2
QUEIMADA GALEGA 13 . outubro . 2017 ... 10:10h sala de professores ESAS QUEIMADA GALEGA Sabe como se prepara? Pote O recipiente é importante, quanto mais não seja para contribuir para a teatralidade do momento. Escolha um recipiente de barro ou de metal que resista à queima do bagaço no seu interiorquanto mais tosco melhor! Bagaço O bagaço é fundamental, é a sua queima que vai originar o licor final da Queimada Galega. Escolha um bagaço de qualidade, feito a parr de mosto das uvas e sobretu- doforte. Açúcar Deve ser amarelo, em quandades genero- sas, adiciona-se ao bagaço. 200 gramas por cada litro. Citrinos Podem ser limões ou laranjas, devem ser frescos, pardos em quatro partes e adicio- nados à mistura de bagaço e açúcar. Grãos de café Quando todos os ingredientes esverem juntos no pote, basta adicionar alguns grãos de café não moídos. Depois de todos os ingredientes no pote, chegou o momento de incendiar o bagaço, a mistura deverá arder durante vários minutos por forma a queimar o álcool, caramelizar e misturar os sabores. Mexer a poção com fre- quência é fundamentalbem como recitar o esconjuro com toda a convicção.

QUEIMADA GALEGAdos povos da Galiza e Norte de Portugal. Há quem ligue o ritual ao dia dos mortos e quem estabeleça relações entre a Queimada Galega e algumas tradições eltas

  • Upload
    others

  • View
    6

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • QUEIMADA GALEGA 13 . outubro . 2017 ... 10:10h

    sala de professores ESAS

    QUEIMADA GALEGA Sabe como se prepara? Pote O recipiente é importante, quanto mais não seja para contribuir para a teatralidade do momento. Escolha um recipiente de barro ou de metal que resista à queima do bagaço no seu interior… quanto mais tosco melhor! Bagaço O bagaço é fundamental, é a sua queima que vai originar o licor final da Queimada Galega. Escolha um bagaço de qualidade, feito a partir de mosto das uvas e sobretu-do… forte. Açúcar Deve ser amarelo, em quantidades genero-sas, adiciona-se ao bagaço. 200 gramas por cada litro. Citrinos Podem ser limões ou laranjas, devem ser frescos, partidos em quatro partes e adicio-nados à mistura de bagaço e açúcar. Grãos de café Quando todos os ingredientes estiverem juntos no pote, basta adicionar alguns grãos de café não moídos. Depois de todos os ingredientes no pote, chegou o momento de incendiar o bagaço, a mistura deverá arder durante vários minutos por forma a queimar o álcool, caramelizar e misturar os sabores. Mexer a poção com fre-quência é fundamental… bem como recitar o esconjuro com toda a convicção.

  • Lenda A Galícia é uma região ao norte de Espanha na qual predomina uma forte influência Cel-ta. O povo celta era pagão, ou seja, baseava-se nas forças da Terra para conduzir a vida e os seus meios de sobrevivência. Acredita-vam na proteção de diversos deuses, todos atuantes sob os auspícios da Grande Mãe. Um dos principais deuses celtas é Dagda, o deus da abundância. E é ele o condutor do ritual da Queimada, pois, é ele quem carre-ga os quatro atributos notáveis: o “caldeirão da abundância”, que protege a colheita e, por consequência, o alimento, e também garante a boa passagem dos mortos à vida espiritual; a “moca”, uma poderosa arma que é constituída por dois lados, um que mata e outro que ressuscita; a “harpa “que contém a melodia de todos os sons; e a “roda, o círculo cósmico da espiral do apoca-lipse. Os celtas, acreditando no poder deste Deus, através dos seus sacerdotes, os Druidas, cri-aram uma festa como forma de pacto com Dagda, que protegeria o povo dos males que poderia acometê-lo, caso o Deus fosse desa-gradado. Foi criada, então, a cada fim de ano, a festa de Samain, na qual todas as pessoas saíam de sua casa e apagavam todas as fontes de luz a fim de permitir aos Anaon (os mortos) visitar os familiares. Para isso, misturavam em um grande caldeirão as bebidas mais fortes e os frutos mais doces. Ferviam-nos até que atingisse a consistência de um licor – chamado “queimada”, o qual bebiam até não aguentarem. Este ritual era celebrado com música e dança. Ao amanhecer, acorda-vam e levavam consigo uma brasa incandes-cente provinda do resto da fogueira da festa e que era usada para reacender os braseiros e velas que iluminavam as casa. O esconjuro consistia em glorificar Dagda e pedir que eliminasse os efeitos nocivos dos Anaon. Na Galiza, a data é comemorada todos os anos, simbolizando a manutenção da abundância nos meses de inverno com a “brasa” trazida dos meses de verão. Nas províncias do Minho e Trás-os-Montes, nomeadamente, em Montalegre a queima-da assume um papel de destaque, na sexta-feira, 13.

    Tradições que ecoam do passado Ninguém sabe ao certo qual a origem do ri-tual da Queimada Galega, sabe-se que é uma tradição centenária ou mesmo milenar dos povos da Galiza e Norte de Portugal. Há quem ligue o ritual ao dia dos mortos e quem estabeleça relações entre a Queimada Galega e algumas tradições Celtas. Na Borealis apenas sabemos que funciona para reunir os amigos, viajantes e explorado-res, que nos inspira para continuar a apren-der sobre as tradições e a origem da nossa cultura. Antes de beber, levantamos os copos e brin-damos à “boa vida Borealis”… http://borealis.pt/queimada-galega-os-preciosos-ingredientes

    QUEIMADA GALEGA