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PRÁTICAS CULTURAIS PARA PRODUÇÃO DE ABACATE SUSTENTÁVEL Aloisio Costa Sampaio Depto de Ciências Biológicas Bauru (SP) SEMINÁRIO ESTADUAL DE ABACATE SUSTENTÁVEL 01 de Novembro de 2019 Arapongas - PR

PRÁTICAS CULTURAIS PARA PRODUÇÃO DE ABACATE … · Foto: Cantuarias-Avilés, T. Foto: Cantuarias-Avilés, T. CONTROLE: • Corte dos galhos atacados e em seguida queimá-los. •

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PRÁTICAS CULTURAIS PARA PRODUÇÃO DE

ABACATE SUSTENTÁVEL

Aloisio Costa Sampaio

Depto de Ciências Biológicas

Bauru (SP)

SEMINÁRIO ESTADUAL DE ABACATE SUSTENTÁVEL

01 de Novembro de 2019

Arapongas - PR

PIC

OS

• ADUBAÇÃO e NUTRIÇÃO MINERAL

• MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

• MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS

• COLHEITA

ABACATE SUSTENTÁVEL

GLOGALG.A.P: VISÃO HOLÍSTICA

Manejo Integrado da

Colheita e Pós-Colheita

Monitoramento

Ambiental

Manejo Integrado

de Nutrientes

Manejo Integrado

Solo e Água Manejo Integrado

de Cultura

Manejo Integrado

de Pragas e doenças

Organização

Informação (Caderno de Campo)

Monitoramento

do Sistema Sustentabilidade

Boas Práticas

Agrícolas,

Ambientais e

Sociais

Fonte: Slide adaptado da Produção Integrada de Frutas (PI)

INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA MAPA -

ANVISA No 1, de 15 de ABRIL DE 2019

Rastreabilidade ao longo da cadeia produtiva

GRUPO DE FRUTAS INÍCIO VIGÊNCIA

PLENA

ABACATE, Abacaxi,

Anonáceas, Maracujá, Figo,

Pêsssego, Carambola, Cajú, etc

01/08/2020 01/08/2021

BOAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS

SEGURANÇA ALIMENTAR

SEGURANÇA AMBIENTAL E DO TRABALHADOR =

CERTIFICAÇÃO

NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DO ABACATEIRO

• SOLO: FERTILIDADE E COMPACTAÇÃO

• ÁGUA: POMAR IRRIGADO OU SEQUEIRO

• DISTRIBUIÇÃO DO SISTEMA RADICULAR

• FISIOLOGIA REPRODUTIVA

• EXIGÊNCIA E MOBILIDADE DOS

NUTRIENTES NA PLANTA

• ANÁLISE FOLIAR

• SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA

NU

TR

IÇÃ

O

Informações importantes?

Slide: Tatiana Cantuárias Avilés

Tabela 1. Quantidade de nutrientes de acordo com análise do solo para

realização da adubação de frutificação em abacateiro

_________________________________________________________

Produtividade N nas folhas P resina K trocável

Esperada g/kg mg/dm3 mmolc/dm3

<16 16-20 >20 0-12 13-30 > 30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0

_________________________________________________________

t/ha g/planta g/planta g/planta

<6 80 60 30 60 40 0 60 40 20

6 - 10 100 80 40 80 50 20 90 60 30

11 – 20 120 100 50 100 60 40 120 90 50

_________________________________________________________

Fonte: Raij et al. (1997)

ANÁLISE FOLIAR

Folhas recém maduras – 5 meses de idade

Tabela 1. Padrões de referência

__________________________________________________________

Nutrientes (%) Baixo Adequado Excessivo

__________________________________________________________

N < 1,6 1,6 a 2,5 > 3,0

P < 0,17 0,17 a 0,3 > 0,4

K < 0,8 1,0 a 2,0 > 3,0

Ca < 1,0 1,0 a 3,0 > 5,0

Mg < 0,3 0,3 a 0,6 > 1,0

S < 0,2 0,2 a 0,5 > 0,8

Micronutrientes - mg/kg (ppm)

B < 35 40 a 100 > 150

Mn < 25 30 a 80 > 100

Zn < 25 30 a 80 > 100

__________________________________________________________

Fonte: Koen & Du Plessis (1991)

IRRIGAÇÃO LOCALIZADA

FONTES DE ADUBAÇÃO

• Nitrogênio: Composto Orgânico, esterco de galinha,

torta de mamona, palha de café, etc

• Fósforo: Sulcos de plantio e uso de fosfito dirigido ao

solo;

