Upload
lydan
View
220
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
PROPOSTA DE METODOLOGIA PARA AJUSTE DA RELAÇÃO
ÁGUA/MATERIAL SECO DURANTE A DOSAGEM DE CONCRETOS DESENVOLVIDOS COM A INCORPORAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE
CONSTRUÇÃO CLASSE A
Negri, R.(1); Gemelli, E.(2); Oliveira, A.(1);
(1) CATOLICASC; (2) UDESC;
Rua Visconde de Taunay, 427 - Centro - Joinville – SC - CEP: 89203-005;
RESUMO
No presente trabalho verificou a interferência causada na consistência dos concretos
confeccionados com diferentes adições de RCD (Resíduos de Construção e Demolição). Para tanto, foram dosados amostras de concreto fresco, variando as proporções de agregado de RCD na massa de agregado graúdo em 0%, 30%, 50%
e 100%, para 4 diferentes relação água/material seco, compondo um total de 16 dosagens diferentes. Para cada dosagem foi medida a consistência da massa,
através do ensaio de abatimento de tronco de cone – “Slump Test”. Os resultados obtidos demonstraram que os concretos confeccionados com resíduos sólidos inertes graúdos de construção e demolição apresentam uma diminuiu gradual da
trabalhabilidade com o incremento dos resíduos na mistura, no entanto, mantém um comportamento proporcional. Devido ao grande aumento da coesão e diminuição da
trabalhabilidade, os concretos confeccionados com agregados miúdos de RCD não são viáveis tecnicamente. Com os resultados encontrados foi possível elaborar uma metodologia que possibilita o ajuste no processo de previsão do abatimento do
ensaio de tronco de cone, a ser utilizado na dosagem dos concretos confeccionados com resíduos sólidos graúdos de construção (RCD), baseado no procedimento do
IPT utilizado para concretos convencionais. Palavra chave: Resíduos de Construção; Concretos Não Estruturais; Reciclagem;
INTRODUÇÃO
Durante muito tempo os setores econômicos, em geral, desenvolveram suas
atividades extraindo e utilizando materiais naturais não renováveis, sem a
consciência de sua extinção.
Na década de 80, com o surgimento de políticas nacionais voltadas à
conservação do meio ambiente, passa a existir uma maior preocupação com o
término dos recursos naturais, através da minimização dos desperdícios, diminuição
60º Congresso Brasileiro de Cerâmica15 a 18 de maio de 2016, Águas de Lindóia, SP
2144
do consumo de energia e, principalmente, controle da poluição. Na indústria da
construção civil, não foi diferente.(1)
Devido ao aumento da população e a alta concentração nas cidades e
consequente aumento da demanda por habitações, os resíduos de construção e
demolição estão cada vez mais presentes nas discussões ambientais, trazendo
prejuízos à conservação dos recursos naturais e ao meio ambiente, principalmente
pela sua má disposição.
Pesquisas realizadas em várias cidades brasileiras têm apontado que o
volume gerado de resíduos de construção e demolição de obras civis representa
aproximadamente 60% a 70% do total do volume de todos os resíduos gerados nas
cidades. Nesse mesmo estudo o autor estima valores de geração entre 230 a 760
kg/hab.ano de resíduos de construção, com uma mediana de 510 kg/hab.ano. (2)
Segundo John (1999) (3) outra justificativa para a implementação de técnicas de
reciclagem dos resíduos de construção de demolição (RCD) está relacionado as
grandes distância, nos centros urbanos, dos pontos de descarte e da obtenção de
agregados naturais, devido ao esgotamento das reservas próximas. Sendo assim, o
emprego de parte dos Resíduos da Construção Civil e Demolição como agregado
reciclado, passou a ser uma ação interessante. (4)
O entulho de obra, material proveniente de construção e ou pequenas
demolições durante o processo de execução, pode ser reciclado de forma manual ou
mecânica na própria obra e aplicado em argamassas e concretos sem função
estrutural ou ainda, adicionados em pequenas frações aos concretos convencionais
para estruturas de baixas solicitações. O material pode comumente ser utilizado em
concretos para contra pisos, calçadas e drenos. (5) Nesse contexto, é possível
perceber que o retorno de tais materiais a cadeia produtiva é extremamente
interessante e possível. Analisando-se a logística urbana atual, onde é comum a
destinação dos resíduos em aterros denominados “Aterro de resíduos de construção
e demolição”, percebe-se que um dos destinos mais economicamente viáveis, pela
própria existência de área física para beneficiamento nos aterros, é a produção de
peças pré-moldadas (pavimentos tipo paver e lajotas, tubos, guias, etc),
confeccionadas com concretos compostos totalmente ou parcialmente de agregado
de RCD.
