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2019 • DIREITOS HUMANOS • LEIS PENAIS ESPECIAIS 2ª edição revista, ampliada e atualizada Alison Rocha PROVA ORAL para DELEGADO DE POLÍCIA ESTRATÉGIAS E TÉCNICAS ARGUMENTATIVAS ADMINISTRATIVO • CONSTITUCIONAL • PENAL • PROCESSUAL PENAL Coordenadores Cleopas Isaias e Bruno Zanotti

PROVA ORAL para DELEGADO DE POLÍCIA...Professor de Direito Penal e Leis Extravagantes em diversos cursos preparatórios. Palestrante sobre motivação e emocional, técnicas de organização

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2019

• DIREITOS HUMANOS • LEIS PENAIS ESPECIAIS

2ª ediçãorevista, ampliada e atualizada

Alison Rocha

PROVA ORAL para DELEGADO DE POLÍCIAESTRATÉGIAS E TÉCNICAS ARGUMENTATIVAS

ADMINISTRATIVO • CONSTITUCIONAL • PENAL • PROCESSUAL PENAL

CoordenadoresCleopas Isaias e Bruno Zanotti

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SOBRE AUTORIA e COORDENAÇÃO

Autor

ALISON ROCHAAprovado e nomeado para Delegado do Espírito Santo e Santa Catarina.Aprovado para Delegado da Polícia Federal 2019 e para os concursos de Investigador e Oficial de Cartório da PCERJ, Agente Federal de Execução Penal, PRF, dentre outros.Natural do Rio de Janeiro.Graduado em Direito pela UNIGRANRIO/RJ.Especialização em Direito Penal e Processo Penal pela UCB.Professor de Direito Penal e Leis Extravagantes em diversos cursos preparatórios.Palestrante sobre motivação e emocional, técnicas de organização e memorização para concursos.Criador do site Beabá do Concurso, do Treinamento Personal do Concurso e do Edital Codificado para Concursos.Autor de obras jurídicas e de estudos estratégicos das bancas Cebraspe, FCC e FGV.

Coordenadores

CLEOPAS ISAIAS SANTOSMestre e Doutorando em Ciências Criminais pela PUCRS. Especialista em Dogmática Penal Alemã pela Georg-August-Universität Göttingen (Alemanha). Especialista em Direito Penal Econômico e Europeu pela Universidade de Coimbra (Portugal). Pós-Graduado em Ciências Criminais pela Universidade Estácio de Sá. Professor de Direito Penal, Processo Penal e Criminologia na Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB. Professor na Pós-Graduação da Escola Superior do Ministério Público do Estado do Maranhão – ESMPMA. Professor na Pós-Graduação da Universidade CEUMA. Professor na Escola Superior da Magistratura do

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DELEGADO DE POLÍCIA

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Estado do Maranhão – ESMAM. Ex-Professor na Fundação Escola Superior da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul – FESDEP. Professor na Academia Integrada de Segurança Pública do Estado do Maranhão – AISP. Autor de diversos capítulos de livros e ar-tigos em periódicos especializados, nacionais e estrangeiros. Coordenador do Instituto Brasileiro de Processo Penal – IBRASPP no Maranhão. Coordenador Adjunto do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais – IBCCRIM no Maranhão. Parecerista do Boletim do Instituto Brasileiro de Processo Penal – IBRASPP. Parecerista da Revista de Estudos Criminais – REC. Conferencista em congressos nacionais e internacionais. Ex-Escrivão de Polícia Civil. Ex-Escrivão de Polícia Federal. Ex-Presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Maranhão. Delegado de Polícia Civil no Estado do Maranhão.

BRUNO TAUFNER ZANOTTIDoutorando e mestre em Direitos e Garantias Fundamentais pela Faculdade de Direito de Vitória (FDV). Especialista em Direito Público pela FDV. Delegado da Polícia Civil do Estado do Espírito Santo. Professor dos Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu da Escola Superior do Ministério Público e da FGV-RJ, além de ministrar aulas em cursos preparatórios para con-cursos públicos. Cofundador do site www.pensodireito.com.br e colunista do site www.dele-gados.com.br.E-mail: [email protected]

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DIREITO ADMINISTRATIVO

1. AGENTES E ÓRGÃOS PÚBLICOS

CANDIDATO:

Policiais podem fazer greve? (Delegado MG/18)

RESPOSTA ADEQUADA:

Excelência, o STF cristalizou entendimento de que o exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública.

