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1 Quarta-feira, 09.06.10 Pensamento do dia “Leva tempo para alguém ser bem sucedido porque o êxito não é mais do que a recompensa natural pelo tempo gasto em fazer algo direito.” Joseph Ross CLIPPING Veja os destaques de hoje: 1. Morre aos 84 anos Antônio Poteiro 2. Abertura do 12º Fica na cidade de Goiás 3. Entrevista com Raquel Rodrigues 4. Artigo: “A importância de Alcides Rodrigues e o futuro de Goiás” ____________________________ A dúvida é: Ele tem muito respeito pelo ou para com o adversário? A resposta é: Ele tem muito respeito pelo adversário. Usar uma preposição já exige cuidados, que dirá usar duas!!! Quem tem respeito tem respeito por alguém ou por alguma coisa. Em geral, a combinação “para com” é desnecessária e pedante: “Ele não teve consideração para com Itamar”. Basta: “Ele não teve consideração com Itamar”. Exemplo semelhante é a tal história de “chutar por sobre a trave”. Ou “chutou sobre a trave” ou “por cima da trave”. Fonte: Dicas do prof. Sérgio Nogueira, no site: g1.globo.com

Quarta-feira, 09.06 - sgc.goias.gov.br · “Meu pai trabalhou muito e viajou por dezenas de países, mas nunca deixou de se preocupar com a família”, afirma o filho Américo Batista

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Quarta-feira, 09.06.10

Pensamento do dia

“Leva tempo para alguém ser bem sucedido porque o êxito não é mais do que a recompensa natural pelo tempo gasto em fazer algo direito.”

Joseph Ross

CLIPPING Veja os destaques de hoje: 1. Morre aos 84 anos Antônio Poteiro 2. Abertura do 12º Fica na cidade de Goiás 3. Entrevista com Raquel Rodrigues 4. Artigo: “A importância de Alcides Rodrigues e o futuro de Goiás”

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A dúvida é: Ele tem muito respeito pelo ou para com o adversário?

A resposta é: Ele tem muito respeito pelo adversário.

Usar uma preposição já exige cuidados, que dirá usar duas!!! Quem tem respeito tem respeito por alguém ou por alguma coisa. Em geral, a combinação “para com” é desnecessária e pedante: “Ele não teve consideração para com Itamar”. Basta: “Ele não teve consideração com Itamar”. Exemplo semelhante é a tal história de “chutar por sobre a trave”. Ou “chutou sobre a trave” ou “por cima da trave”.

Fonte: Dicas do prof. Sérgio Nogueira, no site: g1.globo.com

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Jornal Diário da Manhã, Editoria de Cidades - 09.06.10

Adeus ao mestre Poteiro Brasil perde um de seus principais artistas. Escultor, ceramista e primitivista morre em Goiânia aos 84 anos vítima de infecção generalizada

Ivair Lima O artista plástico Antônio Poteiro faleceu ontem em Goiânia. Nascido em Portugal, na Aldeia de Santa Cristina da Pousa, e batizado como Antônio Batista de Souza, veio com o destino traçado: ser brasileiro, goiano e artista de inegável relevância para o Estado. Mas os deuses das artes foram caprichosos com Poteiro. Determinaram que apenas aos 51 anos de idade entraria para o universo das formas e cores. Antes, seguindo tradição de família, foi fabricante de potes. Poteiro faleceu aos 84 anos. Vítima de infecção generalizada, estava internado há 10 dias no Hospital Jardim América, na Capital. O corpo foi velado no Cemitério Jardim das Palmeiras, por onde passaram familiares, amigos e artistas o dia todo, e sepultado às 19 horas. O escultor, pintor e ceramista Antônio Poteiro veio para Goiânia em 1955. Foi um artista construído com talento, perseverança e apoios. Por incentivo dos escritores e folcloristas Regina Lacerda e Bariani Ortêncio, começou a produzir cerâmica artística. O pintor Siron Franco deu tinta e pincéis a Poteiro e o convenceu a pintar. Por décadas, Poteiro foi um dos nomes mais conhecidos e respeitados das artes plásticas goianas. Em sua longa e produtiva vida, expôs quadros e esculturas em pelo menos em 40 países. Em 25 deles, esteve pessoalmente. PX Silveira, amigo do artista e autor da biografia Poteiro na Primeira Pessoa, o avalia como o maior artista primitivo do Brasil. “Há muito tempo ele extrapolou a estante das artes plásticas goianas. É conhecido em todo o País e expôs muito no exterior, mais do que Siron Franco. Tanto que, em mais de 30 encontros, para colher os depoimentos, deixamos as viagens de fora. Era uma de suas maiores alegrias expor no exterior. Tínhamos o projeto de fazer outro livro só sobre as viagens.”

