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2013 PROVA OBJETIVA 3ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO Dia: 13/09 - Das 14h às 15h40min QUÍMICA / LITERATURA / LÍNGUA ESTRANGEIRA

PROVA OBJETIVA 2013 - upvix.com.br - 2013 - Prova... · (Augusto dos Anjos. Obra completa, 1994.) 15. No soneto de Augusto dos Anjos, é evidente a) a visão pessimista de um “eu”

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2013

PROVA OBJETIVA 3ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO

Dia: 13/09 - Das 14h às 15h40min

QUÍMICA / LITERATURA /LÍNGUA ESTRANGEIRA

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1. A combustão do carbono em ambientes poço arejados ocorre de forma incompleta.

2 C(s) + O2(g) 2 CO(g)

Em um sistema fechado, a reação atinge o equilíbrio. A Expressão da constante de equilíbrio é

a) Kc = [C]2 · [O2]

b) Kc = [O2]

c) 2

22

[CO] [O ]

[C]

·

d) 2

2

[CO]

[O]

e) 2

22

[CO]

[O ] ]C]·

Gabarito: D 2. Analise as equações químicas a seguir:

Considerando os reagentes (à esquerda), são bases de Brönsted-Lowry, nas equações I, II e III, respectivamente,

Gabarito: B 3. Sejam os ácidos relacionados a seguir, com seus respectivos graus de ionização ( ):HClO4

( = 97%); H2SO4 ( = 61%); H3BO3 ( = 0,025%); H3PO4 ( = 27%); HNO3 ( = 92%).

Assinale a afirmativa correta:

a) H3PO4 é mais forte que H2SO4. b) HNO3 é um ácido moderado (semiforte).

c) HClO4 é mais fraco que HNO3. d) H3PO4 é um ácido forte. e) H3BO3 é um ácido fraco. Gabarito: E 4. O “besouro bombardeiro” espanta seus predadores, expelindo uma solução quente. Quando ameaçado,

em seu organismo ocorre a mistura de soluções aquosas de hidroquinona, peróxido de hidrogênio e enzimas, que promovem uma reação exotérmica, representada por:

O calor envolvido nessa transformação pode ser calculado, considerando-se os processos:

QUÍMICA

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Assim sendo, o calor envolvido na reação que ocorre no organismo do besouro é

Gabarito: B 5. Considere as duas fogueiras representadas a seguir, feitas, lado a lado, com o mesmo tipo e

quantidade de lenha.

A rapidez da combustão da lenha será a) maior na fogueira 1, pois a superfície de contato com o

ar é maior. b) maior na fogueira 1, pois a lenha está mais

compactada, o que evita a vaporização de componentes voláteis.

c) igual nas duas fogueiras, uma vez que a quantidade de lenha é a mesma e estão no mesmo ambiente.

d) maior na fogueira 2, pois a lenha está menos compactada, o que permite maior retenção de calor pela madeira.

e) maior na fogueira 2, pois a superfície de contato com o ar é maior. Gabarito: E 6. No início do século XX, a expectativa da Primeira Guerra Mundial gerou uma grande necessidade de

compostos nitrogenados. Haber foi o pioneiro na produção de amônia, a partir do nitrogênio do ar. Se a amônia for colocada num recipiente fechado, sua decomposição ocorrerá de acordo com a seguinte equação química não-balanceada:

As variações das concentrações com o tempo estão ilustradas na figura abaixo.

A partir da análise da figura acima, podemos afirmar que as curvas A, B e C representam a variação temporal das concentrações dos seguintes componentes da reação, respectivamente,

a) H2, N2 e NH3;

b) NH3, H2 e N2;

c) N2, H2 e NH3;

d) NH3, N2 e H2;

e) H2, NH3 e N2.

Gabarito: C 7. O eugenol é um óleo essencial extraído do cravo-da-índia que tem propriedades anestésicas. O iso-

eugenol é outro óleo essencial extraído da noz-moscada.

