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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS.
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO GESTAO DO CUIDADO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
ANET LICHILIN MONTEAGUDO
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA MELHORAR O NIVEL DE
CONHECIMENTO SOBRE HIPERTENSAO ARTERIAL SISTÊMICA,
DOS USUÁRIOS RESIDENTES NO TERRITÓRIO DA UNIDADE
BÁSICA DE SAÚDE BETHANIA II – EQUIPE BRANCA, NO
MUNICIPIO DE IPATINGA – MINAS GERAIS
IPATINGA - MINAS GERAIS
2018
ANET LICHILIN MONTEAGUDO
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA MELHORAR O NIVEL DE
CONHECIMENTO SOBRE HIPERTENSAO ARTERIAL SISTÊMICA,
DOS USUÁRIOS RESIDENTES NO TERRITÓRIO DA UNIDADE
BÁSICA DE SAÚDE BETHANIA II – EQUIPE BRANCA, NO
MUNICIPIO DE IPATINGA – MINAS GERAIS
Trabalho de Conclusão de Curso do apresentado ao Curso de
Especialização Gestão do Cuidado em Saúde da Família,
Universidade Federal de Minas Gerais, para obtenção do
Certificado de Especialista.
Orientadora: profa. Anadias Trajano Camargos.
IPATINGA - MINAS GERAIS
2018
ANET LICHILIN MONTEAGUDO
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA MELHORAR O NIVEL DE
CONHECIMENTO SOBRE HIPERTENSAO ARTERIAL SISTÊMICA,
DOS USUÁRIOS RESIDENTES NO TERRITÓRIO DA UNIDADE
BÁSICA DE SAÚDE BETHANIA II – EQUIPE BRANCA, NO
MUNICIPIO DE IPATINGA – MINAS GERAIS
Banca examinadora
Profa. Anadias Trajano Camargos - orientadora
Profa. Dra. Maria Rizoneide Negreiros de Araújo - UFMG
Aprovado em Belo Horizonte, em: 20/03/2018
DEDICATORIA
A minha mãe e avó por incentivar fortes valores na minha
educação, e por serem sempre meus maiores exemplos a
seguir.
Aos meus filhos por estarem presentes sempre e ser tudo em
minha vida.
Ao meu amado esposo pelo apoio incondicional, cumplicidade
e confiança.
A minha tutora Ana Isabel De Oliveira Neta pela compreensão
e contribuição durante o desenvolvimento do curso de
especialização.
A minha equipe de trabalho pelo apoio, tempo e esforço
incondicional e a todos meus colegas em geral.
AGRADECIMENTOS
A todos aqueles que de uma forma ou de outra, tornaram
possível a realização deste trabalho e a minha orientadora por
sua paciência e dedicação.
RESUMO
A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença de origem multifatorial, que constitui um dos maiores problemas na área de saúde pública, especialmente em países em subdesenvolvidos. No diagnóstico situacional da área de abrangência da Estratégia Saúde da família Bethânia II, observou-se elevado número de hipertensos. Sendo assim, este estudo teve como objetivos elaborar uma proposta de intervenção abordando as ações educativas que certamente irão contribuir para sensibilizar as pessoas que sofrem de Hipertensão Arterial, identificar os principais fatores de risco associados e criar grupos de Educação em Saúde para os pacientes com fatores de riscos para estimula-los a modificar seus hábitos e procurar ter um estilo de vida mais saudável, para poderem conviver com a doença. A metodologia foi executada em três etapas: realização do diagnóstico situacional; revisão de literatura e desenvolvimento de um plano de ação. Para desenvolver o estudo foram selecionados os seguintes nós críticos: falta de conhecimento da população sobre a doença; hábitos de vida inadequados; processo de trabalho da equipe de saúde da família inadequado. Baseado nesses nós críticos foram propostas as seguintes ações de enfrentamento: criação dos projetos “Saber +” para aumentar o nível de conhecimento da população sobre a “hipertensão arterial sistêmica + Saúde” para modificar hábitos e estilos de vida; “Cuidar Melhor” para melhorar a estrutura do serviço para o atendimento dos hipertensos e; “Linha de Cuidado”, para implantar a linha de cuidado para atenção aos pacientes hipertensos. Conclui-se, que o melhor controle da hipertensão arterial sistêmica depende de mudanças no estilo de vida e melhorar o nível de conhecimento da população por meio de ações educativas. Acredita-se que dentre os principais motivos para o elevado número de hipertensos estão o excesso de peso, os hábitos alimentares inadequados, o uso excessivo de álcool, o tabagismo, o sedentarismo, além do processo de trabalho inadequado da equipe. Espera-se que com a implantação do plano de ações educativas, os usuários melhorem seus conhecimentos sobre Hipertensão arterial e auxiliar na modificação de hábitos e estilos de vida, assim como melhorar o trabalho da equipe de saúde para enfrentar o problema na área de abrangência da ESF Branca de Bethânia II.
Palavras chave: Hipertensão. Estilo de vida. Fatores de Risco.
