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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA JULIANE RODRIGUES DE MELO QUALIDADE DE VIDA E ASSOCIAÇÃO DO WHOQOL-BREF COM O PERFIL DOS IDOSOS BARRA DO GARÇAS MT 2019

QUALIDADE DE VIDA E ASSOCIAÇÃO DO WHOQOL-BREF COM O PERFIL DOS IDOSOS · 2019-07-21 · Para os idosos (e cuidadores), população alvo de nossa investigação, orientação, esclarecimentos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

JULIANE RODRIGUES DE MELO

QUALIDADE DE VIDA E ASSOCIAÇÃO DO WHOQOL-BREF COM O PERFIL DOS IDOSOS

BARRA DO GARÇAS – MT

2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

JULIANE RODRIGUES DE MELO

QUALIDADE DE VIDA E ASSOCIAÇÃO DO WHOQOL-BREF COM O PERFIL DOS IDOSOS

ORIENTADOR: Prof.º Dr.º Marcílio Sampaio dos Santos

Assinatura da Orientador: _______________________________________

BARRA DO GARÇAS – MT

2019

Monografia apresentada à banca examinadora do Curso de Farmácia do Campus Universitário do Araguaia/UFMT, como requisito parcial, para a obtenção do título de Bacharel em Farmácia.

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III

DEDICATÓRIA

Aos meu pais, que me deu o maior apoio, incentivo, amor, carinho e fizeram de

tudo para não me faltar nada.

A minha irmã, pois sempre esteve ao meu lado, apoiando em todas as minhas

decisões.

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IV

AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades.

Aos meu pais, Antonio Gomes e Isabel Rodrigues, pelo apoio incondicional, fizeram

de tudo para dá a melhor educação, e total incentivo.

À minha irmã Dayanne Rodrigues e minha avó Noêmia Gomes que acreditaram e me

incentivaram sempre.

Ao meu orientador Marcílio Sampaio, pelo acolhimento em seu projeto, total paciência

em construção desse trabalho e incentivo.

À Universidade Federal de Mato Grosso, e o corpo docente do curso, pela

oportunidade da graduação e contribuição para experiências acadêmicas.

Aos idosos que dedicou seu tempo e paciência para participar da pesquisa, em

finalidade de fonte de conhecimento.

Aos professores participantes da banca examinadora Karina da Silva Chaves e Flávia

Lúcia David, pelas colaborações, sugestões e o valioso tempo.

Aos amigos, em especial à equipe do projeto, Denise Dorneles, Leidiane Rezende,

Luana Arruda, Natalia Caroline, Rafaela Cristina e Thaisa Cimardi. Obrigado pelo

incentivo, suporte, e por fazerem dos meus dias ruins os de melhores risadas.

Também, Caroline Maranhão, Aleidiana de Oliveira, Rayane Campos, Klis Macleiton,

Jhulle Eveni, Andiara Luiza, Katharine Pires, Weslane Sobrinho, Lindamara Carvalho,

Claudia Polita e todos aos meus familiares que não me deixaram desistir. A vocês

deixo minha maior gratidão.

Aos meus animais de estimação, que sempre demonstraram amizade e lealdade

incondicionais, em especial Nina e Thor que já passou pela minha vida durante a

graduação, e a Lily e Mel que hoje é a alegria da casa. “Um cão é um anjo que vem

ao mundo para ensinar amor, alguns anjos não possuem asas, possuem quatro patas

e um corpo peludo. ” (Autor desconhecido)

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V

RESUMO

Objetivou-se conhecer o perfil e a qualidade de vida dos idosos em seguimento das unidades básicas de saúde. Estudo epidemiológico prospectivo, transversal de base populacional, exploratória, de caráter quantitativo, que incluiu 235 idosos, com alguma doença crônica não transmissível (DCNT), residentes na cidade de Barra do Garças – MT. Os dados foram coletados entre abril e setembro de 2017. Para coleta de dados aplicou-se quatro questionários mediante visitas domiciliares. A análise estatística foi realizada com o auxílio do pacote estatístico SPSS versão 23, adotando nível de significância de 5% (p < 0,05). O instrumento WHOQOL-Bref relacionou quatros domínios: físico, psicológico, social e ambiental. No físico obteve-se positividade nas categorias de atividade física. O psicológico influenciou na pratica de atividade física, predisposição para transtornos mentais em mulheres e correlação entre baixa escolaridade. Já os domínios ambiental e social demonstraram relação com escolaridade, pratica física e condições de saúde. É necessário a ampliação do foco de atenção aos idosos, desenvolvimento de estratégias de planejamento, implementação e melhorias de programas de promoção de saúde, assegurando melhores condições de vida de modo a possibilitar um envelhecimento saudável e qualidade de vida.

Palavras-chave: Qualidade de vida; WHOQOL-BREF, Idoso; Saúde do Idoso

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VI

ABSTRAT

The objective was to know the profile and the quality of life of the elderly in follow-up

of the basic health units. A prospective, cross - sectional, population - based,

exploratory, quantitative study that included 235 elderly individuals with some chronic

non - transmissible disease (CNCD) living in the city of Barra do Garças - MT. Data

were collected between April and September 2017. Four questionnaires were used for

data collection through home visits. Statistical analysis was performed using the

statistical package SPSS version 23, adopting a significance level of 5% (p <0.05). The

WHOQOL-Bref instrument related four domains: physical, psychological, social and

environmental. In the physical, we obtained positivity in the categories of physical

activity. Psychological factors influenced the practice of physical activity, predisposition

for mental disorders in women and correlation between low educational levels. On the

other hand, the environmental and social domains showed a relationship with

schooling, physical practice and health conditions. It is necessary to expand the focus

of attention to the elderly, develop strategies for planning, implementation and

improvements of health promotion programs, ensuring better living conditions in order

to enable healthy aging and quality of life.

Key words: quality of life; WHOQOL-BREF, elderly; health of the elderly.

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VII

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

BEP – Bem-esta psicológico

DCNT – Doenças Crônicas Não Transmissíveis

IBGE – Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística

OMS – Organização Mundial da Saúde

QV – Qualidade de Vida

SPSS - Statistical Package for the Social Sciences

SUS – Sistema Único de Saúde

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VIII

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Caracterização do perfil sócio demográfico e estilo de vida dos idosos (N =

235). .......................................................................................................................... 19

Tabela 2. Caracterização do perfil econômico dos idosos (N = 235). ....................... 21

Tabela 3. Resultado da comparação do WHOQOL-bref com o perfil dos idosos. ..... 23

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IX

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 10

2. REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................................................... 13

3. OBJETIVOS ................................................................................................................................... 16

3.1. OBJETIVO GERAL .................................................................................................................... 16

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................................... 16

4. METODOLOGIA ............................................................................................................................ 17

4.1 Análises estatísticas ................................................................................................................. 18

5. RESULTADOS ............................................................................................................................... 19

6. DISCUSSÃO ................................................................................................................................... 25

6.1 Perfil Sócio demográfico ..............................................................................................25

6.2 Escolaridade/Estado civil ........................................................................................................ 25

6.3 Prática de atividades física ..................................................................................................... 25

6.4 Religião e engajamento em grupo social ............................................................................ 26

6.5 Perfil econômico dos idosos .................................................................................................. 26

6.6 WHOQOL-bref/ perfil dos idosos ........................................................................................... 27

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................................... 30

8. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 31

9. ANEXOS ......................................................................................................................................... 36

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1. INTRODUÇÃO “Se a juventude soubesse, se a velhice pudesse”

Henri Estienne

França 1531 // 1598

Humanista

O termo qualidade de vida foi utilizada pela primeira vez pelo presidente dos

Estados Unidos, Lyndon Johnson, em 1964, que declarou que “os objetivos não

podem ser medidos através do balanço dos bancos. Eles só podem ser medidos

através da qualidade de vida que proporcionam às pessoas’’. O empenho para

desenvolver o conceito “qualidade de vida” surgiu de cientistas sociais, filosóficos e

políticos. Este termo vem sendo utilizado na medicina quanto na avaliação de

condições de saúde, quanto para avaliação subjetiva do paciente (FLECK et al.,

1999).

