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PROPED – UERJ GPDOC – Grupo de Pesquisa Docência e Cibercultura Orientadora: Professora Dra Edméa Santos http://docenciaonline.pro.br/moodle/ [email protected] PROUCA: POSSIBILIDADES DE MOBILIDADE E CONECTIVIDADE NO CURRÍCULO DE EDUCAÇÃO BÁSICA Este texto é parte da pesquisa institucional “Docência na cibercultura: laboratórios de informática, computadores móveis e educação online” do Grupo de Pesquisa Docência e Cibercultura (GPDOC) do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PROPED/UERJ).

PROPED – UERJ GPDOC – Grupo de Pesquisa Docência e Cibercultura

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PROUCA: POSSIBILIDADES DE MOBILIDADE E CONECTIVIDADE NO CURRÍCULO DE EDUCAÇÃO BÁSICA - PowerPoint PPT Presentation

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PROPED UERJGPDOC Grupo de Pesquisa Docncia e CiberculturaOrientadora: Professora Dra Edma Santoshttp://docenciaonline.pro.br/moodle/[email protected]

PROUCA: POSSIBILIDADES DE MOBILIDADE E CONECTIVIDADE NO CURRCULO DE EDUCAO BSICA

Este texto parte da pesquisa institucional Docncia na cibercultura: laboratrios de informtica, computadores mveis e educao online do Grupo de Pesquisa Docncia e Cibercultura (GPDOC) do Programa de Ps-Graduao em Educao da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PROPED/UERJ).

O PROUCA e a contextualizao de um outro espaotempo Segundo Castells (2010), a sociedade estruturada pelo conhecimento em rede, de forma horizontal, por meio da internet e da comunicao sem fio, dando virtualidade a dimenso da realidade contempornea

Esse movimento contemporneo exige, dos grupos/sujeitos e dos Estados, novas estratgias de democratizao do acesso s novas tecnologias digitais, bem como polticas pblicas que possibilitem a toda populao uma educao para a autoria de novos conhecimentos e aplicaes scio-tcnicas. (SANTOS, 2002) Uma das atuais polticas pblicas de incluso digital, o PROUCA, caracteriza-se como uma tentativa do governo de introduzir uma mudana de paradigma no modelo de insero da informtica nas escolas, a partir da perspectiva de mobilidade em contraposio a uma lgica de informtica estruturada em laboratrios com usos restritos a uma determinada atividade e carga horria.

Assim, o PROUCA apresenta-se como um programa de incluso digital deflagrando o uso das mdias na contemporaneidade, reforando a concepo de que as mdias emergem de processos sociotcnicos caracterizados por padres histricos de evoluo, numa mistura de integrao e substituio entre o velho e o novo (SANTAELLA, 2010, p. 16).

De acordo com o Conselho de Altos Estudos e Avaliao Tecnolgica da Cmara dos Deputados, o projeto possui como pontos inovadores: Uso do notebook por todos os estudantes e educadores da escola pblica em um ambiente que permita a imerso em uma cultura digital; Mobilidade de uso do equipamento em outros ambientes dentro e fora da escola;

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Conectividade, pela qual o processo de utilizao do notebook e a interao entre estudantes e professores ocorrero por meio de redes sem fio conectadas internet; Incentivo ao uso de softwares livres e insero em comunidades para a disseminao do conhecimento; Uso pedaggico das diferentes mdias colocadas disposio no notebook educacional.

Perspectivas para uma incluso digitalA incluso digital est sendo vista como a capacidade de a populao inserir-se no contexto das tecnologias de informao e comunicao como consumidora de bens, servios e informaes, o que demanda apenas a oferta de treinamento para a aquisio de competncias bsicas para o manuseio dessas tecnologias (BONILLA, 2002, p. 7). Ampliar a concepo de incluso digital para incluso cibercultural (SILVA, 2010)

Ao incluir necessrio que o praticante seja capaz de participar ativamente da dinmica social em todas as suas dimenses. A tecnologia por si s no capaz de promover mudanas, so seus usos que fazem efetivamente a diferena dentro do contexto social. Os usos dados por uma arte de utilizar aqueles que lhe so impostos (CERTEAU, 2009, p. 88 e 89).