ABSTRACT
Systemic Arterial Hypertension is a multifactorial disease that is one of the biggest problems in public health, especially in underdeveloped countries. In the situational diagnosis of the area of coverage of the Bethânia II family health strategy, a high number of hypertensive individuals were observed. Thus, this study had as objectives to elaborate a proposal of intervention addressing the educational actions that will certainly contribute to sensitize the people suffering from Hypertension, to identify the main associated risk factors and to create groups of Health Education for the patients with factors to encourage them to change their habits and seek a healthier lifestyle in order to cope with the disease. The methodology was executed in three stages: accomplishment of the situational diagnosis; literature review and development of a plan of action. To develop the study, the following critical nodes were selected: lack of knowledge of the population about the disease; improper living habits; inadequate family health team work process. Based on these critical nodes, the following coping actions were proposed: creation of the "Saber +" projects to increase the population's level of knowledge about "systemic arterial hypertension + Health" to modify habits and lifestyles; "Better Care" to improve the service structure for the care of hypertensive patients and; "Care Line", to implement the line of care for hypertensive patients. We conclude that better control of systemic arterial hypertension depends on changes in lifestyle and improve the level of knowledge of the population through educational actions. It is believed that among the main reasons for the high number of hypertensive people are overweight, inadequate eating habits, excessive alcohol use, smoking, sedentary lifestyle, and the team's inadequate work process. It is hoped that with the implementation of the educational action plan, users will improve their knowledge about Hypertension and help in the modification of habits and lifestyles, as well as improve the work of the health team to face the problem in the area of coverage of the ESF white of Bethany II. Keywords: Hypertension. Lifestyle. Risk factors.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABS Atenção Básica à Saúde
APS Atenção Primária à Saúde
DM Diabetes Mellitus
ESF Estratégia Saúde da Família
PSF Programa Saúde da Família
UBS Unidade Básica de Saúde
HAS Hipertensão Arterial Sistêmica
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Quadro 1 - Distribuição da população da Equipe Branca, Bethânia II,2017, por grupo
etário e sexo...............................................................................................................14
Quadro 2 - Distribuição da população da equipe Branca, 2017 por micro áreas.......15
Quadro 3- Classificação de prioridade para os problemas identificados no
diagnóstico da comunidade adstrita à equipe de Saúde Branca, Unidade Básica de
Saúde Bethânia II, município de Ipatinga, estado de Minas Gerais
.....................................27
Quadro 4 - Operações sobre o “nó crítico” relacionado ao problema “Alta prevalência
de Hipertensão arterial”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da
Família Branca, do município Ipatinga, Minas Gerais
................................................29
Quadro 5 - Recursos críticos o desenvolvimento das operações definidas para o
enfrentamento dos “nos” críticos do problema: Alta Prevalência de Hipertensão
Arterial....................................................................................................................... 30
Quadro 6 - Analise e viabilidade do plano. ...............................................................31
Quadro 7 - Elaboração do plano operativo............................................................... 32
Quadro 8 - Gestão do plano (Planilha de acompanhamento das operações /projeto)
..................................................................................................................................33
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 11
1.1 Breves informações sobre Ipatinga: ..................................................................................... 11
1.2 O sistema municipal de saúde ............................................................................................... 12
1.3 A Equipe de Saúde da Família Branca e sua área da abrangência: ............................... 13
1.4. Principais Problemas de saúde da Equipe Branca da Unidade de Saúde Bethânia II.
........................................................................................................................................................... 15
2. JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 17
3 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 18
4. MÉTODOLOGIA .............................................................................................................. 19
5. REVISÃO DA LITERATURA. .......................................................................................... 21
5.1 Hipertensão arterial sistêmica ................................................................................................ 21
5.2 Prevenção Primária ................................................................................................................. 22
5.3 – Educação em Saúde ............................................................................................................ 21
6. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO .................................................................................... 25
6.1 Definição dos problemas ........................................................................................................ 26
6.2 Priorização dos problemas ..................................................................................................... 26
6.3 Descrição do problema selecionado ..................................................................................... 27
6.4 Explicação do problema.......................................................................................................... 28
6.5 Seleção dos nós críticos ......................................................................................................... 28
6.6: Desenhos das operações ...................................................................................................... 28
6.7- Identificação dos recursos críticos ....................................................................................... 30
6.8- Analise de viabilidade do plano ............................................................................................ 30
6.9 Elaboração do plano operativo .............................................................................................. 31
6.10 - Gestão do plano .................................................................................................................. 33
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 34
REFERENCIAS ................................................................................................................... 35
11
1 INTRODUÇÃO
1.1 Breves informações sobre Ipatinga
No interior do estado de Minas Gerais encontra-se o município Ipatinga.
Pertence à Região Metropolitana do Vale do Aço e se localiza a leste da capital do
estado, distando desta cerca de 200 km. Ocupa uma área de 164,884 km², sendo
36,82 km² em área urbana, e sua população em 2017 era de 261 203 habitantes,
sendo então o décimo mais populoso do estado mineiro (IBGE, 2017).
O crescimento populacional do município é acompanhado do crescimento
econômico e não do desenvolvimento social, pois a cidade vive principalmente da
siderúrgica e indústria, as quais geram o produto interno bruto (PIB) maior da sua
microrregião:8 443 774 ,87 mil, além das prestações de serviços com o setor
terciário (IBGE, 2015).
A agricultura (setor primário) tem pouca importância, levando a um índice alto
de urbanização para obter emprego. A cidade tem um índice de educação baixo em
geral; pois na educação básica, houve avanços significativos nos últimos anos, em
termos de acesso e rendimento escolar de crianças e jovens. Tem tradições culturais
que ainda se preservam como o artesanato e o congado das comunidades rurais,
festa do divino, folia de Reis: tradições de origem africana. A atividade política
municipal se dá pelos Poderes Executivo e Legislativo ao longo de décadas.
Também existem conselhos municipais em atividade que trabalham em conjunto ao
processo legislativo e trabalho das secretarias. Hoje, a população empregada vive
basicamente do trabalho no setor industrial, sobretudo na siderúrgica, da prestação
de serviços e da economia informal (IPATINGA, 2017).
O município possui um grande número de pessoas analfabetas com idade
maior de 50 anos, nos casos de idade inferior a 14 anos não foram comprovados
casos de evasão escolar. A maioria da população vive em moradias que não
apresentam boas condições, as últimas administrações do município têm recebido
investimentos públicos, como a construção da academia de saúde. Entretanto, a
população principalmente as pessoas que necessitam praticar atividades físicas,
sequer procuram esse tipo de atividade. A população conserva os costumes e
hábitos próprios do centro urbano, porém, gostam de comemorar suas festas
12
tradicionais. Tem uma igreja também com muitas iniciativas para ajudar a mães,
crianças, adolescentes e pessoas idosas da comunidade (IPATINGA, 2017).
1.2 O sistema municipal de saúde
Na área de saúde, a cidade é sede da microrregião, sendo referência para
consultas e exames de média e alta complexidade, atendimento de urgência e
emergência. Há cerca de 15 anos o município adotou a estratégia de saúde da
família para a reorganização da atenção básica e conta hoje com equipes na zona
urbana e na zona rural cobrindo uma maior percentagem da população.
Desde 2013, a Saúde de Ipatinga recebe aportes financeiros importantes da
prefeitura com uma política permanente de investimentos e ações para garantir a
reestruturação e qualificação do sistema municipal de saúde como: a reforma de oito
das 21 Unidades de Básicas de Saúde; recuperação completa do prédio da
Policlínica Municipal; aquisição de novos mobiliários e equipamentos de uso médico
e de enfermagem, incluindo mais 18 consultórios odontológicos, além das obras de
conclusão do Hospital Municipal com a entrega de três dos oito novos blocos
previstos, dentre eles as duas enfermarias com mais 62 leitos de internação.
O município conta com atendimento de atenção primária a saúde tem desde
2002, por meio do Programa Saúde da Família (PSF), conhecido hoje como
"Estratégia de Saúde da Família". O programa inclui ações de promoção e
prevenção da saúde, recuperação, reabilitação de pessoas portadoras de doenças e
agravos mais frequentes, o exemplo delas são os trabalhos nas equipes de saúde
com os grupos de Hiperdia, tabagismo, problemas respiratórios. Além disso, são
feitas palestras para a população de grupos de riscos, vacinação, as campanhas de
vacinação em períodos de surto das doenças transmissíveis.
