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1 1 PROPOSTA N.º 712/2018 - APROVAR AS ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS, BEM COMO APRECIAR O PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO PARA 2019 DA LISBOA OCIDENTAL, SRU SOCIEDADE DE REABILITAÇÃO URBANA, E.M., S.A., E MANDATAR O REPRESENTANTE DO MUNICÍPIO DE LISBOA NA ASSEMBLEIA GERAL, BEM COMO SUBMETER À ASSEMBLEIA MUNICIPAL A MINUTA DO RESPETIVO CONTRATO- PROGRAMA 2019, NOS TERMOS DA PROPOSTA; PROPOSTA N.º 713/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA MUNICIPAL AS MINUTAS DOS CONTRATOS DE MANDATO A CELEBRAR COM A LISBOA OCIDENTAL, SRU SOCIEDADE DE REABILITAÇÃO URBANA, E.M., S.A., NOS TERMOS DA PROPOSTA; O Sr. Presidente: - Pontos 1, e 2 desta ordem de trabalhos e chamo para este ponto o conselho de administração da Sociedade de Reabilitação Urbana, tenho que vos dizer Srs. Vereadores que li os pareceres do departamento jurídico, e considero que a interpretação do Tribunal de Contas sobre esta matéria não, não a consigo entender, não consigo entender o seu racional, porque na minha interpretação um impedimento considera-se quando há um conflito entre o interesse público e um interesse diferente do interesse público neste caso, o interesse do município, da sociedade é exatamente o mesmo, ou melhor, o interesse do município consubstancia-se através da sociedade, mas vivemos num país que vivemos, por isso temos que fazer estas bizarrias(Diálogo fora do microfone) O Sr. Presidente (Cont.): - …é! Uma coisa é a separação de funções não é? Quer dizer que a assembleia, que quem fiscaliza não possa ser quem executa, percebo com facilidade, que tenhamos esta situação, pronto, é aquela que é, mas toda a gente fica tranquila. Claro que a SRU tem sempre uma administradora que não é Vereadora, por isso, pode ser ela a fazer as expensas todas. Muito bem eu pedia entãoe vai ser, está um magnífico… A Sra. Dra. Inês Usha: - Muito bom dia Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Estamos aqui então para apresentar os instrumentos previsionais da SRU para 2019, é um plano claramente marcado pelas orientações estratégicas

PROPOSTA N.º 712/2018 - APROVAR AS ORIENTAÇÕES ... · Vereadores que li os pareceres do departamento jurídico, e considero que a interpretação do Tribunal de Contas sobre esta

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PROPOSTA N.º 712/2018 - APROVAR AS ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS,

BEM COMO APRECIAR O PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO PARA

2019 DA LISBOA OCIDENTAL, SRU – SOCIEDADE DE REABILITAÇÃO

URBANA, E.M., S.A., E MANDATAR O REPRESENTANTE DO MUNICÍPIO

DE LISBOA NA ASSEMBLEIA GERAL, BEM COMO SUBMETER À

ASSEMBLEIA MUNICIPAL A MINUTA DO RESPETIVO CONTRATO-

PROGRAMA 2019, NOS TERMOS DA PROPOSTA;

PROPOSTA N.º 713/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA

MUNICIPAL AS MINUTAS DOS CONTRATOS DE MANDATO A CELEBRAR

COM A LISBOA OCIDENTAL, SRU – SOCIEDADE DE REABILITAÇÃO

URBANA, E.M., S.A., NOS TERMOS DA PROPOSTA;

O Sr. Presidente: - Pontos 1, e 2 desta ordem de trabalhos e chamo para este

ponto o conselho de administração da Sociedade de Reabilitação Urbana,

tenho que vos dizer Srs. Vereadores que li os pareceres do departamento

jurídico, e considero que a interpretação do Tribunal de Contas sobre esta

matéria não, não a consigo entender, não consigo entender o seu racional,

porque na minha interpretação um impedimento considera-se quando há um

conflito entre o interesse público e um interesse diferente do interesse público

neste caso, o interesse do município, da sociedade é exatamente o mesmo, ou

melhor, o interesse do município consubstancia-se através da sociedade, mas

vivemos num país que vivemos, por isso temos que fazer estas bizarrias…

(Diálogo fora do microfone)

O Sr. Presidente (Cont.): - …é! Uma coisa é a separação de funções não é?

Quer dizer que a assembleia, que quem fiscaliza não possa ser quem executa,

percebo com facilidade, que tenhamos esta situação, pronto, é aquela que é,

mas toda a gente fica tranquila.

Claro que a SRU tem sempre uma administradora que não é Vereadora, por

isso, pode ser ela a fazer as expensas todas. Muito bem eu pedia então…e vai

ser, está um magnífico…

A Sra. Dra. Inês Usha: - Muito bom dia Sr. Presidente, Srs. Vereadores.

Estamos aqui então para apresentar os instrumentos previsionais da SRU para

2019, é um plano claramente marcado pelas orientações estratégicas

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aprovadas pela Câmara em Julho passado, vamos muito rapidamente só

passar em revista a atividade de 2018, e depois passar rapidamente para o que

se prevê para 2019.

Em 2018 a atividade da SRU foi desenvolvida nestas duas frentes, por um lado

as intervenções de reabilitação urbana que estavam previstas no

contrato/programa celebrado em 2015, e peço aqui só a vossa compreensão,

porque falamos em vários contratos/programa, quando referirmos o

contrato/programa de 2015, no fundo é aquele que prevê as 17 intervenções de

reabilitação urbana, que ainda se encontra em execução, num valor total de

33,9 milhões de euros, e que previa a reabilitação urbana de espaço público, e

de edifícios municipais.

A outra frente em que a SRU desenvolveu o seu trabalho foi a gestão

urbanística, salientar porque é importante para o que vamos apontar para

2019, que este contrato/programa de 2015 já previa uma, exatamente o mesmo

tipo de intervenções que a SRU fará no futuro, em edifícios, em equipamentos,

e em espaço público, portanto estamos a falar de um aumento de escala, e não

propriamente um aumento de objeto para 2019.

O que se verifica em 1019 é que há um, sim, uma nova organização desta

atividade da empresa que já existia na realização de intervenções de

reabilitação urbana, em torno destes 4 eixos que foram considerados

prioritários pelo município, a habitação a renda acessível, escolas e creches,

centros de saúde e outros equipamentos, e espaço público, vai haver

obviamente um assinalável aumento atividade da empresa, e no fundo, estes

vão ser os 4 eixos em que essa atividade se irá organizar.

Passando já aos pontos mais relevantes do ponto de vista financeiro do plano,

no campo das receitas temos por um lado o contrato/programa para 2019 que

se prevê um subsídio à exploração de 3 milhões de euros, é o

contrato/programa que no fundo, assegura as despesas de funcionamento da

empresa para este ano, vamos continuar a executar o dito contrato/programa

de 2015 com uma previsão de execução de 11,3 milhões de euros, e vamos

para as intervenções futuras adotar um novo modelo contratual que são os

contratos de mandato, que será hoje também trazido a esta Câmara para

apreciação, que mais não são do que contratos de prestação de serviços,

entende-se que face ao novo enquadramento legal, nomeadamente o novo

CCP, é o modelo efetivamente mais transparente, e mais claro para regular as

relações entre a Câmara e a SRU, no fundo a Câmara vai incumbir a SRU da

realização de uma série de intervenções, estes contratos vão aparecer

organizados em torno destes 4 eixos, são contratos bastante mais densos do

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que os anteriores contratos/programa, nomeadamente ao nível do reporte, e

informação, escrutínio pelos órgãos municipais, e achamos que são de facto, a

solução mais clara e transparente para regular as relações contratuais entre

Câmara e SRU.

