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SAÚDE, BRASIL PUBLICAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE | MARÇO DE 2006 | EDIÇÃO Nº 119 | ISSN 1678-8494 SAÚDE, BRASIL Ministério da Saúde BRASIL REGISTRA, EM DOIS ANOS, QUEDA EM MORTALIDADES INFANTIL E NEONATAL GOVERNO FEDERAL AUMENTA RECURSOS DESTINADOS À SAÚDE INDÍGENA PROGRAMA FARMÁCIA POPULAR CHEGA A ESTABELECIMENTOS PRIVADOS 6 7 8 SAÚDE E PREVENÇÃO NA MAIOR FESTA DO BRASIL Governo federal, secretarias estaduais e municipais de Saúde, artistas e sociedade se unem em ações como o combate à aids e DST Páginas 3, 4 e 5

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SAÚDE, BRASILPUBLICAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE | MARÇO DE 2006 | EDIÇÃO Nº 119 | ISSN 1678-8494

SAÚDE, BRASIL

Ministério da Saúde

BRASIL REGISTRA, EM DOIS ANOS, QUEDA EM MORTALIDADES INFANTIL E NEONATAL

GOVERNO FEDERAL AUMENTA RECURSOS DESTINADOS À SAÚDE INDÍGENA

PROGRAMA FARMÁCIA POPULAR CHEGA A ESTABELECIMENTOS PRIVADOS

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SAÚDE E PREVENÇÃO NA MAIOR FESTA DO BRASILGoverno federal, secretarias estaduais e municipais de Saúde, artistas e sociedade se unem em ações como o combate à aids e DSTPáginas 3, 4 e 5

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Ministério da Saúde

EXPEDIENTE� SAÚDE, BRASIL É UMA PUBLICAÇÃO

MENSAL DA DIVISÃO DE JORNALISMO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

� CHEFE DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIALANA LUIZA WENKE

� CHEFE DA ASSESSORIA DE IMPRENSADJALMA GOMES

� COORDENAÇÃO EDITORIALINFORME ASSESSORIA DE IMPRENSA

� JORNALISTA RESPONSÁVELRODRIGO FARHATMG 04139JP

� EDITORMARCELO ARAÚJO

� REVISORAGISELLE CHASSOT

� REPÓRTERESGRAZIELA KOSOSKI E MAYLA LARGURA

� PROJETO GRÁFICOCHICA MAGALHÃES

� TIRAGEM25.000 EXEMPLARES

� MINISTÉRIO DA SAÚDEASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO(61) 3315-2005 3315-2351

FAX: (61) [email protected]

� ENDEREÇOESPLANADA DOS MINISTÉRIOS, BL. G, 5º ANDAR, SALA 556CEP: 70058-900 BRASÍLIA-DF

� INTERNEThttp://www.saude.gov.br

� OUVIDORIA

SAC-SUS0800.644.9000

DISQUE SAÚDE0800.61.1997

DISQUE SAÚDE DA MULHER0800.644.0803

DISQUE PARE DE FUMAR0800.703.7033

DISQUE MEDICAMENTOS0800.644.0644

SAÚDE, BRASIL | MARÇO 2006

O Ministério da Saúde dobrou os recursos para a realização de cirurgias eletivas de média complexidade em 2006. A Política Nacional de Procedimentos Cirúrgicos Eletivos de Média Complexidade Ambulatorial e hospitalar passa para R$ 400 milhões os recursos destinados à realização de 67 tipos de cirurgias em todo o país. A finalidade da política é reduzir as filas e o tempo de espera por uma cirurgia de média complexidade em todo o país. Para definir o volume de recursos em 2006, o Ministério da Saúde determinou R$ 2 por habitante por ano. Em 2005, os recursos tinham como base metade desse valor. Como a população brasileira é de cerca de 184 milhões de pessoas, haverá R$ 400 milhões disponíveis este ano. Municípios em gestão plena com população de 50 mil habitantes, municípios habilitados em gestão plena que sejam pólos de microrregião ou macrorregião de saúde, entre as seguintes seguintes especialidades: tráumato-ortopedia, otorrinolaringologia, oftalmologia, urologia, ginecologia, angiologia, proctologia, mastologia, gastroenterologia e cirurgia geral. Neste ano, as quatro cirurgias que integravam os mutirões – catarata, varizes, próstata e retinopatia diabética – foram incluídas na política, instituída em 2005. No primeiro ano, o Ministério da Saúde recebeu 101 projetos de estados e municípios. Do total, 86 foram aprovados e 15 estão em análise. Os aprovados contemplaram 3.857 municípios, com a previsão de realização de 138.301 procedimentos.

O Ministério da Saúde vai destinar R$ 1 milhão para apoiar a realização de Eventos Científicos em Saúde este ano. Os recursos do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit) destinam-se à disseminação de novos conhecimentos e tecnologias que apresentem alto impacto nas soluções em saúde pública.As instituições poderão receber até R$ 50 mil por evento realizado. A proposta é investir em novas idéias e conhecimentos que possam contribuir com as ações do Ministério da Saúde em ciência e tecnologia e também na prestação de serviços pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os recursos do governo federal poderão ser utilizados pelas instituições selecionadas de abril a setembro deste ano.

SAÚDE APÓIA EVENTOS CIENTÍFICOS

DOBRAM RECURSOS PARA CIRURGIAS ELETIVAS

O simulado de alerta e resposta rápida para a notificação de casos suspeitos de gripe causada por um novo vírus, realizado em fevereiro, cumpriu todas as etapas previstas para permitir que os procedimentos necessários fossem avaliados. O evento serviu para apontar necessidades de aprimoramento do sistema de saúde em situações como a detecção de casos de doenças inusitadas e de fácil transmissão. Esse foi o caso hipotético utilizado: a chegada ao país de pessoas com sintomas de complicação da gripe vindas de países onde há casos humanos de contaminação pelo H5NI, vírus que causa gripe em aves. O teste envolveu casos fictícios de dois empresários que chegaram de países da Ásia e da Europa Oriental com sintomas compatíveis com complicações da doença. A simulação ocorreu nas seguintes etapas: a notificação inicial foi feita em um telefonema à equipe de plantão dos hospitais Emílio Ribas, em São Paulo, e Regional da Asa Norte, em Brasília. Sucessivamente, os demais níveis foram acionados, inclusive com telefonemas aos setores de vigilância epidemiológica do município e do estado de São Paulo, do Distrito Federal e do Ministério da Saúde, feitos por supostos “parentes dos pacientes”. Essas simulações serão novamente realizadas e envolverão várias dimensões do Plano de Preparação para a Pandemia de Gripe, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

SIMULAÇÃO PARA GRIPE CUMPRE EXPECTATIVA

Cerca de 9 milhões de pessoas contraem tuberculose (TB), em todo o mundo, a cada ano. Desse total, 80% vivem em 22 países. Apesar de o Brasil ocupar o 16º lugar nessa lista, nos últimos três anos, graças a uma estratégia das autoridades brasileiras em todos os níveis de governo e ao trabalho dos técnicos da área, o país reestruturou suas ações contra a tuberculose e adotou a estratégia recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para controle da doença. Assim, conseguiu superar os 50% de cobertura dos serviços. Essas são observações da Missão de Alto Nível Stop TB Partnership, (coalizão formada por mais de 250 parceiros internacionais) que apresentou ao ministro Saraiva Felipe, em fevereiro, o Plano Global de Combate à Tuberculose para o período de 2006-2015. A proposta é firmar o Brasil como líder em favor do plano junto à América Latina. Saraiva Felipe observou que o progresso do combate à tuberculose no Brasil é reconhecido, mas os números ainda preocupam. Afinal, mais de 80 mil brasileiros contraem a doença a cada ano, e, em alguns estados, a incidência é de mais de cem casos por 100 mil pessoas, tão grave quanto o que ocorre nos países que têm os maiores números da doença. “Para este ano, teremos o maior orçamento já reservado para o combate à doença: cerca de R$ 119 milhões, já alocados, que vão se juntar aos US$ 27 milhões repassados pelo Fundo Global”, disse o ministro.

APROVADO PROGRAMA BRASILEIRO DE CONTROLE DA TUBERCULOSE

NOTAS

Arquivo MS

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SAÚDE, BRASIL | MARÇO 2006 3

Estrelas do axé, sambistas, atores e até o vocalista da banda U2 engrossaram as fileiras de ações promovidas pelo Ministério da Saúde pelo uso do preservativo

O Ministério da Saúde promoveu várias ações de conscientização e prevenção à aids durante o Carnaval 2006. Elas aconteceram nas cidades

onde se reúnem grandes contingentes de turistas e fo-liões, como Rio de Janeiro, Salvador e Recife. Durante a festa, agentes de saúde, voluntários e organizações não governamentais (ONG) distribuíram 25 milhões de preservativos. Os artistas que embalaram a maior festa popular do mundo também exerceram um papel fun-damental na mobilização e reforçaram para os foliões a importância da camisinha para evitar a infecção por aids e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

O Ministério da Saúde também repassou à po-pulação, numa ação da campanha Pratique Saúde, 1 milhão de panfletos para chamar a atenção para os perigos do consumo exagerado de bebidas alcoólicas e para a importância do sexo seguro. A idéia era lem-brar os foliões simples cuidados que ajudam a garantir uma festa segura. Nos folhetos, imprimiram-se frases

como “Bebida e direção não combinam”, “Proteja-se e vá de ônibus, táxi ou metrô”, “Beber aumenta a chance de sexo desprotegido” e “Não saia de casa sem camisinha. Ela evita a aids, as DST e a gravidez não planejada”.

A distribuição ocorreu nas capitais onde se re-alizam as principais festas de Carnaval, como Recife, Fortaleza, Salvador, Belo Horizonte, Brasília, São Pau-lo, Rio de Janeiro, Belém, Porto Alegre, Florianópolis, Goiânia, São Luís, Aracaju e Maceió. Também houve distribuição em aeroportos.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) regis-tra mais de 30 mil mortes por ano com vítimas de trânsito. Desse total, 50% dos casos se relacionam ao uso abusivo de bebidas alcoólicas. O álcool também é responsável por 80% dos atendimentos gerais nos postos de saúde.

CONTINUA NAS PÁGINAS 4 E 5

MOBILIZAÇÃO MARCA CARNAVAL 2006

CONSCIÊNCIA

ARISTIDES EPITÁFIO DA SILVA 40 anos, vendedor ambulante,

Rio de Janeiro

“É preciso se prevenir. A saúde da gente vem em primeiro lugar”

OUTRAS VOZESPOR QUE É IMPORTANTE USAR CAMISINHA?

PEDRO ERNESTO ARAÚJO MARINHOVice-presidente social do Bola Preta

“Tem que usar. É a única chance de se preservar”

REGINA CÉLIA VELOSOVice-presidente de Relações públicas da Mocidade Independente de Padre Miguel

“Uma boa feijoada, depois uma caipirinha e um preservativo. Camisinha, carnaval e sexo sempre juntos”

CARLINHOS DE JESUSDançarino

“É preciso curtir a festa ‘encapando’ o que tem que ser encapado”

Fotos: Ruben Silva, Luis Oliveira e Jorge Ferreira

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Campanhas do Ministério da Saúde pelo uso do preservativo têm surtido importaCONSCIÊNCIA

SAÚDE, BRASIL | MARÇO 2006

JOVENS SÃO OS QUE MAIS USAM PRESERVATIVO

O Brasil é referência mundial na pre-venção e controle da aids, por suas campa-nhas educativas e pela distribuição gratuita de preservativos e do coquetel anti-retro-viral. A estratégia brasileira inspira, inclusi-ve, o trabalho realizado em outros países.

De acordo com o último boletim epi-demiológico divulgado em dezembro pelo Programa Nacional de DST/Aids, o nú-mero de casos acumulados desde o início da epidemia, nos anos 1980, até junho de 2005, chega a 371.827. A taxa de incidên-cia da aids , que representa o número de casos novos, manteve o índice de 17,2 re-gistros por 100 mil habitantes, o mesmo de 2004.

O boletim epidemiológico revelou o sucesso das campanhas preventivas do Mi-nistério da Saúde: jovens do sexo masculi-no na faixa de 13 a 29 anos, por exemplo, são os que mais usam preservativos. O boletim mostra, ainda, um declínio per-sistente de casos de aids em menores de cinco anos, em ambos os sexos, a partir de 1997. Isso reflete as ações de prevenção e de controle da transmissão vertical do HIV – da gestante para o bebê –, implementa-das desde a década passada. A razão entre homens e mulheres mantém-se decres-cendo: 15 homens para cada dez mulhe-res ou 1,5 casos em homens para cada um caso em mulher.

O sexo sem preservativo continua a ser a forma mais freqüente de transmissão do HIV. Registrou-se o aumento do número de casos – tanto absoluto como percentual – na transmissão heterossexual e declínio dos casos provocados por uso de drogas injetáveis. Entre pessoas do sexo mascu-lino, observa-se uma estabilização na pro-porção de casos nas categorias homo e bissexual. A transmissão via sexual em mu-lheres representa quase a totalidade dos casos: 94,8%, em maiores de 13 anos.

KALETRA – Outro dado positivo para o país na área foi o resultado da negocia-ção feita em outubro de 2005 com o Labo-ratório Abbot, que permitirá ao Brasil eco-nomizar, entre 2006 e 2011, cerca de US$ 339,5 milhões com a redução do preço do anti-retroviral Kaletra (Lopinavir/Ritona-vir), de US$ 1,17 para US$ 0,63 a cápsula. No ano passado, foram gastos R$ 549,752 milhões na compra de medicamentos anti-retrovirais usados no tratamento da aids, beneficiando cerca de 170 mil pessoas.

O Kaletra ingressou no coquetel anti-aids e passou a ser distribuído na rede pú-blica de saúde do Brasil em 12 de março de 2002, ao custo de US$ 1,60.

CARLOS BONOW ator

“Não só no carnaval, mas durante o ano inteiro, tenham consciência de seus atos. Camisinha sempre”

ORLANDO MORAES cantor

“Vamos nos prevenir”

ANA BOTAFOGO bailarina

“Temos que estar em alerta e conscientes de que sexo tem de ser sempre com camisinha. Camisinha na vida e no Carnaval”

VIRNA jogadora de vôlei

“O que tem aprisionado as pessoas é o excesso. A liberdade se torna mesmo uma prisão. Não fique preso. Não perca a vida em um minuto, perca um minuto na vida e use a camisinha”

FAUSE HATEN estilista

“Olha, eu acho que hoje em dia as pessoas já tem essa consciência de que usar camisinha é uma questão de higiene. É uma coisa que tem que fazer parte da vida das pessoas, não é só uma questão de prevenção de aids”

O tradicional Bloco da Camisinha abriu o Carnaval de Salvador no dia 23 de fevereiro, com um público estimado em mais de 10 mil foliões. O bloco, de participação gratuita, faz um trabalho de mobilização social há 11 anos, unindo música e mensagens de prevenção. Du-rante o percurso do trio, comandado pela cantora Márcia Short, foram distribuídas bandanas, folhetos e preservativos. O slo-gan de 2006 foi “Não importa a cor. Sexo seguro, só com camisinha”.

Além do Bloco da Camisinha, a equi-pe do Ministério da Saúde fez em Sal-vador campanha de mobilização incen-tivando o uso do preservativo no Bloco dos Mascarados, da cantora Margareth Menezes, e no camarote do Nana, do Chiclete com Banana.

O Bloco da Camisinha é coordenado pelo Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz (CPqGM), unidade da Fiocruz na Bahia. Na segunda-feira de Carnaval (27), a mo-bilização do grupo seguiu com uma ação

MARIA PAULAatriz

“Aí galera, carnaval sem camisinha não existe. Fala sério! Pelo amor de Deus! Não sejam burros. Sejam uma galera esperta, uma galera consciente”

ZEZÉ MOTTA atriz

“Estou chocada com o número de jovens adolescentes grávidas. É um sinal de que devemos fazer muita campanha por aí”

MARGARETH MENEZES cantora

“Quando trocar um carinho mais intenso, use camisinha”

CACÁ DIEGUES cineasta

“Não esqueça de usar a camisinha”

Fotos: Ruben Silva, Luis Oliveira e Jorge Ferreira

“NÃO IMPORTSEXO SEGUROCAMISINHA” FBLOCO DA CA

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ante efeito, principalmente entre os jovens

SAÚDE, BRASIL | MARÇO 2006 5

especial dentro da Mudança do Garcia, um dos blocos mais antigos de Salvador, tam-bém no centro, com o maestro Fred Dan-tas e a Orquestra Frevos e Dobrados.

HISTÓRIA – A distribuição de pre-servativos foi feita por 50 multiplicadores selecionados pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) e treinados pela Secretaria de Saúde de Salvador (SMS). Eles entrega-ram 50 mil preservativos à população.

Inicialmente, com o nome de Progra-ma de Prevenção Contra a Aids no Car-naval de Salvador, o Bloco da Camisinha, como ficou mais conhecido pelo público, começou as atividades em 1995, em uma ação idealizada pelo CPqGM, com o apoio da Escola Nacional de Saúde da Universi-dade de Harvard. Começou com algumas pessoas distribuindo camisinhas, pelas ruas de Salvador. A iniciativa deu certo, como conta o diretor do CPqGM, Mitermayer Reis, e, no ano seguinte, o programa to-mou a forma de Bloco da Camisinha.

O vocalista do grupo irlandês U2, Bono Vox, aproveitou a última turnê brasileira para dar uma esticada a Salvador. Após os dois shows realizados em São Paulo, Bono e seus companheiros de grupo fo-ram conhecer a folia baiana. Na ocasião, em jantar na casa do ministro da Cultura, Gilberto Gil, o artista irlandês elogiou o programa brasileiro de DST/Aids. Bono recebeu um kit do Ministério da Saúde com camisetas do Vista-se e camisinhas que são distribuídas gratuitamente na rede Sistema Único de Saúde (SUS).

Bono Vox falou para o ministro Gilber-to Gil que sempre cita o programa brasi-leiro. “Bono disse que está envolvido em campanhas de mobilização e prevenção à aids e que tem procurado saber sobre a questão da aids no Brasil”, contou o mi-nistro da Cultura. Segundo Gil, Bono Vox está engajado na luta contra a aids no mun-do – uma das metas do milênio, projeto da Organização das Nações Unidas (ONU), do qual o artista é um dos divulgadores.

O Ministro da Cultura aproveitou para criar um jingle especial sobre prevenção à aids e pelo uso de preservativo. “Já é Car-

naval, oh cidade. Olha aí a camisinha, tem que usar. Carnaval, muito amor, muito prazer, mas muita segurança também”. Use a camisinha que ajuda para tudo isso. Para o amor, para o agarro. Ajuda o pra-zer, mas ajuda a segurança”.

O jantar na casa de Gilberto Gil foi fe-chado para a imprensa, mas, na entrada, além de Gilberto Gil, outros artistas tam-bém falaram com a equipe do Saúde, Brasil sobre a importância de usar a camisinha. “Atenção juventude, ouça a sua consci-ência e use camisinha”, alertou o cantor Carlinhos Brown. A cantora Ivete Sangalo lembrou que a folia de Carnaval deve vir acompanhada de responsabilidade. “Neste Carnaval, faça diferente, faça uma coisa es-pecial. Se for fazer alguma gracinha, use ca-misinha”, ressaltou em tom carnavalesco.

CARNAVAL DO RIO NA LUTA CONTRA A AIDS

A folia responsável e a mobilização so-cial na divulgação do uso do preservativo reuniram equipes do Ministério da Saúde, secretarias estadual e municipal de Saúde, artistas e personalidades durante todos os dias de Carnaval do Rio de Janeiro. Somen-te na cidade, foram distribuídas milhões de camisinhas extra, fora as disponíveis na rede pública de saúde, além de milhares de fol-ders explicativos, bandanas e propaganda de utilidade pública em locais estratégicos, como ponto de ônibus, outdoors e placas.

Artistas, cantores e personalidades da folia do Rio de Janeiro abriram espaço para a mobilização especial de Carnaval contra a aids e divulgaram a importância do uso do preservativo.

Durante a feijoada em comemoração ao Jubileu de Ouro da Mocidade Indepen-dente de Padre Miguel, a atriz Zezé Mot-ta, que sempre está presente nos eventos do Vista-se, revelou-se espantada com o número de adolescentes grávidas. “Fui acompanhar um parente ao hospital e fi-quei muito chocada com a quantidade de jovens grávidas. É sinal de que devemos continuar com essas campanhas”, disse.

No mesmo evento, a bailarina Ana Bo-tafogo, coordenadora da comissão de frente da escola, disse que conversa com seus so-brinhos sobre a importância do uso da cami-sinha: “É preciso sempre ter uma camisinha na mão, no Carnaval e na vida”. Na cidade do Rio de Janeiro, foram distribuídos 56 mil folhetos e 21 mil bandanas do Vista-se. Para os outros municípios do estado, foram desti-nados 14 mil folhetos e 25 mil bandanas.

Nas bandas de Ipanema, do Cordão do Bola Preta e no Dois pra lá, Dois pra Cá, cerca de 9 mil pessoas viram os balões do Ministério da Saúde com os slogans do Vis-ta-se. Os jingles da campanha de prevenção também foram tocados nos dias da festa.

IVETE SANGALO cantora

“Faça a coisa de maneira especial, se for fazer ousadia, use camisinha”

LUMA DE OLIVEIRAmodelo

“Os adolescentes já estão mais conscientizados e as pessoas mais velhas também. É muito importante continuar com essa campanha”

ELIANA apresentadora

“Na hora da alegria, a gente fica um pouco fora do ar e não pode esquecer que a preocupação com saúde não pode ser momentânea, tem que ser eterna.Para termos vários momentos de alegria, é preciso cuidar da saúde, é preciso usar a camisinha”

LUCIANA MELOcantora

“O uso da camisinha deve ser automático, como piscar ou respirar. Camisinha não é para o outro, é pra você. A camisinha é para a sua saúde, para a sua prevenção, então use, automaticamente”

JAIR RODRIGUES cantor

“Desde que o menino começa a ter vontade de fazer as “coisas”, ele tem que usar a camisinha, porque senão é zebra. Por qualquer coisa, deixa a menina grávida. A menina também tem que usar. Ela tem que dizer: “quando não tem camisinha, não tem transa”. E não pode aceitar de jeito nenhum”

THIERRY FIGUEIRAator

“Na hora H, não pode esquecer de usar a camisinha”

TONY GARRIDO cantor

“A gente precisa cuidar da nossa vida e usar a camisinha. Com muito amor, porque todo mundo merece. Camisinha geral”

GILBERTO GIL cantor

“Já é Carnaval, oh cidade. Olha aí, a camisinha, tem que usar. Carnaval, muito amor, muito agarro, muito prazer, mas muita segurança também”

TA A COR. O, SÓ COM FOI TEMA DO

AMISINHA

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6 SAÚDE, BRASIL | MARÇO 2006

Além do Pacto Nacional, o Ministério da Saúde vem desenvolvendo outras ações de enfrentamento à mortalidade infantil. Em março, a vacina contra Rotavírus Humano (VRH) foi incluída no Calendário Básico de Imunizações. Agora, o governo federal, os estados e os municípios esperam evitar cerca de 850 mortes infantis a cada ano. A redução corresponde a 34% do total de mortes provocadas por diarréia em menores de cinco anos, de acordo com estudos nacionais e internacionais sobre o uso da vacina em crianças.

AÇÕES CONJUNTAS

MORTALIDADE Queda foi de 8,7% entre crianças e de 7,3% entre bebês

O Ministério da Saúde registrou, em dois anos, uma queda de 8,7% da mortalidade infantil – de crianças

com até 1 ano de idade – e de 7,3% da mor-talidade neonatal – bebês com até 28 dias de vida. Em 2002, a taxa da mortalidade infantil foi de 25,1 por mil nascidos vivos, caindo para 23,1 em 2004. A taxa da mortalidade neonatal foi de 16,5 por mil nascidos vivos em 2002 e de 15,3 em 2004.

A notícia é resultado de um conjunto de ações desenvolvidas pelo Ministério da Saú-de em parceria com estados, municípios e a sociedade civil, entre elas o Pacto Nacional pela Redução Materna e Neonatal, definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como experiência modelo.

Iniciativa do governo federal, o pacto foi firmado em março de 2004 para reduzir em 15% os índices de mortalidade materna e neonatal até o fim de 2006. Em dois anos, 24 estados aderiram às ações estratégicas do projeto e em 27 estados foram realizadas 186 palestras com a participação de 5.260 pesso-as, entre gestores, profissionais e represen-tantes da sociedade civil para a elaboração dos planos para redução da mortalidade.

Dentro da estratégia do pacto, o Ministé-rio da Saúde já liberou R$ 31,2 milhões para os 78 municípios onde os índices de mortalidade infantil e neonatal são elevados. Os recursos vêm do Projeto de Expansão e Consolidação da Saúde da Família (Proesf) e são utilizados para intensificar ações de qualificação da atenção à mulher e ao recém-nascido. Dos 78 municípios, 71 já elaboraram seus planos de redução da mortalidade, aprovados pelos conselhos municipais de saúde e pelas comis-sões intergestoras bipartite.

Foi concluída a instalação dos comitês estaduais de mortalidade materna nos 27 estados, para analisar os óbitos maternos e suas causas, propondo políticas públicas para reduzir a mortalidade materna e melhorar a assistência obstétrica. Nesses dois anos de pacto, os comitês municipais, regionais e hos-pitalares também foram ampliados. Em 2002, existiam 387 comitês municipais, 141 regio-nais e 150 hospitalares. Hoje são 748 comitês municipais, 172 regionais e 206 hospitalares. “Para o Sistema Único de Saúde (SUS), a am-pliação desses comitês é um avanço, porque a população — principalmente as mães bra-sileiras —, podem contar com mais um ins-trumento de combate à redução dos óbitos maternos e neonatais”, explica o coordena-dor do Pacto Nacional pela Redução da Mor-talidade Materna e Neonatal, Adson França.

CAEM ÍNDICES DE MORTALIDADE INFANTIL E NEONATAL

Além dos comitês, o Ministério da Saúde vem aumentando o número de equipes do Programa Saúde da Família (PSF), que ajudam nas ações de prevenção às gestantes, alertan-do-as para importância das consultas do pré-natal. Em 2002, eram 16.698 equipes do PSF, passando para 21.232 em 2004. Nesse perí-odo, também foram qualificadas equipes de

138 maternidades de referência nos estados com a realização dos seminários de Atenção Obstétrica e Neonatal Humanizadas com Base em Evidências Científicas. Ao todo, são 1.538 profissionais capacitados na atenção humanizada às crianças de baixo peso, 1.237 profissionais na área médica em reanimação neonatal e 1.226 auxiliares de reanimação.

Queda nos índices de mortalidade reflete conjunto de ações do poder público e da sociedade civil

Márcia Gouthier

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7SAÚDE, BRASIL | MARÇO 2006

População pode adquirir produtos com redução média de 90%AMPLIAÇÃO

O Ministério da Saúde vai expandir o programa Farmácia Popular do Brasil para farmácias e drogarias

privadas. A partir de agora, estabelecimen-tos comerciais poderão se habilitar ao pro-grama e vender medicamentos com preços até 90% menores.

Nessa nova etapa do programa, remédios para hipertensão e diabetes estarão disponí-veis em farmácias e drogarias privadas com preços até 90% menores que os cobrados nesses estabelecimentos, sem prejuízo da distribuição realizada na rede pública de saú-de ou da implantação de farmácias populares em parceria com governos estaduais, munici-pais ou entidades filantrópicas.

O Farmácia Popular busca atingir, princi-palmente, aquela parcela da população que não busca assistência no Sistema Único de Saúde (SUS), mas tem dificuldade para man-ter tratamento medicamentoso devido ao alto preço dos remédios.

Para que os medicamentos sejam ofere-cidos em drogarias e farmácias privadas, o Ministério da Saúde desenvolveu sistema de co-participação. Isso significa que governo federal e pacientes vão dividir as despesas e o governo arcará com 90% do valor de referência do medicamento.

Qualquer cidadão pode se beneficiar do programa. Para obter remédios da Farmácia Po-pular em drogarias e farmácias privadas, basta apresentar a receita do médico, que tem valida-de de 180 dias a partir da emissão, e o CPF.

Inicialmente, serão oferecidas aproximada-mente 200 apresentações de medicamentos para hipertensão e diabetes, contando oito prin-cípios ativos diferentes. É a primeira vez que o governo brasileiro implementa um sistema nes-ses moldes no país. Essa experiência já ocorre com sucesso na Europa, em países como França, Alemanha, Espanha e Portugal, e no Canadá.

O processo de adesão das farmácias será orientado por portaria do Ministério da Saúde.

Entre os critérios de adesão está o cumprimento de exigências sanitárias e fiscais. As farmácias e drogarias interessadas também devem estar em dia com as obrigações tributárias e previdenciá-rias. A habilitação ao programa não vai interferir na rotina de trabalho dos estabelecimentos.

Todo o programa será informatizado. As informações geradas a partir do receituário vão alimentar o sistema. Assim, à medida que o usuário obtiver uma apresentação do medicamento pelo programa, o sistema vai detectar a farmácia ou drogaria onde ele está sendo dispensado, o médico responsá-vel pela receita, o paciente, o medicamento e a quantidade obtida. Após a entrada desses dados, o Ministério da Saúde autoriza a tran-sação, em tempo real, e registra a operação para efetuar o pagamento do valor que cabe ao governo, posteriormente. Esse sistema de controle assegura que cada paciente obtenha apenas a quantidade do medicamento utiliza-do por ele num prazo de até um mês.

FARMÁCIA POPULAR EM NOVA FASE

Depois dos resultados alcançados pelo programa, a experiência agora será expandida para a rede privada

Fotos: Márcia Gouthier

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8 SAÚDE, BRASIL | MARÇO 2006

Governo destina R$ 52 milhões e beneficia 277 mil índiosFUNASA

A atenção à saúde indígena receberá mais R$ 52 milhões neste semestre. O recurso, liberado pela Fundação Na-cional de Saúde (Funasa), será aplicado em 21 dos 34

Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) e irá beneficiar mais de 277 mil índios.

Do total, R$ 23 milhões vão para os Dseis e R$ 29 milhões para as instituições conveniadas que atuam em atividades de saúde em parceria com a Funasa. Segundo o presidente da Fundação, Pau-lo Lustosa, apesar de o orçamento ainda não ter sido votado no Congresso Nacional, a Funasa trabalhou para garantir agilidade na liberação dos recursos, de forma a dar continuidade às ações de saúde indígena.

O dinheiro será aplicado nos Dseis, de acordo com o plano emergencial de saúde indígena, e no pagamento das conveniadas. Entre as ações prioritárias, destacam-se o combate à malária e à tuberculose, a realização do primeiro inquérito nutricional em áreas indígenas e a atenção à saúde da mulher.

Do total de recursos liberados, R$ 10 milhões serão destina-dos à compra de medicamentos para os 21 Dseis. A assistência farmacêutica é um trabalho constante, desenvolvido em parceria com o Ministério da Saúde, que distribui kits de medicamentos da farmácia básica.

Dos beneficiados, 11 Dseis – os com maior incidência de ma-lária –, receberão laboratórios de média complexidade, nos quais será possível controlar a qualidade das análises enviadas pelos la-boratórios em área. Além disso, será possível realizar sorologia de leishmaniose, dengue e de outras endemias.

Os recursos ainda servirão para equipar e capacitar equipes de controle de endemias, cada uma formada por cinco pessoas. Essas equipes vão atuar nos nove estados da Amazônia Legal e farão levantamento entomológico (dos insetos) na região. As ações de informação e educação em saúde para prevenção serão pautadas pela atuação dessas equipes.

O plano para capacitação das equipes já está pronto e deve ser imediatamente implantado. A iniciativa buscará fazer com que as equipes sejam multiplicadoras do conteúdo das capacitações.

Outros 15 Dseis foram indicados como prioritários para o

SAÚDE INDÍGENA GANHA MAIS RECURSOS

Os estados que compõem a Amazônia Legal são Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

controle de tuberculose. Neles serão feitas visitas domiciliares das equipes de saúde e também vigilância sanitária.

Diagnóstico – A realização do primeiro inquérito nutricio-nal em áreas indígenas vai possibilitar o diagnóstico de anemia, doença muito recorrente entre os indígenas. A realização do diagnóstico começa em abril, abrange todo o território nacio-nal e deve terminar em 12 meses. O projeto Vigisus, do Banco Mundial, também destinará recursos da ordem de cerca de R$ 5 milhões para a realização do inquérito nutricional.

O estudo representará um avanço para a definição de ativida-des de saúde para as populações indígenas. Com base no levanta-mento, será possível determinar com maior precisão as áreas nas quais a população está mais vulnerável a doenças.

Cinco Dseis (Interior Sul, Litoral Sul, Mato Grosso do Sul, Leste Roraima e Yanomami) foram definidos como prioritários para realização de campanha de prevenção ao câncer cérvico uterino em mulheres indígenas.

A definição dos Dseis beneficiados com o recurso foi baseada em levantamento feito por técnicos da Funasa, que definiu as áreas onde a necessidade de investimentos é mais urgente. São eles: Altamira (PA), Alto Rio Juruá (AC), Alto Rio Negro (AM), Alto Rio Purus (AC), Alto Rio Solimões (AM), Amapá (AP) e Norte do Pará (PA), Espírito Santo (ES), Guamá Tocantins (TO), Kaiapó (PA), Leste de Roraima (RR), Manaus (AM), Maranhão (MA), Mato Grosso do Sul (MS), Xavante (MT), Médio Rio Purus (AM), Médio Solimões (AM), Minas Gerais (MG), Parintins (AM), Rio Tapajós (PA), Tocantins (TO), Vale do Javari (AM) e Yanomami (RR).

URGÊNCIA FOI CRITÉRIO

Os recursos liberados terão, entre várias finalidades, a compra de medicamentos para atender às populações dos distritos sanitários