Dadas as estruturas dos dois óleos, pode-se dizer que a) são isômeros funcionais. b) são isômeros de cadeia. c) não são isômeros. d) são isômeros de posição. e) são formas tautoméricas. Gabarito: D

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8. Observe o esquema ao lado:

Marque a alternativa na qual as letras A, B, C, D e E, correspondem, respectivamente, á isomeria de: a) posição, cadeia, compensação,

tautomeria, função. b) cadeia, compensação, função,

posição, tautomeria. c) função, tautomeria, cadeia,

posição, compensação. d) tautomeria, função, posição,

compensação, cadeia. e) compensação, tautomeria,

função, cadeia, posição. Gabarito: C 9. O composto representado pela

fórmula:

I. admite um isômero do tipo TRANS. II. é ácido graxo (ácido carboxílico

com cadeia longa).

III. tem fórmula molecular C22H42O2.

Está correto o que se afirma em a) I, somente. b) II, somente. c) III, somente. d) II e III somente. e) I, II e III. Gabarito: E 10. Na tabela “1”, abaixo, são apresentados pares de substâncias orgânicas, e na tabela “2”, possíveis

correlações entre esses pares:

Após numerar a tabela 2, em relação aos pares da tabela 1, assinale a opção que apresenta a numeração correta de cima para baixo: a) 1, 2, 4, 3. b) 2, 1, 3, 4. c) 2, 4, 3, 1. d) 3, 2, 1, 4. e) 3, 4, 2, 1. Gabarito: B

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11.

Poema de Sete Faces Quando nasci um anjo torto desses que vive na sombra

disse: Vai, Carlos! Ser gauche1 na vida.

As casas espiam os homens Que correm atrás de mulheres. A tarde talvez fosse azul Não houvesse tantos desejos. O bonde passa cheio de pernas: Pernas brancas pretas amarelas. Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração. Porém meus olhos não perguntam nada. O homem atrás do bigode é sério, simples e forte. Quase não conversa. Tem poucos, raros amigos o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste se sabias que eu não era Deus se sabias que eu era fraco. Mundo mundo vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução. Mundo mundo vasto mundo, mais vasto é meu coração. Eu não devia te dizer mas essa lua mas esse conhaque botam a gente comovido como o diabo.

(Carlos Drummond de Andrade)

(1) A palavra francesa (pronuncia-se “gôche”) era uma gíria usada por jovens da classe média urbana para

rotular indivíduos tidos como arredios, esquisitos, inadaptados. A respeito do jogo intertextual estabelecido entre a tirinha e o poema, considere estas afirmações:

I. Os três primeiros quadrinhos ilustram o conteúdo expresso nos versos da segunda estrofe do poema de Drummond.

II. Como a tirinha faz uma citação do poema, é possível caracterizá-la como pertencente ao mesmo gênero do texto de Drummond.

III. O silêncio da personagem, presente no último quadrinho da tira, ilustra o conteúdo expresso na última estrofe do poema.

Está(ão) correta(s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas I e II. d) apenas III. e) apenas I e III. Gabarito: A Resolução/comentário: Os itens II e III são incorretos, pois tirinha e poema pertencem a gêneros distintos, e o silêncio da personagem com o olho machucado não revela comoção, mas sim o efeito da agressão das mulheres que se sentiram incomodadas com os seus olhares indiscretos.

LITERATURA

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12. A Semana de Arte Moderna foi um movimento definidor da concepção contemporânea de “cultura brasileira”, quando foram propostas pela primeira vez muitas das ideias ainda correntes sobre a relação do país com a tradição nacional e as influências estrangeiras. No ano de 2012, esse movimento completa 90 anos. Da Semana, participaram jovens artistas como os escritores Oswald de Andrade, Anita Malfati, Mario de Andrade e Manuel Bandeira, esses dois últimos, autores dos poemas abaixo.

Texto I VOU-ME EMBORA

Mario de Andrade (Fragmento)

Vou-me embora, vou-me embora Vou-me embora pra Belém Vou colher cravos e rosas Volto a semana que vem (...) Vou-me embora paz na terra Paz na terra repartida

Uns têm terra, muita terra Outros nem pra uma dormida Não tenho onde cair morto Fiz gorar a inteligência Vou reentrar no meu povo Reprincipiar minha ciência (...)

Texto II VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA

Manuel Bandeira (Fragmento)

Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Aqui não sou feliz (...)

