11
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL PALOMA VIVIANY MARQUES MORAIS MEDEIROS POLÍTICAS SOCIAIS: NA QUESTÃO SOCIAL, PLANEJAMENTO SOCIAL, A CONCEPÇÃO ÉTICA .

Questão Social

Embed Size (px)

DESCRIPTION

maswdw

Citation preview

Page 1: Questão Social

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL

PALOMA VIVIANY MARQUES MORAIS MEDEIROS

POLÍTICAS SOCIAIS: NA QUESTÃO SOCIAL, PLANEJAMENTO SOCIAL, A

CONCEPÇÃO ÉTICA

.

SOUSA, PB.

2015

Page 2: Questão Social

PALOMA VIVIANY MARQUES MORAIS MEDEIROS

POLÍTICAS SOCIAIS: NA QUESTÃO SOCIAL, PLANEJAMENTO SOCIAL, A

CONCEPÇÃO ÉTICA

.

Trabalho apresentado ao Curso Bacharelado em

Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte

do Paraná, como requisito de produção textual

interdisciplinar individual referente ao 3º e 4º

sementre.

Tutor: João Bôsco Alves de Araujo

SOUSA

2015

Page 3: Questão Social

Sumário

Introdução...................................................................................................................................3

Políticas sociais: na questão social, planejamento social, a concepção ética.............................4

Conclusão....................................................................................................................................6

Referências..................................................................................................................................7

Page 4: Questão Social

Introdução

Este trabalho aborda sobre as políticas sociais, mostrando como elas se estruturam

mediante a questão social, planejamento social e a concepção ética. Apresenta os principais

aspectos que desencadearam no surgimento da questão social no capitalismo monopolista,

com a finalidade de analisar os fundamentos econômicos e sociais do surgimento da questão

social, suas expressões por meio de políticas sociais e o espaço sócio-ocupacional para o

Serviço Social.

O Serviço Social como profissão institucionalizada está ligado à questão social

originalizada da contradição entre capital e trabalho. A expressão da questão social surge no

período em que o capitalismo sofreu profundas modificações no seu ordenamento e na sua

dinâmica econômica, afetando a estrutura social e as instâncias políticas das sociedades

(NETTO, 1992). O objetivo era aumentar os lucros capitalistas através do controle de

mercado e ao lado disto estava o parasitismo da vida social da burguesia e a

supercapitalização. Desse modo o Estado passou a atuar protegendo as condições externas da

produção capitalista, garantindo os superlucros dos monopólios, passando a intervir na

questão social, colocando esta como alvo de políticas sociais.

A estrutura deste trabalho está organizada nos seguintes aspectos: 1) Conceito de

questão social, a partir do contexto do capitalismo monopolista; 2) Histórico da construção

das políticas sociais e os fatores políticos, econômicos e sociais que influenciaram neste

processo até 1988; e 3) Relação da questão social e as políticas sociais.

Page 5: Questão Social

Políticas sociais: na questão social, planejamento social, a concepção ética

A questão social surgiu como fenômeno do industrialismo no século XIX, estando

diretamente vinculado ao desenvolvimento das forças produtivas, com a ampliação do

industrialismo e de mercados no século XIX. Com a entrada da máquina os trabalhadores

passaram a ser vistos como complementos desta; causa de revolta por parte das massas

trabalhadoras e o capital passou a controlar os salários, com a finalidade de substituir o

trabalhador por máquinas, equipamentos e instalações (SANTOS; COSTA, 2006).

Durante o capitalismo, a classe operária urbana não tinha suas necessidades básicas

atendidas, a burguesia era a possuidora dos meios que contratava o operário, que possuíam

interesses divergentes das massas trabalhadoras. Segundo Santos e Costa (2006), a

pauperização é um processo de acumulação capitalista que resulta da industrialização e impõe

a inserção da família dos trabalhadores no mercado de trabalho para ampliar a renda e

futuramente assegurar a reprodução social do trabalhador e de sua família. O pauperismo é

considerado como uma das primeiras expressões da questão social, ligado à incompatibilidade

de classes no capitalismo evidente na desigualdade social. Com isto, foi observado que as

massas trabalhadoras reagiram as condições do pauperismo, formulando-se como classe

lutando por interesses comuns, e assim passou a ser denominado de questão social, que foi

destacada pela a miséria e a insatisfação do operariado (MONTANO, 1998).

Sendo assim, a questão social surge no transcorrer da luta operária, e a sua

explicitação para o conjunto da sociedade se verifica por intermédio das lutas sociais urbanas,

que se multiplicam e têm como principais protagonistas a classe operária, a burguesia

industrial e um Estado que se recusa a intervir no problema (SANTOS; COSTA, 2006).

No capitalismo monopolista, o capital necessitou de intervenção extra-econômicos

advindos do Estado, ou seja, “as funções políticas do Estado se misturaram organicamente

com as suas funções econômicas” (NETTO, 1992). O estado, no plano econômico, exercia o

papel executivo da burguesia, propiciando condições que viessem a acumular e a valorizar o

capital; e no plano político, o Estado distribui funções sócio-políticas, generalizando e

institucionalizando os direitos sociais, garantindo sua atuação em benefício do capital. Por

tanto o Estado enfrenta os efeitos da questão social, por meio das políticas sociais, sendo

assim monopolista (MONTANO, 1998).

Entra em cena a previdência social (aposentadoria e pensões) como instrumento para

decidir contra o subconsumo, oferendo recursos ao Estado e distribuindo os custos da

exploração monopólica à sociedade na vida dos trabalhadores (NETTO, 1992). É quando

Page 6: Questão Social

surge as políticas sociais para assegurar o desenvolvimento da ordem monopólica. Portanto,

as políticas sociais servem para atuar e intervir nas propagações da questão social, ligadas a

seus efeitos que são tidos como problemáticas sociais. Logo, as políticas sociais derivam da

mobilização e organização da classe operária e dos trabalhadores (BEHRING; BOSCHETTI,

2007).

A literatura revela que a necessidade do Serviço Social como profissão ocorreu na

intercorrência dos processos econômicos, sociais, políticos e teórico-culturais ocorridos

durante o período monopolista do capitalismo, surgindo assim o Serviço Social como

profissão inserida na divisão social do trabalho. Foi a ordem monopólica que criou e fundou o

Serviço Social enquanto profissão. Sua instauração se baseou nas modalidades de intervenção

do Estado burguês na questão social, nas formas de políticas sociais. Sendo assim, as políticas

sociais são formuladas e implementadas pelo Serviço Social (NETTO, 1992).

Para Behring; Boschetti (2007), o Serviço Social é um executivo final de políticas

sociais, considerando também os assistentes sociais como atuantes no seu planejamento; o

serviço social administra os recursos e implementamos serviços sociais. Logo, o nascimento

do Serviço Social enquanto profissão está diretamente ligado ao capitalismo monopolista e

sua profissionalização é atribuída a questão social. Conforme Montano (1998) as políticas

sociais são instrumentos de redução de conflitos, que inclui conquistas populares, traduzidas

em concessões do Estado e/ou empresa.

Page 7: Questão Social

Conclusão

Com este trabalho foi possível percebermos que o surgimento e o desenvolvimento

do Serviço Social enquanto profissão implantada na divisão social e do trabalho é esclarecido

com a necessidade de se ter o Serviço Social situada no aparecimento de um espaço sócio-

ocupacional, com a finalidade de responder às expressões da questão social. É notório que há

uma tendência de aumentar a demanda para o Serviço Social devido ao aumento no número

de políticas sociais cada vez mais setorializadas.

Foi observado que a questão social foi entendida como uma série de problemas

políticos, sociais e econômicos imposta pela classe operária no processo de construção da

sociedade capitalista monopólica. A questão social tem como marco a pauperização das

massas trabalhadoras e se assegura no processo de acumulação do capital. Sendo assim, a

questão social surge no transcorrer da luta operária, e a sua explicitação se configura por meio

das lutas sociais urbanas.

Este trabalho foi de suma importância pois foi possível conhecer a questão social

voltada para o capitalismo monopolista; analisar as políticas sociais que influenciaram a

questão social e relacionar estas duas esperas sociais.

Page 8: Questão Social

Referências

BEHRING, Elaine Rossetti; Boschetti, Ivonete. Política Social: Fundamentos e História. 2ª

edição. São Paulo: Cortez Editora, 2007.

MONTAÑO, C. E. A Natureza do Serviço Social: um ensaio sobre sua gênese, sua

especificidade e sua reprodução. São Paulo. Cortez. 1998.

NETTO, José Paulo. Capitalismo Monopolista e Serviço Social. São Paulo: Cortez, 1992.

SANTOS, E. P; COSTA, G. M. Questão social e desigualdade: novas formas, velhas raízes. 4.

In: Revista Agora: Políticas Públicas e Serviço Social, Ano 2, nº. 4, julho de 2006 – ISSN –

1807 – 698X. Disponível em: http://www.assistentesocial.com.br.