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PÓS GRADUAÇÃO
DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO
EXCLUSÃO DO CRÉDITO
TRIBUTÁRIO
Caso...
Renato, taxista em razão da Lei 8383/91 decide comprar um
veículo zero, para exercício da sua atividade profissional.
Sabendo ser isento nas operações de financiamento do IOF,
foi surpreendido com o recolhimento realizado na fonte pela
financeira em Agosto de 2010.
Ao enviar pedido administrativo junto a Receita Federal para
devolução dos valores não logrou sucesso, pois segundo a
decisão irreformável publicada em 10.06.2016, a concessão
da isenção dependia exclusivamente de despacho de
autorização da autoridade administrativa, o que no caso em
tela não foi preenchido.
Art. 178
A isenção, quando não
concedida em caráter
geral, é efetivada, em cada
caso, por despacho da
autoridade administrativa,
em requerimento com o
qual o interessado faça
prova do preenchimento
das condições...
Jurisprudência...
ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL.
ISENÇÃO. IOF. NECESSIDADE DE VERIFICAÇÃO DOS
REQUISITOS. 1. Nos termos do parágrafo primeiro do artigo 72
da Lei 8.383/91, o gozo da isenção de IOF na compra de
veículos automotores estabelece a prévia verificação dos
requisitos legais pelo Departamento da Receita Federal. 2. O
aresto reconheceu que os recorridos estavam enquadrados na
categoria profissional beneficiada pelo favor fiscal. 3. A
verificação dos requisitos é atividade vinculada atribuída ao
órgão fazendário. Havendo reconhecimento judicial quanto à
sua observância, o indébito deve ser reconhecido e repetido.
RECURSO ESPECIAL Nº 576.394 - CE (2003/0132513-0)
Brasília, 16 de junho de 2005
Caso...
Pedro Vasconcelos é deficiente físico, em oportunidade adquiriu um
veículo automotor zero km na cidade de São Paulo. Após a
aquisição do veículo e respectivo pagamento do IPVA proporcional
do ano foi informado que poderia ser beneficiário de isenção.
Buscou advogado para consulta, e foi informado que de acordo com
o artigo 13 da Lei 13.296/08:
Artigo 13 - É isenta do IPVA a propriedade:
III - de um único veículo adequado para ser conduzido por pessoa
com deficiência física;
Como seu veículo não é conduzido por ele em razão do grau de sua
deficiência, não faria jus a isenção.
O contribuinte já realizou o pagamento dos anos de 2015, 2016 e
2017.
Jurisprudência...
MANDADO DE SEGURANÇA Pretendida isenção de ICMS na
compra de veículo automotor a portador de necessidades
especiais Veículo a ser conduzido por terceiro. Possibilidade.
Recurso provido.” (AC Nº 931.737.5/5-00, Rel. Des. Carlos
Eduardo Pachi, j. 18.01.2010 v.u).“DEFICIENTE FÍSICO -
Impossibilidade de dirigir Isenção de ICMS. Admissibilidade:
Aquisição de veículo para transporte de pessoa portadora de
severa deficiência física, mesmo sem condições de dirigir, goza
do benefício fiscal. Interpretação harmônica entre o art. 19,
Anexo I, do RICMS e o art. 5º da CF e demais preceitos
constitucionais que asseguram a proteção especial às pessoas
deficientes. Recurso provido.” (AC 874.201-5/5-00 Rel.
Des.Evaristo dos Santos, j. 18.05.09 - v.u.).
Art. 180
A anistia abrange
exclusivamente as
infrações cometidas
anteriormente à vigência
da lei que a concede,
não se aplicando:
Casos práticos
Caso...
A APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São
Paulo, realizou a aquisição de algumas próteses, que
posteriormente serão doadas, a membros inscritos no grupo da
entidade que não possuem renda suficiente para aquisição
particular.
A APAE contudo foi surpreendida pois nas Notas Fiscais de todas
próteses, havia o destaque na nota com relação ao ICMS. Ao
questionar a entidade fazendária estadual, foi relatado que a
cobrança é devida.
Avalie a situação.
Jurisprudência...
RE 608.872/MG (RG) – Tema 342 Relator(a): Ministro Dias ToffoliÓrgão julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 23/02/2017 Datade publicação: Pendente Ementa: ICMS. IMUNIDADE DO ART. 150, VI,“D”, DA CF. ENTIDADES FILANTRÓPICAS. EXTENSÃO PARACONTRIBUINTES DE FATO. IMPOSSIBILIDADE. Resultado: O Plenário,por unanimidade, entendeu que a imunidade tributária subjetivarelativa ao ICMS aplica-se a seus beneficiários na posição decontribuinte de direito, mas não enquanto contribuinte de fato,sendo irrelevante a repercussão econômica do tributo envolvido. OsMinistros destacaram que a jurisprudência do STF afirma que aimunidade do comprador não pode ser estendida ao produtor.Destacaram, ainda, que a incidência de ICMS nos produtos adquiridospor entidades filantrópicas não implica tributar patrimônio, renda ouserviços, caracterizando-se, na realidade, como mera repercussãoeconômica.
Caso...
Josué em virtude de discordâncias com relação ao seu novo valor
de IPTU cobrado pelo município de São Paulo em Janeiro de 2013,
resolveu questionar por meio de um requerimento administrativo.
Após a espera de quase 09 meses sem resposta, foi até a
Administração Pública que o informou que apesar da decisão já ter
sido expedida, não houve ainda a intimação sobre o seu resultado,
contudo já poderia informar que houve o seu indeferimento em
Agosto de 2013. Recebeu a carta com A.R sobre o resultado em
Novembro do mesmo ano.
Em Setembro de 2018 foi protocolada a Execução Fiscal cobrado o
mencionado crédito. Poderia ser alegada a tese de prescrição?
AgInt no AgRg no AREsp 156.614/MS Relator(a): Ministro BeneditoGonçalves (designado para redação do acórdão) Órgão julgador: 1ªTurma do STJ Data de julgamento: 06/06/2017 Data de publicação:29/06/2017. Ementa: CONDENAÇÕES À FAZENDA PÚBLICA. PRAZOPRESCRICIONAL. REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. CAUSASUSPENSIVA. ART. 4º DO DECRETO Nº 20.910/1932. Resultado: ATurma, por maioria, entendeu que o requerimento administrativoé causa suspensiva, e não interruptiva, do prazo prescricionalaplicável às ações contra a Fazenda Pública, à luz do disposto noart. 4º, parágrafo único, do Decreto nº 20.910/1932. Assim, osMinistros afirmaram que a contagem pelo prazo remanescenteserá retomada apenas com a intimação da decisão final deindeferimento da Administração.
Jurisprudência...
Caso...
Analice devedor de IPTU sobre o seu bem imóvel, recebeu
citação para se manifestar a respeito de uma Execução Fiscal
promovida em seu nome. Em sua conta corrente foi
encontrado valor suficiente para pagamento da dívida
tributária, contudo, Analice alega que o seu condomínio
também está em atraso, e como o valor em conta não é
suficiente para quitar os dois débitos, realiza uma petição ao
juízo para que o valor bloqueado seja utilizado para quitação
das dívidas condominiais.
Analise o caso em tela.
REsp 1.584.162 Relator(a): Ministra Nancy Andrighi Órgão julgador:3ª Turma do STJ Data de julgamento: 09/05/2017 Data depublicação: 16/05/2017 Ementa: CONCURSO DE CREDORES. ART.186 DO CTN. PREFERÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO EM FACE DOCRÉDITO CONDOMINIAL. Resultado: A Turma, por unanimidade,decidiu pela preferência do crédito tributário em face do créditocondominial, afastando a hipótese de preferência absoluta desteúltimo, mesmo diante da sua condição propter rem. Os Ministrosentenderam que o crédito tributário prefere a qualquer outro, sejaqual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvadosos créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidentede trabalho, conforme disposto no art. 186 do CTN.
Jurisprudência...
Caso...
A Empresa Signus S/A ingressou com um Mandado de Segurança em
Agosto de 2012, requerendo a anulação de um crédito tributário
emitido em Junho daquele ano cobrando diferenças com relação ao
IRPJ. Para evitar a possível inscrição em Dívida Ativa, que provocaria
problemas na emissão de certidões de regularidade (a empresa
participa ativamente de licitações públicas), o departamento jurídico
decide por apresentar uma Medida Liminar. Concedido o pedido 02
dias após a impetração do MS, a Fazenda Pública em contestação,
pede a imediata revogação da liminar, bem como refuta todos os
argumentos da empresa autora.
