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Universidade de BrasíliaFaculdade de Educação
PROJETO DO CURSO DE PROFISSIONALIZAÇÃO DOS
FUNCIONÁRIOS DA EDUCAÇÃO – PROFUNCIONÁRIOS
Autores:
Profª. Drª. Maria Abádia da Silva – Unb/ Faculdade de Educação Prof. Dr. Bernardo Kipnis – UnB- Faculdade de Educação- Centrode Educação a Distância - CEADEcon. Francisco das Chagas Firmino do Nascimento - UnB-Faculdade de EducaçãoProf. Dr. João Antonio Cabral Monlevade – UnB – Faculdade deEducação
Brasília-DF
Maio/2005
Universidade de BrasíliaFaculdade de Educação
SUMÁRIO
1 . JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 3
2 . OBJETIVO GERAL ........................................................................................................ 7
2. 1. OBJETIVO ESPECÍFICO ......................................................................................... 8
3 . ESTRUTURA DO CORPO TÉCNICO DE NÍNEL MÉDIO EM EDUCAÇÃO ........... 8
4 . METODOLOGIA, NA MODALIDADE A DISTÂNCIA, POR MEIO DA
UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS ..................................................................................17
4.1. DESCRIÇÃO DO MATERIAL DO CURSO ............................................................17
4.2. ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO DO CURSO E APOIO À APRENDIZAGEM ..19
4.3. DESCRIÇÃO DOS PRINCIPAIS ATORES DO PROCESSO ................................. 20
4.4. SELEÇÃO DOS ALUNOS ........................................................................................ 23
4.5. MÓDULO PREPARATÓRIO PARA A REALIZAÇÃO DO CURSO .................... 23
4.6. AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM ..................................................................... 23
5 . PROPOSTA DE CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA PROFISSIONAL DE TÉCNICO
EM EDUCAÇÃO ............................................................................................................... 25
ANEXOS ............................................................................................................................ 27
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Universidade de BrasíliaFaculdade de Educação
PROJETO DO CURSO DE PROFISSIONALIZAÇÃO DOS
FUNCIONÁRIOS DA EDUCAÇÃO – PROFUNCIONÁRIOS
1. JUSTIFICATIVA
A educação escolar brasileira tem atingido, recentemente, dimensões gigantescas.
De um lado, por fatores demográficos: em quinze anos a população do país passou de 135
milhões para 184 milhões de habitantes e sua distribuição tende cada vez mais a concentrar-
se nas cidades, restando somente 15% na zona rural. Ora, as escolas, como fenômeno
eminentemente urbano, se multiplicaram. De outro lado, porque a escolarização, antes
limitada a quatro anos de ensino primário obrigatório, se expandiu para o fundamental de
oito ou nove anos e já avança tanto para as idades inferiores, na educação infantil, como
para as superiores, no ensino médio e universitário.
Atendo-se somente ao ensino público – federal, estadual e municipal - em 2004
estavam matriculados 5,4 milhões de alunos na educação infantil, 30,6 no ensino
fundamental, 9 milhões no ensino médio e 5 milhões na educação de jovens e adultos, o
que soma 50 milhões de estudantes na educação básica. As perspectivas para os próximos
anos são de contínuo crescimento, em especial na educação infantil e na educação de jovens
e adultos: com efeito, somam 24 milhões as crianças com até seis anos de idade; e 50
milhões os jovens e adultos sem o ensino fundamental completo. Além disso, a tendência
da clientela das escolas privadas na educação básica (cerca de 10 milhões de alunos) tem
sido de se transferir para as escolas públicas e gratuitas.
Os atuais 50 milhões de estudantes na educação básica pública se distribuem em
200.000 escolas, das quais cerca de 50.000 de dimensões consideradas “média´” (6-10 salas
de aula) e “grande”, localizadas, na maioria, em cidades com mais de 20.000 habitantes. A
tendência recente é de se reduzir o número das chamadas escolas “isoladas” e de se
aumentar o das escolas com mais de 500 alunos, de estrutura mais complexa, que
comportam também mais atores educativos.
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Os trabalhadores da educação hoje em exercício na docência das 200.000 escolas
(1% federais, 60% municipais e 39 % estaduais) são cerca de 2.500.000, ajudados por
aproximadamente 1 milhão de trabalhadores não docentes, distribuídos em várias funções
no interior das escolas. A grande maioria desses funcionários trabalha exatamente nas
escolas médias e grandes, em contínua expansão. Recente estudo do INEP sobre custos da
educação confirma essa tendência: 57% dos gastos são feitos com remuneração de
professores e 29% com pagamento de funcionários, o que confirma a suposição de serem
estes últimos em número bem maior do que o estimado de um milhão. A presença desse
segmento na educação escolar, além de crescente, é definitiva. Por quê ?
Na realidade, o papel da escola evoluiu de instituição de ensino para agência
educadora. As mudanças sociais, que provocaram a universalização do acesso à escola,
também induziram a universalização do trabalho, que hoje atinge homens e mulheres,
retirando dos pais e mães a grande parte da responsabilidade pela educação de seus filhos,
pela formação das novas gerações. Assim, a escola, de espaço de ensino-aprendizagem,
concentrado na sala de aula, passou a ser espaço educativo, com múltiplas tarefas, várias
delas a cargo não dos professores, mas dos outros funcionários, também, forçosamente
educadores.
Enquanto os professores, desde os meados do século XIX, contam com cursos de
formação, denominados normais, e, desde o início do século XX, com cursos de pedagogia
e licenciaturas de nível superior, os funcionários não docentes foram recrutados sem
exigência de formação inicial, muitas vezes por critérios clientelísticos, e, quando
concursados, somente se lhes exigiu um certificado de alguma escolaridade julgada
compatível com as tarefas que lhes eram afetas: ensino fundamental completo ou
incompleto e, mais recentemente, ensino médio.
As conseqüências desse abismo entre as categorias do magistério – hoje formada, na
maioria, em cursos superiores – e dos funcionários, têm sido muito sérias: além de
reproduzir, no interior da escola, desigualdades econômicas, sociais e culturais da sociedade
– algumas delas já superadas – ele funciona como inibidor do processo de formação
democrática da cidadania e das potencialidades de aportes educativos e técnicos dos
funcionários e funcionárias. As merendeiras, em geral, continuam preparando e distribuindo
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alimentos para matar a fome das crianças, como se não fossem responsáveis também pela
educação alimentar dos estudantes; o pessoal da secretaria manipula os registros de
avaliação e se relaciona com pais e alunos de forma burocrática, como se não
Tivesse compromisso com o projeto pedagógico; os que atendem em bibliotecas,
laboratórios e informática costumam estar mais atentos a equipamentos e tecnologias do
que à inclusão dos alunos na cultura e na comunicação; os que trabalham na conservação e
limpeza das escolas mais parecem sucessores dos escravos e escravas das casas grandes do
que responsáveis pela transformação das escolas e de seus entornos em espaços educativos.
