Prova PM 2009 comentada

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SECRETARIA DE ADMINISTRAO E REFORMA DO ESTADO SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL CONCURSO PBLICO

RESPOSTAS AOS RECURSOS IMPETRADOS CONHECIMENTOS DE DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS QUESTO 01 01. Acerca dos direitos fundamentais CORRETO afirmar queA) Os estrangeiros residentes no Pas no fazem jus aos direitos e garantias fundamentais; B) Somente os estrangeiros residentes legalmente no Pas fazem jus aos direitos e garantias fundamentais; C) No h no Brasil direitos ou garantias que se revistam de carter absoluto; D) Os direitos e garantias individuais tm carter absoluto. E) Somente os brasileiros fazem jus aos direitos e garantias fundamentais;

JUSTIFICATIVA O conjunto institucionalizado de direitos e garantias do ser humano, que tem por finalidade bsica o respeito a sua dignidade, por meio de sua proteo contra o arbtrio do poder estatal e o estabelecimento de condies mnimas de vida e desenvolvimento da personalidade humana, constituem o feixe dos denominados direitos fundamentais, previstos, especialmente, no corpo do art. 5 da CF, sem prejuzo de outros decorrentes do regime e dos princpios adotados pela Constituio Federal de 1988, ou dos tratados internacionais em que a Repblica Federativa do Brasil seja parte (2 do art. 5 da CF). E, A teor do disposto na cabea do artigo 5 da Constituio Federal, os estrangeiros residentes no Pas tm jus aos direitos e garantias fundamentais. Conforme decidiu o STF no exame do HC n. 74.051, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 20/09/96. Outrossim, "Os direitos e garantias individuais no tm carter absoluto. No h, no sistema constitucional brasileiro, direitos ou garantias que se revistam de carter absoluto, mesmo porque razes de relevante interesse pblico ou exigncias derivadas do princpio de convivncia das liberdades legitimam, ainda que excepcionalmente, a adoo, por parte dos rgos estatais, de medidas restritivas das prerrogativas individuais ou coletivas, desde que respeitados os termos estabelecidos pela prpria Constituio. O estatuto constitucional das liberdades pblicas, ao delinear o regime jurdico a que estas esto sujeitas - e considerado o substrato tico que as informa

- permite que sobre elas incidam limitaes de ordem jurdica, destinadas, de um lado, a proteger a integridade do interesse social e, de outro, a assegurar a coexistncia harmoniosa das liberdades, pois nenhum direito ou garantia pode ser exercido em detrimento da ordem pblica ou com desrespeito aos direitos e garantias de terceiros." (MS n. 23.452, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 12/05/00). CONCLUSO Portanto, conforme entendimento assente no seio da Suprema Corte Constitucional brasileira no h no Brasil direitos ou garantias que se revistam de carter absoluto. Por essa razo, a letra C a resposta correta, devendo, pois, ser confirmado o gabarito preliminar. QUESTO 02 02. Acerca do princpio da igualdade CORRETO afirmar que A) O princpio da isonomia para ter aplicao efetiva precisa de regulamentao ou de complementao normativa; B) ilegal a promoo de militares dos sexos masculino e feminino mediante critrios diferenciados, haja vista todos pertencerem mesma Corporao Militar; C) A lei especfica, pode estabelecer critrios diferenciados para promoo entre homens e mulheres, na carreira militar; D) No possvel em hiptese alguma se estabelecer diferena de critrios de admisso considerado o sexo; E) ilegal se estabelecer diferenas em razo de tamanho e/ou requisitos fsicos para homens e mulheres ingressarem no servio pblico JUSTIFICATIVAO principio da igualdade veda, em princpio, qualquer tipo de distino entre pessoas. Contudo dita regra no deve ser tomada de forma absoluta, pois conforme j foi definido pelo Supremo Tribunal Federal, no exame do MS n. 23.452, Rel. Min. Celso de Mello, publicado no DJ 12/05/00, os direitos e garantias individuais no tm carter absoluto. No h, no sistema constitucional brasileiro, direitos ou garantias que se revistam de carter absoluto, mesmo porque razes de relevante interesse pblico ou exigncias derivadas do princpio de convivncia das liberdades legitimam, ainda que excepcionalmente, a adoo, por parte dos rgos estatais, de medidas restritivas das prerrogativas individuais ou coletivas, desde que respeitados os termos estabelecidos pela prpria Constituio.

Ademais, conforme estabelecido no 1 do art. 5 da CF as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais tm aplicao imediata. Assim, dito princpio no necessita para ter sua aplicao efetiva de re regulamentao ou de complementao normativa, produzindo sua previso constitucional eficcia imediata. Examinando o princpio em exame, no que toca a possibilidade de se estabelecer diferenas em razo de tamanho e/ou requisitos fsicos para homens e mulheres ingressarem no servios pblico, e, sobre a possibilidade de se estabelecer critrios diferenciados para promoo entre homens e mulheres, na carreira militar, o Supremo Tribunal Federal tem entendido que no h violao ao princpio da isonomia a fixao por lei especfica de critrios diferenciados para promoo de militares dos sexos masculino e feminino (RE n. 225.721, Ilmar Galvo, DJ 24/04/2000) e (AI n. 511.131-AgR, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ 15/04/05). E que o exame acerca da existncia de requisitos diferenciados, em razo, de tamanho e/ou requisitos fsicos para homens e mulheres, deve ser examinado caso a caso, pois h de perquirir-se a sintonia da exigncia, no que implica fator de tratamento diferenciado com a funo a ser exercida, tendo em vista a ordem scio-constitucional (RE n. 120.305, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 09/06/95). Destacando expressamente que h razoabilidade na exigncia de altura mnima para ingresso na carreira de delegado de polcia, dada a natureza do cargo a ser exercido (RE n.140.889, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 15/12/00) Portanto, conforme entendimento assente no seio da Suprema Corte Constitucional brasileira lei especfica pode estabelecer critrios diferenciados para promoo entre homens e mulheres, na carreia militar. E que, em razo das particularidades do cargo, especialmente na esfera de segurana pblica, possvel se estabelecerem diferenas em razo de tamanho e/ou requisitos fsicos para homens e mulheres ingressarem no servio pblico.

CONCLUSOPor esse motivo, deve a letra C ser mantida como resposta correta, confirmando-se o gabarito preliminar.

