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1 MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ANEXO I PROPOSTA PARA ESTRUTURAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR

PROPOSTA PARA ESTRUTURAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE … DE... · As associações e cooperativas de catadores se organizam e formam as redes de catadores, somando forças para a realização

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ANEXO I

PROPOSTA PARA ESTRUTURAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE

CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS DE CAMPINA

GRANDE DO SUL - PR

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SUMÁRIO

1. ASSOCIAÇÃO E COOPERATIVA SEGUNDO AS LEIS VIGENTES ................. 3

2. HISTÓRICO DA LEGISLAÇÃO PERTINENTE AOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS ...................................................................................... 6

3. DIFERENÇA ENTRE ASSOCIAÇÃO E COOPERATIVA ................................... 8

4. FORMALIZAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS ......................................................................................................... 14

4.1 ASSOCIAÇÃO DE CATADORES........................................................................................................ 14

4.2 ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DO MUNICIPIO DE

CAMPINA GRANDE DO SUL ...................................................................................................................... 15 4.2.1 1 ª ETAPA ...................................................................................................................................... 15 4.2.2 2 ª ETAPA ...................................................................................................................................... 16 4.2.3 3 ª ETAPA ...................................................................................................................................... 19 4.2.4 4 ª ETAPA – PRÉ OPERACIONAL ............................................................................................... 20

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 28

6. ANEXO I – MODELO DE ESTATUTO SOCIAL ............................................... 30

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1. ASSOCIAÇÃO E COOPERATIVA SEGUNDO AS LEIS VIGENTES

Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu

Capítulo I:

Art. 5º “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,

garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a

inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade, nos termos seguintes:

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

Segundo a Lei Federal n.º 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que estabelece o

Código Civil:

Art. 53: Constituem-se as associações pela união de pessoas que se

organizem para fins não econômicos.

Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: I - a denominação, os fins e a sede da associação; II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; III - os direitos e deveres dos associados; IV - as fontes de recursos para sua manutenção; V - o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; (Alterado pela Lei nº 11.127, de 28/06/2005) Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais.

Segundo a Lei n.º 5.764, de 16 de Dezembro de 1971, a qual define a Politica

Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas:

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Art. 1° Compreende-se como Política Nacional de Cooperativismo a atividade decorrente das iniciativas ligadas ao sistema cooperativo, originárias de setor público ou privado, isoladas ou coordenadas entre si, desde que reconhecido seu interesse público.

CAPÍTULO II: Das Sociedades Cooperativas:

Art. 3° Celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro. Art. 4º As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades pelas seguintes características: I - adesão voluntária, com número ilimitado de associados, salvo impossibilidade técnica de prestação de serviços; II - variabilidade do capital social representado por quotas-partes; III - limitação do número de quotas-partes do capital para cada associado, facultado, porém, o estabelecimento de critérios de proporcionalidade, se assim for mais adequado para o cumprimento dos objetivos sociais; IV - inacessibilidade das quotas-partes do capital a terceiros, estranhos à sociedade; V - singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais, federações e confederações de cooperativas, com exceção das que exerçam atividade de crédito, optar pelo critério da proporcionalidade; VI - quórum para o funcionamento e deliberação da Assembleia Geral baseado no número de associados e não no capital; VII - retorno das sobras líquidas do exercício, proporcionalmente às operações realizadas pelo associado, salvo deliberação em contrário da Assembleia Geral; VIII - indivisibilidade dos fundos de Reserva e de Assistência Técnica Educacional e Social; IX - neutralidade política e discriminação religiosa, racial e social; X - prestação de assistência aos associados, e, quando previsto nos estatutos, aos empregados da cooperativa; XI - área de admissão de associados limitada às possibilidades de reunião, controle, operações e prestação de serviços. Art. 6º As sociedades cooperativas são consideradas: I - singulares, as constituídas pelo número mínimo de 20 (vinte) pessoas físicas, sendo excepcionalmente permitida a admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto as mesmas ou correlatas atividades econômicas das pessoas físicas ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos; II - cooperativas centrais ou federações de cooperativas, as constituídas de, no mínimo, 3 (três) singulares, podendo, excepcionalmente, admitir associados individuais; III - confederações de cooperativas, as constituídas, pelo menos, de 3 (três) federações de cooperativas ou cooperativas centrais, da mesma ou de diferentes modalidades. § 1º Os associados individuais das cooperativas centrais e federações de cooperativas serão inscritos no Livro de Matrícula da sociedade e classificados em grupos visando à transformação, no futuro, em cooperativas singulares que a elas se filiarão. § 2º A exceção estabelecida no item II, in fine, do caput deste artigo não se aplica às centrais,

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CAPÍTULO IV: Da Constituição das Sociedades Cooperativas

Art. 14. A sociedade cooperativa constitui-se por deliberação da Assembleia Geral dos fundadores, constantes da respectiva ata ou por instrumento público. Art. 15. O ato constitutivo, sob pena de nulidade, deverá declarar: I - a denominação da entidade, sede e objeto de funcionamento; II - o nome, nacionalidade, idade, estado civil, profissão e residência dos associados, fundadores que o assinaram, bem como o valor e número da quota-parte de cada um; III - aprovação do estatuto da sociedade; IV - o nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos associados eleitos para os órgãos de administração, fiscalização e outros. Art. 16. O ato constitutivo da sociedade e os estatutos, quando não transcritos naquele, serão assinados pelos fundadores.

CAPÍTULO VIII: Dos Associados:

Art. 29. O ingresso nas cooperativas é livre a todos que desejarem utilizar os serviços prestados pela sociedade, desde que adiram aos propósitos sociais e preencham as condições estabelecidas no estatuto, ressalvado o disposto no artigo 4º, item I, desta Lei. § 1° A admissão dos associados poderá ser restrita, a critério do órgão normativo respectivo, às pessoas que exerçam determinada atividade ou profissão, ou estejam vinculadas a determinada entidade. § 2° Poderão ingressar nas cooperativas de pesca e nas constituídas por produtores rurais ou extrativistas, as pessoas jurídicas que pratiquem as mesmas atividades econômicas das pessoas físicas associadas. § 3° Nas cooperativas de eletrificação, irrigação e telecomunicações, poderão ingressar as pessoas jurídicas que se localizem na respectiva área de operações. § 4° Não poderão ingressar no quadro das cooperativas os agentes de comércio e empresários que operem no mesmo campo econômico da

Segundo a Lei 11.445/07, permite que o poder público contrate as

associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis para realizar

serviços de coleta seletiva no município. O Decreto 7.217/10 regulamenta está lei e

considera que os catadores são prestadores de serviços públicos de manejo de

resíduos sólidos e não apenas mão de obra terceirizada.

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2. HISTÓRICO DA LEGISLAÇÃO PERTINENTE AOS CATADORES DE

MATERIAIS RECICLÁVEIS

Segundo a o Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos

Catadores de Materiais Reutilizáveis e Reciclagem – CIISC, do Ministério do Meio

Ambiente – Governo Federal (2013), pode-se destacar no marco legal do movimento

nacional dos catadores de materiais recicláveis, na busca de melhoria das politicas:

O Código Brasileiro de Ocupações – 2002

Reconhecimento da categoria profissional de catador de material reciclável.

O Decreto n° 5.940, 2006

Instituição da Coleta Seletiva Solidária, com destinação dos materiais

recicláveis para os Catadores dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e

entidades da administração pública federal direta e indireta.

A Lei n° 11.445, 2007

Permite que o poder público municipal contrate Cooperativas e

Associações de Catadores, com dispensa de licitação, para a realização de serviço

de coleta de resíduos sólidos nos municípios.

O Decreto nº 7.217, 2010

Regulamenta a Lei 11.445/07 e no artigo 2º, §3º trás que “Para os fins do

inciso VIII do caput, consideram-se também prestadoras do serviço público de

manejo de resíduos sólidos as associações ou cooperativas, formadas por pessoas

físicas de baixa renda reconhecidas pelo Poder Público como catadores de materiais

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recicláveis, que executam coleta, processamento e comercialização de resíduos

sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis”.

A Lei 12.305, 2010

Política Nacional de Resíduos Sólidos que objetiva, entre outros, a gestão

integrada de resíduos e da prioridade, nas aquisições e contratações

governamentais, para a integração dos catadores de materiais reutilizáveis e

recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de

vida dos produtos.

O Decreto 7.405, 2010

Institui o Programa Pro - Catador redimensiona o Comitê Interministerial para

Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis

(CIISC) e prevê, entre outras, a adesão voluntária dos entes federados ao Programa

Pró-Catador.