Expressões e palavras assumem diferentes significados dependendo do contexto em que estão sendo utilizadas. A expressão “Vou-me embora” assume, nos textos I e II, os seguintes sentidos de busca, respectivamente, a) da independência financeira e da liberdade condicional b) da expressão nacionalista e do paraíso perdido c) do conhecimento da pátria e da independência financeira d) do conhecimento do povo e da liberdade de expressão linguística e) da felicidade e do conhecimento da cultura popular Gabarito: B Resolução/comentário: No texto I, o eu-lírico expressa a decisão de partir para um lugar determinado, Belém, para nos dois últimos versos enfatizar que é ali que ele será feliz (“Vou reentrar no meu povo/Reprincipiar minha ciência”). No texto II, Pasárgada é uma alegoria do paraíso, representante do mito da felicidade através da evasão do eu-lírico para uma outra realidade, onde tudo é permitido, principalmente realizar atos comuns que não puderam ser vivenciados pelo poeta devido à doença que o acometeu ainda jovem. Assim, é correta a alternativa [B], pois a expressão “Vou-me embora” assume, nos textos I e II, sentidos de busca de expressão nacionalista e do paraíso perdido, respectivamente. 13. Considerando a imagem da mulher nas diferentes manifestações literárias, pode-se afirmar que a) nas cantigas de amor, originárias da Provença, o eu-lírico é feminino, mostrando o outro lado do

relacionamento amoroso. b) no Arcadismo, a louvação da mulher é feita a partir da escolha de um aspecto físico em que sua beleza

se iguale à perfeição da natureza. c) no Realismo, a mulher era idealizada como misteriosa, inatingível, superior, perfeita, como nas cantigas

de amor. d) a mulher moderna é inferiorizada socialmente e utiliza a dissimulação e a sedução, muitas vezes

desencadeando crises e problemas. e) a mulher barroca foi apresentada como arquétipo da beleza, evidenciando o poder por ela conquistado,

enquanto os homens viviam uma paz espiritual. Gabarito: B Resolução/comentário: As opções [A], [C], [D] e [E] são incorretas, pois [A] nas cantigas de amor, o eu-lírico é masculino; [C] a idealização é típica do Romantismo; [D] o amor, o casamento, a relação homem e mulher são questões abordadas no Modernismo,

questionamentos que provocam reconhecimento e valorização da mulher no espaço social da época; [E] a estética barroca nega a concepção da figura do ser perfeito típico do Classicismo e apresenta a mulher

como alguém dual, merecedora de elogios e também de críticas.

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14. O culto exagerado da forma, o rebuscamento, a riqueza de pormenores, o conflito entre o profano e o sagrado são características

a) do Renascimento. b) da Ilustração. c) do Realismo. d) do Barroco. e) do Simbolismo. Gabarito: D Resolução/comentário: É correta a opção [D], pois o Barroco é a arte do conflito, do contraste de imagens, palavras e conceitos: fé vs. razão, corpo vs. alma, religião vs. ciência. A linguagem rebuscada e o uso exagerado de recursos estilísticos, como hipérboles, metáforas, antíteses e paradoxos caracterizam a vertente cultista do Barroco, estilo também chamado de Gongorismo. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:

Apóstrofe à carne

Quando eu pego nas carnes do meu rosto, Pressinto o fim da orgânica batalha: – Olhos que o húmus necrófago estraçalha, Diafragmas, decompondo-se, ao sol-posto. E o Homem – negro e heteróclito composto, Onde a alva flama psíquica trabalha, Desagrega-se e deixa na mortalha O tacto, a vista, o ouvido, o olfato e o gosto!

Carne, feixe de mônadas bastardas, Conquanto em flâmeo fogo efêmero ardas, A dardejar relampejantes brilhos, Dói-me ver, muito embora a alma te acenda, Em tua podridão a herança horrenda,

Que eu tenho de deixar para os meus filhos! (Augusto dos Anjos. Obra completa, 1994.)

