21
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Amanda Teixeira Fonseca Brasil Ermelinda Piedade Mathias Oliveira Erika Barbosa Araújo Glaucia Lima de Magalhães Theophilo José Geraldo Ferreira INTERVENÇÃO DA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA COM ADOLESCENTES - PROJETO RE CONSTRUIR -

Projeto Psi Comunitária

Embed Size (px)

Citation preview

12

UNIVERSIDADE ESTCIO DE S

Amanda Teixeira Fonseca BrasilErmelinda Piedade Mathias OliveiraErika Barbosa ArajoGlaucia Lima de Magalhes TheophiloJos Geraldo Ferreira

INTERVENO DA PSICOLOGIA COMUNITRIA COM ADOLESCENTES - PROJETO RE CONSTRUIR -

Nova iguau - rj2014

Amanda Teixeira Fonseca BrasilErmelinda Piedade Mathias OliveiraErika Barbosa de ArajoGlaucia Lima de Magalhes TheophiloJos Geraldo Ferreira

INTERVENO DA PSICOLOGIA COMUNITRIA COM ADOLESCENTES- PROJETO RE CONSTRUIR -

Projeto de Pesquisa elaborado para a Disciplina Psicologia Comunitria lecionada pelo Prof. Ralph Ribeiro Mesquita para obteno de nota parcial de AV2.

Nova iguau - rj2014

SUMRIO

Pg.Nome do Projeto ..........................................................................................03

Introduo ...................................................................................................03

Justificativa ..................................................................................................04

Referencial Terico .....................................................................................04

Objetivos .....................................................................................................09

Pblico Alvo ...............................................................................................10

Metodologia .................................................................................................10

Recursos ......................................................................................................11

Cronograma ................................................................................................11

Avaliao ....................................................................................................11

Referncias ..................................................................................................12

NOME DO PROJETOINTERVENO DA PSICOLOGIA COMUNITRIA COM ADOLESCENTES- PROJETO RE CONSTRUIR -

INTRODUOA Psicologia Social Comunitria surge como uma nova abordagem dentro do movimento da psicologia aplicada para lidar com os problemas de comportamento humano, desenvolvendo aes de preveno, promoo, proteo e reabilitao da sade psicolgica e psicossocial, tanto em nvel individual quanto coletivo, priorizando o coletivo.O Projeto Re Construir um trabalho de interveno que ser realizado no Espao Psicossocial, Centro Comunitrio Refazer, localizado no bairro de Miguel Couto Nova Iguau. A clientela da instituio composta por crianas e adolescentes de 07 a 17 anos de ambos os sexos que se encontram em situao de vulnerabilidade fsica ou social tendo passado ou passando por violncia fsica, sexual, psicolgica ou condies de pobreza.O Projeto Re Construir ter como objetivo assistir o adolescente em situao de vulnerabilidade social proporcionando um espao de reflexo acerca de temas relacionados sua realidade. Pretende-se ainda compreender os reflexos dos fenmenos sociais dentro do grupo de adolescentes a partir do enfoque da psicologia social comunitria.Desta forma poder ser considerado de grande importncia o papel do psiclogo comunitrio, pois este auxiliar a promover qualidade de vida na comunidade identificando, definindo e compreendendo os fenmenos sociais no mbito comunitrio. Participar de trabalhos de campo em reas que possam articular conhecimento, competncias, habilidades e atitudes de interveno comunitria no grupo de adolescentes visando promover o desenvolvimento da conscincia e do senso crtico bem como a ampliao da percepo acerca das situaes do cotidiano, alm da autonomia dos sujeitos envolvidos colaborando, desta forma, para a melhoria da qualidade de vida.Como suporte metodolgico utilizaremos, para a coleta de dados e desenvolvimento de atividades, a observao-participante a qual consistir na assimilao e compreenso do modo de vida atravs da insero e convivncia real, analtica, sistemtica. No perodo de 04 meses sero realizados encontros semanais que contaro com a participao de 30 adolescentes na faixa etria de 11 a 16 anos. Atividades de exposio de vdeos, dinmicas de grupo, dramatizaes e rodas de discusses. Aes promovidas a partir das necessidades do pblico-alvo, identificadas atravs do dilogo e do entendimento das suas prprias necessidades e das formas de atend-las. A avaliao do trabalho desenvolvido evidenciar a troca de informaes entre os acadmicos, funcionrios e usurios da instituio. O que predominar durante o planejamento e realizao das atividades ser o desejo que estas sejam mobilizadoras e o mais prximas possvel da realidade dos participantes envolvidos, constituindo-se em um verdadeiro exerccio de cidadania. Este projeto tem como proposta romper barreiras, desmistificar concepes errneas da atuao do psiclogo dentro da comunidade. Desta forma poder ser considerado de grande importncia o papel da Psicologia Social Comunitria, pois esta pode ajudar no desenvolvimento do senso crtico, autonomia e da conscientizao do papel de sujeito enquanto cidado e transformador da sua realidade.

JUSTIFICATIVAEm face de uma realidade conflituosa e violenta, o Projeto Re Construir um projeto de extenso em Psicologia Social Comunitria criado por alunos da Universidade Estcio de S Campus Nova Iguau, que tem por objetivo, atender adolescentes vulnerabilizados de um centro comunitrio deste municpio. Tem como eixo fundamental a promoo e o desenvolvimento do compromisso social com a comunidade, atravs de programas de interveno que visam a sade e educao, com intuito de gerar reflexo e conscientizao da realidade social e, quando possvel, incluir socialmente as pessoas no mercado de trabalho, na comunidade, nos convvios familiares e sociais, na busca de uma melhor qualidade de vida, no enfrentamento das diversidades e consequentemente da promoo humana.

REFERENCIAL TERICOGOMES (1999) aponta que qualquer instituio social mais ou menos importante como matrimonio, famlia, parentesco, tribo, fabrica ou empresa considerado comunidade, contudo isso se aplica somente quando os membros que a compem interagem entre si. FREITAS e GUARESCHI (apud COSTA & BRANDO, 2005) conceituam comunidade como dimenso espao/temporal na qual os sujeitos so compreendidos com foco em suas relaes, sendo constitudos por meio destas, em uma constante dialtica entre individual e coletivo. Nesse contexto a comunidade se expressa como espao de construo de cidadania, no qual todas as falas trazem elementos importantes de suas realidades sociais, que posteriormente subsidiaram a realizao de intervenes que sejam compatveis com o modo de vida das pessoas que a compem. Neste contexto a Psicologia Social Comunitria surge como uma nova abordagem dentro do movimento da psicologia aplicada para lidar com os problemas de comportamento humano, enfatizando os fatores intrapsquicos e determinantes da sade mental no ambiente social.PRADO (2002) ressalta que a Psicologia Comunitria aponta a ideia de que valores morais compartilhados definem a participao democrtica, tornando os sujeitos mais polticos e conscientes. Dessa maneira a vivncia comunitria contribuiria para o crescimento individual e da comunidade na conquista de seus direitos enfatizando valores como a tica da solidariedade. Desta forma, essa vertente se caracteriza por trabalhar os sujeitos sociais com o objetivo de conscientiz-los acerca de sua condio social tornando-os verdadeiros agentes transformadores de sua realidade. Nessa perspectiva o trabalho do psiclogo social comunitrio refere-se tambm a mobilizao da comunidade na busca de melhores condies de vida.Segundo CAMPOS (2007) o psiclogo atuando na rea da psicologia social comunitria poder desenvolver seu trabalho em diversos locais da comunidade, tais como: postos de sade, creches, bairros populares, instituies de promoo do bem estar social, entre outros. Entre os locais onde o psiclogo pode atuar em conjunto com outros profissionais como em uma rede social o Centro de Referncia de Assistncia Social (CRAS). O CRAS uma unidade pblica da poltica de assistncia social de base municipal, integrante do Servio nico de Assistncia Social (SUAS). Ele se localiza em reas com maiores ndices de vulnerabilidade e risco social, destinado prestao de servios e programas de proteo social bsica s famlias e indivduos, promovendo ainda a articulao destes servios no seu territrio de abrangncia, e uma atuao intersetorial na perspectiva de potencializar a proteo social (Centro de Referncia Tcnica em Psicologia e Polticas Pblicas - CREPOP, 2007).A insero do psiclogo na comunidade, segundo FREITAS (apud PRADO, 2002) deve levar em conta trs aspectos: Que as necessidades da populao que devem indicar os caminhos para a prtica do psiclogo em comunidade, significando portanto que os objetivos deveriam ser definidos a posteriori; O trabalho deve implicar na construo conjunta de canais e alternativas para que a populao assuma seu cotidiano, fomentando relaes mais solidrias e ticas e desenvolvendo uma conscincia crtica; Apesar das incertezas e das delimitaes que vo acontecendo durante o processo de insero, o psiclogo tem um domnio especfico para a sua ao. O profissional poder subsidiar sua interveno em diferentes campos que envolvam polticas e aes relacionadas comunidade em geral e as ditas minorias compostas grupos tnico raciais, religiosos, de gnero, geracionais, de orientao sexual, de classes sociais e de outros segmentos socioculturais, com vistas realizao de projetos da rea social e/ou definio de polticas pblicas.Conforme