Sendo assim, estudos relacionados a dosagem de concretos feitos a partir de
agregados reciclados da porção mineral dos resíduos da construção civil, avaliando
60º Congresso Brasileiro de Cerâmica15 a 18 de maio de 2016, Águas de Lindóia, SP
2145
objetivamente a influência em suas características, são de fundamental importância
para que o uso destes materiais seja realizado de forma consciente e com
segurança.
Dentre as propriedades dos concretos a Trabalhabilidade tem relevante
importância nos processos produtivos, sendo que sua inadequada especificação e
previsão pode representar perdas de produtividade e qualidade do produto final.
MATERIAIS E MÉTODOS
Amostragem e Caracterização
As amostras dos agregados naturais e de RCD foram coletadas recipiente de
armazenamento do Laboratório de Materiais de Construção da UDESC, seguindo os
procedimentos de redução de amostra recomendados pela NBR 9941/87 - “Redução
de amostra de campo de agregados para ensaio de laboratório”.
Os agregados reciclados de RCD foram caracterizados qualitativamente
através da metodologia proposta pela NBR 15.116/04 - “Agregados reciclados de
resíduos sólidos da construção civil – Utilização em pavimento e preparo de concreto
sem fim estrutural – Requisitos”. Após a preparação os resíduos foram separados
visualmente e classificados em quatro grupos:
Concretos e argamassas – fragmentos que apresentam pasta de
cimento endurecida em mais de 50% do volume;
Pedras – fragmentos constituídos de rocha em mais de 50% do
volume;
Cerâmicos – fragmentos de cerâmica branca ou vermelha em mais de
50% do volume;
Outros (vidro, madeira, papel, metal, plástico, amianto, etc.).
As proporções são calculas em porcentagens, com base no peso de cada
fração componente do agregado.
Os materiais granulares utilizados na confecção dos concretos foram
ensaiados e caracterizados de acordo com as normas da ABNT, sendo mais
relevante para nosso estudo a análise granulométrica das amostras dos agregados
que foi realizada de acordo com a NBR 7217/87 - “Agregado - Determinação da
Composição Granulométrica”.
60º Congresso Brasileiro de Cerâmica15 a 18 de maio de 2016, Águas de Lindóia, SP
2146
Dosagens e Traços
De modo a atender os objetivos desejados foram confeccionadas 18 dosagens
diferentes de concretos, sendo:
Quatro dosagens com 0% em peso de RCD graúdo (concreto
convencional), variando o fator água-cimento;
Quatro dosagens com 30% em peso de RCD graúdo, variando o fator
água-cimento;
Quatro dosagens com 50% em peso de RCD graúdo, variando o fator
água-cimento;
Quatro dosagens com 100% em peso de RCD graúdo, variando o fator
água-cimento;
Antes de se iniciar o programa experimental foram realizadas 3 dosagens de
teste, com o intuito de verificar a influência do fator água/cimento sobre a faixa de
trabalhabilidade desejava. Constatou-se a necessidade de se trabalhar com fatores
água/cimento relativamente altos, principalmente para os concretos confeccionados
com RCD. Com base nisso se decidiu trabalhar com consumos de cimento acima de
300 kg/m3 e traço em massa de 1:5, que para fatores água/cimento baixos, geram
concretos com resistências a compressão em níveis de peças estruturais, perdendo
sensivelmente a resistência, quando aumentada à concentração de água na mistura.
A porcentagem de agregados miúdos no total de agregados utilizados foi de
40% em peso.
Na Tabela I são apresentados os traços utilizados nas 16 dosagens elaboradas
no programa experimental.
Tabela I – Traços e Dosagens Experimentais – Agregado Graúdo de RCD
Resíduo 0%
Fator a/c Traço em Peso Volume
N CP'S Consumo de Cimento
kg/m3 CIM AGM AGG RCD AGG + RCD
0,55
1 2 3 0 1,94
10 374
0,62 5 365
0,7 5 355
0,75 5 348
60º Congresso Brasileiro de Cerâmica15 a 18 de maio de 2016, Águas de Lindóia, SP
2147
Resíduo 30%
Fator a/c Traço em Peso Volume
N CP'S Consumo de Cimento
kg/m3 CIM AGM AGG RCD AGG + RCD
0,62
1 2 1,89 0,81 1,96
5 364
0,67 5 357
0,75 5 347
0,82 5 339
Resíduo 50%
Fator a/c Traço em Peso Volume
N CP'S Consumo de Cimento
kg/m3 CIM AGM AGG RCD AGG + RCD
0,62
1 2 1,25 1,25 1,95
5 365
0,68 5 357
0,75 5 348
0,82 5 340
Resíduo 100%
Fator a/c Traço em Peso Volume
N CP'S Consumo de Cimento
kg/m3 CIM AGM AGG RCD AGG + RCD
0,3
1 2 0 2,13 1,95
10 364
0,7 5 355
0,75 5 349
0,82 5 340 CIM – Peso de cimento; AGM – Peso de agregado miúdo; AGG – Peso de agregado graúdo; RCD –
Peso Agregado Graúdo de RCD;
Os traços foram calculados com o objetivo de obter os dados necessários
para a faixa de estudo, mantendo o princípio de não se alterar o volume total de
agregados e obter a menor variação possível do consumo de cimento.
Metodologia de Preparo dos Concretos
A mistura foi realizada em equipamento mecânico (betoneira eixo basculante
de 250 l). O tempo de mistura foi de 1 minuto e 30 segundos por dosagem, contados
após o lançamento de todos os materiais em seu interior. O volume de concreto
confeccionado por mistura foi de aproximadamente 15 litros, chegando a 20 litros
para os traços com 10 corpos-de-prova.
Todos os materiais sólidos foram pesados e separados em recipientes. A
quantidade de água foi medida em proveta graduada.
A ordem de adição dos materiais no misturador foi: parte do agregado graúdo
mais parte da água, cimento, agregado miúdo, restante da água e restante do
agregado graúdo. Esta medida foi tomada na tentativa de diminuir a perda de
60º Congresso Brasileiro de Cerâmica15 a 18 de maio de 2016, Águas de Lindóia, SP
2148
materiais finos, nas paredes do misturador e no ar. Antes de se lançar os materiais
no misturador suas paredes eram molhadas, evitando perda de água durante a
mistura.
Teste De Consistência “Slump Test”
Após o término da mistura e amassamento de cada dosagem foi realizado o
teste de consistência, representado pela trabalhabilidade e coesão do concreto.
Para tanto, foi utilizada a metodologia mais usual para verificação de
consistência em concretos, denominada “Slump Test”, que é normalizada pela
NBR 7223/83 – “Concreto – determinação da consistência pelo abatimento de tronco
de cone”. A coesão foi verificada visualmente pela presença de segregação dos
agregados no ato da execução do ensaio de consistência. A metodologia utilizada
pode ser verificada nas Figuras 1 e 2.
Figura 1 – Teste de Consistência –
“Slump Test’’ – Concreto de Baixa
Trabalhabilidade e Alta Coesão”.
Figura 2 – Teste de Consistência –
“Slump Test’’ – Concreto de Alta
Trabalhabilidade e Coesão Satisfatória”.
RESULTADOS E DISCUSSÃO Consistência Através Do Abatimento Em Tronco De Cone – Slump Test
Na Tabela II são apresentados os resultados do ensaio de “Slump Test” (ST),
obtidos no laboratório para cada dosagem, com adições diferenciadas de agregados
de RCD graúdo e com as respectivas relações água/material seco (H).
60º Congresso Brasileiro de Cerâmica15 a 18 de maio de 2016, Águas de Lindóia, SP
2149
Tabela II – Resultados da Análise de Consistência – Adição de Agregado Graúdo de
RCD
Resíduo 0% Resultados
Fator a/c Cimento Agregado
Miúdo
Agregado
Graúdo ST (cm) H %
0,55
1 2 3
3 9,17%
0,62 9 10,33%
0,7 18 11,67%
0,75 20,5 12,50%
Resíduo 30% Resultados
Fator a/c Cimento Agregado
Miúdo Agregado
Graúdo ST (cm) H %
0,62
1 2 2,7
4 10,88%
0,67 7 11,75%
0,75 18,5 13,16%
0,82 21 14,39%
Resíduo 50% Resultados
Fator a/c Cimento Agregado
Miúdo Agregado
Graúdo ST (cm) H %
0,62
1 2 2,5
3 11,27%
0,68 8 12,36%
0,75 17 13,64%
0,82 22 14,91%
Resíduo 100% Resultados
Fator a/c Cimento Agregado
Miúdo
Agregado
Graúdo
ST
(cm) H %
0,63
1 2 2,13
3 12,28%
0,71 8 13,84%
0,75 15 14,62%
0,82 22 15,98%
Através dos resultados apresentados foi possível estabelecer relações
matemáticas lineares entre o fator água/materiais secos e o “Slump Test”. Tal
procedimento foi realizado para cada percentual de substituição de RCD graúdo
adicionado. O ajuste foi realizado através do método dos mínimos quadrados em
software Excel. Na sequência são apresentados os ajustes nas Figuras 3, 4, 5 e 6.
60º Congresso Brasileiro de Cerâmica15 a 18 de maio de 2016, Águas de Lindóia, SP
2150
Figura 3 – Ajuste de Equação para 0%
de RCD.
Figura 4– Ajuste de Equação para 30% de
RCD.
Figura 5 – Ajuste de Equação para
50% de RCD.
Figura 6 – Ajuste de Equação para 100%
de RCD.
Como pode ser observado o menor coeficiente de correlação encontrado foi
R2 = 94,82%, para a adição de 30% de RCD. Também verificou-se que os
coeficientes angulares das retas é praticamente os mesmos (Coeficiente Angular
0,0018), sendo as retas paralelas entre si.
Na tentativa de encontrar a equação que descrevesse o fenômeno, estudou-se
o comportamento do incremento da relação água/material seco com a adição do
agregado graúdo de RCD. Para tanto, pode-se escrever a seguinte equação:
60º Congresso Brasileiro de Cerâmica15 a 18 de maio de 2016, Águas de Lindóia, SP
2151
KSTH .0018,0% (A)
Onde: ST - Abatimento em cm; K - Constante Função do Percentual de RCD;
H% - Relação Água/Material Seco em percentual em peso;
A Tabela III apresenta os resultados obtidos para a constante K em função do
percentual de RCD graúdos.
Tabela III – Relação % RCD e a Constate “K” da Equação
% RCD K
0 % 0,0864
30 % 0,1028
50 % 0,1077
100 % 0,1198
Figura 7 – Ajuste para a Constate “K”.
Desta forma também através do método dos mínimos quadrados foi possível
realizar o ajuste da curva apresentada na Figura 7, que representa a relação da
constante “K”. O presente ajuste representa o comportamento das retas
anteriormente apresentadas, com a variação do percentual de agregado de RCD
adicionado na mistura. Assim a equação que descreve o fenômeno é:
100]0864,0)(0569,0)(0236,0[0018,0% 2 xRCDRCDSTH (B)
60º Congresso Brasileiro de Cerâmica15 a 18 de maio de 2016, Águas de Lindóia, SP
2152
Onde: RCD - Peso de Agregado Graúdo Reciclado/Peso Total de Agregados;
ST - Abatimento Esperado (cm); H% - Relação Água/Material Seco em
percentual em peso;
A Figura 8 apresenta o ábaco obtido através dos dados estudados.
0 % 25 % 50 % 75 % 100 %
% RCD
5.0 cm
10.0 cm
15.0 cm
20.0 cm
25.0 cm
30.0 cm
Abatim
en
to (
cm
)
Erro Residual Médio = 1,23 x 10-4 %; Erro Residual Máximo = 2,47 x 10-4 %
Figura 8 – Ábaco do Percentual de Água/Material, em relação à Consistência
(ST) e Proporção de RCD/Agregado Graúdo.
CONCLUSÕES
Os agregados graúdos provenientes do beneficiamento dos resíduos sólidos de
construção apresentaram características físicas e químicas diferentes dos
agregados convencionais, mas atenderam aos requisitos exigidos pelas normas da
ABNT.
60º Congresso Brasileiro de Cerâmica15 a 18 de maio de 2016, Águas de Lindóia, SP
2153
Basicamente os agregados de RCD apresentaram maior absorção de água e,
consequentemente, maior porosidade, além de apresentar superfícies mais ásperas,
forma e tamanho de partícula mais variada.
A adição de agregado de RCD na massa do concreto refletiu em diminuição na
trabalhabilidade da mesma, devido às características de absorção, peso unitário e
textura do agregado. Sendo assim, a relação água/material seco aumenta
praticamente 40% quando foi substituído 100% do agregado graúdo natural por
agregado graúdo reciclado.