As visitas domiciliares são feitas para a avaliação de riscos, situação
ambiental e social da família em seu conjunto, assim, como a continuidade do
processo de recuperação das doenças dos pacientes e sua reabilitação.
Quanto aos recursos humanos em saúde, conta-se na Atenção Primária com
54 Médicos, destes 12 Médicos são do Programa Mais Médicos, com carga horária
de 32 horas semanais; 51 Enfermeiros, 294 Agentes Comunitários de Saúde e 80
Técnicos de Enfermagem. No município o modelo de atenção que predomina é
13
ainda o sistema fragmentado, nos três níveis da atenção primária, secundária e
terciária.
Está bem estruturada a organização dos serviços configurados em redes
sustentadas por critérios, fluxos e mecanismos de pactuação de funcionamento,
para assegurar a atenção integral aos usuários (Redes de Atenção à saúde) e
assegurar vínculos em diferentes dimensões: intra equipes de saúde, Inter
equipes/serviços, entre trabalhadores e gestores, e entre usuários e
serviços/equipes, Redes de Média Complexidade: Policlínica Municipal, Centro de
Controle de Doenças Infecciosas e Parasitarias (CCDIP), Unidade de Pronto
Atendimento (UPA e um hospital que atendem aos pacientes de maior
complexidade).
O município tem uma adequada capacitação de recursos humanos com a
inserção do profissional farmacêutico, como responsável pelo uso racional e
resolutivo dos medicamentos; assim como a manutenção de serviços de assistência
farmacêutica na rede pública de saúde nos diferentes níveis de atenção.
A vigilância em saúde no município está composta pela vigilância sanitária,
vigilância epidemiológica e centro de controle de zoonoses. Conta com o centro de
Zoonoses onde são atendidas e avaliadas todas as zoonoses, assim como seu
tratamento.
1.3 A Equipe de Saúde da Família Branca e sua área da abrangência:
Bethânia é um bairro do município de Ipatinga, cidade do interior do Estado
de Minas Gerais, sua população no ano de 2010 era de 27.857 habitantes, sendo
13.614 homens e 14.243 mulheres, possuindo um total de 8.115 domicílios
particulares (IBGE, 2010).
Há duas Unidades Básicas de Saúde que ficam juntas em só uma área:
Bethânia I e Bethânia II, onde trabalham seis equipes de saúde da família e uma
equipe de saúde bucal. Três equipes em cada unidade. As equipes de Bethânia I
são: Equipe Verde-Equipe Laranja-Equipe Azul. As Equipes de Betânia II são:
Equipe vermelha, Equipe Amarela e Equipe Branca.
A unidade de saúde de Bethânia II que abriga a Equipe Branca está bem
equipada e conta com os recursos necessários para o trabalho das equipes ao
oferecer um ótimo atendimento. Funciona das 7:00h ás 16:00horas, com o apoio dos
14
agentes comunitários nas atividades relacionadas à assistência sempre que o
auxiliar de enfermagem e a enfermeira estão presentes.
A Equipe Branca da Unidade de Saúde de Bethânia II, é composta pelos
seguintes profissionais: duas agentes comunitárias de saúde que atendem três
microáreas, em cada tem uma auxiliar de Enfermagem, uma Enfermeira, uma
médica e uma cirurgiã dentista auxiliada por uma técnica de saúde bucal e uma
Auxiliar de saúde bucal.
O tempo da Equipe Branca está ocupado quase exclusivamente com as
atividades de atendimento da demanda espontânea e com o atendimento dos
programas como: puericultura, pré-natal, Hiperdia que atende pacientes diabéticos e
hipertensos. Além disso, tem o ‘Programa respirar’ o qual inclui o atendimento das
crianças com asma, visando reduzir o número de internações por esta doença;
programas de controle do câncer ginecológico e da mama.
A equipe tem o projeto de trabalho que é avaliado também entre os membros
da equipe, além disso, são realizadas reuniões semanais para discutir os resultados
do trabalho realizado e programação das atividades para a próxima semana.
Os aspectos demográficos da região estão representados pelos quadros 1 e
2, que mostra a distribuição da população por grupos etários, sexo e nas
microáreas.
Quadro 1-Distribuição da população por grupo etário, da Equipe Branca, Bethânia II, Ipatinga-MG,2017, por grupo etário e sexo. FAIXA ETÁRIA/ANO MASCULINO FEMININO TOTAL
< 1 30 26 56
1-4 114 120 234
5-14 201 289 490
15-19 189 213 402
20-29 223 247 470
30-39 136 157 293
40-49 150 170 320
50-59 180 193 373
60-69 402 436 838
70-79 192 187 379
80 e + 216 254 470
TOTAL 2033 2292 4325
15
Fontes: Banco de dados da Secretaria Municipal de Saúde. Ipatinga, 2017.
Quadro 2- Distribuição da população da equipe Branca, Bethânia II, Ipatinga- MG,2017 por micro áreas.
FAIXA ETÁRIA/ANO
MICRO 1
MICRO 2
MICRO 3
MICRO 4
MICRO 5
MICRO 6
< 1 8 9 10 12 11 6
1-4 34 38 40 56 21 45
5-14 76 81 87 71 89 86
15-19 52 65 73 81 69 62
20-29 73 79 54 92 75 97
30-39 56 48 35 42 64 48
40-49 47 56 49 72 62 34
50-59 48 61 59 84 91 30
60-69 130 108 134 167 149 150
70-79 61 64 76 58 72 48
80 e + 89 100 69 64 70 78
TOTAL 674 709 686 799 773 684
Fontes: Banco de dados da Secretaria Municipal de Saúde. Ipatinga, MG. 2017.
1.4 Principais Problemas de saúde da Equipe Branca da Unidade de Saúde
Bethânia II
A equipe identificou um elevado número de pacientes que sofrem de
Hipertensão Arterial. Esse problema tornou-se prioritário, depois de constatar que
mais de 40% da população sofre dessa doença, e o 50% dos hipertensos estão
descontrolados, sendo uma das causas mais frequentes de procura por consulta
médica (IPATINGA, 2017).
Depois desta análise, identificamos também como "nós críticos”: a falta de
conhecimento sobre a doença, principalmente daqueles que abandonam o
tratamento; os maus hábitos alimentares; obesidade; tabaquismo; sedentarismo;
consumo elevado de bebidas alcoólicas e processo de trabalho da equipe de saúde
da família inadequado, influenciam enormemente nos resultados do trabalho da
equipe.
