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1 PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU “PROJETOS, PLANEJAMENTOS E LICENCIAMENTOS AMBIENTAIS” MÓDULO – II Autora: Adriana Maria Penna Revisão: Fernanda Silveira Pinheiro Revisão Técnica: Profª. Rúbia Gertrudes e Ana Paula Santana Coordenação Pedagógica Instituto Pró Saber GUIA DE ESTUDO – 02

Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

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PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

“PROJETOS, PLANEJAMENTOS E LICENCIAMENTOS AMBIENTAIS”

MÓDULO – II

Autora: Adriana Maria Penna

Revisão: Fernanda Silveira Pinheiro

Revisão Técnica: Profª. Rúbia Gertrudes e Ana Paula Santana

Coordenação Pedagógica

Instituto Pró Saber

GUIA DE ESTUDO – 02

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SUMÁRIO UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO ............................ .................................................3 UNIDADE 2 - PROJETOS .............................. ....................................................4 UNIDADE 3 - PLANEJAMENTO .......................... ............................................11 UNIDADE 4 - LICENCIAMENTO AMBIENTAL ............... ............................... 26 UNIDADE 5 - MARKETING VERDE, PASSIVO AMBIENTAL E CRÉDITOS DE CARBONO ........................................... ............................................................41 UNIDADE 6 - COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS AO PROFISSIONA L EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................ ...............................................45 UNIDADE 7 - SITES ÚTEIS E INTERESSANTES PARA OBTER INFORMAÇÕES SOBREPROJETOS, PLANEJAMENTO E LICENCIAM ENTO AMBIENTAL ......................................... ...........................................................49 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 60

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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO As consequências negativas da interferência do homem na natureza levam a

necessidade de uma educação ambiental voltada para a preservação e ao

mesmo tempo utilização racional dos recursos naturais. Partindo dessa

premissa, os cursos de especialização, voltados à área ambiental, objetiva

formar profissionais que estejam aptos a ingressar nas práticas pedagógicas,

prestar consultoria, desenvolver projetos, trabalhar na área de planejamentos e

licenciamentos ambientais, através do conhecimento da legislação voltada para

o meio ambiente e dos problemas decorrentes do uso e ocupação do solo.

Introduzimos esta apostila que tratará dos projetos, planejamento e

licenciamentos ambientais, instrumentos de extrema importância para a

preservação e utilização responsável, racional e sustentada do meio ambiente

com vistas a legarmos aos nossos descendentes, se não uma vida saudável,

pelo menos com chances de sobrevivência.

Há que se concordar com Dias (2003) quando infere que a falta de

planejamento adequado na utilização dos recursos naturais, acarretará a médio

prazo, no esgotamento desses recursos, que muitas vezes são irrecuperáveis

ou se dá num espaço de tempo muito longo.

Assim, embora o planejamento seja uma condição necessária, não é suficiente

para nortear a prática ambiental; é fundamental incluir a perspectiva da

sustentabilidade da atividade em todas as suas dimensões (a sociocultural, a

econômica e a ambiental) para que o desenvolvimento se dê contemplando

todos os setores da sociedade.

Temos também os projetos que mediante objetivos específicos, metas

estabelecidas e prazos determinados, auxiliam sobremaneira no manejo

sustentável do ambiente, servindo também como instrumento para aulas de

educação ambiental.

No Brasil, a avaliação de impacto ambiental e o licenciamento de atividades

efetivas ou potencialmente poluidoras constituem instrumentos para a

execução da Política Nacional de Meio Ambiente. Apresentaremos, em

detalhes, todos os passos necessários para obter o licenciamento que nada

mais é do que obrigação legal prévia à instalação de qualquer empreendimento

ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente e

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possui como uma de suas mais expressivas características a participação

social na tomada de decisão, por meio da realização de Audiências Públicas

como parte do processo.

Faremos também, análises nos níveis federal, estadual e municipal, por

acreditar ser de extrema valia para os profissionais que atuam em atividades

que envolvem o meio ambiente. Por fim, estamos disponibilizando os

endereços dos órgãos ambientais em todos os estados brasileiros e sites

relacionados ao meio ambiente. Acreditamos ser úteis para consultas a

maiores informações sobre licenciamento ambiental e também para

aprofundamento dos temas relativos à questão ambiental.

Desejamos a todos uma boa leitura, ressaltando que essa apostila é uma

compilação e que o assunto não se esgota aqui.

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UNIDADE 2 – PROJETOS Quando desejamos estabelecer políticas de planejamento e gestão temos

como instrumento essencial a identificação das prioridades e para seu sucesso,

é fundamental uma gestão dos projetos voltados à inovação, bem como, o

estabelecimento de uma metodologia congruente com esta proposta.

Assim, um projeto pode ser entendido como um conjunto de ações, realizadas

de forma coordenada por uma organização temporária, na qual são alocados

os insumos necessários para alcançar um objetivo em um determinado prazo.

Nesse conceito, os projetos possuem um ciclo de vida, no qual as técnicas de

administração, voltadas para o planejamento, organização e execução, são

planejadas e praticadas, com o objetivo de possibilitar o controle das atividades

neles inseridas.

Segundo a NBR 10.006 (ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas),

Projeto é um “Processo único, consistindo de um grupo de atividades

coordenadas e controladas com datas para início e término, empreendido para

alcance de um objetivo conforme requisitos específicos, incluindo limitações de

tempo, custo e recursos.”

Na área educacional e ambiental, os projetos têm como objetivos, colaborar na

formação de pessoas que ajam com responsabilidades, autonomia e

criatividade, assim como construir uma consciência crítica e fomentar

conhecimentos sobre ela, além de usar seus recursos com sabedoria.

Nossa prioridade em termos de projetos é mostrar algumas contribuições do

uso das novas tecnologias da informação e comunicação (TIC) na elaboração

dos mesmos, exemplificando com alguns projetos que podem ser

desenvolvidos no âmbito da educação.

2.1 As contribuições da informática na elaboração d e projetos

A globalização e a competição acirrada entre as organizações e mesmo entre

os povos, levaram o mundo a um avanço tecnológico que influenciou

sobremaneira nas transformações socioeconômicas e culturais de um povo,

levando, consequentemente, a refletir sobre possíveis e necessárias mudanças

de atitude.

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É preciso romper com os modelos do passado e buscar novas alternativas,

estratégias de desenvolvimento e proteção ao meio ambiente e de educação

para o desenvolvimento de atitudes necessárias à consecução da

sustentabilidade. Mas, para que as gerações futuras possam ter opções, a

geração atual deve começar a agir agora, e a agir unida.

Segundo Oliveira (2007), torna-se necessário também o desenvolvimento de

um trabalho de conscientização no sentido de superar o individualismo e o

egoísmo, pautando-se nos valores da solidariedade, da cooperação, do

respeito, do compromisso com o coletivo, da participação e da

responsabilidade social.

A Educação, por conseguinte, não pode furtar-se como campo científico e

prática social complexa de contemplar a vertente ambiental na consecução e

no redimensionamento epistêmico de seus postulados e operacional de suas

práticas (matrizes curriculares), visto que, o meio ambiente não existe

desvinculado das ações, ambições e necessidades humanas e o

desenvolvimento refere-se à nossa participação no sentido de melhorar o lugar

que ocupamos.

Assim, segundo Oliveira (2007), verificamos que existe uma necessidade

premente de se educar a população para que se possa preservar o meio

ambiente e, claro, a vida. Um dos caminhos mais rápidos para essas ações

está concentrado no uso da informatização nos meios educacionais, como

forma de agilizar o processo de divulgação e conscientização dos direitos e

deveres de cada cidadão. É preciso ser interdisciplinar utilizando a informática,

o direito ambiental e as escolas como instrumentos para reter a ação

destruidora predominante nos últimos anos.

Nesse contexto, o uso das novas tecnologias surge como contributo à prática

da educação ambiental no processo de aprendizagem nas escolas, auxiliando

na elaboração de diagnósticos e projetos.

Sobre as redes digitais de informação e conhecimento, sabemos que elas

apresentam quatro características fundamentais:

1. Armazenam, tratam e disponibilizam seu conteúdo de modo instantâneo,

através de meios digitais, como computadores pessoais (PC) individuais ou

conectados em redes de trabalho (networks);

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2. Exigem mínima manutenção, como atualização de conteúdo e adoção de

mecanismos padronizados de gerenciamento de ambientes virtuais;

3. Permitem tradução de seu conteúdo para variados suportes, bem como sua

utilização por diversos recursos multimídia, a exemplo de saídas de áudio e

vídeo simultâneas propiciadas pelos CDs interativos;

4. Grande facilidade de ligações internas entre os elos das redes.

Esta última característica, mais do que as precedentes, traz implicações diretas

sobre a criação de ambientes virtuais de aprendizagem para educação de

adultos, pelos quais educadores de regiões e países com diversificado nível de

experiência e de conhecimento sobre a abordagem de questões ambientais na

educação podem interagir em profícuos intercâmbios de informações e na

realização de projetos de conhecimento integrados e de benefícios mútuos em

diversos contextos socioeducativos.

Assim, no cruzamento das múltiplas oportunidades ensejadas pelas redes de

informação e conhecimento, com os princípios e experiências da Educação

Ambiental surge o caminho para a construção de novas práticas

interdisciplinares e multirreferenciadas, na medida em que a emergência e

consolidação dessas redes ampliam o diálogo e os mecanismos de troca de

capital cultural capazes de reduzir, sensivelmente, o fato de que, até o atual

momento histórico, segundo Maturana e Varella (1995), “a vida cultural dos

diferentes povos da terra esteja centrada na defesa das fronteiras de suas

certezas particulares”.

Conforme Leal Filho (2003), a informática aplicada ao estudo do ambiente

facilita este processo de leitura dos dados, tornando-o mais ágil e eficaz.

Infelizmente, de acordo com Oliveira (2007), a informática ambiental no Brasil

ainda está engatinhando e parte do problema é a falta de pessoal qualificado.

No Brasil, seriam necessárias muitas pessoas treinadas, dispersas pelo País,

para se trabalhar de forma efetiva nessa área, pois a informática ambiental é

uma grande aliada da proteção ambiental e representa, sem dúvida, uma

tecnologia limpa. Ela reduz gastos com viagens, evita o uso de centenas de

milhares de documentos escritos, poupa tempo e, ainda, ajuda a melhorar a

eficiência de qualquer ação, pois informações complexas podem ser

relacionadas e disponibilizadas em minutos, em vez de dias ou semanas. Um

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exemplo é o cruzamento dos índices de incêndios com ciclos de chuva, que

pode ser apurado em segundos hoje em dia, enquanto que, no passado,

levava-se algum tempo para relacionar as informações.

Nesse contexto, o uso do computador deve ser encarado por educadores e

educandos como facilitador do acesso ao conhecimento, inerente a formação

da cidadania e não restringi-lo apenas à transmissão e memorização de

informações, pois ele:

· Permite a interação com diferentes formas de representação simbólica;

· Pode ser uma importante fonte de informação do mesmo modo que fontes

tradicionais;

· Possibilita a comunicação entre as pessoas do mundo todo, diminuindo a

distância de tempo e de espaço;

· Permite ainda, a criação de ambientes de aprendizagem em que os alunos

possam pesquisar, fazer antecipações e simulações, confirmar idéias prévias,

experimentar, criar soluções e construir novas forma de representação mental.