15. No soneto de Augusto dos Anjos, é evidente a) a visão pessimista de um “eu” cindido, que desiste de conhecer-se, pelo medo de constatar o já sabido

de sua condição humana transitória. b) o transcendentalismo, uma vez que o “eu” desintegrado objetiva alçar voos e romper com um projeto de

vida marcado pelo pessimismo e pela tortura existencial. c) a recorrência a ideias deterministas que impulsionam o “eu” a superar seus conflitos, rompendo um ciclo

que naturalmente lhe é imposto. d) a vontade de se conhecer e mudar o mundo em que se vive, o que só pode ser alcançado quando se

abandona a desintegração psíquica e se parte para o equilíbrio do “eu”. e) o uso de conceitos advindos do cientificismo do século XIX, por meio dos quais o poeta mergulha no

“eu”, buscando assim explorar seu ser biológico e metafísico. Gabarito: E Resolução/comentário: A predominância de verbos e pronomes em primeira pessoa (“pego”, “pressinto”, “tenho”, “eu”, “meu”, “me”, “meus”) demonstra que Augusto dos Anjos parte de uma análise introspectiva para expressar angústia pelas fatalidades de leis físicas e biológicas que regem o ser humano, segundo os conceitos advindos do cientificismo do século XIX (“E o Homem… / Desagrega-se e deixa na mortalha / O tacto, a vista, o ouvido, o olfato e o gosto!”). Assim, é correta a opção [E]. 16. No plano formal, o poema é marcado por a) versos brancos, linguagem obscena, rupturas sintáticas. b) vocabulário seleto, rimas raras, aliterações. c) vocabulário antilírico, redondilhas, assonâncias. d) assonâncias, versos decassílabos, versos sem rimas. e) versos livres, rimas intercaladas, inversões sintáticas. Gabarito: B Resolução/comentário: As opções [A], [C], [D] e [E] são incorretas, pois em [A] os versos apresentam rima, vocabulário pouco usual no cotidiano e perfeito encadeamento lógico; [C] os versos são decassilábicos e têm conteúdo lírico, pois o enunciador fala de seus sentimentos e emoções; [D] e [E] enquanto que os versos livres são autônomos em relação a esquemas métricos, as do poema de Augusto dos Anjos são rimados, com esquema ABBA ABBA CCD EED. Assim, é correta a opção [B], pois, além de métrica rígida, o poeta usa aliterações (“Diafragmas, decompondo-se”, “ flâmeo fogo efêmero”) e rimas raras (“rosto”, “sol-posto”).

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TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Texto I

MEC quer rever veto a livro de Monteiro Lobato O ministro da Educação, Fernando Haddad, pedirá que (sic) o CNE (Conselho Nacional de

Educação) reveja o parecer que recomendou restrições à distribuição do livro “Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato, em escolas públicas. O Conselho de Educação quer vetar livro de Monteiro Lobato em escolas.

Como revelou a Folha, o conselho sugeriu que a obra não seja distribuída pelo governo ou, caso isso seja feito, que contenha uma “nota explicativa”, devido a um suposto teor racista.

Haddad disse ter recebido diversas reclamações de educadores e especialistas contra a decisão do CNE. “Foram muitas manifestações para que o MEC afaste qualquer hipótese de censura a qualquer obra”, afirmou.

Ele disse não ver racismo na obra, mas ainda assim não descartou o contexto em que determinada obra foi escrita quando isso for considerado necessário. Para o ministro, qualquer que seja a decisão do CNE, ela deverá valer para todos os livros e não para apenas um específico.

(PINHO, Angela. In: http://www.substantivoplural.com.br/monteiro-lobato-e-a-proibicao-da-cacada-de-pedrinho/. Acessado em 09/09/2011)

Texto II

Monteiro Lobato e a proibição da “Caçada de Pedrinho”

Meus amigos e amigas,

Estou muito preocupado com essa proibição ao livro “Caçadas de Pedrinho”, escrito por Monteiro

Lobato em 1933. Estou aqui com as obras completas do Lobato e já consultei o seu grande biógrafo Edgard

Cavalheiro e não vejo razão para essa proibição. Aprendi a gostar de ler com Monteiro Lobato. Li o D.

Quixote das Crianças do Lobato e nunca mais deixei de ler a grande obra prima de Cervantes. Vasculhei o

céu com Lobato numa “Viagem ao Céu”. Li sobre o explorador Hans Staden e me encantei com Os Doze

Trabalhos de Hércules recontado por esse grande escritor e editor.

Monteiro Lobato reinventou o Brasil. Em alguns aspectos, inventou-o. Foi um grande nacionalista e

lutou pelo nosso petróleo e recursos minerais. Foi um grande editor quando no Brasil quase não havia

editoras. Um grande tradutor que lutou incansavelmente pelo Brasil. As Aventuras do Pica-pau Amarelo

foram transportadas para a televisão e ainda hoje encantam gerações de todas as idades.

Com relação à obra proibida “Caçadas do Pedrinho”, e a justificativa das palavras preconceituosas

e estereotipas “trepar” e “negra”, que não ajudariam na educação com base “nos estudos atuais e críticos

que discutem a presença de estereótipos raciais na literatura” acho a justificativa sem propósito e um grave

atentado contra a livre expressão e ao fazer literário e artístico.

Por isso mesmo meus protestos contra essa agressão a um dos mais criativos e nacionalistas

escritores do Brasil. Urubu é negro, macaco trepa; assim como tem gente negra e que trepa. Não vejo razão

para colocar a obra num índex proibitivo. E são negros os olhos da minha amada. Cacemos Pedrinho! Vou

fazer a minha perna de pau e colocar sebo para a onça não pegar.

(MATA, João da. In: http://www.substantivoplural.com.br/monteiro-lobato-ea-proibicao-da-cacada-de-pedrinho/. Acessado em

09/09/2011)

17. Sobre os Textos I e II, é correto afirmar que

I. Ambos são contrários a qualquer proibição. II. O Texto II afirma que não cabe como livro de formação para crianças.

III. No Texto I, constata-se, nesse caso, a volta da censura. IV. No Texto I, é possível vislumbrar certa defesa a favor da obra em questão.

De acordo com as afirmativas acima, a alternativa correta é a) I e II b) I e IV c) II e III d) III e IV e) I e III Gabarito: D Resolução/comentário: São corretos os itens assinalados na alternativa [D], pois em [I]. Apenas o texto II é contrário a qualquer proibição do livro; [II]. João da Mata elogia a obra de Monteiro Lobato, “Caçadas de Pedrinho” e considera-a compatível com

qualquer faixa etária.

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18. No Texto II, a frase que revela uma opinião do autor sobre a proibição do livro de Monteiro Lobato “Caçadas de Pedrinho" é

a) “estou muito preocupado com essa proibição ao livro “Caçadas de Pedrinho.” b) “foi um grande nacionalista e lutou pelo nosso petróleo e recursos minerais.” c) “a noite é negra sem luar e ninguém pode mudar a natureza.” d) “um grave atentado contra a livre expressão e ao fazer literário e artístico.” e) “vou fazer a minha perna de pau e colocar sebo para a onça não pegar.” Gabarito: D Resolução/comentário: A alternativa [D] reproduz a opinião de João da Mata sobre a proibição do livro de Monteiro Lobato “Caçadas de Pedrinho”: “Acho a justificativa sem propósito e um grave atentado contra a livre expressão e ao fazer literário e artístico”. 19.

Negrinha Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados. Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças. Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma – “dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral”, dizia o reverendo. Ótima, a dona Inácia. Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva. [...] A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de escravos – e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e estalar o bacalhau. Nunca se afizera ao regime novo – essa indecência de negro igual.

LOBATO, M. Negrinha. In: MORICONE, I. Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000 (fragmento).

A narrativa focaliza um momento histórico-social de valores contraditórios. Essa contradição infere-se, no contexto, pela a) falta de aproximação entre a menina e a senhora, preocupada com as amigas. b) receptividade da senhora para com os padres, mas deselegante para com as beatas. c) ironia do padre a respeito da senhora, que era perversa com as crianças. d) resistência da senhora em aceitar a liberdade dos negros, evidenciada no final do texto. e) rejeição aos criados por parte da senhora, que preferia tratá-los com castigos. Gabarito: D Resolução/comentário: Monteiro Lobato, autor inserido no período pré-modernista, apresenta a personagem “Patroa” como uma mulher “amimada” pelos padres, com “camarote de luxo reservado no céu”, referida pelos padres como uma “dama de grandes e virtudes apostólicas”. Percebe-se a ironia do narrador (não do padre, como refere a opção d)) quando a apresenta como uma mulher maldosa e racista, pois gostava de “judiar de crianças” e nunca aceitara a liberdade dos negros. 20. Texto 1

O Morcego Meia-noite. Ao meu quarto me recolho. Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede: Na bruta ardência orgânica da sede, Morde-me a goela ígneo e escaldante molho. “Vou mandar levantar outra parede...” Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho, Circularmente sobre a minha rede!

Pego de um pau. Esforços faço. Chego A tocá-lo. Minh’alma se concentra. Que ventre produziu tão feio parto?! A Consciência Humana é este morcego! Por mais que a gente faça, à noite, ele entra Imperceptivelmente em nosso quarto!

ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1994.

Texto 2

O lugar-comum em que se converteu a imagem de um poeta doentio, com o gosto do macabro e do horroroso, dificulta que se veja, na obra de Augusto dos Anjos, o olhar clínico, o comportamento analítico, até mesmo certa frieza, certa impessoalidade científica.

CUNHA, F. Romantismo e modernidade na poesia. Rio de Janeiro: Cátedra, 1988 (adaptado).

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Em consonância com os comentários do texto 2 acerca da poética de Augusto dos Anjos, o poema O morcego apresenta-se, enquanto percepção do mundo, como forma estética capaz de a) reencantar a vida pelo mistério com que os fatos banais são revestidos na poesia. b) expressar o caráter doentio da sociedade moderna por meio do gosto pelo macabro. c) representar realisticamente as dificuldades do cotidiano sem associá-lo a reflexões de

cunho existencial. d) abordar dilemas humanos universais a partir de um ponto de vista distanciado e analítico acerca

do cotidiano. e) conseguir a atenção do leitor pela inclusão de elementos das histórias de horror e suspense na

estrutura lírica da poesia. Gabarito: D Resolução/comentário: No fragmento (texto 2) de teoria literária, o autor faz uma análise sobre a obra de Augusto dos Anjos, apontando um engano do leitor, ao reduzir sua poética a textos conhecidos como macabros e doentios, mostra que a frieza, a impessoalidade e o comportamento analítico, típico dos cientistas, está presente em seus poemas. O texto 1 expressa o encontro do sujeito poético com a consciência, simbolizada na forma do morcego. Embora essa figura nos remeta às estórias de terror, não está presente no poema, para conseguir a atenção do leitor. Assim, como o morcego pode entrar em nosso quarto sorrateiramente, a consciência pode adentrar nosso ser. A alternativa correta é a letra D.

INGLÊS – OPÇÃO DE CURSO: 000

21. Read the following comic strip:

LÍNGUA ESTRANGEIRA

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Gabarito: C 22. Check the followin image and then Mark the correct option:

Gabarito: B

23. A partir da leitura da tirinha, pode-se inferir que a) os apelos feitos pela ONU e pelo Vaticano em prol da paz mundial têm sido em vão ultimamente. b) a paz mundial só poderá ser alcançada quando a ONU e o Vaticano trabalharem em cooperação mútua. c) o poder de persuasão da ONU pode ser considerado um pouco maior do que o do Vaticano quando se

trata de questões da paz mundial. d) a personagem está indignada com a maneira como as questões da paz mundial são tratadas pela ONU

e pelo Vaticano. e) a personagem faz um apelo à ONU e ao Vaticano para que concentrem seus esforços em prol da

paz mundial. Gabarito: A

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24. Analise as seguintes asserções:

Gabarito: A

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25. Calvin seems to be very angry because:

Gabarito: A

26. What means the expression a baker´s dozen? a) Elven. b) Twelve. c) Thirteen. d) Fourteen. e) Fifteen. Gabarito: C

27. Na fase escolar, é prática comum que os professores passem atividades extraclasses e marquem uma

data para que as mesmas sejam entregues para correção. No caso da cena da charge, a professora ouve uma estudante apresentando argumentos para

a) discutir sobre o conteúdo do seu trabalho já entregue. b) elogiar o tema proposto para o relatório solicitado. c) sugerir temas para novas pesquisas e relatórios. d) reclamar do curto prazo para entrega do trabalho. e) convencer de que fez o relatório solicitado. Gabarito: E

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28. The runner-up is:

a) the Champion. b) the 1st

one. c) the 2nd

one.

d) the 3rd

one. e) the last one.