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PX diz que era uma força da natureza. “É uma artista original, que na sua fragilidade, já idoso, conservava uma energia impressionante para o trabalho artístico. Aquela figura, com a imensa barba branca, a camisa sempre aberta, calçado de sandálias simples, carregava uma bagagem de sabedoria artística.” PX conta que o jeitão simples como se apresentava levou Poteiro a ser barrado em uma exposição de suas próprias obras na Alemanha. “Ele já estava indo embora quando o embaixador brasileiro chegou. Mas só concordou entrar se nada fosse feito contra o porteiro.” A emoção dos amigos O artista plástico J. Júnior considera Poteiro um dos pilares das artes plásticas goianas. “Ele deu nova amplitude, valorizou o trabalho artístico. Tudo com uma simplicidade verdadeira. Não tinha um traço de arrogância. Recebia premiações com humildade. Era conhecido em todo o Brasi e fora também. Vi quadros de Poteiro em galerias importantes. Não dá para dimensionar o tamanho da perda que sua morte representa para Goiás.” Amaury Menezes, pintor consagrado e estudioso das artes plásticas goianas, se emociou muito com a morte Poteiro, com que teve estreitos laços de amizade. “Conhecia Poteiro desde 1968. Trabalhamos juntos para criar a Feira de Arte, hoje Feira Hippie. Ele fazia potes e começou a adornar as peças com figuras. Não foi nada estudado, foi algo espontâneo.” Para Amaury, Poteiro e Siron Franco são os nomes mais expressivos das artes plásticas goianas. “Goiás perde seu mais importante artista primitivo e eu perco uma amizade de 50 anos. Poteiro é, talvez, o único primitivo autêntico do Brasil. Seguramente, Poteiro e Siron estão entre os mais importantes artistas brasileiros. Não tem um crítico de arte ou jornalista especializado que não os coloque entre os melhores.” Amaury também destaca a projeção internacional de Poteiro. Diz que ele é mais reconhecido no exterior do que no Brasil. O escritor Geraldo Coelho Vaz, amigo de longa data de Poteiro, diz que o mundo perdeu, com a morte de Antônio Poteiro, um artista marcado pelo trabalho e a coerência. “Eu presava muito. Acompanhei a carreira desde o início. Seu trabalho agradava todos. Do intelectual sofisticado às pessoas mais simples. Tinha autenticidade. Conseguiu respeito em Goiás, no Brasil inteiro e no exterior.” O também escritor Aidenor Aires avalia que a aceitação da arte de Poteiro por todos os públicos tem explicação: “Ele abriu uma janela para o inconsciente coletivo. Até a figura física de Poteiro é emblemática. Era o Merlin Caboclo. O mágico que enfeitiçava o barro. Ele trazia a terra, a tradição ibérica e nossa goiana cultura mais profunda para a pintura e as esculturas. Deve vir daí essa identificação.” Luiz de Aquino, prosador e poeta sensível, diz que Goiás perdeu um pouco da alegria. “Antônio Poteiro nasceu em Portugal, mas era brasileiríssimo, goianíssimo, irreverente e feliz ao seu modo, irônico e imprevisível. Sua ausência deixa um vazio, e a culpa é dele”.