QUESTO 0303. A cerca do princpio da legalidade marque a alternativa VERDADEIRA A) A previso de exame psicotcnico em concurso pblico depende apenas de prvia previso no edital do certame; B) A deciso que grava um prdio pelo tombamento, decorrente do poder de polcia, limitando o direito de propriedade, tendo em conta sua feio social, h de ser exercida em estrita observncia ao princpio da legalidade;

C) A lei ou o regulamento podem ditar regras de ao positiva (fazer) ou negativa (No fazer ou de se abster); D) Pode-se criar obrigaes, funes e deveres aos servidores pblicos militares pela via de decreto autnomo ou resolues; E) As liberdades pblicas no so incondicionais, por isso devem ser exercidas de maneira harmnica, observados os limites definidos na prpria Constituio Federal e nas leis inferiores;

JUSTIFICATIVAO princpio da legalidade inserto no inciso II do art. 5 da CF estabelece que ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei. E, corresponde a submisso e o respeito lei, ou seja, a atuao dentro da esfera estabelecida pelo legislador, fornecendo a forma por meios das espcies normativas previstas no art. 59 da CF, o qual estabelece que o processo legislativo compreende a elaborao de: I - emendas Constituio; II - leis complementares; III - leis ordinrias; IV - leis delegadas; V - medidas provisrias; VI - decretos legislativos; e, VII - resolues. Resta evidente que o regulamento no esta includo na relao das espcies legislativas que compreendem o sentido da expresso lei usada no inciso II do art. 5 da CF. No Direito Brasileiro a palavra decreto, corresponde a forma ou a exteriorizao do ato, conforme estampado no art 84 , IV da CF1 J o regulamento corresponde ao contedo deste ato, ou seja, o decreto a forma usada pelo Presidente da Repblica para dar file execuo as leis e o contedo deste decreto o regulamento. Resta evidente, portanto, que ditas expresses no correspondem mesma situao, to pouco, so sinnimas. Portanto, s a lei pode ditar regras de ao positiva (fazer) ou negativa (deixar de fazer ou abster-se), em obedincia ao princpio da legalidade, conforme j decidiram os TRF 3 (TRF3 - 6 Turma REO n. 90.03.030704/SP Rel, Marli Ferreira, DJ, Seco II, 13 dez. 1995, p, 86.778) e 4 Regio (TRF4 a Turma REO n. 89.04.01351/RS Rel, Rubens Raimundo Hadad Vianna. RTRF, 07/111). Nesse diapaso, foge do mbito de abrangncia do decreto autnomo (art. 84, VI, a e b da CF) ou das resolues o poder de criar obrigaes (dar, fazer ou permitir/tolerar), funes e deveres (positivos, negativos ou de absteno) aos servidores pblicos, sejam eles civis ou militares. Logo, "s por lei se pode sujeitar a exame psicotcnico a habilitao de candidato a cargo pblico", conforme estabelecido na Smula n. 686 do STF.

Art. 84 - Compete privativamente ao Presidente da Repblica: IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execuo;

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Alm disso, muito embora as liberdades pblicas no sejam incondicionais, pois no Direito Brasileiro inexistem direitos e garantias individuais absolutos, os limites e contornos dessas mesmas liberdades so talhados pela prpria Constituio Federal. No pode, por conseguinte, a legislao infraconstitucional condicionar o exerccio de uma liberdade pblica, fora dos parmetros estabelecidos pela Magna Carta. O que implica dizer que todos os limites s liberdades pblicas esto insertos na Constituio, seja de forma expressa seja de forma implcita. A legislao inferior quando tratado tema o faz apenas para explicitar, tornar claro, os limites constitucionais implcitos e no para reger ou disciplinar o tema, sob pena de avocar para si competncia que no o tem, agindo em descompasso com a Constituio e se eivando do vcio da inconticuinalidade. Por conseguinte as liberdades pblicas no so incondicionais, por isso devem ser exercidas de maneira harmnica, observados os limites definidos na prpria Constituio Federal, conforme decidiu o STF no exame do Habeas Corpus n. 82.424, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 19/03/04.

CONCLUSORAZO PELA QUAL SE MANTEM A LETRA B COMO RESPOSTA DA QUESTO EM EXAME.

QUESTO 0404. Acerca do princpio da livre manifestao de pensamento INCORRETO afirmar A) O direito livre expresso no pode abrigar, em sua abrangncia, manifestaes de contedo imoral que implicam ilicitude penal; B) As liberdades pblicas no so incondicionais, por isso devem ser exercidas de maneira harmnica, observados os limites definidos na prpria Constituio Federal; C) O preceito fundamental de liberdade de expresso no consagra o direito incitao ao racismo, dado que um direito individual no pode constituir-se em salvaguarda de condutas ilcitas, como sucede com os delitos contra a honra; D) A liberdade de expresso constitui-se em direito fundamental do cidado, envolvendo o pensamento, a exposio de fatos atuais ou histricos e a crtica; E) A proteo constitucional a livre manifestao de pensamento no engloba o direitos de ouvir, assistir ou ler.

JUSTIFICATIVAA manifestao de pensamento livre e tem assento constitucional (art. 5, IV da CF) sendo vedado o anonimato. No sendo permitido o prvio estabelecimento de censura em diverses e espetculos pblicos. A proteo constitucional engloba no s o direito de expressar-se, oralmente, ou por escrito, mas

tambm o direito de ouvir, ler e assistir. No haveria democracia sem a consagrao do pluralismo de idias e pensamentos, da tolerncia de opinies e do dilogo. A liberdade de expresso constitui um dos fundamentos essenciais de uma sociedade democrtica e compreende no somente as informaes consideradas como inofensivas, indiferentes ou favorveis, mas tambm as que possam causar transtornos, resistncias e inquietaes s pessoas. Sem que isto, porm, possam servir de esteio a incitao ao racismo, pois, consoante entendimento esposado pelo STF no exame do Habeas Corpus n. 82.424, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 19/03/04: escrever, editar, divulgar e comerciar livros "fazendo apologia de idias preconceituosas e discriminatrias" contra a comunidade judaica ... constitui crime de racismo sujeito s clusulas de inafianabilidade e imprescritibilidade (CF, artigo 5, XLII). Assim, o direito livre expresso no pode abrigar, em sua abrangncia, manifestaes de contedo imoral que implicam ilicitude penal. Essa liberdade pblica, contudo, no absoluta, pois, como se sabe, no Direito Brasileiro inexistem direitos e garantias individuais absolutos. Os limites e contornos dessas mesmas liberdades so talhados pela prpria Constituio Federal. Nesse sentido, decidiu o STF no julgado acima referido que as liberdades pblicas no so incondicionais, por isso devem ser exercidas de maneira harmnica, observados os limites definidos na prpria Constituio Federal. De tal formal, que a proibio ao anonimato ampla abrangendo todos os meios de comunicao (cartas, jornais, e-mails, informes, mensagens telefnicas ou televisivas etc). O objeto dessa proibio consiste em proibir a manifestao de opinies fteis, infundadas, violadoras da vida privada, da intimidade da honra de outrem. Veda-se, por conseguinte, mensagens apcrifas, injuriosas, difamatrias ou caluniosas. Portanto, os abusos, porventura, ocorridos no exerccio indevido da manifestao do pensamento so passveis de exame e apreciao pelo Poder Judicirio, com o estabelecimento da responsabilidade civil e penal dos responsveis. Hiptese que inclusive abrange os veculos de imprensa, que devem exercer a vigilncia e controle das materias que divulgam, respondendo, em caso, de publicao injuriosa.

CONCLUSODiante disso, o gabarito preliminar deve ser confirmado, para o fim de se entender que a letra E a alternativa adequada questo.

