Estabelecendo a ponte com um corpo cultural e social, a “Antropologia” discute o corpo em sua dimensão social e antropológica. Como atividade de flexibilização, pode ser cursada a disciplina “Saúde & Cidadania”, que introduz habilidades relativas ao trabalho em equipe, à multidisciplinaridade e à articulação entre cidadania e saúde.

    3o Período

    O conhecimento anatômico continua seu afunilamento, com a “Anatomia Dentária”. Começa, neste semestre, o conhecimento mais aprofundado das doenças, com a “Patologia Geral” e com a “Microbiologia e Imunologia Oral” que trazem para o campo mais específico da Odontologia, os conhecimentos anteriores da Microbiologia e da Imunologia. O corpo social é novamente retomado na disciplina “Odontologia, Cultura e Sociedade”, articulando o modo de pensar a saúde e a doença nos planos biológico e social. Neste período o aluno já está apto, portanto, ao primeiro contato com as disciplinas de propedêutica clínica, ainda que em suas características mais básicas, através do conhecimento da “Farmacologia” e da “Psicologia aplicada à Odontologia”, insumos fundamentais para a prática clínica no campo da terapêutica e da abordagem psicológica na relação profissional-paciente. Aliado a isso, a habilidade de pesquisa começa a ser melhor estimulada (embora deva constituir-se em conhecimento transversal), através da “Metodologia da Pesquisa Científica”.

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    19

    4o Período

    Neste período, o estudo das doenças ainda ganha especificidade com a “Patologia Oral”, que estuda as principais doenças da cavidade bucal em seus aspectos fisiopatológicos e histológicos e com a “Estomatologia” que discute seus aspectos clínicos. Dada a importância da cárie enquanto doença que mais afeta a boca, seu estudo ficará a cargo da “Cariologia”. Ainda no campo da propedêutica, a “Imagenologia” dará todo o suporte para o conhecimento das técnicas de diagnóstico por imagem e “Materiais Dentários” e traz o necessário entendimento a respeito dos diversos materiais utilizados na prática odontológica. A abordagem individual é expandida através da abordagem coletiva trazida pela “Saúde Bucal Coletiva I”. Articulando e integrando esse conjunto de conhecimentos, a “Clínica Integrada Nível I” deverá proporcionar ao aluno o primeiro contato clínico com o paciente, ainda trabalhando suas primeiras habilidades de diagnóstico, exercitando sua relação profissional-paciente e seus conhecimentos de propedêutica, numa atividade denominada, informalmente, de “Clínica de Acolhimento”.

    5o Período

    A partir desse período, todo o conhecimento anterior será canalizado no sentido de incorporar, progressivamente, sucessivas habilidades de caráter clínico, social e humanístico, sem esquecer que deverão estar articuladas às atividades de atenção à saúde, via extensão, e de construção de conhecimento, por intermédio da pesquisa e iniciação cientifica. A “Odontologia Preventiva”, articulada à clínica e à Saúde Coletiva, discute os principais métodos e técnicas preventivas aplicáveis ao plano coletivo. Na “Cirurgia Odontológica”, o aluno tem o primeiro contato com as práticas cirúrgicas mais invasivas como as exodontias, não esquecendo, contudo, que tal prática deve estar articulada a um plano integrado de tratamento. Na “Clínica Integrada Nível II”, são incorporados os conhecimentos teóricos das áreas de Oclusão, Dentística, Periodontia e Materiais Dentários. Considerando, contudo, a estratégia de clínicas integradas de complexidade crescente, as habilidades anteriormente trabalhadas na Clínica Nível I são também aqui incorporadas.

    6o Período

    Às habilidades desenvolvidas na Clínica Nível II são incorporados os conhecimentos teóricos da Endodontia e da Dentística, esta agora num maior nível de complexidade que o anterior. Ainda dentro da atenção clínica, começam a ser desenvolvidas as habilidades de atenção à criança na “Clínica Infantil I”, que deverá incorporar os conhecimentos da “Odontopediatria” e da “Ortodontia”. No campo da abordagem coletiva, a “Saúde Bucal Coletiva II” continua aprofundando os conhecimentos anteriores da Odontologia Preventiva e da Saúde Bucal Coletiva I.

    7o Período

    A abordagem da criança continua na “Clínica Infantil II” e tem-se neste período a primeira aproximação com as atividades reabilitadoras. Na “Clínica Protética I” são abordados os conhecimentos das próteses dentárias removíveis (parciais e totais) e a “Clínica Protética II” as habilidades relativas ao tratamento com base em próteses fixas. Importante ressaltar que esta divisão se dá apenas por características operacionais, dadas as especificidades dos dois diferentes tipos de prótese, devendo, entretanto, funcionarem de

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    forma articulada. Inicia-se, aqui uma integração, também, com a disciplina de Metodologia, anteriormente ofertada, onde as habilidades de pesquisa começam a ser melhor desenvolvidas a partir da disciplina que dará suporte ao trabalho de conclusão de curso.

    8o Período

    Neste período o aluno tem acesso às técnicas cirúrgicas mais complexas, através da “Cirurgia Bucomaxilar” e da “Traumatologia” associada ao estágio em TBMF. Ainda no campo da Propedêutica, a disciplina de “DTM e Dor Orofacial” acrescenta habilidades específicas a este campo de tratamento, cujo início se deu com os conhecimentos de oclusão e continuou de forma transversal nas clínicas subseqüentes. A “Clínica Integrada Nível IV” praticamente finaliza o processo de complexificação crescente, com a incorporação da prótese ao conjunto de habilidades desenvolvidas nas clínicas anteriores. No campo da formação humanística, a disciplina de “Odontologia Legal”, trata das questões éticas e da organização do trabalho profissional.

    9o Período

    Neste último período do curso são exercitadas habilidades “finalizadoras”. Os dois estágios (Clínica Integrada e CRUTAC) deverão proporcionar uma visão mais integrada ainda do tratamento, com a perspectiva de atuação extra-muro. A “Saúde Bucal Coletiva III” também procurará concluir a abordagem coletiva da saúde. No campo da Propedêutica, a disciplina de “Implantodontia”, de caráter complementar, procurará fornecer conhecimentos básicos a respeito desta área que tem se desenvolvido mais recentemente. Finalmente, o “TCC II” concluirá o processo iniciado com a Metodologia da Pesquisa e continuado pelo TCC I, fornecendo subsídios finais para o aluno desenvolver e apresentar seu trabalho de pesquisa, se possível com a publicação.

    6.2. Processo de equivalência entre as propostas curriculares

    Os quadros a seguir ilustram como se dará o processo de equivalência curricular. No Quadro I temos a equivalência entre as disciplinas do currículo vigente e o proposto e, no Quadro II, o inverso, ou seja, entre o proposto e o vigente. Cabe ressaltar que, em função de mudanças mais profundas em algumas disciplinas, como por exemplo, as fusões para a construção das disciplinas de Clínica Integrada, em alguns casos não são possíveis as equivalências.

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    Centro: Centro de Ciências da Saúde Curso: Odontologia Turno: ( )M ( )T ( )N (X)MT ( )MN ( )TN ( )MTN Cidade: Natal Modalidade: ( )Bacharelado ( )Licenciatura (X)Formação ( )Tecnólogo Habilitação: Ênfase:

    UFRN

    Currículo: 04

    QUADRO DE EQUIVALÊNCIA I Disciplinas do currículo vigente: Disciplinas do currículo proposto:

    Cód. Denominação CR. Cód. Denominação CR.

    DEF0001 Educação Física I 2 Sem Equivalência

    DEF0650 Ativ. Física, Saúde e Qualidade de Vida 4 DEF0650 Ativ. Física, Saúde e Qualidade de Vida 4

    MOR0009 Anatomia III 9 Anatomia Geral 4

    MOR0022 Histologia II 5 MOR0022 Histologia II 5

    MOR0043 Embriologia III 3 MOR0043 Embriologia III 3

    DBG0003 Biologia Celular e Molecular 5 DBG0003 Biologia Celular e Molecular 5

    DBQ0002 Bioquímica II 8 DBQ0002 Bioquímica II 6

    DEF0002 Educação Física II 2 Sem Equivalência

    DEF0651 Ativ. Física, Lazer e Cultura 4 DEF0651 Ativ. Física, Lazer e Cultura 4

    DFS0036 Fisiologia II 8 DFS0036 Fisiologia II 8

    DMP0102 Parasitologia II 3 Sem Equivalência

    EPB0001 Estudo dos Problemas Brasileiros I 2 Sem Equivalência

    DBF0003 Biofísica III 4 Sem Equivalência

    DBF0202 Farmacologia II 5 DBF0202 Farmacologia II 5

    DMP0002 Microbiologia e Imunologia V 7 Microbiologia Geral 4

    DOD0052 Patologia Geral 3 DOD0052 Patologia Geral 3

    EPB0002 Estudo dos Problemas Brasileiros 2 2 Sem Equivalência

    DAN0001 Antropologia I 4 DAN0001 Antropologia I

    DOD0028 Patologia Oral 8 DOD0028 Patologia Oral 8

    DOD0029 Materiais Dentários 7 Materiais Dentários I 6

    DOD0030 Anatomia e Escultura Dentária 4 DOD0030 Anatomia e Escultura Dentária 4

    DOD0031 Oclusão 3 Clínica Integrada Nível I 4

    DCS0029 Sociologia I 4 DCS0345 Sociologia da Saúde 4

    DOD0033 Diagnóstico Oral 9 Estomatologia 4

    Imagenologia 4

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    QUADRO DE EQUIVALÊNCIA I

    Disciplinas do currículo vigente: Disciplinas do currículo proposto: Cód. Denominação CR. Cód. Denominação CR.

    DOD0034 Dentística Pré-Clínica 5 Sem Equivalência

    DOD0035 Odontologia Preventiva e Social 6 Saúde Bucal Coletiva I 3

    Odontologia Preventiva 4

    PSI0082 Psicologia Aplicada à Odontologia 8 PSI0082 Psicologia Aplicada à Odontologia 8

    DOD0032 Cirurgia Odontológica 8 DOD0032 Cirurgia Odontológica 8

    DOD0037 Endodontia 7 Sem Equivalência

    DOD0038 Dentística Clínica 7 Sem Equivalência

    DOD0039 Prótese Parcial Fixa 10 Sem Equivalência

    DOD0036 Periodontia 8 Sem Equivalência

    DOD0041 Prótese Total 8 Sem Equivalência

    DOD0042 Odontopediatria 8 Sem Equivalência

    DOD0043 Ortodontia 6 Sem Equivalência

    DOD0040 Prótese Parcial Removível 7 Sem Equivalência

    DOD0045 Traumatologia Buco-Maxilo-Facial 6 DOD0045 Traumatologia Buco-Maxilo-Facial 6

    DOD0046 Orientação Profissional 5 DOD0046 Orientação Profissional 5

    DOD0047 Clínica Integrada 21 Clínica Integrada Nível IV 16

    DOD0044 Cirurgia Buco-Maxilar 6 DOD0044 Cirurgia Buco-Maxilar 6

    DOD0049 Estágio Supervisionado CRUTAC 3 Estágio Supervisionado CRUTAC

    DSC0001 Elaboração de Trabalho Científico 3 Sem Equivalência

    DOD0048 Estágio Supervisionado Clínica Integrada 7 DOD0048 Estágio Supervisionado Clínica Integrada 5

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    Centro: Centro de Ciências da Saúde Curso: Odontologia Turno: ( )M ( )T ( )N (X)MT ( )MN ( )TN ( )MTN Cidade: Natal Modalidade: ( )Bacharelado ( )Licenciatura (X)Formação ( )Tecnólogo Habilitação: Ênfase:

    UFRN

    Currículo: 04

    QUADRO DE EQUIVALÊNCIA II Disciplinas do currículo proposto: Disciplinas do currículo vigente:

    Cód. Denominação CR. Cód. Denominação CR.

    DBG0003 Biologia Celular e Molecular 5 DBG0003 Biologia Celular e Molecular 5

    MOR0022 Histologia II 5 MOR0022 Histologia II 5

    MOR0043 Embriologia III 3 MOR0043 Embriologia III 3

    Anatomia Geral 4 MOR0009 Anatomia III 9

    DBG0142 Genética VII 4 Sem Equivalência

    Introdução à Odontologia 2 Sem Equivalência

    DCS0345 Sociologia da Saúde 4 DCS0029 Sociologia I 4

    Anatomia de Cabeça e Pescoço 5 Sem Equivalência

    DMP0018 Microbiologia Geral 4 DMP0002 Microbiologia e Imunologia V 7

    Imunologia 3 DMP0002 Microbiologia e Imunologia V 7

    Bioquímica 6 DBS0002 Bioquímica II 8

    DFS0036 Fisiologia II 8 DFS0036 Fisiologia II 8

    DAN0001 Antropologia I 4 DAN0001 Antropologia I 4

    DSC0090 Saúde & Cidadania 4 DSC0090 Saúde & Cidadania 4

    DOD0030 Anatomia e Escultura Dentária 4 DOD0030 Anatomia e Escultura Dentária 4

    DOD0052 Patologia Geral 4 DOD0052 Patologia Geral 4

    Microbiologia e Imunologia Oral 2 Sem Equivalência

    Odontologia, Cultura e Sociedade 4 Sem Equivalência

    Metodologia da Pesquisa Científica 4 Sem Equivalência

    PSI0082 Psicologia Aplicada à Odontologia 4 PSI0082 Psicologia Aplicada à Odontologia 4

    DBF0202 Farmacologia II 5 DBF0202 Farmacologia II 5

    DIM0103 Introdução à Informática 4 Sem Equivalência

    Saúde Bucal Coletiva I 3 Sem Equivalência

    DOD0028 Patologia Oral 8 DOD0028 Patologia Oral 8

    Estomatologia 4 DOD0033 Diagnóstico Oral 9

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    QUADRO DE EQUIVALÊNCIA II

    Disciplinas do currículo proposto: Disciplinas do currículo vigente: Cód. Denominação CR. Cód. Denominação CR.

    Imagenologia 4 DOD0033 Diagnóstico Oral 9

    Cariologia 3 Sem Equivalência

    Materiais Dentários I 6 DOD0029 Materiais Dentários 7

    Clínica Integrada Nível I 4 Sem Equivalência

    Odontologia Preventiva 4 DOD0035 Odontologia Preventiva e Social 6

    DOD0032 Cirurgia Odontológica 8 DOD0032 Cirurgia Odontológica 8

    Clínica Integrada Nível II 18 Sem Equivalência

    Bioestatística 2 Sem Equivalência

    Saúde Bucal Coletiva II 4 Sem Equivalência

    Clínica Integrada Nível III 12 Sem Equivalência

    Clínica Infantil I 16 DOD0042 Odontopediatria 8

    DOD0043 Ortodontia 6

    Clínica Protética I 16 DOD0041 Prótese Total 8

    DOD0040 Prótese Parcial Removível 7

    Clínica Protética II 10 DOD0039 Prótese Parcial Fixa 10

    Clínica Infantil II 4 Sem Equivalência

    Trabalho de Conclusão de Curso I Sem Equivalência

    DOD0044 Cirurgia Buco-maxilar 6 DOD0044 Cirurgia Buco-maxilar 6

    DOD0044 Traumatologia Buco-Maxilo-Facial 4 DOD0044 Traumatologia Buco-Maxilo-Facial 4

    Estágio Supervisionado em TBMF DOD0044 Traumatologia Buco-Maxilo-Facial 4

    Odontologia Legal 3 Sem Equivalência

    DTM e Dor Orofacial 2 Sem Equivalência

    Clínica Integrada Nível IV 16 DOD0047 Clínica Integrada 21

    Trabalho de Conclusão de Curso II Sem Equivalência

    Saúde Bucal Coletiva III Sem Equivalência

    Estágio Supervisionado Clínica Integrada 5 DOD0048 Estágio Supervisionado Clínica Integrada 7

    DOD0049 Estágio Supervisionado CRUTAC Estágio Supervisionado CRUTAC

    Implantodontia 3 Sem Equivalência

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    25

    O modelo de Clínica Integrada

    A sistemática de funcionamento das Clínicas Integradas segue o princípio da complexidade crescente a cada período, sempre tendo como suporte teórico, as disciplinas oferecidas no período anterior e com caráter cumulativo, como se vê a seguir. Os créditos teórico-práticos que constam na terceira coluna expressam a distribuição das áreas de conhecimento e definem as responsabilidades de cada uma delas. No caso do 5o período, por exemplo, dos 18 créditos computados para a Clínica Integrada Nível II, dois serão destinados à discussão teórico-prática da Oclusão, cinco para Dentística I e assim por diante, ficando cinco créditos para a atividade clínica integrada propriamente dita. A quarta coluna ilustra os conhecimentos que devem ser desenvolvidos, estando articulados ao nível de complexidade estabelecido para cada clínica em particular.

    Quadro 2. Períodos, Clínicas, créditos e habilidades na organização das clínicas integradas de complexidade crescente.