Do lado da despesa temos então, isto no fundo são espelhos, a receita e

despesa, a execução do contrato/programa de 2015 aqui já com mais detalhe,

espaço público prevê-se um valor de 2,3 milhões de euros de execução, e nos

edifícios 8,9 milhões de euros, nos contratos de mandato como referi, serão

organizados então em volta destes 4 eixos.

Isto são os valores totais que estamos a prever para 2019, os contratos que

vêm hoje a Câmara são a primeira fase de cada um destes eixos, isto porque

legalmente nós temos que prever com muito rigor os valores que inscrevemos

nestes contratos, nomeadamente os valores das empreitadas, e portanto

estamos a trazer neste momento a Câmara, os projetos que estão

suficientemente amadurecidas para conseguirmos ter preços realistas, e que

vão ao encontro daquilo que vamos encontrar nos procedimentos de

contratação pública que a SRU lançará posteriormente, portanto estes valores

são os valores totais de 2019, os valores que vêm hoje a Câmara nos contratos

de mandato são regra geral fora a habitação, valores inferiores, nesta medida e

por esta razão.

A título de conclusão achamos importante assinalar este crescimento do valor

de investimento que a empresa vai desenvolver, passamos de 5,8 milhões em

2018, para 28,2 milhões de euros em 2019, é naturalmente um aumento

grande também da responsabilidade da empresa, e estamos cientes disso,

pretendemos que este crescimento da atividade seja feito de uma forma

sustentada com otimização de recursos, e modernização da atividade

administrativa, pretendemos adotar as ferramentas mais eficazes para a gestão

destas empreitadas, com procedimentos de contratação amplamente

concorrenciais, e com os ditos mecanismos de reporte, e escrutínio que estes

novos contratos prevêem, quer reporte da execução dos contratos aos serviços

municipais, quer escrutínio pelos órgãos municipais prevendo-se por exemplo,

entre outras medidas, a apresentação dos projetos em Câmara em momento

anterior ao lançamento dos procedimentos da empreitada, o que nos parece

importante.

E é isto.

O Sr. Presidente: - Muito bem.

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Eu não sei se há mais algum elemento relativamente ao ponto 2 da ordem de

trabalhos. Que é relativamente às minutas de contratos…

A Sra. Dra. Inês Usha (Cont.): - …dos contratos, no fundo foi o que já tive

oportunidade de referir, são 4 contratos/programa que se dirigem a estes 4

eixos, que não prevêem a totalidade da despesa de 2019, são numa primeira

fase, são no fundo estão incluídos nestes contratos os projetos que já estão

suficientemente maduros para que os valores inscritos nos contratos sejam

rigorosos, e se aproximem dos valores que a SRU irá obter depois de lançar

procedimentos de contratação pública, são contratos de prestação de serviços,

têm um enquadramento claro e transparente quer, face ao CCP, como

contratação in house, quer face ao regime jurídico da atividade empresarial

local.

E é tudo, não sei se há alguma questão.

O Sr. Presidente: - Muito bem.

Srs. Vereadores está aberto, está aberto o período de inscrições.

Sr. Vereador João Gonçalves Pereira.

O Sr. Vereador João Gonçalves Pereira: - Muito bom dia Sr. Presidente,

Sras. e Srs. Vereadores, cumprimentar o conselho de administração da SRU.

Nós estamos a discutir os 2 pontos, não é? Da ordem de trabalhos em

conjunto, não é Sr. Presidente? Fazemos a discussão conjunta.

Antes de ir às questões, há uma primeira nota que não gostaria de deixar de

aqui fazer, que tem a ver com a arquitetura, a construção jurídica, termo

utilizado ainda há pouco, que foi preciso fazer, e que no nosso entendimento

nada justifica, ou seja há aqui um conjunto de competências que estavam na

Câmara Municipal, que nem sequer foram delegadas no Sr. Presidente, ou seja

no órgão Câmara Municipal é que estavam estas mesmas competências, e que

com esta alteração estatutária, com esta construção jurídica que foi feita, deixa

de estar no órgão Câmara Municipal, para estar na mão de dois Vereadores.

Dois Vereadores esses, que em reunião de Câmara não podem estar,

enquanto Vereadores, mas têm que estar sentados enquanto membros do

conselho de administração, e portanto confesso a estranheza, e confessamos a

estranheza, a preocupação, aliás ainda numa das últimas reuniões de Câmara

onde se falou na questão da SRU, há aqui claramente, sob o ponto de vista

daquilo que é o acompanhamento que existia por parte da Câmara, todas as

suas obras, todos os projetos, todas estas intervenções, esse escrutínio político

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fica limitado, por mais que se diga, e o Sr. Presidente diga, ainda agora ouvi da

parte do conselho de administração que haverá reportes disto e daquilo, quer

dizer, se nós tivermos em conta aquilo que são as respostas, e os reportes da

parte da Câmara relativamente aos pedidos de informação escrita, se for no

mesmo tipo, significa que muito pouca ou nenhuma informação vamos ter.

Mas isso nós entendemos que é verdadeiramente preocupante que é, como é

que é possível competências que são da Câmara, que nem sequer foram

delegadas no Sr. Presidente, estavam no órgão Câmara, agora essas mesmas

competências, essas mesmas responsabilidades passam a estar na mão de

dois Vereadores, numa empresa municipal.

Agradecemos

as explicações que foram dadas, aqui pelo Conselho de administração, eu

pedia que houvesse alguma informação relativamente aos gastos com pessoal.

Os gastos com o pessoal da SRU em 2018 foram, qualquer coisa como, 650

mil euros, agora com toda esta Arquitectura ou construção jurídica e estas

novas competências, estas novas a atribuições, passa para um valor acima dos

2 milhões de euros. E, a pergunta que eu coloco é, quantos funcionários e que

estão previstos? Se esses funcionários são funcionários municipais e que

transitam da antiga Direção Municipal para esta nova empresa? Quantas

contratações externas é que vão existir? Em que montantes? E que termos?

Essa informação, penso que era útil e necessária para percebermos a tal

optimização dos recursos que ali vem escrita por parte da Administração da

SRU, em que é que ela consiste? Muito obrigado.

O Sr. Presidente: - Muito obrigada. Sra Vereadora Ana Jara.

A Sra. Vereadora Ana Jara: - Muito bom dia a todos e a todos e a todas, Sr.

Presidente, Srs. Vereadores e Conselho de Administração da SRU. Queria

dizer, em primeiro lugar que, apesar daquilo que fomos requerendo aqui em

várias reuniões que tivemos sobre a SRU, a documentação que nos chegou

hoje é bastante insuficiente. Sabemos e também a apresentação não foi

esclarecedor, portanto, eu trago aqui estas preocupações, sabemos que terá

um subsídio de 3 milhões, para… não sabemos muito bem o quê? Um contrato

a programa. E que o ano passado 350 mil euros e, esta diferença é muito

grande e que estávamos que nos esclarecessem sobre este enorme acréscimo

e sobre como foi calculado.

Sabemos que terá 17 milhões de empreitadas em 2019 e que está incumbida

da promoção da totalidade do ciclo de vida das intervenções, significa que é

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projecto, fiscalização e empreitadas. Portanto, a SRU vai fazer obras públicas

na sua totalidade, o que confere uma autonomia apreciável, a uma empresa

que vai suportar tudo o que a Câmara vier a produzir nas áreas do Urbanismo

e Habitação. Aliás, o que vai ser produzido pela Câmara é uma questão,

porque aqui estão nomeadas as grandes empreitadas públicas deste mandato

até agora. Mas, vou-me concentrar no que diz respeito aqui ao escrutínio e aos

contratos de mandato e ao escrutínio público destas operações. Temos aqui

cláusula 5ª: “A SRU reporta ao município, reporta ao urbanismo a evolução da

execução física e financeira das empreitadas do contrato com o relatório

trimestral, através do modelo anexo 2” que é uma coisa muito esquemática.