QUESTO 0505. Acerca dos princpios da inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e imagem marque a alternativa INCORRETA A) inadmissvel, com regra, a quebra do sigilo fiscal, bancrio e telefnico de qualquer pessoa ou autoridade pblica; B) A utilizao de imagem ou fotografia, sem previa autorizao, de pessoa em anncio com fins lucrativos, caracteriza violao a sua imagem; C) inadmissvel, como prova, a degravao de conversa telefnica e de registros contidos na memria de micro computador, obtidos sem ordem escrita do juiz do promotor ou do delegado; D) inadmissvel a utilizao de provas ilcitas ou forjadas; E) inadmissvel a veiculao pblica, por rgo de comunicao, de fatos apurados em inqurito policial;

JUSTIFICATIVAOs direitos intimidade e prpria imagem compem a proteo constitucional vida privada, salvaguardando um espao ntimo intransponvel s interferncias externas, inclusive dos meios de comunicao de massa, tais como a televiso, o rdio, o jornal, as revistas etc. A divulgao de imagens, ainda que fotogrficas, de algum e independentemente do intuito, comercial ou no, no causa, em regra, desconforto, aborrecimento ou desconforto, no consiste, por si s, ato passvel de violao ao direito de imagem. Contudo, a exibio de imagens que causem desconforto, aborrecimento ou constrangimento, independentemente do intuito, faz sujir o dever de indenizar, consoante estabeleceu o STF no exame do RE 215.984, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 28/06/0. Nessa linha, o sigilo de dados (art. 5, XII da CF), inclusive os bancrios, ganhou fora especial no que toca a proteo aos direitos intimidade e vida privada (art. 5, X da CF), constituindo a quebra do sigilo bancrio ato de extrema gravidade jurdica e cuja prtica pressupe, necessariamente, a interveno judicial, e indcios idneos, reveladores de possvel autoria delituosa por parte daquele que sofre a investigao criminal, conforme decidiu o STF no PET. n. 577-QO, Rel. Min. Carlos Velloso, DJU 23/04/1993. Portanto, a ao persecutria do Estado, qualquer que seja a instncia de poder perante a qual se instaure, para revestir-se de legitimidade, no pode apoiar-se em elementos probatrios ilicitamente obtidos, sob pena de ofensa garantia constitucional do due process of law, que tem, no dogma da inadmissibilidade das provas ilcitas, uma de suas mais expressivas projees concretizadoras no plano do nosso sistema de direito positivo. (RHC 90376/RJ; rel. Min. Celso de Mello; DJ 18/05/2007; p. 00113) Assim, "inadmissibilidade, como prova, de laudos de degravao de conversa telefnica e de registros contidos na memria de micro computador, obtidos por meios ilcitos (art. 5, LVI, da CF Constituio Federal; no primeiro caso, por se tratar de gravao realizada por um dos interlocutores, sem

conhecimento do outro, havendo a degravaco sido feita com inobservncia do princpio do contraditrio, e utilizada com violao a privacidade alheia (art. 5, X, da CF; e, no segundo caso, por estar-se diante de micro computador que, alm de ter sido apreendido com violao de domiclio, teve a memria nele contida sido degradada ao arrepio da garantia da inviolabilidade da intimidade das pessoas (art. 5, X e XI, da CF)." (AP 307, Rel. Min. Ilmar Galvo, DJ 13/10/95).

CONCLUSODiante disso, mantm-se como resposta a letra C, confirmando-se o gabarito preliminar.

QUESTO 0606. Acerca do princpio da inviolabilidade domiciliar, CORRETO firmar que A) A priso do traficante, em sua residncia, durante o perodo noturno, constitui prova ilcita. B) a casa asilo inviolvel do indivduo, ningum nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo por determinao judicial, em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro durante o dia; C) Por casa, tambm se entende o escritrio profissional dos mdicos, advogados e contadores. Assim, somente durante o dia e amparados por ordem judicial neles se pode ingressar para realizar buscas a apreenses; D) O proprietrio de um imvel, pode impedir que a polcia nele ingresse para continuar perseguio que desenvolvia contra um meliante, que nela acabara de se esconder para escapar daquela perseguio; E) A policia no pode ingressar numa residncia para cumprir ordem judicial de priso noite ainda que esteja em campana a diversos dias;

JUSTIFICATIVAA casa asilo inviolvel do indivduo, ningum nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinao judicial (art. 5, XI da CF).Assim, o ingresso na casa de algum, sem consentimento do morador, DURANTE O DIA s se dar para cumprir ordem judicial; ou em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro a algum e DURANTE A NOITE s ocorrer em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro a algum.

Assim, a priso do traficante, em sua residncia, durante o perodo noturno, por cuidar-se O trfico de crime de natureza permanente, no constitui prova ilcita, conforme ja fixou o STF no exame do HC n. 84.772, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 12/11/04.Portanto, o morador "invitodomino" no pode impedir o ingresso da polcia obstando a configurao do flagrante delito (art. 302 do

CPC2); to pouco o ingresso DURANTE O DIA, sem consentimento do morador, s se dar por ordem judicial, haja vista que a prpria Constituio Federal prev outros casos de ingresso durante o dia, independentemente da autorizao do morador, quais sejam: no caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro a algum.

CONCLUSOPor essas razes, a questo fica sem resposta, motivo pelo qual se sugere a ANULAO dela.

QUESTO 0707. Acerca do princpio da inviolabilidade de correspondncia e de comunicao NO se pode a firmar que A) ilegal a condenao de algum se no processo foi utilizada prova ilcita, caracterizada pela escuta telefnica indevida, ainda que outras provas existam sobre a culpa do ru; B) Somente a lei pode estabelecer os casos e as condies em que se realizar a escuta telefnica; C) No se pode preventivamente impedir que o juiz possa autorizar uma escuta telefnica; D) A gravao clandestina de uma conversa torna ilegal esta prova no podendo a mesma ser utilizada, ainda que para inocentar o ru; E) agravao de conversa pessoal, ambiental ou telefnica feita por um dos interlocutores sem o conhecimento dos demais, constitui ao clandestina, mas no ilegal, podendo esta prova ser usada num processo para condenar um dos interlocutores;

JUSTIFICATIVA inviolvel o sigilo da correspondncia e das comunicaes telegrficas, de dados e das comunicaes telefnicas, salvo, no ltimo caso, por ordem judicial, nas hipteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigao criminal ou instruo processual penal (art. 5, XII da CF) Assim, ningum pode ser investigado, denunciado ou condenado com base, unicamente, em provas ilcitas, quer se trate de ilicitude originria, quer se cuide de ilicitude por derivao. A ao persecutria do Estado, qualquer que seja a instncia de poder perante a qual se instaure, para revestir-se de legitimidade, no pode apoiar-se em elementos probatrios ilicitamente obtidos, sob pena de ofensa 2

Art. 302 - Considera-se em flagrante delito quem: I - est cometendo a infrao penal; II - acaba de comet-la; III - perseguido, logo aps, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situao que faa presumir ser autor da infrao; IV - encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papis que faam presumir ser ele autor da infrao.