Após manifestação do MP, o juízo da causa, decide por revogar a
liminar, o que ocorreu em Dezembro de 2012. O processo ainda está
pendente de julgamento, e a empresa na época recorreu da
revogação por meio de Agravo de Instrumento. Considerando que até
o presente momento a empresa não recebeu a cobrança por meio da
execução fiscal, pode se alegar a prescrição?
EAREsp 407.940/RS Relator(a): Ministro Og Fernandes Órgão julgador: 1ªSeção do STJ Data de julgamento: 10/05/2017 Data de publicação:29/05/2017 Ementa: EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. REVOGAÇÃO DELIMINAR QUE ANTERIORMENTE SUSPENDEU A EXIGIBILIDADE DOCRÉDITO. CURSO DO PRAZO RESTABELECIDO DESDE A REVOGAÇÃO DALIMINAR. DESNECESSIDADE DE AGUARDAR O TRÂNSITO EM JULGADO DADECISÃO. Resultado: A Seção, por maioria, afirmou que o prazoprescricional para a cobrança de crédito tributário cuja exigibilidadetenha sido suspensa por liminar volta a correr quando revogado oprovimento jurisdicional cautelar, sendo desnecessário aguardar otrânsito em julgado da decisão. Os Ministros destacaram que cessada acausa suspensiva, sem concorrer qualquer outra das hipóteses previstasno art. 151 do CTN, ou se não for verificada a interposição de recursocom efeito suspensivo, a exigibilidade do crédito é restabelecida,podendo o Fisco, desde a revogação da liminar, promover as medidasnecessárias tendentes à cobrança dos créditos tributários.
Jurisprudência...
Caso...
A Empresa Maximus possui um terreno e um galpão localizado na
cidade de Ferraz de Vasconcelos/SP, e através de um contrato de
locação, o aluga para a prefeitura municipal que pretende instalar no
local um pátio para guarda das ambulâncias e viaturas policiais.
Ocorre que a empresa, pactou com o Município, que este ficaria
responsável no pagamento do IPTU incidente sobre o imóvel. 03 anos
após o contrato, a empresa descobre por meio de correspondência
enviada pela prefeitura, que os carnês dos anos correspondentes ao
período de locação, não foram pagos.
A empresa pretende ingressar com ação judicial para pedir o
redirecionamento da cobrança ao Município.
Avalie o caso.
AgInt no REsp 1.384.263/SC Relator(a): Ministro Gurgel de Faria Órgãojulgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 28/09/2017 Data depublicação: 09/11/2017 Ementa: IPTU. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA.CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL REALIZADO POR MUNICÍPIO COMPARTICULAR. TRANSFERÊNCIA DA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA.IMPOSSIBILIDADE. Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que não épossível transferir a responsabilidade tributária sobre o recolhimento deIPTU, prevista no art. 34 do CTN, à municipalidade, quando celebradocontrato de locação de imóvel com particular. Os Ministros destacaramque as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelopagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, ematenção ao disposto no art. 123 do CTN. Assim, apesar de a obrigaçãocontratual não ter sido cumprida por parte do município, a legislaçãodeve ser respeitada, de forma que não é possível lhe opor aresponsabilidade pelo pagamento de tributos.
Jurisprudência...
Caso...
Pablo é portador de uma doença grave, prevista no Rol de isenções
da Lei do IRPF – Decreto 9.580/2018.
Contudo, ao buscar informações junto a Receita Federal a respeito de
como poderia requerer o benefício, a funcionária informa que será
necessário apresentar laudo oficial junto ao perito do INSS
reconhecendo a moléstia, e com isso, o gozo do benefício.
Ocorre que conforme o cronograma das consultas, só será possível
marcar tal perícia para daqui 08 meses.
Avalie o caso.
Jurisprudência...
Súmula 598 STJ
É desnecessária a apresentação de laudo médico oficial para aoreconhecimento judicial de isenção do imposto de renda, desdeque o magistrado entenda suficientemente demonstrada a doençagrave por outros meios de prova– DJe 20.11.2017
Caso...
Janaina profissional autônoma é contribuinte do IRPF, contudo há
anos contrata profissional da contabilidade, amigo pessoal, para
realizar suas declarações.
Tem percebido que nos últimos 03 anos, suas declarações estão
alcançando um alto percentual de restituição. Por não entender muito
sobre o procedimento não questiona o contador.