O Decreto 7.619/11 (Lei 12.375/10)

Regulamenta a concessão de crédito presumido do IPI (Imposto sobre

Produtos Industrializados), até 31 de dezembro de 2014, para aquelas indústrias que

utilizarem, como matéria-prima ou produtos intermediários na fabricação de seus

produtos, os resíduos recicláveis adquiridos diretamente das cooperativas de

catadores de materiais recicláveis.

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3. DIFERENÇA ENTRE ASSOCIAÇÃO E COOPERATIVA

As associações e cooperativas de catadores se organizam e formam as redes

de catadores, somando forças para a realização de seus objetivos comuns. É uma

união voluntária de pessoas que se organizam e é administrada democraticamente,

onde todos os associados ou cooperados têm os mesmos direitos e os mesmos

deveres.

Os catadores se organizam em associações e cooperativas para favorecer:

Melhoria das condições de trabalho e da qualidade de vida;

Comercialização de um maior volume de materiais recicláveis;

Troca de informação entre seus integrantes e outros parceiros;

Negociação com o Poder Público e acompanhamento de políticas

públicas;

Mobilização e sensibilização da sociedade sobre a realidade dos

Catadores bem como para a necessidade da preservação ambiental;

Captação de recursos por meio de projetos;

Contratação, pelos órgãos públicos, sem licitação;

Recebimento da Bolsa-Reciclagem;

Autonomia para negociar a venda de materiais recicláveis;

Defesa dos direitos dos Catadores;

Investimentos que beneficiam todos os integrantes, como cursos de

capacitação, construção de galpões de triagem, compra de equipamentos e

veículos, etc. (Ministério Público do Estado de Minas Gerais, 2013).

O trabalho dos catadores é importante, pois este encontra na matéria-prima,

chamada de resíduos pela sociedade, sua fonte de sobrevivência, além de

contribuírem para a preservação ambiental, pois diminui significativamente a

quantidade de resíduos que são descartados em aterros, lixões ou em locais

inadequados.

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A partir do trabalho dos catadores os aterros sanitários das cidades tem sua

vida útil estendida, as prefeituras economizam recursos com os serviços de coleta

de lixo convencional e os catadores são melhor valorizados e inseridos socialmente.

A diferença essencial está na natureza dos dois processos. Enquanto as

associações são organizações que tem por finalidade a promoção de assistência

social, educacional, cultural, representação política, defesa de interesses de classe,

filantrópicas; as cooperativas têm finalidade essencialmente econômica. Seu

principal objetivo é o de viabilizar o negócio produtivo de seus associados junto ao

mercado.

Nas cooperativas os associados são os donos do patrimônio e os

beneficiários dos ganhos que os processos por eles organizados propiciarão. Uma

cooperativa de trabalho beneficia os próprios cooperantes, o mesmo em uma

cooperativa de produção. As sobras que porventura houverem das relações

comerciais estabelecidas pela cooperativa podem, por decisão de assembleia geral,

serem distribuídas entre os próprios cooperantes, sem contar o repasse dos valores

relacionados ao trabalho prestado pelos cooperantes ou da venda dos produtos por

eles entregues na cooperativa.

Em uma associação, os associados não são propriamente os seus “donos”. O

patrimônio acumulado pela associação em caso da sua dissolução deverá ser

destinado à outra instituição semelhante conforme determina a lei e os ganhos

eventualmente auferidos pertencem à sociedade e não aos associados que dela não

podem dispor, pois os mesmos, também de acordo com a lei, deverão ser

destinados à atividade fim da associação. Na maioria das vezes os associados não

são nem mesmo os beneficiários da ação do trabalho da associação.

As diferenças entre associações e cooperativas podem ser verificadas no

quadro comparativo abaixo:

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Quadro 01: Diferenças entre associações e cooperativas

Fonte: Ministério Público do Estado de Minas Gerais, 2013.

Segundo o CREFITO-8 – Conselho Regional de Fisioterapia e de Terapia

Ocupacional da 8ª Região – Paraná, o quadro a seguir foi organizado por uma

assistente social e um advogado, e foi publicado no livro Associações como construir

sociedades civis sem fins lucrativos – editora DP&A, e busca mostrar as principais

diferenças entre as associações e cooperativas:

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Quadro 02 – Diferenças entre associação e cooperativa

CRITÉRIO ASSOCIAÇÃO COOPERATIVA

Conceito Conceito Sociedade de pessoas sem

fins lucrativos

Sociedade de pessoas sem fins lucrativos e

com especificidade de atuação na atividade

produtiva/comercial

Finalidade Representar e defender os interesses

dos associados. Estimular a melhoria

técnica, profissional e social dos

associados. Realizar iniciativas de

promoção, educação e assistência

social.

Viabilizar e desenvolver atividades de consumo,

produção, prestação de serviços, crédito e

comercialização, de acordo com os interesses

dos seus associados. Formar e capacitar seus

integrantes para o trabalho e a vida em

comunidade.

Legalização Aprovação do estatuto em assembleia

geral pelos associados. Eleição da

diretoria e do conselho fiscal.

Elaboração da ata de constituição.

Registro do estatuto e da ata de

constituição no cartório de registro de

pessoas jurídicas da comarca. CNPJ

na Receita Federal. Registro no INSS

e no Ministério do trabalho.

Aprovação do estatuto em assembleia geral

pelos associados. Eleição do conselho de

administração (diretoria) e do conselho fiscal.

Elaboração da ata de constituição. Registro do

estatuto e da ata de constituição na junta

comercial. CNPJ na Receita Federal. Inscrição

Estadual. Registro no INSS e no Ministério do

trabalho. Alvará na prefeitura.

Constituição Mínimo de duas pessoas. Mínimo de 20 pessoas físicas

Legislação Constituição (art. 5o., XVII a XXI, e

art. 174, par. 2o.). Código Civil

Lei 5.764/71. Constituição (art. 5o. XVII a XXI e

art. 174, par 2o.) Código civil.

Patrimônio / Capital Seu patrimônio é formado por taxa

paga pelos associados, doações,

fundos e reservas. Não possui capital

social. A inexistência do mesmo

dificulta a obtenção de financiamento

junto às instituições financeiras.

Possui capital social, facilitando, portanto,

financiamentos junto às instituições financeiras.

O capital social é formado por quotas-partes

podendo receber doações, empréstimos e

processos de capitalização.

Representação Pode representar os associados em

ações coletivas de seu interesse. É

representada por federações e

confederações.

Pode representar os associados em ações

coletivas do seu interesse. Pode constituir

federações e confederações para a sua

representação.

Forma de Gestão Nas decisões em assembleia geral,

cada pessoa tem direito a um voto. As

decisões devem sempre ser tomadas

com a participação e o envolvimento

dos associados.

Nas decisões em assembleia geral, cada

pessoa tem direito a um voto. As decisões

devem sempre ser tomadas com a participação

e o envolvimento dos associados.

Abrangência / Área de

Ação

Área de atuação limita-se aos seus

objetivos, podendo ter abrangência

nacional.

Área de atuação limita-se aos seus objetivos e

possibilidade de reuniões, podendo ter

abrangência nacional.

Operações A associação não tem como

finalidade realizar atividades de

Realiza plena atividade comercial. Realizam

operações financeiras, bancárias e pode

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comércio, podendo realiza-las para a

implementação de seus objetivos

sociais. Pode realizar operações

financeiras e bancárias usuais.

candidatar-se a empréstimos e aquisições do

governo federal. As cooperativas de produtores

rurais são beneficiadas do crédito rural de

repasse

Responsabilidades Os associados não são responsáveis

diretamente pelas obrigações

contraídas pela associação. A sua

diretoria só pode ser responsabilizada

se agir sem o consentimento dos

associados.

Os associados não são responsáveis

diretamente pelas obrigações contraídas pela

cooperativa, a não ser no limite de suas quotas-

partes e a não ser também nos casos em que

decidem que a sua responsabilidade é ilimitada.

A sua diretoria só pode ser responsabilizada se

agir sem o consentimento dos associados.

Remuneração Os dirigentes não têm remuneração

pelo exercício de suas funções;

recebem apenas o reembolso das

despesas realizadas para o

desempenho dos seus cargos.

Os dirigentes podem ser remunerados por

retiradas mensais pró-labore, definidas pela

assembleia, além do reembolso de suas

despesas.

Contabilidade Escrituração contábil simplificada. A escrituração contábil é mais complexa em

função do volume de negócios e em função da

necessidade de ter contabilidades separadas

para as operações com os sócios e com não

sócios.

Tributação Deve fazer anualmente uma

declaração de isenção de imposto de

renda.

