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Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/CNEN) PROPOSTA DE UM PROTOCOLO PARA O CONTROLE DE QUALIDADE EM TOMOSSÍNTESE DIGITAL DE MAMA Bruno Beraldo Oliveira Versão Preliminar 01 2014

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PROPOSTA DE UM PROTOCOLO PARA O

CONTROLE DE QUALIDADE EM

TOMOSSÍNTESE DIGITAL DE MAMA

Bruno Beraldo Oliveira

Versão Preliminar 01

2014

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2 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

Sumário

Introdução ......................................................................................................................... 3

1. Coincidência do campo luminoso e o feixe de raios X ................................................ 4

2. Força de compressão .................................................................................................... 6

3. Alinhamento da bandeja de compressão ...................................................................... 7

4. Linearidade da resposta do detector (placa de imagem)............................................... 8

5. Ruído da imagem ........................................................................................................ 10

6. Uniformidade da resposta do detector ........................................................................ 11

7. Razão contraste ruído (CNR) ..................................................................................... 13

8. Razão sinal ruído (SNR) ............................................................................................. 15

9. Camada semirredutora (CSR) ..................................................................................... 16

10. Dose glandular média (DG) ....................................................................................... 18

11. Qualidade de imagem do phantom CDMAM .......................................................... 20

12. Qualidade de imagem do phantom MAMA ............................................................. 21

Referências ..................................................................................................................... 24

Tabelas ............................................................................................................................ 26

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3 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

Introdução

A mamografia é uma ferramenta de imagem eficaz para detectar o câncer de

mama numa fase inicial, reduzindo a mortalidade causada por esta neoplasia. No

entanto, a sobreposição de tecidos da mama podem criar obstáculos para a detecção e

diagnóstico de anormalidades.

O sistema de tomossíntese digital de mama (Digital Breast Tomosynthesis, DBT)

surgiu como um substituto potencialmente viável ou adjunto à mamografia padrão para

o rastreamento e diagnóstico do câncer de mama (FENG et al. 2011). O sistema DBT

tem sido desenvolvido a fim de ajudar na interpretação dos achados de imagem

produzidos pelos tecidos sobrepostos da mamografia (TEERTSTRA et al. 2010). Este

sistema possui ainda o potencial para ajudar a reduzir a taxa de exames refeitos,

melhorar a seleção dos pacientes para biópsia e aumentar a sensibilidade na detecção

precoce do câncer, especialmente em pacientes com mamas densas, visto que as

estruturas fibroglandulares sobrepostas podem obscurecer ou simular uma patologia

(BERNARDI et al. 2012, VECCHIO et al. 2011).

Quando se utiliza uma técnica como parte de um programa de diagnóstico por

imagem, são necessários estudos para avaliar o seu desempenho, além de providenciar

um levantamento para determinar o nível de radiação que os pacientes estão sendo

submetidos neste procedimento (COCKMARTIN et al. 2010).

No Brasil, os testes de controle de qualidade e a dosimetria para mamografia

convencional ou analógica são estabelecidos pela Portaria nº 453 do Ministério da

Saúde (BRASIL 1998) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA

2005). Para os sistemas digitais de mamografia, radiografia computadorizada

(Computed Radiography, CR) e radiografia direta (Direct Radiography, DR), não existe

um protocolo nacional. Assim, o Brasil adota os testes de controle de qualidade

estabelecidos por protocolos internacionais, como o europeu (CEC 1996, 2006) e o

espanhol (SEFM 2008, 2012).

Por isso, esta proposta de protocolo se faz necessária para consolidar o controle

de qualidade nos sistemas DBT. A seguir, estão descritos os principais materiais e

procedimentos para que os físicos e profissionais habilitados possam realizar os testes

de desempenho assim como a dosimetria nestes sistemas.

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4 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

1. Coincidência do campo luminoso e o feixe de raios X

Objetivo

Avaliar a coincidência entre o campo de radiação e o campo luminoso, o

alinhamento entre as bordas dos campos e o ajuste da borda da bandeja de

compressão à borda do receptor de imagem.

Frequência Anual ou após reparos.

I. Materiais

(a) Quatro réguas de raios X;

(b) Quatro tiras de papel.

II. Metodologia

(a) Posicionar as réguas de raios X e as tiras de papel perpendicularmente às

bordas do suporte da mama (Fig. 1.2);

(b) Registrar nas tiras de papel os limites do campo luminoso (retirar a bandeja

de compressão, se julgar necessário, para facilitar o registro) e realizar a

compressão;

(c) Utilizar o modo de exposição manual, fixar a tensão em 28 kV, a carga em

20 mA.s e escolher uma combinação ânodo/filtro;

Figura 1.1. Teste de alinhamento do campo de raios X e receptor de

imagens.