Em cobrança retroativa realizada pela Secretaria da Receita Federal,
ao não conseguir comprovar as despesas lançadas pelo contador,
apresenta em sua defesa que desconhecia os procedimentos
incorretos que o profissional estava realizando, e que não se
beneficiou diretamente por sua conduta culposa, e por isso, pede a
responsabilidade do contador nos valores devidos.
Avalie o caso.
RESPONSABILIDADE PELO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.DOLO DO
CONTADOR. INOPONIBILIDADE. Uma vez que o contribuinte não
outorgou ao contador poderes para praticar atos em seu nome, não
pode se eximir do pagamento do crédito tributário sob a alegação
de que o profissional agiu com “excesso de poderes”. A
responsabilidade pelas informações contidas nos documentos
apresentados à Receita é exclusivamente do contribuinte, enquanto
sujeito passivo da obrigação tributária, sendo inoponível à
autoridade fazendária o fato de ter delegado a outrem o
preenchimento de suas declarações retificadoras. Quanto ao
argumento de que não se beneficiou com a “conduta ilegal do
contador”, tampouco merece prosperar, uma vez que os elementos
de prova juntados aos autos sinalizam no sentido de que
efetivamente recebeu as restituições decorrentes da inclusão de
despesas fictícias em suas declarações retificadoras. Não aplicação
do artigo 135, II do CTN (09 de maio de 2019 | PAF 10707.001219/2008-
98 | 2ª Turma Ordinária da 2ª Câmara da 2ª Seção do CARF)
Jurisprudência...
Caso...
Jorge é proprietário de um veículo automotor e possui diversas
dívidas de IPVA não pagas. Ocorre que ao tentar licenciar o seu
veículo, e emitir o novo Certificado de Registro de Veículos (CRV) foi
impedido pelo órgão de trânsito, sob a condição de quitar todos os
tributos incidentes sobre tais débitos.
Em razão disso, planeja ingressar com medida judicial para obrigar a
emissão do documento, pois entende que condicionar tal ato ao
pagamento dos impostos, viola a Constituição Federal.
Analise o caso.
Jurisprudência...
Caso...
Uma empresa criada em 2016, pertencente a um grupo econômico
“X”, está sendo cobrada em caráter solidário de IRPJ de uma das
empresas do grupo, pois apesar de não existir na época do Fato
Gerador, possui responsabilidade solidária.
Avalie o caso apontando se merece prosperar o argumento da
Fazenda Nacional.
Jurisprudência...
GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Garantias do crédito é a
mesma coisa que
prerrogativas processuais?
Alcance Patrimonial
Arrolamento de Bens
Acesso a dados Bancários
Protesto da C.D.A em cartório
Medida Cautelar
Presunção de Fraude à Execução Fiscal
Averbação Pré Executória
Execução Fiscal e a Garantia do Juízo
Art. 183
A enumeração das
garantias atribuídas
neste Capítulo ao crédito
tributário não exclui
outras que sejam
expressamente previstas
em lei, em função da
natureza ou das
características do tributo
a que se refiram
Art. 202
O termo de inscrição da
dívida ativa, autenticado
pela autoridade
competente, indicará
obrigatoriamente:
Art. 203
A omissão de quaisquer dos
requisitos previstos no artigo
anterior, ou o erro a eles relativo,
são causas de nulidade da
inscrição e do processo de
cobrança dela decorrente, mas a
nulidade poderá ser sanada até a
decisão de primeira instância,
mediante substituição da certidão
nula, devolvido ao sujeito passivo,
acusado ou interessado o prazo
para defesa, que somente poderá
versar sobre a parte modificada.
Art. 184
Sem prejuízo dos privilégios
especiais sobre determinados
bens, que sejam previstos em
lei, responde pelo pagamento
do crédito tributário a
totalidade dos bens e das
rendas(...) (...)do sujeito
passivo(...)(...) inclusive os
gravados por ônus real ou
cláusula de inalienabilidade
ou impenhorabilidade.
Art. 185
Presume-se fraudulenta a
alienação ou oneração de
bens ou rendas, ou seu
começo, por sujeito passivo
em débito para com a
Fazenda Pública, por crédito
tributário regularmente inscrito
como dívida ativa.
Jurisprudência...