Não paga Imposto de Renda sobre suas

operações com seus associados. Deve recolher

o Imposto de Renda Pessoa Jurídica sobre

operações com terceiros. Paga as taxas e os

impostos decorrentes das ações comerciais.

Fiscalização Pode ser fiscalizada pela prefeitura,

pela Fazenda Estadual, pelo INSS,

pelo Ministério do Trabalho e pela

Receita Federal.

Pode ser fiscalizada pela prefeitura, pela

Fazenda Estadual (nas operações de

comércio), pelo INSS, pelo Ministério do

Trabalho e pela Receita Federal.

Dissolução Definida em assembleia geral ou

mediante intervenção judicial,

realizada pelo Ministério Público.

Definida em assembleia geral e, neste caso

ocorre à dissolução. No caso de intervenção

judicial, ocorre a liquidação, não podendo ser

proposta a falência.

Resultados Financeiros As possíveis sobras obtidas de

operações entre os associados serão

aplicadas na própria associação.

Após decisão em assembleia geral, as sobras

são divididas de acordo com o volume de

negócios de cada associado. Destinam-se 10%

para o fundo de reserva e 5% para o Fundo

Educacional (FATES).

Fonte: CREFITO. http://www.crefito8.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=197.

Desta forma, cabe ao município de Campina Grande do Sul, juntamente com

a equipe técnica e a equipe jurídica, avaliar as vantagens e desvantagens de cada

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sistema, para que o melhor seja escolhido para ser constituído no município, visando

sempre o desenvolvimento dos trabalhos sociais em benefício do meio ambiente e

das pessoas carentes.

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4. FORMALIZAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MATERIAIS

RECICLÁVEIS

4.1 ASSOCIAÇÃO DE CATADORES

De acordo com a Lei nº 10.406/2002, em seu Art. 53. “Constituem-se as

associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos”.

As associações são formadas por pessoas naturais ou físicas, que tem

objetivos comuns, exceto o de auferir lucro por meio da pessoa jurídica, e que

possuem objetivos e finalidades diferentes entre si. No entanto, unem-se como

associações por possuírem características semelhantes e básicas.

Associação é qualquer iniciativa formal ou informal que reúne pessoas físicas

ou outras sociedades jurídicas com objetivos comuns, visando superar dificuldades e

gerar benefícios para os seus associados. É uma forma jurídica de legalizar a união

de pessoas em torno de necessidades e objetivos comuns.

As associações assumem os princípios de uma doutrina que se chama

associativismo e que expressa à crença de que juntos pode-se encontrar soluções

melhores para os conflitos que a vida em sociedade apresenta.

Os princípios do associativismo reconhecidos em praticamente todo o mundo

são:

Princípio da adesão voluntária e livre: as associações são

organizações dispostas a aceitar as responsabilidades de sócio, sem

discriminação social, racial, politica, religiosa e de gênero;

Princípio da gestão democrática pelos sócios: as associações são

organizações democráticas, controladas por seus sócios, que

participam ativamente no estabelecimento de suas politicas e tomadas

de decisões;

Princípio da participação econômica dos sócios: os sócios contribuem

de forma equitativa e controlam democraticamente as suas

associações;

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Princípio da autonomia e independência: as associações são

organizações autônomas de ajuda mutua, controladas por seus sócios.

Caso recebam capitam de origem externa, devem fazê-lo de forma a

preservar seu controle democrático pelos sócios e manter sua

autonomia;

Princípio da educação, formação e informação: as associações devem

proporcionar educação e formação aos sócios, de modo a contribuir

efetivamente para o seu desenvolvimento;

Princípio da interação: as associações atendem a seus sócios mais

efetivamente e fortalecem o movimento associativista trabalhando

juntas por meio de estruturas locais, nacionais, regionais e

internacionais;

Princípio do interesse pela comunidade: as associações trabalham pelo

desenvolvimento sustentável de suas comunidades, municípios,

regiões, etc. (CARDOSO, 2014).

SSOCIAÇÃO

4.2 ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DO

MUNICIPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL

4.2.1 1 ª ETAPA

A criação de uma associação de catadores de materiais recicláveis deve ter

origem no entusiasmo de várias pessoas que não se conformam com a situação

local, e resolvem agir a fim de melhorar suas condições de vida e também para

terem seu trabalho como catador reconhecido e respeitado pela população.

1º Passo

Primeiramente para se instituir uma associação é necessário haver

interessados a participarem deste tipo de trabalho. Como no município de Campina

Grande do Sul há catadores de materiais recicláveis trabalhando informalmente, faz-

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se necessário a sensibilização destas pessoas para que estes catadores saibam dos

benefícios que terão de se tornarem associados.

Este contato poderá ser realizado diretamente com eles, através de

campanhas chamativas em rádio local, jornal local, folhetos, para que atraia a

atenção e o interesse destes catadores, para se tornarem associados.

Este trabalho de divulgação poderá ser realizado pela Secretaria Municipal de

Desenvolvimento Social juntamente com o auxílio e participação da Secretaria

Municipal da Infraestrutura e Logística – Departamento de Meio Ambiente, e da

Procuradoria Geral do Município.

2º Passo

Logo que os catadores forem conscientizados e instigados a participar da

associação, uma reunião de exposição das ideias e interesses da associação deverá ser

realizada.

Esta reunião servirá para expor para os futuros associados, as vantagens da

criação da associação e os benefícios que terão em trabalhar desta forma e não

como trabalho informal. Nesta reunião deverá ser decidida a missão da associação,

seus objetivos, e também a escolha de uma comissão para tratar das providências

necessárias a criação da associação, com a indicação do coordenador de trabalho.

Nesta reunião devera ser designada uma comissão para elaborar o estatuto

social da nova entidade, para que o mesmo possa ser discutido, e se possível

aprovado pela assembleia de fundação.

Esta reunião poderá ser ministrada pela equipe da Secretaria Municipal da

Infraestrutura e Logística – Departamento de Meio Ambiente, com o auxilio da

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e da Procuradoria Geral do

Município.

4.2.2 2 ª ETAPA

1° Passo – Elaboração da proposta de Estatuto Social e Regimento

Interno

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O Estatuto Social é o documento que vai permitir formalizar a criação da

associação. Neste deverão constar os objetivos da associação, as regras para

escolha de seus dirigentes, o tempo estipulado para o mandato, as funções dos

diferentes órgãos administrativos, as punições aos desvios de conduta, as formas de

julgamento, entre outras diretrizes essenciais para o bom funcionamento da

associação. O regimento interno poderá ser escrito neste mesmo processo, o qual

disciplina o funcionamento da associação: detalha pontos previstos no Estatuto e

organiza procedimentos do funcionamento da associação. Pode ser alterado sem

alterar o Estatuto Social (CREFITO 8, 2015).

A formalização de uma proposta de Estatuto Social poderá ser ministrada

pela equipe da Secretaria Municipal da Infraestrutura e Logística juntamente com a

Procuradoria Geral do Município juntamente com os interessados em fundar a

associação para em uma reunião definirem os objetivos e os aspectos a serem

considerados no estatuto. (Modelo de Estatuto Social - Anexo II).

2° Passo – Criação da Associação

Publicar no maior jornal de circulação o edital de convocação da Assembleia

de Fundação, com 07 dias de antecedência.

3° Passo – Reunir a Assembleia de Fundação no dia, hora e local

aprazados.

Esta Assembleia deverá ser instalada por um dos integrantes do grupo

fundador. Após a instalação, será solicitado aos presentes que elejam um presidente

e um secretário para está Assembleia.

O presidente eleito deverá solicitar ao secretario que leia o edital de

convocação e em seguida, o projeto do estatuto social. Nesta etapa o projeto do

estatuto social deverá ser colocado em discussão e votação. Se forem apresentadas

emendas, estas deverão ser votadas uma a uma. Neste momento o projeto deverá

ser aprovado com ou sem emendas.

Logo, o presidente deverá fazer com que todos os presentes assinem um livro

de presença, e o secretario deverá ir anotando todas as ocorrências, a fim de redigir

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a ata, a qual devera ser aprovada, no final da Assembleia pelos presentes

(ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO, 2012).

A formalização desta fase da Assembleia poderá ser ministrada pela equipe

da Secretaria Municipal da Infraestrutura e Logística – Departamento de Meio

Ambiente juntamente com o auxilio da Procuradoria Geral do Município.

4° Passo – Segunda fase da Assembleia de Fundação e Encerramento

da Assembleia de Fundação

Após a aprovação do projeto do estatuto, o Presidente deverá anunciar que

nesta oportunidade será realizada a eleição para a escolha dos membros que

integrarão o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal, esclarecendo que

poderá haver inscrição e chapas. Havendo disputa, com mais de uma chapa, o

Presidente designará escrutinadores e providenciará uma a urna.