COMPLEMENTAÇÃO DA RESPOSTA:

O STF entendeu que o exercício de greve é vedado a todas as carreiras po-liciais previstas no art. 144, ou seja, não podem fazer greve os integrantes da:

1) Polícia Federal;

2) Polícia Rodoviária Federal;

3) Polícia Ferroviária Federal;

4) Polícia Civil; e

5) Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros militar.

ATENÇÃO:

É importante salientar que o STF exarou que, ao decidir que os policiais civis não possuem direito de greve, não estava aplicando o art. 142,

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DELEGADO DE POLÍCIA

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§ 3º, IV, da CF/88 por analogia a eles. Deste modo, entendeu que a gre-ve é proibida por força dos princípios constitucionais que regem os ór-gãos de segurança pública.

Outras informações sine qua non sobre o tema:

1. É obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaura-da pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165 do CPC, para vocalização dos interesses da categoria. STF. Plenário. ARE 654432/GO (repercussão geral – Info 860).

2. A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de pa-ralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públi-cos, em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre. É permi-tida a compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público. STF. Plenário. RE 693456/RJ (repercussão geral – Info 845).

3. A justiça comum, federal ou estadual, é competente para julgar a abu-sividade de greve de servidores públicos celetistas da Administração pública direta, autarquias e fundações públicas. STF. Plenário. RE 846854/SP (repercus-são geral – Info 871).

Neste sentido, a Justiça Comum é sempre competente para julgar causa relacionada ao direito de greve de servidor público da Administração direta, autárquica e fundacional, pouco importando se se trata de celetista ou estatutário.

No entanto, se a greve for de empregados públicos de empresa pública ou sociedade de economia mista, a competência será da Justiça do Trabalho.

CANDIDATO:

Há nepotismo para nomeação de cargos públicos de natureza política? (Delegado MS/18)

RESPOSTA ADEQUADA:

Excelência, em regra, a proibição da Súmula Vinculante 13 não se aplica para cargos públicos de natureza política. No entanto, o STF entende que pode-rá ficar caracterizado o nepotismo mesmo em se tratando de cargo político caso

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DIREITO CONSTITUCIONAL

1. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

CANDIDATO:

O que é efi cácia horizontal dos direitos fundamentais? (Delegado SP/15)

RESPOSTA ADEQUADA:

Excelência, levando em consideração entendimento do STF e da própria Carta Magna, a efi cácia horizontal dos direitos fundamentais é a aplicação dos direitos fundamentais nas relações privadas. Assim, o que hoje tem prevaleci-do em nossa Corte Máxima é a aplicação da Teoria da Efi cácia Horizontal Direta, ou seja, a ponderação de valores nas disputas geradas entre particulares, que tenham por objeto, direitos fundamentais.

COMPLEMENTAÇÃO DA RESPOSTA:

Continuando o tema, destaca-se que a efi cácia horizontal dos direitos fun-damentais se divide em:

EFICÁCIA HORIZONTAL INDIRETA OU MEDIATA.

Para esta teoria há ponto de vista de duas dimensões:

1. Dimensão negativa ou proibitiva: veda ao legislador editar lei que viole direitos fundamentais;

2. Dimensão positiva: impõe um dever para o legislador implementar direitos fundamentais, ponderando, porém, quais deles devam se

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DELEGADO DE POLÍCIA

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aplicar às relações privadas. Segundo essa teoria, não há imposição de direitos fundamentais numa relação entre particulares que estão em nível de igualdade.

Consoante seus ditames, o direito privado por meio de lei teria que in-corporar aqueles direitos fundamentais ao direito privado, para que a aplicação fosse relativizada. Essa introdução poderia se dar pelas cláusulas gerais do di-reito privado.