A dimensão “qualidade de vida” pode fornecer importantes parâmetros sobre

os aspectos pessoais e sociais, condições psicológicas, o foco é centrado no

tratamento e no processo avaliativo (HIGGINSON, 2001), o relevante e considerado

um diferencial importante – a opinião do paciente é levada em conta (WOOD-

DAUPHINEE, 1999).

A questão da qualidade de vida muitas vezes está relacionada com a saúde,

tendo este conceito englobado e podendo ser aplicado em várias situações. Apesar

de não possuir um consenso, ainda existe grande necessidade em mencionar a

qualidade de vida em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) juntou

especialistas da área da saúde para definir alguns termos como: “a percepção do

indivíduo na sua colocação de vida na situação da cultura e sistema de valores nos

quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e

preocupações” (GIL, 2018). Refere-se a conceito abstrato, complexo e que inclui

fatores positivos e negativos (FLECK, 2000).

A avaliação quanto os cuidados de saúde em uma sociedade avançada,

conectada aos meios de comunicação em multimídia é exigente quanto a qualidade

dos cuidados prestados pelos serviços de saúde. Considera-se não apenas os custos

dos serviços, mas também os benefícios de tratamentos específicos.

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Os promotores de saúde (pessoal médico em todas as áreas) estão à procura

de métodos mais amplos para avaliar os resultados do ponto de vista do paciente.

Não mais se considera os benefícios apenas em termos médicos, mas também ao

enfoque do paciente no qual se leva em conta questões como a qualidade de vida

referente à saúde (AARONSON et al.,1992).

O enfoque central ou essencial da questão é definir o que é importante para o

indivíduo, envolvendo os fatores doença, dor e cultura. Avaliar a qualidade de vida é

complicado pois a compreensão varia de pessoa a pessoa e o processo é diferente a

cada situação em particular (CARR et al., 2001).

Três aspectos foram considerados referentes ao construto qualidade de vida:

(1) subjetividade; (2) multidimensionalidade; (3) presença de dimensões positivas (ex.

mobilidade) e negatividade (ex. dor) (FLECK, 2000).

O reconhecimento da multidimensionalidade do construto foi reproduzido no

instrumento: domínio físico, domínio psicológico, nível de independência, relações

sociais, meio-ambiente e espiritualidade/religião/crenças pessoais (FLECK, 2000).

O uso de um instrumento passível de ser aplicada em culturas diferentes foi

desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), um projeto colaborativo em

15 centros resultou na elaboração do “World Health Organization Quality of Life- 100”

(WHOQOL-100; FLECK, 2000; FLECK, 1999; GROUP,1998).

O WHOQOL-100 para muitas situações não se mostrou um instrumento prático

devido à sua extensão. Uma versão menor, mais curta e de rápida aplicação, foi, então

desenvolvida, o WHOQOL-bref, cuja versão final ficou composta por 26 questões

(FLECK, 2000). Um instrumento capaz de ser utilizado tanto para populações

saudáveis como para populações acometidas por agravos e doenças crônicas

(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2006; FLECK, 2000).

Fleck (2000) esclarece que as questões do WHOQOL foram formuladas para

uma escala de respostas do tipo Likert, com uma escala de intensidade (nada –

extremamente), capacidade (nada – completamente), frequência (nunca – sempre) e

avaliação (muito insatisfeito – muito satisfeito; muito ruim – muito bom).

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A presente investigação pretende trazer esclarecimentos quanto a qualidade

de vida dos idosos com doenças crônicas não transmissíveis em seguimento de saúde

nas unidades de estratégia de saúde da família na cidade de Barra do Garças, Mato

Grosso, Centro Oeste do Brasil. Dado a importância da temática para a melhoria das

condições de atendimento a esta parcela da população e, considerando a

possibilidade de melhorias no atendimento da parte dos profissionais da saúde após

a divulgação dos achados da investigação, entendemos que se justifica todo o esforço

no presente estudo.

Para os idosos (e cuidadores), população alvo de nossa investigação,

orientação, esclarecimentos quanto aos fatores que mais impactam na qualidade de

vida dos idosos: atividades de vida diária, atividades de vida instrumental, mobilidade,

alimentação, higiene dentre outros. Fez-se também a aferição da glicemia e pressão

arterial.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

A pessoa idosa apresenta limitações quanto as condições físicas, a restrição

na capacidade para realizar as atividades do dia-a-dia, havendo ainda uma maior

vulnerabilidade das condições de saúde (ALVES, 2004 apud SPIRDUSO, 1995).

Aires (2015) afirma que o envelhecimento é caracterizado pelo declívio lento

das propriedades funcionais em níveis celulares, teciduais e orgânicas. Para Souza e

Reis (2017) o corpo da pessoa idosa está em uma fase degenerativa progressiva,

limitando-o de realizar muitas atividades do dia a dia, tornando cada vez mais incapaz.

O envelhecimento traz em si o desgaste, diminuição e o enfraquecimento nas

atividades funcionais desses idosos (FERNANDES & JULIETA CRISTINA, 2001).

Os remédios que se toma todos os dias são afetados quanto a farmacocinética

e farmacodinâmica, isso se dá em decorrência das alterações fisiológicas. As doenças

crônicas e degenerativas são comuns e, frequentemente, são utilizados muitos

medicamentos para o tratamento de suas manifestações. A maioria dos idosos

consome, pelo menos, um medicamento e cerca de um terço deles consome cinco ou

mais simultaneamente (MARTINS, 2017). O uso de vários medicamentos,

polifármacos, traz comumente interações medicamentosas e pode ser contraindicado

dado aos efeitos adversos (COLLEY, 1993).

O uso simultâneo de múltiplas drogas possibilita a interação entre elas. Essa

prática pode levar a efeitos indesejáveis ou resultados adversos, ou seja; aqueles que

não são desejados e também não esperados. O risco inerente a esta prática é a

intoxicação medicamentosa o que pode levar o idoso à internação hospitalar

(ROMANO-LIEBER, 2002).

Nos estudos avaliados por Souza & Reis (2017) a importância do trabalho na

vida dos idosos é claramente perceptível. O sentimento de se sentir útil, responsável

e produtivo numa sociedade extremamente capitalista e que valoriza a lucratividade é

detectado praticamente em todos os estudos.

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A pessoa idosa sente-se valorizada socialmente no exercício de uma atividade

produtiva. Há a percepção de permanecer ativo em contraposição à percepção de

inatividade que por sua vez está fortemente associada à incapacidade. Essa

independência de trabalho é importante para eles, pois socialmente não serão

considerados velhos e obsoletos.

A pessoa idosa sofre quando se sente dependente do auxílio de outros para

manter-se, quando se percebe que não há o reconhecimento pelo muito que se fez,

tem-se a autoestima abalada em função da inabilidade em retribuir a ajuda que os

familiares e cuidadores lhe proporcionam. Situações assim, podem levar a

insatisfação, estresse e depressão dos idosos, sendo considerada uma depressão

associada a algum sentimento negativo, por se sentirem a carga daquelas pessoas

que eles amam (CIRELLI, 1990).

Poder contribuir com a renda da família oriunda de alguma atividade laboral

contribui para a sensação de bem-estar (SOUZA & REIS, 2017). O Bem-Estar

Psicológico (BEP) é um construto baseado na teoria psicológica, agregando

conhecimentos de áreas como psicologia do desenvolvimento humano, psicologia

humanista-existencial e saúde mental, a respeito do funcionamento psicológico

positivo ou ótimo (RYFF, 1989). As dimensões do bem-estar psicológico são

convergentes com auto aceitação, relações positivas com outros, autonomia, domínio

sobre o ambiente, propósito na vida e crescimento pessoal (RYFF & SINGER, 2008;

RYFF & KEYES, 1995; RYFF,1989).

O senso de bem-estar psicológico é definido pela interação de oportunidades e

condições de vida, modo como as pessoas organizam o conhecimento sobre si e

sobre os outros. Adultos e idosos com elevado bem-estar psicológico tendem a ter um

nível mais alto de escolaridade do que adultos mal-estar psicológicos (QUEROZ et al.,

2005).