garantia constitucional do due process of law, que tem, no dogma da inadmissibilidade das provas ilcitas, uma de suas mais expressivas projees concretizadoras no plano do nosso sistema de direito positivo. (RHC n. 90376/RJ; rel. Min. Celso de Mello; DJ 18/05/2007; p. 00113). Portanto, a excluso da prova originariamente ilcita; ou daquela afetada pelo vcio da ilicitude por derivao, fruto da teoria dos "frutos da rvore envenenada" representa um dos meios mais expressivos destinados a conferir efetividade garantia do "due process of law" e a tornar mais intensa, pelo banimento da prova ilicitamente obtida, a tutela constitucional que preserva os direitos e prerrogativas que assistem a qualquer acusado em sede processual penal. Assim, "inadmissibilidade, como prova, de laudos de degravao de conversa telefnica e de registros contidos na memria de micro computador, obtidos por meios ilcitos (art. 5, LVI, da Constituio Federal; no primeiro caso, por se tratar de gravao realizada por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, havendo a degravaco sido feita com inobservncia do princpio do contraditrio, e utilizada com violao a privacidade alheia (art. 5, X, da CF); e, no segundo caso, por se estar diante de micro computador que, alm de ter sido apreendido com violao de domiclio, teve a memria nele contida sido degradada ao arrepio da garantia da inviolabilidade da intimidade das pessoas (art. 5, X e XI, da CF)." (AP n. 307, Rel. Min. Ilmar Galvo, DJ 13/10/95). Hiptese que no pode ser confundida com a gravao da conversa telefnica prpria por um dos interlocutores - cujo uso como prova o STF, em dadas circunstncias, tem julgado lcito. (HC n. 80949/RJ; rel. Min. Seplveda Pertence; 1T; DJ 14/12/2001; p, 0026). Ou ainda, com o uso de prova ilcita para demonstrar a inocncia de algum, pois a proibio das provas obtidas por meios ilcitos um princpio relativo, que permite, em carter excepcional e em casos extremamente graves, a utilizao da prova ilcita sempre que, estando em jogo dois direitos fundamentais, se pretenda proteger direito mais importante ou que tenha uma valorao maior atribuda pelo ordenamento positivo em detrimento do outro direito que se est a transpor. Neste caso, no haveria propriamente uma coliso entredireitos fundamentais que ocorre quando o exerccio de um direito fundamental por parte do seu titular colide com o exerccio do direito fundamental por parte do outro titular.3 Pensar em sentido contrrio, ... seria uma aberrao considerar como violao do direito privacidade a gravao pela prpria vtima, ou por ela autorizada, de atos criminosos, como o dilogo com sequestradores, estelionatrios e todo tipo de achacadores ... 4

Nesse sentido, observa Celso Delmanto que: ... o entendimento na doutrina que possvel a utilizao de prova favorvel ao acusado ainda que colhida com infringncia a direitos fundamentais seus

CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. Editora Saraiva, 4 edio, So Paulo, 1999, p. 33, fazendo referncia Canotilho, J. J. Gomes. Direito Constitucional, 6 edio, Coimbra, Livr. Almedina, 1993, p. 643. 4 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional, 7 edio, So Paulo, Ed. Atlas, 2000, p. 123.

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ou de terceiros, e, quando produzida pelo prprio interessado (como a de gravao de conversa telefnica em caso de extorso, por exemplo) traduz a hiptese de legtima defesa, que exclui a ilicitude.5 No mesmo sentido, Torquato Avolio, ao lembrar que a aplicao do princpio da proporcionalidade sob a tica do direito de defesa, tambm garantido constitucionalmente, e de forma prioritria no processo penal, onde impera o princpio do favor rei, de aceitao praticamente unnime pela doutrina e pela jurisprudncia.6 Por outro lado, no se pode olvidar que a produo de prova ilcita originria ou derivada, caracterizada pela escuta telefnica, no sendo a nica produzida no procedimento investigatrio, no conduz ao desprezo das demais provas que, por ela no contaminadas e dela no decorrentes, formam o conjunto probatrio da autoria e materialidade do delito. De forma a permitir pela participao do ru na figura delituosa, no h que se falar em nulidade do procedimento penal, consoante firmou entendimento o STF no exame do HC n. 75.497, rel. Min. Maurcio Corra, DJ 09/05/03; e RE n. 222.204-1/SP; rel. Min. Nria da Silveira, DJ 25/05/1998.

CONCLUSOPOR ESSAS RAZES SE MANTEM A LETRA A COMO RESPOSTA DA QUESTO EM EXAME.

QUESTO 0808. Acerca do direito de reunio e de associao NO se pode a firmar que A) plena a liberdade de associao para fins lcitos; B) A lei poder estabelecer requisitos objetivos para criao de associaes e sindicatos sem que isto configure interferncia estatal no seu funcionamento ou na sua autonomia; C) O direito livre associao, embora seja atribudo e reconhecido a cada pessoal, somente pode ser exercido de forma coletiva, com varias pessoas; D) assegurado ao servidor pblico o direito livre associao, permitindo que os policiais militares estaduais tenham suas prprias associaes e sindicatos, para atuarem na defesa de seus interesses; E) O Policial Militar Estadual, associado poder ser representado por sua associao de classe, na defesa dos interesses da categoria, desde que previsto nos estatutos da mesma ou em lei;

DELMANTO, Celso, Roberto Delmanto Jnior, Fbio M. de Almeida Delmanto. Cdigo Penal Comentado, 5 edio, Rio de Janeiro, Ed. Renovar, 2000, p.239, fazendo referncia prof. GRINOVER, Ada Pellegrini. As provas ilcitas na Constituio. Livro de estudos jurdicos. Rio de Janeiro: Instituto de Estudos Jurdicos, 1991. V. 3, p. 24-25. 6 AVOLIO, Torquato. Provas ilcitas, 1 edio, RT, p. 66.

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JUSTIFICATIVAA Constituio Federal estabelece que a criao de associaes e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorizao, sendo vedada a interferncia estatal em seu funcionamento (art. 5, XVIII da CF); e que todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao pblico, independentemente de autorizao, desde que no frustrem outra reunio anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prvio aviso autoridade competente (art. 5, XVI da CF); sendo plena a liberdade de associao para fins lcitos, vedada a de carter paramilitar. (art. 5, XVII da CF). Portanto, o ingresso se algum numa associao dever ser sempre voluntrio, pois, ningum poder ser compelido a associar-se ou a permanecer associado (art. 5, XX da CF). Por via de consequncia, ditas entidades associativas, quando expressamente autorizadas, tm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente (art. 5, XXI da CF). Portanto, a associao regularmente constituda e em funcionamento, pode postular em favor de seus membros ou associados, no carecendo de autorizao especial em assemblia geral, bastando a constante do estatuto. Mas como prprio de toda substituio processual, a legitimao para agir est condicionada a defesa dos direitos ou interesses jurdicos da categoria que representa, consoante estabeleceu o STF no RE n. 141.733, Rel. Min. Ilmar Galvo, DJ 01/09/95. No que toca os servidores militares a Magna Carta traz restries ao direito de associao, vedando aos membros das Foras Armadas o direito de sindicalizao e de greve (art. 142, 3, IV da CF).

CONCLUSOPOR ESSAS RAZES SE MANTEM A LETRA D COMO RESPOSTA DA QUESTO EM EXAME.