Finalmente, a operação da gestão democrática, por meio de conselhos escolares, fica às
vezes comprometida pelo despreparo dos funcionários em relação aos representantes dos
outros segmentos, que se traduz em subserviência e imobilismo.
O Ministério da Educação, fiel às orientações de cunho democrático e popular do
Governo Lula, está atento a esse problema das escolas, para cuja solução os próprios
funcionários e educadores, reunidos em sindicatos filiados à CNTE, já construíram uma
proposta, em parte executada no Distrito Federal e nos Estados do Mato Grosso e Acre.
Trata-se de oferecer – em um primeiro momento aos próprios funcionários em
exercício nas escolas públicas, e, depois, a toda a demanda social – cursos de
profissionalização em nível médio que os habilitem em identidades já consagradas no
cotidiano escolar: técnicos em alimentação escolar, técnicos em administração escolar,
técnicos em multi-meios didáticos e técnicos em infraestruturas escolares.
Essa tarefa, à semelhança da de formação dos professores, pela legislação atual, se
limitada ao ensino médio profissional, compete aos Estados e ao Distrito Federal, embora
possa ser também assumida pela rede de educação profissional da União.
Entretanto, pela natureza inovadora da proposta, é importante que o MEC promova
algumas ações para viabilizar a formação profissional dos funcionários. Uma delas é o
financiamento de projetos de qualificação, com repasse de recursos para Estados e
Municípios. Essa ação já está em curso desde 2004. Outra é a promoção de discussão
política e acadêmica, o que se começou a fazer em Seminário Nacional promovido pela
Secretaria de Educação Básica. A mais ousada é a que aqui se propõe: a oferta de um
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programa de habilitação profissional via cursos de educação a distância, objeto do presente
projeto.
À semelhança do PROFORMAÇÃO, destinado à habilitação em nível médio de
professores leigos, que já atendeu a mais de 25.000 cursistas na maioria dos Estados, lança-
se agora o PROFUNCIONÁRIO, que se propõe oferecer o projeto pedagógico e os
materiais de ensino para que um maior número possível de funcionários, com escolaridade
mínima de ensino fundamental, possa, ao fim de no mínimo quinze meses, se habilitar
profissionalmente. Trata-se de cursos com duração de 1.100 a 1.400 horas, semi-
presenciais, com certificação dada por escolas federais, estaduais ou municipais de nível
médio. Seus diplomas, como técnicos, dependerão, entretanto, da conclusão concomitante
ou posterior, do ensino médio em cursos ou exames. Embora os cursos sejam formatados e
dirigidos para os funcionários em exercício em escolas ou órgãos dos sistemas de ensino
federal, estaduais e municipais, com o ensino fundamental completo, poder-se-á admitir a
inscrição de adolescentes e jovens destinados a acessar essas carreiras, principalmente em
processos articulados com concursos públicos.
Fundamentação e Arcabouço legal
As bases legais do Projeto e de seus Cursos Profissionais derivam dos preceitos
constitucionais (art. 205 a 214), dos dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, nº 9.394, de 1996, do Decreto nº 5.154, de 2004, bem como das Diretrizes
Curriculares Nacionais emanadas da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de
Educação, em especial :
a) do Parecer CNE/CEB 15/1998 e da Resolução CNE/CEB 03/1998 sobre as
Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio;
b) do Parecer CNE/CEB 01/1999 e da Resolução CNE/CEB 02/1999 sobre as
Diretrizes Curriculares para o Curso Normal de Nível Médio;
c) do Parecer CNE/CEB 11/2000 e da Resolução CNE/CEB 01/2000 sobre as
Diretrizes Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos;
d) do Parecer CNE/CEB 16/1999 e da Resolução CNE/CEB 04/1999 sobre as
Diretrizes Curriculares para a Educação Profissional de Nível Técnico;
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e) do Parecer CNE/CEB e da Resolução sobre a Educação a Distância.
f) do Parecer CNE/CEB 35/2003 e da Resolução CNE/CEB 01/2004 sobre a
organização e realização de estágio de alunos do ensino médio e da educação
profissional.
Princípios gerais para a política de formação do técnico em educação
a) a educação como direito de todos e dever do Estado, incluindo a formação básica
do cidadão e sua qualificação para o trabalho, pela habilitação profissional;
b) igualdade de condições de acesso às escolas e permanência nelas com sucesso para
todos os cidadãos;
c) liberdade de aprender e ensinar, com uso das novas tecnologias da informação e
comunicação;
d) gestão democrática do ensino público com qualidade e responsabilidade social;
e) vinculação do processo educativo com as práticas sociais e o mundo do trabalho;
f) ruptura com as formas elitistas, seletivas e de privilégio da educação escolar até hoje
vigentes;
g) combate aos privilégios e reafirmação da inclusão social de todos os sujeitos
constituintes no e do processo educativo.
h) articulação, nas escolas da educação básica, entre os espaços de gestão, tecnologias,
alimentação, infra-estrutura e meio ambiente e os espaços da docência, na
perspectiva da construção do saber sistematizado num ambiente educativo e
prazeroso.
2. OBJETIVO GERAL
Promover, por meio de cursos de educação a distância, formação e habilitação
técnica em nível médio para os profissionais da educação, que atuam na escola como não
docentes.
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2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Formar e habilitar técnicos em nível médio, profissionais de gestão escolar.
2. Formar e habilitar técnicos em nível médio, profissionais de alimentação escolar.
3. Formar e habilitar técnicos de nível médio, profissionais de infra-estrutura e meio
ambiente escolar.
4. Formar e habilitar técnicos em nível médio, profissionais de multi-meios didáticos.
3. ESTRUTURA DO CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO EM EDUCAÇÃO
O curso será composto por dois blocos: O primeiro constitui-se da formação
pedagógica e da formação técnica, comum às quatro habilitações: gestão escolar,
alimentação escolar, infra-estrutura e ambiente escolar. O segundo bloco compõe-se da
parte específica dos quatro cursos além do estágio supervisionado. A carga horária do
curso técnico de nível médio será de 1080 horas distribuídas nos bloco I e II blocos e mais
300 horas de estágio supervisionado totalizando 1380 horas.