afirma RAMMINGER (2001), muitos movimentos centram-se no assistencialismo, caridade e filantropia, atravs de aes que refletem pensamentos como: [...] temos que salv-los. Salv-los da bebida, da preguia, da desorganizao, da ignorncia, do subdesenvolvimento, da desnutrio, das pestes, da falta de higiene, da desinformao, da rua, das drogas, da morte... At perdoar, ns perdoamos ("Perdoai-vos Senhor, pois eles no sabem o que fazem"). Nos regozijamos com nossa bondade e solidariedade. At os tratamos de igual para igual, no mesmo? Somos como gnios da lmpada: Faa seu pedido e ele ser satisfeito!!! E eles pedem. Pedem comida, roupas, passagens de nibus, consultas em hospital, remdios, dinheiro. Enfim, todos que j puderam trabalhar em uma entidade de assistncia social devem saber do que estou falando e j ter muito se esforado, como eu, para no deixar ningum "desamparado". Fazemos de tudo para aliviar sua misria (e a nossa), para tapar todos os buracos, obturar todas as faltas. E mais: deduzimos que sua falta a nossa falta: um bom banho, um mdico, uma escola, um emprego. No por acaso que so escassos os programas assistencialistas que partem da prpria comunidade. A imensa frustrao e sensao de impotncia que acometem os tcnicos que trabalham com este tipo de populao esto diretamente ligadas com esta inverso da demanda. Ao fazer de nosso desejo, o desejo deles, fica difcil entender porque eles no participam como "deveriam" - por que no aproveitam as oportunidades que lhes oferecemos? Ao querer levar nossos ideais de classe mdia (como diriam os liberais), pequeno-burguesa (como diriam os marxistas) at outros, fazemos da demanda, alm de invertida, infinita - pois ningum conseguir sustentar este lugar de provedor incondicional... Enquanto se pensar em assistncia social como repasse de recursos, sempre estaremos lidando com recursos finitos para uma demanda infinita. Quando encerram-se os recursos, queles que nos procuram, nada temos a dar - a no ser um sorriso amarelo, e uma esperana, dizendo: volta daqui um tempo, vou colocar teu nome na lista de espera... Lista de espera....RAMMINGER (2001) comenta que em meio a tantas reflexes, normal ficar perguntando qual lugar a psicologia vem ocupando nestas prticas... Onde entra o conhecimento psicolgico nesta rede inter-intra-transdisciplinar? Infelizmente, o que se v uma total confuso em relao ao papel/funo do psiclogo. Confuso, muitas vezes, alimentada pelo prprio psiclogo, que acaba legitimando este no-lugar, sem conseguir diferenciar sua prtica, da assistncia social. Embora parea "clich", a interveno do psiclogo que trabalha junto comunidade tambm passa pela "escuta". Escutar os silncios, os entraves, as possibilidades, as entradas e sadas. Escutar a demanda, por exemplo. E no s a ela, mas tambm oferta. Partindo-se do princpio de que a demanda nunca espontnea, mas sempre produzida, torna-se necessrio compreender como foi a oferta destes servios, que acabou por gerar tal demanda.O centro da questo passa a ser como a pessoa veio at o projeto. O que ouviu falar? Como? De quem? bem diferente chegar ao Centro de Comunidade porque lhe disseram que ali do um rancho alimentar, ou chegar porque h um programa de reorganizao familiar, por exemplo. E o que o faz procurar pela "tia das fichas", ou ainda esperar que lhe arranjem um emprego? Nada adianta querer sair do simples repasse de recursos, se a comunidade continua entendendo que esta a funo a ser realizada. Sinal que algo na oferta destes servios, no est bem clara. E ser que esta oferta est clara para a equipe tcnica? interessante observar que da mesma forma que o usurio no participa da elaborao das polticas de assistncia social, os tcnicos que trabalham diretamente com os programas, tambm no tm acesso ao seu planejamento - reproduzindo e retro alimentando esta lgica, onde ningum sabe muito bem o que pedir, nem o que dar, muito menos o que conquistar e reivindicar. Indo um pouco mais alm, deve-se colocar em questo o desejo: tudo aquilo que nos falta, nos excede, nos paralisa, nos movimenta ou mobiliza - a ns e a eles. Mas como falar de desejo em uma prtica que oscila entre dois plos: da caridade tal qual concebida pela Igreja, onde o desejo alusivo ao pecado; ou do iderio marxista, onde o desejo passa a ser um preceito pequeno-burgus? Alm disso, ao desconsiderar o desejo alheio, infantiliza-se a populao atendida. Desqualifica-se e impe-se valores, transformando os usurios em assistidos. Esquece-se