QUESTO 0909. Acerca dos direitos fundamentais INCORRETO afirmar que A) Embora os direitos fundamentais estejam previstos na Constituio Federal de 1988, nada impede que outros sejam reconhecidos decorrentes dos princpios por ela adotados ou dos tratados internacionais em que a republica Federativa do Brasil seja parte; B) A proteo ao direito vida prevista na Constituio Federal de 1988 impede a realizao de abortos fora dos casos previstos em lei; C) O Brasil se submete a jurisdio de tribunal penal internacional desde que tenha aderido ao mesmo e concordado com sua criao; D) A proteo ao direito vida prevista na Constituio Federal de 1988 impede que se reconhea o direito eutansia;

E) A proteo ao direito vida prevista na Constituio Federal de 1988 impede que se reconhea o direito ao suicdio, sendo sua prtica crime;

JUSTIFICATIVAO conjunto institucionalizado de direitos e garantias do ser humano, que tem por finalidade bsica o respeito a sua dignidade, por meio de sua proteo contra o arbtrio do poder estatal e o estabelecimento de condies mnimas de vida e desenvolvimento da personalidade humana, constituem o feixe dos denominados direitos fundamentais, previstos, especialmente, no corpo do art. 5 da CF, sem prejuzo de outros decorrentes do regime e dos princpios adotados pela Constituio Federal de 1988, ou dos tratados internacionais em que a Repblica Federativa do Brasil seja parte (2 do art. 5 da CF). Logo, "os direitos e garantias individuais no tm carter absoluto. No h, no sistema constitucional brasileiro, direitos ou garantias que se revistam de carter absoluto, mesmo porque razes de relevante interesse pblico ou exigncias derivadas do princpio de convivncia das liberdades legitimam, ainda que excepcionalmente, a adoo, por parte dos rgos estatais, de medidas restritivas das prerrogativas individuais ou coletivas, desde que respeitados os termos estabelecidos pela prpria Constituio. O estatuto constitucional das liberdades pblicas, ao delinear o regime jurdico a que estas esto sujeitas - e considerado o substrato tico que as informa - permite que sobre elas incidam limitaes de ordem jurdica, destinadas, de um lado, a proteger a integridade do interesse social e, de outro, a assegurar a coexistncia harmoniosa das liberdades, pois nenhum direito ou garantia pode ser exercido em detrimento da ordem pblica ou com desrespeito aos direitos e garantias de terceiros." (MS n. 23.452, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 12/05/00). Nessa linha, a Constituio portege a vida de forma geral, inclusive a uterina, pois a gestao gera um tertium com existencia distinta da da me. Muito embora no Brasil no seja penalizado o praticante do suicdio, mas sim aquele que auxilia, induz ou instiga algum a praticar este ato (art. 122 do CP). Por outro lago, a penalizao do aborto (art. 124 do CP) corresponde proteo da vida do nascituro em momento anterior a seu nascimento. E como a legislao brasileira no prev a possibilidade do aborto eugensio, ou seja, quando h srio e fundado perigo para o filho, seja em virtude de uma grave predisposio hereditria, seja por doenas maternas, durante a gravidez, ou, ainda, porqulquer outro fator externo (lcool, drogas, radiao, medicamentos etc.) que possa acarretar enfermidades psquicas, corporais e deformidades; ou nos casos da possibilidade do feto nascer com vida acraniana (ausncia de crebro) ou anencefalia. Assim, a proteo constitucional do direito vida impede a realizao de abortos fora das hipteses legais. No caso de eutansia, alei penal tipifica a conduta como homicdio (art. 121do CP). Por outro lado, Constituio Federal estabelece que a adeso do Brasil aos Tratados Internacionais est condicionada a prtica de um ato subjetivamente complexo fruto da conjugao de duas vontades homogneas: a do Presidente da Repblica, que, alm de poder celebrar esses atos de direito

internacional (CF, art. 84, VIII), tambm dispe enquanto Chefe de Estado que da competncia para promulg-los mediante decreto; e, a do Congresso Nacional, que resolve, definitivamente, mediante decreto legislativo, sobre tratados, acordos ou atos internacionais (CF, art. 49, I) completando o iter procedimental de incorporao dos tratados internacionais. conforme j decidiu o STF no julgamento da ADI n. 1.480MC, Rel.Min.Celso de Mello, DJ 18/05/01. Assim, conforme entendimento assente no seio da Ordem Jurdica nacional a proteo ao direito vida prevista na Constituio Federal de 1988 impede que se reconhea o direito ao suicdio, sendo sua prtica um ato ilcito.

CONCLUSOPOR ESSAS RAZES SE MANTEM A LETRA E COMO RESPOSTA DA QUESTO EM EXAME.

QUESTO 1010. Acerca do direito de propriedade CORRETO afirmar que A) O direito propriedade no absoluto devendo atender a sua funo social. Considera-se ato caracterizador do no atendimento da funo social da propriedade rural o fato da mesma no cumprir os direitos trabalhistas dos empregados que nela trabalham; B) Viola o direito de propriedade o estabelecimento de regras que limitem o seu exerccio, tais como o estabelecimento de recuos e limites mximos de rea construda ou a fixao de altura mxima para edificao; C) O descumprimento da funo social da propriedade pode autorizar a desapropriao de um imvel urbano para fins de reforma agrria desde que precedido de previa e justa indenizao em dinheiro; D) Os procedimentos para desapropriao para fins de interesse social, utilidade pblica e reforma agrria podem ser estabelecidos por decreto do poder executivo estadual; E) Toda desapropriao dever ser precedida de prvia e justa indenizao em dinheiro independentemente de sua finalidade;

JUSTIFICATIVAA Constituio Federal garante o direito de propriedade (art. 5, XXII da CF), mas impes a esta uma funo social (art. 5, XXIII da CF) dentro do feixe dos denominados direitos fundamentais, cuja finalidade bsica, abrange o respeito sua dignidade, por meio de sua proteo contra o arbtrio do poder estatal e o estabelecimento de condies mnimas de vida e desenvolvimento da personalidade humana, sem prejuzo de outros decorrentes do regime e dos princpios adotados pela Constituio Federal de 1988, ou dos tratados internacionais em que a Repblica Federativa do Brasil seja parte (2 do art. 5 da CF).

E como todos "os direitos e garantias individuais no tm carter absoluto, pois, no h, no sistema constitucional brasileiro, direitos ou garantias que se revistam de carter absoluto (MS n. 23.452, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 12/05/00). Portanto, consoante j estabeleceu o STF no julgamento da ADI n. 2.213-MC; rel. Min. Celso de Mello; DJ 23/04/04, o direito de propriedade no se reveste de carter absoluto, eis que, sobre ele, pesa grave hipoteca social, a significar que, descumprida a funo social que lhe inerente (CF, art. 5, XXIII), legitimar-se- a interveno estatal na esfera dominial privada, observados, contudo, para esse efeito, os limites, as formas e os procedimentos fixados na prpria Constituio da Repblica. O acesso terra, a soluo dos conflitos sociais, o aproveitamento racional e adequado do imvel rural, a utilizao apropriada dos recursos naturais disponveis e a preservao do meio ambiente constituem elementos de realizao da funo social da propriedade. No violando o direito de propriedade o estabelecimento de recuos, limites de rea construda ou a fixao de altura mxima de edificao. E no que toca a propriedade rural, compreende, tambm, a observncia dos direitos trabalhistas dos empregados que nela trabalham (art. 186, III da CF). Assim, o descumprimento da funo social da PROPRIEDADE RURAL autoriza a Unio, por interesse social, a efetuar a desapropriao para fins de reforma agrria mediante prvia e justa indenizao em ttulos da dvida agrria, com clusula de preservao do valor real, resgatveis no prazo de at vinte anos, a partir do segundo ano de sua emisso, e cuja utilizao ser definida em lei (art. 184 da CF). E na hiptese do IMOVEL URBANO descumprir sua funo social o Municpio pode, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, desapropriar o imvel urbano com pagamento mediante ttulos da dvida pblica de emisso previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de at dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenizao e os juros legais (Art. 182, III da CF). Tratando-se de desapropriao-sano pelo mau uso da propriedade. Ademais, no se pode olvidar que compete a Unio Federal legislar privativamente sobre o procedimento para desapropriao, conforme dispe o art. 22, II da CF. Assim, conforme entendimento assente pela Ordem Jurdica nacional o direito propriedade no absoluto devendo atender a sua funo social. Considera-se ato caracterizador do no atendimento da funo social da propriedade rural o fato da mesma no cumprir os direitos trabalhistas dos empregados que nela trabalham.

