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Ângela Chantal Psicóloga – SEMTCAS/PMT CRP 21/0944 09:57:05 [email protected] ATERRO MUNICIPAL DE TERESINA Diagnóstico e Intervenção junto aos Catadores 1

Perfil dos catadores do Aterro Municipal de Teresina

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Ângela Chantal Psicóloga – SEMTCAS/PMT

CRP 21/0944

09:57:[email protected]

ATERRO MUNICIPAL DE TERESINA Diagnóstico e Intervenção

junto aos Catadores

1

DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO DAS FAMÍLIAS DE CATADORES DO ATERRO DE

TERESINA

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OBJETIVOS: Identificar o perfil as famílias dos catadores; Realizar análise das transformações sociais

ocorridas nos últimos 05 (cinco) anos Descrever os serviços ofertados a essa

população pelo município.

DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO DAS FAMÍLIAS DE CATADORES DO ATERRO DE

TERESINA

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METODOLOGIA: CRAS, CREAS e Conselho Tutelar Coleta de dados referentes ao ano de 2009. Visitas domiciliares/atendimento – questionário. Planilha e gráficos; Análise comparativa entre a realidade nos anos

de 2009 e 2014.

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

(Lei nº 12.305/2010)

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• Incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas de catadores (Art. 8º, IV);

• Plano Nacional de Resíduos Sólidos – metas para a eliminação e recuperação de lixões, associadas à inclusão social e à emancipação econômica de catadores; (Art. 15, V);

• Recursos da União – prioridade a municípios que implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas de catadores formadas por pessoas físicas de baixa renda (Art. 18, § 1º, III);

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

(Lei nº 12.305/2010)

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• Plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos – programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial das cooperativas de catadores, se houver (Art. 19);

• São proibidas, nas áreas de disposição final de resíduos ou rejeitos a utilização dos rejeitos como alimentação e a catação (Art. 48, I, II).

ATERRO MUNICIPAL

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• Atrativo de geração de renda e/ou renda alternativa;

• Culturalmente exercida por famílias, sendo passado de geração a geração;

• Renda familiar X Saúde;• Trabalho Infantil; • Práticas ilícitas (?);• Segurança.

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• Recebimento de resíduos sólidos não perigosos (lixo doméstico e comercial, capina, varrição, poda, etc);

• Aterro sanitário;• Estação de tratamento de Chorume;• Resíduos industriais, de construção civil e

outros – aterros particulares.

ATERRO MUNICIPAL

CATADORES DE MATERIAL RECICLÁVEL

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Classificação Brasileira de Ocupações (CBO):• Catar, selecionar e vender materiais recicláveis

como papel, papelão e vidro, bem como materiais ferrosos e não ferrosos e outros materiais reaproveitáveis;

• Profissionais que se organizam de forma autônoma ou em cooperativas;

• O trabalhador é exposto a variações climáticas, a riscos de acidente na manipulação do material, acidentes de trânsito e, muitas vezes, à violência urbana.

CATADORES DE MATERIAL RECICLÁVEL

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• Os catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis são atores importantes na sociedade, contribuindo para a redução dos impactos ambientais do lixo urbano (GONÇALVES, 2004).

• Apesar da sua importância, os catadores são excluídos socialmente. Em geral, são pessoas que vivem a condição de desemprego devido à idade, condição social e baixa escolaridade e passam a exercer a catação de resíduos sólidos como forma de garantir o sustento da sua família (FILHO et al, 2012).

AÇÕES MUNICIPAIS JUNTO AOS CATADORES E SUAS FAMÍLIAS

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A partir de 1996 – projetos nos campos da promoção social e enfrentamento ao trabalho infantil (BRANDÃO, 2009), como:

Escola Aberta, Casa de Metara, Casa de Zabelê;Projeto de Ações Integradas (PAI); Jornadas Ampliadas; Do Lixo à Cidadania; Vem pra Casa, Criança; Família Legal; Concessão de bolsas de estudo.

