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PRTG – Uma Solução de Apoio ao Gerenciamento de
Redes
Ana Claudine Siqueira Corrêa1
1Universidade Federal do Pará – Campus de Santarém
Resumo. Este artigo aborda a instalação e configuração da ferramenta de
apoio a gerência de redes PRTG - Paessler Router Traffic Grapher, com
informações básicas sobre a utilização desse aplicativo baseadas em um
estudo de caso. O aplicativo PRTG tem como objetivo principal auxiliar o
administrador de redes de computadores na gerência dos dispositivos
pertencentes à sua rede através da geração de gráficos específicos de
monitoração.
1. Introdução
A evolução na área da tecnologia da informação é constatada diariamente e de forma
visível para qualquer pessoa que a ela tem acesso, e isso pode ser fundamentado através
da verificação do contexto social mundial, em que a globalização leva cada vez mais a
humanidade a necessitar dos benefícios do computador, não somente para facilitar as
atividades diárias, mas também para favorecer a comunicação através das conexões de
redes locais e da internet. E esses benefícios trazidos com a expansão das redes de
computadores são positivamente significativos quando se trata de redes locais, onde o
custo de manutenção e monitoramento tende a reduzir pela facilidade de
compartilhamento de recursos, como impressoras, internet e serviços.
Assim sendo, percebe-se a necessidade que essas redes locais possuem de uma
gerência voltada para a eficiência na distribuição de recursos. Porém, para que seja
alcançada essa eficiência, deve-se implementar um acompanhamento tanto dos
computadores quanto dos recursos e até do compartilhamento em rede. Surge, então,
aqui, um incentivo para a utilização de ferramentas que apóiem a monitoração de redes
locais: facilitar o trabalho que gerentes de redes encontram ao administrar recursos e
dispositivos. Este incentivo torna-se a principal justificativa para a produção do artigo
em questão, cujo objetivo é apresentar uma comprovadamente eficaz ferramenta de
gerenciamento de redes: o PRTG.
Para tanto, foi elaborado um estudo da ferramenta PRTG abrangendo suas
funcionalidades, alcance (áreas funcionais de gerenciamento que alcança segundo o
modelo padrão FCAPS) e requisições mínimas para execução, seguido de um estudo de
caso em que foi possível determinar os passos para instalação, configuração e uso de
funcionalidades básicas de monitoramento. Através do entendimento do conteúdo
exposto por esta metodologia pretende-se diminuir o tempo perdido pelo administrador
em busca, instalação e configuração de uma ferramenta que possibilite suporte ao
exercício de controle de redes locais. A seção seguinte irá apresentar uma visão geral
sobre a ferramenta estudada.
2. PRTG – Paessler Router Traffic Grapher
O PRTG (Paessler Router Traffic Grapher) é uma ferramenta de gerenciamento de
redes que propicia ao usuário monitorar uma rede constantemente a partir de uma
estação de trabalho, através de uma interface gráfica, para tanto este conta com um
banco de dados interno que armazena as informações dos dispositivos coletadas
diariamente. O acompanhamento dessas informações é feita por meio de gráficos
específicos gerados de acordo com o tipo de informação que se deseja monitorar. Este
aplicativo é capaz de controlar e expor em gráficos personalizáveis informações sobre
taxa de uso de hardware, tráfego de diversos protocolos, taxa de uso de banda de rede,
assim como pode gerenciar componentes de rede, realizar conexões remotas a uma
determinada máquina e também é útil para produzir mapas de conexões a partir de uma
imagem da estrutura física da rede.
Visto as funcionalidades oferecidas pelo aplicativo, pode-se encaixá-lo em áreas
funcionais da gerência de redes que são determinadas pelo modelo FCAPS. O modelo
FCAPS (sigla formada pelos nomes originais em inglês das áreas de gerência que ele
prega: Fault, Configuration, Accounting, Performance, Security) divide a gerência de
redes em cinco áreas fundamentais, a saber: gerência de falhas , gerência de
configuração, gerência de contabilidade, gerência de desempenho e gerência de
segurança. O PRTG abrange fortemente as áreas de configuração, contabilidade e
desempenho, sendo que nas áreas de falhas e segurança é interessante usar uma
ferramenta mais específica, pois o aprofundamento do PRTG nesses níveis é um pouco
superficial.