Vêm desvios, motivos de desvios, tudo aquilo que apreciamos nas moques que

aqui também representam muito trabalho e que, são a um apreciável esforço

de escrutínio público que a Câmara tem feito e que nós aqui todos temos

também feito, porque temos observado esses desvios com toda a atenção e

com todo o cuidado e, temos aprovado alguns deles, porque consideramos

que, de facto, que é um trabalho que temos que fazer. E depois ainda há a

informação mensal sobre taxas de execução das referidas operações. Mas,

depois temos aqui a cláusula 6ª que é: “o escrutínio pelos o órgãos municipais”

e temos aqui apenas 2 momentos definidos. Este momento, apresentação dos

instrumentos previsionais e de algumas linhas sobre aquilo que a SRU fez no

ano corrente e depois, temos apenas outro momento definido de escrutínio,

que é: “Apresentação à Camara dos projectos das intervenções em momento

anterior ao início do procedimento para a contratação de respectiva

empreitada” e depois vazio. Não há mais controlo destas empreitadas públicas

neste órgão de eleitos, para além do fecho de contas da SRU, como qualquer

empresa municipal. E, para dizer que, neste momento, o 1º momento é hoje e

temos 37 páginas do plano para 2019, da SRU. Este foi apresentada agora,

mas, muito pouca informação concreta sobre as empreitadas que a SRU terá

em mãos. Falamos apenas de programas, não há designação concreta das

obras, aliás, algumas delas nem temos conhecimento e, basta olhar para a

folha que tem o contrato do mandato sobre o programa de habitação, Renda

Acessível de promoção pública. Eu devo dizer mais uma vez, parece que

estamos sempre a repetir a mesma coisa, o PACA foi o único programa de

habitação Renda Acessível, votado aqui e o PACA não aparece. Bem e é mais

um momento em que nós temos que afirmar isto e constatar, de facto, que há

aqui um PRA que nunca foi votado e que é novo para nós e, nós não temos

conhecimento dele e que deste novo PRA, veio nomeadas diversas operações

das quais desconhecemos tudo. Há o Restelo, Ajuda em Marvila, gostávamos

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de saber o que são? E o que comportam para além da previsão do seu custo?

Que é uma coisa o que acabámos de ver também muito projectiva e portanto,

bastante indefinida.

Depois temos aqui uma última pergunta também sobre a forma de contratação

da SRU sabendo que, o Sr. Presidente disse, em Julho, que há cerca de 30

funcionários que vão da DMPO para a SRU. Estes funcionários vão suprir as

necessidades da SRU, haverá contratação de mais funcionários até na

sequência aqui da constatação recente, de outra empresa municipal? A EMEL

de um jurista que ficou aqui sem resposta, gostaríamos de esclarecer este

ponto e, pensamos que será válido para tornar transparente a atuação das

empresas municipais e da SRU que e a tornar-se gigante em face ao que

comporta este plano para 2019 e que, de facto, não tem aqui qualquer

informação sobre como é que vai gastar com pessoal e que tipo de pessoal irá

contratar? Até porque, uma das dúvidas que temos é, se a SRU terá um

gabinete projecto? Ainda não percebemos isso. Quais são as funções da SRU,

não é? Porque diz: “Projeto toda totalidade do ciclo de vida das intervenções,

projecto, fiscalização empreitadas”, portanto, não percebemos como é que vai

ser isto feito e com que pessoal? E terminar para perguntar mais uma vez,

como é que a CML pretende resolver o problema dos vereadores que estão no

conselho de administração e que não podem responder às atividades sobre as

atividades da SRU? E reiterar o pedido, desde já, que foi uma promessa do Sr.

Presidente, de um parecer jurídico sobre esta situação.

(intervenção imperceptível fora do microfone.)

A Sra. Vereadora Ana Jara (cont): - Ok. Que já está aqui, que apareceu hoje,

portanto, não tivemos tempo de ler. E gostaríamos que venha a solucionar este

problema porque, neste momento não temos interlocutores, quer dizer,

vereadores para responder sobre as atividades da SRU. Os vereadores do

pelouro do Urbanismo e Finanças são os que, naturalmente, defenderiam aqui

as propostas da SRU e, não estão a defender as propostas da SRU, estão

como conselho de administração da SRU. E, pretendemos que se encontre

uma solução para isto, porque não vemos que a sua função seja dirigir

empresas municipais que, estão diretamente relacionadas com a SRU, com a

sua actuação e isto já está a afectar o escrutínio da SRU. Muito obrigada.

O Sr. Presidente: - Muito obrigado. Vereador João Pedro Costa.

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O Sr. Vereador João Pedro Costa: - Muito bom dia a todos, quero

cumprimentar os vereadores, os gabinetes e a administração da SRU que já

pude cumprimentar pessoalmente. Dar nota que o caso da SRU, é para o PSD,

um caso sensível e, que é uma clara expressão de um caminho que o

executivo decidiu seguir de criar, ou ampliar as competências da SRU com um

sentido diferente daquela que era a proposta que foi apresentada nesta sessão

de Câmara, antes dessa decisão ser tomada com sentido diferente do que era

do PSD. O PSD entende que há espaço face à realidade de Lisboa e, ao peso

que tem a reabilitação urbana, para a existência de uma empresa pública de

reabilitação urbana, tal como, há uns anos atrás, ainda no tempo da expansão

da cidade e da criação de novos bairros, havia espaço para termos uma

empresa de habitação como foi a EPUL e portanto, a lógica é a mesma, mas

que, a reabilitação urbana, no nosso entender, abrange um conjunto de áreas e

atividades que vão das obras, mas que vão também das estratégias, dos

programas, da revitalização dos espaços, o vínculo de comunidades e

associações a actividades e um conjunto de outras dimensões que, não

ficaram vertidas na missão da SRU, mesmo que, algumas pudessem depois

ser executadas fora da SRU, caberia, no nosso entender, a esta empresa de

reabilitação urbana, assumir uma visão integrada da reabilitação urbana e uma

perspectiva de coordenação de todas as dimensões da realização urbana. No

nosso entender, o caminho que o Partido Socialista e o Bloco de Esquerda

decidiram seguir, é um caminho pobre e reduzido e de short Vision

relativamente ao que pode ser a reabilitação urbana da cidade. Esta SRU, não

é uma SRU, é uma SRO, é uma Sociedade de Realização de Obras, não tem

mais nenhuma dimensão além desta e, é uma pena, é uma pena para a cidade

e é uma pena para os lisboetas e para quem vive, trabalha e visita Lisboa,

porque é uma visão muito reduzida do que é a reabilitação urbana.