Não havendo disputa, os membros dos dois Conselhos poderão ser eleitos

por aclamação. Logo em seguida a eleição, deverá ser proclamada os eleitos, que

serão empossados imediatamente. O Presidente do Conselho de Administração, tão

logo seja empossado, passara a exercer a Presidência da Assembleia.

Logo, o Presidente determinará o Secretário que proceda a leitura da ata.

Após a leitura, a ata será posta em discussões, em seguida submetida à aprovação.

O Presidente declara encerrada a Assembleia (ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DA

ASSOCIAÇÃO, 2012).

5° Passo – Eleição da Diretoria

Logo que a Assembleia seja finalizada, o Presidente solicita a permanência

de todos os membros do Conselho de Administração. O Conselho reunido elegerá a

Diretoria da Associação, normalmente composta de Presidente e Vice-Presidente, 1°

Secretário e 2° Secretário, 1° Tesoureiro e 2° Tesoureiro. Nesta reunião também

deverá ser lavrada uma ata (ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO, 2012).

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4.2.3 3 ª ETAPA

1° Passo – Oficialização da Associação

Até o momento, a Associação encontra-se no papel, devendo a mesma ser

oficializada, tornando está uma entidade com personalidade jurídica de direito

privado.

2° Passo – Publicação do estatuto social no Diário oficial do Estado

O extrato do estatuto social deverá estar assinado pelo Presidente da

entidade e por um advogado inscrito na OAB, assinaturas essas devidamente

reconhecidas em cartório.

3° Passo – inscrição da Associação ao Oficial de Registro de Títulos e

Documentos

O requerimento deverá ser assinado pelo Presidente da Entidade, com

indicação de sua residência e firma reconhecida. O anexo ao requerimento deverá

conter:

Cópia da ata de fundação assinada pelo Presidente da Associação;

Relação dos integrantes do Conselho de Administração, Conselho

Fiscal e Diretoria com as indicações de nacionalidade, estado civil,

profissão e residência de cada um. Se houver algum estrangeiro, juntar

o visto de sua permanência legal no país. Se houver algum solteiro,

declarar a maioridade do mesmo. Se houver a participação de pessoa

jurídica na associação juntar prova de sua existência legal. Juntar aos

documentos dois exemplares do Diário Oficial do Estado em que

consta a publicação do extrato do estatuto social e todas as folhas

deverão ser rubricadas pelo Presidente (ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DA

ASSOCIAÇÃO, 2012).

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4° Passo – Registrar os livros obrigatórios da Associação

Os livros obrigatórios são os seguintes:

Livro de presenças;

Livro de atas das assembleias;

Livro de atas das reuniões de diretoria;

Livro de atas do Conselho e Administração;

Livro de atas do conselho fiscal;

Livro diário – devera ser registrado na Delegacia da Receita Federal,

quando do registro no CNPJ;

Os demais livros deverão ter todas as suas páginas numeradas e rubricadas

pelo Presidente da entidade, bem como nos termos de abertura e encerramento.

Todas as atas de reuniões de Diretoria e dos Conselhos de Administração e Fiscal

deverão ser transcritas nos livros próprios.

Independente desses livros obrigatórios a Associação poderá adotar outros

livros que julgar necessários para a realização de suas atividades internas, como

livro caixa, livro registro, etc. (ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO, 2012).

4.2.4 4 ª ETAPA – PRÉ OPERACIONAL

No município de Campina Grande do Sul a coleta seletiva porta a porta

continuará sendo realizada pelo órgão público, e a Associação dos Catadores de

Materiais Recicláveis do Município de Campina Grande do Sul irá realizar as

atividades de triagem, enfardamento e revenda dos materiais recicláveis.

Para a realização da coleta diferenciada dos materiais recicláveis o órgão

público utilizará dois caminhões, ambos são manuseados por funcionários do próprio

órgão público e cada caminhão conta com um motorista e dois coletores. Abaixo

segue as especificações dos caminhões:

01 caminhão marca AMV, Puma 914, ano 1996, em boas condições de

uso.

01 caminhão marca Volkswagen, ano 2011, modelo VW 17.150, em

boas condições;

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Figura 01 - Caminhão da coleta de materiais recicláveis

Fonte: Ambiental Costa Oeste, 2015.

A coleta é realizada de segunda-feira a sábado no período diurno e noturno

e segue o seguinte cronograma:

Quadro 03 – Cronograma de coleta de resíduos recicláveis

ITINARIO DA COLETA NOTURNA

DIAS DA SEMANA

LOCALIDADES

Segunda Jardim Paulista (mapa parte de baixo)

Terça Jardim Graciosa, Jardim Ipanema, Jardim Santa Fé e Jardim Paulista (mapa parte

de cima).

Quarta Água Doce, Jardim Flórida, Jardim Nesita, Jardim Nossa Senhora das Graças,

Moradias Timbu, Joana Olímpia, Santa Cecilia, Vila Chacrinha e Vila São Cosme.

Quinta Jardim Paulista (mapa parte de baixo)

Sexta Jardim Paulista (mapa parte de cima), Jardim Ipanema, Jardim Graciosa e Jardim

Santa Fé.

Sábado Água Doce, Jardim Florida, Jardim Nesita, Jardim Nossa Senhora das Graças,

Joana Olímpia, Moradias Timbu, Santa Cecilia, Vila Chacrinha e Vila São Cosme.

ITINARIO DA COLETA DO INTERIOR

Segunda Barragem, Jaguatirica e Ribeirão Grande.

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Terça Copel, Figueira, Pouso Alegre, Ribeirão Vermelho e Via de acesso Metropolitana

BR 116.

Quarta Barro Branco e Paiol de Baixo

Quinta Canelinha, Cocho, Estrada da Bem Faz, Lagoa Vermelha, Taquari e Vila Fumaça.

Sexta Barragem, Jaguatirica e Ribeirão Grande.

Sábado Cerne e Volta Grande

ITINERARIO DA COLETA CONVENCIONAL (DIURNA)

Segunda Chácara Renascença, Engenho Velho, Imbuial, Jardim Campina, Jardim da Colina,

Mandassaia e Sede.

Terça Área Industrial, Cohapar, Jardim Araçatuba, Jardim Diamante, João Paulo II, Santa

Angelina e Santa Rosa.

Quarta Araçatuba (Rua Pedro Bagio), Jardim Deher, PR 506 e R. Vereador Leonildo

Zanona.

Quinta Av. João Sucato Coradin, Chácara Olhos D’Água, Estrada do Rio Abaixo até o Cid,

Roseira até a Igreja Assembleia, Saltinho, Timbu Velho (Rua Pedro Ruzenente), Estrada do Saul, Invernadinha e Jardim Ceccon.

Sexta Estrada do Corredor, Santa Rita e Eugênia Maria,

Sábado -

Fonte: Departamento de Meio Ambiente, adaptado por Ambiental Costa Oeste, 2015.

Além de contar com caminhões, com a doação de embalagens específicas

para a separação do material reciclável, e campanhas constantes visando à correta

separação destes resíduos, o município dispõe de um Centro para Triagem destes

materiais, onde a Associação dos Catadores atuará diretamente.

O Centro de Triagem está localizado e instalado na área industrial do

município, próximo á área de transbordo de resíduos sólidos. Este local conta com

uma área construída de 490 m², cercada com tela e portões com cadeado. As

figuras abaixo apresenta tal situação:

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Figura 02 - Área de localização da usina de triagem

Fonte: Ambiental Costa Oeste, 2015.

O Centro de Triagem conta refeitório para os coletores, cozinha, escritório,

dois banheiros, sala de aula, almoxarifado, 04 docas de armazenamento de

resíduos, galpão de triagem de materiais recicláveis, prensa, pesagem, platô de

manobra e descarga e uma balança rodoviária.

Os equipamentos existentes no local são: uma esteira elevatória, peneira

rotativa, prensa hidráulica, balança mecânica, picador rotativo, elevador móvel para

fardos, carrinho para fardos, triturador de vidros, entre outros, os quais estão

descritos detalhadamente na tabela abaixo:

Quadro 04 – Relação de equipamento da usina de reciclagem

EQUIPAMENTO

QUANT.

DESCRIÇÃO

Sistema de Peneiramento

(Peneira rotativa cilíndrica)

01

Com capacidade para seis t/h, comprimento 3,00 metros, diâmetro de 0,96 m, confeccionada de aço carbono ASTM A36, estruturas de viga laminada, malha de peneiramento Ø3/4”, acionamento por moto-redutor 3 c.v., com chaves elétricas de partida direta e moega metálica acoplada.