ESTRUTURA GERALBLOCO I BLOCO II
FORMA ÇÃO ESPECÍFICA
Infra-estrutura e Meio -ambiente Escolar
Multi-meios Didáticos
Alimentação Escolar .
Gestão Escolar
FORMAÇÃO COMUM
Formação TécnicaFormação Pedagógica.
Conjunto I Conjunto IIConjunto IIConjunto I
Estágio Supervisionado
Bloco I – Formação Comum
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QUADRO DEMOSTRATIVO DA ESTRUTURA GERAL DOS CURSOS
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O Bloco I destina-se à apropriação dos fundamentos teóricos e filosóficos da
educação, construção de saberes, integrando teoria e prática e gestão educacional comum as
quatro habilitações e se constituem de dois conjuntos num total de 600 horas.
O primeiro conjunto, denominado de formação pedagógica, é formado por cinco
módulos de 60 horas cada um. São eles:
Funcionários da Educação: cidadãos, educadores e gestores - 60horas
Educador e educandos: tempos históricos - 60 horas
Homem, pensamento e cultura: abordagens filosófica e antropológica - 60horas
Relações inter-pessoais: abordagem psicológica - 60 horas
Educação, Sociedade e Trabalho: abordagem sociológica da educação - 60horas
O segundo conjunto, denominado formação técnica, é composto de quatro módulos
cada um.São eles:
Informática básica – 80horas
Produção textual – 80horas
Direito Administrativo - 60horas
Gestão da Educação – 80horas
BLOCO ICONJUNTOS I e II
FORMAÇÃO PEDAGÓGICA
Funcionário da educação: cidadãos, educadores e gestores
Educador e educandos: tempos históricos
Homem, pensamento e cultura: abordagens filos ófica e antropológica
Relações inter-pessoais: abordagem psicológica
Educação, Sociedade e Trabalho: abordagem sociológica da educação
Informática Básica
Direito Administrativo
Produção Textual
Gestão da Educação
FORMAÇÃO TÉCNICA
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QUADRO DEMOSTRATIVO DA FORMAÇÃO COMUM AOS CURSOS
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Bloco I: Formação Pedagógica - Ementas dos módulos
- Funcionários da Educação: cidadãos, educadores e gestores.
Os funcionários da educação no contexto da gestão da educação. Os funcionários como
sujeito social e histórico, visando uma prática integrada, profissionalismo e compromisso
social. Funcionários na construção do Projeto Político Pedagógico e ação política.
- Educador e educandos: tempos históricos.
Educação na História. História dos trabalhadores e trabalhadoras da Educação. Processos
educativos. Educadores e tendências educacionais. Educação popular, Políticas de
formação.
- Homem, pensamento e cultura: abordagens filosófica e antropológica.
Processo de construção da cidadania. Filosofia como instrumento de reflexão e prática.
Ética, Moral e política. O ambiente físico e social. Relações homem e natureza. Aspectos e
valores culturais. Linguagens e formas de comunicação.
- Relações inter-pessoais: abordagem psicológica.
Processo de desenvolvimento humano: Infância, adolescência e fase adulta. Relações e
práticas pedagógicas educativas na escola. Relações inter-pessoais na perspectiva da
construção coletiva na educação. Afetividade e desenvolvimento cognitivo.
- Educação, Sociedade e Trabalho: abordagem sociológica da educação.
Globalização, neoliberalismo, trabalho e profissionalização. Formas de organização dos
trabalhadores. Transformações no mundo do trabalho: formal e informal, terceirização,
precarização e subemprego. Trabalho voluntário. Identidade da profissão e dos
trabalhadores.
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Bloco I: Formação Técnica - Ementas dos módulos
-Informática básica
Multi-meios. Linguagem da informática. Hardware ou software. Os conhecimentos sobre
informática básica conectada às necessidades da escola. Interpretações da terminologia em
língua estrangeira.
- Produção textual
Produção de textos. Leitura e compreensão de textos. Desenvolvimento da leitura e escrita
em documentos oficiais educacionais. A arte de ler, de escrever e de comunicar.
- Direito Administrativo
Reforma do Estado brasileiro e as implicações para os profissionais da educação. Normas
que regem a administração pública e privada na educação. Os trabalhadores na legislação.
Movimentos sociais e lutas políticas dos trabalhadores em educação.
- Gestão da educação.
Administração clássica. A gestão na história e na educação. A gestão da educação:
fundamentos e legislação. A gestão da educação e a reforma do Estado brasileiro.
Descentralização e desconcentração. Gestão democrática: os seus fundamentos.
Bloco II – Da Formação Específica e do Estágio Supervisionado
O Bloco II destina-se à apropriação de conhecimentos e de saberes; de competências
técnicas e operacionais voltados para as quatro habilitações, e se constitui de dois
conjuntos. O primeiro deles denominado de formação específica integra os conteúdos das
quatro habilitações: gestão escolar, Multi-meios didáticos, alimentação escolar, infra-
estrutura e meio ambiente escolar. Cada habilitação será composta por oito módulos, num
total de 480 horas. O segundo conjunto denominado Estágio Supervisionado, num total de
300 horas de carga horária.
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CONJUNTOS I e II
. GESTÃO ESCOLAR
.
MULTI-MEIOS DIDÁTICOS
.
Teorias Administrativas
Gestão Escolar
Legislação Escolar
Estatística Aplicada à Educação
Redação Oficial
Técnicas de Arquivo
Contabilidade Pública
Adm. de materiais
INFRA-ESTRUTURA E MEIO-AMBIENTE
ESCOLAR
ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
.
Teorias da Nutrição
Cozinha experimental e Segurança alimentar
Alimentos e Nutrientes
Industrialização e Inspeção de alimentos
Planejamento e preparo de alimentos
Higiene de alimentos
Org. de cantinas e refeitórios escolares
Horticultura
Teoria da Comunicação
Biblioteca Escolar
Audiovisuais
Legislação Escolar
Informática aplicada á Educação I
Laboratórios
Informática aplicada á Educação II
Oficina Cultural Ecologia
Higiene Escolar
Segurança
Equipamentos elétricos e eletrônicos
Equipamentos hidráulicos e sanitários
Equipamentos Didáticos
Teoria do Espaço Escolar
Técnica de Construção
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
BLOCO II
Técnico de nível médio em gestão escolar:
Os funcionários de educação por meio do curso técnico de nível médio com
habilitação em gestão escolar buscam constituir-se como sujeitos portadores de
conhecimentos, saberes, princípios e valores, que os instituem e os credenciam como
gestores no interior do espaço escolar.