Projetos desenvolvidos na área ambiental, usando as novas tecnologias, com

certeza vai de encontro às expectativas de melhor aproveitamento do uso da

informática na educação, pois, propiciam novas dinâmicas de trabalho através

de temas de interesses comuns aos educandos, ao mesmo tempo em que o

uso do computador como uma inovação tecnológica é incorporado ao processo

educacional como um meio e não como um fim.

2.2 O desenvolvimento de projetos ambientais na esc ola

Conforme Vieira (2008), a Educação é a base para o desenvolvimento de um

país, pois através dela as pessoas têm subsídios para exigir seus direitos e

cumprir os seus deveres, ou seja, as pessoas têm condições de desempenhar

o seu papel de cidadãs.

Os artigos 1º e 2º da Lei 9.795/99, que dispõe sobre educação ambiental e

institui a política nacional de educação ambiental, definem educação ambiental

como os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem

valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas

para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial

à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade, sendo um componente

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essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de

forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em

caráter formal e nãoformal.

A Educação Ambiental não entra nesse processo, ao contrário da educação

tradicional, somente como um meio de passar informações. Ela leva a tomada

de consciência e daí, à mudanças de comportamento e atitudes em relação

aos problemas ambientais.

Em se tratando de educação ambiental, essa pode vir a ser o principal

instrumento para que transformações profundas ocorram assegurando a

convivência democrática, sustentável e harmônica entre os seres vivos e o

meio ambiente, funcionando como uma rede de transmissores de

conhecimentos envolvendo família, vizinhos, amigos, como se fosse realmente

uma corrente.

Segundo Vieira (2008), a educação ambiental se baseia na premissa de que é

na reflexão sobre a ação individual e coletiva em relação ao meio ambiente que

se dá o processo de aprendizagem.

Antes de falarmos dos projetos que podem ser desenvolvidos nas escolas,

vamos enumerar, conforme Dias (1999), os objetivos fundamentais da

Educação ambiental:

1. Despertar a consciência e sensibilizar frente às questões pertinentes à

relação sociedade/meio-ambiente;

2. Dotar de conhecimentos sobre essas questões;

3. Estimular a mudança de comportamentos e propiciar informações sobre

como realizar a mudança de comportamento de outras pessoas em um

programa de educação ambiental;

4. Desenvolver habilidades através da apresentação de programas de

educação ambiental e de exercícios práticos;

5. Preparar os futuros profissionais para participarem ativamente nas atividades

que visam resolver problemas ambientais e melhorar a qualidade ambiental e

de vida da população, e para serem fomentadores da participação dos demais

integrantes dos grupos sociais em que atuarem.

Segundo os PCN`s (BRASIL, 1998), um projeto básico para educação

ambiental tem como objetivo geral oferecer meios efetivos para que cada aluno

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compreenda os fatos naturais e humanos e desenvolva suas potencialidades,

adotando posturas pessoais e comportamentos sociais que lhe permitam viver

numa relação construtiva consigo mesmo e com o meio ambiente, colaborando

para que a sociedade seja ambientalmente sustentável e socialmente justa;

protegendo, preservando todas as manifestações de vida no planeta e

garantindo as condições para que ela prospere em toda a sua força,

abundância e diversidade.

Através de pesquisas de diferentes formas de destruição da natureza,

exposição de atividades desenvolvidas pelos alunos e construção de painéis ou

maquetes com informações sobre o meio ambiente, passeatas pelo bairro onde

está inserida a escola e, claro, utilizando multimídia, os professores podem

trabalhar interdisciplinarmente os conteúdos, envolvendo professores de

diversas disciplinas.

Com certeza será proporcionado ao educando embasamento para formar

conceitos relacionados ao meio ambiente; sensibilizar-se-ão para construir uma

sociedade mais consciente e solidária na forma de uso dos recursos naturais,

perceberão que o combate ao desperdício, o uso racional dos recursos são

necessários para a manutenção da qualidade de vida, dentre outros.

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UNIDADE 3 – PLANEJAMENTO Segundo Santos (2004), planejamento é um processo que leva ao

estabelecimento de um conjunto coordenado de ações, pelo governo ou pela

direção de uma escola, por exemplo, visando à consecução de determinados

objetivos.

Segundo Ansarah (2001, p. 66), o planejamento "consiste em um conjunto de

atividades que envolvem a intenção de estabelecer condições favoráveis para

alcançar objetivos propostos. Ele tem como objetivo o aprisionamento de

facilidades e serviços para que uma comunidade atenda seus desejos e

necessidades".

Planejamento ambiental, por conseguinte, seria a planificação de ações com

vistas a recuperar, preservar, controlar e conservar o meio ambiente natural de

determinada região, onde podemos incluir parques, unidades de conservação,

cidades, regiões, etc.

Segundo Floriano (2004, p. 39), a nível macro, a Conferência das Nações

Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento acontecida no Rio de Janeiro,

conhecida como ECO-92, estabeleceu 27 princípios que ligam meio ambiente e

desenvolvimento, criando as principais diretrizes globais para proteção

ambiental em relação ao desenvolvimento. A Agenda 21 é um programa,

composto de vários planos representados pelos seus capítulos, para adoção de

medidas e ações que venham a auxiliar no desenvolvimento da civilização de

forma sustentada em suas dimensões sociais e econômicas, prevendo a

conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento, o fortalecimento

do papel dos principais grupos envolvidos e os meios para implementação do

programa. A Conferência determina que a Agenda 21 seja implementada em

cada país que deve elaborar seu próprio plano (Agenda 21 Nacional) e, quando

necessário, cada unidade de divisão política de cada nação deve ter sua

própria agenda. A Agenda 21 é, portanto, um programa para o planejamento

estatal em cascata atingindo todos os níveis em relação ao desenvolvimento e

preservação ambiental com o objetivo de melhoria da qualidade de vida e

sustentabilidade da civilização como um todo.

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Como política pública, a questão fica um pouco mais complexa, uma vez que é

preciso fazer o levantamento de dados de determinada região onde se

pretende fazer o planejamento, envolvendo algumas variáveis.

Para Santos (2004) o planejamento ambiental de uma região, visando integrar

informações, diagnosticar ambientes, prever ações e normatizar seu uso

através de uma linha ética de desenvolvimento, necessita de um estudo

detalhado e preciso do meio físico, biótico e socioeconômico da região,

utilizando como subsídio, o zoneamento ecológico-econômico (ZEE) que ajuda

inclusive na definição de áreas prioritárias ao planejamento ambiental.

Assim, somente conhecendo detalhadamente tudo que existe em determinada

área e usando de práticas de manejo que não agridem o meio ambiente será

possível assegurar a perpetuação da produtividade dos ecossistemas para as

futuras gerações.

É nesse sentido que as administrações públicas precisam desenvolver um

modelo de gestão que assegure a preservação e o manejo adequado do meio

ambiente.

Concordando com Schneider (2000, p. 2), acreditamos que o papel das

administrações públicas municipais na preservação do meio ambiente deve

envolver a compreensão de ecossistema, dos mecanismos utilizados para

conhecimento do meio ambiente, tais como o EIA/RIMA (Estudo dos Impactos

Ambientais e Relatório dos Impactos Ambientais), a legislação e as políticas

existentes e façam uso de todos, inclusive repassando sua metodologia de

trabalho para as escolas, as quais podem contribuir na preservação através do

desenvolvimento de projetos educativos.

Citamos acima o EIA/RIMA, pois bem, a confecção do Estudo dos Impactos

Ambientais, é de extrema importância para a fase do planejamento em

relações às ações que envolvem o meio ambiente.

Partindo do entendimento de que Impacto Ambiental é a alteração no meio ou

em algum de seus componentes por determinada ação ou atividade e, que

essas alterações precisam ser quantificadas, pois apresentam variações

relativas, podendo ser positivas ou negativas, grandes ou pequenas, o estudo

desses impactos ambientais tem como objetivo principal, avaliar as

consequências de algumas ações, para que possa haver a prevenção da

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qualidade de determinado ambiente que poderá sofrer a execução de certos

projetos ou ações, ou logo após a implementação dos mesmos.

O EIA permite analisar e compreender a questão da proteção e preservação do

ambiente e o crescimento e desenvolvimento econômico.

É possível encontrar, desde grandes áreas impactadas devido ao rápido

desenvolvimento econômico, sem o controle e manutenção dos recursos

naturais, levando à escassez de água ou poluição, bem como, áreas

impactadas por causa do subdesenvolvimento, que traz como consequência a

ocupação urbana indevida em áreas protegidas e a falta de saneamento

básico.

Assim, o EIA avalia para planejar . Para Soares (2008), isso permite que

desenvolvimento econômico e qualidade de vida possam caminhar juntos.

Quatro pontos básicos são premissas do EIA para que depois se faça um

estudo e avaliação mais específica. São eles:

1. Desenvolver uma compreensão daquilo que está sendo proposto, o que será

feito e o tipo de material usado;

2. Compreensão total do ambiente afetado. Que ambiente (biogeofísico e/ou

socioeconômico) será modificado pela ação;

3. Prever possíveis impactos no ambiente e quantificar as mudanças,

projetando a proposta para o futuro;

4. Divulgar os resultados do estudo para que possam ser utilizados no

processo de tomada de decisão.

O EIA também deve atender à legislação expressa na lei de Política Nacional

do Meio Ambiente. São elas:

1. Observar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto,

levando em conta a hipótese da não execução do projeto.

2. Identificar e avaliar os impactos ambientais gerados nas fases de

implantação e operação das atividades.

3. Definir os limites da área geográfica a ser afetada pelos impactos (área de

influência do projeto), considerando principalmente a “bacia hidrográfica” na

qual se localiza;

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4. Levar em conta, planos e programas do governo, propostos ou em

implantação na área de influência do projeto e se há a possibilidade de serem

compatíveis.

Soares (2008) lembra ainda que é imprescindível que o EIA seja feito por

vários profissionais, de diferentes áreas, trabalhando em conjunto, ponderando

que esta visão multidisciplinar é rica para que o estudo seja feito de forma

completa e de maneira competente, de modo a sanar todas as dúvidas e

problemas.

Para o mesmo autor mencionado anteriormente, na sequência ao estudo dos

impactos ambientais, temos o RIMA - Relatório de Impacto Ambiental - que

reflete todas as conclusões apresentadas no Estudo dos Impactos Ambientais.

Deve ser elaborado de forma objetiva e possível de se compreender, ilustrado

por mapas, quadros, gráficos, enfim, por todos os recursos de comunicação

visual. Deve também, respeitar o sigilo industrial (se esse for solicitado) e pode

ser acessível ao público. Para isso, deve constar no relatório:

1. Objetivos e justificativas do projeto e sua relação com políticas setoriais e

planos governamentais;

2. Descrição e alternativas tecnológicas do projeto (matéria-prima, fontes de

energia, resíduos etc.);

3. Síntese dos diagnósticos ambientais da área de influência do projeto;

4. Descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação da atividade e

dos métodos, técnicas e critérios usados para sua identificação;

5. Caracterização da futura qualidade ambiental da área, comparando as

diferentes situações da implementação do projeto, bem como a possibilidade

da não realização do mesmo;

6. Descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras em relação aos

impactos negativos e o grau de alteração esperado;

7. Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;

8. Conclusão e comentários gerais.

Segundo Lisboa (2008), o EIA/RIMA está vinculado à Licença Prévia, por se

tratar de um estudo prévio dos impactos que poderão vir a ocorrer, com a

instalação e/ou operação de um dado empreendimento. A exigência do

EIA/RIMA é definida por meio da integração dos parâmetros: tipologia, porte e

localização do empreendimento.

