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Cabeçalho CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE Laureate International Universities CURSO DE PSICOLOGIA PSICOLOGIA DA SAÚDE E HOSPITALAR Prof. Msc. MARIA DA CONSOLAÇÃO QUEIROZ DA SILVA Autores: DAILANE REIS DE SOUZA DÉBORAH RAMOS MARTINS JÉSSICA BRANDÃO DA FONSECA LEONARDO FRANCISCO DAS CHAGAS MARYANNE CIRILLA SILVA ARAUJO ROBERTO SOUZA DA SILVA PSN09S1 - Noturno Referência CHIATTONE, Heloisa Benevides de C. A Significação da Psicologia no Contexto Hospitalar. In ANGERAMI CAMON, Valdemar Augusto et al. Psicologia da Saúde: um novo significado para a prática psicológica. São Paulo. Cengage learning, 2009. p. 73-113. Apresentação das autoras da obra HELOISA BENEVIDES DE CARVALHO CHIATTONE Psicóloga - CRP 06 / 15180, Mestre em Psicologia pela UNIMARCO SP, Especialista em Psicologia Hospitalar pelo Instituto Sedes Sapientiae, Distinção de Conhecimento em Psico-Oncologia pela Associação Brasileira de Psico-Oncologia SBPO, Distinção de Conhecimento em Psicologia da Saúde pela ALAPSA INTERNACIONAL, Presidente da Associação Latino-americana de Psicologia da Saúde - ALAPSA BRASIL - 2005 a 2009, Vice-Presidente da Associação Latino- americana de Psicologia da Saúde - ALAPSA Internacional - Região Atlântica - 2005 a 2009, Consultora Técnica do Serviço de Psicologia Hospitalar do Instituto de Câncer de São Paulo, Coordenadora do Serviço de Psicologia Hospitalar do Hospital

Psicologia Hospitalar

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Resenha sobre Psicologia Hospitalar

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  • Cabealho

    CENTRO UNIVERSITRIO DO NORTE Laureate International Universities

    CURSO DE PSICOLOGIA

    PSICOLOGIA DA SADE E HOSPITALAR

    Prof. Msc. MARIA DA CONSOLAO QUEIROZ DA SILVA

    Autores: DAILANE REIS DE SOUZA

    DBORAH RAMOS MARTINS

    JSSICA BRANDO DA FONSECA

    LEONARDO FRANCISCO DAS CHAGAS

    MARYANNE CIRILLA SILVA ARAUJO

    ROBERTO SOUZA DA SILVA

    PSN09S1 - Noturno

    Referncia

    CHIATTONE, Heloisa Benevides de C. A Significao da Psicologia no Contexto Hospitalar. In ANGERAMI CAMON, Valdemar Augusto et al. Psicologia da Sade: um novo significado para a prtica psicolgica. So Paulo. Cengage learning, 2009. p. 73-113.

    Apresentao das autoras da obra

    HELOISA BENEVIDES DE CARVALHO CHIATTONE

    Psicloga - CRP 06 / 15180, Mestre em Psicologia pela UNIMARCO SP,

    Especialista em Psicologia Hospitalar pelo Instituto Sedes Sapientiae, Distino de

    Conhecimento em Psico-Oncologia pela Associao Brasileira de Psico-Oncologia

    SBPO, Distino de Conhecimento em Psicologia da Sade pela ALAPSA

    INTERNACIONAL, Presidente da Associao Latino-americana de Psicologia da

    Sade - ALAPSA BRASIL - 2005 a 2009, Vice-Presidente da Associao Latino-

    americana de Psicologia da Sade - ALAPSA Internacional - Regio Atlntica - 2005

    a 2009, Consultora Tcnica do Servio de Psicologia Hospitalar do Instituto de

    Cncer de So Paulo, Coordenadora do Servio de Psicologia Hospitalar do Hospital

  • do Servidor Pblico Municipal HSPM, Coordenadora do Servio de Psicologia

    Hospitalar do Hospital So Luiz - Unidade Morumbi, Coordenadora do Servio de

    Psicologia Hospitalar do Hospital So Luiz - Unidade Anlia Franco, Professora do

    Curso de Ps-Graduao em Psicologia da Sade e Hospitalar do COGEAE

    PUCSP, Professora do Curso de Ps-Graduao em Psicologia da Sade e

    Hospitalar do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Arajo Jorge GO,

    Professora do Curso de Ps-Graduao em Psicologia da Sade e Hospitalar do

    Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Pequeno Prncipe - Curitiba PR,

    Professora do Curso de Especializao em Psicologia da Sade e Hospitalar da

    UNIMINAS MG, Professora e Supervisora da Disciplina de Psicologia Hospitalar -

    Universidade Paulista UNIP, Autora de livros e artigos cientficos na rea de

    Psicologia da Sade e Hospitalar.

    Perspectiva Terica

    A autora refere-se a Significao da Psicologia no Contexto Hospitalar do

    ponto de vista da Psicologia Social, abordando vrios itens essenciais desde a

    prtica diria do psiclogo no mbito hospitalar e sua inter-relao com os outros

    profissionais da sade. A Psicologia Social da Sade abrange demandas

    psicolgicas com enfoque mais social, comunitrio, possibilitando assim uma

    compreenso multidimensional em que se integram os aspectos biopsicossociais do

    individuo e/ou a trade paciente-famlia-equipe, incentivando no processo de sade-

    doena-cuidado.

    Breve Sntese da Obra

    A obra tem por objetivo propor a discusso acerca da prtica da psicologia

    no ambiente hospitalar.

    Apresenta necessidades consideradas relevantes do ponto de vista bsico,

    tais como:

    Pesquisa cientifica na rea,

    Identificao da prpria psicologia dentro do contexto hospitalar,

    Definio dos recursos metodolgicos especficos de nossa rea

    (evitando assim emprstimos tcnicos),

  • Discernimento do nosso enquadre dentro de uma equipe

    multiprofissional,

    Conscientizao quanto boa formao/qualificao profissional.

    Principais Teses Desenvolvidas

    A autora tenta sustentar que muitas questes relacionadas prtica da

    Psicologia no contexto hospitalar parecem um tanto nebulosas, pouco esclarecidas;

    dificultando a ao do psiclogo e o prprio ensino da pratica no hospital.

    A subjetividade do psiclogo passou a ser confundida com incapacidade,

    dificultando a oportunidade de legitimao do espao psicolgico nas instituies de

    sade. Tal situao nos indica que a prpria identidade da psicologia, dentro do

    contexto hospitalar, acaba sendo confundida, quer no campo terico quanto prtico.

    As leis em psicologia hospitalar ainda no esto firmemente estabelecidas,

    como podemos ver nas atuais publicaes que, apesar de se empenharem no

    tocante ao crescimento cientfico, ainda no conseguem a universalizao das leis

    que norteiam a especialidade.

    Outra tese presente que ao redimensionar a Psicologia como um campo

    do saber, tornam-se evidentes os sinais ou signos de multiplicidade ou pluralidade. A

    diversidade de enfoques metodolgicos, de tentativas de fundamentao

    epistemolgica e de doutrinas um fato reconhecido por todos que se dedicam

    psicologia. Nela podem se destacar dois aspectos: um processo de diferenciao

    interna da psicologia e a persistncia dessa diversidade.

    Em Psicologia Hospitalar, a herana dessa pluralidade torna-se plenamente

    visvel na constatao da especialidade dos relatos das prticas dos psiclogos no

    hospital.

    Qualquer tentativa de avaliao ou de contextualizao de um novo campo

    de saber dentro da Psicologia deve considerar a coexistncia dessa fragmentao

    de mtodos e do objetivo, em si, da prpria Psicologia.

    Todavia, duas posies divergentes podem ser identificadas em nvel dessa

    diferenciao das reas. A primeira voltada para o objeto de interveno (ao ser

    humano), tornando irrelevante a rea de atuao e si, e enfatizando as atividades

    desempenhadas. A segunda negocia a unidade do objeto de atuao, complicando

    a diferenciao das reas e de novos campos do conhecimento a cada uma delas.

  • Se na psicologia hospitalar o conhecimento estivesse ao lado do objeto de

    estudo (o ser doente e paciente), a posio empirista, estaria clarificada. Numa

    posio construtivista, o conhecimento seria construdo pelos mtodos,

    procedimentos e conceitos da psicologia hospitalar.

    Assim, a pretenso de contextualizar a psicologia no ambiente hospitalar,

    fundamentalmente, se transformar em tarefa tica para, enfim, eliminar-se a prtica

    do degldio, da excluso, da desqualificao de saberes no cientficos ou no

    psicolgicos entre os prprios profissionais da rea.

    Mais uma tese da obra a que trata do impasse e a construo de caminhos

    autnomos dentro da prtica da Psicologia hospitalar.

    Desde a dcada de 60, com a regulamentao da profisso de Psiclogo, o

    modelo clnico permanece como predominantemente entre os profissionais da rea.

    Experincias malsucedidas em psicologia hospitalar parecem se caracterizar

    pela inadequao do psiclogo ao tentar transpor ao hospital o modelo clnico

    tradicional. Todavia, ao transpor esse modelo para as instituies de sade, o

    psiclogo defronta-se com dificuldades inerentes a prpria demanda institucional e

    as limitaes de sua prpria formao.

    consenso que o psiclogo Hospitalar deve possuir caractersticas prprias,

    adequadas e especficas ao hospital que, por sua vez, interfere diretamente na

    insero e no desempenho tcnico do profissional.

    A atuao do psiclogo hospitalar est diretamente determinada por limites

    institucionais, pela instituio em si o hospital caracterizada por regras, rotinas,

    condutas especficas, dinmicas que devem ser respeitadas e seguidas, limitando as

    possibilidades de atuao desse profissional.

    A expectativa prestar assistncia psicolgica a pacientes com problemas

    orgnicos; para o hospital a expectativa gira em torno de que o psiclogo seja o

    especialista de problemas exclusivamente psicolgicos, sem qualquer viso

    integrativa.

    Assim, necessrio repensar a mentalidade ainda vigente dos conceitos de

    ateno sade, que influenciam o profissional.

    Desta feita, observamos alguns apontamentos que, segundo a autora,

    podem levar o psiclogo ao exerccio de uma sub-psicologia.

    Temos assim a existncia de alguns psiclogos que entram

    indiscriminadamente nos hospitais, sem formao especfica; a coexistncia de

  • modelos to dspares dentro do mesmo local de atuao; a inexistncia de um

    paradigma claro da especialidade, refletindo a pluralidade da psicologia,

    principalmente a ausncia de crticas dessas questes.

    Partindo do pressuposto de que o ser doente deve ser considerado nas trs

    esferas (biopsicossocial), define-se a abrangncia multidisciplinar e estratgica da

    atuao do psiclogo hospitalar. Estas aes deveriam envolver profissionais de

    diferentes reas. A equipe multidisciplinar pode ser definida como um grupo de

    profissionais que atuam de forma independente em um mesmo ambiente de

    trabalho.

    Para o bom funcionamento das equipes no hospital geral, elas devem

    mesclar objetivos relacionados, com metas de manuteno da equipe, discutindo

    abertamente os conflitos e problemas de comunicao.

    Assim, evidente que a essncia em Psicologia Hospitalar segue a tica do

    trabalho em equipe, onde vises e enfoques diferentes de um determinado problema

    fazem crescer as possibilidades de interveno sobre eles.

    Portanto, responder a essa enorme amplitude de situaes e solicitaes

    pressupe disponibilidade e preparo do Psiclogo Hospitalar, formao especfica,

    objetividade e coerncia que abrangem, necessariamente, reformulaes nos

    campos tericos e metodolgicos.

    Reflexo Crtica

    O texto traz uma discusso sobre o papel da psicologia da sade, na prtica

    hospitalar, acerca de sua insero na Instituio Hospital.

    Primeiramente ele traz tona as necessidades de uma nova viso da

    Psicologia como um todo, falando sobre a pesquisa cientifica, onde, dentro do

    contexto hospitalar, o psiclogo utiliza-se de vrios recursos tcnicos e

    metodolgicos de outras reas, que mesmo sendo na tentativa de identificao de

    sua identidade, no se enquadra ao saber no contexto hospitalar.

    Como se pode extrair do texto a seguinte passagem:

    (...) Durante muito tempo, a psicologia hospitalar utilizou-se, e ainda utiliza, - se de recursos tcnicos e metodolgicos das mais diversas reas do saber psicolgico. Esse fato, de certa forma, a enquadra numa prtica que no pertence s ao ramo da psicologia clnica. (SEBASTIAN e FONGARO, 1996, p.6).

  • Onde ao lanar mo de tal saber que j emprestado, o psiclogo na

    atuao hospitalar passa a confundir teoria e prtica, isolando-se do contexto onde

    deveria estar inserido e distanciando-se das necessidades dos pacientes.

    Ento pergunta-se no texto: como definir a especificidade da atuao do

    psiclogo hospitalar?