Sistema de Peneiramento

(Carrinho metálico) 05

Com capacidade para 250 litros, construído em chapas de aço carbono, com duas rodas com pneu e câmara Ø15”.

Sistema de recepção (Moega metálica)

01

Para recepção de lixo, com capacidade 30 m³, construída em chapas de aço carbono ASTM A-36 e estrutura em perfis laminada, plataforma lateral de operação com corrimão tubular de proteção.

Sistema de recepção (Braço mecânico tipo

rastelo)

01

Funcionamento hidráulico, acondicionamento direto por motor elétrico e bomba tipo engrenagens, construído em chapas de aço carbono ASTM A-36 e estrutura em vigas laminadas de aço

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de carbono, dois cilindros hidráulicos, alcance 5,0, a ser acoplado na moega de recepção.

Sistema de Triagem (Seleção manual)

01

Construído em chapas de aço de carbono ASTM A-36, dimensões comprimento 14,0 m, largura 1,1, acionamento indireto por motor e redutor, correia de transporte 36” x 2 lona, OAN (óleo acido nítrico), altura acima do solo 0,95 m, com roletes galvanizados diâmetro 3”, parapeito de apoio e bica de descarga.

Sistema de Triagem (Container metálico

tipo cilíndrico) 25

Com capacidade para 100 litros, construído em chapas de aço de carbono, com alça para transporte.

Sistema de triagem (Carrinho metálico

porta-container) 04

Construído em tubos de aço de carbono DIN 2440, com duas rodas de borracha maciça.

Sistema de trituração (moinho triturador

para lixo) 01

Confeccionado em chapas de aço carbono ASTM A-36, com placas de sacrifício em aço carbono SAC-50, acionamento indireto por motor elétrico 30 cv, rotor para 12 martelos em aço-liga.

Sistema de trituração (moinho triturador

para lixo) 01

Grelha de dilaceração com uma peça-bica de alimentação do moinho tipo balística, para eliminação de materiais não trituráveis, confeccionada em chapas de aço carbono ASTM A-36, com duto de descarga lateral.

Sistema de trituração (moinho triturador

para lixo) 01

Plataforma metálica de sustentação do moinho, confeccionada em vigas laminadas de aço carbono, montada sobre pés de concreto reforçado, fixado por chumbadores tipo bengala, passadiço em chapa piso metal expandido e corrimão tubular de proteção.

Sistema de trituração (triturador)

01

Com dimensões: comprimento 4,5 m, largura 0,8 m, com correia de transporte 24” x 2 lonas, acionamento indireto por motor, montado em estrutura tubular, com roletes galvanizados diâmetro 2”, proteções laterais e sistema de levante e giro.

Sistema de prensagem (Prensa hidráulica vertical)

01

Destinado para enfardamento de papel, papelão, plástico fino e PET, para fardos de até 150 kg, confeccionada em chapas de aço carbono, acionamento indireto por motor elétrico 10 cv, bomba hidráulica tipo engrenagens, cilindro hidráulico Ø5.1/2”, chave elétrica de partida direta e cabo elétrico 5 m.

Sistema de prensagem (Prensa hidráulica horizontal)

01

Destinada para o enfardamento de latas metálicas e alumínio, confeccionada em chapa de aço carbono, para fardos de até 50 kg, acionamento indireto por motor elétrico 10 cv, bomba hidráulica tipo engrenagem, cilindro hidráulico Ø6.1/2”, chave elétrica de partida e cabo elétrico 5 m.

Sistema de pesagem (Balança eletrônica móvel)

01 Balança com indicador digital sem coluna, com capacidade total de 300 kg, fração de 50 g e plataforma de 400x400 mm.

Sistema de pesagem (Balança rodoviária eletrônica)

01

Com capacidade de 40 toneladas, plataforma com dimensões mínimas de 9,00 x 3,00 metros, com contorno viga “l”, laminado de aço ASTM A572 grau 50, sem fosso, montada sobre células de carga hermeticamente seladas. Sistema eletrônico com indicador digital, teclado alfanumérico com conexão para pc. Impressora 80 colunas matricial. Protetor de rede. Atendendo a portaria 236/94 do INMETRO.

Sistema de limpeza pressurizado (Lavadora de alta pressão móvel)

01

Com tensão trifásica 110 V e frequência 60 Hz, pressão de trabalho 2400 psi e vazão 900 L/h.

Fonte: Departamento de Meio Ambiente adaptado por Ambiental Costa Oeste, 2015.

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As figuras abaixo apresentam alguns equipamentos que estão instalados na

usina de triagem:

Figura 03 – Equipamentos instalados na usina de reciclagem

Fonte: Ambiental Costa Oeste, 2015.

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A obra e os equipamentos foram custeados pelo governo federal através da

FUNASA, sendo que ao todo foram investidos aproximadamente R$ 974.000,00

entre estrutura e equipamentos. A tabela abaixo apresenta de forma resumida a

planilha orçamentária do centro de triagem e reciclagem de Campina Grande do Sul,

onde estão inclusos o material, quantidade e mão de obra utilizada:

Tabela 01 - Planilha orçamentaria centro de triagem e reciclagem

DESCRIÇÃO

SUBTOTAL (R$)

CANTEIRO DE OBRAS

- BARRACÃO - ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA - ABASTECIMENTO DE ÁGUA - PLACAS DE OBRA

7.544,33

SERVIÇOS TÉCNICOS - TOPOGRAFIA – SERVIÇOS

1.528,64

SERVIÇOS PRELIMINARES

- PREPARO DO TERRENO - MOVIMENTO DE TERRA ESCAVAÇÃO MANUEL DE VALAS - ESCAVAÇÃO MANUAL EM CAMPO ABERTO - TRANSPORTE DE SOLOS - COMPACTAÇÃO DE ATERRO

39.165,55

ESCORAMENTO - ESCORAMENTO METÁLICO

6.150,00

FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS - ESTRUTURA - CORTE E ARRASTAMENTO DE ESTACA - FORMA - ARMADURA - CONCRETO CONVENCIONAL - LAJE PRÉ-FABRICADA

129.039,01

FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO

- TUBULAÇÃO DE PVC, RPVC DEFOFO, PRFV, JE – PARA ÁGUA - TUBULAÇÃO DE PVC, RPFV, JE – PARA ESGOTO

30.477,24

PAVIMENTAÇÃO

- EXECUÇÃO DE PAVIMENTOS, GUIAS E SARJETAS 36.159,80

FECHAMENTO - PAREDE - COBERTURA

33.165,23

PORTAS, JANELAS E VIDROS - PORTAS - ESQUADRIA DE FERRO OU AÇO - VIDRO

26.799,63

REVESTIMENTO E TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES

- PAREDE E PISO 92.068,54

PINTURA 23.568,74

IMPERMEABILIZAÇÃO 4.300,08

INSTALAÇÕES PREDIAIS 12.743,29

ESGOTO 1.471,93

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APARELHO E METAL HIDRO-SANITARIO 3.253,46

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 105.824,98

INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO 1.085,89

URBANIZAÇÃO - VEDAÇÃO E PROTEÇÃO DE ÁREAS

19.746,14

PAISAGISMO

- LIMPEZA DE OBRA - LIGAÇÕES PREDIAIS

14.899,74

EQUIPAMENTOS

- SISTEMA DE RECEPÇÃO - SISTEMA DE TRIAGEM - SISTEMA DE TRITURAÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO - SISTEMA DE PRENSAGEM - SISTEMA DE PENEIRAMENTO - SISTEMA DE PESAGEM - SISTEMA DE LIMPEZA E PRESSURIZAÇÃO

337.640,00

PROJETOS 14.500,00

TOTAL 973.340,89

Fonte: Departamento de Meio Ambiente adaptado por Ambiental Costa Oeste, 2015.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei n° 5.764/1971. Define a Politica Nacional de Cooperativismo, institui o

regime jurídico das sociedades cooperativas, e da outras providencias.

BRASIL. Lei n.º 10.406/2002. Institui o Código Civil. Brasília, 2002.

BRASIL. Lei n.º 11.445/2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento.

Brasília, 2007.

BRASIL. Lei n.º 12.305/2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Brasília, 2010.

BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.

Brasília, 1988.

CARDOSO, Univaldo Coelho. Associação – Série Empreendedorismo Coletivo.

SEBRAE, Brasília 2014. Disponível em:

<http://www.sebraesp.com.br/arquivos_site/biblioteca/guias_cartilhas/empreendimen

tos_coletivos_cooperativa.pdf>. Acesso em Maio de 2015.