O PRTG é uma ferramenta elaborada para executar em estações de trabalho com
o sistema operacional Windows (98 ou mais recente), possuindo quatro versões para
instalação: freeware (grátis), trial(versão de teste), starter edition(versão semelhante ao
freeware) e commercial edition (versão comercial) . Na versão grátis algumas opções de
monitoramento aparecem desabilitadas para uso. É necessário ainda que o sistema
possua um navegador WEB e possibilite configurar o sistema de agentes SNMP.
O SNMP (Simple Network Management Protocol) é o protocolo padrão
reconhecido para gerência de redes TCP/IP que utiliza-se dos serviços do protocolo de
transporte UDP (User Data Protocol) para disseminação de suas mensagens na rede,
baseando-se na concepção de agentes e gerentes. A configuração do SNMP é
obrigatória, pois o PRTG irá utilizar o agente SNMP como base para fazer o seu
controle na rede.
Considerando os custos de se manter um software proprietário, é interessante
ressaltar aqui uma alternativa para o administrador que deseja um software livre: a
possibilidade do uso do MRTG (Multi Router Traffic Grapher), uma ferramenta
semelhante ao PRTG com versões para diversos sistemas operacionais. Na seção
seguinte será apresentada a ferramenta PRTG mais detalhadamente, com os conceitos
pertencentes ao aplicativo e informações adicionais para compreensão do mesmo.
3. Explorando o PRTG
O PRTG trabalha a monitoração da rede através de uma interface gráfica, que executa
em um navegador atualizando as informações de acordo com o tempo determinado pelo
administrador. Essa interface gráfica disponibiliza os componentes de rede candidatos a
monitoração em uma hierarquia de objetos em forma de árvore, mapeados com
conceitos do aplicativo. Esses objetos subdividem-se em Group (Grupo), Device
(Dispositivo), Sensor, e ainda existem Test (Teste) e Channel (Canal).
Figura 1. Hierarquia em árvore dos objetos PRTG
A figura 1 apresenta a árvore de objetos do aplicativo, na qual se pode verificar
a separação dos dispositivos como Mail Server e Firewall em grupos. Também fica
visível que, associado a cada dispositivo, existem sensores configurados para coletar
informações, sendo que esses podem operam em diversos canais, como IN e OUT. A
hierarquia proposta pela ferramenta ajuda bastante na organização dos objetos
monitorados, facilitando a visualização dos dispositivos e proporcionando um fácil
controle do que está ocorrendo em cada objeto. Ainda associado a todos esses objetos
está um Probe (sonda), que será mais detalhada adiante.
Para cada sensor criado é gerado um gráfico semelhante ao da figura 2 que mede
as variações de acordo com os dados coletados, podendo esse gráfico ser exportado
como imagem para fins de armazenamento e análise.
Figura 2. Exemplo de gráfico gerado pelo PRTG
O PRTG conta ainda com um sistema de notificação que armazena todas as
mudanças e atualizações que ocorrem na rede, incluindo as do próprio computador
onde está executando.
Figura 3. Exemplo de sistema de notificação no PRTG
O PRTG divide-se em cinco partes principais:
PRTG Server core – como o próprio nome induz, funciona como se fosse o coração do
PRTG, contém as informações dos dados de armazenamento, servidor WEB, motor de
relatórios e sistema de notificação.
PRTG Probe – a sonda, como citada anteriormente. Ela que faz o acompanhamento
real, monitorada pelo Server core.
Web Interface – a aplicação que executa no browser
Windows GUI – um aplicativo Windows que se comunica com o servidor núcleo
usando API
Ferramentas do Administrador – para configuração de senha/login e IP’s do servidor
WEB.
No menu principal da aplicação do browser têm ainda a aba maps (mapas), que
possibilita a criação de mapas de conexões de rede a partir de uma imagem da estrutura
de rede ou local como base (background).