    E o texto constata a pluralidade no contexto hospitalar, contendo a

    considerao de que este fato no meramente uma situao casual, mas sim de

    um reflexo das contradies inerentes criao da psicologia enquanto cincia

    independente.

    Temos a questo de a psicologia no contexto hospitalar, a qual se encontra

    em tese, teoricamente fundamentada no saber biopsicossocial e pressupondo uma

    atuao interdisciplinar, em resposta tendncia integrativa ou holstica em sade

    onde exercitada nas instituies hospitalares, marcado por saberes precisos e

    delineados.

    O contexto hospitalar desenvolvido atualmente pode ser entendido como

    uma entrada da psicologia na rea da sade, onde j tnhamos o mdico, o

    enfermeiro, o assistente social, dentre outros, portanto o psiclogo deve atuar junto

    a este contexto j existente no hospital e no como se fosse algum dessas outras

    especialidades.

    Duas posies divergentes podem ser identificadas em nvel dessa diferenciao de reas. A primeira, voltada ao objeto de interveno (o ser humano), tornando irrelevante a rea de atuao em si e enfatizando as atividades desempenhadas. A segunda negaria a unidade do objeto de atuao, ampliando a diferenciao das reas e de novos campos do conhecimento a cada uma delas que funcionariam atravs de aes prprias. (CHIATTONE, HELOISA B. 2009 p.83).

    O texto enfatiza a Psicologia Clinica como modelo de referncia utilizada no

    contexto hospitalar, mas como algo a ser repensado, pois devemos pensar a

    psicologia hospitalar como uma tentativa de preveno de sade no mbito mais

    social, sendo inadequado essa concepo da Clinica como pressuposto de verdade

    dentro do Hospital.

    Por fim, como ultima critica ao posicionamento terico-prtico do psiclogo

    no hospital, sendo evidente a presso do mercado de trabalho fazendo com que

    uma grande quantidade de profissionais adentrassem no hospital sem o preparo

    antecipado na sua formao, constata-se ento a uma critica ao modelo

    universitrio da prtica psicolgica, onde s se repassam conhecimentos j

  • existentes de uma prtica clnica que muito fantasia um psiclogo srio, onde o

    mesmo no possa atuar para o bem social.

    Consideraes Finais

    A realizao desta atividade de resenha se configurou para o grupo como

    uma grandiosa oportunidade de aquisio de conhecimento, no s do ponto de

    vista profissional, quando pensamos em prtica psicolgica, mas tambm do ponto

    de vista pessoal, j que esses ensinamentos podem ser utilizados na nossa vida

    pessoal, inclusive.

    Mesmo com uma sistemtica acadmica que j se modificou bastante com o

    passar dos anos, ainda estamos por incorrer em velhos comportamentos

    equivocados quando pensamos em fazer psicolgico e nesse texto, fomos

    colocados a refletir sobre a nossa prtica profissional do ponto de vista hospitalar.

    Ao realizar a leitura tivemos um encontro com algo que vimos durante toda a

    graduao: uma tendncia ao engessamento acadmico, algo que nos coloca em

    uma posio confortvel de repetir os saberes que, por terem sido eficientes noutro

    momento, entretanto esse suposto conforto uma das principais barreiras que

    dificultam a prtica do psiclogo, haja vista o diferente contexto biopsicossocial em

    que estamos inseridos hoje, independente da rea.

    Existe uma necessidade real de conhecermos a importncia de refletirmos

    sobre nossa prtica profissional, bem como a dinmica das instituies das nas

    quais estamos inseridos.

    Percebemos que o primeiro lugar onde devemos estimular isso na

    academia, pois assim poderemos ter acesso s novas possibilidades de atuao do

    psiclogo. Neste sentido temos o aprofundamento do que deve ser, dentro das

    novas configuraes que se apresentam, uma prtica psicolgica dentro do

    ambiente hospitalar.

    Possuidores desses fazeres podemos contribuir muito mais com a

    populao dos hospitais que iremos prestar nossos servios, inclusive garantindo

    que este seja de qualidade e condizente com a nossa rea; no mais utilizando-se

    de saberes de outras reas.

    Assim, acreditamos que com a atividade realizada relembramos que uma

    boa prtica psicolgica construda com estudo adequado, pesquisa

  • comprometimento e trabalho em equipe, seja na modalidade hospitalar como em

    qualquer outra.