16
Observa-se que a maioria das famílias tem rendimentos mensais muito baixos
e isto influência nas questões relacionadas à saúde dessa população,
principalmente na descontinuidade do tratamento.
Outro aspecto considerado relevante é o fato das pessoas que sofrem dessa
doença estarem motivadas para praticar exercícios físicos, sabendo que essa
atividade pode prevenir a obesidade, um problema importante para ser
acompanhado pelas políticas de saúde coletivas.
É importante ressaltar, que embora se tenha constatado a caracterização dos
atores sociais, portadores de hipertensão arterial sistêmica, será necessária a
elaboração de novos estudos objetivando aprofundar a temática.
17
2 JUSTIFICATIVA
A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença que acomete a população do
mundo inteiro e tem alta prevalência e baixas taxas de controle. É considerado um
dos principais fatores de risco modificáveis, e um dos mais importantes problemas
de saúde pública, com maior incidência entre as pessoas idosas, sendo um fator
determinante de morbidade e mortalidade que pode levar a complicações, limitações
funcionais e incapacidades.
Pode ser tratada como uma doença assintomática e por isso deve ser
pesquisada e investigada sistematicamente. Na população atendida na Unidade
Básica de Saúde são identificados com frequência como fatores de risco, o excesso
de peso, hábitos alimentares não saudáveis, o uso excessivo de álcool, o tabagismo
e o sedentarismo.
Quanto ao atendimento prestado pela autora deste estudo, foi possível
identificar que a causa do elevado número de pessoas com Hipertensão Arterial, tem
sido provocado pelo mal habito alimentar. As pessoas não fazem uma dieta correta,
faltam-lhes instruções adequadas sobre sua alimentação para que tenha melhor
qualidade de vida. Além disso, não praticam nenhum tipo de atividade física e não
conseguem perceber que essa atividade contribui para manter uma vida saudável. A
inexistência de um vínculo entre saúde x educação física é a explicação que se dá
para as pessoas não conhecerem a importância dessa prática.
As consequências deste problema são as complicações apresentadas pelos
pacientes, já mencionadas, como acidentes vasculares encefálicos, infartos agudos
do miocárdio e doenças renais.
Por essas considerações justifica-se a realização deste estudo para propor
ações educativas que possam ser implementadas, a fim de melhorar o processo de
trabalho das equipes de saúde da família, bem como o atendimento à clientela.
18
3 OBJETIVOS
Geral
Propor um plano de intervenção para melhorar o nível de conhecimento sobre
Hipertensão Arterial Sistêmica, dos usuários residentes no território da unidade
básica de saúde Bethânia II-Equipe Branca, no município de Ipatinga –Minas Gerais.
Específicos
Identificar os principais fatores de risco associados à Hipertensão Arterial
Sistêmica na comunidade.
Criar grupos de Educação em Saúde para os pacientes com fatores de riscos
associados à Hipertensão Arterial Sistêmica na comunidade.
19
4. MÉTODOLOGIA
Trata-se de uma proposta de intervenção que será desenvolvida na área de
abrangência da UBS Bethânia II pela equipe Branca. Os participantes será a
população maior de 18 anos pertencentes ao território da Equipe Branca, que
estiverem de acordo com o desenvolvimento da proposta.
Inicialmente foi realizado um diagnóstico situacional da área de abrangência
da equipe Branca, utilizando a Estimativa Rápida, que constitui em um método para
obter informações sobre um conjunto de problemas e dos recursos potenciais para o
seu enfrentamento, num curto período de tempo e sem altos gastos (CAMPOS;
FARIA; SANTOS, 2010).
Após a realização do diagnóstico situacional foi realizada uma busca nas
bases de dados eletrônicas, como BIREME: (Biblioteca Virtual em Saúde) e SciELO
(Scientific Electronic Library Online), BDENF. Além disso, utilizou-se as bases de
dados municipal do SUS, dos sites eletrônicos Programa de Hipertensão Arterial e
do DATASUS, dados do programa de Hipertensão Arterial da Equipe de Saúde e,
edições do Ministério da Saúde e visitas domiciliares dos Agentes Comunitárias de
Saúde. Utilizou-se para essa busca os seguintes descritores:
Hipertensão.
Estilo de vida.
Fatores de risco.
O período de busca compreendeu as publicações entre os anos 2007 e 2017.
A Unidade de Saúde Bethânia II, após a análise e discussão com a Equipe de
Saúde Branca à qual pertenço, foi realizado um levantamento sobre a situação de
saúde da área de abrangência, e identificamos uma série de problemas que
julgamos importante colocar por ordem de prioridade:
Alta prevalência de hipertensão arterial.
Alta incidência de sífilis adquirida na população jovem e nas gravidas.
Alto índice de desemprego.
Baixo nível de escolaridade e educação em geral.
Pouco acesso dos serviços de saneamento em uma parte da população.
20
Após a discussão com a equipe sobre o diagnóstico situacional e selecionado o
problema, foi proposto um plano de ação, tendo como referência os dez passos
propostos na disciplina Planejamento, avaliação e programação em Saúde
(CAMPOS; FARIA; SANTOS, 2010) que nortearam todo o processo, descritos a
seguir: Definição dos problemas; Priorização dos problemas; Descrição do problema
selecionado; Explicação do problema; Seleção dos “nós críticos”; Desenho das
operações; Identificação dos nós críticos; Análise de viabilidade do plano;
Elaboração do plano operativo e Gestão do plano de ação.
As atividades serão desenvolvidas com grupo de 15 pessoas hipertensas, de
ambos os sexos, maiores de 18 anos que aceitarem o convite para participar das
atividades. A partir disso, será elaborado um cronograma para agendamento dos
atendimentos.
Os temas a serem abordados serão: Hipertensão Arterial: Definição;
Fisiopatologia básica; Complicações; Tratamento e os Fatores de riscos. Ao final
dos encontros, será realizada uma avaliação dos trabalhos dos grupos e temas
discutidos pela Equipe Branca de Bethânia II.
A Equipe será preparada para trabalhar a motivação em relação a
participação das pessoas hipertensas. Os recursos pedagógicos que serão
utilizados: debates, rodas de conversas, histórias da vida real, vídeos educativos e
materiais audiovisuais; folhetos, cartazes, imagens, que terão importantes funções
nos grupos educativos para ajudar o profissional de saúde tornar o processo
educativo atraente, bem como para as pessoas hipertensas, e fomentar as
mudanças no estilo de vida e percepção do risco. Essas atividades serão
coordenadas pela própria equipe.