    Período Clínica Créditos Teórico-Práticos Conhecimentos

    4o Clínica de Acolhimento (N1) • Cariologia

    • Estomatologia

    • Patologia Oral

    • Imagenologia

    • Terapêutica

    • Biossegurança

    5o Clínica Integrada Nível II • Oclusão - 2 créd

    • Dentística I - 5 créd

    • Periodontia - 4 créd

    • Materiais Dentários - 2 créd

    • Materiais Dentários

    • Oclusão

    • Cariologia

    • O. Preventiva

    • Estomatologia

    • Imagenologia

    • Dentística

    • Periodontia

    6o Clínica Integrada Nível III • Dentística II – 4 créd

    • Endodontia – 4 créd

    • Oclusão

    • Cariologia

    • Odont. Preventiva

    • Estomatologia

    • Imagenologia

    • Dentística

    • Periodontia

    • Endodontia

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    26

    Quadro 2. Continuação

    Período Clínica Créditos Teórico-Práticos Conhecimentos

    6o Clínica Infantil I • Odontopediatria – 4 créd

    • Ortodontia – 6 créd

    • Materiais Dentários

    • Cariologia

    • O. Preventiva

    • Estomatologia

    • Imagenologia

    • Odontopediatria

    • Ortodontia

    7o Clínica Protética I • Prótese Removível Parcial – 6 créd

    • Prótese Removível Total – 6 créd

    • Materiais Dentários

    • Oclusão

    • Imagenologia

    • Estomatologia

    • Prótese Removível Parcial e Total

    7o Clínica Protética II • Prótese Fixa – 8 créd • Materiais Dentários

    • Oclusão

    • Imagenologia

    • Estomatologia

    • Prótese Fixa Parcial

    7o Clínica Infantil II • Cariologia

    • Odont. Preventiva

    • Estomatologia

    • Imagenologia

    • Odontopediatria

    • Ortodontia

    8o Clínica Integrada Nível IV • Cariologia

    • Odont. Preventiva

    • Imagenologia

    • Oclusão

    • Estomatologia

    • Dentística

    • Periodontia

    • Endodontia

    • Prótese Fixa

    • Prótese Removível Parcial e Total

    • DTM e Dor Orofacial

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    27

    Quadro 2. Continuação

    Período Clínica Créditos Teórico-Práticos Habilidades

    9o Estágio Supervisionado em Clínica Integrada Nível V

    • Cariologia

    • Odont. Preventiva

    • Imagenologia

    • Oclusão

    • Estomatologia

    • Dentística

    • Periodontia

    • Endodontia

    • Prótese Fixa

    • Prótese Removível Parcial e Total

    • DTM e Dor Orofacial

    9o Estágio Supervisionado CRUTAC

    • Cariologia

    • Odont. Preventiva

    • Imagenologia

    • Oclusão

    • Estomatologia

    • Dentística

    • Periodontia

    • Endodontia

    • Saúde Coletiva

    6.3. Elenco de Disciplinas

    O anexo 5 traz informações detalhadas sobre os planos de ensino de cada uma das disciplinas oferecidas, de caráter obrigatório e optativo.

    6.4. Atividades de Flexibilização

    A atividades de flexibilização curricular do curso são expressas na oferta de disciplinas optativas e nas atividades complementares.

    6.5. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

    O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é atividade obrigatória para a integralização da carga horária e conseqüente colação de grau do aluno. A regulamentação do TCC está prevista em resolução específica, constante no anexo 4.

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    6.6. Orientação Acadêmica

    Considerando as atividades de complementação e flexibilização curricular, a orientação acadêmica é uma estratégia fundamental para o perfeito andamento do curso. O detalhamento do processo de Orientação Acadêmica está descrito em resolução específica, editada pela UFRN.

    7. Vagas ofertadas e formas de acesso

    O curso oferece anualmente 72 vagas, sendo 36 por semestre, ou seja, duas entradas anuais, funcionando nos turnos matutino e verpertino. Além disso, outras vagas são ofertadas por outras formas de acesso.

    • Vestibular anual – Sistema de entrada regular, onde são disponibilizadas 36 vagas por semestre, 72 ao ano. O vestibular da UFRN é realizado pela Comissão Permanente do Vestibular, a COMPERVE (www.comperve.ufrn.br)

    • Transferência compulsória – Para os casos de transferência de servidor público federal e seus dependentes. Disciplina este ato a Resolução 056/97 CONSEPE.

    • Transferências voluntárias – Para os casos de alunos de outra instituição que desejem ingressar na UFRN. A entrada se dá por seleção e é regulamentada pela Resolução 094/99 CONSEPE.

    • Reingresso – Para os casos em que alunos da UFRN queiram ingressar em outros cursos mediante processo seletivo. É regulamentada pela Resolução 061/98 CONSEPE.

    As duas últimas formas (transferências voluntárias e reingresso) não apresentam oferta regular, sendo decidido pela sua disponibilidade a cada ano pelo Colegiado de Curso.

    8. Estratégias de Implantação

    Está prevista a implantação do presente projeto a partir do semestre 2007.1. A matriz a seguir faz uma simulação da organização do novo currículo em relação ao anterior.

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    Quadro 3. Matriz de transição entre as duas estruturas curriculares.

    2007.1 2007.2 2008.1 2008.2 2009.1 2009.2 2010.1 2010.2 2011.1

    CURRÍCULO NOVO

    1o 2o 3o 4o 5o 6o 7o 8o 9o

    1o 2o 3o 4o 5o 6o 7o 8o

    1o 2o 3o 4o 5o 6o 7o

    1o 2o 3o 4o 5o 6o

    1o 2o 3o 4o 5o

    1o 2o 3o 4o

    1o 2o 3o

    1o 2o

    1o

    CURRÍCULO ANTIGO

    2o 3o 4o 5o 6o 7o 8o 9o

    3o 4o 5o 6o 7o 8o 9o

    4o 5o 6o 7o 8o 9o

    5o 6o 7o 8o 9o

    6o 7o 8o 9o

    7o 8o 9o

    8o 9o

    9o

    Esta matriz de transição ajuda a entender de que maneira a implantação do novo currículo afeta o desenvolvimento das aulas quando se considera um determinado período em que se tem uma disciplina sendo ministrada simultaneamente para turmas do antigo e do novo currículo.

    Uma simulação de como seria organizada a carga horária, tendo em conta a atual distribuição, a matriz de transição e a proposta de reforma está ilustrada a seguir, em cada um dos nove períodos. Detalhes sobre a proposta da divisão de horários onde a transição também pode ser observada se encontra no Anexo 6.

    O que se pode perceber, desse modo, é que a “normalização” da estrutura curricular acontecerá somente no primeiro semestre de 2011. Neste espaço de convivência entre os dois currículos, algumas estratégias deverão ser pensadas para adaptar os recursos físicos e humanos existentes, bem como para estabelecer formas de migração de um currículo para o outro por parte do corpo discente, através das equivalências.

    Algumas situações podem ser antecipadas, particularmente aquelas em que certas disciplinas mudam de período entre os currículos, o que provoca a sua simultaneidade em um

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    dado semestre. A seguir, considerando estas possibilidades, as seguintes situações podem ocorrer, de acordo com o período:

    2007.1 – Primeiro semestre do novo currículo e currículo anterior a partir do segundo.

    Neste caso não há problemas de adaptação, uma vez que todos os novos alunos já entrarão no novo currículo e o restante estará ocorrendo normalmente.

    2007.2 – Segundo semestre do novo currículo e currículo anterior a partir do terceiro.

    Aqui, pelo fato da disciplina de Microbiologia e Imunologia, antes ofertada no 3o período, ter sido desmembrada em “Microbiologia Geral” e “Imunologia” ambas ofertadas no 2o período do novo currículo, acarretará uma situação em que a mesma disciplina será ofertada simultaneamente: para o 3o período do currículo antigo e para o 2o período do currículo novo. Situação idêntica ocorrerá com a disciplina de Antropologia.

    2008.1 – Terceiro semestre do novo currículo e currículo anterior a partir do quarto.

    Neste caso, a simultaneidade ocorre com a disciplina de Psicologia Aplicada à Odontologia, a qual passou do 5o para o 3o período e Anatomia Dentária que passou do 4o para o 3o período.