que, com isso, despotencializa-se esta mesma populao que busca-se libertar. Impede-se que tomem seu prprio rumo. Talvez por no aceitar a diferena de suas escolhas, talvez para que continuem sob os olhares penalizados, sob controle. Desta forma, o homem despotencializado, separado de sua vontade de potncia, de sua capacidade de construir a vida, ao invs de estar subjugado a uma vontade outra que a determina. Esta vontade outra que escraviza, sutil e permanentemente, no est encarnada somente nos grandes "viles" de nossa poca, quais sejam, a dobradinha "Capitalismo & Mdia" - instncias abstratas e intocveis macropoltica (RAMMINGER, 2001). Quantas vezes no somos ns que encarnamos o papel deste Outro imaginrio? Quantas vezes no fazemos o usurio acreditar que somos ns que sabemos sobre ele? Ns sabemos o que melhor, temos o mapa da mina, e o entregamos em troca da fidelidade aos nossos princpios e valores. No temos pacincia para escutar, para compreender que a fome (voc tem fome de qu? voc tem sede de qu?) nem sempre saciada com um prato de feijo com arroz. Somos surdos ao interditado quando estamos longe de nossos consultrios, alis, nem acreditamos nele... Ser que pobre tem inconsciente? (RAMMINGER, 2001).Atualmente muitas das polticas pblicas esto voltadas para os adolescentes que se encontram em uma fase da vida na qual ocorre um conjunto de mudanas evolutivas na maturao fsica e biolgica, no ajustamento psicolgico e social do indivduo. uma etapa da marcada por escolhas e transformaes em que os adolescentes enfrentam realidades diferentes das que j enfrentaram; vivendo constantes desafios, com relao a problemas reais ou a situaes imaginrias perante o mundo, que espera dele respostas adequadas em vrias situaes (ABERASTURY, 1981).Na adolescncia se desenvolve um conjunto de mudanas evolutivas na maturao fsica e biolgica, no ajustamento psicolgico e social do indivduo. uma etapa da vida marcada por escolhas e transformaes em que os adolescentes enfrentam realidades diferentes das que j enfrentaram; vivendo constantes desafios, com relao a problemas reais ou a situaes imaginrias perante o mundo, que espera dele respostas adequadas em vrias situaes (PAPALIA, 2006).Embora existam mltiplas formas de famlia em nossa sociedade, distintas dos moldes tradicionais, o fato que, independente de sua estrutura, a famlia o primeiro grupo, a primeira escola, a primeira comunidade e a primeira experincia de exerccio da cidadania que todo indivduo vivncia, sendo essa experincia profundamente marcante e, muitas vezes, determinante da trajetria de vida. No entanto, frequentemente o convvio familiar marcado pela violncia domstica cujas principais vtimas so crianas, adolescentes e mulheres (SAFFIOTI apud MILANI, 1999).Essa fragilidade interior do adolescente, muitas vezes mascarada sob atitudes agressivas e de desdm pelo outro, uma das causas de sua vulnerabilidade a tantos fatores de risco lcool, drogas, DST/AIDS, violncia etc. (MILANI, 1999). A desconstruo da violncia exige o envolvimento dos sujeitos, das instituies e da sociedade.De acordo com Bronfenbrenner (1979 apud MONTEIRO & SILVA) o desenvolvimento e comportamento humanos apenas so plenamente compreendidos quando analisados nos contextos em que os indivduos se inserem (sistemas). Na perspetiva de Horwath (2000 apud MONTEIRO & SILVA) na avaliao completa sobre o bem-estar da criana/jovem necessrio atender a trs grandes dimenses: as necessidades de desenvolvimento da criana, as competncias parentais e os fatores familiares e ecolgicos. Estes domnios constituram no s as reas a focar na avaliao inicial com os adolescentes em questo, como as metas da interveno a ser realizada com as crianas e jovens da comunidade. Lewis et al. (2002 apud MONTEIRO & SILVA) preconiza a importncia de utilizar um quadro de referncia que se centra em estratgias de interveno e servios que promovam o desenvolvimento e bem-estar dos indivduos e das comunidades em dois aspectos distintos, Interveno Direta, relacionada a aes de sensibilizao a nvel de comunidade, aconselhamento e interveno com indivduos vulnerveis; e Interveno Indireta, que se refere a participao em polticas pblicas a nvel de grupo e consultoria ou defesa de direitos do indivduo.Desta forma, diante da realidade a que o jovem est exposto atualmente, o psiclogo pode trabalhar a conscientizao de seu papel de transformador da realidade na qual est inserido de forma mais ativa e crtica possvel.

OBJETIVOSO Projeto Re Construir tem como objetivo geral assistir o adolescente em situao de vulnerabilidade social proporcionando um espao de reflexo acerca de temas relacionados sua realidade. Pretende-se ainda compreender os reflexos dos fenmenos sociais dentro do grupo de adolescentes a partir do enfoque da psicologia social comunitria, e tambm mais especificamente:Em relao a Comunidade:- Atender adolescentes vulnerabilizados buscando aumentar a qualidade de vida dessas pessoas;- Promover a sade mental e o bem estar da comunidade e grupos assistidos atravs da prtica da psicologia comunitria, em um processo gradativo de despertar de reflexes sociais;- Contribuir com a conscientizao da comunidade e grupos assistidos e vincular o saber psicolgico as comunidades carentes;- Valorizar a leitura, esporte, lazer, sade da famlia, gesto de recursos naturais, organizaes populares, cooperativas, produo cultural e artstica na rea de msica e dana produo teatral e circense;- Promover a qualidade de vida da comunidade atravs da preveno e interveno, buscando o desenvolvimento da estabilidade emocional, atravs de palestras, vivncias teraputicas e orientao psicolgica.- Promover a autonomia da comunidade atravs de cursos de qualificao para a vida independente e favorecer de alguma forma a incluso social e de cidadania;Em relao aos graduandos do curso de Psicologia:- Capacitar os alunos de psicologia da UNESA no atendimento adequado a comunidade;- Promover a vinculao entre a teoria e prtica no curso de psicologia e desenvolver o interesse do acadmico pela extenso;- Promover atravs do aluno de psicologia a educao preventiva dentro dos grupos e da comunidade atendida;- Incentivar o aluno de psicologia a desenvolver trabalhos comunitrios e em grupo que sejam geradores de pesquisa;

PBLICO-ALVOO Projeto Re Construir um trabalho de interveno que ser realizado no Espao Psicossocial Centro Comunitrio Refazer, localizado no bairro de Miguel Couto Nova Iguau. A clientela da instituio composta por crianas e adolescentes de 07 a 17 anos de ambos os sexos que se encontram em situao de vulnerabilidade fsica ou social tendo passado ou passando por violncia fsica, sexual, psicolgica ou condies de pobreza. O trabalho ser realizado em encontros semanais que contaro com a participao de 30 adolescentes na faixa etria de 11 a 16 anos, tanto do sexo masculino quanto feminino. A quantidade de participantes por semana compreender uma mdia de 30 adolescentes por encontro.

METODOLOGIADurante o perodo de 03 meses sero realizados encontros semanais, onde sero apresentadas atividades de exposio de vdeos, dinmicas de grupo, dramatizaes e rodas de discusso. As atividades sero pensadas a partir das necessidades do pblico-alvo, identificadas atravs do dilogo e do entendimento das suas prprias necessidades e das formas de atend-las. Como suporte metodolgico ser utilizado para a coleta de dados e desenvolvimento de atividades a observao, ao e pesquisa-participante. Durante a observao-participante buscar-se- assimilar e compreender a realidade dos adolescentes atravs da insero na comunidade, com a realizao de visitas domiciliares e palestras com as mes.A cada semana uma temtica ser discutida. Nos primeiros encontros faremos o contrato grupal, a apresentao da Psicologia Comunitria e o levantamento das temticas. Os temas trabalhados sero: preconceito; violncia; adolescncia; relacionamento familiar; auto-estima; drogas; sexualidade. Ao final do trabalho, ser feita uma gincana com todos os temas e um encontro para encerramento e feedbacks. No entanto, apesar do planejamento inicial, nada impede que as propostas sejam modificadas em prol da demanda do grupo.Com esses objetivos sero desenvolvidos diversos grupos, sendo eles:1) Grupo Crescer e Sonhar - Gestantes adolescentes, que objetiva oferecer apoio psicolgico e orientao bsica inicial sobre a gravidez e maternagem.2) Grupo Criar e Sorrir - oficina de Leitura e Reciclagem, tendo por pblico alvo crianas de 7 a 11 anos de idade, onde procura-se estimular o interesse pela leitura e confeco de objetos atravs de matrias reciclveis.3) Grupo Meu Corpo, Minha Morada - visa trabalhar com adolescentes orientando sobre a sexualidade e drogas.4) Grupo Qualificar para Incluir - Orientao Profissional que busca desenvolver competncias necessrias para insero no mercado de trabalho, principalmente atravs do treinamento de habilidades sociais bsicas.5) Grupo Brincar coisa sria Atividades ldicas, recreativas e esportivas que objetivam trabalhar com crianas em idade de 7 12 anos, a fim de promover sentimentos de coeso grupal. RECURSOSHUMANOS: Equipe formada por 05 estudantes do Curso de Psicologia da UNESA.MATERIAIS: De consumo: papel ofcio A4, canetas, tinta de impressora, cartolina, etc. Permanentes: mesas, cadeiras, computador, impressora, projetor, autofalantes, aparelhagem de som.

CRONOGRAMAEste espao destina-se ao planejamento de tempo a ser gasto em cada etapa do projeto.ETAPA/MS1 Ms2 Ms3 Ms4 Ms

Apresentao da PropostaX

Negociao de Condies e ParticipaesX

Mobilizao do Grupo de Adolescentes da ComunidadeX

Organizao dos GruposX

Desenvolvimento das OficinasXXX

Avaliao do ProjetoX

AVALIAOA avaliao do trabalho desenvolvido evidenciar se a troca de informaes entre acadmicos, funcionrios e usurios da instituio se deu de forma mtua e positiva. O que ir predominar durante o planejamento e realizao das atividades, o anseio de que estas sejam realmente mobilizadoras e o mais prximas possvel da realidade dos sujeitos envolvidos, constituindo-se em um verdadeiro exerccio de cidadania, sendo realizado um trabalho no s de repasse de informaes, mas tambm um verdadeiro exerccio de cidadania.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:ABERASTURY, A. Adolescncia normal: um enfoque psicanalitico. Porto Alegre: Artes Medicas, 1981.FREITAS, M. F. Q. Insero na comunidade e anlise de necessidades: reflexes sobre a prtica do psiclogo. Psicol. Reflex. Crit. , Porto Alegre, v. 11, n. 1, 1998 . Disponvel em: . Acesso em: 25 de Abril de 2014. MILANI, F. M. Adolescncia e Violncia: mais uma forma de excluso. Educar: 1999.MONTEIRO, Susana; SILVA, Sandra. Interveno Psicossocial em comunidade de risco. Centro de Formao e Investigao em Psicologia CeFIPsi. Disponvel em: < http:// www.cefipsi.com /novo/ wp-content/uploads/2013/01/Artigo-Interven %C3%A7%C3%A3o-em-Comunidade-risco-social-OPP2012.pdf>. Acesso em: 26/04/2014.PRADO, M. A. M. A psicologia comunitria nas Amricas: o individualismo, o comunitarismo e a excluso do poltico. Psic. Refl. Critica. Porto Alegre, v.15, n.1, 2002. Disponvelem:. Acesso em 22 de Abril de 2014.PAPALIA, D. E. Desenvolvimento Humano. Porto Alegre: Artes Medicas, 2006.RAMMINGER, Tatiana. Psicologia comunitria X assistencialismo: possibilidades e limites.Psicol. cienc. prof., Braslia, v. 21,n. 1,Mar. 2001. Disponvel em: Acesso em 24de Abril de. 2014.