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O EIA/RIMA deverá ser elaborado por uma equipe técnica multi e

interdisciplinar que se responsabilize pelos diversos assuntos referentes aos

meios físico, biológico e socioeconômico da área onde será instalado o

empreendimento.

Portanto, para a sua análise, o órgão ambiental deverá, também, formar uma

equipe constituída por diversos profissionais, com correspondência em termos

da especificidade da formação da equipe do proponente, e, se necessário, até

interinstitucional.

Por ser um instrumento democrático de planejamento, durante a análise do

EIA/RIMA, além da participação da população diretamente junto ao órgão

ambiental, pode-se realizar as audiências públicas. Essas significam o

momento mais importante de participação e manifestação da comunidade

envolvida e/ou das organizações que as representam. Nessa ocasião é

apresentado o conteúdo do EIA/RIMA, com o objetivo de esclarecer dúvidas e

acolher críticas e sugestões sobre o empreendimento.

A realização da audiência pública se dá sob a responsabilidade do órgão

ambiental, e é obrigatória quando requisitada pelo Ministério Público, por

entidade civil com assento no Conselho Estadual do Meio Ambiente ou por

solicitação assinada por mais de 50 cidadãos.

Após realização de quantas audiências forem solicitadas, vistoria da área a ser

instalado o empreendimento, análise de toda a documentação pertinente e

reuniões técnicas executadas pelo órgão ambiental, é elaborado um parecer

final.

Esse parecer pode exigir complementações para melhor entendimento do

estudo, pode autorizar o licenciamento prévio do projeto ou pode indeferi-lo.

Segundo Lisboa (2007), os principais empreendimentos sujeitos à exigência de

estudo e respectivo relatório de impacto ambiental conforme previsto na

Resolução n.º 001/86 são:

· Rodovias;

· Ferrovias;

· Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;

· Aeroportos;

· Oleodutos, gasodutos, minerodutos;

· Troncos coletores e emissários de esgoto sanitários;

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· Linha de transmissão de energia elétrica acima de 230 kw ;

· Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como, barragem

para fins hidrelétricos, acima de 10 MW, de saneamento ou de irrigação;

· Abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação;

· Retificação de cursos d’água;

· Abertura de barras e embocaduras;

· Transposição de bacias, diques;

· Extração de combustível fóssil;

· Extração de minério;

· Aterros sanitários;

· Processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos;

· Usinas de geração de eletricidade, acima de 10 MW;

· Complexo e unidades industriais e agroindustriais;

· Distritos industriais e zonas estritamente industriais;

· Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100

hectares ou menores, quando forem áreas significativas em termos percentuais

ou de importância do ponto de vista ambiental;

· Projetos urbanísticos, acima de 100 hectares ou em áreas consideradas de

relevante interesse ambiental;

· Qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, derivados ou produtos

similares, em quantidade superior a 10 t/dia;

· Projetos agropecuários que contemplem áreas acima de 1000 hectares ou

menores quando forem áreas significativas em termos percentuais ou de

importância do ponto de vista ambiental; e nos casos de empreendimentos

potencialmente lesivos ao Patrimônio Espeleológico Nacional.

Embora sejam dois documentos distintos, servem como instrumento de

Avaliação de Impacto Ambiental – AIA, parte integrante do processo de

licenciamento ambiental. Sucintamente, no EIA é apresentado o detalhamento

de todos os levantamentos técnicos e no RIMA é apresentada a conclusão do

estudo.

Essa exigência teve como base a Lei Federal n.º 6.938/81, que instituiu a

Política Nacional de Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto Federal n.º

99.274/90, tornando-se uma exigência nos Órgãos Ambientais brasileiros a

partir da Resolução do CONAMA n.º 001 de 23/01/86.

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Adiante serão tratados detalhes de outros instrumentos, inclusive da AIA,

quando discutirmos sobre o licenciamento ambiental.

3.1 - O uso do geoprocessamento – SIG’s

Podemos definir um Sistema de Informações Geográficas – SIG – como um

conjunto de ferramentas para coleta, armazenagem, recuperação,

transformação e apresentação de dados espaciais sobre o mundo real para um

conjunto particular de objetivos.

São sistemas informatizados, necessitando de um hardware com periféricos,

tais como plotadora, impressora, scanner e procedimentos apropriados para

implementar as tarefas desejadas. São designados para usar dados espaciais,

podendo realizar operações de manipulação e análise nesses dados,

chamados de dados geográficos. Em outras palavras, o SIG é composto por:

· Equipamentos: software e banco de dados;

· Pessoal (capacitado a planejar, implementar e operar o sistema);

· Uma instituição.

O SIG utiliza uma classe particular de dados espaciais: os dados

georreferenciados que são aqueles que descrevem fatos, objetos e fenômenos

do globo terrestre associados à sua localização sobre a superfície terrestre,

num certo instante ou período de tempo, ou seja, possuem três dimensões:

temporal, temática e espacial.

Características temáticas são normalmente referidas como atributos e são

associadas aos elementos espaciais para fornecer informação adicional sobre

os mesmos. A localização geográfica, por outro lado, é uma característica

inerente à informação e indispensável para sua análise.

Para serem usados pelo SIG, os dados precisam de uma referência espacial

matemática. Um objeto qualquer (como um rio ou uma montanha), somente

poderá ser localizado se puder ser descrito em relação a outros objetos cujas

posições sejam previamente conhecidas, ou se tiver sua localização

determinada em uma rede coerente de coordenadas. Vários são os sistemas

de referenciamento, mas existem dois grandes grupos:

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a)sistema de coordenadas geográficas ou terrestres – neste grupo, cada

ponto da superfície terrestre é localizado na interseção de um paralelo com um

meridiano, sendo sua representação dada por um valor de latitude e longitude;

b)sistema de coordenadas planas ou cartesianas – baseiam-se em um

conjunto de linhas equidistantes e retangulares, que formam uma grade ou

quadrícula sobre o qual o fenômeno geográfico é determinado e depois

representado graficamente.

Segundo Alves, Vieira e Andrade (2004), esse referenciamento é

imprescindível para elaboração de qualquer projeto, pois a escolha de um

sistema inadequado de referenciamento pode comprometer usos futuros do

SIG.

Abaixo, temos um modelo de SIG usada como ferramenta para o

planejamento.

RECUPERAÇÃO DE DADOS E QUESTÕES DE GERENCIAMENTO

Manipulação de dados Análise de dados Entrada de dados Transformação dedados e modelagem Fonte de dados Usuário Coleta de dados Tomada de decisão Levantamento Validação MUNDO REAL Fonte: Adaptado de Valenzuela (1991, apud ALVES, VIEIRA E ANDRADE, 2004)

Onde os SIGs podem ser aplicados? Eles servem para responder perguntas

que incluem questões sobre localização, padrões, tendências e condições. Por

exemplo:

· Onde se encontram as áreas agricultáveis de uma determinada região?

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· Onde deveriam ser implantadas áreas de preservação ambiental?

· Quais seriam as implicações ambientais caso uma determinada decisão fosse

tomada?

Três eixos compõem o SIG: onde (localização), o quê (qual o fenômeno)

equando (o tempo).

No quadro abaixo temos exemplos de análises espaciais executadas pelo SIG.

ANÁLISE PERGUNTA GERAL EXEMPLO

Condição O que está?... Quais os tipos de solo encontrados nesta microbacia?

Localização Onde está?... Quais as áreas com declividade acima de 25%?

Tendência O que mudou?... Quais os níveis de produtividade dos últimos 10

anos?

Roteamento Por onde ir?... Qual é o melhor caminho para construir uma

estrada?

Padrões Qual o padrão?... Qual é a distribuição de solos mecanizáveis?

Modelos O que sucede caso?... Qual seria o impacto da mudança do uso da

terra?

Fonte: Alves, Vieira e Andrade (2004)

Os SIG’s podem ser usados tanto para diagnóstico quanto para prognóstico,

podendo gerar mapas de risco e potencial ambiental, auxiliando sobremaneira

no planejamento ou no combate a eventos que ocorrem na natureza

modificada pela ação do homem, como por exemplo: gerenciar recursos

agrícolas, planejar microbacias hidrográficas, avaliar aptidão agrícola das

terras. Enfim, zonear áreas de forma mais eficiente, substituindo métodos

tradicionais de análise, quase sempre onerosos e de manipulação mais difícil, é

uma das grandes vantagens da utilização dos SIG`s.

3.2 Avaliação Ambiental Estratégica – AAE

De acordo com SEMAD-MG (2009), a Avaliação Ambiental Estratégica – AAE

– é um processo de identificação de impactos ambientais e de alternativas que

os minimizam na implantação de políticas e projetos governamentais.

Geralmente, a avaliação é utilizada na elaboração das propostas dessas ações

Page 20: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

20

estratégicas, sistematizando os resultados e sua utilização para tomadas de

decisões ambientalmente sustentáveis.

Conforme SEMAD-MG (2009), a AAE é elaborada de forma pública e

participativa, baseando-se nos princípios da avaliação de impactos que regem

os Estudos de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). Tem, no entanto, o objetivo de

analisar a ação estatal em todos os seus aspectos, servindo de subsídio na

tomada de decisões ao disponibilizar informações sobre as possíveis

consequências ambientais das ações governamentais, bem como, das

alternativas mitigadoras. Sendo que as avaliações iniciais serão executadas

nos setores de mineração, geração de energia, agronegócio e saneamento.

Segundo a SEMAD (2008), no caso de Minas Gerais, os órgãos que compõem

o Sistema Estadual de Meio Ambiente – SEMAD, FEAM, IEF, IGAM – são os

responsáveis pela análise das propostas das AAE. A SEMAD estimula as

Avaliações Ambientais Estratégicas na implantação de políticas públicas

setoriais com impactos sobre o meio ambiente, tendo em vista a possibilidade

de estabelecer ações governamentais a longo prazo.

No processo de Avaliação Ambiental Estratégica, a participação do público é

um princípio fundamental. O Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam),

juntamente com os Conselhos Setoriais e os Comitês de Bacia acompanharão

o trabalho, determinando objetivos e conteúdos, identificando e fornecendo

informações para a realização da AAE, avaliando e propondo sugestões para o

aperfeiçoamento das análises e propostas.

De acordo com SEMAD (2008), a coordenação da elaboração da Avaliação

Ambiental Estratégica é realizada pelos Núcleos de Gestão Ambiental (NGA),

criados em 2003, pelo Decreto n° 43.372, estão impl antados em cada uma das

Secretarias de Estado, com representação no Plenário do Copam. Os Núcleos

executam ainda o assessoramento dos Secretários de Estado, informando

sobre as decisões do Copam que tenham alguma interferência sobre as

políticas e ações das secretarias.

Sugere-se a leitura da Cartilha lançada pelo governo de Minas Gerais com o

título: “Regularização ambiental integrada: orientação ao empreendedor”, a

qual consta nas referências bibliográficas, pois ela fornece em detalhes os

passos para a regularização ambiental.

Page 21: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

21

Se pensarmos em nível federal, a Gerência de Instrumentos de Avaliação

Ambiental (GAIA) tem como objetivo oferecer subsídios para apoiar o Ministério

do Meio Ambiente na consolidação de sua política de inserção da temática

ambiental nas políticas setoriais, públicas ou privadas, relacionadas ao

licenciamento ambiental e aos instrumentos de avaliação ambiental.