Diversos estudos têm demonstrado a convergência entre bem-estar psicológico

com a qualidade de vida, condições de saúde que refletem dimensões positivas da

saúde mental (RYFF & SINGER, 2008). Em consonância com estudos publicados por

Queroz et al. (2005), o bem-estar psicológico está alicerçado no senso de se ter ou

não qualidade de vida e crenças em um Deus.

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O bem-estar psicológico ainda apresenta convergência com o sentimento de

religiosidade presente em quase todos os idosos. De acordo com o estudo de Soares

et al. (2015) a espiritualidade dos idosos é bastante significativa. No entanto, são

pessoas com mais crenças do que esperança, ou seja, as crenças

religiosas/espirituais, a relação com a fé e com o transcendente são mais valorizadas

pelos idosos.

O Brasil está localizado no continente mais urbanizado do mundo, a América

Latina, e se configura atualmente como o País mais urbanizado da região. Dados do

último censo, realizado em 2010, indicam que 84,4% da população brasileira é urbana.

A previsão é que, em 2030, esse índice chegue a 91,1% e que, em 2050, toda a

América Latina seja 86% urbana. Mais de 90% da população brasileira viverá em

cidades no ano de 2030, segundo previsão feita pelo Programa da Organização das

Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (VALOR ECONÔMICO, 2018).

Em contexto de concentração populacional nas grandes cidades, o Brasil é

considerado um país saudável do ponto de vista da Q.V dos idosos, quando há boas

condições na mobilidade urbana por quanto o idoso precisa deslocar-se para buscar

a assistência, dentre outras necessidades. A mobilidade, a acessibilidade e a

segurança no trânsito são elementos necessários para a circulação de pessoas,

principalmente da população idosa, no espaço urbano (BARRETO, 2016).

Segundo Wright (2001), a qualidade de vida durante o envelhecimento está

fortemente ligada ao grau de mobilidade desfrutada. O termo mobilidade relaciona-se

com a condição das pessoas se deslocarem entre as diferentes zonas de uma cidade,

a qual depende dos níveis de acessibilidade aos meios de transporte e das

necessidades do próprio indivíduo. Evidencia-se que a capacidade de deslocamento

para cada indivíduo é influenciada pela idade e outras condições, sociais e

econômicas. As oportunidades de acessibilidade, está associada a disponibilidades

pelo o espaço urbano, sendo fundamental para o idoso conseguir fazer o uso dos

meios de transporte porque naturalmente tende a ter mais dificuldades para se

locomover.

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3. OBJETIVOS

3.1. OBJETIVO GERAL

Conhecer o perfil e a qualidade de vida dos idosos em seguimento das

unidades básicas de saúde na cidade de Barra do Garças através da aplicação

do WHOQOL-Bref.

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Conhecer fatores sociais, socioeconômico, demográficos dos idosos;

Verificar a qualidade de vida dos idosos.

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4. METODOLOGIA

Foi-se um estudo prospectivo, transversal de base populacional, exploratória,

de caráter quantitativo. O universo da pesquisa é composto por pessoas idosas, com

alguma doença crônica não transmissível (DCNT), residentes na cidade de Barra do

Garças, estado de Mato Grosso, com idade igual ou superior a 60 anos de ambos os

sexos nos meses de abril a setembro de 2017. A cidade de Barra do Garças tem 5.452

pessoas idosas (universo da pesquisa), segundo o censo do Tribunal Regional

Eleitoral.

A amostra (N=235) foi constituída pelas pessoas idosas acompanhados nas

quinze (15) Unidades de Saúde da Família na cidade de Barra do Garças tendo

diagnóstico médico para DCNT e suas comorbidades. A identificação dessas pessoas

deu-se através do prontuário das famílias cadastradas nas unidades de saúde. Uma

vez identificadas e de posse de seus endereços, foram visitados pelo pesquisador e

auxiliares, acompanhado pelo agente comunitário de saúde da área adscrita à

unidade de saúde. A seleção para visita domiciliar deu-se de forma aleatória

(randomização) a fim de assegurar a representatividade da amostra (N), desta forma

foi garantida que cada elemento da população tivesse exatamente a mesma

probabilidade (p) de ser selecionado (KARA, 2014).

Foi realizado pelo menos uma visita domiciliar para que as pessoas idosas

pudessem responder a 04 questionários: (1) Termo de Consentimento livre e

esclarecido; (2) – Identificação do Idoso na Unidade de Saúde da Família; (3) –

Caracterização do perfil social e demográfica; (4) - WHOQOL-bref (Anexos 5,6,7 e 8).

Esses questionários foram testados em estudos prévios e apresentaram

propriedades psicométricas satisfatórias na investigação da Q.V em idosos brasileiros

(FLECK, 1999, 2000). Os instrumentos utilizados para a coleta de dados não tiveram

necessidade de ser aplicado enquanto teste piloto porque já é validado pela

comunidade científica (WHO Quality of Life-BREF).

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Todos as pessoas idosas e familiares foram informados sobre os objetivos da

pesquisa e confidencialidade dos dados, convidados a assinar o consentimento de

participação avaliado pela Comissão de Ética em Pesquisa. Aprovada pelo Comitê de

Ética da Universidade Federal de Mato Grosso, nº CAAE: 51585115.1.000.5587,

tendo o parecer de nº 1387492.

Considerou-se os requisitos quanto a confidencialidade e sigilo das

informações, de acordo com as determinações da Resolução n.466/12 do Comitê de

Ética em Pesquisa-CEP. Os entrevistados não foram submetidos a qualquer tipo de

intervenção. Os resultados, após publicação em revistas especializadas, ficarão à

disposição dos entrevistados e das Instituições. Os dados obtidos serão utilizados

exclusivamente para este projeto e arquivados por cinco anos. Após este período,

incinerados, conforme orientação da Resolução CNS 466/1216 22.

4.1 Análises estatísticas

Os dados foram analisados com o auxílio do pacote estatístico SPSS versão

23, adotando um nível de significância de 5% (p < 0,05). A caracterização do perfil

demográfico, econômico, social foi realizado por meio de frequência absoluta (n) e

relativa (%). Para as variáveis de natureza qualitativas usou-se a estatística descritiva.

Para as variáveis quantitativas calculou-se a mediana, média, desvio padrão, mínimo

e máximo. A normalidade dos dados foi verificada utilizando o teste de Shapiro-Wilk.

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5. RESULTADOS

Observou-se que 68,1% dos idosos de ambos os sexos tinha apenas a

alfabetização, sendo constatado que 160 idosos tinha escolaridade inferior a cinco

anos, o que evidência a falta de acesso à escola. Com relação à prática de atividades

físicas predomina os idosos que não possuíam esse hábito. Mais de 90% dos idosos

possuem alguma religião, a maioria participa de algum grupo de lazer, porém 16,2%

não tem condições financeiras para exercer essas atividades ou disposição física.

(TABELA 1).

Tabela 1. Caracterização do perfil sócio demográfico e estilo de vida dos idosos (N = 235).

N %

Faixa etária

60 a 69 121 51,5

70 a 98 114 48,5

Sexo

Feminino 150 63,8

Masculino 85 36,2

Escolaridade

Alfabetizado 160 68,1

Ensino fundamental 40 17,0

Ensino médio 31 13,2

Ensino superior 4 1,7

Estado civil

Casado/Juntado 123 52,3

Divorciado 27 11,5

Solteiro 19 8,1

Viúvo 66 28,1

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Composição Família

Agregados 7 3,0

Cônjuge 70 29,8

Cônjuge/agregados 146 62,1

Mora só 12 5,1

Pratica atividade física

Não 135 57,4

Sim 100 42,6

Possui religião

Não 17 7,2

Sim 218 92,8

Participa de algum grupo

Não 88 37,4

Sim 147 62,6

Atividade de lazer

Não 38 16,2

Sim 197 83,8

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De acordo com o perfil socioeconômico desses idosos, os que não trabalham

são predominantes na amostra, isso é esperado pois a maioria é aposentada. Os

pensionistas são da ordem de dois terços. Dedicam-se às atividades de natureza

doméstica. A renda varia entre 1 a 2 salários mínimos. Constata-se que a maioria

recorre aos conjugues ou agregados quando à necessidade de ajuda. No entanto

ainda existem aqueles que não possuem nenhuma renda e não tinham a quem

recorrer na hora da precisão (TABELA 2).