Portanto, quero deixar, desde logo, bem marcada esta diferença de

entendimento, que não tem que ver com a orientação da administração sequer,

nem dos funcionários da SRU, tem que ver com a orientação política que a

Câmara Municipal de Lisboa dá à SRU. Continuamos a achar que, o próprio

nome da SRU revela o equívoco que isto tudo é, porque continua a chamar-se

SRU Lisboa Ocidental. E portanto, qualquer cidadão menos atento ao que é o

dia a dia da actividade da Câmara Municipal de Lisboa continua a achar que

esta SRU intervém na Ajuda, como fazia desde 2004. E que, como existiu

também Lisboa Oriental e a SRU Baixa Pombalina. E portanto, nem sequer o

cuidado houve de ajustar a designação desta SRU, à SRU de Lisboa, ponto,

porque, de facto, na realidade é, uma SRU de Lisboa, incompleta, na nossa

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óptica na sua missão, mas é uma SRU de Lisboa, não é uma se o da Lisboa

Ocidental, isto é, pelo menos, lançador de confusão para quem, fora da

política, olha para esta empresa e não percebe o alcance que tem.

Entendemos também que há aqui uma grande confusão, eu diria aqui, uma

falta de confiança do poder político do executivo na administração da SRU. Eu

não percebo, porque é que os vereadores do Partido Socialista e do Bloco de

Esquerda não designaram um conselho de administração, que não precisa de

ter vereadores, em quem confiam e em quem delegariam todas as suas

missões e todas as suas orientações políticas. E, como vereadores,

naturalmente, poderiam ir todos os dias, quando entendessem, tendo a tutela

da SRU podiam reunir com o conselho de administração da SRU e,

acompanhar a execução das políticas que entenderam conferir à SRU para

desenvolver. Tal como fazem com outras empresas, não é? Não é preciso a

Sra. Vereadora Catarina Vaz Pinto estar no conselho de administração da

EGEAC, há uma confiança no conselho de administração e há a transmissão

de orientações políticas e um trabalho conjunto entre a vereadora e o conselho

de administração da EGEAC, não tem que ter assento no conselho de

administração da EGEAC. E portanto, não percebemos, ou percebemos, há

uma leitura política para esta necessidade de se sentar um vereador no lugar

do conselho de administração mantendo o seu lugar de vereador. E essa

leitura política é que não há confiança num conselho de administração

autónomo para executar as suas políticas. Devo dizer que temos, a título do

que é o perfil de um político, de um autarca, de um político do PSD, gostamos

muito de ver o Sr. Vereador João Paulo Saraiva, com esta função de executivo

de uma empresa. Aliás, fica-lhe bem esse papel e desejamos-lhe de felicidade

nessa função executiva do mundo empresarial, o mundo empresarial fica bem

com o seu perfil e, nós no PSD valorizamos políticos que tenham experiência

do mundo empresarial. E, portanto, não é nada de pessoal, pelo contrário, é

uma valorização que entendemos no seu perfil. Agora, há uma falta de

confiança política deste executivo na SRU porque não é capaz de designaram

um Conselho de administração com autonomia; como têm todas as outras

empresas a municipais. Ou então deixo aqui a pergunta, caminhamos para nas

outras empresas ter a mesma lógica? Vamos ter vereadores do Conselho da

administração da EGEAC da GEBALIS e da Carris? Ou qual é a da EMEL, ou

não? Não é? Qual o citério? Não se percebe. Portanto, a única conclusão que

podemos tirar é quem de facto a Câmara não podemos tirar é que, de facto, a

câmara não foi capaz de constituir um conselho de administração com total

autonomia e isso tem esta leitura política de, ou não há mais quadros em

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Portugal que entendam que possam desempenhar esta função? Que não

acreditamos. Portanto, a leitura é que não há confiança política para uma SRU

com autonomia integral em relação aos vereadores.

Quero também deixar uma nota que, nos preocupa a constituição do quadro do

quadro de pessoal da SRU. Nos preocupa porque percebemos que tem que

crescer, face às competências que tem, mas, não ficou ainda claro para nós. E

portanto pedia ao Sr. Presidente que nos esclarecesse como é que está a

crescer? Qual é o peso das mobilidades internas da Câmara, dos serviços da

Câmara para a SRU, qual é que é o peso das contratações externas?

Já aqui foram feitas perguntas, as actividades de projecto de edifícios, de

espaços públicos vão ser feitas ainda in the house na SRU, vão ser feitas na

Câmara, vão ser contratadas externamente. E, se já nos preocupou, na

Câmara, qual era o critério para a contratação externa de projetos de estrutura

de Engenharia do mais diverso índole, ainda mais nos preocupa agora, não é?

Qual vai ser o critério de contratação de projectos fora? A fiscalização a mesma

coisa, vamos ter fiscalização in the house, feita pela SRU, pelos serviços da

Câmara, vamos ter empresas de fiscalização fora a fazer a fiscalização. Isto

interessa-nos porque, esta actividade de fiscalização é o 1º nível de escrutínio

da execução das obras pelos empreiteiros.

Queremos saber também se, os funcionários da Câmara, que não foram

convidados pelo Conselho de administração da SRU, ou pelos Srs.

Vereadores, para esta mobilidade e têm vontade de não estar na Câmara e

participar na SRU, têm ou não essa oportunidade? Há uma call aberta interna

na Câmara, para que os funcionários se apresentem e possam transferir-se

para a SRU? Há algum concurso interno para que os funcionários da Câmara,

possam transferir-se para a SRU? Em que o critério desta mobilidade da

Câmara para a SRU não seja a confiança pessoal ou a confiança política, mas

seja o mérito e o currículo de cada um dos funcionários da Câmara. É uma

maneira que a nós, nos parece ser a correta de fazer esta mobilidade. É abrir

uma call e os mais competentes com melhor currículo, naturalmente, avaliados

por um júri independente, poderem fazer essa mobilidade ou pelo menos,

aqueles que não foram objeto de convite pessoal e que tenham vontade de vir

trabalhar para a SRU, face às competências que têm ou de esvaziamento de

competências na Câmara, o possam fazer de forma transparente e sem pedir

favores a ninguém, que é o que nos parece razoável na administração pública.

E, finalmente, temos também, enfim, partilhamos, entendemos que é positivo

existir uma empresa municipal de reabilitação urbana, como já pude dizer no

início, achamos é que é, manifestamente insuficiente a sua missão, mas

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também entendemos que é compatível a existência de empresas municipais

com missões relevantes na cidade, com formas de escrutínio. Portanto, o

desafio que deixava a qui ao Sr. Presidente é, além do que está determinado

para o escrutínio desta casa, relativamente ao que vai ser a atividade da SRU,

é se, esta Câmara Municipal, vai poder conhecer os projetos antes de serem

aprovados, se vai poder conhecer os cadernos de encargos e os júris dos

concursos antes de serem lançados, sim ou não? Se vai poder conhecer as

adjudicações antes de serem formalizadas os resultados dos concursos, sim ou

não? Se vai poder conhecer as moques cada vez que existir necessidade de as

fazer antes de serem aprovadas, sim ou não? Ficam estas quatro perguntas,

obviamente, manifesta uma vontade de querer fiscalizar esta atividade, e como

digo, entendemos que o facto de existir uma empresa municipal mais ágil com

outra forma de funcionamento, mais moderna, etc., revemos nesta visão do

setor empresarial, como já pude dizer, não é impeditivo do escrutínio desta

casa, assim existe essa vontade política da parte do Sr. Presidente, muito

obrigado.

O Sr. Presidente:- Muito obrigado. Vereador João Ferreira.

O Sr. Vereador João Ferreira:- Muito obrigado Sr. Presidente. Muito bom dia

a todos. Bom dia também ao conselho de administração da SRU.

A reforçando conjunto de questões já aqui colocados, já aqui colocadas pela

Vereadora Ana Jara, eu queria pedir que nos fosse feita uma apresentação

mais detalhada das várias intervenções em que se desdobram os quatro eixos

do contrato de mandato. Seja na habitação, como foi referido pela Vereadora

Ana Jara, de que intervenções em concreto, estamos a falar? Tendo em conta

a aprovação do programa municipal de arrendamento a custos acessíveis em

Abril, há alguma intervenção associada a este programa sim ou não? Estão

aqui fogos municipais dispersos pela cidade a serem reabilitados sim ou não?

