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Proposta preliminar de Programa Mato- grossense de Municípios Sustentáveis Consultor: Valmir Gabriel Ortega Cuiabá 2013

Proposta preliminar de Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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Consultor: Valmir Gabriel Ortega

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Proposta preliminar de Programa Mato-

grossense de Municípios Sustentáveis

Consultor: Valmir Gabriel Ortega

Cuiabá

2013

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Sumário

PROGRAMA MATO-GROSSENSE DE MUNICÍPIOS SUSTENTÁVEIS .............................. 1

1. Introdução......................................................................................................................... 1

2. Elementos para um programa de municípios sustentáveis em Mato Grosso ................... 2

3. Programa – Objetivo Geral .............................................................................................. 3

4. Objetivos Orientadores ..................................................................................................... 3

5. Abrangência ..................................................................................................................... 3

6. Componentes e Metas ...................................................................................................... 6

7. Estratégia de Implementação ........................................................................................... 8

7.1. Momento 1 – Carta de Constituição do Programa ..................................................... 9

7.2. Momento 2 – Construção da Agenda de Compromissos ......................................... 11

7.3. Momento 3 – Agendas Locais para a Sustentabilidade ........................................... 11

7.4. Momento 4 – Realização .......................................................................................... 11

8. Financiamento ................................................................................................................ 12

9. Governança..................................................................................................................... 13

10. Cronograma Preliminar ................................................................................................ 14

LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE POLÍTICAS PÚBLICAS SUSCETÍVEIS DE COMPOR

UM PROGRAMA MATO-GROSSENSE DE MUNICÍPIOS SUSTENTÁVEIS .................... 15

1. Políticas Públicas e Programas Governamentais ........................................................... 15

2. Estratégia de Integração de Políticas Públicas ............................................................... 16

3. Priorização de Políticas e Programas Públicos Federais ................................................ 17

3.1. Programas Federais por Ministérios ........................................................................ 17

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Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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PROGRAMA MATO-GROSSENSE DE MUNICÍPIOS SUSTENTÁVEIS

Amazônia Mato-grossense

1. Introdução

O estado do Mato Grosso têm um longo histórico de criação e implementação de instrumentos

de combate ao desmatamento da Amazônia. O sistema de licenciamento ambiental de imóveis rurais

(SLAPR), associado com o monitoramento da dinâmica do desmatamento, inaugurou, no final da

década de 90, um momento novo de engajamento e participação dos estados na agenda ambiental.

Com a edição da Lei Complementar nº 343, de 24 de dezembro de 2008, que instituiu o

Programa MT LEGAL, o estado do Mato Grosso incluiu o Cadastro Ambiental Rural (CAR) como

etapa inicial do processo de regularização ambiental rural e anterior ao licenciamento ambiental

único. A Lei fixava um prazo máximo de até 3 anos para cadastramento de todos os imóveis rurais,

escalonados por faixa de tamanho, dos maiores para o menores. Entretanto, com a demora no processo

de revisão do Código Florestal e por dificuldades operacionais do órgão ambiental, esses prazos foram

sucessivamente prorrogados e, atualmente, a própria Lei deverá ser revista para adequação a nova

legislação federal.

Mais recentemente, chegou a vez dos municípios entrarem em cena na promoção da agenda

ambiental. Vários municípios mato-grossenses estão desenvolvendo iniciativa de promoção da gestão

ambiental, especialmente do CAR. Essas inciativas, em sua maioria, são promovidas em parcerias

com organizações da sociedade civil e associações de classe. Muitos desses municípios estão

estruturando suas secretarias de meio ambiente e, com elas, promovendo programas de regularização

ambiental rural, recuperação de áreas degradadas, prevenção e controle do fogo e promoção de

atividades econômicas sustentáveis.

Esse novo posicionamento foi fortemente motivado pela criação da lista dos municípios com

os maiores índices de desmatamento da Amazônia, instituída pelo Ministério do Meio Ambiente, a

partir de 2007. Soma-se a esse movimento, a recente aprovação da Lei Complementar 140/2011, que

reforça o papel do município na gestão ambiental e cria os instrumentos de cooperação federativa

necessários para o exercícios das competências comuns dos entes da Federação - União, estados e

municípios.

Esse processo não é exclusivo no Mato Grosso, outros estados também buscam trilhar esse

novo caminho de reforço do papel do município na gestão ambiental. O estado do Pará, com forte

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Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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protagonismo do governo estadual, estabeleceu o Programa de Municípios Verdes, que juntamente

ao Ministério Público Federal, instituiu um mecanismo de engajamento dos municípios a partir de

firmatura de termos de compromisso e de um conjunto de benefícios e incentivos.

No caso do Mato Grosso, as maiores oportunidades estão associadas ao engajamento dos

consórcios intermunicipais, como mobilizadores e agregadores da atuação dos municípios, que junto

com a participação do Governo do Estado e de organização da sociedade civil, reunirão as condições

necessárias para o estabelecimento de um Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis.

2. Elementos para um programa de municípios sustentáveis em Mato Grosso

O Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis se assentará na construção de uma

agenda de cooperação entre organizações da sociedade civil e autoridades públicas locais para a

promoção da sustentabilidade em âmbito local.

O estabelecimento de uma trajetória rumo à sustentabilidade exige, antes de tudo, uma

tomada de decisão coletiva, que promova um processo contínuo de engajamento, baseado em

dinâmicas de negociação e pactuação e que permita estruturar uma agenda de compromisso capaz de

promover as mudanças desejadas na realidade local.

O quadro abaixo representa esquematicamente essa trajetória potencial.

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Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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Esse caminho deverá envolver um agenda mínima permeada pelas dimensões: social, com

combate à pobreza e promoção da qualidade de vida; ambiental, pautada pela governança ambiental

local, proteção de ativos ambientais e restauração de passivos ambientais; e, econômica, com

promoção de atividades sustentáveis e reorientação de processos produtivos tradicionais.

3. Programa – Objetivo Geral

Promover o desenvolvimento sustentável dos municípios da Amazônia Mato-grossense,

através do fortalecimento da economia local, da melhoria da governança pública municipal, da

promoção da segurança jurídica e da redução do desmatamento e degradação ambiental. A princípio,

o Programa se constituí voltado para os municípios inseridos no bioma Amazônia, mas a intenção é

que ele se expanda até abranger todo o estado. Da mesma forma, se discutiu que o foco primeiro do

programa é na agenda rural, mas que futuramente incluirá a agenda urbana.

4. Objetivos Orientadores

Os objetivos orientadores são:

Fortalecimento da gestão ambiental municipal

o Através da criação de secretarias municipais de meio ambiente, assegurando a efetiva

participação social local e inovando em novos instrumentos de controle ambiental.

Regularização ambiental e recuperação de áreas degradadas (APPs e RL)

o Implementando ações integrada com a gestão ambiental estadual e federal e

promovendo o desenvolvimento de modelos de restauração florestal com potencial de

uso econômico, assegurando apoio diferenciado para agricultores familiares.

Promoção de cadeias produtivas sustentáveis, com foco na agricultura familiar

o Valorizando os produtos da sociobiodiversidade e promovendo a reorientação dos

modelos intensivos de produção.

Dentre os benefícios esperados estão:

Melhoria da qualidade de vida;

Promoção de segurança jurídica;

Atração de investimentos e dinamização da economia local.

5. Abrangência

O Programa deverá ter a ambição de alcançar abrangência estadual, mas iniciará a partir de

um núcleo fundador baseado nos municípios do bioma Amazônia e em transição com o bioma

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Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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Cerrado. Essa região é constituída por 64 municípios, agrupados em 8 consórcios intermunicipais de

desenvolvimento econômico, social e ambiental.

A adesão dos municípios e consórcios deverá ocorrer gradativamente, a partir do

convencimento e da demonstração de resultados das experiências pioneiras. Pelo menos 8 municípios

já desenvolvem agenda de promoção da regularização ambiental rural e deverão se constituir no grupo

gerador de exemplos e aprendizados, capaz de cumprir o papel de mobilizar e engajar novos

municípios.

O quadro abaixo indica a localização dos consórcios do núcleo fundador do Programa Mato-

grossense de Municípios Sustentáveis.

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Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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O quadro abaixo apresenta a composição dos consórcios:

CONSÓRCIO MUNICÍPIOS DADOS GERAIS

VALE DO TELES PIRES 1. Alta Floresta Sede: Paranaíta End: Av. Alceu Rossi, 351 - Centro – CEP: 78.590-000 Data de implantação: 03/05/2006 Área Total (Km2): 52.590,00

2. Apiacás

3. Carlinda

4. Nova Bandeirantes

5. Nova Monte Verde

6. Paranaíta

PORTAL DA AMAZÔNIA 7. Colíder Sede: COLÍDER END: Rua Espanha, Lote 08 – Jardim Europa – CEP: 78.548-000 CNPJ: 08.920.483/0001-54 Data de implantação: 05/10/2006 Área Total (Km2): 61.922,52

8. Guarantã do Norte

9. Itaúba

10. Marcelândia

11. Matupá

12. Nova Canaã do Norte

13. Nova Guarita

14. Nova Santa Helena

15. Novo Mundo

16. Peixoto de Azevedo

17. Terra Nova do Norte

VALE DO JURUENA 18. Aripuanã Sede: COTRIGUAÇÚ End: Av. 20 de Dezembro, nº 22 – CEP: 78.330-000 Data de implantação: 05/03/2007 Área Total (Km2): 95.510,82

19. Castanheira

20. Colniza

21. Cotriguaçú

22. Juína

23. Juruena

ARAGUAIA 24. Alto Boa Vista Sede: ALTO BOA VISTA End: Av. Planalto, 896- Centro – CEP: 78.665-000 Data de implantação: 13/06/2007 Área Total (Km2): 33.362,75

25. Bom Jesus do Araguaia

26. Luciara

27. Novo Santo Antônio

28. São Félix do Araguaia

29. Serra Nova Dourada

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Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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ALTO TELES PIRES 30. Cláudia Sede: SORRISO End: Av. Porto Alegre, 2.526 – CEP: 78.890-000 Data de implantação: 13/04/2007 Área Total (Km2): 80.099,45

31. Feliz Natal

32. Ipiranga do Norte

33. Lucas do Rio Verde

34. Nova Mutum

35. Nova Ubiratã

36. Santa Carmem

37. Santa Rita do Trivelato

38. Sinop

39. Sorriso

40. Tapurah

41. União do Sul

42. Vera

MÉDIO ARAGUAIA 43. Água Boa Sede: ÁGUA BOA End: Av. Planalto, 410 – Centro – CEP: 78.635-000 Data de implantação: 23/06/2007 Área Total (Km2): 90.971,82

44. Campinápolis

45. Canarana

46. Cocalinho

47. Gaúcha do Norte

48. Nova Nazaré

49. Nova Xavantina

50. Querência

51. Ribeirão Cascalheira

NORTE ARAGUAIA 52. Canabrava do Norte Sede: VILA RICA End: Av. Brasil, nº 1.125 – Centro – CEP: 78.645-000 Data de implantação: 03/08/2007 Área Total (Km2): 40.197,12

53. Confresa

54. Porto Alegre do Norte

55. Santa Cruz do Xingu

56. Santa Terezinha

57. São José do Xingu

58. Vila Rica

VALE DO ARINOS 59. Brasnorte Sede: PORTO DOS GAÚCHOS End: Praça Leopoldina Wilke, 19 -CEP:78.560-000 Data de implantação: Área Total (Km2): 53.521,99

60. Itanhangá

61. Juara

62. Novo Horizonte do Norte

63. Porto dos Gaúchos

64. Tabaporã

6. Componentes e Metas

O Programa se constituirá em componentes agregadores de conjuntos de atividades e ações,

direcionados ao cumprimentos de meta pré-estabelecidas. Esse conteúdo será pactuado com os

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Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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parceiros instituidores do Programa e constituirão num plano de trabalho conjunto, orientando o

processo de captação e a divisão de atribuições e papéis.

Componentes potenciais:

• Regularização ambiental de imóveis rurais

Promoção da regularização ambiental de imóveis rurais, negociando e consolidando

o papel dos municípios na elaboração do CAR dos pequenos produtores e do pós-

CAR, com foco na recuperação das áreas degradadas, em parceria com órgãos

públicos federais, estaduais e com organizações da sociedade civil e representações

setoriais.

Instrumentalização do CAR como ferramenta para “conhecer” o território e

potencializar a oportunidade de integração com outros instrumentos de gestão, como

o planejamento do desenvolvimento rural sustentável, da infraestrutura municipal,

entre outros.

• Descentralização e estruturação da Gestão Ambiental Municipal

Descentralização e estruturação da Gestão Ambiental Municipal, em cooperação com

os demais entes federativos, reforçando a participação social local e aproveitando a

estrutura institucional-legal dos consórcios intermunicipais.

• Fomento às cadeias produtivas sustentáveis e redução da pobreza

Promoção do fomento às cadeias produtivas sustentáveis, integrando estratégias de

redução da pobreza e da desigualdade e construindo arranjos de parceria que

viabilizem da produção sustentável e a inclusão produtiva de grupos sociais

vulneráveis.

Reconhecimento dos consórcios intermunicipais como instrumentos indutores do

desenvolvimento territorial sustentável.

Fortalecimento do capital técnico local, através da capacitação continuada, como base

para a promoção do desenvolvimento rural sustentável.

Restauração de passivos florestais e a reorientação produtiva como uma oportunidade

econômicas para os municípios e comunidades locais.

• Instrumentos econômicos e estratégias de financiamento para a agenda de municípios

sustentáveis

Desenvolvimento de instrumentos econômicos e estratégias de financiamento para a

agenda de municípios sustentáveis, atentando-se para as oportunidades de

financiamento abertas (p.ex. Fundo Amazônia/BNDES);

Acolhimento do aprendizado com as experiências de criação de ferramentas ou

instrumentos econômicos que podem inspirar iniciativas no Mato Grosso (p.ex. BV

Rio – FUNBIO/SFX).

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Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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Reconhecimento que a estruturação de instrumentos econômicos, associados à

mecanismos tributários e incentivos fiscais, que podem ter papel relevante para

reorientação produtiva e engajamento do poder local (ICMS-Verde, isenções

tributárias para cadeias de base comunitária ou sustentável, compras sustentáveis,

etc.).

No que toca as metas iniciais do programa, se sugere:

100% dos imóveis rurais com CAR e LAR concluídos;

100% dos municípios com gestão ambiental implantada;

Redução do número de infrações ambientais e multas;

Desmatamento ilegal zero;

Recomposição das APPs restauração florestal de reservas legais degradadas.

O grupo instituidor do Programa complementará a lista de metas, com a inclusão de metas

associadas à promoção da qualidade de vida e ao fomento produtivo.

7. Estratégia de Implementação

A implementação do Programa deverá ser conduzida por um Comitê Articulador, com o papel

básico de mobilizar e engajar o grupo inicial de municípios e parceiros fundadores do Programa Mato-

grossense de Municípios Sustentáveis.

O roteiro para consolidação do Programa é o ponto de partida para o Comitê Articulador do

Programa, já que o Programa, propriamente dito, deverá nascer da adesão dos municípios e que seu

conteúdo deverá refletir as expectativas e anseios dos gestores.

O roteiro de implementação do programa segue o quadro esquemático abaixo:

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Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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7.1. Momento 1 – Carta de Constituição do Programa

Modelo de carta:

Programa Municípios Sustentáveis do Mato Grosso

Carta Compromisso

CONSCIENTES de que a Constituição Brasileira determina que a proteção do meio

ambiente, o combate a poluição, a preservação das florestal, da fauna e da flora, são competências

comuns da União, dos estados e dos municípios. E, que com a aprovação da Lei Complementar 140,

em 2011, finalmente, consolidou a arranjo institucional para o exercício pleno das competências

municipais, definindo, também, os instrumentos de cooperação federativa, ai incluído os consórcios

intermunicipais.

RECONHECENDO que o estado do Mato Grosso tem um longo histórico de combate ao

desmatamento da floresta. A criação, em 1998, do primeiro sistema de licenciamento ambiental rural,

baseado no registro georeferrenciado de imóveis rurais, foi o prenúncio do atual cadastro ambiental

rural criado, em 2012, na revisão do código florestal. Além disso, na última década, o enfrentamento

ao desmatamento ilegal na Amazônia e a busca por modelos produtivos sustentáveis tem mobilizado

inúmeras organizações públicas e da sociedade civil brasileira.