COMITÊ INTERMINISTERIAL PARA INCLUSÃO SOCIAL E ECONÔMICA DOS

CATADORES DE MATERIAIS REUTILIZÁVEIS E RECICLAGEM – CIISC. Coleta

Seletiva com a Inclusão dos Catadores de Materiais Recicláveis. Ministério do Meio

Ambiente – Governo Federal, 2013. Disponível em: <http://www.cataacao.org.br/wp-

content/uploads/2013/05/Cartilha_ColetaSeletiva_Quadrinhos.pdf>. Acesso em Maio

de 2015.

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CREFITO-8 – CONSELHOR EGIONAL DE FISIOTERAPIA OCUPACIONAL DA 8ª

REGIÃO – PARANÁ. Quais são as vantagens de criar uma associação? Disponível

em:

<http://www.crefito8.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=194

>. Acesso em Maio de 2015.

CREFITO-8 – Conselho Regional de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional da 8ª

Região – Paraná. Diferenças entre Associações e Cooperativas. Disponível em:

<http://www.crefito8.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=197

>. Acesso em Maio de 2015.

ESTATUTO MODELO DE ASSOCIAÇÃO DE CATADORES. Movimento Nacional

dos Catadores de Materiais Recicláveis. Disponível em:

<http://www.mncr.org.br/box_2/instrumentos-juridicos/modelos-de-estatutos/estatuto-

modelo-de-associacao-de-catadores/view. Acesso em Maio de 2015.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. O Catador é legal Um

guia na luta pelos direitos dos Catadores de Materiais Recicláveis, 2013. Disponível

em: <http://www.coopcentabc.org.br/documentos/CARTILHA_CATADORES.pdf>.

Acesso em Maio de 2015.

ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO. Ministério Público do Estado de

Goiás, 2013. Disponível em:

<http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/4/docs/roteiro_criacao_associacao.pdf>.

Acesso em Maio de 2015.

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6. ANEXO I – MODELO DE ESTATUTO SOCIAL

ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS - ASSOCIAÇÃO

ESTATUTO SOCIAL

Estatuto Social de Constituição da Associação de Catadores de materiais

Recicláveis ASSOCIAÇÃO, pessoa jurídica de direito privado, Aprovado em

Assembleia Geral de Constituição, realizada em _________.

CAPÌTULO I

DA DENOMINAÇÃO, SEDE, FORO, ÁREA DE AÇÃO, DURAÇÃO E ANO SOCIAL

Art. 1º - Com a denominação de: __________________________– ASSOCIAÇÃO,

fundada em _______ sob a forma de associação de natureza civil, de

responsabilidade limitada, sem fins lucrativos, que se regerá pelas disposições do

presente e pelas leis e regulamentos vigentes, tendo:

A) A sede e administração, situada á Rua _________

B) Foro jurídico na Comarca de ___________;

C) Área de Ação, para efeito de admissão de associados, abrangerá o Estado

do Paraná;

D) Prazo de duração será por tempo indeterminado, e ano social compreendido

no período de 01 de Janeiro a 31 de Dezembro.

CAPITULO II

DOS OBJETIVOS SOCIAIS

Art. 2º - A associação tem por objetivo principal, a contratação de serviços para seus

associados em condições e preços convenientes, organizar o trabalho e bem

aproveitar a capacidade dos catadores associados, distribuindo-os conforme suas

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aptidões e interesses coletivos, fornecer assistências aos associados no que for

necessário para melhor executarem o trabalho, proporcionar através de convênios

com sindicatos, empresas, organismos nacionais e internacionais, serviços jurídicos

e sociais que estejam dentro dos princípios do Regimento Interno da Associação de

Catadores de Materiais Recicláveis – ASSOCIAÇÃO, promoverem com recursos

próprios ou convênios a capacitação associativa e se for o caso, profissional do

quadro social, funcional, técnico, executivo e diretivo da associação;

1ºParágrafo – Nos contratos celebrados, a associação representará os associados,

coletivamente, agindo como sua mandatária.

2ºParágrafo – Os associados executarão os serviços contratados pela associação,

em conformidade com este Estatuto e o Regime Interno;

CAPITULO III

DOS SÓCIOS, SEUS DIREITOS E DEVERES

Art. 3º - Os associados poderão associar-se a associação, salvo se houver

impossibilidade técnica, qualquer profissional catador, que se dedique á atividade

objeto da entidade e preencham os quesitos definidos no regimento interno, sem

prejudicar os interesses da associação, nem com ele colidir.

Parágrafo único – Não há limite de associados e ainda após preencher todos os

quesitos do regulamento interno, o (os) associado (os) assume (em) os direitos e

deveres decorrentes da lei, do estatuto, código de ética se houver e das

deliberações tomadas pela associação.

Art.4º - São direitos dos associados:

a) Participar das assembleias gerais;

b) Votar e ser votado para os cargos eletivos;

c) Discutir e apresentar sugestões a Diretoria, sobre qualquer assunto de

interesse da associação;

d) Recorrer dos atos da Diretoria, quando julgar os mesmos prejudiciais ou

lesivos aos seus direitos, ou Associação;

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e) Solicitar informações junto a Secretaria, de assuntos que lhe dizem respeito,

e/ou sobre as atividades da Associação;

f) Ao sócio é permitido fazer-se representar na _________e/ ou ____, ou outro

mediante procuração;

g) Cada associado poderá representar somente um associado – a si mesmo;

h) O associado terá direito a 01 (um) voto;

i) Solicitar seu desligamento;

Art. 5º - São deveres dos associados:

a) Contribuir com taxa (s) de serviço e encargos operacionais que forem

estabelecidos pela assembleia;

b) Respeitar as decisões tomadas em Assembleias Gerais, cooperando com a

Diretoria para o fiel cumprimento das mesmas;

c) Obedecer ás disposições estatutárias, regimentais, bem como as

determinações da diretoria, deliberado em assembleia geral e extra;

d) Preservar e fazer preservar os bens patrimoniais da associação;

CAPITULO IV

DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 6º - A Associação será administrada por:

I – DIRETORIA EXECUTIVA.

II – CONSELHO FISCAL

Art. 7º - A Assembleia Geral, órgão soberano da vontade social, constituir-se-á dos

associados em pleno gozo de seus direitos políticos e estatuários.

Art.8º - A Assembleia geral ordinária, realizar-se a uma vez por ano para:

I – Apreciar o relatório anual da Diretoria;

II- Discutir e homologar as contas e balanços aprovados pelo conselho Fiscal;

III – Discutir e homologar as programações de contas e trabalhos para o exercício

seguinte;

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IV - Eleger a Diretoria e Conselho Fiscal;

Art. 9º - A Assembleia Geral Extraordinária realizar-se-á a qualquer tempo quando

convocada.

I – Pela Diretoria

II – Pelo Conselho Fiscal;

III – Por requerimento de 1/5 (um quinto) de associados.

Art. 10º - A convocação da Assembleia Geral, poderá ser feita por meio de Edital,

fixado na sede da instituição, por publicação na imprensa local, por circulares ou

outros meios convenientes, com antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis á sua

realização.

Art. 11º - Compete as Assembleias Gerais

I – Deliberar sobre materiais de interesse geral da associação ou dos associados.

II – Decidir em grau de recurso, sobre os assuntos que tenham sido deliberados pela

diretoria e a ela levados, a pedido do interessado, ou interessados;

III – Apreciar as demais matérias constantes da ordem do dia;

IV – Examinar os assuntos que lhes sejam propostos por associados, de qualquer

natureza;

V – Destituir a Diretoria, a qualquer tempo, independentemente de justificação ou

indenização, se houver;

VI – Decidir sobre reforma dos estatutos;

VII – Decidir sobre a extinção da Entidade nos termos do Art. 48;

VIII – Decidir sobre a conveniência de alienar, transigir, hipotecar ou permutar seus

bens patrimoniais;

IX - Aprovar o regimento interno.

Art. 12º - Das formas de convocação das Assembleias Gerais

I - As Assembleias Gerais deverão ser convocadas e realizar-se-ão em local e

horário previamente determinados;

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II – Assembleias Gerais, serão convocadas pela Diretoria ou por requerimento, com

um mínimo de 1/5 (um quinto) dos associados ou ainda, pelos membros do

Conselho Fiscal.

III –As convocações indicarão sempre o resumo da ordem do dia, a data local e o

horário da realização e o quórum para a primeira e segunda chamadas.

IV – As convocações das Assembleias Gerais Ordinárias, serão acompanhadas de

cópias dos relatórios e contas e de proposta de orçamento para exercício social

respectivo a ser analisado.

V – As convocações serão endereçadas aos associados, através de circulares, por

meio de Edital fixado na sede da Associação, através de publicação na imprensa

local, ou por outros meios convenientes.

VI – As convocações das Assembleias Gerais deverão ser feitas com prazo mínimo

de 10 (dez) dias, podendo as Assembleias Gerais Extraordinárias serem

convocadas com prazo de antecedência menor a 05 (cinco)dias úteis, desde que

seja comprovada a urgência no tratamento da matéria.

Art.13º - As Assembleias Gerais serão presididas por um associado especialmente

aclamado, que escolherá entre os presentes o secretário, a quem incumbirá lavrar a

ata dos trabalhos em livro próprio.

Art. 14º - Somente serão computados, em qualquer deliberação, os votos dos

associados que estiverem regularmente em situação de fazê-lo na proporção de 01

(um) voto para cada de direito, devendo ser anulados os impossibilitados.

Art. 15º - As Assembleias Gerais instalar-se-ão em primeira convocação, com a

presença de associados que representam o numero de 1/3 (um terço) e, em

segunda chamada, 30 (trinta) minutos após a primeira com numero mínimo de 05

(cinco) pessoas.

Parágrafo Único – A destituição de diretoria e a alteração do presente estatuto,

será em assembleia geral extraordinária especialmente convocada para este fim,

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observando-se que o quórum para a instalação da referida assembleia, será o

seguinte:

a) em primeira chamada, com a presença da maioria absoluta dos associados

com direito a voto; e

em segunda chamada, ou nas chamadas seguintes com presença no mínimo

de 1/3 dos associados com direito a voto. Bem como as deliberações

deverão ter voto concorde de 2/3 dos presentes á assembleia geral.

Art. 16º – É vedado aos associados votar assuntos em que tenha particular

interesses.

Art. 17º – É licito ao associado fazer-se representar nas Assembleias por procuração

com poderes especiais, desde que não seja membro da Diretoria ou administração

da Associação.

Art. 18º – As deliberações tomadas em Assembleias Gerais serão obrigatórias a

todos os associados, independentemente do seu comparecimento ou voto cabendo

a Diretoria executá-las e fazê-las cumprir.

Art. 19º – Dentro de (dez) dias úteis que se seguirem a realização da Assembleia,

serão confeccionadas cartas endereçadas aos associados, nas quais se relatará as

deliberações tomadas.

ART. 20º – Das Assembleias gerais serão lavradas em livro próprio aberto e

encerrados pelos membros da Diretoria, devendo ser assinados pelo Presidente e

secretário, e pelos associados presentes que terão direito de nele fazer constar as

suas declarações.

CAPITULO V

DESLIGAMENTO, ELIMINAÇÃO E EXCLUSÃO

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Art. 21º – O desligamento do associado dar-se-á a seu pedido, formalmente dirigido

a Diretoria Executiva da Associação e não poderá ser negado.

Art. 22º – A eliminação do associado, que será realizada em virtude de infração de

lei, do código de ética, ou deste estatuto, será feita pela Diretoria Executiva, após

duas advertências por escritos ou, se houver código de ética, conforme regimento

interno do conselho de ética da Associação.

Parágrafo I – A cópia autenticada da decisão será remetida ao associado, por

processo que comprove as data da remessa e do recebimento.

Parágrafo II – O associado poderá, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, a contar da

data de recebimento da notificação, interpor recurso, que terá efeito suspensivo até

a primeira assembleia geral, caso o regimento do conselho de ética não definir

outros procedimentos.

Art. 23º – A exclusão do associado será feita:

a) por dissolução da associação;

b) Por morte da pessoa física;

c) Por incapacidade civil não suprida;

d) Por deixar de atender aos requisitos estatuários de ingresso ou permanência

na associação.

CAPITULO VI

DA COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA EXECUTIVA

Art. 24º – A Diretoria Executiva será composta de:

I - Presidente

II - Vice-Presidente

III – 1 Tesoureiro

IV – 2 Tesoureiro

V - Secretário

VI – Diretor de Patrimônio

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Pgf. Único - Todos os membros da Diretoria Executiva deverão, obrigatoriamente

serem eleitos em Assembleia Geral Ordinária e/ou Extraordinária quando da

complementação de cargos ou vacância.

Art. 25º – Compete a Diretoria:

I – Elaborar programa anual de atividade e executá-los;

II – Elaborar e Apresentar á Assembleia Geral relatório anual;

III –Contratar e demitir funcionários;

IV – Elaborar Regimento Interno;

V – Dirigir e administrar a associação;

VI – Cumprir e fazer cumprir o presente estatuto, o Regimento Interno bem como

acatar as deliberações das Assembleias Gerais;

VII – Elaborar e apresentar as propostas de despesas extraordinárias submetendo-

as a apreciação do Conselho Fiscal, em caso de aprovação, será “ad-referendum”

da Assembleia Geral respeitando-se sempre as disponibilidades financeiras, a

serem apresentadas pelo Diretor da área;

VIII – Zelar sempre pelos interesses dos associados;

IX – Convocar Assembleia Geral sempre que se fizer necessária.

Parágrafo Único – As deliberações da Diretoria Executiva só poderão ser tomadas

quando reunidos pelo menos 2/3 (dois terços) dos Diretores e por maioria dos votos

presentes.

Art. 26º – Compete ao Presidente:

I – Representar a Associação, ativa, passiva, judicial e extrajudicialmente com o

Diretor da área envolvida e/ ou que este nomear representante;

II – Cumprir e fazer cumprir este Estatuto, o Regimento Interno;

III – Convocar e presidir as reuniões da Diretoria;

IV – Autorizar o pagamento de despesas normais da Associação, desde que não

ultrapasse os valores a serem determinados juntamente com o tesoureiro e/ ou

nomear seus procuradores ou representantes da administradora eventualmente

contratada;

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V - Assinar as atas das Assembleias Gerais da Associação, juntamente com o

Presidente da mesa e Secretário, bem como, o livro de presenças das reuniões;

VI – Assinar, juntamente com o tesoureiro todas as operações bancárias, contratos

e/ ou compromissos em nome da Associação;

VII – Recorrer das deliberações da Diretoria Executiva, quando julgar que entender

contrárias aos interesses da Associação, ou em desacordo com o estatuto, apelando

a Assembleia Geral quando necessário;

VIII – Destituir em nome da Associação, os membros da Diretoria que venham a

faltar ás reuniões por 03 (três) vezes consecutivas, sem apresentação de

justificativas, convocando no prazo de 30 (trinta) dias, Assembleia Geral para eleição

do substituto;

IX – Exercer as demais funções inerentes ao cargo.

Art. 27º – Compete ao Vice-Presidente:

I – Substituir o Presidente em suas faltas ou impedimentos, prestando de modo

geral, a sua colaboração em caso de vacância, assumindo interinamente com todas

as prerrogativas do art. 26 e seus incisos, até a convocação de Assembleia Geral

para a eleição de novo Presidente, que deverá realizar-se dentro do prazo máximo

de 60 (sessenta) dias a contar do afastamento do Presidente;

II - Prestar de modo geral a sua colaboração ao presidente;

III – Participar do planejamento e execução das atividades da associação,

juntamente com o Presidente;

Art. 28º– Compete ao Secretário Geral:

I – Secretariar as reuniões da Diretoria e Assembleia Geral e redigir as competentes

atas;

II – Manter atualizado o cadastro de associados;

III – Colaborar na recepção e expedição de correspondências;

IV – Divulgar todas as notícias de atividades da Associação;

V - Substituir o Vice-Presidente em suas ausências, impedimentos ou vacâncias;

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VI – Ter sob guarda e responsabilidade, todos os objetos e demais documentos

pertencentes á secretária.

Art. 29º – Compete ao tesoureiro:

I – Arrecadar e contabilizar as contribuições dos associados, mantendo em dia a

escrituração e respectivos documentos;

II – Pagar as contas das despesas autorizadas pelo Presidente;

III – Apresentar relatórios de receitas e despesas, sempre que forem solicitadas;

IV – Apresentar o relatório financeiro para ser submetido á Assembleia Geral;

V – Apresentar semestralmente o balancete ao Conselho Fiscal;

VI – Conservar sob sua guarda e responsabilidade o numerário e documentos

relativos á tesouraria, inclusive contas bancárias;

VII – Assinar os documentos relativos ás subvenções, doações, auxilio legados,

juntamente com o Diretor Presidente;

VIII – Apresentar mensalmente, a Diretoria, o balanço das receitas e despesas;

IX – Toda receita da Associação, deverá estar numa instituição Bancária, escolhida

pela Diretoria, sendo permitido manter em caixa importância igual ou inferior a 02

(dois) salários mínimos para atender as despesas de expediente.