A gerência tem por atribuição desenvolver estudos e metodologias de

avaliação de impacto ambiental, visando a implementação do licenciamento

ambiental, bem como, estimular sua aplicação pelos demais setores de

desenvolvimento na formulação de suas estratégias de planejamento e

investimento.

A fim de cumprir sua missão, portanto, a GAIA atua principalmente com os

instrumentos de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA); de Avaliação Ambiental

Estratégica (AAE); de Avaliação Ambiental Integrada de Bacias Hidrográficas

(AAIB); de Gestão Ambiental Integrada; de Licenciamento de Cadeias

Produtivas; de abordagem do componente social na avaliação ambiental; e de

apoio à Gerência de Política para o Licenciamento Ambiental, colaborando na

formulação e no desenvolvimento de propostas de trabalho e de análises de

propostas de novas regulamentações.

Resumidamente, a importância da avaliação ambiental estratégica é a

seguinte:

· Apoiar a decisão em nível estratégico;

· Integrar os princípios da sustentabilidade nos processos de formulação de

políticas e de planejamento;

· Discutir alternativas enquanto as opções estratégicas ainda estão em aberto;

· Considerar processos cumulativos, visão integrada no território.

Page 22: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

22

UNIDADE 4 - LICENCIAMENTO AMBIENTAL Na definição do Ministério do Meio Ambiente – MMA (2009), o licenciamento

ambiental é o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental autoriza

a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e

atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou

potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam

causar degradação ambiental.

De acordo com Dallagnol (2006), o licenciamento ambiental é uma forma de

intervenção estatal na atividade privada, através do exercício do poder de

polícia. É um procedimento administrativo vinculado, através do qual são

verificadas as condições para o desenvolvimento e a operação de

empreendimentos passíveis de causarem danos ambientais.

No artigo 23 da Constituição Federal de 1988, encontramos que é dever

constitucional do Estado, em todas suas esferas, proteger o meio ambiente,

atribuindo-lhe (além de particulares, leia-se coletividade) a responsabilidade de

defesa e preservação. No art. 225:

todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.( artigo 225, parágrafo 1°, inciso VI, da Constituiçã o Federal)

Nesse sentido e mesmo antes da promulgação da CF de 1988, como bem nos

lembra Dallagnol (2006), o licenciamento ambiental já era um dos instrumentos

de que dispunha o Poder Público para fazer cumprir os princípios da Política

Nacional do Meio Ambiente, de acordo com o art. 9º, inciso IV, da Lei nº 6.938,

de 31 de agosto de 1981.

Como vantagens do licenciamento ambiental, temos o estabelecimento de

condições e limites para o exercício de determinadas atividades, permitindo

somente aquelas que tenham impacto ambiental reduzido ou dentro de

padrões admitidos.

Pelo lado do Direito, observa-se claramente que ele é a materialização mais

clara do princípio da precaução, sendo esse o principal princípio orientador das

políticas públicas ambientais.

Page 23: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

23

O licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à instalação de

qualquer empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou

degradadora do meio ambiente, e possui como uma de suas mais expressivas

características a participação social na tomada de decisão, por meio da

realização de audiências públicas como parte do processo.

4.1 Nível Federal Essa obrigação é compartilhada pelos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente e

pelo IBAMA, como partes integrantes do SISNAMA (Sistema Nacional do Meio

Ambiente). O IBAMA atua, principalmente, no licenciamento de grandes

projetos de infraestrutura que envolvem impactos em mais de um estado e nas

atividades do setor de petróleo e gás na plataforma continental.

As principais diretrizes para a execução do licenciamento ambiental estão

expressas na Lei 6.938/81 e nas Resoluções CONAMA nº 001/86 e nº 237/97.

Além dessas, o Ministério do Meio Ambiente emitiu recentemente o parecer nº

312, que discorre sobre a competência estadual e federal para o licenciamento,

tendo como fundamento a abrangência do impacto.

Segundo MMA (2008), a Diretoria de Licenciamento Ambiental é o órgão do

Ibama responsável pela execução do licenciamento em nível federal e vem

realizando esforços na qualificação e na reorganização do setor de

licenciamento, além de disponibilizar aos empreendedores módulos de:

abertura de processo; atualização de dados técnicos do empreendimento;

solicitação de licença e envio de documentos e boletos de pagamento de taxas

do licenciamento em formato on-line.

Pretende-se que o sistema informatizado agilize os trabalhos e as

comunicações inerentes ao processo de licenciamento e permita maior

visibilidade e transparência para os processos de licenciamento em tramitação

no Ibama.

No Brasil, a avaliação de impacto ambiental e o licenciamento de atividades

efetivas ou potencialmente poluidoras constituem instrumentos para a

execução da

Política Nacional de Meio Ambiente, Lei nº 6.938, editada em 31 de agosto de

1981.

Page 24: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

24

A avaliação de impacto ambiental é ainda matéria constitucional, prevista no

Art. 225, § 1º, Inciso IV da Constituição Federal de 1988, que determina a

realização de estudo prévio do impacto ambiental para a instalação no país de

obras ou atividades potencialmente causadoras de significativa degradação do

meio ambiente, como vimos no tópico anterior.

De acordo com MMA (2008), a normatização brasileira sobre avaliação de

impacto ambiental e licenciamento não caracteriza fato isolado no cenário

ambiental, derivando antes de um processo histórico mais amplo, cujas origens

remontam à emergência da consciência ecológica mundial e à realização da 1ª

Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, em 1972, na Suécia.

Motivada, entre outros fatores, pela degradação da qualidade ambiental nos

países desenvolvidos, sob o efeito cumulativo da poluição industrial, bem

como, pela ausência de marcos regulatórios internacionais e pela crítica aos

padrões de desenvolvimento estabelecidos – consubstanciada no 1º Relatório

do Clube de Roma, Os Limites do Crescimento – a Conferência das Nações

Unidas significou um divisor de águas no tratamento das questões de cunho

ambiental, até então, inseridas no contexto mais pragmático do

desenvolvimento econômico indiscriminado.

Segundo MMA (2008), a Declaração de Estocolmo, documento resultante da

Conferência de 1972, afirmou como princípios básicos a conciliação entre

desenvolvimento e proteção ambiental e a salvaguarda dos recursos naturais

em benefício das gerações atuais e futuras, destacando o papel do

planejamento racional como instrumento para a consecução de tais finalidades.

De Estocolmo resultou, ainda no ano de 1972, a criação de um mecanismo

institucional para tratar das questões ambientais no âmbito das Nações Unidas:

o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), com sede em

Nairóbi, Quênia.

No Brasil, os desdobramentos da Conferência de Estocolmo não tardaram a

repercutir e, já na década de 70, projetos de grande vulto, sob o crivo de

organismos multilaterais de financiamento, foram submetidos à Avaliação de

Impacto Ambiental, caso da Usina Hidrelétrica de Sobradinho, primeiro

empreendimento a sofrer uma avaliação ambiental no Brasil, no ano de 1972.

As experiências em avaliação de impacto ambiental sucederam-se na década

de 70, culminando na consagração dessas como instrumento da Política

Page 25: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

25

Nacional de Meio Ambiente, Lei nº 6.938/81, em associação ao licenciamento

das atividades utilizadoras dos recursos ambientais, consideradas efetiva ou

potencialmente poluidoras.

Conforme MMA (2008), no âmbito da Lei nº 6.938/81 foi instituído o Conselho

Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, órgão responsável pelo

estabelecimento de normas e critérios para o licenciamento ambiental.

Considerando a necessidade de se estabelecerem definições,

responsabilidades, critérios básicos e diretrizes para o uso e implementação da

avaliação de impacto ambiental, o CONAMA publicou, em 23 de janeiro de

1986, a Resolução nº 001, submetendo o licenciamento ambiental de

determinadas atividades modificadoras do meio ambiente à elaboração de

estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto

ambiental/EIA/RIMA.

A evolução das experiências de licenciamento nos órgãos de meio ambiente do

país, breve demonstrou a necessidade de revisão dos procedimentos e

critérios utilizados no sistema de licenciamento, dando ensejo à publicação, em

19 de dezembro de 1997, da Resolução do CONAMA nº 237 que

regulamentou, em normas gerais, as competências para o licenciamento nas

esferas federal, estadual e distrital, as etapas do procedimento de

licenciamento, entre outros fatores a serem observados pelos

empreendimentos passíveis de licenciamento ambiental.

A Resolução CONAMA nº 237/97 conferiu ainda ao órgão ambiental a

competência para a definição de outros estudos ambientais pertinentes ao

processo de licenciamento, verificando-se que o empreendimento não é

potencialmente causador de significativa degradação ambiental.

Segundo MMA (2008), no ano seguinte, a edição da Lei nº 9.605, de 12 de

fevereiro de 1998, Lei de Crimes Ambientais, elevou à condição de crime

àquelas condutas lesivas ao meio ambiente, provenientes da não observância

da regulamentação afetada ao licenciamento ambiental. Foram constituídos em

crime ambiental a construção, reforma, ampliação, instalação ou

funcionamento, em qualquer parte do território nacional, de estabelecimentos,

obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos

órgãos ambientais competentes ou contrariando as normas legais e

regulamentares pertinentes ao licenciamento (Art. 60 da Lei nº 9.605/98). A

Page 26: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

26

criminalização das práticas danosas ao meio ambiente, incorporada ao sistema

de licenciamento ambiental, constitui marco representativo no processo de

responsabilização social e consolidação institucional do licenciamento como

efetivo instrumento de gestão ambiental.

Competências para o Licenciamento

No âmbito do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, é o Conselho

Nacional do Meio Ambiente/CONAMA, órgão consultivo e deliberativo do

SISNAMA, o responsável pelo estabelecimento de normas e padrões para o

meio ambiente ecologicamente equilibrado, devendo os Estados, o Distrito

Federal e os municípios, na esfera de suas competências e áreas de jurisdição,

propor normas supletivas, complementares e padrões relacionadas a qualidade

ambiental.

Para a repartição das competências de licenciamento ambiental entre os

órgãos integrantes do SISNAMA foi adotado como fundamento o conceito de

significância e abrangência do impacto ambiental direto, decorrente do

empreendimento ou atividade.

Ao IBAMA, atribuiu-se a responsabilidade pelo licenciamento daqueles

empreendimentos e atividades considerados de significativo impacto de âmbito

nacional ou regional (Art. 4º da Resolução do CONAMA nº 237/97), quando:

I - localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no mar territorial;

na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em terras indígenas ou em unidades

de conservação do domínio da União;

II - localizados ou desenvolvidos em dois ou mais Estados;

III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País ou de um ou

mais Estados;

IV- destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material

radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e

aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN;

V- bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação específica.

Page 27: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

27

Aos órgãos estaduais e distrital de meio ambiente foi determinada Av

competência para o licenciamento dos seguintes empreendimentos e

atividades (Art. 5º da Resolução CONAMA 237/97):

I - localizados ou desenvolvidos em mais de um Município ou em unidades de conservação de

domínio estadual ou do Distrito Federal;

II - localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de vegetação natural de

preservação permanente relacionadas no artigo 2º da

Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, e em todas as que assim forem consideradas por

normas federais, estaduais ou municipais;

III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais

Municípios;

IV - delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal ou

convênio.

Cabe aos municípios a competência para o licenciamento ambiental de

empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas

delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio.

Como já falamos, o processo de avaliação de impacto ambiental é revestido de

caráter público. Nesse sentido, incorpora a participação social, por meio da

realização de consultas públicas que balizam o processo decisório sobre a

viabilidade ambiental de empreendimentos e atividades potencialmente

poluidores.