Tabela 2. Caracterização do perfil econômico dos idosos (N = 235).

N %

Profissão

Agropecuária 5 2,1

Não trabalha 182 77,4

Outros 4 1,7

Profissional do comércio 19 8,1

Serviços gerais 25 10,6

É aposentado

Não 43 18,3

Sim 192 81,7

Origem da renda

Aposentadoria 186 79,1

Aposentadoria do cônjuge 4 1,7

Pensão/ajuda de familiares 11 4,7

Trabalho 26 11,1

Não tem renda 8 3,4

Renda familiar

1 salário mínimo 125 53,2

De 1 a 2 salários 95 40,4

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De 2 a 5 salários mínimos 15 6,4

A quem recorre ajuda

Agregados 165 70,2

Cônjuge 25 10,6

Cônjuge e agregados 32 13,6

Outros 13 5,5

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O domínio psicológico nos homens (62,5 ± 14,9) sobressaem-se em relação às

mulheres (57,3 ± 15,1), essa correção é positiva (p<0,05%). O nível de escolaridade

impacta positivamente (p<0,05%) nos domínios psicológico, social e meio ambiente.

Quanto maior o nível de estudo mais significativa e relevante. As atividades físicas,

desportivas são positivas e significativas (p<0,05%) praticamente para todos os

domínios, melhorando substancialmente a qualidade de vida. O mesmo pode ser

afirmado com relação à categoria saúde. A participação ou não em um grupo social

não apresentou correlação significativa (TABELA 3).

Tabela 3. Resultado da comparação do WHOQOL-bref com o perfil dos idosos.

Físico Psicológico Social Ambiente Escore total

Faixa etária* p = 0,09 p = 0,47 p = 0,09 p = 0,27 p = 0,10

60 a 69 53,0 ± 18,5 59,9 ± 15,2 53,7 ± 18,8 46,7 ± 16,8 53,3 ± 14,9

70 a 98 48,2 ± 17,5 58,4 ± 15,2 49,8 ± 18,4 44,3 ± 16,1 50,2 ± 13,6

Sexo* p = 0,21 p = 0,006 p = 0,10 p = 0,14 p = 0,05

Feminino 49,3 ± 17,7 57,3 ± 15,1 50,7 ± 18,7 44,3 ± 16,1 50,4 ± 13,9

Masculino 53,1 ± 18,7 62,5 ± 14,9 53,8 ± 18,5 47,8 ± 17,0 54,3 ± 14,9

Escolaridade** p = 0,06 p = 0,04 p = 0,007 p = 0,009 p = 0,01

Alfabetizado 51,5 ± 18,6 59,7 ± 14,8 52,9 ± 17,2 47,2 ± 15,4 52,8 ± 13,5

Ensino fundamental 46,5 ± 15,3 55,7 ± 14,0 44,4 ± 19,6 40,3 ± 14,2 46,7 ± 13,0

Ensino médio 49,4 ± 17,9 59,1 ± 18,2 54,3 ± 23,2 42,0 ± 22,0 51,2 ± 18,2

Ensino superior 71,4 ± 14,6 75,0 ± 10,2 62,5 ± 8,4 59,4 ± 14,2 67,1 ± 10,8

Estado civil** p = 0,20 p = 0,09 p = 0,47 p = 0,25 p = 0,18

Casado/Juntado 48,8 ± 16,6 58,3 ± 14,2 52,0 ± 18,1 44,0 ± 16,4 50,8 ± 13,7

Divorciado 55,4 ± 18,9 63,9 ± 15,4 54,0 ± 19,5 51,1 ± 17,1 56,1 ± 15,0

Solteiro 53,6 ± 15,1 63,2 ± 10,8 52,6 ± 13,0 46,2 ± 14,2 53,9 ± 10,0

Viúvo 51,5 ± 21,0 58,0 ± 17,7 50,3 ± 20,9 46,1 ± 16,8 51,4 ± 16,1

Pratica atividade

física* p = 0,004 p = 0,02 p = 0,02 p = 0,03 p = 0,005

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Não 47,9 ± 18,5 57,2 ± 16,1 49,8 ± 19,4 43,5 ± 16,5 49,6 ± 14,4

Sim 54,4 ± 17,0 62,0 ± 13,6 54,5 ± 17,4 48,3 ± 16,1 54,8 ± 13,8

Participa de algum

grupo* p = 0,19 p = 0,83 p = 0,79 p = 0,72 p = 0,53

Não 48,2 ± 18,3 59,1 ± 15,1 51,5 ± 19,3 44,7 ± 15,6 50,9 ± 14,0

Sim 52,2 ± 17,9 59,3 ± 15,4 52,0 ± 18,3 46,1 ± 17,0 52,4 ± 14,6

Sua saúde é** p = 0,001 p = 0,001 p = 0,001 p = 0,001 p = 0,001

Má 43,4 ± 17,6 51,6 ± 13,4 46,3 ± 18,5 38,1 ± 11,6 44,8 ± 12,8

Regular 47,4 ± 15,9 57,3 ± 13,5 49,0 ± 15,8 41,8 ± 15,5 48,9 ± 12,1

Boa 58,9 ± 16,3 65,3 ± 15,7 58,0 ± 20,7 54,6 ± 15,7 59,2 ± 14,3

Excelente 63,6 ± 30,1 70,8 ± 18,5 65,0 ± 20,3 59,4 ± 17,4 64,7 ± 17,4

Fonte: Pesquisa de campo

*Mann-Whitney; **Kruskal-Wallis

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6. DISCUSSÃO

6.1 Perfil Sócio demográfico

Na análise do perfil sócio demográficos desses idosos observou-se que a

maioria é do sexo feminino, com relevância de 63,8%, o que está de acordo com o

estudo de Fernandes (2010), que encontrou 61,5%. Esse predomínio de mulheres

pode ser levado em consideração a menor taxa de mortalidade, sendo realidade de

muitos países desenvolvidos.

A mortalidade masculina é cerca de 50% maior, levando em conta 3 mortes

masculinas para cada feminina. Essas taxas de mortalidade são resultantes por

doenças circulatórias, doenças relacionadas ao tabagismo, alcoolismo e causas

externas como morte violentas ou por acidentes (FERNANDES, 2010; LAURENTI et

al., 2005).

6.2 Escolaridade/Estado civil

A qualidade de vida e o bem-estar envolve outros aspectos além da saúde pois

é influenciada pela escolaridade e fatores relacionados. Nesta pesquisa (Tab.1) 85,1%

têm menos de 11 anos de estudos, é mulher (63.8%) e casada/juntada (52.3%).

Constata-se igualmente em uma análise no estudo de Fernandes (2010) a maioria

dos idosos pesquisados possui até quatro anos de estudo, resultando em uma

dificuldade dos entendimentos das orientações de saúde. Infere-se que quando menor

a escolaridade maior é a dificuldade na compreensão/entendimento da patologia. A

consequência dessa desinformação está na gênese de condutas de risco que podem

agravar o estado clínico das DCNTs com repercussão na qualidade de vida.

6.3 Prática de atividades física

Estudos demonstram que idosos praticantes de atividades físicas têm melhores

escores de qualidade de vida se comparados a sedentários (ALENCAR et al., 2010;

ALENCAR et al., 2009). Da população entrevistada (N=235) 57,4% não fazem

atividades física (Tab.1). A realização de atividades físicas de modo regular e habitual

pode contribuir para a melhoria na percepção de saúde e bem-estar.

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Já nos estudos de Oliveira et al. (2017) a relação ao nível de atividade física,

dos 343 idosos avaliados, 38 (11,1%) foram classificados como sedentários, enquanto

305 (88,9%) encontram-se classificados como ativos. Ao analisar a associação do

nível de atividade física com as variáveis sociodemográficas, encontrou-se uma

significativa associação apenas com a faixa etária, indicando que a menor faixa etária

(60 a 69 anos) esteve significativamente associada ao maior nível de atividade física.

