31
Colégio Estadual Cecília Meireles – EFM São Pedro do Paraná – PR PROJETO POLヘTICO PEDAGモGICO São Pedro do Paraná

PROJETO POL˝TICO PEDAGÓGICO · Auxiliar de Contabilidade. O ColØgio teve seu curso de 2” Grau Educaçªo Geral reconhecido atravØs da Resoluçªo n” 1307/97 e a Habilitaçªo

  • Upload
    ngoliem

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Colégio Estadual Cecília Meireles – EFM

São Pedro do Paraná – PR

PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

São Pedro do Paraná

1. APRESENTAÇÃO

Este Projeto Político Pedagógico traduz os princípios de igualdade de condições para acesso e

permanência na Escola, qualidade de ensino para todos, gestão democrática e valorização do magistério e

diretrizes de decisões pedagógicas assumidos pela Instituição de Ensino, envolvendo a Equipe de Direção,

Corpo Docente e Funcionários, que após análises, reflexões e discussões sobre legislação vigente e em

consonância com a expectativa e necessidades foi elaborado.

O Colégio Estadual Cecília Meireles – Ensino Fundamental e Médio, em seu Projeto Político

Pedagógico apresenta seu compromisso em contribuir para a formação de cidadãos comprometidos com as

transformações sociais impostas pelo mundo moderno.

2. IDENTIFICAÇÃO

O Colégio Estadual Cecília Meireles – Ensino Fundamental e Médio - código 00105, situa-se à

Avenida Brasil, 466, telefone (44) 3464-1109, município de São Pedro do Paraná - código 2610, pertencente ao

Núcleo Regional de Educação de Loanda – código 20 e tem como mantenedora a Secretaria de Estado da

Educação do Paraná. A distância entre o estabelecimento e o Núcleo Regional de Educação é de 20 km.

O Colégio possui 11 salas de aula, 01 biblioteca, 01 sala adaptada para Laboratório de Informática,

01 Laboratório de Ciências, Biologia, Física e Química, 01 cozinha e 02 dependências administrativas. Tem

como autorização de funcionamento a Resolução nº 1359/81 de 08/07/81 e reconhecendo o curso a Resolução

nº 2674/85 de 30/05/1985. Possui o Regimento Escolar aprovado pelo Parecer do NRE nº 121/01 de 30/01/01,

ato de renovação de reconhecimento: Ensino Médio Resolução 1526/03 de 19/05/2003 e Ensino Fundamental

Resolução 1586/03 de 21/05/2003.

2.1 HISTÓRICO

O Colégio Estadual Cecília Meireles – Ensino Fundamental e Médio de São Pedro do Paraná, foi

criado através do Decreto nº 17.450 de 19/03/1965 através do qual recebeu o nome de Grupo Escolar de São

Pedro do Paraná. Dois anos depois pelo Decreto nº 8.267, foi criado o Ginásio Estadual São Pedro do Paraná,

com autorização de funcionamento nº 1.900/68 de 17/02/1968. Em 10/09/1970 com o Decreto nº 20.994,

passou a denominar-se Ginásio Estadual Cecília Meireles e em 08/07/1981 com a Resolução 1.359/81 passou

a denominar-se Escola Estadual Cecília Meireles – Ensino de Primeiro Grau. A Escola teve seu curso

reconhecido em 30/05/1985 através da Resolução nº 2.674/85.

Em 11/07/1988, foi autorizado o funcionamento de um Centro de Atendimento Especializado na

área de Deficiência Auditiva através da Resolução 2222/88.

Em 1992, foi autorizado o funcionamento do Ensino de 2º Grau, através da Resolução nº 088/92,

onde o Estabelecimento de Ensino passou a denominar-se Colégio Estadual Cecília Meireles - Ensino de

Primeiro e Segundo Grau.

Através da Resolução n٥ 3031/92, de 15/05/1992, publicada em Diário Oficial na data de

25/09/1992, ficaram suspensas , definitivamente as atividades escolares de 1ª a 4ª série, passando a guarda de

toda documentação escolar das séries cessadas para a Escola Municipal Marechal Cândido Rondon –Ensino

de 1º Grau, ficando o Colégio Estadual Cecília Meireles, ofertando a modalidade de Ensino Fundamental (5ª a

8ª série), e o 2º Grau Regular Educação Geral.

Em 30/11/1993, foi autorizado através da Resolução nº 6377/93, a implantação da Habilitação

Auxiliar de Contabilidade.

O Colégio teve seu curso de 2º Grau Educação Geral reconhecido através da Resolução nº

1307/97 e a Habilitação Auxiliar/Técnico em Contabilidade, através da Resolução nº 4007/97 e cessada através

da Resolução nº 3189/99, ofertando hoje o Ensino Médio através da Resolução nº 269/99.

Em virtude da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96 e da Deliberação nº 003/98, o

Colégio teve sua nomenclatura adequada para Colégio Estadual Cecília Meireles – Ensino Fundamental e

Médio.

2.2 ESPAÇO FÍSICO

O Colégio Estadual Cecília Meireles – Ensino Fundamental e Médio, possui uma construção de

1.279,8 m, com 26 dependências, sendo 11 salas de aula, que atendem as normas de padrões.

Temos um pátio coberto com 197 m, é espaçoso, centralizado na construção e bem conservado,

todas as dependências foram restauradas em 1998.

Possuímos uma sala para biblioteca (adaptada), uma sala com laboratório de ciências, física,

biologia e química, uma sala para laboratório de informática (adaptada), almoxarifado, cozinha, sala de

merenda, sala de professor, sala para secretaria, sala para Direção e Orientação juntas, banheiros masculino e

feminino para alunos, banheiros masculino e feminino para professores e funcionários. Sendo necessário uma

sala para videoteca.

A quantidade de área livre é relativamente grande, toda murada e com condições de ampliação.

Necessitamos ainda de um auditório, uma sala de orientação, ampliação da cozinha, adaptação de ambiente

para pessoas com necessidades especiais.

2.3 OFERTA DE CURSO POR TURNO

O Colégio tem funcionamento nos turnos manhã e noite, sendo das 7h30min às 11h55min e das

18h45min às 23h.