CONCLUSOPOR ESSAS RAZES SE MANTEM A LETRA A COMO RESPOSTA DA QUESTO EM EXAME.

QUESTO 1111. Aquele que estiver na iminncia de sofrer coao ao seu direito de inscrever-se em um concurso pblico, por questes alusivas cor da sua pele A) no poder participar do concurso, tendo em vista a restrio do edital. B) poder impetrar habeas data e assegurar o seu direito de participar do concurso. C) poder impetrar mandado de segurana, pleiteando sanar a ilegalidade do edital e assegurar a sua participao no concurso. D) poder ingressar em juzo com habeas corpus e participar do concurso. E) ter como nica alternativa ingressar com representao perante o Ministrio Pblico, o qual propor ao popular atinente matria.

JUSTIFICATIVAA questo aborda a tutela dos direito igualdade e da vedao ao racismo aplicados Administrao Pblica. Com efeito, a nica alternativa correta a letra C, pois o prejudicado pode impetrar mandado de segurana, para sanar a ilegalidade e garantir sua participao no certame. Assinale-se que o cerne principal da questo no diz respeito a aspectos formais do Mandado de Segurana, posto que isso no estaria contemplado no programa do concurso. No entanto, o gozo do direito igualdade pressupe que o cidado esteja preparado para legalmente garanti-lo.

CONCLUSODessa forma, a questo est adequada ao contedo programtico da norma editalcia, e no h qualquer reparo a fazer, razo pela qual o gabarito preliminar deve ser mantido com a letra C.

QUESTO 1212. O princpio constitucional, segundo o qual ningum considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penal condenatrio, o princpio da(o) A) vedao s provas ilcitas. B) ampla defesa. C) contraditrio. D) presuno de inocncia. E) devido processo legal.

JUSTIFICATIVAA questo enuncia, de forma clara e objetiva, o princpio da presuno de inocncia, insculpido no art. 5, inciso LVII, da Constituio Federal.

CONCLUSOA resposta correta seja a letra D, devendo ser mantido o gabarito preliminar.

QUESTO 1313. Quando a falta de norma regulamentadora de uma previso constitucional inviabilizar o exerccio dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes nacionalidade, soberania e cidadania, pode o prejudicado ingressar em juzo com um A) Mandado de Segurana. B) Mandado de Segurana Coletivo. C) Mandado de Injuno D) Habeas Data. E) Habeas Corpus.

JUSTIFICATIVAA questo sob comento tangencia a teoria geral dos direitos fundamentais a partir dos instrumentos genricos de tutela colocados disposio dos cidados. A hiptese cuida objetiva e claramente da ausncia de norma regulamentadora que inviabilizaria o exerccio de direitos e liberdades inerentes nacionalidade, soberania e cidadania, situao a ser sanada pela propositura do mandado de injuno.

CONCLUSODeste modo, a alternativa correta a letra C, razo pela qual deve o gabarito preliminar ser confirmado.

QUESTO 1414. Com relao ao sigilo de correspondncia, CORRETO afirmar que A) o sigilo telefnico s pode ser quebrado pela polcia judiciria nas hipteses de crime(s) apenado(s) com recluso. B) possvel a interceptao telefnica por ordem do Ministrio Pblico, para fins de investigao de paternidade. C) a interceptao telefnica s pode ser determinada pelo Juiz aps representao do Delegado de Polcia, pelo prazo improrrogvel de 15 (quinze) dias. D) a interceptao telefnica poder ser decretada pelo Juiz para fins de investigao criminal ou instruo processual penal. E) no caso de crimes hediondos, pode a autoridade policial determinar a interceptao telefnica.

JUSTIFICATIVAO art. 5, inciso XII, da Constituio Federal, estatui a inviolabilidade das comunicaes. No entanto, excepciona a possibilidade de interceptaes telefnicas, exclusivamente para fins de investigao criminal ou instruo processual penal. Ocorre que, por fora da Lei n 9.296/96, a interceptao telefnica s pode ser decretada judicialmente ex officio, ou mediante representao da Autoridade Policial, ou ainda, por requerimento do Ministrio Pblico.

CONCLUSOSendo assim, a alternativa correta a letra D, devendo ser confirmado o gabarito preliminar.

QUESTO 15Com base nessa informao, responda as questes 15 e 16. O art. 5, inciso XI, da Constituio Federal, determina que a casa o asilo inviolvel do indivduo,nela ningum podendo penetrar sem o consentimento do morador, salvo em algumas situaes expressamente previstas na prpria Constituio. 15. Pode-se dizer que NO est compreendido como domiclio (ou casa) A) o apartamento em que o indivduo resida com sua famlia. B) o quarto de hotel, quando no esteja sendo utilizado. C) a rea destinada administrao e gerncia de um bar ou restaurante. D) o trailler que sirva de residncia. E) as alternativas b e d esto corretas.

JUSTIFICATIVAA inviolabilidade de domiclio foi erigida pela Carta Poltica de 1988 condio de direito fundamental, na forma do que estabelece o art. 5, inciso XI. Sob a expresso casa, entende a legislao infraconstitucional e a doutrina que compreende tambm os espaos elencados no art. 150, 4 e 5, do Decreto-Lei n 2.848/1940. vista dessa legislao, o quarto de hotel, quando no esteja sendo utilizado no est compreendido na expresso casa.

CONCLUSONesse sentido, a alternativa a ser assinalada a letra B, confirmando-se o gabarito preliminar.

QUESTO 16Com base nessa informao, responda as questes 15 e 16. O art. 5, inciso XI, da Constituio Federal, determina que a casa o asilo inviolvel do indivduo,nela ningum podendo penetrar sem o consentimento do morador, salvo em algumas situaes expressamente previstas na prpria Constituio. 16. Durante a noite, NO se pode ingressar na casa do indivduo, sem o seu consentimento, I. para cumprimento de ordem judicial. II. para prestar socorro. III. em caso da prtica de crime em flagrante. IV. em caso de desastre.

Somente est INCORRETO o que se afirma em A) I. B) I e III. C) II e III. D) II, III e IV. E) III.

JUSTIFICATIVAA questo aborda a inviolabilidade de domiclio, para o fim de estabelecer que a casa o asilo inviolvel do indivduo, nela ningum podendo penetrar, sem o consentimento do morador, salvo em situaes excepcionais, constitucionalmente expostas, a saber: a) para prestar socorro; b) em caso de flagrante; c) em caso de desastre; e d) para cumprimento de ordem judicial. Ocorre que, no perodo noturno, no possvel o ingresso para cumprimento de ordem judicial. Pois bem, a questo pedia que o candidato assinalasse o item do qual constassem as afirmativas incorretas.

CONCLUSONo caso em tela, as incorrees esto apresentadas na letra D, e no na letra A, como equivocadamente apontado pelo gabarito preliminar. Por isso, o gabarito preliminar deve ser alterado para a letra D.