EFICÁCIA HORIZONTAL DIRETA OU IMEDIATA

Nos termos da proposta da teoria da eficácia direta, como o próprio nome sugere, alguns direitos fundamentais podem ser aplicados diretamente às re-lações privadas, ou seja, sem a necessidade da intervenção legislativa.

São assim consideradas atividades privadas que tenham um certo ‘cará-ter público’, por exemplo, em escolas (matrículas), clubes associativos, rela-ções de trabalho etc.

No Brasil, como a desigualdade social é latente, não permitir a aplicação dos direitos fundamentais às relações entre particulares seria irrazoável. Por tal razão, o Supremo Tribunal Federal tem adotado, de forma sistemática, a teo-ria da Eficácia Horizontal dos Direitos Fundamentais.

Neste sentido, transcrevemos o entendimento do STF1:

“SOCIEDADE CIVIL SEM FINS LUCRATIVOS. UNIÃO BRASILEIRA DE COMPOSITORES. EXCLUSÃO DE SÓCIO SEM GARANTIA DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES PRIVADAS. RECURSO DESPROVIDO. I. EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES PRIVADAS. As violações a direitos fundamentais não ocorrem somente no âmbito das relações entre o cidadão e o Estado, mas igualmente nas relações travadas entre pessoas físicas e jurídicas de direito privado. Assim, os direitos fundamentais assegu-rados pela Constituição vinculam diretamente não apenas os poderes públicos, estando di-recionados também à proteção dos particulares em face dos poderes privados. (...)”

CANDIDATO:

Qual é a regra de competência do tribunal do júri? Há exceções? (Delegado SC/15)

1. STF-RE201819/RJ,RelatoraMin.ELLENGRACIE,rel.p/acórdãoMin.GilmarMendes,2ªT.,DJ27/10/2006.

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DELEGADO DE POLÍCIA

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7. DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS

CANDIDATO:

Quando a União pode intervir no estado? Quem pode requerer a inter-venção? (Delegado SP/15)

RESPOSTA ADEQUADA:

Excelência, a regra é da não intervenção, sendo a matéria excepcionada na Constituição Federal43, cabendo intervenção, entre outras hipóteses, para manter a integridade nacional e repelir invasão estrangeira ou de uma unida-de da Federação em outra.

Sobre o requerimento da intervenção44, é competência privativa do Presidente decretar e executar a intervenção federal. Entretanto, fica condicio-nada à aprovação pelo Congresso, bem como pronunciamento do Conselho da República, e ainda, opinamento do Conselho de Defesa Nacional.

COMPLEMENTAÇÃO DA RESPOSTA:

Observou a utilização da estratégia argumentativa?

Então, a resposta seria muito longa e arriscada, preferi resumir demons-trando que havia outras possibilidades de intervenções sem comprometer mi-nha resposta.

Continuando a resposta sabatinada:

(...) pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; garantir o li-vre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; reorganizar as finanças da unidade da Federação que: suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior ou deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; assegurar a observância dos seguintes princípios constitu-cionais: forma republicana, sistema representativo e regime democrático; direi-tos da pessoa humana; autonomia municipal; prestação de contas da

43. BRASIL,ConstituiçãoFederal,art.34

44. BRASIL,ConstituiçãoFederal,art.84,X,art.49,IV,art.90,I,art.91,§1º,II.

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PARTE I1 • DIREITO CONSTITUCIONAL

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administração pública, direta e indireta; aplicação do mínimo exigido da recei-ta resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferên-cias, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públi-cos de saúde.

Verifica-se que muito embora a competência de decretara intervenção seja do Chefe do Executivo, dada a gravidade do ato, cumprirá toda sorte de pro-cedimentos, ficando condicionada, em regra, à aprovação do Congresso Nacional, além de envolver outros órgãos nessa deliberação.