    2008.2 – Quarto semestre do novo currículo e currículo anterior a partir do quinto.

    As disciplinas de Imagenologia e Estomatologia, que surgiram a partir da divisão da disciplina de Diagnóstico Oral se tornam simultâneas com a mesma, funcionando para o 4o e 5o períodos dos currículos novo e antigo respectivamente. Situação idêntica ocorre com Materiais Dentários.

    2009.1 – Quinto semestre do novo currículo e currículo anterior a partir do sexto.

    Com o início das Clínicas Integradas, a simultaneidade ocorrerá sempre com as disciplinas que na estrutura anterior eram ministradas isoladamente. Neste caso, as disciplinas de Dentística e Periodontia, que coincidem com a Clínica Integrada Nível II.

    2009.2 – Sexto semestre do novo currículo e currículo anterior a partir do sétimo.

    Coincidirá, neste caso, a Clínica Infantil I, do novo currículo, com a Ortodontia e a Odontopediatria do currículo anterior.

    2010.1 – Sétimo semestre do novo currículo e currículo anterior a partir do oitavo.

    A maior coincidência ocorre, neste caso, com as Clínicas Protéticas I e II do novo currículo com a Clínica Integrada do currículo anterior.

    2010.2 – Oitavo semestre do novo currículo e currículo anterior cursando o nono.

    Neste caso coincide a Clínica Integrada Nível IV do novo currículo com o Estágio Supervisionado em Clínica Integrada do currículo anterior.

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    A avaliação deste cenário preliminar é importante na medida em que antecipa determinadas ações que precisam ser realizadas, particularmente no tocante à migração de alunos de uma estrutura curricular para outra, readequação da estrutura física e, fundamentalmente dos recursos humanos.

    9. Suporte necessário ao funcionamento do curso

    Dois aspectos relativos ao suporte para o funcionamento do curso são cruciais: os recursos humanos (corpos docente e técnico-administrativo) e a infra-estrutura física. Com relação ao primeiro aspecto, conforme documentos recentes relativos aos últimos planos trienais do Departamento de Odontologia, o ritmo de contratações tem sido bem mais lento que o das aposentadorias, particularmente na segunda metade dos anos 1990. Neste sentido, há um déficit de, pelo menos 10 docentes, apenas no ciclo profissionalizante, sendo que a opção temporária de contratação de professores substitutos tem sido prática corrente nos últimos anos.

    No que diz respeito à estrutura física, o atual prédio onde funciona todo o ciclo profissionalizante do curso data do início dos anos 1960 e apresenta vários problemas. O mais óbvio deles é a total obsolescência de sua estrutura, com deficiências nas partes elétrica e hidráulica. Ademais, o atual conjunto arquitetônico foi idealizado para turmas de poucos alunos, de tal modo que suas clínicas (à exceção da Clínica Integrada, recém-reformada) possuem poucos equipamentos, obrigando às disciplinas que nelas funcionam a recorrerem à estratégia de dividir turmas. Esse procedimento prejudica, conjuntamente, alunos e professores, pois, no fim das contas, os alunos recebem horas-clínica de menos e os professores ministram horas-clínica demais.

    Com relação aos laboratórios e salas de aula, hoje se apresentam em número insuficiente e padecem das mesmas limitações na medida em que as salas de aula surgiram de modo improvisado e os laboratórios são isolados, excessivamente específicos e pequenos.

    Neste sentido, idealmente uma estrutura totalmente nova seria necessária para o perfeito funcionamento do curso. Tal realidade, embora distante, deve ser perseguida, entretanto é possível, a partir de uma readequação do atual espaço, proporcionar uma implantação do atual projeto dentro de padrões aceitáveis.

    Com a atual proposta pedagógica, buscando integração e prática interdisciplinar, será necessária a configuração descrita a seguir.

    9.1. Recursos Humanos

    O Curso de Odontologia possui, em sua estrutura, disciplinas ofertadas por 11 departamentos pertencentes a 3 centros acadêmicos, conforme se observa no quadro a seguir. O número de professores envolvidos nas disciplinas ofertadas é variável em função do semestre, contudo, segundo dados do ponto.@, 74 estão envolvidos na oferta de disciplinas ao curso.

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    Quadro 4. Número de disciplinas ofertadas segundo centro e departamento.

    Centro Departamento No Disciplinas No Docentes

    Biologia e Genética 2 2

    Morfologia 4 5

    Microbiologia e Parasitologia 2 5

    Bioquímica 1 3

    Fisiologia 1 4

    Centro de Biociências (CB)

    Biofísica e Farmacologia 1 3

    Ciências Sociais 1 1

    Antropologia 1 1

    Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA)

    Psicologia 1 1

    Saúde Coletiva 1 1 Centro de Ciências da Saúde (CCS)

    Odontologia 34 48

    TOTAL 47 74

    Apenas no Departamento de Odontologia, que concentra todo o ciclo profissionalizante e ainda oferta algumas disciplinas do ciclo básico, são 49 professores, distribuídos, segundo titulação e regime, de acordo com a Tabela a seguir.

    Tabela 1. Docentes do Departamento de Odontologia segundo regime e titulação. Dados de 2005.

    Regime

    Titulação 20 horas 40 horas DE Total

    Graduação 0 0 0 0

    Especialização 1 1 0 2

    Mestrado 0 9 10 19

    Doutorado 1 5 22 27

    Total 2 15 32 49

    Fonte: Plano Trienal do Departamento de Odontologia

    De acordo com o Plano Trienal do Departamento de Odontologia de 2005, em função das recentes aposentadorias de grande parte de seu corpo docente e a conseqüente não contratação em número suficiente, tendo em conta a atual demanda e a que será gerada pela nova estrutura curricular, seria necessária a criação de 10 novas vagas no Departamento nas mais variadas áreas.

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    9.2. Infra-estrutura física

    9.2.1. Salas de Aula e Laboratórios de Ensino

    O Departamento de Odontologia conta hoje com um conjunto deficiente de salas de aula, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos. Quatro salas que abrigam entre 30 e 40 alunos dão suporte às aulas teóricas. Torna-se necessária a criação de, pelo menos mais duas salas de aula e readequação das existentes no que diz respeito ao conforto e estrutura para funcionamento.

    Com relação aos laboratórios de ensino, à semelhança das clínicas (ver tópico 9.2.2 adiante), os mesmos foram projetados para turmas de poucos alunos e a partir de uma concepção de ensino não-integrado. Existem laboratórios em demasia, porém com equipamentos específicos e com pouca capacidade. São, atualmente, dois laboratórios de pré-clínica (Dentística e Anatomia e Escultura Dentária), um laboratório de Materiais Dentários, um de Prótese e um de Ortodontia. Uma reestruturação desses laboratórios, criando estruturas multi-funcionais seria o ideal, compondo um único laboratório de pré-clínica, um de prótese e outro multi-funcional para abrigar as demais áreas, todos com capacidade para 40 alunos.

    9.2.2. Clínicas

    Conforme destacamos anteriormente, as clínicas do Departamento de Odontologia foram planejadas para turmas pequenas, sendo sua distribuição atual a que se segue:

    • Clínica Integrada – 27 equipos

    • Clínica Odete Maranhão – 13 equipos

    • Clínica Hildebrando Matoso – 15 equipos

    • Clínica de Prótese – 10 equipos

    • Clínica de Cirurgia Odontológica – 14 equipos

    Como se vê, considerando a entrada semestral de 36 alunos, torna-se difícil trabalhar com a atual estrutura sem a necessidade de dividir as turmas, transformando a hora-professor no dobro da hora-aluno, o que gera um modelo de ensino ineficiente e de mais alto custo.

    Necessário se faz, portanto, rever o próprio modelo arquitetônico das clínicas, ainda mais tendo em conta que o novo currículo pressupõe a existência de clínicas de complexidade crescente desde o quarto período do curso. Segundo orientações do próprio MEC e considerando, ainda, as experiências de outros cursos, um modelo de clínica, com 20 equipos cada parece o ideal, o que permitiria que turmas de até 40 alunos pudessem realizar suas atividades clínicas em trabalho a quatro mãos (dois alunos por equipo). Levando em consideração, ainda, o número de créditos de clínicas e sua respectiva distribuição ilustrada no anexo 6, seriam necessárias 5 (cinco) clínicas de 20 equipos cada, totalizando 100, mantendo-se, ainda a clínica de Cirurgia Odontológica (com 14 equipos).

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    De acordo com a “Avaliação dos Padrões de Qualidade dos Cursos de Graduação em Odontologia”, proposta pela Secretaria de Ensino Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC, 1997) e também com o “Manual de Avaliação do Curso de Odontologia” do Inep (MEC, 2002), recomenda-se que o total de equipamentos odontológicos seja o correspondente a uma vez e meia o total de vagas ofertadas anualmente. Em outras palavras, levando em conta que ofertamos 74 vagas, o ideal seria disponibilizar 111 equipos. Neste caso, com os 114 que estamos propondo, estaríamos dentro dos padrões estabelecidos pelo MEC e garantindo ensino de boa qualidade aos alunos.

    9.2.3. Bibliotecas

    A Biblioteca Setorial de Odontologia, vinculada a Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM), ocupa um espaço bastante limitado dentro do Departamento. Necessário se faz a sua ampliação, no sentido de possibilitar maiores áreas para estudo para os alunos, bem como para albergar novos livros e periódicos.

    Também se torna necessária a ampliação dos terminais de computadores para consulta, bem como um serviço específico para reprografia.

    Do ponto de vista do acervo, a despeito do esforço em anos recentes no sentido de ampliá-lo e ainda considerando a existência de Portal de Periódicos Capes, é importante que seja ampliado o acervo de periódicos, bem como que seja estabelecida uma política de compras e assinaturas que garanta a periodicidade dos mesmos.

    9.2.4. Laboratório de Informática

    O atual laboratório de informática do Departamento de Odontologia conta com 10 microcomputadores em rede. São computadores novos e que, do ponto de vista de sua configuração, atendem às necessidades do alunado, do ponto de vista dos recursos, como acesso à Internet e os softwares disponíveis.

    Entretanto, são, ainda, muito poucos equipamentos disponíveis, considerando a existência de mais de 200 alunos no ciclo profissionalizante. Um laboratório com, pelo menos, 40 máquinas seria o ideal, considerando, ainda a possibilidade de utilizá-lo como recurso didático, em algumas disciplinas que necessitam do uso de computadores.

    10. Sistemática de Avaliação

    10.1. Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem

    A avaliação do processo ensino-aprendizagem na atual estrutura curricular se dá de modo tradicional, baseada em resultados e de modo pontual. A possibilidade de implementação de novas estratégias, pautadas na avaliação contínua e sistemática e centradas no desenvolvimento de habilidades e competências, se dará a partir de um contínuo processo de capacitação docente. Neste sentido, aproveitando as iniciativas propostas pela Pró-Reitoria de Graduação em seus programas de qualificação, o curso deverá proporcionar oficinas de trabalho regulares na perspectiva de capacitar os docentes, não somente em questões relativas

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    à avaliação, mas também com relação às técnicas pedagógicas participativas e voltadas para um melhor aproveitamento do aluno.

    10.2. Avaliação do Projeto Político-Pedagógico

    Foi criada, no âmbito do Colegiado do Curso de Odontologia, através da Portaria 01/2006 de 10 de fevereiro de 2006, a comissão responsável pelo acompanhamento e avaliação da implantação do Projeto Político Pedagógico do Curso de Odontologia da UFRN. Esta comissão deverá conduzir o processo de avaliação da implantação do projeto, o qual se dará com a participação de todos os setores envolvidos (docentes, discentes e corpo técnico-administrativo).

    Seminários de avaliação deverão ocorrer ao final de cada semestre, com carga horária de 8 (oito) horas e participação dos três setores, gerando relatórios os quais subsidiarão as atividades dos semestres subseqüentes.

    11. Resultados Esperados

    Espera-se, com este projeto, que, em primeiro lugar, tenhamos um processo de formação que aponte para o que é proposto pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Odontologia. A formação de um profissional voltado para as reais necessidades da população, com capacidade crítica e reflexiva e com o desenvolvimento de todas as habilidades e competências preconizadas é, certamente, a principal meta a ser alcançada.

    No curto prazo, espera-se, também, que as principais dificuldades encontradas pela condução do curso, apontadas no diagnóstico exposto no início deste documento, sejam superadas. Uma melhor articulação entre os conteúdos, maior valorização das atividades de ensino, pesquisa e extensão, superação da dicotomia “teoria-prática”, bem como mudanças nas estratégias pedagógicas são pontos importantes que, esperamos, estejam presentes ao longo do processo de implantação e se consolidem com a nova estrutura.

    Conforme apontamos inicialmente, a construção de um Projeto Político Pedagógico é um processo inacabado. Deveremos estar constantemente avaliando sua condução no sentido de corrigir os rumos, observando as falhas e estabelecendo as melhores alternativas.

    12. Bibliografia e Referências

    1. CABRAL NETO, Antonio. Notas para uma discussão contextualizada sobre o Projeto Político-Pedagógico. Coleção Pedagógica. Nº 1. Natal: EDUFRN, 2000.

    2. CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA. Dados do CFO. Capturado em junho. 2005. On line. Disponível na Internet http://www.cfo.org.br.

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    3. FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE GRADUAÇÃO – ForGRAD. Do pessimismo da razão ao otimismo da vontade: referências para a construção dos projetos pedagógicos nas

    IES brasileiras. Curitiba: 1999. (texto elaborado a partir da Oficina de trabalho de Curitiba, realizada no período de 15 a 17 de setembro de 1999).

    4. FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Ministério da Saúde. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios -2003: acesso e utilização de serviços de saúde. Brasília: Editora MS, 2004. 169p.

    5. MENDES, E.V. A evolução histórica da prática médica: suas implicações no ensino, na pesquisa e na tecnologia médicas. Belo Horizonte: PUC-MG/FINEP, 1984. 124p.

    6. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas em Educação “Anísio Teixeira” (INEP). Diretoria de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior (DAES). Manual de Avaliação do Curso de Odontologia. Brasília: Inep, 2002.

    7. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Ensino Superior. Comissão de Especialistas de Ensino em Odontologia. Roteiro de avaliação e padrões de qualidade dos cursos de graduação em Odontologia. Brasília, 1997.

    8. RAMALHO, Betania Leite; NUÑEZ, I.B. Competência: uma reflexão sobre o seu sentido. Coleção Pedagógica. N º 3. Natal: EDUFRN, 2002.

    9. SILVA, Heloiza Henê Marinho. Subsídios para a Elaboração do Projeto Político Pedagógico. Coleção Pedagógica. Nº1. Natal: EDUFRN, 2000.

    10. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN. Plano de Desenvolvimento Institucional. Natal: 1999 – 2008.

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    ANEXOS

  • Anexo 1

    Documentos Oficiais de Reconhecimento do Curso

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    Senado Federal Subsecretaria de Informações

    DECRETO Nº 31.209, DE 29 DE JULHO DE 1952. Concede reconhecimento aos cursos de farmácia e odontologia da Faculdade de Farmácia e Odontologia de Natal.

    O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usando da atribuição que lhe confere o artigo 87, item I, da Constituição e nos têrmos do art. 23 do Decreto-lei número 421, de 11 de maio de 1938,

    DECRETA:

    Artigo único. É concedido reconhecimento aos cursos de farmácia e odontologia da Faculdade de Farmácia e Odontologia de Natal, mantida pelo Govêrno do Estado do Rio Grande do Norte e com sede na capital dêsse Estado. Rio de Janeiro, 29 de julho de 1952; 131º da Independência e 64º da República.

    GETÚLIO VARGAS

    E. Simões Filho

  • UFRN/CCS - Curso de Odontologia

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    Senado Federal Subsecretaria de Informações

    LEI Nº 3.849, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1960 Federaliza a Universidade do Rio Grande do Norte, cria a Universidade de Santa Catarina e dá outras providências.

    O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art 1º A Universidade do Rio Grande do Norte, a que se refere o Decreto nº 45.116, de 26 de dezembro de 1958, passa a integrar o Ministério da Educação e Cultura - Diretoria do Ensino Superior, incluída na Categoria constante do item I, do art. 3º da Lei nº 1.254, de 4 de dezembro de 1950. Art 2º É Criada a Universidade de Santa Catarina, com sede em Florianópolis, Capital do Estado de Santa Catarina, e integrada no Ministério da Educação e Cultura - Diretoria do Ensino Superior, incluída na categoria constante do item I, do art. 3º da Lei nº 1.254, de 4 de dezembro de 1950. Art 3º As Universidades referidas nos artigos anteriores terão personalidade jurídica e gozarão de autonomia didática, financeira, administrativa e disciplinar, na forma da lei. Art 4º A Universidade do Rio Grande do Norte compor-se-á dos seguintes estabelecimentos de ensino superior: a) Faculdade de Medicina de Natal (Decreto nº 42.923, de 30 de dezembro de 1957); b) Faculdade de Farmácia de Natal (Lei nº 3.727, de 14 de fevereiro de 1960); c) Faculdade de Odontologia de Natal (Lei nº 3.727, de 14 de fevereiro de 1960); d) Faculdade de Direito de Natal (Decreto nº 43.142, de 3 de fevereiro de 1958); e) Escola de Engenharia da Universidade do Rio Grande do Norte (Decreto nº 47.438, de 15 de dezembro de 1959). § 1º As Faculdades e Escolas mencionadas neste artigo passam a denominar-se: Faculdade de Medicina, Faculdade de Farmácia, Faculdade de Odontologia, Faculdade de Direito e Escola de Engenharia da Universidade do Rio Grande do Norte. § 2º O Poder Executivo promoverá, dentro do prazo de três anos, a criação ou agregação à Universidade do Rio Grande do Norte, de uma Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Art 5º A Universidade de Santa Catarina compor-se-á dos seguintes estabelecimentos de ensino superior: a) Faculdade de Direito de Santa Catarina (Lei nº 3.038, de 19 de dezembro de 1956); b) Faculdade de Medicina de Santa Catarina (Decreto nº 47.531, de 29 de dezembro de 1959, retificado pelo Decreto nº 47.932, de 15 de março de 1960); c) Faculdade de Farmácia de Santa Catarina (Decreto nº 30.234, de 4 de dezembro de 1951); d) Faculdade de Odontologia de Santa Catarina (Decreto nº 30.234, de 4 de dezembro de 1951); e) Faculdade Catarinense de Filosofia (Decreto nº 46.266, de 26 de junho de 1959, Decreto nº 47.672, de 19 de janeiro de 1960); f) Faculdade de Ciências Econômicas de Santa Catarina (Decreto número 37.994, de 28 de setembro de 1955); g) Escola de Engenharia Industrial (modalidades: Química, mecânica e Metalurgia); h) Faculdade de Serviço Social, da Fundação Vidal Ramos, na qualidade de agregada (Decreto nº 45.063, de 19 de dezembro de 1958); Parágrafo único. As Faculdades e Escola mencionadas neste artigo passam a denominar-se: Faculdade de Direito, Faculdade de Medicina, Faculdade de Farmácia, Faculdade de Odontologia, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Faculdades de Ciências Econômicas, Escola de Engenharia Industrial da Universidade de Santa Catarina e Faculdade de Serviço Social.

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    Art 6º A Agregação de curso ou de outro estabelecimento de ensino depende de parecer favorável do Conselho Universitário e de deliberação do Govêrno, na forma da Lei, e assim a desagregação. Art 7º O patrimônio das Universidades referidas nesta Lei, será formado pelos: a) bens móveis, imóveis e instalações ora utilizados pelos estabelecimentos nelas integrados, exceto a agregada e que lhes serão transferidos nos têrmos desta Lei. b) bens e direitos que adquirir ou que lhes sejam transferidos na forma da Lei; c) legados e doações legalmente aceitos; d) saldos da receita própria e de recursos orçamentários outros, que lhes forem destinados. Parágrafo único. A aplicação dos saldos referidos na alínea d dêste artigo, depende de deliberação do Conselho Universitário e sòmente poderá sê-lo em bens patrimoniais, em equipamentos, em instalações ou em pesquisas, vedada qualquer alienação sem expressa autorização do Presidente da República. Art 8º Os recursos para manutenção e desenvolvimento dos serviços provirão das dotações orçamentárias que lhes forem atribuídas pela União; das rendas patrimoniais; da receita de taxas escolares; de retribuição de atividades remuneradas de laboratórios; de dotações, auxílios, subvenções e eventuais. Parágrafo único. A receita e a despesa constarão do orçamento de cada Universidade; e a comprovação dos gastos se fará nos têrmos da legislação vigente, obrigados todos os depósitos em espécie no Banco do Brasil S. A., cabendo ao Reitor a movimentação das contas. Art 9º Independentemente, de qualquer indenização, são incorporados ao patrimônio da União, mediante escritura pública, todos os bens móveis, imóveis e direitos ora na posse ou utilizados pelas Faculdades e Escolas referidas nesta Lei, exceto a agregada. Parágrafo único. Para a transferência dos bens mencionados neste artigo é assegurado o prazo de 90 (noventa) dias, findo o qual será havido como revogado o disposto nesta Lei em relação ao estabelecimento que desatender. Art 10. É assegurado o aproveitamento do pessoal administrativo e auxiliar técnico dos estabelecimentos aludidos nos arts. 4º e 5º, em quadro extraordinário, a ser aprovado pelo Poder Executivo, não podendo os respectivos salários exceder aos das atividades correspondentes no serviço público federal. § 1º Os Professôres das Faculdades e Escolas, referidos nesta Lei, não admitidos em caráter efetivo na forma da legislação federal, poderão ser aproveitados como interinos. § 2º Para o cumprimento do disposto neste artigo, a administração das Faculdades e Escolas apresentarão a Diretoria do Ensino Superior a relação, acompanhada de currículo, de seus professôres e servidores, especificando a forma de investidura, a natureza do serviço que desempenham, a data da admissão e a remuneração. § 3º Serão expedidos pelas autoridades competentes os títulos de nomeação decorrentes do aproveitamento determinado nesta Lei, depois e a contar da data da última das escrituras públicas referidas no artigo 9º. § 4º Para provimento, em caráter interino, de cátedras de novos cursos que forem instalados em qualquer Faculdade ou Escola integrante das Universidades mencionadas nesta Lei só poderão ser contratados docentes livres ou professôres catedráticos das mesmas disciplinas ou disciplinas afins. Art 11. Para execução do que determinam os arts. 1º e 2º desta Lei, são criados, no Quadro Permanente do Ministério da Educação e Cultura - Diretoria do Ensino Superior, - dois cargos de Reitor, padrão 2-C, duas funções gratificadas de Secretário, 3-F, e duas de Chefe de Portaria, 15-F, para as Reitorias. Art 12. Para execução do disposto nos arts. 1º e 4º, são criados, no Quadro Permanente do Ministério da Educação e Cultura - Diretoria do Ensino Superior, 33 cargos de Professor Catedrático (FN-URN-DESU), para a Faculdade de Medicina, 12 cargos de professor Catedrático (FF-URN-DESU) para a Faculdade de Farmácia; 14 cargos de Professor Catedrático (FO-URN-DESU) para a Faculdade de Odontologia; 22 cargos de Professor Catedrático (FD-URN-DESU) para a Faculdade de Direito; 25 cargos de Professor Catedrático - (EE-URN-DESU) para a Escola de Engenharia e uma função gratificada de Diretor, uma de Secretário e uma de Chefe de Portaria, para cada uma das referidas Faculdade e Escola. Art 13. Para execução do disposto nos arts. 2º e 5º, são criados, no Quadro Permanente do Ministério da Educação e Cultura - Diretoria do Ensino Superior, 22 cargos de Professor Catedrático (FM-USC-DESU) para a Faculdade de Medicina; 12 cargos de Professor Catedrático (FF-USC-DESU), para a Faculdade de Farmácia; 31 cargos de Professor Catedrático (FFI-USC-DESU) para a Faculdade de Filosofia; 12 cargos de Professor Catedrático (FO-USC-DESU) para a Faculdade de

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    Odontologia; 23 cargos de Professor Catedrático (FCE-USC-DESU) para a Faculdade de Ciências Econômicas; 26 cargos de Professor Catedrático (EEI-USC-DESU) para a Escola de Engenharia Industrial; e uma função gratificada de Diretor, 5-C, uma de Secretário, 3-F, e uma de Chefe de Portaria, 20-F, para cada uma das referidas Faculdades e Escola. Art 14. As nomeações e admissões de pessoal para as escolas de engenharia, mencionadas nos arts. 12 e 13, se farão à medida da progressão dos cursos. Art 15. Os cargos de Professor Catedrático nas Faculdades de Medicina das Universidades objeto desta Lei, serão progressivamente reduzidos a 18 à medida que se forem vagando, por extinção das respectivas cátedras, na forma a ser prevista, no Regimento da Escola, o qual deverá ser aprovado dentro de 60 dias após a instalação da Universidade. Parágrafo único. O disposto neste artigo será aplicado