Dedicação intensa à arte e amor eterno à família “Meu pai trabalhou muito e viajou por dezenas de países, mas nunca deixou de se preocupar com a família”, afirma o filho Américo Batista Antônio Poteiro teve nove filhos, seis já falecidos, 11 netos e quatro bisnetos. O filho Américo Batista, que segue seus passos como escultor, diz que o pai trabalhou muito, viajou por dezenas de países, mas nunca deixou de se preocupar com a família. “Ele preservou um acervo, desde o início da carreira. Temos obras de todas as fases. Queria deixar algo para a família. Foi pai e avô dedicado, muito voltado aos familiares”. Américo, que sempre acompanhou o pai, revela que ele tentou trabalhar mesmo

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depois de muito doente e só parou quando sucessivas infecções o obrigaram a internações frequentes. Valdir Batista, também filho, diz que Poteiro foi amigo e companheiro. “Tenho orgulho de dizer que sou filho de Antônio Poteiro. Ele foi um pai que fez tudo que pôde pelos filhos. Já internado, me disse que tinha cumprido sua missão e que não voltaria mais vivo para casa, mas que partia feliz porque deixava os filhos bem”. Valdir se emocionou muito ao falar do pai. “Quando o visitei no hospital, no domingo, ele perguntou pelos netos. Voltou a dizer que deixava a família em harmonia. Meu pai se foi, mas não será esquecido. Nem por mim, nem por Goiás, nem pelo Brasil. Ele conseguiu o respeito pelos seu trabalho.” O neto Antônio Batista de Souza Neto, economista, afirma que o avô soube separar muito bem trabalho artístico de convivência familiar. “Desde criança o vi trabalhando com barro e pintura. Ele encontrava tempo para brincar comigo, contar histórias. E nunca o vi como artista. O vi como avô e sou apaixonado por ele. Muitos vezes, cheguei em casas onde havia quadros de meu avô e não disse que era seu neto. Quando ficam sabendo, as pessoas mudam o tratamento”, conta. A neta Lucélia Ferreira Batista, analista de recursos humanos, afirma que a grandeza de Poteiro foi ser um avô perfeito. “Ele foi muito presente em minha vida. Sempre nos estimulou a buscar nosso caminho. Veio de uma situação de muita pobreza, cresceu, mas nunca perdeu a raiz.”, destaca.

Padre lembra as festas de aniversário

Catherine Moraes Antes do enterro de Antônio Potero, foi celebrada uma missa pelo padre César Garcia. Durante a celebração, alguns artistas prestaram homenagens ao artista. O padre relembrou das festas de aniversário que Poteiro fazia de cinco em cinco anos para, segundo ele, retardar seu envelhecimento. O cantor Fernando Perillo cantou músicas durante a celebração, uma delas feita há sete anos, por ele, em homenagem ao artista plástico. Sobre o caixão estava o que, segundo os amigos, era sua paixão, uma bandeira do Atlético Goianiense. “Queremos que ele parta em paz e faça sua arte no

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Reino de Deus”, disse Serjão, diretor do Atlético. No fim da missa, as pessoas se reuniram em volta do caixão para se despedir. O enterro aconteceu por volta das 19 horas. O senador Marconi Perillo (PSDB), que havia acabado de chegar, ajudou a carregar o caixão até o túmulo. A missa de sétimo dia será celebrada na próxima segunda (14), às 20 horas, na Igreja Nossa Senhora das Graças, no Centro. Homenagem no Senado e na Câmara O senador Marconi Perillo (PSDB) lamentou, em plenário ontem, a morte do artista plástico Antônio Poteiro. Marconi ressaltou a importância das obras, telas e esculturas em cerâmica feitas por Poteiro, “que tão bem levou o nome de Goiás para todo o mundo”. Segundo o senador, Poteiro era “um dos maiores pintores primitivistas do Brasil e uma pessoa humana extraordinária. Simples, humilde e muito sensível. A morte de Poteiro é uma perda sem tamanho.” “O Brasil perde um grande talento nas artes plásticas. E eu, em particular, perdi um grande amigo”, afirma. Pelo Twitter, Marconi também homenageou o artista plástico e lembrou que várias das obras fazem parte do seu acervo pessoal. Num outro momento, o senador lembrou que uma tela de Poteiro ilustrou o material de divulgação do 3º Fica (Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental), em 2001. Deputada Iris A deputada Iris de Araújo fez ontem na Câmara Federal homenagem a Antônio Poteiro. Ela subiu à tribuna da Casa e pediu um minuto de silêncio para reverenciar a memória do artista português que escolheu Goiânia para morar e produzir a vasta obra que ganhou o Brasil e o mundo. Iris de Araújo afirma que Poteiro projetou o nome de Goiás com sua arte genuína e pura, com sua pintura primitiva que ganhou reconhecimento nacional e internacional. Ela também filho fez questão de destacar “o grande ser humano, dono de um coração que irradiava bondade e que nos dava seguidos exemplos de humildade”. PX Silveira, especialista em arte púbica, sonha com um Museu Poteiro, onde as obras do artista possam ser reunidas e preservadas. “Ele era muito precupado em deixar os bens divididos igualmente entre os três filhos. Os herdeiros têm o direito de dispor dos quadros como quiserem, mas acho que é possível separar uma parte para um Museu Poteiro”, opina. Se depender do filho Américo, o museu está garantido. Ele informa que Poteiro produziu entre 5 e 6 mil obras. Destas, 100 foram mantidas como reserva da família. “Meu pai preservou esse acervo”, explica. “Uma possível solução seria a aquisição por parte de órgãos oficiais ou empresas para a constituição do museu. Se isso não for feito, as obras acabarão sendo dispersadas.” Antônio Poteiro foi homenageado em sessão especial na Assembleia Legislativa em 18 de maio do ano passado. A iniciativa foi do deputado Thiago Peixoto (PMDB). Poteiro recebeu a Medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira, a mais alta comenda do parlamento goiano. "Poteiro era dono de um coração que irradiava bondade e humildade” Iris de Araújo, deputada federal "Podemos fazer um museu com as obras. Ele merece essa homenagem” PX Silveira, especialista em arte "A obra dele agradava a todos os públicos. Tinha autenticidade e beleza” Geraldo Coelho Vaz, escritor

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"Ele abriu uma janela para o insconsciente coletivo. Mágico do barro” Aidenor Aires, escritor "Com sua obra, Poteiro levou o nome de Goiás para todo o mundo” Marconi Perillo, senador do PSDB "Era ao seu modo sensível, irônico, goianíssimo e imprevisível” Luiz de Aquino, poeta "Poteiro é o único primitivo autêntico do Brasil. Era uma amizade de 50 anos” Amaury Menezes, pintor "Perdemos uma grande referência na arte goiana e brasileira” Alcides Rodrigues, governador do Estado

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Amigos se despedem de Antônio Poteiro Artista plástico morreu aos 84 anos de infecção generalizada Wanessa Rodrigues e Flávia Moreno O artista plástico Antônio Poteiro, de 84 anos, considerado o maior pintor primitivo do Brasil, morreu na madrugada de ontem vítima de infecção generalizada, segundo informou a família. Poteiro estava, há um ano, com um problema de dilatação da bexiga e, há dez dias, foi internado com quadro de pneumonia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Jardim América, onde sofreu duas arritmias cardíacas. O corpo foi velado durante todo o dia de ontem no Cemitério das Palmeiras e enterrado por volta das 19 horas no mesmo local. Um dos 11 netos de Poteiro, Antônio Batista de Souza Neto, conta que o avô estava há cerca de um ano sem pintar, justamente por conta dos problemas de saúde que enfrentava. Ele diz que o avô, após iniciar tratamento médico, mudou-se para a casa de do filho Américo, que é escultor. Segundo Antônio Neto, Poteiro tentou continuar pintando, porém não conseguiu. “Meu pai (Américo) estendia o tecido na tela para que ele pintasse, mas ele não teve condições de continuar. No início, meu avô ficou triste por não pintar, mas passou”, conta. Antônio Neto diz que a dor da família é muito grande e que eles não perderam um artista, mas um pai e um avô carinhoso. “Nunca o vi como um artista e sim como um avô que sou apaixonado”, diz. Poteiro teve três filhos e ficou viúvo há mais de dez anos, segundo informa o neto. Ele também tinha 11 netos e quatro bisnetos. Um dos filhos do artista, Américo Batista de Souza Neto, 56, conta que o pai era muito trabalhador e que o reconhecimento que conquistou ao longo de sua história foi marcado por muita luta. Para ele, o pai deixará muita saudade. “Ele era um ótimo pai. Um exemplo de simplicidade.” O único irmão do pintor, Evaristo Batista, 82, morava há 15 anos com Poteiro e afirma que ele era uma ótima pessoa. “Meu irmão era muito carinhoso, meigo e simples. Um

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excelente irmão”. Para Fábio Rassi, 53, amigo do artista há mais de 30 anos, Antônio era uma pessoa que sempre tinha sabedoria e ensinamento. “Com sua sabedoria e jeito brincalhão, ele experimentou o sucesso e reconhecimento e, não perdeu o jeito simples e fraterno com as pessoas.” Velório

Centenas de pessoas entre amigos, familiares, admiradores e artistas, como o cantor Pádua, o produtor cultural PX Silveira e o escritor Bariani Ortêncio, deram o último adeus ao pintor. No fim da tarde, o governador do Estado de Goiás, Alcides Rodrigues, chegou acompanhado da esposa, Raquel Rodrigues, para prestar homenagem a Poteiro. “Essa é uma grande perda para todos nós, pois ele contribuiu muito, com seu trabalho, para a cultura e a arte”, destacou ele. Também estiveram no local os prefeitos de Goiânia e Aparecida de Goiânia, Paulo Garcia e Maguito Vilela, os senador Demóstenes Torres e Marconi Perillo, o deputado federal Ronaldo Caiado e o ex-prefeito da capital, Iris Rezende Machado, entre outras autoridades.

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Português de alma goiana

Natural de Santa Cristina da Pousa, Província do Minho, em Portugal, Antônio Batista de Souza, o Poteiro, veio para o Brasil com apenas dois anos de idade. De uma família de ceramistas, Antônio Poteiro, que era autodidata, começou a pintar em 1972 e a expor em 1976 em exposições individuais e coletivas, tanto no Brasil quanto no exterior. Seu trabalho é conhecido em mais de 40 países, exposto em museus, galerias e em recintos de colecionadores. O artista residia em Goiânia, onde localiza-se o seu Atelier. O escritor e amigo de Poteiro, Bariani Ortêncio, relata que o artista veio para a Capital do Estado incentivado por ele e morou em sua fazenda. “Eu o trouxe para cá e na época era chamado Antônio Português, e por fazer os potes, começou a ser chamado de Poteiro.” Quem descobriu o talento do pintor foram os artistas Regina Lacerda e Ciron Franco. “Eles pediram para que ele fizesse uma escultura, e ele disse que fazia coisas muito feias e Regina respondeu: quanto mais feio, mais bonito eu acho”, descreve Bariani. E desde então, ele se tornou um ícone para as artes goianas e referência nacional.

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Jornal O Hoje, Capa - 09.06.10

Alcides abre 12ª edição do Fica na cidade de Goiás

O governador Alcides Rodrigues abriu ontem, na cidade de Goiás, a 12ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica). “Como trata de um tema de

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suma importância para toda a humanidade, o festival tinha mesmo de dar certo”, disse o governador.

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Jornal O Hoje, Editoria de Cidades - 09.06.10

Alcides abre 12ª edição do Fica na Cidade de Goiás O governador Alcides Rodrigues abriu ontem a 12ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), que homenageia, em exposição no Palácio Conde dos Arcos, na cidade de Goiás, o artista plástico Octo Marques. Para Alcides, o Fica se consolidou como um grande evento regional, nacional e internacional. “Como trata de um tema de suma importância para toda a humanidade, o meio ambiente, o festival tinha mesmo de dar certo, ainda mais com a participação de artistas tão qualificados”, destacou. “O Fica se aprimorou durante os anos e, pela sua magnitude, certamente quem for eleito governador em 3 de outubro dará continuidade ao festival”, afirmou. O governador chegou acompanhado do pré-candidato a governador Vanderlan Cardoso (PR), do prefeito da cidade de Goiás, Márcio Caiado (PP), e dos desembargadores Norival Santomé e Paulo Teles, presidente do Tribunal de Justiça. Vanderlan garantiu que, se eleito, o Fica terá mais quatro anos de execução garantidos. “O festival é uma forma espetacular de despertar as pessoas para a questão do meio ambiente. Trata-se de uma iniciativa que não pode ser interrompida por nenhum governante”, afirmou o ex-prefeito de Senador Canedo. “Tenho um carinho muito especial por questões relativas ao meio ambiente”, completou. A presidenta da Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel), Linda Monteiro, disse que o Fica adquiriu tamanho prestígio que foi incluído no Fórum Internacional de Festivais de Cinema. “Hoje temos até dificuldade na inscrição, já que há um enorme número de cineastas e ambientalistas querendo participar. Mas a seleção dos participantes é imprescindível”, afirmou. “Sinto-me muito honrada de concluir meu trabalho no governo com a edição do 12º Fica”, disse. Artistas, populares, turistas e políticos lotaram o Teatro São Joaquim, onde foi feita a abertura do festival. (Da Redação)

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Site de Notícias: www.noticiasdegoias.go.gov.br - 09.06.10

Governador diz que Fica está mundialmente consolidado

(foto: Carlos Alexandre) A abertura oficial do XII Fica aconteceu ontem à noite no Cine Teatro São Joaquim na cidade de Goiás. Na ocasião, o governador Alcides Rodrigues destacou que considera o maior festival ambiental da América Latina como uma iniciativa enfim consolidada, após ganhar novos contornos e dimensão em seu governo. Ele lembrou que a partir de 2007 o evento, ao contrário de anos anteriores, ganhou um novo direcionamento ao adotar ações ambientais e também ao firmar como foco principal o cinema, em vez de grandes shows. Em seu discurso, o governador lembrou que enfim o Fica contempla a nova ordem mundial de desenvolvimento sustentável, trabalhando as questões ambientais através da diversidade e multiciplidade da linguagem do cinema. Ele também lamentou a morte do artista plástico Antônio Poteiro, ocorrida ontem em Goiânia. Além do governador, prestigiaram também o evento a primeira-dama e presidente da OVG Raquel Rodrigues; a presidente da Agepel Linda Monteiro; o vice-governador Ademir Menezes; o presidente do Tribunal de Justiça Paulo Telles, e a Secretária de Articulação Institucional do Ministério do Meio Ambiente, Samira Crespo, que na ocasião representou a ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira.

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Revista Costume - Abril / 10

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Jornal Diário da Manhã, Editoria de Opinião - 09.06.10

A importância de Alcides Rodrigues e o futuro de Goiás “O teste decisivo de um líder é que ele deixa por trás dele em outros homens a convicção e a vontade de continuar.” Walter Lippmann Neste ano o Estado do Rio de Janeiro foi afiançado com o investment grade. Este rótulo é uma espécie de designação oferecida por agências internacionais que, em termos simplistas, diz mais ou menos assim: “caro investidor, pode colocar seu dinheiro ali, pois o governo é responsável, e a economia é promissora”. No Brasil também é chamado de “grau de investimento”, e já foi um objetivo a ser auferido, abrindo espaço para que os Estados pleiteassem o mesmo expediente. O Rio de Janeiro foi o primeiro a atingir as metas impostas pelas instituições que fazem a avaliação e, por isso, tem agora melhores e maiores perspectivas de crescimento em curto prazo. Essa estratégia, apesar de parecer sofisticada demais para nossa compreensão regional, se torna uma ideia muito interessante se pensarmos que pode ser uma alternativa efetiva diante da guerra fiscal entre os Estados. Atualmente, para se atrair grandes empresas, os governos dos Estados têm de lançar mão de incentivos e benefícios fiscais que supram as necessidades imediatas de subsídio dos empresários. Isto, praticamente, leva os gestores públicos a estabelecer a mesma estratégia,

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anulando-se mutuamente. Tendo o grau de investimento como diferencial, a verdade é que os governos substituiriam aos poucos a renúncia fiscal de médio e longo prazo pela diminuição significativa das incertezas locais, atraindo investimentos internacionais de qualidade, além de poder atrair maiores recursos para a construção de infraestrutura. Se o governo federal alcançou o investiment grade para o País, e o governo do Rio de Janeiro idem, por que não se pensar que o Estado de Goiás, com sua economia pujante e um governo responsável, também não possa se beneficiar de tal recurso? Nos últimos anos, o governador Alcides Rodrigues, mesmo não tendo essa possibilidade como meta, apontou precisamente o Estado para o caminho da responsabilidade financeira e fiscal, como foi atestado pela própria Caixa Econômica Federal (que disponibilizou R$ 284 milhões para investimento em infraestrutura) neste ano, pavimentando um futuro que deverá, certamente, ser muito promissor. Pode-se dizer que, ao resolver o problema da dívida da Celg, o governo goiano estará totalmente livre para pleitear recursos novos a serem destinados à manutenção, reconstrução e construção da infraestrutura da região, constituindo um pólo real e imediato de oportunidades. Apesar de não ambicionar o investment grade, Alcides Rodrigues dirigiu seu governo para ele. De fato, em Goiás, existem muitas questões sociais, econômicas e políticas a serem resolvidas antes de se almejar títulos internacionais tão sólidos. Neste governo houve realmente um empenho considerável para se realizar a manutenção e a recuperação de estradas importantes do Estado, mantendo uma estrutura básica para que toda a produção goiana pudesse ser satisfatoriamente escoada. No mínimo pode-se dizer que o governo Alcides Rodrigues, mesmo limitado em seus recursos, esforçou-se responsavelmente para sustentar o desenvolvimento goiano. Fez um papel heroico que merece reconhecimento público. E dizemos isto porque sabemos que o trabalho de comunicação deste governo está muito aquém de suas realizações, talvez refletindo a personalidade humilde de um governador que trata o cidadão com uma simplicidade invejável. Podemos dizer sem medo de errar que fosse a sua assessoria de comunicação mais histriônica como são as de vários políticos deste Estado e teria um marketing inigualável a seu dispor. De qualquer maneira, devemos acreditar que o próximo governador, seja ele quem for, beneficiando-se de saúde financeira e de crédito alcançados, deverá moldar os próximos orçamentos dando ênfase à ampliação da infraestrutura econômica e social, e dar continuação à formação de um círculo virtuoso regional. Os esforços nos últimos anos geraram benefícios inquestionáveis para a sociedade, como a construção da barragem do Ribeirão João Leite, por exemplo, que assegurará o abastecimento de água tratada para a região metropolitana de Goiânia pelo menos até 2025, satisfazendo a demanda de 100 por cento da população. Para se ter uma ideia da importância desta obra, é relevante dizer que tal investimento fará com que a Grande Goiânia seja a primeira capital do Brasil a atender toda a população com água tratada e coleta de esgoto sanitário. Neste mesmo caminho temos também a revitalização do Rio Meia Ponte que poderá ser uma realidade a partir da conclusão da primeira fase da Estação de Tratamento de Esgoto de Goiânia. Além do que, em outro exemplo similar, verificamos investimentos de R$ 117 bilhões nas obras do Sistema Produtor de Corumbá, estrutura que expandirá o abastecimento de água das cidades do Entorno sul de Brasília. Veja bem que estes são uns poucos exemplos de obras que dependem especialmente de continuidade imediata, não podendo o próximo governador do Estado se desvencilhar desta responsabilidade para priorizar questões secundárias. Assim como não poderá se arredar do dever de dar prosseguimento aos investimentos necessários