Gabarito: C 29. “To give someone a mouthful” means: a) to shout at someone. b) to Kiss someone. c) to chat to someone. d) to praise someone. e) teach someone. Gabarito: A 30. Yeah, you could pull my leg or naything (“Yeah Yeah Yeah”, by Alice Cooper). a) Annoy me. b) Touch me. c) Praise me. d) Fool me. e) Hit me. Gabarito: D

ESPANHOL – OPÇÃO DE CURSO: 111

21. El antónimo de la palabra destacada en “no conozco a nadie en la sala” es: a) Algún. b) Alguno.

c) Alguien. d) Ninguno.

e) Nada.

Gabarito: C 22. Si pasáramos la frase “pasamos algunos días allá” a la negativa singular, la palabra en negrita sería: a) Nada. b) Ningún. c) Algún. d) Nadie. e) Alguien. Gabarito: B 23. Contesta la frase: “¿Nadie estuvo en la fiesta?” a) No, nadie. b) Sí, nadie. c) No, ninguno. d) Sí, alguno. e) No, algún. Gabarito: A 24. Completa la frase: “Lo que puede hacer solo, no esperes a…………….”. a) Nadie. b) Ninguno. c) Alguien. d) Nada. e) Alguno. Gabarito: A 25. Marca el íten correcto: a) Ella no dijo todo -> Pronombre indefinido. b) ¿Quién habla? -> Pronombre relativo. c) Espero que llegues pronto -> Pronombre interrogativo. d) No sé donde ella vive -> Adverbio de negación. e) El hombre era fuerte -> Pronombre personal. Gabarito: A

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26. Leia.

O texto anterior se propõe principalmente a a) Mostrar como os pacientes reclamam do serviço público de saúde. b) Chamar atenção ao caos dos planos de saúde. c) Mostrar a situação da saúde nos hospitais espanhóis. d) Criticar o modo como os enfermeiros tratam os pacientes. e) Criticar o horário de funcionamento dos centros cirúrgicos. Gabarito: C 27. Leia a tira seguinte.

A personagem da tira faz uma lista de coisas sobre sua vida e, entre elas, encontramos a expressão los curros, a qual se refere

a) aos lugares os quais a personagem já visitou. b) aos professores com quem estudou ao longo da vida. c) às garotas que a personagem já conquistou. d) aos animais de estimação que já possui. e) aos trabalhos que já teve ao longo de sua vida. Gabarito: E

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28. Leia o texto a seguir.

O que quer dizer a poetisa Elisa Kidane da Eritreia quando escreve em seu texto que “Las mujeres africanas tejen la vida”? a) Elas são a chave para a sociedade. b) Que sem elas não haveria sobreviventes. c) Que sujam a vida. d) Que elas tramam coisas. e) Que elas tricotam bem. Gabarito: C 29. Leia.

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Segundo o conteúdo presente na tira, o senhor a) elogia a ferramenta por ela permitir que ele saiba coisas sobre sua filha. b) critica o fato de ele e sua filha não se comunicarem adequadamente. c) enaltece o uso dos computadores como boa ferramenta de diálogo. d) agradece ao Facebook por proporcionar o diálogo entre ele e sua filha. e) menospreza a ferramenta tecnológica por ela explicitar as atividades de sua filha. Gabarito: A 30. Leia a tira a seguir.

Na atualidade, uma das coisas que mais se discute é a preservação do meio ambiente e formas de se viver de maneira mais sustentável. Uma dessas formas seria a reciclagem. O autor da tira nos traz essa discussão por meio da atitude de sua personagem, que, ao jogar fora a garrafa afirmando que recicla

a) diz que reciclar não é algo para todos que vivem em sociedade, inclusive para os animais. b) indica que reciclar é e continua sendo ainda a melhor opção para o meio ambiente. c) reclama de, no mundo, a reciclagem ainda não existir de maneira alguma. d) mostra que a reciclagem ainda está bastante presente no discurso e pouco nas ações efetivas. e) apresenta diversas formas de pensar e ajudar a preservar o meio ambiente na sociedade

contemporânea. Gabarito: D

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