Em relação aos resultados de Coelho e Burini (2009), destacou-se que a prática

de atividade física pode prevenir o surgimento precoce de doenças, auxiliar no

tratamento de diversas disfunções metabólicas e impactar positivamente na

capacidade funcional de adultos e idosos. Mas também vale ressaltar, que as

comorbidades ou limitações desses idosos afetam a capacidade da realização dessas

atividades físicas. Coelho e Burini (2009) relata benefícios na redução da adiposidade

corporal, na queda da pressão arterial, a melhoria do perfil lipídico e da sensibilidade

à insulina.

6.4 Religião e engajamento em grupo social

Evidencia-se que 92,8% (Tab.1) possuem religião e 62,6% está associado a

algum grupo social. Os indicadores de suporte social mostraram uma importante

participação da família e da comunidade no cuidado aos idosos. A família (cônjuge e

filhos), amigos e vizinhos destacam-se como os principais apoiadores sociais seguido

dos membros de grupos religiosos e grupos afins (NORIEGA et al., 2005). Monteiro

(2004) certifica que o aumento da espiritualidade na velhice é fonte importante de

suporte emocional, com impactos nas áreas da saúde física e mental. Práticas e

crenças religiosas parecem contribuir expressamente para o bem-estar na velhice.

6.5 Perfil econômico dos idosos

No exame do perfil econômico (Tab.2) constatou-se que muitos idosos eram os

principais responsáveis pela renda da família e supriam a necessidade de filhos e

netos. O fator econômico determina alguns parâmetros relacionados à saúde e

doença, tendo em vista que indivíduos que possuem uma renda mais elevada tem

mais condições de ter uma vida saudável e monitorar a saúde frequentemente, tendo

mais chances de prevenir o aparecimento de doenças e controlar as que ele já possui

(DRUMMOND, 1999).

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Quanto a origem da renda, a maior parte das respostas foi de aposentadoria

por idade (79,1%). Esse rendimento é compartilhado com toda a família

(multigeracional). Resultados aproximados foram encontrados na pesquisa de Davim

et al. (2004) onde 91% recebiam aposentadoria de 1 salário mínimo e 20% de uma

das instituições pesquisadas ressaltaram receber auxílio financeiro de familiares.

Sabe-se que a aposentadoria por idade na maioria das vezes não chega a três

salários mínimos, evidenciando que sobra pouco dinheiro para cuidar da saúde, visto

que, é o idoso que supre as necessidades do lar e quase não sobra para si próprio.

Em situação de necessidades financeiras os idosos pesquisados não conseguem

seguir adequadamente ao tratamento médico e ter uma dieta apropriada. Fica

prejudicado o autocuidado.

Neste estudo foi constatado que o perfil socioeconômico da população interfere

tanto na prevenção quanto no tratamento de doenças crônicas, pela dificuldade de

acesso à saúde, baixo grau de informação, entre outros fatores.

6.6 WHOQOL-bref/ perfil dos idosos

O questionário aplicado do WHOQOL-bref em relação ao perfil do idoso

(Tab.3), consta de quatros domínios, o físico, psicológico, social e o ambiental. Os

resultados obtidos de relevância e que mais se aproximam da realidade investigada

foram os que tiveram o valor de (p<0,05). Em outras palavras diz-se que determinado

evento tem uma chance muito pequena der ter acontecido por acaso/aleatório. E os

valores de escores totais compara-se entre as respectivas categorias.

Ao se fazer a correlação entre físico/psicológico/social e o meio ambiente com

a faixa etária não se identifica influência nenhuma, ou seja, não há impacto na

qualidade de vida dos idosos.

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Quanto ao sexo e sua associação com o domínio psicológico (p=0,006)

apresentou-se o único com relevância, expõe-se assim o maior controle do sexo

masculino quanto a este domínio. Almeida-Brasil (2017) ressalta que o sexo feminino

apresenta dificuldades quanto aos aspectos psicológicos, interfere assim negativa no

modo como vive e enfrenta as dificuldades da vida, pois apresenta uma pior percepção

da QV do que os homens. Estar associado essa menor saúde psicológica em relação

ao trabalho, sentimentos negativos, baixa autoestima e depressão (GHOLAMI et al.,

2013).

Já na escolaridade, nos domínios psicológicos, social e ambiental demostrou-

se todos com alta relevância, ou seja, o nível de instrução, estudos tem importante

repercussão na qualidade de vida, quanto maior for a escolaridade (ensino superior)

maior o impacto positivo na qualidade de vida em diferentes domínios.

Os indivíduos com baixa escolaridade apresentaram correlação negativa

quando associada aos domínios psicológico e meio-ambiente e o social. Pode-se

inferir que esses domínios são impactados negativamente a partir do baixo nível de

escolarização. Esta correlação é semelhante aos achados da presente pesquisa. Os

idosos pertencentes ao extrato social “mais baixo” demonstraram pior qualidade de

vida nos quatro domínios (PASKULIN et al., 2009).

É relevante destacar que, no Brasil, a desigualdade na distribuição de renda, o

analfabetismo, o baixo grau de escolaridade, as condições de habitação e o ambiente

precário causam impactos negativos sobre a qualidade de vida e a saúde dos

indivíduos (MINAYO et al.,2000).

O estado civil não correlacionou positivamente com os quatro domínios do

WHOQOL-Bref, ou seja, não está associada à qualidade de vida. Resultados

semelhantes foram constatados na investigação conduzida por Trentini (2004).

Na prática de atividade física todos os domínios foram significativos, isto é,

idosos que tem atividade física frequente, melhora no seu desempenho físico,

psicológico, social e até mesmo no ambiental. Pode-se asseverar melhoria no quesito

saúde.

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O estudo de Braga et al. (2011) relata que existe diversos estudos que a

capacidade funcional é um importante fator de impacto na qualidade de vida em

idosos, resultando em maior influência do domínio físico. Porém, no estudo com

idosos de Juiz De Fora - RS esse domínio não contribuiu de forma estatisticamente

significativa e apresentou boa média e nível de satisfação. Isso pode ser explicado

pelo fato de que a maioria das pessoas entrevistadas (80%) apresentava entre 60-74

anos, sendo assim, dispunham de boa capacidade funcional, não sendo possível

detectar diferenças significativas com relação a um grupo com idade mais avançada.

A capacidade para desempenhar as atividades básicas de vida diária são

pontos básicos para prolongar a independência, a capacidade funcional. A

manutenção e preservação da capacidade funcional pode ter importantes implicações

na QV, estando diretamente relacionada a desenvolver atividades cotidianas e

atividades prazerosas, intervindo no nível de satisfação (REIS et al., 2008).

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo permitiu a compreensão sobre os aspectos sócio

demográficos e socioeconômico dos idosos acompanhados nas quinze Unidades de

Saúde da Família na cidade de Barra do Garças, indicando predominância de

indivíduos do sexo feminino, com idades variando principalmente entre 60-69 anos.

Em comparação à hipótese, conclui-se que os resultados esperados foram

verdadeiros em seguimento das dificuldades que os idosos possuem em relação à

renda e baixo nível de escolaridade, no qual dificulta no entendimento de patologia

que os acomete e até mesmo no cotidiano. Em relação à qualidade de vida, o

instrumento WHOQOL-Bref evidenciou uma avaliação em quatro domínios físico,

psicológico, social e ambiental.

No físico obteve-se avaliação positiva apenas nas categorias de atividade

física com repercussão boa/positiva na saúde. Destaca-se que a maioria respondeu

que praticava alguma atividade física.

O domínio psicológico influencia positivamente para a prática de atividade

física. O sexo feminino apresenta mais predisposição para transtornos mentais.

Também há correlação entre baixa escolaridade e baixa saúde psicológica.

No que toca ao domínio ambiente e social há correlação com a escolaridade,

prática física e condições de saúde. Constata-se que o nível de escolaridade é

altamente positivo para a saúde, envolvimento com as práticas sociais na comunidade

com repercussão significativa na Q.V.