21
5. REVISÃO DA LITERATURA.
5.1 Hipertensão arterial sistêmica
A Hipertensão Arterial Sistémica (HAS) é considerada uma das doenças
mais comuns do mundo moderno. Tem altas prevalências e baixas taxas de
controle, sendo, portanto, considerada um problema de saúde pública
(CHOBANIAN, 2010; COSTA, 2012).
Considera-se a Hipertensão Arterial Sistêmica como uma doença de origem
multifatorial, frequentemente associada às desordens hormonais e metabólicas. É
definida pelo aumento da pressão arterial igual ou maior a 140/90 mm Hg e constitui
importante fator de risco para complicações cardíacas e cerebrais, sendo
considerado um problema de saúde pública no Brasil e no mundo (RODOVANOVIC,
2014).
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2010) a HAS é diagnosticada
pela detecção de níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA) pela
medida casual. A PA deve ser realizada em toda avaliação por médicos de qualquer
especialidade e demais profissionais da saúde.
A prevalência da HAS vem aumentando em países em desenvolvimento,
devido ser uma doença assintomática em sua fase inicial. Aliado a isso, a falta de
informação por parte da população, contribui para seu baixo controle, acometendo
não somente aos idosos, mas também aos indivíduos em faixas etárias cada vez
mais precoces (MOURA ,2015).
Além disso, existe uma grande porcentagem de indivíduos que desconhecem
serem portadores da HAS (PEDROSA; DRAGER, 2010). Segundo pesquisa do
Ministério da Saúde, aproximadamente 24,3% da população brasileira sofre de
hipertensão arterial (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2013).
A elevada incidência de Hipertensão em idosos está relacionada ao estilo de
vida inadequado tendo em conta os fatores constitucionais e ambientais. Além disso,
é uma doença que muitas por ser silenciosa, quando diagnosticada, normalmente o
paciente já apresenta outras complicações, e é chamada de “assassina silenciosa” e
por esse motivo torna-se imprescindível melhorar o conhecimento do paciente sobre
os fatores de risco (SANTOS, 2011). O controle adequado dessa situação
paradoxalmente reduz os riscos individuais e os custos sociais (MATAVELLI, 2014).
22
As pessoas hipertensas e a comunidade em geral devem ser informadas e
instruídas, quanto aos fatores de riscos e reforçar para que todos saibam como
esses fatores: socioeconômico, idade, sexo/gênero, etnia, ingestão de sal e álcool,
excesso de peso e obesidade, genética, sedentarismo, tabagismo e a não adesão
ao tratamento, podem desencadear o aumento da pressão para que possam optar
conscientemente por uma vida mais saudável (MACHADO, 2012).
Vale ressaltar que os cardiologistas estão preocupados com o aumento de
pessoas que sofrem de hipertensão arterial e na maioria das vezes os efeitos são
causados pelo: tabagismo, obesidade, doenças cardiovasculares. Acrescenta-se a
estes a pouca prática de esportes e a vida com mais stress. Estas são as principais
causas de doença cardíaca (SOCIEDADE BRASILERA DE CARDIOLOGIA, 2010).
O principal tratamento da hipertensão arterial é reduzir a morbimortalidade
associada aos valores elevados de pressão arterial. Estima-se que 40% dos
acidentes vasculares encefálicos e, 25% dos infartos do miocárdio, que acometem
os pacientes hipertensos podem ser prevenidos com um tratamento anti-hipertensivo
adequado (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010).
5.2 Prevenção Primária
O tratamento não medicamentoso da hipertensão arterial consiste em
estratégias que visam mudar o estilo de vida e que podem levar a diminuição da
dosagem dos medicamentos ou até mesmo a sua dispensa. É indicado a todos os
hipertensos, aos hipertensos limítrofes, ás pessoas normotensas de alto risco
cardiovascular e à população a diminuição em geral, como forma de prevenção da
doença. Dentre as medidas desse tratamento está a redução o controle do peso: o
ideal e manter o índice de massa corpórea (IMC) entre 18,5 e 24,9 kg/m2.O médico
como estratégia deve identificar esse índice e a dieta real do paciente para ter
conhecimentos e poder atuar e modificar seus estilos de vida, brindando orientações
e apoio psicológico (OLIVEIRA, 2011).
Uma das medidas não medicamentosa qualificada, como estratégia do mais
alto grau para reduzir os níveis pressóricos de pressão arterial é o exercício físico e
melhora inclusive a qualidade de vida dos pacientes portadores de hipertensão.
(OLIVEIRA, 2013).
23
Baez (2007) destaca que a obesidade aparece cada vez mais em idades mais
jovens, de 4 a 11 anos e irá causar um aumento de doenças cardiovasculares,
hipertensão e diabetes.
Baldissera, Carvalho e Pelloso (2009) ressaltam que tem sido documentada
por meio de estudos epidemiológicos uma associação entre o baixo nível de
atividade física ou condicionamento físico com a presença de hipertensão arterial.
Além disso, pessoas fisicamente ativas apresentam menor probabilidade de
desenvolver hipertensão quando comparadas a pessoas sedentárias (GONÇALVES
et al., 2007). A prática regular de exercícios físicos é de vital importância na
prevenção e controle de Hipertensão arterial. Exercícios como natação, ciclismo,
dança, caminhada e corrida de três a cinco vezes por semana durante 30 minutos
(OLIVEIRA, 2011).
A diminuição do consumo de sal (sódio) na alimentação é outra das medidas
do tratamento não medicamentoso. O consumo não deve ultrapassar 6gr de sal por
dia, o que equivale a 100 ml de sódio (4 colheres de chá). Para isso devem ser
ingeridos alimentos naturais com pouco sal, e devem ser evitados os enlatados,
conservas, embutidos e defumados. Outra medida é aumentar a ingesta de potássio
consumindo alimentos ricos neste mineral. Também é importante a diminuição do
consumo de álcool. Na verdade, bebidas alcoólicas não são recomendadas, mas se
o paciente for consumi-las, a orientação é que não ultrapasse 30 gr de etanol /dia
para homens e 15 gr/dia para mulheres (OLIVEIRA, 2011).
A diminuição da ingesta excessiva de bebidas alcoólicas pode diminuir a
pressão arterial sistólica em 2 a 4 mmHg (GRAVINA; GRESPAN; BORGES, 2007).
O consumo de álcool eleva indiscutivelmente a pressão arterial sistólica e
diastólica e é dependente da intensidade do consumo, efeito observado tanto em
homens quanto em mulheres. Geralmente a diminuição da ingestão alcoólica é
seguida por redução significativa dos níveis pressóricos. O hábito de beber também
está relacionado com o aumento matinal da pressão arterial (SOCIEDADE
PORTUGUESA DE CARDIOLOGIA, 2014).
Outra medida não medicamentosa é manter um padrão alimentar adequado
com uma dieta rica em vegetais, frutas, verduras, grãos, fibras, alimentos com baixa
densidade calórica e baixo teor de gorduras saturadas. Limitar a ingestão de doce,
frituras, derivados do leite integral e gema de ovo, para controlar a dislipidemia, fator
de risco para a Hipertensão arterial. O abandono do tabagismo, que pode ser
24
imediato ou gradual, o controle das co-morbidades como a diabetes são outras
medidas associadas as anteriores que diminuem o risco cardiovascular; assim como
evitar o consumo de drogas que podem aumentar a pressão arterial, com os
antiflamatórios (OLIVEIRA, 2011).
Para Ferreira (2010) as estratégias utilizadas pelo médico no controle e
diminuição do peso do paciente são: a identificação desse índice e da dieta real do
hipertenso; para tomar conhecimento do que exatamente ele se alimenta e o que
pode ser modificado; traçar objetivos de peso a curto, médio e longo prazo; orientá-
lo a seguir as medidas associadas, e brindar apoio psicológico.
5.3 – Educação em Saúde
A educação em saúde tem um papel fundamental na transformação do
indivíduo para adotar hábitos e atitudes saudáveis baseado nos conhecimentos
sobre sua saúde (SANTOS, 2011).
A educação em saúde tem significado especial na atenção primária; através
dela pode embasar ações de promoção e prevenção, além de formar indivíduos
conscientes com poder de decisão e responsabilidade sobre sua própria saúde e da
comunidade em que vivem (OLIVEIRA, 2013).
A educação em saúde como via principal para a promoção de saúde
necessita ser incorporada em todos os níveis de atenção, com a meta de ajudar aos
usuários a perceber sua realidade individual e social, considerando durante o
processo de planejamento e implantação das ações educativas a dimensão cultural
e ética. Neste sentido também precisam os profissionais ser educados (FEIJÃO,
2007).
Entre os profissionais de saúde ainda predomina a visão curativa. É
imprescindível que ampliem seus conhecimentos e devem–se capacitar para
entender a realidade de saúde da população e assim lograr sua participação e
autonomia para atuar nos fatores que incidem na saúde (TOLEDO,2007).
Acredita-se que a educação em saúde dos indivíduos, com base no bom
planejamento, é o melhor caminho para o alcance de uma diminuição dos casos de
hipertensão arterial. É preciso que estes estejam motivados para que assimilem os
25
conhecimentos que poderão melhorar a qualidade de vida dos mesmos (OLIVEIRA,
2013; MARTELLI, 2014).
É evidente que a prevenção da elevação da pressão arterial pode ser obtida
através de mudanças no estilo de vida, que incluam o controle do peso,
modificações no padrão alimentar (consumo regular de frutas, vegetais, alimentos
hipocalóricos e poucas gorduras saturadas) (MALACHIAS,2010).
Também são incluídas a redução da ingestão de sal, moderação do consumo
de álcool e cigarros e a prática de atividade física aeróbica como caminhada pelo
menos 30 minutos três vezes por semana (MALACHIAS, 2010).
Para Romanzini (2008), as ações de promoção da saúde relacionadas às
mudanças de estilo de vida representam a possibilidade de prevenção mais efetiva
da ocorrência de hipertensão arterial.
Segundo Araújo (2010) as ações educativas individuais e coletivas,
desenvolvidas nas unidades para prevenção de Hipertensão Arterial Sistêmica são
relacionadas também a esclarecimentos sobre o uso da medicação corretamente e
encaminhamentos aos outros profissionais que dão apoio à Equipe de Saúde da
Família (ESF) local.
Para Martins (2014) o planejamento das ações educativas em saúde, como a
escolha de metodologias para desenvolver as atividades educativas são de extrema
relevância para a tomada de decisão em relação aos usuários, visto que eles são o
alicerce do processo e o ponto de intersecção com o público-alvo. Por isso, o
planejamento de feito de acordo com a temática em questão, caracterização da
população-alvo, recursos disponíveis, tempo disponível.
26
6. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
A proposta de intervenção deve ser desenvolvida em conjunto com a equipe da
Unidade e para isso deve-se levar em consideração os passos determinados no
diagnostico situacional, descritos a seguir:
1.Definição do problema.
2. Priorização dos problemas.
3. Descrição do problema selecionado.
4. Explicação do problema.
5. Seleção dos nós críticos.
6. Desenho das operações.
7. Identificação dos recursos críticos.
8. Analise da viabilidade do plano.
9. Elaboração do plano operativo.
10. Gestão do plano.
6.1 Definição dos problemas
Após o diagnóstico situacional foi possível detectar os problemas que a comunidade
lida no dia a dia, conforme passamos a expor:
1 - Alta prevalência de hipertensão arterial.
2 - Alta incidência de sífilis adquirida na população jovem e nas gravidas.
3 - Alto índice de desemprego.
4 - Baixo nível de escolaridade e educação em geral.
5 - Pouco acesso dos serviços de saneamento em uma parte da população.
6.2 Priorização dos problemas
Os principais problemas detectados na comunidade é o acometimento da
população de Hipertensão Arterial Sistémica, considerado no estudo como nó crítico.
27
Quadro 3.Classificação de prioridade para os problemas identificados no diagnóstico da comunidade adstrita à equipe de Saúde Branca, UBS Bethânia II, Ipatinga-M G,2017.
Principais problemas Importância Urgência Capacidade
de
enfrentamento
Seleção
Elevada incidência e
prevalência de pacientes
com Hipertensão Arterial
Alta 9 Parcial 1
Alta incidência de Sífilis
Adquirida nas gravidas e
população jovem.
Alta 8 Parcial 2
Alto índice de
desemprego.
Alta
5 Fora 4
Baixo nível de
escolaridade e educação
na população em geral.
Alta 6 Parcial 3
Pouco acesso dos
serviços de saneamento
na população.
Alta 5 Fora 4
Fonte: Anet Lichilin, 2017.
6.3 Descrição do problema selecionado
A equipe definiu a Alta prevalência de Hipertensão Arterial como o problema
prioritário, depois de constatar que mais de 40 % da população, maior de 18 anos
sofre dessa doença, além disso, constitui uma das causas mais frequentes de
procura pela consulta médica (IPATINGA 2017).
A Hipertensão Arterial Sistémica é uma doença muito comum na população, e
assim se constitui um importante problema de saúde pública. Além disso, é um fator
de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e
renais, bem como a responsável pelo menos 54 % das mortes por AVC e 47% das
mortes por doença arterial coronariana, em combinação com o diabetes, é causa
frequente de insuficiência renal terminal. (SOCIEDADE BRASILERA DE
CARDIOLOGIA, 2010).
28
6.4 Explicação do problema
E importante avaliar este tipo de problema porque de maneira geral é uma
doença com uma alta prevalência, e, dessa mesma forma acontece na área em que
desenvolvo minhas atividades profissionais. Como já foi falado anteriormente, a HAS
é uma doença crônica e ao mesmo tempo um fator de risco que desencadeia
doenças cardiovasculares, cerebrovasculares, renais, além disso, pode ter
consequências e incapacidades à pessoa, por se tratar de uma das principais
causas de morte no Brasil, também no mundo.
Na comunidade em que a autora trabalha foram detectados a presença dos
fatores de risco que influenciam no surgimento da HAS, como: o excesso de peso,
hábitos alimentares não saudáveis, o uso excessivo de álcool, o tabagismo e o
sedentarismo, sendo de vital importância realizar um trabalho educativo para
aumentar o nível de conhecimento da clientela sobre a doença e assim melhorar
seus estilos de vida.
6.5 Seleção dos nós críticos
Depois desta análise identificamos como "nós críticos" do problema:
Educação insuficiente sobre a Hipertensão Arterial.
Inadequada adesão ao tratamento de Hipertensão Arterial.
Tabagismo.
Maus hábitos alimentares.
Obesidade.
Sedentarismo.
Consumo elevado de álcool.
Processo de trabalho da ESF inadequado para enfrentar o problema.
6.6: Desenhos das operações
O quadro abaixo mostra o desenho das operações determinadas como os nós
críticos que se destacaram pela alta prevalência da Hipertensão Arterial.
29
Quadro 4. Desenho de operações para os “nós” críticos do problema: Alta
prevalência de Hipertensão Arterial, equipe Branca, UBS Bethânia II, Ipatinga -MG,
2017.
No crítico Operação/pr
ojeto
Resultados
esperados
Produtos
esperados
Recursos necessários
Educação
insuficiente
sobre a
Hipertensão
Arterial.
Saber +
aumentar o
nível de
conheciment
o da
população
sobre
Hipertensão
Arterial.
.
População
com mais
conhecimento
sobre
Hipertensão
Arterial.
Avaliação do nível
de conhecimento
da população sobre
Hipertensão
Arterial;
Campanha
educativa na rádio
local;
Programa de
Saúde Escolar;
Capacitação dos
ACS.
Cognitivo: conhecimento
sobre o tema e sobre
estratégias de
comunicação e
pedagógicas;
Organizacional:
organização da agenda;
Político: articulação inter
setorial (parceria com o
setor educação) e
mobilização social.
Inadequada
adesão ao
tratamento de
Hipertensão
Arterial
Saber +
Saúde
Aumentar o
nível de
informação
da
população
sobre a
importância
da
continuidade
do
tratamento
na HAS.
População
mais
informada
sobre a
importância da
continuidade
do tratamento
na HAS.
Avaliação do nível
de informação da
população sobre a
importância da
continuidade do
tratamento na HAS;
campanha
educativa na rádio
local; Programa de
Saúde Escolar;
capacitação dos
ACS.
Cognitivo: conhecimento
sobre o tema e sobre
estratégias de
comunicação e
pedagógicas;
Organizacional:
organização da agenda;
Político: articulação inter
setorial (parceria com o
setor educação) e
mobilização social.
Inadequados
hábitos e estilo
de vida.
+Saúde
Modificar
hábitos e
estilos de
vida
{sedentarism
o, obesidade,
tabagismo,
consumo
excessivo de
álcool, maus
Diminuir 20%
do número de
tabagistas e
obesos.
Programa de
caminhadas;
campanha
educativa na rádio
local; capacitação
dos ACS.
Organizacional: para
caminhadas; Cognitivo:
informação de estratégias;
Político: conseguir local,
mobilização social,
articulação Inter setorial
com a rede;
Financeiros: para
recursos audiovisuais,
30
hábitos
alimentares}
folhetos educativos, etc.
Processo de
trabalho da
Equipe de
Saúde da
Família
inadequado
para enfrentar
o problema.
Linha de
Cuidado
Implantar a
linha de
cuidado
segundo
protocolo
para atenção
aos
pacientes
Hipertensos.
Cobertura de
80% da
população
acima dos 15
anos.
Linha de cuidado
para atenção à
Hipertensos;
protocolos
implantados;
recursos humanos
capacitados;
regulação
implantada; gestão
da linha de
cuidado.
Cognitivo: elaboração de
projeto da linha de
cuidado e de protocolos;
Político: Articulação entre
os setores da saúde e
adesão dos profissionais;
Organizacional:
adequação de fluxos.
Fonte: Anet Lichilin, 2017.
6.7- Identificação dos recursos críticos
Quadro 5.Identificação dos recursos críticos. Equipe branca, UBS Bethânia II, Ipatinga –MG, 2017. . Operação/Projeto Recursos críticos
Saber + Político: articulação Inter setorial.
+ Saúde Político: conseguir o espaço na rádio local;
Financeiro: para aquisição de recursos
audiovisuais, folhetos educativos, etc.
Cuidar Melhor Político: decisão de aumentar os recursos para
estruturar o serviço;
Financeiro: recursos necessários para a
estruturação do serviço (custeio e
equipamentos).
Linha de Cuidado Político: articulação entre os setores da saúde e
adesão dos profissionais.
Fonte: Anet Lichilin, 2017.
6.8- Analise de viabilidade do plano
Esta etapa da proposta destaca como deve ser feita a viabilidade do plano de ação.
A seguir representados pelos dados do quadro abaixo.
31
Quadro 6. Análise de viabilidade do plano. Equipe Branca, UBS Bethânia II,
Ipatinga-MG,2017.
Operações/ Projetos Recursos críticos Controle dos recursos críticos Ação
estratégica Ator que
controla
Motivação
Saber + Saúde
Aumentar o nível de
informação da
população sobre a
importância da
continuidade do
tratamento na HAS.
Político: articulação
inter setorial (parceria
com o setor educação)
e mobilização social.
Financeiro: para
aquisição de recursos
audiovisuais, folhetos
educativos, etc.
Setor de
comunicação
social;
Secretaria de
Educação
Secretário de
Saúde
Favorável
Favorável
Favorável
Não é
necessária
Saber +
Aumentar o nível de
conhecimento da
população sobre
Hipertensão Arterial.
