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Por diversas razões, que a própria razão desconhece, Vera Cruz consegue cativar pessoas. Encantá-las. Seja em quem é nascido ou crescido por aqui, ou quem criou laços pelo convívio. O Coral Municipal de Vera Cruz tem o poder de emocionar as pessoas onde quer que esteja, e isso não é novidade para ninguém. A troca de energia do público com quem se apresenta cria uma conexão que fica até difícil descrever. A música tam- bém tocou o coração de dois co- ralistas e os uniu. Juliana Müller é vale-solense, já foi soberana, inclusive. Cantava no coral de lá quando o regente Carmo Gre- gory insistiu que precisava de sua voz no grupo vera-cruzense. Ela acreditou que no coro mais experiente poderia aperfeiçoar seu talento e apostou, há cerca de 15 anos. Gerson Nyland é de Santa Cruz e há 10 anos aceitou o con- vite do regente para se inserir no grupo de Vera Cruz. Naquela época, aconteciam os ensaios para as festividades dos 40 anos dos Canarinhos do São Luís, que foi um coral infantil do qual fez parte na década de 70, e em que Carmo era o regente e maestro. Quando a música toca o coração A música aproximou Gerson e Juliana, que se conheceram graças ao Coral de Vera Cruz “Mesmo bastante atarefado e com três filhos pequenos em casa, aceitei o convite e acabei ficando, porque o nível, a quali- dade do coral e principalmente do repertório exigem bastante dos cantores e isso desafia cada um a aprender cada vez mais a arte do canto.” Foi no Coral de Vera Cruz que Juliana e Gerson se conhe- ceram e se tornaram amigos. Foi por causa do coral que eles acabaram se aproximando, junto dos demais coralistas que apoiaram quando Gerson viveu o drama de perder pre- cocemente a esposa. O auxílio, o carinho, a presença fizeram com que o sentimento de amizade se transformasse e há cerca de cin- co anos eles dividem os ensaios no coral, a casa e o trabalho. Juliana passou a transmitir todo o amor aos filhos de Gerson e o sentimento que os conectou acaba se fortalecendo dia a dia. O baixo e a soprano compar- tilham hobbies e a paixão pela música fez com que consideras- sem o coral a segunda família. E reconhecem: talvez jamais teriam se conhecido se não fosse esta união de vozes nascida para emocionar que leva o nome de Coral Municipal de Vera Cruz. E é assim que o apego por Vera Cruz se torna inevitável. O povo acolhedor, que admira e reconhece a potência do Co- ral Municipal, faz com que os integrantes se sintam em casa. “Muitos que não conhecem, ouvem e se emocionam. Aqui nos sentimos bem recebidos, acolhidos, reconhecidos. Vera Cruz tem um povo que encanta e um coral que emociona”, frisa Juliana. “Também posso dizer que o olhar de admiração, de emoção e de encanto das pes- soas que assistem as apresen- tações nos dá a real noção do quanto nosso grupo consegue tocar o coração das pessoas, pois esta é a verdadeira missão de um artista que recebe este dom de Deus”, completa Gerson, que ao lado da companheira já teve a oportunidade de fazer solo em uma canção, Clareana. “Um coração... De mel de melão... De sim e de não... É feito um bichi- nho...No sol de manhã...Novelo de lã... No ventre da mãe... Bate um coração... De Clara, Ana... E quem mais chegar... Água, terra, fogo e ar.”

Quando a música toca o coração - Sizingadmv2.sizing.com.br/projetos/arauto/images/PagMat/Pag...povo acolhedor, que admira e reconhece a potência do Co-ral Municipal, faz com que

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Por diversas razões, que a própria razão desconhece, Vera Cruz consegue cativar pessoas. Encantá-las. Seja em quem é nascido ou crescido por aqui, ou quem criou laços pelo convívio. O Coral Municipal de Vera Cruz tem o poder de emocionar as pessoas onde quer que esteja, e isso não é novidade para ninguém. A troca de energia do público com quem se apresenta cria uma conexão que fica até difícil descrever. A música tam-bém tocou o coração de dois co-ralistas e os uniu. Juliana Müller é vale-solense, já foi soberana, inclusive. Cantava no coral de lá quando o regente Carmo Gre-gory insistiu que precisava de sua voz no grupo vera-cruzense. Ela acreditou que no coro mais experiente poderia aperfeiçoar seu talento e apostou, há cerca de 15 anos.

Gerson Nyland é de Santa Cruz e há 10 anos aceitou o con-vite do regente para se inserir no grupo de Vera Cruz. Naquela época, aconteciam os ensaios para as festividades dos 40 anos dos Canarinhos do São Luís, que foi um coral infantil do qual fez parte na década de 70, e em que Carmo era o regente e maestro.

Quando a música toca o coração

A música aproximou Gerson e Juliana, que se conheceram graças ao Coral de Vera Cruz

“Mesmo bastante atarefado e com três filhos pequenos em casa, aceitei o convite e acabei ficando, porque o nível, a quali-dade do coral e principalmente do repertório exigem bastante dos cantores e isso desafia cada um a aprender cada vez mais a arte do canto.”

Foi no Coral de Vera Cruz que Juliana e Gerson se conhe-ceram e se tornaram amigos. Foi por causa do coral que eles acabaram se aproximando, junto dos demais coralistas que apoiaram quando Gerson viveu o drama de perder pre-cocemente a esposa. O auxílio, o carinho, a presença fizeram com que o sentimento de amizade se transformasse e há cerca de cin-co anos eles dividem os ensaios no coral, a casa e o trabalho. Juliana passou a transmitir todo o amor aos filhos de Gerson e o sentimento que os conectou acaba se fortalecendo dia a dia.

O baixo e a soprano compar-tilham hobbies e a paixão pela música fez com que consideras-sem o coral a segunda família. E reconhecem: talvez jamais teriam se conhecido se não fosse esta união de vozes nascida para emocionar que leva o nome de

Coral Municipal de Vera Cruz. E é assim que o apego por Vera Cruz se torna inevitável. O povo acolhedor, que admira e reconhece a potência do Co-ral Municipal, faz com que os integrantes se sintam em casa. “Muitos que não conhecem, ouvem e se emocionam. Aqui nos sentimos bem recebidos, acolhidos, reconhecidos. Vera

Cruz tem um povo que encanta e um coral que emociona”, frisa Juliana. “Também posso dizer que o olhar de admiração, de emoção e de encanto das pes-soas que assistem as apresen-tações nos dá a real noção do quanto nosso grupo consegue tocar o coração das pessoas, pois esta é a verdadeira missão de um artista que recebe este dom

de Deus”, completa Gerson, que ao lado da companheira já teve a oportunidade de fazer solo em uma canção, Clareana. “Um coração... De mel de melão... De sim e de não... É feito um bichi-nho...No sol de manhã...Novelo de lã... No ventre da mãe... Bate um coração... De Clara, Ana... E quem mais chegar... Água, terra, fogo e ar.”