O teor de materiais pulverulentos dos agregados de RCD é relativamente
maior, principalmente nos agregados miúdos. Logo, a adição de agregado miúdo de
RCD não é recomendada pela grande quantidade de material pulverulento e
interferências na trabalhabilidade.
Geralmente as metodologias de projeto de traço para concretos iniciam o
processo de elaboração “desejando” que o produto final atenda as seguintes
características mínimas: trabalhabilidade mínima e resistência final aos 28 dias.
Com esse intuito é que se elaborou o Ábaco da Figura 8. Como pode ser
verificado, conhecendo-se o percentual de agregado graúdo de RCD e o Abatimento
do “Slamp Test” desejado é possível encontrar a relação água/material seco,
parâmetro necessário para o desenho do traço.
Através dos dados apresentados pode-se concluir que a importância da
reciclagem se reveste muito mais ao caráter preservacionista do que do ponto de
vista de melhoria da tecnologia envolvida na produção de concretos. A utilização
dessa alternativa mostra-se atualmente como uma solução inteligente e racional,
para o problema da disposição final desses resíduos, sendo também incentivada a
nível nacional pela legislação atual.
A viabilidade da utilização dos concretos confeccionados com resíduos da
construção civil já foi comprovada em outros estudos, originando até normas
técnicas específicas. O presente trabalho vem reafirmar a possibilidade de utilização
com segurança dos concretos de RCD, desde que monitoradas as características
dos agregados.
O comportamento dos concretos reciclados difere a princípio do
comportamento dos concretos convencionais, no entanto, é possível conhecer essas
diferenças e através disso utilizar racionalmente os produtos oriundos da atividade
de reciclagem, com qualidade técnica e viabilidade econômica.
60º Congresso Brasileiro de Cerâmica15 a 18 de maio de 2016, Águas de Lindóia, SP
2154
REFERÊNCIAS
(1) SCHENINI, P. C.; BAGNATI, A. M. Z.; CARDOSO, A. C. F. Gestão de
Resíduos da Construção. Artigo COBRAC 2004. UFSC. Florianopolis, 2004.
(2) PINTO, T. P. Metodologia para a gestão Diferenciada de Resíduos Sólidos
da Construção Urbana. 1999. Tese. DECC -USP. São Paulo, 1999.
(3) JOHN, V. M. Reciclagem de Resíduos na Construção Civil: Contribuição
para Metodologia de Pesquisa e Desenvolvimento. 1999. 120 p. Tese (Livre
Docência) Departamento de Engenharia de Construção Civil -USP. São
Paulo, 1999.
(4) BORGES, I. J. P. et al. Plano de Gestão dos Resíduos da Construção Civil
para o Município de Joinville. OAP Consultores Associados Ltda. Prefeitura
Municipal de Joinville, Joinville, 2005.
(5) ALTHEMAN, D. Avaliação da Durabilidade de Concretos Confeccionados
com Resíduos da Construção Civil. 2002. Relatório Final de Iniciação
Científica - FAPESC. DEC - FECUNICAMP. Campinas, 2002.
PROPOSED METHODOLOGY FOR SETTING THE RELATION WATER / DRY MATERIAL
DURING CONCRETE DOSAGE DEVELOPED WITH THE CONSTRUCTION OF SOLID
WASTE CLASS A MERGER
ABSTRACT
This study found the interference caused the consistency of concrete made with different additions of CDW (Construction and Demolition Waste). For this purpose, fresh concrete samples were measured by varying the RCD aggregate ratios in the
mass of coarse aggregate at 0%, 30%, 50% and 100% for 4 different water / dry material, comprising a total of 16 doses many different. For each dose was measured
dough consistency through the frusto-conical rebate test - "Slump Test". The results demonstrated that concrete made from coarse inert solids construction and demolition wastes have gradually decreased with the increase of the workability of
the waste in the mixture, however, maintains a proportional behavior. Due to the large increase in cohesion and decreased workability, the concrete made with CDW
fine aggregates are not technically feasible. With the results it was possible to develop a methodology that enables the adjustment in the frustum test the reduction in the forecasting process to be used in dosage of made concrete with solid waste
construction of coarse (RCD), based on IPT procedure for conventional concrete.
Key-words: Construction waste; Concrete Structural not; Recycling;
60º Congresso Brasileiro de Cerâmica15 a 18 de maio de 2016, Águas de Lindóia, SP
2155