ARAUTO | Sexta-feira, 8 de junho de 2018 03

Um brinde à qualidade

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Que a cerveja é uma paixão nacional, todos sabem e ninguém duvida. E que a cerveja ar-tesanal está ganhando cada vez mais aprecia-dores - e empreendedores - também. A “brin-cadeira” dos primos Tiago Souza e Anderson Souza começou em 2014 e já virou negócio de gente graúda. A Souza’s Bier, nome dado para a cervejaria familiar, acaba de conquistar duas medalhas no 13º Encontro Nacional das Acer-vas de todo Brasil, realizado de 31 de maio a 3 de junho, em Belo Horizonte, Minas Gerais. A prata foi para o estilo Kölsch (cerveja de estilo alemã, mais refrescante, mais clara, de corpo leve) e a bronze no estilo Stout (cerveja mais escura, traz um sabor e corpo mais maltado, lembra malte torrado, chocolate, café). O em-preendimento que começou como hobby, em 2015 se tornou coisa séria. De tão séria que a meta dos primos, que passaram a fazer cur-sos e buscar novas técnicas para aprimorar as receitas, é estar com a microcervejaria pronta em 2019.

As duas medalhas conquistadas no concurso nacional vêm para atestar a qualidade já sabo-reada pelos paladares vera-cruzenses. “Serve como um reconhecimento e um estímulo a cada vez tentar fazer melhor e buscar mais conhe-cimento”, declara Tiago. Em Belo Horizonte, as cervejas da Souza’s Bier concorreram com mais de 600 amostras de todo país. A Kölsch, por exemplo, de estilo leve, é considerada mais complicada e difícil de premiar, “pois sendo uma cerveja leve ela é mais fácil de apresentar falhas. Como ela premiou, quer dizer que ela foi redondinha, perfeita”, orgulha-se Tiago. Já a Stout, confessa o cervejeiro, estava um

ano guardada para o festival. “Pois este estilo, quanto mais tempo maturando, melhor”, revela Tiago. Os primos inscreveram um terceiro esti-lo, uma Erbal Vegetable. É um experimento da dupla de empreendedores: uma cerveja de erva mate e hortelã. “Essa receita estou esperando as opiniões dos juízes para ver onde posso me-lhorar para o próximo ano, quem sabe, trazer mais uma medalha”, revela Tiago.

CRESCIMENTOTiago estava lá, em Belo Horizonte, quando

ouviu o nome da Souza’s Bier ser anunciado entre os medalhistas. Anderson fi cou na cidade e mais tarde pode compartilhar da felicidade pelo reconhecimento. A cada ano, atesta ele, a cervejaria tem dobrado a produção. De dois mil litros ao mês em 2017, a meta que deve ser atin-gida em 2018 é de quatro mil litros ao mês, para o público vera-cruzense, exclusivamente. Com pés fi rmes em Vera Cruz, os primos acreditam que as medalhas no concurso nacional devem ampliar ainda mais a divulgação da marca que já conquistou o público local. E deve ir além. Os cervejeiros são presença confi rmada na Feira da Produção, em novembro, e no mês seguinte já possuem agendada a 1ª Festa da Cerveja de Vera Cruz, nos dias 7 e 8 de dezembro, no giná-sio do Parque de Eventos. Na ocasião vai rolar o concurso de cerveja de panela, que vai contar, além da avaliação técnica, com a divulgação daquela que for a preferida pelo gosto popular. Serão dois dias de música, cervejarias da região e muita festa para celebrar este mercado em expansão - o das cervejas artesanais e especiais - e promover Vera Cruz, a terra escolhida pela Souza’s Bier para nascer, crescer e permanecer.

Vera Cruz em fotos aéreas. E como cresceu!

FOI NOTÍCIA HÁ 30 ANOS

Edição de aniversário é sempre comemora-tiva. No dia 7 de junho de 1988, a manchete do Vera-cruzense tratou da inaugu-ração da Central de Alimentos, chamada popularmente de Vaca Mecânica. Na mesma edição, dois especiais foram encartados: um em alusão ao aniversário de 29 anos de Vera Cruz, e outro sobre a gestão do prefeito Guido Hoff.

Foto aérea de 1988

Foto aérea de 1995

Foto aérea de 2015