QUESTO 1717. O suspeito da prtica de um crime que conduzido at uma Delegacia de Polcia A) est obrigado a responder s perguntas que lhe forem formuladas, sob pena de que seu silncio seja interpretado em desfavor de sua defesa. B) no est obrigado a responder s perguntas que lhe forem formuladas, salvo se estiver em flagrante delito. C) no est obrigado a responder as perguntas que lhe forem formuladas, no podendo o seu silncio ser interpretado em prejuzo de sua defesa. D) no pode se recusar a falar, pois o direito ao silncio s vlido em juzo. E) poder exercer o seu direito ao silncio, salvo se estiver sendo acusado da prtica de crime hediondo.

JUSTIFICATIVAO direito ao silncio decorre do princpio da no-autoincriminao, insculpido na Constituio Federal, e afasta a obrigatoriedade de o investigado produzir prova contra si mesmo. Dessa forma, se o investigado no quiser se pronunciar perante a Autoridade Policial ou mesmo em juzo, nenhuma sano pode lhe ser atribuda, posto que a hiptese caracterizaria o exerccio regular de um direito constitucionalmente assegurado.

CONCLUSODiante disso, resta que a letra C que oferece a resposta adequada hiptese, devendo haver a confirmao do gabarito preliminar.

QUESTO 1818. Assinale a alternativa CORRETA. A) No Brasil, no h priso civil por dvida. B) Somente se admite a priso civil por dvida decorrente do inadimplemento de pena de multa que tenha sido aplicada em processo criminal. C) Admite-se a priso civil pelo no pagamento de fiana. D) A priso civil por dvida somente subsiste no Brasil, nas hipteses de inadimplemento de penso alimentcia e de depositrio infiel. E) As alternativas B e D esto corretas.

JUSTIFICATIVAInicialmente, esclarea-se que incabvel qualquer alegao quanto inexistncia do assunto tratado nesta questo no contedo programtico constante da norma editalcia. Perceba-se que o tema versa sobre o direito liberdade, o qual abordado de forma especfica em alguns incisos do art. 5, da CF/88, mas que est difuso em diversos outros dispositivos, sobretudo naquele que estatui o princpio da legalidade (art. 5, inciso II) e no prprio caput do mencionado artigo. O no pagamento de fiana pode ensejar a priso, mas sendo ela relacionada a aspectos penais, o que no caracteriza priso civil. Ademais, assinale-se que, nem mesmo o inadimplemento de pena de multa, em regra, enseja a priso, posto que a pena de multa deve ser considerada como dvida de valor, e seu inadimplemento enseja a propositura de um processo de execuo, no levando o devedor ao encarceramento. Por oportuno, esclarea-se que Pela dico do art. 5, inciso LXVII, no h priso civil por dvida, exceo das hipteses de depositrio infiel e de inadimplemento de penso alimentcia.

CONCLUSODiante disso, a alternativa correta est na letra D, confirmando-se o gabarito preliminar.

QUESTO 1919. Assinale a alternativa CORRETA. A) Em nenhuma hiptese, a exposio da imagem do preso em canal de televiso pode ensejar ao de reparao civil de reparao do dano. B) legtima a exposio da imagem daquele contra quem foi expedido mandado de priso e no foi localizado em seus endereos, at que a priso se concretize. C) Em nome do princpio da igualdade entre os presos, aps ser catalogado na penitenciria, o indivduo perde o direito de ser chamado pelo prprio nome, sendo identificado, apenas, por um nmero.

D) Desde que haja o trnsito em julgado da sentena condenatria, o preso no mais gozar do direito de ser visitado pelos seus familiares. E) O direito imagem absoluto, no podendo haver, em nenhuma hiptese, a divulgao da imagem do acusado.

JUSTIFICATIVAEm seu art. 5, inciso X, a Constituio estabelece o direito honra, imagem, vida privada e imagem das pessoas, assegurando a indenizao pelo dano material e moral que decorra de sua violao. No entanto, importante perceber que, como j se assinalou nos comentrios 1 questo, que no h, no Brasil, direitos que sejam deferidos ao indivduo em carter absoluto. Perceba-se que, diante da dinmica constitucional, o interesse pblico se sobrepe ao interesse do particular, o que justifica a exposio da imagem daquele que se furta a ao dos organismos policiais e judiciais constitucionalmente previstos. No entanto, aps a priso, no h qualquer fundamento para a exibio da imagem do preso, e a exibio arbitrria, lesando o direito imagem de algum, sujeita o infrator ao de reparao do dano.

CONCLUSODiante disso, a alternativa B est correta, devendo ser confirmado o gabarito preliminarmente divulgado.

QUESTO 2020. O princpio constitucional em decorrncia do qual NO se admite a pena de morte no Brasil o princpio da(o) A) reserva legal. B) ampla defesa. C) contraditrio. D) favor rei. E) humanidade.

JUSTIFICATIVASegundo BITENCOURT, O princpio da humanidade o maior entrave para a adoo da pena capital e da priso perptua7. O princpio da humanidade probe a utilizao de penas cruis e infamantes, bem como a tortura e maus-tratos em interrogatrios policiais. O princpio da humanidade, insculpido na Constituio Federal, no seu art. 5, inciso XLVII, est traduzido na letra E.

CONCLUSOA letra E a alternativa correta, devendo ser confirmado o gabarito preliminar.

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BITENCOURT, Cezar Roberto: Tratado de Direito Penal. So Paulo: Saraiva, 2003, p. 15.

LNGUA PORTUGUESA

QUESTO 21 JUSTIFICATIVA Considerar a alternativa A como correta cometer o erro da extrapolao. O item I torna-se infiel ao texto quando afirma que Existe a preocupao ecolgica, apenas para recuperar o meio ambiente terrestre. O vocbulo apenas restringe a preocupao ecolgica, estando em desacordo com as ideias das linhas 3 e 4 do texto. CONCLUSO Portanto, confirma-se o GABARITO. A alternativa correta a Letra B. QUESTO N. 23 JUSTIFICATIVA Procedente a argumentao. Houve erro na transcrio do Gabarito preliminar, quando da digitao da alternativa C em lugar da letra D. CONCLUSO ALTERAR O GABARITO DIVULGADO. A ALTERNATIVA CORRETA A D. QUESTO N. 24 JUSTIFICATIVA A questo no passvel de anulao, uma vez que o vocbulo meio pode significar metade e nada impede que metade da sapatilha esteja coberta por gua, estando outra parte sem estar submersa. Um carro ao cair em um lago no se torna submerso imediatamente ao cair na gua. Parte dele vai lentamente entrando (afundando), portanto nenhum problema quanto semntica da frase, principalmente quando esta semntica no afeta a concordncia nominal. CONCLUSO CONFIRMA-SE O GABARITO PRELIMINAR.

