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Volume 05QUMICA
2 Coleo Estudo
Sum
rio
- Q
um
ica
Frente A09 03 Concentrao das solues Autor: Marcos Raggazzi
10 11 Diluio e mistura de solues Autor: Marcos Raggazzi
Frente B09 19 Processos eletroqumicosAutor: Marcos Raggazzi
10 29 Pilhas Autor: Marcos Raggazzi
Frente C17 39 xidos Autor: Marcos Raggazzi
18 47 Reaes inorgnicas I Autores: Marcos Raggazzi Fabiano Guerra
19 63 Reaes inorgnicas II Autores: Marcos Raggazzi Fabiano Guerra
20 69 Equilbrio qumico Introduo Autores: Marcos Raggazzi Fabiano Guerra
Frente D17 77 Reaes de adio Autores: vina Paula
Marcos Raggazzi
18 85 Reaes de eliminaoAutores: vina Paula Marcos Raggazzi
19 91 Reaes de oxidao Autores: vina Paula Marcos Raggazzi
20 99 Reaes de substituio Autores: vina Paula Marcos Raggazzi
3Editora Bernoulli
MDULO
A concentrao de uma soluo a medida proporcional quantidade de soluto presente na mesma. Essa proporo de soluto pode ser determinada em relao quantidade da soluo. As principais formas de se exprimirem as concentraes de uma soluo so:
Concentrao em gramas por litro (Cg.L1);
Concentrao em porcentagem em massa (Cm/m);
Concentrao em mol por litro (Cmol.L1);
Concentrao em partes por milho (Cp.p.m.).
OBSERVAO
Asunidadesdeconcentraodefinidasemfunodo
volume dependem da temperatura.
DENSIDADEA densidade de uma soluo a relao entre a massa da
soluo (m) e o volume (V) ocupado pela mesma. A massa e o volume da soluo so obtidos pela soma das massas e dos volumes, respectivamente, do soluto e do solvente.
r = Vm
A massa da soluo pode ser medida em gramas (g) ou quilogramas (kg), e o volume, em mililitros (mL), centmetros cbicos (cm3), litros (L), entre outras unidades. Sendo assim, a unidade de medida da densidade de uma soluo pode assumir qualquer unidade de medida de massa e de volume. As mais comuns so g.mL1, g.cm3, g.L1 e kg.L1.
Exemplo:
O rtulo do frasco de uma soluo aquosa de cido ntrico, a ser utilizada para a fabricao do explosivo nitroglicerina, que foi utilizado na imploso do edifcio Palace II, na Barra da Tijuca, em maro de 1998, apresenta r = 1,20 g.cm3.
Significado fsico: A massa de 1,0 cm3 de soluo corresponde a 1,20 gramas.
UNIDADES DE CONCENTRAOConcentrao em massa/volume*
a relao entre a massa de soluto, em gramas (m1), e o volume (V) da soluo, em litros.
Cg.L1 = volume de soluo (L)massa de soluto (g)
m1V
Cg.L1 =
Exemplo:
O rtulo do frasco de Guaran Antarctica diet apresenta a concentrao, em gramas por litro, Cg.L1 = 0,358 g.L
1 do edulcoranteartificialsacarinasdica.
Significadofsico:Emcada1,0Ldorefrigerante,amassade sacarina sdica dissolvida de 0,358 g.
Concentrao em massa/massa** a relao entre a massa do soluto (m1) e a massa da
soluo (m), em gramas.
m1m
Cm/m =
A massa da soluo (m) obtida pela soma da massa do soluto (m1) com a massa do solvente (m2).
m = m1 + m2
Essa unidade de concentrao adimensional. Toda grandeza adimensional, em Qumica, expressa uma porcentagem; nesse caso, a porcentagem do soluto na massa da soluo.
Cm/m% = Cm/m . 100
Exemplo:
A gua do mar*** possui 3,5% de salinidade, ou seja, Cm/m = 0,035.
Significadofsico:Emumaamostrade100gdaguadomar,3,5 g so de sal (NaCl).
* Antigamente, essa unidade de concentrao era denominada concentrao comum.
** Antigamente, essa unidade de concentrao era denominada concentrao ttulo em massa.
*** Deve-se supor, para essa anlise, que toda a massa de sal encontrada no mar seja de NaCl e que a gua do mar um sistema
homogneo.
QUMICA FRENTEConcentrao das solues 09 A
4 Coleo Estudo
Frente A Mdulo 09
Concentrao em partes por milho (p.p.m.)
Quando uma soluo muito diluda, mais conveniente determinar a sua concentrao em p.p.m.
Cp.p.m. = massa do soluto (mg)
massa da soluo (kg)
A concentrao em p.p.m. tambm pode ser calculada utilizando-se os dados relativos aos volumes do soluto e da soluo.
Cp.p.m. = volume do soluto (cm3)
volume da soluo (m3)
Exemplo:
A concentrao de CO2 na atmosfera vem aumentando e, atualmente, atinge recordes de 335 p.p.m., ou seja, 0,0335% de todo o ar atmosfrico.
Significadofsico:Emcada1m3dearatmosfricofiltrado,335 mL so de gs carbnico (CO2).
Concentrao em quantidade de matria/volume
a relao entre a quantidade de matria do soluto (n1), em mols, e o volume da soluo (V), em litros:
Cmol.L1 =n1V
A quantidade de matria do soluto pode ser calculada pela expresso:
m1n1 = M1=
massa molar do soluto (g.mol1)
massa do soluto (g)
Assim,
Cmol.L1 =m1
M1 . V
Exemplo:
Os agricultores utilizam hormnios vegetais sintticos, especialmente auxinas, para conseguir vrios resultados na produo de pepinos e tomates. Quando a concentrao das auxinas superior a 0,3 mol.L1, o pepino e o tomate no desenvolvem sementes.
Significadofsico:Emcada1Ldesoluo,estodissolvidos0,3 mol de auxinas.
RELAES ENTRE AS UNIDADES DE CONCENTRAO
Algebricamente, pode-se manipular as equaes das unidades de concentrao e obter relaes diretas e simples entre elas.
Relao entre densidade, Cg.L1 e Cm/mComo
Cm/m = m1m
e = mV
isolando-se a massa do soluto e o volume da soluo, tem-se:
m1 = Cm/m . m e V = m
Substituindo-se esses valores na equao da concentrao em g.L1, tem-se:
Cg.L1 = m1V Cg.L1 = m
Cm/m . m
Logo,
Cg.L1 = r . Cm/m
OBSERVAO
Essa equao s vlida para densidades expressas
em g.L1.
Quando a densidade expressa em g.mL1 ou g.cm3, a equao anterior multiplicada pelo fator 1 000, para se obter a concentrao em g.L1. Assim,
Cg.L1 = 1 000 . r . Cm/m
Relao entre Cmol.L1 e Cg.L1Como
Cmol.L1 = m1
M1 . V
isolando-se a massa do soluto, tem-se:
m1 = Cmol.L1 . M1 . V
Substituindo-se esse valor na equao da concentrao em g.L1, tem-se:
Cg.L1 = m1V Cg.L1 = V
Cmol.L1 . M1 . V
Logo,
Cg.L1 = Cmol.L1 . M1
Essa equao pode ser associada com a relao entre Cg.L1, densidade e Cm/m. Assim,
Cg.L1 = 1 000 . r . Cm/m = Cmol.L1 . M1
Concentrao das solues
5Editora Bernoulli
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04. (UFLA-MG2009) Preparou-se uma soluo de (NH4)3PO4 de concentrao 0,10 mol.L1. Do frasco que continha a
soluo, foram retirados 25 mL. INCORRETOafirmar
que, nesses 25 mL, pode-se encontrar
A) 0,0025 mol de PO43.
B) 0,10 mol de (NH4)3PO4.
C) 0,03 mol de H.
D) 0,01 mol de O.
05. (UFV-MG) Solues fisiolgicas aquosas de NaCl a 0,9% (m/V) so usadas na limpeza de lentes de
contato, nebulizao, limpeza de escoriaes, etc.
As concentraes aproximadas dessas solues,
expressas em mol/L e mg/L, so, respectivamente,
A) 1,5x102 e 9,0x102.
B) 1,5x102 e 9,0x103.
C) 1,5x101 e 9,0x104.
D) 1,5x101 e 9,0x103.
E) 1,5x101 e 9,0x102.
EXERCCIOS PROPOSTOS
01. (ITA-SP) Considere as seguintes solues:
I. 10 g de NaCl em 100 g de gua.
II. 10 g de NaCl em 100 mL de gua.
III. 20 g de NaCl em 180 g de gua.
IV. 10 mol de NaCl em 90 mol de gua.
Dessas solues, tem concentrao 10% em massa de cloreto de sdio
A) apenas I.
B) apenas III.
C) apenas IV.
D) apenas I e II.
E) apenas III e IV.
02. (UFRGS)Osorofisiolgicoumasoluoaquosaquecontm 0,9% em massa de NaCl. Para preparar 200 mL
dessa soluo, a quantidade necessria de NaCl de,
aproximadamente,
A) 0,45 g.
B) 1,8 g.
C) 0,09 mol.
D) 0,18 mol.
E) 10,6 g.
EXERCCIOS DE FIXAO
01. (UFJF-MG) A cada dia, mais pessoas so vtimas de acidentes de trnsito em funo do uso de bebidas
alcolicas. Quando uma pessoa ingere bebidas alcolicas,
o lcool passa rapidamente para a corrente sangunea e
levado para todas as partes do corpo. Como resultado,
a capacidade da pessoa para conduzir veculos altamente
comprometida, tendo em vista que a intoxicao
afeta a coordenaomotora e a rapidez dos reflexos.
De acordo com a legislao brasileira em vigor, uma pessoa
est incapacitada para dirigir com segurana se tiver uma
concentrao de lcool no sangue superior a 0,8 g.L1.
QUMICA NOVA NA ESCOLA, 1997.
Pergunta-se: quantos copos de cerveja de 300 mL uma pessoa de porte mdio, que tem um volume sanguneo de aproximadamente 5 litros, pode tomar para ainda estar capacitada a dirigir?
Observao: O clculo efetuado considera que todo o lcool ingerido passa para o sangue. Na realidade, pode-se ingerir um pouco mais que o calculado e ainda estar dentro do limite legal, tendo em vista que vrios mecanismos no organismo se encarregam de eliminar a substncia txica.
Dado: Teor alcolico da cerveja = 32 g.L1.
A) 1
B) 2
C) 3
D) 4
E) Nenhum
02. (UFOP-MG2009) Durante uma festa, um convidado ingeriu 5 copos de cerveja e 3 doses de usque. A cerveja contm
5% V/V de etanol e cada copo tem um volume de 0,3 L;
o usque contm 40% V/V de etanol e cada dose
corresponde a 30 mL. O volume total de etanol ingerido
pelo convidado durante a festa foi de
A) 111 mL. C) 15,9 mL.
B) 1,11 L. D) 1,59 L.
03. (UFJF-MG2006) O oznio (O3) nosso aliado na estratosfera, protegendo contra a incidncia de raios
ultravioleta. No entanto, torna-se um inimigo perigoso
no ar que respiramos, prximo superfcie da Terra.
Concentraes iguais ou superiores a 0,12 L de O3 em
um milho de litros de ar podem provocar irritao nos
olhos e problemas pulmonares, como edema e hemorragia.
Esta concentrao limite de oznio corresponde a
A) 0,12 ppm. D) 12 ppm.
B) 1,2 ppm. E) 120 ppm.
C) 0,012 ppm.
6 Coleo Estudo
Frente A Mdulo 09
03. (PUC Minas2007) O rtulo de um produto usado como detergente apresenta, entre outras, a seguinte
informao:
Cada 200 mL de detergente contm 10 mL de soluo amoniacal (NH3(aq)) a 28% V/V.
A concentrao de amnia (NH3) no detergente, em porcentagem, volume por volume, de
A) 1,4%.
B) 2,8%.
C) 4,6%.
D) 10,0%.
04. (UNIFESP2007) A contaminao de guas e solos por metais pesados tem recebido grande ateno dos
ambientalistas, devido toxicidade desses metais ao
meio aqutico, s plantas, aos animais e vida humana.
Entre os metais pesados h o chumbo, que um elemento
relativamente abundante na crosta terrestre, tendo uma
concentrao ao redor de 20 p.p.m. (partes por milho).
Uma amostra de 100 g da crosta terrestre contm um
valor mdio, em mg de chumbo, igual a
A) 20.
B) 10.
C) 5.
D) 2.
E) 1.
05. (FMTM-MG) A ingesto de protenas pode ser feita pelo consumo de alimentos como ovos, carnes e leite. Tais
alimentos tambm contm minerais importantes na
manuteno do organismo, como o clcio e o ferro. No rtulo
de determinada caixa de ovos de galinha consta que 50 g
de ovos (sem a casca) contm 25 mg de clcio, entre outros
constituintes. O nome da protena e o teor em p.p.m.
(1 p.p.m. = 1 parte por 1 milho de partes) de ons clcio
presentes nesses ovos so, respectivamente,
A) albumina; 200.
B) albumina; 500.
C) casena; 250.
D) casena; 500.
E) insulina; 200.
06. (PUC Minas) Uma soluo aquosa de cloreto de clcio, soluto totalmente dissociado, foi preparada pela
dissoluode33,3gdessesal,emguasuficientepara
500 mL de soluo. A concentrao de ons cloreto,
em mol de Cl/L de soluo, igual a
A) 0,3. C) 0,9.
B) 0,6. D) 1,2.
07. (FMTM-MG) Os acares mais complexos normalmente so convertidos em glicose (C6H12O6), uma das principais
fontes de energia para o ser humano. A alimentao
intravenosa hospitalar consiste, usualmente, em uma
soluo de glicose em gua com adio de sais
minerais. No preparo de um medicamento, foram
utilizados 2,5 g de glicose dissolvidos em 90 mL de
gua. A concentrao em quantidade de matria desse
medicamento
Dado: Massa molar da glicose = 180 g.mol1
A) 9,6x105.
B) 5,0x104.
C) 2,5x103.
D) 1,54x101.
E) 3,6x101.
08. (VUNESP2006) Uma pastilha contendo 500 mg de cido ascrbico (vitamina C) foi dissolvida em um copo
contendo 200 mL de gua. Dadas as massas molares
C = 12 g.mol1, H = 1 g.mol1 e O = 16 g.mol1 e a
frmula molecular da vitamina C, C6H8O6, a concentrao
da soluo obtida
A) 0,0042 mol.L1.
B) 0,0142 mol.L1.
C) 2,5 mol.L1.
D) 0,5 g.L1.
E) 5,0 g.L1.
09. (UFV-MG2006) A sacarina (estrutura a seguir) em solues aquosas diludas cerca de 500 vezes mais
doce que a sacarose (acar comum). A concentrao
mnima de sacarina em uma soluo para que o
sabor doce seja detectvel de aproximadamente
5,5x102 mol.L1. Considerando-se essas informaes,
CORRETO afirmar que a quantidade mnima
necessria de sacarina para preparar 100 mL de
soluo, que apresente sabor doce,
SN
O
O
H
O
A) 0,001 g.
B) 0,01 g.
C) 0,1 g.
D) 1 g.
E) 10 g.
Concentrao das solues
7Editora Bernoulli
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10. (UFMG) Estas informaes foram adaptadas do rtulo de um repositor hidroeletroltico para praticantes de
atividade fsica:
Ingredientes: gua, cloreto de sdio, citrato de sdio
e outros.
Quantidade presente em uma poro de 200 mL
Sdio 4x103 mol
Cloreto 2x103 mol
Considerando-se essas informaes, CORRETO afirmarque, na poro indicada do repositor hidroeletroltico,
A) a massa de ons sdio o dobro da massa de ons cloreto.
B) a concentrao de ons sdio igual a 4x103 mol/L.
C) a massa de ons cloreto igual a 71 mg.
D) a quantidade de cloreto de sdio igual a 4x103 mol.
11. (UFMG) O Ministrio da Sade estabelece os valores mximos permitidos para as concentraes de diversos
ons na gua destinada ao consumo humano.
Os valores para os ons Cu2+(aq) e F(aq) esto apresentados
nesta tabela:
on Cu2+(aq) F
(aq)
Concentrao mxima permitida (mol/L) 3,0x10
5 8,0x105
Um volume de 1 000 L de gua contm 3,5x102 mol de CuF2(aq).
Considerando-se a concentrao desse sistema, CORRETO afirmarque
A) apenas a concentrao de Cu2+(aq) ultrapassa o valor mximo permitido.
B) apenas a concentrao de F(aq) ultrapassa o valor mximo permitido.
C) as concentraes de Cu2+(aq) e F(aq) esto abaixo dos
valores mximos permitidos.
D) as concentraes de Cu2+(aq) e F(aq) ultrapassam os
valores mximos permitidos.
12. (PUC Minas2008) Uma soluo de hidrxido de alumnio (MM = 78 g.mol1), utilizada no combate
acidez estomacal, apresenta uma concentrao igual
a 3,90 g.L1. A concentrao, em mol.L1, dos ons
hidroxila (OH), presentes nessa soluo, igual a
A) 5,0x101.
B) 1,5x101.
C) 1,5x102.
D) 5,0x102.
13. (UFJF-MG2010) A concentrao em mol/L de uma soluo de cido sulfrico de concentrao 35% em massa
e densidade 1,4 g/mL , aproximadamente, igual a
A) 2,5.
B) 10,0.
C) 5,0.
D) 7,5.
E) 20.
14. (PUC Minas2009) O cido sulfrico um dos principais componentes da soluo de bateria dos automveis,
formando uma soluo de concentrao igual a 19,6% p/V.
A concentrao, em mol.L1, para essa soluo
A) 0,1.
B) 0,2.
C) 1,0.
D) 2,0.
15. (UFJF-MG2009) Para combater a dengue, as secretarias de sade recomendam que as pessoas reguem vasos
de plantas com uma soluo de gua sanitria. Um litro
de gua sanitria contm 0,35 mol de hipoclorito de
sdio (NaClO). A porcentagem em massa de hipoclorito
de sdio na gua sanitria, cuja densidade 1,0 g/mL,
, aproximadamente,
A) 35,0.
B) 3,50.
C) 26,1.
D) 7,45.
E) 2,61.
16. (UFTM-MG2006) Os padres de potabilidade da gua, de acordo com a portaria n. 36 do Ministrio da Sade,
indicam que o valor mximo permissvel de mercrio
0,001 mg/L e o de zinco 5 mg/L. Em dois litros dessa
gua potvel, a quantidade mxima em mol de mercrio
e o teor mximo de zinco em p.p.m. (partes por milho)
sero, respectivamente, iguais a
Dados:
Densidade da gua potvel = 1 g/mL;
1 p.p.m. corresponde a 1 mg de soluto por 1 kg de soluo;
massa molar de mercrio = 200 g/mol.
A) 1,0x106 e 0,5.
B) 5,0x107 e 5.
C) 5,0x107 e 10.
D) 1,0x108 e 0,5.
E) 1,0x108 e 5.
8 Coleo Estudo
Frente A Mdulo 09
17. (UFV-MG2010) O soro caseiro preparado pela solubilizao de acar (C12H22O11) e sal de cozinha
(NaCl), em gua filtrada ou fervida. Um litro de soro
caseiro foi preparado pela solubilizao de 34 g de acar
(uma colher de sopa) e 3,5 g de sal de cozinha (uma
colher de ch).
As concentraes de acar, em % m/V e em mol.L1,
so, respectivamente,
A) 34,0% m/V; 0,1 mol.L1.
B) 3,4% m/V; 8,5 mol.L1.
C) 3,4% m/V; 0,1 mol.L1.
D) 34,0% m/V; 8,5 mol.L1.
18. (UNIFESP2006) Em intervenes cirrgicas, comum aplicar uma tintura de iodo na regio do corpo onde
ser feita a inciso. A utilizao desse produto deve-se
sua ao antissptica e bactericida. Para 5 litros de
etanol, densidade 0,8 g.mL1, a massa de iodo slido,
em gramas, que dever ser utilizada para obter uma
soluo que contm 0,50 mol de I2 para cada quilograma
de lcool, ser de
A) 635.
B) 508.
C) 381.
D) 254.
E) 127.
19. (FUVEST-SP) A seguir apresentada a concentrao, em mg/kg, de alguns ons na gua do mar.
on Concentrao (mg/kg)
Mg2+ 1 350
SO42 2 700
Na+ 10 500
Cl 19 000
Entre esses ons, os que esto em MENOR e MAIOR
concentrao molar so, respectivamente,
Dados:
Massas atmicas: O = 16 u; Na = 23 u; Mg = 24 u; S = 32 u; Cl = 35,5 u.
A) Cl e Mg2+.
B) SO42 e Na+.
C) Mg2+ e Na+.
D) Mg2+ e Cl.
E) SO42 e Cl.
20. (PUC RS2006) O Ministrio da Sade recomenda, para prevenir as cries dentrias, 1,5 ppm (mg.L1) como
limitemximodefluoretoemguapotvel.Emestaes
de tratamento de gua de pequeno porte, o fluoreto
adicionado sob forma do sal flor silicato de sdio
(Na2SiF6; MM = 188 g.mol1). Se um qumico necessita
fazer o tratamento de 10 000 L de gua, a quantidade
do sal, em gramas, que ele dever adicionar para obter
aconcentraodefluoretoindicadapelalegislaoser,
aproximadamente, de
A) 15,0.
B) 24,7.
C) 90,0.
D) 148,4.
E) 1 500,0.
SEO ENEM
01. (Enem2001) Pelas normas vigentes, o litro do lcool hidratado que abastece os veculos deve ser constitudo
de 96% de lcool puro e 4% de gua (em volume).
As densidades desses componentes so dadas na tabela.
Substncia Densidade (g/L)
gua 1 000
lcool 800
Um tcnico de um rgo de defesa do consumidor
inspecionou cinco postos suspeitos de venderem lcool
hidratado fora das normas. Colheu uma amostra do
produto em cada posto, mediu a densidade de cada
uma, obtendo:
Posto Densidade do combustvel (g/L)
I 822
II 820
III 815
IV 808
V 805
A partir desses dados, o tcnico pde concluir que estavam com o combustvel adequado somente os postos
A) I e II.
B) I e III.
C) II e IV.
D) III e V.
E) IV e V.
Concentrao das solues
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02. (Enem2000)
NoBrasil,maisde66milhesdepessoasbeneficiam-se
hojedoabastecimentodeguafluoretada,medidaque
vem reduzindo, em cerca de 50%, a incidncia de cries.
Ocorre,entretanto,queprofissionaisdasademuitas
vezesprescrevemflororaloucomplexosvitamnicos
comflorparacrianasougestantes,levandoingesto
exagerada da substncia. O mesmo ocorre com o
uso abusivo de algumas marcas de gua mineral que
contmflor.Oexcessodeflorfluorosenosdentes
pode ocasionar desde defeitos estticos at defeitos
estruturais graves.
Foramregistradoscasosdefluorosetantoemcidades
com gua fluoretada pelos poderes pblicos como
em outras, abastecidas por lenis freticos que
naturalmentecontmflor.
REVISTA DA ASSOCIAO PAULISTA DE CIRURGIES
DENTISTAS - APCD, vol. 53, n.1, jan. fev. 1999 (Adaptao).
Determinada estao trata cerca de 30 000 litros
de gua por segundo. Para evitar riscos de fluorose,
a concentraomxima de fluoretos nessa gua no
deve exceder a cerca de 1,5 miligrama por litro de gua.
A quantidade mxima dessa espcie qumica que pode
ser utilizada com segurana, no volume de gua tratada
em uma hora, nessa estao,
A) 1,5 kg.
B) 4,5 kg.
C) 96 kg.
D) 124 kg.
E) 162 kg.
03. (Enem2002) Para testar o uso do algicida sulfato de cobre em tanques para criao de camares, estudou-se,
em aqurio, a resistncia desses organismos a
diferentes concentraes de ons cobre (representados
por Cu2+). Os grficos relacionam amortandade de
camares com a concentrao de Cu2+ e com o tempo
de exposio a esses ons.
Grfico I
Grfico II
Tempo deexposio = 14 h
Tempo deexposio(horas)
% decamaresmortos
16796
24
1,7
100
80
60
40
20
0,2
1 2 3 45 7 10 20 40 60100
0,40,7 1 2
Concentrao de ons Cu2+ (mg/L)
Concentrao de ons Cu2+ que causa50% de mortalidade dos camares (mg/L)
5 10 20 40 60
Grfico I
Grfico II
Tempo deexposio = 14 h
Tempo deexposio(horas)
% decamaresmortos
16796
24
1,7
100
80
60
40
20
0,2
1 2 3 45 7 10 20 40 60100
0,40,7 1 2
Concentrao de ons Cu2+ (mg/L)
Concentrao de ons Cu2+ que causa50% de mortalidade dos camares (mg/L)
5 10 20 40 60
VOWLES, P.D.; CONNELL, D.W. Experiments in environmental
chemistry - a laboratory manual. Oxford:
Pergamon Press, 1980 (Adaptao).
Se os camares utilizados na experincia fossem
introduzidos num tanque de criao contendo 20 000 L
de gua tratada com sulfato de cobre, em quantidade
suficiente para fornecer 50 g de ons cobre, estariam
vivos, aps 24 horas, cerca de
A) 1/5. C) 1/2. E) 3/4.
B) 1/4. D) 2/3.
04. (Enem2010) Todos os organismos necessitam de gua e grande parte deles vive em rios, lagos e oceanos. Os
processos biolgicos, como respirao e fotossntese,
exercem profunda influncia na qumica das guas
naturais em todo o planeta. O oxignio ator dominante
na qumica e na bioqumica da hidrosfera. Devido
sua baixa solubilidade em gua (9,0 mg/L a 20 C)
a disponibilidade de oxignio nos ecossistemas aquticos
estabelece o limite entre a vida aerbica e anaerbica.
Nesse contexto, um parmetro chamado Demanda
BioqumicadeOxignio(DBO)foidefinidoparamedira
quantidade de matria orgnica presente em um sistema
hdrico. A DBO corresponde massa de O2 em miligramas
necessria para realizar a oxidao total do carbono
orgnico em um litro de gua.
BAIRD, C. Qumica Ambiental. Ed. Bookman, 2005 (Adaptao).
Dados: Massas molares em g/mol: C = 12; H = 1; O = 16.
Suponha que 10 mg de acar (frmula mnima CH2O e
massa molar igual a 30 g/mol) so dissolvidos em um litro
de gua; em quanto a DBO ser aumentada?
A) 0,4mg de O2/litro
B) 1,7mg de O2/litro
C) 2,7mg de O2/litro
D) 9,4mg de O2/litro
E) 10,7mg de O2/litro
10 Coleo Estudo
Frente A Mdulo 09
05. (Enem2010) Ao colocar um pouco de acar na gua e mexer at a obteno de uma s fase, prepara-se uma
soluo. O mesmo acontece ao se adicionar um pouquinho
de sal gua e misturar bem. Uma substncia capaz de
dissolver o soluto denominada solvente; por exemplo,
a gua um solvente para o acar, para o sal e para vrias
outrassubstncias.Afiguraaseguirilustraessacitao.
Solvente
Soluto
Soluo
Disponvel em: . com.br. Acesso em: 27 abr. 2010.
Suponha que uma pessoa, para adoar seu cafezinho,
tenha utilizado 3,42 g de sacarose (massa molar igual
a 342 g/mol) para uma xcara de 50 mL do lquido.
Qual a concentrao final, em mol/L, de sacarose
nesse cafezinho?
A) 0,02
B) 0,2
C) 2
D) 200
E) 2000
Propostos
01. B
02. B
03. A
04. D
05. B
06. D
07. D
08. B
09. D
10. C
11. A
12. B
13. C
14. D
15. E
16. E
17. C
18. B
19. E
20. B
Seo Enem01. E
02. E
03. C
04. E
05. B
GABARITO
Fixao
01. E
02. A
03. A
04. B
05. D
11Editora Bernoulli
MDULO
DILUIO DE SOLUESDiluir uma soluo consiste em diminuir a sua concentrao,
por retirada de soluto ou por adio de solvente puro.
Experimentalmente, adicionar solvente puro o processo
mais utilizado. Assim, a concentrao da soluo aps a diluio
(soluofinal) ser sempremenorquea concentraoda
soluo antes da diluio (soluo inicial) porque o aumento
da massa de solvente leva ao aumento do volume da soluo,
permanecendo constante a quantidade de soluto.
soluo final(mais diluda)
solvente purosoluo inicial
(mais concentrada)
mistura
H2SO4(aq)
H2SO4(aq)
H2O()
Equaes de diluioEm um processo de diluio por adio de solvente
soluo, a quantidade de soluto (massa, quantidade de
matria, etc.) sempre constante; logo,
m1 inicial = m1 final
Como
Cg.L1 = Vm1 m1 = Cg.L1 . V
portanto,
Cg.L1 i . Vi = Cg.L1 f . Vf
e, ainda,
n1 inicial = n1 final
Como
Cmol.L1 = Vn1 n1 = Cmol.L1 . V
portanto,
Cmol.L1 i . Vi = Cmol.L1 f . Vf
lembrando que
Vf = Vi + Vadicionado
Com base no raciocnio apresentado, pode-se deduzir
todas as equaes para a diluio, utilizando-se qualquer
tipo de unidade de concentrao.
MISTURA DE SOLUES DE MESMO SOLUTO E MESMO SOLVENTE
A adio pura e simples de uma soluo a outra
denominada mistura de solues.
Quando se misturam duas solues, contendo
o mesmo soluto e o mesmo solvente, na soluo
final, a quantidade do soluto ser igual soma
dassas quantidades do soluto das solues misturadas,
enquanto o volume final resulta da soma dos volumes
dessas solues.
soluo A soluo B
soluo final
mistura
H2SO4(aq)
H2SO4(aq)
H2SO4(aq)
Cg.L1 f = valor entre Cg.L1 A e Cg.L1 B
Cmol.L1 f = valor entre Cmol.L1 A e Cmol.L1 B
QUMICA FRENTEDiluio e mistura de solues 10 A
12 Coleo Estudo
Frente A Mdulo 10
Equaes de uma mistura de soluesAo se misturarem duas solues, a concentrao da soluo
finaldadaporumamdiaponderadadasconcentraes
das solues originais.
Significadofsico:Aconcentraodasoluofinalum
valor intermedirio concentrao das solues originais.
Em uma mistura de solues, as massas e as quantidades
de matria dos solutos somam-se, logo,
m1 f = m1 A + m1 B
Cg.L1 = Vm1 m1 = Cg.L1 . V
Cg.L1 f . Vf = Cg.L1 A . VA + Cg.L1 B . VB
e, ainda,
n1 f = n1 A + n1 B
Cmol.L1 = Vn1 n1 = Cmol.L1 . V
Cmol.L1 f . Vf = Cmol.L1 A . VA + Cmol.L1 B . VB
OBSERVAO
Para essas equaes, os volumes devem estar,
obrigatoriamente, na mesma unidade.
MISTURA DE SOLUES DE SOLUTOS DIFERENTES
Quando se misturam duas solues com solutos diferentes,
duas situaes podem ocorrer. Esses solutos podem ou no
reagir entre si.
Sem reao qumica
soluo final
soluo A20 mL de NaC(aq)0,1 mol.L1
soluo B20 mL de BaC2(aq)0,05 mol.L1
[Na+] = 0,05 mol.L1
[Ba2+] = 0,025 mol.L1
[C] = 0,1 mol.L1
mistura
Com reao qumica
soluo final
[Na2SO4] = 0,025 mol.L1 (formou)
[H2SO4] = 0,025 mol.L1 (excesso)
20 mL de NaOH(aq)0,1 mol.L1
soluo A
20 mL de H2SO4(aq)0,1 mol.L1
soluo B
mistura
TITULAO
A titulao um procedimento que visa determinar a
concentrao de uma soluo, fazendo-a reagir com outra
soluo de concentrao conhecida. Dessa forma, a titulao
uma aplicao importante de misturas de solues cujos
solutos reagem entre si.
Classificao das titulaesAs titulaes cido-base dividem-se em:
A. Acidimetria: Determinao da concentrao de uma
soluo cida.
B. Alcalimetria: Determinao da concentrao de uma
soluo bsica.
Quando se deseja descobrir a porcentagem de pureza
de uma substncia em uma mistura, tambm se realizam
titulaes.
Realizao de uma titulaoA soluo cida ou bsica, cuja concentrao deve ser
definida,denominadasoluo-problemaoutitulada.Ela
colocada em um erlenmeyer, no qual adicionada uma
substncia indicadora*, fenolftalena, por exemplo.
Em uma bureta, colocada a soluo de concentrao
conhecida, soluo-padro ou titulante.
* Substncia indicadora: Substncia qumica que possui cores especficas em funo da constituio do meio. Os indicadores cido-base possuem colorao diferente para os meios cido, bsico e, algumas vezes, neutro.
Diluio e mistura de solues
13Editora Bernoulli
QU
MIC
A
Quando o nmero de ons H+ e OH, por frmula, so
diferentes, tem-se, genericamente,
x . Cmol.L1 cido . Vcido = y . Cmol.L1 base . Vbase
em que
x = nmero de hidrognios ionizveis por frmula.
y = nmero de hidroxilas dissociveis por frmula.
Anlise microscpica da titulaoO esquema a seguir mostra a titulao alcalimtrica,
em que a soluo de cido clordrico a soluo-padro,
enquanto que a soluo de hidrxido de sdio a
soluo-problema. O ponto de viragem da fenolftalena est
nafaixadepHentre8,3e10,0,everificado,nessecaso,
quando a soluo-problema torna-se incolor.
Na+ OH
H+ C
fenolftalena + NaOH(aq)(vermelho)
no incio s hOH da base
no ponto de viragem doindicador, todos os ons OH
foram neutralizados por ons H+
H+(aq)+ OH(aq) H2O()
(incolor)fenolftalena + NaOH(aq)(vermelho)
os ons OH vo sendoneutralizados por ons H+
H+(aq) + OH(aq) H2O()
H2O
H+ C
CNa+OHNa+
H2O
H+ C
CNa+
bureta comsoluo titulante
torneira
Deixa-se escorrer, cuidadosamente, a soluo-padro,
observando-se o trmino da titulao pela mudana de
colorao da soluo-problema.
O ponto em que h essa mudana de colorao
denominado ponto de viragem. Quando se utiliza
fenolftalena como indicador, e a soluo-problema bsica,
esse ponto , exatamente, o ponto em que a neutralizao
foi completada (o meio encontra-se neutro). Entretanto,
seasoluo-problemaforcida,paraseverificaraviragem,
necessrio acrescentar uma gota adicional de base, pois
a fenolftalena incolor em meio cido e neutro. Na prtica,
esse excesso desprezado, pois o volume de uma gota
0,05 mL.
Princpio da equivalnciaToda titulao segue o princpio da equivalncia:
a neutralizao s se completa quando o nmero de
hidrognios ionizveis igual ao nmero de hidroxilas
dissociveis.
quantidade em mol de H+ = quantidade em mol de OH
Como
Cmol.L1 = Vn n = Cmol.L1 . V
Quando o nmero de ons H+ (ionizveis) e OH
(dissociveis), por frmula, so iguais, tem-se:
ncido = nbase
Cmol.L1 cido . Vcido = Cmol.L1 base . Vbase
14 Coleo Estudo
Frente A Mdulo 10
Exerccios resolvidos01. Foram gastos 40 mL de soluo 0,1 mol.L1 de NaOH para
neutralizar 20 mL de soluo de cido clordrico. Calcular a
concentrao da soluo de HCl, em mol.L1.
Resoluo:
HCl(aq) + NaOH(aq) NaCl(aq) + H2O(l)
1 mol de cido reage com 1 mol de base
ncido = nbase
Cmol.L1 cido . Vcido = Cmol.L1 base . Vbase
Cmol.L1 cido . 20 = 0,1 . 40
Cmol.L1 cido = 0,2 mol.L1
02. Um supermercado estava vendendo soda custica NaOH impuro fora dos padres estabelecidos no rtulo
do produto. Em um teste no Inmetro, foram gastos 10 mL
de soluo 0,2 mol.L1 de H2SO4, para neutralizar 20 mL
de soluo aquosa da base. Determinar a massa de NaOH
contida nessa amostra.
Dado: M(NaOH) = 40 g.mol1.
Resoluo:
H2SO4(aq) + 2NaOH(aq) Na2SO4(aq) + 2H2O(l)
1 mol de cido reage com 2 mol de base
2 . ncido = nbase
2 . Cmol.L1 cido . Vcido = Cmol.L1 base . Vbase
2 . 0,2 . 10 = Cmol.L1 base . 20
Cmol.L1 cido = 0,2 mol.L1
Como
Cmol.L1 base = Mbase . Vbase
mbase
mbase = 0,2 mol.L1 . 0,02 L . 40 g.mol1
mbase = 0,16 g de NaOH
EXERCCIOS DE FIXAO
01. (UFMG) Uma mineradora de ouro, na Romnia, lanou 100 000 m3 de gua e lama contaminadas com cianeto, CN(aq),
nasguasdeumafluentedosegundomaiorriodaHungria.
A concentrao de cianeto na gua atingiu, ento,
o valor de 0,0012 mol.L1. Essa concentrao muito
mais alta que a concentrao mxima de cianeto que
ainda permite o consumo domstico da gua, igual
a 0,01 mg.L1.
Considerando-se essas informaes, para que essa gua
pudesse servir ao consumo domstico, ela deveria ser
diluda, aproximadamente,
A) 32 000 vezes.
B) 3 200 vezes.
C) 320 vezes.
D) 32 vezes.
02. A 100 mL de uma soluo 2 mol.L1 de HCl so misturados 300 mL de outra soluo, tambm, 2 mol.L1 desse cido.
Metade da soluo obtida diluda ao dobro pela adio
de gua. A concentrao em quantidade de matria da
soluo resultante ser de
A) 0,5 mol.L1.
B) 1 mol.L1.
C) 1,5 mol.L1.
D) 2 mol.L1.
E) 4 mol.L1.
03. (OBQ) Quando se mistura 200 mL de uma soluo a 5,85% (m/V) de cloreto de sdio com 200 mL
de uma soluo de cloreto de clcio que contm
22,2 g do soluto e se adiciona 200 mL de gua,
obtm-se uma nova soluo cuja concentrao de
ons cloreto de
A) 0,1 mol.L1.
B) 0,2 mol.L1.
C) 1,0 mol.L1.
D) 2,0 mol.L1.
E) 3,0 mol.L1.
04. (UFJF-MG2008) O controle de qualidade para amostras de vinagre, que contm cido actico (H3CCOOH), feito
a partir da reao deste com hidrxido de sdio. Sabendo-se
que, de modo geral, os vinagres comercializados possuem
3 g de cido actico a cada 100,0 mL de vinagre, qual
seria o volume, em litros, de NaOH 0,5 mol/L gasto para
neutralizar 100,0 mL desse vinagre?
A) 1,0
B) 0,5
C) 0,1
D) 0,2
E) 0,25
Diluio e mistura de solues
15Editora Bernoulli
QU
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05. (FUVEST-SP) Na titulao de 100 mL de HCl 0,01 mol.L1 com NaOH 0,1 mol.L1, usando-se como indicador 10 gotas
deumasoluodefenolftalena,obtidooseguintegrfico:
Inte
nsi
dad
e de
colo
ra
o
Volume em mL de NaOH, 5 10
a 0,1 mol.L1, adicionado
INDIQUEogrficocorrespondentequeseesperaobter
quando se utiliza NaOH 0,2 mol.L1 como titulante.
EXERCCIOS PROPOSTOS01. (UFRGS2006) O volume, em mililitros, de uma soluo
0,5 mol.L1 de AgNO3 necessrio para preparar 200 mililitros
de uma soluo 0,1 mol.L1 desse sal igual a
A) 10.
B) 20.
C) 25.
D) 40.
E) 50.
02. (UERJ2007) Um medicamento, para ser administrado a um paciente, deve ser preparado como uma soluo
aquosa de concentrao igual a 5%, em massa, de soluto.
Dispondo-se do mesmo medicamento em uma soluo
duas vezes mais concentrada, esta deve ser diluda com
gua at atingir o percentual desejado.
As massas de gua na soluo mais concentrada
e naquela obtida aps a di luio apresentam
a seguinte razo:
A)
5
7
B)
5
9
C)
9
19
D)
7
15
03. (UFJF-MG2007) cido muritico o nome comercial do cido clordrico. Ele pode ser utilizado para limpeza
de calamentos em geral. A pessoa encarregada da
limpeza recebeu 1,0 L de uma soluo desse cido,
na concentrao de 2,0 mol.L1, e a orientao para
dilu-la na proporo 1:100. Qual ser a concentrao
da soluo preparada para limpeza em g.L1?
A) 0,02
B) 2,0
C) 3,65
D) 0,365
E) 0,73
04. (UERJ2006) Uma suspenso de clulas animais em um meio isotnico adequado apresenta volume
igual a 1 L e concentrao total de ons sdio igual a
3,68 g.L1. A esse sistema foram acrescentados 3 L de
gua destilada.
Aps o processo de diluio, a concentrao total de ons
sdio em milimol.L1 de
A) 13. B) 16. C) 23. D) 40.
05. (UFU-MG) A mistura de 100,0 mL de soluo aquosa 0,10 mol.L1 de CaCl2 com 100,0 mL de gua resulta em
uma soluo aquosa com
A) 0,20 mol.L1 de ons Cl.
B) 0,02 mol de ons Cl.
C) 0,05 mol de CaCl2.
D) 0,05 mol de ons Ca2+.
06. (UFLA-MG2006) As solues de hipoclorito de sdio (NaClO) tm sido utilizadas por sua ampla ao
desinfetante.
A) Quantos gramas de hipoclorito de sdio so
necessrios para se preparar 10 L de soluo desse
sal a 0,05 mol.L1?
B) A que volume (Vfinal) deve-se diluir 500 mL de
soluo de NaClO a 0,05 mol.L1 para se obter soluo
5x103 mol.L1 desse sal?
C) Qual a concentrao em g.L1 da soluo de NaClO
0,1 mol.L1?
Dados: Na = 23 u;
Cl = 35,5 u;
O = 16 u.
16 Coleo Estudo
Frente A Mdulo 10
07. (PUCPR2006) Tem-se 60 mL de soluo 2 mol.L1 de CaCl2.Acrescentam-se 540 mL de gua a essa soluo. Qual a
nova concentrao em mol.L1 de ons cloreto?
A) 0,6 mol.L1
B) 0,2 mol.L1
C) 0,4 mol.L1
D) 0,5 mol.L1
E) 1 mol.L1
08. (Unimontes-MG2010) Um frasco de 5 mL de uma soluo injetvel de antibitico contm 5% (m/V) do frmaco. Para
se preparar uma injeo com concentrao de 5 mg de
antibitico por mililitro, deve-se acrescentar aos 5 mL de
soluo injetvel um volume de diluente equivalente a
A) 10,00 mL.
B) 45,00 mL.
C) 49,95 mL.
D) 50,00 mL.
09. (UERJ2006) Para estudar os processos de diluio e mistura, foram utilizados, inicialmente, trs frascos
contendo diferentes lquidos. A caracterizao desses
lquidos apresentada na ilustrao a seguir.
100 mL0,2 mol.L1
HC(aq)
150 mL
H2O()250 mL
0,4 mol.L1
HI(aq)
A seguir, todo o contedo de cada um dos frascos foi
transferido para um nico recipiente.
Considerando a aditividade de volumes e a ionizao total
doscidos,amisturafinalapresentouumaconcentrao
de ons H+, em mol.L1, igual a
A) 0,60. B) 0,36. C) 0,24. D) 0,12.
10. (FCMMG2011) Considere o experimento em que so misturados em um nico frasco
100mLdesoluoaquosadeNaCl, de concentrao 0,200 mol/L;
100mLdesoluoaquosadeCaCl2 , de concentrao 0,050 mol/L;
100mLdegua.
Tendo em vista o exposto, pode-se concluir que a concentrao de ons cloreto na soluo resultante, em mol/L, igual a
A) 0,150.
B) 0,100.
C) 0,0833.
D) 0,0300.
11. 100 mL de Al2(SO4)3(aq) de concentrao 1 mol.L1 so adicionados a 900 mL de BaCl2(aq) de concentrao
1/3 mol.L1. Sabendo que a massa molar do
BaSO4 = 233 g.mol1, CALCULE
A) a massa do precipitado (BaSO4) formado.
B) a concentrao em mol.L1 do cloreto formado na soluo.
C) a concentrao em mol.L1 do reagente em excesso, se houver.
12. (UEL-PR) O tcnico de um laboratrio de qumica preparou 1 L de soluo de Ba(OH)2 (soluo A). Em seguida, o
tcnico transferiu 25 mL da soluo A para um erlenmeyer
e titulou-a com soluo de HCl de concentrao
0,1 mol.L1,verificandoqueforamconsumidos100mL
dessa soluo.
O restante da soluo foi deixado ao ar durante vrios
dias, formando um precipitado branco. Esse precipitado
foi separado por filtrao, obtendo-se uma soluo
lmpida (soluo B).
O tcnico transferiu 25 mL da soluo B para um
erlenmeyer e titulou-a com soluo de HCl de concentrao
0,1 mol.L1 gastando 75 mL dessa soluo.
Admitindo-se que, durante a exposio do restante da
soluo A ao ar, no tenha ocorrido evaporao da gua,
considereasafirmativasaseguir:
I. A concentrao da soluo A 0,20 mol.L1.
II. A concentrao da soluo A 0,40 mol.L1.
III. A concentrao da soluo B 0,15 mol.L1.
IV. A concentrao da soluo B 0,30 mol.L1.
V. O precipitado formado BaCO3.
Dados: Massas molares (g/mol):
H = 1
C = 12
O = 16
Ba = 137
Esto CORRETASapenasasafirmativas
A) I e III.
B) I e IV.
C) II e IV.
D) I, III e V.
E) II, IV e V.
Diluio e mistura de solues
17Editora Bernoulli
QU
MIC
A
13. (PUC Rio2006) Um tcnico de laboratrio recebeu um frasco com 300 cm3 de cido clordrico de
molaridade desconhecida, a fim de determin-la.
Para isso, retirou uma alquota de 10 mL do frasco
original e transferiu para um balo volumtrico de
50 mL, o qual foi completado com gua destilada.
Aps homogeneizao, ele retirou 10 mL dessa
soluo e transferiu para um frasco erlenmeyer. Essa
soluo foi, em seguida, titulada com uma soluo
aquosa padro de hidrxido de sdio de molaridade
exata igual a 0,500 mol.L1. Sabendo-se que, nessa
titulao, foram consumidos 12 mL da soluo-padro
de hidrxido de sdio,
A) ESCREVA a reao qumica que ocorre no
processo de titulao do cido clordrico pelo
hidrxido de sdio.
B) CALCULE a quantidade de hidrxido de sdio (em
mol) contida nos 12 mL de soluo usada para a
titulao do cido.
C) CALCULE a molaridade da soluo de cido clordrico
do frasco original.
14. (UFMG2007) Para se determinar a quantidade de ons carbonato, CO3
2, e de ons bicarbonato, HCO3, em uma
amostra de gua, adiciona-se a esta uma soluo de certo
cido.
As duas reaes que, ento, ocorrem esto representadas
nestas equaes:
I. CO32
(aq) + H+
(aq) HCO3(aq)
II. HCO3 (aq) + H
+(aq) H2CO3(aq)
Para se converterem os ons carbonato e bicarbonato
dessa amostra em cido carbnico, H2CO3, foram
consumidos 20 mL da soluo cida. Pelo uso de
indicadores apropriados, possvel constatar-se que, na
reao I, foram consumidos 5 mL dessa soluo cida e,
na reao II, os 15 mL restantes.
Considerando-se essas informaes, CORRETOafirmar
que, na amostra de gua analisada, a proporo inicial
entre a concentrao de ons carbonato e a de ons
bicarbonato era de
A) 1:1.
B) 1:2.
C) 1:3.
D) 1:4.
SEO ENEM
01. (Enem2009) O lcool hidratado utilizado como combustvel veicular obtido por meio da destilao fracionada de
solues aquosas geradas a partir da fermentao de
biomassa. Durante a destilao, o teor de etanol da
mistura aumentado, at o limite de 96% em massa.
Considere que, em uma usina de produo de etanol,
800 kg de uma mistura etanol / gua com concentrao
20% em massa de etanol foram destilados, sendo obtidos
100 kg de lcool hidratado, 96% em massa de etanol.
A partir desses dados, correto concluir que a destilao
em questo gerou um resduo com uma concentrao de
etanol em massa
A) de 0%.
B) de 8,0%.
C) entre 8,4% e 8,6%.
D) entre 9,0% e 9,2%.
E) entre 13% e 14%.
02. Os alvejantes so produtos muito utilizados para o branqueamento de tecidos e limpeza de pisos,
paredes e sanitrios. So popularmente conhecidos
como gua sanitria. O quadro a seguir apresenta
algumas informaes retiradas do rtulo de um
desses produtos.
INSTRUES DE USO
LAVAGEM DE ROUPAS: Para alvejar, adicione 1 copo (200 mL)
de alvejante para cada 20 litros de gua, deixando de molho
por 1 hora. Para a remoo de manchas difceis, adicione 1 copo
(200 mL) de alvejante para cada 5 litros de gua e deixe de
molho por 15 minutos.
COMPOSIO: Hipoclorito de sdio, hidrxido de sdio, cloreto
de sdio, gua e perfume.
TEOR DE CLORO ATIVO: Entre 2,0% e 2,5%
Uma dona de casa preparou, seguindo as instrues do
rtulo, uma soluo para a remoo de manchas difceis.
Nesse preparo, a soluo original foi diluda
A) 5 vezes.
B) 20 vezes.
C) 25 vezes.
D) 26 vezes.
E) 101 vezes.
18 Coleo Estudo
Frente A Mdulo 10
03. Existem diversos tipos de vinagres produzidos dependendo do tipo de material usado na fermentao
alcolica (sucos de frutas, xaropes contendo amilceos
hidrolisados). De acordo com o FDA (Food and Drug
Administration),adefinioepadronizaodeumdos
tipos de vinagres so: vinagre, vinagre de cidra e vinagre
de ma produto obtido pelas fermentaes alcolica
e subsequentemente actica do suco de mas. O vinagre
padronizado contm, em 100 centmetros cbicos a 20 C,
3 g de cido actico.
Disponvel em: .
Acesso em: 14 out. 2010.
Com o objetivo de determinar se um certo vinagre
corresponde ao padronizado, um tcnico recolheu uma
amostra de 50 mL desse vinagre que, em seguida,
foi titulada com 25 mL de uma soluo 0,1 mol.L1
de NaOH.
Dado de massa molecular: CH3COOH (60 u).
Dessa forma, pode-se dizer que o vinagre analisado,
se comparado ao vinagre padronizado, apresenta um teor
de cido actico
A) 10 vezes menor.
B) 20 vezes menor.
C) 40 vezes menor.
D) 50 vezes menor.
E) 100 vezes menor.
04. Algumas formas de hepatite, como A e E, podem ser contradas por meio da ingesto de gua e alimentos
contaminados. Para se evitar a contaminao,
os alimentos devem ser bem cozidos e servidos logo
aps a preparao. Em se tratando de frutas e verduras,
deve-se deix-las de molho, por cerca de 30 minutos,
em gua clorada uma mistura de 2 mL (40 gotas)
de hipoclorito de sdio (NaClO) a 2,5% m/V para cada
litro de gua para somente depois lav-las com
gua tratada.
Disponvel em: .Acesso em:01 set. 2004 (Adaptao).
A partir dessas informaes, a massa de hipoclorito de sdio,
em gramas, presente em 500 mL da gua clorada,
utilizada na lavagem de frutas e verduras, de
A) 0,025.
B) 0,05.
C) 0,25.
D) 0,5.
E) 2,5.
GABARITOFixao
01. B
02. B
03. C
04. C
05. O ponto de equivalncia seria atingido em 5 mL de
NaOH 0,2 mol.L1.
5 Volume em mL de NaOH 0,2 mol.L1 adicionado
Inte
nsi
dad
e de
colo
ra
oPropostos
01. D
02. C
03. E
04. D
05. B
06. A) M(NaClO(s)) = 37,25 g
B) Vfinal = 5 L
C) C(NaClO) = 7,45 g.L1
07. C
08. B
09. C
10. B
11. A) m(BaSO4(s)) = 69,9 g
B) C(AlCl3) = 0,2 mol.L1
C) No houve excesso.
12. D
13. A) HCl(aq) + NaOH(aq) NaCl(aq) + H2O(l)
B) n(NaOH) = 0,006 mol
C) Cmol.L1 = 3,00 mol.L 1 de HCl (no frasco original)
14. B
Seo Enem01. D 02. D 03. A 04. A
19Editora Bernoulli
MDULO
A eletroqumica a parte da Qumica que estuda as relaes entre a corrente eltrica e as reaes qumicas.
Existem dois processos eletroqumicos.
1. Pilha: Dispositivo em que ocorre uma reao de oxirreduo que produz corrente eltrica.
2. Eletrlise: Reao de oxirreduo que, para ocorrer, consome corrente eltrica.
Todos os processos eletroqumicos envolvem transferncia de eltrons, ou seja, oxidaes e redues.
Relembre alguns conceitos:
Oxidao: Perda de e aumento do NOx a espcie qumica que se oxida denominada agente redutor, ou simplesmente redutor.
Reduo: Ganho de e diminuio do NOx a espcie qumica que se reduz denominada agente oxidante,
ou simplesmente oxidante.
SRIE DE REATIVIDADE QUMICAPormeiodeexperincias,verifica-sequedeterminadas
substncias tm maior potencial para se oxidarem ou reduzirem em relao a outras. Assim, pode-se dispor essas substncias em uma sequncia que indique a preferncia em ceder ou receber eltrons. Essa sequncia denominada srie de reatividade qumica ou fila de reatividade qumica.
Tendncia para ceder eltronsK Ba Ca Na Mg A Zn Fe H Cu Hg Ag Au
metais nobres
Reatividade crescente(aumento da eletropositividade)
metais comuns
Tendncia para receber eltronsF O N C Br I S
Reatividade crescente(aumento da eletronegatividade)
Observe alguns exemplos:
1. Al0 cede eltrons aos ctions Zn2+, Cu2+, Ag+, Fe2+,
Fe3+, H+, Hg2+, Au3+.
2. Cu0 cede eltrons a Hg2+, Ag+, Au3+.
3. Cu0 no cede eltrons aos ons dos elementos colocados
suaesquerdanafila.
4. F recebe eltrons dos nions de todos os outros
elementos.
5. Enquanto o Cl recebe eltrons dos nions dos elementos
Br, I e S, o Cl cede eltrons para F e O.
Com base na tendncia dos elementos a reduzirem
e a oxidarrem, possvel prever se uma reao eletroqumica
ir ocorrer ou no.
Exemplos:
1. Zn + HgSO4 Hg + ZnSO4
2e
O zinco mais reativo do que o mercrio, ento
a reao ocorre.
2. Fe + CuC2 FeC2 + Cu
2e
A reao ocorre, pois o ferro mais reativo do que
o cobre.
3. 3Ag + A(NO)3 no ocorre
3e
A reao no ocorre, pois a prata menos reativa
do que o alumnio e tem tendncia a ganhar eltrons
do alumnio, e no a ceder eltrons para ele.
4. F2 + 2NaBr 2NaF + Br2
2e
Areaoocorre,poisoflormaisreativodoqueo
bromo.
QUMICA FRENTEProcessos eletroqumicos 09 B
20 Coleo Estudo
Frente B Mdulo 09
5. I2 + K2S 2KI + S
2e
A reao ocorre, pois o iodo mais reativo do que
o enxofre.
6. I2 + 2NaC no ocorre
2e
A reao no ocorre, pois o iodo menos reativo do
que o cloro e tem tendncia a ceder eltrons para
o cloro, e no a receber eltrons do cloro.
Pode-se ainda fazer previses para as experincias que
se seguem.
Experincia 1
Mergulha-se uma lmina de zinco em uma soluo
de sulfato de cobre. O que ir ocorrer?
Percebe-se, com o passar do tempo, uma alterao
da colorao da lmina de zinco. Ao retir-la da soluo,
pode-se observar que a parte que estava submersa est
recobertaporumafinacamadaavermelhada,caracterstica
do cobre metlico (Cu0).
H uma reao de oxirreduo na superfcie:
Zn0(s) + CuSO4(aq) Cu0(s) + ZnSO4(aq)
2e
A reao ocorre porque o zinco mais reativo e tende
a ceder eltrons para o cobre, menos reativo.
Experincia 2
Mergulha-se uma lmina de cobre em uma soluo
de sulfato de zinco (Zn2+). O que ir ocorrer?
Noseverificaqualquertipodealterao,umavezque
o cobre menos reativo do que o zinco.
Cu0(s) + ZnSO4(aq) no ocorre
2e
POTENCIAL DE ELETRODO (E)
Em vez de prever se uma reao ocorrer ou no pela anlise
dafiladereatividade,podemserrealizadasprevisesapartir
de potenciais eltricos medidos em volts (V).
A. Em eletroqumica, so encontrados 2 tipos
de potenciais:
Potencial de oxidao (Eoxi): Potencial relativo
tendncia de ceder eltrons (oxidar).
Potencial de reduo (Ered): Potencial relativo
tendncia de receber eltrons (reduzir).
B. O potencial de eletrodo influenciado por dois
fatores:
Temperatura: O aumento da temperatura
favorece a perda de eltrons.
Maior temperatura Maior Eoxi
Concentrao dos ons em soluo:
O aumento dessa concentrao favorece
o aumento do potencial.
Maior concentrao de ctions Menor Eoxi
Maior concentrao de nions Maior Eoxi
Os problemas relativos ao aumento de temperatura
econcentraode onssominimizados,fixandoovalor
de temperatura em 25 C e a concentrao da soluo em
1 mol.L1. O potencial medido nessas condies e a 1 atm
de presso denominado potencial padro de eletrodo (E).
O valor numrico correspondente ao potencial de um
determinado eletrodo medido a partir do potencial
de referncia, ao qual foi atribudo, por conveno,
o valor de 0,00 V (zero volt). Adotou-se, como eletrodo
de referncia, o eletrodo de hidrognio gasoso. Medindo-se
o potencial padro de vrios eletrodos, em funo do eletrodo
de hidrognio, montou-se a tabela de potenciais a seguir:
Processos eletroqumicos
21Editora Bernoulli
QU
MIC
A
Experimentalmente, foi medido o potencial padro de cada
eletrodo, acoplando-os ao eletrodo padro de hidrognio
e medindo-se a diferena de potencial por meio de um voltmetro
ou um galvanmetro. Observe o exemplo do zinco:
e e
Zn(s)H2(g), 1 atm
1,0 mol.L1
eletrodode platina
1,0 mol.L1
0,76 V
Zn2+(aq)
25 C
H+(aq)
Osentidodofluxodeeltronsmostraqueoeletrodode
hidrognio possui maior capacidade de sofrer reduo do que
o de zinco. Logo,
Ered(hidrognio) > Ered(zinco)
e o voltmetro registra uma diferena de potencial (d.d.p.)
igual a 0,76 V. Como a d.d.p. sempre dada por
E = Ered(maior) Ered(menor)
e o Ered(hidrognio) zero por conveno, tem-se
E = Ered (hidrognio) Ered (zinco)
0,76 V = 0 Ered(zinco)
Ered(zinco) = 0,76 V
O valor negativo indica que o zinco possui potencial padro
de eletrodo menor do que o do hidrognio, e sofre oxidao
quando reage com H2. Dessa forma, pode-se generalizar:
Ered > 0 (positivo) eletrodo sofre reduo mais
facilmente do que o hidrognio.
Ered < 0 (negativo) eletrodo sofre oxidao mais
facimente do que o hidrognio.
OBSERVAES
1. A IUPAC recomenda que os trabalhos eletroqumicos
sejam realizados com potenciais de reduo.
Potenciais padro de reduo de eletrodo
SemirreaesPotencial de reduo (E) em volts (V)
Li+(aq) + e Li(s) 3,04
K+(aq) + e K(s) 2,92
Ba2+(aq) + 2e Ba(s) 2,90
Ca2+(aq) + 2e Ca(s) 2,87
Na+(aq) + e Na(s) 2,71
Mg2+(aq) + 2e Mg(s) 2,36
Al3+(aq) + 3e Al(s) 1,66
Mn2+(aq) + 2e Mn(s) 1,18
Zn2+(aq) + 2e Zn(s) 0,76
Cr3+(aq) + 3e Cr(s) 0,74
Fe2+(aq) + 2e Fe(s) 0,44
Cr3+(aq) + e Cr2+(aq) 0,41
Co2+(aq) + 2e Co(s) 0,28
Ni2+(aq) + 2e Ni(s) 0,25
Sn2+(aq) + 2e Sn(s) 0,14
Pb2+(aq) + 2e Pb(s) 0,13
2H+(aq) + 2e H2(g) 0,00
Sn4+(aq) + 2e Sn2+(aq) +0,15
Cu2+(aq) + 2e Cu(s) +0,34
H2O(l) + 12O2(g) + 2e
2OH(aq) +0,40
Cu+(aq) + e Cu(s) +0,52
I2(s) + 2e 2I(aq) +0,54
2H+(aq) + O2(g) + 2e
H2O2(aq) +0,68
Fe3+(aq) + e Fe2+(aq) +0,77
Ag+(aq) + e Ag(s) +0,80
4H+(aq) + 2NO3(aq) + 2e
2H2O(l) + 2NO2(g) +0,80
Hg2+(aq) + 2e Hg(s) +0,85
4H+(aq) + NO3(aq) + 3e
2H2O(l) + NO(g) +0,96
Br2(l) + 2e 2Br (aq) +1,07
14H+(aq) + CrO72
(aq) + 6e
2Cr3+(aq) + 7H2O(l)+1,33
Cl2(g) + 2e 2Cl(aq) +1,36
Au3+(aq) + 3e Au(s) +1,50
8H+(aq) + MnO4(aq)
+ 5e Mn2+(aq) + 4H2O(l) +1,51
2H+(aq) + H2O2(aq) + 2e 2H2O(l) +1,78
F2(g) + 2e 2F(aq) +2,87
22 Coleo Estudo
Frente B Mdulo 09
2. No esquema da determinao dos potenciais,
o eletrodo de hidrognio, que gasoso, consiste,
na prtica, em uma placa de platina porosa, que tem
a propriedade de adsorver o gs hidrognio em seus
poros, formando-se uma camada de hidrognio
sobre a placa. A platina no participa da reao,
pois inerte.
3. O processo de reduo inverso ao processo
de oxidao.
Reduo
Cu2+(aq) + 2e Cu0(s) Ered = +0,34 V
O inverso :
Oxidao
Cu0(s) Cu2+
(aq) + 2e Eoxi = 0,34 V
Logo, o potencial de reduo igual ao potencial
de oxidao, com o sinal trocado.
Ered = Eoxi
4. Para se calcular o potencial de eletrodo a 25 C e 1 atm,
porm em concentraes diferentes de 1 mol.L1,
utiliza-se uma equao matemtica denominada
equao de Nernst:
E = E + 0 059,
n log [ ]
Em que
E = potencial padro;
E = potencial a 25 C com solues de concentraes
em mol.L1 quaisquer;
0,059 = valor experimental constante a 25 C;
n = nmero de eltrons envolvidos na reao;
[ ] = concentrao em mol.L1 da soluo.
Exemplo:
Calcular o potencial de eletrodo de reduo a 25 C
para o zinco, em uma soluo 0,1 mol.L1.
Zn2+(aq) + 2e Zn0(s)
E = 0,76 + 0 059
2
, . log 0,1
E = 0,76 + 0,0295 . (1)
E = 0,7895 V
PREVISO DA ESPONTANEIDADE DAS REAES A PARTIR DOS POTENCIAIS DE ELETRODO
Sero utilizados, para tais previses, os potenciais
de reduo.
O elemento de maior Ered reduz
O elemento de menor Ered oxida
Exemplo 1: Reao entre alumnio e ferro.
Fe2+(aq) + 2e Fe0(s) Ered = 0,44 V
Al3+(aq) + 3e Al0(s) Ered = 1,66 V
Como o alumnio possui o menor Ered , ele sofrer
oxidao. Para se obter a equao da reao que ocorre
entre os dois elementos, mantm-se a semirreao do ferro
e inverte-se a equao do alumnio.
Fe2+(aq) + 2e Fe0(s) Ered = 0,44 V
Al0(s) Al3+
(aq) + 3e Eoxi = +1,66 V
Observe ainda que o nmero de eltrons envolvidos
nas semirreaes no o mesmo. Para balancear essas
equaes, multiplica-se a semirreao do ferro por 3
e a do alumnio por 2.
Semirreao de reduo:
3Fe2+(aq) + 6e 3Fe0(s) E = 0,44 V
Semirreao de oxidao:
2Al0(s) 2Al3+
(aq) + 6e E = +1,66 V
Reao global:
3Fe2+(aq) + 2Al0(s) 3Fe
0(s) + 2Al
3+(aq) E = +1,22 V
Observe que, somando-se as duas semirreaes,
obtida a reao global e, somando-se os dois potenciais,
obtidaad.d.p.dareao.Aindasedeveverificarque,
ao se multiplicar as reaes, os potenciais no variam
com as quantidades.
Processos eletroqumicos
23Editora Bernoulli
QU
MIC
A
Quando uma reao possui E > 0, a reao
espontnea e produz energia eltrica (pilha).
Quando uma reao possui E < 0, a reao no
espontnea e, para ocorrer, consome energia eltrica
(eletrlise).
A d.d.p. de uma reao pode ser calculada a partir dos
potenciais de reduo.
E = E(oxidante) E(redutor)
ou
E = Ered(maior) Ered(menor)
Exemplo 2: Reao entre zinco e cobre.
Zn2+(aq) + 2e Zn0(s) Ered = 0,76 V
Oxida: Ered menor
Cu2+(aq) + 2e Cu0(s) Ered = +0,34 V
Reduz: Ered maior
Invertendo-se a 1 equao, mantendo-se a segunda e
somando-as, tem-se:
Semirreao de oxidao:
Zn0(s) Zn2+
(aq) + 2e E = +0,76 V
Semirreao de reduo:
Cu2+(aq) + 2e Cu0(s) E = +0,34 V
Reao global:
Zn0(s) + Cu2+
(aq) Zn2+
(aq) + Cu0(s) E = +1,10 V
OBSERVAES
1. No h necessidade de multiplicar-se as semirreaes,
j que o nmero de eltrons cedidos igual
ao nmero de eltrons recebidos.
2. A equao global inversa no espontnea
e s ocorre com o consumo de energia eltrica.
Cu0(s) + Zn2+
(aq) Cu2+
(aq) + Zn0(s) E = 1,10 V
EXERCCIOS DE FIXAO01. (Fatec-SP2010) Considere os seguintes dados sobre
potenciais padro de reduo.
Semirreao E / Volt
Mg2+(aq) + 2e Mg(s) 2,37
Zn2+(aq) + 2e Zn(s) 0,76
Fe2+(aq) + 2e Fe(s) 0,44
Cu2+(aq) + 2e Cu(s) 0,34
Ag+(aq) + e Ag(s) 0,80
Uma tubulao de ferro pode ser protegida contra a corroso se a ela for conectada uma pea metlica constituda de
A) magnsio ou prata. D) zinco ou prata.
B) magnsio ou zinco. E) cobre ou prata.
C) zinco ou cobre.
02. (Unimontes-MG2007) Lminas metlicas foram introduzidas, sucessivamente, em solues contendo
ctions de outros metais, observando-se, em alguns
casos, depsito do metal (+) ou no (), como mostram
os resultados apresentados a seguir:
Cu2+ Pb2+ Fe2+ Mg2+
Cu
Pb +
Fe + +
Mg + + +
A facilidade com que lminas metlicas cedem eltrons quando imersas em certas solues, ou, tambm, a facilidade com que ons positivos recebem eltrons so expressas atravs do potencial de eletrodo (E). Assim, o metal com MAIOR potencial de oxidao o
A) Fe. B) Pb. C) Mg. D) Cu.
03. (UFLA-MG2009) Considere o seguinte esquema e marque a alternativa INCORRETA.
algum tempodepois
resduoavermelhado
Zn(s)
coloraoazul
Zn(s)
colorao azul vaidiminuindo at
desaparecerSO42(aq) Cu2+(aq) Cu2+(aq)
SO42
(aq)
A) Na reao de Zn(s) com Cu2+
(aq), o zinco sofre oxidao e perde dois eltrons.
B) A probabilidade de um metal sofrer corroso aumenta com a facilidade de ele receber eltrons.
C) O resduo avermelhado na placa de Zn(s)significaqueaplaca foi corroda e resduos de Cu(s) depositam-se nela.
D) O potencial de reduo do cobre maior que o potencial de reduo do zinco.
24 Coleo Estudo
Frente B Mdulo 09
04. (ITA-SP) Considere as semirreaes representadas pelas semiequaes a seguir e seus respectivos
potenciais padro de eletrodo.
Fe(s) Fe2+
(aq) + 2e E = +0,44 V
13I
(aq) + 2OH
(aq)
13IO3
(aq) + H2O(l) + 2e
E = +0,26 V
2Ag(s) 2Ag+
(aq) + 2e E = 0,80 V
Com base nas informaes anteriores, qual das opes
seguintes relativa equao qumica de uma reao
que dever ocorrer quando os reagentes, nas condies
padro, forem misturados entre si?
A) Fe 2+(aq) + 13I
(aq) + 2OH
(aq) Fe(s) +
13IO3
(aq) + H2O(l)
B) 2Ag(s) + 13IO3
(aq) + H2O(l) 2Ag
+(aq) +
13I
(aq) + 2OH
(aq)
C) 2Ag+(aq) + 13I
(aq) + 2OH
(aq) 2Ag(s) +
13IO3
(aq) + H2O(l)
D) Fe(s) + 13I
(aq) + 3H2O(l) Fe
2+(aq) +
13IO3
(aq) + 2OH
(aq)
E) 2Ag(s) + 13I
(aq) + 3H2O(l)
2Ag+(aq) + 13IO3
(aq) + 2OH
(aq) + 2H2(g)
05. (UFG2009 / Adaptado) A corroso de dutos um srio problema na explorao do petrleo no mar.
Uma alternativa simples para evit-la ligar os dutos
a um metal de sacrifcio. Considerando que os dutos
utilizados em uma plataforma de explorao sejam
de ferro, qual deve ser o metal MAISeficienteparaevitar
a corroso?
Potenciais padro a 298 K
Fe2+ / Fe: 0,44 V Al3+ / Al: 1,66 V
Pb2+ / Pb: 0,13 V Ag+ / Ag: +0,80 V
Be2+ / Be: 1,87 V Au2+ / Au: +1,69 V
A) Alumnio C) Chumbo E) Prata
B) Berlio D) Ouro
EXERCCIOS PROPOSTOS01. (UFU-MG) Reaes eletroqumicas esto presentes em
nosso cotidiano, como nas baterias de carros, nas pilhas
de relgios, na corroso de metais, etc. Em relao
a essas reaes, responda:
A) O que um eletrlito? D um exemplo.
B) O que oxidao? D um exemplo empregando
o metal ferro (Fe).
C) possvel ocorrer uma reao de oxidao sem
que a ela esteja associada uma reao de reduo?
JUSTIFIQUE sua resposta.
02. (UFMG) Os metais possuem diferentes tendncias de sofrer corroso, um processo natural de oxidao.
A corroso pode ser relacionada com a facilidade
de se obter os metais a partir de seus minrios.
Essas informaes esto representadas no diagrama,
para alguns metais.
aumenta a facilidade de reduo dos ons
Zn Fe Ni Cu Ag Pt Au
aumenta a facilidade de oxidao dos metais
Comrelaoaoexposto,assinaleaafirmativaFALSA.
A) A maior facilidade de um metal sofrer corroso
correspondeaumamaiordificuldadeparaobt-loa
partir de seu minrio.
B) A prata, a platina e o ouro so considerados metais
nobrespelasuadificuldadedeoxidar-se.
C) Os metais com maior facilidade de oxidao so
encontrados na natureza na forma de substncias
simples.
D) O zinco metlico o mais reativo entre os metais listados.
03. (UFJF-MG) Usando os dados fornecidos,
Semirreaes de reduo a 25 C E / Volts
K+ + e K 2,92
Zn2+ + 2e Zn 0,76
Pb2+ + 2e Pb 0,13
Cu2+ + 2e Cu +0,34
Ag+ + e Ag +0,80
responda: O agente redutor MAIS forte entre as substncias
da tabela
A) K.
B) Zn.
C) Pb.
D) Cu.
E) Ag.
04. (PUC RS) A prata, em presena de compostos sulfurados existentes na atmosfera, forma um composto de cor
escura, o sulfeto de prata. Para remover essa cor,
envolve-se o objeto de prata em uma folha de alumnio,
e esse sistema colocado imerso em uma soluo diluda
de bicarbonato de sdio, sendo aquecido ligeiramente.
Com relao ao observado no processo de remoo
da cor escura do objeto de prata, so feitas
asseguintesafirmativas:
I. O potencial de oxidao da prata maior do que o do alumnio.
II. O potencial de reduo do alumnio menor do que o da prata.
Processos eletroqumicos
25Editora Bernoulli
QU
MIC
A
III. A reao que ocorre pode ser corretamente
representada por
2Al(s) + 3Ag2S(s) aquoso
2Al3+(aq) + 3S2
(aq) + 6Ag(s)
IV. O alumnio est sofrendo uma oxidao e os ons Ag+
e S2 esto sofrendo uma reduo.
Pela anlise das informaes, somente esto CORRETAS
asafirmativas
A) I e II.
B) II e III.
C) III e IV.
D) I, III e IV.
E) II, III e IV.
05. (UFJF-MG) Mergulha-se uma lmina metlica de nquel limpa em uma soluo de sulfato de cobre, cuja colorao
azul. Com o passar de algum tempo, observa-se que
a lmina torna-se recoberta por um material avermelhado
e que a soluo torna-se verde, devido formao
de ons Ni2+.
Sobre o processo descrito anteriormente, pode-se
afirmarque
A) a concentrao de ons sulfato diminui durante o processo.
B) o on cobre um agente redutor.
C) o on cobre cede eltrons placa de nquel.
D) um on cobre reduzido para cada dois tomos de nquel oxidado.
E) o nquel metlico oxidado na presena dos ons cobre.
06. (UFMG) Lminas metlicas de chumbo, Pb, e zinco, Zn, foram introduzidas em solues aquosas de Cu(NO3)2,
conformemostradonestasduasfiguras:
lminade Pb
Cu2+(aq)
lminade Zn
Cu2+(aq)
Observou-se que o cobre metlico se deposita sobre
as placas nos dois recipientes.
Considerando-se esses experimentos, INCORRETO
afirmarque
A) o on Cu2+ oxidado pelo zinco metlico.
B) o chumbo metlico oxidado pelo on Cu2+.
C) o on Cu2+ atua como agente oxidante quando em
contato com a lmina de zinco.
D) o zinco metlico atua como agente redutor quando
em contato com a soluo de Cu2+.
07. (Unicamp-SP2008) A festa j estava para terminar, mas nenhum dos convidados sabia o motivo dela. Sobre
o balco, Dina pousou nove copos, com diferentes
solues, e nelas colocou pequenos pedaos dos metais
cobre, prata e ferro, todos recentemente polidos, como
mostra o desenho na situao inicial.
cobre metlico
soluesazuis (Cu2+)
soluesincolores (Ag+)
soluesamarelas (Fe3+)
cobre metlico prata metlica ferro metlico
Para que a festa seja completa e vocs tenham mais
uma pista do motivo da comemorao, respondam s
perguntas, bradava Dina, eufrica, aos interessados.
A) Em todos os casos em que h reao, um metal se
deposita sobre o outro enquanto parte desse ltimo
vai para a soluo. Numa das combinaes, a cor do
depsitonoficoumuitodiferentedacordometal
antes de ocorrer a deposio. Qual o smbolo
qumico do metal que se depositou nesse caso?
JUSTIFIQUE usando seus conhecimentos de qumica
e os dados da tabela fornecida.
B) A soluo que mais vezes reagiu tornou-se azulada,
numa das combinaes. Que soluo foi essa? Qual
a equao qumica da reao que a ocorreu?
Dados:
Par Potencial padro de reduo / Volts
Cu2+ / Cu +0,34
Fe3+ / Fe 0,04
Ag+ / Ag +0,80
08. (FUVEST-SP) Uma liga metlica, ao ser mergulhada em cido clordrico, pode permanecer inalterada, sofrer
dissoluo parcial ou dissoluo total.
Qual das situaes anteriores ser observada com a liga
de cobre e zinco (lato)? JUSTIFIQUE utilizando as
informaes da tabela a seguir:
Semirreao E / V
Cl2 + 2e 2Cl 0,41
Cu2+ + 2e Cu +0,34
2H+ + 2e H2 0,00
Zn2+ + 2e Zn 0,76
26 Coleo Estudo
Frente B Mdulo 09
09. (Fatec-SP2008) Considere os seguintes dados sobre potenciais padro de eletrodo:
Semirreao Potencial padro de reduo / V
Cu2+(aq) + 2e Cu(s) +0,36
Fe3+(aq) + e Fe2+(aq) +0,77
12Cl2(g) + e
Cl(aq) +1,36
H+(aq) + e 12H2(g) 0,00
Fe2+(aq) + 2e Fe(s) 0,44
Se uma lmina de cobre puro for mergulhada em uma
soluo cida de cloreto de ferro (III), a 1 mol.L1, nas
condies padro, haver, em um primeiro momento,
A) dissoluo do cobre da lmina.
B) formao de cloro gasoso.
C) liberao de hidrognio gasoso.
D) depsito de ferro metlico.
E) formao de mais ons cloreto.
10. (UFJF-MG2007) Os potenciais padro de reduo dos ons Zn2+ e Cu2+ para seus estados metlicos so,
respectivamente, 0,76 V e +0,34 V. Sobre esse sistema
deoxirreduo,assinaleaafirmativaINCORRETA.
A) A reao Zn2+(aq) + Cu0(s) Zn
0(s) + Cu
2+(aq) tem diferena
de potencial igual a 1,10 V.
B) A reao Zn0(aq) + Cu2+
(s) Zn2+
(s) + Cu0(aq) corresponde
reao de uma pilha.
C) A reao Zn2+(s) + Cu0
(aq) Zn0
(aq) + Cu2+
(s) espontnea.
D) Na reao Zn0(s) + Cu2+
(aq) Zn2+
(aq) + Cu0(s) , o Cu
2+(aq)
um agente oxidante.
E) preciso fornecer energia para que a reao
Zn2+(aq) + Cu0(s) Zn
0(s) + Cu
2+(aq) acontea.
11. (UFMG2010) As clulas a combustvel constituem uma importante alternativa para a gerao de energia limpa.
Quando o combustvel utilizado o hidrognio, o nico
produto da reao o vapor de gua.
Nesse caso, as semirreaes que ocorrem so:
H2 2H+ + 2e
O2 + 4H+ + 4e 2H2O
Considerando-se essas informaes, CORRETOafirmar
que a equao da reao global do processo descrito
A) 2H+ + 12O2 H2O.
B) 2H+ + 12O2 + 2e H2O.
C) 12H2 + 12O2 + H
+ + e H2O.
D) H2 + 12O2 H2O.
12. (UFES) O propano e o oxignio podem ser utilizados na obteno de energia, sem que necessariamente
tenham que se combinar em uma reao de combusto
convencional. Esses gases podem ser tratados
eletroquimicamente para produzir energia de forma
limpa, barata e eficiente. Um dos dispositivos em
que esse tratamento ocorre conhecido como clula
de combustvel ou pilha de combustvel e funciona como
uma pilha convencional. A reao global de uma pilha
de propano
C3H8(g) + 5O2(g) 3CO2(g) + 4H2O(l)
Dadas as semiequaes de reduo e os seus potenciais:
3CO2(g) + 20H+
(aq) + 20e C3H8(g) + 6H2O(l) E = +0,14 V
O2(g) + 4H+
(aq) + 4e 2H2O(l) E = +1,23 V
Pode-seafirmarqueavoltagem,nascondiespadro
de uma pilha de propano,
A) 1,37 V. C) +1,09 V.
B) 1,09 V. D) +1,37 V.
13. (UFU-MG) O hipoclorito de sdio (gua de lavadeira ou gua sanitria) tem sido indicado para ser usado em
lavagem de verduras e hortalias com o objetivo de
evitar a contaminao das pessoas pelo vibrio da clera.
Alguns pases da Europa usam o oznio (em substituio
aocloro).Acapacidadedepurificaodaguaporesta
substncia qumica, assim como para o hipoclorito, reside
na sua capacidade de oxidao de organismos vivos
presentes na gua. Dadas as semirreaes a seguir:
O3 + 2H+ + 2e O2 + H2O E = +2,07 V
O3 + H2O + 2e O2 + 2OH
E = +1,24 V
ClO + H2O + 2e Cl + 2OH E = +0,89 V
Qualdosdoisprocessosdeoxidaomaiseficiente,
o do oznio ou o do hipoclorito?
14. (FUVEST-SP) Panelas de alumnio so muito utilizadas no cozimento de alimentos. Os potenciais de reduo (E)
indicam ser possvel a reao deste metal com gua.
A no ocorrncia dessa reao atribuda presena de
uma camada aderente e protetora de xido de alumnio
formada na reao do metal com o oxignio do ar.
A) ESCREVA a equao balanceada que representa a
formao da camada protetora.
B) Com os dados de E, EXPLIQUE como foi feita a
previso de que o alumnio pode reagir com gua.
Dados: E (Volt)
Al3+ + 3e Al 1,66
2H2O + 2e H2 + 2OH
0,83
Processos eletroqumicos
27Editora Bernoulli
QU
MIC
A
15. (UFRJ2010) Em um laboratrio de controle de qualidade de uma indstria, peas de ferro idnticas foram separadas
em dois grupos e submetidas a processos de galvanizao
distintos: um grupo de peas foi recoberto com cobre e
o outro grupo com nquel, de forma que a espessura da
camada metlica de deposio fosse exatamente igual em
todas as peas. Terminada a galvanizao, notou-se que
algumas peas tinham apresentado defeitos idnticos.
Em seguida, amostras de peas com defeitos (B e D) e
sem defeitos (A e C), dos dois grupos, foram colocadas
numa soluo aquosa de cido clordrico, como mostra a
figuraaseguir:
NquelFerro C
Nquel
HC(aq)
Ferro D
Ferro BCobre
Ferro ACobre
Com base nos potenciais padro de reduo a seguir,
ORDENE as peas A, B, C e D em ordem decrescente em
termos da durabilidade da pea de ferro. JUSTIFIQUE
sua resposta.
Dados:
Fe2+(aq) + 2e Fe(s) Ered=0,41Volt
Ni2+(aq) + 2e Ni(s) Ered=0,24Volt
2H+(aq) + 2e H2(g) Ered = 0,00 Volt
Cu2+(aq) + 2e Cu(s) Ered = +0,34 Volt
16. (UFC) As esttuas de metal, em geral confeccionadas em cobre metlico, apresentam colorao tpica.
Com o passar do tempo, todavia, observa-se
o aparecimento de uma colorao verde que atribuda
ao produto da reao de oxidao do cobre pelo ar.
Considerando-se que tintas protetoras contendo metal
podem funcionar como nodo de sacrifcio e conhecendo-se
o valor do potencial padro de reduo da reao
Cu2+ + 2e Cu E = +0,34 V
analise a tabela a seguir.
TintaMaterial presente na tinta
Semirreao de reduo
Potencial padro de reduo,
E (V)
I Pb Pb4+ + 2e Pb2+ +1,67
II Zn Zn2+ +2e Zn 0,76
III Sn Sn2+ + 2e Sn 0,14
IV Fe Fe2+ + 2e Fe 0,44
V Ti Ti2+ + 2e Ti 1,63
Considerando somente as informaes contidas na questo, assinale a alternativa que apresenta a tinta MAISeficaznaproteodeumaesttuadecobre.
A) Tinta I C) Tinta III E) Tinta V
B) Tinta II D) Tinta IV
17. (UEL-PR) Considere a tabela de potencial padro de reduo a seguir:
Semirreao Ered / V
Al3+ + 3e Al 1,66
Zn2+ + 2e Zn 0,76
Fe2+ + 2e Fe 0,44
Sn2+ + 2e Sn 0,14
Cu2+ + 2e Cu +0,34
Ag+ + 1e Ag +0,80
Os cascos de navios, normalmente feitos de ferro, so protegidos da corroso mediante a colocao de metais de sacrifcio, ou seja, metais que sofrem preferencialmente a corroso.
Com base no exposto anteriormente, CORRETOafirmar:
A) A corroso ocorre porque o oxignio oxidado e o ferro se transforma em Fe(OH)3.
B) O metal de sacrifcio deve ter um potencial padro de reduo menor que o do metal que se deseja proteger.
C) O metal de sacrifcio deve ser um redutor mais fraco que o ferro.
D) O metal de sacrifcio atua doando eltrons como se fosse o ctodo de uma pilha.
E) Da tabela, pode-se concluir que o melhor metal de sacrifcio a prata.
SEO ENEM01. (Enem2004) Ferramentas de ao podem sofrer corroso
e enferrujar. As etapas qumicas que correspondem
a esses processos podem ser representadas pelas
equaes:
Fe + H2O + 12O2 Fe(OH)2
Fe(OH)2 + 12H2O +
14O2 Fe(OH)3
Fe(OH)3 + nH2O Fe(OH)3.nH2O (ferrugem)
Uma forma de tornar mais lento esse processo de corroso
e formao de ferrugem engraxar as ferramentas. Isso
sejustificaporqueagraxaproporciona
A) lubrificao,evitandoocontatoentreasferramentas.
B) impermeabilizao, diminuindo seu contato com o ar mido.
C) isolamento trmico, protegendo-as do calor ambiente.
D) galvanizao, criando superfcies metlicas imunes.
E) polimento, evitando ranhuras nas superfcies.
28 Coleo Estudo
Frente B Mdulo 09
02. Uma das atividades humanas mais antigas a metalurgia, que consiste em obter diferentes metais a partir de seus
minrios. Na natureza, a maioria dos metais aparece na
forma de substncias compostas.
Para avaliar a reatividade qumica de ctions metlicos ou metais, podemos comparar seus potenciais padres de reduo. Metais muito reativos tm ctions muito estveis, e, por isso, a obteno de tais metais a partir dos minrios difcil e cara. J os metais de menor reatividade qumica tm ctions pouco estveis, o que torna mais fcil a obteno destes a partir de seus minrios.
A seguir, so informados alguns potenciais padro de reduo
Cu2+ + 2e Cu E = +0,34 V
Fe2+ + 2e Fe E = 0,44 V
Mg2+ + 2e Mg E = 2,37 V
Ni2+ + 2e Ni E = 0,26 V
Zn+ + 2e Fe E = 0,76 V
Entre os metais apresentados na tabela, aquele que reage de forma mais vigorosa com uma soluo diluda de cido clordrico (HCl) e que, tambm, o mais difcil de ser produzido a partir de seus minrios o
A) cobre. D) nquel.
B) ferro. E) zinco.
C) magnsio.
B) A soluo que mais vezes reagiu aquela que possui o ction com maior potencial padro de reduo (E), ou seja, a soluo que contm Ag+. A equao qumica que representa a reao que torna essa soluo azulada
2Ag+(aq) + Cu(s) 2Ag(s) + Cu2+
(aq)
soluo incolor soluo azulada
08. Uma pea de cobre puro permaneceria inalterada, pois o E(V) da reao com o cido clordrico menor que zero, logo a reao no espontnea.
Cu Cu2+ + 2e E = 0,34 V2H+ + 2e H2 E = 0,00 V
Cu + 2H+ Cu2+ + H2 E = 0,34 V
Uma pea de zinco puro sofreria dissoluo total, pois o E(V) da reao com o cido clordrico maior que zero, logo a reao espontnea.
Zn Zn2+ + 2e E = +0,76 V 2H+ + 2e H2 E = 0,00 V
Zn + 2H+ Zn2+ + H2 E = +0,76 V
Dessa maneira, numa liga metlica de cobre e zinco, apenas o zinco sofre dissoluo. Logo, a liga se dissocia parcialmente.
09. A10. C11. D12. C
13. O do oznio. Seu alto potencial de reduo faz com que ele seja um forte agente oxidante.
14. A) 4A l + 3O2 2A l 2O3 B) 2A l + 6H2O 2A l(OH)3 + 3H2 A anlise dos potenciais revela que, quando
o alumnio reage espontaneamente com a gua, ele oxida; logo, a reao representada anteriormente espontnea.
15. Ordem de durabilidade: A > C > D > B
As peas A e C no formam pilhas e, pela tabela de potenciais padro de reduo, o cobre que se encontra na parte externa no reage com cido, protegendo a pea de ferro A. Da mesma forma, na pea C o nquel reage com cido, sendo consumido ao longo do tempo at expor a pea de ferro ao ataque do cido.
Nas peas B e D, os pares de metais esto expostos ao cido e formam pilhas. Pela tabela de potenciais padrodereduo,verifica-sequeoferropossuimaior tendncia a oxidar se comparado com os metais cobre e nquel. Na pea B, o potencial gerado maior que na pea D, o que faz com que o ferro na pea B reaja mais rapidamente.
16. E17. B
Seo Enem01. B02. C
GABARITO
Fixao01. B 02. C 03. B 04. C 05. B
Propostos01. A) Eletrlitos so compostos dissociveis
que produzem ons em soluo capazes
de conduzir corrente eltrica. Exemplo: KCl
B) Oxidao a perda de eltrons.
Exemplo: Fe Fe2+ + 2e.
C) No, pois necessrio que um outro elemento
receba os eltrons cedidos na oxidao.
02. C
03. A
04. B
05. E
06. A
07. A) Prata e ferro so metais acinzentados, ou seja,
prateados. J o cobre metlico avermelhado.
Desse modo, a reao espontnea (E > 0)
que ocorrer com pouca variao de cor entre
o metal base e o depsito
3Ag+(aq) + Fe(s) 3Ag(s) + Fe3+
(aq)
29Editora Bernoulli
MDULO
No mundo moderno, as aplicaes da energia eltrica so as mais variadas possveis. Como obter energia eltrica sem ser por meio de usinas hidreltricas, termeltricas ou nucleares? A resposta simples. Por meio de reaes de oxirreduo que, a partir da transferncia de eltrons, produzem corrente eltrica.
Os dispositivos que convertem energia qumica em energia eltrica, a partir de reaes espontneas de oxirreduo, so denominados pilhas.
O nome pilha foi originado a partir da construo do primeiro dispositivo. Alessandro Volta construiu tal dispositivo empilhando placas de cobre e zinco separadas por pedaos de tecido embebidos com soluo de cido sulfrico. A esse empilhamento, que gerava corrente eltrica, foi dado o nome de pilha.
PILHA DE DANIELLA partir do experimento de Volta, J. F. Daniell idealizou um
sistema formado por dois eletrodos, um de cobre e outro
dezinco,ligadosporumfiocondutoremergulhadosemsolues
aquosas (1 mol.L1) que contm os seus respectivos ons.
As solues mais utilizadas so CuSO4 e ZnSO4.
Veja o esquema que representa a pilha de Daniell:
oxidaonodo
reduoctodo
e e
Cu(s)Zn(s)
Zn(s) Zn2+
(aq) + 2e Cu2+(aq) + 2e
Cu(s)
Zn2+(aq) Cu2+
(aq)
polonegativo
polopositivo
ponte salina
Os eletrodos de uma pilha so chamados de polos
e recebem os nomes de ctodo (eletrodo em que ocorre
o processo de reduo) e nodo (eletrodo em que ocorre
o processo de oxidao).
Em uma pilha, tem-se:
Ctodo Polo positivo (+) ocorre reduo nodo Polo negativo () ocorre oxidao
As duas solues so separadas por uma ponte salina,
eaofioexternoligadoumgalvanmetro,capazderegistrar
a d.d.p. e a intensidade de corrente do sistema.
A ponte salina um tubo de vidro em formato de U
que contm uma gelatina saturada com um sal, KCl,
por exemplo. As extremidades do tubo so fechadas por um
material poroso, como algodo. Pela ponte salina tem-se,
ao mesmo tempo, a migrao dos ctions e dos nions em
excesso, alm dos ons do sal K+ e Cl. A pilha ter, assim,
seu funcionamento prolongado. A ponte salina pode ser
substituda por uma placa de porcelana porosa que permite
o trnsito de ons.
Aps algum tempo, verificam-se algumas alteraes
no sistema:
1. O eletrodo de cobre comea a aumentar sua massa.
2. O eletrodo de zinco comea a ser corrodo.
3. O galvanmetro registra uma d.d.p. de 1,1 V.
4. A soluo de cobre comea a diminuir a sua
concentrao em Cu2+.
5. A soluo de zinco comea a aumentar a sua
concentrao em Zn2+.
Essas alteraes esto associadas reao existente entre o cobre e o zinco:
CuSO4(aq) + Zn0(s)
2e Cu0(s) + ZnSO4(aq)
Essa reao pode ser explicada pelo potencial padro
de reduo dos dois elementos:
Semirreao Ered
Cu2+(aq) + 2e Cu0(s) +0,34 V
Zn2+(aq) + 2e Zn0(s) 0,76 V
O cobre tem o maior potencial de reduo, logo sofrer
reduo, ganhando eltrons do zinco. O zinco tem o menor
potencial de reduo e sofre oxidao, perdendo eltrons
para o cobre.
QUMICA FRENTEPilhas 10 B
30 Coleo Estudo
Frente B Mdulo 10
Para se obterem as equaes inicas que ocorrem na pilha, necessrio sempre manter a semirreao do elemento de maior Ered, inverter a semirreao do elemento de menor Ered e depois som-las.
Cu2+(aq) + 2e Cu0(s) E = +0,34 V (manter)
Zn2+(aq) + 2e Zn0(s) E = 0,76 V (inverter)
Reao catdica:
Cu2+(aq) + 2e Cu0(s) E = +0,34 V
Reao andica:
Zn0(s) Zn2+
(aq) + 2e E = +0,76 V
Equao global:
Cu2+(aq) + Zn0(s) Cu
0(s) + Zn
2+(aq) E = +1,10 V
Nessa pilha, h a transferncia de 2e de cada tomo
de zinco para cada on Cu2+.
OBSERVAES
1. Quando se inverte uma equao, troca-se o sinal
do potencial do eletrodo.
2. A soma dos potenciais aps a inverso do menor Ered
corresponde d.d.p. ou ao E da pilha. Ainda pode
ser calculado o E pela expresso
E = Ered(maior) Ered(menor)
Com base na equao global, sero explicadas as alteraes verificadasnapilhaemfuncionamento.
1. O eletrodo de cobre comea a aumentar de volume, pois o Cu2+ que est em soluo recebe 2e perdidos pelo zinco e se transforma em Cu0,queficaaderidoao eletrodo. A partir do que foi dito, observa-se que a quantidade de Cu2+ em soluo ir diminuir, tornando-a diluda.
2. O eletrodo de zinco sofre corroso, ou seja, h diminuio de seu volume, porque o Zn0 perde 2e e se transforma em Zn2+, caindo em soluo e deixando o espao que ocupava no eletrodo vazio. Assim, a quantidade de Zn2+ em soluo ir aumentar, fazendo com que essa soluo se torne mais concentrada.
Esse sistema no poderia gerar corrente eltrica se o circuito no estivesse fechado. Isso ocorre porque, nocircuitoexterno(fiocondutor),hofluxodeeltronsdo eletrodo de zinco para o eletrodo de cobre e, no circuito interno (solues eletrolticas separadas pela placa deporcelanaporosaoupontesalina),hofluxoinicopelosporos da porcelana porosa ou pela ponte salina: ctions em direo ao ctodo e nions em direo ao nodo.
As solues de ambos os eletrodos comeam a ter excesso
de ons positivos Zn2+ no nodo e de ons negativos SO42
no ctodo, pois os ons Cu2+ esto se descarregando.
O sistema s estar fechado se houver eletroneutralidade das
solues; logo, os ons Zn2+ transitam para o ctodo (anulando
a falta de ctions), e os ons SO42 transitam para o nodo.
Veja o esquema da pilha em funcionamento:
semicelaA
semicelaB
eltrons eltrons
Cu0Zn0
Zn2+
Zn2+Cu2+Cu2+
SO42
SO42
SO42
SO42
Semicela A nodo eletrodo de Zn0 e soluo de Zn2+.
Semicela B ctodo eletrodo de Cu0 e soluo de Cu2+.
Normalmente, a notao qumica da pilha feita pela representao:
redutor / ction do redutor e sua concentrao //ction
do oxidante e sua concentrao / oxidante (temperatura)
Para a pilha de Daniell, tem-se:
Zn0 / Zn2+ (1 mol.L1) // Cu2+ (1 mol.L1) / Cu0 (25 C)
OUTRAS PILHAS COM ELETRODOS METAL / ON EM SOLUO
Pode-se montar outras pilhas com eletrodos metlicos que
no sejam Cu0 e Zn0. A montagem e os processos que ocorrem
nesses sistemas so idnticos aos mostrados na pilha de
Daniell. Por exemplo: pilha entre cobre e alumnio.
Determinao do ctodo e do nodo:
Al3+(aq) + 3e Al0(s) E = 1,67 V
menor Ered nodo inverte a equao
Cu2+(aq) + 2e Cu0(s) E = +0,34 V
maior Ered ctodo mantm a equa