Vale enfatizar a necessidade de ampliar o foco de atenção aos idosos e

desenvolver estratégias de planejamento, implementação e melhorias de programas

de promoção de saúde do idoso, assegurando melhores condições de vida e saúde,

de modo a possibilitar um envelhecimento saudável e, consequentemente, melhorar

a QV.

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ROMANO-LIEBER, N. S. et al. Revisão dos estudos de intervenção do farmacêutico no uso de medicamentos por pacientes idosos. Cadernos de Saúde Pública, v. 18, p. 1499-1507, 2002.

RYFF, C. D. A felicidade é tudo ou é? Explorações sobre o significado do bem-estar psicológico. Jornal de personalidade e psicologia social, v. 57, n. 6, p. 1069, 1989.

RYFF, C. D.; KEYES, C. Lee M. The structure of psychological well-being revisited. Journal of personality and social psychology, v. 69, n. 4, p. 719, 1995.

RYFF, C. D.; SINGER, B. H. Know thyself and become what you are: A eudaimonic approach to psychological well-being. Journal of happiness studies, v. 9, n. 1, p. 13-39, 2008.

SALVATO, M. A.; FERREIRA, P. C. G.; DUARTE, A. J. M. O impacto da escolaridade sobre a distribuição de renda. Estudos Econômicos (São Paulo), v. 40, n. 4, p. 753-791, 2010.

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SOARES, A. de S. F.; AMORIM, M. I. S. P. L. Qualidade de vida e espiritualidade em pessoas idosas institucionalizadas. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, n. SPE2, p. 45-51, 2015.

SPIRDUSO, W. W.; FRANCIS, K. L.; MACRAE, P. G. Physical dimensions of aging. 1995.

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35

TRENTINI, C. M. Qualidade de vida em idosos. 2004.

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WHO. Quality of Life-BREF (WHOQOL-BREF). Disponível em: <https://www.who.int/substance_abuse/research_tools/whoqolbref/en/>. Acesso em: 10 de dez de 2018.

WOOD-DAUPHINEE, S. Avaliando a qualidade de vida na pesquisa clínica: de onde viemos e para onde estamos indo? Jornal de epidemiologia clínica, v. 52, n. 4, p. 355-363, 1999.

WRIGHT, C. L. (Ed.). Facilitando o transporte para todos. IDB, 2001.

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9. ANEXOS

Anexo - 1

SARCOPENIA CHECK LIST

IMC = Peso (massa corporal) Altura 2

IMC =

Velocidade da marcha (VM)

VM =

Circunferência da panturrilha (CP)

CP =

Cruz-Jentoft et al.(2010)

Instrução:

O IMC foi calculado pela razão massa corporal e estatura elevada ao quadrado,

sendo considerada a classificação da Organização Pan-Americana de Saúde.

Velocidade da marcha (VM):

A velocidade da marcha (VM) será avaliada em percurso retilíneo e plano de 06

metros. O tempo para percorrer o percurso de seis metros (ida e volta) será registrado

(s). Será considerado velocidade adequada, sem risco de quedas, 10 segundos, par

ir –fazer o giro – retornar – sentar-se.

Fonte: http://fisioterapiageriatrica3.blogspot.com.br/2014/05/avaliacao-funcional-do-

idoso-timed-up.html

Circunferência da panturrilha (CP)

A circunferência da panturrilha (CP) será mensurada com fita métrica contornando a

maior curvatura da panturrilha e será considerada valores menores que 31 cm como

indicativo de depleção de massa muscular e associação com incapacidade. (COELHO

FM, et al.,2010)

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Anexo - 2

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - CAMPUS DO ARAGUAIA

COMPROVANTE DE ENVIO DO PROJETO

Título da Pesquisa:

Fatores de Risco Associados às Doenças Cardiovasculares e Repercussão na

Qualidade de Vida em Idosos

Pesquisador: Marcílio Sampaio dos Santos

Instituição Proponente: Universidade Federal de Mato Grosso

Versão: 1 CAAE: 51585115.1.0000.5587

DADOS DO COMPROVANTE:

Número do Comprovante: 123936/2015

Patrocionador Principal: Financiamento Próprio

Endereço: Rod. MT100 Km 3,5-ICBS Bairro: Campus do Araguaia. CEP: 78.698-000

Telefone: (66)3402-1121. E-mail: [email protected]

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Anexo - 3

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA/CEP

OBTENÇÃO DO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Após o parecer favorável do CEP/CUA - Campus Universitário do Araguaia -

Universidade Federal de Mato Grosso, será apresentado pelo pesquisador

responsável, o estudo aos participantes, nas instituições coparticipantes, e após o

aceite, serão separados os grupos, e marcados data, local e horário para o

conhecimento do instrumento de coleta dos dados. Na coleta dos dados será mais

uma vez explicitado sobre o objetivo do estudo e o participante será convidado a

assinar o termo de consentimento e em seguida a responder as questões dos

questionários: escala de conformidade de pressão arterial de “Hill-Bone”, escala de

confiabilidade e validade da avaliação da escala de diabetes, escala de avaliação dos

fatores de risco Psico biológicos, Escala de avaliação aderência ao tratamento,

WHOQOL-OLD com a orientação e intervenção do pesquisador. Manterei o sigilo e a

confidencialidade dos dados, bem como zelarei pela privacidade dos participantes.

Carimbo constando nome/tel.:

____________________________________________

Marcílio Sampaio dos Santos

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Anexo - 4

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO

GROSSO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA/CEP

TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA LEVANTAMENTO DE DADOS PESQUISA

ACADÊMICA

NAS UNIDADES DE ESTRATÉGIA EM SAÚDE DA FAMÍLIA

Barra do Garças, ___ de outubro de 2015.

À Unidade de Saúde da Família:

Nome do Gestor da USF:

Eu, Marcílio Sampaio dos Santos, responsável principal pelo projeto de Pesquisa em

nível de Pós-doutoramento o qual pertence à Faculdade Medicina da Universidade

Federal de Goiás–UFG, vinculado ao Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde-

ICBS, da Universidade Federal de Mato Grosso, venho pelo presente, solicitar,

autorização da Chefia de Enfermagem/Médica da Unidade de Saúde da Família

(nome da unidade de saúde), para realizar coleta de informações para o trabalho de

pesquisa sob o título “Fatores de Risco Associados às Doenças Cardiovasculares e

Repercussão na Qualidade de Vida em Idosos”, com o objetivo “Avaliar as condições

de saúde dos idosos na atenção primária do ponto de vista cardiovascular e

metabólico”. Orientado pelo Professor (a) Dr. Celmo Celeno Porto, Médico

Cardiologista, Professor Emérito da Faculdade de Medicina da Universidade Federal

de Goiás–UFG. Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, a coleta de dados

deste projeto será iniciada, atendendo todas as solicitações administrativas,

exigências e requisitos quanto à confidencialidade e sigilo das informações, de acordo

com as determinações da Resolução n.466/12 do Comitê de Ética em Pesquisa-CEP.

Os resultados, após publicação em revistas especializadas, ficarão à disposição dos

entrevistados e das Instituições. Os dados obtidos serão utilizados exclusivamente

para este projeto e arquivados por cinco anos. Após este período, incinerados,

conforme orientação da Resolução CNS 466/12 (BRASIL, 2012). O projeto antes do

seu início será submetido ao CEP-Universidade Federal de Goiás em Goiânia e da

Universidade Federal de Mato Grosso. Contando com a autorização da Secretaria de

Saúde do município de Barra do Garças, coloco-me à disposição para qualquer

esclarecimento. Li e compreendi este termo de consentimento e todas as minhas

dúvidas foram sanadas. Estou ciente que esta Unidade de Saúde da Família receberá

os resultados desta pesquisa. Portanto, concordo e permito a coleta de informações

necessárias para o bom andamento da referida investigação acadêmica.

Barra do Garças, ____/___/____.

Assinatura: ____________________________________________

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Em caso de dúvidas, o(a) Sr.(a) poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em

Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso, campus de Barra do Garças

pelo telefone (66) 0744.