Que tipo de projetos são estes, no fundo?

Em relação às escolas, nós, da listagem que vimos, é listado um conjunto de

escolas a serem intervencionadas, Infante Dom Henrique, Jorge Barradas, Ator

Vale, Arquiteto Ribeiro Telles, Santa Maria, Eurico Gonçalves, Santo António,

Teixeira de Pascoaes, Santo Condestável e JI Benfica, e, Convento do

Desagravo. Não estão aqui situações que aguardam intervenção há muito, por

exemplo, a escola EB 1 Telheiras, cuja intervenção deveria ter arrancado este

ano e não arrancou. Foi dito à direção da escola e do agrupamento e aos pais,

queria arrancar impreterivelmente em 2019, mas não encontramos nada sobre

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esta escola. Como é? Vai ou não haver intervenção na EB 1 de Telheiras? A

julgar pelos documentos que nos foram distribuídos, depreendo que não. Mas

queria que pudesse ser feita essa confirmação.

Centros de Saúde e espaço público, se puder ser também feita uma

apresentação mais detalhada de cada uma das intervenções previstas, porque

enfim, convínhamos que só mesmo assim é que pode haver um escrutínio

digno desse nome, de facto. E, reforçando as palavras da Vereadora Ana Jara,

isto assim é muito pouco. Muito obrigado.

O Sr. Presidente:- Muito obrigado. Vereador João Gonçalves Pereira

O Vereador João Gonçalves Pereira:- Muito obrigado Sr. Presidente. Fazer

algum comentário e reforçar aqui perguntas foram feitas.

A primeira, relativamente à intervenção do Vereador João Pedro Costa, eu

queria dizer que acompanho parte, mas depois há ali, um vício de forma

relativamente a parte da SRU e a sua designação. A empresa chama-se

Sociedade de Reabilitação Urbana de Lisboa Ocidental, quanto à questão do

Ocidental e do Oriental, estamos de acordo como é evidente, quanto à

designação em si, é que não podemos estar de acordo. E, não estamos de

acordo por uma razão formal. Ou seja, as empresas, as Sociedades de

Reabilitação Urbana têm um enquadramento jurídico específico, e elas fazem

apenas reabilitação urbana. O que está aqui em causa, é uma empresa que

não faz. O que se diz, é que faz reabilitação urbana e obra nova. Se é obra

nova, não entra naquele regime jurídico… não entra Sr. Presidente, não entra,

não vale a pena…. Os dois não somos juristas, mas, não entram porque eu

tenho ouvido vários juristas que vão nesse sentido. Portanto, não sendo… os

senhores tentam é fazer aqui uma habilidade. Quer dizer que a reabilitação do

espaço público, ou seja, que as obras em espaço público, que são obras

novas, são considerados reabilitação. Mas não é isso o espírito daquilo que

está na lei.

E, portanto, o que eu diria é que a própria designação em si, é uma designação

infeliz, não devia dizer Sociedade de Reabilitação Urbana, e muito menos

Ocidental. Tanto que, porque extravasa aquilo que é um enquadramento

jurídico das sociedades de reabilitação urbana e esta SRU, claramente que

insuflou, face aquilo que é a sua dimensão orçamental, de atividade, e que este

insuflar deve-se precisamente, não à questão da reabilitação urbana, mas é

muito por parte da obra nova.

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Queria aqui, só pedir um esclarecimento relativamente à história do momento

anterior. O que é isto momento anterior? O momento anterior aqui é um dia? É

uma semana? São 2 meses? São 6 meses? O que é que é isto? E depois

quando ouço o Vereador João Pedro Costa, dizer aqui que quer ter

conhecimento disto, quer ter conhecimento daquilo, eu digo, oh Sr. Vereador,

eu não quero ter conhecimento, eu quero é decidir. Porque as competências

são da Câmara, estas competências são do município e cada um dos

Vereadores. Devia tomar uma decisão e uma posição sobre cada uma das

intervenções, porque o conhecimento do caderno de encargos, do júri…. Eu

digo assi, está bem, mas venho cá ter conhecimento do quê? Quer dizer, a

Câmara pode decidir alguma coisa? Pode alterar alguma coisa que esteja a ser

proposta? Não pode. É apenas um mero conhecimento. E a pergunta fica, já

agora, sobre o mero conhecimento do que é que é isto do momento anterior.

Que eu acho que deveria ser clarificado. Isto, para além das questões do

pessoal, que coloquei. Muito obrigado.

O Sr. Presidente:- Muito obrigado. Vereador João pedro Costa.

O Sr. Vereador João Pedro Costa:- Sr. Presidente, muito obrigado. Só dar

nota, porque provavelmente não fui bem entendido no que quis dizer, o

conhecimento obviamente, é com todas as competências que esta Câmara

tem, de pronunciar sempre sobre qualquer matéria em que está em apreço.

Mesmo que esteja deliberação da Câmara, terá pois que ser cumprida pela

empresa. Portanto, é obviamente que é nesse sentido. Muito obrigado.

O Sr. Presidente:- Srs. Vereadores, não registo mais pedidos de intervenção,

posso então pedir ao Conselho de Administração que dê as respostas sobre as

matérias constantes na Proposta, sobre o plano e eu depois darei

relativamente às restantes.

A Sra. Presidente da SRU, Inês Usha:- Em relação à questão das

competências, apesar de já termos na nossa apresentação, mas se calhar foi

problema de comunicação nosso, as competências que a SRU tem neste

momento, são exatamente as mesmas que tem desde a revisão do estatuto em

2014. Em 2015 foi celebrado um contrato-programa com a Câmara que previa

17 intervenções de reabilitação urbana, fora da sua área de intervenção e em

tipologias de obras que são em tudo idênticas àquelas que se preveem agora.

Por isso, não existem novas competências, pelo contrário, saíram da SRU as

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competências de gestão urbanística. Acho que é importante esclarecer este

ponto e repeti-lo as vezes que forem necessárias.

Relativamente à questão dos recursos humanos, como já foi informado noutros

momentos, o aumento de recursos humanos na SRU, vai fazer-se

essencialmente através da transferência de funcionários da Câmara para a

SRU, através de ACIP’s que são acordos de cedência de interesse público. É

uma figura utilizada genericamente em todas as empresas municipais, não

creio que exista uma empresa municipal que não utiliza esta figura. O que

significa que o acréscimo de despesa que se verifica do lado da SRU,

corresponde a um decréscimo do lado da Câmara, uma vez que os salários

que eram suportados pela Câmara passam a ser suportados pela SRU.

Portanto, parte deste aumento que se verifica no subsídio de exploração da

SRU, que cresce efetivamente tem que crescer, estamos a falar na estrutura de

12 pessoas passámos para cerca de 50. Há uma transição entre orçamentos,

no fundo, há uma diminuição respetiva no lado do orçamento da Câmara,

relativamente a estes valores.

Também importa dizer que, dentro deste valor de 3 milhões, não são as

despesas dos custos com pessoal, como aliás, resulta dos mapas anexos ao

plano. São cerca de 2 milhões, o valor restante tem a ver com custos de

instalação, com a adoção de ferramentas informáticas que permitam como

referimos, este propósito de crescimento sustentado e verdadeiramente

equilibrado e assente numa forma de gerir empreitadas mais empresarial, de

facto e se é esse o objetivo.