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5 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

III. Metodologia alternativa para evitar o uso das réguas de raios X

(a) Colocar os marcadores sobre o suporte da mama, alinhando quatro moedas

aos limites da extensão do campo luminoso (Fig. 1.2);

(b) Posicionar a chave ou clip para identificar o lado direito da imagem;

(c) Utilizar o modo de exposição manual, fixar a tensão em 28 kV, a carga em

20 mA.s e escolher uma combinação ânodo/filtro;

(d) Analisar a imagem processada referente à projeção de 0° no próprio monitor

do equipamento.

Figura 1.2. Teste alternativo de alinhamento do campo de raios X e receptor

de imagens.

IV. Interpretação dos resultados

(a) Os raios X devem cobrir todo o filme, mas não devem ultrapassar o suporte

da mama no lado da parede torácica em mais de 1% da distância foco-receptor

de imagem e em mais de 2% da mesma distância nas laterais (direita e esquerda)

da imagem.

Obs.: Se o campo de radiação exceder os valores especificados, solicitar ajuste.

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6 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

2. Força de compressão

Objetivo Avaliar a intensidade de força de compressão.

Frequência Anual ou após a troca da bandeja.

I. Materiais

(a) Balança;

(b) Toalhas ou espuma (opcional).

II. Metodologia

(a) Colocar uma toalha sobre o suporte da mama (opcional, a fim de evitar danos

ao suporte);

(b) Posicionar a balança sobre o suporte da mama;

(c) Colocar uma toalha ou espuma sobre a balança (opcional, a fim de evitar

danos à bandeja de compressão);

(d) Acionar o pedal de compressão uma única vez até que a máxima compressão

seja atingida (Fig. 2.1);

(e) Registrar o valor medido.

Figura 2.1. Teste de força de compressão.

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7 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

III. Interpretação dos resultados

(a) O valor da força de compressão deve estar entre 11,0 kgf e 18,0 kgf.

3. Alinhamento da bandeja de compressão

Objetivo Avaliar o alinhamento da bandeja de compressão.

Frequência Anual ou após a troca da bandeja.

I. Materiais

(a) Espuma;

(b) Régua.

II. Metodologia

(a) Posicionar a espuma sobre o suporte da mama;

(b) Acionar o pedal de compressão, não sendo necessária a compressão máxima

(Fig. 3.1);

(c) Medir as distâncias entre a bandeja de compressão e o suporte da mama nos

quatro vértices da bandeja de compressão;

(d) Registrar os valores medidos.

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8 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

Figura 3.1. Teste de alinhamento da bandeja de compressão.

III. Interpretação dos resultados

(a) É permitida uma deformação mínima, sendo aceitável até 5,0 mm entre o

maior e menor valor medido.

4. Linearidade da resposta do detector

Objetivo Avaliar se a resposta do detector se apresenta linear conforme o kerma no

ar incidente medido.

Frequência Anual ou após reparos.

I. Materiais

(a) Quatro placas de polimetilmetacrilato (PMMA) de 1,0 cm de espessura;

(b) Câmara de ionização com tripé ou detector de estado sólido;

(c) Espuma ou isopor (opcional).

II. Metodologia

(a) Posicionar as quatro placas de PMMA o mais próximo possível da saída do

tubo de raios X;

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9 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

(b) Posicionar o detector sobre o suporte da mama a 6 cm da parede torácica e

uma espuma ou isopor sob o detector (opcional, a fim de evitar a radiação

retroespalhada) (Fig. 4.1);

(c) Utilizar o modo de exposição manual e fixar a tensão em 28 kV com a

combinação ânodo/filtro de Mo/Mo;

(d) Registrar os valores de kerma no ar incidente (Ki) em µGy para os valores de

carga iguais ou próximos de 4, 8, 16, 25, 32, 45, 63, 100 e 140 mA.s;

(e) Registrar os valores médios de pixels (VMP) e os desvios padrão do valor de

pixel (σ) das imagens processadas obtidas referentes as projeções de 0° através

dos recursos disponíveis no próprio monitor do equipamento;

(f) Fazer um gráfico dos resultados de Ki pelos VMP;

(g) Registrar o valor de R2 obtido através da equação do ajuste linear dos

resultados, VMP = a. Ki + b.

Figura 4.1. Teste de linearidade da resposta do detector.