AÇÕES MUNICIPAIS JUNTO AOS CATADORES E SUAS FAMÍLIAS

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• 2010 • Projeto Cidadania – filhos de catadores • Construção do aterro sanitário.

• 2011 – Projeto Desenvolvimento Regional Sustentável –DRS Reciclagem

AÇÕES MUNICIPAIS JUNTO AOS CATADORES E SUAS FAMÍLIAS

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• DRS Reciclagem:• 218 famílias que catam resíduos sólidos, • Cursos sobre reciclagem, cooperativismo, coleta

seletiva, entre outros; • Incentivo à criação de uma Cooperativa;• Galpão equipado para armazenamento e

processamento do material coletado; • Distribuição de roupas, luvas, botas e chapéus

(FILHO et al, 2012).• Parcerias: SEBRAE, BB, Correios, CEF,

Associação de Moradores, Organização das Cooperativas do Estado do Piauí (OCEPI).

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• 2013 • Diagnóstico

• 2014• Ação de Cidadania• CadÚnico – Família de Catadores de

Material Reciclável.• 2015

• COOCAMASA - Nova diretoria • Curso sobre Associativismo – ACESSUAS

AÇÕES MUNICIPAIS JUNTO AOS CATADORES E SUAS FAMÍLIAS

PERFIL DOS CATADORES DO ATERRO

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SEXO PREDOMINANTE

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2009 2012 20140%20%40%60%80%

100%GRÁFICO 1: Sexo

HomensMulheres

SEXO PREDOMINANTE

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Mulheres (Pesquisa de Emprego e Desemprego, 2013):Mais da metade da população desempregada;Rendimentos menores do que o dos homens.Menor acesso e permanência no trabalho;Piores condições de trabalho.

Possuem responsabilidades comumente subtraídas doshomens (cuidar dos filhos, obrigações domésticas)Essas particularidades fazem com que as mulheres setornem mais suscetíveis a trabalhos informais e combaixas remunerações, como é o exemplo das catadoras deresíduos sólidos.

IDADE

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Jovens – a falta de oportunidade de emprego,geralmente associada à diminuição da escolaridade equalificação, levam os jovens a assumir trabalhos commelhores condições de crescimento, salariais e menosinsalubres.

TEMPO DE ATIVIDADE E IMPACTO NA SAÚDE DOS CATADORES

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TEMPO DE ATIVIDADE E IMPACTO NA SAÚDE DOS CATADORES

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• 68% exercem essa atividade há mais de 6 anos;• A maioria não utiliza equipamentos de segurança para

exercer a atividade acarretando em problemas de saúde.• Os materiais em decomposição e os produtos tóxicos

exalam forte odor e aumentam o risco de doenças (Calderoni, 2003; Rêgo, 2002; Sisinno, 1996).

• Poeira – desconforto, problemas respiratórios e pulmonares e outros (Carranza, 2002; Ferreira, 2001).

• Microorganismos patogênicos – lenços de papel, curativos, fraldas descartáveis, papel higiênico, absorventes, agulhas e seringas descartáveis e camisinhas (Collins,1992; Ferreira, 1997).

EMPREGO E RENDA

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EMPREGO E RENDA

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• 2009 – 71% recebiam menos que uma saláriomínimo, a maioria das famílias viviam em extremapobreza;

• 2014 - 48% declararam viver com menos de 1 saláriomínimo;

• Pouca resistência na negociação do preço e vendados recicláveis, recebendo um valor bem abaixo demercado pelo produto, o que faz com que suaremuneração seja bastante variável (Garcia, 2002).

EMPREGO E RENDA

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• A maioria não apresenta outra atividade remunerada.• Em alguns casos não é uma complementação à

renda e muitas vezes representa uma alternativa àmarginalidade

• Parte das pessoas começaram a trabalhar nesselocal após ficarem desempregadas;

• A atividade de catação pode ser compreendida comoresistência e busca de sobrevivência daqueles quenão conseguem se inserir no mercado de trabalho,bem como da baixa escolaridade e qualificaçãoprofissional (Gonçalves, 2004).

EMPREGO E RENDA

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• 89,7% das pessoas que disseram desejar ter outro emprego já participaram de capacitações oferecidas pela associação de moradores e associação dos catadores de material reciclado e outras capacitações disponíveis no bairro.

PROGRAMAS E BENEFÍCIOS SOCIOASSISTENCIAIS

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48% das famílias de catadores são atendidas pelo PBF: Acompanhar vacinação, crescimento e desenvolvimento de crianças de até anos;Mulheres de 14 a 44 anos – acompanhamento na saúde;Gestantes ou lactantes – pré-natal e acompanhamento do recém-nascido;Crianças/adolescentes em idade escolar –matriculados e com frequência escolar mensal mínima de 85% da carga horária para aqueles de 6 a 15 anos e 75% da frequência para estudantes de 16 a 17 anos;Crianças e adolescentes com até 15 anos em risco ou retiradas do trabalho infantil devem participar do SCFV.

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ESPORTE E LAZER

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ESPORTE E LAZER• 70% afirmaram que não possuem opções

de lazer: • A comunidade é precária em equipamentos

de esporte e lazer o que propicia o ócio, e a criminalidade.

• É sobretudo no tempo livre e de lazer que os jovens edificam suas normas e experiências, identidades e expressões culturais (ABRAMO, 2008).

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MORADORES DE RUA• Casa do Caminho e Centro Pop/SEMTCAS• SDU Leste/REVITA;• Acesso ao emprego com direitos

trabalhistas em uma experiência piloto;• Atualmente 5 usuários estão sendo

contratados pela empresa de limpezaurbana.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:ABRAMOVAY, M.; RUA, M.G. Violências nas Escolas. Brasília: Unesco, 2002.BRANDÃO, Sônya Maria Pires. Uma experiência profissional: Trabalho Infantil– Estratégias de Mudança. Dissertação de Mestrado em Relações de Trabalho,Desigualdades Sociais e Sindicalismo, sob orientação da Professora DoutoraVirgínia Ferreira, apresentada à Faculdade de Economia da Universidade deCoimbra , Coimbra, 2009FILHO, Italo César Mousinho Santos et al. O LIXO QUE GERA RENDA:CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS DO ATERRO CONTROLADO DETERESINA-PI. VII CONNEPI - Congresso Norte Nordeste de Pesquisa eInovação. 2012. Disponível emhttp://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/viewFile/241/2948GONÇALVES, Raquel de Souza. Catadores de Materiais Recicláveis:trajetórias de vida, trabalho e saúde. Rio de Janeiro: FIOCRUZ/ENSP, 2004.Dissertação de Mestrado apresentada a Escola Nacional de Saúde Pública SérgioArouca da FIOCRUZ como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre emSaúde Pública. 2004. Disponível em: http://www.arca.fiocruz.br/xmlui/ bitstream/handle/icict/5344/625.pdf?sequence=2. Acesso em 11 de março de 2014.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a pedagogia dooprimido.Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992PORTAL BRASIL. Aterros sanitários protegem ambiente de contaminação.

Publicado em 13 de abril de 2012. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2012/04/aterros-sanitarios-protegem-meio-ambiente-de-contaminacao.Acesso: 11 de março de 2014.RODRIGUES, M. A. M. F. & Lima, A. J. A intervenção pública sobre a questão dotrabalho infantil. Revista Textos & Contextos Porto Alegre v. 6 n. 2 p. 425-442.jul./dez. 2007SCHIAVO, Marcio R. e MOREIRA, Eliesio N. Glossário Social. Rio deJaneiro:Comunicarte, 2005TERESINA. Plano Municipal de Enfrentamento do Trabalho Infantil. PrefeituraMunicipal de Teresina/Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente de Teresina, 2013.

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Ângela ChantalPsicóloga – CRP 21/0944

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