Relativamente aos funcionários que farão este caminho, foi uma escolha muito

natural, porque o que se passou é que estamos a transferir programas que já

estavam em curso do lado da Câmara e, portanto, as pessoas que estão…

algumas já vieram e outras que estão a pensadas ser transferidas para a SRU,

o a com a sua vontade pessoal, obviamente, é um acordo a três partes, são

precisamente aquelas que já estavam a fazer este trabalho, do lado da Câmara

e que agora vão fazê-lo em moldes diferentes, no âmbito de uma empresa que

vai funcionar necessariamente de uma forma diferente do que funcionam os

serviços municipais. Vão funcionar com mais autonomia, com mais

responsabilidade, é uma estrutura que efetivamente face ao volume de

investimento que vem com ela, é uma estrutura bastante minimalista. Apesar

do que dos comentários que foram feitos relativamente ao crescimento, é uma

estrutura minimalista 50 pessoas para executar 28 milhões de Euros de

investimento não é nenhum exagero.

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Nós fizemos, aliás, o exercício que é saber quanto custa em termos de

funcionamento, quanto custava e quanto passa a custar em termos de

funcionamento, cada milhão de investimento? E se fizerem essa conta, que até

eu, jurista, consegui fazer, vão chegar à conclusão que custos, mesmo

considerando este valor que não é de custos com pessoal, os custos são

exatamente os mesmos, portanto, não estão a aumentar proporcionalmente ao

crescimento de investimento que a empresa vai ter.

Entrando agora nas questões mais concretas dos projetos específicos que

estão previstos em cada um dos contratos de mandato, relativamente à

habitação, não estão incluídas na no contrato de mandato as frações

dispersas, esses quatro projetos que estão elencados são projetos novos, são

construção nova. Podemos fazer apresentações mais detalhadas e, aliás, o

objetivo, o que consta relativamente ao escrutínio pelos órgãos municipais no

contrato, é um mínimo. Estamos disponíveis para vir cá sempre que for

considerado necessário e oportuno, apresentar em detalhe todas as questões

sobre as quais houver dúvidas.

Em relação à habitação e em relação aos outros eixos, a SRU não está

sozinha a fazer todas as obras. O que aconteceu, ao contrário que se faz crer

que a SRU vai açambarcar todas as obras que o município vai fazer, não é de

todo essa a realidade. Em relação às escolas, por exemplo, a escola de

telheiras que aqui não consta, será realizada pelos serviços da Câmara e bem

como assim uma série de outras que aqui não constam da lista. Portanto,

houve uma distribuição das obras, no sentido do aumento de eficácia e que

esperamos poder contribuir para ela.

Relativamente aos Centros de Saúde, a lista é conhecida, é a que consta do

protocolo que foi assinado com a ARS em 2017, e, no fundo, vem dar

continuidade ao trabalho que já vem sendo feito, mas podemos fazer uma

apresentação mais detalhada relativamente aos projetos que já estão

concluídos. E, à medida que eles estejam concluídos, vir apresentá-los

estamos totalmente disponíveis para isso.

O Sr. Presidente:- Vereador João Pedro Costa.

O Sr. Vereador João Pedro Costa:- Muito obrigado Sr. Presidente. Dou aqui

um esclarecimento que se calhar ainda aproveitava para pedir à Administração

da SRU, a pergunta é, os funcionários que transitem da Câmara para a SRU,

acabou de dizer que vão ter mais autonomia e mais responsabilidade nas

nossas funções, a minha pergunta é, vão manter exatamente o mesmo salário

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que tinham na Câmara Municipal de Lisboa, ou vão ter um incremento, e qual é

o valor médio do incremento a existir? o valor médio do incremento salarial que

estes funcionários vão ter? E, a reforço esta pergunta para ter um sim ou não

objetivo. Além dos convites pessoais por mútuo acordo, naturalmente, pois

pessoas aceitaram, para existir esta mobilidade para a SRU, a SRU tenciona

abrir ou não tenciona abrir, neste caso a Câmara Municipal tenciona abrir…

não é a SRU que o faz, é a Câmara, abrir um concurso interno determinadas

funções na SRU, qualquer funcionário da Câmara que se entenda habilitar para

desempenhar essas funções possa concorrer, apesar de não ter sido

convidado pela Vereação. Muito obrigado.

O Sr. Presidente:- Muito obrigado. Sr. Vereador João Gonçalves Pereira.

O Sr. Vereador João Gonçalves Pereira:- Muito obrigado Sr. Presidente,

muito obrigado Sra. Dra. pelas explicações. Queria apenas que pudesse

concretizar um pouco mais um bocadinho no sentido em que dizia o Vereador

João Pedro Costa. Ficou aqui dito que a SRU vai ter cerca de 50 funcionários.

Foi isto que foi dito pelo Sra. Administradora e gostaria de saber se estes 50

funcionários, são funcionários camarários todos eles, ou se há outro tipo de

contratações que não sejam por via da tal cedência de interesse público. E, no

caso dos funcionários da Câmara, sendo estes os 50, se há um bónus, um

suplemento, pelo facto de irem trabalhar para esta sociedade.

Era importante também perceber, dentro daquilo que é o quadro de atribuições

e de novas de competências/responsabilidades da própria da própria SRU, que

meios é que a SRU não tem e que vai ter que externelizar. Ou seja… e isso

também é importante para perceber, porque uma empresa municipal, pode-se

dizer que tem 30, 50 ou 100 funcionários, mas se calhar, se tiver apenas 10 ou

20 ou 30 ou 50, se calhar, há recursos que vai ter que ir buscar fora. Que

recursos são esses? ou não haverá necessidade da existência de

externalizações por parte da empresa? Muito obrigado.

O Sr. Presidente: - Srs. Vereadores, posso pedir depois só para concluirmos

isto e avançarmos, não, o Vereador Pedro Costa pediu de novo a palavra.

O Sr. Vereador Pedro Costa: - Tem razão, Sr. Presidente, só para dar nota

que estão ai 2 perguntas que não foram respondidas, que entretanto estava a

verificar as notas, é a questão dos Projectos e da Fiscalização, vão ser in the

house, vão ser externos e sendo externos, vão ser por entrega directa ou vão

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ser através de Concurso Público, nomeadamente, por exemplo, os Projectos

de Arquitectura. Muito obrigado.

O Sr. Presidente: - Vereadora Ana Jara.

A Sr.ª Vereadora Ana Jara: - Então agradeço as respostas, nomeadamente

em relação aqui a esta questão, que é a da relação entre, entre SRU/Município,

e depois Município e o Órgão de Escrutínio do Município, não é, que é aqui que

eu acho que está de facto a faltar qualquer coisa, porque há, de facto há uma

intenção, diz a aqui o documento nos entregaram, que há uma intenção de

robustecimento do reporte que a SRU vai fazer ao Município, enfim, vai fazer

ao Município, ao Urbanismo do município, que é de facto sob a tutela de um

dos Membros do Conselho de Administração da SRU, não sei se isto é muito

interessante se não passar, de facto, pelo escrutínio dos Órgãos que são

eleitos para de facto fazer essa avaliação.

Enfim, vai haver um reporte de trimestral para além de, obedecendo a uma

lógica empresarial, como disse a Sr.ª Directora, uma lógica empresarial que vai

aumentar a eficácia, vai aumentar a eficácia, mas vai-se perder em

transparência, este é que é, é aqui que reside a questão e que a que todos nos

preocupa, que é exactamente, e a validação política que é de facto uma grande

questão, não é, porque este momento anterior também está por esclarecer, há

2 momentos não é, há o momento que é este, que é Plano 2019.