CANDIDATO:

Quando será decretado o estado de sítio? (Delegado SP/15)

RESPOSTA ADEQUADA:

Excelência, o Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio45, diante de comoção grave de re-percussão nacional ou diante da ineficácia das medidas tomadas durante o es-tado de defesa, ou ainda, no caso de guerra declarada ou resposta à agressão armada externa.

Ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorroga-ção, o Presidente da República relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.

CANDIDATO:

O que é “Controle político” sobre Estado de Defesa e Estado de Sítio? Quantos membros compõem a comissão? (Delegado SC/15)

RESPOSTA ADEQUADA:

Excelência, o controle político realizado sobre o estado de defesa pode ser: Imediato; concomitante; sucessivo. E no estado de sítio, diferenciando-se apenas pelo controle político prévio, pois o concomitante e o sucessivo são pa-recidos com o do estado de defesa.

45. BRASIL,ConstituiçãoFederal,art.137.

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DIREITO PENAL

1. CATEGORIAS DO DIREITO PENAL

CANDIDATO:

Fale sobre Direito Penal Simbólico na proteção de bens jurídicos. (Delegado RJ/11)

RESPOSTA ADEQUADA:

Excelência, Direito Penal Simbólico é aquele que nasce sem qualquer efi -cácia jurídica ou social com o fi to de dar uma resposta rápida para a socieda-de, criminalizando condutas sem fundamentos sólidos e de política criminal.

Neste viés, destaca-se como exemplo, entre outras: Lei da Palmada (13.010/14), conhecida como Lei Menino Bernardo, bem como Lei Carolina Dieckmann (Lei 12.737/12) foi proposta em referência e diante de situação es-pecífi ca experimentada pela atriz, em maio de 2012, que supostamente teve co-piadas de seu computador pessoal, 36 (trinta e seis) fotos em situação íntima, que acabaram divulgadas na Internet.

COMPLEMENTAÇÃO DA RESPOSTA:

Ainda há as seguintes categorias sobre Direito Penal:

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DELEGADO DE POLÍCIA

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DIREITO PENAL DE EMERGÊNCIA DIREITO PENAL PROMOCIONAL / POLÍTICO / DEMAGOGO

Atendendo as demandas de criminalização, o Es-tado cria normas de repressão ignorando garan-tias do cidadão

O Estado, visando a consecução dos seus objeti-vos políticos, emprega leis penais desconsideran-do o princípio da intervenção mínima

Finalidade: Devolver o sentimento de tranquili-dade para a sociedade

Finalidade: Usar o direito penal para transforma-ção social

Exemplo: Lei dos Crimes Hediondos

Exemplo: A criminalização de condutas relacio-nadas com a utilização inadequada de medica-mentos, que poderia ser evitada por meio da atuação da Vigilância Sanitária

CANDIDATO:

O que é Direito Penal do Autor? (Delegado RJ/11)

RESPOSTA ADEQUADA:

Excelência, em síntese, entende-se que com o direito penal do autor emer-ge o tipo do autor, criminalizando-se a personalidade, não somente a conduta penal praticada pelo agente.

Nesta toada, temos como exemplo a punição de um meliante que venha a cometer um delito, mas acumula diversas passagens por outros crimes, no en-tanto, será punido não apenas pelo crime ora praticado, ou seja, pune-se “o cri-minoso” e não “a conduta criminosa em si”.

COMPLEMENTAÇÃO DA RESPOSTA:

Além do que fora exposto, observe que há o direito penal do fato ou da culpa.

Vejamos:

Como regra, o nosso sistema penal leva em consideração o direito penal do fato, ou seja, a atenção se volta para o caso concreto, para as condutas em si perpetradas pelo criminoso, para o que ele fez e não para o que ele é.

Contudo, no art. 59 do CP que cuida, entre outros, da fixação e regime da pena pelo juiz, no caso concreto, fulcra-se no direito penal do autor.

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PARTE I1 • DIREITO PENAL

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CANDIDATO:

Quais são as Velocidades do Direito Penal? (Delegado SC/15)

RESPOSTA ADEQUADA:

Excelência, a doutrina conceitua quanto à punição e gravidade da infra-ção e o tempo que o Estado leva para punir o autor. Neste sentido, há quatro velocidades:

1ª Velocidade: Dá ênfase a infrações penais mais graves, punidas com pena privativa de liberdade, exigindo procedimento mais demorado, ob-servando todas as garantias penais e processuais.