QUESTO N. 25 JUSTIFICATIVA O enunciado da questo versa sobre regncia verbal e os itens apresentam falha no em regncia, mas sim em concordncia verbal. Houve uma falha ao digitar regncia. O adequado seria concordncia. CONCLUSO ANULAR a questo. QUESTES N. 27 e 28 JUSTIFICATIVA Dois candidatos alegam que no consta no edital o uso do porque e o plural de substantivos compostos e, portanto, a questo deve ser anulada. A gramtica tradicional elenca, dentro do assunto ortografia, o assunto do uso do vocbulo em questo e o item do edital que versa sobre flexo nominal, tornando a questo perfeita dentro dos itens citados no edital. Portanto, questo no passvel de anulao. CONCLUSO Confirma-se o GABARITO. QUESTO N. 30 JUSTIFICATIVA [...] a atividade de compreenso e interpretao de textos envolve processos amplos e mltiplos, os quais aglutinam conhecimentos de diferentes ordens [...] (OCEM, 2006, p. 27). Considerar a alternativa C como correta cometer o erro da reduo um dos trs principais erros da interpretao, segundo os manuais que abordam o assunto interpretao e inteleco (PIMENTEL, E. F., 2000). O texto de Castro Alves , sem margens de dvida, um poema permeado de rima, ritmo, e funes. preciso salientar que nenhum texto puro, mas hbrido. Um exemplo, disso, um texto dissertativo que s assim caracterizado tipologicamente por ter em sua tessitura maior predominncia de estruturas enunciativas que faam juzos de valores, isto , nada impede que em um texto dissertativo existam ndices de narrao e descrio. Assim sendo, um poema passvel, assim como o trecho destacado, de Castro Alves, de explicitar uma funo mais intensa em um determinado momento. O enunciado, da questo 30, incita o aluno a ter uma ateno minuciosa ao

texto transcrito, percebendo, portanto, a funo, das enumeradas, que mais se destaca naquele instante. Em outras palavras, qual a funo que busca atravs da linguagem, esteja ou no em um texto potico, demonstrar por parte do emissor, o desejo de atuar sobre o receptor, levando-o a uma mudana de comportamento. E isso pode ocorrer por meio de uma ordem, um apelo, uma sugesto ou uma splica. O texto enfocado na questo apresenta uma apelao por parte do emissor buscando que o receptor, no caso Deus, tenha uma mudana de comportamento. Trata-se, portanto, de uma funo usada quando se pretende atrair a ateno do receptor e influenci-lo. De acordo com o linguista Roman Jakobson, seis so as funes da linguagem, ou seja, podemos nos comunicar destacando ora uma, ora outra. CONCLUSO Dessa forma, confirma-se o gabarito preliminar. A ALTERNATIVA CORRETA B.

MATEMTICA

QUESTO 33 (40 Requerimentos de Recurso) JUSTIFICATIVA Potenciao uma operao com nmeros inteiros, que faz parte do contedo ministrado nos Ensinos Fundamental Menor, Maior e Mdio. Dessa forma, confirma-se que potenciao faz parte do programa divulgado. CONCLUSO Mantida a questo e o Gabarito divulgado. QUESTO 35 (03 Requerimentos de Recurso) JUSTIFICATIVA 35. A Polcia Militar de Pernambuco possui uma frota de 1500 carros, sendo que uma parte utiliza como combustvel gasolina, e o restante, bicombustvel, que funciona com lcool e gasolina. O novo comandante determinou que, neste total de 1500 carros, 80% dos carros a gasolina e 60% dos bicombustveis sofressem uma converso para tambm funcionar a gs. Sabendo-se que,

aps a converso, 840 do total de carros passaram a utilizar dois e somente dois tipos de combustvel, CORRETO afirmar que o nmero de carros que permaneceram consumindo somente gasolina igual a A) 600 Soluo G = carros a gasolina antes da converso A = carros bicombustveis antes da converso Aps a converso: O,8 G = passam a circular com gasolina e gs. 0,6 A = passam a circular com gasolina, lcool e gs e 0,4 A = continuam circulando a gasolina e lcool Total de carros bicombustveis 0,8 G + 0,4 A = 840 G A 1500 0,8G 0,4A 840 0,4G 0,4A 600 0,8G 0,4A 840 0,4G 240 G 240 / 0.4 600 B) 200 C) 120 D) 400 E) 500

Ento, carros a gasolina antes da converso eram 600 Destes 600, 20% continuaram rodando somente a gasolina, ou seja: 0,2. 600 = 120. Na realidade, a soluo encontra o nmero de carro a gasolina antes da converso. Aps a converso, restaram rodando, somente a gasolina, 20% desse total ou seja, 120 carros. Os 480 carros passaram a rodar com os combustveis gasolina e gs. CONCLUSO Confirma-se o GABARITO divulgado.

HISTRIA QUESTO 42 JUSTIFICATIVA No livro de Divalte, Historia para o Ensino Mdio, pgina 231, est escrito "Os principais lderes do movimento foram presos e sumariamente executados." De acordo com o /info/escola, os principais lderes da Revoluo de 1817 chamavam-se: Domingos Jos Martins, Jos de Barros Martins (o Leo Coroado), Joo Ribeiro e Miguelinho (Padres) Segundo o historiador Evaldo Cabral de Mello, a presena de Frei Caneca s detectada nas ltimas semanas do regime ou seja, da Revoluo de 1817, vide Wikpdia. CONCLUSO Gabarito mantido. QUESTO 43 JUSTIFICATIVA O item I da questo 43 fala em modernizao da economia que s poderia acontecer com a existncia de trabalho assalariado para mobilizar o mercado. CONCLUSO Gabarito mantido.

GEOGRAFIA

QUESTO 46 (05 Candidatos) JUSTIFICATIVA O recurso no procede, visto que a argumentao do candidato diz que o processo de urbanizao se deu com a presena de Maurcio de Nassau. Segundo, Amorim, p. 371, o surto se deu com a atividade mineradora no sculo XVIII. Geografia Geral e do Brasil, Marcos Amorim. Ed. Moderna 2003.

Outros recursos impetrados tambm no procedem, visto que a argumentao refere-se ao PIB, e as informaes da questo so pertinentes ao resultado do censo de 2000, quanto ao crescimento populacional. Geografia Geral e do Brasil, Marcos Amorim, Vol. nico 2003, p. 374. CONCLUSO Manter o gabarito divulgado alternativa C. QUESTO 48 (10 Candidatos) JUSTIFICATIVA Os recursos no procedem uma vez que a proposio III apresenta um comparativo entre os percentuais da populao ocupada dos pases desenvolvidos e subdesenvolvidos em diferentes faixas etrias, dentro das duas realidades. Segundo Sene, os jovens trabalham para complementar a renda familiar, e os idosos, para complementar a aposentadoria, quando recebem. Geografia para o Ensino Mdio, Geografia Geral e do Brasil Eustquio de Sene. Editora Scipione, Volume nico, 2003 p. 53. Segundo ainda o mesmo autor, nas pesquisas de emprego realizadas pelo IBGE, considerado Populao Economicamente Ativa (PEA) a parcela dos trabalhadores ocupados e desocupados na semana em que realizado o levantamento dos dados. CONCLUSO Manter o gabarito divulgado alternativa B. QUESTO 49(197 Candidatos) JUSTIFICATIVA Procedentes os recursos. De fato, houve uma transcrio errada do gabarito divulgado, devendo ser alterado. CONCLUSO Alterar o Gabarito Divulgado. A Alternativa correta a A. QUESTO 50(10 Candidatos) JUSTIFICATIVA Os recursos no procedem uma vez que a questo no se refere classificao climtica e sim a condio climtica da Zona da Mata.

Outros argumentos apresentados pelos candidatos tambm no so procedentes, quando dizem que a condio de brejo apenas no Agreste, quando na verdade, os brejos surgem nas reas semiridas, portanto surgem no Serto, a exemplo de Triunfo/PE. CONCLUSO Manter o Gabarito Divulgado. A Alternativa correta a A.

Recife, 01 de dezembro de 2009 ____________________________________ COMISSO DE CONCURSOS DO IAUPE-CONUPE