E há outro momento que nós não sabemos, que está bastante indefinido e até

agora não nos trouxeram nada de facto concreto, não sabemos o que é, o que

significa o momento da apresentação no momento anterior, não sei, acabou a

Sr.ª Directora de dizer que se prontifica para responder, mas as coisas não

podem ficar assim, se prontifica a pedido, nós temos que ter esta informação

regularmente, nós temos que ter acesso a esta informação, a Câmara, o

Urbanismo, a SRU, já não sei, porque isto de facto torna-se muito confuso, tem

que ter a responsabilidade de informar o Órgão de Eleitos sobre o que é que se

passa em termos de actividades e propostas que entrem aqui sobre a forma de

propostas e propostas concretas, como tem vindo a ser, de facto, a prática na

relação com os Serviços de Urbanismo, não se pode perder, de facto, para

aligeirar, para ganhar eficácia, para tentar outras lógicas, que são, quer dizer,

que são legitimas, porque há Empresas Municipais e nós não somos contra as

Empresas Municipais, mas quer dizer, mas não pode haver Empresas

Municipais que no fundo tenham esta Competência, que era anteriormente de

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Urbanismo da Câmara Municipal, e que de facto funciona numa lógica própria,

que não tenha de facto relação com e ligação ao Órgão de Eleitos.

E isto é uma preocupação, já foi uma preocupação noutras reuniões, neste

momento estamos a ter o 1.º momento em que estamos a ter a SRU de facto

com alguma autonomia e aquilo que nos apresenta é muito fraco, porque é um,

são 37 páginas a letra 14, para aí, com muito pouca informação, é

objectivamente isto, e portanto isto começa, de facto, a ser uma ponta do

icebergue, não é, é uma ponta do icebergue SRU, que nós, de facto, não

compreendemos e queremos, de facto, que seja de outra maneira e tem que

haver um compromisso para que seja doutra maneira. Muito obrigada.

O Sr. Presidente: - Muito bem, Srs. Vereadores, se não há mais questões, eu

passo a palavra ao Conselho de Administração da SRU e eu próprio depois

encerro este Ponto para votarmos.

Sr.ª Administradora.

A Sr.ª Administradora da SRU: - Relativamente ao reporte, o momento

anterior a que nos referimos é um momento em tempo útil, é um momento

antes do lançamento dos Procedimentos da Empreitada e corresponde, na

prática, ao mesmo momento em que este Executivo conhece os Projectos que

são desenvolvidas internamente na Câmara, os Projectos que são feitos na

Câmara também são conhecidos aqui em Reunião de Câmara, aquando do

lançamento das Empreitadas.

Nós, na SRU, como vamos ter autonomia para as contratar, vamos trazer

antes, portanto ainda há um quase uma vantagem relativamente ao que é

praticado e questiona também, qual era o reporte que era feito no âmbito do

anterior Contrato, o tal que previa as 17 intervenções que estão em curso

desde, que está em curso desde 2015, no âmbito desse Contrato, os Projectos

eram desenvolvidos internamente pelos Serviços Municipais e remetidos à

SRU, portanto, nós estamos a falar de um efectivo acréscimo e robustecimento

e acho que temos mesmo que insistir em frisar, porque há um robustecimento

dos mecanismos de reporte, em resposta também às questões que foram

colocadas.

Relativamente às questões salariais. As pessoas que vão transitar, que vão em

Acordo de Cedência de Interesse Público para a SRU, vão beneficiar das

condições que existem na SRU, na SRU praticasse, por exemplo, a isenção do

horário de trabalho com o acréscimo remuneratório que a Lei prevê, portanto,

as pessoas que é o que a Lei estipula, é que o vinculo mantém-se à Câmara,

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mas que as pessoas passam a ter a sua relação laboral diária e ao nível

remuneratório com a Empresa, e neste caso, a Empresa já tinha uma Tabela

Remuneratória, já tinha condições estabelecidas, e uma delas é a isenção de

horário de trabalho e naturalmente que os Trabalhadores do Município irão

beneficiar dessas condições que, reforço, já existiam na Empresa.

Relativamente aos Projectos e Fiscalização. A lógica é que haja uma

contratação externa, quer de Projectos, quer de fiscalização, sem prejuízo de

alguns Projectos poderem ser desenvolvidos internamente, aqueles que forem

considerados estratégicos, todos eles, quer os contratados fora, quer os

realizados internamente pelos meios próprios da SRU, farão o mesmo caminho

em termos de reporte e escrutínio pelos Órgãos Municipais, a esse propósito

dos Projectos, posso informar que estamos neste momento a preparar um

Concurso Público Internacional para projectos na Área da Habitação, portanto

estamos sujeitos, ao contrário também do que já, do muito ruído que se fez,

exactamente às mesmas Normas de Contratação Pública a que o Município e

as restantes Empresas Municipais estão sujeitas, portanto não há aqui

nenhuma novidade.

O Sr. Presidente: - Muito obrigado, Srs. Vereadores, peço desculpa, vamos

poder encerrar como, não quero cortar a palavra, mas temos que prosseguir,

não, senão continuamos aqui eternamente, sim, Sr. Vereador, admito, mas não

podemos continuar aqui eternamente.

O Sr. Vereador Pedro Costa: - Oh Sr. Presidente, é só um esclarecimento,

agradeço a resposta, a questão do Convite versus Concurso não foi

respondida, mas também está-me a dizer que os Funcionários da Câmara vão

receber de acordo com a Tabela Salarial que já existia na SRU.

Quer isto dizer que um Arquitecto que tinha uma determinada remuneração de

acordo Tabela Salarial da Câmara, terá outra Tabela Salarial na SRU, ou um

Jurista, ou, portanto, manterão, há uma correspondência entre a Tabela

Salarial da SRU e a da Função Pública que regula a Câmara, ou a Tabela da

SRU é diferente, e portanto, nós queremos saber, na prática, um Funcionário

sai da Câmara e chega à SRU, qual é a sua condição remuneratória nova?

O Sr. Presidente: - Muito bem, Srs. Vereadores, eu peço-vos mesmo, porque

senão nós não que não sairemos disto o dia todo, peço-vos a última questão e

vamos avançar, está bem? Sr.ª Vereadora.

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A Sr.ª Vereadora Ana Jara: - Só uma nota. Realmente, desde 2014 que a

SRU tem esta prática, não quer dizer que nós concordemos, aliás foi muito

esclarecedor isto, porque de facto, a SRU não tem um Gabinete de Projecto,

Contrata não sabemos, não tem, pronto e nem vai ter, não é, é essa a

resposta.

A Sr.ª Administradora da SRU: - Tem e vai ter, só que não vão todos os

Projectos ser feitos internamente.

O Sr. Presidente: - Oh Sr.ª Administradora, peço que aguarde que lhe dê a

palavra, está bem, senão isto fica ingerível.

A Sr.ª Vereadora Ana Jara: - Mas vai produzir Projectos?

O Sr. Presidente: - Sr. Vereadora, importa-se de concluir a sua pergunta, é

essa, muito bem.

Sr. Vereador João Carlos Pereira, por favor.

O Sr. Vereador João Carlos Pereira: - Sr. Presidente, era, pedi apenas o

detalhe relativamente à questão dos Funcionários, confirmar quantos, se estes

50 são todos da Câmara ou não são? Não vou repetir a mesma questão, penso

que a Sr.ª Administradora ouviu a minha questão.

O Sr. Presidente: - Muito bem, Sr.ª Administradora, por favor, para responder

a estas 3 questões.

A Sr.ª Administradora da SRU: - Voltando aos Funcionários, destes 50, a

esmagadora maioria são Funcionários Municipais, há algumas contratações

que terão de ser feitas fora, de forma também a não desfalcar a equipa que fica

na Câmara, penso que isso é evidente.

