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8/4/2019 PROSTITUIO INFANTIL NO BRASIL
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PROSTITUIO INFANTIL NO BRASIL: CAUSAS E CONSEQUNCIAS
Elizeu Ramos Feitosa1
RESUMO: Este artigo tem como objetivo analisar as causas e consequncias da
prostituio infantil no Brasil, e apontar possveis solues para esse problema que
assola e denigre nosso pas.
Palavras Chave: Prostituio Infantil, Pobreza, Crianas, Adolescentes
1. INTRODUO
A prostituio infantil um problema socioeconmico e est presente em
todas as partes do pas, suas causas so variadas, mas frequentemente esto
ligadas a situao de pobreza e/ou abandono, aliados impunidade dos adultos
pedfilos que procuram (e pagam) por esse tipo de divertimento. Esses e outros
fatores tm alimentado esse mercado desde tempos imemoriais. Registros
histricos mostram que a prostituio infantil era fato natural em diversas culturas do
passado. Na Grcia antiga os prostbulos eram legalizados e era comumadolescentes (meninos e meninas) trabalharem com prostitutos. Depois que o
cristianismo dominou o mundo ocidental, o fato acabou se tornando mais discreto,
mas mesmo assim era comum crianas e adolescente se prostiturem em troca de
comida.
Nos ltimos anos a prostituio infantil tem gerado um negcio
conhecido como turismo sexual, onde pedfilos do mundo todo visitam cidades
tursticas simplesmente a procura de garotas e garotos com idade entre 9 e 17 anospara prtica de sexo e movimentam milhes de dlares por ano, o que acaba
levando empresrios (da rede hoteleira e turismo em geral) a apoiarem esse tipo de
prtica reprovvel.
Esse fato gera um outro tipo de crime, conhecido como Explorao sexual
de Crianas e Adolescentes, que apesar de frequentemente confundido com a
prostituio infantil, so fatores diferentes, mesmo que interligados. Normalmente a
explorao parte de aliciadores (muitas vezes os prprios pais) que exploram aprostituio de crianas e adolescentes. J a prostituio propriamente dita, parte
1 Discente do 1 ano do curso de Direito da UNIPAR Universidade Paranaense Campus Guara - PR
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diretamente da criana ou adolescente, sem a intermediao de aliciadores. dessa
ltima que tratemos nesse artigo.
2. CAUSAS
As principais causas da Prostituio Infantil no Brasil so a pobreza e os
fatores derivantes dela: famlias mal estruturadas, misria extrema, falta de acesso
educao, uso de drogas ou ainda consumismo exagerado. Analisaremos cada caso
em particular e suas possveis solues:
2.1 FAMLIA
onde geralmente tudo comea. Pais usurios de drogas, agressivos,
bbados ou mes prostitutas tendem a influenciar negativamente seus filhos e
muitas vezes a criana ou adolescente, na tentativa de se ver livre de opresso e de
maus tratos, acaba indo para a rua onde a falta de oportunidades, fome ou influncia
de outras crianas, acaba por lev-las prostituio.
2.2 MISRIA
talvez, o fator principal, obrigando crianas e adolescentes a se
prostiturem em troco de comida ou quantias irrisrias, para se manterem ou
ajudarem no sustento da famlia. mais comum nas cidades pequenas e isoladas
do Nordeste do pas, geralmente em rodovias e/ou postos de gasolina, onde
caminhoneiros e viajantes exploram a situao financeira precria dos menores.
2.3 EDUCAO
Apesar de confirmado que crianas e adolescentes instrudos tambm
caem na prostituio, fato constatado que a maioria so crianas com
pouqussimo grau escolar, ou analfabetas, que por no terem conhecimento das
consequncias, acabam se sujeitando a esse tipo de situao.
2.4 DROGAS
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Outro fator alarmante. Este, porm, mais comum nas grandes cidades,
onde menores, geralmente meninas, se prostituem nas ruas simplesmente para
manterem o vcio. So geralmente filhas de pais tambm drogados ou moradores de
rua, e vem na prostituio uma forma de serem auto-suficientes e manterem o
vcio.
2.5 CONSUMISMO
Este fator mais recente e atinge geralmente menores de posio social
um pouco superior, que vtimas do sistema capitalista e consumista imposto a todos,se deixam seduzir pelo dinheiro fcil e rpido, para assim, manterem um padro e
uma aparncia em meio sociedade que os rodeia. So geralmente meninas que
querem um sapato da moda, uma bolsa de marca ou aparelhos eletrnicos em
evidncia como celulares, notebooks, iPods, etc.
3. CONSEQUNCIAS
As consequncias so, em sua grande maioria, mais graves para os
menores, que podem apresentar transtornos psquicos como: baixa auto-estima,
fadiga, confuso de identidade, ansiedade generalizada, medo de morrer, uso de
drogas; e orgnicos como atraso no desenvolvimento e problemas na garganta.
Alm da degradao moral, risco de DSTs e contaminao pelo vrus da AIDS, j
que, por estarem em uma situao de inferioridade, no podem exigir de seus
parceiro o uso de preservativos.
4. POSSVEIS SOLUES
No fcil encontrar um soluo em curto prazo para o problema da
prostituio infantil. Leis mais rgidas contra os abusadores, educao de qualidade
e acessvel a todos, polticas de combate e preveno s drogas, programas sociais
de auxlio s famlias de baixa renda, conscientizao do problema atravs de
campanhas e propagandas; so alguns exemplos do que pode ser feito para aplacar
esse mal que atinge e denigre a sociedade em nosso tempo.
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5. RESPONSABILIDADE
Atravs da Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990 foi criado o ECA (Estatuto
da Criana e do Adolescente) com o objetivo principal de proteger a integridade de
crianas. E em seu artigo 4 dispe a responsabilidade sobre a criana e
adolescente:
Art. 4 dever da famlia, da comunidade, da sociedade em geral e do
poder pblico assegurar, com absoluta prioridade, a efetivao dos
direitos referentes vida, sade, alimentao, educao, ao esporte,
ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria.
Pargrafo nico. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteo e socorro em quaisquer circunstncias;
b) precedncia de atendimento nos servios pblicos ou de relevncia
pblica;
c) preferncia na formulao e na execuo das polticas sociais pblicas;
d) destinao privilegiada de recursos pblicos nas reas relacionadascom a proteo infncia e juventude.
CONCLUSO
Vimos atravs de artigo que a prostituio infantil , ainda, um problema
sem soluo no Brasil e no Mundo. Por ser um negcio excessivamente rentvel
(terceiro no comrcio mundial), s perdendo para o trfico de drogas e armas epelas condies precrias em que vive grande parte da populao, aliado a falta de
educao e cultura, improvvel que vejamos o fim desse problema em nosso
tempo, porm de nada adianta fecharmos os olhos diante deste quadro
socioeconmico deteriorado. urgente que os operadores do direito, tomem postura
relevante frente a essa situao e faam valer o que determina os artigos 19 e 22 do
ECA.
Art. 19. Toda criana ou adolescente tem direito a ser criado e educado
no seio da sua famlia e, excepcionalmente, em famlia substituta,
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assegurada a convivncia familiar e comunitria, em ambiente livre da
presena de pessoas dependentes de substncias entorpecentes.
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educao dos
filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigao de
cumprir e fazer cumprir as determinaes judiciais.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
BRASIL. Estatuto da Criana e do Adolescente. Lei N 8.069, de 1990. Braslia:Senado Federal, 2002.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Prostitui%C3%A7%C3%A3o_na_Gr%C3%A9cia_Antiga.
Acesso em: 08/09/2011
http://www.revelacaoonline.uniube.br/a2002/cidade/prostituicao.html Acesso em:
07/09/2011
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