A audiência pública é a forma de consulta pública usual no processo de

licenciamento e tem por objetivo a divulgação para a sociedade das

informações sobre o projeto e discussão do RIMA, que reflete as conclusões do

EIA – Estudo de Impacto Ambiental. Dependendo do tipo de empreendimento e

seu impacto, podem ser realizadas uma ou várias audiências públicas com a

finalidade de informar, esclarecer e coletar subsídios junto à sociedade sobre o

empreendimento ou atividade em processo de licenciamento.

A Licença Ambiental, conforme definido pela Resolução do CONAMA nº

237/97, é:

o ato administrativo, pelo qual o Poder Público, via órgão ambiental

competente, estabelece as condições, restrições e medidas de

controle ambiental a serem cumpridas pelo empreendedor para a

implantação de empreendimentos ou atividades utilizadoras dos

Page 28: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

28

recursos naturais, efetiva ou potencialmente poluidoras. (CONAMA

nº 237/97)

As etapas do licenciamento e seus prazos de validad e são:

De acordo com o IBAMA (2002), o licenciamento ambiental se realiza em um

só nível de competência, compreendendo fases distintas, caracterizadas, de

modo geral, pela emissão sucessiva ou isolada de três tipos básicos de

Licenças:

�Licença Prévia (LP) – é a licença concedida na fase preliminar do

planejamento, do empreendimento ou atividade, aprovando sua localização,

concepção e atestando sua viabilidade ambiental; com validade de até cinco

anos.

�Licença de Instalação (LI) – é a licença que autoriza a instalação do

empreendimento ou atividade; com validade de até seis anos.

�Licença de Operação (LO) – é a licença que autoriza a operação do

empreendimento ou atividade, cumpridas as restrições e condicionantes das

licenças anteriores e resguardadas as medidas de controle ambiental do

projeto; validade mínima de quatro anos e máxima de 10 anos, podendo o

órgão ambiental estabelecer prazos de validade específicos para essa Licença,

na ocorrência de empreendimentos ou atividades que, por sua natureza e

peculiaridade, estejam sujeitos a encerramento ou modificações em prazos

inferiores.

Segundo IBAMA (2002), para a concessão das diferentes modalidades de

Licença (LP, LI, LO), o órgão ambiental competente, em função das

peculiaridades da atividade ou empreendimento, pode estabelecer prazos de

análise diferenciados.

O prazo máximo de análise a ser observado é de 6 meses, ressalvados os

casos em que houver EIA/RIMA e/ou audiência pública, quando o prazo de

análise é estendido para 12 meses.

Segundo MMA (2008), a contagem do prazo de análise prevista é suspensa

quando solicitada ao empreendedor a elaboração de estudos ambientais

complementares e esclarecimentos adicionais. O empreendedor deve atender,

Page 29: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

29

em até 4 meses, às requisições do órgão ambiental, sob pena de arquivamento

de seu pedido de licença.

Enfim, para o MMA (2008), o licenciamento ambiental é um importante

instrumento de gestão da Política Nacional do Meio Ambiente. Por meio dele, a

administração pública busca exercer o necessário controle sobre as atividades

humanas que interferem nas condições ambientais. Dessa forma tem, por

princípio, a conciliação do desenvolvimento econômico com o uso dos recursos

naturais, de modo a assegurar a sustentabilidade dos ecossistemas em suas

variabilidades físicas, bióticas, socioculturais e econômicas. Deve, ainda,

apoiar-se a outros instrumentos de planejamento de políticas ambientais, como

a avaliação ambiental estratégica; avaliação ambiental integrada; bem como,

por outros instrumentos de gestão – zoneamento ecológico econômico, planos

de manejo de unidades de conservação, planos de bacia, etc.

O licenciamento é um poderoso mecanismo para incentivar o diálogo setorial,

rompendo com a tendência de ações corretivas e individualizadas ao adotar

uma postura preventiva, mas pró-ativa, com os diferentes usuários dos

recursos naturais.

Os procedimentos de licenciamento ambiental nos Estados e na área federal

são variados, devido à diversidade e especificidade das

atividades/empreendimentos passíveis de licenciamento. Minas Gerais,

Amazonas e Rio de Janeiro serão nossos exemplos de licenciamento a nível

estadual, mas no último capítulo são disponibilizados sites eletrônicos e

endereços dos diversos órgãos ligados ao IBAMA e meio ambiente de maneira

geral, para consulta a licenciamento ambiental, projetos e legislação pertinente,

em todos os estados brasileiros.

4.2 Nível Estadual

Em Minas Gerais, as atribuições do licenciamento ambiental e da Autorização

Ambiental de Funcionamento (AAF) são exercidas pelo Conselho Estadual de

Política Ambiental (Copam), das Unidades Regionais Colegiadas (URCs), das

Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento

Sustentável (Suprams), que representa a Fundação Estadual de Meio

Page 30: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

30

Ambiente (Feam), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e o Instituto

Estadual de Florestas (IEF).

Para a regularização ambiental, considera-se a classificação dos

empreendimentos, conforme o quadro abaixo:

CLASSE AUTORIZAÇÃO NECESSÁRIA

Classe 1 - pequeno porte e pequeno ou médio potencial poluidor

Considerados de impacto ambiental não significativo, é obrigatória a

obtenção da Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF) .

Classe 2 - médio porte e pequeno potencial poluidor

Classe 3 - pequeno porte e grande potencial poluidor ou médio porte e médio

potencial poluidor

O caminho para a regularização ambiental é o processo de licenciamento, com

o requerimento das licenças Prévia (LP), de Instalação (LI) e de Operação

(LO).

Classe 4 - grande porte e pequeno potencial poluidor

Classe 5 - grande porte e médio potencial poluidor ou médio porte e grande

potencial poluidor

Classe 6 - grande porte e grande potencial poluidor

De acordo com a SEMAD (2009), a regularização ambiental de um

empreendimento não termina, entretanto, com a obtenção da Licença de

Operação (LO) ou da AAF. O fato de ter obtido um ou outro desses diplomas

legais significa que o empreendimento atendeu a uma exigência legal, mas a

manutenção da regularidade ambiental pressupõe o cumprimento permanente

de diversas exigências legais e normativas, explícitas ou implícitas na licença

ambiental ou na AAF.

Segundo SEMAD (2009), em Minas Gerais, os estudos ambientais solicitados

durante o processo de licenciamento ambiental são:

• Estudo de Impacto Ambiental (EIA): deve ser elaborado por equipe

multidisciplinar, com o objetivo de demonstrar a viabilidade ambiental do

empreendimento ou atividade a ser instalada. Foi instituído pela Resolução

Conama 01/86, sendo solicitada durante a LP.

Page 31: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

31

• Relatório de Impacto Ambiental (Rima): explicita as conclusões do EIA e

que necessariamente sempre o acompanha. À semelhança do EIA, o Rima

deve ser elaborado por equipe multidisciplinar, redigido em linguagem

acessível, devidamente ilustrado com mapas, gráficos e tabelas, de forma a

facilitar a compreensão de todas as consequências ambientais e sociais do

projeto por parte de todos os segmentos sociais interessados, principalmente a

comunidade da área diretamente afetada.

• Relatório de Controle Ambiental (RCA): exigido em caso de dispensa do

EIA/Rima. É por meio do RCA que o empreendedor identifica as não

conformidades efetivas ou potenciais decorrentes da instalação e da operação

do empreendimento para o qual está sendo requerida a licença.

• Plano de Controle Ambiental (PCA): documento por meio do qual o

empreendedor apresenta os planos e projetos capazes de prevenir e/ou

controlar os impactos ambientais decorrentes da instalação e da operação do

empreendimento para o qual está sendo requerida a licença, assim como, para

corrigir as não conformidades identificadas. O PCA é sempre necessário,

independente da exigência ou não de EIA/Rima, sendo solicitado durante a LI.

• Relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental do S istema de

Controle e demais Medidas Mitigadoras (Rada): tem a finalidade desubsidiar

a análise do requerimento de revalidação da LO, de acordo com o artigo 3º,

inciso I da Deliberação Copam 17/96. O procedimento de revalidação da LO

tem por objetivo fazer com que o desempenho ambiental do empreendimento

seja formalmente submetido a uma avaliação periódica. Esse período é sempre

aquele correspondente ao prazo de vigência da LO vincenda. A revalidação da

LO é também a oportunidade para que o empreendedor explicite os

compromissos ambientais voluntários porventura assumidos, bem como, algum

passivo ambiental não conhecido ou não declarado por ocasião da LP, ou da

LI, ou da primeira LO, ou mesmo por ocasião da última revalidação.

Para Firjan (2004), no Estado do Rio de Janeiro, os principais documentos

exigidos para licenciamento ambiental são:

• Memorial descritivo do processo industrial da empresa;

• Formulário de Requerimento preenchido e assinado pelo representante legal;

Page 32: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

32

• Cópia do CPF e Identidade do representante legal que assinar o

requerimento;

• Cópias dos CPFs e Registros nos Conselhos de Classe dos profissionais

responsáveis pelo projeto, construção e operação do empreendimento;

• Cópias do CPF e Identidade de pessoa encarregada do contato entre a

empresa e o órgão ambiental;

• Cópias da Procuração, do CPF e da Identidade do procurador, quando

houver;

• Cópia da Ata da eleição da última diretoria, quando se tratar de sociedade

anônima, ou contrato social registrado, quando se tratar de sociedade por cotas

de responsabilidade limitada;

• Cópia do CNPJ- Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica;

• Cópias do registro de propriedade do imóvel ou de certidão de aforamento ou

cessão de uso;

• Cópia da Certidão da Prefeitura indicando que o enquadramento do

empreendimento está em conformidade com o a Lei de Zoneamento Municipal;

• Cópia da Licença ambiental anterior, se houver;

• Guia de Recolhimento (GR) do custo de Licença. A efetuação do pagamento

e custo da taxa referente deverá ser orientada pelo órgão;

• Planta de Localização do empreendimento. Poderá a empresa anexar cópia

de mapas do Guia Rex ou outros mapas de ruas, indicando sua localização;

• Croquis ou planta hidráulica, das tubulações que conduzem os despejos

industriais, esgotos sanitários, águas de refrigeração, águas pluviais etc. A

representação dessas tubulações deverão ser apresentadas com linhas em

cores ou traços diferentes.

O exemplo da Amazônia

Conforme MMA (2007), a implantação do Sistema de Licenciamento Ambiental

em Propriedade Rural na Amazônia é parte de uma ampla estratégia elaborada

e executada nos últimos três anos pelo Ministério do Meio Ambiente. Tal

estratégia foi definida no âmbito de um processo de consulta aos governos

estaduais e aos setores organizados da sociedade civil, conduzido pela

Secretaria de Coordenação da Amazônia e ao qual se deu o nome de Agendas

Positivas.

Page 33: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

33

Sua finalidade é conter o desmatamento e, ao mesmo tempo, tornar viável a

implantação de um modelo econômico que valorize a permanência da floresta

em pé e promova melhores condições de vida para a população amazônica.

Segundo MMA (2007), a eficiência do Sistema de Licenciamento Ambiental em

Propriedade Rural foi testada com sucesso no Estado do Mato Grosso que,

com o apoio do Ministério do Meio Ambiente, o adotou em 1999. No primeiro

ano de funcionamento, esse sistema reduziu em 24% a taxa de desmatamento

no Estado e em 53% o número de focos de calor registrados no período. Em

parceria com os órgãos de meio ambiente e os Ministérios Públicos estaduais,

o Ministério do Meio Ambiente implantará o Sistema de Licenciamento

Ambiental em Propriedade Rural em todos os estados da Amazônia.