2ª Velocidade: Flexibiliza direitos e garantias fundamentais, possibilitan-do punição mais célere, mas, em contrapartida, prevê penas alternativas.

3ª Velocidade: Mescla a 1ª velocidade e a 2ª velocidade, da seguinte for-ma: Defende a punição do criminoso com pena privativa de liberdade (1ª velocidade), assim como permite, para determinados crimes, a flexibili-zação de direitos e garantias constitucionais (2ª velocidade).

4ª Velocidade: Ligada ao Direito Penal Internacional, com normas proi-bitivas que impedem, por parte de Chefes de Estados, violações/crimes contra os direitos humanos previstos em tratados internacionais.

COMPLEMENTAÇÃO DA RESPOSTA:

Oportuno mencionar que o doutrinador que iniciou este pensamento li-gado às quatro Velocidades do Direito Penal foi Jésus-Maria Silva Sánchez, na sua magnífica obra: La expansión del derecho penal (pp. 159 a 163).

Segue o quadro sinótico sobre o tema:

1ª VELOCIDADE 2ª VELOCIDADE 3ª VELOCIDADE 4ª VELOCIDADE

Pena privativa de li-berdade Penas alternativas Pena privativa de

liberdade

Imprescritibilidade; ato de entrega e prisão per-pétua. Devem se com-patibilizar com o nosso direito interno

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DELEGADO DE POLÍCIA

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1ª VELOCIDADE 2ª VELOCIDADE 3ª VELOCIDADE 4ª VELOCIDADE

Procedimento garan-tista

Procedimento flexibi-lizado

Procedimento flexi-bilizado

Procedimento flexibili-zado

Exemplo: CPP Exemplo: Art. 28 da Lei de Drogas

Exemplo: Lei de Organizações Crimi-nosas

Exemplo: Estatuto de Roma – Tribunal Penal Internacional

2. TEORIA GERAL DA NORMA PENAL

2.1. Princípio da insignificância

CANDIDATO:

Considere seguinte ocorrência: indivíduo é detido comercializando 400 CDS e 200 DVDS piratas, configura-se algum crime? É possível a aplicação do princípio da insignificância? (Delegado SP e SC/15)

RESPOSTA ADEQUADA:

Excelência, nesta hipótese estamos diante de crime tipificado no CP, que prevê violação aos direitos autorais.

No que se refere à aplicação do princípio da insignificância, o STJ editou a Súmula 502 que consolidou o entendimento de criminalização de pirataria. Neste sentido, com base nessa jurisprudência, não caberia a aplicação do refe-rido princípio nem o da adequação social à comercialização de CDS.

COMPLEMENTAÇÃO DA RESPOSTA:

O STJ consolidou entendimento de criminalização da pirataria, com a edição da Súmula 502, que assim aduz:

“Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no art. 184, § 2º, do CP, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas”.

“Não se pode admitir a tese de que comercialização de DVDs ‘piratas’ é reconhecida e tolerada do ponto de vista social, pois geram inúmeros prejuízos aos titulares dos direitos autorais, à sociedade e ao Estado, não podendo ser

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PARTE I1 • DIREITO PENAL

249

Parágrafo Único. O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo exces-so doloso ou culposo.”

FIQUE ATENTO!

1. EXCLUDENTE DE TIPICIDADE E ANTIJURIDICIDADE/ILICITUDE (jus-tificante) = EXCLUEM O CRIME

2. EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE (dirimente/exculpante) = ISENTA DE PENA

Outras observações cobradas:

1. As causas de exclusão de antijuridicidade previstas no CP NÃO são taxativas, por exemplo: ofendículos; consentimento do ofendido (se não for elementar do crime);

2. As fontes das causas de justificação são a lei, a necessidade e a falta de interesse.

3. Segundo a doutrina majoritária, cabe estado de necessidade contra fato provocado culposamente pelo agente. Mas, se o agente provocou o perigo voluntária ou dolosamente, ele não pode invocar o estado de necessidade.