Figura 4. Exemplo de mapa criado no PRTG
5. Estudo de Caso do PRTG
O estudo de caso do PRTG foi ambientado no laboratório de informática dos
acadêmicos da Faculdade de Sistemas de Informação da UFPA-Campus de Santarém. A
ferramenta foi instalada em uma Virtual Box, aplicativo que emula máquinas virtuais,
pois nos laboratórios somente são disponibilizadas máquinas com o sistema operacional
Ubuntu/GNU Linux, e o aplicativo exigiu uma máquina com Windows. Por ser um
aplicativo de instalação executável auto intuitivo e sem opções de configuração no
momento da instalação, não se torna necessário se aprofundar no processo de
instalação, apenas mostraremos os passos básicos.
Figura 5. Instalação – Selecionar linguagem
Figura 6. Instalação – Aceitar instalação
Após a janela mostrada na figura 6, aparecerá uma janela padrão de instalação,
em que deverá ser selecionado o botão “next” para avançar a instalação.
Figura 7. Instalação – Aceitar termos da licença
A partir da tela mostrada na figura 7, apenas apertar o botão “next”. Após a tela
é exibida uma janela que pergunta se você deseja instalar a opção freeware ou trial, no
estudo de caso adotou-se a opção trial para se ter acesso à todos os sensores disponíveis
na aplicação. Para escolha da versão trial é necessária uma chave expedida pelo link
destacado na janela da versão trial. Em seguida é exibida uma tela para definição de
login e senha de acesso ao aplicativo, em que se pode definir também um email para
contato.
Ao concluir a instalação, deve-se executar o aplicativo PRTG network monitor
na área de trabalho e entrar com o login e senha definidos.
Após o login uma página inicial é mostrada com as opções de criação de grupos
e dispositivos, criamos um grupo na aba group->add e clicamos no link “add device”.
Após adicionar um dispositivo, podemos adicionar sensores ligados à ele, clicando em
cima do dispositivo e em seguida clicando no link “add sensor”. No estudo de caso
optamos por um computador como dispositivo e adicionamos um sensor de ping ligado
à ele. Ao clicar no sensor, as informações relacionadas a ele, incluindo o gráfico de
monitoração são exibidos. Todas as atualizações na máquina eram notificadas pelo
sistema de notificações disponíve na aba “alarms”.
Alguns detalhes relevantes foram observados no teste da ferramenta, como a
necessidade de configuração de alguns sensores por endereço MAC, configuração de
canais de monitoração de tráfego(IN/OUT). Por esse motivo o teste de sensores foi
restrito, dado a necessidade da presença de alguém que compreendesse melhor a rede e
configuração das máquinas gerenciadas.
7. Conclusão
Redes de computadores, por sua crescente expansão devido aos benefícios que trazem
para os interesses sociais são quase que intrínsecas à realidade atual, e partindo dessa
conclusão podemos refletir sobre o impacto que elas causam no nosso dia a dia e a
importância delas estarem devidamente organizadas e bem administradas. Para uma
administração satisfatória de uma rede vê-se a necessidade de aplicativos que auxiliem
o trabalho de monitoramento de rede, logo desponta também a importância das
ferramentas e apoio ao gerenciamento de redes na área da tecnologia da informação.
Comprovadamente testado, o PRTG encaixa-se nesse grupo de ferramentas de
gerenciamento que trazem a eficiência no monitoramento de estações e recursos, como
um kit de funcionalidades quase completa em abrangência nas áreas de gerência, logo
não se pode deixar de concluir que a utilização da ferramenta como suporte à
administração de redes é válido e que esta deveria ser incluída entre uma das
ferramentas mais poderosas de monitoramento de redes.
Referências
Network Monitoring Software. Disponível em <http://www.paessler.com/>. Acesso em:
5 nov. 2009.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS FERRAMENTAS DE GERENCIAMENTO
DE REDE - SWITCHSNIFFER E PRTG. Disponível em
<http://www.ulbra.br/santamaria/eventos/jornada/2006/Sistemas_de_informacao/11_11
61997976_PRINCIPAIS_CARACTERISTICAS_DAS_FERRAMENTAS_DE_GER
ENCIAMENTO_DE_REDE.pdf>. Acesso em: 5 nov. 2009.
PRTG - Paessler Router Traffic Grapher 7.1.3.3317. Disponível em
<http://www.baixaki.com.br/download/prtg-paessler-router-traffic-grapher.htm>.
Acesso em: 5 nov. 2009.