Morro Da Queimada Seculo XX

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    1/38

    Grupo de Histria

    Kleverson Teodoro Lima

    Luiz Alberto Sales Vieira

    Myriam Bahia Lopes (Coordenao)

    MORRO DA QUEIMADA:SCULO XX.

    1. Morro da Queimada no sculo XX................................................................. 02

    2. Espao de memria, novas ocupaes, conflitos e projetos 02

    3. Consideraes Finais......................................................................................... 21

    4. Referncias bibliogrficas................................................................................ 23

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    2/38

    2

    1. Morro da Queimada no sculo XX

    No sculo XIX e parte do XX o cenrio urbano do Morro da Queimada e da Serra de

    Ouro Preto descrito como um espao de baixa ocupao, lavras abandonadas e

    terrenos devolutos.1A partir da dcada de 1960, no entanto, influenciado pela tendncia

    de crescimento dos centros urbanos, inicia-se um processo desordenado de ocupao

    nessa regio, que ser responsvel, entre outros, pelo desaparecimento de grande parte

    das antigas estruturas de minerao e moradia da serra. Os novos contigentes de

    moradores, a fim de construrem as suas residncias, adotaram a prtica de desmontar

    parte das runas e aproveit-las na montagem dos alicerces, muros e paredes.

    Falta de reconhecimento do valor das runas por parte dos habitantes e dos

    administradores? Ineficincia dos poderes pblicos e da sociedade civil? Partindo dessas

    questes esse estudo busca identificar o lugar do stio arqueolgico Morro da

    Queimada e de reas prximas em alguns projetos desenvolvidos em Ouro Preto no

    sculo XX. A partir de quando o stio passou a fazer parte dos discursos de preservao?

    Que tipo de intervenes foram realizadas nesse espao? Em que momento a

    depredao das runas passou a sensibilizar parte da sociedade civil? Quais os planos

    atuais para a conservao desse espao? Esse estudo de caso nos aproxima de uma

    questo importante, o ato simblico do tombamento que destaca socialmente um bem

    ou um conjunto de bens, apenas a ponta do iceberg da poltica de patrimnio cultural.

    Aps o tombamento se inicia uma srie de desafios constantes.

    2. Espao de memria, novas ocupaes, conflitos e projetos.

    Durante a primeira metade do sculo XX, a sede de Ouro Preto apresenta uma tendnciade queda do nmero de habitantes. O cenrio urbano constitudo em suas fases colonial

    e imperial, passa de ultrapassado como era classificado pelos mudancistas nos

    oitocentos para a condio de Monumento Nacional. Essa transformao se apia em

    vrias projees sobre tradio e identidade. O espao torna-se um laboratrio para

    a cidade monumento no qual se desenrola o complexo jogo entre o alcance e os limites

    das polticas de preservao do patrimnio cultural e da ao de seus habitantes. Ouro

    1Ler o artigoMorro da Queimada no sculo XIXdisponvel no site do Projeto de Implantao do ParqueArqueolgico Morro da Queimada.

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    3/38

    3

    Preto passa a mimetizar Minas e o Brasil, construindo com a contemporaneidade uma

    difcil tarefa de permanecer e ao mesmo tempo se atualizar fsica e simbolicamente.

    FIG.1. Ouro Preto Vista parcial da cidade. 1927Autor: Luiz FontanaFonte: Acervo fotogrfico do Ncleo de Mentalidade e Memria - IFAC / UFOP.

    No campo demogrfico podemos perceber essa tendncia de queda de habitantes a partir

    da comparao entre os dados da sede e do municpio de Ouro Preto em 1890 e 1920. O

    Annuario Estatistico publicado em 1921, indica que em 1890 (sete anos antes da

    mudana da capital) o municpio contava com 59.219habitantes e a sede 17.857.Trs

    dcadas depois, o nmero para o municpio era de 51.136 moradores e para a sede

    11.857. Como alguns pesquisadores, feito Rodrigo Meniconi (2000), indicam que cerca

    de 45% da populao migraram nos anos seguintes mudana da capital, a diferena de

    6.000 habitantes (34%) expressa pelo Annuario demonstra que, mesmo que

    prosseguisse a tendncia de diminuio de sua populao, a sede absorveu novas levas

    de moradores aps a fase do intenso abandono. Parte desse novo contigente, como

    ocorreu com os estudantes da Escola de Minas ou com as famlias que viviam nos

    distritos prximos, passou a ocupar os antigos edifcios negociados, abandonados ou em

    estado de arruinamento.

    Nos morros da Serra de Ouro Preto a pequena ocupao durante a primeira metade dos

    novecentos pode ser visualizada em trs documentos:Memoria e planta sobre as lavras

    aurferas dos Tassaras e arredores feitos pelos engenheiros Clodomiro de Oliveira e

    Francisco Mariano Ribeiro;ndice das provises de aforamentossolicitados entre 1900

    Rua ConselheiroQuintilhano

    Igreja de Santa Efignia

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    4/38

    4

    e 1961, elaborado por Helenice Afonso de Oliveira (2002); e o Livro de lanamentos

    dos Impostos Territorial e Predial (1942-1965).2

    A pedido da Cmara, os engenheiros Clodomiro de Oliveira e Francisco Ribeiro

    fizeram, em 1903, a medio e discriminao de todos os terrenos compreendidos na

    zona levantada nas proximidades do Morro da Piedade. Entre a Rua Maciel (atual

    Conselheiro Quintilhiano) e o Taquaral, em meio aos terrenos abandonados ou

    devolutos, eles identificaram 68 proprietrios; no Morro da Piedade e na rea cortada

    pela Estrada para Antnio Pereira foram listados somente 6 proprietrios, entre eles

    os terrenos das desativadas Lavras dos Tassaras. Percebe-se, portanto, que nessa parte

    da Serra de Ouro Preto houve uma tendncia de concentrao dos moradores nos pontos

    tradicionais menos elevados, como nas proximidades da Rua Conselheiro Quintilhiano

    (FIG.1).3Acreditamos que essa tendncia tornou-se evidente a partir da segunda metade

    do sculo XIX, devido ao arrefecimento das lavras e da vida urbana nesses morros.

    Os 734 pedidos de aforamentosencaminhados Cmara de Ouro Preto entre 1900 e

    1961, referentes regularizao de lotes na sede, ratificam essa baixa ocupao dos

    morros (Oliveira: 2002). Desses, somente 12relacionam-se a proprietrios de terrenos

    no Morro da Queimada, listados abaixo:

    Termo de Aforamento em favor do Sr. Jos do Patrocinio Andrade,terreno situado noMorro da Queimada na freguesia de Antnio Dias, onde existiu um casa pertencenteaos herdeiros do Demetrio Coelho Netto, o qual mede 165m de frente e tem as divisasseguintes: faz frente com o Morro da Quiemada, divide-se por um lado com estradaque vai ter a Antnio Pereira, at os terrenos pertencentes aos herdeiros doCoronel Pedro Teixeira da Motta, por outro lado e pelos fundos com um vallo(grifo nosso). Em 31 de janeiro de 1917. Fls.140 e 141.

    Termo de Aforamento em favor do Sr. Maral Feliciano Ferreira, terreno situado noMorro da Queimada, dividindo-se: pela frente para a ponte Jos Vieira, com 30m, porum lado para a Igreja de Santa Efignia, com 60m, de outro lado com caminho do

    Morro de Santana, com 40m, de outro lado denominado Cata, com 40m. em 7 deoutubro de 1946. Fl.15 (grifo nosso)..

    Termo de Aforamento em favor do Sr. Antnio Pereira de Souza, terreno situado noMorro da Queimada, com rea de 15m de frente por 7m de fundos, dividindo-se: frentecom terreno de Luiz do Esprito Santo, fundos com terrenos devolutos e estrada derodagem que vai para o distrito de Antnio Pereira (grifo nosso). Em 26 denovembro de 1946.

    Termo de Aforamento em favor do Sr. Joaquim Santana, terreno situado a rua doMorro da Queimada, com rea 12m de frente por 12m de fundos, dividindo-se: frente

    2

    Esses trs documentos fazem parte do acervo do Arquivo Pblico Municipal de Ouro Preto.3 A ocupao de residncias ao longo da Rua Conselheiro Quintiliano, que d acesso estrada paraMariana via Distroto de Passagem, uma herana dos sculos XVIII e XIX.

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    5/38

    5

    com terreno devoluto, fundos com terrenos devolutos, direito com terreno de JosTeixeira de Carvalho, e esquerda com um beco que vai ao Alto da Cruz (grifo nosso).Em 22 de julho de 1955. Fl.93.

    Termo de Aforamento em favor do Sr. lvaro Gomes de Souza, terreno situado ruado Morro da Queimada, com rea de 8m de frente por 50m de fundos, dividindo-se:

    frente com estrada que vai a Antnio Pereira,fundos com terrenos do requerente, eherdeiros de B. Assuno, direita com terrenos do requerente e esquerda com terrenosde Bernardo Assuno. Fl.94v (grifo nosso)..

    Termo de Aforamento em favor do Sr. Raimundo de Queiroz, terreno situado RuaCaminho do Morro da Queimada, com rea de 15m de frente por 10m de fundos,dividindo-se: frente com rampas da estrada que vai as guas Ferreas, fundos comcom caminho que vai ao Morro da Queimada, direita com terreno de herdeiros de JosFaria, esquerda com terrenos de Joana Couto (grifo nosso).. Em 25 de junho de 1956.Fl.116.

    Termo de Aforamento em favor do Sr. Raimundo Nonato de Almeida, terreno situado rua Caminho do Morro da Queimada, com rea de 15m de frente por 10m de fundos,

    dividindo-se: frente com rampas de estrada que vai as guas Frreas, fundos comcaminho que vai ao Morro da Queimada (grifo nosso). Em 26 de junho de 1956.Fl.116v.

    Termo de Aforamento em favor do Sr. Raimundo Eloy Mapa, terreno situado NoMorro da Queimada, com rea de 288m, dividindo-se: frente com terrenos destaPrefeitura(mina), direita com terrenos j delineados e aforados por diversos, esquerdacom terrenos vagos e fundos com outra mina (grifo nosso). Em 3 de junho de 1957.Fl.136.NCP. transferido a Raimundo Gonalves em 28-09-1962.

    Termo de Aforamento em favor do Sr. Jos Bibiano Gonalves, terreno situado fraldodo Morro da Queimada, com rea de 15m de frente por 22m de fundos(total 330m),dividindo por todos os lados com terrenos vagos da Prefeitura. Em 24 de fevereiro de

    1958. Fl.145.NCP. transferido a Raimundo Neves 168m em 29-12-1966 (grifo nosso).A Raimundo N. Neves a Nilson Gonalves 168m em 15-07-1966.

    Termo de Aforamento em favor do Sr. Manoel Arajo por seu filhos menores Mirce,Ivete, Eliane, Maria, Nlio e Emilia Feliciano Araujo, terreno situado na fralda doMorro da Queimada, onde se acha localizada sua casa de zinco, com rea de 210mdividindo por todos os lados com terrenos da Sesmaria. Em 8 de janeiro de 1959.Fl.165. NCP. Na proviso acima, onde consta o nome Mirce, o correto o e MercsLourdes de Toledo, conforme requerimento protocolado sob. N003005, de 10-04-1989e documentao arquivada nesta secretaria de Administrao (grifo nosso).

    Termo de Aforamento em favor da Sra. Orquisa Anastcio Mendes, terreno situadono Morro da Queimada, com rea de 196m, dividindo por todos os lados com terrenos

    da Sesmaria Municipal (grifo nosso). Em 6 de junho de 1959. Fl.171v.

    Termo de Aforamento em favor do Sr. Luiz Pereira de Souza, terreno situado nasfraldas do Morro da Queimada, com rea de 750m, com as seguintes divisas: frente,fundos e esquerda com terrenos da Prefeitura e direita com estrada que vai aoCampo Grande (grifo nosso).Em 22 de julho de 1959. Fl. 177v.

    Nesses Termos, a recorrncia de citaes aos terrenos devolutos, aos terrenos da

    Sesmaria Municipal e aos poucos proprietrios que divisavam com esses lotes

    transparece o baixo povoamento. Impresso tambm confirmada pelo Livro de

    lanamentos dos Impostos Territorial e Predial: apesar da incorporao das lavras

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    6/38

    6

    abandonadas e terras devolutas pela Cmara em 1892, somente a partir da dcada de

    1940 que essa regio passou a ser tributada (Quadro 1). Portanto, apesar da sede de

    Ouro Preto ter renovado e recuperado parte de sua populao nas duas primeiras

    dcadas do sculo XX, quando comparamos os nmeros de 1890 (17.857) e 1920

    (11.857), a perda de moradores permaneceu uma tendncia at a dcada de 1950, poca

    em que atingiu 8.751 habitantes.