Professor Doutor Marcílio Sampaio dos Santos, telefones: (66) 3405.21.53 e (66)

8153.7640. E-mail: [email protected]

Atenciosamente,

____________________________________________

Marcílio Sampaio dos Santos

Universidade Federal de Mato Grosso

Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde

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Anexo - 5

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA/CEP

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLAREDIDO

Prezado Senhor (a),

O Senhor (a) está sendo convidado a participar como voluntário(a) em uma pesquisa.

Meu nome é Marcílio Sampaio dos Santos. Sou o pesquisador responsável, e minha

área de atuação é Enfermagem. O estudo tem como título: “Fatores de Risco

Associados às Doenças Cardiovasculares e Repercussão na Qualidade de Vida em

Idosos”, tem por objetivo “avaliar as condições de saúde dos idosos na atenção

primária do ponto de vista cardiovascular e metabólico”. Será conduzido pelo

Departamento de Medicina Comunitária e Cardiologia da Universidade Federal de

Goiás –UFG.

Como já foi dito, sua participação é voluntária. Você não tem qualquer obrigação de

participar desta pesquisa. Sua participação no estudo não trará despesas para o

Senhor (a), assim como não receberá pagamento. O (a) Sr. (a) pode perfeitamente se

recusar a participar desse estudo, ou mesmo depois de ter concordado em participar,

desistir de continuar, sem que isso atrapalhe os seus direitos de ter atendimento nas

unidades de saúde.

As perguntas poderão trazer algum constrangimento para o Senhor (a) durante a

entrevista. O estudo não trará riscos à sua integridade física. A pesquisa poderá trazer

melhorias para a qualidade de vida do idoso, pois ajudará a aumentar os

conhecimentos na área de saúde do idoso e a melhorar o cuidado prestado através

do conhecimento dos fatores relacionados à continuidade do tratamento para a

criação de grupos educativos. Além disso, durante a entrevista o Senhor (a) poderá

fazer perguntas e esclarecer suas dúvidas sobre o tratamento. Solicitamos a sua

colaboração nesta investigação para que, no futuro possamos melhorar a assistência

das pessoas com mais de 60 anos. Se for do seu interesse poderá tomar

conhecimento dos resultados ao final da pesquisa. Em qualquer situação, será

mantido sigilo absoluto quanto à sua identidade. O tempo estimado para duração da

pesquisa é de 30 minutos.

As informações deste estudo serão armazenadas em um banco de dados onde será

mantido total sigilo, o seu nome não aparecerá em nenhuma publicação e as

informações serão utilizadas apenas pelos pesquisadores, podendo ser utilizadas em

publicações para fins científicos.

Os pesquisadores que estão te abordando responderão qualquer dúvida que você

tenha sobre o assunto e que seja relacionada ao estudo.

Caso tenha algum problema ou dúvida favor entrar em contato com o Professor

Dr.Marcílio Sampaio dos Santos do Curso de Enfermagem da UFMT (66) 3405.5317

ou 7204 ou 7203 no período da manhã, Ramal: 0721 na Coordenação do Curso de

Enfermagem.

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CONSENTIMENTO

Eu _________________________R.G nº ______________________

Abaixo assinado, li e compreendi este termo de consentimento e todas as minhas

dúvidas foram sanadas. Portanto, aceito participar voluntariamente desta pesquisa

sob a responsabilidade do Professor Dr. Marcílio Sampaio dos Santos. Fui

devidamente informado e esclarecido pelo pesquisador, sobre a pesquisa, os

procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis riscos e benefícios

decorrentes de minha participação. Foi me garantido que posso retirar meu

consentimento a qualquer momento, sem que isto leve á qualquer penalidade ou

interrupção de meu acompanhamento na instituição. Em caso de dúvidas, o(a) Sr.(a)

poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

Federal de Mato Grosso-UFMT, Campus-II de Barra do Garças pelo telefone/Fax;

(66) 3401-5317.

Após a leitura do documento e esclarecida as dúvidas que julgo necessárias sobre o

estudo, declaro que concordo em participar voluntariamente do mesmo.

Barra do Garças, ____/___/2017.

___________________________________________

Ass. Participante ou acompanhante

Testemunha. __________________________________________________________

Ass. Entrevistador

Ass. do Responsável pela Pesquisa TCLE – pg. N.º _______________

Carimbo constando nome/tel.:

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Anexo - 6

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO Registro de nº _________ Pesquisador: ____________________________________________________________________ Nome do Idoso___________________________________________________________________ Idade registrada no prontuário ______ / ______ /19___ – ______ anos. (Idade atual) Endereço residencial. Rua. ___________________________________________________________________________________________ Bairro: ___________________________________________________________________________________________ Complemento do endereço:__________________________________________________________________________________ Tel. (residencial e/ou Cel.) ( ) ____________________________________________________________________________________

DIAGNÓSTICO (doença base): _______________________________________________________________________________________

Pressão Arterial: _________________________________________________________________________ Peso:__________________ Kg. Altura-1,____________centímetro. IMC=__________________________

Fatores de Risco e Doenças Associadas

FATORES DE RISCOS E DOENÇAS CONCOMITANTES: Antecedentes familiares cardiovasculares ( );

Hipertensão arterial ( ); Sedentarismo ( ); Sobrepeso/Obesidade ( ); Diabetes tipo 1 ( );. D. tipo 2 ( ); Tabagismo ( ); Etilismo ( ). PRESENÇA DE COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS: Infarto agudo do miocárdio ( ); outras coronariopatias ( );

AVC ( ); Pé diabético( );. Amputação do pé diabético ( ); Doença renal ( ). Outras, descrever:___________________________________________________________________________________. Comorbidades (processos mórbidos diretamente associados à doença de base ou não):_______________________________________________________________________________________ QUEIXAS do paciente:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ MEDICAMENTOS DE USO MAIS COMUM PRESSÃO ALTA/DIABETES: Hidrocloretizida 25 mg.( ); Propanolol 40 mg. ( ) Captopril 25 mg. ( ); Glibenclamida 5 mg. (diabetes) ( ); Metformina 850 mg (diabetes) ( ). OUTRAS MEDICAMENTOS: (nome do remédio, dosagem, vezes ao dia):________________________________________________________________________________________ EXAMES (Laboratoriais) SOLICITADOS (resultados):Glicemia: _______________mg/dl. HGT: __________________mg/dl.emjejun.Colesterol total (CT): ______________________ mg/dl. Triglicerídeos: Lipídios total= Outros exames:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________ Anotações do pesquisador:

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Anexo – 7

INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO SOCIAL EM IDOSOS

Nome do entrevistador:____________________________________________

Nome-idoso: ____________________________________________________

Endereço: Rua:__________________________________n°_________Bairro:______________________Cidade:____________Telefone: ( )_____________________

Sexo: Masc ( ) Fem ( ) Idade: ___________________ __________________

Data de nascimento: ____/_____/______.Resposta correta ( ) incorreta ( )

Escolaridade: Analfabeto ( ) Alfabetizado ( ) Grau de instrução: ___________

Estado Civil: Solteiro(a) ( ) Casado(a)/juntado(a) ( ) Divorciado(a) ( ) Desquitado(a) ( ) Viúvo(a) ( )

Qual a composição de sua família (pode marcar mais de uma opção):

Esposo/ marido/ companheiro(a) ( ); Filhos(as)/ genros /noras ( );

Netos(as) ( ) Irmãos(ãs) / cunhados(as) ( )

Tios (as) ( ) Sobrinhos(as) ( )

Outra (descreva)_________________________________________________

Trabalha: Sim ( ) Não ( )

Se sim. Em que? _______________________________________________________________

Se não trabalha: é aposentado? Sim ( ) Não ( )

Qual a atividade que exercia antes de parar de trabalhar? _________________

Qual a origem da sua renda: (permite mais de uma alternativa)

Aposentadoria por idade / Funrural ( ) Aposentadoria por tempo de serviço ( )

Aposentadoria por doença / invalidez ( ) Pensão ( )

Poupança ( ) Aluguéis ( )

Aplicação financeira ( ) Ajuda de familiares ( )

Não sabe ( )

Outra (descreva):____________________________________________

Renda mensal:

Até 1 salário mínimo ( ) De 1 a 2 salários ( ) De 2 a 3 salários ( )

De 3 a 4 salários ( ). De 4 a 5 salários ( ) + de 5 salários ( )

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Você diria que sua saúde é?

Excelente ( ) Boa ( ) Regular ( ) Má ( ) Não sabe informar ( )

Porque classifica a sua saúde dessa forma?__________________________________________________________

Possui alguma doença? Sim ( ) Não ( ) Se sim. Quais? _______________________________________________________________

Sente dor em alguma parte do corpo? Sim ( ) Não ( )

Se sim. Onde? _______________________________________________________________

Características da dor? _______________________________________________________________

Faz uso de alguma prótese? Ocular ( ) Auditiva ( ) Ortopédica ( ) Outras ( ) Quais?__________________________________________________________

Toma algum medicamento prescrito pelo médico? Sim ( ) Não ( ) Se sim. Quais e para quê? _______________________________________________________________

Faz uso de automedicação? Sim ( ) Não ( ) Se sim. Quais e para quê?

_______________________________________________________________

Quando você precisa de ajuda a quem procura?

Conjugue ( ) Filhos ( ) Netos ( ) Vizinhos ( ) Amigos ( ) Outros ( ) Quem? _______________________________________________________________

Participa de grupos (religioso, na UBS, no clube etc)? Sim ( ) Não ( ) Se sim Quais? _______________________________________________________________

Como você ocupa seu tempo? (lazer) _______________________________________________________________

O Senhor(a) faz alguma atividade física?

( ) Sim ( ) Não

Se, SIM quais:

( ) Caminhadas ( ) Ginástica ( )

( ) Fisioterapia ( ) Hidroginástica

( ) Baile ( ) Outra. Descreva:

_______________________________________________________________

Como utiliza o seu tempo? (Permite até 3 alternativas, numerando por ordem de importância)

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( ) Não faz nada ( ) Realiza atividades domésticas

( ) Realiza trabalhos manuais (croché, tricô, desenho, pintura, bordado, jardinagem e outros)

( ) Assiste TV ( ) Conversar com amigos

( ) Jogos ( ) Ouve rádio/ música

( ) Leitura de livros, revistas, jornais ( ) Outras opções. Descrever:

_______________________________________________________________

Como você se sente atualmente em relação a: Própria a própria vida:________

_______________________________________________________________

Família:_________________________________________________________

Comunidade:_____________________________________________________

Serviços de saúde:________________________________________________

Possui alguma religião?

( ) Sim ( ) Não

Se a pergunta anterior for SIM: Qual a sua religião?

( ) Católica ( ) Evangélica

( ) Espírita ( ) Outra (descrever)

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Anexo - 8

Instrumento de Avaliação de Qualidade de Vida

The World Health Organization Quality of Life – WHOQOL-bref

Instruções

Este questionário é sobre como você se sente a respeito de sua qualidade de vida, saúde e

outras áreas de sua vida. Por favor responda a todas as questões. Se você não tem certeza

sobre que resposta dar em uma questão, por favor, escolha entre as alternativas a que lhe

parece mais apropriada.

Esta, muitas vezes, poderá ser sua primeira escolha. Por favor, tenha em mente seus valores,

aspirações, prazeres e preocupações. Nós estamos perguntando o que você acha de sua vida,

tomando como como referência as duas últimas semanas. Por exemplo, pensando nas últimas

duas semanas, uma questão poderia ser:

Nada Muito

pouco Médio Muito Completamente

Você recebe dos outros o apoio de que

necessita? 1 2 3 4 5

Você deve circular o número que melhor corresponde ao quanto você recebe dos outros o apoio de

que necessita nestas últimas duas semanas. Portanto, você deve circular o número 4 se você

recebeu "muito" apoio como abaixo.

Nada Muito

pouco Médio Muito Completamente

Você recebe dos outros o apoio de que

necessita? 1 2 3 5

Você deve circular o número 1 se você não recebeu "nada" de apoio. Por favor, leia cada questão,

veja o que você acha e circule no número e lhe parece a melhor resposta.

Muito ruim Ruim Nem ruim nem

boa Boa Muito boa

1

Como você avaliaria

sua qualidade de

vida?

1 2 3 4 5

Muito

insatisfeito Insatisfeito

Nem satisfeito

nem insatisfeito Satisfeito

Muito

satisfeito

2

Quão satisfeito(a)

você está com a sua

saúde?

1 2 3 4 5

As questões seguintes são sobre o quanto você tem sentido algumas coisas nas últimas duas

semanas.

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Nada Muito

pouco

Mais ou

menos Bastante Extremamente

3

Em que medida você acha que sua

dor (física) impede você de fazer o

que você precisa?

1 2 3 4 5

4

O quanto você precisa de algum

tratamento médico para levar sua

vida diária?

1 2 3 4 5

5 O quanto você aproveita a vida? 1 2 3 4 5

6 Em que medida você acha que a sua

vida tem sentido? 1 2 3 4 5

7 O quanto você consegue se

concentrar? 1 2 3 4 5

8 Quão seguro(a) você se sente em sua

vida diária? 1 2 3 4 5

9

Quão saudável é o seu ambiente

físico (clima, barulho, poluição,

atrativos)?

1 2 3 4 5

As questões seguintes perguntam sobre quão completamente você tem sentido ou é capaz de fazer

certas coisas nestas últimas duas semanas.

Nada Muito

pouco Médio Muito Completamente

10 Você tem energia suficiente para seu

dia-a- dia? 1 2 3 4 5

11 Você é capaz de aceitar sua aparência

física? 1 2 3 4 5

12 Você tem dinheiro suficiente para

satisfazer suas necessidades? 1 2 3 4 5

13

Quão disponíveis para você estão as

informações que precisa no seu dia-a-

dia?

1 2 3 4 5

14 Em que medida você tem oportunidades

de atividade de lazer? 1 2 3 4 5

As questões seguintes perguntam sobre quão bem ou satisfeito você se sentiu a respeito de vários

aspectos de sua vida nas últimas duas semanas.

Muito ruim Ruim Nem ruim

nem bom Bom

Muito

bom

15 Quão bem você é capaz

de se locomover? 1 2 3 4 5

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Muito

insatisfeito Insatisfeito

Nem

satisfeito

nem

insatisfeito

Satisfeito Muito

satisfeito

16 Quão satisfeito(a) você

está com o seu sono? 1 2 3 4 5

17

Quão satisfeito(a) você

está com sua capacidade

de desempenhar as

atividades do seu dia-a-

dia?

1 2 3 4 5

18

Quão satisfeito(a) você

está com sua capacidade

para o trabalho?

1 2 3 4 5

19 Quão satisfeito(a) você

está consigo mesmo? 1 2 3 4 5

20

Quão satisfeito(a) você

está com suas relações

pessoais (amigos,

parentes, conhecidos,

colegas)?

1 2 3 4 5

21

Quão satisfeito(a) você

está com sua vida

sexual?

1 2 3 4 5

22

Quão satisfeito(a) você

está com

o apoio que você recebe

de seus amigos?

1 2 3 4 5

23

Quão satisfeito(a) você

está com

as condições do local

onde mora?

1 2 3 4 5

24

Quão satisfeito(a) você

está com o

seu acesso aos serviços

de saúde?

1 2 3 4 5

25

Quão satisfeito(a) você

está com

o seu meio de

transporte?

1 2 3 4 5

A questão seguinte refere-se a com que freqüência você sentiu ou experimentou certas coisas nas

últimas duas semanas.

Nunca Algumas

vezes Frequentemente

Muito

frequentemente Sempre

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26

Com que freqüência

você tem sentimentos

negativos tais como mau

humor, desespero,

ansiedade, depressão?

1 2 3 4 5

Alguém lhe ajudou a preencher este questionário?

.....................................................................................................

Quanto tempo você levou para preencher este questionário?

......................................................................................................

Você tem algum comentário sobre o questionário?

.......................................................................................................

OBRIGADO PELA SUA COLABORAÇÃO.

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Anexo - 9