4. Em caso de concurso de pessoas, o estrito cumprimento do dever le-gal configurado em relação a um dos agentes se estende aos demais envolvidos no fato típico, sejam eles coautores ou partícipes. Exemplo: Policial Militar que recebe auxílio de particular para adentrar em uma residência com o fim de executar mandado de busca e apreensão.

5. Em se tratando de legítima defesa, a agressão é injusta e a repulsa se materializa em uma ação predominantemente defensiva, com aspec-tos agressivos, ao passo que, tratando-se de estado de necessidade, inexiste a agressão injusta, sendo a ação predominantemente agressi-va, com aspectos defensivos.

6. De acordo com a visão finalista do tipo, a concepção material de ili-citude permite a construção de causas supralegais de justificação.

E o que seria a concepção material de ilicitude?

Ilicitude formal é a mera contradição entre o fato praticado pelo agente e o sistema jurídico em vigor. É a característica da conduta que se coloca em oposição ao Direito.

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PARTE I1 • DIREITO PENAL

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titularidade. Ex.: um náufrago disputa a tábua de salvação com outro, que é o responsável pelo afundamento do navio.

Enquanto o “estado de necessidade Agressivo”: a conduta do sujeito que age em necessidade se volta contra outra coisa, diversa daquela que originou o perigo, ou contra terceiro inocente. Ex.: um náufrago disputa a tábua de salva-ção com outro, sendo que ambos não tiveram nenhuma responsabilidade no tocante ao afundamento do navio.

COMPLEMENTAÇÃO DA RESPOSTA:

À luz do Código Penal no art. 24: “Considera-se em estado de necessi-dade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sa-crifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se”.

Quais são os requisitos do Estado de Necessidade?

1. Existência de um perigo atual;

2. Perigo que ameace a direito próprio ou alheio;

3. Conhecimento da situação justificante;

4. Não provocação voluntária da situação de perigo;

5. Inexigibilidade do sacrifício do bem ameaçado (proporcionalidade dos bens em confronto);

6. Inevitabilidade da lesão ao bem jurídico em fase do perigo;

7. Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo.

CANDIDATO:

Como se define o “excesso intensivo” na legítima defesa? (Delegado PF/13)

RESPOSTA ADEQUADA:

Excelência, a doutrina36 especializada conceitua excesso intensivo ou pró-prio como “o que se verifica quando ainda estão presentes os pressupostos das

36. MASSON, 2015. pp. 675 e 676.

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PARTE I1 • DIREITO PROCESSUAL PENAL

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dentro de um decurso temporal do querelante no processo penal. Neste arri-mo, não é sanção processual, até porque o querelante detém liberdade para não movimentar a ação penal proposta.

Enquanto a perempção deve ser declarada quando implica desídia, des-cuido ou abandono da causa pelo querelante.

COMPLEMENTAÇÃO DA RESPOSTA:

Vejamos o quadro sinótico subsecutivo:

Prescrição Decadência Perempção Preclusão

É a perda da preten-são punitiva ou exe-cutória em face do decurso do tempo.

É a perda do direito de ação em face do decurso do tempo.

É sanção processual ao querelante iner-te ou negligente.

Perda de uma faculdade processual; a preclusão pode ser temporal, lógica ou consumativa e, dife-rente das demais hipóte-ses, não atinge o direito de punir.

Extingue a punibilidade

Extingue a punibilidade

Extingue a punibilidade

Não extingue a punibilidade

5. PRISÕES

CANDIDATO:

Em determinada situação, o Delegado de plantão pode conceder prisão domiciliar, após lavrar o flagrante, para mulher gestante ou mãe de criança ou de filho com deficiência? O delegado de polícia pode determinar a aplicação do art. 318-A do CPP? (Delegado MG/18)

RESPOSTA ADEQUADA:

Excelência, a substituição de prisão preventiva por prisão domiciliar é uma competência exclusiva do magistrado, de acordo com expressa cominação no caput do art. 318 do CPP.

Diante do exposto, caso o Delegado de Polícia lavre o auto de prisão em flagrante de uma mulher grávida, ele deverá mantê-la presa e encaminhar o auto de prisão em flagrante à autoridade judicial com a observação de que a

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PARTE I1 • LEIS PENAIS ESPECIAIS

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RESPOSTA ADEQUADA:

Excelência, após alteração feita pela Lei nº 13.840/2019, que promoveu algumas mudanças na Lei de Drogas, quando não houver prisão em flagrante por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apre-ensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo. Em tese, conforme revogação, a destruição das drogas não será mais executada pelo delegado de polícia.

COMPLEMENTAÇÃO DA RESPOSTA:

O art. 50-A da Lei 11.343/06 foi alterado pela Lei 13.840/2019.

LEI DE DROGAS

Antes da Lei nº 13.840/2019 Depois da Lei nº 13.840/2019

Art. 50-A. A destruição de drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contado da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definiti-vo, aplicando-se, no que couber, o procedimento dos §§ 3º a 5º do art. 50.

Art. 50-A. A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo.Redação atual.

Cuidado para não se confundir. Observe o quadro sinótico:

LEI DE DROGAS

Apreensão de drogas SEM FLAGRANTE Apreensão de drogas COM FLAGRANTE

O art. 50-A foi alterado pela Lei nº 13.840/2019.A destruição da droga NÃO será executada pelo Delegado (essa previsão consta no § 4º do art. 50-A)Afirma, então, que a droga deverá ser destruída por incineração, no prazo máximo de 30 dias, con-tados da data da apreensão, guardando-se amos-tra necessária à realização do laudo definitivo. É a redação do art. 50-A da Lei nº 11.343/2006.

A destruição das drogas será executada pelo De-legado de Polícia competente no prazo de 15 dias na presença do Ministério Público e da autorida-de sanitária (§ 4º do art. 50).O local será vistoriado antes e depois de efetiva-da a destruição das drogas, sendo lavrado auto circunstanciado pelo Delegado de Polícia, certifi-cando-se neste a destruição total delas (§ 5º do art. 50).

Observa-se pelo quadro sinótico em epígrafe que com a nova Lei, em tese, NÃO há mais necessidade observar o procedimento previsto nos §§ 3º a 5º do art. 50.

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APRENDENDO NA PRÁTICA

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA PROVA DISCURSIVA DE DELEGADO DE POLÍCIA

Para fi ns didáticos, irei realizar perguntas e respostas sobre Planejamento e Estruturação estratégicos, com ênfase nas dúvidas mais corriqueiras para pro-vas discursivas.

Destaco que esse método desenvolvi em minha longa caminhada, tendo propiciado várias aprovações para o cargo de Delegado de Polícia.

1. Devo utilizar a folha de rascunho para desenvolver minha resposta e depois passá-la para a folha defi nitiva?

Resposta: Lógico que não, porquanto você perderá tempo e se cansará sem necessidade. Estrategicamente, a folha de rascunho será utilizada para você planejar sobre e como irá escrever, ou seja, você irá destacar, na ordem pedida pela banca, conforme as perguntas ou indagações, os pontos relevantes a res-peito do tema (exemplos: conceitos/capitulações/posicionamentos dos tribunais e/ou doutrina etc.), de forma sucinta e objetiva. Depois dessa organização, você começará a escrever na folha de resposta defi nitiva.

2. O que fazer para manter uma dialogia na hora de escrever?

Resposta: Esse ponto é muito importante, pois, na minha longa jornada no mundo dos concursos já realizei várias provas discursivas, mas só comecei a ob-ter sucesso quando desenvolvi a “técnica da pirâmide” para a prova discursiva.

2.1. Como funciona?

Resposta: Quando estamos fazendo uma prova discursiva e lemos so-bre certo tema, nesse exato momento, ocorrerá uma “tempestade de ideias”.

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DELEGADO DE POLÍCIA

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A partir daí será crucial que você aplique essa técnica para efetivamente or-ganizar o que escreverá. Faça isso na folha de rascunho. Se for preciso, dese-nhe a pirâmide.

Observe que nas provas discursivas da Cebraspe ou Vunesp é seguida a ordem abaixo, que coincide com a referida técnica.

3. Como identificar com exatidão o que a banca está pedindo?

Resposta: Primeiramente, leia com muita calma e atenção o “comando da questão discursiva”; aí estará o “alvo”, ou seja, o examinador dirá exatamen-te o que quer, seja entendimento da doutrina, jurisprudência, citação de arti-gos do CP, da CF/88 etc. Por isso destaco a importância da leitura atenta em comunhão com uma interpretação impecável do enunciado.

3.1. Mas o que seria “comando da questão”?

Resposta: É o local em que a banca, logo depois do casinho hipotético ou texto, irá expor as perguntas ou pedir definição de determinado assunto. Por exemplo: “Qual é o entendimento do STJ?”

Neste ponto, você terá que parar, identificar qual assunto a banca abor-dou e tentar se recordar se há uma súmula ou informativo relacionado. Neste sentido, no exemplo, não irá adiantar falar sobre o entendimento do STF. Desse modo, repito que a interpretação do comando da questão discursiva será fundamental.

4. Como gabaritar a questão, atendendo exatamente o que a banca tra-rá como resposta no espelho?

Resposta: Sinceramente, é muito difícil “fechar a discursiva”. Digo com propriedade, uma vez que só consegui gabaritar, até hoje, uma prova, que foi a de delegado de SC. Com minha experiência posso afirmar que não é prudente o candidato ter esse desejo em mente, pois há o risco do efeito contrário.

Mas nada impede que você consiga fazer uma boa prova e obtenha êxi-to em sua empreitada. Para isso, coloque em prática as estratégias da “técnica da pirâmide” + a leitura atenta do “comando da questão”. Ademais, na hora da prova, circule, risque, destaque e escreva na folha de rascunho de forma orga-nizada o que está sendo pedido, fazendo os apontamentos de forma resumida e, posteriormente, passe para a folha de resposta definitiva.

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PARTE 111

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ESTRUTURAÇÃO ESTRATÉGICA

1. Será possível consultar a legislação na prova?

Resposta: Em regra, não. Já fiz prova discursiva de delegado do ES, SC e da PF e não foi possível consultar. Como exemplo, nos concursos realizados pelo Cebraspe não há no edital tal possibilidade.

2. Por não ser possível realizar consulta, como devo proceder se não me lembrar do artigo, súmula ou lei?

Resposta: Bom, muitos candidatos que se deparam com a citada situa-ção “travam” literalmente. Por isso, já alerto para controlar seu emocional e ten-tar discorrer sobre a inteligência do dispositivo. Com certeza irá pontuar bem, haja vista os espelhos das bancas levarem em consideração a essência da argu-mentação técnico-jurídica, principalmente por não haver consulta. Destaco que não irá obter a pontuação máxima, mas conseguirá pontuar bem.

ATENÇÃO!

Não perca tempo em decorar. Aja com estratégia e armazene o conteú-do, ou seja, a inteligência do regramento legal. Isso evitará qualquer sur-presa e que você fique frustrado em não se lembrar, causando uma rea-ção em cadeia que poderá te reprovar.

3. Caso me lembre de detalhes como número da súmula, artigos e leis, devo citá-los?

Resposta: Sim, pode citar, e inclusive explicitar as cortes superiores (STF e/ou STJ), caso seja necessário. Mas se for um informativo, HC ou REsp, não precisa escrever a numeração, bem como nome do ministro ou turma. Mesmo raciocínio se aplica quanto ao nome de doutrinador; página de doutrina ou criador de determinada teoria.

4. Preciso me preocupar com aspectos gramaticas nas questões discursivas?

Resposta: No geral, sim, pois uma boa escrita e o domínio da língua por-tuguesa são importantes; inclusive, a Cebraspe “apertou” bastante na correção gramatical na última prova de Delegado da PF.