No turno da manhã contamos com quatro turmas de Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série, sendo

uma de cada turma e três turmas de Ensino Médio, no turno vespertino contempla sala de apoio e sala de

recursos, conforme quadros a seguir:

ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO

TURNO: MANHÃ TURNO: MANHÃ TURNO: NOITE

SÉRIE Nº ALUNOS SÉRIE Nº ALUNOS SÉRIE Nº ALUNOS

5ª 22 1ª 34 1ª 12

6ª 24 2ª 25 2ª 20

7ª 14 3ª 9 3ª 16

8ª 32 - - - -

SALA DE RECURSOS VIVA ESCOLA CELEM - ESPANHOL

Nº ALUNOS Nº ALUNOS Nº ALUNOS

4 25 16 - VESPERTINO

- - 25 - NOTURNO

2.4 CORPO DOCENTE, ADMINISTRATIVO E SERVIÇOS GERAIS

O Colégio Estadual Cecília Meireles conta com a Equipe Pedagógica formada por: 01 Diretor, 02

Pedagogos, 01 Secretária, 03 Técnicos Administrativos, 05 Serviços Gerais e 22 Professores.

3. OBJETIVOS GERAIS

Conduzir o aluno no processo de aprendizagem, ampliando a capacidade de conviver com a

diversidade e compreender a cidadania como participação social e política, valorizando a importância, o

investimento de esforços para a aquisição de conhecimentos e saberes, no desenvolvimento de suas

potencialidades.

3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Compreender a vida escolar como espaço de aprendizagem, utilizando os conhecimentos adquiridos na

construção de uma sociedade justa e democrática;

Reconhecer as qualidades da própria cultura, valorizando-as criticamente, enriquecendo a vivência de

cidadania, entendendo a desigualdade social como um problema de todos e como uma realidade

possível de mudanças;

Compreender a memória como construção conjunta, elaborada como tarefa de cada um e de todos,

que construiu para a percepção do campo de possibilidades individuais, coletivas, comunitárias e

nacionais.

4. MARCO SITUACIONAL

Vivemos em uma sociedade organizada pelo modo de produção capitalista, o que resulta na

marginalização das pessoas que não tem facilidade de acesso à informações sobre seus direitos, onde o ter é

mais necessário que o ser, gerando sujeitos individualistas, acomodados com certas situações, não assumindo

seu verdadeiro papel na sociedade, transferindo sempre suas responsabilidades.

Temos uma sociedade que evidencia a inversão de valores, a discriminação e o preconceito.

Essa situação se reflete dentro da escola, tornando-a paternalista, perdendo assim sua verdadeira

identidade. Sabemos que ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para sua própria

produção ou construção.

O Estado do Paraná através da Secretaria de Estado da Educação estabeleceu como linha de ação

prioritária a retomada da discussão coletiva do currículo. E a concepção de currículo como uma produção

social, propõe que a escola pense, construa e produza sua proposta educacional dando-nos autonomia e

subsídios para tal e ainda através de reflexões crescermos tanto individualmente como coletivamente.

Desta forma, a nossa escola, por meio de formação continuada, grupos de estudo, reuniões

pedagógicas, reuniões de pais, possibilitará aos educandos a transmissão de conteúdos e a assimilação ativa,

resultando num saber elaborado.

A comunidade escolar discente é composta por alunos residentes na sede do município, distrito e

ilhas e grande parte na zona rural, alguns manifestam valores inversos àqueles esperados para o convívio

social, são pouco participativos e desinteressados, apresentam uma alienação frente a uma educação voltada

ao consumismo, o que deixa a escola pouco atrativa para eles. A carência econômica e afetiva são

características marcantes em parte de nossos alunos, deixando-os sem perspectiva de futuro. Os pais possuem

pouca escolarização, a maioria ou é pequeno produtor rural, metalúrgico, extrativista mineral e animal ou é

trabalhador informal. Há uma certa diversidade.

Todos da equipe de direção e professores possuem graduação e especialização, são profissionais

dedicados e comprometidos com a qualidade de ensino. Os funcionários possuem curso de nível médio e

alguns apenas o Ensino Fundamental, ambos responsáveis e comprometidos com os objetivos da escola.

Diante dessa realidade, faz-se necessário uma sociedade mais justa que promova a igualdade de

condições no acesso aos direitos humanos.

Cabe a escola investir na formação humana e assim colaborar com a modificação da sociedade,

onde se reconheça a necessidade de uma prática democrática, estabelecendo parcerias entre as demais

instituições educativas e familiar como apoio ao papel pedagógico.

Pertencemos a um município de pequeno porte e sendo a escola a principal instituição educativa

em nossa comunidade é prioritário que ela resgate seu papel, firmando sua identidade enquanto instituição

social de ensino aprendizagem, para o desenvolvimento de alunos críticos, responsáveis, interessados na

aprendizagem, dispostos e disponíveis à elaboração de saberes.

É preciso instituir os princípios da gestão democrática, que buscam a participação dos pais, alunos,

enfim, da comunidade escolar como um todo, apresentando estratégias e metodologias que resultem em

participação e motivação para o processo de ensino-aprendizagem e sistematize momentos reflexivos sobre a

prática educativa com o corpo docente e funcionários, que sejam ativos e participativos, expondo suas idéias,

buscando melhoria em seus serviços e/ou setores, assumindo também, uma postura crítica diante do trabalho

realizado pela escola.

5. MARCO CONCEITUAL

Diante do momento em que o mundo e a sociedade estão vivendo, moldados sob as rápidas

transformações econômicas e tecnológicas e provocando impactos negativos sobre o homem de forma a gerar

desemprego, fome, marginalidade, analfabetismo funcional e exclusão social, é preciso buscar um novo modelo

explicativo da sociedade atual. Faz-se necessário, também, uma nova maneira de concepção de mundo, de

aluno e da escola. Buscando essa nova concepção (paradigma), é preciso uma mudança na prática pedagógica

na tentativa de preparar jovens com possibilidades de participações política e social.

O mundo vive um acelerado desenvolvimento em que a tecnologia está presente, direta ou

indiretamente, em atividades bastante comuns. A escola faz parte do mundo e, para cumprir sua função de

contribuir para a formação de indivíduos que possam exercer plenamente sua cidadania, participando dos

processos de transformação e construção da realidade, deve estar aberta e incorporar novos hábitos,

comportamentos, percepções e demandas.

A função da escola é, sob esta ótica, a de buscar alternativas para a construção de uma nova

sociedade. E, ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuar com competência e dignidade

na sociedade, busca eleger, como objetivo de ensino, conteúdos que estejam em consonância com as

questões sociais que marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são as consideradas

essenciais para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres.

É fundamental que a escola assuma a valorização da cultura de seu próprio grupo e, ao mesmo

tempo, busque ultrapassar os seus limites, proporcionado às crianças e aos jovens pertencentes aos diferentes

grupos sociais o acesso ao saber, tanto no que diz respeito aos conhecimentos socialmente relevantes da

cultura brasileira no âmbito nacional e regional, como no que faz parte do patrimônio universal da humanidade.

É necessário que se faça uma análise da escola que queremos e se estamos possibilitando a

formação de indivíduos capazes, diante da realidade na qual estamos inseridos, de enfrentar os problemas e

apontar alternativas de mudanças destes mesmos problemas.

O currículo, enquanto instrução da cidadania democrática, é aquele que contempla conteúdos e

estratégias de aprendizagem que capacitam o ser humano para realização de atividades que pertencem aos

três domínios da ação humana: vida em sociedade, atividade produtiva e experiência subjetiva, visando a

integração de homens e mulheres no tríplice universo do trabalho, da simbolização subjetiva, e das relações

políticas. Reconstruir o currículo escolar significa transformar o interior da escola, tendo em vista a

transformação exterior, a sociedade maior.

Participar ativamente desse processo é dizer sim ao exercício sério e competente de nossa

cidadania.

Há de se instaurar uma prática que tenha como ponto de partida o conhecimento da comunidade

escolar, o que pensam, o que sentem, o que fazem, onde moram, com quem moram. A partir daí, a escola

inicia seu planejamento escolar, objetivando a inserção dos alunos no mundo das relações sociais, das culturas

e do trabalho. Logo, a escola há de buscar uma organização nova e dinâmica que estimule a prática

cooperativa entre educadores, articulada com a presença permanente dos pais, dos alunos e da comunidade

na definição do fazer educativo.

A avaliação estará presente em todos os momentos do desenvolvimento escolar desde a

identificação de necessidades até a obtenção de resultados contemplando todas as dimensões do trabalho

pedagógico. A avaliação só atingirá suas finalidades quando der publicidade aos resultados alcançados,

permitindo a comunidade acompanhar os resultados do trabalho educativo.

O Conselho de Classe é um espaço coletivo de discussão e reflexão sobre o que é mais importante

e a razão de existir da própria escola: o processo ensino/aprendizagem. No entanto, é preciso realizá-lo tendo

em vista a análise e avaliação dos elementos que fazem parte desse processo, tais como as condições

materiais de trabalho, a metodologia de ensino, as relações entre os sujeitos, a forma de organização e gestão

da escola, a seleção de conteúdos, a forma de avaliação e os instrumentos utilizados, até mesmo, a condição

socioeconômica dos alunos.

Os Conselhos de Classe podem ser importantes estratégias na busca de alternativas para a

superação dos problemas pedagógicos, comunitários e administrativos da escola.

5.1 VISÃO DE MUNDO E DO HOMEM

O mundo se transforma constantemente e o homem é sujeito da própria educação. Desta forma,

através da reflexão sobre o ambiente, ele contribui para s mudanças e melhorias. No mundo atual,

extremamente tecnológico, não deve perder de vista a qualidade de vida, a sensibilidade e a ética.

Em tempos de grandes mudanças não há como desconsiderar o poder criador do indivíduo, sobre

tudo na educação. Sendo assim, devemos resgatar diferentes formas de entendimento da capacidade humana

de criação para a compreensão da sua abrangência e necessidade de desenvolvimento escolar.

Refletindo as influências das várias correntes filosóficas que se sucedem, as instituições

educacionais trilham diferentes caminhos para aprimorar conhecimentos e formar cidadãos, na busca da

construção de experiências pedagógicas promissoras.

A presente Proposta Pedagógica se sustenta numa visão de educação que parte das atividades

significativas do cotidiano do aluno, à consciência científica e social sistematizada e, assim, auxilia na

construção da consciência baseada na interação, na busca da ética, do amor Divino, da sensibilidade humana,

da verdade, da realização humana, do respeito, da solidariedade, da responsabilidade, da justiça, da paz, do

senso crítico e da criatividade, para uma educação transformadora do ser humano e da coletividade na qual

está inserido.

O Colégio Estadual Cecília Meireles – EFM, compromissado principalmente com o aluno, age de

modo a propiciar-lhe reflexões sobre o mundo em que vive e sobre si mesmo e tenta oportunizar-lhe a

ampliação dos conhecimentos para uma prática social cada vez mais humana e competente. Sendo assim

podemos todo o pessoal desta Instituição dedicar-se à realização de estudos contínuos sobre a prática

pedagógica, de modo a compreender os aspectos que a tornam mais efetiva, buscando, dessa forma,

concretizar uma Proposta Pedagógica que objetiva aprimorar o papel da educação contextualizada num mundo

caracterizado por constantes e rápidas mudanças.

5.2 VISÃO DE SOCIEDADE

A sociedade é uma manifestação da evolução humana. Os homens, no início de sua jornada na

Terra, não tinham a vida assegurada porque viviam dispersos, em pequenos grupos, e não podiam lutar

vantajosamente contra as feras que os ameaçavam. Foi, então, que surgiu a necessidade de se reunir em

comunidades. Começaram a se organizar e caminhar juntos, rumo a um objetivo maior, o qual pode ser

entendido como “evolução” ou simplesmente “viver melhor”. A partir desse momento, os pequenos sonhos

individuais se transformaram em grandes sonhos sociais. A reunião desses homens, fundamentada por leis,

regras e normas, se convencionou chamar: Sociedade. Possuindo a arte política – de conviver em grandes

grupos, torna-se imprescindível a existência dos princípios ordenadores das comunidades humanas norteadas

por respeito recíproco e justiça e, diferentemente das técnicas que, de modo algum, foram dadas todas a todos

posto que, por exemplo, apenas um médico basta para muitos que ignoram a arte da medicina, entre os

cidadãos, a existência de laços de solidariedade e concórdia também se fazem imprescindíveis para garantir a

paz e o pleno viver coletivo.

Assim, todas as sociedades nasceram de uma necessidade. Para que o homem pudesse evoluir

ele se agrupou em sociedade e para que melhor evoluísse, o homem criou a escola como mecanismo de ação,

capaz de reunir o conhecimento social adquirido e repassá-lo continuamente como forma de expandir e ampliar

o seu universo do conhecimento e, conseqüentemente, da sociedade (visão moderna). O homem é a própria

sociedade.

A sociedade de São Pedro do Paraná, juntamente com o Colégio Estadual Cecília Meireles – EFM,

tem como Proposta Humana e Pedagógica difundir ações para se tentar modelar uma sociedade ideal, através

da educação social, em cada um de seus alunos, na eterna busca da evolução.

5.3 VISÃO DE ESCOLA E DE CONHECIMENTO

A necessidade de o homem caminhar unido nessa nova forma de organização fez nascer as

escolas para que todos fossem capazes de “ir além...”. Assim, a escola passou a ser um dos próprios

fundamentos da sociedade, ou seja, um mecanismo que permite a humanidade conhecer o seu passado,

entender melhor o seu presente e avançar e caminhar em direção ao futuro. Através da figura do educador a

escola, juntamente com as igrejas e as famílias, tenta transmitir conhecimentos e formar valores, conceitos e

ações relevantes para a vida em comunidade. O foco da escola, sob um primeiro olhar técnico, é a Ciência:

produção humana determinada historicamente por fatores econômicos, sociais e culturais, nos quais também

interfere. Desta forma, o conhecimento formal é o mais eficiente instrumento do homem, sem o qual não é

possível alcançar o êxito social. A Ciência e o desenvolvimento tecnológico, como conseqüência, são meios de

compreensão e transformação da realidade material/natureza, e da sociedade de consumo.

Portanto, pode se afirmar que a sociedade nasceu imperfeita. Faltava-lhe estruturas que fossem

capazes de sustentar o peso das suas necessidades de convivência e evolução. Como toda sustentação para

ter firmeza necessita de, pelo menos, três bases de apoio, a instituição escola (base intelectual) veio

complementar a instituição família (base moral) e a instituição igreja (base espiritual), para a formação do ser

humano como um todo. Portanto, tendo como base esta concepção de escola, devemos ampliar o foco da

mesma e acrescentar ética, valores humanos e cidadania à ciência. Sob esta ótica universal, a escola também

se torna instrumento para o homem alcançar seu êxito pessoal juntamente com o social e o espiritual – metas

da educação pretendida pela nossa escola, desde a sua fundação.

Essa visão educacional se desdobra em várias dimensões: A educação tanto tem a função de transmitir

a cultura e o conhecimento acumulado quanto a função de despertar potencialidades, reflexões e críticas

acerca da realidade e das possibilidades em suas modificações.

5.4 MISSÃO, PERFIL DO ENSINO/APRENDIZAGEM

O Colégio Estadual Cecília Meireles – EFM, tem como missão primordial o desenvolvimento pleno e

universal do educando, com ênfase na valorização do ser humano, na consciência da sua própria existência e

essência, no seu êxito pessoal e social, orientando e preparando o individuo para o exercício da cidadania,

dando-lhe embasamento através de conhecimentos formais, éticos e filosóficos que criam condições de

aperfeiçoamento nas ações de busca da qualificação para o trabalho e para o bem viver em sociedade, dentro

do mundo globalizado, e das necessidades atuais de adaptação, inserção e interação para com a sociedade

moderna. Tal tarefa é também o grande desafio da escola de hoje, imersa em um cenário de grandes

mudanças e incertezas geradas por um período que se atravessa de grande crise humano-social, no Brasil e no

mundo, que requer comprometimento de fato, responsabilidade, dedicação ininterrupta, competência e, antes

de tudo, amor pela vida e pelo ser humano como um todo, para assegurar a continuidade da vida sobre a Terra

e a evolução espiritual e técnica (em consonância) do ser humano, enquanto individuo e como integrante de um

contexto social, local e global.

Porém, não podemos deixar de lado o fato de ser sabedores de que nem todas as pessoas estão

no mesmo nível de compreensão de vida, ou de evolução: ele é diferente em cada ser. Isso acarreta o fato de

ser o próprio ser humano o autor dos problemas existenciais de hoje e sempre, provocados pelos

desentendimentos de convívio oriundos desses “desníveis” evolutivos. Diante deste cenário, torna-se

necessário que sejamos, enquanto escola e uma das três bases construtoras do homem, executores,

provocadores e orientadores de conhecimentos, principalmente de ordem da intelectualidade, mas sem deixar

de somar as bases moral e espiritual, provenientes da família e das igrejas – as duas outras bases e, todas

juntas, influenciadas fortemente pelos meios de comunicações modernos. Podemos considerar que as ações

de ensino aprendizagem constituem uma organização da sociedade em uma situação educativa, na medida em

que representam as manifestações das produções e criações humanas, que são transmitidas por meio das

relações sociais.

Essa concepção ampla de escola e educação é base de sustentação de toda a filosofia que norteia

a presente Proposta Pedagógica, portanto, todas as nossas ações educacionais.

6. MARCO OPERACIONAL

Considerando que para efetivarmos uma escola que resulte na formação dos alunos, que incorpore

conhecimentos, que leve a uma transformação para uma sociedade mais justa e humana nos propomos instituir

os princípios da gestão democrática, que prima pela participação dos pais, alunos, enfim, a comunidade escolar

como um todo, tornando eficaz todo trabalho a ser desenvolvido, atraindo os pais para as reuniões em que a

missão da escola e suas propostas futuras serão decididas; criar estratégias/metodologias, formando alunos

comprometidos com os problemas sociais para que sejam no futuro adultos atuantes, buscar a excelência no

ensino e novas experiências pedagógicas, para atingir metas como essas traremos para a escola a contribuição

de profissionais de diversas áreas (psicólogos, médicos, biólogos, juiz de direito etc) para ajudar os professores

entender as necessidades dos alunos.

Temos que trabalhar os saberes que o aluno traz de casa e introduzir conhecimentos específicos,

fazendo com que os alunos consigam se tornar capazes de resolver problemas do cotidiano; dando soluções a

problemas locais, transformando a sociedade onde eles vivem em uma sociedade mais justa, humana com

mais qualidade de vida.

Acreditamos que o primeiro passo é a busca do conhecimento, a valorização do saber, o amor pela

sabedoria, analisando as práticas passadas, reaproveitando-as e reformulando-as, trocando experiências,

dinamizar as aulas, inovando os procedimentos pedagógicas com aulas criativas, tornando a aula atrativa,

temos profissionais com capacidade de fazer a diferença e provocar estas mudanças.

A participação em projetos como FERA, FOLHAS, COM CIÊNCIA, TICs, JOCOPs, Educação Fiscal

e Educação Ambiental é relevante, além de ser componentes na formação do cidadão, possibilitam a

descoberta de talentos, como também dão oportunidade e a chance aos educandos de mostrarem seu

potencial e a auto descoberta de seus dons.

Contribui para o conhecimento e desenvolvimento do ser, mostrando-lhe outras visões e abrindo-

lhes novos horizontes.

Quanto a Educação Fiscal é importante o aluno ter conhecimento das verbas e seus fins como

também estar por dentro do papel e dever do Estado e da escola para com a educação. Assim contribui desde

já não só para o conhecimento de seus direitos na escola como também para os saberes em outras instâncias

em que possa estar fiscalizando e exercendo um dos papéis do cidadão que é fazer cumprir as leis.

Uma questão a ser priorizada é o resgate dos valores familiares, culturais, o respeito as diferenças

e isto faremos através de palestras, reuniões, projetos, danças, teatros, a diversidade existe e tem que ser

trabalhada. Devemos respeitar as diferenças transmitindo a idéia de que elas são importantes para a

construção de um lugar melhor. Tornar a escola num ambiente inclusivo, prazeroso, promovendo ações

individuais e coletivas, pois a medida que o sujeito se reconhece como pessoa, reconhece-se como parte

integrante do coletivo, capaz de agir e refletir.

6.1 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

A Organização Curricular é feita de acordo com a LDB – Lei 9394/96, a lei nº 9475/97, que prevê a

forma de organização do Ensino Religioso, estabelecido como obrigatório para a formação básica da criança e

do adolescente do Ensino Fundamental (5ª e 6ª séries) pela constituição Federal (Capítulo III, Seção I, Artigo

210 – parágrafo 1º), cabendo à escola garantir matrícula facultativa para o mesmo, e a Lei nº 10.639, que inclui

ao currículo oficial da Rede de Ensino, pública e privada, a obrigatoriedade da inserção da temática “História e

Influências da Cultura Afro-Brasileira e Africana”. E ainda ofertamos a Educação Especial, na sala de recursos

em Deficiência Mental. Participando também dos Projetos, Folhas, Educação Fiscal, Educação Com Ciência,

Projeto FERA, JOCOP’s, TICs, o Programa FICA, Programa Viva Escola e CELEM – Espanhol.

O Colégio Estadual Cecília Meireles – trabalha com as modalidades do Ensino Fundamental e do

Ensino Médio. O Ensino Fundamental refere-se às suas séries finais, ou seja, de 5ª a 8ª séries. O atendimento

às séries anteriormente citadas é dado nos períodos matutino e noturno, cumprindo um total de 800 horas e

200 dias letivos, exigidos pela Lei de Diretrizes e Bases (9394/96).

Na Matriz Curricular, 75% das disciplinas são destinadas à Base Nacional Comum – Língua

Portuguesa, Educação Artística, Educação Física, Matemática, Ciências, História, Geografia e Ensino Religioso

- e 25% destinadas à Parte Diversificada – Língua Estrangeira Moderna – Inglês.

6.2 HORA ATIVIDADE

De acordo com o Decreto nº 5249, institui a hora-atividade no percentual de 10% aos professores.

Art. 1º: Fica instituída a hora-atividade no percentual de 10% (dez por cento) da jornada de trabalho aos

professores ocupantes do Quadro Próprio do Magistério (QPM), Quadro Único de Pessoal do Poder Executivo

(QUP) e aos professores que ministram aulas extraordinárias (SCO2), em exercício de regência de classe nos

estabelecimentos de ensino da rede estadual de Educação Básica.

A hora atividade se estende aos demais professores contratados para regência efetiva de classe no

estabelecimento de ensino.

Consideramos a hora-atividade fator de motivação e melhoramento na qualidade de ensino público.

Pois, possibilita ao professor estudar, fazer leituras, preparar suas aulas visando a aprendizagem significativa

dos alunos.

6.3 RECURSOS DIDÁTICOS

Os recursos didáticos desempenham um papel importante no processo de ensino-aprendizagem, desde

que se tenha clareza das possibilidades e dos limites que cada um deles apresenta e de como eles podem ser

inseridos numa proposta de trabalho ou num projeto.

Atualmente contamos com computador, Internet, televisão, videocassete, e aparelho de som para CD-

Rom.

6.4 PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR:

6.4.1 DA DIREÇÃO

É fundamental a competência do Gestor para uma administração voltada para a “Gestão

Compartilhada”. Cabe a esse profissional a responsabilidade de ser o promotor dessa abertura da escola, de

descentralizar o poder de uma única idéia, a sua no caso, para ampliar os horizontes e compartilhar suas

idéias, problemas e buscar soluções com os demais profissionais envolvidos com a entidade que gerencia e,

por conseqüência, com a educação. Também se efetiva essa prática, na abertura que é dada aos professores,

aos alunos, aos pais de alunos e para a comunidade, de um modo geral, para participarem efetivamente das

elaborações e execuções das propostas de trabalhos educacionais, que é de interesse direto de todos os

envolvidos.

A abordagem participativa na gestão escolar demanda maior participação decisória da escola,

envolvendo-os também na realização das múltiplas tarefas da gestão.

Além de motivar a sua equipe, o Diretor propõe um trabalho com os pais dos alunos, através de

reuniões pedagógicas, disponibilização de atividades envolvendo os pais (festividades, datas comemorativas,

reuniões, etc.) e ajudando-os a compreender melhor os seus direitos e a assumirem os seus deveres. A

intenção é conscientizar os pais das suas responsabilidades junto à Escola, para envolve-los efetivamente na

educação e formação escolar do seu filho, nosso aluno e bem maior. A presença de pais colaboradores e de

pais comprometidos e preocupados com o desenvolvimento dos seus filhos é de fundamental importância para

o Colégio que, contando com a contribuição oferecida pelos mesmos, cria e aplica estratégias para melhor

educar.

Através destas ações, o Diretor está sempre em contato direto com a Supervisão, a Secretaria e à

disposição dos Pais, Alunos e Professores, para auxiliar naquilo que for necessário, e importante, para o

progresso educacional, articulando as ações em todos os segmentos, ou seja, sendo o “condutor” do Projeto da

Escola, priorizando as questões pedagógicas e procurando manter o ânimo e a dedicação de todos, na

construção do trabalho educativo almejado desde sempre pelo Colégio Estadual Cecília Meireles.

6.4.2 DA EQUIPE PEDAGÓGICA

Peça de ligação entre os Professores, Alunos, Pais de Alunos e Direção. A Equipe Pedagógica da

Escola é uma ponte entre os interesses e as necessidades reais de aprendizagem da comunidade escolar; é

também o elo para com o professor que se torna o agente dessa preparação, por meio do processo de ensino-

aprendizagem.

O exercício do diálogo assume importante papel na escola, tornando-se possível, instrumento

político essencial a uma reestruturação de suas práticas cotidianas. O diálogo cria a possibilidade de se

estabelecerem relações de amizade entre todos os envolvidos na escola, possibilita, também, conhecer e

compartilhar novos olhares e atitudes sobre o tema em discussão que, numa perspectiva de formação, vai

repercutir na vida dos sujeitos envolvidos.

O trabalho da Equipe Pedagógica é abrangente, no sentido de interação dentro da escola, como

pesquisador que investiga os problemas enfrentados pela instituição escolar para que o grupo, constituído por

todos os profissionais que ali trabalham, desenvolva projetos no sentido de resolvê-los, realizando ações

motivadoras, conjuntas e direcionadas para o desenvolvimento do trabalho pedagógico unificado, visando

sempre à melhoria da qualidade dos programas e projetos educacionais, do trabalho docente e, principalmente,

da aprendizagem do discente.

Cabe a Equipe Pedagógica a responsabilidade de manter toda a estrutura pedagógica em

funcionamento.

6.4.3 METAS E AÇÕES:

Compete à Equipe Pedagógica:

Durante a Semana Pedagógica (prevista no Calendário Escolar), analisar minuciosamente os

conteúdos desenvolvidos na Proposta Pedagógica;

Acompanhar e orientar, quanto aos conteúdos que irão ser trabalhados durante o ano letivo, a forma

que irão ser desenvolvidos e quais os objetivos que o Professor deverá atingir, segundo as novas

exigências da proposta de ensino;

Orientar, através do estudo efetivo, em reuniões ou hora de estudo, uma relação entre teoria e prática,

para que sejam transformadas em ações as informações assimiladas sobre a escola, o processo e suas

relações;

Acompanhar o rendimento escolar dos alunos, pesquisar as causas do não aproveitamento e

rendimento escolar por parte de alguns alunos, e orientar o Professor para o desenvolvimento de

estudos e recuperação dos mesmos, através de assistência da Supervisão às salas de aula para

análise e encaminhamento das atividades trabalhadas, sondagens e diagnósticos, realizar reuniões e

palestras com Professores e, o Orientador, com pais de alunos e, dentro das especificidades, com

alunos;

Orientar a montagem e a execução dos planejamentos e projetos de trabalho do Professor, sempre que

este tiver dificuldades e/ou solicitar esclarecimentos;

Organizar e orientar grupos para a realização da Hora de Estudo;

Verificar, ao final de cada bimestre, os registros contidos nos Livros de Registro, visando um

encaminhamento pedagógico adequado, montando, a partir dos dados obtidos, coletas de dados para a

elaboração de gráficos e tabelas contendo os dados estatísticos do rendimento dos alunos, para

posterior estudos, análises e ações educacionais direcionadas;

Participar de reuniões sempre que convocados, elaboradas pela Escola ou pelo Núcleo Regional de

Educação, para tratar de assuntos pertinentes à elaboração de revisão da Proposta Pedagógica,

elaboração do Calendário Escolar, entre outros temas.

Além das metas e ações acima relacionadas, a Equipe Pedagógica do Colégio ainda se dispõe:

Replanejar, juntamente com os Professores, os conteúdos e metodologias a serem usados durante o

ano letivo;

Organizar cronogramas das atividades culturais, por bimestre;

Providenciar uma cópia do Calendário Escolar para cada Professor;

Assessorar na apropriação dos livros didáticos-pedagógicos a serem usados pelo Professor, e outros

materiais como: fitas de vídeo, jogos, mapas, Atlas, textos, livros diversos, etc.

Subsidiar a Direção, nos seguintes itens:

- Definição do Calendário Escolar;

- Organização das classes;

- Horários de aula;

- Elaboração, assessoramento e avaliação da Proposta Pedagógica, bem como

acompanhamento no desenvolvimento da mesma;

- Promover e organizar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho, para o

aperfeiçoamento constante de todo pessoal envolvido no processo de ensino-

aprendizagem;

Elaborar, com os Professores, a melhor maneira de recuperação para alunos que obtiveram

aprendizagem abaixo do desejado;

Participar, sempre que convocado, de Cursos, Seminários, Reuniões, Encontros, Grupos de Estudo e

outros eventos.

6.4.4 DA EQUIPE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA

A Secretaria é o setor que tem a seu encargo todo serviço de escrituração escolar e está sempre

pronta a informar aos professores, pais e alunos tudo que se refere ao seu rendimento escolar, matrícula,

transferência, falta, documentação expedida e recebida do Estabelecimento, cumprindo e fazendo cumprir

todas as determinações dos superiores, distribuindo tarefas, redigindo correspondência, organizando e

mantendo em dia as leis, ordens de serviços, resoluções e demais documentos imprescindíveis ao

funcionamento da escola.

Os responsáveis pela Secretaria devem manter organizados relatórios e demais documentos, levar

em tempo hábil para serem assinados pelo Diretor, Supervisionar e Coordenar as atividades administrativas e

conservação de bens materiais distribuídos à secretaria. Ainda, comunicar irregularidades que venham a

ocorrer à Direção, enfim, estar sempre atento a tudo que ocorra a sua volta, não esquecendo de que os

serviços da Secretaria são sempre coordenados e supervisionados pela Direção e, portanto, ficando a ela

subordinados.

A Equipe Técnico-Administrativa, representada na pessoa do Secretário, e composta, ainda, pelos

Auxiliares Administrativos – subordinados direto ao primeiro, possui várias responsabilidades próprias do Setor.

Sob o aspecto pedagógico de suas funções, adota uma postura de colaborar, dentro das possibilidades, nas

atividades necessárias para um bom andamento escolar.

A Equipe de Auxiliar de Serviços Gerais tem, a seu encargo, o serviço de manutenção,

preservação, segurança e merenda escolar do Estabelecimento.

Os servidores são compostos por serventes, merendeiras, efetuando a limpeza, fazendo a

merenda, impedir a entrada nas dependências do Colégio por parte de pessoas estranhas ou não autorizadas,

comunicar qualquer irregularidade e zelar pelo prédio, de uma maneira geral.

Além das funções pertinentes a estes funcionários, sob enfoque pedagógico e pensando no bem

comum e em uma gestão democrática, procuramos, em conjunto, conseguir resolver, mais adequadamente, os

problemas indisciplinares, de um modo geral.

6.4.5 PLANO DE AÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS

Os funcionários da secretaria devem manter organizados todos os documentos da escola e

supervisionar a conservação do estabelecimento;

À secretaria cabe todo o serviço de estruturação escolar, além de estar sempre pronta a informar aos

professores, pais e alunos tudo o que se refere aos documentos escolares;

Os funcionários devem estar sempre disponíveis a colaborar nas atividades essenciais para um bom

andamento escolar, como por exemplo: ajudar os professores em atividades a serem impressas, como

provas e trabalhos, de acordo com a disponibilidade de tempo e equipamento, solucionar problemas no

colégio, no caso da ausência dos superiores, orientar os alunos quanto à educação, entre outros;

Os funcionários devem colaborar com a preservação do prédio e do mobiliário escolar;

Todos os funcionários, em geral, exercem uma função educacional, contribuindo para o bem comum

em uma gestão democrática e resolvendo, de acordo com o possível, os problemas indisciplinares, em

geral;

Os funcionários devem conscientizar os alunos quanto as suas obrigações como indivíduos e como

cidadãos críticos e ativos, cumpridores de seus deveres e conscientes dos seus direitos;

Enfim, todos os funcionários devem contribuir para a organização, conservação e funcionamento do

estabelecimento escolar, trabalhando para o bem estar comum de todos.

6.4.6 APMF

A APMF, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representações de Pais, Mestres e

Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e sem fins

lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros, sendo constituído por prazo

determinado. As eleições para a Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal realizar-se-ão bianualmente

podendo serem reeleitos por mais 2 (dois) mandatos.

Discutir, analisar e acompanhar o desenvolvimento do currículo escolar, que seja voltado para o

interesse e a vida dos educandos, sugerindo e opinando, sempre que pertinente, sobre as medidas de

correção que julgar necessárias;

Fornecer aos alunos comprovadamente carentes recursos materiais e vestuários, oriundos das

promoções e campanhas realizadas pela comunidade escolar e/ou outras afins;

Promover atividades complementares, não formais, a alunos com dificuldades de aprendizagem,

recrutando recursos humanos e materiais necessários e/ou disponíveis;

Incentivar a criação de hortas na escola para melhoria da merenda escolar, através de estratégias

pedagógicas que interessem ao educando, conquistando-o para essa atividade;

Apresentar balancetes das receitas, bimestralmente, aos associados, através de editais e/ou

correspondências adequadas;

Realizar reuniões, quando necessárias, registrando-as em livro Ata, que deve ser devidamente

assinado pelos presentes;

Promover palestras, conferências e círculos pedagógicos, visando orientar pais e professores para um

melhor entendimento do aluno e das suas reais necessidades, no contexto atual de mundo;

Promover e/ou colaborar na execução de manifestações culturais e esportivas desenvolvidas pelo

Colégio;

Organizar, quando necessário e/ou oportuno, palestras para tratar de questões como Ética, Meio

Ambiente, Orientação Sexual, Saúde, Educação dos Filhos, entre outras;

Conhecer os principais problemas da escola e, dentro das possibilidades, buscar soluções para os

mesmos.

6.4.7 CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de natureza

deliberativa, consultiva e avaliativa, sobre a organização e a realização de trabalho pedagógico e administrativo

da instituição escolar em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a

Constituição, a LDB, o ECA e o Regimento da Escola/ Colégio, para o cumprimento da função social e

específica da escola.

Sua função é sempre revestida de grande importância e relevância: definir seu regimento interno,

discutir suas diretrizes e metas de ação, analisar e definir prioridades, discutir e deliberar sobre os critérios de

avaliação da instituição escolar como um todo, enfim, garantir que, democraticamente, os membros da escola e

da comunidade apreciem, opinem e proponham ações que contribuam para a solução dos problemas de

natureza pedagógica, administrativa ou financeira da escola.

As eleições dos membros do conselho escolar, titulares e suplentes, realizar-se-ão em reunião de cada

segmento convocada para este fim, para um mandato de 02 (dois) anos, admitindo-se uma única reeleição

consecutiva.

Realizar reuniões de Conselho de Classe em ambiente harmônico, privativo e com comprometimento

educacional acima de tudo, para que o trabalho transcorra de forma organizada, dinâmica e

competente;

Apresentar a relação de alunos e seus respectivos problemas, para análise e discussão, caso a caso;

Alertar para as responsabilidades das decisões a serem tomadas;

Sugerir possíveis e aplicáveis soluções para cada problema (os problemas se difícil solução poderão

ser revistas no final da reunião);

Estabelecer as regras a serem seguidas durante a reunião, como por exemplo:

- Considerar as características individuais do aluno, observando a necessidade do domínio de pré-

requisitos essenciais e relevantes para o período seguinte;

- Fundamentar a argumentação utilizada, apresentando evidências e fatos (não basta este insucesso);

- Estabelecer cronograma de estratégias para possíveis soluções;

- Propor medidas que venham melhorar a situação quando à aprendizagem do aluno e/ou turma;

- Apresentar dificuldades sugeridas no desenvolvimento do trabalho do professor.

6.4.8 GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio Estudantil é uma instituição sem fins lucrativos constituída pelos alunos regularmente

matriculados e freqüentes do Colégio Estadual Cecília Meireles. Sediado no Estado do Paraná, cidade São

Pedro do Paraná, na Avenida Brasil, 466. Com duração ilimitada.

Tem por objetivos defender os interesses individuais e coletivo dos alunos, no trabalho escolar,

buscando seu aprimoramento, melhorar a qualidade de vida e da educação dos alunos, sem qualquer distinção

de raça, credo político ou religioso, orientação sexual ou outras formas de discriminação, estimulando o

interesse dos alunos na construção de soluções para os problemas da escola, contribuindo para formar assim,

cidadãos conscientes, participativos e multiplicadores destes valores, sempre condizentes com a Constituição

da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988.

Ainda podem promover ações na área social, cultural, esportiva, educacional e política, podendo

realizar eventos, cursos, debates, palestras, campeonatos, concursos e quaisquer outras atividades ligadas a

suas finalidades.

7. PRÁTICA AVALIATIVA

A avaliação é um componente indispensável no processo ensino-aprendizagem, pois permite que se

analise o processo ensino-aprendizagem tanto no que se refere ao rendimento do aluno quanto ao rendimento

do professor.

O aluno do Ensino Fundamental será avaliado de forma contínua com predominância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos. A avaliação terá uma finalidade diagnóstica, voltada para o levantamento

das dificuldades dos alunos, com vistas à correção de rumos, à reformulação de procedimentos didáticos. A

avaliação será um processo contínuo e paralelo ao processo ensino-aprendizagem.

No processo de avaliação, o professor deverá conhecer seus alunos, seus avanços e dificuldades, e

também que o próprio aluno deve aprender a se avaliar e descobrir o que é preciso mudar para garantir melhor

desempenho. Nesse processo de avaliação o professor também deverá se avaliar, refletindo sobre o seu

próprio trabalho e, quando necessário, reestruturar sua prática.

7.1 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A Avaliação Institucional parte da necessidade de se conhecer a realidade escolar para explicar e

compreender criticamente as causas de existência dos problemas bem como suas relações e mudanças,

esforçando-se por propor ações alternativas (criação coletiva).

A avaliação é vista como ação fundamental para a garantia do êxito do projeto, na medida em que

é condição necessária para as decisões significativas a serem tomadas. É parte integrante do processo de

construção do projeto e compreendido como responsabilidade coletiva. A avaliação interna e sistemática é

essencial para definição, correção e aprimoramento de rumos. É também por meio dela que toda a extensão do

ato educativo, e não apenas a dimensão pedagógica, é considerada.

A auto-avaliação institucional dentro da escola instrumentaliza a realização do nosso projeto

educativo – melhorando a sua qualidade educativa – disponibilizando informações significativas, que se

transformam em referenciais para a avaliação do trabalho pedagógico desenvolvido por cada educador, nas

suas salas de aula, suas áreas de conhecimentos ou projetos educativos.

Isto se expande para os educandos, na medida em que podem e devem participar da avaliação de

sua aprendizagem, do ensino ministrado pela escola e do seu desenvolvimento.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, R. A Alegria de Ensinar. São Paulo: Petah/Ars Poética, 1994.

_____. Conversa com Quem Gosta de Ensinar. 28 ed. São Paulo: Cortez, 1993.

_____. Filosofia da Ciência. São Paulo: Brasiliense, 1981.

APOSTILA: Múltiplos olhares sobre educação e cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1996.

ASSINTEC: Documento Elaborado para Orientar a Implantação do Ensino Religioso nas EscolasPúblicas do Paraná, 2002.

ASSINTEC/SEED/PR, Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná, 1992.

ASSMANN, H. Reencantar a Educação: rumo à Sociedade Aprendente. 3ª ed. Editora Vozes, Rio deJaneiro – RJ, 1999.

BARROS, M. O Sonho da Paz – A Unidade nas Diferenças: Ecumenismo Religioso e o Diálogo entreos Povos. Editora Vozes, Petrópolis – RJ, 1996.

BECKER, J. M. Repensando a Prática Educativa. 3ª ed., Editora OPET, 2001. Curitiba – PR.

BRASIL, MEC. Referencial Curricular para a Formação Pessoal e Social. Vol. 2, Editora Parma.Brasília – DF, 1998.

BRASIL, MEC. Referencial Curricular para o Conhecimento do Mundo. Vol. 3 Editora Parma. Brasília– DF, 1998.

BRASIL, MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais. Secretaria de Educação Fundamental, Brasília –DF, 1999.

CAPRA, F. O Ponto de Mutação, Editora Cultrix, São Paulo – SP, 1982.

_____. A Teia da Vida – Uma Nova Compreensão Científica dos Sistemas. Editora Cultrix, São Paulo– SP, 1959.

COSTA, D. D,; GUILOUSKI, B. e SCHOLÕGL, E. Ensino Religioso Sugestões Pedagógicas. Material

Elaborado pela Equipe Pedagógica da ASSINTEC. www.pr.gov.br/def/ensrelig/principal.html

DEF – Áreas de Conhecimento – Ensino Religioso. www.pr.gov.br

DEMO, P. Desafios Modernos da Educação, 2ª ed., Editora Vozes – Rio de Janeiro – RJ, 1993.

FAR, R. O Fracasso do Ensino. Rio de Janeiro: Codecri, 1998.

FEATHERSTONE, W. B. O Aluno de Aprendizagem Lenta. 3ª ed. MEC. Rio de Janeiro: Ao LivroTécnico, 1975.

FEURSTEIN, R. Teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural. www.tcob.br/cursos/pedagogia

_____. Inteligência se Aprende. Entrevista à Revista ISTOÉ, nº 1297, 10 de agosto de 1994.

FÓRUM. Nacional Permanente do Ensino Religioso. Parâmetros Curriculares Nacionais – EnsinoReligioso. 2ª ed. Editora Ave Maria, São Paulo – SP, 1997.

FÓRUM. Paranaense em Defesa da Escola Pública, Gratuita e Universal. Lei de Diretrizes e Basesda Educação Nacional – Lei 9394/96. Curitiba: APP – Sindicato/CUT/CNTE, 1988.

FRANCISCONI, A. M. Orientação Educacional: Inclusão em Educação. Londrina: Unopar, 1999.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Editora Paz e Terra, Rio de Janeiro – RJ, 1988.

FREITAS, L. A produção da Ignorância na Escola. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 1994.

FRIGOTTO, G. A Produtividade da Escola Improdutiva. 3ª ed. São Paulo: Cortez/Autores Associados,1989.

GADOTTI, M. Escola Cidadã. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1992.

JUSTEN, C. C. O Estatuto da Criança e do Adolescente e a Instituição Escolar. Curitiba: GráficaOficial do Governo do Paraná, 1993.

KOHL, M. A. F. Fazendo Arte com as Coisas da Terra. Editora Augustus. São Paulo – SP, 1995.

LEÃO, E. C. Aprendendo a Pensar. Rio de Janeiro: Vozes, 1977.

LOCH, V. V. Jeito de Avaliar: O Construtivismo e o Processo de Avaliação. Editora Renascer, Curitiba– PR, 1995.

LUCK, H. et al. A Escola Participativa: O Trabalho do Gestor Escolar. 2ª ed. Rio de Janeiro: DP&A,1998.

MATERIAL DE LEITURA: ATIVIDADE CONSTRUTIVA. Trabalho em Grupo. Apostila Faxinal do Céu:Universidade do Professor, 1996.

MELLO, G. N. Et al. A Proposta Pedagógica e a Autonomia da Escola. Apostila SEED/PR.

MOREIRA, S. R. G. Teoria da Prática em Educação. Dois Pontos. [S.L.]: Cultura v. 3, mai/jun, 1996.

NIDELCOFF, M. T. Uma Escola para o Povo. São Paulo: Brasiliense, 1978.

NOGARO, A. O Lugar da Reflexão Filosófica na Prática Educativa. Perspectiva, Erechim, v. 16, nº 53,mar. 1992.

PARANÁ, SEED. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Ed. Imprensa Oficial do Paraná.Curitiba – PR, 1992.

PARANÁ, SEED. Lições do Professor. Coleção Caderno do Ensino Fundamental – DEPG, Curitiba –PR, 1993.

PATTO, M. H. S. Introdução à Psicologia Escolar. São Paulo: Queiroz, 1981.

PIAGET, J. Para onde vai a Educação? Rio de Janeiro: José Olympio, 1973.

_____. Psicologia e Pedagogia. Cia. Ed. Florense, Rio de Janeiro – RJ, 1970.

PILETTI, N. Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental. São Paulo: Ática, 1999.

POPPOVIC, A. M. Enfrentando o Fracasso Escolar. [S.l.:s.n.], 1997.

REVISTA Nova Escola. Nº 135. Editora Abril, São Paulo – SP, 2000.

RODRIGUES, N. Por uma nova escola. São Paulo: Cortez, 1986.

RÕRHS, H. Eles revolucionaram a Educação. Correio da Unesco. Rio de Janeiro, nº 7, jul, 1983.

SAVIANI, D. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1.

SCHOLÕSL, E. Expansão Criativa – Por uma Pedagogia da Autodescoberta. Editora Vozes,Petrópolis – RJ, 2000.

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR. Encontros e Confrontos. Coletânea de Textos. Brasília:MEC, 1988.