• Potássio: Sulfato de Potássio + orgânico;

• Micronutrientes (Boro e Zinco): Orgânico +

pulverização foliar;

• Cálcio, Magnésio e Enxofre: Calcário dolomítico e Gesso

agrícola (Sulfato de Cálcio)

SINTOMAS DE DEFICIÊNCIAS

NUTRICIONAIS SEVERAS EM ABACATEIRO

SOLOS ÁCIDOS: DEFICIÊNCIA DE BORO

Deficiência aguda de Boro em ramos, frutos e folhas

Fotos: Tatiana Cantuárias-Avilés

Slide: Tatiana Cantuárias Avilés

Slide: Tatiana Cantuárias Avilés

Slide: Tatiana Cantuárias Avilés

MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

• Pragas Chaves:

• Formigas Cortadeiras

• Broca dos frutos e ramos Stenoma Catenifer

• Monitoramento: Armadilhas com feromônios (ISCA)

• * Inspeção por amostragem/talhão – Planilha (Caderno de Campo)

• Controle Biológico : Uso de Tricchograma atopovirila

• (Koppert e Promip)

• Associado ou não ao químico (resistência/resíduo/intoxicação)

Controle preventivo

Uso de cola entomológica

FORMIGAS

SAÚVAS E

QUEM-QUEM

Broca do ramo e fruto

Stemona Catenifer

PRAGA PRINCIPAL

LAGARTA OU BROCA DO FRUTO

Stenoma catenifer Cada fêmea pode depositar

mais de 120 ovos.

Stenoma catenifer Walsingham (Lepidoptera:

Elachistidae)

Local de Oviposição

Ovos = 66-81% Danos = 56-72%

Ovos = 19% Danos = 28%

LAGARTA OU BROCA DO FRUTO

Stenoma catenifer

• O sinal de ataque da lagarta é

identificado pelo

aparecimento de uma

exsudação esbranquiçada e o

acúmulo de fezes ao redor do

orifício de penetração (Fig. 2)

• O inseto adulto prefere

ovipositar em frutos do estrato

superior do abacateiro.

LAGARTA OU BROCA DO FRUTO

Stenoma catenifer

Foto: Vedoato, 2015.

Parasitóides de ovos de insetos pragas (Lepidópteros)

Monitoramento com Armadilha (ISCA)

Distribuição de Tricchograma pretiosus no pomar de Avocado Hass

07 liberações de 400.000 ovos parasitados

por hectare, iniciando-se em setembro na

cv. hass (4 liberações quinzenais + 3

mensais)

2.000 ovos

parasitados

por cartela

PRAGAS SECUNDÁRIAS

• Brocas de ramos

• Lagartas desfolhadoras

• Ácaros

• Tripes

• Percevejos

COLEOBROCAS

Apate terebrans Acanthoderes

jaspides

Heillipus cratagraphus

• As larvas abrem galerias nos ramos e tronco do abacateiro

onde também desenvolve o adulto.

• Podem também atacar frutos.

COLEOBROCAS

Foto: Cantuarias-Avilés, T. Foto: Cantuarias-Avilés, T.

CONTROLE:

• Corte dos galhos atacados e em seguida queimá-los.

• Injetar inseticida nos orifícios mais recentes

ÁCAROS

Oligonychus punicae Hirst

CONTROLE:

• Pulverizações com enxofre

• Aplicação com acaricidas

TRIPS

Scirtothrips SP

Planilha de Campo para Abacate – ‘Pragueiro’

Inspeção de Pragas e Inimigos Naturais do Avocado Cod.RG 05-02 Ref.: PPR05

Rev. 02 05/10/2016

Data: Talhão: Fazenda / Local

Hora Inicial: Hora Final: Nome Inspetor/a de Pragas:

Pragas e Inimigos Naturais 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 N FM %

Broca do Avocado

Stenoma catenifer

Frutos

Danificados

1 (0 ou X)

x 2,5 2 (0 ou X)

3 (0 ou X)

4 (0 ou X)

Lagartas Vivas (0 - 4) x 2,5

Lagartas Parasitadas (0 - 4) x 2,5

Larva Besouro - H. Catagraphus (0 ou X) x 10,0

Adulto Besouro - H. catagraphus (0 a 10) /10,0

Frutos Danificados Besouro - H. catagraphus (0 a 10) x 1,0

Frutos Danificados Percevejo (0 a 10) x 1,0

Frutos Danificados Lagartas (0 a 10) x 1,0

Frutos com Verrugose (0 a 10) x 1,0

Lagarta Raspadora - Euglyphis (0 a 4) x 2,5

Lagarta Verde Desfolhadora (0 a 4) x 2,5

Acaro Marron - Olygonychus spp.