Relativamente ao Projecto, já tinha referido, alguns Projectos serão feitos

internamente pela Equipa de Projecto própria da SRU, mas a maioria serão

contratados externamente, estamos a lançar neste momento, a preparar um

Concurso Público Internacional para esse efeito.

A outra questão dos acréscimos remuneratórios. O acréscimo remuneratório

que as pessoas, que os Funcionários da Câmara receberão na sua transição

para a SRU é a titulo de isenção de horário de trabalho, que é no regime e com

os valores que são praticados já actualmente na SRU; em relação às Tabelas

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Remuneratórias, elas não são, nenhuma das Tabelas Remuneratórias das

Empresas Municipais é coincidente com a Tabela Remuneratória do Estado,

assim como nas Empresas Públicas, as Tabelas não são coincidentes com as

Tabelas do Estado, mas é Tabela que já existe há muitos, muitos anos na

SRU.

Eu, essa parte de Concursos para a ACIP, eu confesso-lhe a minha ignorância,

não sou especialista em relações de Emprego Público, mas não a encontro na

Lei, para concluir, serão obviamente escrutinados a nível curricular, com as

exigências que a Lei tem para uma Empresa Municipal, que não são as

mesmas que tem um município, naturalmente.

O Sr. Presidente: - Muito bem, muito obrigado.

Srs. Vereadores, eu acho que nós, quer dizer, podíamos continuar aqui durante

várias semanas a discutir a solução adoptada relativamente ao papel da SRU,

e grande parte das intervenções dos Srs. Vereadores são a cópia decalcada do

debate que aqui tivemos há uns meses atrás quando se aprovaram as

Orientações Estratégicas.

Na altura, Sr. Vereador, não tem, podemos usar todos os momentos para os

massacrarmos uns aos outros, repetindo exactamente os mesmos argumentos,

se achamos que isso convence alguém, a técnica do massacre, não acho que

isso acrescente nada.

Sobre o modelo e por isso não me alongarei em muitos comentários sobre isto,

o modelo que nós estamos a fazer, resulta de uma avaliação que temos, aliás

partilhada por muitos na Câmara de Lisboa quanto, por um lado, à importância

de reforçarmos a capacidade do que é a grande manutenção de âmbito

preventivo e reparativo, que se traduz na manutenção e criação, na

manutenção ou da concentração da anterior de DMPO, que concentrava a

Grande Central de Compras em matéria de obra da cidade de Lisboa, a

Câmara de Lisboa, quer de obra nova, quer de reparação e manutenção em

todos os Subsistemas da Cidade.

E por isso, que se faz é uma primeira opção, que é dizer, temos uma Direcção

Municipal concentrada em grande manutenção e reparação; e em segundo

lugar, a concentração de capacidade de produção própria, em particular no

domínio da habitação, que é uma crítica também, ou melhor, uma orientação,

creio eu, partilhada de forma unânime por todos.

Relativamente ao modelo, optou-se por seguir e testar um modelo que teve de

forma evolutiva face ao que nós temos, que é a Sociedade, a partir da

Sociedade de Reabilitação Urbana, e adoptar uma prática que vimos em

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algumas câmaras municipais e um modelo vários campos municipais, um deles

com particular êxito, que é o modelo da Câmara do Porto. Este modelo foi

muito inspirada Câmara do Porto, não consigo reportar se a sua constituição,

não, é anterior, o modelo da Sociedade de Obras é anterior, é anterior, o

modelo da Sociedade de Obras do Porto é, não sei qual é o nome, uma

Sociedade de Gestão de Obras ou uma Sociedade de Projectos e Obras.

Não, não é a SRU do Porto, a nossa SRU evoluiu, como aliás a SRU do Porto

vai evoluir, o Sr. Vereador consegue fazer um debate sobre isto, sem se

aperceber que a principal competência das Sociedades de Reabilitação

Urbana, que é a Gestão Urbanística, que foi por nossa opção retirada, a

capacidade de licenciamento, ainda há pouco dias o Sr. Vereador não se tinha

apercebido disso.

As Sociedades de Reabilitação Urbana tiveram naquela configuração, uma

orientação, uma missão, um sentido, num momento em que o tempo era outro

e que o próprio investimento privado não tinha o papel que tem na Reabilitação

Urbana, e que era preciso sinalizar as prioridades de investimento público e

também haver intervenção integrada desse âmbito, não é esse modelo que

nenhuma das cidades está a seguir, eu falo é que este modelo de gestão e de

governação, é um modelo que Lisboa não tinha, falo, a participação de

Vereadores e que que foi testado, na minha opinião com êxito e com

estabilidade no Porto há muitos anos que existe no Porto, não consigo reportar

exactamente o Mandato, não sei se anterior ao Presidente Rui Rio, de certeza

no Mandato do Presidente Rui Rio, actualmente nos mandatos do Presidente

Rui Moreira, mantém-se estatutariamente como Administradores.

A nossa opção vai neste sentido, eu não excluo que num futuro se venha a

considerar que não é assim e que autonomizam as funções, não me custa esse

procedimento, mas creio que ganharemos, aliás, todos, nesta fase, que isto

assim seja.

Relativamente aos Projectos em concreto. A Câmara, todos os Projectos, aliás,

constam como anexos dos Contratos de Mandatos, estão lá listados os

Projectos que estão vão ser desenvolvidos, todos eles, creio eu, ou a

generalidade deles, todos eles, aliás, já foram alvo de pronunciamento da

Câmara, falo por exemplo dos Centros de Saúde, quer no âmbito Protocolo,

quer no âmbito da própria Empreitada, muitos outros, aliás, são de transições,

de Projectos que já foram aprovados e que se transitaram para o seu início, e

por isso, não creio que seja daí que se resultará qualquer questão sobre essa

matéria, e por isso, iremos aprendendo na gestão deste modelo, que eu creio

que será benéfico e que tem que ser visto os 2 lados, quer do ponto de vista da

Page 23: PROPOSTA N.º 712/2018 - APROVAR AS ORIENTAÇÕES ... · Vereadores que li os pareceres do departamento jurídico, e considero que a interpretação do Tribunal de Contas sobre esta

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capacidade de execução de obra na Sociedade, quer também, na capacidade

de execução das grandes obras de conservação e manutenção do lado da

Câmara que tem hoje, que terão um papel reforçado.

Srs. Vereadores, posto este Ponto, vamos então passar à votação das 2

Propostas, a 712 e a 713. Srs. Vereadores, posso pedir, podemos votar em

conjunto os 2 Pontos? Podemos, muito bem. Então vamos votar os Pontos 1 e

2, a Proposta 712 e 713/2018. Quem vota contra? Quem se abstém? As

Propostas foram aprovadas, com os votos contra do CDS, do PSD e do PCP, e

o voto a favor dos restantes Vereadores.

Declaração de Voto dos Vereadores do CDS, Declaração também do Bloco de

Esquerda.

O Sr. Presidente pôs à votação as Propostas 712 e 713/2018, as quais foram

aprovadas por maioria com 9 votos a favor (6PS, 2Ind. e 1BE) e 7 votos contra

(4CDS/PP, 1PPD/PSD e 2PCP)

Os Srs. Vereadores do CDSPPD/PSD e do Bloco de Esquerda apresentaram

declaração de voto.

O Sr. Presidente: - Srs. Vereadores, muito obrigado, damos por concluída esta

Reunião e peço-os que se mantenham nos vossos lugares e vamos dar inicio

segunda reunião do dia.