Mobilidade e conectividadeA idia de mobilidade hoje est diretamente ligada ao que Aug (2010) chama de paradoxo espao temporal no qual o mundo contemporneo est imerso, onde tempo e espao so medidos de uma outra forma, na medida em que o espao terrestre se reduz e o tempo dos homens se acelera. Essa mobilidade, designada por Aug (2010) como sobremoderna, sobre na medida em que significa excesso, diz respeito aos movimentos das pessoas, comunicao e circulao de dados, informaes e produtos.

Concordamos com Lvy (2005) que as tecnologias no so atores autnomos, separados da sociedade e da cultura na qual estamos imersos, compreendemos assim, que o humano no pode estar separado de seu ambiente material, por meio do qual atribui sentidos sua vida cotidiana. nessa perspectiva que os dispositivos mveis so produtos de nossa sociedade e cultura contemporneas, apropriados em seus usos, de formas variadas.

As tecnologias mveis esto cada vez mais ubquas, provocando mudanas na maneira como trabalhamos, aprendemos, nos divertimos. Estamos, como afirma Urry (2007), diante de um novo paradigma, o paradigma da mobilidade, que traz novos contornos s Cincias Sociais.

Segundo Santaella (2010), as concepes de lugar, espao e mobilidade esto diretamente associadas concepo de territrios informacionais, de Lemos (2008). nesse sentido que Santaella (2010) afirma que no h como pensar lugar separadamente de espao e de mobilidade, assim como no h consenso na compreenso de ambos.

Os territrios informacionais so reas de controle do fluxo informacional digital em uma zona de interseco entre o ciberespao e o espao urbano (LEMOS, 2007, p. 128). Dessa forma, lugar e espao so noes que assumem um papel central para compreendermos a cultura contempornea, uma vez que os dispositivos mveis nos permitem emitir, circular e estar em movimento a um s tempo, como aponta Santaella (2010).

No h como pensar a fase atual da cibercultura sem se referir mobilidade, pois as prticas contemporneas associadas s tecnologias esto diretamente associadas aos usos dos dispositivos mveis. Nesse sentido, no podemos desvincular a ideia de uma incluso digital efetiva da insero de todos na cultura da mobilidade, pois os usos desses dispositivos criam novas prticas sociais, como afirma Lemos (2004).

O uso do computador porttil permite, dessa maneira, que o aluno se movimente carregando dados, informaes, comunicando-se em rede. Nesse sentido, a conectividade, o acesso internet fundamental, sem o qual a mobilidade perde sua razo. Sem a conexo, reduzimos o laptop condio de uma mquina semntica, no podendo acessar redes e produzir uma inteligncia coletiva.

O acesso rede pode potencializar a prtica pedaggica, a formao de docentes e discentes, pois permite: Transcender o espao da sala de aula para fora dos muros da escola. O uso de diversos objetos de aprendizagem, interfaces variadas e informaes em rede. A interatividade a partir de uma comunicao menos hierarquizada, sem distino entre emissor e receptor. Formao de comunidades e redes sociais.

Assim...A partir desse paradigma da mobilidade, a flexibilidade no uso dos dispositivos mveis dentro da escola a qualquer tempo e hora pode favorecer a mudana da lgica de uma concepo do uso da tecnologia na escola como ferramenta, como recurso pedaggico, promovendo uma integrao curricular para alm da concepo dicotmica disciplinar, contribuindo para mudanas de modelos educacionais institudos. Dispositivos mveis, mobilidade e conectividade por si s no so garantia de um currculo efetivamente digital, inclusivo, como prope o PROUCA, nem suas funes so capazes de alterar as atuais estruturas educativas se no estiverem acompanhadas de uma perspectiva formadora. No mbito curricular, sero os usos destinados ao PROUCA que possibilitaro atividades autnomas, reflexivas, produtoras de conhecimento e no apenas de informao.