III. Interpretação dos resultados

(a) O valor de R2 deve ser maior que 0,99.

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10 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

5. Ruído da imagem

Objetivo Avaliar a contribuição do ruído na imagem.

Frequência Anual ou após reparos.

Obs.: Os procedimentos descritos abaixo são uma sequência dos citados no teste de

linearidade da resposta do detector.

I. Materiais

(a) Os mesmos utilizados no teste de linearidade da resposta do detector.

II. Metodologia

(a) Fazer um gráfico dos resultados de Ki pelos σ;

(b) Registrar o valor do índice b obtido através da equação do ajuste do tipo

potência dos resultados, σ = a. Kib.

III. Interpretação dos resultados

(a) O valor do índice b deve ser entre 0,5 e 0,55.

IV. Importante

Caso o valor do índice b estiver fora do intervalo estabelecido, é necessário

analisar as contribuições dos diferentes tipos de ruído a fim de eliminar possíveis

falhas. Esta análise é feita através do espectro de potência dos ruídos, obtidos

conforme os seguintes procedimentos:

(a) Fazer um gráfico dos resultados do inverso dos VMP’ (VMP’-1

) pelo

quadrado da razão dos σ pelos VMP (σ.VMP-1

)2;

(b) Registrar os valores dos índices a, b e c obtidos através da equação do ajuste

do tipo polinomial do segundo grau dos resultados, y = a. x2 + b. x + c.

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11 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

(c) Calcular o ruído eletrônico relativo (σEL.VMP-1

) através da seguinte equação:

21

VMPa

VMP

EL

(d) Calcular o ruído quântico relativo (σQ.VMP-1

) através da seguinte equação:

21

VMPb

VMP

Q

(e) Calcular o ruído estrutural relativo (σS.VMP-1

) através da seguinte equação:

cVMP

S

(f) Calcular o ruído total relativo (σT.VMP-1

) através da soma dos outros ruídos;

(g) Fazer um gráfico com os diferentes resultados de ruídos relativos obtidos a

fim de avaliar as contribuições dos diferentes tipos de ruído para uma faixa de

dose, ou seja, VMP.

6. Uniformidade da resposta do detector

Objetivo Avaliar se o detector possui uma resposta linear em toda a sua superfície.

Frequência Anual ou após reparos.

I. Materiais

(a) Quatro placas de PMMA de 1,0 cm de espessura;

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12 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

II. Metodologia

(a) Posicionar as quatro placas de PMMA sobre o suporte da mama;

(b) Executar a exposição em modo automático;

(c) Registrar os VMP da imagem processada obtida referente à projeção de 0°,

através dos recursos disponíveis no próprio equipamento, na área central e nos

quatro cantos da imagem (Fig. 7.1);

(d) Calcular a variação dos VMP de cada área através da seguinte equação:

VMPdosMédia

VMPdosMédiaáreacadaemVMPVariação 100(%)

Figura 7.1. Cinco áreas a serem analisadas na imagem obtida no teste de

uniformidade da resposta do detector.

III. Interpretação dos resultados

(a) É permitida uma variação menor ou igual a ±10 %.

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13 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

7. Razão contraste ruído (CNR)

Objetivo Avaliar se a quantidade de ruído no contraste da imagem está adequada.

Frequência Anual ou após reparos.

I. Materiais

(a) Sete placas de PMMA de 1,0 cm de espessura;

(b) Espaçadores de PMMA de variadas espessuras;

(c) Folha de alumínio de 2 x 2 cm2 e 0,2 mm de espessura.

II. Metodologia

(a) Posicionar duas placas de PMMA sobre o suporte da mama;

(b) Posicionar a folha de alumínio sobre as placas de PMMA a 6 cm da parede

torácica a fim de gerar uma área de contraste na imagem (Fig. 8.1);

(c) Posicionar os espaçadores de PMMA sobre as placas na parte posterior a

parede torácica a fim de simular a espessura de mama equivalente (Tab. 8.1);

(d) Executar a exposição em modo automático e registrar a combinação

ânodo/filtro e os valores de tensão e carga utilizados;

(e) Registrar os VMP e os σ de fundo e na região da folha de alumínio (áreas 1 e

2, respectivamente) na imagem processada obtida referente à projeção de 0°

(Fig. 8.1), através dos recursos disponíveis no próprio equipamento;

(f) Calcular a razão contraste ruído (CNR) conforme a seguinte equação:

2

)( 2

1

2

2

12

VMPVMPCNR

(g) Calcular a CNR relativa (CNRrel) conforme a seguinte equação:

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14 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

100(%)50

CNR

CNRCNR n

rel

onde: CNRn e CNR50 são os valores de CNR para cada espessura e para 50 mm

(espessura padrão) respectivamente;

(h) Adicionar a terceira placa de PMMA e os respectivos espaçadores e repetir

os procedimentos descritos até posicionar a sétima placa.

Figura 8.1. Posicionamento da folha de alumínio e as respectivas áreas a

serem analisadas nas imagens obtidas no teste de CNR.

III. Interpretação dos resultados

(a) A Tab. 8.1 mostra os valores de referência de CNRrel para cada espessura de

PMMA.

Tabela 8.1. Valores de referência de CNRrel para cada espessura de PMMA.

Espessura de

PMMA (mm)

Espessura de mama

equivalente (mm)

Valores de referência

de CNRrel (%)

20 21 > 115

30 32 > 110

40 45 > 103

50 60 > 100

60 75 > 95

70 90 > 90

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15 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

8. Razão sinal ruído (SNR)

Objetivo Avaliar se a quantidade de ruído no sinal da imagem está adequada

Frequência Anual ou após reparos.

Obs.: Os procedimentos descritos abaixo são uma sequência dos citados no teste de

CNR.

I. Materiais

(a) Os mesmos utilizados no teste de CNR.

II. Metodologia

(a) Calcular a SNR de fundo (área 1) para cada espessura de PMMA conforme a

seguinte equação:

1

1

VMPSNR

(b) Calcular a variação de cada valor de SNR (SNRn) em relação ao valor médio

(SNRm) conforme a seguinte equação:

100(%)

m

mn

SNR

SNRSNRVariação

III. Interpretação dos resultados

(a) É permitida uma variação menor ou igual a ±10 %.

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16 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

9. Camada semirredutora (CSR)

Objetivo Avaliar a qualidade do feixe e obter os coeficientes de conversão

adequados para a dosimetria do equipamento.

Frequência Anual ou após reparos.

I. Materiais

(a) Dois filtros de alumínio de diferentes espessuras e elevada pureza (99,99%);

(b) Câmara de ionização com tripé ou detector de estado sólido;

(c) Espuma ou isopor (opcional).

Obs.: As espessuras dos filtros de alumínio devem ser escolhidas tais que os

valores de Ki obtidos estejam abaixo e acima do valor de Ki medido sem filtro.

II. Metodologia

(a) Posicionar o detector sobre o suporte da mama a 6 cm da parede torácica e

uma espuma ou isopor sob o detector (opcional);

(b) Posicionar a bandeja de compressão aproximadamente a meia distância entre

o foco e o detector (Fig. 10.1);

(c) Adotar uma combinação ânodo/filtro do equipamento e executar três

exposições em modo manual utilizando 28 kV e 50 mA.s;

(d) Registrar o valor médio de Ki obtido em mGy (L0);

(e) Repetir a exposição utilizando o primeiro filtro de alumínio posicionado

sobre a bandeja de compressão e registrar o valor médio de Ki obtido em mGy

(L1);

(f) Repetir a exposição substituindo os filtros e registrar o novo valor médio de

Ki obtido em mGy (L2);

(g) Calcular a camada semirredutora (CSR) em mm de Al conforme a seguinte

equação:

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17 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

1

2

0

12

0

21

ln

2ln

2ln

L

L

L

Lx

L

Lx

CSR

onde: x1 e x2 são as espessuras de alumínio correspondentes às leituras L1 e L2,

respectivamente.

Obs.: O cálculo da CSR também pode ser realizado através de ajustes feitos em

gráficos que relacionam os valores médios de Ki e as espessuras dos filtros.

Figura 10.1. Posicionamento do detector e dos filtros de alumínio para o

teste de CSR em um sistema DBT.

III. Interpretação dos resultados

(a) O valor de CSR deve estar entre:

CkV

CSRkV

100

03,0100

onde: C = 0,12 para Mo/Mo; 0,19 para Mo/Rh; 0,22 para Rh/Rh; 0,30 para

W/Rh; 0,32 para W/Ag e 0,25 para W/Al.

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18 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

10. Dose glandular média (DG)

Objetivo Estimar a dose glandular média para compará-la com os níveis

estabelecidos internacionalmente.

Frequência Anual ou após reparos que possam afetar a dose.

I. Materiais

(a) Câmara de ionização com tripé ou detector de estado sólido;

(b) Espuma ou isopor (opcional).

II. Metodologia

(a) Posicionar o detector sobre o suporte da mama a 6 cm da parede torácica e

uma espuma ou isopor sob o detector (opcional) (Fig. 11.1);

(b) Executar três exposições em modo manual utilizando a mesma combinação

ânodo/filtro, assim como os valores de tensão e carga registrados no teste de

CNR para diferentes espessuras de PMMA;

(c) Registrar o valor médio de Ki obtido em mGy para cada espessura de

PMMA;

(d) Calcular a DG em mGy para cada projeção (DG(θ)) e para cada espessura de

PMMA conforme a seguinte equação:

2

)()(

PMMA

iGdDFR

dDFRgcstKD

onde: Ki é o valor médio do kerma no ar incidente obtido, g é o coeficiente de

conversão utilizado para calcular a DG em mamas de 50% de glandularidade a

partir de Ki (Tab. A.II.1(a) e Tab. A.II.1(b)), c é o coeficiente de conversão para

mama com 0,1 a 100% de glandularidade na região central da mama (Tab.

A.II.1(a) e Tab. A.II.1(b)), s é o fator para diferentes combinações ânodo/filtro

(Tab. A.I.1), DFR é a distância foco-receptor de imagem em mm, d é a distância

centro sensível do detector-receptor de imagem em mm, dPMMA é a espessura de

PMMA em mm e t(θ) é o coeficiente de conversão utilizado para o cálculo da

DG para cada ângulo θ (Tab. A.II.3).

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19 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

(e) Calcular a DG em mGy para o exame completo (DG,T) e para cada espessura

de PMMA conforme a seguinte equação:

2

,

PMMA

iTGdDFR

dDFRgcsTKD

onde: T é o coeficiente de conversão utilizado para o cálculo da DG para o exame

completo (Tab. A.II.4).

Figura 11.1. Posicionamento do detector para o cálculo da DG.

III. Interpretação dos resultados

(a) A Tab. 11.1 mostra os níveis de referência de DG para cada espessura de

PMMA.

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20 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

Tabela 11.1. Níveis de referência aceitáveis e desejáveis de DG para

diferentes espessuras de mama equivalente.

Espessura

de

PMMA

(mm)

Espessura

de mama

equivalente

(mm)

Glandularidade

da mama

equivalente

(%)

Níveis de referência de DG

para mamas equivalentes

Aceitável

(mGy)

Desejável

(mGy)

20 21 97 1,0 0,6

30 32 67 1,5 1,0

40 45 41 2,0 1,6

45 53 29 2,5 2,0

50 60 20 3,0 2,4

60 75 9 4,5 3,6

70 90 4 6,5 5,1

11. Qualidade de imagem do phantom CDMAM

Objetivo Avaliar a qualidade da imagem mamográfica.

Frequência Anual ou após reparos.

I. Materiais

(a) Conjunto completo do phantom CDMAM (phantom e quatro placas de

PMMA);

II. Metodologia

(a) Posicionar o phantom CDMAM entre quatro placas de PMMA sobre o

suporte da mama (Fig. 12.1);

(b) Executar a exposição em modo automático;

(c) Analisar visualmente a imagem processada referente à projeção de 0° através

dos recursos disponíveis no próprio equipamento.

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21 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

Figura 12.1. Teste da qualidade da imagem do phantom CDMAM.

III. Interpretação dos resultados

(a) A Tab. 12.1 mostra os valores de referência de espessura de ouro (µm) para

cada diâmetro (mm) visualizado.

Tabela 12.1. Valores de referência de espessura de ouro para cada diâmetro

visualizado.

Diâmetro

(mm)

Valores de referência de

espessura de ouro (µm)

0,10 2,00

0,25 0,36

0,50 0,16

1,00 0,10

2,00 0,06

12. Qualidade de imagem do phantom MAMA

Objetivo Avaliar a qualidade da imagem mamográfica.

Frequência Mensal ou após reparos.

I. Materiais

(a) Phantom MAMA;

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22 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

II. Metodologia

(a) Posicionar o phantom MAMA sobre o suporte da mama;

(b) Executar a exposição em modo automático (caso o equipamento não possua

este modo, executar a exposição em modo semiautomático utilizando a tensão de

28 kV);

(c) Analisar visualmente a imagem processada referente à projeção de 0° no

próprio equipamento (Fig. 13.2).

Figura 13.1. Teste da qualidade da imagem do phantom MAMA.

III. Interpretação dos resultados

(a) Para uma boa qualidade de imagem, é necessário visualizar, em todas as

imagens obtidas, as estruturas conforme a tabela seguinte:

Tabela 13.1.Estruturas visualizadas nas imagens do phantom MAMA.

Estruturas

Presentes (Total)

Estruturas

Visualizadas

Fibras (6) ≥ 4

Discos (8) ≥ 7

Massas Tumorais (5) ≥ 4

Microcalcificações (5) ≥ 4

Grades Metálicas (4) 1*

*A primeira grade metálica representa uma estimativa da resolução espacial

de 4 pl.mm-1

.

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Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/CNEN)

23 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

Figura 13.2. Estruturas visualizadas na imagem do phantom MAMA.

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Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/CNEN)

24 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

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Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/CNEN)

26 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

Tabelas

I. Dosimetria: Valores do fator s para diferentes combinações ânodo/filtro

Tabela A.I.1. Valores do fator s (mGy.mGy-1

).

Combinação

ânodo/filtro Fator s

Mo/Mo 1,000

Mo/Rh 1,017

Rh/Rh 1,061

Rh/Al 1,044

W/Rh 1,042

W/Ag 1,042

Fonte: CEC (2006); Dance et al. (2000, 2009, 2011); EUREF (2013); IAEA

(2011); SEFM (2008, 2012).

II. Dosimetria: Valores dos coeficientes de conversão para medições com PMMA

Tabela A.II.1(a). Produto (mGy.mGy-1

) dos coeficientes g e c para

espessuras de PMMA e valores de CSR.

Espessura

de

PMMA

(mm)

Espessura

de mama

equivalente

(mm)

Glandularidade

da mama (%)

CSR (mm Al)

0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,55 0,60

20 21 97 0,336 0,377 0,415 0,450 0,482 0,513 0,539

30 32 67 0,245 0,277 0,308 0,338 0,368 0,399 0,427

40 45 41 0,191 0,217 0,241 0,268 0,296 0,322 0,351

45 53 29 0,172 0,196 0,218 0,242 0,269 0,297 0,321

50 60 20 0,157 0,179 0,198 0,221 0,245 0,269 0,296

60 75 9 0,133 0,151 0,168 0,187 0,203 0,230 0,253

70 90 4 0,112 0,127 0,142 0,157 0,173 0,194 0,215

Fonte: CEC (2006); Dance et al. (2000, 2009); IAEA (2011); SEFM (2008,

2012).

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Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/CNEN)

27 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

Tabela A.II.1(b). Produto (mGy.mGy-1

) dos coeficientes g e c para

espessuras de PMMA e valores de CSR.

Espessura

de

PMMA

(mm)

Espessura

de mama

equivalente

(mm)

Glandularidade

da mama (%)

CSR (mm Al)

0,65 0,70 0,75 0,80

20 21 97 0,570 0,586 0,606 0,627

30 32 67 0,452 0,475 0,496 0,517

40 45 41 0,377 0,398 0,417 0,436

45 53 29 0,343 0,362 0,381 0,397

50 60 20 0,318 0,336 0,353 0,368

60 75 9 0,273 0,288 0,303 0,264

70 90 4 0,232 0,247 0,260 0,272

Fonte: Dance et al. (2000, 2009); CEC (2006); SEFM (2008, 2012).

Tabela A.II.2. Valores do fator s para ânodos de tungstênio filtrados por 0,5

mm Al e 0,7 mm Al.

Espessura

de PMMA

(mm)

Espessura

de mama

equivalente

(mm)

Glandularidade

da mama (%)

Fator s

(0,5 mm Al)

Fator s

(0,7 mm Al)

20 21 97 1,075 1,052

30 32 67 1,104 1,064

40 45 41 1,134 1,082

45 53 29 1,149 1,094

50 60 20 1,160 1,015

60 75 9 1,181 1,123

70 90 4 1,198 1,136

80 103 3 1,208 1,142

Fonte: Dance et al. (2000, 2009, 2011); EUREF (2013); IAEA (2011).

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28 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

Tabela A.II.3. Valores do fator t para diferentes projeções.

Espessura

de

PMMA

(mm)

Espessura

de mama

equivalente

(mm)

Fator t - Ângulos (graus)

5 10 15 20 25 30

20 21 0,997 0,988 0,975 0,956 0,928 0,893

30 32 0,996 0,985 0,968 0,942 0,911 0,868

40 45 0,996 0,984 0,963 0,934 0,900 0,857

45 53 0,995 0,982 0,961 0,930 0,896 0,854

50 60 0,994 0,980 0,960 0,926 0,894 0,851

60 75 0,993 0,980 0,955 0,925 0,893 0,851

70 90 0,991 0,977 0,951 0,924 0,892 0,854

80 103 0,993 0,974 0,948 0,923 0,891 0,842

Fonte: EUREF (2013).

Tabela A.II.4. Valores do fator T para diferentes intervalos.

Espessura

de

PMMA

(mm)

Espessura

de mama

equivalente

(mm)

Fator T - Ângulos (graus)

-10 a +10 -15 a +15 -20 a +20 -25 a +25 -30 a +30

20 21 0,993 0,988 0,981 0,971 0,959

30 32 0,992 0,985 0,976 0,964 0,949

40 45 0,992 0,983 0,972 0,959 0,943

45 53 0,991 0,982 0,970 0,956 0,940

50 60 0,989 0,981 0,969 0,955 0,939

60 75 0,989 0,980 0,968 0,954 0,938

70 90 0,987 0,977 0,965 0,952 0,937

80 103 0,987 0,976 0,964 0,951 0,934

Fonte: EUREF (2013).

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Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/CNEN)

29 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

III. Dosimetria: Valores dos coeficientes de conversão para medições com pacientes

Tabela A.III.1. Valores do coeficiente g (mGy.mGy-1

) para espessuras de

mama comprimida e valores de CSR.

Espessura

de mama

(mm)

CSR (mm Al)

0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80

20 0,390 0,433 0,473 0,509 0,543 0,573 0,587 0,622 0,644 0,663 0,682

30 0,274 0,309 0,342 0,374 0,406 0,437 0,466 0,491 0,514 0,535 0,555

40 0,207 0,235 0,261 0,289 0,318 0,346 0,374 0,399 0,421 0,441 0,460

45 0,183 0,208 0,232 0,258 0,285 0,311 0,339 0,366 0,387 0,406 0,425

50 0,164 0,187 0,209 0,232 0,258 0,287 0,310 0,332 0,352 0,371 0,389

60 0,135 0,154 0,172 0,192 0,214 0,236 0,261 0,282 0,300 0,317 0,333

70 0,114 0,130 0,145 0,163 0,177 0,202 0,224 0,244 0,259 0,274 0,289

80 0,098 0,112 0,126 0,140 0,154 0,175 0,195 0,212 0,227 0,241 0,254

90 0,0859 0,0981 0,1106 0,1233 0,1357 0,1543 0,1723 0,188 0,202 0,214 0,227

100 0,0763 0,0873 0,0986 0,1096 0,1207 0,1375 0,1540 0,168 0,181 0,193 0,204

110 0,0687 0,0786 0,0887 0,0988 0,1088 0,1240 0,1385 0,164 0,164 0,175 0,186

Fonte: Dance (1990); Dance et al. (2000, 2009); CEC (2006), SEFM (2008,

2012); EUREF (2013).

Tabela A.III.2. Valores do coeficiente c (mGy.mGy-1

) para mulheres na faixa

etária de 40 e 49 anos.

Espessura

de mama

(mm)

CSR (mm Al)

0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80

20 0,885 0,891 0,900 0,905 0,910 0,914 0,919 0,923 0,928 0,932 0,936

30 0,894 0,898 0,903 0,906 0,911 0,915 0,918 0,924 0,928 0,933 0,937

40 0,940 0,943 0,945 0,947 0,948 0,952 0,955 0,956 0,959 0,961 0,964

50 1,005 1,005 1,005 1,004 1,004 1,004 1,004 1,004 1,003 1,003 1,003

60 1,080 1,078 1,074 1,074 1,071 1,068 1,066 1,061 1,058 1,055 1,051

70 1,152 1,147 1,141 1,138 1,135 1,130 1,127 1,117 1,111 1,105 1,098

80 1,220 1,213 1,206 1,205 1,199 1,190 1,183 1,172 1,163 1,154 1,145

90 1,270 1,264 1,254 1,248 1,244 1,235 1,225 1,214 1,204 1,193 1,181

100 1,295 1,287 1,279 1,275 1,272 1,262 1,251 1,238 1,227 1,215 1,203

110 1,294 1,290 1,283 1,281 1,273 1,264 1,256 1,242 1,232 1,220 1,208

Fonte: Dance et al. (2000, 2011); CEC (2006), SEFM (2008, 2012); EUREF

(2013).

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Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/CNEN)

30 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

Tabela A.III.3. Valores do coeficiente c (mGy.mGy-1

) para mulheres na faixa

etária de 50 e 64 anos.

Espessura

de mama

(mm)

CSR (mm Al)

0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80

20 0,885 0,891 0,900 0,905 0,910 0,914 0,919 0,923 0,928 0,932 0,936

30 0,925 0,929 0,931 0,933 0,937 0,940 0,941 0,947 0,950 0,953 0,956

40 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000

50 1,086 1,082 1,081 1,078 1,075 1,071 1,069 1,064 1,060 1,057 1,053

60 1,164 1,160 1,151 1,150 1,144 1,139 1,134 1,124 1,117 1,111 1,103

70 1,232 1,225 1,214 1,208 1,204 1,196 1,188 1,176 1,167 1,157 1,147

80 1,275 1,265 1,257 1,254 1,247 1,237 1,227 1,213 1,202 1,191 1,179

90 1,299 1,292 1,282 1,275 1,270 1,260 1,249 1,236 1,225 1,213 1,200

100 1,307 1,298 1,290 1,286 1,283 1,272 1,261 1,248 1,236 1,224 1,211

110 1,306 1,301 1,294 1,291 1,283 1,274 1,266 1,251 1,240 1,228 1,215

Fonte: Dance et al. (2000, 2011); CEC (2006), SEFM (2008, 2012); EUREF

(2013).

Tabela A.III.4. Valores do fator s para ânodos de tungstênio filtrados por 0,5

mm Al e 0,7 mm Al.

Espessura

de mama

(mm)

Glandularidade

(%)

Glandularidade

típica entre 40

e 49 anos

Glandularidade

típica entre 50

e 64 anos

Fator s

(0,5 mm Al)

Fator s

(0,7 mm Al)

20 80-100 100 100 1,069 1,052

30 62-82 82 72 1,104 1,060

40 40-65 65 50 1,127 1,076

50 23-49 49 33 1,139 1,087

60 11-35 35 21 1,154 1,105

70 2-24 24 12 1,180 1,121

80 0,1-17 14 7 1,187 1,129

90 0,1-14 8 4 1,198 1,136

100 0,1-13 5 3 1,206 1,140

110 0,1-13 5 3 1,212 1,144

Fonte: Dance et al. (2000, 2009, 2011); EUREF (2013).

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Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/CNEN)

31 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

Tabela A.III.5. Valores do fator t para diferentes projeções.

Espessura

de mama

(mm)

Fator t - Ângulos (graus)

5 10 15 20 25 30

20 0,997 0,988 0,976 0,958 0,93 0,895

30 0,996 0,986 0,970 0,944 0,914 0,87

40 0,996 0,984 0,964 0,937 0,902 0,859

50 0,995 0,983 0,961 0,932 0,897 0,855

60 0,994 0,98 0,960 0,926 0,894 0,851

70 0,993 0,98 0,956 0,927 0,894 0,851

80 0,993 0,979 0,955 0,924 0,892 0,852

90 0,991 0,977 0,951 0,924 0,892 0,854

100 0,993 0,975 0,949 0,924 0,892 0,845

110 0,992 0,973 0,947 0,921 0,888 0,834

Fonte: Dance et al. (2011), EUREF (2013).

Tabela A.III.6. Valores do fator T para diferentes intervalos.

Espessura

de mama

(mm)

Fator T - Ângulos (graus)

-10 a +10 -15 a +15 -20 a +20 -25 a +25 -30 a +30

20 0,994 0,989 0,982 0,972 0,960

30 0,992 0,985 0,976 0,965 0,950

40 0,992 0,984 0,973 0,961 0,944

50 0,991 0,982 0,971 0,957 0,941

60 0,989 0,981 0,969 0,955 0,939

70 0,989 0,980 0,969 0,955 0,940

80 0,988 0,979 0,967 0,953 0,937

90 0,987 0,977 0,965 0,952 0,937

100 0,987 0,977 0,965 0,952 0,935

110 0,986 0,975 0,963 0,949 0,931

Fonte: Dance et al. (2011); EUREF (2013).

Page 32: Protocolo Brasileiro para o Controle de Qualidade em ... · Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/CNEN) 5 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em

Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/CNEN)

32 Proposta de um Protocolo para o Controle de Qualidade em Tomossíntese Digital de Mama

Tabela A.III.7. Valores do fator T para diferentes sistemas e valores do fator

Ts para o sistema Philips Microdose.

Espessura

de mama

(mm)

T Hologic T Siemens TS Philips

Microdose

20 0,997 0,980 0,983

30 0,996 0,974 0,958

40 0,996 0,971 0,935

50 0,995 0,968 0,907

60 0,994 0,966 0,883

70 0,994 0,965 0,859

80 0,993 0,964 0,833

90 0,992 0,962 0,806

100 0,993 0,961 0,783

110 0,992 0,960 0,759

Fonte: Dance et al. (2011); EUREF (2013).