Art. 30º – Compete ao Diretor de Patrimônio:

I – Substituir o Secretário Geral nas suas ausências, impedimentos ou vacâncias;

II – Manter sob o seu controle e fiscalização os equipamentos e instalações;

II – Verificar junto aos demais diretores quais as necessidades material, e levar ao

Presidente para as providências;

IV – Procurar estar sempre atento ao serviço de manutenção, instalação de novos

equipamentos;

V – Fiscalizar, quanto for preciso, irregularidades que possam prejudicar os

associados;

VI – Estar em condições de, a qualquer tempo, prestar informações sobre os bens

patrimoniais da Associação;

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VII – Zelar pelos assuntos administrativos da Associação;

VIII – Assinar correspondências em nome da Associação que não acarretam

responsabilidade;

IX – Contratar empresas para promover eventos nas dependências da Associação

em datas festivas e comemorativas. No entanto, para efetivar a contratação deverá

obter aprovação dos demais membros da Diretoria Executiva.

CAPITULO VII

DO CONSELHO FISCAL

Art. 31º – O conselho Fiscal, será composto por 03 (três) membros eleitos pela

Assembleia Geral.

Pgf. 1 – O mandato do Conselho Fiscal, será de 01 (um) ano, permitindo a reeleição

consecutiva, salvo determinação contrária tomada em A.G.O pela unanimidade dos

associados presente.

Pgf 2 – Em caso de vacância, o mandato será assumido pelo respectivo suplente,

até o seu término.

Art. 32º – Compete ao Conselho Fiscal:

I – Examinar os livros da escrituração da Associação;

II – Examinar o balancete mensalmente apresentado pelo tesoureiro opinando a

respeito;

III – Apreciar os balanços e inventários que acompanham o relatório anual da

Diretoria;

IV – Opinar sobre aquisição de bens por parte da Associação;

V – Reunir-se com a Diretoria, sempre que for convocado;

Pgf. Único – O conselho fiscal reunir-se-á ordinariamente a cada 02 (dois) meses

extraordinariamente sempre que necessário.

Art. 33º – Competem as Diretorias da Área da Associação:

I – Cumprir e fazer cumprir sempre as normas estatuárias contidas no artigo 28

deste, em todos os incisos.

Art. 34º - A Diretoria reunir-se-á no mínimo uma vez por mês.

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Art. 35º – O mandato da Diretoria será de 02 (dois) anos, permitindo a reeleição

consecutiva, salvo determinação contrária tomada em A.G.O pela unanimidade dos

Associados presentes.

Art. 36º – As atividades dos diretores e conselheiros não serão remuneradas,

podendo entretanto, terem uma Ajuda de custo e diárias para custear despesas de

viagens quando necessárias, entretanto terá que estar aprovado pela Assembleia

Geral.

Art. 37º – O diretor e/ou membro do conselho fiscal que faltar injustificadamente a 03

(três) reuniões consecutivas da Diretoria ou do Conselho fiscal, respectivamente,

terá a perda de seu mandado.

Art. 38º – Em caso de demissão ou renúncia coletiva da Diretoria, o conselho fiscal a

substituirá, devendo neste caso, convocar, dentro do prazo de 30 (trinta) dias,

Assembleia Geral para eleger os componentes da Diretoria para complementar o

mandato.

CAPÍTULO VIII

DAS ELEIÇÕES

Art. 39º – As chapas das eleições da Associação, deverão ser apresentadas até 30

(trinta) dias antes da eleição, em Assembleia Geral, convocada de acordo com o Art.

11. Do capitulo III.

Art. 40º – Deverá ser entregue a Secretária Geral da Associação requerimento de

inscrição onde constarão os nomes e cargos de cada candidato devidamente

assinado pelos mesmos.

Pgf. Único – Os candidatos obrigatoriamente deverão ser associados da

Associação e não poderão ter parentes até terceiro grau, cônjuge, ou companheiros

na Associação.

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Art. 41º – A Diretoria da Associação, de posse da (s) inscrição (ões) da (s) chapa (s)

convocará de acordo com o Art. 10. A Assembleia Geral onde será designada a

Comissão Eleitoral.

Pgf. Único – A comissão Eleitoral, deverá ser formada por 03 (três) associados com

finalidade de elaborar e encaminhar o processo eletivo.

Art. 42º – Nenhum membro da Diretoria e do Conselho Fiscal da Gestão, quando

estiver administrando a Associação, poderá fazer parte da Comissão Eleitoral.

Art. 43º – A comissão Eleitoral, após a eleição, dará inicio a contagem dos votos e

seus trabalhos encerrar-se-ão a partir da proclamação da chapa vencedora, através

da publicação do resultado e do registro em ata, não ultrapassando 01 (um) dia da

eleição.

Art. 44º – No caso de empate, a Comissão Eleitoral deverá elaborar novas eleições

convocando os sócios num prazo de 03 (três) dias após a publicação do primeiro

resultado, definindo a chapa vencedora através de voto descoberto, obedecendo ao

disposto no Art. 41.

CAPITULO IX

DO PATRIMÔNIO

Art. 45º – O patrimônio da Associação será constituído de bens móveis e

contribuições dos associados.

Pgf. 1. – A alienação ou oneração dos bens adquiridos na forma deste Artigo, exigirá

a aprovação em Assembleia Geral extraordinária por 50% (cinquenta por cento)

mais 01 (um) da totalidade dos associados.

Pgf. 2. – No caso de dissolução social da Associação, os bens remanescentes serão

vendidos e o dinheiro arrecadado será dividido entre os associados.

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CAPITULO X

DOS RECURSOS FINANCEIROS

Art. 46º – A receita da associação será constituída de conformidade com os recursos

financeiros auferidos por contribuições de associações ou doações.

Pgf. Único – O valor da taxa será aprovado em Assembleia Geral e/ ou em

Assembleia Geral Extraordinária.

Art. 47º – Poderá a Diretoria da Associação no cumprimento dos seus objetivos,

conforme o Art. 02. firmar contratos e/ ou convênios com entidades públicas ou

particulares com organizações e organismo internacionais, seguindo os princípios do

regimento interno da associação.

CAPITULO XI

DA DISSOLUÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Art. 48º – A associação será dissolvida e seu patrimônio será destinado à entidade

de fins não econômicos conforme o art. 61 da lei 10.406/02, deliberada em

Assembleia Geral Extraordinária especialmente convocada pra esse fim.

Pgf. 1. – A liberação de que trata este Artigo, deverá ser tomada por 50% (cinquenta

por cento) dos votos mais 01 (um) dos associados.

Pgf. 2. – A Assembleia Geral Extraordinária que determinará a dissolução elegerá o

liquidante e o Conselho Fiscal que deverão funcionar, durante a liquidação em

harmonia.

Art. 49º – Os membros da Diretoria da Associação, responderão civil e

criminalmente pelos atos praticados durante sua gestão até 05 (cinco) anos após o

término de seu mandato.

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CAPITULO XII

DOS LIVROS FISCAIS E AUXILIARES

Art. 50º – A Associação possuirá os seguintes livros, onde registrará as atividades

oficiais e não oficiais realizadas:

a) De ata das Assembleias Gerais;

b) De ata das Reuniões da Diretoria;

c) De ata de Reuniões do Conselho Fiscal;

d) De Registro de Associados

CAPITULO XIII

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 51º – Os casos omissos no presente Estatuto serão resolvidos pela Diretoria e

referendados pela Assembleia Geral.

Art. 52º – A data da fundação da Associação será a do dia vinte e nove de agosto de

2.005, na qual foi instalada a Assembleia Geral Extraordinária, ocorrida nas

dependências da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis -

ASSOCIAÇÃO, onde ficou decidido por unanimidade a criação da presente

Associação. Porém, a personalidade jurídica será considerada a data da publicação

e registro em Cartório deste Estatuto e a ata da Assembleia de Fundação e posse

da Diretoria.

Art. 53º – Os associados não respondem subsidiariamente pelas obrigações

contraídas indevidamente pela Diretoria da Associação.

Art. 54º – O presente estatuto será obrigatoriamente editado e afixado na sede a fim

de ser levado ao conhecimento dos associados.

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Ficam autorizados todos os atos que se tornarem necessários a fim de regularizar o

registro do presente estatuto, junto ao cartório de registro de títulos e documentos,

para surtir seus legais e jurídicos efeitos.

Campina Grande do Sul, ___de______ de____.

________________________

Diretor- Presidente

_________________________

(da Assembleia de Constituição)

________________________________

ADVOGADO OAB/PR: