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Quais são as principais indicações clínicas de implante de DCEI? CBAC 2018 Goiânia, 23 de novembro de 2018 Prof. Dr. Márcio Figueiredo Disciplina de Cardiologia UNICAMP

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  • Quais são as principais indicações

    clínicas de implante de DCEI?

    CBAC 2018

    Goiânia, 23 de novembro de 2018

    Prof. Dr. Márcio Figueiredo

    Disciplina de Cardiologia

    UNICAMP

  • De acordo com a Norma 1595/2000 do Conselho Federal de Medicina e a

    Resolução RDC 96/2008 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

    declaro que:

    Patrocínio de transporte e/ou hospedagem em Congressos: Daiichi-

    Sankyo, Libbs, Pfizer, Boehringer-Ingelheim

    Ser conferencista/palestrante em eventos patrocinados pela indústria:

    Abbott, Bayer, Boehringer-Ingelheim, Daiichi-Sankyo, Libbs

    Preparo de textos científicos em periódicos patrocinados pela

    indústria: Libbs, Baldacci

    Ter ações da indústria: Nenhuma

    Declaração de Potenciais Conflitos de Interesse

    Dr. Márcio Figueiredo – CRM: 66935-SP

  • Martinelli Filho M, Zimerman LI, Lorga AM, Vasconcelos JTM, Rassi A Jr. Guidelines for Implantable

    Electronic Cardiac Devices of the Brazilian Society of Cardiology. Arq Bras Cardiol 2007; 89 (6): e210-e238.

  • Resposta Curta

    • Marcapassos: bradicardias

    • CDI: risco de MCS

    • Ressincronizador: ICC

  • Relampa 2013;26(1):39-49

  • BRADICARDIAS

  • Nó sinusal

    Tratos intra-

    atriais

    Nó átrio-

    ventricular

    Fibras de

    Purkinje

    Anatomia

  • Princípios

    • Bradicardia documentada

    • Correlação entre sintomas e bradicardia

    • Ausência de fator desencadeante que

    possa ser removido (principalmente

    fármacos)

  • Nó sinusal

    Tratos intra-

    atriais

    Nó átrio-

    ventricular

    Fibras de

    Purkinje

    X

    X

  • BRADICARDIA SINUSAL

    X

  • Bradicardia Sinusal

    M.J.O.F.

  • Ondas P regulares,

    Tamanho e forma normais

    Todas seguidas de

    complexos QRS, regulares

    Frequência < 50/min

    Intervalo PR: pode ser normal ou prolongado

    Complexos QRS estreitos, a não ser que exista bloqueio de ramo M.J.O.F.

  • Bradicardia Sinusal

    • Importante: o paciente tem que ter

    sintomático

    • O sintoma tem que ser correlacionado

    com a bradicardia

    • Cuidado com fármacos

    • Problema: tempo de evolução (o paciente

    pode se limitar)

  • https://doi.org/10.1016/j.jacc.2018.10.044

  • Qual o modo de estimulação?

    • A princípio: se houver boa condução AV,

    poderia ser usado um marcapasso atrial

    • Problema: na prática não é fácil

    – Posição do eletrodo atrial

    – Sensibilidade da onda P

    – Evolução de transtornos de condução)

  • https://doi.org/10.1016/j.jacc.2018.10.044

  • BLOQUEIOS ÁTRIO-

    VENTRICULARES

    X

  • Bloqueio AV

    • Mais objetivo que na bradicardia sinusal

    • É possível indicar um marcapasso na

    ausência de sintomas, ou mesmo na

    ausência de correlação entre o sintoma e

    bradicardia

  • BAV do 1º Grau

    M.J.O.F.

  • Intervalo PR é, por definição, prolongado

    Ondas P regulares,

    Tamanho e forma normaisTodas seguidas de

    complexos QRS, regulares

    Complexos QRS estreitos, a não ser que exista bloqueio de ramo

    M.J.O.F.

  • BAV do 2º Grau Mobitz tipo 1

    M.J.O.F.

  • Ondas P regulares,

    Tamanho e forma normais

    Nítido prolongamento gradual

    do intervalo PR até que um

    impulso atrial é bloqueado

    Tipicamente o intervalo PR após a onda P

    bloqueada é mais curto que o precedente

    O ritmo atrial é regular, podendo ser bradicárdico,

    com discreta irregularidade do ritmo ventricular M.J.O.F.

  • BAV do 2º Grau Mobitz tipo 2

    M.J.O.F.

  • Condução entre A e V abruptamente interrompida, sem o prolongamento

    gradual do intervalo PR até que um impulso atrial é bloqueado

    Tipicamente o intervalo PR após a onda P bloqueada é igual ao precedente

    M.J.O.F.

  • BAV do 2º Grau Avançado

    M.J.O.F.

  • BAV do 2º Grau Avançado

    M.J.O.F.

    P P P P P P

  • BAV do 2º Grau 2:1

    M.J.O.F.

  • BAV Total

    Ondas P: tamanho e formas normais

    Intervalo PR: amplamente variável

    (não reflete a condução atrioventricular)

    M.J.O.F.

  • BAV Total

    Ritmo atrial: pode ser diferente do sinusal

    Nesse caso: reconhecimento por ritmo

    ventricular lento e regular

    M.J.O.F.

  • https://doi.org/10.1016/j.jacc.2018.10.044

  • https://doi.org/10.1016/j.jacc.2018.10.044

  • Qual o modo de estimulação?

    • Os ventrículos: tem que ser estimulados

    • Átrios: se houver incompetência

    cronotrópica

    • FA: esqueça o átrio (salvo exceções como

    FA paroxística)

    • Discussão: marcapasso ou

    ressincronizador?

  • https://doi.org/10.1016/j.jacc.2018.10.044

  • E OS BLOQUEIOS DE RAMO?

    XX

  • Bloqueios de ramo

    • A princípio: não provocam bradicardia

    • Mas podem indicar distúrbio da

    condução (principalmente o BRE)

    • Novamente: entra em cena a

    possibilidade de um ressincronizador

  • https://doi.org/10.1016/j.jacc.2018.10.044

  • RISCO DE MCS

  • 10.1016/j.jacc.2017.10.054

  • Uso do CDI como prevenção de

    MCS• Pacientes em risco para MCS: poucos são os

    tratamentos farmacológicos que previnem

    • ICC: IECA, B-bloqueadores, etc...

    • DCI: comprovou redução de MCS em várias populações

    • Cuidados: tratamento completo antes do implante, buscar causas reversíveis

    • Importante em muitos casos: avaliar a expectativa de vida do paciente!

  • J Cardiovasc Electrophysiol, Vol. 12, pp. 369-381, March 2001

  • Prevenção Secundária

    • Bem estabelecido

    • Pacientes recuperados de uma parada

    cardíaca: risco de apresentar outra

    • Cardiopatias (isquêmica, chagásica),

    canalopatias

    • Nos cardiopatas: pesar o risco de morte

    não-súbita

  • 10.1016/j.jacc.2017.10.054

  • Prevenção Primária

    • Mais difícil a comprovação do benefício

    • Isquêmicos: mais bem estudados

    • Não-isquêmicos: controverso

    • Canalopatias: depende do tipo, da

    apresentação clínica, e outros fatores

    (genética?)

  • 10.1016/j.jacc.2017.10.054

  • 10.1016/j.jacc.2017.10.054

  • 10.1016/j.jacc.2017.10.054

  • ICC

  • ICC e Bloqueio de Ramo

    • Contração ventricular: ordenada com a

    condução através dos dois ramos

    simultaneamente

    • Atraso na condução: dissincronismo, que

    pode levar à dilatação

    • Estimulação biventricular: pode ajudar a

    corrigir o problema

  • ICC e Bloqueio de Ramo

    • Problema: bloqueio de ramo é comum em

    muitas cardiopatias (o que vem

    primeiro?)

    • Problema adicional no isquêmico:

    cicatriz (resposta à estimulação?)

  • European Heart Journal (2016) 37, 2129–2200

    doi:10.1093/eurheartj/ehw128

  • European Heart Journal (2016) 37, 2129–2200

    doi:10.1093/eurheartj/ehw128

  • Resumão

    • BCRE: melhor resposta

    • QRS > 150 ms.: melhor resposta

    • Cicatriz, principalmente na parede

    lateral do VE: pior resposta

    • Importante: tratamento médico ótimo

    • FA: controverso (poucos pacientes,

    condução AV pelo sistema nativo)

  • Conclusão

    • DCEI: arma importante na prática

    cardiológica moderna

    • Indicações: diretrizes que norteiam

    • Juízo clínico: muito importante na

    decisão

    • Tratamento: paciente como um todo, não

    só um exame (no caso, um eletro)