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Proteínas e Aminoácidos
INTRODUÇÃO:
DEFINIÇÃO: Compostos à base de C, H, O e N e que têm funções importantes no organismo animal e vegetal. São grandes moléculas, polímeros de aminoácidos ligadas por ligações peptídicas (Patrick & Schaible, 1980).
COMPOSIÇÃO: 16% N, S, Fe e P.
CLASSIFICAÇÃO:
1. Simples: albuminas, globulinas, glutelinas, prolaminas, escleroproteínas
2. Conjugadas: Nucleoproteínas, Fosfoproteínas, Porfiroproteínas (hemo-proteínas, clorofiloproteínas), Glicoproteínas, Lipoproteínas, Flavoproteínas, Metaloproteínas.
3. Derivados protéicos: histonas, protaminas, proteoses, peptonas peptídeos e aminoácidos
FUNÇÕES:
A. Composição do tecido animal B. Composição dos sistemas enzimáticosC. Fornecimento de energia em sistemas específicos D. Translocação e armazenamento de nutrientes: lipídios, minerais E. Efeito tampão e regulação da pressão osmótica F. Reprodução G. Estrutura coloidal H. Transporte de oxigênioI. Imunidade J. Composição de células e sistemas específicos
FATORES QUE INFLUENCIAM AS EXIGÊNCIAS DE PROTEÍNA:
A. Idade
B. Taxa de crescimento
C. Reprodução
D. Clima
E. Níveis de energia da ração
F. Estado sanitário do plantel
G. Raças e linhagens
Classif. Nome Radical P.M.
Monocarboxílico
eMonoamin
o Alifáticos
Glicina H – 75Alanina CH3 – 89Valina
CH3|
CH3 – CH –117
LeucinaCH3
|CH3 – CH – CH2 –
131
IsoleucinaCH3
|CH3 – CH2 – CH –
131
Monocarboxílico e
Monoamino Lifáticos
SerinaOH|
CH2 –105
TreoninaOH|
CH3 – CH –119
Ácidos e
suas Amidas
Ácido Aspártico HOOC – CH2 – 133
Ácido Glutâmico HOOC – CH2 –CH2 – 147
AsparaginaO||
H2N – C – CH2 – 132
Glutamina
O||
H2N – C – CH2 – CH2 – 146
Básicos
Lisina
NH2 |CH2 – CH2 – CH2 – CH2 –
146
Arginina
NH ||
H2N – C – NHCH2 – CH2 – CH2 –
174
Histidina – CH2 – | | H – N N
155
Cisteína HS – CH2 – 121
Metionina S – CH2 – CH2 – |CH3
149
Aromáticos
Fenilalanina – CH2 – 165
Tirosina HO – – CH2 – 181
Triptofano
– CH2 – N
| H
204
Iminoácidos
Prolina
– COOH N | H
115
AMINOÁCIDOS:Aminoácidos Essenciais: São aqueles que obrigatoriamente precisam estar presentes nas rações, pois os animais não conseguem sintetizá-los em quantidades suficientes para atender suas necessidades.
• Para aves: Fenilalanina, isoleucina, lisina, treonina, histidina, arginina, triptofano, metionina, valina, leucina, glicina, prolina, hidroxi-prolina.
• Para suínos: Fenilalanina, isoleucina, lisina, treonina, histidina, arginina, triptofano, metionina, valina, leucina.
AMINOÁCIDOS
Aminoácidos Não essenciais: alanina, ácido aspártico, cistina, cisteína, serina, tirosina, ácido glutâmico, taurina.
Aminoácidos Limitantes: São aqueles requeridos pelos animais em quantidades que os alimentos não conseguem suprir sem a suplementação de aminoácidos sintéticos, como metionina para aves e lisina para suínos
DEFICIÊNCIA DE PROTEÍNAS E AMINOÁCIDOS:
A. Aumento da síntese hepáticaB. Aumento da síntese de gordura C. Aumenta a sensibilidade aos contaminantes dos
alimentos (aflatoxinas, patógenos, fatores antinutricionais – fator antitripsínico, lectinas, etc.)
D. Crescimento reduzido E. Redução da eficiência alimentar F. Reprodução ineficiente G. Problemas com aparência: pelos, pele, penas, etc.
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA PROTEÍNA:
A. Conteúdo de aminoácidos
B. Balanço de nitrogênio = valor biológico
C. Conteúdo de aminoácidos plasmáticos
D. Disponibilidade dos aminoácidos
E. Curva de resposta
PROTEÍNA IDEAL:
Constitui-se na relação entre a lisina e os demais
aminoácidos que garantam a melhor produtividade para
suínos e aves, o que tem substituído o conceito de
proteína total, sendo determinado pela digestibilidade
ileal.
DETERMINAÇÃO DOS NÍVEIS DE PROTEÍNA BRUTA:
A quantificação dos níveis de proteína de uma ração é feita a partir da determinação do conteúdo de nitrogênio da amostra. O método de determinação é conhecido como Método de Kjeldahl, onde a amostra sofre três processos: Digestão, Destilação e Titulação
PROTEÍNA BRUTA (%) = N (%) x 6,25*
* Conteúdo de nitrogênio de 16% na proteína total proteína do ovo (alto valor biológico).
Tabela 01: Fatores de conversão de nitrogênio em proteína em alguns alimentos selecionados
Alimento % N na proteína Fator de conversão
Sementes oleaginosas 18,2 5,40
Proteína de cereais 17,0 5,90
Folhas verdes 15,0 6,60Proteína animal ou de peixe 16,0 6,25
Ovos 16,0 6,25
Leite 15,8 6,38
Gelatina 18,0 5,55
Milho grão 16,0 6,25
Cevada grão 17,2 5,83Fonte: PATRICK & SCHAIBLE (1980)
Tabela 02: Necessidades de aminoácidos estimados para frangos que recebem rações a base de milho e farelo de soja.
Aminoácido Digestibilidade aparente (%)
Relação Ideal
Lisina 88 100
Metionina + cistina 88 72
Treonina 88 67
Valina 90 77
Arginina 93 105 Fonte: BAKER e HAN (1994)
3 formas para equilibrar nível de aminoácidos essenciais:
•Combinação de ingredientes da ração:•Aminoácidos sintéticos:•Ração com excesso de proteína:
•Desequilíbrio propriamente dito: dietas desproporcionais às exigências afeta desempenho e consumo;
•Antagonismo de aminoácidos: Alguns aminoácidos tem mesmo sítio de absorção e competem entre si, se um em quantidade muito maior que o outro impede ou dificulta muito a absorção do outro carência. ex.: arg X lis; leu X ile X val.
•Toxidez de aminoácidos: Alguns aminoácidos, quando em quantidade muito maiores que sua exigência, podem provocar intoxicação: met e tri muito tóxicos (> 0,05% na ração de frangos de corte provoca morte); ter e lis pouco tóxicos.
Imbalanço de aminoácidos:
B = 1 ° limitanteC = 2° limitanteD = 3° limitante
Suprindo-se “A”
A = 1° limitanteB = 2 ° limitanteC = 3° limitanteD = 4° limitante
Suplementação: Lei do Mínimo: “O aminoácido que estiver em menor concentração em relação à sua exigência é o que limitará o desempenho”
Digestão das Proteínas
Proteína Polipetídios Tri e Dipeptídios Aminoácidos
Ligação Peptídica:
OH /R – C – C = O | NH2
Absorção das Proteínas Existem 5 sistemas de transporte de aminoácidos:
Os D-AA são absorvidos como tal e posteriormente ocorre a transaminação
para L- AA.
Di e Tripeptídios
AA Básicos
AA Neutros
AA Ácidos
Absorção das Proteínas
Aminoácidos semelhantes competem pelas mesmas proteínas carreadoras (LIS-ARG ou ILE-LEU).
L-AA são preferencialmente absorvidos em relação aos D-AA.
Quanto menor a quantidade de alimento maior é a digestibilidade da proteína.
Quando só existem AA sintéticos o sistema carreador para di e tri peptídios fica inativo.