Espera-se que a habilitação em gestão escolar propicie aos funcionários da educação
capacidade para: construir, propor, participar, interferir, conduzir, refletir, mediar e dialogar
com a comunidade escolar. Pretende-se que este novo profissional da educação compreenda
que na escola existem outros espaços de educação e formação. E são nestes outros espaços,
no interior da escola, que eles devem atuar como educadores e gestores na perspectiva de
emancipação, do exercício da cidadania e da responsabilidade social coletiva.
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QUADRO DEMOSTRATIVO DA FORMAÇÃO ESPECÍFICA DOS CURSOS
Universidade de BrasíliaFaculdade de Educação
Assim, o seu credenciamento profissional se constitui da integração entre os saberes
historicamente produzidos, transmitidos e sistematizados e a sua capacidade de reflexão
sobre a sua prática social cotidiana. O curso técnico de nível médio com habilitação em
gestão escolar será composto dos seguintes módulos:
. Teorias administrativas - 60 horas
. Gestão escolar - 60 horas
. Legislação escolar - 60 horas
. Redação Oficial - 60 horas
. Técnicas de arquivo - 60 horas
. Contabilidade pública - 60 horas
. Administração de materiais - 60 horas
. Estatística aplicada à educação - 60 horas
Técnico de nível médio em multi-meios didáticos:
Os funcionários de educação por meio do curso técnico de nível médio com
habilitação em multi-meios didático buscam constituir-se como sujeitos portadores de
conhecimentos, concepções, saberes, valores, que os instituem e os credenciam como
gestores no interior do espaço tecnológico escolar.
Espera-se que esta habilitação propicie aos funcionários da educação capacidade
para: apropriar, decodificar, mediar os recursos tecnológicos com a prática escolar
tornando-os espaços educativos e que neles os funcionários da educação possam constituir-
se como educadores e formadores. Aproveitando estes espaços ser um educador no interior
da escola, que saiba dialogar com a comunidade escolar numa perspectiva de melhor
utilizar os equipamentos tecnológicos disponíveis para, por meio deles, contribuir na
construção de uma escola emancipadora e democrática. Pretende-se que este novo
profissional da educação compreenda que na escola existem outros espaços de educação. E
são nestes outros espaços, no interior da escola, que eles devem atuar como educadores
imbricados e atualizados com os novos mecanismos tecnológicos disponíveis para
educação. Assim, o seu credenciamento profissional se constitui da integração entre os
saberes historicamente produzidos e sistematizados e de sua capacidade de reflexão sobre
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as práticas, hábitos e inovações no cotidiano da escola. O curso técnico de nível médio com
habilitação em multi-meios didáticos, será composto dos seguintes módulos:
. Teorias da Comunicação – 60 horas
. Biblioteca escolar – 60 horas
. Audiovisuais – 60 horas
. Laboratórios - 60 horas
. Oficina cultural – 60 horas
. Legislação escolar – 60 horas
. Informática aplicada à educação I – 60 horas
. Informática aplicada à educação II – 60 horas
Técnico de nível médio em alimentação escolar:
Os funcionários da educação por meio do curso técnico de nível médio com
habilitação em alimentação escolar buscam constituir-se como sujeitos portadores de
conhecimentos, saberes, princípios e valores que os instituem e os credenciam como
gestores no interior do espaço alimentar escolar.
Espera-se que a habilitação em alimentação escolar propicie aos funcionários da
educação capacidade para: preparar, selecionar e preservar os alimentos; valorizar a cultura
alimentar local; programar e diversificar a merenda escolar; participar, refletir, mediar e
dialogar com a comunidade escolar sobre a higiene, o lixo e poluição, orientar o uso da
água como recurso natural esgotável. Pretende-se que este novo profissional da educação
compreenda que na escola existem outros espaços de educação. E são nestes outros
espaços, no interior da escola, que eles devem aturar como educadores na construção de
hábitos alimentares e ambientais e que saibam orientar sobre a responsabilidade social.
Assim, o seu credenciamento profissional se constitui da integração entre os saberes
historicamente produzidos e sistematizados e a sua capacidade de reflexão sobre práticas e
hábitos alimentares e responsabilidade social coletiva no cotidiano da escola.
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O curso técnico de nível médio com habilitação em alimentação escolar, será
composto dos seguintes módulos:
. Teorias da Nutrição – 60 horas
. Alimentos e nutrientes – 60 horas
. Higiene dos alimentos – 60 horas
. Horticultura – 60 horas
. Cozinha experimental e Segurança alimentar – 60 horas
. Industrialização e inspeção de alimentos – 60 horas
. Planejamento e preparo de alimentos – 60 horas
. Organização de cantinas e refeitórios escolares – 60 horas
Técnico de nível médio em infra-estrutura e ambiente escolar:
Os funcionários de educação por meio do curso técnico de nível médio com
habilitação em infra-estrutura e ambiente escolar buscam constituir-se como sujeitos
portadores de conhecimentos, saberes, princípios, valores, que os instituem e os credenciam
como gestores no interior da infra-estrutura e ambiente escolar.
Espera-se que esta habilitação propicie aos funcionários da educação capacidade
para: preservar, refletir, valorizar e integrar, ambiente, físico, escolar e o patrimônio
tornando-os espaços educativos e que neles os funcionários da educação possam constituir-
se como educadores. Aproveitando estes espaços ser um educador no interior da escola, que
saiba dialogar com a comunidade escolar numa perspectiva de participação e de
compreensão da responsabilidade social coletiva. Pretende-se que este novo profissional da
educação compreenda que na escola existem outros espaços de educação e de vivência
coletiva. E são nestes outros espaços, no interior da escola, que eles devem atuar como
educadores na construção de hábitos de preservação e manutenção do ambiente físico e do
patrimônio escolar. Sendo educadores e imbuídos de conhecimentos saibam no exercício
profissional acolher os estudantes, vivenciar a cidadania, praticar a afetividade e estimular
os sonhos e os desejos. Assim, o seu credenciamento profissional se constitui da integração
entre conhecimentos e saberes historicamente produzidos, transmitidos e sistematizados e
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da sua capacidade de reflexão sobre práticas e hábitos no cotidiano da escola. O curso
técnico de nível médio com habilitação em infra-estrutura e ambiente escolar, será
composto dos seguintes módulos:
. Teorias do espaço escolar – 60 horas
. Equipamentos elétricos e eletrônicos – 60 horas
. Equipamentos hidráulicos e sanitários – 60 horas
. Ecologia – 60 horas
. Higiene escolar – 60 horas
. Segurança – 60 horas
. Equipamentos didáticos – 60 horas
.Técnica de construção – 60 horas
Bloco II - Formação Específica: Estágio Supervisionado
Os funcionários de Educação, em exercício, desenvolvem atividades que podem ser
educativas no seu local de trabalho. Normalmente executam as tarefas demandadas pelas
exigências de cada escola dentro da função a ele destinada pelo seu vínculo empregatício.