Político: articulação
com a Secretaria de
Educação.
Secretaria de
Educação
Favorável
Linha de Cuidado
Implantar a linha de
cuidado segundo
protocolo para
atenção à
Hipertenso.
Político: articulação
entre os setores
assistenciais da saúde.
Secretário
Municipal de
Saúde
Favorável
Não é
necessária
Fonte: Anet Lichilin ,2017.
6.9 Elaboração do plano operativo
Ressalta-se que o plano operativo é a garantia de que é possível prestar um
atendimento integral as pessoas que vivem na comunidade e que necessitam de
orientações quanto a promoção e prevenção de saúde.
32
Quadro 7- Elaboração do plano operativo.
Equipe Branca, UBS Bethânia II, Ipatinga-MG,2017.
Operações Resultado
s
Produtos Ações
estratégi
cas
Responsável Prazo
Saber +
Saúde
Aumentar o
nível de
informação da
população
sobre a
importância
da
continuidade
do tratamento
na HAS.
População
mais
informada
sobre a
importânci
a da
continuida
de do
tratamento
na HAS.
Avaliação do nível de
informação da
população sobre a
importância da
continuidade do
tratamento na HAS;
campanha educativa
na rádio local;
capacitação dos ACS.
Equipe
Básico
de
Saúde.
Três meses para o
início das atividades.
Saber +
Aumentar o
nível de
conhecimento
da população
sobre
Hipertensão
Arterial.
População
com mais
conhecime
nto sobre
Hipertensã
o Arterial.
Avaliação do nível de
conhecimento da
população sobre
Hipertensão Arterial;
campanha educativa
na rádio local;
capacitação dos ACS.
Equipe
Básico
de
Saúde.
Início em quatro
meses e término em
seis meses;
Avaliações a cada
semestre;
Início em dois meses
e término em 3
meses
Cuidar
Melhor.
Melhorar a
estrutura do
serviço para o
atendimento
de pacientes
hipertensos.
Melhorar a
estrutura
do serviço
para o
atendimen
to de
Hipertenso
s.
Capacitação de
pessoal; contratação
de compra de
medicamentos,
materiais e insumos
previstos; consultas
especializadas.
Apresen
tar
projeto
de
estrutur
ação da
rede
Secretar
ia de
Saúde
Municip
al.
Quatro meses para
apresentação do
projeto;
Oito meses para
aprovação e
liberação dos
recursos;
Quatro meses para
compra dos
equipamentos;
Início em quatro
meses e finalização
em oito meses.
Linha de
Cuidado
Implantar a
linha de
cuidado
segundo
protocolo para
atenção à
Hipertensos.
Cobertura
de 80% da
população
acima dos
15 anos.
Linha de cuidado para
atenção à Hipertenso;
protocolos
implantados; recursos
humanos capacitados;
regulação implantada;
gestão da linha de
cuidado
Secretar
ia de
Saúde
Municip
al.
Início em três meses
e finalização em 12
meses.
Fonte: Anet Lichilin, 2017.
33
6.10- Gestão do plano
Para consumar o plano de gestão é necessário programar as atividades e
prevê as avaliações para que se tenha um retorno eficaz, conforme mostra o quadro
8.
Quadro 8.Planilha de acompanhamento das operações /projeto. Equipe Branca, UBS Bethânia II, Ipatinga-MG,2017. Operação ‘Saber + Saúde’
Coordenação: – Avaliação após seis meses do início do projeto.
Produtos Responsável. Prazo Situação atual Justificativa Novo prazo.
Avaliação do
nível de
conhecimento
da população
sobre
Hipertensão
Arterial.
Equipe Básico
de Saúde.
3 meses para
início das
atividades
Programa
implantado e
implementado
em o micro
áreas.
Campanha educativa na rádio local;
Equipe Básico de Saúde.
3 meses para
início das
atividades
Programa
para
implementar.
Formato e duração do programa definidos; Conteúdo definidos; Falta
definição de
horário pela
emissora
local.
Programa de
Saúde
Escolar;
Enfermeira. 3 meses para
início das
atividades
Programa para implementar. Conteúdos,
programas e
meios
audiovisuais
já definidos.
Capacitação dos ACS
Enfermeira. 3 meses Programa
implantado e
implementado
em ao micro
áreas.
Capacitação
de pessoal; Secretaria de
Saúde
Municipal
Início em
quatro meses
e finalização
em oito
meses.
Projeto a
implementar
Fonte: Anet Lichilin 2017.
34
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando a importância do estudo para comunidade onde a autora
desenvolve suas atividades como médica são muito frequentes a presença dos
fatores de risco que influenciam no surgimento da HAS, como: o excesso de peso,
hábitos alimentares não saudáveis, o uso excessivo de álcool, o tabagismo e o
sedentarismo.
A finalidade do plano de ação foi propor ações educativas para aumentar o
nível de conhecimento da população sobre a hipertensão arterial sistêmica e os
fatores de riscos, bem como contribuir para que as pessoas atendidas na unidade de
saúde, com esses problemas consigam se conscientizar para modificar os hábitos
não saudáveis e ainda possam melhorar o estilo de vida.
Após os estudos, conclui-se que o melhor controle da HAS depende de
mudanças no estilo de vida e de aumentar o nível de conhecimento dos usuários.
Sabe-se que modificar os hábitos de vida é necessário se contar com
interesse e motivação dos participantes do processo, evitando o abandono do
tratamento e acompanhamento. Além disso, é considerado fundamental a
capacitação dos profissionais em relação ao tema para que possam trabalhar para
aumentar a adesão dos usuários ao tratamento, estimulando sua autonomia com
relação a sua saúde.
Considerando ainda, a importância do trabalho de equipe eficiente vai
contribuir com o processo de trabalho da equipe que atualmente é inadequado.
Espera-se com esse estudo que possamos melhorar o trabalho de equipe de
saúde para enfrentar o problema da clientela de abrangência de ESF Branca de
Bethânia II, e se tornem mais motivados, e com essa mudança os usuários serão
beneficiados e os objetivos do trabalho alcançados, principalmente se conseguirmos
promover mudanças no estilo de vida da comunidade e criar nos mesmos
consciência sobre o problema que é comum porém, grave para os mesmos e isto
certamente vai repercutir no cotidiano dos profissionais da área de abrangência.
Finalmente, este trabalho trouxe à autora contribuições relevantes e sua
expectativa é que toda equipe se envolva com o mesmo para que possamos obter
bons resultados junto a comunidade.
35
REFERENCIAS
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