4.3 Nível Municipal

Segundo Schneider (2000) o Sistema Municipal de Proteção Ambiental,

geralmente, é composto por órgão da prefeitura e entidades do município.

Poderá integrar entidades de pesquisa e fundações responsáveis pela

pesquisa em recursos naturais, proteção e melhoria da qualidade ambiental,

pelo planejamento, controle, fiscalização das atividades que afetam o meio

ambiente e aplicação de normas a ele pertinentes, e pelas ações não

governamentais.

O Sistema Municipal de Proteção Ambiental deverá conter:

�Conselho Municipal do Meio Ambiente, órgão superior do Sistema, de caráter

consultivo, deliberativo e normativo, responsável pela aprovação e

acompanhamento da implantação da Política Municipal do Meio Ambiente, bem

como, dos demais planos afetos à área;

�A Secretaria, Diretoria, Departamento ou Seção de Meio Ambiente do

Município, responsável pelo meio ambiente, como órgão central (unidade

administrativa);

�As demais Secretarias Municipais e organismos da administração direta e

indireta, assim como, as instituições governamentais e não governamentais

com atuação no município.

Page 34: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

34

�Os órgãos responsáveis pela gestão dos recursos ambientais, preservação e

conservação do meio ambiente e execução da fiscalização das normas de

proteção ambiental, como órgãos executores.

Segundo Dallagnol (2006), juridicamente, o licenciamento ambiental é o

instrumento básico da Política Municipal de Gestão e Saneamento Ambiental e

tem por objetivo a prévia redução dos impactos ambientais causados pelos

empreendimentos e atividades, de forma a assegurar um meio ambiente

equilibrado e a qualidade de vida da população. Não há dúvidas de que esse

controle é a base do conceito de desenvolvimento sustentável, que nada mais

é do que o equilíbrio entre desenvolvimento econômico e a preservação do

meio ambiente.

Como já foi afirmado, o licenciamento ambiental é o exercício do poder de

polícia, um controle prévio à atividade privada e ação que se antecipa à

produção do dano ambiental.

De acordo com Dallagnol (2006), no caso do município e à luz do Direito,

mesmo que o município detenha competência legislativa, apenas para

complementar ou suplementar a legislação federal e estadual, no que couber

(art. 24, inciso VI, c/c art. 30, incisos I e II, todos da CF), sua competência

executiva, ou administrativa, em matéria de proteção ao meio ambiente e

combate a poluição, é plena, por força do art. 23, VI, da Constituição Federal.

Para o mesmo autor, citado anteriormente, apesar do artigo 10 da lei nº

6.938/81 determinar ser necessário prévio licenciamento por órgão estadual

competente, integrante do SISNAMA, o Município tem plena legitimidade para

realizar o licenciamento ambiental em relação àquelas atividades que tenham

impacto local, desde que conte com a estrutura administrativa adequada,

inclusive com a implementação do Conselho Municipal do Meio Ambiente e

corpo técnico capacitado, além da existência da legislação municipal pertinente

que legitime sua atuação. Nesse sentido, o Estado e a União têm competência

plena para licenciar apenas aqueles empreendimentos cujo impacto ultrapasse

o âmbito local ou regional, respectivamente, e competência suplementar, no

caso de não existir a estrutura municipal adequada, tanto legal e administrativa

como também operacionalmente, para promover o licenciamento ambiental,

nos casos de empreendimentos com impacto local.

Page 35: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

35

Na resolução 237/97 do CONAMA, artigo 6º, foram estabelecidas as

atribuições dos municípios no licenciamento de atividades de impacto local,

sendo que o artigo diz o seguinte:

Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da União, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto local e daqueles que lhe forem delegados pelo Estado por instrumento legal ou convênio. (Resolução 237/97 CONAMA, artigo 6º, 1997)

O importante, de acordo com Firjan (2004), ao final deste tópico, é

entendermos que:

• O processo de Licenciamento Ambiental, apesar de ser constituído de várias

etapas e exigências, é uma obrigação legal;

• este processo pode ser simplificado quando as empresas buscam trabalhar

com o órgão ambiental desde o início, buscando de forma transparente as

soluções para o desenvolvimento de suas atividades, respeitando o meio

ambiente;

• o real objetivo da criação deste instrumento, o processo Licenciamento

Ambiental por órgãos ambientais, é a conciliação do desenvolvimento das

atividades humanas com o respeito ao meio ambiente.

Algumas atividades passíveis de licenciamento ambie ntal

Atividades agropecuárias – têm impactos variados como, por exemplo:

métodos de cultivo inadequados, podem ocasionar, entre outros danos, o

desmatamento, a degradação dos solos, a salinização e desertificação de

áreas, a contaminação dos ecossistemas por agrotóxicos, além de emissões

de CH4 para a atmosfera devido às queimadas.

Os meios de transporte – rodovias e ferrovias podem ocasionar impactos

ambientais relacionados a alterações na socioeconomia regional, pressão

sobre comunidades rurais e áreas sensíveis (indígenas, culturais, históricas e

turísticas), modificações em sistemas naturais de drenagem e desequilíbrio

ecológico advindo de mudanças nos ecossistemas locais.

Page 36: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

36

Atividades de energia, mineração, exploração de petróleo, extração mineral e

vegetal, sistemas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto e

resíduos sólidos são outros exemplos de atividades passíveis de licenciamento

ambiental devido às mudanças que provocam no meio ambiente.

Page 37: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

37

UNIDADE 5 - MARKETING VERDE, PASSIVO AMBIENTAL E

CRÉDITOS DE CARBONO

Para falarmos de marketing verde, é preciso relembrar alguns conceitos

importantes como marketing que é uma função fundamental em qualquer

organização voltada para identificação das necessidades, carências e valores

de um mercado alvo, ou seja, o que o cliente quer, tendo que satisfazê-lo com

rapidez, qualidade e eficiência.

Dentro de um cenário em que as tendências se voltam para a busca da

qualidade de vida, surgiu a necessidade de desenvolver produtos e serviços

chamados ecologicamente corretos e voltados para a satisfação de um público

exigente. Assim nasceu o marketing verde.

Segundo Lavorato (2009) marketing verde, trata-se de um nicho (pequeno

segmento da sociedade) crescente do mercado. É considerado nicho porque é

ainda incipiente, o que determina baixo volume de produção e consumo, e é

crescente, porque está dentro da necessidade urgente de melhores indicativos

de qualidade de vida. O Nicho verde é um segmento específico do mercado

que valoriza produtos e serviços ecologicamente corretos por conhecer,

compreender e não aceitar as consequências das atividades extrativistas e não

sustentáveis que provocam o esgotamento de recursos naturais para as atuais

e próximas gerações.

O marketing verde é um sinal de que a humanidade (mesmo que ainda numa

parcela muito pequena) está se conscientizando que o planeta precisa ser

“usado” com cautela. A população crescente, um estilo de vida extrativista

(recursos nãorenováveis) e poluidor (descartável) determinam um rápido

esgotamento de tudo aquilo que nos proporciona vida (água, ar, solo, fauna e

flora) e qualidade de vida (petróleo, minerais, energia, espaço, etc.).

De acordo com Lavorato (2009), nesse contexto, o marketing verde possui as

seguintes fundamentações:

• Lei da Oferta e da Procura: Vivemos num modelo econômico que acelera o

esgotamento de recursos naturais vitais e não vitais:

- Produção extrativista (matéria prima) X Recursos Naturais finitos.

- Produção Massa (alta produção de resíduos) X Recursos Naturais

Contaminados (poluição).

Page 38: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

38

- Consumo Massa (Alta Produção descarte) X Espaços reduzidos (volume de

lixo).

• Leis Protecionistas: As leis são determinadas pela sociedade, segundo

suas necessidades e valores. No caso do meio ambiente, desde 1992 (ECO

92), o mundo está atento e interessado. Vários outros encontros, debates e

acordos mundiais têm se estabelecidos. Como exemplo, temos o Protocolo de

Kyoto que determina índices de redução na emissão de CO2 na atmosfera.

Este posicionamento global de preservação ambiental se traduz em incentivo à

adoção de novos hábitos de produção e consumo. A legislação, as políticas de

importação, campanhas e procedimentos, incentivam e impõem a mudança de

valores.

• Inovações Tecnológicas: Por outro lado, o acesso à tecnologias mais

limpas e a própria tecnologia de informação e difusão de conhecimentos

agilizam processos e mudanças de hábitos e atitudes. Hoje, já se reconhece a

receptividade da atual geração por uma nova ordem de consumo.

• Novos Mercados: O nicho verde trabalha com tendências atuais e futuras,

com novos hábitos de consumo, novos produtos e novos mercados. Cada

Geração avança 1(um) passo em comparação a anterior. Nos próximos 20

anos, teremos decisões mais precisas, escolhas mais responsáveis. Hoje, já

temos nas prateleiras opções de produtos ecológicos como o alimento

orgânico, produtos reciclados, carros menos poluidores, equipamentos elétricos

com menor consumo de energia, detergentes biodegradáveis, serviços de

coleta seletiva de lixo, etc.

• Consumo Responsável: embora façamos parte do ecossistema com uma

participação muita pequena (somos uma das espécies) temos, porém, grande

poder de interferência positiva e/ou negativa e não podemos e nem queremos

deixar como marca registrada da interferência humana no planeta, o lixo e a

poluição, pois seremos os responsáveis por nossa própria destruição.

Eis assim, a necessidade de investimento em produtos e serviços

ecologicamente corretos que ajudarão a equilibrar nossas contas com o

planeta.

Page 39: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

39

Contabilmente, passivo são as obrigações das empresas com terceiros, sendo

que tais obrigações, mesmo sem uma cobrança formal ou legal, devem ser

reconhecidas.

O passivo ambiental representa os danos causados ao meio ambiente,

representando, assim, a obrigação, a responsabilidade social da empresa com

aspectos ambientais. Nessa proposta, no balanço patrimonial de uma empresa,

é incluído, através de cálculos estimativos, o passivo ambiental (danos

ambientais gerados), e no ativo (bens e direitos) são incluídos as aplicações de

recursos que objetivem a recuperação do ambiente, bem como, investimentos

em tecnologia de processos de contenção ou eliminação de poluição.

A identificação do passivo ambiental está sendo muito utilizada em avaliações

para negociações de empresas e em privatizações, pois a responsabilidade e a

obrigação da restauração ambiental podem recair sobre os novos proprietários.

Ele funciona como um elemento de decisão no sentido de identificar, avaliar e

quantificar posições, custos e gastos ambientais potenciais que precisam ser

atendidos a curto, médio e a longo prazo. Deve ser ressaltado, porém, que o

passivo ambiental não precisa estar diretamente vinculado aos balanços

patrimoniais, podendo fazer parte de um relatório específico, discriminando-se

as ações e esforços desenvolvidos para a eliminação ou redução de danos

ambientais. Essa metodologia vem sendo seguida por empresas do mundo

inteiro.

Créditos de Carbono são certificados que autorizam o direito de poluir. O

princípio é simples. As agências de proteção ambiental reguladoras emitem

certificados autorizando emissões de toneladas de dióxido de enxofre,

monóxido de carbono e outros gases poluentes. As empresas recebem bônus

negociáveis na proporção de suas responsabilidades. Cada bônus, cotado em

US$, equivale a uma tonelada de poluentes. Quem não cumpre as metas de

redução progressiva estabelecidas por lei, tem que comprar certificados das

empresas mais bem sucedidas. O sistema tem a vantagem de permitir que

cada empresa estabeleça seu próprio ritmo de adequação às leis ambientais.

Esses certificados podem ser comercializados através das Bolsas de Valores e

de Mercadorias.

Segundo Lavorato (2009), há várias empresas especializadas no

desenvolvimento de projetos que reduzem o nível de gás carbônico na

Page 40: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

40

atmosfera e na negociação de certificados de emissão do gás espalhadas pelo

mundo se preparando para vender cotas dos países subdesenvolvidos e

países em desenvolvimento que, em geral, emitem menos poluentes para os

que poluem mais.

Enfim, preparam-se para negociar contratos de compra e venda de certificados

que conferem aos países desenvolvidos o direito de poluir.

Page 41: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

41

UNIDADE 6 - COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS AO PROFISSIONA L EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL O profissional que atua com educação ambiental não precisa ser

necessariamente um professor, entretanto, é no campo da educação que ele

encontra espaço para desenvolver projetos que levem à conscientização

necessária que tanto precisamos para proteger e usar racionalmente os

recursos da natureza.

Nesse caminho, segundo Pires (1998, p.54) citado por Vidal (2004, p. 165), a

escola:

enquanto ensino formal, ainda apresenta-se contraditória, pois, assim como ela ainda reproduz as condições sociais e econômicas, também, deve buscar uma forma de capacitação para a apropriação dos meios para a compreensão e transformação da sociedade em que está inserida, portanto, ela deveria levar a educação a ser um meio de transformação social e a partir daí, poderia incentivar transformações ambientais rumo à sustentabilidade. (PIRES, 1998, . 54 apud VIDAL, 2004, p.165)

Para Guareschi (2002, p. 110), citado por Vidal (2004, p. 181) de nada

adiantam belos discursos, cheios de propósitos e palavras libertadoras, se a

prática é dominadora. Mas se numa escola, educadores e educandos se

propuserem a vivenciar e promover novas relações sociais, baseadas na

igualdade, no respeito, no diálogo, então sim, essa sociedade começa a mudar.

As pessoas que se acostumam a uma prática democrática vão levar essa

prática às outras situações sociais em que elas vivem, como: às igrejas, às

famílias, aos locais de trabalho, entre outros.

Em se tratando de Educação Ambiental, ela deve ser constantemente crítica e

aberta a novos questionamentos e Vidal (2004, p. 176) salienta que:

Os educadores ambientais precisam estar cientes de que [...] essa cidadania planetária só pode ser exercida pelos segmentos sociais que não estão sendo excluídos neste processo de mudanças. Delega assim aos educadores o papel de agente e formador de [...] agentes que contribuirão no processo de transformação deste atual modelo de sociedade e da lógica dominante das mudanças em curso, entendendo que os homens se definem por seu agir entre os outros homens, influindo no mundo que os cerca [e que] esta capacidade de agir em meio à diversidade de ideias e posições é a base da convivência democrática e do exercício de cidadania. (VIDAL, 2004, p.176)

Voltando a questão para o trabalho da interdisciplinaridade, esse é necessário

e recomendado, buscando unir profissionais ligados às áreas da educação,

Page 42: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

42

como também da Biologia, Artes, Ecologia, Geografia, História, Matemática,

Português, enfim, todos aqueles que trabalham como professores das

disciplinas básicas nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, sendo

disseminadores ou multiplicadores desses conhecimentos que serão inseridos

na vida cotidiana de todos os indivíduos.

Sem dúvida, a educação tem um importante papel no processo de construção

de uma sociedade mais justa, e considera-se a interdisciplinaridade como eixo

central da sua prática. Isso supera a concepção da Educação Ambiental

voltada ao tarefismo naturalista, tratando de contemplar especificamente

problemas ambientais, relacionados com o meio natural.

A prática da Educação Ambiental se dá na ação interdisciplinar. A Educação

Ambiental não será condicionada a recortes teóricos fechados, mas em seu

caráter interdisciplinar em função de que sua prática, na forma considerada,

evoca a interseção de inúmeras áreas do conhecimento.

O documento da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e

Cultura (Unesco), 1977 – Educating for a Sustentainble Future – mostra que

uma premissa básica para a educação é a interdependência das variadas

formas de vida e salienta a relação dessa ótica educacional com a construção

de uma nova ética.

Segundo Cascino (1999) apud Vidal (2004), é papel da ação interdisciplinar,

desenvolver através de seu educador/orientador, a transmissão e reconstrução

de conteúdos, relacionando-os e desenvolvendo a partir daí o processo

interdisciplinar, imbuído de muitas outras tarefas. Não se trata de simples

cruzamento de ‘coisas’ parecidas; trata-se, bem ao contrário, de construir

diálogos fundados na diferença, abraçando concretamente a riqueza derivada

da diversidade.

A interdisciplinaridade permite, através de sua ação educativa, que o ser

humano seja percebido em sua complexidade, incorporando o ambíguo. A

ambiguidade é uma categoria explorada por Fazenda (1998) e Cascino (1999)

apud

Vidal (2004), cujo exercício nos remete à diversidade. O trabalho de construção

conceitual interdisciplinar visa ao exercício pleno da ambiguidade nas questões

da educação.

Page 43: Projetos, Planejamentos e Licenciamentos Ambientais

43

Voltando à interdisciplinaridade, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais

(1997, p. 24), essa questiona a segmentação entre os diferentes campos de

conhecimento, produzida por uma abordagem que não leva em conta a

interrelação e a influência entre eles — questiona a visão compartimentada

(disciplinar), da realidade sobre a qual a escola, tal como é conhecida,

historicamente se constituiu.

Já a transversalidade diz respeito à possibilidade de se estabelecer, na prática

educativa, uma relação entre aprender conhecimentos teoricamente

sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real e de

sua transformação (aprender na realidade e da realidade). E, há uma forma de

sistematizar esse trabalho e incluí-lo, explícita e estruturalmente na

organização curricular, garantindo sua continuidade e aprofundamento ao

longo da escolaridade.

Na prática pedagógica, segundo o PCN (1997, p.26):

Interdisciplinaridade e transversalidade alimentam-se mutuamente, pois o tratamento das questões trazidas pelos Temas Transversais expõe as interrelações entre os objetos de conhecimento, de forma que não é possível fazer um trabalho pautado na transversalidade, tomando-se uma perspectiva disciplinar rígida. A transversalidade promove uma compreensão abrangente dos diferentes objetos de conhecimento, bem como a percepção da implicação do sujeito de conhecimento na sua produção, superando a dicotomia entre ambos. Por essa mesma via, a transversalidade abre espaço para a inclusão de saberes extraescolares, possibilitando a referência a sistemas de significado construídos na realidade dos alunos. (PCN, 1997, p. 26).

De acordo com o PCN (1997, p. 30), os Temas Transversais, portanto, dão

sentido social a procedimentos e conceitos próprios das áreas convencionais,

superando assim o aprender apenas pela necessidade escolar de “passar de

ano”.

Enfim, segundo Collere (2005), para os profissionais que atuam na área da

educação é imprescindível que os órgãos competentes invistam na capacitação

do professor por meio de:

1. Formação continuada: propiciando grupos de estudo, seminários, cursos e

atividades práticas;

2. Acesso a material especializado na temática ambiental (livros, textos,

documentos, vídeos, entre outros);

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44

3. Momentos de integração, nos quais os professores possam estar

compartilhando as experiências desenvolvidas nas escolas;

4. Maior cooperação da Secretaria Municipal de Educação, no sentido de

disponibilizar oportunidades para que os professores da rede possam participar

dos eventos direcionados à Educação Ambiental;

5. Maior integração entre órgãos públicos, principalmente entre a

Secretaria Municipal de Educação e a Secretaria de Estado da Educação, e

desses com outros organismos públicos e privados ligados à temática, para

estabelecerem parcerias que visem melhorar a qualidade da formação dos

professore.

A questão da educação ambiental é um tema tão complexo quanto são os

problemas ambientais pelos quais passa nosso planeta e necessita-se

urgentemente de sensibilização e conscientização das pessoas, principalmente,

dos jovens nas escolas, pois, embora decretos e leis estejam aí para proteger o

meio ambiente e seu uso racional e sustentável, essa conscientização terá muito

mais chance de acontecer através das ações educacionais.

Podemos concluir que um dos principais objetivos da educação ambiental consiste

em permitir ao ser humano compreender a natureza complexa do meio ambiente

que envolve a interação dos aspectos físicos, culturais, sociais e biológicos, o que

se dará quando percebermos que pequenas atitudes tomadas em relação ao meio

ambiente, a nível micro, pode ter consequências internacionais.

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45

UNIDADE 7 - SITES ÚTEIS E INTERESSANTES PARA OBTER INFORMAÇÕES SOBRE PROJETOS, PLANEJAMENTO E LICENCIAMENTO AMBIENTAL Ibama http://www.ibama.gov.br Ministério do Meio Ambiente http://www.mma.gov.br/ Resoluções da Secretaria Estadual do Meio Ambiente http://www.ambiente.sp.gov.br/legislacao/index.htm Resoluções Conama http://www.mma.gov.br/port/conama/legiano.cfm?codlegitipo=3 Código Florestal http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/LEIS/L4771.htm RPPNs no Brasil http://www.reservasdobrasil.com.br/ Instituto de Pesquisa e Estudo Florestais http://www.ipef.br/ Informações sobre questões Rurais http://www.ruralnews.com.br/ Informações Ambientais – Guia Ecológico http://www.guiaecologico.com.br/ Leis sobre Vigilância Sanitária http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/home.php Licenciamento Ambiental http://www.cetesb.sp.gov.br/licenciamentoo/cetesb/cetesb.asp http://www.ibama.gov.br/licenciamento Fauna Brasileira http://www.ibama.gov.br/fauna-silvestre/a-fauna/ Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais - DEPRN http://www.ambiente.sp.gov.br/deprn/deprn.htm Outorgas de Água Departamento de Água e Energia Elétrica – DAEE http://www.daee.sp.gov.br/cgi-bin/principal.exe/index Adolfo Lutz - Análises de Água http://www.ial.sp.gov.br/ Parecer de viabilidade Departamento do Uso do Solo Metropolitano - DUSM http://www.ambiente.sp.gov.br/cprn/dusm.htm Secretaria Estadual do Meio Ambiente http://www.ambiente.sp.gov.br SITES RELACIONADOS COM EDUCAÇÃO AMBIENTAL Salas Verdes http://www.salasverdes.cjb.net Edições IBAMA http://www.ibama.gov.br/edicoes/site/paginas Revista Ambiente e Educação (do mestrado em EA da FURG) http://www.educacaoambiental.furg.br/revista/revimped.htm