CONSIDERANDO que a edição da Portaria nº 28/2008, pelo Ministério do Meio Ambiente,

inaugurou um novo ciclo de engajamento dos municípios nos esforços de redução do desmatamento,

com a indicação das localidades com maiores índices de desmatamento na Amazônia e determinando

restrições às atividades econômicas locais. A partir dessa Portaria, em Mato Grosso, pelo menos 8

(oito) municípios desenvolveram parcerias com organizações da sociedade local em iniciativa de

regularização ambiental, especialmente, através da promoção do cadastro ambiental rural.

VALORIZANDO a longa experiência de cooperação dos 15 (quinze) consórcios

intermunicipais de desenvolvimento regional, que congregam a totalidade dos municípios mato-

grossenses e que criam a base institucional necessária para alavancar ações e projetos conjuntos.

ENGAJADOS na construção de uma trajetória sustentável para o desenvolvimento do estado

do Mato Grosso, que compatibilize crescimento econômico inclusivo, com a proteção da floresta e a

contínua promoção da qualidade de vida, NÓS, signatários desta carta, nos COMPROMETEMOS

a:

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Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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o Constituir o PROGRAMA MUNICÍPIOS SUSTENTÁVEIS, com o objetivo de promover o

desenvolvimento sustentável dos municípios mato-grossenses, através do fortalecimento da

economia local, da melhoria da governança pública municipal, da promoção da segurança

jurídica e da redução do desmatamento e degradação ambiental.

o O alcance desses objetivos, se dará, entre outros, pelos seguintes desafios:

Desmatamento ilegal zero;

100% dos imóveis rurais com cadastro ambiental rural (CAR);

Recomposição de áreas de preservação permanente degradadas e restauração ou

compensação de passivos de reservas legais;

Redução do número de infrações ambientais e multas;

Implementação da gestão ambiental em 100% dos municípios;

Fortalecimento de cadeias produtivas prioritárias da agricultura familiar;

Melhoria contínua da qualidade de vida;

Promoção da atividade econômica sustentável.

O PROGRAMA se baseará na cooperação multinstitucional e se assentará em processos

locais e regionais participativos, que permitam pactuar e executar políticas públicas e ações

integradas no território;

As ações inaugurais do PROGRAMA se concentrarão no fortalecimento da gestão ambiental

municipal, na regularização ambiental rural, recuperação de áreas degradadas e na

promoção de cadeias produtivas sustentáveis, com foco na agricultura familiar;

A coordenação dos trabalhos será exercida por um comitê articulador, já instituído, e

composto por representantes das instituições públicas, consórcios e organizações da

sociedade civil parceiras do PROGRAMA.

Cuiabá, data da assinatura

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Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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7.2. Momento 2 – Construção da Agenda de Compromissos

A Agenda de Compromissos incluirá um olhar integrado da sustentabilidade e deverá se

constituir a partir da negociação e pactuação dos temas chaves para o desenvolvimento local.

O quadro abaixo sinaliza a interdependência dos eixos ambiental, social e econômico e indica

alguns dos temas chaves para a composição da Agenda de Compromissos.

O detalhamento desses três eixos deverá ser o ponto de partida para a discussão e elaboração

da Agenda de Compromisso, que se constituirá como um documento orientador para os Pactos Locais

e, ao mesmo tempo, comporão os eixos estruturantes do Programa.

7.3. Momento 3 – Agendas Locais para a Sustentabilidade

As agenda locais para a sustentabilidade resultarão dos pactos locais e constituirão o plano de

trabalho para os parceiros em âmbito municipal, ou seja, baseado na agenda de compromisso, cada

município elaborará sua agenda local como base para a implementação do Programa Mato-grossense

de Municípios Sustentáveis.

7.4. Momento 4 – Realização

A execução do Programa será coordenada por um Comitê de Governança, assentado em uma

estratégia de captação e operacionalizada pela ação direta dos parceiros.

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Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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8. Financiamento

O Programa deverá ser financiado por diferentes fontes: orçamento público (Estado e União);

Fundo Amazônia; e, parcerias.

a. Orçamentos públicos

Para o orçamento público se propôs a criação de um comitê de integração de programas e

políticas públicas que tenham convergência com a proposta. A proposta de criação do comitê de

integração visa, também, superar as dificuldades de acesso à informação, além de confrontar a

excessiva fragmentação de iniciativas e fontes de recursos públicos, que por vezes, tornam-se

inacessíveis aos municípios.

b. Fundo Amazônia

O Fundo Amazônia (BNDES) é um potencial financiador de valor estratégico, seja pelo

volume de recursos disponíveis, seja pela possibilidades de integrar os municípios a outros programas

do BNDES. As diretrizes do Fundo Amazônia para o biênio 2013-2014 determinam que somente

serão apoiados projetos estruturantes ou projetos selecionados através de chamadas públicas

promovidas diretamente pelo Fundo Amazônia ou por intermédio de instituições parceiras (entidades

do terceiro setor e dos governos federal e estadual). Projeto estruturante é aquele que atenda

cumulativamente os seguintes critérios: (a) contribua para a implementação de uma política pública;

(b) seja resolutivo em relação à situação problema; e (c) tenha escala no território (sempre que o

projeto desenvolva as suas ações no território).

Os projetos estruturantes poderão ser propostos por: (a) órgãos do governo federal; (b) órgãos

dos governos estaduais ou (c) organizações privadas sem fins lucrativos. As prefeituras e consórcios

públicos não são mais aceitos como proponentes, embora para o caso dos consórcios há possibilidade

de se propor uma reconsideração, já que cumpre os requisitos de potencial agregador e de alcançar

escala no território.

Há três cenários potenciais para a submissão de Carta-proposta junto ao Fundo: cenário 1, os

consórcios intermunicipais como proponente executores; cenário 2, órgão estadual parceiro da

iniciativa submete a proposta, nesse caso, o projeto pode ter o formato de aplicação direta, com o

órgão estadual realizando a execução financeira do projeto, ou de aplicação indireta, com o órgão

estadual promovendo chamadas públicas dirigidas aos órgãos municipais e organizações da sociedade

civil; cenário 3, se propõe uma organização da sociedade civil como proponente, para tal será preciso

identificar organização com perfil e capacidade de execução adequada ao formato do Programa.

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Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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Considerando o número de municípios envolvidos, o adequado seria um projeto de aplicação indireta,

com realização de chamadas públicas dirigidas aos órgãos municipais e organizações locais da

sociedade civil.

c. Organizações parceiras

Além dessas possibilidades junto aos orçamentos públicos e ao Fundo Amazônia, as

organizações parceiras integrarão o arranjo financeiro do Programa, através da captação de novos

financiamento para apoiar a implementação de projetos e atividades associadas. Nesse sentido, é

importante ampliar o número de parceiros e diversificar o perfil.

9. Governança

Para a Governança do Programa, a proposta é que se tenha um Comitê Gestor formado por

membros efetivos e por membros convidados. Além de núcleos que coordenariam algumas agendas,

como o explicado no quadro esquemático abaixo:

Como resultado do I Seminário Mato-grossense de Municípios Sustentáveis e das articulações

posteriores, foi constituído um Comitê Articulador com a seguinte composição:

Instituição Representante

Consórcio Intermunicipal do Vale do Juruena Francisca B. Almeida

Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) Andrea Azevedo

Secretaria de Meio Ambiente de Alta Floresta Aparecida Sicuto

Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Querência Eleandro Ribeiro

The Nature Conservancy (TNC) Gina Thimóteo

Instituto Centro de Vida (ICV) Irene Duarte

Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Sapezal João Paulo Mattos Moura

Secretaria de Turismo de Porto dos Gaúchos Lair Cristiano Heinen

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Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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Embrapa Agrossilvipastoril Lineu Domit

Secretaria de Meio Ambiente de Lucas do Rio Verde Luciane Bertinatto Copetti

Prefeitura de Itaúba Raimundo Zanon

SEDRAF Renaldo Loffi

Instituto Socioambiental (ISA) Rodrigo Junqueira

SINTAMAT Giovani Marcos Bertol

AMM Lieda Rezende Brito

Secretária de Meio Ambiente de Sinop Rosimari Cristina Ferri

Consórcio Intermunicipal do Vale do Teles Pires Silda Kochemberg

EMPAER Nome a definir

Instituto de Defesa Agropecuária - INDEA/MT Nome a definir

Associação dos Municípios do Norte Araguaia Antônio Filho S. Mendes

SEMA Nome a definir

10. Cronograma Preliminar

Ação Atividade Produto Responsável Prazo

Instituir o Programa

• Definir modelo de governança • Elaborar as diretrizes e

arranjo de execução do Programa

• Elaborar estratégica de financiamento

Carta de Constituição do Programa

Comitê Articulador, Municípios e Consórcios

A definir

Elaboração da Agenda de Compromissos

• Elaborar lista de compromissos:

• Desmatamento ilegal zero • 100% dos imóveis rurais

regularizados • APPs e Reservas Legais

restauradas • Outras...

Agenda de Compromissos dos Municípios da Amazônia MT

Comitê Articulador, Municípios e Consórcios

A definir

Pactos Locais pela Sustentabilidade

• Detalhamento da Agenda de Compromissos

• Identificação de oportunidades locais:

• Incentivos Econômicos • Outros...

Pactos aprovados em leis ou decretos municipais

Municípios A definir

Operacionalização da Iniciativa

• Instalação do Comitê de Governança

• Captação de recursos financeiros

Programa em execução

Comitê Articulador

A definir

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Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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• Implementação do Programa • Monitoramento e Avaliação

LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE POLÍTICAS PÚBLICAS SUSCETÍVEIS

DE COMPOR UM PROGRAMA MATO-GROSSENSE DE MUNICÍPIOS

SUSTENTÁVEIS

O desmatamento ilegal e a degradação da floresta amazônica frequentemente são associados

à baixa presença do Estado, seja por conta da reduzida densidade de instituição federais e estaduais

em regiões mais distantes, seja pela dificuldade de acesso aos serviços públicos básicos.

A ampliação do alcance das políticas públicas federais e estaduais requer, por parte dos

municípios, um esforço coordenado e, em muitos casos, o fortalecimento e capacitação de suas

equipes gestoras, tanto para assegurar a captação dos recursos, quanto para a adequada gestão dos

programas e projetos.

Um dos grandes desafios para a ampliação do acesso às políticas e programa federais, por parte

dos municípios, é a superação da excessiva fragmentação dessas políticas e programas. Dessa forma,

uma tarefa primordial é a priorização das políticas e programas com maior potencial de impacto na

promoção do desenvolvimento local sustentável, que, associada à um processo de capacitação de

gestores locais, ampliem a capacidade dos municípios de acessar essas políticas e programas.

Neste item listamos um conjunto de políticas federais, priorizadas, num primeiro momento, por

conta de um potencial maior de impacto positivo e por serem mais estruturadas quanto aos canais de

acesso. Adicionalmente, apresentamos uma proposta de estruturação de um mecanismos de apoio aos

municípios e consórcios, no formato de um comitê de integração a políticas e programas.

1. Políticas Públicas e Programas Governamentais

Para o alcance de seus objetivos, o Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

deverá instituir mecanismos de consolidação de informações e facilitação de acesso aos programas

públicos. Um desses mecanismos é a proposta de constituição de um comitê de integração de políticas

e programas públicos, que poderá ser constituído e gerenciado pelos consórcios intermunicipais.

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Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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O funcionamento de um comitê de integração de políticas e programas dependerá da

constituição de uma equipe técnica dedicada e da instalação de uma estrutura mínima. Essa equipe e

estrutura, idealmente, poderá ser integrada por um dos consórcios intermunicipais e financiada por

parceiros do Programa Municípios Sustentáveis.

Quadro exemplificativo – Comitê de Integração de Políticas e Programas Públicos

2. Estratégia de Integração de Políticas Públicas

A elaboração e implementação de uma estratégia de integração de políticas públicas deverá

seguir algumas etapas:

Etapa 1 – constituir um comitê para integração de políticas e programas, composto por uma

equipe técnica multidisciplinar e baseada em um município polo da região a ser atendida.

Etapa 2 – priorizar as políticas e programas com maior potencial impacto nas áreas

relacionadas ao desenvolvimento rural e a promoção da sustentabilidade.

Etapa 3 – realizar uma linha de base sobre o alcance das políticas e programas nos municípios

envolvidos e desenvolver um sistema de monitoramento, com o objetivo de acompanhar o grau de

sucesso na ampliação e no alcance das políticas e programas priorizados.

Etapa 4 – assegurar orientação às prefeituras e capacitação aos gestores municipais na

captação de recursos e na integração de políticas públicas em âmbito local.

Page 19: Proposta preliminar de Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

17

Quadro esquemático – Estratégia de Integração de Política e Programas Públicos

3. Priorização de Políticas e Programas Públicos Federais

A priorização de políticas públicas e programas governamentais, em apoio ao Programa Mato-

grossense de Municípios Sustentáveis, será orientada pela busca do maior impacto na promoção do

desenvolvimento local sustentável. A seleção abaixo é exemplificativa e será enriquecida a partir da

interlocução com órgãos federais e estaduais durante o processo de consolidação do Programa.

Os programas selecionados foram extraídos do Catálogo de Programas Federais para os

Municípios, editado pela Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, e da

cartilha Plano Brasil sem Miséria no seu Município, editada pelo Ministério do Desenvolvimento

Social e Combate à Fome.

3.1. Programas Federais por Ministérios

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Programa de Desenvolvimento Sustentável do Agronegócio

Page 20: Proposta preliminar de Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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Objetiva desenvolver ações voltadas para a aplicação de mecanismos de garantia da qualidade

orgânica, fomento à inovação no agronegócio, apoio a sistemas de rastreabilidade agroalimentar em

cadeias produtivas agrícolas, apoio ao uso e manejo sustentável dos recursos naturais em

agroecossistemas, apoio das cadeias produtivas pecuárias e cooperativismo e associativismo rural.

Programa de Apoio ao Pequeno e Médio Produtor Agropecuário

Apoiar a pequena produção agropecuária, com estímulo à promoção da agregação de valor a

seus produtos, melhorando a renda e a qualidade de vida dos produtores, por meio da construção de

pequenos abatedouros de animais, aquisição de máquinas de beneficiamento de produtos agrícolas e

equipamentos de pequeno porte, elaboração de estudos e diagnósticos técnicos, implantação,

acompanhamento da execução e avaliação de projetos para o desenvolvimento sustentável, aquisição

de máquinas de resfriamento e transporte de leite, aquisição de tratores e implementos agrícolas de

pequeno porte, capacitação em temas agropecuários e recuperação de solo.

Ministério das Comunicações

Programa Inclusão Digital – Comunicação

Promover o acesso, uso e apropriação das tecnologias digitais de informação e comunicação

pela sociedade brasileira, especialmente comunidades de menor índice de desenvolvimento humano.

As principais ações são voltadas à implantação e qualificação de espaços públicos com computadores

conectados em banda larga à internet (telecentros); formação de agentes de inclusão digital (monitores

e gestores de telecentros, coordenadores de iniciativas, servidores públicos); apoio à implantação de

cidades digitais e à oferta de internet banda larga em escolas públicas e pontos de acesso livre.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

Programa Artesanato Brasileiro - Estruturação de Núcleos Produtivos do Segmento Artesanal

O Programa tem por objetivo fortalecer a competitividade do produto artesanal para a geração

do trabalho e renda e promover sua comercialização. O PAB apoia a instalação física consubstanciada

na construção de barracões, a realização de diagnósticos dos núcleos de produção e a implantação de

metodologia específica nas áreas de organização, gestão e produção, a verificação da utilização,

conforme objeto de convênio, de modo a fortalecer o segmento artesanal brasileiro. No que concerne

ao espaço físico dos núcleos, após celebração do instrumento contratual, técnicos do MDIC realizam

monitoramento da construção e utilização dos barracões pelos núcleos produtivos. Os recursos são

provenientes de emendas parlamentares.

Page 21: Proposta preliminar de Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

19

Programa Artesanato Brasileiro - Capacitação de Artesãos e Multiplicadores

O Programa tem por objetivo fortalecer a competitividade do produto artesanal para a geração

do trabalho e renda e promover sua comercialização. Proporciona a qualificação dos artesãos e

multiplicadores nas atividades de gestão do processo de produção e manejo da matéria-prima, de

apresentação e embalagem, e de divulgação e comercialização do artesanato.

Programa Fomento ao Desenvolvimento de Micro, Pequenas e Empresas de Médio Porte

Apoiar projetos de construção de Barracão Industrial, para a instalação física e o

desenvolvimento de micro, pequenos e médios empreendimentos organizados em APLs e/ou para a

disponibilização, a esses empreendedores locais, de um centro de serviços voltados às atividades

produtivas características da região, com vistas à geração de emprego, à redução das desigualdades

regionais e ao desenvolvimento local.

Programa de Capacitação das Microempresas e Empresas de Pequeno e Médio Porte

Promover o aperfeiçoamento técnico e/ou gerencial de micro, pequenos e médios

empreendedores, bem como de seus funcionários, e de membros dos órgãos de governo e instituições

de apoio e representação do setor, como agentes de poder, servidores públicos, lideranças de

associações, federações e confederações, etc.

Programa de Promoção Comercial de Microempresas e Empresas de Pequeno e Médio Porte

Fortalecer o desenvolvimento regional e local, por meio do apoio a projetos de promoção

comercial com foco no mercado interno, e de capacitação de gerentes de negócios, de grupos

associativos de microempresas e empresas de pequeno e médio porte, de forma a aumentar a

competitividade dos produtos e a inserção comercial dessas empresas, disseminando e apoiando o

uso de instrumentos de inteligência comercial. Prevê a execução de atividades envolvendo

capacitação de gerentes de negócio e promoção comercial e marketing de micro e pequenas empresas.

Caixa Econômica Federal

Universidade Caixa - Portal Segmentado para Estados e Municípios

Disponibilização de acesso aos cursos do ambiente virtual da Universidade Caixa, para

estados e municípios, com o objetivo de capacitar os técnicos e gestores públicos em conteúdos

requeridos à sua atuação.

Page 22: Proposta preliminar de Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

20

Ministério do Meio Ambiente

Programa de Apoio à Conservação Ambiental

O Programa de Apoio à Conservação Ambiental, mais conhecido como Bolsa Verde, deposita

R$ 300 por trimestre para famílias extremamente pobres que vivem em áreas consideradas prioritárias

para a conservação do meio ambiente. As famílias beneficiadas se comprometem a manter a

vegetação e a fazer uso sustentável dos recursos naturais dessas áreas. O benefício é concedido por

dois anos, podendo ser renovado.

O programa contribui para erradicar a extrema pobreza ao mesmo tempo em que incentiva a

conservação do meio ambiente, permitindo o desenvolvimento ambientalmente sustentável com

inclusão social. O objetivo do programa é, por um lado, aumentar a renda e melhorar as condições de

vida da população que vive em áreas de grande relevância ambiental. Por outro, buscar a conservação

dos ecossistemas e o uso sustentável dos recursos naturais.

Programa Comunidades Tradicionais – Gestão Ambiental

Promover e difundir a gestão ambiental, a produção e o consumo sustentável nos ambientes

urbanos e rurais e nos territórios dos povos e comunidades tradicionais. Especificamente, contribuir

para a melhoria da qualidade de vida dos integrantes de comunidades tradicionais, dinamizando as

atividades produtivas e incentivando o uso sustentável dos ambientes que ocupam, por meio da

valorização da cultura e das formas de organização social. Público-alvo: Comunidades e entidades

representativas de populações tradicionais.

Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas em Situação de Vulnerabilidade e Degradação

Ambiental

Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos

e Ambiente Urbano, em uma ação integrada envolvendo outros órgãos do Governo Federal, como o

Ministério da Integração Nacional e o Ministério da Cultura, o Programa objetiva promover a

recuperação, a conservação e a preservação das bacias hidrográficas nacionais em situação de

vulnerabilidade e degradação ambiental, bem como promover a prevenção e a mitigação de potenciais

impactos decorrentes de ações humanas com elevado comprometimento ambiental. O público-alvo

são os usuários dos recursos hídricos das bacias dos rios São Francisco, Araguaia, Tocantins, Paraíba

do Sul, Alto Paraguai e Parnaíba, prioritariamente, podendo se estender para outras bacias.

Page 23: Proposta preliminar de Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

21

O Programa promove e apoia ações de recuperação, conservação, preservação, manejo e uso

sustentável dos recursos naturais de bacias hidrográficas, por meio da implementação de atividades

socioambientais e ações de revitalização ambiental voltadas à recuperação de seus recursos naturais,

principalmente em suas áreas degradadas e de recarga de aquíferos. A ação inclui o reflorestamento

e a recuperação de áreas de proteção permanente, a recomposição da cobertura vegetal, a redução dos

processos erosivos, a mitigação de impactos ambientais, a promoção da melhoria e gestão dos

recursos pesqueiros, a conservação da biodiversidade, a gestão racional dos recursos hídricos e

difundir práticas de recuperação e preservação ambiental, assim como promover a educação

ambiental, a mobilização e capacitação socioambiental, a articulação interinstitucional e

sociocultural, apoiar e disseminar técnicas agrícolas sustentáveis e atividades ecológicas em

comunidades tradicionais, além de atividades ecoturisticas e socioambientais. A isso, soma-se um

forte processo de articulação permanente com o conjunto de atores sociais e governamentais

envolvidos com o processo de revitalização e de desenvolvimento sustentável da bacia, integrando os

Sistemas Nacionais de Meio Ambiente e de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Ministério da Cultura

Programa Cultura Viva – Arte, Educação e Cidadania

Realiza ações para o fortalecimento do protagonismo cultural da sociedade brasileira,

valorizando e apoiando as iniciativas culturais de grupos e comunidades excluídos e ampliando o

acesso aos bens culturais. Tem como principais ações o apoio a projetos (Pontos de Cultura) e a

capacitação e concessão de bolsas a agentes culturais. Seu público-alvo são as populações com baixo

acesso aos meios de produção, fruição e difusão cultural ou com necessidade de reconhecimento da

identidade cultural. Desse conjunto destacam-se os adolescentes e jovens exposto a situação de

vulnerabilidade social.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES

Programa Linha de Modernização da Administração Tributária e de Gestão dos Setores Sociais

Básicos – PMAT

Modernização da administração tributária e melhoria da qualidade do gasto público, dentro

de uma perspectiva de desenvolvimento local sustentado, visando a proporcionar aos municípios uma

gestão eficiente de recursos, melhoria da qualidade e redução do custo na prestação de serviços de

administração geral, assistência a crianças e jovens, saúde, educação e de geração de oportunidades

de trabalho e renda.

Page 24: Proposta preliminar de Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

22

Programa Linha de Modernização da Administração Tributária e de Gestão dos Setores Sociais

Básicos Automático - PMAT Automático

Apoio projetos de investimentos voltados à melhoria da eficiência, qualidade e transparência

da gestão pública. Visa à modernização da administração tributária e melhoria da qualidade do gasto

público, proporcionando aos municípios uma gestão eficiente de recursos, em especial por meio do

aumento das receitas e da redução do custo unitário dos serviços com administração geral, saúde e

educação.

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Programa Proteção Social Especial

A Proteção Social Especial, no âmbito do Sistema Único de Assistência Social, é destinada a

famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de

abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, cumprimento de medidas

socioeducativas, situação de trabalho infantil, entre outras situações de violação de direitos. O Centro

de Referência Especializado da Assistência Social-CREAS é a unidade pública de atendimento

especializado de abrangência municipal ou regional da proteção social especial. São cofinanciados,

entre outros, os Serviços de Proteção e Atendimento Especializado para Indivíduos e

Famílias(PAEFI), serviços de acolhimento, serviços especializados para pessoas em situação de rua.

Programa Acesso à Alimentação

O Programa opera as seguintes ações com municípios: apoio à implantação de bancos de

alimentos e mercados públicos; apoio à instalação de restaurantes e cozinhas populares; aquisição de

alimentos provenientes da agricultura familiar (Programa de Aquisição de Alimentos); construção de

cisternas para armazenamento de água; distribuição de alimentos a grupos populacionais específicos

(cestas de alimentos); apoio a projeto de segurança alimentar e nutricional para povos e comunidades

tradicionais; apoio a agricultura urbana, periurbana e sistemas coletivos de produção para o

autoconsumo; consórcio de segurança alimentar e desenvolvimento local.

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunidades - Telecentros.BR

Apoiar a ampliação e qualificação dos telecentros - espaços públicos e comunitários de acesso

e uso das tecnologias digitais de informação e comunicação pela população, em especial os segmentos

excluídos.

Page 25: Proposta preliminar de Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

23

Programa de Regularização Fundiária em Áreas Urbanas e Rurais da União na Amazônia Legal

Regularização fundiária em áreas da União, urbanas ou rurais, ocupadas para fins de moradia,

prioritariamente, por população de baixa renda. No Programa Terra Legal, em parceria com o

Ministério do Desenvolvimento Agrário, cabe à SPU a regularização de áreas da União a ela

jurisdicionadas, procedida pela outorga do título de Concessão de Direito Real de Uso - CDRU em

nome do ocupante, no caso de áreas rurais, e pela transferência ao município, no caso de áreas

urbanas. Pode ser combinado com o programa de regularização fundiária de comunidades

tradicionais em áreas da União na Amazônia Legal.

Programa de regularização fundiária de comunidades tradicionais ribeirinhas em áreas da União na

Amazônia

Regularização de áreas da União ocupadas por famílias ribeirinhas, pescadores e grupos

agroextrativistas em parceria com as Prefeituras, Governos Estaduais e movimentos sociais

(associações, sindicatos etc.). Esta ação bastante célere e adaptada às características regionais, através

do Projeto Nossa Várzea (AM, AP, MT, PA, TO, RO, RR), Nossa Floresta (AC) e Campos Naturais

da Baixada (MA) que entrega o TAUS (Termo de Autorização de Uso Sustentável) às famílias

beneficiárias.

Programa de Apoio à Gestão da Coleta Seletiva de Materiais Recicláveis por Cooperativas de

Catadores

Destinação de áreas da União para a construção de galpões ou centros de triagem de materiais

recicláveis; Aporte às políticas de inclusão social de catadores; Cumprimento da função

socioambiental dos imóveis da União;

Condições para aderir ao Programa: 1) Área da União disponível no Município; 2) Assume o

compromisso com a formalização e posterior contratação de cooperativas de catadores para a coleta

seletiva no município; 3) Justa remuneração pelos serviços ambientais prestados pelos catadores

(estabelecidos por legislação específica); 4) Assume as diretrizes do projeto de lei que propõe a

política nacional de resíduos sólidos.

Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização – GesPública

Conforme Decreto nº 5.378/2005, o GesPública tem como missão: Promover a gestão pública

orientada para resultados, visando a contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços públicos

prestados ao cidadão e para o aumento da competitividade do país. Produtos: Carta de Serviços;

Page 26: Proposta preliminar de Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

24

Pesquisa de Satisfação; Indicadores de Desempenho de Gestão; Gestão por Processos; e Avaliação

Continuada da Gestão Pública.

O GesPública é uma política pública formulada para a gestão, alicerçada em um modelo de

gestão pública singular que incorpora à dimensão técnica, própria da administração, a dimensão

social. Tem como características: ser essencialmente público, estar focado em resultados para o

cidadão; e ser federativo. As peculiaridades do Setor Público brasileiro fizeram com que se buscasse

um Modelo de Excelência em Gestão Pública, constituído de elementos integrados que orientam a

adoção de práticas de excelência em gestão com a finalidade de levar as organizações públicas

brasileiras a padrões elevados de desempenho e de qualidade em gestão.

Programa Reforço da Capacidade Institucional em Municípios Selecionados para a Redução da

Pobreza – Projeto Brasil Municípios

O objetivo específico do Projeto é contribuir para melhorar as capacidades das administrações

municipais, para o planejamento, a gestão, o monitoramento e a avaliação das políticas públicas e dos

programas e projetos governamentais implementados no âmbito municipal, por meio de ações de

capacitação, fomento ao associativismo intermunicipal, assistência técnica e formação de redes

temáticas.

Programa Comunidade, Conhecimento, Compartilhamento e Colaboração dos Municípios Brasileiros

– 4CMBr

O Programa 4CMBr tem como objetivo propiciar o uso da tecnologia da informação para

melhoria dos procedimentos internos das prefeituras brasileiras, apoiar na melhoria do atendimento

ao cidadão por meio do oferecimento de serviços virtuais, combater o desperdício público de recursos

e tempo, gerenciar e planejar gastos. Esta é a proposta do Programa Comunidade, Conhecimento,

Colaboração e Compartilhamento dos Municípios Brasileiros (4CMBr), desenvolvido pela Secretaria

de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), do Ministério do Planejamento, que busca estimular

o uso de Tecnologia da Informação oferecendo soluções aos municípios através do Portal Software

Público (www.softwarepublico.gov.br). O 4CMBr dispõe de diversos programas para a

administração pública que podem ser copiados e adaptados pelos municípios, reduzindo assim os

custos de aquisição de soluções informatizadas. Encontram-se disponíveis no portal do Programa,

mais de 45 soluções de apoio à administração, como software de gestão municipal, gestão escolar,

protocolo eletrônico de documentos, sistema de georeferenciamento, sistema de gestão de ativos,

Page 27: Proposta preliminar de Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

25

gerenciamento de sites institucionais e sistemas para administração de sistemas de abastecimento de

água e de coleta de esgotos.

Ministério das Cidades

Programa Minha Casa, Minha Vida - Programa Nacional de Habitação Rural – PNHR

Subsidiar a produção ou aquisição de novas unidades habitacionais para trabalhadores e

agricultores rurais.

Programa Fortalecimento da Gestão Municipal Urbana / Programa Nacional de Capacitação das

Cidades

Capacitar gestores, técnicos municipais e agentes sociais para a implementação da Política

Nacional de Desenvolvimento Urbano. Os interessados devem acompanhar no site do Ministério das

Cidades (www.cidades.gov.br) a agenda de atividades de capacitação e fazer a sua inscrição,

conforme interesse. As atividades e o material didático são gratuitos

Ministério do Desenvolvimento Agrário

Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural

O Programa ocorre por meio de mutirões itinerantes nas proximidades de moradia das

trabalhadoras rurais, onde são emitidos gratuitamente documentos civis e trabalhistas, com repasse

de informações sobre a importância, uso e conservação dos documentos, bem como sobre as

principais políticas públicas voltadas para a agricultura familiar e reforma agrária. Mais recentemente,

incorporou aos mutirões itinerantes a prestação de serviços previdenciários e emissão de outros

documentos, como DAP e bloco de notas da produtora rural. O Programa tem sua gestão constituída

através de um Comitê Gestor Nacional e Comitês Gestores Estaduais, com participação de diversos

órgãos governamentais e representantes da sociedade civil. É desenvolvido prioritariamente para

atendimento às mulheres rurais, assentadas da reforma agrária, pescadoras artesanais, quilombolas,

indígenas, ribeirinhas, público que encontra mais dificuldades no acesso às documentação.

Programa Arca das Letras - Bibliotecas Rurais

Incentivar a leitura e facilitar o acesso aos livros em assentamentos, comunidades de

agricultura familiar, de remanescentes de quilombos, indígenas e ribeirinhas. Prevista a participação

das comunidades no planejamento das bibliotecas. Os moradores indicam o local de instalação da

Page 28: Proposta preliminar de Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

26

biblioteca, os assuntos de seu interesse para formação do acervo e os Agentes de Leitura, voluntários

responsáveis pelos empréstimos dos livros e pelas atividades gerais da biblioteca em sua comunidade

Programa Agricultura Familiar – Pronaf

O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) destina-se ao apoio

financeiro das atividades agropecuárias e não agropecuárias exploradas mediante emprego direto da

força de trabalho do produtor rural e de sua família. Entende-se por atividades não agropecuárias os

serviços relacionados com turismo rural, produção artesanal, agronegócio familiar e outras prestações

de serviços no meio rural, que sejam compatíveis com a natureza da exploração rural e com o melhor

emprego da mão de obra familiar. A Lei 11.326, de 2006, estabelece define quem é considerado

agricultor familiar e empreendedor familiar rural. Os créditos podem destinar-se a: a) custeio:

financiamento das atividades agropecuárias, não agropecuárias e de beneficiamento ou

industrialização de produção própria ou de agricultores familiares enquadrados no Pronaf de acordo

com projetos específicos ou propostas de financiamento; b) investimento: financiamento da

implantação, ampliação ou modernização da infraestrutura de produção e serviços agropecuários ou

não agropecuários, no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas, de acordo

com projetos específicos; c) créditos de custeio para agroindústrias familiares e para integralização

de cotas-partes dos agricultores familiares filiados a cooperativas de produção de produtores rurais.

Os créditos podem ser concedidos de forma individual ou coletiva (quando formalizados com grupo

de produtores, para finalidades coletivas).

Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) deve ser prestada por agentes credenciados pelo

Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e será elaborada: a) para a unidade familiar de

produção, prevalecendo para todos os membros da família que habitem a mesma residência e

explorem as mesmas áreas de terra; b) segundo normas estabelecidas pelo MDA.

Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar

Visa desenvolver ações de assistência técnica, extensão rural e capacitação de agentes junto

ao público da Agricultura Familiar, incluindo agricultores familiares, extrativistas, ribeirinhos,

aqüicultores e pescadores artesanais, indígenas e membros de comunidades remanescentes de

quilombos, mulheres rurais, jovens rurais, enquadrados nos critérios estabelecidos pelo Programa

Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Programa de Desenvolvimento Sustentável de Projetos de Assentamento

Page 29: Proposta preliminar de Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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O programa é composto por 10 ações que visam assegurar a implantação e o desenvolvimento

dos assentamentos agrários. Essas ações resultam no acesso aos insumos de produção (sementes,

adubos, equipamentos e ferramentas de trabalho), implantação de infraestrutura básica (estradas

vicinais, sistema simplificado de abastecimento de água e rede elétrica), construção de moradias para

os assentados, escolarização e profissionalização dos agricultores e jovens, prestação de serviços de

assistência técnica e extensão rural e produção de alimentos que efetivam a segurança alimentar e

nutricional dos assentados e do entorno dos assentamentos. Dentre as ações do programas, destacam-

se: concessão de crédito-instalação às famílias assentadas; implantação e recuperação de

infraestrutura, manejo de recursos naturais em projetos de assentamento de reforma agrária;

assistência técnica e extensão rural, educação do campo e fomento à agroindustrialização e à

comercialização - terra sol; em projetos de assentamento

Programa de Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais

O objetivo do programa é promover o desenvolvimento sustentável dos territórios rurais,

apoiando o planejamento territorial, a gestão social, o fortalecimento institucional, a articulação de

políticas e a dinamização de sua economia. O programa possui ações que beneficiam, nos municípios

dos territórios atendidos, a agricultura familiar, o associativismo, o cooperativismo e a

comercialização, e promovem a capacitação de agentes de desenvolvimento e dos atores locais. Estas

ações são traduzidas em produtos, tais como obras civis, compra de máquinas, equipamentos e

veículos, bem como na contratação de serviços de assessoria técnica às atividades econômicas e de

planejamento, articulação e coordenação dos territórios.

Programa Assistência Técnica e Extensão Rural para Mulheres

Fortalecer a organização produtiva, promover a agroecologia, a economia feminista e solidária

e a produção de base ecológica, ampliando o acesso às políticas públicas, especialmente aquelas

voltadas para a produção, comercialização e fortalecimento dos empreendimentos econômicos e o

apoio à articulação dos (as) atores e atrizes envolvidos nessa política em rede.

Programa de Organização Produtiva de Mulheres Rurais

Implementar políticas públicas que fortaleçam as organizações produtivas de trabalhadoras

rurais de forma integrada, no contexto do desenvolvimento rural sustentável, garantindo o acesso das

mulheres às políticas públicas de apoio à produção e comercialização, a fim de promover sua

autonomia econômica e incentivando a troca de informações, conhecimentos técnicos, culturais,

organizacionais, de gestão e de comercialização, valorizando os princípios da economia solidária e

Page 30: Proposta preliminar de Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

28

feminista. Busca articular, promover e apoiar as iniciativas da sociedade civil e dos poderes públicos

locais, em benefício do desenvolvimento sustentável dos territórios rurais com igualdade entre

homens e mulheres.

Ministério da Ciência e Tecnologia

Programa Ciência, Tecnologia e Inovação para a Inclusão e Desenvolvimento Social

Ampliar a capacidade local e regional para gerar e difundir o progresso técnico e científico e

a geração de trabalho e renda. O objetivo é melhorar a qualidade de vida da população, a

sustentabilidade ambiental e a produção, a construção e socialização do conhecimento em sistemas

agroecológicos de produção e a ampliação do acesso à cidadania. Público-Alvo: População excluída

rural e urbana; pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida; povos indígenas e comunidades

tradicionais; mulheres e comunidades negras; participantes do programa da juventude; pessoas com

insegurança alimentar e nutricional; pequenos produtores; micro e pequenas empresas; populações

de regiões deprimidas social e economicamente; população de catadores de materiais recicláveis e

suas famílias; e empreendimentos

Programa Comunidades Tradicionais - Ciência e Tecnologia

Contribuir para a garantia da territorialidade das comunidades tradicionais, de maneira a

possibilitar a valorização da cultura, das formas de organização social, dinamizar as atividades

produtivas e o uso sustentável dos ambientes que ocupam de modo tradicional. Público-Alvo:

Comunidades e entidades representativas de populações tradicionais.

Fundação Banco do Brasil

Programa de Inclusão Digital da Fundação Banco do Brasil

Acreditando que o acesso à informação é fundamental para a construção do conhecimento,

para a participação em sociedade e para a ampliação de oportunidades de trabalho, a Fundação Banco

do Brasil desenvolveu o Programa de Inclusão Digital. O Programa consiste na implantação de

espaços comunitários de informática chamados de Estação Digital, bem como no apoio a iniciativas

de inclusão digital para disseminação de novas tecnologias de informação e comunicação, com a

parceria de entidades locais.

Programa de Reaplicação de Tecnologias Sociais

Page 31: Proposta preliminar de Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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Reaplicar tecnologias sociais geradoras de transformação social por intermédio de articulação

e apoio direto ou em parcerias, visando a contribuir para a inclusão social e promoção da cidadania

no País.

Programa BB Educar da Fundação Banco do Brasil

O BB Educar é o programa de alfabetização de jovens e adultos da Fundação Banco do Brasil.

Consiste na formação, por educadores do Programa, de alfabetizadores que assumem o compromisso

de constituir núcleos de alfabetização nas comunidades em que atuam. A metodologia do Programa

é concebida com base nos princípios de uma educação libertadora e na prática da leitura do mundo,

considerando-se a realidade do alfabetizando como ponto de partida do processo educativo.

Banco do Brasil

Convênio Canal Facilitador de Crédito – CFC

Viabilizar o acolhimento de propostas de financiamentos rurais nas dependências de entidades

parceiras, mediante troca de arquivos, agilizando a contratação de operações de crédito rural ao

amparo do Pronaf – Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar.

Estação Digital: Programa de Inclusão Digital da Fundação Banco do Brasil

Contribuir para a melhoria das condições econômicas, sociais, culturais e políticas das

comunidades por meio do acesso às tecnologias de informação e comunicação. Concomitantemente,

será estimulado o empreendedorismo e o trabalho social comunitário, propiciando formação e

qualificação para o trabalho às comunidades atendidas de forma a minimizar a exclusão social

existente na sociedade brasileira.

Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável – DRS

DRS - Desenvolvimento Regional Sustentável é uma estratégia negocial do Banco do Brasil,

que busca impulsionar o desenvolvimento sustentável das regiões onde o BB está presente, por meio

da mobilização de agentes econômicos, sociais e políticos, para apoio a atividades produtivas

economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente corretas, sempre observada e

respeitada a diversidade cultural.

A atuação do BB, com a Estratégia Negocial de DRS, se dá por meio do apoio a atividades

produtivas, com a visão de cadeia de valor, identificadas como vocações ou potencialidades nas

diferentes regiões onde o Banco do Brasil atua. A Estratégia DRS apoia o desenvolvimento de

Page 32: Proposta preliminar de Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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atividades nas áreas rurais e urbanas (agronegócios, comércio, serviço e indústria). As atividades

produtivas são apoiadas com visão de cadeia de valor, independentemente do nível de organização

dos agentes da atividade: aglomerados, arranjos produtivos locais ou cadeias produtivas. Já foram

identificadas várias atividades produtivas diferentes, como sistemas agroflorestais, turismo,

artesanato, aquicultura, fruticultura, ovinocaprinocultura, apicultura, horticultura, pecuária de corte e

leiteira, floricultura, mandiocultura, atividades extrativistas, avicultura, confecções, feiras urbanas,

transporte de pessoa, economia da praia, profissionais de beleza e reciclagem de resíduos sólidos,

entre outras.

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República

Programa Balcões de Direitos

Apoio à implantação e consolidação de Serviços de Orientação Jurídica Gratuita, de Mediação

de Conflitos, bem como prestar orientações de forma a contribuir para a promoção da cidadania e a

defesa dos direitos humanos. O público prioritário dos balcões são populações indígenas, populações

quilombolas, populações ribeirinhas, populações de fronteira, assentados e acampados rurais,

pescadores, ciganos, populações rurais de municípios considerados focos de aliciamento de mão de

obra para trabalho escravo, populações de áreas com índices elevados de violência e com ocorrência

de conflitos de interesse coletivo. E, ainda, populações com dificuldade de acesso a serviços e

equipamentos públicos.

Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres

Programa Cidadania e Efetivação de Direitos das Mulheres - Trabalho e Empreendedorismo das

Mulheres

No âmbito do Programa de Cidadania e Efetivação de Direitos das Mulheres, a SPM

(Secretaria de Políticas para as Mulheres) desenvolve o programa de Trabalho e Empreendedorismo

da Mulher, que tem por objetivo: alterar de modo significativo as condições de vida das mulheres no

que diz respeito à autonomia econômica e financeira e às posições ocupadas por elas no mercado de

trabalho. Público-alvo: mulheres com capacidade empreendedora; mulheres pobres em situação de

vulnerabilidade social por renda; e gestores/gestoras públicos/as estaduais, distritais e municipais.

Ministério do Turismo

Programa de Apoio a Projetos de Infraestrutura Turística

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Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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O programa tem como finalidade desenvolver o turismo nos municípios brasileiros, dotando-

os de infraestrutura para permitir a expansão das atividades turísticas, adequação dos acessos e a

melhoria da qualidade do produto para o turista. Produtos: Infraestrutura urbanística, Infraestrutura

em aeroporto, infraestrutura em orla marítima, fluvial ou lacustre, terminal marítimo, fluvial ou

lacustre, terminal rodoviário, terminal ferroviário, centro de eventos e convenções, praça pública,

parque público ecológico ou temático, centro de cultura, teatro e cinema público, museu, casa da

memória, centro público de comercialização de produtos artesanais, mercados públicos, pórtico ou

portal turístico, entre outros.

Estudos e Pesquisas das Oportunidades de Investimentos

Apoiar a elaboração de estudos, pesquisas e análises das oportunidades de investimentos,

orientação e informação do investidor; criação e adequação de produtos e serviços financeiros

voltados para as atividades turísticas; formulação de propostas de desoneração das atividades

turísticas aumentando a competitividade do setor; promoção e apoio a eventos e feiras nacionais e

internacionais para o fortalecimento do turismo de negócios, com foco nas ações voltadas para

prospecção e divulgação das oportunidades de investimentos no país e promoção e apoio em

seminários e fóruns para disseminação de informações sobre empreendedorismo e programas de

financiamento para o turismo

Rede Nacional de Turismo Rural

É uma página na internet que tem por objetivo a troca de informações e experiências e de

fortalecimento das relações e parcerias entre os diversos participantes do segmento de turismo rural,

sejam eles órgãos públicos (governos municipais, estaduais e federais), agricultores familiares,

empreendedores do turismo rural, proprietários de hotéis- fazenda, gestores públicos, operadores de

viagem, pesquisadores, autônomos, representantes do terceiro setor ou, simplesmente, interessados

no segmento de turismo rural

Elaboração de Planos para o Desenvolvimento das Regiões Turísticas

Planejamento, organização e gestão das regiões turísticas: apoio à sensibilização e

mobilização das comunidades; à organização dos municípios com vistas à regionalização; à

identificação e fortalecimento de regiões turísticas; à formação de multiplicadores para o

planejamento e a gestão das regiões turísticas; à institucionalização de instâncias de governança

regionais (fóruns, conselhos, associações, agências etc.); à elaboração, implementação, monitoria e

avaliação de planos estratégicos de desenvolvimento do turismo regional; à formalização de redes de

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Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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relacionamentos; produção de material técnico, didático, institucional e realização de estudos e

eventos para subsidiar a implementação das ações de regionalização do turismo

Ministério da Pesca e Aquicultura

Programa Desenvolvimento Sustentável da Pesca

Implantar unidades demonstrativas de aquicultura; fomentar unidades produtoras de formas

jovens de organismos aquáticos; apoiar unidades integrantes da cadeia produtiva aqüícola;

desenvolver tecnologias de processamento de pescado e implantar unidades para seu beneficiamento;

apoiar a implementação da aquicultura em águas públicas, como pelo incentivo à criação de peixes

em tanques-rede em rios e reservatórios; aproveitar canais de irrigação para piscicultura; implantar

estações de piscicultura; apoiar controle da qualidade na garantia de conformidade, segurança e

inocuidade de produtos da aquicultura; manter estações e centros de pesquisa em aqüicultura;

desenvolver maricultura

Apoiar e implantar infra-estrutura aquícola e pesqueira; apoiar adequação de acessos

aquaviários; implantar terminal pesqueiro; subvencionar e gerenciar preço do óleo diesel de

embarcações pesqueiras; equalizar taxa de juros em financiamento ao programa da ampliação e

modernização da frota pesqueira nacional; apoiar funcionamento de unidades integrantes da cadeia

produtiva pesqueira; fomentar implantação de dispositivos de exclusão de arrasto; apoiar renovação

da frota artesanal; apoiar projetos demonstrativos na atividade da pesca. Constituem público-alvo do

Programa as associações e cooperativas de pesca, pescadores industriais, artesanais e armadores.

Eletrobrás

Programa Nacional de Conservação da Energia Elétrica - Gestão Energética Municipal - Procel GEM

Colaborar com as administrações municipais na identificação de oportunidades de redução

das despesas com energia elétrica, fortalecendo competência municipal na gestão da energia elétrica.

Ministério da Justiça

Programa de Formação de Núcleos de Justiça Comunitária

O Projeto Justiça Comunitária tem como objetivo democratizar a realização da Justiça,

restituindo ao cidadão e à comunidade a capacidade de gerir seus próprios conflitos com autonomia.

A ação “Formação de Núcleos de Justiça Comunitária” apoiará projetos que apoiem o

desenvolvimento de formas não-adversariais de resolução de conflitos e de conscientização cidadã,

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Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis

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por meio do financiamento de atividades de capacitação, aquisição de equipamentos e despesas com

pessoal e adequações de espaços físicos. Ação destina-se principalmente às populações com carências

no acesso à Justiça.

Ministério da Integração Nacional

Programa de Promoção da Sustentabilidade de Espaços Sub-Regionais – PROMESO

Aumentar a autonomia e a sustentabilidade de espaços sub-regionais por meio da organização

social, do desenvolvimento do seu potencial endógeno e do fortalecimento da sua base produtiva,

com vistas à redução das desigualdades inter e intra-regionais. Ações: apoio a projetos de

desenvolvimento sustentável local integrado; formação de agentes para o desenvolvimento integrado

e sustentável; organização social e do associativismo; capacitação de agentes para a competitividade;

apoio à implantação de infra- estrutura social e produtiva complementar; estruturação e dinamização

de arranjos produtivos locais; e apoio à geração de empreendimentos produtivos.

Critério de Seleção:

Vinculação a atividades produtivas identificadas com o potencial da região;

Alcance, preferencialmente, regional e baseado em atividades de caráter coletivo

(associativo/cooperativo);

Viabilidade técnica e financeira do projeto;

Envolvimento de parceiros;

Adequação do modelo de gestão;

Demonstração da aceitação do produto pelo mercado;

Inserção na área de atuação do Promeso - Mesorregiões Diferenciadas;

Prioridade apontada pelos Fóruns/Conselhos de Desenvolvimento.

Ministério da Educação

Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE

Suprir as necessidades alimentares e nutricionais dos alunos, ao promover hábitos alimentares

adequados e saudáveis, contribuir para o seu crescimento e desenvolvimento físico e mental,

concorrer para a aprendizagem e o rendimento escolar, bem como, indiretamente, fomentar a

economia local.