Embora já desenvolvendo atividades no interior da escola, isto não pode ser considerado
uma atividade de estágio supervisionado.
O Estágio Supervisionado deverá ser cumprido pelo cursista num total de 300horas.
Os estagiários deverão ser cursistas regularmente matriculados e o estágio não cria vínculo
empregatício de qualquer natureza. A jornada de atividades de estágio, a ser cumprida pelo
cursista deverá compatibilizar-se com o horário de trabalho e com o horário da instituição
receptora. Para a sua realização é necessário que um tutor credenciado do POLO e em
parceria com outras instituições celebrem um termo de compromisso e construam um
projeto de formação específica de modo a contemplar as novas exigências de capacitação e
aprendizagens dos cursistas. Durante a realização do Estágio, espera-se que possam
vivenciar e integrar elementos teóricos e práticos sob a supervisão do tutor credenciado, de
modo a superar as atividades cotidianas, qualificando-as e inserindo-as num outro patamar
de compreensão de seu pensar e fazer no interior da escola. O Estágio Supervisionado
somente poderá realizar-se em instituições que tenham condições de proporcionar
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experiência prática na linha da formação e da capacitação ao cursista. (Parecer CNE/CEB –
nº 35/2003). As atividades rotineiras já praticadas no interior da escola não constituem
estágio.
Para a realização do Estágio Supervisionado caberá ao tutor credenciado, a partir da
parceira ou de convênio com outras instituições, elaborar junto com os cursistas um plano
de trabalho a ser organizado, executado e avaliado, de maneira a distribuir a carga horária:
25% na escola de origem do cursista e 75% na instituição conveniada. Após celebração do
termo de compromisso, tutor e cursista são responsáveis pelo pleno desenvolvimento do
estágio, condições necessárias para a cerificação.
4. METODOLOGIA, NA MODALIDADE A DISTÂNCIA, POR MEIO DA UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS
O curso será estruturado com um material comum e materiais optativos
complementares que serão utilizados de forma flexível.
A diversificação pode ocorrer, tanto com relação ao conteúdo como com relação à
mídia, permitindo a inserção de tecnologias que sejam disponíveis para grupos concretos de
alunos ou mesmo para todos os alunos atendidos. Essa diversificação garantirá que um fator
limitante ao acesso tecnológico de determinado grupo de alunos não seja crítico ao
aprendizado, havendo indicações para intercâmbio e substituição de mídias, vídeos, CD-
ROM, DVD, Internet, livros.
4.1. Descrição do material do curso
Cada Bloco de estudos e seus conjuntos estão subdivididos em módulos, a serem
disponibilizados em textos impressos, em CDs e na WEB. Em cada um desses módulos
teremos:
Material impresso composto por:
Texto Modular Básico, com a denominação geral do módulo, que será aquele texto
condutor do conteúdo básico e norteador da utilização dos demais materiais
complementares. O texto será composto, também, por atividades auto-instrucionais,
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bem como por atividades que poderão, posteriormente, serem utilizadas para a
avaliação;
Guia de estudo, que servirá como orientação específica para o estudo e as atividades
dos alunos para o conjunto dos três blocos, encadernados em uma publicação.
Deverá ser complementado por:
o Agenda do módulo e roteiro facilitador da organização pessoal de estudo e
trabalho, também expressa no guia de estudo.
o Caderno de atividades do aluno, em que constem as atividades, os
exercícios de aprendizagem individual e coletiva, especificando as que
devem ser enviadas aos tutores para acompanhamento e avaliação.
Guia Integrador da Formação Pedagógica - conteúdo integrador do conhecimento
disponibilizado em todos os módulos componentes do Conjunto da Formação
Pedagógica, do Bloco I
Guia Integrador da Formação Técnica - conteúdo integrador do conhecimento
disponibilizado em todos os módulos componentes do Conjunto da Formação Técnica,
do Bloco I
Quando for o caso, também serão associados vídeos relacionados aos temas e
indicados no guia de estudos.
CD-ROM com material adicional e facilidades de conexão, com material disponibilizado
na Internet, quando esta for utilizada.
Esse conjunto de materiais será remetido aos alunos por correio, com alguns dias de
antecedência ao previsto para o início de cada módulo.
Adicionalmente, cada polo que dispuser de infra-estrutura para tal poderá utilizar:
Ambiente colaborativo na Internet (ambiente virtual do aluno, EPROINFO).
Videoconferência convencional ou pela WEB (quando for o caso).
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Quando esses recursos forem utilizados, também estarão referidos no guia de
estudo. Atividades de aprendizagem colaborativa estarão definidas no ambiente virtual do
aluno, ao qual cada um terá acesso mediante senha individual.
Naturalmente, para que possam vir a ser utilizados esses recursos de forma
obrigatória, será necessário prover acesso a eles pelos alunos. Quando apenas parte dos
alunos dispuser de acesso (por exemplo, à Internet) o recurso será usado de forma optativa.
ORGANOGRAMA DO CURSO
Figura 1
4.2 . Estratégias de produção do curso e apoio à aprendizagem
De acordo com a Figura 1, a coordenação geral do Projeto estará a cargo da
DASE/MEC, ficando a coordenação pedagógica como responsabilidade da Universidade de
Brasília/CEAD/FE. A UnB será responsável pela organização e implementação de toda a
cadeia de produção dos módulos pelos professores autores, nas diferentes mídias a serem
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Coordenação GeralDASE/MEC
Coordenação GeralPedagógica CEAD/FE/UnB
Coordenação Estadual
Polo Central de Tutoria
Polo Central de Tutoria
Polo Central de Tutoria
Professores Autores
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utilizadas. Ficará encarregada de oferecer, pela WEB, um curso de autoria para aqueles
professores que irão escrever os conteúdos específicos, bem como realizar toda a adaptação
do material para diferentes mídias, além de organizar a edição para material impresso, CD e
WEB. Também oferecerá uma formação, pela WEB, de tutores e de supervisores, para o
acompanhamento do aprendizado dos alunos.
Basicamente, o aluno será acompanhado a distância pelo tutor e poderá participar de
encontros presenciais nos Polos Centrais de Tutoria (PCT), coordenados diretamente por
uma Coordenação Estadual, organizadas pelas Secretarias de Educação Estadual e
Municipais. O acompanhamento do processo de oferta do curso, bem como a avaliação
externa será feita pela Universidade de Brasília.
4.3 Descrição dos principais atores do processo
Equipe de Coordenação Pedagógica - UnB
Profissionais encarregados do gerenciamento acadêmico da produção do curso bem
como do acompanhamento pedagógico e avaliação externa, quando da execução do mesmo.
Responsabiliza-se pela articulação com os demais órgãos envolvidos na Universidade, se
for o caso, com o MEC e com as Secretarias de Educação dos Estados. Responsável por:
a) Orientar o trabalho dos autores de conteúdo, objetivando a construção e/ou
adaptação de conteúdos às metodologias de ensino-aprendizagem e de avaliação,
apropriadas à modalidade de educação a distância;
b) Coordenar a equipe técnica de produção do material didático nas diversas mídias;
c) Coordenar e executar o processo de treinamento de tutores;
Coordenador Geral da DASE/MEC - Profissional do Ministério da Educação que
acompanhará todo o processo do Projeto, fazendo a articulação com as coordenações
estaduais e a Universidade de Brasília.
Coordenador Estadual - Profissional das Secretarias de Educação dos Estados e
Municípios responsável pelo acompanhamento do Projeto junto aos Polos Centrais de
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Tutoria associados ao seu Estado ou Município e também pela articulação com o MEC.
Será responsável pela certificação dos cursistas.
Professor Autor - Profissional da área, com reconhecido saber e experiência,
especialmente designado para elaborar e/ou adaptar os conteúdos didáticos.
Supervisor – Acompanha e coordena o trabalho dos tutores, além de relacionar-se com
professores autores de módulo, quando for o caso. Responsável pelo acompanhamento dos
aspectos formais e administrativos do curso, como matrícula, calendário de atividades,
acompanhamento de oferta dos módulos, recebimento e distribuição do material. Perfil:
professor, ativo ou aposentado ou outro profissional com mestrado e experiência na área.
Ficará no PCT e deverá manter um contato permanente com a Coordenação Geral do MEC
e da UnB.
Tutor – Responsável pelo acompanhamento direto do aluno, a distância. Responsabiliza-se
pelo desenvolvimento teórico do curso e desloca-se para plantões no PCT. Participa dos
encontros presenciais do seu grupo. A ele os alunos remetem as atividades realizadas para
fins de avaliação.
Cada PCT estará interligado pela Internet, constituindo-se uma comunidade virtual
de aprendizagem permanente. Por esse motivo é imprescindível que todos os tutores
tenham acesso à rede.
Essa comunidade contará com um aplicativo de interatividade similar ao ambiente
virtual do aluno e contendo também materiais específicos da tutoria. A esse ambiente terão
acesso, também, os autores de materiais de aprendizagem e os supervisores, além de
pessoal auxiliar dos cursos. Com isso se propiciará a contínua troca de experiência,
esclarecimento de dúvidas, sugestões para aperfeiçoamento de materiais e avaliação
permanente das estratégias de ensino. Para facilitar a referência, chama-se de "ambiente
virtual dos tutores”.
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Universidade de BrasíliaFaculdade de Educação
Haverá um acompanhamento para questões como matrículas, acompanhamento dos
alunos, menções etc. A ela devem reportar-se os tutores para todos os assuntos vinculados à
oferta do curso.
Cada grupo de alunos contará com um tutor por módulo, variando conforme a
especificidade do conteúdo. Haverá uma proporção de 50 alunos por tutor. Os tutores
atuarão normalmente a distância, locomovendo-se para os Polos para as atividades
presenciais. Darão também plantões alternados, em horários prefixados, para atender aos
alunos de qualquer Polo por telefone, e-mail ou chat, para esclarecimento de dúvidas.
A relação entre os alunos e os tutores pode acontecer pelo ambiente virtual, quando
tiverem acesso ao mesmo, ou por carta, telefone e fax. O aluno pode ter também contato
presencial com os tutores durante os plantões dados nos Polos.
O supervisor responsável por cada módulo fará a supervisão geral dos tutores
referente ao assunto próprio do módulo, utilizando-se do ambiente virtual dos tutores.
Para facilitar o acompanhamento permanente e a avaliação em processo, haverá para
cada aluno uma ficha de acompanhamento, disponibilizada no ambiente virtual dos tutores
e à qual terão acesso todas as pessoas relacionadas com aquele aluno. Essa ficha registrará o
envio dos módulos, o recebimento e a avaliação de atividades, o recurso à tutoria e as
respostas recebidas, a participação nas presenciais etc. Assim, cada tutor terá acesso ao
desempenho global do aluno.
A prática de ensino com estágio supervisionado será realizada na escola a que
pertence o cursista e/ou em outra escola. O estágio será acompanhado a distância por um
dos tutores, mediante o envio de atividades, ou presencialmente no PCT.
Os momentos presenciais serão utilizados para atividades de estudo, bem como para
avaliações. Corresponderão cerca de 40% da carga horária do curso e serão realizados em
cada Polo em dias predeterminados, preferencialmente em finais de semana e períodos de
férias escolares. Esses momentos constarão da agenda de cada módulo.
4.4 Seleção dos alunos
A seleção dos alunos será de responsabilidade das Secretarias de Educação, cabendo
a elas o estabelecimento dos critérios pertinentes.
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4.5 Módulo preparatório para a realização do curso
Para evitar a evasão e as dificuldades com a modalidade a distância que
prejudiquem o bom aproveitamento dos alunos ao longo do curso, todos os alunos deverão
realizar um módulo preparatório para posterior acompanhamento do curso, propriamente
dito. Esse módulo favorecerá a aquisição de habilidades necessárias para o aluno aprender
na modalidade a distância.
Esse módulo estará embasado em material impresso e/ou CD-ROM - realizado em 1
mes de estudo, num total de 30 horas.
Esse módulo objetiva a aquisição e a verificação de habilidades, por alunos que
tenham concluído o ensino fundamental/médio, relativas a:
Estudo a distância: auto-aprendizagem, organização do tempo e demais
características necessárias para o aluno na modalidade EaD. (Auto-Aprendizagem.)
Ao longo do curso, será trabalhada a capacidade do aluno desenvolver a autonomia para
o estudo a distância, sendo capaz de buscar as informações, fazendo consultas nas mais
diversas fontes de referência (livros, revistas, bibliotecas, Internet etc.), compreendendo e
redigindo textos cujos conteúdos estejam relacionados com o conteúdo do curso.
O aluno será avaliado ao longo do processo em relação à sua capacidade para o estudo a
distância, trabalho em grupo, compreensão e redação de textos, cálculos básicos necessários
para o acompanhamento do curso.
4.6 Avaliação da aprendizagem
A avaliação da aprendizagem terá por objetivo verificar o desenvolvimento, pelo
aluno, das competências previstas em cada módulo e a capacidade de mobilizar
conhecimentos e aplicá-los em situações-problemas. Será processual e baseada em
atividades individuais previstas nos módulos. As atividades produzidas serão
acompanhadas e avaliadas pelos tutores com apoio dos supervisores, a partir dos cadernos
de atividades.
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Além disso, para cada módulo, serão realizadas duas avaliações presenciais, as quais
serão aplicadas no cumprimento da metade e ao final do conteúdo. Estas avaliações serão
elaboradas pela equipe de Supervisores. A aplicação será feita pelos tutores nos Polos,
fazendo parte das atividades presenciais do curso. Os momentos de aprendizagem podem
ou não ser diferentemente valorados no processo de avaliação, dependendo dos objetivos.
O resultado das avaliações será lançado pelo tutor em ficha de acompanhamento do
aluno, de modo a permitir um acompanhamento permanente de seu desempenho por parte
de todos os envolvidos no processo.Quando pertinente, o módulo pode demandar também
trabalho final e relatório de estágio. Será definido um sistema de menções ou notas e
critérios de aprovação.
Torna-se necessário prever os procedimentos diante do não-envio de atividades ou
de uma menção insuficiente nas mesmas ao final de um módulo. Para concluir com sucesso
cada módulo, o aluno deverá alcançar, pelo menos, 50% de aproveitamento em cada
modalidade (a distância ou presencial). Serão criados mecanismos de recuperação, de forma
a que o aluno continue o curso, porém vá resolvendo suas pendências ao longo do processo.
A realização das atividades a distância servirá também como registro de freqüência.
Para aprovação em um módulo, é necessário que o aluno tenha realizado ao menos 75% das
atividades previstas.
Para certificação, o aluno deve ter obtido desempenho satisfatório em todos os
módulos e ter seu relatório final de estágio aprovado.
Público-alvo inicial
15 mil alunos em cinco estados da Federação a serem indicados pelo MEC.
5. PROPOSTA DE CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA PROFISSIONAL DE TÉCNICO EM EDUCAÇÃO
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Compreende as ações e atividades gestão escolar, preparação, preservação e
acondicionamento de alimentos, controle e utilização de equipamentos de comunicação e de
informática, orientação e zelo do ambiente físico e do patrimônio escolar. Inclui atividades
de construção coletiva de projetos acadêmicos, planejamento, organização de processos dos
docentes e discentes, diversificação de alimentos e aproveitamento racional da água,
hábitos ecológicos, promoção e avaliação das atividades educativas, zelo e responsabilidade
com o patrimônio público. Domínio dos recursos pedagógicos da escola, valorização da
cultura e produção artística integrada com as comunidades escolar e local.
Competências profissionais gerais do técnico da Área de Educação
- Compreender a escola como espaço educativo plural em suas múltiplas dimensões.
-Propor e viabilizar ações voltadas para o processo educativo que garantam a participação,
emancipação e integração dos sujeitos na e da comunidade escolar.
- Compreender a gestão educacional como instrumento de democratização da escola.
- Identificar, compreender e analisar os elementos constitutivos da gestão democrática.
- Saber utilizar os equipamentos, recursos e instrumentos de comunicação e de informática.
- Propor e conduzir atividades de planejamento, análise, controle e organização dos serviços
administrativos e pedagógicos da escola.
- Saber identificar a natureza do trabalho pedagógico, educativo e de gestão e suas relações
com a formação ética, política e cidadã.
- Elaborar, atuar e acompanhar projetos que garantam a qualidade social dos serviços
educacionais.
- Posicionar-se com transparência e ética nas relações sociais no âmbito educativo.
- Identificar, propor e avaliar práticas de trabalho no interior da escola voltadas para o
sociabilidade, respeito e responsabilidade social.
- Saber trabalhar coletivamente, saber conviver com as diferenças e adversidades.
- Saber preparar, preservar, acondicionar e diversificar os alimentos e cardápios.
- Orientar e propor projetos de racionalização da água e destino do lixo.
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- Zelar coletivamente do patrimônio humano, cultural e físico da escola.
- Saber mediar conflitos e valorizar o diálogo nas relações no interior da escola
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ESTRUTURA GERALBLOCO I BLOCO II
FORMAÇÃO ESPECÍFICA
Infra-estrutura e Meio-ambiente Escolar
Multi-meios Didáticos
Alimentação Escolar .
Gestão Escolar
FORMAÇÃO COMUM
Formação TécnicaFormação Pedagógica .
Conjunto I Conjunto IIConjunto IIConjunto I
Estágio Supervisionado
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BLOCO ICONJUNTOS I e II
FORMAÇÃO PEDAGÓGICA
Funcionário da educa ção: cidadãos, educadores e gestores
Educador e educandos: tempos históricos
Homem, pensamento e cultura: abordagens filos ófica e antropol ógica
Relações inter-pessoais: abordagem psicológica
Educação, Sociedade e Trabalho: abordagem sociol ógica da educa ção
Informática Básica
Direito Administrativo
Produção Textual
Gestão da Educa ção
FORMAÇÃO TÉCNICA
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CONJUNTOS I e II
. GESTÃO ESCOLAR
.
MULTI-MEIOS DIDÁTICOS
.
Teorias Administrativas
Gestão Escolar
Legislação Escolar
Estatística Aplicada à Educação
Redação Oficial
Técnicas de Arquivo
Contabilidade Pública
Adm. de materiais
INFRA-ESTRUTURA E MEIO-AMBIENTE
ESCOLAR
ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
.