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Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental da FURG http://www.remea.furg.br/ Revista Iberoamericana de Educação http://www.campus-oei.org/oeivirt/rie11.htm Revista Brasileira de Educação Ambiental - REVBEA http://cgi.ufmt.br/remtea/revbea Grupo Pesquisador em Educação Ambiental http://cgi.ufmt.br/gpea/link_revper.htm Revue ERE http://www.unites.uqam.ca/ERE-UQAM/REVUE/ Tópicos en Educación Ambiental http://www.acude.udg.mx/publicaciones/09-topicos.htm Boletim REBEA http://www.rebea.org.br/lboletim.php Ciclos Revista de Educación Ambiental http://www.revistaciclos.com/ Revista Educación Ambiental http://www.conama.cl/certificacion/1142/propertyvalue-12333.html Canadian Journal of Environmental Education http://www.uleth.ca/edu/research/ictrd/cjee/ ENDEREÇOS DO IBAMA NACIONAL E SUPERINTENDÊNCIAS REGIONAIS IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos R ecursos Naturais Renováveis Sede: Av. L4 Norte, Ibama Edifício Sede Brasília-DF CEP: 70800200 Telefone: (061) 3161212 Internet: www.ibama.gov.br Linha Verde é um canal direto com o cidadão e funciona 24 horas, através do telefone gratuito 0800618080 e pela Internet: [email protected] Superintendências Estaduais ACRE Rua Veterano Manoel de Barros, 320 Conj L. Jd. Nazier CEP 69.907150 Rio Branco/ AC Fax : (068) 2263211 (068) 2263212 http://www.seiam.ac.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=54 3&Itemid=107 ALAGOAS Avenida Fernandes Lima, nº 4023 Farol Cep 57.057.000 Maceió/ AL FAX (082) 2411912 (082) 2411912 2411600 http://www.ima.al.gov.br/legislacao AMAPÁ Rua Hamilton Silva, nº 1570 Santa Rita CEP 68.902010 Macapá/ AP (096) 2411119 096 2232099 AMAZONAS BR 319, km 01 Rua Ministro João Gonçalves de Souza s/n Distrito Industrial

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47

CEP 69.075830 Manaus/AM FAX (092) 2375177 (092) 2375177 http://www.ipaam.br/legislacao.html BAHIA Avenida Juracy Magalhães Junior nº 608 Rio Vermelho CEP 41.940060 Salvador/ BA FAX (071) 2407913 (071) 2407913 www.seia.ba.gov.br/legislacao CRA - www.seia.ba.gov.br/licenciamento CEARÁ Rua Visconde do Rio Branco, nº 3900 Tauapé CEP 60.055172 Fortaleza/CE FAX (085) 227.9081 (085) 2279081 www.semace.ce.gov.br/biblioteca/legislacao/indefault.asp SEMACE - www.semace.ce.gov.br/servicos/calculo/index.asp DISTRITO FEDERAL SAS Quadra 05 Lote 05 Bloco H 1º andar CEP 70.070000 Brasília/DF FAX (061) 2316964 (061) 2251686 http://www.ibram.df.gov.br ESPÍRITO SANTO Avenida Marechal Mascarenhas de Morais Nº 2487 Bento Ferreira CEP 29.052121 Vitória/ES FAX (027) 3241837 (027) 3241811 http://www.iema.es.gov.br/default.asp GOIÁS Rua 229, nº 95, Cx. Postal nº 1005 Setor Universitário CEP 74.605090 Goiânia/GO FAX (062) 2255035 (062) 2242608 http://www3.agenciaambiental.go.gov.br/site/legislacao/estadual.php AGMA - www.agenciaambiental.go.gov.br/licenciamentos/atividades.php MARANHÃO Avenida Jaime Tavares nº 25 Centro CEP 65.025470 São Luís/MA FAX (098) 2314332 (098) 2313070 http://www.sema.ma.gov.br/portal/portaloo?id23 MATO GROSSO Avenida Principal do C. Político Administrativo CEP 78.000 Cuiabá/MT FAX (065) 6441533 (065) 6441511 http://www.sema.mt.gov.br/atos_normativos/atos_normativos.aspx MATO GROSSO DO SUL Rua 13 de Maio, nº 2967 CEP 79.002251 Campo Grande/MS FAX (067) 7258987 (067) 3822966 MINAS GERAIS Avenida do Contorno nº 8121 Cidade Jardim CEP 30.110120 Belo

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Horizonte/MG FAX (031)3359955 (031) 3372624 www.siam.mg.gov.br/sla www.ief.mg.gov.br/legislacao/portarias.htm FEAM - www.feam.br/principal/DN74/index.htm www.feam.br/Normas_Ambientais PARÁ Avenida Conselheiro Furtado, nº 1303 CEP 66.035350 Belém/ PA FAX (091) 2231299 (091) 2412621 http://www.sectam.pa.gov.br/legislacao_estadual.php PARAÍBA Avenida D. Pedro II, 3284, Mata do Buraquinho CEP 58.040440 João Pessoa/PB FAX (083) 2244849 (083) 2246388 www.semarh.pb.gov.br/legislacao%20ambiental/indice.php SUDEMA - www.sudema.pb.gov.br/servicos_licencas.shtml PARANÁ Rua Brigadeiro Franco, nº 1733 CEP 80.420200 Curitiba/ PR FAX (041) 2257588 (041) 2223029 www.pr.gov.br/meioambiente/legislacao.shtml IAP - www.pr.gov.br/meioambiente/iap/ctr_licenca.shtml PERNAMBUCO Avenida 17 de agosto, 1057 Casa Forte CEP 52.060590 Recife/PE FAX (081) 4415033 (081)4412532 http://www.cprh.pe.gov.br/frme-index-secao.asp?idsecao=36 PIAUÍ Avenida Homero C. Branco 2240 Jockey Club CEP 64.048400 Terezina/PI FAX (086) 2332599 (086) 2332599 http://www.semar.pi.gov.br/listarLeis.php?codSecao=20 RIO DE JANEIRO Praça XV de Novembro nº 42, 8º andar, Centro CEP 20.010010 Rio de Janeiro/RJ FAX (021) 2246190 (021) 2246214 http://www.feema.rj.gov.br/legislacao.asp RIO GRANDE DO NORTE Avenida Alexandrino de Alencar, nº 1399 Tirol CEP 59015350 Natal/RN FAX (084) 2214194 (084) 2212956 http://www.rn.gov.br/secretarias/idema/legislacao.asp RIO GRANDE DO SUL Rua Miguel Teixeira, nº 126, Cidade Baixa CEP 90.050250 Porto Alegre/RS FAX (051) 2266392 (051) 2287290 www.fepam.rs.gov.br/legislacao/legislacao.asp

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FEPAM - www.fepam.rs.gov.br/perguntas/pergunta_detalhe.asp RONDÔNIA Avenida Jorge Teixeira, nº 3477 Costa e Silva CEP 78904320 Porto Velho/RO FAX (069) 2218021 (069) 2233607 http://pesquisa.rondonia.ro.gov.br/ RORAIMA Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes nº 1332 Mecejana CEP 69.304060 Boa Vista/RR FAX (095) 2244847 (095) 2244011 http://www.femact.rr.gov.br/legislacao.html SANTA CATARINA Avenida Mauro Ramos nº 187 Centro CEP 88020301 Florianópolis/SC FAX (0482) 2246077 R 28 (048) 2246077 http://www.fatma.sc.gov.br/pesquisa/PesquisaDocumentos.asp SÃO PAULO Alameda Tietê, nº 637 Cerqueira Cesar CEP 701.417 São Paulo/SP FAX( 011) 8818599 (011) 8818599 http://www.ambiente.sp.gov.br/legislacao/estadual/decretos/2004_Dec_Est_4 8523.pdf SERGIPE Avenida Rio Branco, 186 Ed. Oviedo Teixeira 5º andar CEP 49.010 Aracaju/ SE FAX (079) 2111699 (079) 2111699 http://www.sema.se.gov.br/HomePages/HPPadraoSema.nsf/ afbba48c0a268a2b0325685e0067c3fe/9034908e3a58bd61032570ca00446c2f!OpenDocument TOCANTINS ACNE 01 Conjunto 03, lote 20 CEP 77.054970 Palmas/TO FAX (063) 2152645 (063) 2151873 Obs: lembramos que os sites podem ser modificados, bem como os respectivos endereços. MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 1ª REGIÃO/DISTRITO FEDERAL ENDEREÇO: SAS Q.5 LOTE 8 BLOCO “E” CEP: 70070000 Brasília/DF TELEFONE: ( 061 ) 317.4500 FAX: ( 061 ) 317.4697 2ª REGIÃO/RIO DE JANEIRO ENDEREÇO: Rua Uruguaiana , nº 174, 14º andar Centro (Protocolo) CEP: 20050900 Rio de Janeiro/RJ TELEFONE: ( 021 ) 211.0700 FAX: (021) 211.0780 FAX/Bibliot: (021) 211.0782

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3ª REGIÃO/SÃO PAULO ENDEREÇO: Rua Peixoto Gomide, nº 1038, Cerqueira César CEP: 01409000 São Paulo/SP TELEFONE: ( 011 ) 281.8800 FAX: ( 011 ) 281.8894 4ª REGIÃO/RIO GRANDE DO SUL ENDEREÇO: Rua Sete de Setembro, nº 1.133 Centro CEP: 90010191 Porto Alegre/RS TELEFONE: ( 051 ) 225.2311 FAX: ( 051 ) 225.5555 5ª REGIÃO/PERNAMBUCO ENDEREÇO: Praça Visconde de Mauá, s/nº, Ed. Rosa III, Bairro São José ( Anexo à Estação Central do Metrô ) CEP: 50020100 Recife/PE TELEFONE: ( 081 ) 424.5300 FAX: ( 081 ) 424.5236

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REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS BÁSICAS DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental : responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2009. FIRJAN – SEBRAE. Manual de licenciamento ambiental : guia de procedimento passo a passo. Rio de janeiro: GMA, 2004. SEMAD. Regularização ambiental integrada : orientação ao empreendedor. Belo Horizonte: Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, 2008. REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES DALLAGNOL, Paulo Renato. O licenciamento ambiental municipal. Considerações acerca da repartição de competências entre os entes federativos. Jus Navigandi , Teresina, ano 11, n. 1264, 17 dez. 2006. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=9292>. Acesso em: 11 fev. 2009. FLORIANO, Eduardo Pagel. Planejamento ambiental . Santa Rosa: Associação de pesquisa, educação e proteção ambiental do noroeste do estado do Rio Grande do Sul, 2004. Série Cadernos Didáticos. PHILIPPI Jr., A.; PELICIONI, M. C. F. Educação ambiental : desenvolvimento decursos e projetos. São Paulo: Signus, 2002. SCHNEIDER, Evania. Gestão ambiental municipal : preservação ambiental e odesenvolvimento sustentável. Lajeado (RS): Centro Universitário Univates, 2000. ALVES, Helena Maria Ramos; VIEIRA, Tatiana Grossi C.; ANDRADE, Helcio. Sistemas de Informações Geográficas na avaliação de impactos ambientaisprovenientes de atividades agropecuárias . Lavras: UFLA, 2004. ANSARAH, Marília Gomes dos Reis (Org.). Turismo . Como aprender, como ensinar. São Paulo: Editora SENAC, 2001. 406 p. BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília: 1998. COLLERE, Maria Alice de Oliveira. Educação ambiental: a contribuição dos projetos escolares nas discussões ambientais nas escolas públicas municipais de Colombo- PR. R. RA´E GA, Curitiba , n. 10, p. 73-82, 2005. Editora UFPR. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução nº 01, de 23 de janeirode 1986. Dispõe sobre os critérios básicos e as diretrizes g erais para o uso eimplementação da Avaliação de Impacto A mbiental . Brasília: MMA, 1986. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução nº 237, de 19 de dezembro de 1997. Dispõe sobre a revisão de procedimentos e critérios utilizados pela Sistema de Licenciamento Ambiental . Brasília.

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