    Quadro 1. Moradores tributados nos morros da Serra de Ouro Preto. 1942-1965.

    Morros 1943 1955

    Queimada 33 55

    Santana - 17

    So Sebastio - 52

    Fonte: Livro de lanamentos de Impostos Territorial e Predial.Arquivo Pblico Municipal de Ouro Preto.4

    No campo produtivo, ainda na primeira metade do sculo XX, enquanto esfriavam as

    expectativas de grandes investimentos na produo do ouro na sede, animaram-se os

    investimentos na produo do ferro e na explorao de outros minerais no municpio:

    mangans, bauxita etc.5 A inaugurao da Usina Esperana no Distrito de Itabira do

    Campo (atual Itabirito), em 1888, e da Usina Wigg no Distrito de Miguel Burnier,

    durante o incio da Repblica, exemplificam essas novas apostas em Ouro Preto. At o

    final da dcada de 1920, outras experincias siderrgicas foram ativadas na regio

    central de Minas, como a Usina Unio no Distrito de Inficcionado, em Mariana, que

    durou pouco tempo; Purri & Cia, em Caet; a Usina do Morro Grande, em Santa

    Brbara; e a Companhia Siderurgica Mineira, posterior Belgo Mineira, em Sabar

    (Gomes: 1983, p.141-169).

    Na sede de Ouro Preto, a Fbrica de Tecidos de So Jos, situada no Tombadouro, cuja

    as sobras de energia eltrica foram utilizadas nas primeira fase de iluminao de Ouro

    Preto, e a Eletro Qumica Brasileira S.A, conhecida como Elquisa, situada na regio de

    4A falta de informaes sobre os morros de Santana e So Sebastio em 1943 talvez evidencie no aausncia de habitantes, mas o melhoramento da mquina tributria nesse perodo.5Em 1911, o Engenheiro de Minas Benedito Jos dos Santos informou que a jazida do Morro de SoVicente, localizada no atual Distrito de Acuru, em Itabirito, era a nica em atividade (Santos: 1911,

    p.100). Esse esfriamento dos discursos em torno da extrao do ouro visvel nos annais publicados pelaEscola de Minas ao longo do sculo XX. A produo do ouro mereceu a ateno de poucos e pontuaisartigos: nenhum referente Serra de Ouro Preto.

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    7/38

    7

    Saramenha, formavam os dois principais empreendimentos locais. Ambas, no entanto,

    enfrentaram problemas quanto sua manuteno: a Elquisa, por exemplo, que iniciou as

    suas atividades produzindo cido sulfrico e ferro-gusa, investiu alto na instalao de

    uma fbrica de alumnio no incio da dcada de 1940, mas ficou subutilizada at 1950,

    devido ao excesso de sucata desse material no mercado do ps-guerra (1945) (Mouro

    et alli: 2000, 126p.).6 Um outro problema vivenciado durante a primeira metade do

    sculo XX foi a diminuio do permetro do municpio, que afetou diretamente a

    arrecadao municipal. Em 1923, emancipou-se o distrito de Itabira do Campo atual

    Itabirito com suas fbricas de tecidos, couros e ferro-gusa; em 1938 foi a vez de

    Congonhas do Campo; e, em 1953, instalou-se o municpio de Ouro Branco

    (Enciclopdia dos Municpios Brasileiros: 1959, p. 228).

    nesse contexto marcado pela diminuio da populao, retrao do permetro do

    municpio e atualizao aos novos conceitos sobre o espao urbano, como a instalao

    de indstrias, que surgem os discursos que elevaram a sede de Ouro Preto condio de

    Monumento Nacional. Para o arquiteto Rodrigo Meniconi, que estudou diferentes

    aspectos presentes na produo desses discursos:

    A Repblica e a mudana da capital vo ser responsveis tanto pela decadncia e peloesvaziamento da cidade, quanto por sua conservao: Salvam-na, ao mant-la aolargo do desenvolvimento e do progresso, enfim, dos processos de metropolizao eda contnua renovao urbana presentes nos outros centros antigos e na prpria BeloHorizonte (Meniconi: 2000).

    O historiador Caion Meneghello Natal (2005) concorda com Meniconi:

    A nova concepo que passa a envolver Ouro Preto, a partir da consolidao de BeloHorizonte, a de que a cidade no deveria mudar sua condio material, mas sim trazeras marcas do passado em seu traado e em sua arquitetura. Em fins do sculo XIX ecomeo do XX, Ouro Preto passa a assumir uma imagem cujo principal atributo seriasua imutabilidade como signo da preservao de uma memria histrica; de umatradio que deveria ser mantida sob pena de perder um importante elemento

    constitutivo da identidade brasileira e mineira.

    A evocao da sede de Ouro Preto como um importante palco da memria nacional

    parece se iniciar com a constituio do Arquivo Pblico Mineiro, em 1895, da Revista

    do Arquivo Pblico Mineiro, em 1896, e do lanamento das Efemrides Mineiras, em

    1897, que ajudaram a difundir a imagem de Minas Gerais e de Ouro Preto como

    6A ampliao da estrutura da Elquisa para a produo do alumnio levou constituio de dois novosbairros em Ouro Preto, situados na regio de Saramenha: Vila Operria e Vila dos Engenheiros. Esses

    bairros, que ficam distantes da regio central da sede, imprimiram um novo conceito urbanstico earquitetnico na paisagem local, se diferenciando dos casarios coloniais ou dos imveis edificados nolimiar do sculo XX (Mouro et alli: 2000, 126p.).

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    8/38

    8

    espaos de luta contra o despotimo e a busca da liberdade. Esses trs

    empreendimentos foram dirigidos pelo monarquista Jos Pedro Xaiver da Veiga

    (Meniconi: 2000). Tambm merece destaque especial no processo de constituio de

    musealizao da sede, o ano do bicentenrio de Ouro Preto (1911), que foi marcado pela

    programao de festas, visitas aos lugares histricos, exibio de filmes, inaugurao

    de uma nova tradio (a transferncia simblica da capital para a cidade e a distribuio

    de medalhas na Praa da Inconfidncia) e a edio de uma publicao especfica sobre a

    histria local. O livro Bi-Centenrio de Ouro Preto (1711-1911): Memria Histrica,

    editado pela Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, envolveu nomes importantes

    do quadro intelectual mineiro, como Nelson de Senna, Benedicto Jos dos Santos,

    Diogo de Vasconcelos e Augusto Velloso.

    A exaltao e as alegorias montadas em torno da preservao da cidade contou com

    novos adeptos, como o escritor Alceu de Amoroso Lima (o Tristo de Atade), que

    escreveu um artigo, em 1916, em defesa do passado nacional, onde cita o descaso

    com as cidades de Ouro Preto e Diamantina; e o escritor Mrio de Andrade, que visitou

    a regio na segunda dcada do XX, levando-o a escrever, em 1920, sobre Aleijadinho e

    a defini-lo como um gnio da raa (Meniconi: 2000). Na dcada de 1920 seguiram-se

    novas viagens velha cidade: Lcio Costa; Gustavo Barroso; e os paulistas

    encabeados por Mrio de Andrade (Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Blande

    Cendars), colocando Ouro Preto e Minas no foco do modernismo.

    Em 1933, aps a ressonncia dessas e de outras vozes no perodo varguista, Ouro Preto

    foi elevada condio de Monumento Nacional, e passou a ser tutelada pelo Governo

    Federal. Segundo Rodrigo Meniconi (2000):

    Com a criao, no ano seguinte, da Inspetoria de Monumentos Histricos, vinculada aoMuseu Histrico Nacional dirigido por Gustavo Barroso, os problemas da conservaoe restaurao da cidade e de seus valores assumem dimenses nacionais, demandandourgncias operativas. Em 1935 Barroso apresenta um Plano de Restaurao dacidade de Ouro Preto. Esse plano, primeiro no Brasil, na verdade contemplava arestaurao de edificaes singulares, igrejas, pontes e chafarizes e vai serexecutado nos prximos trs anos, com uma verba de 200 mil ris.

    A passagem de Ouro Preto categoria de cidade-monumento inaugurou tambm o

    complexo jogo de interesses que envolve a criao dos rgos e das diretrizes que visam

    cuidar do patrimnio cultural; a realidade dos baixos oramentos destinados a essestrabalhos; os contextos polticos em diferentes dimenses (local, estadual e federal); e o

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    9/38

    9

    envolvimento e a recepo da populao quanto s implicaes prticas mediante a esse

    status quo. Em relao aos morros da Serra de Ouro Preto, o crescimento desses

    discursos de preservao levou restaurao da Capela de So Joo (atribuda como o

    primeiro templo da sede) no final da dcada de 1920 (junto com a Igreja de Nossa

    Senhora do Rosrio, a Casa dos Contos e Ponte So Jos) e consolidao estrutural e

    reconstituio de elementos degradados das capelas de Santana e Piedade na dcada de

    1940 (Meniconi: 2000). Como o olhar preservacionista nessa poca privilegiava o

    patrimnio edificado (casas, prdios, pontes, chafarizes), os stios arqueolgicos ainda

    no possuam visibilidade ou mesmo uma legislao especfica.7Assim, as runas do

    Morro da Queimada, apesar de pertencerem ao permetro de tombamento da sede de

    Ouro Preto, no receberam nenhum tratamento diferenciado nesse perodo, a no ser a

    sua incluso nos estudos do arquiteto Sylvio de Vasconcellos sobre a tipologia das

    residncias da sede de Ouro Preto. Sylvio exerceu a funo de chefe do Distrito do

    SPHAN (Servio de Patrimnio Artstico Nacional) entre 1939 e 1969, e deixou um

    pontual, mas interessante estudo essas runas no livro Vila Rica. Formao e

    desenvolvimento: residncias.8

    A partir da segunda metade do sculo XX, influenciado pela tendncia nacional de

    concentrao da populao nos centros urbanos, um novo panorama se instalou em

    Ouro Preto. Em 1950, a compra da Eletro Qumica Brasileira S.A (Elquisa) pela

    empresa canadense Aluminium Limited (Alcan) injetou novos nimos a esse

    empreendimento.9 Com a regularizao e o crescimento do mercado externo para os

    subprodutos do alumnio, a empresa ampliou as suas instalaes nas dcadas de 1960 e

    1970, fator que contribuiu para o estmulo de novas levas de moradores e a demanda por

    residncias na sede de Ouro Preto (Mouro et alli: 2000,126p.).10

    Quadro 2. Populao de Ouro Preto (por dcadas e anos)Morros 1950 1960 1970 1980 1991 2007

    Municpio 28.229 33.927 48.088 53.413 62.514 67.048

    7Apesar de citados no Artigo 1 do Decreto-Lei que criou o SPHAN (Servio ao Patrimnio Histrico eArtstico Nacional) em 1937, os stios arqueolgicos s passaram a contar com legislao especfica em1961, na gesto de Jnio Quadros.8 Ler o artigo Morro da Queimada: ocupao, dimenso e runas disponvel no site do Projeto deImplantao do Morro da Queimada.9Apartir de 1958, a Elquisa passou a ser denominada como Aluminas - Aluminio Minas Gerais S.A.10

    Na dcada de 1950 a economia do municpio baseava-se na produo do ferro-gusa e do alumnio,extrao e beneficiamento de produtos minerais, como o mangans, o calcrio, o mrmore e o talco, e afabricao de tecidos (Enciclopdia dos Municpios Brasileiros, IBGE, 1959, p.225-238).

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    10/38

    10

    Sede 8.751 14.722 25.252 - - -

    Fonte: Plano de conservao, valorizao e desenvolvimento de Ouro Preto e Mariana.(1976, p.7).

    Quanto ao nmero da populao, percebe-se no Quadro 2 que quase duplicou no

    municpio entre as dcadas de 1950 e 1970; na sede, nesse mesmo perodo,

    praticamente triplicou, passando de 8.751para 25.252. Entre 1970 e 2007, a populao

    municipal cresceu quase 1/3, passando de 48.088 para 67.048. Se projetarmos o mesmo

    ndice para a sede chegaramos a aproximadamente 35.000 moradores em 2007. Assim,

    entre 1950 e 2007 teramos um crescimentro dos habitantes na sede acima de 400%,

    configurando uma intensa ampliao demogrfica.

    Nos morros da Serra de Ouro Preto tambm identifica-se essa tendncia de crescimento,

    como demonstram os Quadros 3 e 4. O nmero de moradores tributados entre 1955 e

    1965 triplicou no Morro da Queimada e duplicou no Morro de Santana. Em 1982, no

    Boletim de Cadastro Imobilirio da sede de Ouro Preto, percebe-se uma tendncia de

    maior crescimento nos morros de Santana e Piedade, concretizada nas dcadas

    seguintes. Para os gelogos Frederico Sobreira e Marco Fonseca (1999):

    A falta de planejamento, especialmente relacionado ao processo de expanso dosncleos urbanos no Brasil um dos problemas crnicos que tm afetado as diversascidades brasileiras, cm maior ou menor grau. Decorrente de uma srie de fatores, esteprocesso de ocupao desordenada, iniciado no Brasil por volta do final dos anos50,evoluiu de forma diferenciada cm diversas regies (grifo nosso). Esta evoluo controlada por fatores socioeconmicos e polticos e chega, neste final de sculo, a serum desafio para os poderes pblicos, cm grande parte responsveis pelo caos urbanoque tem sido observado em muitas cidades brasileiras.

    Quadro 3. Moradores tributados nos morros da Serra de Ouro Preto (1943-1965)

    Morros 1943 1955 1965

    Queimada 33 55 151

    Santana - 17 33

    So Sebastio - 52 -

    Fonte: Livro de lanamentos de Impostos Territorial e Predial.Arquivo Pblico Municipal de Ouro Preto

    Quadro 4. Moradores cadastrados nos morros da Serra de Ouro Preto (1982)

    Morros 1982

    Queimada 99

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    11/38

    11

    Santana 60

    So Sebastio 59

    Piedade 130

    Fonte: Boletim de Cadastro Imobilirio da sede de Ouro Preto. 1982.Arquivo Pblico Municipal de Ouro Preto

    A comparao entre as figuras 2 e 3 evidencia mais claramente os efeitos desse

    crescimento da populao na regio do Morro da Queimada a partir da dcada de 1960.

    A imagem registrada em 1950 demonstra que a rea situada acima da Rua 15 de Agosto

    ainda encontrava-se sem ocupao, diferente do setor localizado abaixo desse

    logradouro, que apresenta um povoamento de baixa densidade prximo RuaConselheiro Quintiliano. A imagem registrada em 2009, ao contrrio, demonstra a

    intensa concentrao urbana localizada acima, ao lado e abaixo da Rua 15 de Agosto,

    unificando espaos como o Morro da Queimada, Lages, Alto da Cruz e os morros de

    Piedade e Santana.

    Sobreira e Fonseca (1999) compararam a imagem area de 1950 (FIG.2) a outras,

    registradas em 1969 e 1986, e concluram que:

    Nas fotografias de 1969o panorama bem distinto, notando-se principalmente o inicioda ocupao da rea a montante da rua 15 de Agosto. Quase todo o setor a jusante dareferida rua estava j ocupado, com maior densidade na metade inferior. (...) Nota-seclaramente o inicio da degradao pela ocupao desordenada desta poro daserra de Ouro Preto que abrigava a maior parte das runas do antigo Arraial doOuro Podre. (...) Nas fotografias areas e ortofotos de 1986a ocupao da poromais a jusante da rea de estudo j estava consolidada, tendo esta ocupao uma maiordensidade prximo rua 15 de Agosto. (...) No entanto, o conjunto principal derunas ainda no havia sido atingido, exceto aquelas nas margens da rua 15 deAgosto. A ocupao no Morro do Santana j estava consolidada, restando apenasuns poucos vestgios do conjunto de runas que antes existia no local. O bairro Piedadetambm j estava implantado.Nesta poca os problemasrelacionados a estabilidade

    de encostas na Serra de Ouro Preto j eram conhecidos e objeto de alguns estudos(Carvalho: 1982; Sobreira: 1990).

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    12/38

    12

    FIG.2. Morro da Queimada 1950.Fonte: Projeto de Implantao do Parque Arqueolgico Morro da Queimada.

    FIG.3. Regio do Morro da Queimada 2009Fonte: Projeto de Implantao do Parque Arqueolgico Morro da Queimada.

    Delimitando o Morro da Queimada em 25 ha, situados acima da Rua 15 de Agosto,

    incluindo as cercanias, os dois gelogos projetaram um diagnstico da evoluo do

    processo de ocupao da rea,tomando como base as fotografias areas anteriormente

    citadas, ortofotos, bases cartogrficas diversas e um levantamento topogrfico de

    Rua 15 de agosto

    Rua 15 de agosto

    Rua ConselheiroQuintiliano

    Rua ConselheiroQuintiliano

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    13/38

    13

    1997.11Segundo os dados da Quadro 5, 68,2% dos 25 hadelimitados foram ocupados

    entre 1986 e 1997, portanto, num intervalo de apenas 11 anos.

    Quadro5 Valores medidos e taxas calculadas a partir

    da anlise de fotografias areas.

    Perodo deObservao

    rea TotalOcupada (ha)

    Porcentualde Ocupao

    Intervalo(anos)

    Taxa Anualpor Perodo

    Taxa AnualTotal

    1950-69 1,08 4,3% 19 0,22% 0,22%

    1969-86 6,57 26,3% 17 1,33% 0,7%

    1986-97 17,5 68,2% 11 3,8% 1,45%

    Totais 25 ha 47 - -

    Fonte: Fonseca, M. A. & Sobreira, F. G. (1999) - Antigas Minas de Ouro Preto: Impactos Fsicos eScio-Culturais Relatrio Parcial de Pesquisa UFOP/FAPEMIG, Departamento de Geologia.

    14p.

    O impacto desse intenso crescimento exps a importncia de um planejamento urbano e

    a fragilidade do pensamento pontual que guiou as polticas de preservao do

    patrimnio cultural implementadas at ento. Tornou-se necessrio pensar mais

    abrangente. Na dcada de 1960, a aproximao entre o Governo Brasileiro e a Unesco

    levou realizao de uma misso chefiada por Michel Parent, inspetor geral dos

    monumentos da Frana, que redigiu um documento bsico, Protection et mise en valeurdu patrimone culturale brsilien dans le cadre du dveloppemt touristique et

    economique, onde indica a necessidade de elaborao de planos capazes de assegurar a

    integridade do patrimnio, tendo-se em vista as suas excepcionais possibilidades para o

    desenvolvimento de atividades tursticas. No final dos anos 60, o arquiteto portugus

    Vianna de Lima, tambm enviado pela UNESCO, elaborou, juntamente com tcnicos

    do Patrimnio, estudos para a tutela, recuperao e valorizao de Ouro Preto. O

    relatrio final, intitulado Rnovation et mise en valeur dOuro Preto, publicado em

    1970, constitui uma espcie de estudo preliminar de plano diretor para a cidade e seu

    territrio (Meniconi: 2000).

    Entre 1973 e 1975, o IPHAN (Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional), o

    IEPHA (Instituto Estadual do Patrimnio Histrio e Artstico de Minas Gerais), criado

    em 1971, e as prefeituras de Ouro Preto e Mariana divulgaram um Plano de

    Conservao, Valorizao e Desenvolvimento de Ouro Preto e Mariana, que, alm de

    11 O permetro do stio arqueolgico do Morro da Queimada delimitado em 2008 no projeto deImplantao do Parque Arqueolgico Morro da Queimada de 124,88 ha.

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    14/38

    14

    apresentar uma lista de bens edificados a serem restaurados, trazia proposies

    relacionadas zona de expanso das sedes desses municpios, ao sistema virio, infra-

    estrutura (gua, esgoto, rede eltrica), uso do solo, delimitao da rea histrica, reas

    a remanejar, mudana do setor administrativo, e criao de setor recreacional e de

    artesanato (Fundao Joo Pinheiro: 1975). Plano que tambm ficou ficou estacionado

    no mundo das idias. Como no tivemos contato com os textos de Michel Parent e

    Vianna de Lima, inferimos o lugar dos morros da serra nesses planos de

    preservaoa partir do projeto divulgado em 1975 (Fundao Joo Pinheiro: p. 47-48):

    Esses bairros (como o Morro da Queimada, Morro do Cruzeiro, So Sebastio, So Jose parte do Veloso) se localizam nas encostas dos morros voltados para o conjunto darea Histrica, e, assim, interferem no contexto paisagstico de forma indesejvel.Prope-se a estabilizao destas reas, pois seu crescente adensamento e expansorepresentam constante ameaa descaracterizao do Monumento Urbano de

    Ouro Preto(grifo nosso) (Fundao Joo Pinheiro: 1975, p.47-48).

    Portanto, os morros da Serra, como o Morro da Queimada, no eram classificados como

    rea Histrica e a sua ocupao era indesejvel na medida em que interferiam na

    contemplao da paisagem da regio central. Pensamento que ratifica: 1) o lento

    processo de incorporao dos stios arqueolgicos e da prpria atividade arqueolgica

    no escopo das medidas de preservao do patrimnio cultural no Brasil; 2) a prioridade

    das aes em torno do patrimnio edificado. Em nosso pas, os stios arqueolgicos

    passaram a contar com uma legislao especfica somente a partir de 1961, atravs da

    Lei Federal n3.924, de 26 de julho. Em 1979, a Lei Federal n 6.766 delegou aos

    Estados a obrigao de disciplinar a aprovao pelos Municpios de loteamentos e

    desmembramentos quando em reas de interesse especial, como as de proteo aos

    mananciais ou ao patrimnio cultural, histrico, paisagstico e arqueolgico. Em 1985,

    a Lei Federal n 7.347 passou a disciplinar a ao civil pblica de responsabilidade por

    danos causados aos bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico e

    paisagstico. Em 1988, a Portaria do IPHAN n07, de 1988, regulamentou os pedidos

    de permisso e autorizao e a comunicao prvia quando do desenvolvimento de

    pesquisas de campo e escavaes arqueolgicas no Pas, revista pela Portaria n230, de

    2002.

    Indiferente aos planos de conservao e aos instrumentos legais criados para a

    preservao do patrimnio cultural, a sede de Ouro Preto permaneceu crescendo nas

    dcadas de 1980 e 1990, alastrando-se nas partes baixas e nas encostas dos morros.

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    15/38

    15

    Segundo o Sr. Vicente da Feira, que mudou do municpio de Piranga para o Morro da

    Queimada em 1963:

    Ali da curva pra cima no tinha nada, s mexerica, assa-peixe e candeia. Isso erafechado de mata. S tinha um caminho bobo de passar para o Morro So Sebastio, umcaminho de burro. A fui levando, comecei a trabalhar na prefeitura. Agora j meaposentei. (...) Aqui no tinha casa, no tinha estrada, nem passava carro, s doiscaminhes que puxavam Bauxita l da serra da brisa na virada do Antnio Pereira. Eras o que tinha aqui. Ningum tinha uma bicicleta. No tinha nada.

    12

    Diante desse preocupante cenrio, a UNESCO, que desde a dcada de 1960 j

    patrocinava estudos sobre a sede de Ouro Preto (Michel Parenti e Viana de Lima),

    analisou e aprovou o pedido do governo brasileiro de elevao da cidade a condio de

    Patrimnio Cultural da Humanidade em 1980:

    Os velhos valores, j presentes quando da declarao da cidade como monumentonacional, so agora confirmados a nvel internacional: nos termos da Convenopara a Proteo do Patrimnio Cultural e Natural Mundial, realizada pela UNESCO emParis, em 1972, Ouro Preto constitui tanto um exemplo excepcional de um tipo deestrutura que ilustra uma etapa significativa da histria, quanto um exemploexcepcional de assentamento humano tradicional (Meniconi: 2000).

    Esse ttulo de peso internacional estimulou novos debates sobre a preservao de Ouro

    Preto. Na dcada de 1980 criou-se um Escritrio Tcnico do SPHAN em Ouro Preto,

    composto por arquitetos, engenheiros e por uma equipe de obras para trabalhos

    urgentes; recuperou-se parte do patrimnio edificado, incluindo a Capela de NossaSenhora da Piedade, passando das intervenes espordicas dos anos precedentes a um

    plano orgnico; definiu-se o permetro de tombamento da cidade de Ouro Preto e a sua

    inscrio no Livro de Tombo; e foram instaladas trs unidades estaduais de conservao

    ambiental (Parque Estadual de Itacolomi, a Estao Ecolgica do Tripui e a rea de

    Proteo Ambiental da Cachoeira das Andorinhas) (Meniconi:2000).

    No incio da dcada de 1990 foi promulgada a Lei Orgnica do Municpio, com adefinio de sua estrutura e a criao de Conselhos Municipais; organizou-se o GAT

    (Grupo de Assessoramento Tcnico), congregando a PMOP (Prefeitura Municipal de

    Ouro Preto), o IPHAN, o IEPHA, a UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e o

    IEF (Instituto Estadual de Florestas); e, em 1996, foi aprovado o Plano Diretor

    (Meniconi: 2000). Enquanto no Plano de Conservao, Valorizao e Desenvolvimento

    de Ouro Preto e Mariana, produzido em 1975, os morros da Serra de Ouro Preto eram

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    16/38

    16

    percebidos fora da rea Histrica, no texto do Plano Diretor de 1996 o Morro da

    Queimada foi classificado como Zona de Proteo 2, onde so listadas as reas de

    interesse paisagstico, ambiental, arqueolgico, histrico e de proteo de mananciais de

    abastencimento de gua. Alm dessa classificao, os pargrafos 2 e 3 destinaram a

    rea do morro para a criao do Parque Arqueolgico Morro da Queimada, onde

    seriam admitidas apenas as atividades de pesquisa, lazer, educao ambiental e

    turismo, compatveis com a sua funo de Parque Arqueolgico, ficando vedada a

    explorao mineral e usos no condizentes com a destinao da erea, bem como

    qualquer tipo de parcelamento do solo (Plano Diretor: 1996).

    No entanto, mesmo com o Plano Diretor, a ocupao nos morros da Serra de Ouro Preto

    permaneceu ativa, contribuindo para o agravamento de dois problemas j recorrentes

    nessa poca: o primeiro relacionado ao risco geolgico e instabilidade das encostas,

    devido ao tipo de solo e presena de antigas minas, relembrados, sobretudo, nos

    perodos das chuvas; o segundo, referente degradao da regio da Cachoeira das

    Andorinhas e das antigas evidncias de minerao e moradia nos morros. Quanto ao

    risco geolgico, Frederico Sobreira e Marco Fonseca (2001), informam que nessa serra

    as

    (...) condies geolgicas e geomorfolgicasso fatores predisponentes ocorrncia demovimentos de massa e processos erosivos (Sobreira, 1991). As condies climticas,com perodos de chuvas intensas e prolongadas, complementam o quadro depredisposio ao desenvolvimento de processos geodinmicos de carter superficial,principalmente escorregamentos, eroso e movimentao de materiais rochosos, que semanifestam durante a estao chuvosa (grifo nosso). (...) A partir dos anos 60, oprocesso de expanso da cidade se deu de maneira desordenada, sem respeitar asimposies inerentes s qualidades dos terrenos. Antigos ncleos perifricos, muitasvezes em locais de lavra, foram se adensando, formando uma urbanizao caticae criando bairros em total desarmonia com o conjunto arquitetnico da cidade. A partirdeste perodo comeam a ser registradas ocorrncias de acidentes envolvendomovimentos de massa (escorregamentos e eroses), principalmente nos perodoschuvosos (grifo nosso).

    Em relao depredao das runas, tornaram-se comuns dois tipos de interveno:

    Por um lado as runas foram desmontadas para aproveitamento das pedras como

    material de construo, e, por outro lado, as mesmas foram utilizadas como alicerces,

    sobre os quais moradias recentes foram construdas (Guimares et alli: 2004, p.5).

    12

    Vicente de Paula da Silva. Entrevista realizada em 20 de junho de 2007, pela equipe do projeto deextenso Ecomuseu da Serra de Ouro Preto, da Universidade Federal de Ouro Preto. Agradecemos Professora Yara Mattos, que coordena o Ecomuseu por ter cedido esse material.

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    17/38

    17

    FIG.4. Morro da Queimada. s/d.Fonte: Projeto de Implantao do Parque Arqueolgico Morro da Queimada

    Em 1993, o engenheiro sanitarista Paulo de Melo Freitas Jnior entregou prefeitura

    um trabalho visando a recuperao e conservao da APA da Cachoeira das Andorinhas

    e do Morro da Queimada, e listou os problemas nessa rea: a ausncia de estudos,

    diretrizes claras e fiscalizao da ocupao e uso do solo; o ateamento indiscrimando de

    fogo; o funcionamento de pedreiras; a lavagem de caminhes e carros na cachoeira; o

    interesse mineral na rea; a explorao de madeira; e a regulamentao das reas

    agricultadas na Bacia. Interligando a Cachoeira das Andorinhas e o Morro daQueimada, esse estudo previa, entre outros, a delimitao fsica da APA, a construo

    de aceiros, o tombamento de remanescentes florestais, a implantao de programas de

    reconstituio florstica e animal e a formao e manuteno de estrutura fsica e de

    pessoal para a fiscalizao e educao ambiental (Freitas Jnior: 1993, p.11). No

    entanto, o projeto foi engavetado.

    Conforme a professora de Histria e artes ngela Maria Leite Xavier, a ausncia depreocupao e fiscalizao nessa rea estimulou reativao da AMA (Associao dos

    Amigos do meio Ambiente de Ouro Preto) em 1998.13O jornal Porta-Voz, publicado

    em Ouro Preto em julho de 2000, abriu espao para as denncias dessa ONG. Conforme

    a matria:

    Os lotes (no Morro da Queimada) so adquiridos por pessoas de baixa renda, que muitasvezes usam as pedras histricas de delimitao das datas (antigos lotes) paraconstruirem seus barracos. M f daqueles que cercam e vendem, desinformao enecessidade daqueles que compram (2000, p.4).

    13ngela Maria Leite Xavier. Entrevista realizada em Ouro Preto, em 09/01/2009.

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    18/38

    18

    Ainda, conforme a reportagem:

    A inteno (da ONG) criar um parque arqueolgico que englobaria no s a rea dasminas, mas tambm a regio prxima que abriga as nascentes mais altas do rio dasVelhas. A professora de Histria (ngela Xavier) enfatiza que no existe a inteo detirar os moradores que j construram no local, sem oferec-los garantias. As pessoas

    que aqui moram no tm culpa, elas no tm alternativa de moradia, salienta ngela.Com a criao do parque pode-se gerar renda aos prprios moradores com o dinheirode turismo (2000, p.4).

    Em agosto de 2000, a AMA e a reitoria da Universidade Federal de Ouro Preto, atravs

    da Fundao Educativa de Rdio e Televiso Ouro Preto, entraram com uma Ao

    Cautelar responsabilizando a Prefeitura Municipal, o IPHAN e o Estado de Minas

    Gerais pela inexistncia de providncias concretas sobre a preservao do Morro da

    Queimada e da APA da Cachoeira das Andorinhas. Em meio justificativa do processo,

    os proponentes informam que:

    O stio (do Morro da Queimada) estende-se por imveis de propriedade, ao que se pdeat o momento levantar, da Fundao GORCEIX, do Sr. Toledo, proprietriotambm de conhecido Antiqurio desta cidade, do Mosteiro Zen-Budista e daIgreja Catlica (terra santa), outra parte sendo terra devoluta. O stio sofreatualmente agresses capazes de destruir-lhe completamente as feies originais, umavez que vem sendo invadido por particulares que no mostram qualquer deferncia paracom seu inestimvel valor histrico. Fazem-no ao arrepio da lei, mas contam com osilncio confortador das autoridades competentes. (...) As invases e depredaesapontadas correm principalmente na parte de terra devoluta presente no local; comotivemos a oportunidade de auferir, as propriedades particulares vem sendoprotegidas pelos respectivos donos, atravs da vigilncia constante e pelo menoslegais para tanto disponveis (grifo nosso). A Fundao GORCEIX mantmfuncionrio encarregado de vigiar as runas situadas no terreno de sua propriedade.

    Em resposta Ao Cautelar, os representantes do IPHAN e Estado de Minas Gerais

    contra-argumentaram:

    O IPHAN diz no ter negligenciado na preservao da rea porque as terras sodo municpio. O rgo passou a pedir tambm a desocupao e cercamento dasrunas e requereu para si a tutela das terras.O Estado alega no poder colocar opoliciamento ostensivo porque teria que deslocar policiais de outras reas para oMorro da Queimada e justifica dizendo que alm da proteo ao patrimnio histrico

    existe a obrigao para com a segurana pblica (grifo nosso) (Jornal Comunidade,Moradores do Morro da Queimada podem ir para a rua, Ouro Preto, de 29 de maio a25 de julho de 2001, p.10).

    O texto acusa, ainda, a gesto municipal desse perodo por querer atravessar nesse

    espao uma estrada, que ligaria os morros de Santana e So Sebastio. Um membro do

    Legislativo, Geraldo Afonso de Oliveira, tambm foi citado por vrios moradores

    como um dos responsveis pelo cercamento e venda de lotes na rea das minas do

    Morro da Queimada, conforme o jornal Porta-Voz publicado em julho de 2000. Enfim,

    as diretrizes do Plano Diretor para essa rea no estavam sendo cumpridas e

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    19/38

    19

    representantes dos poderes Executivo e Legislativo eram acusados de envolvimento

    com as aes de descaracterizao. A liminar foi negada pela juza Dra. Lcia de Ftima

    Magalhes Albuquerque silva, o processo foi encaminhado para o Ministrio Pblico,

    mas, segundo ngela Xavier, a Ao Cautelar no avanou, ficou arquivada.

    Para o diretor da 13 Sub-Regional do Iphan, Benedito Tadeu de Oliveira, que assumiu a

    gesto em Ouro Preto em 2002:

    A reverso do processo de deteriorao fsica de Ouro Preto, que deve seracompanhada tambm pelo soerguimento do Iphan, por envolver parte inestimvel damemria nacional, deveria ser tratada como assunto estratgico de Estado. Suarealizao requer ao conjunta entre estatais, empresas e bancos pblicos e osministrios da Cidade, do Turismo, do Meio Ambiente e da Cultura do governo Lula,que tem como palavra-chave a mudana (Disponvel emhttp://www.arcoweb.com.br/debate/debate52.asp.Acesso em 09/11/2007) .

    Em 27/09/2001 ocorreu uma audincia pblica na Cmara Municipal de Ouro Preto

    sobre o tema Um Projeto para a Cachoeira das Andorinhas e as Runas do Morro da

    Queimada. Conforme ngela Xavier, a partir de 2001 as invases cessaram,

    estabilizando a situao nessa rea, contudo, nenhum projeto concreto foi apresentado

    at 2005. Em abril de 2003, a misso de tcnicos do Centro de Patrimnio Mundial que

    a Unesco enviou a Ouro Preto identificou a preservao do stio arqueolgico do Morro

    da Queimada como uma das medidas necessrias para deter a alarmante deteriorao do

    patrimnio cultural e ambiental da cidade. Aps essa recomendao da Unesco, o

    Comit Consultor de Ouro Preto, coordenado pelo Iphan, constituiu os seguintes grupos

    de trabalho: projeto institucional, pesquisa histrica, regularizao fundiria, habitao,

    implantao fsica e relao com a comunidade.Segundo Benedito Oliveira:A implantao do Parque Arqueolgico do Morro da Queimada traria um grandeimpacto positivo em Ouro Preto, dando origem a diversas aes de valorizao dopatrimnio cultural e ambiental da cidade, dentre as quais destacam-se: ampliao daspesquisas histricas por meio da criao de programas de escavaes arqueolgicas,

    possibilitando um conhecimento mais amplo sobre a cultura material e a histria daminerao da poca; proteo e ordenamento das runas das primeiras edificaes deOuro Preto; criao na casa n 627 da rua Conselheiro Quintiliano de um museuarqueolgico das cidades surgidas durante o ciclo do ouro; preservao da memria deFelipe dos Santos e ampliao dos conhecimentos histricos do sculo XVIII; criaode uma opo diferenciada de turismo fora do circuito tradicional, contribuindo parauma permanncia maior dos visitantes na cidade; proteo de parte significativa damoldura paisagstica do conjunto arquitetnico e urbanstico de Ouro Preto; melhoria daqualidade de vida e incluso social das comunidades vizinhas, por meio da gerao deemprego e renda, bem como da sustentabilidade econmica do empreendimento; incioda consolidao do Parque Municipal e da APA Cachoeira das Andorinhas, preservandoe recuperando os diversos recursos naturais existentes (Disponvel emhttp://www.ideiad.com.br/site_morro/pdf/portal.doc.pdf.Acesso em 03/01/2009).

    http://www.arcoweb.com.br/debate/debate52.asphttp://www.ideiad.com.br/site_morro/pdf/portal.doc.pdfhttp://www.ideiad.com.br/site_morro/pdf/portal.doc.pdfhttp://www.arcoweb.com.br/debate/debate52.asp
  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    20/38

    20

    Em dezembro de 2005, foi aprovado, atravs da Lei Rouanet, o Projeto de

    Implantao do Parque Arqueolgico do Morro da Queimada (processo n

    0140.013659/05-54, salic n 05 7586), coordenado pelo Museu de Arte Sacra do Pilar

    do Carmo/Parquia do Pilar e pelo IPHAN.14 Entre as primeiras aes foram

    indenizadas e removidas as famlias que habitavam o permetro destinado

    constittuio do parque arqueolgico. Em agosto de 2006, a empregada domstica

    Alessandra Patrcia dos Santos, 32 anos, que morava com os quatro filhos em uma casa

    construda dentro de uma das runas do Morro da Queimada informou:

    Vamos ter uma boa moradia, digna, com gua, luz e rede de esgoto, coisas que notnhamos antes, contou. Para Alessandra, a transformao da rea que abriga as runasdo Morro da Queimada em um parque mais um motivo para comemorar a conquistada casa prpria. O parque ser importantes para os moradores dessa regio. Empregossero gerados e nossos filhos tero a oportunidade de viver coisas boas que ns no

    vivemos em nossa infncia, explica. (Disponvel em:http://www.cmop.mg.gov.br/projeto/index.php?option=com_content&task=view&id=225&Itemid=2.Acesso em 03/01/2009).

    Juliano Ferreira, morador do Morro da Queimada, historiador e ativo militante na causa

    da preservao do stio arqueolgico, parece expressar bem as expectativas de parte da

    populao dessa rea:

    Existem dois argumentos que tornam importante o parque. Um de naturezahistrica, baseado na preservao da memria. O outro, um argumento prtico,que visa a gerao de recursos econmicos (grifo nosso) (Jornal O Inconfidente,Parque das Andorinhas e Runas do Morro da Queimada ser tema de audincia,amanh, Ouro Preto, fevereiro de 2005).

    Essa fala exemplifica uma das possibilidades da comunidade do entorno do Morro da

    Queimada produzir novas leituras sobre esse stio arqueolgico, mesmo que seja a partir

    do caminho nem sempre fcil, mas nem por isso interditado, entre a constituio do

    espao e dos discursos de memria e a sua capacidade de gerar recursos para os

    habitantes prximos. A principal via, sem dvida, ser da competncia dos rgos

    pblicos e da sociedade civil organizada em desconstruir a antiga imagem de local

    abandonado sua prpria sorte para transformar o parque arqueolgico em realidade.

    14O diretor da 13 Sub-Regional do Iphan, Benedito Tadeu de Oliveira geriu o escritrio de Ouro Preto de 2002 a 2009.

    http://www.cmop.mg.gov.br/projeto/index.php?option=com_content&task=view&id=225&Itemid=2http://www.cmop.mg.gov.br/projeto/index.php?option=com_content&task=view&id=225&Itemid=2http://www.cmop.mg.gov.br/projeto/index.php?option=com_content&task=view&id=225&Itemid=2http://www.cmop.mg.gov.br/projeto/index.php?option=com_content&task=view&id=225&Itemid=2
  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    21/38

    21

    Consideraes Finais

    Esse estudo demonstra que o stio arqueolgico Morro da Queimada iniciou o sculo

    XX como permaneceu durante boa parte do XIX, apresentando baixo povoamento,

    devido ao arrefecimento das lavras e da vida urbana. Situao revertida a partir da

    dcada de 1960, quando inicia-se um processo desordenado de ocupao na Serra de

    Ouro Preto e a depredao das antigas estruturas de minerao e moradia.

    FIG.5. Morro da Queimada aspecto das runas. s/d.

    Autor: Juliano Ferreira.

    Apesar de pertencer ao permetro de tombamento da sede de Ouro Preto delimitado em

    1933, esse stio no teve visibilidade dentro dos planos de preservao e conservao

    desenvolvidos at o incio da dcada de 1990. At ento, as aes realizadas na regio

    prxima ao Morro da Queimada privilegiaram necessidades pontuais de restaurao e

    reforma de determinados bens edificados, como as capelas. Em 1996, a partir da

    aprovao do Plano Diretor, tornaram-se mais bem definidas as diretrizes de ocupao

    dessa regio, buscando coibir a depredao das runas, bem como a degradao da APA

    Cachoeira das Andorinhas, o adensamento urbano e os riscos de deslizamento e eroso

    nos morros da serra. No entanto, as novas regras de uso e ocupao do solo no foram

    suficientes para preservar as runas do Morro da Q ueimada, novas invases seguiram-

    se at o incio do sculo XXI, quando alguns grupos da sociedade civil passaram a

    mobilizar-se em defesa desse patrimnio. Aes que culminaram com a produo,

    aprovao e o atual desenvolvimento do Projeto de Implantao do Parque

    Arqueolgico Morro da Queimada.

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    22/38

    22

    De espao abandonado, composto por terras devolutas, o Morro da Queimada passou a

    ser visto como o ltimo ncleo dos antigos vestgios de minerao e moradia em bom

    estado na Serra de Ouro Preto, alando-o condio de um espao de memria. Resta

    concretizar essa importncia.

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    23/38

    23

    Referncias bibliogrficas

    1. Fontes primrias.

    1.1.Fonte Iconogrfica.

    1.1.1. Arquivo Pblico Municipal de Ouro Preto.

    APMOP Relao de Plantas, n001: plantas das lavras do Tassara e Arredores, 07/06/1913,Engenheiros Francisco A. Lopes e Alcindo da Silva Vieira Gil Guatimosin.

    APMOP Relao de Plantas, n002: cpia da planta das lavras do Tassara e adjacentes na antigaVila Rica de 1900, medio e cpia do original realizada por Joaquim Jos Guimares Pinto, em1912.

    APMOP Relao de Plantas, n003: planta de gua, esgoto e luz Ouro Preto, 26/06/1903,Engenheiro Clodomiro de Oliveira.

    APMOP Relao de Plantas, n006: planta-esboo de uma parte da cidade de Ouro Preto,20/05/1913, Agrimensor Joaquim Jos Guimares Pinto.

    APMOP Relao de Plantas, n007: plantas das lavras Tassaras e arredores, 27/08/1903,Engenheiro Clodomiro de Oliveira e Francisco Mariano Ribeiro.

    APMOP Relao de Plantas, n010, pasta 06, caixa 09, estante 26, sala 1, folhas 07, 08 e 09:levantamento aerofotogramtrico e Projeto reas de Preservao na cidade de Ouro Preto, 1982.

    APMOP Relao de Plantas, n013: planta da sesmaria e cidade de Ouro Preto, 1898, autor(es)no identificado(s).

    1.1.2. IFAC / UFOP - Acervo fotogrfico do Ncleo de Mentalidade e Memria.

    1.1.2.1. Acervo 002 - Miscelnea. Ouro Preto, s/d, Fundo Diversos.1.1.2.2. Acervo 003 - FONTANA, Luiz. Ouro Preto, [dcadas de 1920 e 1950], Fundo JosGes.1.1.2.3. Acervo 004 - MENEZES, Ivo Porto de. Ouro Preto, s/d, Fundo Ivo Porto de Menezes.1.1.2.4. Acervo 005 - LIBENEAU, Guilherme. Ouro Preto, [1881], Fundo Biblioteca Nacional.

    1.1.3. Acervo fotogrfico particular de Juliano Ferreira.

    1.2.Fonte manuscrita.

    Arquivo Pblico Municipal de Ouro Preto. Edital sobre terrenos foreiros. Cdice 0965. Livro deRegistros e Portarias 1892-1893.

    Arquivo Pblico Municipal de Ouro Preto. Processo de aforamento do General Joaquim daCosta Mattos, Srie Avulsos, DA, 1897.

    Arquivo Pblico Municipal de Ouro Preto. Memoria e planta sobre as lavras aurferas dasTassaras e arredores, Clodomiro de Oliveira & Francisco Mariano Ribeiro, 1903, 40p.

    Arquivo Pblico Municipal de Ouro Preto. Livro de lanamentos dos Impostos Territorial ePredial (1942-1965).

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    24/38

    24

    Arquivo Pblico Municipal de Ouro Preto. Livro de lanamentos de Impostos Territorial ePredial (1943-1965).

    Arquivo Pblico Municipal de Ouro Preto. Boletim de Cadastro Imobilirio da sede de OuroPreto. 1982.

    Arquivo Pblico Mineiro, Coleo Casa dos Contos: Lanamentos do Quinto (1718 a 1723),microfilme 4 / fotograma 509 (folhas 1 a 128) e microfilme 5 / fotograma 001(folhas 129/216).

    APM Coleo Casa dos Contos. Datas de terras e guas minerais, Guardamoria e cartrio deofcio, Comarcas de Vila Rica e Sabar, 1719-1735, rolo 2015, fotogramas 308/583.

    BLAKSLEY, J. F. Relatrio do planalto do cruzeiro de Ouro Preto. Ouro Preto: s.n., 1893.(Manuscrito. Mimeo.)

    1.3.Fonte impressa.

    1.3.1. Revista do Arquivo Pblico Mineiro.

    Atas da Cmara Municipal de Vila Rica (1711-1721). Revista do Arquivo Pblico Mineiro, anoXXV, v.2, 1937, p.1-166.

    Termo de ereo de Vila Rica. Revista do Arquivo Pblico Mineiro, ano II, jan./maro, 1897,p.84.

    Bando fixando os limites entre as Comarcas de Vila Rica, Sabar, Rio das Mortes e Serro Friopela parte do Rio Doce. Revista do Arquivo Pblico Mineiro, v.VII, 1902, p.411-413.

    Cartas de Sesmaria (1710-1713). Revista do Arquivo Pblico Mineiro, v.III, 1898, p.23-85.

    Cartas de Sesmaria. Revista do Arquivo Pblico Mineiro, v.IV, 1899, p.155-214.

    Cartas rgias sobre o procedimento que se h de ter com os povos que se sublevaram e outrosassuntos. Revista do Arquivo Pblico Mineiro, v.VI, 1901, p.213-217.

    CARVALHO, Feu de. Reminiscncias de Vila Rica. Revista do Arquivo Pblico Mineiro, anoXIX.

    COELHO, J. J. Teixeira. Instruo para o governo na Capitania de Minas Gerais (1780). Revistado Arquivo Pblico Mineiro, ano VIII, 1903.

    Correspondncia do Conde de Assumar depois da Revolta de 1720. Revista do Arquivo PblicoMineiro, v.VI, 1901, p.203-211.

    Fontes Histricas do Imposto de Capitao. Revista do Arquivo Pblico Mineiro, ano XIII.

    LEME, Antnio Pires da Silva Pontes. Memrias sobre a extrao de ouro na Capitania de

    Minas Gerais. Revista do Arquivo Pblico Mineiro, ano I, 1896.

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    25/38

    25

    LIMA, Augusto de. Um municpio do ouro memria histrica. Revista do Arquivo PblicoMineiro, v.VI, 1901.

    LINHARES, Joaquim Nabuco. Mudana da capital. Revista do Arquivo Pblico Mineiro, anoX, 1905.

    Memria sobre as Minas da Capitania de Minas Gerais. Revista do Arquivo Pblico Mineiro,ano II, p.511.

    PONTES, Manuel Jos Pires da Silva. Manual do Guarda-Mor. Revista do Arquivo PblicoMineiro, ANO VII, 1902.

    Regimento Mineral de 1702. Revista do Arquivo Pblico Mineiro, ano I, n12.

    PINTO, Lus Maria da Silva. Relao das Cidades, Vilas e Povoaes da Provncia de MinasGerais. Revista do Arquivo Pblico Mineiro, ano II, 1897.

    PINTO, Moreira. Ouro Preto. Revista do Arquivo Pblico Mineiro, ano XI, 1906.

    PIRES, Antnio Olinto dos Santos. A Minerao, riquezas minerais. Revista do ArquivoPblico Mineiro, ano VIII, 1903.

    Populao da Provncia de Minas Gerais. Revista do Arquivo Pblico Mineiro, ano IV, p.294.

    Registros de diversas cartas-patentes concedidas por D. Braz Baltasar da Silveira. Revista doArquivo Pblico Mineiro, v.III, 1898.

    SANTOS, Afonso dos. Natureza jurdica dos quintos. Revista do Arquivo Pblico Mineiro, anoXXVI, 1938.

    Sobre o levantamento de Vila Rica (1720) e o alvar confirmando o perdo (1721). Revista doArquivo Pblico Mineiro, v.V, 1900.

    VASCONCELLOS, Diogo de. Linhas gerais da administrao colonial seu exerccio Capites-Mores, Donatrios, Governadores, Capites-Generais, Vice-Rei, Capites-Mores deVilas e Cidades. Revista do Arquivo Pblico Mineiro, v. XIX, 1921.

    1.3.2. Outros peridicos.

    ROCHA, Domingos Fleury. A indstria mineral e a Escola de Minas. Annaes da Escola de Minas, n26,1935, p.113.

    GORCEIX, Henri. Estudos geolgicos e mineralgicos sobre algumas localidades da provnciade Minas Gerais, Revista Archivos do Museu Nacional do Rio de Janeiro, volume III, 1878,p.9-10.JNIOR, Leandro Dupr. Estudo geolgico e mineralgico da regio E. De Ouro Preto,comprehenida entre aquella cidade, a povoao do Taquaral e o rio do Carmo. Revista Archivosdo Museu Nacional do Rio de Janeiro, volume III, 1878, p.11-16.

    Revista Industrial de Minas Gerais. A Lei sobre Minerao. Ouro Preto, ano IV, 30 de maro de1897, p.38-40.

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    26/38

    26

    Runas do Morro da Queimada: Ouro Preto pode perder seu patrimnio mais antigo. JornalPorta-Voz, Ouro Preto, julho de 2000, p.4.

    Moradores do Morro da Queimada podem ir para a rua. Jornal Comunidade, Ouro Preto, de 29

    de maio a 25 de julho de 2001, p.10.

    Parque das Andorinhas e Runas do Morro da Queimada ser tema de audincia, amanh. JornalO Inconfidente, Ouro Preto, fevereiro de 2005.

    1.4.Fonte jurdica.

    Ao Cautelar inominada antecedente de ao civil pblica para tutela do patrimnio histriconacional com pedido de liminar inaudita altera pars. Nuno Santos Coelho, Procurador Jurfico

    da FEOP. 24/08/2000.

    1.3.3. Relatos, memrias e estatstica.

    lbum dos Municpios do Estado de Minas Gerais, Ouro Preto, 2 volume, 1941.

    Annurio Estatstico, anno I, 1921, v.2, Servio de Estatstica Geral, Belo Horizonte: ImprensaOficial, 1925, p.776-779.

    ANTONIL, Andr Joo (Joo Antnio Andreoni). Pelas minas de ouro. In: Cultura e opulnciado Brasil. So Paulo: Cia. Editora Nacional, 1967. p.255-304.

    BANDEIRA, Manuel. Guia de Ouro Preto. Revista do SPHAN, n2, 1938.

    BUNBURY, Charles James F. Viagem de um naturalista ingls ao Rio de Janeiro e MinasGerais: 1833-1835. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; So Paulo: EDUSP, 1981.

    BURMEISTER, Hermann. Mariana, o Itacolomi, Ouro Preto. In: Viagem ao Brasil atravs dasprovncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais: visando especialmente a histria natural dosdistritos aurferos-diamantferos. Trad. Manoel Salvaterra e Hubert Schoenfeldt. BeloHorizonte: Ed. Itatiaia Ltda; So Paulo: EDUSP, 1980. p.212-235.

    BURTON, Richard. Viagem do Rio de Janeiro a Morro Velho. Trad. David Jardim Jnior. Belo

    Horizonte: Ed. Itatiaia; So Paulo: EDUSP. 1976.

    CASTELNAU, Francis. Expedio s regies centrais da Amrica do Sul. Trad. Olivrio M. deOliveira Pinto. So Paulo: Companhia Editora Nacional. 1949.

    Cdice Costa Matoso. Coleo das notcias dos primeiros descobrimentos das minas naAmrica que fez o doutor Caetano da Costa Matoso sendo ouvidor-geral das do Ouro Preto, deque tomou posse em fevereiro de 1749, & vrios papis. Coordenao de Luciano Raposo deAlmeida Figueiredo e Maria Vernica Campos. Belo Horizonte: Fundao Joo Pinheiro,Centro de Estudos Histricos e Culturais, 1999, 2v. (Coleo Mineiriana).

    COELHO, Jos Joo Teixeira. Instruo para o governo na Capitania de Minas Gerais. Belo

    Horizonte: Fundao Joo Pinheiro, Centro de Estudos Histricos e Culturais, 1994.

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    27/38

    27

    COUTO, Jos Vieira. Memria sobre a Capitania de Minas Gerais; seu territrio, clima eprodues metlicas. Belo Horizonte: Fundao Joo Pinheiro, Centro de Estudos Histricos eCulturais, 1994.

    COURCY, Visconde Ernest de. Seis semanas nas minas de ouro do Brasil. Trad. Jlio C.Guimares. Belo Horizonte: Fundao Joo Pinheiro, 1997.

    Dirio da Jornada que fez o Sr. D. Pedro desde o Rio de Janeiro at a Cidade de So Paulo edesta at s Minas, ano 1717. Revista do SPHAN, n3.

    DORBIGNY, Alcide. Minas Gerais. In: Viagem pitoresca atravs do Brasil. Trad. DavidJardim. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; So Paulo: EDUSP, 1976. p.143-165.

    Discurso histrico e poltico sobre a sublevao que nas minas houve no ano de 1720. BeloHorizonte: Centro de Estudos Histricos e Culturais, Fundao Joo Pinheiro, 1994. 193p.

    Enciclopdia dos Municpios Brasileiros. Jurandyr Pires Ferreira (org.). Rio de Janeiro:

    I.B.G.E., 1959. p.225-238.LUCCOCK, John. Notas sobre o Rio de Janeiro e partes meridionais do Brasil. Trad. Milton daS. Rodrigues e Mrio Guimares Ferri. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; So Paulo: EDUSP, 1976.

    MAWE, John. Viagens ao interior do Brasil. Trad. Selena Benevides Viana. Belo Horizonte:Ed. Itatiaia; So Paulo: EDUSP, 1976.

    OLIVEIRA, Ronald Polito de e LIMA, Jos Arnaldo Colho de Aguiar (orgs.). Visitas Pastoraisde Dom Frei Jos da Santssima Trindade (1821-1825). Belo Horizonte: Fundao JooPinheiro, 1998. p.359 e 367.

    POHL, Johann Emanuel. Viagem no interior do Brasil. Trad. Milton Amado e Eugnio Amado.Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; So Paulo: EDUSP, 1976.

    RUGENDAS, Johann M. O Brasil de Rugendas. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia. 1976.

    SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem pelas provncias do Rio de Janeiro e Minas. Trad.Vivaldi Moreira. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; So Paulo: EDUSP, 1975.

    SCHCH, Roch. Memria sobre algumas experincias e empenhos mineralgicos emetalrgicos. Rio de Janeiro: Impresso da Tipografia de Laemmert, 1840. 53p.

    SPIX, Johann & MARTIUS, Friedrich. Viagem pelo Brasil 1817-1820. Belo Horizonte: Ed.

    Itatiaia; So Paulo: EDUSP, v.1, 1976.

    SUZANNET, Conde de. (L. de Chavagnes). O Brasil em 1845. Trad. Mrcia de Moura Castro.Rio de Janeiro: Ed. Casa do Estudante do Brasil. 1957.

    TAUNAY, Afonso de E (org.). Relatos sertanistas. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; So Paulo:EDUSP, 1981.

    VASCONCELOS, Diogo Pereira Ribeiro de. Breve descrio geogrfica, fsica e poltica daCapitania de Minas Gerais. Belo Horizonte: Fundao Joo Pinheiro, 1994.

    1.3.3. Cartografia.

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    28/38

    28

    COSTA, Antnio Eduardo; RENNER, Friedrich Ewalde; FURTADO, Jnia Fereira; SANTOS,Mrcia Maria Duarte dos. Cartografia das Minas Gerais: da Capitania Provncia. BeloHorizonte: Ed. UFMG, 2002. Atlas em Portiflio, 31 mapas em 29 folhas, escala nodeterminada.

    1.5. Fontes secundrias.

    AIRES-BARROS, Lus. As rochas dos monumentos portugueses: tipologias e patologias.Lisboa: IPPAR, v.2, 2001.

    ANASTASIA, Carla Maria Junho. Vassalos rebeldes: violncia coletiva nas Minas na primeirametade do sculo XVIII. Belo Horizonte: Editora C/Arte, 1998.______________________________ Entre Cila a Caribde: as desventuras tributrias dosvassalos de Sua Majestade. In: Revista Varia Histria, Belo Horizonte, n.1, 1985.

    ANDRADE, Francisco Eduardo. A converso do serto: capelas e governamentalidade nasMinas Gerais. Revista Vria Histria, Belo Horizonte, v.23, n37, p.151-166, 2007.

    VILA, Affonso. Resduos seiscentistas em Minas. Belo Horizonte: Centro de EstudosMineiros, 1967.

    BARREIROS, Eduardo Canabrava. Episdios da Guerra dos Emboabas e sua geografia. BeloHorizonte: Editora Itatiaia Ltda; So Paulo: EDUSP, 1984. p.61-86.

    BARBOSA, Waldemar de Almeida. Dicionrio Histrico-Geogrfico de Minas Gerais. BeloHorizonte: Editora Itatiaia Ltda,1995.

    ____________________________. Dos caminhos pr-histricos s rodovias asfaltadas. In:Histria de Minas Gerais. 1979. p.469-495.

    BARRETO, Paulo Thedim. Casas de Cmara e Cadeia. Revista do SPHAN, n11, 1947.

    BARROSO, Gustavo. Mobilirio luso-brasileiro. In: Anais do Museu Histrico Nacional, v. I,n5, 1940.__________________. Classificao geral de mveis antigos. In: Anais do Museu HistricoNacional, v. IV, 1943.__________________. O mobilirio no Brasil. Revista de Arquitetura, ano IV, n12, 1951.

    BEDIAGA, Begonha (org.) Dirio do Imperador D. Pedro II: 1840-1891. Petrpolis: MuseuImperial / IPHAN, 1999. 161p.

    BENJAMIN, Walter. Coleo Grandes Cientistas Sociais. Trad. Flvio Ren Kothe. 1985.

    _________________. Pequena histria da fotografia. Flvio R. Kothe (org.). Editora tica, s/d.p.218-240.

    BOLTSHAUSER, Joo. Noes de evoluo urbana nas Amricas. Belo Horizonte: UFMG,1959.

    BORREGO, Maria Aparecida de Menezes. Dissertao. 1999. Cdigos e prticas: o processo deconstituio urbana em Vila Rica colonial (1702-1748). So Paulo: Annablume, Fapesp, 1999.

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    29/38

    29

    BOTELHO, Tarcsio Rodrigues. Populao e escravido nas Minas Gerais, c. 1720. In: 12Encontro da Associao Brasileira de Estudos da Populao ABEP, GT Populao e Histria,realizado em Caxambu (MG), outubro de 2000. Disponvel em:http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/2000/Todos/hist1_5.pdf. Acesso em15/11/2007.

    BOXER, Charles R. A idade de ouro do Brasil: dores de crescimento de uma sociedadecolonial. Traduo de Nair de Lacerda. 3 edio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

    BRANNER, John Casper. Resumo da Geologia do Brasil. Geological Society of Amrica, v.30,n2, junho de 1919. p.85-95._____________________. Bibliography of the geology, mineralogy and paleontology of Brazil.In: Bulletin of the Geological Society of America, 1909, 20v., p.1-132.

    BLUTEAU, D. Raphael de. Vocabulrio Portugus e Latino. Coimbra: Colgio das Artes daCompanhia de Jesus, 1712.

    BOSCHI, Caio C. Os leigos e o poder: irmandades leigas e poltica colonizadora em MinasGerais. So Paulo: Ed. tica, 1988.

    BURKE, Peter. Histria cultural: passado, presente e futuro: In: O mundo como teatro: estudosda antropologia histrica. Lisboa: Difel. 1992. p.15-25.

    ____________. Hibridismo cultural. Trad. Leila Souza Mendes. So Leopoldo: Editora daUniversidade do Vale do Rio dos Sinos. 2003. 116p.

    CMOP (Cmara Municipal de Ouro Preto). Ex-moradores das Runas do Morro da Queimadarecebem indenizao. Disponvel em: http://www.cmop.mg.gov.br.Acesso em 03/01/2009.

    CARRARA, ngelo A. Ocupao do solo e paisagens rurais. In: Minas e currais: produorural e mercado interno em Minas Gerais - 1674-1807. Juiz de Fora: Ed. UFJF, 2007. p.149-215.

    ___________________. Antes das Minas Gerais: conquista e ocupao dos sertes mineiros.Revista Vria Histria, Belo Horizonte, v.23, n38, p.575-596, 2007.

    CALGERAS, Joo Pandi. As Minas do Brasil e sua legislao. Rio de Janeiro: ImprensaNacional, 1904.

    CARVALHO, Feu de. Pontes e chafarizes de Ouro Preto. Belo Horizonte: Edies Histricas,s/d.

    CASAL, Manuel Aires de. Corografia braslica ou Relao histrico-geogrfica do Reino doBrasil [pelo] Pe. Manuel Aires de Casal. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia Ltda; So Paulo: EDUSP,1976. p.163-182.

    CHAVES, Cludia Maria das Graas. Comerciantes das Minas Setecentistas: a diversidade deatuao no mercado colonial. Belo Horizonte: Caderno de Filosofia e Cincias Humanas, n.10,abril/1998, p. 135-143._________________________________. Perfeitos negociantes: Mercadores das MinasSetecentistas. 1995. Dissertao Faculdade de Filosofia e Cincias Humanas, UniversidadeFederal de Minas Gerais, 1995.

    CHOAY, Franoise. O Urbanismo: utopias e realidades - uma antologia. So Paulo:Perspectiva, 1992.

    http://www.cmop.mg.gov.br/http://www.cmop.mg.gov.br/
  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    30/38

    30

    ________________. O Reino do urbano e a morte da cidade. In: Revista Projeto Histria,espao e cultura. So Paulo: PUC. 1999.

    COSTA, Antnio Gilberto (org.). Os caminhos do ouro e a Estrada Real. BeloHorizonte: UFMG; Lisboa: Kapa Editorial. 2005.

    _____________________________. Cartografia da conquista do territrio das Minas. BeloHorizonte: Editora UFMG. 2004, 245p.

    COSTA, Cludio Manoel da. Vila Rica. Ouro Preto: Tipografia do Estado de Minas Gerais,1897.

    COSTA, Iraci Del Nero. Vila Rica: Populao (1719-1826). 1977. 253p. Tese - Faculdade deEconomia e Administrao, Universidade de So Paulo. 1977.

    COSTA, Joaquim Ribeiro da. Primeiros municpios. In: Toponmia de Minas Gerais comEstudo Histrico da Diviso Territorial Administrativa. Belo Horizonte: Imprensa Oficial do

    Estado, 1970. p.15-29.COSTA, Lcio. Notas sobre a evoluo do mobilirio luso-brasileiro. Revista do SPHAN, n4.

    COSTA E SILVA, Alberto da. A enxada e a lana: a frica antes dos portugueses. Rio deJaneiro: Nova Fronteira; So Paulo: EDUSP, 1992.

    COUTO DE MAGALHES, Jos Vieira. Um Episdio da Histria Ptria (1720).In: Revistado Trimestral do Instituto Histrico Geographico e Ethnografico do Brasil, Tomo XXV, Rio deJaneiro, 1862, p.515-564.

    CROSSI, Ramon Fernandes. A religiosidade nas minas setecentistas. Belo Horizonte: Varia

    Histria, n. 24, janeiro/2001, p. 90-106.

    DASSUMPO, Silvia Romanelli. Consideraes sobre a formao do espao urbanosetecentista nas minas. Revista do Departamento de Histria. Belo Horizonte, n9, 1989.

    DELSON, Roberta Marx. Novas Vilas para o Brasil-colnia: Planejamento Espacial e Social nosculo XVIII. Braslia: Ed. Alva-Ciord, 1997.

    DENIS, Ferdinand. Brasil. Trad. Joo Etienne Filho e Malta Lima. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia;So Paulo: EDUSP, 1980.

    DIAS, Hlcia. O mobilirio dos Inconfidentes. Revista do SPHAN, n3.

    ESCHWEGE, Wilhelm Ludwig von. Pluto Brasiliensis. Trad. Domcio de Figueiredo Murta.Belo Horizonte: Ed. Itatiaia Ltda; So Paulo: EDUSP, v.1 e 2. 1979.

    FABRIS, Annateresa. Fragmentos urbanos: representaes culturais. So Paulo: Studio Nobel,2000.212p.

    FALCON, Francisco J. C. A cidade colonial: algumas questes a propsito de sua importnciapoltico-administrativa (XVII/XVIII). In: Anais do I Colquio de Estudos Histrico

    Brasil/Portugal, PUC MG, agosto de 1993.

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    31/38

    31

    FARIA, Sheila Siqueira de Castro. A colnia em movimento: fortuna e famlia no cotidianocolonial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.

    FERRAND, Paul. Explotaes antigas. In: O ouro em Minas Gerais. Trad. Jlio CastannGuimares. Belo Horizonte: Fundao Joo Pinheiro, 1998. p.91-131.

    FIGUEIREDO, Luciano R. de A. Barrocas famlias: vida familiar em Minas Gerais no sculoXVIII. So Paulo: HUCITEC, 1997. (Coleo Estudos Histricos).____________________________ Narrativas das rebelies: linguagem poltica e idias radicaisna Amrica Portuguesa moderna. In: Revista USP/Coordenadoria de Comunicao Social,Universidade de So Paulo. n.57 (mar./mai. 2003). So Paulo: USP / CCS, 2003, p. 6-27.

    FONSECA, Alexandre Torres. A Revolta de Felipe dos Santos. In: As Minas Setecentistas.Maria Efignia Lage de Resende e Luiz Carlos Villalta (org.). Belo Horizonte: Autntica,Companhia do Tempo, v.1, 2007. p.549-566.

    FONSECA, Cludia Damasceno. Funes, hierarquias e privilgios urbanos. A concesso dettulos de vila e cidade na capitania de Minas Gerais. Belo Horizonte: Varia Histria, n. 29,Janeiro, 2003, p. 39-51.___________________________. O espao urbano de Mariana: sua formao e suasrepresentaes. In: Termo de Mariana. Ouro Preto: Editora da UFOP, 1998.p.27-65.

    FONSECA, M. A. & SOBREIRA, F. G. O escorregamento do barro da Piedade, Ouro Preto,Minas Gerais: Processos de instabilidade em antigas reas de minerao. In: 2nd Pan-American Symposium on Landslides, 1997, Rio de Janeiro. Anais... Associao Brasileira deMecnica dos Solos e Engenharia Geotcnica,. pp 139-144. 1997.

    _______________________________. Antigas Minas de Ouro Preto: Impactos Fsicos e Scio-

    Culturais Relatrio Parcial de Pesquisa UFOP/FAPEMIG, Departamento de Geologia. 1999._______________________________. Ao Antrpica e processos em Encostas em OuroPreto, Brasil; Simpsio Nacional de Controle de Eroso; 2001.

    FOUCAULT, Michel. Microfsica do poder. 11 ed. Rio de Janeiro: Graal, 1995.

    FRAGOSO, Joo; BICALHO, Maria Fernanda Baptista; GOUVA, Maria de Ftima Silva(orgs.). O Antigo Regime nos Trpicos: a dinmica imperial portuguesa (sculos XVI-XVIII).Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 2001.

    FRANCO, Afonso Arinos de Melo. Desenvolvimento da civilizao material do Brasil. Revistado SPHAN, n11, 1945.

    FREIRE, Gilberto. Casas de residncia no Brasil. Revista do SPHAN, n7.

    FREITAS, Marcos Vincius. Hartt: expedies pelo Brasil Imperial. Editora Metallivros. 2001,244p.

    FREITAS JNIOR, Paulo de Melo. Projeto de criao da rea Municipal de ProteoAmbiental da Cachoeira das Andorinhas e Morro da Queimada. Ouro Preto. 1993.39p.

    FURTADO, Jnia Ferreira. Homens de negcio: a interiorizao da metrpole e do comrcionas Minas setecentistas. So Paulo: HUCITEC, 1999.

    MARTINS, Alexandre Alvarez de Souza, DAMASCENO, Sueli et alli. Referncias: Ouro Pretoem Luiz Fontana. Ouro Preto: Editora UFOP. 1996, 48p.

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    32/38

    32

    MENEZES, Furtado de. A Ouro Preto. In: Bi-Centenrio de Ouro Preto (1711-1911): MemriaHistria. Belo Horizonte: Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, 1911, p.207-214.

    GAGNEBIN, Jeanne Marie. Histria e narrao em W. Benjamin. So Paulo: EditoraPerspectiva, 1999. 114p.

    GARCIA, Juliane Martins. Traos hispnicos no processo de latinidade da arquitetura colonialem Minas Gerais. Arquitetura: caderno de produo discente do Ncleo de Ps-graduao emArquitetura e Urbanismo da Escola de Arquitetura da UFMG, Belo Horizonte, v.4, dez.2004,p.18-29.

    GOMES, Francisco de Assis Magalhes. Histria da siderurgia Brasileira. Belo Horizonte:Editora Itatiaia ; So Paulo: EDUSP. 1983.

    GONALVES, Andra Lisly. Algumas perspectivas da historiografia sobre Minas Gerais nossculos XVIII e XIX. In: Termo de Mariana: histria e documentao. Ouro Preto: Editora da

    UFOP. 1998. p.13-26._________________________ As tcnicas de minerao nas Minas Gerais do sculo XVIII. In:As Minas Setecentistas. Maria Efignia Lage de Resende e Luiz Carlos Villalta (org.). BeloHorizonte: Autntica, Companhia do Tempo, v.2, 2007. p.187-204.

    GOUVA, Maria de Ftima Silva. Dos poderes de Vila Rica do Ouro Preto: notas preliminaressobre a organizao poltico-administrativa na primeira metade do sculo XVIII. Revista VriaHistria, Belo Horizonte, n31, p.120-140, 2004.

    GUIMARES, Carlos Magno. Os Cabeas e as cabeas: quilombos, liderana e degola nasminas setecentistas. Belo Horizonte: Varia Histria, n. 26, janeiro / 2002, p. 109-131.

    _________________________ et alli. Levantamento Visual do Patrimnio Arqueolgico doMorro da Queimada (mimeo). Belo Horizonte: UFMG. 2004, 67p.

    HAROUEL, Jean-Louis. Histria do urbanismo. Campinas: Papirus, 1990.

    HESPANHA, Antnio Manuel. Poder e instituies na Europa do Antigo Regime. Coletnea detextos. Lisboa: F. C. Gulbenkian, 1984.

    HIRASHIMA, Hayato. 2003. Monografia. Um dia em Cata Branca: subsdios da arqueologiahistrica e do geoprocessamento para a elaborao de um modelo scio-espacial. FAFICH, BeloHorizonte. 2003. 70p.

    HOLANDA, Srgio Buarque de. A minerao: antecedentes luso-brasileiros. In: Histria geralda civilizao brasileira. So Paulo: Difel, t.1, v. 2, 1985. p.228-258._______________________________. Metais e pedras preciosas. In: Histria geral dacivilizao brasileira. So Paulo: Difel, t.1, v. 2, 1985. p.259-310.

    KELMER MATHIAS, Carlos Leonardo. Jogos de interesses e redes clientelares na revoltamineira de Vila Rica (c.1709 - c.1736). 2005. Tese PPGHIS / Universidade Federal do Rio deJaneiro, Rio de Janeiro, 2005._________________________________.O perfil econmico da capitania de Minas Gerais nasegunda metade do sculo XVIII, notas de pesquisa 1711-1720. Disponvel em:http://cedeplar.ufmg.br/seminarios/seminario_diamantina/2006/D06A050.pdf. Acesso em20/02/2008.

    LATIF, Miran Monteiro de Barros. As Minas Gerais. Belo Horizonte: Editora Itatiaia, 1991.

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    33/38

    33

    LEINZ, Victor. A geologia e a paleontologia no Brasil. In: Azevedo, F. As cincias no Brasil.Melhoramentos. 1955, s.1, p.243-263.

    LEMOS, Carlos. Arquitetura Brasileira. So Paulo: Melhoramentos, 1979.

    _____________. Cozinhas etc: um estudo sobre as zonas de servio da casa paulista. So Paulo,1978.

    LIBBY, Douglas Cole. Transformao e trabalho em uma economia escravista. So Paulo:Brasiliense, 1988.

    LIMA JNIOR, Augusto de. A capitania de Minas Gerais: origem e formao. 3 ed. BeloHorizonte: Instituto de Histria, Letras e Arte, 1965._______________________. Vila Rica do Ouro Preto: sntese histria e descritiva. BeloHorizonte: Grfica Veloso, 1957.

    LOPES, Francisco. Histria da construo da Igreja do Carmo de Ouro Preto. Revista doSPHAN, n 8.

    LOPES, Myriam B In the folds of space: four moments of ruins Em Interrogating traditions,Epistemologies, Fundamentalism, Regeneration and Practices, 20th Conference of theInternational Association for the Study of Traditional Environments, Berkeley - Cambridge,IASTE, 2008.

    LOTT, Mirian Moura. Casamento e relaes de afetividade entre escravos: Vila Rica sculosXVIII e XIX. In: Anais da V Jornada Setecentista, nov/2003, Curitiba.

    LUNA, Francisco Vidal & COSTA, Iraci Del Nero da. Ocupao, povoamento e dinmicapopulacional. In: Minas colonial: economia & sociedade. So Paulo: Livraria Pioneira Editora,1982. p.1-30.

    MACHADO, Alcntara. Vida e morte do bandeirante. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia Ltda; SoPaulo: EDUSP, 1980. 247p.

    MAGALHES, Beatriz Ricardina. A demanda do trivial: vesturio, alimentao e habitao.Revista Brasileira de Estudos Polticos. Belo Horizonte, n65, p.153-199, 1987.

    MANTOVANI, Andr L. Faa-se a luz: modernidades e demandas sociais na eletrificao dailuminao pblica em Ouro Preto, 1880-1920. 2005.75p. Monografia - ICHS/UFOP. 2005.

    MARX, Murilo. Arraiais mineiros: relendo Sylvio de Vasconcellos. Revista Barroco, BeloHorizonte, n15, 1990/1992.

    MARTINS, Marcos Lobato. Minerao, Agricultura e Degradao Ambiental em Minas Geraisnos Sculos XVIII e XIX. Revista do LPH, n4, p.107-119, 1993/1994.

    MARTINS, Maria do Carmo S. Revisitando a Provncia: comarcas, termos, distritos epopulao de Minas Gerais em 1833-35. In: 20 anos do Seminrio sobre a Economia Mineira 1982-2002: coletnea de trabalhos, 1982-2000. Belo Horizonte: UFMG/FACE/CEDEPLAR,2002. p.51-89.

    MASSARA et alii. Evoluo urbana de Ouro Preto nas primeiras dcadas do sculo XVIII.

    Revista do Departamento de Histria, Belo Horizonte, n 9, 1989. p.141-148.

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    34/38

    34

    MATHIAS, Herculano Gomes. Distrito de Antnio Dias. In: Um recenseamento da capitania deMinas Gerais: Vila Rica 1804. Rio de Janeiro: Ministrio da Justia / Arquivo Nacional, 1969.p.190-208.

    MATOS, Maria Izilda S. dos. Cotidiano e cidade. In: Cotidiano e Cultura: Histria, cidade etrabalho. So Paulo: EDUSC, 2002. p.13-43.

    MATOS, Raimundo Jos da Cunha. Comarca de Ouro Preto. In: Corografia histrica daProvncia de Minas Gerais (1837). So Paulo: EDUSP, v.1, 1981. p.89-100.

    ____________________________. Mapas de Lus Maria da Silva Pinto. In: Corografiahistrica da Provncia de Minas Gerais (1837). So Paulo: EDUSP, v.1, 1981. p.56-64.

    MEIRA, Slvio. Couto de Magalhes e a integrao nacional. In: Revista do Instituto Histrico eGeogrfico Brasileiro, v.148, n354, janeiro/maro de 1987, p.1-18.

    MENESES, J. N. C. Artes fabris e servios banais. Ofcios mecnicos e as Cmaras no final do

    Antigo Regime. Minas Gerais e Lisboa 1750-1808. 2003. Tese de doutorado - ICHF/UFF,2003.

    MENEZES, Furtado. A religio em Ouro Preto. In:Bicentenrio de Ouro Preto (1711-1911):Memria Histrica. Belo Horizonte: Impressa Oficial do Estado de Minas Gerais, 1911. p.208-214.

    MENICONI, Rodrigo Otvio de Marco. A construo de uma cidade-monumento: o caso deOuro Preto. 1999. Dissertao de Mestrado, Escola de Arquitetura da UFMG, UniversidadeFederal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1999.

    MOL, Cludia C. Mulheres forras: cotidiano e cultura material em Vila Rica (1750-1800). 2001.

    Dissertao - Faculdade de Filosofia e Cincias Humanas, Universidade Federal de MinasGerais, Belo Horizonte, 2001.

    MOURO, Isaura (coord.). Memria Viva. Ouro Preto: Alcan Alumnio do Brasil Ltda. 2000.125p.

    MOURO, Paulo Krger C. As igrejas setecentistas de Minas. Belo Horizonte: Ed. ItatiaiaLtda, 1964.

    MUMFORD, Lewis. A Cidade na Histria. 3 ed. So Paulo:Martins Fontes, 1991.

    NATAL, Caion Meneguello. Imagens de Ouro Preto: a construo de uma cidade histrica,

    1891-1933. In: XXIII Simpsio Nacional de Histria. Histria: Guerra e Paz, 2005, Londrina-PR. Anais doXXIII Simpsio Nacional de Histria. Histria: Guerra e Paz, 2005.

    OLIVEIRA, Benedito Tadeu de. O Parque Arqueolgico do Morro da Queimada. Disponvelem: http://www.ideiad.com.br/site_morro/pdf/portal.doc.pdf . Acesso em 03/01/2009.

    __________________________. urgente uma ao conjunta para reverter a deteriorizao deOuro Preto. Disponvel em: http://www.arcoweb.com.br/debate/debate52.asp. Acesso em09/11/2007.OLIVEIRA, Benedito Tadeu e M. B. Lopes Projeto do Parque Arqueolgico do Morro daQueimada, Ouro Preto, 2004.

    OLIVEIRA, Helenice Afonso. ndice dos Livros de Aforamentos da Prefeitura Municipal deOuro Preto (1930-1969). 2002.

    http://www.arcoweb.com.br/debate/debate52.asphttp://www.arcoweb.com.br/debate/debate52.asp
  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    35/38

    35

    OLIVEIRA, Myriam A Situao das artes plsticas em Minas no sculo XIX / Escultura ePintura. In: III Seminrio sobre a cultura mineira sculo XIX. Belo Horizonte: ConselhoEstadual de Cultura de Minas Gerais. Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, 1982. p.148-160.

    OLIVEIRA, Patrcia Porto de. Vila Rica: dados urbanos dos assentos de batismos de escravosadultos sc. XVIII. In: II Seminrio de Histria Quantitativa e Serial, Centro de PesquisaHistrica da Pontifcia Catlica de Minas Gerais, XXXX, Belo Horizonte. Disponvel em:http://historia_demografica.tripod.com/bhds/bhd24/patri.pdf. Acesso em 15/01/2008.

    OMEGNA, Nelson. A cidade colonial. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1961.

    OZZORI, Manoel (org.). Cidade de Ouro Preto. In: Almanack administrativo, mercantil,industrial, scientifico e litterario do Municpio de Ouro Preto, anno 1. Ouro Preto: TypographiadA Ordem, 1890. p.75-97.

    PAIVA, Eduardo F. Bateias, carumbs, tabuleiros: minerao africana e mestiagem no NovoMundo. In: O trabalho mestio: maneiras de pensar e formas de viver sculo XVI a XIX.PAIVA, Eduardo F. & ANASTASIA, Carla M. J. (org.). So Paulo: Annablume:PPGH/UFMG,2002.

    PAULA, Floriano Peixoto de. Vilas de Minas Gerais no perodo colonial. Revista Brasileira deEstudos Polticos, nXIX, junho de 1965.

    PAULA, Joo Antnio de. A minerao de ouro em Minas Gerais no sculo XVIII. In: Histriade Minas Gerais: as Minas Setecentistas. Belo Horizonte: Autntica Editora. 2007, p.279-301.

    PENA, Eduardo Spiller. Notas sobre a historiografia da arte do ferro nas fricas Central e

    Ocidental. In: Anais do XVII Encontro Regional de Histria o lugar da Histria. Campinas,ANPUH/SP-UNICAMP, 2004, p.13-39.

    PESAVENTO, Sandra Jatahy. Histria e Histria Cultural. 2 ed. Belo Horizonte: Autntica,2004. 132p.

    PINTO COELHO, Jos Efignio. Nossa Senhora do Pilar: um culto emboaba. Ouro Preto:Imprensa Universitria da UFOP. 1991, 104p.___________________________. Um trabalho de restaurao e pesquisa do Arquivo daCmara Municipal de Ouro Preto: A mudana da capital 1897-1987. Ouro Preto: ArtesGrficas Tiradentes Ltda. 1987.9p.

    PITTA, Sebastio da Rocha. Livro dcimo e ltimo. In: Histria da Amrica Portuguesa. BeloHorizonte: Ed. Itatiaia Ltda; So Paulo: EDUSP, 1976.p.267-293.

    NEGROMONTE, Carlos Fabrcio X. (coord.) Plano de conservao, valorizao edesenvolvimento de Ouro Preto e Mariana. Belo Horizonte: Fundao Joo Pinheiro. 1975, 69p.

    Plano Diretor de Ouro Preto. Prefeitura Municipal de Ouro Preto. 1996.

    POLITO, Ronald (org) Termo de Mariana: histria e documentao. Mariana: ImprensaUniversitria da UFOP, 1998.

    POLLAK, Michel. Memria, esquecimento, silncio. Estudos histricos Memria. Rio de

    Janeiro: Vrtice, v.2, n.3, 1989, pp.3-16.

  • 7/25/2019 Morro Da Queimada Seculo XX

    36/38

    36

    PRIORE, Mary Del. Histria do cotidiano e da vida privada. In: Domnios da Histria: ensaiosde teoria e metodologia. Ciro Flamarion Cardoso e Ronaldo Vainfas (org.). Rio deJaneiro:Campus, 1997.p.259-274._______________. Ritos da vida privada In: Histria da vida privada no Brasil I: cotidiano e

    vida privada na Amrica portuguesa, So Paulo: Cia das Letras, 1997.

    RAMOS, Donald. A social history of Ouro Preto: stresses of dinamic urbanization in colonialBrazil, 1695-1726. 1972. Tese de Doutorado. Flrida: The University of Florida, 1972 (mimeo).

    RAMINELLI, Ronald. Simbolismos do espao urbano colonial. In: VAINFAS (org.) Amricaem tempo de conquista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1992.

    REIS, Liana Maria. Mulheres de ouro: as negras de tabuleiro das Minas Gerais do sculo XVIII.Revista do Departamento de Histria, Belo Horizonte, n8, jan/1989.

    REIS FILHO, Nestor Goulart. Contribuio ao estudo da evoluo urbana do Brasil(1500/1720). So Paulo: EDUSP, 1968.

    ROCHA, Jos Joaquim da. Vila Rica. In: Geografia histrica da Capitania de Minas Gerais.Belo Horizonte: Fundao Joo Pinheiro, 1995. p.98-106.

    RODARTE, Mrio Marcos Sampaio. O caso das minas que no se esgotaram: a pertincia doantigo ncleo central minerador na expanso da malha urbana da Minas Gerais oitocentista.1999. 179p. Dissertao - FACE/UFMG. 1999.

    RODRIGUES, J. Wasth. Mveis antigos de Minas Gerais. Revista do SPHAN, n2.

    ROMEIRO, Adriana. Conspirao poltica e cultura poltica. In: Um visionrio na corte de D.Joo V: revolta e milenarismo nas Minas Gerais. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001.p.169-208.

    _________________& BOTELHO, ngela Vianna. Dicionrio Histrico das Minas Gerais:perodo colonial. 2 edio. Belo Horizonte: Autntica, 2004.

    RUSSELL-WOOD, A. J. R. O governo local na Amrica Portuguesa: um estudo de divergnciacultural. Revista de Histria, n. 109. So Paulo: FFLCH/USP, V.55, n 109, 1977.

    SALLES, Fritz Teixeira de. Vila Rica do Pilar. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia Ltda; So Paulo:EDUSP, 1982.

    SANTOS, Benedicto Jos dos. A Geologia do Municpio de Ouro Preto. In: Bicentenrio deOuro Preto: 1711-1911. Belo Horizonte: Impressa Oficial do Estado de Minas Gerais, 1911. p.93-105.

    SANTOS, Jos de Almeida. Estilo brasileiro D. Maria ou colonial brasileiro. Revista doSPHAN, n6.

    SANTOS, Mrcio. Estradas Reais: Introduo ao estudo dos caminhos do ouro e do diamanteno Brasil. Belo Horizonte: Editora Estrada Real. 2001. 180p._______________. Novas perspectivas. Revista Histria Viva: Temas Brasileiros, So Paulo,Editora Duetto, n4, 2006.

    SANTOS, Paulo Ferreira. Subsdios