1 (0 ou X)

x 3,4 2 (0 ou X)

3 (0 ou X)

Ácaro Predador (Pera/ Maça/Morango) - (0 a 10) /10,0

Bicho Lixeiro ( Inimigo Natural) - (0 a 10) /10,0

Manejo Integrado de Doenças

do Abacateiro

FUNGOS PATOGÊNICOS

x

AMBIENTE

(TEMPERATURA E UMIDADE)

DO

EN

ÇA

CH

AV

E

PROPAGAÇÃO

DO

EN

ÇA

CH

AV

E

MANEJO PREVENTIVO DE PODRIDÃO DE RAÍZES

CAUSADO POR PHYTOPHTHORA CINNAMOMI

* Aquisição de mudas certificadas (substrato orgânico estéril e em

bancadas suspensas);

* Realização de plantio em canteiros elevados em solos argilosos

facilitando a drenagem em período chuvosos;

* Realizar adubações anuais com gesso agrícola + pulverização

de fosfito de potássio em outubro, dezembro e fevereiro.

* Triturar e deixar os restos de poda de produção sob a copa das

plantas, procurando sempre elevar o teor de matéria orgânica

* Evitar o excesso de umidade no ‘colo’ ou tronco da planta

(manejo de irrigação localizada)

* Evitar ferimentos no tronco e sistema radicular da planta;

DO

EN

ÇA

CH

AV

E

Manejo de Phytophthora cinnamoni - Podridão de raiz

Trichoderma harzianum

Verrugose ou Sarna-do-Abacateiro

Sphaceloma perseae

Antracnose

Colletotrichum gloeosporioides

Afeta principalmente os frutos

Panículas florais, folhas – todos os estádios de

desenvolvimento

Foto: Tatiana Cantuarias-Avilés

Controle:

Plantio de quebra-ventos

Manejo correto da adubação

Poda de limpeza

Fungicidas cúpricos no pré-florescimento até pré-

colheita

Evitar ferimentos nos frutos na colheita e na pós-colheita

Deve-se manter o pedúnculo no fruto (colheita)

Rotação de fungicidas de distintos grupos químicos do pré-

florescimento até pré-colheita

PLANTIO DE QUEBRA VENTOS

Eucalipto toreliana

Defensivos registrados para Cultura do Abacate

(Agrofit)

Alvo biológico Produto comercial I.A Classe Agronômica

Lagartas Applaud 250 buprofezina Inseticida - tiadiazinona

Cochonilhas Assist; Iharol; Spinner Óleo mineral Hidrocarbonetos

Ácaros Sulficamp enxofre Acaricida inorgânico

Frutos –Pós-colheita SmartFresh metilciclopropeno Regulador de crescimento

Fungos Diversos Oxicloreto de cobre Fungicida inorgânico

Fungos Diversos Hidróxido de cobre Fungicida inorgânico

Fungos Score difenoconazol Fungicida triazol

Fungos Cuprozeb Mancozeb + oxicloreto de cobre Fungicida protetor

Plantas daninhas Rustler WG glifosato-sal de amônio Herbicida pós-emergente

Plantas daninhas Stilo Clorimurom-etílico Herbicida pós-emergente

Culturas com Suporte Fitossanitário Insuficiente (CSFI ou Minor

Crops) – Grupo de defensivos registrados para Citrus e Melão

SE

GU

RA

A A

LIM

EN

TA

R MINOR CROPS OU CULTURAS COM

SUPORTE FITOSSANITÁRIO

INSUFICIENTE - CSFI

Assessoria Técnica: Elisangeles Souza (DETEC/SISTEMA

FAEP e Bianca Francis de Alencar

E-mail: [email protected]

Entidades participantes públicas e privadas: MAPA, CNA,

ABRAFRUTAS, IBRAHORT, ABPA. UNESP, CDRS, etc

FRUTO CLIMATÉRICO

Fonte: Programa Brasileiro para a Modernização da Horticultura

Quando iniciar a colheita do ‘Hass’?

Ponto de Colheita: determinação do teor de matéria seca

100 gramas

15’

23 g = 23%

de matéria

seca

ABPA – site: www.abacatesdobrasil.com.br

Livro digital gratuito: www.culturaacademica.com.br/catalogos

MUITO OBRIGADO

Email: [email protected]