Teorias da Nutrição
Cozinha experimental e Segurança alimentar
Alimentos e Nutrientes
Industrialização e Inspeção de alimentos
Planejamento e preparo de alimentos
Higiene de alimentos
Org. de cantinas e refeitórios escolares
Horticultura
Teoria da Comunicação
Biblioteca Escolar
Audiovisuais
Legislação Escolar
Informática aplicada á Educação I
Laboratórios
Informática aplicada á Educação II
Oficina Cultural Ecologia
Higiene Escolar
Segurança
Equipamentos elétricos e eletrônicos
Equipamentos hidráulicos e sanitários
Equipamentos Didáticos
Teoria do Espaço Escolar
Técnica de Construção
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
BLOCO II
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TÉCNICO EM GESTÃO ESCOLAR: NÍVEL MÉDIO
1380 HORASTOTAL
300 horasESTÁGIOConjunto II
60 horas60 horas60 horas60 horas60 horas60 horas60 horas60 horas
Teorias AdministrativasGestão EscolarLegislação EscolarRedação OficialTécnicas de ArquivoContabilidade PúblicaAdministração de materiaisEstatística Aplicada à Educação
FORMAÇÃO ESPECÍFICA
Conjunto I
80 horas80 horas60 horas80 horas
Informática BásicaProdução TextualDireito AdministrativoGestão da Educa ção
FORMAÇÃO TÉCNICAConjunto II
60 horas60 horas 60 horas 60 horas 60 horas
Funcionário da educação: cidadãos, educadores e gestoresEducador e educandos: tempos hist óricosHomem, pensamento e cultura: abordagem filosófica e antropológicaRelações inter-pessoais: abordagem psicologicaEduca ção, Sociedade e Trabalho: abordagem sociológica da educa ção
FORMAÇÃO PEDAGÓGICA
Conjunto I
CARGA HOR ÁRIACOMPONENTES CURRICULARESBLOCOS
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TÉCNICO EM MULTI-MEIOS DIDÁTICOS: NÍVEL MÉDIO
1380 HORASTOTAL
300 horasESTÁGIOConjunto II
60 horas60 horas60 horas60 horas60 horas60 horas60 horas60 horas
Teoria da ComunicaçãoBiblioteca EscolarAudiovisuaisLaboratóriosOficina CulturalLegislação EscolarInformática aplicada á Educação IInformática aplicada á Educação II
FORMAÇÃO ESPECÍFICA
Conjunto I
80 horas80 horas60 horas80 horas
Informática BásicaProdução TextualDireito AdministrativoGestão da Educa ção
FORMAÇÃO TÉCNICAConjunto II
60 horas60 horas 60 horas 60 horas 60 horas
Funcionário da educa ção: cidadãos, educadores e gestoresEducador e educandos: tempos hist óricosHomem, pensamento e cultura: abordagem filos ófica e antropol ógicaRelações inter-pessoais: abordagem psicológicaEducação, Sociedade e Trabalho: abordagem sociol ógica da educação
FORMAÇÃO PEDAGÓGICA
Conjunto I
CARGA HORÁRIACOMPONENTES CURRICULARESBLOCOS
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1380 HORASTOTAL
300 horasESTÁGIOConjunto II
60 horas60 horas60 horas60 horas60 horas60 horas60 horas60 horas
Teoria da NutriçãoAlimentos e NutrientesHigiene dos alimentosHorticulturaCozinha experimental e Segurança alimentarIndustrialização e Inspeção de alimentosPlanejamento e preparo de alimentosOrganização de cantinas e refeit órios escolares
FORMAÇÃO ESPECÍFICA
Conjunto I
80 horas80 horas60 horas80 horas
Informática BásicaProdução TextualDireito AdministrativoGestão da Educa ção
FORMAÇÃO TÉCNICAConjunto II
60 horas60 horas 60 horas 60 horas 60 horas
Funcionário da educa ção: cidadãos, educadores e gestoresEducador e educandos: tempos hist óricosHomem, pensamento e cultura: abordagem filos ófica e antropol ógicaRelações inter-pessoais: abordagem psicológicaEducação, Sociedade e Trabalho: abordagem sociol ógica da educação
FORMAÇÃO PEDAGÓGICA
Conjunto I
CARGA HORÁRIACOMPONENTES CURRICULARESBLOCOS
TÉCNICO EM ALIMENTAÇÃO ESCOLAR: NÍVEL MÉDIO
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1380 HORASTOTAL
300 horasESTÁGIOConjunto II
60 horas60 horas60 horas60 horas60 horas60 horas60 horas60 horas
Teoria do Espa ço EscolarEquipamentos el étricos e eletrônicosEquipamentos hidráulicos e sanitáriosEcologiaHigiene EscolarSegurançaEquipamentos DidáticosTécnica de Construção
FORMAÇÃO ESPECÍFICA
Conjunto I
80 horas80 horas60 horas80 horas
Inform ática BásicaProdução TextualDireito AdministrativoGestão da Educa ção
FORMAÇÃO TÉCNICAConjunto II
60 horas60 horas 60 horas 60 horas 60 horas
Funcionário da educa ção: cidadãos, educadores e gestoresEducador e educandos: tempos hist óricosHomem, pensamento e cultura: abordagem filos ófica e antropol ógicaRelações inter-pessoais: abordagem psicológicaEducação, Sociedade e Trabalho: abordagem sociol ógica da educação
FORMAÇÃO PEDAGÓ GICA
Conjunto I
CARGA HORÁRIACOMPONENTES CURRICULARESBLOCOS
TÉCNICO EM INFRA-ESTRUTURA E MEIO-AMBIENTE ESCOLAR : NÍVEL MÉDIO
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ANEXO I
CURSO DE PROFISSIONALIZAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA EDUCAÇÃO CURSO DE PROFISSIONALIZAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA EDUCAÇÃO
PROFUNCIONÁRIOSPROFUNCIONÁRIOSCRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
2005Atividades Julho Agosto Setembro OutubroRealização do 1o Seminário para:
a) Definição de Diretrizes paraconstrução de 9 (nove)Módulos do curso, do Guiade Estudos e Guia Geral deIntegração;
b) Preparação da equipe deAutores dos Módulos.
Elaboração da 1ª versão dosconteúdos dos Módulos pela equipede Autores
Seleção e capacitação da equipe deSupervisores de Módulos
Adaptação dos conteúdos dosMódulos para linguagem de EaDvoltada para as mídias Impressa eWeb (Ambiente Virtual deAprendizagem – AVA)
Seleção e capacitação da equipe deTutores de Módulos
Envio do Material Didático para osalunos e disponibilização do Cursono Ambiente Virtual deAprendizagem (AVA)
Oferta do 1º Módulo do Curso
ANEXO II
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ORÇAMENTO PARA A 1ª FASE
Descrição das atividades unidade quantidade valorunitário
valortotal
1 Plano de trabalho Elaboração de projeto para a oferta do curso 15.000,00
2 Produção de módulos - 1ª Fase 1.294.574,40 3 Primeiro Seminário Diretrizes de conteúdo para conteudistas 14.400,00 4 Curso para Capacitação para 500 Tutores 17.172,00 5 Curso para Capacitação para 50 Supervisores 7.932,00 6 Remessa do Material Didático 23.700,00 7 Taxas e encargos 223.750,00 8 Total do orçamento 1.596.528,40
Investimento aluno R$ 106,44
Valor total da proposta: R$ 1.596.528,40 (Um milhão, quinhentos e noventa e seis mil,
quinhentos e vinte e oito reais e quarenta centavos)
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