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nos setores da saúde, educação e moradia. Quanto aos programas de moradia, Alcides Rodrigues, com o forte apoio do governo Lula, realizou tantas obras de construção de casas para pessoas de baixa renda quanto foi possível (são incontáveis), além de efetivar a regularização fundiária de milhares de imóveis em todo o Estado. Talvez a Agehab nunca tenha trabalhado tanto durante um governo, em função do aumento da qualidade de vida dos cidadãos, quanto neste. É bom lembrar também que, na área da saúde, o governador Alcides Rodrigues quando assumiu sua gestão prestou grande serviço ao dar continuidade ao admirável Programa Saúde da Família, que acompanha famílias carentes através de equipes formadas por médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde. Este governo construiu ainda os hospitais de urgência em Anápolis e Aparecida de Goiânia, o Hospital Regional de Trindade, além de 49 unidades ambulatoriais 24 horas, instaladas em 42 municípios, e da reforma de diversos hospitais públicos na Capital. Sabendo-se da importância de descentralizar o atendimento, que próximo governador “esqueceria” de destinar parcela expressiva de recursos para a edificação de novos hospitais regionais? Acredito que nenhum dos candidatos atuais teria o despautério de se omitir frente a tal demanda. Quanto à educação, ressaltamos que algumas iniciativas do governo Alcides Rodrigues foram muito importantes, mas, com certeza, será preciso se fazer mais. Vimos que nos últimos anos foram colocados em prática o Programa Acelera Goiás, destinado ao aluno em defasagem na escola, atendendo cerca de 190 mil jovens e adolescentes, e o Programa da Escola de Tempo Integral, que instituiu escolas nas quais os alunos permanecem o dia inteiro, onde são bem alimentados e contam com orientadores que auxiliam no cumprimento das tarefas passadas pelos professores. Em nível superior, através do Programa Bolsa Universitária, vimos também que foram concedidas milhares de bolsas, a um custo significativo para o Estado. Entretanto, para dar um salto real de qualidade e eficiência na formação de recursos humanos qualificados, o próximo governo precisará não somente dar sequência a esses programas como instituir urgentemente novos conceitos de qualificação para o trabalho, ou não teremos condições de absorver no futuro investimentos privados que exijam maior sofisticação educacional e profissional de seus trabalhadores. Os programas da rede de proteção social do governo goiano também precisam ser considerados no próximo governo, mas com novos incrementos positivos, é lógico. Observamos que o governo Alcides Rodrigues, ao complementar os programas do governo Lula, tem ajudado a estabelecer uma base de bem-estar social respeitável. O Programa Renda Cidadã combinado com o Bolsa Família abrangem hoje mais de 200 mil famílias carentes, com transferências de renda mensais destinadas à compra de alimentos e gás de cozinha. Isto é formidável, pois inibe a formação de novos bolsões de pobreza no Estado, mas não pode ser considerado como sendo uma saída para os cidadãos que se utilizam do benefício. É preciso, portanto, estabelecer programas que efetivamente dêem condições para o trabalhador se emancipar e se desenvolver como pessoa humana e como profissional. Qualquer que seja o próximo governador terá que lidar com isso com primazia. Enfim, enquanto ainda não podemos aspirar deferências como o investment grade, nós goianos esperamos um novo governador que tenha a responsabilidade financeira, política, social e econômica como norteadora para a sua gestão. Hoje, com todas as oportunidades que estão na mesa, não podemos esperar algo menor do que isto. Djalma Araújo é vereador e primeiro secretário da Câmara Municipal de Goiânia

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