Súmula 560 - STJ
“A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma doart. 185-A do CTN, pressupõe o exaurimento das diligências nabusca por bens penhoráveis, o qual fica caracterizado quandoinfrutíferos o pedido de constrição sobre ativos financeiros e aexpedição de ofícios aos registros públicos do domicílio doexecutado, ao Denatran ou Detran..”
TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA.
ART. 543-C DO CPC E RESOLUÇÃO STJ N. 8/2008. EXECUÇÃO FISCAL.
ART. 185-A DO CTN. INDISPONIBILIDADE DE BENS E DIREITOS DO
DEVEDOR. ANÁLISE RAZOÁVEL DO ESGOTAMENTO DE DILIGÊNCIAS PARA
LOCALIZAÇÃO DE BENS DO DEVEDOR. NECESSIDADE.
1. Para efeitos de aplicação do disposto no art. 543-C do CPC, e levando em
consideração o entendimento consolidado por esta Corte Superior de Justiça,
firma-se compreensão no sentido de que a indisponibilidade de bens e direitos
autorizada pelo art. 185-A do CTN depende da observância dos seguintes
requisitos:(i) citação do devedor tributário; (ii) inexistência de pagamento ou
apresentação de bens à penhora no prazo legal; e (iii) a não localização de bens
penhoráveis após esgotamento das diligências realizadas pela Fazenda,
caracterizado quando houver nos autos (a) pedido de acionamento do Bacen
Jud e consequente determinação pelo magistrado e (b) a expedição de ofícios
aos registros públicos do domicílio do executado e ao Departamento Nacional ou
Estadual de Trânsito - DENATRAN ou DETRAN. 2. O bloqueio universal de bens
e de direitos previsto no art. 185-A do CTN não se confunde com a penhora de
dinheiro aplicado em instituições financeiras, por meio do Sistema BacenJud,
disciplinada no art. 655-A do CPC. RECURSO ESPECIAL : REsp 1377507 SP
2013/0118318-6. DJe 02/12/2014
Jurisprudência
Jurisprudência...
PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL; REPRESENTATIVO
DE CONTROVERSIA. ART. 543-C, DO CPC. DIREITO
TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE TERCEIRO. FRAUDE À
EXECUÇÃO FISCAL. ALIENAÇÃO DE BEM POSTERIOR À
CITAÇÃO DO DEVEDOR. INEXISTÊNCIA DE REGISTRO NO
DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO – DETRAN. INEFICÁCIA DO
NEGÓCIO JURÍDICO. INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA. ARTIGO
185 DO CTN, COM A REDAÇÃO DADA PELA LC Nº 118/2005.
SÚMULA 375/STJ. INAPLICABILIDADE. 1.A lei especial
prevalece sobre a lei geral (lex specialis derrogat lex generalis),
por isso que a Súmula nº 375 do Egrégio STJ não se aplica às
execuções fiscais. 5. A diferença de tratamento entre a fraude civil
e a fraude fiscal justifica-se pelo fato de que, na primeira hipótese,
afronta-se interesse privado, ao passo que, na segunda, interesse
público, porquanto o recolhimento dos tributos serve à satisfação
das necessidades coletivas. Resp nº 1.141.990/PR
Art. 64
A autoridade fiscal
competente procederá ao
arrolamento de bens e
direitos do sujeito passivo
sempre que o valor dos
créditos tributários de sua
responsabilidade for
superior a trinta por cento
do seu patrimônio
conhecido.
Art. 1
O procedimento cautelar
fiscal poderá ser
instaurado após a
constituição do crédito,
inclusive no curso da
execução judicial da
Dívida Ativa da União,
dos Estados, do Distrito
Federal, dos Municípios e
respectivas autarquias.
Art. 4
A decretação da medida
cautelar fiscal produzirá,
de imediato, a
indisponibilidade dos
bens do requerido, até o
limite da satisfação da
obrigação
Art.11
Quando a medida cautelar
fiscal for concedida em
procedimento preparatório,
deverá a Fazenda Pública
propor a execução judicial
da Dívida Ativa no prazo de
sessenta dias, contados da
data em que a exigência se
tornar irrecorrível na esfera
administrativa.
Art. 25
Inscrito o crédito em
dívida ativa da União, o
devedor será notificado
para, em até cinco dias,
efetuar o pagamento do
valor atualizado
monetariamente,
acrescido de juros,
multa e demais
encargos nela indicados
PÓS GRADUAÇÃO
DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO