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QUÍMICA PARA POETAS Química e Esporte Por Prof. Marcoaurélio Almenara Rodrigues IQ - UFRJ Edição Especial para o curso Bioquímica do Exercício – Semana da Química – IQ/UFRJ Junho 2007

QUÍMICA PARA POETAS Química e Esporte Por Prof. Marcoaurélio Almenara Rodrigues IQ - UFRJ Edição Especial para o curso Bioquímica do Exercício – Semana

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QUÍMICA PARA POETAS

Química e Esporte

Por Prof. Marcoaurélio Almenara Rodrigues IQ - UFRJ

Edição Especial para o curso Bioquímica do Exercício – Semana da Química – IQ/UFRJ

Junho 2007

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Propósito da Palestra

• Apresentar noções da estrutura de um grupamento muscular, o mecanismo de contração e tipos de fibras.

• Propor a compreenção do que vem a ser o recrutamento de fibras durante uma contração.

• Apresentar noções do metabolismo hepático e muscular durante uma atividade física nas suas diferentes modalidades e intensidades.

• Avaliar a influência do estado nutricional na performance do exercício.

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Proteínas contrácteis

As proteínas contrácteis são proteínas fibrosas que interagem entre si formando fibras muito resistentes responsáveis pela mobilidade das estruturas celulares.

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Filamento Fino

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Filameno Grosso

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Sarcômero – A Unidade Contráctil da Fibra Muscular

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O Mecanismo de Contração

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Uso do ATP para a contração

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A fibra muscular

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Os grupamentos musculares

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Os tipos de fibra

• Fibras do Tipo I, também conhecidas como fibras vermelhas. O seu metabolismo é do tipo oxidativo, portanto aeróbio e possuem um grande número de mitocôndrias. Porém, essas fibras apresentam uma forma de miosina cujo ciclo de contração é mais lento, daí serem chamadas de fibras lentas, mas devido ao seu metabolismo oxidativo, entram em fadiga mais lentamente. A cor vermelha deriva da grande quantidade de mioglobina presente nas fibras. São responsáveis, em grande parte pela remoção do lactato produzido pelas fibras do Tipo II

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• Fibras do Tipo II – Também são conhecidas como fibras brancas. O seu metabolismo é essencialmente fermentativo e portanto, possuem uma baixa quantidade de mitocôndrias e uma elevada quantidade de glicogênio e enzimas glicolíticas. A miosina presente nessas fibras realizam o ciclo de contração em alta velocidade e por isso são chamadas de fibras rápidas. Elas produzem uma maior potência de contração que as do Tipo I. Como produzem uma grande quantidade de lactato durante a contração e exaurem rapidamente a reserva de glicogênio, essas fibras entram em fadiga rapidamente.

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• As Fibras do Tipo II são subdivididas em do Tipo IIa, IIb e IIc. As miosinas do Tipo IIc são raras e extremamente rápidas. As do Tipo IIb são mais rápidas e substituem as miosinas do Tipo IIa durante o treinamento. No período de destreino há uma nova mudança da miosina do Tipo IIb para a do Tipo IIa.

• As Fibras Mistas são fibras que apresentam tanto as miosinas do Tipo I quanto as do Tipo II. O seu metabolismo é intermediário ao das duas anteriores.

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Sistemas Energéticos Segundo a Intensidade e o Tempo do Esforço

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• Sistema Imediato– Atividades físicas envolvidas: Atividades que

demandam uma contração intensa por um curto tempo ~ 3 s.

– Fosfogênese

– Influência da suplementação alimentar A ingestão de Creatina aumenta a

concentração intramuscular de fosfocreatina resultando em maior capacidade de realizar esforço físico intenso.

ADPPCreatinaCreatinaATP

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• Sistema a Curto Prazo

– Atividades Envolvidas: Atividades que envolvam esforço intenso, mas que durem

alguns minutos, como por exemplo, um tiro de corrida de até 400 m.

– Metabolismo Envolvido• Fermentação Láctica• Glicogenólise• Portanto, nesse tipo de atividade, a glicose é a fonte primária

de energia.

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GLICOSESANGÜÍNEA

GLICOGÊNIO Glicose

MÚSCULO EM EXERCÍCIO

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Fermentação Láctica: É a única via metabólica capaz de gerar ATP anaerobicamente.

Glicose Piruvato

2 ATP

LactatoNAD+

NADH

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• Sistema a Longo Prazo– É o sistema de obtenção de energia mais eficiente e

mais complexo, pois há uma interação de várias rotas metabólicas e tecidos.

– Atividades Envolvidas Atividades de esforço de leve a moderado cujo tempo de

duração supere a dezenas de minutos.

– Metabolismo Envolvido• Oxidação do Piruvato• Lipólise e oxidação dos ácidos graxos• Proteólise e transaminação dos aminoácidos• Oxidação do Acetil- CoA• Gliconeogênese• Ciclo da Uréia

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–Influência do estado nutricional

Indivíduos cuja dieta seja normo ou hiperglicídica apresentam uma maior reserva de glicogênio e portanto, uma maior capacidade de realizar esforço intenso do que quando submetidos a uma dieta hipoglicídica ou estado hipoglicêmico. Durante a atividade física, a glicose é utilizada como fonte de energia pela fibra ativa. Essa glicose provêm da degradação do glicogênio hepático e muscular. No entanto, se a atividade se prolongar e a glicemia decrescer, a síntese de glicose pela gliconeogênese torna-se uma via importate de mantutenção glicêmica. A ingestão de glicídeos durante a atividade física é importante para manter a glicemia e retardar a fadiga.

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Figura de Hargreaves (1995)

Exercício – uma hora de exercício intenso em cicloergômetro.

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Figura de Hargreaves (1995)

Relação entre liberação de glicose hepática para o sangue e intensidade de exercício

SGO = splanchnic glucose output.

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Influência Hormonal: O glucagon, a epinifrina e as catecolaminas ativam as rotas catabólicas e a gliconeogênese e diminuem a captação de glicose nos tecidos periféricos, porém esse efeito inibitório é suplantado pela hipoxia e estímulo neural no músculo ativo.

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Retirada de precursores gliconeogênicos pelo fígado durante o exercício

AMINOÁCIDOS

Ocorre um aumento significativo de liberação de aminoácidos pelo músculo

O exercício aumenta a absorção hepática de aminoácidos, principalmente alanina (15 a 20% durante exercício moderado)

Em cães, o fígado retira glutamina de 5 a 6 vezes mais durante o exercício

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Figura de Hargreaves (1995)

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GLICOGÊNIO GLICONEOGÊNESE GLICEROL

LACTATO

AMINOÁCIDOS

TEC. ADIPOSO

AG

GLICEMIA

GLICOSESANGÜÍNEA

GLICOSE

GLICOGÊNIO ATP

MÚSCULO EM EXERCÍCIO

FÍGADO

HOMEOSTASE GLICÊMICA

AG

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FIM

Muito Obrigado

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